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PRECIPITAÇÃO
Precipitação é um importante componente do ciclo hidrológico que forma o elo entre
a água da atmosfera e a água do solo.
A Atmosfera é formada por uma mistura complexa de gases que varia em função
do tempo, da situação geográfica, da altitude e das estações do ano.
Simplificadamente pode-se considerar que o ar natural é constituído por:
• Ar seco - constituído por uma mistura de gases:
Nitrogênio 78,08%
Oxigênio 20,95%
Argônio 0,93%
Dióxido de carbono 0,04%
Neônio, hélio, criptônio, Porções menores
xenônio, ozônio, radônio
e outros
• Vapor d’água – constantemente presente em porcentagens que variam de
quase zero em regiões desérticas, a quantidades de cerca de 4% em regiões
da floresta tropical.
• Partículas sólidas em suspensão – são provenientes do solo, sais de origem
orgânica e inorgânica, explosões vulcânicas, combustão de combustíveis
(gases, petróleo, carvão) e da queima de meteoros na atmosfera.
Condensação - passagem do estado gasoso (vapor) para o estado líquido, ocasionado pelo resfriamento.
Liquefação - passagem do estado gasoso (gás) para o estado líquido, ocasionado pela pressão.
Formação da Precipitação
Em Nuvens Quentes Em Nuvens Frias
- Temperatura acima do ponto de - temperatura < 0ºC
congelamento da água (> 0ºC)
Para que haja precipitação, entretanto, é necessário que não somente a água retorne à
fase líquida, processo que recebe o nome de condensação, como também que as gotas
cresçam até um tamanho suficiente para que sob a ação da atração gravitacional vençam
a resistência e as correntes de ar ascendentes. O crescimento das gotículas formadas por
condensação é chamado coalescência.
TIPOS DE PRECIPITAÇÃO
• Frontal ou ciclônica
No Brasil as chuvas frontais são muito frequentes na região Sul, atingindo também
as regiões Sudeste, Centro Oeste e, por vezes, o Nordeste. Em alguns casos, as
frentes podem ficar estacionárias, e a chuva pode atingir o mesmo local por vários
dias seguidos.
• Convectiva
• Orográfica
As chuvas orográficas
ocorrem em regiões
em que um grande
obstáculo do relevo,
como uma cordilheira
ou serra muito alta,
impede a passagem de
ventos quentes e
úmidos, que sopram
do mar, obrigando o ar
a subir.
Chuva Orográfica
MEDIDAS PLUVIOMÉTRICAS
• Freqüência (F)
• Número de vezes que determinada chuva acontece.
• Adimensional
• Probabilidade de ocorrência de uma chuva (P)
• É a possibilidade que uma dada chuva possa vir a ocorrer
• Está relacionada com o período de recorrência
• Tempo de retorno ou período de recorrência (T)
• Tempo, em anos, em que determinada chuva supera ou se iguala a
anterior, ou seja, volta a acontecer
• É sempre dado em anos
• Ietograma
• Representação gráfica que estabelece a relação entre a quantidade
de chuva e o tempo
Precipitação h
(mm)
Tempo t (meses)
FORMAS DE MEDIÇÃO
EQUIPAMENTOS:
Pluviômetro:
Pluviógrafo:
Psicrômetro:
A diferença entre os dois termômetros é que um deles trabalha com o bulbo seco e
o outro com o bulbo úmido. Esse dispositivo é muito utilizado para a determinação
do ponto de orvalho e da umidade relativa do ar.
O termômetro de bulbo úmido tem o bulbo coberto por uma malha porosa
(geralmente de algodão), que fica mergulhada num recipiente contendo água
destilada. Esta malha fica constantemente úmida devido ao efeito de capilaridade.
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
Tipos de estações:
Conforme o tipo de equipamentos que abrigam, as estações meteorológicas podem
ser classificadas em:
• convencionais - a coleta dos dados é feita manualmente por técnicos
• automáticas - dotadas de sensores eletrônicos e de meios de transmissão
dos dados para uma central.
http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas (2016)
Desafio: Descobrir quanto choveu no dia do seu nascimento na sua cidade natal
http://www.aquafluxus.com.br/como-obter-informacoes-historicas-sobre-chuvas/
Onde:
P = precipitação do posto a ser estimada.
P1, P2, P3 = precipitação correspondente ao mês (ou ano) que se
1 P P P
P = ⋅ P1 + ⋅ P2 + ⋅ P3 deseja preencher, observada nas estações 1, 2 e 3.
3 P1 P2 P3 P = precipitação média do posto.
P1 , P2, P3 = precipitação média nas estações 1, 2 e 3.
Exemplo:
Considerando os seguintes valores de precipitação em mm/dia: 45, 90, 35, 25, 20,
50, 60, 65, 70, 80. Foi montada a tabela abaixo conforme orientações a, b e c acima
descrita.
• MÉTODO ARITMÉTICO
• MÉTODO DE THIESSEN
Esse método subdivide a área da bacia em áreas delimitadas por retas unindo os
pontos das estações, dando origem a vários triângulos. Traçando perpendiculares
aos lados de cada triângulo, obtêm-se vários polígonos que encerram, cada um,
apenas um posto de observação. Admite-se que cada posto seja representativo
daquela área onde a altura precipitada é tida como constante. Cada estação recebe
um peso pela área que representa em relação à área total da bacia. Se os polígonos
abrangem áreas externas à bacia, essas porções devem ser eliminadas no cálculo.
• M a is p re c is o q u e o m é to d o a ritm é tic o
• N ã o c o n s id e ra a s in flu ê n c ia s o ro g rá fic a s d a b a c ia
• A trib u i u m fa to r d e p o n d e ra ç ã o a o s to ta is p re c ip ita d o s e m c a d a
a p a re lh o , p ro p o rc io n a l à á re a d e in flu ê n c ia d e c a d a u m
∑ (P
i =1
i Ai )
h =
A
P i = p re c ip ita ç ã o o b s e rv a d a e m c a d a p lu v iô m e tro (m m )
A i = á re a d e in flu ê n c ia d e c a d a p lu v iô m etro
A = á re a to ta l
No mapa da área são traçadas as isoietas ou curvas que unem pontos de igual
precipitação. Na construção das isoietas, o analista deve considerar os efeitos
orográficos e a morfologia do temporal, de modo que o mapa final represente um
modelo de precipitação mais real do que o que poderia ser obtido de medidas
isoladas. Em seguida calculam-se as áreas parciais contidas entre duas isoietas
sucessivas e a precipitação média em cada área parcial, que é determinada
fazendo-se a média dos valores de duas isoietas. Usualmente se adota a média
dos índices de suas isoietas sucessivas. A precipitação média da bacia é calculada
utilizando a mesma equação do método de Thiessen
n
hi + hi +1
∑ × Ai
h= i =1 2
A
160 TR = 5 anos
TR = 10 anos
140 TR = 25 anos
120
100
80
60
0 5 10 15 20 25 30 35
Duração (minutos)
BIBLIOGRAFIA:
GARCEZ, Lucas Nogueira; ALVAREZ, Guillermo Acosta. Hidrologia. Editora Edgard Blucher ltda.
São Paulo.1988.
VILLELA, S. M., MATTOS, A.. Hidrologia Aplicada. São Paulo : McGraw Hill, 1975.
CARVALHO, Daniel, F.; SILVA, Leonardo, D., B; Apostila Hidrologia, disponível em:
http://www.ufrrj.br/institutos/it/deng/leonardo/downloads/APOSTILA/HIDRO-Cap4-PPT.pdf. com
acesso em 20/06/16
http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/informacoeshidrologicas/redehidro.aspx