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FACULDADE PITÁGORAS LONDRINA

DISCIPLINA: MATEMÁTICA INSTRUMENTAL PARA ENGENHARIA

PROF.ª ADRIANA CARNIÉLLI

2015
CONCEITOS BÁSICOS – (AULA 1)

Números primos: são números que possuem apenas dois divisores naturais distintos, o número 1 e
ele mesmo.
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97,...

Decomposição em fatores primos (fatoração)


Todo número natural não primo, maior que 1, pode ser escrito na forma de multiplicação, em que
todos os fatores são números primos.

Exemplo: Decomponha em fatores primos ou escreva a forma fatorada o 240.

Logo, a forma fatorada do 240 é 2 4  3  5 .

Mínimo múltiplo comum: dados dois ou mais números naturais, não nulos, denomina-se mínimo
múltiplo comum (m.m.c.) desses números o menor dos múltiplos comuns dos números dados, que
seja diferente de zero.

Exemplo: mínimo múltiplo comum de 6, 8 e 12


M(6) = {0, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54, 60...}
M(8) = {0, 8, 16, 24, 32, 40, 48, 56, 64, 72, 80,...}
M(12) = {0, 12, 24, 36, 48, 60, 72, 84, 96,...}
Observando os conjuntos, verificamos que o menor número natural diferente de zero que é
múltiplo de 6, 8 e 12 simultaneamente é o número 24.
Portanto o m.m.c (6, 8, 12) = 24
Outra forma de encontrar o mínimo múltiplo comum é fazer a decomposição simultânea dos
números desejados e considerar todos os fatores primos (multiplica todos os fatores primos
encontrados na fatoração),

a
Números fracionários: a expressão , sendo a e b números inteiros, com b  0 representa um
b
número racional escrito na forma fracionária.
Temos que,
b: denominador, indica em quantas partes iguais uma unidade foi dividida.
a: numerador, indica quantas partes foram consideradas

Como são lidas algumas frações:


1
 um meio
2
3
 três quintos
5
1
 um décimo
10
7
 sete onze avos
11
3
 três centésimos
100
1
 um milésimo
1000

Fração de uma quantidade

Exemplo:
3
Qual o valor equivalente a de 12?
4

2
Divida o valor desejado pela quantidade indicada no denominador, nesse caso 12 unidades dividida
em 4 partes iguais, obtemos 4 grupos com 3 elementos em cada, desses quatro grupos iremos
3
considerar o valor indicado no numerador, ou seja, 3 grupos. Portanto, de 12 = 9
4

Frações equivalentes: duas ou mais frações que representam a mesma porção da unidade são
chamadas de frações equivalentes.

3 2 1
Note que as frações , e representam a mesma parte da figura. Dizemos que essas frações
6 4 2
3 2 1
são equivalentes, logo   .
6 4 2
Propriedade: quando multiplicamos ou dividimos o numerador e o denominador de uma fração por
um mesmo número, diferente de zero, obtemos sempre uma fração equivalente à fração dada.

Simplificação de frações: simplificar uma fração significa dividir sucessivamente o numerador e o


denominador da fração inicial por divisores comuns até obter valores menores possíveis, essa
fração recebe o nome de fração irredutível.
Exemplo:
48 2 2
 para obter a fração , o numerador e o denominador da fração inicial foi dividido por 24.
72 3 3

Operações com números fracionários

Adição e Subtração
(Denominadores iguais)
3
Para adicionar ou subtrair números representados por frações que têm o mesmo denominador,
adicionamos ou subtraímos os numeradores e conservamos o denominador.
Exemplos:
2 1 3
 
5 5 5
5 2 3
 
9 9 9
(Denominadores diferentes)
Para adicionar ou subtrair números fracionários que têm denominadores diferentes, escrevemos as
frações iniciais utilizando frações equivalentes reduzindo-as a um denominador comum e em
seguida efetuamos a adição ou subtração com essas frações.
Exemplos:
1 1 3 2 5
a)    
2 3 6 6 6

4 1
b)  
5 2

4 1 8 5 3
Logo,     .
5 2 10 10 10

Exercícios:
3 6
a)  =
15 15

8 3 4
b)    =
11 11 11

4
7 6
c)  =
9 10

1 3
d)  =
2 10

1 2 1
e)   =
2 3 4

Multiplicação
Para multiplicar dois números fracionários, multiplicamos o numerador de uma pelo numerador da
outra, e o mesmo fazemos com os denominadores.
Exemplos:
4 1 4
 
5 3 15
1 2 1 2 1
   
3 5 2 30 15
Exercícios:
5 3
a)  =
6 10

3 1 2
b)   =
5 6 5

2 3 6
c)   =
3 6 7

1 3
d)  
15 11
Divisão
Para dividir um número fracionário por outro número fracionário, diferente de zero, multiplicamos
o primeiro pelo inverso do segundo.
Exemplos:
4 5 4 3 12 4
    
9 3 9 5 45 15

5
3 2 3 9 27
   
10 9 10 2 20

Exercícios:
3 2
a)  =
10 5

7 3
b)  =
12 6

9 1 1
c)   =
20 6 2

3 5 3 1
d) Sabendo que a   e b   , calcule o valor de a  b .
4 16 5 10

Para pensar...
Um mercador de Benares, na Índia, dispunha de oito pérolas iguais – na forma, no tamanho e na
cor. Dessas oito pérolas, sete tinham o mesmo peso; a oitava, entretanto, era um pouquinho mais
leve que as outras. Como poderia o mercador descobrir a pérola mais leve e indicá-la, com toda a
segurança, usando a balança apenas duas vezes, isto é, efetuando apenas duas pesagens? ( Fonte: O
homem que calculava

CONJUNTOS NUMÉRICOS

A necessidade de contar tem início com o desenvolvimento das atividades humanas, o homem
passou a sentir a necessidade da contagem e dos registros numéricos e foi dessa forma que eles
foram sendo criados, de acordo com a necessidade e não repentinamente por uma única pessoa.

6
Com o passar do tempo esse sistema de numeração foi aperfeiçoando até chegar aos conceitos de
números que temos atualmente, os conjuntos numéricos.
Os conjuntos numéricos compõem uma parte fundamental da matemática, notadamente no
contexto de aplicação a outras áreas de estudo, entre elas a Engenharia.

CONJUNTOS DOS NÚMEROS NATURAIS (N):

N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8,...}

CONJUNTOS DOS NÚMEROS INTEIROS (Z): é o conjunto formado pelos elementos do conjunto dos
naturais acrescidos de seus simétricos.

Z= {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,...}

Z*={..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...} conjunto dos números inteiros não nulos.
Z+= {0, 1, 2, 3, 4,...} conjuntos dos números inteiros não negativos.
Z-= {..., -4, -3, -2, -1, 0} conjuntos dos números inteiros não positivos.

NZ
a
NÚMEROS RACIONAIS (Q): todo número racional pode ser escrito na forma , com a   e
b
b  e b  0.

N Z Q

7
Observações importantes sobre os números racionais.

 Todo número inteiro é um número racional.


Exemplos:
0 = 0/1 – 6 = – 6/1 2250 = 2250/1 – 500 = –500/1

 Todo número decimal exato é um número racional.


Exemplos:
7,6 = 76/10 0,5 = 1/2 – 12,8 = - 128/10 6,32 = 632/100

 Toda dízima periódica é um número racional.


Exemplos:
0,444444... = 4/9 0,33333333... = 1/3 -0,677777777.... = - 61/90
0,3244444444... = –31/90

NÚMEROS IRRACIONAIS (I): São os números cuja representação decimal não é exata nem
a
periódica, consequentemente, não podem ser expressos na forma , com a e b inteiros e b
b
diferente de 0.
Exemplos:
 = 3,1415926535897932.... (número pi).
 = 1,61803398874989... (número phi, número áureo ou número de ouro).

2 = 1,414213562373095...
Estes são números irracionais, cujo valor da última casa decimal nunca saberemos, ou seja, são
números cuja forma decimal são dízimas infinitas não-periódicas.

NÚMEROS REAIS (R): da reunião do conjunto dos números racionais com o conjunto dos números
irracionais obtemos o conjunto dos números reais.
R*= Reais não nulos
R+= conjunto dos números reais não negativos.
R-= conjunto dos números reais não positivos.
Os números reais esgotam todos os pontos da reta, ou seja, a cada ponto da reta corresponde um
único número real e, reciprocamente, a cada número real corresponde um único ponto da reta.

8
N Z Q R

CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS (C): Como sabemos a equação x 2  1  0 , não tem solução
no campo dos reais, pois não existe nesse campo raiz quadrada de um número negativo. Daí surgiu
a necessidade de estender o conjunto dos números reais para obter um novo conjunto, o dos
números complexos. Criou-se, então, um número cujo quadrado é -1. Esse número, representado
pela letra i, denominado unidade imaginária, é definido por i 2  1 . Todo número complexo pode
ser escrito na forma z = a+bi, com a e b  R , denominada forma algébrica. O número real a é
denominado parte real de z, e o número real b é denominado parte imaginária de z.
Exemplo:
Resolva no conjunto dos números complexos a equação x 2  2 x  10  0

2  4  40 2   36
x  (impossível no conjunto dos números reais).
2 2
No conjunto dos números complexos, podemos resolvê-la da seguinte forma:

2  (1)  36 2  i 2  36 2  6i
x  
2 2 2
2  6i
x'   1  3i
2
2  6i
x"   1  3i
2
Logo, 1+3i e 1-3i são raízes complexas da equação x 2  2 x  10  0 .

INTERVALOS NUMÉRICOS

O conjunto dos números reais é ordenado. Isso significa que podemos comparar quaisquer dois
números reais que não são iguais usando desigualdades.
O símbolo < significa menor.
O símbolo > significa maior.
9
O símbolo  significa menor ou igual.
O símbolo  significa maior ou igual.
Lei da tricotomia: sejam a e b dois números reais quaisquer, podemos ter as seguintes expressões:
a  b , a  b ou a  b

Intervalos limitados e ilimitados de números reais

Considerando a e b números reais e a  b , temos os seguintes subconjuntos dos Reais,


determinados por desigualdades.

 Intervalos limitados

Intervalo aberto: os extremos a e b não pertencem ao intervalo.


Representação gráfica:

Notação de intervalo: ] a, b [
Notação de conjuntos: {x  R | a  x  b}

Exemplo:

]3, 7[
{x  R | 3  x  7}

Intervalo fechado: os extremos a e b pertencem ao intervalo.


Representação gráfica:

Notação de intervalo: [ a, b ]
Notação de conjuntos: {x  R | a  x  b}

Exemplo:
10
[3, 7]

{x  R | 3  x  7}

Fechado à esquerda e aberto à direita: o extremo a pertence ao intervalo e o extremo b não


pertence.
Representação gráfica:

Notação de intervalo: [ a, b [
Notação de conjuntos: {x  R | a  x  b}

Exemplo:

[3, 7[
{x  R | 3  x  7}
Aberto à esquerda e fechado à direita: o extremo a não pertence ao intervalo e o extremo b
pertence.
Representação gráfica:

Notação de intervalo: ] a, b ]
Notação de conjuntos: {x  R | a  x  b}

Exemplo:

]3, 7]
{x  R | 3  x  7}

11
 Intervalos ilimitados
Definimos como intervalos infinitos os seguintes subconjuntos de R, com sua representação na reta
real, na forma de intervalos e na forma de conjuntos.
Representação gráfica:

Notação de intervalo: [a,[


Notação de conjuntos: {x  R | x  a}

Exemplo:

[3,[

{x  R | x  3}

Representação gráfica:

Notação de intervalo: ]  , a]
Notação de conjuntos: {x  R | x  a}

Exemplo:

]  ,3]
{x  R | x  3}

Representação gráfica:

Notação de intervalo: ]a,[


Notação de conjuntos: {x  R | x  a}

12
Exemplo:

]3,[
{x  R | x  3}

Representação gráfica:

Notação de intervalo: ]  , a[

Notação de conjuntos: {x  R | x  a}

Exemplo:

]  ,3[

{x  R | x  3}

Exercícios
Complete o quadro abaixo:
Intervalo Conjunto Representação gráfica

[6,8]
{x  R | x  8}

]-2, 1[
]  ,4[

{x  R | 3  x  10}

13
EXPRESSÕES NUMÉRICAS

As operações devem ser efetuadas na seguinte ordem: inicialmente, as potenciações, a seguir, as


divisões e multiplicações e, finalmente, a adição algébrica.
Além disso, devemos respeitar a eliminação dos sinais de pontuação (parênteses, colchetes e
chaves), começando sempre pelo mais interno.
Prioridades dos Sinais Prioridades das operações
1º parênteses ( ) 1º Potenciação e radiciação
2º Colchetes [ ] 2º Multiplicação e divisão
3º Chaves { } 3º Adição e subtração

PRODUTOS NOTÁVEIS

No cálculo algébrico, alguns produtos aparecem com muita frequência, por esse motivo são
chamados produtos notáveis.

Quadrado da soma de dois termos

x  y 2  x  y   x  y   x 2  xy  xy  y 2  x 2  2 xy  y 2

Então, temos a seguinte igualdade:

( x  y) 2  x 2  2 xy  y 2
O quadrado da soma de dois termos é igual ao quadrado do primeiro, mais duas vezes o produto do
primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo.
Exemplos:

 x 
 2  x   2  x  2  2 2  x 2  4 x  4
2 2

 x  32  x 2  6 x  9
 3x  2 y 2  9 x 2  12 xy  4 y 2
Quadrado da diferença de dois termos

x  y 2  x  y   x  y   x 2  xy  xy  y 2  x 2  2 xy  y 2

14
Então, temos a seguinte igualdade:

( x  y)2  x 2  2 xy  y 2
O quadrado da diferença de dois termos é igual ao quadrado do primeiro, menos duas vezes o
produto do primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo.
Exemplos:

 x  52  x 2  10 x  25
 3a  4b2  9a 2  24ab  16b 2

Exercícios

a) 2 x  3 =
2


b) 2a 2  3 =  2

c)  y  10 =
2

d) 5a  1
2

EQUAÇÕES E SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU

Equações do 1º grau
Toda equação escrita da forma ax + b, em que x representa a incógnita, e a e b são números
racionais com a  0 , é denominada equação do 1º grau com uma incógnita.
Exemplos:

23 x  16  14  17 x 10 y  5(1  y )  3(2 y  2)  20
23 x  17 x  14  16 10 y  5  5 y  6 y  6  20
40 x  30 10 y  5 y  6 y  20  6  5
30  y  21
x
40 y  21
3
x
4

15
m(m  4)  m(m  2)  2m 2  12 x  5 1  2x 3  x
 
10 5 4
m 2  4m  m 2  2m  2m 2  12
2( x  5) 4(1  2 x) 5(3  x)
 
2m  6m  2m 2  12
2

20 20 20
6m  12 2 x  10  4  8 x  15  5 x
12 2 x  8 x  5 x  15  10  4
m
6  x  21
m2 x  21

x3 3

23 1 35 x3 5
  3( x  3)  5( x  3)
4 x 6
69 x 12 70 x 3 x  9  5 x  15
 
12 x 12 x 12 x 3 x  5 x  15  9
69 x  12  70 x  2 x  24
69 x  70 x  1 2 x  24
 x  1 24
x
x 1 2
x  12

Sistemas de equações do 1º grau

Método da Substituição

Exemplo1: resolver o seguinte sistema:


 x  y  81

 x  y  35
1º Passo: Isolar uma incógnita.
Vamos isolar a incógnita x na 1ª equação
x  y  81
x  81  y

2º Passo: substituir a incógnita isolada


Na segunda equação substituímos a incógnita x por 81 – y.
x  y  35
(81  y )  y  35

16
3º Passo: Resolver a equação
x  y  35
(81  y )  y  35
81  y  y  35
 2 y  35  81
 2 y  46
2 y  46
46
y
2
y  23
4º Passo: encontrar o valor da incógnita isolada no início
x  81  y
x  81  23
x  58
Logo, S= {(58,23)}

Exemplo 2: Resolver o sistema


5 x  3 y  2

4 x  2 y  6
2  5x
Isolando uma incógnita: y 
3
Substituindo a incógnita isolada em outra equação:
4x  2 y  6
 2  5x 
4 x  2 6
 3 
4  10 x
4x  6
3
 4  10 x
 6  4x
3
 4  10 x  18  12 x
10 x  12 x  18  4
22 x  22
22
x
22
x 1

Calculando a incógnita isolada no início

17
2  5x
y
3
2  5 1
y
3
25
y
3
3
y
3
y  1

Logo, S= {(1, -1)}.

Método da Adição

Utilizando os exemplos anteriores, faremos a resolução pelo método da adição.


Exemplo1: resolver o seguinte sistema:
 x  y  81

 x  y  35
Observe que a primeira equação tem o termo y e a segunda equação tem o termo simétrico – y.
Dessa forma, podemos obter uma só equação sem a incógnita y, somando as duas equações
membro a membro.
 x  y  81

 x  y  35
2 x  116
116
x
2
x  58
Substituindo o valor encontrado em uma das equações iniciais, obtemos o valor de y:
x  y  81
58  y  81
y  81  58
y  23

Logo, S={(58,23)}

18
Exemplo 2:
5 x  3 y  2

4 x  2 y  6
Neste caso não há termos simétricos, mas podemos obter, multiplicando ambos os membros da
primeira equação por 2 e multiplicar ambos os membros da segunda equação por 3.

5 x  3 y  2 10 x  6 y  4
  
4 x  2 y  6 12 x  6 y  18
22 x  22
22
x
22
x 1
Agora, substituímos o valor de x em uma das equações do sistema dado inicialmente
5x  3 y  2
5 1  3 y  2
5  3y  2
3y  2  5
3 y  3
3
y
3
y  1

Logo, S= {(1, -1)}

Exercícios
1) Resolva em R, as equações abaixo:
a) 3x  10  4 x S={10}

b) 20 y  13  20  9 y S={3}

19
x 3
c)  S={6/5}
4 10

7 5
d)  ( x  4 e x  10) S={25}
x  4 x  10

e) 5(m  1)  3(2m  1)  4(5  m) S={6}

2) Determine a solução de cada um dos seguintes sistemas de equações do 1º grau.


 x  y  17
a)  S={(11, 6)}
x  y  5

20
2 x  5 y  18
b)  S={(94, -34)}
 x  60  y

 3 x  y  5
c)  S={(-1, 2)}
2 x  3 y  8

5 x  4 y  13
d)  S= {(1, 2)}
5 x  2 y  1

21
FUNÇÕES – (AULA 2)

SISTEMAS DE COORDENADAS CARTESIANAS ORTOGONAIS

A ideia de localizar pontos num plano é bem antiga em Matemática e, por volta do séc. III a.C., já
havia sido usada pelo geômetra Apolônio de Perga. No entanto, o sistema que utilizamos hoje se
originou dos trabalhos do matemático e filósofo René Descartes, que viveu na França, no século
XVII. Descartes adotava o pseudônimo de Cartesius e, por isso, o sistema criado por ele é conhecido
como cartesiano.
O eixo desenhado na posição horizontal é denominado eixo das abscissas, em geral indicado por
Ox. O eixo desenhado na posição vertical é denominado eixo das ordenadas, geralmente denotado
por Oy
Os eixos Ox e Oy dividem o plano em quatro regiões, chamadas quadrantes, caracterizadas pelos
sinais das coordenadas de seus pontos.
Sistemas de coordenadas cartesianas ortogonais é a correspondência que a cada par ordenado de
números reais associa um único ponto do plano cartesiano ortogonal.
Em A X B, representamos o conjunto A no eixo das abscissas e o conjunto B no eixo das ordenadas.

NOÇÃO DE FUNÇÃO

O conceito de função é um dos mais importantes da matemática e das ciências em geral. Ele está
presente sempre que relacionamos duas grandezas variáveis.

Exemplo: O número de litros de gasolina comprado e o preço a pagar

22
Observe que o preço a pagar é dado em função do número de litros comprados, ou seja, o preço a
pagar depende do número de litros comprados.

Noção de função por meio de conjuntos

Exemplos:
1) Dados os conjuntos A = {-2, -1, 0, 1, 2} e B = {-8, -6, -4, -3, 0, 3, 6}. Devemos associar cada
elemento de A ao seu triplo em B.

Nesse caso temos uma função, pois todos os elementos de A têm um único correspondente em B.

2) Dados A = {0, 1, 4} e B = {-2,-1, 0, 1, 2, 5}, relacionamos A e B da seguinte forma: cada

elemento em x, relacionado com sua respectiva raiz quadrada. y  x

23
Nesse caso não temos uma função de A em B, pois os elementos 1 e 4 pertencentes ao conjunto A,
possui mais de um correspondente em B.

3) Dados A = {-4, -2, 0, 2, 4} e B = {0, 2, 4, 6, 8}, associamos elementos de A ao seu igual em B. y


=x

Não é uma função, pois há elementos em A que não tem correspondente em B.

4) Dados A = {-2, -1, 0, 1, 2,} e B = {0, 1, 4, 8, 16} e a correspondência entre A e B dada pela
fórmula y  x 4 com x  A e y  B , temos:

É uma função, pois cada elemento de A, possui um único correspondente em B.

24
DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO

Uma função de A em B é uma relação em que para cada x, x  A , existe um único y, y  B , que
seja correspondente de x.
O conjunto A é chamado de domínio de f, e o conjunto B é chamado de contradomínio de f. Para
cada x  A , o elemento y  B chama-se imagem de f ou valor assumido pela função f para x  A e
representamos por f (x) , assim, y  f (x) .

Função injetora
A cada elemento do conjunto A corresponde um elemento distinto do conjunto B, ou seja, não há
elemento em B que seja imagem de mais de um elemento de A. De modo geral, uma função
f : A  B é injetora se, e somente se, para todo y  B existe um único x  A , tal que y = f(x).

Função sobrejetora
A função é sobrejetora se a sua imagem for igual ao seu contradomínio.

Função bijetora
Todos os elementos de B são imagens únicas dos elementos de A. De um modo geral a função é
bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Gráficos
Sendo f uma função de variável real, chama-se de gráfico de f ao conjunto de todos os pontos (x, y)
do plano cartesiano em que y  f (x) .

Reconhecimento de uma função por meio do seu gráfico


Toda e qualquer reta vertical que passe pelo domínio da relação (projeção do gráfico no eixo das
abscissas), deve interceptar uma única vez o gráfico da relação para que esta relação seja
considerada uma função.
25
Dos três gráficos acima, o gráfico (C) não é gráfico de uma função, existem três pontos no gráfico
com a coordenada x  0 , de modo que não existe um único valor de y para esse valor x  0 . Os
outros dois gráficos não apresentam esse problema, já que nenhuma linha vertical (imaginária)
cruza o gráfico em mais de um ponto. Gráficos que passam por esse “teste da linha vertical” são
gráficos de funções.

Domínio de uma função real de variável real

Uma função pode ser definida algebricamente por meio da regra (ou lei) em termos da variável x do
domínio.
Exemplos:
Encontre o domínio de cada uma das funções abaixo:
1
1) f ( x) 
x

t
2) h(t ) 
t2

26
3) f ( x)  4  x 2

4) g ( x)  7 x

1
5) f ( x) 
9  x2

6) h( x)  3 x  1

Mais alguns exemplos:

a) f ( x)  x  3
Devemos ter x  3  0 então x  3 , pois a expressão dentro do radical não pode ser negativa. O
domínio de f é o intervalo  3, .

x
b) g ( x) 
x5
A expressão dentro do radical não pode ser negativa e o denominador de uma fração não pode ser
zero.
x0 e x5
O domínio de f é o intervalo 0,5  5, .

27
CONTINUIDADE DE UMA FUNÇÃO – (AULA 3)

Uma das mais importantes propriedades da maioria das funções que modelam o comportamento
de ocorrências do mundo real é o fato de elas serem contínuas. Graficamente falando, uma função
é contínua num ponto se o gráfico não apresenta falha (do tipo “quebra”, “pulo”,...) naquele ponto.
Alguns casos de pontos de descontinuidade:

Paridade de uma função

Função par
Uma função f cujo domínio D é um conjunto simétrico é dita função par se, e somente se, para todo
x, x  D , tivermos que f ( x)  f ( x) .
Exemplo:
f ( x)  x 2  1
f (1)  0 f (2)  3
f (1)  0 f (2)  3

28
Observe pelo gráfico que existe uma simetria em relação ao eixo y (o lado direito espelha o
esquerdo). As imagens dos domínios x = – 1 e x = 1 são correspondentes com y = 0 e os domínios x =
–2 e x = 2 formam pares ordenados com a mesma imagem y = 3. Para valores simétricos do
domínio, a imagem assume o mesmo valor. A esse tipo de ocorrência damos a classificação de
função par.

Função ímpar
Uma função f cujo domínio D é um conjunto simétrico é dita função ímpar se, e somente se, para
todo x, x  D , tivermos que f ( x)   f ( x) .
Exemplo:
f ( x)  2 x
f (2)  4
f (2)  4

Observe o gráfico e visualize que existe uma simetria em relação ao ponto das origens. No eixo das
abscissas (x), temos os pontos simétricos (2;0) e (–2;0), e no eixo das ordenadas (y), temos os
pontos simétricos (0;4) e (0;–4). Nessa situação, a função é classificada como ímpar.

29
Função Composta

Consideremos os conjuntos A={-2, -1, 0, 1, 2}, B={-2, 1, 4, 7, 10} e C={3, 0, 15, 48, 99}, e as funções f :
A  B definida por f ( x)  3x  4 e g : B  C definida por g ( y)  y 2  1 .

Como nos mostra o diagrama acima, para todo x  A temos um único y  B tal que y  3x  4 , e

para todo y  B existe um único z  C tal que z  y 2  1 , então concluímos que existe uma função

h de A em C, definida por h( x)  z ou h( x)  9 x 2  24 x  15 , pois:

h( x)  z  h( x)  y 2  1
E sendo y  3x  4 , então h( x)  (3x  4) 2  1  h( x)  9 x 2  24 x  15 .
A função h(x) é chamada função composta de g com f. Podemos indica-la por gof (lemos “g
composta com f”) ou g[ f ( x)] (lemos “g de f de x”).
Vamos ver alguns exemplos para entender melhor a ideia de função composta.

Exemplos:
1) Dadas as funções f ( x)  x 2  1 e f ( x)  2 x , calcule f [ g ( x)] e g[ f ( x)] .

30
2) Dadas as funções f ( x)  5x e f [ g ( x)]  3x  2 , calcule g (x) .

3) Dadas as funções f ( x)  x 2  1 e g ( x)  3x  4 , determine f [g (3)] .

Função Inversa
Consideremos os conjuntos A = {0, 2, 4, 6,8} e B = {1, 3, 5, 7, 9} e a função f : A  B definida por
y  x  1. A função f está representada no diagrama abaixo:

A função f é uma função bijetora. A cada elemento x de A está associado um único elemento y de B,
de modo que y  x  1.
Porém, como f é bijetora, a cada elemento y de B está associado um único elemento x de A, de
modo que x  y  1 ; portanto temos uma outra função g : B  A, de modo que x  y  1 ou
g ( y)  y  1 . Essa função está representada no diagrama abaixo:

31
Pelo que acabamos de ver, a função f leva x até y enquanto a função g leva y até x. A função g : B 
A recebe o nome de função inversa de f e é indicada por f 1 .
O domínio de f é o conjunto imagem de g, e o conjunto imagem de f é o domínio de g. Quando
queremos, a partir da sentença y  f (x) , obter a sentença de f 1 ( x) , devemos seguir os seguintes
passos:
1º) Isolamos x na sentença y  f (x) .
2º) Pelo fato de ser usual a letra x como símbolo da variável independente, trocamos x por y e y por
x.

Observação: para que uma função f admita inversa f 1 , é necessário que ela seja bijetora. Se f não
for bijetora, ela não possuirá inversa.

Exemplo resolvido:

Exemplo 2
Obter a função inversa de f: R  R definida por y  2 x  1 .

32
FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM – (AULA 4)

Uma função do 1º grau é uma função polinomial de grau 1, e, assim, tem a forma f ( x)  ax  b ,

onde a e b são constantes e a  0.

Função Linear
f : R  R definida por f ( x)  ax para todo x  R . Nesse caso, b  0 .

Exemplo:
f ( x)  2 x

1
f ( x)  x
5
f ( x)  3 x
Função Identidade
f : R  R definida por f ( x)  x para todo x  R . Nesse caso, a  1 e b  0 .

Função Constante
f : R  R definida por f ( x)  b para todo x  R . Nesse caso, a  0 .

Exemplo:
f ( x)  3

3
f ( x) 
4
f ( x)  2

Zero ou raiz da função afim

33
Função crescente e decrescente
Se a  0  f é crescente.

Se Se a  0  f é decrescente.

Exemplos:
1) Determine o zero da função f ( x)  2 x  5 e esboce o gráfico de f.

34
x
2) Deermine o zero da função f ( x)    10 e esboce o gráfico de f.
3

Estudo do sinal da função afim


Fazer o estudo do sinal de uma função significa analisar para quais valores de x temos f ( x)  0 ,
f ( x)  0 , f ( x)  0 .

Exemplo:
Faça o estudo do sinal da função f ( x)  3x  1

Exemplos:
1) Determine o valor da função afim f ( x)  3x  4 para:
a) x  1

1
b) x 
3

c) x  0
35
d) x  k  1

2) Dada a função f ( x)  4 x  1
a) Determine o zero dessa função f e interprete-o geometricamente.

b) Construa o gráfico de f

c) Faça o estudo do sinal da função f.

3
3) Dada a função y  2  x.
4
a) Determine o ponto em que o gráfico da função corta os eixos x e y.

36
b) Estude a variação do sinal da função dada.

x 1
4) (UEL) Dada a função f, de R  R , definida por f ( x)    , é correto afirmar que:
3 6
a) f ( x)  0 , para todo x  2 .

b) f ( x)  0 , para todo x  2 .

c) f ( x)  0 , para todo x  2

1
d) f ( x)  0 , para todo x 
2
1
e) f ( x)  0 , para todo x 
2

VERIFICAÇÃO DA LEI DE UMA FUNÇÃO DO 1º GRAU – (AULA 5)

Se em vez de utilizarmos m como o coeficiente principal e considerarmos a notação y  f (x) ,


temos uma equação familiar, pois representa uma reta inclinada dada por:
y  mx  b

O coeficiente angular de m de uma reta não vertical que passa pelos pontos x1 , y1  e x2 , y 2  é

y 2  y1
dado por m  .
x 2  x1

37
Exemplo:
Considere o gráfico da função h representado a seguir, obtenha a lei de formação da função h.

 3 1  4 4
m  
25 7 7

y  y 0  m( x  x 0 )
4
y 1  ( x  5)
7
7 y  7  4 x  20
7 y  4 x  20  7
7 y  4 x  13
4 13
y x
7 7
4 13
Portanto, a lei de formação da função h representada no gráfico é y  x .
7 7

Outra forma de resolução


Como sabemos dois pontos por onde a reta da função h está passando, podemos substituir esses
pontos na função. Dessa forma, temos:

Ponto (5, 1) Ponto (-2, 3)


y  ax  b y  ax  b
1  5a  b  3  2a  b
Com as duas equações podemos montar um sistema de equações do 1º grau.
1  5a  b

 3  2a  b

38
 1  5a  b

 3  2a  b

1  5a  b
4
1  5  b
 4  7 a 7
20
4  7a 1 b
7
4
a 20
7 1 b
7
13
 b
7

4 13
Logo, y  x .
7 7

Mais alguns exemplos:

1) (UFRGS) A reta da figura abaixo tem equação 2x + 3y - 6 = 0. Calcule a área do triângulo ABC:

2) Qual é o zero da função afim cujo gráfico, que é uma reta, passa pelos pontos (2, 5) e (-1, 6)?

39
Gráficos definidos por mais de uma sentença
No dia a dia, é possível encontrar diversas situações que necessitam de modelos matemáticos para
sua interpretação, utiliza-se frequentemente o conceito de função, algumas definidas por mais de
uma sentença, como o exemplo abaixo.
Exemplos:
1) Uma loja vende seus produtos com descontos que variam de acordo com o valor da compra feita
pelo cliente. As regras são as seguintes:
- Para compras abaixo de R$ 100,00, o desconto é de 5%.
- Para compras de R$ 100,00 até R$ 200,00, o desconto é de 8%.
- Para compra acima de R$ 200,00, o desconto é de 10%.
Sendo c o valor da compra (em reais) e d o desconto concedido (em %) pela loja, como seria o
gráfico dessa função?

40
LISTA DE EXERCÍCIOS - FUNÇÕES E FUNÇÃO AFIM

f (235)  f (129)
1) (Mack –SP) Na função de R  R , definida por f ( x)  3x  1 , calcule .
106

2) Determinar se cada um dos esquemas das relações a seguir define ou não uma função de A em B,
justificando sua resposta.

3) Assinale as relações de R em R, que são funções.

41
4) Dada a função f : R  R definida por f ( x)  y  x 2  2 x  2 , determine:
a) D( f )

b) f (0)

c) f (2)

3
d) f  
5

 4
e) f   
 7

5) Os seguintes gráficos representam funções; determine o domínio D e o conjunto imagem Im de


cada uma delas

42
6) Verifique se os gráficos representam funções e, quando sim, se elas são pares ou ímpares.

43
7) (Unesp) A unidade usual de medida para a energia contida nos alimentos é kcal
(quilocaloria).Uma fórmula aproximada para o consumo diário de energia (em kcal) para meninos
entre 15 e 18 anos é dada pela função f(h) = 17.h, onde h indica a altura em cm e, para meninas
nessa mesma faixa de idade, pela função g(h) = (15,3).h. Paulo, usando a fórmula para meninos,
calculou seu consumo diário de energia e obteve 2.975 kcal. Sabendo-se que Paulo é 5 cm mais alto
que sua namorada Carla (e que ambos têm idade entre 15 e 18 anos), o consumo diário de energia
para
Carla, de acordo com a fórmula, em kcal, é:
a) 2501
b) 2601
c) 2770
d) 2875
e) 2970

3
8) A função f : R *  R é dada por f ( x)  . Calcule:
x

a) o valor de f  3 ;

b) o número real x, para que f x   6

x2 1
9) Seja f : R *  R a função dada por f x   .
x
1
Qual é o valor de f 3  f   ?
 3

44
10) Encontre o domínio da função algebricamente:
a) f ( x)  x 2  4

5
b) f ( x) 
x3

3x  1
c) h( x) 
x  3x  1

1 4
d) f ( x)  
x x3

4  x2
e) f ( x) 
x2

45
3
f) f ( x) 
x3

g) h( x)  5 x  8

2 x 2 x
h) y  
x2 x 1

1
i) f ( x) 
x  4x  5
2

11) Determine o zero de cada uma das seguintes funções:


a) f ( x)   x  2

1
b) f ( x)  x3
3

46
c) f ( x)  1  5x

12) Determine a expressão da função representada pelo gráfico abaixo:

13) Escreva uma equação para a função do 1º grau f, satisfazendo as condições dadas. Represente
graficamente.
a) f (5)  1 e f (2)  4

47
b) f (4)  6 e f (1)  2

14) (UNESP) Observe o gráfico da função f (x) e analise as afirmações a seu respeito

I. Se x1 e x2  Dom( f ) e x2  x1 , então f x2   f x1  .

II. Se x  1, então f x   0 .

III. O ponto (-2, 2) pertence ao gráfico de f x  .

A lei de formação de f x  representada no gráfico é dada por f x     x  1 .


1
IV.
2
A alternativa que corresponde a todas as afirmações verdadeiras é:
a) I e III
b) I, II e III
c) I e IV
d) II, III e IV
e) II e IV

48
15) (UEL) Seja a função f : R  R , dada por f ( x)  kx  5 , na qual k é uma constante real não
nula. Se o ponto (-3,2) pertence ao gráfico da f, então:
a) f ( x)  f ( x) para todo x real.
b) 5 é a raiz de f
c) f é sempre decrescente.
d) o gráfico de f não contém pontos do 4º quadrante.
e) o gráfico de f não contém pontos do 2º quadrante.

16) Determine a equação da reta que passa pelo ponto (2,1) e tem coeficiente angular igual a 3.

17) Determine p para que a função f ( x)  (2 p  3) x  2 seja decrescente.

x 2
18) Determinar o ponto (x,y) em que o gráfico da função f : R  R definida por f ( x)   ,
5 3
corta o eixo x.

49
4x  1
19) (PUC – PR) Seja função f : R  R definida por f ( x)  . Qual o elemento do domínio de
3
f, cuja imagem é 5?

20) (UEL) Se f é uma função do 1º grau, em que, f(120)=370 e f(330)=1000, então, f(250) é igual a:
a) 400
b) 590
c) 760
d) 880
e) 920

21) Para cada uma das figuras, escreva uma função f : R  R definida por f ( x)  ax  b , que
permita calcular o perímetro f(x) em função da medida x do lado.
Qual deve ser o valor de x para que os perímetros das figuras sejam iguais?

50
22) (UNESP – SP) Apresentamos abaixo o gráfico do volume do álcool em função de sua massa, a
uma temperatura fixa de 0ºC.

Com base nos dados do gráfico, determine:


a)A lei da função apresentada no gráfico.
b) Qual é a massa (em gramas) de 30 cm3 de álcool?

23) Uma construtora tem um terreno e calculou que gastará um total de 100 000 tijolos para
construir o muro que o cercará. Após construí-lo, acredita que precisará de 10 000 tijolos por
semana para a construção de casas no terreno.
a) Construir um modelo linear que descreva o número de tijolos necessários para as obras, inclusive
os do muro, em função do número de semanas decorridas a partir do término do muro.
b) Após 4 semanas, qual é a quantidade utilizada de tijolos?
c) Se estiver prevista a construção de 20 casas no terreno, e cada casa consumir 20 000 tijolos, qual
o domínio da função construída no item (a)?

51
24) (Vunesp) Uma pessoa obesa, pesando em certo momento 156kg, recolhe-se em um spa onde se
anunciam perdas de peso de até 2,5 Kg por semana. Suponhamos que isso realmente ocorra.
Nessas condições:
a) Encontre uma fórmula que expresse o peso mínimo, P, que essa pessoa poderá atingir após n
semanas;
b) Calcule o número mínimo de semanas completas que a pessoa deverá permanecer no spa para
sair de lá com menos de 120 Kg de peso.

25) (UFRN) A academia Fique em Forma cobra uma taxa de inscrição de R$ 80,00 e uma
mensalidade de R$ 50,00. A academia Corpo de Saúde cobra uma taxa de inscrição de R$ 60,00 e
uma mensalidade de R$ 55,00.
a) Determine as expressões algébricas das funções que representam os gastos acumulados em
relação aos meses de aulas, em cada academia.
b) Qual academia oferece menor custo para uma pessoa que pretende “malhar” durante um ano?
Justifique, explicitando seu raciocínio.

52
26) Um fabricante vende um produto por R$ 0,80 a unidade. O custo total do produto consiste
numa taxa fixa de R$ 40,00 mais o custo de produção de R$ 0,30 por unidade.
a) Qual é o número de unidades que o fabricante deve vender para não ter lucro nem prejuízo?
b) Se vender 200 unidades desse produto, o comerciante terá lucro ou prejuízo?

27) Determine a função inversa de cada função dada por:


x2
a) y  4 x  2 b) f ( x)  para x  2
x2

28) Dada a função f por f ( x)  x  6 , calcule f 1 (4) .

29) Determine f 1 (2)  f 1 (2) , sabendo que f ( x)  3x  1

53
30) Se f ( x)  5x  1 e g ( x)  1  4 x , calcule f ( g (2))  g ( f (2)) .

x
31) (MACK) Se x>1 e f ( x)  , então f ( f ( x  1)) é igual a:
x 1
a) x  1
1
b)
x 1
c) x  1
x
d)
x 1
x 1
e)
x 1

32) Se f ( g ( x))  6 x  13 e f ( x)  3x  2 . Calcule g (x) .

54
FUNÇÃO DO 2º GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA –(AULA 6)

Sejam a, b e c três números reais, em que a  0 , chama-se função quadrática, toda função do tipo
y  f ( x)  ax 2  bx  c .

Aplicação: Física (envolvendo lançamento oblíquo de projéteis, movimento uniformemente


variado), Engenharia Civil, Biologia.

Gráficos
A representação gráfica da função quadrática é uma curva denominada parábola, em que:
1) Se a  0 , tem concavidade voltada para cima.

2) Se a  0 , tem concavidade voltada para baixo.

55
Raízes ou zeros da função quadrática
São os valores em que a função se anula, ou seja, f ( x)  0 . Para calcular esses valores basta

b 
resolver a equação ax 2  bx  c  0 , cuja solução geral é x  em que   b 2  4ac .
2a

Geometricamente, os zeros ou raízes da função quadrática são as abscissas dos pontos em que a
parábola intercepta o eixo x. O valor de c na função é o ponto em que o gráfico intercepta o eixo y,
ponto (0, c).
Assim:
- Se   0 a função possui duas raízes reais distintas (x1 e x 2 ). A parábola intercepta o eixo x em
dois pontos.

- Se   0 , a função possui apenas uma raiz real. A parábola tangencia o eixo dos x.

56
- Se   0 , a função não possui raízes reais. A parábola não intercepta o eixo dos x.

Exemplos:
Determinar, se existirem, os zeros das seguintes funções quadráticas:
1) f ( x)  x 2  2 x  3

2) f ( x)  2 x 2  3 x  5

Vértice da parábola

No gráfico de uma função quadrática que é uma parábola, temos que o eixo de simetria é um eixo
perpendicular ao eixo x e que divide a parábola ao meio, o vértice de uma parábola é o ponto de
intersecção da parábola com o eixo de simetria.

57
Coordenadas do vértice:
b 
xv  e yv 
2a 4a

A parábola apresenta ponto de máximo se a  0 (concavidade para baixo) e ponto de mínimo


a  0 (concavidade para cima).

Imagem da função quadrática

     
Se a  0 : Im( f )   y  R | y   Se a  0 : Im( f )   y  R | y  
 4a   4a 

Exemplos:
1) Construa o gráfico da função f ( x)  x 2 .

58
2) Seja f: R  R, dada por f ( x)  3x 2  21x  36 .

a) Determine os zeros da função.

b) Determine o domínio da função f.

c) Em que ponto o gráfico da função intercepta o eixo das ordenadas?

d) A concavidade da parábola é para cima ou para baixo?

59
e) Quais são as coordenadas do vértice da parábola? O ponto que determina o vértice da parábola é
um ponto de máximo ou de mínimo?

f) Esboce o gráfico da função

g) Determine o conjunto imagem da função f.

60
3) Seja f: R  R, dada por y   x 2  10 x  14 , determine a imagem da função, se a função
assume ponto máximo ou ponto mínimo e faça o esboço do gráfico.

4) Dada a função g ( x)  x 2  4 x  5 , construa o gráfico e determine a imagem da função g.

61
5) Dada a função h( x)   x 2  4 x  2 , determine se a função assume valor máximo um
mínimo, construa o gráfico e determine a imagem da função h.

6) Encontre a função quadrática cujo gráfico está representado a seguir:

62
7) Encontre a função quadrática, sabendo que seu gráfico passa pelos pontos ( 0, 5), (1, -1)
e (3, -7).

FUNÇÃO DO 2º GRAU OU FUNÇÃO QUADRÁTICA – (AULA 7)

Estudo do sinal da função quadrática


Estudar o sinal da função quadrática é responder à pergunta:

 f ( x)  0

“Para que valores de x temos:  f ( x)  0 ?”
 f ( x)  0

f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2 f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2

f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2 f ( x)  0 para x1  x  x2

f ( x)  0 para x1  x  x2 f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2

63
f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2 f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2

f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2 f ( x)  0 para x  x1 ou x  x2

f ( x)  0 , x  R f ( x)  0 , x  R

Exemplos:

1) Dada a função f ( x)  x 2  7 x  10 , determine os valores de x para os quais f ( x)  0 ,


f ( x)  0 e f ( x)  0 .

64
2) Dada a função quadrática f ( x)  x 2  6 x  9 , faça o estudo do sinal da função f.

3) Dada a função quadrática g ( x)  2 x 2  x  3 , faça o estudo do sinal da função g.

65
LISTA DE EXERCÍCIOS – FUNÇÃO QUADRÁTICA

1) Gerador é um aparelho que transforma qualquer tipo de energia em energia elétrica. Se a


potência P (em watts) que certo gerador lança num circuito elétrico é dada pela relação

P(i)  20i  5i 2 , em que i é a intensidade da corrente elétrica que atravessa o gerador, determine o

número de watts que expressa a potência P quando i =3 ampères.

 2
2) (Fuvest – SP) Seja f ( x)  2 x 2  3x  1 . Calcule f  .

 3 

3
3) (UFSC) Considere as funções f: R  R e g: R  R dadas por f ( x)  x 2  x  2 e g ( x)  6 x  .
5
1 5
Calcule f    g  1 .
2 4

66
4) Determine, se existirem, os zeros reais das funções:
a) f ( x)  3x 2  7 x  2 b) f ( x)   x 2  3x  4

3
c) f ( x)   x 2  x 1 d) f ( x)  x 2  4
2

5) Seja f: R  R, dada por f ( x)   x 2  4 x  5 .


a) Determine os zeros da função.

67
b) Determine o valor da função quando x = -2.

c) Em que ponto o gráfico da função intercepta o eixo das ordenadas?

d) A concavidade da parábola é para cima ou para baixo?

e) Quais são as coordenadas do vértice da parábola? O ponto que determina o vértice da parábola é
um ponto de máximo ou de mínimo?

f) Esboce o gráfico da função.

6) Uma bola é atirada de um canhão e descreve uma parábola de equação y  3x 2  60 x (sendo x
e y medidos em metros). Determine a altura máxima atingida pela bala.

68
7) (UFSCAR) Uma bola, ao ser chutada num de meta por um goleiro, numa partida de futebol, teve
sua trajetória descrita pela equação h(t )  2t 2  8t (t  0) , onde t é o tempo medido em segundos
e h(t ) é a altura em metros da bola no instante t. Determine, após o chute:
a) o instante em que a bola retornará ao solo.
b) a altura máxima atingida pela bola.

8) (FUVEST) Os pontos (0, 0) e (2, 1) estão no gráfico de uma função quadrática f. O mínimo de f é
1
assumido no ponto de abscissa xv   . Logo o valor de f(1) é:
4
1 2 3 4 5
a) b) c) d) e)
10 10 10 10 10

69
9) Para cada função abaixo encontre as coordenadas do vértice, faça o esboço do gráfico, diga se a
função assume ponto de máximo ou ponto de mínimo e determine a imagem dessa função.
a) f ( x)   x 2  4 x

b) f ( x)  x 2  2 x  3

c) f ( x)  x 2  6 x  8

70
d) f ( x)   x 2  8x  15

e) f ( x)  4 x 2  2 x

10) (UEPG – PR) Seja a função f ( x)  3x 2  4 definida para todo x real. Determine o conjunto
imagem da função f.

71
11) (CEFET – PR) O maior valor que y pode assumir na expressão y   x 2  2 x é:
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

12) (VUNESP) Uma função quadrática tem o eixo dos y como eixo de simetria. A distância entre os
zeros da função é de 4 unidades, e a função tem – 5 como valor mínimo. Determine a função
quadrática correspondente.

13) Encontre a função quadrática cujo gráfico passa pelos pontos (4,0) e (-4,0) e intersecta o eixo
das ordenadas no ponto (0, 8). Em seguida, construa o gráfico da função.

72
14) (UFES) Um portal da igreja tem a forma de um arco de parábola. A largura de sua base AB (veja
figura) é 4 m e sua altura é 5 m. Qual a largura XY de um vitral colocado 3,2 m acima da base?

15) (UNESP) Considere um retângulo cujo perímetro é 10 cm e onde x é a medida de um dos lados.
Determine:
a) a área do retângulo em função de x;

b) o valor de x para o qual a área do retângulo seja máxima.

73
16) (Carlos Chagas – Fortaleza) A função f, R  R, definida por f ( x)  x 2  2 x  3 :
a) tem um máximo no ponto (1,2);
b) tem um máximo no ponto (2,1);
c) tem um mínimo no ponto (1,2);
d) tem um mínimo no ponto (2,1);
e) não tem pontos de máximo ou de mínimo.

17) (UEL) O conjunto imagem da função y  2 x 2  x  1 é o intervalo:

18) (UEL) Sobre o gráfico da função R  R, definida por f ( x)  3x 2  18x  15 . É verdade que:

a) sua concavidade é voltada para cima;

b) intercepta o eixo das abscissas para x =-1;

c) intercepta o eixo das ordenadas para x =-5;

d) tem seu vértice no primeiro quadrante;

e) tem um eixo de simetria vertical que passa pelo ponto (4, -12).

74
19) Deseja-se construir uma casa térrea de forma retangular. O retângulo onde a casa será
construída tem 80 m de perímetro. Calcule as dimensões desse retângulo sabendo que a área de
sua região deve ser a maior possível?

20) Sabe-se que o custo C para produzir x unidades de certo produto é dado por
C  x 2  80 x  3000 . Nessas condições, calcule:
a) a quantidade de unidades produzidas para que o custo seja mínimo;

b) o valor mínimo do custo;

75
21) Determine a função quadrática definida por f ( x)  ax 2  bx  c , cujo gráfico está representado
abaixo:

1 2
22) Determine o conjunto imagem da função f ( x)  x  3x  2 .
2

23) Uma empresa oferece o fretamento de um ônibus de 48 lugares na seguinte condição: cada
passageiro irá pagar R$ 42,00 fixos mais R$ 3,00 por lugar vago do ônibus. Para que a quantia
arrecadada pela empresa seja máxima, quantos lugares devem ser ocupados? Qual a quantia
arrecadada nesse caso?

76
TRIGONOMETRIA - (AULA 8)

A palavra trigonometria vem do grego (tri+gonos+metron, que significa três+ângulos+medida) e nos


remete ao estudo dos lados, ângulos e outros elementos dos triângulos.
Os primeiros estudos sobre o assunto são muito antigos. Hiparco, um grande astrônomo e
matemático grego, já no século II a.C., lança alguns fundamentos de trigonometria ao construir
tabelas de números para cálculos astronômicos, equivalentes às tábuas de senos. Somente no
século XVIII, o matemático suíço Euler conseguiu desvincular a trigonometria da astronomia,
transformando-a em um ramo independente na matemática.

Demonstração do Teorema de Pitágoras

25  16  9 ou 52  42  32
Essa relação métrica é válida para todos os triângulos retângulos.

A área do quadrado construído sobre o maior lado do triângulo retângulo é igual a soma das
áreas dos quadrados construídos sobre os dois menores lados.

Podemos então enunciar o Teorema de Pitágoras:

77
Obs: Um triângulo é retângulo quando tem um ângulo reto, ângulo de 90º.
No triângulo acima temos que:

a = medida da hipotenusa (lado oposto ao ângulo reto, também é o maior lado do triângulo)
b = medida do cateto
c = medida do cateto

Exemplo 1:
A figura mostra uma escada encostada na parede superior de um edifício. A escada tem 17m de
altura. Qual é o a altura do edifício?
Resolução:
A altura do prédio forma com a base um ângulo reto, logo, temos um triângulo retângulo, com
hipotenusa igual a 17 m (altura da escada), um dos catetos mede 8 m (distância da escada até a
base do prédio) e o outro cateto é o que queremos encontrar, pois é a altura do prédio.
17 2  82  h 2
289  64  h 2
289  64  h 2
225  h 2
h  15

A altura do prédio é 15 metros.

Exemplo 2:
O esquema abaixo representa o projeto de uma escada com 5 degraus de mesma altura.
De acordo com os dados da figura, qual é o comprimento de todo o corrimão?

78
Exemplo 3:
Num trapézio isósceles, a base menor é igual a 1/5 da base maior, que mede 60 cm. Determine as
medidas dos lados não paralelos desse trapézio, sabendo que a altura mede 18 cm.

Exemplo 4:
Duas torres, de 15 m e 44 m de altura, distam 32 m uma da outra. Qual é a distância entre os
extremos dessas torres? (as torres se localizam num terreno plano).

Relações métricas no triângulo retângulo

Podemos estabelecer algumas relações entre essas medidas, demonstradas a partir da semelhança
de triângulos.
c2  a  n bc  ah b2  a  m a  mn

h2  m  n a 2  b2  c 2

Exemplo:

(UEL) As raízes da equação x 2  21x  108  0 são, em centímetros, as medidas dos catetos de um
triângulo retângulo. A medida da altura relativa à hipotenusa desse triângulo é, em centímetros:
a) 6,6
b) 4,5
c) 4,8
d) 7,2
e) 7,5
79
LISTA DE EXERCÍCIOS – TEOREMA DE PITÁGORAS

1) (Vunesp) Uma praça possui a forma da figura abaixo, em que ABCE é um quadrado, CD=500m,
ED=400. Um poste de luz foi fixado em P, entre C e D. Se a distância do ponto A até o poste é a
mesma, quando se contorna a praça pelos dois caminhos possíveis, tanto por B e por D, conclui-se
que o poste está fixado a:
a) 300 m do ponto C.
b) 300m do ponto D.
c) 275 m do ponto D.
d) 250 m do ponto C.
e) 175 m do ponto C.

2) A figura mostra uma antena retransmissora de rádio de 72 m de altura. Ela é sustentada por 3
cabos de aço que ligam o topo da antena ao solo, em pontos que estão a 30 m do pé da antena.
Qual é a quantidade aproximada de cabo que será gasta para sustentar a antena?

80
3) Um fio de aço será esticado do topo de uma torre até o da outra. Quantos metros de fio serão
necessários?

4) Qualquer triângulo inscrito numa semicircunferência é retângulo. Neste triângulo, a hipotenusa é


o diâmetro. Nessas condições, determine o comprimento r do raio da circunferência ao lado.

5) Encontre a medida da altura de um trapézio retângulo sabendo que suas bases e o lado oblíquo
medem respectivamente, 10 cm, 15 cm e 13 cm.

6) Qual é a distância percorrida pela bolinha?

81
TRIGONOMETRIA – (AULA 9)

Relações trigonométricas no triângulo retângulo


Considere o triângulo ABC abaixo:

Seno

Cosseno

Tangente

Exemplo 1:
Um triângulo retângulo com hipotenusa de medida 8 possui um ângulo interno de 37º. Encontre a
medida dos outros dois ângulos e dos outros dois lados.

82
TRIGONOMETRIA – (AULA 10)

Relações trigonométricas no triângulo retângulo

Exemplo 1:
Para determinar a altura de uma torre, um topógrafo coloca o teodolito a 100 m da base e obtém
um ângulo de 30º, conforme mostra a figura. Sabendo que a luneta do teodolito está a 1,70 m do
solo, qual é aproximadamente a altura da torre?

Exemplo 2:
(Vunesp) Duas rodovias retilíneas A e B, se cruzam formando um ângulo de 45º. Um posto de
gasolina se encontra na rodovia A, a 4 km do cruzamento. Pelo posto passa uma rodovia retilínea C,
perpendicular à rodovia B. A distância do posto de gasolina à rodovia B, indo de C, em Km é:

2
a)
8

2
b)
4

3
c)
2

d) 2 2

e) 2 3

83
Exemplo 3:
Um avião está a 600m de altura quando se vê a cabeceira da pista sob um ângulo de declive de 30º.
A que distância o avião está da cabeceira da pista?

Circunferência trigonométrica

Arcos e ângulos
Seja uma circunferência de centro em 0 e raio r,  é chamado ângulo central e tem a mesma
medida do arco de circunferência que ele determina. Sendo assim, verificamos que a circunferência
toda mede 360º.
Grau e radiano
1
 Grau (º) é um arco unitário igual a da circunferência que contém o arco a ser medido.
360
 Radiano (rad) é um arco unitário cujo comprimento é igual ao raio da circunferência que
1
contém o arco a ser medido, isto é, corresponde a da circunferência.
2
Logo um ângulo pode ser medido em graus ou radianos. Como existem 2 radianos em um círculo
(lembre-se que o comprimento de uma circunferência é igual a 2  r ), temos as seguintes relações:
2  360º
  180º

 90º
2

84
Ciclo trigonométrico
Significa uma circunferência com uma direção predefinida, isto é, orientada. Pode-se trabalhar nos
sentidos horário e anti-horário.
O ciclo trigonométrico é um ciclo no sentido anti-horário (sentido positivo); sua origem é o ponto A;
o centro da circunferência coincide com a origem do sistema cartesiano ortogonal; o raio da
circunferência é igual a 1 unidade; os eixos dividem o círculo em 4 quadrantes.

85
LISTA DE EXERCÍCIOS - TRIGONOMETRIA

1) (FAAP) A seguir está representado um esquema de uma sala de cinema, com o piso horizontal.

De quanto deve ser a medida AT para que um espectador sentado a 15 metros da tela, com os
olhos 1,2 metros acima do piso, veja o ponto mais alto da tela, que é T, a 30º da horizontal?
a) 15,0 m
b) 8,66 m
c) 12,36 m
d) 9,86 m
e) 4,58 m

2) Para fazer a ligação entre dois andares de um shopping, deseja-se instalar uma escada rolante,
cuja inclinação seja de 28°. Sabendo que a diferença de altura entre os pisos desses andares é 4 m,
calcule a que distância horizontal do topo deverá estar situada a parte inferior da escada.
Dados: sen 28° = 0,47 cos 28° = 0,88 tg 28° = 0,53

86
3) (UFSM) Um estudante de Engenharia vê um prédio do Campus da UFSM construído em um
terreno plano, sob um ângulo de 30º. Aproximando-se do prédio mais 40 m, passa a vê-lo sob um
ângulo de 60º. Considerando que a base do prédio está no mesmo nível do olho do estudante,
então a altura h do prédio é igual a:

a) 30 3 m

b) 20 3 m
c) 30 m

d) 10 3 m
e) 28 m

4) Um topógrafo foi chamado para obter a altura de um edifício. Para fazer isto, ele colocou um
teodolito (instrumento ótico para medir ângulos) a 200 metros do edifício e mediu um ângulo de
30º, como indicado na figura a seguir. Sabendo que a luneta do teodolito está a 1,5 m do solo,
calcule a altura do edifício.

5) (UGF – RJ) A medida de ED, indicada na figura é:

a) 5 3 cm b) 6 cm c) 8 cm d) 10 cm e)10 3

87
6) (UFSC) Uma escada de 8 m de comprimento forma um ângulo de 30º com um muro vertical em
que se apoia. Sendo o solo o plano, calcular a altura do muro em que a escada está apoiada:

a) 2 3
b) 3 2
c) 4 3
d) 5
e) n.d.a

7) (ITA – SP) Um navio, navegando em linha reta, passa sucessivamente pelos pontos A, B e C.

Quando o navio está em A, o comandante observa o farol em L, e calcula o ângulo LÂC  30º . Após
navegar 4 milhas até B, verifica-se o ângulo LBC  75º . Quantas milhas separa o farol do ponto B?

8) (UEPA) Em benefício do bem comum, prefeituras municipais enfrentam interesses privados e


começam a combater a poluição visual, proibindo cartazes de propaganda nas ruas e prédios que
vão de encontro à ordem, à estética e limpeza, além do perigo causado aos motoristas que
trafegam nessas ruas, ao desviar a atenção deles. Dois motoristas, dirigindo na mesma direção e
sentido, avistam, num prédio localizado à frente, um outdoor. O motorista localizado no ponto A
avista o outdoor sob um ângulo de 30º, e o motorista localizado no ponto B avista-o sob um ângulo

de 60º, conforme figura abaixo. A distância AB , em metros, é um número compreendido entre:


a) 10 e 20 d) 40 e 50
b)20 e 30 e) 50 e 60
c) 30 e 40

88
9) Uma pessoa encontra-se num ponto A, localizado na base de um prédio, conforme mostra a
figura abaixo:

Se ela caminhar 120 metros em linha reta, chegará a um ponto B, de onde poderá ver o topo C do
prédio, sob um ângulo de 60º. Quantos metros ela deverá se afastar do ponto A, andando em linha
reta no sentido de A para B, para que possa enxergar o topo do prédio sob um ângulo de 30º?

10) (Cefet – PR) A Rua Tenório Quadros e a Avenida Teófilo Silva, ambas retilíneas, cruzam-se
conforme um ângulo de 30º. O posto de gasolina Estrela do Sul encontra-se na Avenida Teófilo Silva
a 4 000 m do citado cruzamento. Portanto, determine em quilômetros, a distância entre o posto de
gasolina Estrela do Sul e a Rua Tenório Quadros?

11) (UFPR) Na figura, os valores de x e y são respectivamente:

a) 2 2 e 3 b) 3 e3 3 c) 2 e 2 3 d) 4 e 3

89
12) (UNESP) Uma pessoa, no nível do solo, observa o ponto mais alto de uma torre vertical, à sua
frente, sob o ângulo de 30º. Aproximando-se 40 metros da torre, ela passa a ver esse ponto sob o
ângulo de 45º. A altura aproximada da torre em metros é:
a) 44,7
b)48,8
c) 54,6
d)60,0
e)65,3

13) Um turista vê o topo da torre Eiffel construída em um terreno plano, sob um ângulo de 30°.
Aproximando-se da torre mais 374 m, passa a vê-la sob um ângulo de 60°. Considerando que a base
da torre está no mesmo nível do olho do turista, calcule a altura da torre.

90
14) (UNESP – SP) Um farol localizado 36 m acima do nível do mar é avistado por um barco a uma
distância x da base do farol, a partir de um ângulo  , conforme a figura.
3
Admitindo-se que sen  = , calcule a distância x.
5

15) (UEL) Trafegando num trecho plano e reto de uma estrada, um ciclista observa uma torre. No
instante em que o ângulo entre a estrada e a linha de visão do ciclista é 60º, o marcador de
quilometragem da bicicleta acusa 103,50 km. Quando o ângulo descrito passa a ser 90º, o marcador
de quilometragem acusa 104,03 km.

Qual é aproximadamente, a distância da torre à estrada? (Se necessitar, use 2  1,41 ; 3  1,73 ;

6  2,45 )
a) 463,4 m
b) 535,8 m
c) 755,4 m
d) 916,9 m
e) 1071,6 m

91
16) A figura a seguir representa um corte vertical de uma peça usada em certo tipo de
máquina. Nesse corte, aparecem dois círculos, com raios de 3 cm e 4 cm, um suporte vertical
e um apoio horizontal. De acordo com as medidas indicadas na figura, qual a altura do
suporte?

92
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS – (AULA 11)

Função seno

Dado um ângulo  e um ponto P da circunferência, associado a  , fazemos a projeção desse

   
ponto no eixo dos senos OB e encontramos um ponto D. A medida OD é o seno de  ou,
simplesmente, sen( ) .
Características:
f ( x)  senx

Domínio: conjunto de todos os números reais.


Imagem: [-1, 1]
A função é contínua.
É alternadamente crescente e decrescente. É periódica de período 2 (o comportamento da
função é repetitivo para cada intervalo de comprimento 2 no eixo horizontal).
É simétrica com relação à origem (é uma função ímpar).
É limitada.
O máximo absoluto é 1.
O mínimo absoluto é -1.

Gráfico da função seno


Veja o gráfico inicialmente para x  0,2  e depois para x  R .

93
Como a função f ( x)  senx é definida no conjunto dos números reais, ou seja, seu domínio é

R, a curva pode ser estendida para valores de x menores do que zero e maiores do que 2 .
Assim o gráfico da função f : R  R , definida por f ( x)  senx , é a curva chamada senoide,
que tem o seguinte aspecto:

Função cosseno

Dado um ângulo  e um ponto P da circunferência, associado a  , fazemos a projeção desse

   
ponto no eixo dos senos OA e encontramos um ponto E A medida OE é o cosseno de 
ou, simplesmente, cos( ) .

Características:
f ( x)  cos x

94
Domínio: conjunto de todos os números reais.
Imagem: [-1, 1]
A função é contínua.
É alternadamente crescente e decrescente. É periódica de período 2 (o comportamento da
função é repetitivo para cada intervalo de comprimento 2 no eixo horizontal).
É simétrica com relação ao eixo vertical y (é uma função par).
É limitada.
O máximo absoluto é 1.
O mínimo absoluto é -1.

Gráfico da função cosseno


Veja o gráfico inicialmente para x  0,2  e depois para x  R .

Como a função f ( x)  cos x é definida no conjunto dos números reais, ou seja, seu domínio é

R, a curva pode ser estendida para valores de x menores do que zero e maiores do que 2 .
Assim o gráfico da função f : R  R , definida por f ( x)  cos x , é a curva chamada
cossenoide, que tem o seguinte aspecto:

95
Função tangente

Dado um ângulo  e um ponto P da circunferência, associado a  , estendemos a reta OP até

encontrar o eixo das tangentes AF   e encontramos um ponto F. A medida AF  é a


tangente de  ou, simplesmente, tg ( ) .
Características:
senx
f ( x) 
cos x

Domínio: conjunto de todos os números reais, sem os múltiplos ímpares de .
2
Imagem: conjunto de todos os números reais.
A função é contínua sobre o seu domínio.
É simétrica com relação à origem (é uma função ímpar).
Não é limitada superior e inferiormente.

Gráfico da função tangente

96
Função cotangente

Gráfico

Função secante e cossecante

97
Função secante Função cossecante

Relações fundamentais

Existem outras fórmulas, muito utilizadas em trigonometria, que apresentamos a seguir:

98
Círculo Trigonométrico

99
LISTA DE EXERCÍCIOS – TRIGONOMETRIA NA CIRCUNFERÊNCIA

1) O conjunto imagem da função definida por 𝑓(𝑥) = 1 + cos⁡(2𝑥) para o intervalo


[0,2𝜋] , é:

𝑎)⁡[0,2]
b) [0,1]
c) [−1,0]
d) [−1,1]
e) [−2,2]

1
2) O menor valor de , com 𝑥 real, é:
3−cos 𝑥

1
a) 6
1
b) 4
1
c) 2
d) 1
e) 3

3) Observe o gráfico:

Sabendo-se que ele representa uma função trigonométrica, a função representada é:


a) 𝑦 = −2cos⁡(3𝑥)
b) 𝑦 = −2sen⁡(3𝑥)
c) 𝑦 = 2 cos(3𝑥)
d) 𝑦 = 3𝑠𝑒𝑛⁡(2𝑥)
e) 𝑦 = 3cos⁡(2𝑥)

100
4) (UFGD MS) Um dispositivo mecânico pode girar no sentido horário e anti-horário e um
contador registra o ângulo, em graus, que mede o quanto o dispositivo girou em relação ao
ponto de partida. Se o contador marca um ângulo de 5000° negativos, o ângulo positivo
correspondente é:
a) 32°
b) 320°
c) 13°
d) 40°
e) 328°

5) (UFTM) A função f(x) é expressa por f(x) = 8 – 4 cos x . O valor máximo que essa função
assume é:

a) 2.

b) 4.

c) 8.

d) 12.

e) 16.

6) Transforme em radianos ou em graus:


5𝜋
a) 150° b) 𝑟𝑎𝑑
3

101
7) FGV-SP- Um supermercado, que fica aberto 24 horas por dia, faz a contagem do número de
clientes na loja a cada 3 horas. Com base nos dados observados, estima-se que o número de
clientes possa ser calculado pela função trigonométrica:

 x  
f ( x)  900  800  sen .
 12 
Onde 𝑓(𝑥) é o número de clientes e 𝑥, a hora de observação (𝑥 é um inteiro tal que
⁡0 ≤ 𝑥 ≤ 24).Utilizando esta função, a estimativa da diferença entre o número máximo e o
número mínimo de clientes dentro do supermercado, em um dia completo, é igual a:
a) 600
b) b) 800
c) c) 900
d) d) 1 500
e) e) 1 600

102
POTENCIAÇÃO E SUAS PROPRIEDADES – (AULA 12)

Uma multiplicação de fatores iguais pode ser escrita usando-se a potenciação. Observe:
25  2  2  2  2  2  32
O expoente (5) indica quantas vezes a base (2) se repete como fator.
Outros exemplos:

32  3  3  9
7 3  7  7  7  343

Potências de base negativa

Base negativa  expoente ímpar  resultado negativo.


Base negativa  expoente par  resultado positivo.
Exemplos:

 12  1
 13  1
 24  16
 33  27

Potências de base 10

Toda potência de 10 é igual ao número formado pelo algarismo 1, seguido de tantos zeros
indicar o número do expoente.
Exemplos:
10 2  100
10 4  10000
 103  1000
Observação: Todo número real diferente de zero, elevado a zero é igual a 1.
Exemplo:

12 0  1
130 0  1

103
Potência de um número real com expoente inteiro negativo

n
n 1 1
Para todo número real a, com a  0 , temos a  n    , sendo n um número natural
a a
diferente de zero
Exemplo:
2
2 1 1
5   
5 25
4
4  1 1
(2)    
 2 16
3 3
 4  7 343
      
 7  4 64

Propriedades

Multiplicação de potências
Dado um número real a, não nulo, e sendo m e n dois números inteiros, então a m  a n  a mn .
Exemplos:
23  2 2  232  25
3 1 3 4
2 2 2 2
       
3 3 3 3
54  51  54( 1)  541  53
(multiplicação de potências de mesma base, repete a base e soma os expoentes).

Divisão de potências
Dado um número real a, não nulo, e sendo m e n dois números inteiros, então a m : a n  a m n .
Exemplos:
35 : 3  351  34
6 4 : 6 7  6 4( 7)  6 47  611
3 2 3 2
2 2 2 2
  :     
3 3 3 3

(divisão de potências de mesma base, repete a base e subtrai os expoentes).

104
Potência de potência

Dado um número real a, não nulo, e sendo m e n dois números naturais, então a m  
n
 a mn
Exemplo:
5   5  5
3 2 32 6

10   10    10
3 3 3 3 9

Potência de um produto e potência de uma divisão

Dada a potência a  b  ou a : b  , sendo a e b dois números reais não nulos e n um número


n n

inteiro diferente de zero, temos: a  b  a n  b n ou a : bn  a n : b n


n

Exemplos:

3  57  37  57
2 : 73  23 : 7 3

Potências com expoente racional


m

a n , com a  R , m  Z , n  Z * , que representa n


a m , ou seja:
m

a n
 n am
Todo radical pode ser escrito na forma de potência com expoente fracionário e toda potência
com expoente fracionário pode ser escrita na forma de radical.
Exemplos:
1
10  10 2
2
3
5 52 3

2 3 2
3

3
6  4 63
4

105
EQUAÇÃO EXPONENCIAL – (AULA 13)

Equações exponenciais são aquelas em que a incógnita aparece nos expoentes.


Exemplos:
x
1
4  32    81 2 y  64
x

3

Resolução de equações exponenciais


Exemplos:
1) Vamos resolver as equações abaixo:
a) 3 x 1  81

x
1
b)    3 4
2

3 x  4
1
2
c) 2 x

106
1
d) 9 y 1 
27

9
e) 0,75 m 
16

3 x 2 4 x
1 1
f)      2  x4
2 2

g) 4 x 1  3 16

107
5 x  y  1

2) Vamos calcular x e y no sistema de equações  x y 1
3  3 
 9

a
 1  2
3) (UEL) Calculando-se    em que a   obtém-se:
 243  5
a) -81
b) -9
c) 9
d) 81
e) Um número não real.

4) (UFSC) Determine o valor de x na equação 5x 1  5x  5x 1  775 .

108
2 x 1  2 x  2
5) (U.F. Lavras – MG) O valor de x na expressão  48 é:
22  x  21 x

9x
6) Qual o número real x que satisfaz a sentença 3x 1  ?
81

FUNÇÃO EXPONENCIAL – (AULA 14)

Definição: Seja b uma constante real, uma função exponencial em x é uma função que pode
ser escrita na forma

f ( x)  b x
b é a base, tal que b  0 e b  1 .
Ao definirmos uma função exponencial de base b, impomos que b  R* e b  1 , pois:

 Se b  1  f ( x)  1x  1 para todo x  R , logo f(x) é uma função constante de R em R.

109
 Se b  0  f (0)  0 x , que não existe para determinados valores de x (por exemplo,
1
para x= -2, f (0)  0 2  , não existe, pois não existe divisão por zero.
02
1
 Se b  0  f ( x)  b x nem sempre existe (por exemplo, se b  4 x ,
2
1
f ( x)  (4) 2  R ).

Uma função exponencial é utilizada na representação de situações em que a taxa de variação


é considerada grande, por exemplo, em rendimentos financeiros capitalizados por juros
compostos, no decaimento radioativo de substâncias químicas, desenvolvimento de bactérias
e micro-organismos, crescimento populacional entre outras situações. As funções
exponenciais devem ser resolvidas utilizando, se necessário, as regras envolvendo
potenciação.

A função exponencial será crescente quando a base a for maior que 1, e decrescente se a for
positivo menor que 1. Seu gráfico terá sempre um dos seguintes aspectos:

f ( x)  2 x

110
x
1
f ( x)   
2

Algumas observações:

 As funções do tipo f ( x)  b x , passam pelo ponto (0,1).


 O gráfico não toca o eixo x e não tem pontos nos quadrantes III e IV.
 Funções exponenciais são sempre positivas.
 O domínio de f ( x)  b x é o conjunto de todos os números reais.

 A imagem de f ( x)  b x é o conjunto de todos os números reais positivos ]0,+ [.

 Quanto maior for a base da função f ( x)  b x , mais inclinado é o seu gráfico.


 A função é limitada inferiormente, mas não superiormente.
 Quando f é uma função crescente, lim f ( x)  0 e lim f ( x)   .
x  x 

 Quando f é uma função decrescente, lim f ( x)   e lim f ( x)  0 .


x  x 

Função exponencial ex
Uma função exponencial muito importante em matemática é aquela cuja base é e.
f ( x)  e x
A letra e é a inicial do último nome de Leonhard Euler (1707 – 1783), que foi quem introduziu
a notação.
111
Funções envolvendo essa função exponencial e x aparecem com muita frequência nas
aplicações matemáticas e na descrição de fenômenos naturais.

Descrita como ex (onde e é a constante matemática neperiana, base do logaritmo


neperiano), pode ser definida de duas maneiras equivalentes: a primeira, como uma série
infinita, a segunda, como limite de uma sequência.
x
 1
e  lim 1  
x 
 x
Não podemos calcular o número irracional e diretamente, mas usando esta definição
podemos obter, sucessivamente, aproximações cada vez melhores para e.

Exemplos:

1) (FMJ – SP) O número de bactérias de uma cultura, t horas após o início de certo

experimento é dado pela expressão N (t )  1200  2


0, 4t
. Nessas condições, quanto
tempo após o início do experimento a cultura terá 38 400 bactérias?
a) 5 horas e 20 minutos.
b) 10 horas.
c) 24 horas e 50 minutos.
d) 12 horas e 30 minutos.
e) 17 horas e 10 minutos.

2) (UNIRIO-RJ) EM uma população de bactérias, há P(t )  109  43t bactérias no instante


𝑡 medido em horas (ou fração de hora). Sabendo-se que inicialmente, existem 109
bactérias, quantos minutos são necessários para que se tenha o dobro da população
inicial?
a) 20
b) 12
c) 30
d) 15
e) 10
112
3) Um grande lago está sendo infestado por algas. A área do lago afetada pelas algas
cresce exponencialmente de acordo com a função 𝑓(𝑥) = 10. 2𝑥 , na qual x é o tempo
em meses após a observação inicial e f(x) representa a área em metros quadrados.
a) Qual a área, em metros quadrados, afetada pelas algas após dois meses?
b) Em quantos meses a área afetada pelas algas será de 320⁡𝑚2 ?

4) (Vunesp) Num período prolongado de seca, a variação da quantidade de água de certo


( 0,1) t
reservatório é dada pela função q(t )  q0  2 sendo q0 a quantidade inicial de
água no reservatório e q(t ) a quantidade de agua no reservatório após t meses.
Em quantos meses a quantidade de água do reservatório se reduzirá à metade do que
era no início?
a) 5
b) 7
c) 8
d) 9
e) 10

5) Uma determinada máquina industrial se deprecia de tal forma que seu valor t anos
após a sua compra, é dado por 𝑣(𝑡) = 𝑣0 . 2−0,2.𝑡 , em que 𝑣0 é uma constante real. Se,
após 10 anos, a máquina estiver valendo R$12.000,00, qual o valor que ela foi
comprada?

113
6) (UFMG) Observe a figura

Nessa figura, está representado o gráfico de f ( x)  k   , sendo k e  constantes


x

positivas. O valor de f(2) é:


a) 3/8
b) 1/2
c) ¾
d) 1
e) 2

114
LISTA DE EXERCÍCIOS - FUNÇÃO EXPONENCIAL

1) Resolva as seguintes equações exponenciais:


1
a) 8 x 
32

b)  3 
4
x
3
9

c) 8x  0,25

3 x 1
 , então os valores de x são:
2
2) (PUC – SP) Se 3x
9
a) 1 e 3.
b) 2 e 3.
c) 1 e 2.
d) 1 e 4.
e) 2 e 4.

115
3) (CESCEM – SP) A solução da equação 32 x 1  243 é:
a) 1
b) 0
c) -3
d) 3
e) 2

4) (PUC – PR) Se 3 x
 243 , então x vale:
a) 20
b) 15
c) 0
d) 1
e) 25

5) Resolva a equação exponencial: 3  2x  2  2x 1  5  2x  4  2x 1  52 .

6) (FEI – SP) A igualdade 7 x  7 x 1  8x se verifica para x igual a:


a) 1
b) 0
c) 2
d) -1
e) -3

116
7) (UEL – PR) O conjunto solução da equação 100  10 x  103 x , em R é:
5

a)  6  1; 
6 1

 30 
b)  
 2 
c) 5
d)  3,5
e) 3,5

2 x  2 y  2

8) (UEL – PR) Se a e b são soluções do sistema  32 x , então a+b é igual a:
 y  243
3
a) -2
b) -1
c) 0
d) 1
e) 2


5
3x2 y
 3125
9) (CESCEA – SP) No sistema  6 x  7 y , o produto xy vale:

11  14641

a) 6
b) 5
c) -6
d) -5
e) n.d.a

117
10) Numa certa cultura, há 1000 bactérias num determinado instante. Após 10 minutos,
existem 4000. Quantas bactérias existirão em 1 hora, sabendo que elas aumentam

através da fórmula P  P0  e kt , em que P é o número de bactérias, t é o tempo em


horas e k é a taxa de crescimento.

11) (UEG-GO) Em uma pesquisa, após n meses da constatação da existência de uma


epidemia, o número de pessoas por ela atingidas era:

40⁡000
𝑓(𝑛) = 2+15.4−2𝑛

Nessas condições, o tempo que a epidemia atinja pelo menos 4 000 pessoas é de
aproximadamente:
a) 9 dias
b) 10 dias
c) 7 dias
d) 5 dias

12) O número N de decibéis e a potência I de um som medida em watts por centímetro


N
16
quadrado estão relacionados pela fórmula I  10  10 . Qual o número de decibéis
10

correspondente ao som provocado por tráfego pesado de veículos, cuja potência é


estimada em 108 watts por centímetro quadrado?

118
13) Em pesquisa realizada, constatou-se que a população (P) de determinada bactéria
cresce segundo a expressão: P(t )  25  2t P(t) = 25 . 2t , onde t representa o tempo
em horas. Qual é o tempo necessário para atingir uma população de 400 bactérias?

14) (FIC / FACEM) A produção de uma indústria vem diminuindo ano a ano. Num certo
ano, ela produziu mil unidades de seu principal produto. A partir daí, a produção anual
passou a seguir a lei y = 1000 . (0,9)x. O número de unidades produzidas no segundo
ano desse período recessivo foi de:
a) 900
b) 1000
c) 180
d) 810
e) 90

15) Relacione o gráfico à função.

119
16) (Uespi) Um botânico, após registrar o crescimento diário de uma planta, verificou que
o mesmo se dava de acordo com a função f (t )  0,7  0,04(3)0,14t , com t
representando o número de dias contados a partir do primeiro registro e f(t) a altura
(em cm) da planta no dia t. Nessas condições é correto afirmar que o tempo
necessário para que essa planta atinja a altura de 88,18 centímetros é:

a) 30 dias.
b) 40 dias.
c) 46 dias.
d) 50 dias.
e) 55 dias.

17) Esboce o gráfico da função f ( x)  3x .

120
LOGARITMO – (AULA 15)

Dados os números reais a e b, ambos positivos, com b  1 , existe sempre um único real x tal
que b x  a . Este expoente x, que deve ser colocado na base b, para que o resultado seja a,
recebe o nome de logaritmo de a na base b.

Com a e b positivos e a  1 .

Em resumo, log b a  x , se e somente se, a  b .


x

Algumas aplicações:

Na computação, é utilizado o logaritmo na base 2 para representar dígitos de informação


(bits).
Na física, a escala logarítmica é utilizada em diversas aplicações. Uma delas é a escala de
decibéis, que mede a intensidade de sons. Ela é uma escala logarítmica também na base 10.
Na química, por sua vez, os logaritmos são aplicados para calcular o pH (potencial
hidrogeniônico) de uma solução.
Na geologia, os logaritmos permitem medir a amplitude (ou a “força”) de algum abalo sísmico
através da Escala Richter. A base utilizada, neste caso, é a 10, de modo que um abalo sísmico
com 6 pontos nesta escala é 10 vezes mais forte do que um abalo com 5 pontos.
Desde a época de sua criação até o surgimento das calculadoras e computadores, os
logaritmos constituíram-se numa poderosa “ferramenta” cálculo e foram decisivos para o
desenvolvimento da ciência e tecnologia.

Exemplos:
1) log 2 4  2  2 2  4

2) 32  9  log 3 9  2

121
5
1
3) log 1 32  5     32
2 2

log 4 16  x
4 x  16
4) 2 2   2 4
x

22x  24
x2

Exercícios:

1) Calcular log 1 7 27 . 2) Para que valores de x existe log x 3 9  x  ?


9

Propriedades:
Considerando a e b positivos e a  1
1) log b b  1 , pois b1  b .

2) log b 1  0 , pois b 0  1 .

3) log b b c  c , pois b c  b c .

4) b logb a  a , pois log b a  x  b x  a , substituindo x por log b a , temos b logb a  a .


5) log b x  log b y  x  y .

Exemplo:

Calcular 51log5 2 .
51 log5 2  51  5log5 2  5  2  10

Propriedade operatória dos logaritmos

1ª) Logaritmo de um produto


log b (M  N )  log b M  log b N

122
Ex: log 2 (4  8)  log b 4  log b 8  2  3  5

2ª) Logaritmo de um quociente

M 
log b    log b M  log b N
N
2
Ex: log 5    log 5 2  log 5 3
3
Consequência
1
log b  log b 1  log b N  0  log b N   log b N .
N
1
Logo, log b   log b N .
N
3ª) Logaritmo de uma potência
log b M N  N  log b M

Ex: log 2 8 4  4  log 2 8  4  3  12


Podemos aplicar essa propriedade no logaritmo de uma raiz (quando existir):
1
1
log b N M  log b M N   log b M
N
4ª) Mudança de base
log a N
log b N  , para N  0 , b  0 , a  0 , b  1 e a  1
log a b

Nessa propriedade de mudança de base, fazendo N=a, temos um caso importante:


log a a 1
log b a   .
log a b log a b

Logo,
1
log b a  ou log b a  log b a  log a b  1
log a b

log 2 64 6
Ex: log 4 64   3
log 2 4 2

123
FUNÇÃO LOGARÍTMICA – (AULA 16)

Definição: Sendo b uma constante real positiva e diferente de 1, chamamos de função


logarítmica a função f : R*  R , tal que f ( x)  log b a .

A função logarítmica é inversa da função exponencial.

Gráfico

Algumas observações:

124
 O gráfico da função logarítmica passa pelo ponto (1, 0), ou seja, f(1)=0, ou ainda,

log a 1  0 ;
 O gráfico nunca toca o eixo y nem ocupa pontos dos quadrantes II e III;
 Quando b  1 , a função logarítmica é crescente.
 Quando 0  b  1 , a função logarítmica é decrescente.
 A função logarítmica é ilimitada, superior e inferiormente.

Exemplos:

1) (Unirio) Um médico, após estudar o crescimento médio das crianças de uma


determinada cidade, com idades que variam de 1 a 12 anos, obteve a fórmula

 
h  log 100,7  i , em que h é a altura (em metros) e i é a idade (em anos).
Pela fórmula, uma criança de 10 anos dessa cidade terá de altura:
a) 120 cm
b) 123 cm
c) 125 cm
d) 128 cm
e) 130 cm

2) (Uniube – MG) A expectativa de lucro de uma pequena empresa é expressa pela lei
L(t )  2000  (1,25)t , sendo L(t ) o lucro após t meses. Considerando log 4  0,602 e
log 1,25  0,097 . Pode-se afirmar, assim que o lucro atingirá R$ 8000,00, no decorrer
do:
a) 10º mês
b) 7º mês
c) 5º mês
d) 4º mês
e) 3º mês

125
3) (UFSCAR-SP) A altura média do tronco de certa espécie de árvore que se destina à
produção de madeira evolui desde que é plantada, segundo o seguinte modelo
matemático: ℎ(𝑡) = 1,5 + log 3 (𝑡 + 1), com ℎ(𝑡) em metros e 𝑡 em anos. Se uma
dessas árvores foi cortada quando seu tronco atingiu 3,5m de altura, o tempo (em
anos) transcorrido do momento do plantio até o corte foi de:

a) 9
b) 4
c) 5
d) 8
e) 2

4) (UERJ) O número, em centenas de indivíduos, de um determinado grupo de animais, x


dias após a liberação de um predador no seu ambiente, é expresso pela seguinte
função:
f ( x)  log 53 5 ( x 4 )
Após cinco dias da liberação do predador, o número de indivíduos desse grupo
presentes no ambiente será igual a:

a) 3
b) 4
c) 300
d) 400
e) 5

126
Logaritmos de base e (logaritmo neperiano).

Logaritmos de base e são chamados logaritmos naturais. Muitas vezes utilizamos apenas a
notação “ln” para denotar logaritmo natural. Assim a função logarítmica natural é
f ( x)  log e x  ln x . Essa função é a inversa da função exponencial f ( x)  e x . Assim

y  ln x se e somente se e  x .
y

Propriedades básicas para logaritmos com base e.


Sejam x e y números reais, sendo que x é maior que zero.
ln 1  0 , pois e 0  1.
ln e  1 , pois e1  e
ln e y  y , pois e y  e y

e ln x  x , pois ln x  ln x

127
LISTA DE EXERCÍCIOS – FUNÇÃO LOGARÍTIMICA

1
18) (Mack – SP) Se log 3  x , então o valor de x é:
27
a) -9
b) -3
1
c) 
3
1
d)
3
e) -3

19) (UEL – PR) Se log 4 x  2 , o valor de log x 64 é:

a) -3
b) -1,5
c) -0,5
d) 1,5
e) 3

1
20) (UEL – PR) Se 2 x  y  16 e 5log4 x  , então x e y são tais que:
5
7
a) y  x 
2
15
b) xy 
4
c) x  15 y
d) x  4 y
e) 2 x  y  7

128
log 3 ( x  y )  2
21) (CEFET – PR) Sendo  x  3 y o produto x  y será:
3  27

a) 12
b) 15
c) 36
d) 9
e) 4

 x 1
2  4  y
22) (UNESP – SP) A solução do sistema  2 é um par ordenado (x;y) tal que x

log 2 (2 x  y )  1
– y vale:
a) -16
b) 16
c) 4
d) -2
e) 2

23) Sabendo-se que log 2  0,30 e log 3  0,47 , calcule:


a) log 36 

b) log125 

129
24) (UEL – PR) Se log 2  0,30 e log 3  0,48 , então o valor de log 54 é,
aproximadamente:
a) 0,395
b) 0,415
c) 0,435
d) 0,455
e) 1,740

25) Se log10 2  x e log10 3  y , obtenha log12 2 .

26) (UEL – PR) Se log 4 x  2 , o valor de log x 4 é:

a) 3
b) -1,5
c) 0,5
d) -0,5
e) 1,5
f) 3

130
27) (ITA – SP) Dados log10 2  a e log10 3  b , então log 9 20 é igual a:

b
a)
(1  2a)
a
b)
(1  b)
(1  a)
c)
2b
b
d)
2a

25
28) PUC – SP) O conjunto verdade da equação: log 3 3  x é:
5
9

a) V   
2
b) V   
3
 2
c) V   
 3
 3
d) V   
 2
3
e) V   
2

131
Referências Bibliográficas

CALDEIRA, André Machado; SILVA, Luiza Maria Oliveira; MACHADO, Maria Augusta Soares;
MEDEIROS, Valéria Zuma (coord.). Pré-Cálculo. 2. ed. rev. São Paulo: Cengage Learning, 2010.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática, contexto e aplicações. 1. ed. São Paulo: Ática, 2011.

DEMANA, Franklin D. et al. Pré-Cálculo. São Paulo: Pearson, 2009.

GIOVANNI, José Ruy; GIOVANNI, Benedito Castrucci: A conquista da matemática: a + nova. 6ª


série. São Paulo: FTD, 2002.

GIOVANNI, José Ruy; GIOVANNI, Benedito Castrucci: A conquista da matemática: a + nova. 7ª


série. São Paulo: FTD, 2002.

SILVA, Sebastião Medeiros da; SILVA, Elio Medeiros da; SILVA, Ermes Medeiros da.
Matemática básica para cursos superiores. São Paulo: Atlas, 2002.

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