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monografia de conclusão
12/11/2010 - Prof. Jorge Barcellos
1 - Seja claro, preciso, direto, objetivo e conciso. Use frases curtas e evite intercalações
excessivas ou ordens inversas desnecessárias. Não é justo exigir que o professor faça
complicados exercícios mentais para compreender o texto.
4 - Adote como norma a ordem direta, por ser aquela que conduz mais facilmente o
professor à essência da argumento. Não confunda detalhes importantes da vida cotidiana
com detalhes irrelevantes e vá diretamente ao que interessa, sem rodeios.
6 - Não comece períodos ou parágrafos seguidos com a mesma palavra, nem use
repetidamente a mesma estrutura de frase.
8 - Tenha sempre presente: o espaço hoje é precioso; o tempo de leitura, também. Relate
o fato no menor número possível de palavras: por que opor veto a em vez de vetar,
apenas? No entanto, seja prolixo no que se refere as longas descrições do trabalho de
campo.
9 - Em qualquer ocasião, prefira a palavra mais simples: pretender é sempre melhor que
objetivar, intentar ou tencionar; voltar é sempre melhor que regressar ou retornar;
passageiro é sempre melhor que usuário; entrar é sempre melhor que ingressar.
15 - Não perca de vista o universo vocabular da sua área de conhecimento. Adote esta
regra prática: nunca escreva o que você não leria em bom livro de sua área. Assim,
alguém rejeita (e não declina de) um convite, protela ou adia (e não procrastina) uma
decisão, aproveita (e não usufrui) uma situação. Da mesma forma, prefira demora ou
adiamento a delonga; antipatia a idiossincrasia; discórdia ou intriga a cizânia; crítica
violenta a diatribe; obscurecer a obnubilar, etc.
16 - O rádio e a televisão podem ter necessidade de palavras de som forte ou vibrante; o
texto acadêmico, não. Assim, professor é professor e não professorzão! Da mesma
forma, rejeite invenções como aulaço, galera (como grupo) e similares.
18 - Termos coloquiais ou de gíria deverão ser usados com extrema parcimônia e apenas
em casos muito especiais (nos diálogos, por exemplo), para não darem a idéia de
vulgaridade e principalmente para que não se tornem novos lugares-comuns. Como, por
exemplo: a mil, barato, galera, detonar, deitar e rolar, flagrar, com a corda (ou a bola)
toda, legal, grana, bacana, etc.
19 - Seja rigoroso na escolha das palavras do texto. Desconfie dos sinônimos perfeitos
ou de termos que sirvam para todas as ocasiões. Em geral, há uma palavra para definir
uma situação.
20 - Faça textos imparciais e objetivos. Não exponha opiniões, mas fatos, para que o
leitor tire deles as próprias conclusões. Defensa sua opinião, sempre após apresentar as
duas faces de uma questão, e quando a fizer, basei-se emf atos ou teoria comprovada.
Em nenhuma hipótese se admitem textos como: Demonstrando mais uma vez seu
caráter volúvel, o professor João da Silva alterou a matéria. Seja direto: O Professor
João da Silva ao invés de lecionar a matéria prevista, preferiu não dar aula. É a terceira
vez na semana em que faz isto. O caráter do professor ficará claro pela simples menção
do que ocorreu.
22 – Prefira não usar formas pessoais nos textos, como: Disse-nos o professor ele disse
... / Em conversa com a Secretária de Educação, ela nos disse que... Opte por
transformar em citação o que você deseja incorporar no texto do trabalho, quase como
se fosse citar um texto de livro. Algumas dessas construções cabem para certas
situações, como defesa de tese ou monografia de conclusão. Converse com seu
professor sobre o critério adotado.
26 - Não inicie a monografia com declaração entre aspas e só o faça se esta tiver
importância muito grande (o que é a exceção e não a norma).
30 - A falta de tempo para escrever exige que o estudante escreva monografias cada dia
mais curtas (10 ou 20 páginas, em média). Por isso, compete ao autor e ao professor da
disciplina selecionar conjuntamente um referencial do número mínimo de páginas,
como um critério a mais, entre outros, para expor as informações disponíveis, para que
o aluno seja incentivado a incluir as essenciais e abrir mão das supérfluas. Nem toda a
resenha cabe em vinte páginas, mas com certeza, um bom trabalho de campo com
análise e interpretação que possa ser cortada pelo pé sem maiores prejuízos dará ao
menos quinze páginas. Quando houver tempo, reescreva o texto: é o mais
recomendável. Quando não, vá cortando as frases dispensáveis.
31 - Proceda como se o seu texto seja o definitivo, tal qual você deseja entregar. O ritmo
de final de semestre, onde avolumam-se os trabalhos, nem sempre permite que o aluno
faça uma boa revisão completa do original. Assim, depois de pronto, reveja e confira
todo o texto, com cuidado. Afinal, é o seu nome que assina a monografia.
38 - Se você tem vários trabalhos para escrever ao final do semesre, durante o curso
adote a técnica de centrar seu estudo sobre um campo de problemas determinado e uma
base teórica comum de interpretação. Desenvolva o hábito de centrar sua leitura sobre a
obra completa de um número limitado de autores (seja da sociologia ou da política): eles
passaram a ser o seu referência teórico, oferecendo os conceitos de base para a
interpretação da realidade. Você ganhará tempo, utilizará sua base teórica em mais
trabalhos, conseguindo maior profundidade e evitará que algum dado relevante fique
fora da monografia.
39 - Nunca deixe de ler até o fim sua monografia nos momentos de revisão antes da
entrega do trabalho. Mesmo que você tenha apenas 5 minutos para rever o texto, talvez
naquelas 15 linhas que faltam para serem lidas, poderão conter informações
dispensáveis que seriam melhor desfazer.
44 - Sempre que possível, mencione no Relatório a fonte da informação. Ela poderá ser
omitida se gozar de absoluta confiança do aluno, e, por alguma razão, convier que não
apareça na monografia. Recomenda-se, no entanto, que o Relatório indique alguma
idéia da procedência da informação, com indicações como: Pelo menos dois
funcionários da escola garantiram quando a visitei ..., etc.
46 – A monografia não admite generalizações que possam atingir toda uma classe ou
categoria, raças, credos, profissões, instituições, etc. Preserve avalições sempre de
forma circunscrita ao espaço investigado. Evite generalizações.