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UNIFACS – UNIVERSIDADE SALVADOR

ENGENHARIA

ESTUDO DIRIGIDO

ANDERSON BRITO
BRUNO VILELA
DANILO BOMFIM
FELIPE SANTANA

Salvador
24/05/2017
ANDERSON BRITO
BRUNO VILELA
DANILO BOMFIM
FELIPE SANTANA

ESTUDO DIRIGIDO

Relatório de prática apresentado ao


professor Jardel Jesus, bem como a
sua respectiva avaliação, como pré-
requisito para aprovação no
componente curricular Mecânica dos
Fluidos.

Salvador
24/05/2017
INTRODUÇÃO

No cotidiano o ser humano faz uso de diversas maquinas de fluxo, obtém água
pressurizada de torneiras, usa secador de cabelos, dirige um carro onde maquinas de
fluxo operam sistemas de lubrificação, refrigeração e direção, e consegue um
ambiente confortável de estudo ou trabalho graças a circulação de ar, esses são
apenas alguns exemplos para ilustrar a importância da compreensão do tema.
Máquinas de fluxo são dispositivos que direcionam o fluxo do fluido com o
auxílio de lâminas ou pás fixas em um elemento rotativo. Diferente das máquinas de
deslocamento positivo não há volume confinado. Funcionam cedendo ou recebendo
energia de um fluido em constante movimento.
Foram utilizados dois instrumentos medidores de variáveis: um hidrômetro para
medir a vazão e o manômetro para medir a pressão. Não foram utilizados, mas
também estavam presentes um aquecedor eletrônico, um trocador de calor casco e
tubo e outro de placas. Através desses instrumentos disponibilizados, coloca-se o
sistema para funcionar e anota-se as variáveis do experimento e as características
dos equipamentos para construção de perda de cargas em trechos com mudanças de
áreas. Com esses dados, encontra-se o trabalho, pode-se confeccionar gráficos
comparativos com as diferentes áreas e ocasiões que se observa durante a aula. Para
auxiliar nos cálculos utiliza-se embasamentos teóricos como a equação de Bernoulli,
equação da continuidade, entre outros.

OBJETIVOS

Esse estudo dirigido contempla-se em três objetivos: Saber utilizar


equipamentos presentes em laboratórios e industrias para coleta de dados e
observação de fenômenos; Efetuar uma análise do ponto de vista da mecânica dos
fluidos para determinação de algumas propriedades abordadas na bibliografia e em
sala de aula; Efetuar uma análise dos indicadores das variáveis do processo e da
bomba centrifuga, objetivando a determinação da perda de carga do fluido.

DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Para realização da atividade prática realizada no laboratório 007 de
máquinas elétricas e de fluxo da UNIFACS, foram utilizados um modelo de bomba
centrifuga que pode ser visto na figura 1, e uma máquina de fluxo mostrada na figura
2. O modelo de bomba com fins didáticos é seccionado, de forma que permite a
visualização de seus componentes internos, isto aliado ao auxílio do professor
permitiu uma maior compreensão de seu funcionamento. A máquina de fluxo
constituída de uma bomba centrifuga, manômetros medidores de pressão, um
hidrômetro, tubos e conexões, e trocadores de calor, com o início do procedimento
prático foi possível ver o funcionamento deste equipamento, que tem como função
promover a troca de energia entre o fluido e um sistema mecânico.

Figura 1 - Modelo de bomba centrifuga

Figura 2 - Máquina de fluxo utilizada na aula prática.


Figura 2 - Máquina de fluxo
Essa transferência de energia mecânica para o fluido foi feita pela bomba
centrífuga, máquina utilizada para o transporte de fluidos através da conversão
de energia cinética de rotação para a energia hidrodinâmica do fluxo de fluido – já que
trabalhamos com um líquido incompressível (água). Essa bomba é conectada a um
motor elétrico que gera a rotação necessária para mover o fluído do reservatório para
os condutos que compõem o sistema. Com a descarga ainda fechada era possível
constatar no manômetro a pressão de 3 kgf/cm² ou 45 psi como pode ser visto na
figura 3, durante o processo, com a bomba já ligada a descarga foi aberta com a
frequência de 60 hz, que era mostrado no indicador digital, e potência de 780 w. Assim
o fluido foi direcionado para a linha 3, que o levaria para um tanque, os manômetros
da linha 3 marcavam 1,5 kgf/cm².

Figura 3 - A pressão de saída do fluido é 3 kgf/cm²


(45 psi), como visto no manômetro acima.
A sucção da bomba tem pressão negativa, logo, vai de 0 a -1 atm (-760 mmHg),
e para registrar essa variável, a mesma tem um dispositivo acoplado chamado
manovacuômetro (manômetro que mede vácuo), mas, por motivos desconhecidos, o
mesmo se encontra defeituoso.

Figura 4 - Bomba centrífuga.


Figura 5 – Dados da bomba.
Seguindo com a atividade, fechou-se a linha 3 e a linha dois foi aberta, onde
foram registradas as medidas de 2,6 Kgf/cm² e 1 Kgf/cm², ou seja ouve queda de
pressão, talvez por alguma obstrução num ponto dos tubos.
Fechada a linha 2, foi aberta a última linha onde foram medidas as pressões 2,5
Kgf/cm² montante e 2,1 Kgf/cm² jusante.
Em seguida foi medida a vazão, pode-se notar a presença de um hidrômetro no
conduto de saída da bomba, mostrado na figura 6. Com o auxílio de um cronometro e
do hidrômetro foi obtido o valor de 21L/min.

Figura 6 - O hidrômetro da figura registrou uma vazão de 21 l/min – 1.260 l/h.

Estavam disponíveis para uso, dois trocadores de calor, um de tubo e casco e


outro de placas, porém, estes não foram utilizados na prática, e ficarão para uma
próxima oportunidade.

Caso utilizássemos, o fluido seria aquecido e ao sair do aquecedor entraria em


contato com um termômetro analógico para computar a temperatura. Com
temperatura maior, ele seria direcionado para os trocadores de calor, para trocar calor
com um fluido mais frio.
Figura 7 - Imagem dos trocadores de calor (casco e tubo).
Figura 8 – Data Sheet dos trocadores (casco e tubo).

Figura 9 - Trocador de calor de placas.


Figura 10 – Data Sheet (trocador de placas).

Os trocadores de casco e tubo e os trocadores de placas apresentam


vantagens e desvantagens, tais como:

Casco e tubo Placas


-Poucas vedações -Relativamente barato
Vantagens
-Limpeza -Uso eficiente de energia
-Flexibilidade para
alterações

-Menor flexibilidade para -Taxa de fluxo


alterações na capacidade relativamente baixas
de produção podem causar
-Tubos de maior diâmetro aquecimento não
Desvantagens não podem ser utilizados uniforme
devido as maiores -Velocidade do fluido
pressões para manter a baixa sob pressões
velocidade do fluido relativamente baixas

Após o fluido quente passar pelo último termômetro, que indicaria a


temperatura de saída após a troca térmica, e voltaria para o painel de condutos que
pode ser configurado de várias formas, mas sempre retornando à caixa d’agua
superior, caindo para a caixa inferior e assim reiniciando o ciclo.

Como sabemos a frequência utilizada na Bomba e sua potência, podemos


calcular o trabalho executado pela mesma:

𝑃 = 𝑤 . 𝑚̇

𝑃
𝑤=
𝑚̇

780
𝑤=
1.260

𝒘 = 𝟎, 𝟔 𝑱

No experimento, alternamos as válvulas do painel de conduto para que o fluido


percorresse o painel em diferentes alturas, observamos o comportamento da pressão
do fluido nas diferentes sessões que compõem o circuito.
As pressões de entrada e saída do fluido nas diferentes sessões podem ser
visualizadas na tabela a seguir:
Pressão L1 (Kgf/cm²) L2 (Kgf/cm²) L3 (Kgf/cm²)
Montante 2,5 2,6 1,5
Jusante 2,1 1 1,5
Na primeira sessão do circuito a perda de carga será:

∆𝑃
ℎ1 =
𝛾

2,5 − 2,1
ℎ1 =
1000.9,81

𝒉𝟏 ≅ 𝟒, 𝟏. 𝟏𝟎−𝟓 m

Na segunda sessão do circuito a perda de carga será:

∆𝑃
ℎ1 =
𝛾

2,6 − 1
ℎ1 =
1000.9,81

𝒉𝟏 ≅ 𝟏, 𝟔𝟑. 𝟏𝟎−𝟒 m

Na terceira sessão do circuito não houve perda de carga:

∆𝑃
ℎ1 =
𝛾

1,5 − 1,5
ℎ1 =
1000.9,81

𝒉𝟏 ≅ 𝟎

CONCLUSÃO

A partir do estudo dirigido de mecânica dos fluidos, pudemos compreender


o funcionamento de uma máquina de fluxo na prática. E associado a isso, também foi
possível aplicar os conceitos aprendidos em sala de aula, além de nos familiarizarmos
com os equipamentos de medições de variáveis, como os de pressão e vazão.
Também foi possível notar que em uma rede de tubulações existem elementos que
propiciam a perda de carga de um fluído, elementos estes como joelhos, condutos de
diâmetro variado, rugosidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

APEMA – A marca do trocador de calor. Disponível em: <


http://www.apema.com.br/wp-content/uploads/2014/04/Linha_TST.pdf>. Acesso em
28 de maio 2017.

APEMA – A marca do trocador de calor VLT. Disponível em: <


http://www.apema.com.br/wp-content/uploads/2014/05/VLT.pdf>. Acesso em 28 de
maio 2017.

SODRAMAR. Disponível em: <


http://www.sodramar.com.br/Subcategoria.asp?catCodigo=7&sbcCodigo=377&sbcC
odigoMestre=377>. Acesso em 28 de maio 2017.

http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM120/APOSTILA_MH/capitulo2_teoriageral__MA
QUINAS%20DE%20FLUXO.PDF

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