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Trabalho de hermenêutica

COMENTÁRIO SOBRE HEBREUS 10. INTRODUÇÃO:


A epistola aos hebreus é uma Epistola singular, ou seja ela possui características únicas no novo testamento. O
assunto trata da consumação da antiga aliança feita por Deus com o povo de Israel por intermédio de Moisés. O
Autor de Hebreus começa seu discurso enfatizando aos ouvintes, a supremacia de Cristo Jesus sobre qualquer
aspecto dessa Antiga aliança, e Declara que o fim de tal aliança se dá na morte e ressureição de Cristo. Podemos
notar logo no capitulo 1 duas palavras que analiticamente Estudadas, podem trazer uma ideia de algo inacabado ou
seja algo que se completaria no futuro. São elas: muitas vezes e de muitas maneiras, que no original grego é
polumeros kai polutropos. Alguns Escritores antigos, consideravam tais palavras como sinônimos que indicam
exatamente essa ideia. Reparem bem o texto: hebreus 1,2; havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas
maneiras, pelos profetas, 2. Nesses últimos dias, nos falou pelo filho... O primeiro, traduzido como de muitas
vezes, costumava-se a referir-se, então, as porções separadas durante mais de mil anos, desde Moises até
Malaquias. O Segundo traduzido como de muitas maneiras, remete-se a variedade de maneiras que Deus usou
para tornar a sua vontade conhecida – visões, sonhos, vozes audíveis, pronunciamento profético, etc. De fato a
carta aos Hebreus e de suma importância para qualquer Cristão, e não pode ser ignorada, durante esse
comentário, veremos aspectos, fundamentais para a nossa maturidade Cristã, Que nos ajudarão a crescer na fé
mediante Jesus.

A pessoa de Cristo e o Sacerdócio de Cristo


A pessoa de Cristo e o seu Sacerdócio são colunas centrais de nossa cidadela da verdade Cristã. O
Sacerdócio de Cristo também é um princípio fundamental na estrutura de nossa fé. Ele foi:1 Sacerdote superior,
ao sacerdócio de Arão (levítico) 2 Eterno, já existia antes de tudo. 3 único Sacerdote sem pecado, morreu por nós
e também intercede por nos. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual
está à direita de Deus e também intercede por nos. Romanos 8:34. A proposição da Epistola e afirmar que Jesus e
o verdadeiro Deus. Para convencer os Judeus desta proposição o Autor usa três argumentos: 1 Cristo e Superior aos
Anjos; 2 Cristo e superior a Moisés; 3 e superior a Arão. Os cristãos Hebreus não tinham ainda compreendido, que a
Aceitação do Cristianismo significava o fim dos Sacrifícios levíticos

A lei como sombra da perfeição


O livro de Hebreus é uma retratação da Antiga Aliança, passada por Deus ao povo por intermédio de Moises.

Veio, pois Moisés e referiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos; então, todo o povo respondeu
em uma voz e disse: tudo o que falou o Senhor faremos. Êxodo 24:3,4;

A lei não pode tornar uma pessoa perfeita, pois o seu objetivo não é tirar pecados e sim aponta-los. Sem a
Epistola aos Hebreus, a lei de Moisés jamais teria sido compreendida integralmente.

ORA, visto que a lei tem Sombra dos Bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar
perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem. Hebreus
10:1.

A natureza das Alianças


O Antigo testamento significa Deus falando por meio dos profetas, ou seja, pela mediação humana. Veja este
texto de isaias a seguir: visão de Isaías filho de amoz, que ele teve a respeito de Judá e de Jerusalém nos dias de
Uzias, jotao Acaz e Ezequias reis de Judá. Repare que Isaías teve uma visão, ou seja um meio pelo qual Deus
mostrou a Isaías o seu plano para o povo de Judá. Já o novo testamento, teve como instrumento o filho, e foi
interior ao invés de exterior. Sendo interior, foi espiritual, em vez de cerimonial. Vejamos o contraste a Seguir:
Primeira aliança: 1 mediadores humanos. Profetas; 2externa. Na administração; 3 cerimonial. No caráter; 4
preparatória. No proposito;

Segunda aliança, a aliança superior: 1 mediador divino. O filho; 2 interno. Na administração; 3 Espiritual. no caráter;
4 perfeita. Na expressão;

Verifica-se assim que a superioridade da nova aliança se vê pela superioridade do mediador.

As verdades do n.t tem suas raízes no Antigo e não podem ser sem ele. O a.t foi uma dispensação da lei. O n.t da
graça. O primeiro foi, ao mesmo tempo um instrumento, preparatório e disciplinar para a plenitude dos tempos. A
lei serviu de compreendidas apoio, de preceptor para nos levar a Cristo. De maneira que a lei nos serviu de aio
para nos conduzir a Cristo, a fim de que fossemos justificados por fé. De maneira que a lei nos serviu de aio para
nos conduzir a Cristo, a fim de que fossemos justificados por fé. A intenção do Autor de Hebreus era exatamente
Essa, mostrar aos Cristãos Hebreus A superioridade De Cristo, Da Nova Aliança. Agora eles poderiam ter o
privilégio de Crescer na Fé de ser tornarem Espirituais. Pois o Sangue de Cristo lhes proporcionará isso. Podemos
ver claramente no evangelho de Joao no capitulo 14; do 16 ao 17, que A morte de Cristo nos deu a condição de Ter
o próprio Deus em nós pelo Espirito Santo. Nesse contexto judaico, Jesus estava dizendo exatamente isso que ele,
iria para o pai e enviaria o consolador, vejamos: e eu rogarei ao pai, e ele vos dará outro consolador, a fim de que
esteja para sempre convosco, o Espirito da Verdade, que o mundo não pode Receber, porque não o ve , nem o
conhece; vos o conheceis , porque ele habita convosco e estará em vós. João 14: 16,17; ele estará em vos, privilegio
este que eles ainda não tinham, pois o Sacrifício perfeito ainda não sido feito.

Data da composição e proposito


É evidente que a data da composição desta carta, seria antes da destruição do templo de Jerusalém, por volta dos
anos de 64 a 67, Pois Ainda vigoravam-se os sacrifícios levíticos, que se restringiam ao templo. Em geral o propósito
da epístola aos Hebreus e firmar os Cristãos judeus em sua fé, e protege-los contra um retorno apostata ao
judaísmo. Uma das peculiaridades da Epistola é a apresentação de Cristo como Sacerdote e sua superioridade.
Verdade não encontrada em nenhuma outra Epistola, embora nelas se mencionem suas ministrações Sacerdotais. A
chave para a compreensão desta Epistola, portanto é contempla-la a luz de Cristo, nosso grande e eterno sumo
Sacerdote. Todas as outras verdades giram em torno deste pensamento.

A natureza da carta
A carta aos Hebreus possui um caráter exortativo, do princípio ao fim. O interesse máximo do Escritor e impedir que
os Cristãos judeus abandonassem a fé em Cristo. As crises da experiência Cristã, jamais podem excluir o crescimento
e o desenvolvimento. Como a conversão, a santidade também é uma experiência decisiva. Nosso descanso é em
Cristo. Pode-se ter uma conclusão por meio da carta aos hebreus que Jesus é o Cristo, o verdadeiro messias que os
judeus esperavam. A revelação divina, ou seja o seu plano se encerrou em Jesus Cristo. Sendo assim não teria mais
necessidade de outra revelação, a não ser a que se resumem em seu filho. A negligencia de tal salvação, redundaria
numa disciplina aos Cristãos e condenação ao não crente.

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo
Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; hebreus 2;3;

As consequências da negligencia
Vimos ao longo do comentário a importância da carta aos Hebreus dentro da Bíblia Sagrada, e como esse livro
apresenta Cristo o verdadeiro Deus e sumo Sacerdote. Veremos a Seguir consequências para o Cristão que recusam
tal autoridade e não prosseguem ao amadurecimento.

No capítulo 5 de Hebreus podemos ver que os Cristãos hebreus não estavam dando a devida atenção para isso, no
que se pode chamar de dureza de coração, tardios para ouvir.
A esse respeito temos muitas coisas que dizer e difíceis de explicar, porquanto vos tendes
tornado tardios em ouvir.

Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade
de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes
como necessitados de leite e não de alimento sólido. Hebreus 5;11,12; A ‘esse respeito’ a respeito de tudo que eles
tinham ouvido sobre Jesus o Eterno Sumo Sacerdote. Os Cristãos Hebreus já deveriam saber sobre a perfeita obra de
Deus concluída em Jesus Cristo, porém não tinham passado do básico ainda. Tal negligencia teria como
consequência uma igreja estéril, infrutífera. Ao lermos o capitulo 6 podemos ver claramente que a não progressão
redundou em regresso. Pois bem, ao invés de continuarem a conhecer a Cristo e sua obra maravilhosa feita na Cruz,
eles pararam e estavam fitando os olhos nas circunstancias que estavam sujeitos, ao chegarem ao ponto de se
apostatarem de Cristo.

Os Cristãos de hebreus não estavam passando por uma pequena perseguição, porem tais perseguições não se
resultavam ainda em martírio.

Lembrai-vos, porem dos dias anteriores, em que, depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimentos;
ora expostos como em espetáculo, tanto de opróbrio quanto de tribulações, ora tornando-vos coparticipantes com
aqueles que desse modo foram tratados. Hebreus 10 :32,33;

Vejamos algumas perseguições a quem eram expostos quando se convertiam ao Cristianismo: 1 privação do
direito de herança pela família. 2 excomunhão da congregação de Israel. 3 perda de bens. 4 tormento mental e
tortura física. 5 ridicularizarão política. 6 prisão. Martírio. Não eram poucas as perseguições, porem com toda
certeza eles poderiam esperar algo de verdadeiro valor que os aguardavam. Se entendessem isso eles
compreenderiam exatamente o que o nosso irmão Paulo disse;

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nos eterno peso de gloria, acima de toda comparação
2 coríntios 4; 17; Para tal compreensão exigia-se um profundo relacionamento com o Senhor de conhecimento e
submissão. Era exatamente isso que o autor de Hebreus estava os convocando para se aprofundar na infinita
graça de Deus, que se revelou a nos por meio de Cristo Jesus.

Mesmo Assim alguns não quiseram e apesar de experimentarem de Cristo, de serem iluminados, eles não
quiseram prosseguir, pois, não estavam olhando para além do véu que, neste momento estava rasgado diante
deles. ‘Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo Sangue de Jesus, pelo novo e vivo
caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne.’. Hebreus 10:19,20. Sabemos que só uma pessoa
Escolhida por Deus da linhagem de Levi, poderia ter tal privilegio. Porem agora com o Sacrifício de Cristo que
derramou o seu Sangue para purificação do pecado, todos os que creem em seu nome poderiam ter essa dadiva.
Pois Antes de tudo o pecador precisava achar perdão, junto ao altar aspergido de Sangue, e purificação da culpa e da
natureza pecaminosa, junto ao lavabo da purificação. Esta experiência, na linguagem do tribunal, e a justificação; na
linguagem da família, e o novo nascimento, e na linguagem do templo, a santificação inicial.

No entanto, o Cristão ‘recém –nascido’ logo verifica que ainda tem uma inclinação para o pecado, devido a
natureza carnal herdada de adão. Percebe que tem vida, porém não a abundante; tem luz, que muitas vezes se
mistura com a sabedoria do mundo; e que tem amor, mas não perfeito, que lança fora o medo. Este veu da natureza
pecaminosa herdada impede-lhe a entrada em uma comunhão mais profunda com Deus, e contamina até o seu
melhor serviço a ele. Este veu tem de ser rompido; a carne, como eu carnal, tem de ser crucificada.

E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Gálatas 5:24;

O Escritor de Hebreus se dirige aos seus leitores como’ Adelphoi’, irmãos santos (hebreus 10:19) , não
escrevendo , portanto, a pecadores não – justificados , mas a Cristãos .

Exortação
Mediante o perdão dos pecados, eles haviam atravessado o véu externo, entrando no Santo lugar da vida,
da luz e do amor em Cristo. São convidados, agora passar pelo véu interno das condições pecaminosas até o Santo
dos Santos, testificando o Espirito Santo que o caminho não se acha mais fechado; o sangue sacrificial de Jesus
abriu-o.

A palavra’ eisodon’, significa entrada ou, as vezes, o ato de entrar. Portanto, não significa apenas o próprio
caminho, mas contem ideia de usar a entrada, e isso com intrepidez, porque se realiza mediante a aspersão do
Sangue. Os Cristãos hebreus são exortados, continuamente ir além daquilo que já conheciam a respeito de Cristo
Jesus. Por esse também, motivo que no capitulo 4 ele exorta a não dar lugar a incredulidade. Os Cristãos Hebreus
já tinham que entender que Jesus a Quem morreu por eles os Santificava-os para entrar no seu descanso.
Temamos, portanto, que, sendo-nos deixado a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que
algum de vós tenha falhado. Hebreus 4:1. Eles tinham de considerar, o que Jesus tinha feito por eles na cruz.
Porem alguns por não atentarem a isso falharam, e até deixaram de congregar. Hebreus 10:25. O Espirito Santo
estava presente com eles, para os ajudar a vencerem todo tipo de luta, ou oposição que a pofissao de Fé em Jesus,
os traria, confirmando também assim com eles, a promessa de Jesus em Joao 14;16; a do consolador, algo que vai
além da compreensão humana. Lembrai-vos, porém, dos dias anteriores, em que depois de iluminados,
sustentastes grande luta e sofrimentos; hebreus 10;32. Parece-nos fácil tentar julga-los porem, devemos antes disso
experimentar de todas as boas dadivas que temos a nossa disposição, para crescermos, daí então podemos dizer
realmente com toda convicção que eles, os hebreus tinham tudo para crescer.

Conclusão
Gostaria de concluir aqui o meu breve comentário, a respeito do livro de Hebreus, Sei que existe ainda uma
eterna profundeza a ser descoberta em relação ao nosso Deus, profundeza essa que poderíamos passar nossa vida
inteira investigando, e ainda assim não chegaríamos a uma definição exata sobre ele, pois creio que muitas coisas
serão reveladas a nos na eternidade. Temos em mente que Jesus Cristo se ofereceu por si mesmo para morrer pelos
nossos pecados, pecados estes que nunca conseguiríamos se redimir. Se não fosse o Cristo já preexistente ter
deixado sua Gloria nunca poderíamos estar na presença de Deus, nem busca-lo por causa de nossa natureza. Cristo
Jesus é Deus: Pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus: antes, a si
mesmo se esvaziou, assumindo a forma de Servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura
humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. O Deus Criador de Tudo se
fez carne, para pagar nossos pecados. Temos a plena convicção disso e que ele vive e sempre viveu, eternamente.
!!!! filipenses 2:6,7,8,9;

Fabio Ricardo dos Santos.

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