Excelente artigo visto que se trata de um grande e renomado autor. Jamais saberíamos, de forma tão magistral, o que esse grande mestre nos apresenta nessa importante análise.
Excelente artigo visto que se trata de um grande e renomado autor. Jamais saberíamos, de forma tão magistral, o que esse grande mestre nos apresenta nessa importante análise.
Excelente artigo visto que se trata de um grande e renomado autor. Jamais saberíamos, de forma tão magistral, o que esse grande mestre nos apresenta nessa importante análise.
Exceção: Bernanos, que se dizia escritor de sala de jantar
Por que é o mesmo o pudor
de escrever e defecar? Não há o pudor de comer, de beber, de incorporar, e em geral tem mais pudor quem pede do que quem dá. Então porque quem escreve, se escrever é afinal dar, evita gente por perto e procura se isolar?
Escrever é estar no extremo
de si mesmo, e quem está assim se exercendo nessa nudez, a mais nua que há, tem pudor de que outros vejam o que deve haver de esgar, de tiques, de gestos falhos, de pouco espetacular na torta visão de uma alma no pleno estertor de criar.
(Mas no pudor do escritor
o mais curioso está em que o pudor de fazer é impudor de publicar: com o feito, o pudor se faz se exibir, se demonstrar, mesmo nos que não fazendo profissão de confessar, não fazem para se expor mas dar a ver o que há.)
In Museu de Tudo, Livraria José Olympio Editora, 2.ª edição, 1976