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Adrian - Cultura de Massa Ou Massa Industrial PDF
Adrian - Cultura de Massa Ou Massa Industrial PDF
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Cultura de massa ou Industrial Cultural
O desenvolvimento da cultura de massa possui uma relação muito forte como o
próprio surgimento da modernidade. O crescimento dos meios de comunicação de
massa tem origem na ascensão do protestantismo, da democracia e principalmente do
Capitalismo. Considerando que a expressão, meios de comunicação de massa refere-se
à imprensa escrita, ao rádio, à televisão e a outras tecnologias de comunicação.
Normalmente mídia e meio de comunicação são encarados como sinônimos para
referirmos à transmissão da informação de uma pessoa ou grupo para o outro. O termo
massa está muito bem direcionado a multidões padronizadas e homogêneas, não possui
um grupo específico mais tem significado na sociedade como um todo.
Segundo Tomazi podemos falar em indústria cultura a partir do século XVIII, com
a multiplicação dos Jornais no continente Europeu. Para tanto o próprio processo de
escolaridade da população ajudou no processo. A indústria precisava de indivíduos um
pouco mais qualificados, nesse caso, o surgimento de um mercado consumidor
(importância social, econômica e cultural) segundo Tomazi, contribuiu para o
desenvolvimento do primeiro meio de comunicação de massa: o Jornal.
Segundo Teixeira Coelho, a indústria cultural é fruto da sociedade industrializada,
no período de consolidação de uma economia baseada no consumo de bens. Produtos
culturais em série – revistas, jornais, filmes, livros etc. – produzidos para o consumo em
massa, são característicos desse tipo de indústria.
Os jornais acabam tendo um papel importante dentro dos centros urbanos criados
e desenvolvidos com o capitalismo vigente. Segundo Tomazi, os jornais divulgam
notícias, crônicas políticas e os folhetins (novelas impressas), ganhando uma
popularidade grandiosa. Nesse sentido as noticiais se tornam cada vez mais acessíveis.
Diferente da antiga sociedade feudal em que o conhecimento e as noticias ficavam
reservados a pequenos grupos de privilegiados.
INDÚSTRIA CULTURAL
No inicio do século XX, os primeiros autores a estudar os meios de comunicação
de massa foram filósofos Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1896-1973),
pertencente ao grupo de intelectuais chamado Escola de Frankfurt. Ao analisar os
meios de comunicação de massa, esses autores concluíram que esses recursos
funcionavam como uma industrial na padronização de noticiais e serviços. Dentro dessa
concepção, muda o sentido e a expressão de Cultura de Massa para Indústria Cultural.
O ensaio A indústria cultural: O Esclarecimento como Mistificação das Massas,
trabalho elaborado por dois dos principais integrante do movimento Frankfurtdiano,
Adorno e Hohkheimer. Nesse texto – publicado no livro Dialético do Esclarecimento
(1947) - os pensadores se esforçaram em evidenciar o caráter controlador e mercantil da
indústria cultural – termo cunhado pelos autores. Para Adorno e Horkheimer, os produtos
dessa indústria seriam parte integrante de uma lógica que visava, ao mesmo tempo,
padronizar os indivíduos e gerar lucro para os detentores do poder econômico (E. Neto
2009)
O conceito de indústria cultural de Adorno e Horkheimer acabam por se opor ao
termo cultura de massa. A indústria cultural, segundo os dois autores, equivale a
qualquer indústria, organizada, planejada para atender o público, agora tratado como
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consumidor. Mais do que dá informações, segundo os dois filósofos, os meios de
comunicação buscam o entretenimento dos indivíduos. A indústria cultura informa o
consumidor de maneira homogênea, rápida e alienante o mundo em que se depara.
Segundo Souza e Santos, os autores da Escola de Frankfurt para justificar sua tese,
afirmam que o cinema e o rádio não precisam mais se apresentar como arte. Na
verdade, para tais autores, estes bens culturais, quando são produzidos em série, são
apenas um negócio.
Para Adorno e Horkheimer os meios de comunicação de massa compreendem
uma proposta de alienação, diversão ou mesmo a desorientação sem permitir a reflexão
sobre as coisas. Os dois autores destacam que a indústria cultural tem um objetivo:
chegar aos seus consumidores a partir da venda. Por essa razão, pode-se dizer que a
indústria cultural vai buscar legitimar tudo isso a partir de uma ideologia que, é uma falsa
consciência ou uma inversão da realidade.
A indústria cultural impõe gostos e preferências às massas, modelando suas
consciências ao introduzir o desejo de necessidades supérfluas. Ela é tão eficaz nessa
tarefa que os indivíduos não percebem o que ocorre, impedindo, assim, a formação, de
pessoas capazes de julgar e de decidir conscientemente.
Fenômeno similar ocorre na música popular produzida pela indústria cultural. O
processo de padronização torna as canções parecidas umas às outras e reprime
qualquer tipo de desafio, autenticidade ou estimulo intelectual na música elaborada para
a venda
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Adorno e Horkheimer, representantes da chamada Escola de
Frankfurt. Para eles, não estamos diante de uma cultura de massa; assistimos - parados – ao consumismo
da indústria cultural.
PRIMEIRO CONCEITO
AS NOVELAS
01- A mesma língua falada pelos telespectadores no seu dia-a-dia: o púbico acaba
se identificando com os personagens, pois seus costumes e sua linguagem é também
muito parecida, como exemplo temos a novela Malhação e sua fala, comunicação de
acordo com o publico jovem.
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03-igualdade social: freqüentemente nas novelas vemos os pobres convivendo com os
ricos, coabitando um cotidiano semelhante sem conflitos, seja no trabalho ou na família
(doméstica e patrões), uma evocação direta de uma igualdade social inexistente na
realidade.
04- O amor entre núcleos diferentes: é muito rotineiro entre as diversas novelas, o
amor entre indivíduos de classes sociais diferentes. O público gosta da relação entre
mundos tão distintos, a moçinha pobre com o grande empresário. Nas novelas essas
historias de indivíduos tão diferentes é regra e quase uma obrigação entre os roteiristas
na busca da audiência.
05- Casamento: é obrigatório que todo o final de novela, tenha pelo menos um
casamento (principalmente entre os personagens principais). A idealização o sonho do
casamento pode ser realizado a partir dos personagens da novela. Os casamentos são
regras entre os roteiristas de novelas na idealização do final feliz.
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A popularidade que as novelas atingem não se mede somente amplas cifras do
Ibope, mas também pelo lugar que elas ocupam nas conversas cotidianas, nos debates
rotineiros, nos rumores que elas alimentam seu poder de unir uma discussão nacional
não somente em torno da intriga, mas em torno de certas questões de sociedade. A
identificação do telespectador brasileiro às personagens das novelas é tão forte que os
últimos capítulos tornam-se eventos nacionais comentários obrigatórios em toda a mídia,
sondagens de opinião são feitas para saber o fim das intrigas ou da situação final das
personagens (HUMANITAS).
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Segundo conceito
Internet
Conforme os dados divulgados pela União Internacional de Telecomunicações
(UIT), cerca de 1,5 bilhões de pessoas utilizam a Internet em todo o mundo. Esse total é
resultado de um contínuo e expressivo aumento no número de internautas a cada ano.
Para se ter uma ideia, entre 2000 e 2008, a quantidade de usuários de web cresceu em
290% - um percentual que não é superado por nenhum outro meio de comunicação de
massa. No Brasil, por exemplo, uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV) apontou que, já em 2007, a venda de computadores no país – que hoje é o quinto
como o maior número de conexões à Internet – superava a de televisores. Diante disso,
não podemos ignorar a abrangência e o poder de comunicação da Internet na
atualidade. (João Neto)
Dentro todos os meios de comunicação de massa, a televisão ainda é, sem
sombra de dúvida, o mais forte agente de informações e entretenimento, embora
pesquisas mais recentes já apontem que ela poderá ser passada para trás pela internet
na massificação da informação. Um bom exemplo disso foi a campanha na copa do
mundo “Cala boca, Galvão” do Twitter. (Souza 2009)
Em nenhum outro setor essa transformação provocada pela internet será tão
aparente como na indústria da mídia. Antes da internet, a maioria das pessoas recebia
passivamente um menu fixo de notícias e entretenimento, entregue por meio de jornais,
revistas, teatro, rádio e televisão. Com o crescimento das redes, os usuários adquiriram
controle sobre o que consomem e quando consomem. Seja lendo um artigo de jornal
online um dia antes de ele ser impresso, seja assistindo a um vídeo no iPad num vagão
de metrô, o usuários agora escolhem o que ler e assistir – e quando vão fazê-lo. Eles
também têm mais opções para decidir quando e se vão assistir à publicidade. Mas
fundamentalmente, entretanto, a internet dá poder para qualquer um criar conteúdo e
compartilhá-lo com uma audiência global – seja escrevendo um blog sobre música
brasileira, seja partilhando com os demais um vídeo no You Tube sobre uma nova
técnica agrícola. (Vinton Cerf. 2007)
A Campanha Nacional
“Cala a boca, Galvão”. E o poder de influencia das redes sociais criado na
internet.
A integração entre os seres humanos via computadores e rede de comunicação
tem como aumento - chave a interface do usuário, que, de uma forma ou de outra,
corresponde a suas características pessoas. Ela expressa não só as
características reais da personalidade do indivíduo, como aquelas que ele
desejaria possuir. A partir daí, ele se une no espaço virtual a grupos que
compartilham de suas necessidades e interesses, e criam-se espaços
antropológicos de vivencia e de troca, espaços de culturas.
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Terceiro Conceito
Apocalípticos e Integrados
Conforme a conhecida divisão do intelectual italiano Umberto Eco, as atitudes críticas
que se adotam diante do fenômeno social dos meios de comunicação de massa oscilam
entre o catastrofismo dos apocalípticos e o otimismo dos integrados. Os apocalípticos
são autores que consideram a TV, por exemplo, a causadora de todos os males
individuais e sociais da contemporaneidade. Os integrados ingenuamente a consideram
um fato histórico na democratização e na socialização da cultura, ou simplesmente uma
diversão gratuita e ideologicamente neutra. Em ambos os casos se cai na atitude
reducionista que impede uma análise do meio em sua complexidade do tema, ou seja, os
meios de comunicação não devem ser tratados como o mal de toda a humanidade mais
também não deve ser relacionado apenas como um inocente entretenimento.
Paulo Sergio Carmo, adaptado.
PROPAGANDA
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Na propaganda (margarina), sempre uma família
alegre e harmonia: um pai responsável e uma mãe dedicada e sorridente.
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As propagandas de cerveja associadas a belas mulheres e
ambiente de alegria, mais do que uma bebida alcoólica, vendem um bom convívio social.
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02- TÁTICA DOS CORREDORES
Os corredores dos Shoppings são planejados
Para levar o visitante a um passeio pelas
Lojas.
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05- SHOPPINGS E SEU CHEIRO PRÓPRIO
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08- EM CASA AS ROUPAS JÁ NÃO VESTEM TÃO BEM
Curiosamente quando compramos uma roupa ela sempre cai bem na loja. Muitos
lojistas inclinam os espelhos dos provadores. Quem se olha vê a própria silhueta
mais alongada. Dessa forma qualquer roupa fica adequada e atraente.
09- LANÇAMENTOS
Não há como não esbarrar nos lançamentos que ficam em vitrines no meio dos
corredores.
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11- MÚSICA COMO TÁTICA
Já está comprovado que pessoas compram mais quando se sentem alegres, e a
música sempre ajuda nesse processo. Por isso nas lojas, os sistemas de som
tocam música sem intervalos.
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ATIVIDADES
01 – Que forças históricas estimularam o crescimento dos meios de comunicação
de massa?
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REFERÊNCIAS
SOCIOLOGIA: sua bússola para um novo mundo/ Robert Brym... São Paulo, 2006
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