METODOLOGIA DO TRABALHO
CIENTÍFICO
APREENSÃO
CONSTRUÇÃO
TRANSMISSÃO DO CONHECIMENTO
Belém
2012
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Ao defrontar o mundo exterior com o seu ´ “eu” interior, o homem se expressa por
meios de processos cognitivos e assim, lenta e gradativamente, ele conhece e domina os
fenômenos naturais.
O Conhecimento tem início quando ocorre um certo encantamento do ser humano ao
contemplar a natureza, o universo, as coisas ou os fatos que o cercam. Esse encantamento e
curiosidade dão início ao processo de conhecimento, de discernimento, que termina por
produzir o saber de forma metódica e organizar-se. Ao materializar-se este saber, o conhecer
toma forma de senso comum, da ciência, da filosofia, da religião, da arte e do mítico, que
correspondem aos tipos de conhecimentos que diferenciam-se uns dos outros por
características específicas e por objetos de estudo.
1. 2. O CONHECIMENTO MÍTICO
Contados, repetidos e em evolução constante através de gerações, os mitos que
conhecemos hoje formam um elo vivo com o surgimento da terra e as origens da humanidade.
Por toda parte, da Ásia à África, das Américas à Oceania, um sem-número de narradores
transmitiu a seus descendentes, lendas épicas sobre as gr4andes peripécias de heróis e seres
sobrenaturais, numa tentativa de explicar a criação e a catástrofe, a vida e a morte.
O mito é uma forma de se situar no mundo, de encontrar o seu lugar entre os demais
conhecimentos. É um modo de explicar o mundo e os fenômenos. É uma verdade que não
precisa de provas para ser aceita, uma verdade não teórica, intuitiva. Foi a primeira forma de
dar significado ao mundo. As primeiras explicações eram míticas, transmitidas oralmente em
fábulas, lendas e outras expressões. (TEIXEIRA (1999).
Os mitos efetivamente, narram não apenas a origem do mundo, dos animais, das
plantas, do homem, mas também de todos os acontecimentos primordiais em consequências
dos quais o homem se converteu no que é hoje – um ser mortal, sexuado, organizado em
sociedade, obrigado a trabalhar para viver e trabalhando de acordo com determinadas regras.
Por isso mesmo, para o homem das sociedades arcaicas,o mito é uma questão da mais alta
importância.
É o mito que ensina as histórias primordiais que o constituíram existencialmente,
assim como tudo o que se relaciona com sua existência. Dessa forma, conhecer os
mitos é aprender o segredo da origem das coisas, é aprender como as coisas vieram
à existência, onde encontra-las, como fazer com que reapareçam e fazer com que
desapareçam. (ELIADE, , 1997 p.16).
Portanto, o mítico é uma relação através do imaginário das pessoas com a realidade de
um conhecimento não demonstrado, livre, aberto, que é capaz de levar a perceber a realidade,
tendo uma noção do que ela é, de forma aberta e sem um caráter lógico, sem uma
racionalidade explicativa. É um conhecimento completo, poético, que não exige atitude
prática e matemática para demonstrar sua realidade.
Características: E um conhecimento valorativo, inspiracional, não verificável,infalível,
exato.
1. 3. CONHECIMENTO RELIGIOSO
A formulação de um conjunto de pensamentos sobre a origem do homem, seus
mistérios, princípios morais, forma um outro corpo de conhecimento humano, conhecido
como religião. È um conhecimento muito antigo e derivou do conhecimento mítico. No
ocidente, um livro muito conhecido traz as crenças e tradições de nossos antepassados e é
para muitos um modelo de conduta: a Bíblia. Esse livro é o registro do conhecimento
religioso judaico-cristão. Um outro livro semelhante é o livro sagrado dos hindus: Livro dos
Vedas. Veda, em sânscrito (antiga língua clássica da Índia), significa conhecimento.
O conhecimento religioso sempre foi direcionado no sentido de se compreender a
realidade do homem e o universo. Não demonstra e nem experimenta. Explica tudo pela fé e
revelação divina. É totalmente absoluto. Apóia-se em doutrinas bíblicas e tem por
características ser: valorativo e inspiracional – porque o que se crê é transmitido por
revelação sobrenatural. Assim não há o que questionar se é verdade ou mentira e se são
considerados infalíveis. Por isso é um conhecimento infalível. É sistemático – porque explica
o surgimento de tudo de forma ordenada, com princípio, meio e fim. Tudo é explicado como
obra e domínio de um Criador Supremo. Não é verificável – o acreditar ou não acreditar se
encerra de forma compulsória e absoluta.
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Indução é o princípio segundo o qual deve-se partir das partes para o todo. Ou seja,
ao fazer uma pesquisa, deve-se ir coletando casos particulares e, depois de certo número de
casos, pode-se generalizar, dizendo que sempre que a situação se repetir o resultado será o
mesmo.
Se, por exemplo, eu quero saber a que temperatura a água ferve. Coloco água no
fogo e, munido de um termômetro, meço a temperatura. Descubro que a fervura aconteceu a
100 graus centígrados. Repito a experiência e chego ao mesmo resultado. Repito de novo e
vou repetindo até chegar à conclusão de a água sempre ferverá a 100 graus centígrados.
Umberto Eco dá um outro exemplo curioso: os sacos de feijões.
Vejo um saco opaco sobre a mesa. Quero saber o que tem no mesmo. Uso o método
indutivo: vou tirando o conteúdo do saco um a um. Da primeira vez, me deparo com um
feijão branco. Na outra tentativa, de novo um feijão branco. Repito a experiência até achar
que está bom (ou até acabar a verba). Então extraio uma lei: dentro deste saco só há feijões
brancos.
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KARL POPPER
Para esse autor inglês, a ciência é caracterizada pelo falseamento. Ou seja, uma teoria
só é científica se for possível provar que ela está errada. Assim, seria não-científico afirmar
que vai chover amanhã. É certo que amanhã vai chover em algum lugar do planeta, em algum
horário. É científico dizer que vai chover amanhã às 17 horas em Macapá, pois essa afirmação
é passível de falseamento.
A ciência não aceita formulações vagas, que não podem ser falseadas, características
dos videntes e cartomantes: “Você vai viver um grande amor”; “Um grande reino vai cair”. É
impossível provar que essas firmações são falsas. Em algum momento a pessoa vai viver um
grande amor.
Para Popper, O cientista não deveria procurar fatos que comprovassem sua tese, mas
fatos que o falseassem, que provassem que ela é falsa.
Imaginemos que estejamos estudando as galinhas. Pesquiso uma e descubro que ela
bota ovos. Encontro outra galinha e observo o mesmo comportamento. Por indução, chego à
conclusão de que todas as galinhas botam ovos. Para Popper isso não é científico, pois se eu
encontrar uma única galinha que não bote ovos, minha tese cai por terra.
Para Popper, a indução é falha e a única maneira de sermos científicos é usarmos a
dedução.
Assim, eu crio uma lei geral: todas as galinhas botam ovos. Então pego uma galinha
ao acaso e verifico se ela bota ovos. Se isso ocorrer, a tese está correta, por ora. Se um dia
aparecer uma galinha que não bote ovos, a tese será falseada.
Popper nos ensinou que as verdades científicas são provisórias. São apenas hipóteses
esperando pelo falseamento.
THOMAS S. KUHN
Thomas Kuhn percebeu uma falha na teoria de Popper: nenhum cientista procura
falsear sua hipótese. Ninguém passa a vida toda pesquisando clonagem para depois chegar à
conclusão de que clonar um ser vivo é impossível (falseamento). Ele percebeu que a ciência
caminha através de revoluções científicas. Para melhor explicar sua teoria, ele criou o termo
Paradigma. Paradigmas são grandes teorias que orientam a visão de mundo do cientista.
Uma mudança de paradigma pode representar uma alteração total na maneira como
as pessoas vêm o mundo. São as chamadas revoluções científicas.
Por que as coisas queimam?
Antes de Lavoisier: porque contém flogisto, um produto altamente inflamável.
Lavoisier: por que entram em contato com oxigênio.
Os paradigmas fornecem uma visão de mundo que orienta os pesquisadores.
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Você tem certeza de que o material que você leu está bem compreendido?
Muitos estudantes desperdiçam grande parte do tempo lendo materiais cujo significado não
está bastante claro para eles. As pesquisas provam que há diferença no nível de aprendizagem
de material significativo e pouco significativo. Esteja certo de que você compreende o
material de leitura. Para isso, tente descobrir as relações entre o que você está tentando
aprender e o que você já sabe. Traduza as passagens difíceis para sua própria linguagem (se
preciso, use o dicionário, a enciclopédia. Tente explicar o texto para você mesmo e para as
outras pessoas: ao tentar explicar algo para outra pessoa, você descobrirá em que pontos
sua compreensão está falha e poderá se concentrar mais nos pontos fracos.
Ler: Grifar e Anotar nas Margens
Para que adianta grifar um texto lido?
Quando observamos os livros de texto e as notas de aula dos alunos, verificamos que poucos
deles descobriram a força e a riqueza do grifo.
Alguns grifam demais, outros praticamente nada, e outros ainda de modo impróprio.
Freqüentemente encontramos capítulos inteiros onde a maior parte do material está grifada; o
grifo feito com exagero perde muito do seu valor potencial.
O processo mecânico de grifar pode ajudar na concentração; mas, na realidade, isso é apenas
um pouco mais útil do que seguir a linha com o dedo. Grifar deve ser um processo seletivo e
de resumo.
Como você pode grifar de maneira seletiva e não mecanicamente ?
O grifo deve ser feito com dois objetivos em mente: primeiro deve ser uma ajuda para você
entender e organizar a matéria; segundo, um auxílio para revisão.
Para que o material grifado possa ser útil para a revisão, é preciso que seja por si mesmo
significativo. Os detalhes precisam estar relacionados uns com os outros e se enquadrar bem
ao tópico principal em que estão incluídos. O material grifado de modo apropriado, resume
para a revisão posterior (ou mesmo para fazer um resumo escrito daquele texto) as principais
idéias, os detalhes importantes, os termos técnicos e as definições.
Há um plano que possa ser seguido para que você possa grifar eficientemente?
Se você quer que o grifo seja eficiente, então é necessário que seja feito de acordo com um
plano. Tente, por exemplo, o plano seguinte, que tem sido empregado com êxito por muitos:
1. Faça uma leitura do material sem grifar nada (só ler): você terá uma visão global dele;
2. Na segunda leitura, é que você deverá começar a grifar o texto, usando a seguinte
técnica: identifique, em cada parágrafo, quais as questões que seguem as seqüências
dos tópicos e tente respondê-las enquanto lê ( em outras palavras: faça um
levantamento das possíveis perguntas em que o trecho lido serve como respostas.
Quando se estuda, durante uma leitura deve-se prever as questões que aquele trecho
pode resultar). Quando encontrar idéias ou detalhes importantes que ou respondem as
questões, ou estejam relacionadas com ela, coloque um sinal claro na margem.
Quando terminar o parágrafo, volte a olhar os itens que marcou. Se ainda achar que as
idéias ou os detalhes são importantes, então grife-os.
Você usa as margens do texto para fazer apontamentos ?
A combinação do grifo com as anotações nas margens é mais eficiente do que os simples
grifo; isso obriga-o a reformular o material do texto com as suas próprias palavras, a resumi-
lo e a dispô-lo sob uma forma mais conveniente para posterior estudo, revisão, resumo escrito,
resenha ou fichamento.
Antes de grifar o texto, você identificou as perguntas que se podem extrair dele. Seria útil que
você as escrevesse nas margens; para mais tarde fazer uma revisão rápida , ou um resumo
escrito, ou uma resenha, ou um fichamento do que leu, você terá as principais perguntas do
texto escrita nas margens e suas respectivas respostas grifadas nele.
Outra possibilidade é você redigir nas margens também as respostas; assim, você terá a
oportunidade de traduzir para suas próprias palavras as idéias centrais do texto, garantindo
que elas estão realmente bem compreendidas.
Algumas pessoas também encontram utilidade em resumir em uma ou duas palavras o assunto
central em cada parágrafo.
- Interpretação de Texto
Um primeiro passo. O entendimento de um texto, ainda o elemento básico da comunicação
humana, implica uma análise: a sua decomposição em partes. Só assim, o seu entendimento é
possível. Como analisar um texto e interpretá-lo é o objetivo do vestibular.
Como se vê, a compreensão do texto depende também do conhecimento de mundo, o que nos
leva à conclusão de que o aprendizado da leitura depende muito das aulas de Português, mas
também de todas as outras disciplinas sem exceção.
Construção da Frase
Se começamos bem uma frase, ela praticamente escreve o seu final sozinha. Assim, é
preciso controlar cuidadosamente como empregamos as primeiras palavras de uma frase. No
inicio da frase o tema deve ser organizado em torno do sujeito ou conceito central e logo se
passa ao verbo que expressa a ação crucial que aquele sujeito sofre ou exerce. Com isso, as
informações novas ou relevantes ou o ponto mais forte da frase, é quase sempre o seu final!
Em resumo: deve-se guardar a informação mais importante, mais forte, mais nova
e mais original para o final da frase. O melhor é iniciar a frase com artigo ou com sujeito
e nunca com advérbio!
Exemplo 1: Inadequado "Fui atropelado por um carro hoje pela manhã ao sair do
trabalho." Adequado "Hoje pela manhã, ao sair do trabalho, fui atropelado por um carro”.
No primeiro exemplo o impacto inicial é tamanho que não se percebe mais o resto da
frase. Ninguém conseguirá lembrar se era de manhã ou de tarde ou de noite ou se estava indo
passear ou trabalhar. A segunda frase leva o leitor até a informação essencial estabelecendo
com precisão as condições em que o fato ocorreu.
Exemplo 2 – Inadequado “Historicamente, as alterações nas pregas vocais, de cantores
líricos, eram tratados com infusão de sal grosso”. Adequado “A infusão com sal grosso foi um
dos primeiros tratamentos recomendados aos cantores líricos com alterações de laringe”.
Estrutura do Parágrafo
Um parágrafo é uma unidade de composição escrita sobre um determinado assunto, que
é elaborada a fim de atingir um determinado objetivo. Essa unidade é estruturada por meio de
um conjunto de orações e apresenta, normalmente, três partes: introdução, desenvolvimento e
conclusão.
Assim sendo, quando se trata de um texto dissertativo, é sempre importante perceber três
aspectos fundamentais: o assunto, o ponto de vista (tese) e os argumentos que sustentam o
ponto de vista.
O ponto de vista é a idéia central (principal) - aquilo que o autor diz sobre o assunto, sua
opinião -, e os argumentos são as idéias de apoio - aquelas que dão suporte à idéia central
(exemplos, enumerações,dados estatísticos,comparações etc.).
Pode-se comparar o parágrafo dissertativo a uma mesa. O topo da mesa é a idéia central,
aquilo em que o autor pensa, crê ou simplesmente aquilo que sabe sobre o assunto. Mas a
mesa não ficaria em pé sem as pernas que a sustentam!No parágrafo, as "pernas" são os fatos,
exemplos, comparações, enfim, as idéias de apoio que dão suporte à idéia central. Constituem
a prova dada pelo autor de que a idéia principal é válida.
A sentença que contém a idéia central pode ser a primeira sentença do parágrafo, a
última ou a do meio. Às vezes, o parágrafo não apresenta uma sentença contendo a idéia
principal. Nesse caso, a idéia central aparece implícita.
Procedimentos Argumentativos
Procedimento argumentativo são recursos dos quais o autor lança mão a fim de justificar
a opinião que formulou. Afinal, uma opinião sem fundamentação não satisfaz, não parece
verdadeira e, conseqüentemente, não convence. Quando queremos expressar nosso ponto de
vista a respeito de determinado assunto, seja ele favorável ou contrário, devemos fundamentar
nossa opinião. Em outras palavras, devemos desenvolver nossa afirmativa para que ela tenha
valor.
Se dissermos A administração Fleury foi ruinosa para o Estado de São Paulo, um
partidário do ex-governador poderá responder simplesmente que não foi.
No entanto, se dissermos A administração Fleury foi ruinosa para o Estado de São
Paulo, porque deixou dívidas, junto ao Banespa, de 8,5 bilhões de dólares, porque deixou de
pagar os fornecedores, porque acumulou dívidas de bilhões de dólares, porque inchou a folha
de pagamento do Estado com nomeações de afilhados políticos, porque desestruturou a
administração pública etc., o partidário do ex-governador, para argumentar, terá de responder
a todos esses fatos.
São diversos os recursos argumentativos utilizados pelo autor para fundamentar sua
opinião. O importante mesmo é a forma como o argumento é apresentado, pois precisa ser
CONSISTENTE, passando para o leitor um valor de verdade.
Os principais procedimentos argumentativos são: comparação; definição; relações de
causa e conseqüência; enumeração e ordenação por espaço e tempo.
Estilo do Texto
Os projetos de pesquisa são elaborados com a finalidade de serem lidos por professores
pesquisadores incumbidos de analisar suas qualidades e limitações. Espera-se, portanto, que
seu estilo seja adequado a esses propósitos. Embora cada pessoa tenha seu próprio estilo, ao se
redigir o projeto, convém atentar para certas qualidades básicas da redação, que são
apresentadas a seguir.
a) lmpessoalidade
O relatório deve ser impessoal. Convém, para tanto, que seja redigido na terreira pessoa.
Referências pessoais, como "meu projeto", "meu estudo" e "minha tese" devem ser evitadas.
São preferíveis expressões como: "este projeto", "o presente estudo" etc.
b) Objetividade
O texto deve ser escrito em linguagem direta, evitando-se que a seqüência seja desviada
com considerações irrelevantes. A argumentação deve apoiar-se em dados e provas e não em
considerações e opiniões pessoais.
c) Clareza
As idéias devem ser apresentadas sem ambigüidade, para não originar interpretações
diversas. Deve-se utilizar vocabulário adequado, sem verbosidade, sem expressões com duplo
sentido e evitar palavras supérfluas, repetições e detalhes prolixos.
d) Precisão
Cada palavra ou expressão deve traduzir com exatidão o que se quer transmitir, em
especial no que se refere a registros de observações, medições e análises. As ciências possuem
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e) Coerência
As idéias devem ser apresentadas numa seqüência lógica e ordenadas. Poderão ser
utilizados tantos títulos quanto forem necessários para as partes dos capítulos; sua redação,
porém, deverá ser uniforme, iniciando-se ou com verbos ou com substantivos.
O texto deve ser elaborado de maneira harmoniosa. Para tanto, deve-se conferir especial
atenção à criação de parágrafos. Cada parágrafo deve referir-se a um único assunto e iniciar-se
de preferência com uma frase que contenha a idéia-núcleo do parágrafo - o tópico frasal. A
essa idéia básica associam-se pelo sentido outras idéias secundárias, mediante outras frases.
Deve-se também evitar a criação de um texto no qual os parágrafos sucedem-se uns aos outros
como compartimentos estanques, sem nenhuma fluência entre si (transições).
A estrutura do parágrafo tem analogia com a estrutura da frase. As frases que se seguem
à frase introdutória trazem informações adicionais a propósito daquele tópico que o autor
deseja discutir. Um parágrafo é, portanto, formado por duas fases: a questão e sua discussão,
sendo de certa forma, uma microtese! Assim como nas frases, deve-se guardar as informações
mais novas e originais para o final do parágrafo.
Observações finais:
Expressões corriqueiras da linguagem oral de uma profissão podem ser
totalmente inadequadas em um trabalho escrito. Exemplos: pegar uma veia, rodar
um EEG, tirar a pressão, entre outros.
Não se deve utilizar a abreviatura etc... na monografia. Substitua por “entre
outros” ou “entre outras”.
Utilizar palavras erradas é o maior dos pecados! Deve-se consultar dicionários
sempre que houver dúvida!
Nunca atribuir propriedades e ações humanas a coisas. Exemplos: O trabalho
conclui que...; A literatura refere que...; O tumor tem predileção pelas pregas
vocais ...; A tabela 3 mostra as características...
f) Concisão
O texto deve expressar as idéias com poucas palavras. Convém, portanto, que cada
período envolva no máximo duas ou três linhas. Períodos longos, abrangendo várias orações
subordinadas, dificultam a compreensão e tornam pesada a leitura. Não se deve temer a
multiplicação de frases, pois, à medida que isso ocorre, o leitor tem condições de entender o
texto sem maiores dificuldades.
Quando os períodos longos forem inevitáveis, convém colocar na primeira metade as
palavras essenciais: o sujeito, o verbo e o adjetivo principal. Isso porque as palavras da
primeira parte da mensagem são mais facilmente memorizáveis. Quando, porém, são feitas
intercalações com muitas palavras separando o sujeito e o verbo principal, o entendimento
torna-se mais difícil.
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g) Simplicidade
A simplicidade, paradoxalmente, constitui uma das qualidades mais difíceis de serem
alcançadas na redação de um relatório ou monografia. É comum as pessoas escreverem mais
para impressionar do que para expressar. Também há os que julgam indesejável empregar
linguagem familiar num trabalho científico. Essas posturas são injustificáveis. Devem ser
utilizadas apenas as palavras necessárias. O uso de sinônimos pelo simples prazer da variedade
deve ser evitado. Também se deve evitar o abuso dos jargões técnicos, que tornam a prosa
pomposa, mas aborrecem o leitor. Convém lembrar que o excesso de palavras não confere
autoridade a ninguém; muitas vezes constitui artifício para encobrir a mediocridade.
h) Formatação
Tamanho do Papel – A 4 (210 x 297mm)
Alinhamento do Documento:Para efeito de alinhamento, não devem ser usados barras,
travessões, hífens, asteriscos e outros sinais gráficos na margem lateral direita do texto, que
não deve apresentar saliências e reentrâncias.
Margem Superior - 3,0 cm
Margem Inferior - 2,0 cm
Margem Esquerda - 3,0 cm
Margem Direita - 2,0 cm
Espaçamento entre linhas – A partir da Introdução, todo o corpo do texto deverá ser digitado
em espaçamento entrelinhas 1,5. O espaço é simples nas notas de rodapé, nas citações em
destaque (com mais de 3 linhas) e nas Referências.
Tipos de Fonte Arial ou Times New Roman, estilo normal, cor preta
Tamanho da Fonte – 12 para o corpo do trabalho e 10 para o Resumo, notas de rodapé, e nas
citações em destaque da margem.
Parágrafos - Deverão iniciar-se a 2, 0 cm a partir da margem esquerda do texto. No
computador, usar a régua, colocando o indicador da primeira linha abaixo do número 2,0
cm.
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• O cientista tem uma capacidade de juízo crítico mais desenvolvida. O aluno esforça-se
para o exercício de compreensão e crítica inicial;
• A resenha facilita o trabalho do profissional ao trazer um breve comentário sobre a
obra e uma avaliação da mesma;
• Na introdução o aluno deve apresentar o assunto de forma genérica até chegar ao foco
de interesse, ou ao ponto de vista o qual será focalizado. Uma vez apresentado o foco
de interesse, o aluno procura mostrar a importância do mesmo, a fim de despertar o
interesse do leitor. Por último, deixa-se claro, o caminho/método que orienta o
trabalho;
• A descrição do assunto do livro, texto, artigo ou ensaio compreende a apresentação das
idéias principais e das secundárias que sustentam o pensamento do autor. Para facilitar
a descrição do assunto sugere-se a construção dos argumentos por progressão, que
consiste no relacionamento dos diferentes elementos, mas encadeados em seqüência
lógica, de modo a haver sempre uma relação evidente entre um elemento e o seu
antecedente;
• A apreciação crítica deve ser feita em termos de concordância ou discordância,
levando em consideração a validade ou a aplicabilidade do que foi exposto pelo autor.
Para fundamentar a apreciação crítica, deve-se levar em conta a opinião de autores da
comunidade científica, experiência profissional, a visão de mundo e a noção histórica
do país;
• Nas considerações finais, deve-se apresentar as principais reflexões e constatações
decorrentes do desenvolvimento do trabalho. As referências bibliográficas seguem a
NBR-6023 de 2000 da ABNT sobre referências bibliográficas.
A resenha crítica, além de conter todos os elementos já citados, inclui também julgamentos
e comentários do resenhador sobre as idéias do autor, sempre bem fundamentados.
3.1.2 Resumo
Resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um certo conteúdo. Isto
significa reduzir a termos breves e precisos a parte essencial do texto original. Não cabem no
resumo comentários ou julgamentos pessoais a respeito do que está sendo resumido. Muitas
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pessoas fazem o resumo de maneira errada apenas produzindo partes ou frases do texto
original, e elaborando-o à medida que lêem. Para elaborar um bom resumo é necessário
compreender antes todo o conteúdo do texto. Não é possível resumir um texto à medida que
se faz a primeira leitura e a reprodução de frases do texto, em geral, indica que ele não foi
compreendido.
Para elaborar um resumo é preciso muito cuidado para tentar captar o plano geral da
obra e seu desenvolvimento, bem como as principais idéias contidas no trabalho original
(idéia central e propósitos do texto). O resumo “é uma condensação do estudo, mencionando
as principais contribuições do trabalho para sociedade científica e para os leitores de forma
geral e, ainda, uma visão rápida e clara do conteúdo das conclusões” (FACHIN, 2001, p. 162).
Portanto, saber fazer um bom resumo de textos lidos é uma técnica de grande auxílio no
percurso acadêmico de um aluno, em especial por lhe permitir recuperar rapidamente idéias,
conceitos e informações com as quais ele terá que lidar ao longo de seu curso. É uma boa
maneira de compreender e memorizar o texto, além de facilitar o trabalho caso ele tenha que
ser revisto posteriormente.
Fazer um bom resumo não é tão fácil quanto parece, é uma habilidade que deve ser
aprendida e aplicada. Quem resume apresenta, com as próprias palavras os pontos
relevantes de um texto, procurando expressar suas idéias essenciais na progressão e no
encadeamento em que aparecem. Ou seja, ao fazer um resumo é importante não perder de
vista três elementos:
As partes essenciais do texto;
A progressão em que elas se sucedem;
A correlação entre cada uma dessas partes.
Em geral um bom resumo deve ser:
Breve e conciso: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os
exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários;
Pessoal: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o
resultado da sua leitura de um texto;
Logicamente estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele
deve trazer as idéias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as
idéias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação
entre elas. O texto do resumo deve ser compreensível.
O resumo tem várias utilizações. Isto significa também que existem vários tipos de
resumo. Resumos como parte de uma monografia, antes de um artigo, em catálogos de
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editoras, em revistas especializadas, em boletins bibliográficos, etc. Por isso, antes de fazer
um resumo você deve saber a que ele se destina, para saber como ele deve ser feito. Em linhas
gerais, costuma-se dizer que há 3 tipos usuais de resumo: o resumo indicativo, o resumo
informativo e o resumo crítico (ou resenha).
3.1.3. Ensaio
O ensaio é um "estudo bem desenvolvido, formal, discursivo e concludente, consistindo em
exposição lógica e reflexiva e em argumentação rigorosa com alto nível de interpretação e
julgamento pessoal. No ensaio há maior liberdade por parte do autor, no sentido de defender
determinada posição sem que tenha que se apoiar no rigoroso e objetivo aparato de
documentação empírica e bibliográfica. De fato, o ensaio não dispensa o rigor lógico e a
coerência de argumentação e por isso mesmo exige grande informação cultural e muita
maturidade intelectual" (SEVERINO, 1976, p.153). "É uma exposição metodológica dos
assuntos realizados e das conclusões originais a que se chegou após apurado o exame de um
assunto. O ensaio é problematizador, antidogmático e nele deve se sobressair o espírito crítico
do autor e a originalidade" (MEDEIROS, 2000, p. 112).
3.1.4. Esquema
O esquema é um registro gráfico (bastante visual) dos pontos principais de um determinado
conteúdo. Não há normas para elaboração do esquema, ele deve ser um registro de utilidade
pessoal, por isso, é muito particular a definição da melhor maneira de fazê-lo. É uma técnica
muito útil para fazer uma revisão rápida antes de provas ou de seminários.
Um roteiro de esquema:
Ler o texto todo uma vez ininterruptamente para se ter uma compreensão de todo o
conteúdo;
Ler o texto novamente por parágrafos, subtítulos ou capítulos (a divisão se escolhe de
acordo com o tamanho do texto que precisa estudar);
Anote as palavras chaves, as frases que contém os conceitos mais importantes, coisas
que ao ler se lembra do resto do conteúdo;
evidenciar o esqueleto do texto (ou da aula, do filme, da palestra, etc.) em questão,
apresentando rapidamente a organização lógica das idéias e a relação entre elas.
ser o mais fiel possível ao texto, limitando-se a reproduzir e compreender o conteúdo
esquematizado.
colocar estes itens no papel como uma seqüência ordenada por números (1, 1.1, 1.2, 2,
etc.) para indicar suas divisões;
utilizar símbolos para relacionar as idéias esquematizadas, como setas para indicar que
uma idéia leva à outra, sinais de igual para indicar semelhança ou cruzes para indicar
oposição, etc.
é igualmente útil utilizar chaves ({) ou círculos para agrupar idéias semelhantes.
Não importa que códigos se usa no esquema, pois ele é de uso pessoal. O importante é
que ele seja útil, ou seja, permita recuperar rapidamente o argumento e as idéias de um texto
com uma simples visualização.
3.1.5 Fichamento
Fichamento é uma forma de investigação que se caracteriza pelo ato de fichar
(registrar) todo o material necessário à compreensão de um texto ou tema.
Excelente maneira de manter um registro de tudo que se lê. Depois de fazer um bom
fichamento de um texto, ou livro, não será necessário recorrer ao original novamente, fazendo
com que se ganhe tempo. Além disso, durante o processo de fazer o fichamento adquiri-se
uma compreensão maior do conteúdo do texto. Mas o que é fichamento? Para explicar o que é
fichamento é melhor explicar antes o que não é: fichamento: não é resumo, embora possa
conter resumos; fichamento não paráfrase, embora possa conter paráfrases do autor.
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Classificação de Fichamento:
FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO - consiste em resenha ou comentário que dê idéia do que
trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de
artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema ou a área de estudo. O Fichamento
bibliográfico completa a documentação textual e temática e representa um importante
auxiliar do trabalho de estudantes e professores.
no registro de idéias, segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem vir entre aspas
e com indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As
que contêm apenas uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas exigem a indicação
completa da fonte. As que trazem simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer
indicação.
“ uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Augusta, defendeu a abolição da
escravatura, ao lado de propostas como educação e a emancipação da mulher e a
instauração da República” (p.30) “na justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres
serem absolvidos sob a defesa de honra” (p. 132) “a mulher buscou com todas forças sua
conquista no mundo totalmente masculino” (p.43)
Natureza do trabalho
2 Paper :Segundo a ABNT (1989) paper é um pequeno artigo científico, elaborado sobre
determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa para comunicações em congressos
e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento. Caracteriza-se pela
originalidade, ou seja, as reflexões devem ser do autor do paper. Se o seu autor apenas
compilou informações sem fazer avaliações ou interpretações sobre elas, o produto do seu
trabalho será um relatório e não um paper. Espera-se de que o escreve uma avaliação e/ou
interpretação dos fatos ou das informações que foram recolhidas, ou seja, o desenvolvimento
sintético de um ponto de vista acerca de um tema, de uma realizada e observada, de um texto,
27
5 Monografia
A monografia é uma peça de trabalho individual. Seu objetivo é desenvolver a
capacidade do aluno em compreender e explicar uma área especifica dentro do escopo geral
do curso.
É um produto textual dissertativo que trata de um assunto particular de forma
sistemática e completa. É um estudo realizado com profundidade e seguindo métodos
científicos de pesquisa e de apresentação de um assunto em todos os seus detalhes, como
contributo a uma ciência respectiva.
A etimologia de monografia, do grego monos (um só) e graphein (escrever), traduz a
característica essencial desse trabalho, ou seja, a redução da abordagem a um só assunto, a um
só problema. Isto posto, trata-se de uma dissertação sobre um assunto único.A amplitude de
utilização do termo, contudo, causa uma série de mal-entendidos. De um lado, monografia
pode representar qualquer trabalho escrito que versa sobre um determinado tema.
Por outro, tem uma aplicação mais restrita, implicando resultados de uma pesquisa. Uma
das finalidades básicas das monografias é atender as exigências dos cursos de nível superior.
Assim, a atribuição de diferentes graus: licenciatura e bacharelado, especialização, mestrado e
doutorado é condicionada à entrega de um trabalho monográfico.
A partir deste critério, costuma-se distinguir três níveis monográficos: a monografia, a
dissertação e a tese. A primeira denominação destinada à graduação e à pós-graduação lato
sensu (especialização); a segunda para a pós-graduação em nível de mestrado; e, a terceira,
para a pós-graduação em nível de doutorado.
O problema é que estas expressões não definem adequadamente os objetos. Assim,
sejam quais forem os níveis de exigência, todos são monográficos. Por outro lado, como todos
os textos são dissertativos, não faz sentido dizer que uma tese ou uma monografia não seja
uma dissertação. Por fim, monografias e dissertações podem ser teses, na medida que
defendam pontos de vista e façam a ciência progredir de alguma forma.
Conforme a sua finalidade última, poderíamos destacar as monografias de iniciação à
pesquisa e as científicas. No primeiro grupo estariam os trabalhos feitos na graduação e na
especialização; no segundo, as de mestrado e doutorado.
29
6. Dissertação
É um estudo teórico de natureza reflexiva, que consiste na ordenação de idéias sobre um
determinado tema. A característica básica da dissertação é o cunho reflexivo-teórico.
Geralmente é feita em final de curso de pós-graduação, stricto sensu em nível de mestrado,
com a finalidade de treinar os estudantes no domínio do assunto abordado e como forma de
iniciação à pesquisa mais ampla.
Na monografia (dissertação) para a obtenção do grau de mestre, além da revisão da
literatura, é preciso dominar o conhecimento do método de pesquisa e informar a metodologia
utilizada na pesquisa.
Dissertação científica ou simplesmente exercitação é o trabalho feito nos moldes da tese
com a peculiaridade de ser ainda uma tese inicial ou em miniatura. A dissertação tem ainda
finalidade didática, uma vez que constitui o grande treinamento para a tese propriamente dita.
7 Tese
Relato de pesquisa essencial para a obtenção do grau de doutor, livre-docente ou titular,
a tese deve revelar a capacidade de seu autor incrementar a área de estudo que foi alvo de seus
estudos. Seus itens basilares são: revisão de literatura, metodologia utilizada, rigor na
argumentação e apresentação de provas, profundidade de idéias e avanço dos estudos na
área.Um fator que caracteriza a tese é a originalidade. A dissertação deve revelar a capacidade
do pesquisador em sistematizar o conhecimento.
A tese, deve revelar a capacidade do pesquisador fornecer uma descoberta ou
contribuição para a ciência. Todavia, deve-se ter cuidado com o conceito de originalidade.
Originalidade significa pela própria etimologia 'volta às fontes', ou seja, um retorno à origem,
à essência, à verdade, ainda que esta verdade se tenha perdido, obscurecido ou olvidado. Isto
implica dizer que a relação que se faz entre originalidade e novidade ou singularidade não é
correta.
A exigência de originalidade como total novidade é equivocada dado que a ciência
avança na medida que acumula dados.
A tese é um avanço na área do conhecimento abordado. Tal característica impõe a
necessidade de comprovação, isto é, argumentos que corroborem a hipótese proposta. Isto
posto, o estilo da tese visa a tentar convencer o leitor sobre a verdade do exposto.
8 Projeto
Projeto é um documento escrito que tem por função explicitar o planejamento de uma
pesquisa científica. De um ponto de vista mais amplo, significa todo o processo de pesquisa,
desde a fase de planejamento, passando pela execução e terminando na elaboração do
relatório ou monografia.
O que diferencia um projeto de pesquisa de um anteprojeto é a intervenção da revisão da
literatura. No anteprojeto o pesquisador esboça suas primeiras tentativas de sistematização da
pesquisa, é uma fase essencial para o iniciante que, todavia, pode ser ignorada por um
pesquisador experiente.
30
O iniciante não tem ainda conhecimentos mais aprofundados sobre o tema, sobre a
metodologia adequada de implementação da pesquisa e de análise e interpretação dos
resultados. Ele precisa, então, obtê-los para que depois possa reavaliar o anteprojeto à luz dos
conhecimentos adquiridos.
Isto posto, um projeto é construído a partir da revisão do anteprojeto.Como todo
documento escrito, o projeto tem um padrão de organização das categorias que o constitui.
Formalmente, o documento possui três partes: as categorias pré-textuais, as categorias textuais
e as categorias pós-textuais.
3.2.1 Seminário
Tem sua origem na palavra “semente”, o que parece indicar que o seminário deve ser uma
ocasião de semear idéias ou de favorecer a sua germinação.
No plano acadêmico o seminário consiste num grupo de pessoas que se reúne com o
propósito de estudar um tema e/ou autor e/ou obra, sob a direção de um professor ou
autoridade na matéria, e resulta em exposição verbal oral disciplinada.
No seminário os alunos são agentes ativos de sua própria aprendizagem, e, em equipe
apresentam o assunto em função da pesquisa realizada.
Após esta exposição sucede-se o debate, a discussão e/ou reflexão sobre o exposto. Estas três
técnicas, abordam o seguinte:
A Discussão - é um trabalho intelectual de interação de conceitos, conhecimentos ou
informações, sem posições tomadas ou pontos de vista a defender. É um trabalho de
colaboração intelectual entre alunos, em que cada um traz a sua contribuição em
esclarecimentos, dados, informes, etc., visando a melhor compreensão do assunto.
O Debate - ao contrário da discussão, processa-se quando, em torno de um tema,
obra ou autor apresentam-se posições contrárias e firmadas. Cada estudante ou grupo,
defende seu ponto de vista. O debate é competição intelectual, é disputa científica,
enquanto a discussão é cooperação científica.
Reflexão - É o exame de um assunto (tema/questões/problema), tentando maior
número possível de investigação, causa e efeitos. Supões uma pré-disposição para
meditar sobre o assunto e a detenção de conhecimentos profundos. Pode ser feita
individualmente ou em grupo.
O esquema global de um seminário supõe:
1. Espaço físico que possibilite o diálogo coletivo
2. Um coordenador e/ou professor que:
- apresente o tema e sua importância, estimulando a resposta a desafios, a seleção
de sub-temas específicos para trabalhos de pesquisa
elabore um cronograma de apresentação de trabalhos
organizar equipes e as assessore; e, exponha, ao início de cada seminário, o
cerne do assunto.
3.2.2 Painel
Consiste em desenvolver uma discussão (ver seminário) informal entre um grupo de pessoas
selecionadas, quer por serem autoridades na matéria, quer por estarem interessadas pelo
problema em questão, quer por representarem pontos de vista antagônicos. Não há
exposições. Há a colocação de informações e/ou opiniões e/ou fatos e/ou conceitos.
A finalidade fundamental do Painel é ajudar os alunos a analisar os diversos aspectos de um
tema, autor ou obra.
O esquema global do Painel supõe:
31
1. O coordenador e/ou professor - este, durante os trabalhos não deve expor os seus pontos de
vista, mas sim ouvir a todos e a todos estimular para que expressem adequadamente.
2. Os componentes do Painel - podem ser especialistas convidados, professores da escola ou
alunos devidamente preparados.
3. O auditório - tem papel ativo ou passivo, dependendo do que foi acertado antes do Painel.
3.2.3 Simpósio
É uma série de breves apresentações individuais de diversas pessoas sobre diferentes aspectos
de um mesmo tema e/ou autor. É uma técnica formal e pode ser realizado em apenas um dia
ou durante vários dias seguidos. Após cada apresentação pode seguir-se uma discussão ou um
debate ou uma reflexão.
Seu esquema global supõe:
1. Coordenador - incumbido de convidar os simposistas com bastante antecedência
propondo-lhe o assunto. É o responsável pela abertura da sessão.
2. Simposistas - são os expositores do tema ou obra e/ou ator em questão, devendo
respeitar o tempo pré-fixado, ou mencionar o período de tempo que levará sua
exposição.
3. Platéia - pode ou não ter participação ativa, dependendo do que foi determinado
antes do início do simpósio
3.2.4 Conferência
O Professor Alcides Abreu, em síntese, coloca que “a conferência consiste na
apresentação formal de um assunto, ou tema, por pessoa credenciada”.
Visa fornecer:
1. elementos básicos para os estudos realizados nos cursos;
2. informações complementares para melhor esclarecimento dos temas e estudo.
Normalmente, em complemento às conferências, seguir-se-á um período de debates,
sendo, por isso e, também, pelo seu cunho formal, vedada a intervenção, ou apartes,
durante sua realização.
32
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida & HENRIQUES, Antônio. Redação Prática: Planejamento,
estruturação e produção de textos. São Paulo: Atlas, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Informação e documentação –
trabalhos acadêmicos – apresentação: NBR 14724. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2000.
ECO, Humberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GRANATIC, Branca. Técnicas Básicas de Redação. São Paulo : Scipione, 1995.
MEDEIROS, João Bosco . Técnicas de Redação . 4 ed. São Paulo : Atlas, 1997.
___________ Redação Científica . 3 ed.. São Paulo : Atlas, 1997.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3 ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia científica: a construção do conhecimento. Rio
de Janeiro: DP&A, 1999.
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22 ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
33
ANEXOS
RESUMO
Ao elaborar um resumo para um evento, não se esqueça de inserir na parte superior do papel
as referências do estudo: autoria, título, nome do orientador (se houver), nome da instituição
de ensino e ano. Segue na página seguinte exemplo de resumo dotado das orientações
recomendadas anteriormente.
MODELO RESUMO
FEIT FEITOSA, Vera C. Campinas: Ed. Papirus, 3a. edição, 1997, 155 p.
FEITOSA, V. Cristina. Redação de textos Científicos. 3a. edição, Campinas: Editora Papirus,
2007, 155 p
O livro tem por premissa a necessidade de se buscar maior eficácia comunicativa para o texto
técnico. A autora parte do princípio de que o relato escrito de pesquisas, obras, inovações - parte
inerente do dia-a-dia de cientistas e de tecnólogos - raramente atinge seu receptor como deveria. A
causa dessa falha está no fato de raramente o autor do texto técnico recorrer aos fundamentos
elementares da teoria da Comunicação, que poderiam orientá-lo não só na delimitação e
organização do conteúdo como também nas decisões Quanto à forma, ao estilo e aos recursos de
apoio - figuras, tabelas, notas e citações. O conteúdo do texto técnico deve ser determinado a
partir dos interesses informacionais do receptor. O autor, se procurar conhecer o para quê o
receptor precisa de informações que tem a transmitir, poderá chegar a uma hierarquização dos
itens de maior eficácia. A discussão do ato de redigir passa pela necessidade de se fazerem
rascunhos e pela natureza dos processos de escrever e de revisar. As seções tradicionais do texto
técnico são repensadas em termos de seu conteúdo informativo. Ênfase especial é dada à revisão
crítica e à relação que se estabelece entre o autor e revisor. São apresentados quatro anexos, sendo
que o primeiro trata da condução de entrevistas, o segundo exemplifica a elaboração de esboços, o
terceiro oferece exemplos de resumos, e o quarto - o mais extenso - aborda, de maneira didática
os principais problemas lingüísticos.
(....)
Resenha publicada por Cristina Santos no Caderno de Técnicas de Estudo e Pesquisa em Educação
(....)
36
Resenha elaborada por Elizabeth Teixeira em: As três Metodologias; acadêmica, da ciência e da
pesquisa
LUCKESI, Cipriano. Filosofia da Educação. SP: Cortez, 1992. Capítulo 2
Considerando Luckesi (1992), em seu capítulo 2 da obra indicada na bibliografia, a educação pode
se discutida em sua conexão com a sociedade a partir de três dimensões que passaremos a tratar a
seguir> Cada dimensão tem características específicas e o autor garante que ainda está presente no
contexto educacional. Concordamos com essa afirmativa, pois temos presenciado as três posturas em
diversos ambientes de ensino.
A primeira dimensão é apresentada pelo autor com a denominação de Redentora. Essa
dimensão a escola é ativa em relação a sociedade (Escola=Sociedade). Essa ação da escola é para
integrar os elementos à sua estrutura, ao todo sociais; configurar e manter o corpo social; curar as
mazelas sociais; recuperar a harmonia perdida; restaurar o equilíbrio; reordenar o social; regenerar
os que estão à margem da sociedade.
Entendemos que tais atribuições à educação colocam-na na posição de salvadora e realmente
redentora desta sociedade conturbadora e confusa. O alvo dessa educação são as crianças. O
principal mentor intelectual é Comênio e sua obra sobre a didática. Tais características são evidentes
na educação tradicional escolanovista.
A Segunda dimensão apontada pelo autor é a Reprodutora. Aqui, a escola é totalmente
passiva diante da sociedade (escola=sociedade). Essa passividade reflete seu papel de mera
reprodutora no meio. Não há determinações, mas somente constatações. O autor aponta que: a
educação reproduz a sociedade; reproduz a força de trabalho; reproduz saberes práticos; ensina as
regras dos bons costumes; reproduz a submissão/capacidade de manejar. Enfim faz sujeição
ideológica.
Constatamos que nessa dimensão a educação deve priorizar o saber fazer e o saber
comportar-se. Ensinam-se uns a obedecerem e outros a mandarem. A sociedade surge como
condicionante do fazer educativo que é restrito a ser um aparelho ideológico do Estado. É através da
veiculação da ideologia do opressor que mantemos o oprimido submisso. O alvo dessa educação são
todas as faixas de ensino. O mentor intelectual dessa análise é Louis Althusser e a tendência
tecnicista é aquela onde é mais presente.
(...)
37
Resenha publicada por Israel Belo de Azevedo, no Jornal do Brasil, Rio de Janeiro.
Interpretar a história a partir da perspectiva dos oprimidos é uma tarefa por si mesma dificílima. os
vencidos não têm palavra. Os pobres não deixam vestígios. Para falar das virtudes dos vencedores não
faltam documentos. Eles os produzem e os guardam.
No Brasil, João Capistrano de Abreu (1853-1927) inaugura uma visão que, para compreender a
história, parte dos esforços dos cidadãos comuns. Firma-se nesta herança historiográfica o trabalho de
Eduardo Hoornaert e seus colaboradores.
Sua “História da Igreja no Brasil” se inscreve num projeto de uma história geral do Cristianismo
latino-americano, iniciada pela Comissão de estudos de História da Igreja na América latina, (CEHILA),
entidade que reúne historiadores das américas, para debates e pesquisas.
Eduardo Hoornaert, professor de história, no Instituto de teologia do recife, é a grande presença
nestas páginas; e quando ausente, seus colaboradores (...) trilham o seu caminho, o que torna a obra
bastante homogênea.
Conscientes de que sobre grande parte da população brasileira “pesa o silencio da repressão e
sobretudo o medo”(p.402), os autores procuram usar as fontes “simbólicas, capazes de dar a verdadeira
dimensão da história do Brasil e, especialmente, da história da Igreja católica.
Percorrendo os ciclos da expansão missionária desta primeira era colonial, o autor reconhece que a
estrutura eclesiástica sustentou “poderosa e definitivamente “estabelecimento de uma sociedade não
fraternal no Brasil”(p.249).
Para tanto, o cristianismo católico teve que se transformar para servir melhor, mesmo que esta
transformação se opusesse flagrantemente à mensagem evangélica.
O povo, entretanto, “vendido, traído, humilhado e sangrado não perdeu a sua dignidade, porque
soube transformar os símbolos da religião dos dominadores em símbolos de sua fé em Deus” (p.369). Foi
ele que guardou durante séculos a mensagem evangélica para o Brasil e continua a remir os numerosos
pecados do catolicismo da instituição eclesiástica, comprometido com o sistema.
Como se vê, esta “História da igreja no Brasil” não se esquiva de opinar, concluir e falar para hoje,
com uma atualidade impressionante, especialmente porque ela não quer que o leitor entenda o colonialismo
apenas como um período, mas como uma estrutura (....).
Uma história que recorde assim, de modo crítico os feitos da igreja em prol dos pobres e ao mesmo
tempo em cumplicidade com os poderosos, enfrentará, além da falta de documentos, a oposição daqueles
para quem a história da igreja é apenas um rio a arrastar suas glórias, nem que para isto seja preciso
esconder e desprezar a margem onde moram os derrotados, os oprimidos e os desesperançados.
38
Modelo de Fichamento
Ficha Bibliográfica
É a descrição, com comentários, dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte
dela. Exemplo:
Exemplo:
Ficha de Citações
É a reprodução fiel das frases que se pretende usar como citação na redação do
trabalho.
Exemplo:
40
"O futuro que podia prever, extrapolando em linha reta, a partir do presente, é uma ilusão.
Ninguém sabe como será o amanhã”. (p. 235)
“O cérebro humano, uma economia, uma colméia, um bando de andorinhas... Todas essas
coisas têm grupos de agentes distintos (neurônios, formigas, empresas, consumidores...) que, ao
exercitarem motivações individuais, acabam produzindo efeitos característicos de algo maior.
Algo que não pode ser deduzido a partir do comportamento de cada agente isoladamente, mas
que emerge das interações entre eles”. ( p. 236)
"Quer dizer, a metáfora da “mão invisível” pode dominar nossa maneira de abordar não só
os negócios, mas a nós mesmos, nossa sociedade e a natureza”. (p. 236)
“Minha empresa quântica passa, portanto, pela complexidade”. (p.236)
TAMANHO DO TRABALHO
Embora a extensão de um relatório varie muito, seja em razão da natureza da matéria, seja em função do
estilo do autor, alguns balizamentos para orientação podem ser de valia:
a) Relatórios técnicos, comunicações e outros trabalhos desta natureza terão a
extensão compreendida na faixa de 2 800 a 4.000 palavras, vale dizer em torno de 10 a
15 páginas.
b) Monografias, Trabalhos de Conclusão de Curso, estão em torno de 8.000 a
15.000 palavras, correspondendo a 30-50 páginas.
C) Dissertações de Mestrado se situarão na faixa de 20.000 a 30.000 palavras, o que
corresponde a 75-110 páginas.
d) Teses de Doutorado terão de 70.000 a 85000 palavras, isto é, se estenderão por 250 a 300
páginas.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Capa (obrigatório) / Folha de Rosto (obrigatório) / Folha de Aprovação (obrigatório)
Dedicatória (opcional) / Agradecimentos (opcional) / Epígrafe (opcional)
Resumo em língua vernácula (obrigatório) / Resumo em língua estrangeira (obrigatório)
Lista de ilustrações (opcional) / Lista de tabelas (opcional)
Lista de abreviaturas e siglas (opcional) / Lista de símbolos (opcional)
Sumário (origatório)
Capa
Elemento de proteção do documento, obrigatório e traz as seguintes informações
indispensáveis aos trabalhos acadêmicos, na seguinte seqüência: a) nome da instituição
41
NOME DO ALUNO
TÍTULO DO TRABALHO
margem esquerda
(3cm)
margem direita
2 cm
FOLHA DE ROSTO
CURSO DE ....
TITULO DO TRABALHO
margem esquerda
(3cm)
margem direita
2 cm
CURSO DE ....
TITULO DO TRABALHO
margem esquerda
(3cm)
margem direita
2 cm
Parecer do professor:
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Nota:____________
Data:____/___/__
CITAÇÃO
Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte.
Objetivo da NBR-10520
Fixar as condições exigíveis para padronização e coerência da seguridade das fontes
indicadas nos textos dos tipos de documentos (ABNT, 2002).
Tipos de citação
De acordo com a ABNT, as formas de citações mais conhecidas são: direta, indireta e citação
de citação.
Citação direta, literal ou textual
Citações diretas, literais ou textuais: transcrição do trecho do texto de parte da obra do autor
consultado.
Espaçamento 1,5cm
Tamanho = 12
Exemplo :
Citações indiretas ou livres é o texto baseado na obra do autor consultado (uso de paráfrase).
Exemplo 1: Indicação do Autor no começo do texto citar em Caixa Baixa seguida da data
45
Citação de citação
Citação de citação é aquela em que o autor do texto não tem acesso direto à obra
citada, valendo-se de citação constante em outra obra.
Exemplo 1: Indicação dos Autores separados pela expressão “apud” ou “citado por”
46
Exemplo:
____________________
1 English, therefore, is not a good language to use when programming. This has long been
realized by others who require to communicate instructions. (TEDD, 1977, p. 29)
REFERÊNCIAS
ELEMENTOS DA REFERÊNCIA
Autor da obra
Inicia-se a referência pelo Sobrenome do autor em maiúsculo, seguido pelo nome. Emprega-se
vírgula entre sobrenome e nome.
Ex.: GARCIA, J.
Quando a obra possuir até três (3) autores, indicam-se todos, na mesma ordem em que aparecem na
obra, emprega-se ( ; ) entre os autores.
Ex: GARCIA, Juarez; SILVA, Jorge; SOUZA, Standilau.
____________________________
1ECKERTT-HOFF, B. M. Apostila de metodologia do trabalho científico. Nova Odessa: Fac.
Network, 2001
GARCIA, J.; SILVA, J.; SOUZA, S.
Quando a obra possuir mais de três (3) autores, menciona-se o primeiro, seguido da expressão et al.
Ex.: GARCIA, J. et al.
Quando houver indicação de responsabilidade por uma coletânea de vários autores, a entrada deve ser
feita pelo nome do responsável, (seguida da abreviatura entre parênteses).
Ex.: GARCIA, J. (Org.).
Indicação de parentesco no nome, manter a indicação em letra maiúscula.
Ex: BRITO FILHO, Dilermando.
AMATO NETO, Vicente.
Para entidades coletivas:
Órgãos de Administração governamental. (Ministério, Secretarias e outros).
Deve-se indicar a entrada pelo nome geográfico (País, Estado ou Município).
48
O título deve ser reproduzido tal como aparece na obra, devendo ser destacado dos demais elementos
da referência (negrito, itálico ou sublinhado).
- Subtítulo
Indica-se o subtítulo após o título, precedido por dois pontos (:). O subtítulo não deve ser destacado.
Ex.: Sistema de retroação e controle: aplicações para engenharia, física e biologia.
Edição
É indicada a partir da segunda edição, deve ser transcrita utilizando-se abreviaturas dos numerais
ordinais, na língua do documento.
Ex: 2. ed.
5th ed.
Local
O local deve figurar na referência tal como aparece na publicação. Quando houver mais de um local,
indica-se o que estiver em destaque ou aparecer em primeiro lugar. Quando não for mencionado,
utilizar-se a expressão [S.l.].
Editora
Deve ser citada tal como aparece na obra. Quando possuir mais de uma editora,indica-se a que
aparecer em destaque ou a que estiver em primeiro lugar. Suprimir as palavras, Editora, Ltda., Cia,
etc...
RODRIGUES, Silvio. Da cláusula penal. In: ______. Direito civil: parte geral das obrigações. 28.ed.
São Paulo: Saraiva, 2000. v.2, p.87-98
Artigos periódicos
SOBRENOME, Nome (autor do artigo)./Título do artigo./Nome da Revista, Local, v., n., p.inicial -
final, mês ano.
Ex: PEIXOTO, Fábio. Sua empresa não quer fera. Exame, São Paulo, v.35, n.738, p.30-31, abr. 2001.
Obs.: abreviar o mês até a terceira letra, com exceção ao mês de maio.
Artigos jornais
Ex: MONTAGNA, Adelma Pistun. Expressões de gênero no desenho infantil. 2001. Dissertação
(Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.
Documentos meios eletrônicos
Páginas da Internet
AUTOR (entidade coletiva responsável pelo documento). Nome da Corte ou Tribunal. Ementa (quando
houver). Tipo e número do recurso (apelação, embargo, habeas corpus, mandado de segurança, etc.).
Partes litigantes (precedida da palavra Apelante/Apelada). Nome do relator precedido da palavra
"Relator". Local, data. Dados da publicação que publicou. Voto vencedor e vencido, quando houver.
BRASIL. Tribunal Regional Federal (5.Região). Apelação cível nº 42.441-PE -(94.05.016-6). Apelante:
Edilemos Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola - Técnica Federal de Pernambuco. Relator: juiz
Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex: Jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais,
São Paulo, v.10, n.103, p.558-562, mar. 1998.
Constituição
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 27.ed. São Paulo:
Saraiva, 1991.
51
Código
BRASIL. Código civil. Organização dos textos de Maurício Antônio Ribeiro Lopes. 5.ed. São Paulo:
Revista dos Tribunais, 2000.
Verbetes dicionário/enciclopédia
BÍBLIA. Idioma. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, Data de publicação. Total de
páginas. Notas (se houver).
BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução por Padre Francisco Zbik. Rio de Janeiro: Paumape, 1980.
FONTE: Material extraído (RIBEIRO, 2008)