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As últimas
da época IV
50 anos das
locomotivas 2550
De comboio para a praia
Trainsharing CP
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Alfa Pendular e Intercidades. linhas do Algarve, Oeste e Minho. Consulte as diversas opções no
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ida e volta e para o mesmo serviço, classe e origem/destino.
Santiago do Cacém
Linha de Sines
Redacção
• Carlos Loução
• João Cunha
• João Joaquim
Sumário
• João Lourenço
• Pedro André
• Pedro Mêda
• Ricardo Cruz
• Ricardo Ferreira
• Ricardo Monteiro
• Ricardo Quinas
Editorial
5 • Tiago Ferreira
Comboio Correio
6 Contribuições para:
trainspotter@portugalferroviario.net
8
Cavalos de Ferro
Séries Ameaçadas – Época IV Endereço:
www.portugalferroviario.net
17
Cavalos de Ferro
50 Anos das Locomotivas 2550
Comboio Destaque
Comboios de contentores 69180/1 e 69810/1 30
Modelismo
Transporte de Cimento e Baslastro 32
Estação Terminal
37
3
Spotting
João Cunha
4
Editorial
A
oportunidade que me surge para o editorial também um destaque à emblemática “época IV” dos
da Trainspotter chega na melhor ocasião, caminhos-de-ferro (e das quais as 2550 fizeram parte),
uma edição dedicada aos cinquenta anos destacando as principais séries que ainda podemos
das locomotivas 2550. Tal como parte dos nossos lei- encontrar em linha em Portugal, Espanha e França, e
tores, as 2500 e 2550 foram um dos principais pilares que continuam a merecer todos os anos uma redobrada
de suporte para a ligação dedicada que tenho com os atenção pela comunidade entusiasta.
caminhos-de-ferro, e que será, à partida, para sempre.
Em relação à actividade ferroviária, a desorienta-
As linhas gerais nostálgicas destas locomotivas sem-
ção das políticas face ao tão prometido investimento
pre foi o que mais me cativou nelas e o facto de serem
no transporte ferroviário têm marcado a imprensa em
as pioneiras da tracção electromecânica a 50 Hz em
geral. O exemplo mais flagrante está no investimento
Portugal é um cargo histórico de responsabilidade que
que se pretende fazer nas malhas do Oeste e Algarve,
muito bem representaram. Ambas as séries marcaram
onde o financiamento existente não é, à vista de todos,
por tecnologia que resistiu sem intervenções profundas
o sequer suficiente para trazer ambas as linhas para
durante meio século de operação, desde que foram es-
níveis de competitividade do desfecho do século XX;
treadas em serviço regular em 1956, para as primeiras,
mas, enfim, antes manter os padrões de comodidade a
e 1964, para as segundas.
nível da operação ferroviária nos níveis actuais daqui a
A saída de operação destas locomotivas foi marca- meia dúzia de anos. Estamos perante um paradigma,
da durante vários anos com avanços e recuos, mas a em ambos os eixos o transporte ferroviário afastou-se
esperança de um dia regressarem está para sempre durante décadas dos reais padrões das necessidades
encerrada. À excepção da primeira unidade da série, de movimento das populações e agora é impensável
todas as 2550 foram já demolidas, sem que tenha ocor- corrigir esse erro, principalmente no primeiro caso. O
rido qualquer intervenção entusiasta capaz de uma sal- investimento que urge fazer a curto prazo devia centrar-
var. Um destino triste, a quem tanto deu pelo desenvol- -se no material circulante de operação diesel e esse
vimento do seu país. Agora que se comemorariam os tem, infelizmente, passado ao lado.
cinquenta anos em serviço delas caso ainda cá estives-
Se ainda for o caso, aproveito também para dese-
sem, a Trainspotter dedica-lhes uma edição, claro.
jar boas férias ao nosso leitor, de preferência usando o
Aproveitando o mesmo mote, nesta edição damos meio ferroviário.
5
Comboio Correio
Ricardo Quinas
A
REFER publicou no pas- Alguns dos troços conheceram
sado 20 de Agosto o a sua última intervenção profun-
concurso público para a da há cerca de quarenta anos,
empreitada de reabilitação inte- aquando da renovação da Linha
gral de via entre Entroncamento e da Beira Baixa por ocasião do
NOVA LIGAÇÃO SETÚBAL – SINES Vila Velha de Ródão, no que será projecto, entretanto cancelado,
a primeira fase da reabilitação da de escoamento do minério de
© Ricardo Quinas
6
Comboio Correio
Intervenções em fase
Breves
Pedro Mêda
de estudo
O
Governo autorizou a Infraestruturas (PETI) para o
REFER a despender período 2014-2020 e que deverão
uma verba de 14,7 representar um investimento total
milhões de euros para a superior a 600 milhões de euros
elaboração dos projectos de na rede ferroviária nacional.
renovação da Linha do Norte e A aguardar, entre outros
de renovação e electrificação das projectos de menor envergadura NOVAS PASSAGENS SUPERIORES
linhas do Douro, Minho e Oeste referidos no PETI, encontram-
(apenas entre Meleças e Caldas A REFER prossegue os investimen-
se ainda os corredores Sines –
da Rainha). tos para a supressão e aumento da
Lisboa/Setúbal – Caia e Leixões
segurança nas passagens de nível,
Está assim dado o primeiro – Aveiro – Vilar Formoso, os
nomeadamente através da construção
passo para proceder às maiores investimentos a realizar
de novas passagens superiores.
intervenções nas referidas vias, nos próximos anos, avaliados
Neste mês de Agosto, a empresa
calendarizadas segundo o Plano respectivamente em 1.000 e em
pública deu por concluídos os traba-
Estratégico dos Transportes e 900 milhões de euros.
lhos de construção de uma passagem
superior no apeadeiro de Coimbrões,
Estação de Olhão
ao PK 330,9 da Linha do Norte, num
investimento total de 230 mil euros.
Ainda na Linha do Norte, foram lança-
das as empreitadas para a construção
com nova sinalização de passagens superiores nos apea-
deiros de Bencanta, ao PK 215,7, e
C
om a publicação do 75º Linha do Algarve tendo em vista Francelos, ao PK 325,4, num investi-
aditamento à Instrução a sua completa modernização. mento próximo dos 600 mil euros.
de Exploração Técnica Apenas as estações da Fuseta, Já na Linha do Minho, o destaque
nº50 da Rede Ferroviária Nacional Tavira, Cacela e Vila Real de vai para a nova passagem superior lo-
no passado dia 10 de Agosto, a Santo António se mantém com calizada entre os apeadeiros de Águas
estação de Olhão na Linha do sinalização antiga, embora na Santas e Palmilheira, num investimen-
Algarve passou a ter em pleno maior parte dos casos já esteja to de 359 mil euros.
funcionamento a sinalização praticamente tudo preparado As novas infraestruturas destinam-
electrónica. Desta forma a REFER para que a nova sinalização -se exclusivamente a peões, dispon-
continua a modernização da automática entre em vigor. do de escadas, elevadores e acessos
para pessoas de mobilidade reduzida.
Pedro Mêda
© Pedro André
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Cavalos de Ferro
U
m artigo diferente do restantes, e por muito que a sua
habitual, para retratar história tenha muitas páginas
algumas das séries de douradas e continue a escrever-
locomotivas mais relevantes se com fiabilidade, produtividade
ainda em circulação em e rentabilidade, a década que
Portugal, Espanha e França, e vivemos deverá ser a última de
que pertencem à que para mim existência ou, pelo menos, a última
continuará marcada como a época onde terão alguma real glória na
dourada da tracção ferroviária – a cena ferroviária em que estão
época IV (1970 – 1990). integradas.
Para este artigo, escolhi apenas Momento por isso para traçar um
as que considero serem as mais rápido perfil do que poderão ser os
míticas e importantes séries ainda próximos anos destes monstros
em uso, embora hajam outras da tracção ferroviária que nos é
séries da mesma época ainda em mais próxima, e preparar máquinas
serviço. fotográficas e de vídeo para as
Para quase todas as séries imortalizar enquanto é tempo.
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Cavalos de Ferro
Portugal
CP 1900/30
A
pesar de continuarem a
ser as mais recentes loco-
motivas diesel da CP, con-
tam já com 35 anos de serviço pra-
ticamente feitos desde a sua estreia
no início dos anos 80. Quer pela via das electrificações, curtos como Oeste e Porto de Aveiro,
Com performances normalmente quer pela via da privatização da CP onde habitualmente não precisam de
hesitantes na região Centro, e mui- Carga, a série estará a viver a sua ser trocadas a meio da semana por
to valorizadas na região Sul (onde última década de serviço numa car- necessidades de manutenção.
actuam desde início) e Norte (para reira que, de um ponto de vista de
As locomotivas restantes aguar-
onde começaram a migrar em 2010), fiabilidade e reconhecimento, tem-se
dam apenas o esgotamento do seu
estas locomotivas estão ameaçadas desenrolado sempre em crescendo.
potencial quilométrico, um fim que
pela idade, pela privatização da CP se vem arrastando pela fraca quilo-
Carga e pelas muitas electrificações metragem das suas rotações. Sem
anunciadas para os próximos anos. CP 1960 peças em oficina para reparações
Uma das prioridades da priva- mais complicadas, qualquer avaria
As míticas Bombardier são hoje
tização da CP Carga, onde se en- mais complexa pode ditar o fim das
uma sombra do que foram, havendo
contram afectas todas as unidades locomotivas ainda existentes.
apenas três unidades em serviço e
restantes, será encontrar um parque já sem rotação própria há mais de Não parece credível esperar que
diesel adaptado às necessidades quatro anos. a série ainda resista ao próximo ano
operacionais actuais e que substitua de 2015, onde certamente se fecha-
Mercê do seu ciclo de manuten-
todas as locomotivas actuais. rá um capítulo de uma história que,
ção alargado por comparação às
Por outro lado, a electrificação incontornavelmente, está marcada
1900, têm sido as mais utilizadas
das linhas do Minho, Oeste e Por- por vinte anos de glória na Linha da
em rotações semanais de percursos
to de Aveiro retirar-lhes-á boa parte Beira Alta.
da folha de serviços que
mantêm, existindo ainda
um grande ponto de in-
terrogação quando ao fu-
turo do Ramal de Neves-
-Corvo, cuja electrificação
vem sendo adiada mas
que acabará por aconte-
cer.
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Cavalos de Ferro
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Cavalos de Ferro
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Cavalos de Ferro
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Cavalos de Ferro
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Cavalos de Ferro
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Cavalos de Ferro
sair de serviço antes de 2025, então é a sua denominação histórica na Noutros capítulos, a série foi pra-
com cinquenta anos de serviço. rede francesa. ticamente arredada dos comboios
regionais em todo o país, onde gas-
A compra massiva de Regiolis,
tou outra boa parte dos 45 anos de
aptos a 160 km/h e com interiores
SNCF BB 72100 da alta gama, deve levar a SNCF a
serviço, substituída por automotoras
que devastaram o parque de carru-
acabar de vez com os comboios Co-
Resultado da renovação das míti- agens USI, UIC e CoRail. Arreda-
Rail nesta linha e assim interromper
cas CC 72000, as trinta locomotivas das dos suburbanos de Paris, onde
a vida desta série que já foi renova-
da série estão em declínio acentua- mantiveram uma curiosa presença
da há mais de dez anos e, por isso,
do, sobrando hoje apenas 22 loco- durante muitos anos, são ainda res-
aproxima-se também do fim do po-
motivas, após alguns acidentes, in- ponsáveis pelos fantásticos CoRail
tencial de vida útil que lhe foi então
cêndios e outras avarias. Nantes – Bordéus da dupla via não
acrescentado.
Concentradas no eixo Paris – electrificada que corre paralela ao
A série não deve resistir aos pró- Atlântico.
Mulhouse, hoje ameaçado pela LGV
ximos dois a três anos, colocando-se
Rhin-Rhône que a acompanha uns Também aí os Regiolis as irão ca-
um fim na dinastia das mais impres-
quilómetros ao lado, a série é inteira- çar, como já está a acontecer na Al-
sionantes locomotivas diesel que cir-
mente responsável pelos comboios sácia e no Norte de França, onde os
cularam em território europeu.
de alta gama que a SNCF opera habituais regionais que realizavam
nesta linha. São comboios altamente nas últimas décadas estão a ser pro-
fotogénicos e apetecíveis para qual- fundamente alterados.
quer entusiasta, com seis a nove SNCF BB 67400 Existem várias unidades afectas
CoRails (às vezes mais!) a serem re-
Super versáteis e polivalentes, as a comboios de infraestruturas, onde
bocadas diariamente a 160 km/h em
BB 67400 estão hoje praticamente sem dúvida irão sobreviver mais do
tracção diesel – uma realidade bem
arredadas dos comboios de merca- que as afectas a outras unidades,
distante da portuguesa.
dorias, que lhes ocuparam boa par- mas se descontarmos este parque
São ainda responsáveis por al- te da carreira desde que, em 1969, residual de utilização nem sempre
guns regionais rápidos à volta de iniciaram funções. Neste capítulo, regular, as restantes unidades deve-
Chalindrey, seu depósito de sempre 2015 deve ser o último ano de mis- rão todas cessar funções em 2016.
situado nesta famosa linha 4 – assim sões nas mercadorias.
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Cavalos de Ferro
Pedro Mêda
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Cavalos de Ferro
50 Anos das
locomotivas 2550
Pedro Mêda, João Cunha
A
s locomotivas
eléctricas Schneider-
Westinghouse da
série 2550 marcaram de uma
forma única os caminhos-
de-ferro portugueses entre a
segunda metade do século XX
e o final da primeira década do
século XXI. A sua caixa em aço
inoxidável canelado, fabricada na
Sorefame, permitiu estabelecer
uma completa harmonia entre
locomotiva e material rebocado, Imagem de marca dos rápidos da
Linha do Norte nas décadas de 60 e 70
passando a ser a imagem de marca dos
comboios rápidos da Linha do Norte durante
mais de uma década. Esta particularidade crescente da economia nacional através do incremento
levou também a que fosse uma das séries mais de riqueza de ramos de atividades já estabelecidos ou
solicitadas para circulações especiais, como o a estabelecer. Pretendia fomentar o emprego e diferen-
comboio presidencial. Num momento em que tes níveis de desenvolvimento. No que diz respeito ao
se assinalam cinquenta anos da sua entrada caminho-de-ferro, previa entre outros objectivos a sua
em serviço, este artigo pretende dar a conhecer modernização através da aquisição de novo material cir-
algumas das características desta série, a sua culante e intervenções ao nível da infra-estrutura, equi-
história, serviços, importância como imagem pamentos técnicos e sociais de apoio à actividade. Estes
de marca e afirmação da indústria nacional,
investimentos encontravam-se inscritos em planos, de-
bem como a sua retirada de serviço, o seu
signados de Planos de Fomento. De modo a contextua-
abate e futuro espectável do único exemplar
lizar melhor o contrato de fornecimento desta série de
sobrevivente.
Enquadramento
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Cavalos de Ferro
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Cavalos de Ferro
Anos
Empreendimentos Total
1959 1960 1961 1962 1963 1964
a) Electrificação do troço Entroncamento –
Porto (instalações fixas e trabalhos de via
200 000 200 000 200 000 120 000 80 000 - 800 000
e obras; material circulante; sinalização e
telecomunicações)
b) Material diesel (locomotivas; automotoras e
37 500 37 500 37 500 22 500 15 000 - 150 000
atrelados; barcos)
c) Reapetrechamento das oficinas, aquisição de
material circulante, renovação da sinalização e 29 100 34 550 40 000 24 000 21 450 10 900 160 000
telecomunicações
d) Renovação, conservação e ampliação da via (e
58 500 26 300 26 300 26 300 26 300 26 300 190 000
das respectivas pontes)
Total 325 100 298 350 303 800 192 800 142 750 37 200 1 300 000
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Cavalos de Ferro
Os três esquemas
de pintura das
locomotivas 2550
© Eugénio Santos
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Cavalos de Ferro
presas AEG, Alstom, BBC, Jeumont, Vieram de origem equipadas com Em termos de peso conseguiu-se
Oerlikon, Schneider-Westinghouse e rectificadores de vapor de mercúrio poupar cerca de 1,5 toneladas, fi-
Siemens. A Henschel-Werke forne- à semelhança das 2500. No entanto, cando ligeiramente acima do inicial-
ceu as partes mecânicas com ex- durante o ano de 1967 estes seriam mente previsto (Tara 68,10 t; Peso
cepção dos bogies. substituídos por uns de tecnologia em ordem de marcha e Peso ade-
A concepção da caixa, o fabrico mais avançada e compostos de si- rente 70,52 t).
dos bogies e a montagem de todos lício; rectificadores secos de silício.
os elementos foram realizados na De origem vieram também equi-
Sorefame sob licença dos diferentes padas com dois pantógrafos rom-
1ª Fase da Carreira
fabricantes, Budd Co. e Henschel, boidais, tendo sido substituídos por
respectivamente.
São locomotivas alimentadas
pantógrafos de um braço durante a
década de 90. Algumas unidades
C om o avanço da electrifica-
ção na Linha do Norte as lo-
comotivas eléctricas passaram a do-
com energia a 25.000 V monofási- usaram os pantógrafos originais até
minar este percurso. As 2550, dado
ca a 50 Hz e têm uma potência de meados da primeira década do sé-
o seu menor peso e pelo facto de
2.790 Cv, podendo circular a uma culo XXI.
terem uma caixa em aço inoxidável,
velocidade máxima de 120 km/h. Estavam dotadas de freio a vá-
foram desde logo escolhidas para
Esta podia ser aumentada para 130 cuo, tendo posteriormente recebido
traccionar os comboios mais impor-
km/h, sendo para isso necessário no final da década de 70 o sistema
tantes, designadamente nos servi-
proceder à modificação de um dis- Dual Ar-vácuo. A sua capacidade de
ços de “rápidos” e “Foguete” onde
positivo nos motores de tracção. reboque ficou aquém do espectável,
progressivamente foram substituin-
Esta operação nunca chegou a ser sendo a carga máxima de 650 tone-
do as automotoras da série 0500 que
realizada. Possuem quatro motores ladas no troço Caxarias – Albergaria
começavam a ter diversos proble-
de tracção Alsthom modelo TAO-645 e 640 na outra rampa (troço Pom-
mas. No II Plano de Fomento estava
A1, totalmente suspensos e refrige- bal – Albergaria). Com o avanço da
inicialmente prevista a aquisição de
rados através de ventilação forçada. electrificação, o troço que passou a
um lote de carruagens com ar condi-
Têm uma potência de 2.116 kW (4 constituir a maior limitação foi Alcân-
cionado, factor que permitia igualar
x 529) em regime contínuo e 2.228 tara-Terra – Sete Rios, onde a capa-
o conforto oferecido pelas referidas
kW (4 x 557) em regime unihorário. cidade de carga é de 480 toneladas.
O transformador tem uma
potência de 4.365 kVA -
(25 kV) e o graduador per-
mite 32 pontos de tracção.
Este é um dos aspectos
que diferencia esta série
da sua antecessora por-
que, embora idêntico e do
mesmo fabricante (BBC),
o graduador das 2500 per-
mite apenas 22 pontos.
21
Cavalos de Ferro
A 2º fase da carreira
das 2550 foi
também marcada
pelo novo esquema
de pintura; Alfarelos
em Março de 1982,
comboio para
Lisboa
© João Marques
automotoras. No entanto, essa situa- outras circulações de passageiros. >> A do comboio que se encar-
ção não se consumou e seria neces- Foram várias vezes chamadas a regou da inauguração da electri-
sário esperar até 1986 para voltar a efectuar comboios especiais, trans- ficação do troço Esmoriz – Vila
ter circulações com ar condicionado portando várias personalidades e re- Nova de Gaia, em 16 de Julho de
nos serviços de rápidos. As 2550 e presentantes de entidades nacionais 1966, titulada pela locomotiva n.º
o material rebocado Sorefame for- e internacionais, sendo mais um ele- 2564;
mavam composições homogéneas mento na montra da capacidade da
e totalmente em aço inoxidável, ima- industria nacional ferroviária. Des- >> A do comboio especial que
gem que marcaria a oferta de topo tacam-se algumas destas composi- inaugurou a totalidade da electri-
de gama da CP na Linha do Norte ções como: ficação da Linha do Norte (troço
durante mais de uma década. Para Vila Nova de Gaia – Campanhã),
felicidade e regozijo de muitos entu- >> O comboio Presidencial que procedente de Lisboa-Santa
siastas e historiadores existe um bri- a 17 de Outubro de 1964 saiu de Apolónia e com destino a Porto-
lhante registo destas composições. Lisboa, titulado pela locomotiva -Campanhã, a 3 de Novembro de
O entusiasta e fotógrafo ferroviário n.º 2552, conduzindo na parte 1966, titulado pela locomotiva n.º
George Woods captou a 15 de Maio electrificada o Almirante Américo 2560, seguindo a reboque o fur-
de 1974 na estação de Espinho, o Tomás e o General Franco para gão e carruagem Sy5 do Comboio
comboio rápido com destino a Lis- a inauguração das barragens de Presidencial e diversas carrua-
boa titulado nesse dia (dando ainda Aldeadávila e Bemposta, situa- gens Sorefame;
mais valor à imagem) pela primeira das na parte internacional do rio
locomotiva da série, a 2551. Douro; Conforme tem sido sistematica-
Além de assegurarem os referi- mente referido, esta série foi muito
dos serviços, encarregaram-se tam- >> A do rápido n.º 1 que se encar- utilizada como meio de afirmação e
bém da tracção dos comboios “Sud- regou da inauguração da electrifi- de propaganda da capacidade da
-Express” e “Lusitânia-Expresso”, no cação do troço Quintãs – Esmo- indústria portuguesa. Uma destas
troço debaixo de catenária. Sempre riz, em 23 de Novembro de 1964, expressões e provavelmente a mais
Linhaasseguraram
que necessário do Norte na Aguda
tam- titulada pela locomotiva n.º 2557; relevante e única na história ferroviá-
bém comboios deMêda
Pedro mercadorias ou ria em Portugal foi o envio em 1965
22
Cavalos de Ferro
de uma unidade para estar presente vários acidentes com diferentes gra- ocorrências, embora não tenha sido
numa exposição internacional. vidades envolvendo estas máquinas. possível confirmar o número das
O evento realizou-se no Brasil, O primeiro acidente conhecido ocor- máquinas envolvidas. Tratam-se dos
assinalando o IV Centenário da cida- reu no dia 22 de Agosto de 1965 e descarrilamentos de Esmoriz, a 26
de do Rio de Janeiro. O Pavilhão de envolveu a locomotiva n.º 2564 que de Setembro de 1968, que envolveu
Portugal, projectado pelo arquitecto seguia à frente do “Ibéria-Expresso”. um comboio de mercadorias e da
Frederico George, tinha uma área de Esta circulação embateu com outra Póvoa de Santa Iria, a 23 de Maio de
8.000 m , sendo que cerca de 1.200
2
que se encontrava parada na esta- 1971 que envolveu o comboio rápido
m estavam dedicados à Agricultura
2
ção de Vale de Santarém. n.º 8 (Porto – Lisboa).
e Industria. Entre as várias entida- Existem pelo menos mais duas Durante esta fase, e provavel-
des representadas encontrava-se
a Sorefame, que colocou no seu
espaço a última unidade da série,
a locomotiva 2570, bem como uma
carruagem em inox. Esta locomotiva
ficou conhecida entre os maquinis-
tas como “A Brasileira”.
Nos primeiros anos ocorreram
A 2557 em Santa
Apolónia na
década de 80
© João Marques
Cabine de uma 2550
© Pedro Sabino
23
Cavalos de Ferro
2568 com um
comboio especial
do PTG em Espinho
em 28 de Janeiro de
2007. Este esquema
de pintura marca
os últimos anos de
serviço das 2550
© Pedro Mêda
mente num destes acidentes, ter-se-á perdido a locomo- pela remoção dos logótipos originais da CP e por um
tiva n.º 2555, embora não tenha sido possível confirmar novo esquema de pintura nos cabeçotes. Foi também
a data em concreto nem o que terá sucedido. durante este período que foram sendo substituídos os
faróis inferiores de origem por uns novos de acordo com
as normas UIC.
2ª Fase da Carreira
24
Cavalos de Ferro
Nesta fase foram também alguns de mercadorias, ficando a já referida sendo implementado à medida que
os acidentes que ocorreram. Entre série 2600 e a sub-série 2620 (nove as locomotivas eram sujeitas a re-
finais da década de 70 e finais de unidades), entretanto adquirida, com visões. Esta adaptação foi também
80 ter-se-á perdido a locomotiva n.º a totalidade dos serviços de passa- realizada em duas locomotivas da
2554. Destaca-se o descarrilamento geiros. De forma a tentar uniformizar série anterior. Além das modifica-
de 6 de Julho de 1982 no Setil e a a capacidade de reboque do parque, ções referidas, as caixas em aço
colisão entre duas composições na as locomotivas da série 2550 foram inox foram pintadas nos topos e nas
Póvoa de Santa Iria a 5 de Maio de alteradas e dotadas de tomadas que laterais até à zona das portas de cor
1986, que envolveu a locomotiva n.º permitissem a sua circulação em vermelha, ficando com aspecto idên-
2558. múltipla (duas unidades). O projecto tico às 5600. Ficaram assim exclusi-
Foi decorrente de um destes começa a ser desenvolvido nos pri- vamente dedicadas às mercadorias
acontecimentos que a locomotiva meiros anos da década da 90 e foi e ocasionalmente a serviços de pas-
2567 passou a utilizar uma caixa
idêntica à da série 2500, embora
esta tenha sido construída de raiz
nas oficinas do Entroncamento. Em
1990 existem registos desta locomo-
tiva já com o novo visual. Por razões
idênticas a locomotiva 2570 recebeu
também uma nova caixa durante o
ano de 1992/93, tendo no entanto
esta vindo de uma 2500 entretanto
retirada de serviço. De acordo com
a informação disponível, a caixa
terá sido proveniente da locomotiva
2510, entretanto abatida ao serviço
por acidente.
A 2568 lidera um Leixões - Alfarelos, em Pedrouços em
Maio de 2007 © João Cunha
3ª Fase da Carreira
N a década de 90 a CP ad-
quiriu um lote de trinta lo-
comotivas de grande potência e
aptas para uma velocidade de 220
km/h. Estas unidades (série 5600)
seriam adequadas para a tracção
de comboios de passageiros que
tinham entretanto recebido novas
carruagens também em aço inoxidá-
vel mas seguindo o modelo francês
CoRail e aptas para a velocidade de
160 km/h. No entanto, a maior par-
te da frota ficou adstrita a comboios
25
Cavalos de Ferro
sageiros, nomeadamente em circu- (também conhecidas como estações A vinda das locomotivas 2600
lações especiais. A electrificação de de concentração), ligando Gaia, para o tráfego de mercadorias, a
novos troços como a Linha da Beira Pampilhosa, Entroncamento, Boba- partir de 2007, acabou por ser um
Alta, Beira Baixa, Vendas Novas e dela e Praias do Sado. Estes com- duplo golpe para a série, pois não
Linha do Sul, permitiram que, já em boios, habitualmente muito pesados, só as retirou dos mais pesados com-
fim de carreira, se aventurassem em acabaram por ser entregues priorita- boios inter-triagens, como acabaram
novas paragens, passando a ser fre- riamente às 2550, que em múltipla por ser introduzidas na fase de maior
quente a sua permanência em locais conseguiam rebocar mais carga do crescimento dos comboios-bloco,
como Vilar Formoso, Praias do Sado que as locomotivas 5600 em unida- que acabou por relegar no passa-
ou Sines. Esta pode ser considerada de simples – e a CP Carga não tinha do recente os anteriores comboios
a fase mais dura da longa vida des- locomotivas suficientes para utilizar “Eixo” para terceiro plano.
tas máquinas, em virtude das cargas as 5600 em múltipla.
que rebocaram, das suas rotações, A série tem por isso as suas últi-
quilómetros percorridos por semana Assim sendo, passaram os últi- mas páginas da carreira fortemente
e horas de funcionamento em con- mos dez anos da sua carreira percor- associadas a uma autêntica passa-
tínuo. rendo as estações de concentração deira rolante de mercadorias que a
da CP Carga, caídas em desuso nos CP Carga criou entre as suas tria-
Nos anos 2000, fruto da instala- últimos anos com o aumento da efi- gens, o que lhe deu uma inesperada
ção de comando múltiplo em toda a ciência e proliferação dos comboios- notoriedade e relevância em fim de
série 2550 e em duas locomotivas -bloco, mais rápidos e indeformáveis carreira.
da série 2500, a série acabou por se ao longo do percurso. Nos últimos dois anos, a série
tornar na figura de proa da CP Car- Acrescentam-se os tráfegos de acabou por ser sucessivamente
ga para os tráfegos mais pesados da cimento entre Souselas e a Trava- afastada dos seus tráfegos típicos.
rede, se excluirmos o transporte de gem, onde está um entreposto da Praticamente até ao fim ficou a res-
carvão Sines – Pego. Isto porque a Cimpor, complementados por per- ponsabilidade dos comboios de ma-
sucessiva reorganização operacio- cursos exigentes em direcção a deira trocados entre Gaia e Praia do
nal da empresa levou à criação e Mangualde e Vilar Formoso. Sado, complementados com tare-
reforço de comboios inter-triagens fas menos nobres e mais discretas
26
Cavalos de Ferro
somavam tráfegos pontuais à medi- aquisição, em 2006, de uma nova Desta forma, durante o ano de 2009,
da da indisponibilidade ou insuficiên- série de 25 locomotivas específicas com 45 anos de serviço e uma quilo-
cia de locomotivas 2600 e 5600 para para a carga (série 4700) ditaram a metragem média de 4,5 milhões de
todos os comboios a realizar. sentença final a estas máquinas. quilómetros, as doze máquinas ain-
Os acidentes continuaram a viti- vinha sendo notória a falta de condi- parqueadas no Entroncamento den-
mar esta série. A locomotiva n.º 2552 ções ao nível da condução, embora tro das instalações da EMEF nas li-
viu também a sua caixa ser substi- continuassem a apresentar presta- nhas próximas do edifício a Fernave.
tuída por uma da série 2500. As lo- ções adequadas para o serviço em
comotivas 2559 e 2569 estiveram termos de capacidade de reboque. A locomotiva que registou o maior
envolvidas num acidente em cima Um dos seus outros pontos fracos número de quilómetros percorridos
da Ponte de São João a 15 de Fe- era a ausência de sistema de frena- foi a n.º 2558, com pouco menos de
vereiro de 2004, tendo sido abatidas gem eléctrica com recuperação para 5,5 milhões, seguindo-se a n.º 2551.
ao serviço. Outras ocorrências como a catenária. No entanto, assumiram A que menor distância percorreu, ex-
incêndios vitimaram também várias um papel essencial no transpor- ceptuando as que sofreram aciden-
unidades, como a 2561, 2565, 2556 te de mercadorias fazendo face ao tes muito cedo (como a 2554 e 2555)
e 2558. crescente aumento dos volumes a foi a n.º 2570, com pouco menos de
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Cavalos de Ferro
as locomotivas 2551 e 2512 efec-
tuaram o comboio Praias do Sado
– Gaia, tendo daí sido levadas a re-
boque para o Entroncamento.
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Cavalos de Ferro
Bibliografia
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Comboio Destaque
Mercadorias
Ricardo Quinas
Comboios de Contentores
Leixões – Terminal XXI – Leixões
69180/1 e 69810/1
Ricardo Quinas A 4723 em plena descida para Fátima, com o antigo 69182/3 para Sines, Seiça, Julho de 2014
O
tráfego de contentores parte de Leixões próximo das 11h30 É um tráfego bastante regular, mas
entre o Terminal XXI, em e termina a sua viagem em Sines, já ainda assim é frequente registar-se
Sines, e o porto de Lei- após as 20h. Circula às terças, quar- a supressão de uma das ligações
xões, é um dos mais recentes trá- tas e de sexta a domingo, enquanto semanais. Ambas as marchas circu-
fegos da CP Carga. Foi lançado há às segundas, quartas, quintas, sába- lam frequentemente adiantadas.
pouco mais de um ano, em Julho do dos e domingos, circula o comboio
ano passado, logo com três frequên- 69810/1, no canal do antigo com- O trajecto de mais de 500 km,
cias regulares semanais em marcha, boio 69812/3, com partida perto das cumprido maioritariamente duran-
em cada sentido. Assumindo-se 9h do Terminal XXI e chegada pelas te o dia, oferece à partida os mais
como o mais longo serviço nacional 18h. variados cenários para fotografar
de mercadorias, rapidamente se afir- estas marchas. Contudo, a luz limi-
mou como um tráfego de crescente Estas marchas circulam com ta bastante as zonas de eleição. O
importância. A quarta ligação chegou composições habitualmente próxi- comboio nº 69180/1 tem um ho-
em poucos meses e, neste passado mas dos 450 metros, facto que os rário muito favorável em praticamen-
mês de Agosto, criou-se já a quinta permite distinguir facilmente de ou- te toda a Linha do Norte e, durante
frequência semanal entre os dois tros comboios do Terminal XXI, qua- o Verão, destacam-se ainda alguns
maiores portos em Portugal. se sempre significativamente mais sítios entre Canha e o Poceirão. No
curtos. Os contentores são predomi- sentido inverso, para o 69810/1,
Os horários deste serviço en- nantemente de 40 pés, de cor cas- a Linha de Sines é em geral favorá-
contram-se agora mais uniformes, tanha ou amarela na esmagadora vel, mas oferece escassos spots. Só
ao contrário do que se passava até maioria dos casos. o curto trajecto na Linha do Alente-
há pouco tempo. O comboio com o jo, e apenas durante o Verão, volta
número 69180/1, circulando no A tracção encontra-se a cargo das a apresentar as melhores condições
canal do outrora designado 69182/3, 4700 e 5600 em unidade simples. de luz para a fotografia.
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Comboio Destaque
João Joaquim
O 69810/1 com a 4711 a atravessar a zona de Paraímo, ainda circulando no antigo horário, Novembro de 2013
Ricardo Quinas
O 69180/1 passa pelo resguardo de Fungalvaz cerca de 2 horas antes relativamente ao horário actual, Julho de 2014
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Modelismo
Mercadorias
transporte de cimento
Época: V/VI
Locomotiva: CP 2550
Vagões: CP Uacs + Transfesa Uacs
Locomotiva CP 2550 Este modelo reproduz uma locomo- menteira de Souselas e o entrepos-
tiva da série CP 2550 ostentando to da Maia com pesados comboios
Modelo Artesanal o esquema de pintura utilizado por de cimento a granel.
Escala: H0 1/87 esta série nos anos finais da sua
carreira até à sua retirada de ser- O modelo conta com iluminação
viço (sensivelmente desde 2000 a através de LEDs de luz branca nos
Modelo fabricado artesanalmente
2009). Neste período esta série já faróis principais e nos de presença
por José Luís Silva e Miguel Afonso.
só realizava serviços de mercado- e de luz vermelha nos faróis de cau-
rias da CP Carga, podendo ser vista da, consoante o sentido da marcha.
Carroçaria fabricada em resina (a
à frente de madeireiros, comboios É, ainda, possível acender/apagar
partir de um molde construído em
siderúrgicos, comboios de balastro os faróis de cauda e os faróis prin-
plasticard e outros materiais diver-
ou areia, entre outros, sendo o seu cipais de forma independente para
sos) e chassis metálico que inclui
serviço mais emblemático as idas e que a iluminação da locomotiva seja
um motor de cinco pólos, tracção a
voltas diárias (dias úteis) entre a ci- o mais realista possível em mar-
todos os eixos e volantes de inércia.
chas isoladas, em manobras ou no
tracção de composições.
Tiago Duarte
Mário Mesquita
32
Modelismo
Modelo comercial fabricado Com tampografia de elevada Modelo comercial fabricado reedições. Os modelos lança-
em plástico injectado e comer- qualidade e pintura de acordo em plástico injectado e co- dos desde os anos 90 contam
cializado em dez numerações com o vagão real. mercializado com diversas já com cinemáticas de alon-
distintas. numerações e variantes nas gamento e com caixas NEM
Todos os modelos contam com inscrições. para os engates, ao contrário
Modelo fiel ao protótipo real e cinemática de alongamento e dos modelos mais antigos
com excelente nível de deta- com caixas NEM para os en- Alguns modelos foram co- que estavam equipados com
lhe, incluindo a representação gates. mercializados com envelheci- engates fixos de raquete e de
completa dos sistemas de mento de fábrica. tamanho considerável.
frenagem e de descarga de Foram comercializadas algu-
cimento. Inclui diversas peças mas referências em edição Este é um dos modelos com O nível de detalhe é razoável,
de detalhagem em latão foto- limitada com envelhecimento mais anos de fabrico na Elec- não comprometendo o aspec-
gravado já montadas e algu- artesanal realizado por Carlos trotren, tendo sofrido algumas to geral do vagão.
mas por montar. Micaelo. melhorias ao longo das suas
autor desconhecido
sudexpressmodels.eu
hobbymodelismo.es
33
Modelismo
Mercadorias
transporte de balastro
Época: VI
Locomotiva: CP 5600
Vagões: CP Us
Locomotiva CP 5600 desde 1993, quer em serviços de Com tracção em todos os quatro
passageiros, quer em serviços de eixos, motor de cinco pólos com
Fabricante: Mehano mercadorias. volantes de inércia, chassis me-
Referência: 1952 tálico e carroçaria em plástico in-
Escala: H0 1/87 Modelo bastante fiel ao protótipo jectado.
real a nível dimensional.
Modelo comercial fabricado em Com iluminação de luz branca/
plástico injectado e comercializa- Modelo robusto mas com um ní- amarela nos faróis principais e de
do apenas na versão DC. vel de detalhe médio, incluindo a presença e vermelha nos faróis
linha de tecto, e pintura de boa de cauda, consoante o sentido da
Este modelo é referente à série qualidade, respeitando a pintura marcha.
CP 5600 fabricada pela Siemens real excepto no tecto que deveria
e em serviço comercial pela CP ser em cinza escuro. Equipada com socket de oito pi-
nos para fácil digitalização.
Nuno Magalhães
João Joaquim
34
Modelismo
Os comboios de transporte de
balastro operados pela CP nor-
malmente destinam-se a inter-
venções na via por parte de em-
preiteiros, cabendo à CP apenas
o transporte do material, sendo
a utilização e descarga do balas-
tro por parte dos empreiteiros.
Estas composições podem ser
vistas de norte a sul de Portu-
gal, sendo utilizada preferen-
cialmente a tracção eléctrica nos
Nuno Magalhães
troços electrificados.
Vagão CP Us “aumentado” lidade e pintura de acordo com o Estes modelos foram comerciali-
protótipo real. zados pela Sudexpress em quan-
tidade e edições limitadas, sendo
Fabricante: Sudexpress
Este vagão resulta da transforma- o trabalho de alteração realizado
Referência: 805009R
ção artesanal de vagões Us co- por David Nobre.
Escala: H0 1/87 mercializados pela Sudexpress.
A sua transformação consistiu no Os vagões estão equipados com
Modelo comercial fabricado par- aumento da altura das tremonhas caixas NEM para a colocação dos
cialmente em plástico injectado e na repintura e alteração das ins-
engates.
e em metal e comercializado em crições de forma a reproduzirem
conjuntos de dois veículos (um correctamente os vagões Us da
vagão). Em cada vagão é possível a in-
CP após a sua transformação.
clusão de uma carga que simula
Modelo fiel ao protótipo original e Ostenta a numeração 94 970 8 um carregamento de balastro (ou
com excelente nível de detalhe. 050 e está englobado na gama areia), também comercializada
Com tampografia de elevada qua- Authentic da Sudexpress. pela Sudexpress avulso.
Nuno Magalhães
Nuno Magalhães
Nuno Magalhães
35
Spotting
Ricardo Ferreira
36
Estação Terminal
37
A próxima edição é também a
número 50 da Trainspotter