Você está na página 1de 5

Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Proposta de Intervenção Pedagógica

NOME: Hélder Daniel Tinoco Teixeira

CURSO: Emergências e primeiros socorros na cozinha industrial (28h)

ENQUADRAMENTO

O curso de “Emergências e primeiros socorros na cozinha industrial” foi construído


para dar resposta às necessidades formativas, na área da saúde, aos colaboradores
que trabalham em cozinhas industriais, dado que, cursos de higiene e segurança no
trabalho não oferecem uma formação especializada aos contextos de saúde-
doença, em consonância com os focos de perigo da cozinha industrial. Os
acidentes em cozinhas industriais são bastante comuns devido à presença
constante de riscos para a integridade física, como queimadura, cortes e risco de
queda. A ocorrência não desejada desses acidentes traz consequências graves,
que apesar dos esforços preventivos, podem acontecer e ter um impacto muito
maior se os colaboradores não detiveram o conhecimento básico de primeiros
socorros aplicado às situações de perigo mais comuns na cozinha industrial.
A literatura especializada relata que este setor sofre pressões, as quais envolvem
atividades em cozinhas industriais que apresentam características que podem
desencadear doenças agudas, ocupacionais e acidentes de trabalho. A maioria
dos estudos cuja unidade de análise foi o conjunto dos trabalhadores envolvidos no
processo de produção de refeições, aponta para uma preocupação com o
ambiente de trabalho, bem como com as características organizacionais que
interferem na saúde dos mesmos.
Durante a realização do estudo, observou-se que a maioria dos acidentes de
trabalho estão relacionados com o desenvolvimento da tarefa em si, como cortes e
queimaduras. Outras causas relacionam-se com a falta de manutenção adequada
dos equipamentos, ou condições ambientais inadequadas, tais como excesso de
água e gordura no chão.
Concluiu-se também que é importante a integração entre os sistemas de gestão da
segurança, saúde e qualidade no trabalho.

1/2
DESTINATÁRIOS

Os destinatários do curso são todos os profissionais colaboradores de cozinhas


industriais e da restauração, que queiram aprofundar os seus conhecimentos na
área da prevenção da doença e primeiros socorros em situação de potencial risco
de vida.

PRÉ-REQUISITOS

Para frequentar o curso de primeiros socorros e emergências em cozinhas industriais,


os formandos deverão possuir conhecimentos anteriores em suporte básico de vida
ou equivalente legal e serem funcionários da cozinha da instituição ou que dela
dependam diretamente.

HORÁRIO

Pós-laboral (19h-23h), de segunda a sexta-feira.

MODALIDADE DE FORMAÇÃO

A modalidade da formação é inicial.

REGIME DE FORMAÇÃO

A formação é ministrada em regime

OBJETIVOS GERAIS
Pretende-se que cada formando(a), no final do curso, seja capaz de:
 Adquirir os conhecimentos básicos sobre a atuação urgente e emergente
mediante os tipos de acidentes de trabalho em cozinhas industriais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Pretende-se que cada formando(a), no final do curso, seja capaz de:
 Adquirir conhecimentos teórico-práticos sobre os tipos de hemorragias e os
fatores que as condicionam, atuando em conformidade com os princípios do
socorrismo;
 Adquirir conhecimentos teórico-práticos acerca das fraturas e das condições
em que ocorrem, aplicando as técnicas básicas de socorrismo em caso de
queda;

2/2
 Adquirir conhecimentos teórico-práticos sobre os tipos de queimaduras mais
frequentes na cozinha industrial, aplicando as técnicas básicas de atuação
pré-hospitalar;
 Adquirir conhecimentos sobre técnicas de socorrismo imediato da vítima em
situação de engasgamento por alimentos ou objetos;
 Adquirir conhecimentos teórico-práticos acerca da preservação e transporte
do membro amputado, em meio pré-hospitalar;
 Adquirir conhecimentos sobre a prevenção e controlo de situações de
potencial perigo ou risco de vida numa cozinha industrial;

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS E RESPETIVA CARGA HORÁRIA

1. Primeiros socorros nas hemorragias por corto-perfurantes (6h)


2. Primeiros socorros nas fraturas por quedas no trabalho (3h)
3. Atuar nas queimaduras térmicas, elétricas e químicas (6h)
4. Acidentes por intoxicação alimentar, tópica e inalatória (4h)
5. Primeiros socorros na obstrução da via aérea (4h)
6. Preservação e transporte de um membro amputado (2h)
7. Saúde e Segurança no trabalho (3h)

METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS PEDAGÓGICAS


A consecução do programa do Curso segue uma metodologia ativa, orientada
para a estimulação de atitudes facilitadoras da aprendizagem, para o confronto
dos formandos com experiências novas e desafiantes, que promovam esforço e
envolvimento pessoal, potenciando o seu desenvolvimento socioprofissional para a
autoavaliação e para a promoção da sua autonomia.
Estes objetivos são operacionalizados através da utilização de métodos e técnicas
variadas, como: trabalhos individuais e de grupo; sessões de análise e discussão de
temas; preparação e realização de simulações práticas; estudos de caso;
realização de jogos pedagógico-didáticos e “brainstorming”.

RECURSOS PEDAGÓGICOS
Os recursos pedagógicos utilizados na formação são o computador, projetor
multimédia, quadro, manequins de simulação.

3/2
CRITÉRIOS E METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO

 Metodologia de Avaliação dos Formandos

A avaliação dos formandos em cada ação de formação contempla uma


avaliação inicial ou diagnóstica (perfil de entrada), momentos de avaliação
contínua e uma avaliação final (perfil de saída).
A avaliação inicial constitui um momento fundamental que fornece indicadores
sobre as necessidades formativas dos formandos, permitindo uma adequação do
programa de formação a esta população. Permite ainda, estabelecer o perfil de
entrada de cada formando que vai ser posteriormente comparado com o perfil de
saída (aferido pela avaliação final), de modo a que se possam atribuir os resultados
finais à intervenção formativa.
A avaliação contínua, aferida por momentos de avaliação intermédia, permite a
auto-avaliação, reflexão e integração dos conteúdos da aprendizagem, a
avaliação do grau de domínio dos objetivos específicos e a deteção de eventuais
desvios do processo relativamente ao previsto, de modo a corrigi-los. Ao analisarem
os resultados da avaliação intermédia, o formador e restante equipa pedagógica
poderão aferir se os objetivos mínimos para cada módulo foram atingidos por todos
os participantes ou se haverá necessidade de certos temas serem mais trabalhados.
O aproveitamento deste tipo de avaliação depende da obtenção de um resultado
igual ou superior a 50% em todos os módulos que o constituem.
O resultado da avaliação contínua (AC) é obtido através da média aritmética dos
módulos todos, ou seja: AC = Σ Módulos/7 módulos.
A avaliação final deve traduzir a suficiência das aquisições ao nível dos
conhecimentos e dos comportamentos. Esta avaliação assenta na comparação
dos resultados atingidos com os resultados estabelecidos.
A avaliação do resultado final de formação (classificação final) de cada formando
incide sobre o grau de consecução dos objetivos específicos de cada módulo
(avaliação contínua) e sobre o Projeto Final (exemplo) (avaliação final), sendo a
média aritmética da avaliação contínua e avaliação final: C. F. = Avaliação
Contínua + Avaliação Final/2

4/2
 Metodologia de Avaliação da formação

A avaliação final da ação é realizada, igualmente, por participantes e formadores.


Os formandos pronunciam-se sobre o desempenho dos formadores, no final de
cada módulo e no final da ação. Uma vez que existem formadores que
desenvolvem mais do que um módulo, será importante avaliar eventuais diferenças
de avaliação de desempenho do mesmo formador em momentos distintos.
A análise dos dados produzidos pelas avaliações deverá permitir retirar dados no
sentido de adaptar o desenvolvimento da ação e introduzir algumas melhorias na
formação.

5/2

Você também pode gostar