16quinta-feiraFEV 2017
O capítulo 2 (dois) que leva o título “Relações étnicas no Brasil”, a autora faz
um panorama sobre o negro na sociedade brasileira. Fez um breve resumo
sobre o respaldo da história do negro no Brasil, desde a libertação dos
escravos negros ao patamar atual de conflitos étnicos, onde ainda se
encontram segregados social e economicamente, mesmo ocupando mais de
40% da população brasileira, sendo que a maior parte destes ocupa a base da
pirâmide social. Apresenta posição definição diferente ao que chamam de
democracia racial, pois há uma hegemonia que mascara a realidade do
racismo, a qual isenta diversas responsabilidades da sociedade para com o os
negros: condições de moradia, acesso à educação, saúde e emprego, por
exemplo. Afirma que o racismo a cada dia que passa vem aprofundando a
desigualdades econômicas e deixando os negros expostos a uma dominação
de classes. Já na perspectiva da educação, a escola é o local onde mais aflora
o racismo de diversas formas, sendo que o alunado negro sofre mais
reprovação e exclusão em relação ao alunado brancos. As situações de
discriminações vividas na escola ocorrem frente aos olhos dos professores, os
quais preferem omitir as situações vivenciadas pelos alunos negros e ignoram
as relações étnicas no ambiente da escola e tais circunstâncias só reforçam a
exclusão de crianças negras que já sofrem discriminação vinculadas aos livros
didáticos, meios de comunicação e etc. Frente a este problema firma-se mais
uma vez a necessidade de discussões com a temática étnica no campo da
educação infantil, pois os professores precisam estar preparados para lidar
com situações cotidianas, tais como o racismo, de forma adequada.
Esse livro é uma ótima referência para àqueles que pesquisam sobre conflitos
étnicos, negro e a educação no Brasil, negro e a educação Infantil, entre
outros.