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22/02/2009

ADMINISTRAÇÃO
PARTICIPATIVA

1.HISTÓRICO

A Administração Participativa é uma das idéias mais


antigas da administração. Ela nasceu na Grécia com a
invenção da democracia. Continua a ser uma idéia
moderna,, q
que integra
g as ppráticas mais avançadas
ç e é
considerada um dos novos paradigmas da administração.

A partir dos anos 70, com a tentativa das Empresas


Ocidentais “copiarem” práticas da gestão japonesa,
sobretudo os Círculos de Controle da Qualidade (CCQs).

NOVOS MODELOS GERENCIAIS

 ADMINISTRAÇÃO JAPONESA
1. ORIGEM HISTÓRICA
 Cultura milenar baseada em três valores: Pátria, Família e
Trabalho;
 Recuperação econômica do Japão no Pós-Guerra, visando o
mercado internacional com produtos competitivos
competitivos.
PÁTRIA
2. IDÉIAS BÁSICAS
FAMÍLIA
 E. Edwards Deming (Filosofia da Qualidade Total)
 J.M. Juran (Controle da Qualidade Total) TRABAL
 Kaoru Ishkawa (Círculos de Controle da Qualidade) HO

3. FILOSOFIA BÁSICA DA GESTÃO


 Trabalho em equipe, visando a Qualidade Total do processo
(satisfação do cliente)

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ADMINISTRAÇÃO JAPONESA
4. PRINCIPAIS PRÁTICAS GERENCIAIS

PRÁTICA GERENCIAL DESCRIÇÃO


Equipes espontâneas auto-gerenciadas, visando
1. Círculos de Controle de
buscar soluções para problemas da área de
Qualidade (CCQs) trabalho.
2. Controle de Qualidade Total Assegurar a qualidade do processo
Busca do consenso da equipe, com o
3. Método “Rengi”
Rengi de decisão
comportamento individual.
4. “Just-in-Time” Gestão de estoques, visando “puxar” a produção.
Programação e controle de produção pela própria
5. Kanban equipe, através de cartões ou papéis coloridos.
6. Kaizen Filosofia para melhoria contínua
Fabricação de produtos “customizados”, visando
7. Manufatura Flexível
atender nichos específicos de mercado.
Integração entre pequenas e grandes indústrias,
8. Keiretzu
visando a especialização flexível

2.CONCEITO
 Maximiano (2006): “Administração participativa é uma
filosofia ou doutrina que valoriza a participação das
pessoas no processo de tomar decisões sobre a
administração das organizações.”

 Conjunto harmônico de sistemas, condições


organizacionais e comportamentos gerenciais que
provocam e incentivam a participação de todos no processo
de administrar os três recursos gerenciais: Capital,
Informação e Recursos Humanos, obtendo através dessa
participação, o total comprometimento com os resultados,
medidos como eficiência, eficácia e qualidade.

ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA

OBJETIVOS
RESULTADOS A SEREM OBTIDOS ATRAVÉS DE EQUIPE(S)

 Melhorar a qualidade do(s) processo(s).


 Melhorar a pprodutividade.
 Usar flexibilidade na utilização de recursos.
 Modificar o clima de trabalho.
 Enriquecer as funções.
 Outros objetivos a serem atingidos.

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3. META
 Construir uma organização participativa em todas as suas
interfaces.
 Participação de todos e comprometimento individual com
os resultados.
Funcionários

Organização
Clientes Fornecedores
Participativa

Outras
interfaces

ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA

FORMAS DE PARTICIPAÇÃO

 Círculos de Controle de Qualidade – CCQs.

 Grupos de Melhoria Contínua ou Times de Qualidade.

 Comissão de Fábrica.

 Grupos semi-autônomos ou Células de Produção ou


Times de Trabalho Autônomos.

 Conselho de Representantes de Empregados.

4. MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO
PARTICIPATIVA
 Modelo diretivo: o gestor designa a
participação de cada funcionário nas
decisões.
 Problemas do modelo diretivo:
• Ineficiência global do sistema;
• Fragilidade da empresa;
• Insatisfação e desmotivação dos
trabalhadores;
• Autoritarismo.
Obs.: As organizações que utilizam o modelo
diretivo são denominadas mecanicistas.

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 Modelo participativo: todas as pessoas


expressam suas opiniões de forma livre, onde
cada um é responsável por seu desempenho e
comportamento.

Obs.:: As organizações que seguem o modelo


Obs
participativo são chamadas de orgânicas.

AUTOGESTÃO
AUTORIDADE DISCIPLINA
HIERARQUIA MODELO DIRETIVO MODELO PARTICIPATIVO
AUTONOMIA
OBEDIÊNCIA

MODELO DIRETIVO MODELO PARTICIPATIVO


 Subordinado sem liberdade para Processo de liderança envolve confiança entre
discutir problemas com superiores. superiores e subordinados.
Atitudes desfavoráveis em relação à Motivação tem por base a participação das
empresa. pessoas.
 Informação de cima para baixo,  Informação correndo livremente em todos os
distorcida e imprecisa. sentidos.
 processo de interação limitado
limitado. Processo de interação livre
livre, de modo que as
pessoas influenciam os objetivos.
 Definição de metas feita apenas no  Definição participativa de metas.
topo da organização, sem participação
dos níveis inferiores.
 Controle centralizado.  Controle disperso, baseado no autocontrole.

 Pessoas não se comprometem com  Metas elevadas de desempenho, aceitas por


as metas de desempenho. todos.

5. ESTRATÉGIAS DE PARTICIPAÇÃO

 Informação;

 Envolvimento no processo decisório;

 Participação na direção;

 Participação nos resultados.

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6. AUTOGESTÃO

 Consiste na autonomia completa, de uma pessoa ou grupo,


para administrar um empreendimento.

 Na realidade,
realidade ela apenas existe quando os participantes de
um empreendimento são também seus proprietários.

 Principais instrumentos: assembléias; plebiscitos; reuniões.

7. VANTAGENS DA ADMINISTRAÇÃO
PARTICIPATIVA
 Desenvolvimento expressivo;
 Participação eficaz dos trabalhadores;
 Distribuição eqüitativa de responsabilidade e dos resultados;
 Satisfação
Sa s ação com
co a essência
essê c a dos fatos;
a os;
 Elevado grau de integração com a cultura da organização;
 Sólida base para as decisões;
 Aceleração das condições da competitividade da empresa;
 Estímulo das condições da competitividade na organização;
 Sustentação do diálogo e respeito às diferenças individuais.

8. IMPLANTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PARTICIPATIVA

Ao se implantar a administração participativa


em uma organização, três de seus aspectos
sofrem mudanças. São eles:

 Comportamento;
 Estrutura;
 Visão Sistêmica.

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CONDIÇÕES PARA IMPLANTAÇÃO
A. QUANTO AO USO DO PODER

 Perda parcial do poder nos níveis superiores. ESTRATÉGICO

 Delegação efetiva da autoridade. GERENCIAL

 Negociação de áreas de competência. OPERACIONAL

 Predisposição para autonomizar gradualmente


os grupos.

ESTRATÉ
B. QUANTO AS CONSEQÜÊNCIAS DO GICO
MODELO GERENCIAL
EQUIPES
 Consciência da irreversibilidade do processo de
participação.

9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 MAXIMIANO, Antônio César Amaru. Teoria


Geral da Administração:Da Revolução Urbana à
Revolução Digital. São Paulo.Editora
Atl 2006
Atlas,2006.

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