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rilliizacão Material, Economia

S&1* los XV-XVIII


e Canitali« m
m_ND M__EL
BIOLÓGICO
UM ANCIEN RÉGIME
0 SÉCULO XVIII
TERMINA COM
na Euro p a, te r m in ou um Anc i en
Com 0 s éc ul o XVIII, na China c o mo
d e e str u tu r a s, d e re l a ç õ e s ,
Ré gime
de
d e p res s õ es , d e ob stá c u los, jo go s
b iológ ic o, co njunto e n tã o.
h a via m sid o a no rma até
n u m é r ic os q ue

0 e q uilfb rio a c a b a
ve n c e r
se m p r e p o r
d os nas c i mento s e dos óbitos .
e n tr e o s d ois m ovim e n tos
É u m jog o s em fim Os d o i s coe ficie nte s
n o An c ie n Ré g im e , tu d o c on d u z a um e qu ilib r io.
Em g eral , o utro : 40 ° /0 0 .0 q ue a vi d a dá ,
s ão vizin h os um d o
a

e m or ta lid a d e )
( n a ta lid a d e
a t e s t a m os re -
d e Re n n e s, se c on ta m 50 b a tism os, c o mo
Je in c lu íd a no s arrab al d es
d e d u zir q ue a p o p ul aç ão de s ta
0 m im e r o d e b a tism os p or 25,
m u ltip lic a n d o as s i m
h a b ita n te s. Na s ua Aritlz mé tiq ue p olitiqu e
(1690),
al d ei a é d e c e rc a d e 1.2 5 0 dos óbitos ,
g rand e r e c on stitu fa a p op u la ç ã o a p a r tir
Willia m Pe tty, O e c on om ista i ng l ês , a mo rte' 28 ).
a su b e stim a r lig e ir a m e n te
3 0 (0 qu e e qu iva le
m u ltip lic a n d o-os p or o s e s tá ga -
a n d a m junto s; s e um
d o s ad vers ári
No c u r to p r a zo, ativo e p a ssivo 21 m il pe s s oa s , diz e m-nos ;
e m Co lô nia, a p es te l eva
n h a n d o 0 o u t ro reag e. Em 14 5 1, m e s m o q ue os nos s os
c e le b r a m -se al 4 m il c as amento s ' 29 ;
no s a n o s s e s eg uem,
q ue

'.

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10 II-T"I\enterros, An 1..5060708090
. I"".
8. D EMOGRAFIA ANTIGA: BATIZAD OS E EN TER R O S

I're s e xe mplos : A. U m a cida de B a me n ga .


da B a i xa P ro ve n ç a .
B . U m a cida de
e na ttttida de . As c ri s -
m re ta çôe s e n t re morta lida de
m o s t ra m
Es te s e xe mplos , e n t re c e n t e n a s de o u t ro s ,
rla
m a um e iTtos de morta lida de
Z P. P. G o ub ert/c })
6 6 9
Ve r igua lme nte {gr4 lico
u m a Werd e, Eyug ues l g rq l c o B/,
e A. de Vm tlj, R. Ba e hre l t B /.
M , Morlne a u
F > a n g ae m 1779 e em 1T83. IS e gundo
e de os m- um
da da
qu e qu e Eu- seus
Em con- et ser r a peno
a habi-

cma de
q u a s e

da os sécul os

de
s e m p re

) a
c re s c i- Ve n e z a
re g u ]

e
Guer r a
32.
de em o u tu b ro c o mp e n -

m o re m
pr of undp
viúvas,

da
o fe n s ivo s ,

p a is Mas

um
de in lm m o re m

e
m e ta d e

e s te s

as
autoridades
it al iano Cr épy, est ar

30 idade, a das

é
um
e vid e n te .

1581, as (de

suprimindo-os,
vão- se
d im in u iç ã o p or d e n te s

de h o me n s
f am M a em
nüm er o de
da
re ve z e s
g u a rn iç ã o , c o m

em em
O
população
Todos

a
O c id e n te ,
crianças"]
r egião

da
compensadores'3u
p re c a rie d a d e
t em a
de
a

ALiti
d iz im o u
d e s a s tre s

externos.
sua

de a
passa viaj ant e sur gida
no
de
REVOLUqÃÜ
f avor 14 8 3 ,
I a E io n '"d i. int egr al te m a m ,
r apidez, a me a ç a ,

diz, a qu e
a] pela passando
POUCOS
c a s a m
l iber al
DA cur va am
pel os Um
c ris e
despeit o se Em
com
em

1'" P. n o rm a is .
a a tin g id o s .
compensação
soldados
a
re p o rte ,
e l e va d o

qu e m or t e,
ANT E S
de to rm e n ta ,
d u p la cr ianças dessa assina]
os
nascimentos
recmsos
nagel o, se ser
a
c o n trib u to s
d e c re to
j ogando

de da a da
cidadania
q u a rto .

a le ao
necessária
época

a O a a
abalada
possibilidade
é, das
brandeburguesa,
ao d os
que"havia
te m p o s d m in u iq õ e s s o c ia is ".

um
sai qu e r

mendigando
Gé . s e g u in te ,

que, desses as al er t as

e
:.....
com ocasião
em n u ma

ou
estabelecesse
M ar ca ganhar

a
:..
negr a,
FRANCESA
ano o b s e rva
se anda
exagerados,
s e g u id o s
p or
exageram),
qu e pest e f pchada, p rim e iro s s u b s is te

vivos
a li
H is to i.
anormmente
T:.
quando 1648, vivem
no
d. do ou
escaparam
: Vel ha pest e os

de
compensatório
e n c a re g a rá

a
m e ta d e d ia s '"3 3 .
sej am
precariedade
passa
um a Mas
da
Profundamente
.
cidade
se
aumentos
ano, Est es

e
restabelece
nascimentos,
m as,

de dr pl í nin, os
monotonamente,
e .G °.

m a is g e ra l,
se os
cr er ,
nm er o
s i. qu e vida
IO, 4),
facilmente
m u ito s

a
d ita
a
POPULAÇÃO
s e m p re
um
casamentos
seu
depois log o
ciosamente
DA 30 A l rm a n h a ,
um não p a vo ro s a

de a s s a z

da
a
1 7 7 2 -1 7 7 3 ,
A. A· p or
a 0
fenômeno
ve z e s
r egr a t odos

É
e depois em óbit os são
inúmeros"massacres
quais tã o
d
pr azo,
le va p a ra d e s tru ira m

A; ,
d ire ito s '3 ] .
localidade
de z aquel es de XVIII
a d ve rs á rio .
em

é , 30
ma s
pouco
c ro n is ta s
d os ( gr áfico
d os
¢
U.I t oda
a p ós pr azo par t e

e
t udo seus cur t o seu
os
de
e p id e m ia

lo go
A
pobr es
g u e ra
cidades,
Ver ona, os e q u il íb rio no
t odos
is to s ig n o
0
Veneza, no do 17 8 3
da Os
0
sécul o
as
a
d e m o n s tra ,
pequena
t er ça

0
celebram-se
XVIII) de
M.R.I.h..
( m as Anos,
MOVIMENTO
estacionária
em

e
c o mo e n tu l h e ira s ,

em
9 . de c o m b a te ,
organizam-se
decaiu
Alemanha
. a de
c o n c e d e ,
quem ,
s ob

à
re to m a Fr ança,
f r ent e

a
demográfico.
nas
franceses
c o mo
JU o com
Más, 17 7 9
1637, sécul o
pessoas,
e s ta va
Tr int a quando na
P o rta n to ,

0 B e a u va is .


a de
h o ro re s
1348
vid a pedgo,
m l·
a m is," a
n l im e ro s , 790 m e n to s
Em d os
Salzewedel,
t odos os
de
população,
necessário.
rop a
população
m e n to
Ñ it ou dições in te rvê m :
ext r a) bens. sando, (a té ou em
de
tualmente
se viver am andãos m ent e c o mo
za s ,
do são

16 q ual
é 0
U 1m
de fla - 1730

niim t deixa
n o nem m ais os de
de
século
reservas,
ra z ia s n o rte ,
par t ir
e s ta s l e va m

do c a re s -
pode-
c o l h e i-
té c n i-
c a n a is p á ra F ra n ç a ,

no XVII; a s e m

do p ois
2
a s q u e ix a r,
d u ra n te

colheita.
1628,1631,
a s c o m
s e m p re
de s u a s

p rivl e g ia d o se
a
e n ta n to , não cidade
f om es
voltaremos)
m ás as
a
peso que
cl im a, aflit ivo,

t,
Livônia'34.
X I;
organização
in c e rto ;
demográfico
evidentemente,
C o mo
pode,
O ef eit o,

e
apocalipticos.
B a ix o s , n o va
onde sécul o
in c o rp o ra
no r ede pais
a
produção
que
da do da
moderna
a
a o

s e fo m e

da

V---------'.
D uas m ais no
a

siciliearo,
o tim is ta ,

s u rto
A 1 e mma
Com r ude, 1817,
Sudoeste:
é
e q u il fb rio re g ra .
q u e , u ma p e rm itra m

11
coincidem
s é c u l o
P a is e s

que ser c o m
C h in a ,
no de
de n e g ra ) XVL L L , trig o
p e la no

à 0
g ra ç a s
desastres
armazéns,
u m

habituadas
F ra n ç a ,

de

A
b a ta ta , o l ive ira ,
in te n s iva
na

sucedem-se:
n e s ta

a
margens
de 26
de g ra n d e
ra z õ e s ,

XVI;
acrescidas
cl im a
às
0 X;
s e m p re s e u s

E u ro p a , pest e
do
medfocres.
espetáculo
sécul o
ta l ve z a g o s to
cotidiana.
c o m

os
(a
colheitas,
passa

de
na diques

5
c id a d e s ,

no
insistência
apenas
são

a
possibilidades
começar
m e rc ê a l te ra m m il ho, nem
vinha,

à à
s e c a rá te r o u tra s

as vida de e as
século
al ém onde
ta l a té

à
(0
severos.
normalidade
Tê m
e s é c u l o
mesmo
c a tá s tro fe s
agricultura
VU'"
N ão que
da dupl as no r isco c o n ta r
nada

0
sécul o em
no as qu e
transporte,
da 1 3 1 8 :

par a 13
a
c o m
ocidental,
e s ta s

de do
O
mesmo
e a a is
Europa-InglaterTa,
suas
elaborado
vo ta d a
assumem
l ogo
c h e g a m l ocais,
Por
cerealiferos
va z io s .
d e s tin o .

as g e f XV; c o re
re to rn o
familiares
quiuqucl
1 3 0 9 l im ite s :

O
Moscóvia,
n u trid o s
XVI I I ,
estrutura
construção
a do
e
contestável,
miraculosas
s e m p re
mu n d o
mesmo
t oda
ae
1739,1752,1770,1785136;
m é to d o s

de
a
secas
cr iar
da
alimentares
meados
extremamente
c o m

as fo m e s

mercadores,
um a bem

re ve l a
le s
vol t a é No
irg a ç ã o e os

e
im p o r.
de f om es
sécul o
de
em

são
d os
mitigadas.
e s trio s

Sul, se re s e rva s ; dizer XVII gol pes


caso
de

é
seus
de z no
0
culturas
g ra ç a s ,
acidentada,
7
s e
rendimentos
contínuas,
é
m u ito

as as
levantamento,
acreditarmos
no
de
sucedem
Renânia-e
f om e e q u il fb rio ,
s e u s

Os ve z e s
par a p or M aine, aos
quc a se e s te s

h o me n s ,

Est e
nao
a
necessida«
r icos
estendem-se
te m p o
no poder ia d os
e
catástrofe.
centenas
séculos
c o is a s
desenvolvidas,
in s ta l a m ,
N ão t odas
XIV;
a
0
inundações
continente,
nacionais
c e rto
as que
dos

é
p o ré m ,
açôes
se se
catástrofes
são mo d o ? m u ita s a ro z a is as te m p o
d os
Toscana
ta rd io g ra ç a s
l est e,

a
p a s s o u

fora
e cedo um

e
c o m
séculos,
Al g u n s
das c o n vé m

e n tre
são do
mesmo
m e rid io n a l , c o m
dos sécul o

e
XVI I I . gr aves e x p o s ta s

x V l 1 ir3 5 .
onde
o u tro

ao m uit o qu e
conjunto:
a s s o l a r

XVII,
balanços
E u ro p a ,

e
centenas
no
mesmo
de
4 de O
biológico
te m p o
POUCOS,
p e n ú ria s Al l l l s,

e Na Os

É
D u ra n te
são fo m e s
a g ric o l a s
sécul o f ndia, sécul o ( I nicas
ser la d o B a vie ra
seguidas,
c e n tro
tardiamente
facilidades
c e rto

r egim e t ias ria t as cas qu e m uit o do da só visit ar das do X II; no de gel os as na fe s te j a va ,


sécul o a8
apresentado
c a tá s tro fe s m in u c io s a ta m b é m c o mo
privilegiada.
anunciador
Alemanha
p e ric l ita n te
melhoramento
ci-
do sua
se-

cau-
tJ da
s
e]
£;
0 ..
H
se-
qu e a s a ir XVT' Iá v
não
m a r·
por t as m oeda da e xp u l-
p a ra
in te pouco
m
Gi. . . -
Gtu
m uit o
0 pr eciso
ceif a não
esgot os

CO
d os os re g
de
de
pol it ica em depois
re g u l a re s

1573,
e n c o n tra r

er a
das
da sécul o 0 sem ! ! " :

um a

e
Amiens'''
abundância
de
fa z ê -l o s t r at ar
pobr es
vm c u s te
autorizaram
pobres.
de"sediqão"
um a ou
lá Em
c o l h e ita ,

p a ra qu e em um a

a
os os l im par
e n via d o s
os
p or
c id a d e s , p a ra pão novos
D eus

de
punham acabou
in va s õ e s S Ó fo i pão
esmultmlo
esmultutJo
fe c h a ra m
t oda ofim do

de tvo rk h o ts e s
per igo
das p a ra um
c o n d iq õ e s

l onge.
0 Tr oye
com qu e
mendigos"estrange]-
Ve n e z a
f or am conj unt o
dádiva col it r a
r eunir g rã os
a em
s o fre m

q ual
a n te s
bur r o nas
com

c a s o
em d e s ta s

bem
r uas b ic h o s .
d ita c ada a leis
a
cozesse
em esse
d os t r abal ho

de de da
conselho
desde
se com
Em fo s s e m t ant o

e
s e m p re
m u d a r-s e
próximos"e
pobr es
íris o e s tra n g e iro ,
c a mp o s

c o mo
suas te m e ra m

qu e por t a,
os qu e ant es os
lá,
dest e
mercadores,
ao
mandados
a re d o re s ,
d e fe n d e r

um um
j r iso nas

de
Je se
vindos
e d ita ficar am pôr
desde re a l id a d e

e x e mp l o ,

d os re n d a s .
fa s tid io s o
cidade, d os
e
c a mp o s
piol hos

a de fo rç a d o ,

d is trib u in d o Tr oye na

Inglaterra,
f or am

de e a p or
p a re ç a ,

I.I..
desmedidamente
b u rg u e s e s

pela
ve z e s

m o re r
d os g o ve rn a d o re s

te r
painéis
c o m p ra s

qu e a os e e re s o l u ç ã o
o rd e n a ra m
m u ra l h a s

dur o
Na
p a ra

A
c a mp o s

V
a- se
p or la ws ,
in vá l id o s
quais
dos das
e
......
no

0
q u a is q u e r
suas ve z e s
qu e tra b a l h o

a
problema:
log o
0
publicas.
seus os cidade e s p a n ta d o s

de r icos dois.

]
as a
dependência
um c o b e rto s s e g re d o ,
a g ra dej or ce,
necessitados
Conn) cidade

0
poor

na
re c u a r
os da c im a
vo l ta s s e m

nos

A. p a ra d o x a l
pobr es, Mas as
m uit as d os Par a

de m uit o

E
p ra ç a s

d ois
sair p or não
d o e n te s
começaram
XVI I .
l o m e ":
vive dispõe pobr es,
dizer
t r igo" , Por senão

[ ...
remediasse.
pr ópr ia cidade
nas
m a is o n s
r uas,
do e m p re g a d o s
l em hor as.
nâo qu e
da da ta l lh e s
e é
condenado
a p e n a s
sur gir em d itos
a Par is,
(Fotoreca
andrajosos,
Com o f eit o. sécul o
nas nas

=Á 0
cidades
XVI,
viu
e x é rc ito s

sol ugão
as aos sem
fo i Em
apareceram
qquem ob ra quat r o
c id a d e .

ou
qu e vál idos

e
o rd e n a ra m

el as. lu g a r
da
previdentes.
ceppo.
com
acorrentados
c a mp o n ê s qu e os
sécul o
out r a
do O
q
br eve
qu e lh e s
O
er am

£:
mandaram-nos
m is e rá ve is
c o me r Tr oyes
assembléia
m e n d ig a r I sabel , in te rn a d o

de do
no
de
vint e

os
cidade, d a n o s .

0
esfaimados,
Em d is trib u ir
nout r o a in d a
r est a não ve rd a d e iro s

fo rm ig a s cidade,
sua pr at a
suas"repaniqães
ficar e x p e d ie n te

de a 0
" D ar as
H o s p ita l m ais n h o re s , th e c u s ta r, ainda qu e c h a dade r os" , ent r e p a ra da de úl t im o vid a sos m ais da r ainha on d e
zuchthàuser
fi z e ra m g u in te . s a re m h o s p ita is ,
expulsá-los
a
dá undo.

n tim a i, das tê m
O ro n o z )
so-
al deia
um a Ao!
do 1656,

fil hos-
da sécul o
pr oví n-
s o b re .

signifi- pal avr a


salientes,
india,
c u id a -s e sua
india:
do
flagelo"3.
em cr ises
s e ja ( For o

a
atroz:"Há
peso
d os
das m il h e te
da
desencadeia
na as ao
O Fat o

XVI, do
abat e
OSSOS
profundamente
l il t im a

e se 1 6 4 1 .

t al vez a a ro z

eNomeados.
c o m

De c a n ,
Todas que
do
psicológicos
cidadãos,
p rin c fp io d e s c riç ã o
dificil . C h in a ,
ol hos

Mas
sécul o
trig o 0
noroeste
aos na 0 at ios

No
escaparam
S n a ye rs .

sécul o, do um a
delinqüentes,
abandonarem
sécul o ger al ,
época"4.
que
do
XVI I .
Ás ia ,
t odo
de
a da
aspectos
d os
d e p e n d e
d e la
transpor.
re s s e q u id a e s in ra p
pier r e

a
pr oibir
d os
d os a fim na
c ie
nesse
duramente
quase

Be n g a l a ,
t udo p e le
pobres."No
sécul o
no
a
é
expulsá-lo.
depois

de
um deixou
imediatamente:
de e ,
l oucos, aos
do pior es at inge M al w a, c ro n is ta s

espanlnóis,
m is é ria e x te n s iva

quadr o
0
c h e g a m

d os China,

da p e n ú ria ,

os
distâncias
bem qu e l nt l
a n te s

r azão, Na
de
espuma,
guar ida par a
holandês
recursos,
vig il â n c ia
c id a d e
são e de
da de

sotdaclos
1472, vio l e n ta ,
sua
pobr es, te ríve l
providencial
reconhece-se
sem

a
a ç o ita m -n o ;

s ob
de
enormes
s e g u n d o

na Ele s


mu n d o .

D e tu il l e
forçado.'"42
f om e
"d os e s tra n g e iro
a ro z m e rc a d o r

do
à
al ém ,
multiplicação
G u j a ra te c o m e s ta d o

c o b e rto s
t ar de,

um do
f om e
0 e
A
ma s
concessão
um a Um
a E u ro p a .
fim seu

e
c id a d e .

0 O
autoridades
Aire-sur-la-Lys,
passa

da
colocavam
M ais d e le aq ui
as
p a ra
de tla
implacável
l ividos

se
canibalismo,
m e n d ig o
india, 1596,
N or t e,
p a is faz
0 de
in e vitá ve l

na
os do em c e rc o

D ij on pr ivada
e l ábios 0
1630-1631.
c id a d e .

p a re c e m

va g u e a r

S u l,
enclausuramento
a
ra c io n a l , me s mo

qu e em
quase

a O
c e n a s
em
rapam-no.
repercussões.
sua
emigração,
do 15 5 5
a
Espetáculos
r epr essão
f om es
M r anl e
osjortijicaçôes
car idade a l im e n ta -s e

ou
a e gent e
as eiaspr ovf ncias l ar gas vast a Em a zo In d ia c a va d o s ,

"g ra n d e f am il ia ciedade r eação cat ivo, XVII, em


O

,
6 4

peso

se 0
de tos da no
vo me um

É
um um ano qu e c fo

"as
t r as soas
er va rive t a liá s
nao Mas
de
ent r e nada

de dest e
com m e" ; nt ão c o mo
m uit o m e n te
sécul o me n o r

a
mm),
sua
l ançou

Mogol,
qu e não as th e vc n tm
meseB.
vivcmm,
enchia
não

chao,
em
out r o t er go ano nos p or

em nüm er o c o mo os se
p a ra e
Era
acarretam:
Bassigny...
r egiões quem

0 e são
gonhês,"a
M e s mo

e n g a n a t em po tl m e ro

a de
óbvio d os
XVII,
os er vas
via
milho,
fome",
c o b e rta
m iB tu ra

O
Contudo,
c a tá s tro fe s
1694,
moribtmdos"e
de

Ihcrcsecrianças
c a u s a

d« da

nrorrendo",
de"troncos
pelagra,
vol t a
sej am os qu e t odas

pcmlcntc
a c a b o u s u ic fd io s

da
com c o n fi n s e vo c a r

os
de
El eit os
quase est ão est a
r um s depois
de depois
cronista,
e rva s
acontecimento
Aurengzeb,
quando

O e
c a re s tia
CO ,
as ou
da
per t o
acrescenta:"Houve
da

]
m is é ria

ou do nn,

empestava.
a n im a is

do os no
de
pessoas
comem
t odo

e
e s c o rb u to

t odas d os
0
população"7.0
beribéri,
as

ngoniznntcs,"A
um a
habitantes
M s tó ria c o n tin u a
r.
os.
Mstoriador,"devemos
f ar l nhae cur a
0
c o u ve
eem pr e U lli

cadáveres
quem vol t a

e
pereistencla
escuros
tira d o s

na
circunvizinhas
s itu a ç ã o
( que
isso
orientais,
coletivos...
m a to u
d p m irs ia d n
sécul o em
f r ut os
e s ta s
e s tra d a s s u a s
cer eal

Jome'"46.
Lest e na

é SC
h is tó ria

das saco
a"pequena
viver am com
p a ra
te ve da viagem
Meulan,
horror.
est ão
fo i
0 de a
campos,
N um a
m a is
0
particularmente
mesmo
Borgonha,
n o s s o E n d id o s

onde
er a

de de

Então,
no ao

documentos
m o fe n to
comesse
semelhante",
XVIII,
e
m a g ro s

d os
a
considerar
c a s a va z io :
nas
tã o
a

insepultos
Em ]
Macheret,
re p e te -s e
O S
im agens f ar el o pel os
papas,
o tim is ta s !

de
er va la d o fim não
diz p ro p o rç ã o
ceif a
selvagens,
são.
secundárias,
fro n te ira

de z

aldeia,
e
Fr ança p or
particularmente
As da
e u ro p é ia ":
Á s ia -to d o s

eó das
670,
d e s tin o s u a s

sécul o fo i c o mo
c a rn e
p a is

acfescentam
al guns
os
reduzidos
f om e c o m

m il
a
glacial".
c id a d e s
m au
duro.
um a
gr ande onde
n e g ra s c o mo
I siveis um ou O S
jardins,
qu e despeit o as
da

mercado"a
est es d e s fe ito ve z e s ant igas
se
f eit a das No de]
Em em
assinalava
sopas
do
noite.
lh e ta is d os
o fe re c e m

esfomeados
não boas na ve n d ia -s e

a
cozido em
XVIII,
que" el e c h o ra m

a e
im im e ro s

na
carências
acompanhado
Na

entranhas"."Centenas
pont o

e
ta n to s

sinais na ta is no d ra m a s
desaparece
fa m il ia s
a n te s

t odo vítim a s
pl ant as

de
repreensões
s o l ta va

da 0 da
c e rta s
a l d e ia s abr em

a
a n im a is ";

água
0
humana.'"50
t inha
B1ésois,
que" os ao
Europa.
d e ve m
pr ados
nao
recurso
A
embaixador
qu e
de
testemunha.
696-1697,
Eur opa
esqueletos'"51.
um

de
u ra m
c o me r ent ão
em
extremos
l ongos em
ser De z ou na
Os dc
atrasos.
vendendo-seasi
rei,
verdade,
r eino
Em e la s m e rc a d o
conhecemos
centenas
vo s s a um
habituais:
per sa r egião
qu e
alimentares
povos na
e de
s e q ü ê n c ia ve n tre
obt ido
S e f edor
regiões,
podem não a
alimentação
cultivadas
f om e
ro i
da
de"inúmeros
do com qu e a n o s
te r
as Pouil l y
ta l
informaqões.
d os fo m e :

e
m a tu ra g ã o

se
vagabundos"2.
orla
1709,0
c a rn e
pobr es
qu e
e
1693,
as se
ocidental,
n
p ró p rio s
desesperado
re l a ta m q u a rto

do
ervas'"49.
de se qu e
Fin1ândia,
O
colocadas
1 6 6 2 ,"h á
t r oco
intervalos,
c o me m

Bast a
das ou
pr ovincia
0
abandono
s a u d a r
f ust iga ncado m il h a re s

e
antes,
out r os

de 0
r
est ão
Um
a
É de e de
popular,
bacalhau'"48.
m o rto s
r ef er e
enganar.
L o re n a
cont

e ar
q u is e rm o s
t er r ivel
um nos
doenças
um
la d o
Gr (d
consumo
um
em
j..
viagens
m
a
escravos",
m o re u
que" a cinco
em
c o rta va m -n o ou m ais h u ma n a r

de ;
inv um
a ou 0 qu e de ãn- p or d e le
int ur a pe»
p a ra s o b re Jazer n
sobretudo
145
qu e
Parnot,
quase
n o re s ta s
r egião t er ço te r-
acarretam"escreve
re g i- no
encontram
aos"alimen-
la d o obr igou f om e a n o s

fo -
nesse
c ro n is ta
excl ust pr ados ou-
b or- no
1652.
er no
pã0 trig o ,"g rm
m ar t t i- el as
ma- d ois

am
T a mb é n \
só ◆
ma San
do,
8e
de
chado.
log o
cudela
D iego

No
de
(16451.
alimentam
Tirol,
alimenta
de
conservação
os
entrada:
G u a d ro

c o z ia -s e de
"Os
m uit o
pobres,
c o m id a s

duas
um

ou
Murillo.
g ru p o

trê s
camponeses
( Cl ichê de
g ro s s e ira s ."

ve z e s
prolongada"3.0
p or
crianças,
I.
ano

*.
habitualmente
um
velhos.
são D ic tio n n a ire

pão Um
Andrson-Giraudon)
de

m uit o

est

T ré vo m r
in te g ra l

de
m e n d ig o

.
{ ipidos
estende
a
( 1771) t r igo

X
p o rq u e
a fi r- pisa- s u a

6 5
6 6

O
As

O da do peso

um
dias
Ou fou
no
ças de
das
m,
que aos
h oje
liac,
c o m
ses),
s e u s
bel o
r uido se e s ta s
c o m
do
às
mu s a
p o u c a
tive s s e

os tin h a m aj udar as
as
do

densas,
el es
s e m

Qu e
p io l h o s ) d e p e n d e

d ia Na
a ta q u e

d os ent ão c u jo Mas

1775,
e p id e m im
mmo sécul o
'"'"as
e f ebr e

a 0
cidade:
um nii.

e da
to il e :"N o
va s to s
c a ta ro
u ma
se
e ra e s ta va
s e u s
s ob e,
O
m ãos

a 0
asiática"que
s u a s .
seu
qu e poder
de"ladendo".
sintomas.
e me n d a via g e ira s
dessa
ao qu e rp te n a q

no
mascaradas
g ra n d e

g rip e f or t e dois p e n s a rá
quando
os

doenças":
verdade,
G ra n d e
vivem'sõ.
e x p o r

0
conhecemos,
e p id e m ia s

Me
e de
XVUR57.
m é d ic o
nos se
sueltas.
t udo frio pr incipio I a g e n s

e
p o s s ive l
c o m
am igo

de
escarros
n o me
em
beber,
é
Aliás,
in va d iu
não
F oi
0
me s mo

de a D e s c rita

de F oi
de p ois

receptáculos
O S
qu e par
sermão,
e p id e m ia
te m p o s pobr es
er am no.
as
tossegosos'"59.
gravela,
medir'"58.
um
insistentes.
cl inico seu cada
h oje
de est a
nada
começa
O.
c o me r
g ra n d e s Chim r gie
a b ril
de a s e u s ma s

não c o mo
f ebr e
t em po e vo l u ç ã o

ou Mas 10 0
endemias
e
fazia,
não

a
Eur opa nos
d e s fi g u ra va
Pa ra do
se
sangue:
depois
Com'"ste
acaso
n o me

viria se
humanos
nagel às a s itó l o g o
d os
1427,
a a a
u ma

h oje
de
c o mo d o e n ç a s
em f al ar

que

de
parisienses
t odo que
[1595],
T ra ta va -s e

de
m fo 0 O te r do
sobr e onde
conEágios
a
nos qu e ve rm e l h a g a ra n te
pessoas,
à
cardiaco,
Poder-se-ia
c o n trá rio vin h a m q u e s tã o
ma
característicos:
s e g u n d o
O S
fa l a rm o s
sem
doença
D eus Re i ou 9 5
c o m e g u ia
os
mesma"febre
que o u tro ra

e à
chamada"espanhola"após
m ic ró b io s
doe

a
reconhece,
e
d e s c o b ri
Par is
rosto.
n o s s o ] bair r o p e rm itu

0 são
doença

de há e la s
sessenta
r it m os nqa
1956-1958...
e
escrever
na
donnir."Depois,
tempo,
ouvir
apenas
dr ivida
se
da"peste"de
p rim e iro

qu e
0
freqüentes,
inoculações,
tifo
pulmonar,
estaqão:
p e ra n te
Esses
Ou de vin s da um
transformam-se,
a re p io s
im pôs que
P1irpura,
os
se
e 0 e pâe
e n tre
[Henrique
p e q u e n o s .'"m
sej am
P rim e ira
qu e n o ve

em p rim e ira

tê m
1348,
IV] da a de
g ra q a s
atingidas;
te m p o s

donde um a livro
tempo,
ainda
às
d e s c riç ã o

t
Em
a
era"uma
abscessos
f azem

e
vermelha"que
quais
se c a ta ro s

do
dizia

]
variola.
do"vermelho"nâo
m u ita s
vista,
apel ido sua u ma
D ij on
0
G u e ra

p or s e m p re

e
espalhou
Saini-Marcel.
fi c a va -s e

g rip e
inédita:"Começava
to s s e
( 1922)
não qu e
edições,
no
renmarismal,
d e s c rita
Um

e a int eir o
exantemático
de em
reserva,
considera-a"a
[ -.

b a s ta n te
nos
tã o bem li.
os
achou-se
em
nos pouco p or p o r'"e s
o u tra s

vol t a
s e g u ira m
re in a va m e n tre
Os m eio Ro
acidentes
te ritó rio
h is tó ria
m ais sobr e

de

:
padre,
cada

7
uns
desaparecer
que
Mundid,
r uim
rins,
obst ane l ongo Gu y de
ci,
em m uit o
se
G a s to n
cochita,
ou
contrapartida:
o u tra s
promjscuidades
1478
p o 'd ive rs o s
p e lo oito de
compará"is
vár ias ger al
d e s s a s

às
doentes,
d e s c re ve q u e ,
se· il i,

e]
absolutamente
(tra n s m itd o

¥; â o
mal
· com o pr ópr ia
ou (d ois de par a
abe'"nte
c o ve iro s
Par is
fol,
h u ma n a

se
.

a [o 1jn
da
m o re l s l

dm
espalha
m e d ic in a
em que que dm n-
se não
e'"ressar
açóe,
sociajs,
Ro u p n e \
PO F Chau- pel os
L ' Es - a" gipe
regiâe,,
l o ma · me ·
m or i» com gr ande quan-
compreensi"l
pulmonares?
895,
cima.
1780"cei·
determinada'Í-
ffff_v·
dos d e tremo res e d e ab und antes S Uore s , m or r ia m mui tas


O pes o do
O

ve z e s em p o uc as ho ras .
.,

miiim e r o
n
'"'

Ci nc o g rand es epidemias-1486,1507,1518,1529,1551-fizeram i númeras vfti-


n l a s . Curi o s amente, c o meç and o q uas e s emp re em Lo nd res , não ati ng i ram, nas I l has
B ri ti i ni c as , nem 0 P ai s d e G al es nem a Es c ác i a. E s ó a ep i d emi a d e 15 2 9 , p a r tic u la r -
ni ente viole n ta , p as s o u p ara 0 c o nti nente, p ou p a n d o a Fr a n ç a ati ng i nd o o s Pa ís e s
B ai xo s , a Hola n d a , a Ale m a n h a e até o s Canl õ es S u iç os" 1.
M as q ue d o enç a rec o nhec er em Mad ri, em a g o s t o d e 15 9 7, n e s s a e p id e m ia " n ã o-
c o ntag i o s a" , d i z em-no s , e q ue d á i nc hag o s nas vi rj j has , nas m as e no p e s c o ç o ? U m a
ve z d ec l arad a a feb re, o s d o e n t e s c uram-s e ao fim d e c i n c o o u s e is d i a s e rec o mp õ em-s e
l entamente, o u m or r e m i nes p erad amente. Aliá s, t ra t a -s e d e p o b res , q ue m or a m em
ca s a s ámi d as e d or m e m no chã o'ó2 .

Ou tr a d ific u ld a d e : o s d o entes vão em co rte jo ,"não têm o u t ra cois a em c om u m


a não s e r a i nfec g ão , a d a d ifte r ia , d a c ó l era, d a feb re tiíá id e , d a ' c o c ei ra' , d a va r io-

l a, d a feb re ve r m e lh a , a ' c a xu m b a ' , O ' d end o ' , a ' m or r in h a ' O U ' hari D n ' , a ' c ai g a
g al ante 0o u ma1-q uente' ou ai nd a a c o q uel uc he, a es c arl ati na, a s g ri p e s , a in flu e n -
2a...' "m, Es ta lista el ab o rad a p ara a Franq a rep ete-s e c o m va r ia n te s. Na In g la te r r a ,
a s d m ç a s c o rre n t e s s ão a s í eb res i ntermi tentes , a s uad ei ra i n g l e s a , a c l o ro s e o u"d o e n-

ç a ve r d e " , a i c teri c i a, a ti s i c a, O m a l c ad uc o o u e p i l e p s i a , a verti g em,


D r e u m a tism o,
a g ravel a, as p e d ra s ' 6 4 .
Di ante d e s s e s ataq ues em mas s a, p ens emo s na fal ta d e res i s tênc i a d e p o p ul aç õ es
mal nutri d as , m a l p ro teg i d as . Con fe sso q ue 0 p r o. érb i o to scano :"O m e lh or reméd i o
c o n t ra a mal ári a é uma p anel a b em c hei a" , q ue mul tas ve z e s c i t e i , me d e M
m u ito c on -
venc i d o . Or a , p or o c as i ão d a fom e d e 19 2 1-19 2 3 na R ús s i a' õ â, s eg und o 0 tes temunho
d e um o b s ervad o r i rrec us ável , d es enc ad eo u-s e a mal ári a e m to d o 0 p a i s , ap arec end o
c o m os mes mo s s i nto mas d e s d e a reg i ão tro p i c al até a s i med i aq õ es d o c i rc ul o mico .
A s ub nutri ç ão foi c o m to d a a evi d ênc i a um"mullip hcad o r"d as d o enç as .
Ou tr a reg ra s em exc eg ão : a s ep i d emi as s al tam d e u m p ara o u t ro g rup o d e p es -
so as. Alon so Mon te c u c c oli, e n via d o d o g r ã o-d u qu e d a To s c ana à I ng l aterra, p a s s a
es c reve ( 2 d e s etemb ro d e 16 0 3 ), não p o r Ca la is, o nd e ac ab a
p o r B o uao g ne, c o mo
d e se " in filtr a r ' " 6 6 , s eg und o a l ó g i c a d o tr á fe g o, a p e s t e i ng l es a. P eq ueno e xe m p lo,
e d a Ín d ia , p as s and o p e-
a p ar d e s s e s p o d ero s o s m ovim e n tos q ue, a p artir d a Ch in a
e d o Eg ito , traz em a p es te p ara 0 Oc i-
la s e s c a l a s s emp re a tiva s d e Con sta n tin op la

d ente. A tub erc ul o s e é ta m b é m u m a ve lh a fr e qü e n ta d or a a Euro p a: d Franc i s c o II


(menj ng i te tub erc ul o s a), Ca r los 1X (tub erc ul o s e p u lm on a r ),
Lu is XIII (tub erc ul o s e
c o m 0 s éc ul o XVIII, p r ova ve 1-
i ntes ti nal ) s ão a p r ova d i s s o ( 15 6 0 , 15 74 , 16 4 3 ). Ma s,
vir á a s e r mai s vir u le n ta d o
mente vin d a d a Índ ia, in sta la -se uma tub erc ul o s e q ue
d e fu n d o d a Eu r op a ro mânti c a
q ue a q ue até então g r a ssa va . S e rá a fin a l a d o enç a
end êmi c o
e d e tod o 0 s éc ul o XIX. Aind a d a Índ ia, a c ó l era q ue ai exi s ti a em e s t a d o
em 18 17, d e p o i s ul trap as s a os
( d e v» s e a o b ac i l o Vir g u la )g e n e r a liza -se na p ení ns ul a
s e us l i mi tes , e le va n d o-se à c ateg o ri a d e uma viole n ta e
te m ive l p and emi a q ue e m br»

s éc ul o s d a no s s a o b s ervaç ão :
O utra visita , d es ta ve z p rec i s amente d u r a n te o s traz em já
q ue
a sifilis, Com e fe ito, r e m on ta à p r é -h istá r ia , há es q uel eto s p r im itivos
sifilis
d e 149 2. M as a e xp a n d m e
a s s u a s m a rc a s , Con h e c e m -se c as o s c l í ni c o s antes
é umn ofe r ta , a vi ng anç a. H o uve
a p arti r d a
d es c o b erta d a Am é r ic a p r é -c olom b ia n a : méd i c o s ho j e s us -
o u c i nc o teo ri ns q ue os
q uem dis s e s s e , d o s ve n c id os. D a s qu a tr o
O \l m e lh or, uma
fa z d a d o enq n l i mn c ri aç ão ,
tentam, a mai s p r ová ve l é ta lve z a q ue
u
m

一 )?,,
‑ ,.

g
一w
H-
6 8

os do ma
ta s diz ç õ o ,

trê s p e s .

nhar 0 ju n to
binet e

de zados

a ou
de
da

outrora,
qu e ve z e s

um a
pr incipes s ifi lis
a c l á s s ic a

Gra segundo

tod a
do
a

Malherbe,
a vuf a) um a

Gr egor io
s ifi l is .'"7 2

m e re triz

população,
atenuada,
(0 "s p iu l e "d e

gent e c o n g ê n ita

quem

vérole'"70.
de gr avur a
passado.
qu e Ao desde

pensa Um

sobr e
e n c o n tra r
Marañon'7t,
em
e vo l u ç ã o

c h a m a va m
Londres'6P),
p o d e mo s
0
c l ie n te s

d ia g n ó s tic o
lenta,
dar
personagem
depois

p or h is to ria d o r

do de e de
M e s tre

com

Londr es:" É

os
habit ual te r
al t ur a tã o

te a tro

m édico
do sem
seus

de

ma-merctirio.
f eit o
presente,
cer t o a
São
os"runas"e"galdérias"até
1676.
sem

um a os dúvida
célebre,
Fil ipe
remédios,
T h o ma s

M iguel r isco 11
Luxliria,"gabava-se
de de a ta c a d o

m u l tid ã o
pel os
senhores
e
De k k e r
c o mo

te r
h o s p ita is

te r
os
acrescentava
t odo
errar,
a 0
1:,
um

i-
depois suado
m é d ic o s

de
cspccia]
pr inc\-
t odos fu n - p or
con·
a p a · c a rl e irs -
(1572-16321
\... F-.....

Chinê s atac ad o de silis. Ilus tra çã o ti rad a d e Figura s d e d i ferentese s pé cie s d e s if\\\s , p i n t u ra
s obre s e da , s é culo XVIII. G a b i n e te cie G ra vu ra . (Clichê B.N.)

O eno rme a r qu ivo d a p e s t e n ã o ce s s a de a u m e n ta r, a s e xp l i c a ç õ e s d e s e arno n-


to arem umas s o b re a s ou tr a s. P ara c o meç ar, a d o enç a é pe lo meno s d up l a: p e s t e
p mo nar p o r um l ad o , n ova for m a d o mal q ue i rro mp e n a hi s tó ri a c o m a p and e-
mi a d e 13 4 8 , n a Eu r op a ; p e s t e b ub ô ni c a, p o r o u t ro , mai s anti g a (b u b õ e s q u e s e
fo rmam n a vir ilh a e g ang renam). S ão a s marc as d e Deus , os G o d ' s to k ens o u, m a i s
d e me ta l o u
mrrentemente, to k ens , e m franc ês os ta cs , p a re c i d o s c o m o s botõe s
de c o uro q ue o s c o merc i antes p õ em e m c i rc ul aç ão . " Ac o n t e c e b a s t a r um p a ra s e r
trans mi ti d o M us rattns .
fatal..."A p e s t e neg ra ( p u lm on a r )é d evi d a a o vi rus pe lo

s e u s ce le iros as
O ra, e s t e , d i z i a-s e o utro ra, teri a in va d id o a Euro p a l o g o a pós
e os

fiz era 0 trep o nema p á l i d o


Cruz ad as . Te r ia vin g a d o0 O ri ente tal c o mo , e m 149 2, 0
co m a Am é r ic a rec ém-d es c o b erta.
m or a -
a e s ta exp l i c aç ão d emas i ad o s imple s
e
N a real i d ad e, renunc i ar
VIII,
é p re c i s o

O r a to neg ro , é a s s i n a l a d o n a Eu r op a d e s d e 0 s é culo
I i z a n te . O Mils r a llta ,
d e e s goto (M us d e c u m a i ? m),
is to é , na
ép o c a d o s c aro l fng i o s ; tamb ém a rataz ana
fato d e não s e r e le p ró p ri o p o r-
q u e t e ri a el i mi nad o 0 Mu s ral l tl s , exp ul s and o , pe lo
final mente, a p e s t e n»
t a d o r d e g ermes p es tffero s , O res p o ns l i vel p e l a s ep i d emi as ;
g ra nao c heg a à Eu r op a c entral no s é culo
c o mo foXlll,
i d i t o , mas , n o mi ni mo .
O ra t o d o m é s t i c o
no té« u l o XI, Ali£ l s , a ra t a z a n a i ns tal a-s e no s ub s o l o d a s c a s a s ,
d a s re s e rva s de q u e s e al i menta,
hab i ta d e p referenc i a 0 8 ce le iros p ara fic ar p erto
As res p ec ti vas I nvaaó es ao b rep õ em-s e antes de s e exc l ul rc m.
MeMo c o ntra a p es te c o nd uz i d a
P ap a. Durame a
p ro c M ão . 14
p e to. rltortge ca i.
Tré s

T ud o i s s o n ã o qu e r d ize r qu e rato s e
p ul g as d o r a to não tenham
do 0 s eu p ap el , 0 q ue al i ás a fir m a u m e stu d o m u ito de s e mpe n h a -
a tu r a d o (3 0 mi l
docume ntos
e n volvid os) s o b re o s s u rt o s d e p es te e m U e lze n
S e for p rec i s o
( 15 6 0 -ló10 ), na Ba ixa S a xônia '73.
e xp lic a r p or c o nd i ç õ es e xte r ior e s
(exó g enas , d i ri am o s e conomis ta s )
a reg res s ão d o m a l a
p artir d o s éc ul o XVIII, fa le m os d a s ub s ti tui ç ão d a s ca s a s
m a d e ir a p or c a s a s d e p e d r a na de
s eq üênc i a d o s g rand es i s c ênd i o s urb ano s dos s e c u -
lo s XVI, XVII e XVILL, n o a u m e n to d e
lim p e za no s i nteri o res e n a s pe s s oa s , n o
a fa sta m e n to d os p eq ueno s a n im a is d om é stic os d o
in te r ior d a s ca s a s , condiçõe s que
h a via m p r op a g a d o a s p u lg a s. Ma s nes te
d om in io e m qu e p ro s s eg ue a inve s tiga çã o
méd i c a, m e sm o d e p ois d e Ye r sin te r d e sc ob e r to, em
18 9 4 , O b ac i l o e s pe cifico da
p es te, c on tin u a m a s e r p o s s fvei s s urp res as q ue p o d em to rnar a s n o s s a s
e xplica çõe s
d es l o c ad as . O p r óp r io b a c ilo P o d eri a c on se r va r -se n o
solo d e c e rt a s re giõe s d o Irã
e s eri a al qu e o s r oe d or e s fic a va m
c on ta m in a d os. En tã o e s s a s re g i õ e s pe rigos a s fi-
c a r a m , p o r vo lta d o s éc ul o XVIII, for a d o s c ir c u itos qu e c o nd uz i am à Euro p a"
Nã o O U S O for m u la r e s t a p e r g u n ta nem a fir m a r
q ue a Índ ia e a China, tão copios a -
m e n te c i tad as p el o s h istor ia d or e s, te n h a m d ir e ito a c i rc uns tânc i as aten u a n t e s .
S e ja m qu a is for e m a c aus a ou a s c aus as , O n a g e lo d im in u i no O c i d ente c o m
0 s éc ul o XVILL. A s ua ú ltim a ap ari ç ão es p etac ul ar s erá a c él eb re p e s t e d e M a rs e l h a
d e 172 0 . Ma s c on tin u a a s e r te m fve l na
Euro p a d o l es te: em 1770 , M o s c o u s ofri'
uma p es te m or tffe r a . O ab ad e d e Mably es c reve ( p or volta d e 1775 ): g u e rra , "A
a p es te ou P u g a tc h e v a r r e b a ta r a m tanto s ho mens c om o o s q ue tr ou xe a p a rt i l h a
d a P olôn ia . N 174 Ch e r son e m 178 3 , O d es s a e m 18 14 rec eb em ai nd a a te r r fve l vi s i t a ·
P a r a 0 es p aç o e u r op e u , o s ú ltim os g rand es ataq ues situ a m -se , q ue s ai b arno s , n. IL\
0 na
de la de os lia em p re
sos sua d or ve z

das,
ç ã o ,
em aos
seu D ol e
p e la
O O
ris,
par a pest e
Em g ra .

tros,
m ais ve z e s

mal
0

vem,
l her es anuais
ant es na
De dm
qu e ta l de

burgo,
Por m a is
da
Quant o 10 0
campo,
manha,
Em
do 1 6 4 9 .1 7 5

s ul
estradas,
Pa ris L og o
rtis s ia ,

LI vr e c a s a
Todos

isolado.
195; sua

da
cr uéis
Os
e x c e ç ã o
a ta c a
aos am igos s o fre -a
1621

de
m a n e ira
r el ação

de
desses

é
alimenta,
s e te m b ro O rl é a n s
O r an
c o mo
qu e m o n ó to n a re s u m o

a
conversas
(quarentenas,
s o b re tu d o
m as
qu e
e
e ra va
car t as
11uma
m u itís s im o
abandona
em

de
mesmo
ao os
epidemia,
qu e 0 agost o uns
0 os as em Ser ia (a

vez,
qu e
de esses
a

mortos,
crônicas,
de de
que
em
atinge,
nos
c o mo
e le
fu g a fa vo re c id a

não a

China,
l a r,
que
mal
pobres,
localização
ano
p a ra

1635,
d os c a mp o

balanços
:
isola,
si

alberga-a
um a pest e
do
guardas,
sal ud
busca os na
os
tira

mesmo
veemência:
1 6 6 5 1 7 6 .
m as pel as
são

E
das
1523,
c ria n ç a s
Bayreuth,
n ü m e ro s

Bálcãs,
re l a to s im p o rta n te

na
de
homens.
q u a rte l rã o ficam " ser viu
vez
espetáculo,
necessário
vint e

considerável,
acabamos
A l b e rt

de

1564-1565,1570,1580,1587;
que
enclausuramentos,
redobradamente
mal.
\índia,
em

e
normal,
um
tê m e n tre

de
montecimentos,
aparece,
c o m
suas 4 8 7 ;

à
val or um
sós,
casas
o u tro s
1 1 0
p re c ip ita d a ;
pr ópr ia
os
de
m e s tre n u ma
s e m p re em

e de
mais,
Baviera,
bubônica
duas
em a té
Pe ilt do
bloqueia,
1439
vigilâncias,
d u ra n te
er am

e f azer

desafia,
C a mu s

os
é
carregadores,
avisos,
relacionar
ser
os as
teto,
cada
Espanha),
menos
n a "G ra n d e
r icos sécul o
enumeram
Montaigne
¢ ¢ tra b a l h o

seis qu e
de
pupilas,
as
ve z e s ;
p e lo
qu e
a
Raison,"principalmente
as
a
contam-se
1828-1829
N ic o l a s

C
vie n d a
severos,
hor r or se qu a l
cálculos
1640,
Assinalariam
va p o re s em

a
vig ia . um a em seu

madeira.
p re c a u ç ã o
um por t as
pobres.
XVI,

O
Champs,
manteve-se
c o n ta
em
imobilizados
b o l e tin s
sua d e s c re ve )
meses
e ru d ito
Landsberg,
da
descrições
per t o

de e
numerosos
na onde
1565,1586,1629,1632,1637;
m or t e sua
ano

de
mesmas
a
e m b o ra
t odo
mesmas
t oda
em

a
mudam-se,
dat a
0
Versoris,
terrivelmente
5 5 6 ;
Com o as
Sevilha,
1841.
fa m fl ia
pensa
g a n h a va m rig o ro s o s

m he r
como,
Besançon
volume,
pr évio
se
a
fôssemos
reexaminados,
O de
é não
M u n iq u e
quer
haja"pequenas"pestes
e
habitual.
em

endêmica
c id a d e
em
Bateliêre"então
saride,
aromáticos,
onde
dão
m ais

Europa,
par a
Paris,
imagens,
tin h a -s e

boa
r egião seu qu e t endo s i: nas
155,
m e d id a s S a b ó ia
Decameron
s u s p e ita s re c e b e

só a p or se
e s c re ve
cães",
no T ra ta -s e

de
1942,
N esse fora bat e
Florença,
perdida,
a d vo g a d o

p ois
podem,
0 da
L im o u s in
at inj am em
l evada ano

de
miseravelmente
a
incompleto,
profundidade,
m ais
no
de
ficou est e no
a
sua
qu e
m é d ia s
os
"Esta
poder r egiões
e la s
Strauling,
vo l ta d o ve z e s


relacionados
vo n ta d e
m uit o
pelo p a ra ou N o rte
ver ão M as
d in h e iro

a
tentasse
atingidas,
O
q u a re n ta

e
o b s e rva
pest e
as de
contaminada
de sua
t er r a da
o
dementes,
desinfecções,
uns
l im pa
Paris,
702.
c o ra ç ã o

E
em t em po m et ia
mal

é
me s mo
f al sos

de um
Boccaccio
anormal;
do
d o e n ç a
cont r a guia" à sur gir

da
ve z e s

m im e ro s q u e n te s

a
s u a s
onde

e
POUCOS
menos
e l a b o ra r
sido m ais
Gesundlzeitspmse
peso
em
0
c o m
onde em
negra,
o fe re c e m

os S a mu e l
são

da
1523,
Par is as p or
a
Parlametrto
m edo sua
se os do
e
África.
um a
trê s de A
mesmo
extensão,
b a ra g e m
pest e lim i-
a
pobr es
casas
alertas.
u ma
docummta-
V e rs o ris p e s te ; ma p a s h is to ria -

de z
de
1530,1545,1551,
de
1507-1508,'571,1582,1595-1599,1616,1648,
mundo,
fa b u l o -
m u- Augs-
impressionantes:
s e m-
ou-
A1e - m u ita s
eficazes
es-
Pepys
torna-nos
a tin g id a
E s ta d o t ant o f am f -
ne- sér ie
no Pa -
instalar-se'"77.
pest e dias inst a-
pobres,
q u e ,
que niim e
ficaram...
71
U m a pe s t e b ovi n a e m 174 5 . Es tamp a h o l Q n d e s a p o r J . E rs s e n . ( Ro tterd am, Atl as va n
S tolk)

a n te s a f h a b ita va m e m g r a n d e n, im e r o" 178 . Um b u r g u ê s d e Tou lou se e s c re ve


tran·
qü ila m e n te e m 1561:"0 d ito m a l c on ta g ioso n u n c a s e p ô s s enão na g ente pobre
[...] D e u s as s i m qu is na su a m ise r ic ór d ia . [...]
O s ri c o s r e sg u a r d a m -se .' " 79 1.-P.
S a r tr e te m r a zã o e m e sc re ve r:"A p es te a tu a a p e n a s c o m o um exag ero d a s
re l a q õ e s
a m isé r ia , p ou p a o s ricos." Na S a b á ia , te r m in a d a a ep i d emi a, an-
d e c l as s e: a t a c a
tes d e r e g r e ssa r e m a s uas c a s a s d e vid a m e n te d e sin fe ta d a s, o s ri c o s i ns tal am d u ra n t e

a lg u m a s sr m a n a s u m a p ob r e , a"e nsaiad e ira", e n c a r r e g a d a d e ve rificar, c o m a sua

vid a, s e o p e r ig o e stá a fa sta d o' so.


A p es te multip lica ta m b é m 0 qu e n ós c h a m a r ía m os a b a n d on o d o c arg o : al mo -
tac és , funcio nário s, p r e la d os es q uec em o s s e u s d e ve r e s; na França, e m ig r a m P arl a-
m e n tos in te ir os ( Gr e n ob le , 146 7, 1589 , 159 6 ; Bo rd e aux, 1471, 1585; B es anq o n, 1519;
Re n n e s, 156 3, 156 4). É muito n a tu r a lm e n te qu e e m 158 0 0 c ard eal d e Armag nac
tr oc a a s u a c id a d e , Avignon, ating id a p e lo ma1, p o r Bé d a r r id e s, d ep o i s p or S or-
g u e s; só reg res s a a o c a b o d e d e z m e s e s d e a u sê n c ia , qu a n d o 0 p e r ig o já d e s a p a re -
c e u . Um b u r g u ê s d e Avignon a n ota no s eu Diário:"Ele p od e d ize r 0 c o ntrári o dü
Evang e lho , Ego su m pm lor e t no n co g no vi oye s m e as.'"Bl P or ta n to n ã o c o n d e n e -
m os Mo ntaig ne , m a ir e d e Bo rd e aux, qu e , q uand o d a e p id e m ia d e 158 5, não"lta
p a r a 0 s e u c a r g o, o u e s s e r ic o a vig n e n se d e or ig e m italiana, Fr a n ç ois Drag o ner
de

J
Fog a sBe s, qu e , n o s a r r e n d a m e n tos qu e faz , p r e vê 0 c as o e m qu e s ej a o b ri g ad o
ab and o nar a c id a d e ( 0 qu e fa r á e m 15 8 8 , p o r oc a siã o d e u m a no va p es te), e tenha
d e s e alojar n a c a s a d os s e u s re nde iros:"Em c as o d e co ntág io , D e u s q uei ra que

nao , [os m e e ir os] alug ar-me -ão um q uarto na c a s a [...]


e P od e r e i p ôr o s m e u s c ava-

l o s n o e e tá b u lo, ir e vir, e alug arão u m a c a m a p a r a m im .'"82 Bm Lon d r e s, q uan-


d o a p es te s e d e c la r a e m 16 6 4, a Co rte tr oc a n c id a d e p o r Oxford, o s mai s ricos
a p r e ssa m -a e a fa ze r 0 m e sm o c om n s s u n s familias, o s s e l l s c r ia d os e a s b a g a g e n s
arrumadas a e p rees ae,

72
O pe s o d o n ú m e ro

N a c a p i t a l , Já
n a o h á litlglos , -o s home ns de te ls e s t a va m todos n o c amp o " ,
a b a n d o n a d a s , a lguma s com
IO m i l ca s a s pra ncha s de pinho pre ga da s na s p o rtas e
a s ca s a s c o nd enad as marc ad as com u m a cruz d e giz
ve rm e l h o ' a ] . N u n c a s e -
ja ne la s ,
rá de ma is re p e t i r a té q u e p o n t o 0 re la to d a d o re tros pe ctiva me nte p o r D a n ie l D e fm
s obre e s ta ú l t i m a p arte de L o n d re s é c o n fo rm e a o e s q u e m a ha bitua l, mo no to -
(172 0)
re pe tido m i l h a re s de ve z e s Com OS me s mos ge s tos (OS m o rt o s la nça dos "a
na rne nte
c o m o m e ro es terc o , n u m a c a r r oç a ' " 8 4 ), a s me s ma s pre ca uçõe s , os me s-
ma ior p a rt e
a s me s ma s dis crimina çõe s s ocia is '85.
m o s de s e s pe ros ,
N e n h u m a doe nça atual , s e ja m qua is fo rem o s d ano s re a i s , i m p l i c a tai s \o uc uras
cole tivos .
o u d ra m a s
Vm os a té F l o re n ç a n a c o m p a n h i a de um m e m or ia listarigoros o q u e e s ca pa à
de 16 3 7, a verd ad ei ra e g ra n d e aventura d a s ua vi d a . L ê -l o é e n c o n t ra r a s ca s a s
pe s te
a ru a p ro i b i d a on d e s ó circula 0 s e rviço de a ba s te cime nto, on d e pa s s a
ba iTica da s ,
m pa dre e, qua s e s e m p re , a ro n d a impie dos a , ou, a ti tul o e xce pciona l,
de ro m p e r p o r m o m e n t o s a c l aus ura
a c ai Tuag em
de a l g u m p ri vi l e g i a d o
a q u e m foi d a d a lice nça
s ua ca s a . e s tá mo rta: j á n ã o se fa z e m ne 8ócios , já não há
n o i n t e ri o r d a F l o re n ç a
u m a 0 ofic ia n te c el eb ra à e s quina da
oficios re ligios os . S a l vo mi s s a , po r a c a s o , qu e
e ncla us ura doss e g u e m e s pre ita ndo da s ja ne la s '86.
rua e q ue os

U Mr puG i n c h a ri t a b l e , d o Pe . M a u ri c e de T«»lo n' 87,a propós ito


a to mar: n ã o fa l a r com nenhuma
d a pe s te de G ê -

n o va e m 1656, e n m e r a a s pre ca uçõe s pe s s oa s us pe i-

ve m d el a p a ra n ô s ; q u e i m a r s ubs tâ ncia s aro máti c as p a ra


ta da cida de q u a n t o 0 ve n t o
l a va r, o u mel ho r, q u e i m a r, o s p e rt e n c e s e ro up as dos s us p ei to s ;s o b re t u -
de s infe cçã o;
P or trás de s ta s obs e rva çõe s , ima gine mos G ê n o va ,
d o ,o ra r, c o m o med i d a de re forço. ricos M ra m a b a n -
s u b me ti d a à pilhagem cla nde s tina , pois o s p al ác i o s
n ã o M o u t ra m a n e i ra de
cida de riquís s ima ,
dona dos . E n t re t a n t o , o s mo rto s amo nto am-s e na s ru a s ;
de s s a s c arc aç as a n ã o s e r c a rre g a n d o -a s em b arc as l a n ç a n d o -
e
a cida de
de s e mba ra ça r
a o la rgo. Pode re i confe s s a r quq e n q u a n t o e s pe -
a s a o m a r, q u a n d o não i n c e n d i á -l a s
c o n t i n u o fa z ê -l 0 d i ante
da lis ta d o s é culo XVI, come ce i h á m u i t o a es p antar-me e a

s e us s i ni s tro sba la nços ?


p e s t ffe ra s d o
s é culo s e guinte e o s
dos e s pe tá culos d a s cida de s
va i a Ams ter-
ho uve a g ra va m e n t o de um s é culo p a ra 0 o utro . A pe s te
I n e g a ve l m e n t q em 16 12,
35 m i l m o rt o s ). E s t á em Pa ris
d a m todos o s a n o s de 162 2 a 162 8 (b a l a n ç o :
(a iltim a y s ;
obs e rve -s e q ue em Pa ris , a p a rt i r de 1612 ,
1ó 19 , 16 3 1, 16 3 8 , 16 6 2 , 16 6 8 0 H o s p i t a l de S a i n t -
e trans feri am-no s p a ra
" t i ra va m à fo rç a o s d o entes d e s u a s ca s a s
Vai cinco ve z e s a L o n -
Louis e p a ra a ca s a d e s a úde d o b ai rro de S a i n t -M a rc e l ' " 8 9 .
156.4 63 ví ti mas .
a 16 6 4 -16 6 5 , tend o fe ito,
n o to tal , a o q u e se diz ,
dre s , de 1593 em M a rs e l h a
em To ul o n
Tud o mel ho ra c o m 0 s & ul o XVIII. N o
e n ta n to,a pe s te e

te ria s u c u m b i d o me ta d e
M s to ri ad o r,
fo i de ma vi rul ênc i a extrema. N o diz e r de um
d e" c ad áveres m e io a podre cidos
da ma rs e lhma '9o. As mas es tavam c h e i a s
popula çã o
e rofdos pe los c ã e s ' " 9 1.

Histór ia c tc i i c a
d a s d o enç as

o u a t e n u m -s e à s ve z e s , p o r vm d e s a p a re c e m .
As d anç as a p a re c e m , afirmam-s e tal vez n ã o te nhm ve n -
lo c a s o d a l ep ra, q ue a s m e d i d a s
d ra c o n i a n a s de is ola me nto
h o j e , mui to mtrmhamente,
cido n o s s é culos XIV e XV no n o s s o c o n t i n e n t e (mé ao s c a s o d a cóle ra , que de s a pa re ce
c o ntág i o );
o 1 I ep ro s o sem l i b e rd a d e nmc a p ro vo c arn
mund i al , há. Ig..........
d o s a n tib iótic os. S C m q u e ,
; d.XAH.......sililis, ti rad as d e n ossa .
0 fu tu r o p o rq ue,
Is la pe lo
m i l a g re
ao q uc S e diz
c o ntud o , s e pos s a p rever
sifilis rc a p a re c e h. Je c o m c ena vi rul ênc i a; é ta h b é m 0 caso
d a ..
p e s t e q u c , d e p o i s d e uln
b r u ta lm e n te C O m a Pe s t°
VIII ao s éc ul o XIV,
neg ra, .
l o ng o d es c ans o d o s éc ul o
I.
a ugu· Ndo Um no. O c i c l o p es ti fero
se

q ue
d es enc ad ei a
s ó te r m in a r á
n o s éc ul o XVIII'"

Na'"dadq n ã o te r á e s t a al ternânc i a de. I ru1ênc i a e ap az i g uamento o ri g e m no

fato d e a humani d ad e [er.


Ivid o d u r a n te m u ito temp o
e n tr in c h e ir a d a , d i s p e rs a conc
q ue enEre vin ios p la. c tas , d e t a l mo d o q ue a s t ro c a s d e g ermes c o ntag i o s o s d e U m pa ra
tm u xe r a m e m q ue c ad a u m ti nha, rel ati vamer, -
o u t ro s urp res as c atas tró fic as , na med i d a
t e ao s .Ag entes p a tog ê . I c o s , o s s e u s háb i to s , a s s uas res i s tênc i as ou fraq uez as p a rt i c u l a -
m? É 0 q ue d e m on str a c o m es p anto s a c l arez a 0 re c e n t e livr o d e Willia m H . hl ac
N e i l rg 3 . Des d e qu e 0 h om e m s e lib e r tou d a s ua a n im m d a d e p rec ári a, d e s d e q u e e le
d om in a o s ou tm s s e re s vivos, p rati c a e m rel aq ão a e l e s um mac ro p aras i l i s mo pre da dor

Ma s, ao me s mo temp o , ac o s s ad o , atac ad o p o r e s s e s o rg ani s mo s in fin ita m e n te pe que ·


no s , mi c ró b i o s , b ac i l o s e vir u s, é p o r s ua ve z p res a d e um l ni c ro p armi ti s mo . S e rá e s ta

n o fu n d o, a h istór ia es s enc i al d o s h om e n s? E1a p ro c es s a-s e p o r inte r-


lu m g i g antes c a,
méd i o d e c ad ei as vivas: 0 e le m e n to p a tog ê n ic o qu e p od q e m c e ri a s c o n d i q õ e s , s u b s i s -
vivo p a r a o u t ro . O h om e m . Al vo , ma s
tir p or si, p m sa g e r a lm e n te d e um or g a n ism o
n ã o 0 m c o, d es te b om b a r d e a m e n to c on tin u o, a d a p ta -sq s eg reg a anti c o rp o s , che ga
nel e a c a m p a m . M as e s t a a d a p t a q ã o
a u m eqmrio su p or tá ve l c om o s e str a n h os qu e

m va d or a req uer m u ito te m p o. Q uand o g erme p a tog ê n ic o s a i d o se u " n ic h o b io 1á-


0

c o"e ati ng e u m a p op u la ç ã o até aí i nd ene, p or ta n to i nd efes a, é a exp l o s ão , a ca tá s trofe


d as g rand es ep i d emi as .Ma c Ne il p ens a, e p od e m u ito b e m te r raz ão , q ue a p a n d e m i a
d e 13 4 6 , a p es te neg ra qu e se ab ate s o b re tod a a Euro p a, ou q uas q ve m na s e qüê ncia

d a ec p ans ão m on g ol qu e r e a n im ou a s ro t a s d a s ed a e fa c ilitou 0 m ovim e n to dos e le ·

Do m e sm o m od o, q uand o os e u ro -
me n to s p ato g êni c o s a tr a vé s d o c on tin e n te a siá tic o.
u n id a d e tr á fic os através d o mund o , a Amé-
p eus , n o fim d o s éc ul o XV, c r ia r a m u m a
d e

ri c a pré olom biana é, p or s u a vez , as s as s i nad a p or d o enq as 15 d es c o nhec i d as , p ro ve -


ni entes d a Emop e m co ntrap artid a, u m a sifilis, o u u m a sitilis tm sfor m a d a a ta ca
ano s d o s éc ul o
aEurop c heg a m e sm o à China e m te m p o rec o rd e, log o n o s p ri mei ro s
XVI, e n qu a n to 0 m iho e a b a ta ta -d oc e , ta m b é m e le s" a m e r ic a n os" , ah s ó che ga rã o
c o m os r iltim os a n o s d es te m e sm o s éc ul o ' 9 4. Mais p e r to d e n ôs, e m 18 3 2 , O m e s m o

d r a m a b iológ ic o vê c h e g a r à Euro p a a c ó l era, vind a d a Índ ia.


ho mem e a
Mas, n o s a ltos e ba iJ¢ os d as d o enç as , n ã o es tão e m c a u s a ap enas 0
O s hist
s ua m e n or o u m a ior m e rabilidadq a m a ior o u m e n or im u n id a d e a d q u i J i d a .
r ia d or e s m é d ic os n ã o h e sita m e m afirmar-e c rei o qu e c om tod a a raz ão -q ue
0
ca da

a
vitim a s, e q ue
ag ente p a tog ê n ic o te m a s u a p ró p ria Mstó ria, p a r a le la à d as s u a s dos
d e mutaç o es
]u ç ã o d as d o enç as d ep end e la r g a m e n te d e tr a n sfor m a ç õe s, p or ve z e s u\
a s su r p «
p r óp r ios ag entes . D on d e a s a lte m â n c ia s, a s id a s e vin d a s c o mp l i c ad as ,
a t é d e l i n i ri -
p or ve z e s a s ep i d emi as e xp losiva s, p or vez es a d or m e c im e n tos p ml o ng ad o s , beni C U

iiiê
ho j e
vo s . De sm mutaç ô eB m ic r ob ia n a s ou virais, p od e m os c ita r 0 we m p lo,

kHM§
O pe s o do n t i m\

à Franç a, à Catal unha,


a va g a n ã o s e d e t é m a i , c h e g a a s e g u i r a M i l ão ,
p e ste ' , Améri c a' 9 6 . Já e n t ã o a g ri p e e ra e s s a ep i d emi a vo ad o ra, fac i l mente u n i -
à
d ep o i s
é ho j e. Em 10 d e j anei ro de 176 8 , Vo l tai re e scre ve :"A g ri p e , a o d a r
ve rs a i q u e
a o mund o , p as s o u p e l a no s s a S i b é ri a [ Ferney, o n d e mo ra, p e rt o d e G e n e -
a vo l t a
um po uco c o nta d a m i n h a ve l h a e d é b i l fig ura."Mas q uanto s s i n t o -
b ra ] e t o m o u a
l e va m 0 no me d e g ri p e ! F a l a n d o a p e n a s de g ra n d e s e p i d e m i a s ,
m a s d i fe re n t e s
d e 19 18 , m a i s m o rt i fe ra d o q u e a P ri mei ra G uerra Mu n d ia l, n ã o
gripe espanho la
d i fe -
s e pa re ce
c o m a g ri p e c hamad a as i áti c a d e 19 5 7. C o m efei to , h á vá ri a s e s tirpe s
c o nti nuam al eató ri as é p o rq u e 0 i ns tável
re nte s d o vfrus , e s e a s va c i n a s ho j e a s e r
e ráp i d a mutaç ão . As vac i nas a n d a m q u a s e s e m p re
ví rus d a g ri p e e s t á em p erp étua
em re l a ç ã o a o c o ntág i o . A t a l p o nto , q u e vári o s l ab o rató ri o s t e n t a ra m ,
a t ra s a d a s
o p e ra r a mutaç ão mri l ti p l a in vi t ro d o vfru s
d a g ri p e c o rre n t e
p a ra g anhar es p aç o ,
e re u n i r numa
úni c a va c i n a o s mutantes q u e t i ve s s e m p o s s i b i l i d a d e s d e c o rre s p o n -
mas
de r à s gripe s fu t u ra s ! O vfrus d a g ri p e é , s e m d ri vi d a, p arti c ul armente i ns tável ,
d e tr a n sfor -
n ã o s e rá l e g i t i m o p ens ar numa q uanti d ad e
s e
a ge nte s p a to g ê n i c o s q u e
o s avatares d a tu b e r -
mam tamb ém a o l o n g o d o temp o ? Tal vez
s e exp l i q uem a s s im
vi nd a d e B eng al a,
culos e , o ra d i s c re t a , o ra vir u le n ta . O u 0 l etarg o d a c ó l e ra , q u e
O u 0 ap arec i mento d e n o-
a cóle ra d a s C e l e b e s p a re c e ho j e p ro nta p a ra s ub s ti tui r.
rel ati vamente efêmeras , c o mo a s uad ei ra ingle s a d o s é culo XVI.
va s doe nça s

140 0 -18 0 0 : um And e n Ré g im e


b i o l ó g i c o a l o ng o p ro to

É, pois , emmeno s d u a s frentes q u e a vi d a dos h o m e n s p ro s s e g u e a s ua


pe lo
luta s e m fim . Con tr a a p arc i mô ni a e a i ns ufic i ênc i a
dos alime nto s-O s e u " m a c r o-
lhe s d á c a ç a . N es te d u -
p arasitismo "-e c o ntra a d o enç a i n s i d i o s a mri l ti p l a q ue
e

es tá c o n s t a n t e m e n t e e m s i tuaç ão p rec ári a.


plo p l a n o , 0 ho mem d o An c ie n R ég i me
c o nta uma t ê n u e es p eras ç a d e vid a ,
An t e s d o s é culo XIX, p o r to d a a p arte, c o m
n a d i z um vi aj ante inglê s
com a lguns a n o s mai s p ara o s ri c o s . P ens and o Euro p a,
d emas i ad o c o p i o s a , a
em 1793:"A d a s d o e n ç a s q ue the c aus am
d e s p e i to
a m e s a

a n o s mai s d o q u e o s ho mens d e c l a s s e
in fe -
fal ta de ati vi d ad e e 0 vic io, vive m d ez
trab al ho , p e l a fad i 8 a a n t e s d a i d a d e , e a po -
ri o r p o rq u e e s te s s ã o c o ns umi d o s p e l o
b re z a i mp ed e-o s d e p ro c urar 0 q ue é ne ce s s á rio à s u a s ub s i s tênc i a.' " 9 7
à e s ca la
Es ta d emo g rafia à p arte, a dos ri c o s , med i o c re s uc es s o , d e s a p a re c e
da s n o s s a s méd i as . N o B eauvai s i s , no s é culo XVII, 25 a 3 3 % dos rec ém-nas cid o s
b r e vi-
mo rrem em d o z e me s e s ; ap enas sog o ati ng em os vi nte a n o s ' 9 8 . P rec ari ed ad e,
d a d e d a vid a : mi l e um p o rmeno res 0 d i z em a o l o n g o de s s e s l o ng fnq uo s
ano s . "Nin-
futuro Carl o s V)g ove r n a r a Franç a
g u é m s e ad mi rará d e ver 0 jove m d el fim Carl o s (0
a o s e do i s a n o s co m
a os d e z e s s e t e a n o s , em 13 5 6 , e d es ap arec er, em 13 8 0 , q uarenta
N I G G An n e d e Mon tm or e n c yj a c o nd es tável q u e m or r e
rep utaç ão d e vel ho s áb i o .
a
e q uatro a n o s , é
a c a va l o n a b atal ha d a p or ta d e S a in t-D e n is (156 7) c o m s e t e n t a
a b d i c a e m Ga n d , é
u m a exc eç ão . Aos c i nq üenta e c i nc o a n o s , Carl o s V, q uand o
ao
m or r e a o s s e t e n t a e um a n o s (159 8 ),
(1555). Fi l i p e II, s e u filh o, q ue
u m vel ho
a c a d a al erta d a
s ua s a iide
l o n s o d e vin te a n o s fo i d and o a o s s e u s c o ntemp o râneo s ,
En fim , ri enhuma das
vi vo s temo res .
p eri el i tante, a s mai o res es p eranç as o u o s mai s
fami l i as re a is es c ap a à te r r lve l mo rtal i d ad e d e s s a ép o c a.
Um "guia"de P ari s de

rep o us am,
1722 enumera os no mes d o s p ri nc i p es e p ri n c e s a s c uj o s cora çõe s
76
O

pa
a
do te é a ir a pes o
de s dz te s
em
a e
t odo
Nos do
0 A E
sua r ent a
m ent e
ses...
-qu e
e m ais
qu e
0 desde
século,
at ingem
T al
é
fra n c ê s
m it ér io
t r iunf ar at r ás

excesso
q u e n te s
pr im eir o va c id a d e t r apõem
c im e n to s

Todo Nã o
de
e n c o n tro q u a re n ta

0
(a p re n d e u m e m .'"0 4 m o rtife ro
decianuais
em
s e g u n d o
na do s u j e ita r-s e
qu e
d os ao
de
Kõnigsberg,
se das
elevadíssima
sécul o nove
p or
Batávia,
pm so pr essão qu e m o rta l id a d e
ocidental,
necessária
1622,
d ife re n te s

est e Em das m o rte '"0 2 ? n ú m e ro

qu e
afável.
na
c o n s tiu i
as
vê p ro p ó s ito
me s ma

d ia ,
aos
l a vra d o re s
anos

no

comparando-os
4 6 ,5 °/

d os do suas dizer

um

carne,
a l e mã o
com
p or

é
out r a ao Es ta
dispendiosas
ve z e s

d os
anos,
Imaginemos,
qu e
envelhecem
est e Vir ginia
em
anualmente
casamenm
Goa,
r egr a Sobr e
XVILL:
os d os c o m

0
B re m e n
quando conj unt o
c o me ç a ve s tu á rio

a seu
na um os
ingleses",
e ra
de
é
fd ta
Pnlesia,
p a ra
O
c o n fo rm e
progresso
casamento,
pa i
mortalidade
c o mo fra n c ê s
um a ingl eses
p a ra
de

costumes
c id a d e

é
os os vivam

franceses,
subsistência;
d u ra n te
( com
cidade fa n ta s ia s os
a Ancien sacode

de
faculdades
1766:"Embora
re n e x ã o

de e
nascem
"inglês"observa:"Longe
trê s p ic a re s c a

n ós os p ro vé rb io

fa l a m o s

a um de os nas d os
o u tro s
de
do
a o s "vin h o s

Val-de-Grâce
im pul sos pr eciso das

europeus
pr ópr ia cl im a
trê s m a is
lento.
bast a
ve s tu á rio
est e um a

0
1772,45V°°
do da
infantil,
siameses:"A
óbitoE,
sua C h a rd in
l ib e rta r-s e
qu e
e
dele.
lugares.
m o rte M s to ria d o r

pobres,
Régim e

de

]
p a vo ro s a
filhos,
fa to s -a o
paises
em lon g o Geor ge
Nós,
d e l ic ia s
paixões
quando

índias,
h o me n s

vj.
a e
Fr ança

restauração
m é d ic o s

do
e
indígena,"largo
vid a
e fu n d a d o
m e d ic in a
vio l e n to s
um a

e
dele.
delícias,
d iz :"D u a s
m e n in a s espanhol espécie
dois

e
fomes,
sécul o [...
Úá p a ra
Em

de

abastados,
s o b re vie r c id a d e a s p e c to
1782 onde
na despeit o

de
todo,
os
a 0 um a
0 p or
de te m p o "d o
os
demasiado
da
não-europeus.
ganhando b io l ó g ic o
aos on d e sor t e
são fora
p a ra
cativeiro,
um a

de de No a l e mã o

XVI I I cinco I m p é rio .'"0 8 qu e os Ana


cer t a donde
do
Coreal,
a trib u e m

a
conseguem
sobretudo
mo n q õ e s
1802,
da
à
Washington,
e ,
Mstoriadores,
ta m b é m

na p ro p o rc io n a l

de h o me n s ainda
fim
comenta:"Mas
mortalidadezos.
qu e cir ur gia

A
Recrudescimentos
rivais,
170 9 seu
1775,46V°'"
subnutrição
fechado,
são
europeu,
d is s e m o s ) c iru rg iõ e s
com

a :

da do O t em acim a qu e
os
Cristandade,
a n u n c ia r
esvoaçante"203.
re s u l ta
aos sua
camponeses
O s ma n
m ais

a
Europa,
e s c a p a r
em
sobriedade
Niebuhr,
de
ig u a l d a d e
meninos,
f eit o
Portugal"que
1 6 8 8 -1 6 9 9 )

da
sobreviventes2os.
ao m o re u
ru d e
1759 tu rc o s
algo Á u s tria :
tendemos
a qu e
a
Augustin,
p ro p ó s ito
1776210.
ponugueses
e le s
a
crônica,
nem
Mas,
s u rg e m
falamos.
qu e

é
Ag a , q u e ,

de
Europazo7.
sécul o
ent r e B o m b a im
p a ra
recém-chegados
dura.
re ve rs o

e
nossos
fa d ig a :

se
a
casa-se
p re te n d e m c o me q a
mma t udo
não
sem
O qu e
a a
a
a p e n a s

ao
contmente,
de a
vizinhos,
evidentemente,
nos ver
r eina
te ríve l
te r Dos vivem Fr ança Em
mortmdade
s e q u e r duas às aos
b e b e m

d ois
decadência
A m é ric a
XVII,
encontrarem
m o rte d e s s a s
Por t o

e
ta m b é m a p re s s a r
m aior ia
com
às
demasiado
com
do
Pensemos
p o d e ro s a s n e m
c o n ta
te n h a m ent r e

·
m o re u
seus
um
1854,
m o re r

tod a
de é
Europa,
fa l a re m
nas c o n to u B o m b a im
são
a nagel o os os
Dificilmente
turcos,
camponeses
3 2 ,8 V · ve z e s :

nos m a rc a m vidas

da
in té rp re te

é
Belo,
um
da
· is s o :
vid a , m u ita s
cedo.
in te ru p ç ã o ) a d q u ird o
com hor as
qu e
do diz
:
colonial
humanidade
com um ant es s e q u e r

vai
obstinando-se
erros,
re p e m as em m édias ainda d e s m e d id a -
Euf o- m o d a l id a - at enua e p id e m ia s
um a s o b re vie m : seu vi- t ur co p e s · n u m c o n h e - um Par a qu a - não gal an- h o- lã o m ais ao forte ao vezes em
ingl eses
soFr e do s têrn aut or c ria n m
soberbamente,
con·
s ia m e - via j a n te 0 "c e - c o rp o ."N t
mulheres.'"
quem"repugna
e
do ao Os
t os des r em

e
zo,
r em
rior bam bem n e z a
t idos

e par t e Ce n a s
m e ro não

em
as tã o S e
dades.
de
de s e m

p or a té
sécul o
camentos
e s ta tfs tic a
Al ém
nascer
l ut os
s a e m
im p o rta n te ma
m ais
mesmos
te r 1575
m o re r
trouxe,
nos

a a
p o rq u e

que

e de da em


nunca
XVI,
pessoas.
Todavia,
( ainda
disso,
social,
A
ecos,
c u s ta m
Est a t ar de est á
seria,
se as de
poderosas,
na
tivéssemos
Goa,
ta n ta s

de
úl t im a
1576,
te re m
campos
s e m fa m fl ia
São r evel a c h a ma r
hoje,
u ma s

bem
l ongo
os re p e te -O
noD m

que 10 2
quando ( com
coisas
ascensão
do
a
mesma
g ra ç a ";
que
em
as
mulheres
demasiado
palavra.
dúvida,
Johann
re s u m ir u til iz a d o

os
O
possuem
não em
p a ra
prazo,
q u a re n ta

as
as est ão
século
1 7 6 5 :
p o u c a s

tã o
época,
l ongo
longe,
c iru rg iõ e s
Petersburgo).
t odas
na
100),
d e s ta c a r

As 0 em
mulheres
XVI.
em
homens
"N a
dependem.
re fl u x o q u a l q u e r
Sebastian
um
as
prazo,
seu

]
rápidas,
p rin c ip a is

t ot al
exceções,
par t e
B.N.,
l e va m
l ot e sej am

a
libras,"hoje
nunca
a l d e ia s
terrivelmente
Bach...
[...

de dos

]
Borgonha:
dif f cil em

e
compensações
remédio.
c o mo
Alemanha
e n tre

m ais
le va
Cassey-les-Vitteaux,
as d ia No
a [...
Gabinete
"Os
0
J.P.
me l h o r

os de
possibilidades
t odos
aumio'"12.
s u rg e m p o rq u e

de é
expostas
m im e ro s

os
Castela,
caracterfsticas
excedentário
visit a
quais,
sobr e
médico,
de que pel as
numerosos
do
onde p or os c iru rg iõ e s
Grav1Àra.
in fe l iz e s

é
d e s te
maravilhosa,
inteiramente
do
0 gol pes
Süssmilch,
0 e O
camponês
0
são

y
-.-r.
que
qu e
demasiado
(C tic h ê
pouco m é d ic o n in g u é m

a e
recuperação
m o ra m

a A n c ie n as
vilivasz13.
homens,
sucessivas
f eit os na
insensivelmente,
bruscos
possufmos,
a os pobr e
habitantes
t r iunf o
nas
caro...
m ar é
pensa,
fu n d a d o r
que c u rto

do
tempo,
ma s

da
Giraudon).
Régim e m o r-
em

0
m edi- cidade
N211
pr ef e-
par t ir
Ve - cida- m a te rn i-
mulheres
inquér i-
at in- pr a-
mi- a n te - aca-

77
tl
78

OS
g o;
,, si 0 é
ta,
as
ser
b a te

ca,
sões
do Ora

0
eias.
rar,
Cl ar o ções

ças,
c o mo
Rechid der ia

ções,
m e n te

O
gicos

a um a
merece,
cular,
q u a n d o
par a em
fi lh a as
(e
técnica,
qu e
mesmo
que
ou te rá Pa ra um M as CO NT R A

0
É

pulações
Cl ar o
do

tunidades
sem pr e
ridfculo,
um fi xa
bárbaro".
e m b o ra

ver niz quando


Saf f et a té
de ta n to
não
dez OS
da
bárbaras,
não
as
O
ele,
m im e ro

intercâmbios,
O l ivr o

despertas
q u e ,
f or am não n ü m e ro

na a tivd a d e

densas
senhores
logo,
e
oportunidades
um a são
os
tip o l o g ia s
ou
melhor,
chinês,
examinava
da

à
t r aça
vezes n ü m e ro
ou
de
nümero.
m ais
os
contradição.
A
n e s te

NUMEROSOS
de
antigamente?
b á rb a ro s
demonstrado
g u e ra

é
m im e ro iguais
quem Por pesa

partilha,
qu e
Atabinenztú.
econômicos)
dois p rivl e g ie

O
n o rm a is
c ivl iz a ç ã o um

determinam
c ivl iz a g õ e s

a
débil,
China,
m a n e ira

consagrado
quase,
O à O
stiditos,
c o mo

de

de
porta.
evidentes.
não H ans c o mo
do par a
F RACO S

da
multiforme,
comércio-,
civjjjzados
em
em
qu e
Ele na
antemão
A c o re m

fo r

adormecidas,
s e u


ta m b é m
vida m as o rg a n iz a

qu e os

apenas
0
h o me m

ao T a n to

a
vencedores
vizinha.
destinos,
paradoxal
perdem,
menos
falar.
fndia,
todos.
m e re c e

do
O
s e m p re

na
de
paz,
ní vel
igualmente
ou em o u tro s
s e u s da
que s o b re
civilização,
p ro n ta s
de·
chinês;
crescimento,
O
momento.
e a
der am Par a
as e
Delbrück2rs
p ro l e tá rio s l ut a ta m b é m
m a te ria l

e
re c e b e u
espf r it o t odos a
certamente
mundo,
h is tó ria
sécul o
exerce
ao
Rom a
um
metade.
essa e os E u ro p a dá
Roma.
numeroso,
presente,
n ü m e ro

a
pareça,
c u l tu ra
sua

da e e
um a d e ve p a re c e m c o mo

às
poder,
XX,
fo i
domfnios,
quando
Mas
O
mesmo
são
na 0
relações
a
m u ito s

de
b oa ser pací fica

é
ta m b é m
fechar-se
grego,
ta is
a cada
bár bar o
alinhamentos,
não

é
das
mesmo
difundir-se.
g ru p o s

seu

um vid a as
vezes,
dos
perder,
par ecia
classifica
O 0 no
a de
ta is
privilegiados,
um a
os

é
enormes
r evist o
calculou
futuro.
ninguém gr ande

1
ma s s a

0
eficácia,
in te rm in á ve l
Germânia,
exemplos
camada.
massas
0 vai bár bar o
l inhas d e s tin o

os
densos,
gr ande a n te
ganha,
pl ano
Mas vl va

de
único t odos
Fust el
0
afirmações
log o as
ou
vivas
os
de
grupos,
s e u s

Ainda
m ito

é
ve n c e d o r

z e ro h is tó ria
descul pa quem
escasso
peso.
acaba
re p u ta g ã o seu

da da de
homens-as
da
espetáculos?
s u g e rin d o

qu e
força,
a n te s

A
reservatórios
dias,
e n tre

não p a re c e Mas q u a s e

qu e as de
parecem
r it m os peso

a
patológico:
as
das
si,
as
o b rig a r-n o s p o d e r-s e -ia
luta.
fo r
a e le s e m p re
f or qa sem
trocas,
W
s e m p re
nümero,
interveniente.
par t i-

A
Po-
e r- Po- os r el a-
doen.
bioló.
o p o r- r epet i- guer r a
p or
possibilidades,
história.
evidt n- t écni-
b á r- pôr não g re -
em inva- im e d ia ta - dizer
ganhar,
Coulangestt4
um
im per f ei-
coloniza-
0 Im p é r io Rom a n o, no
É 0 q ue p r ova 0 c a s o c l ás s i c o d o s g ermano s p erante
d o s man-
s é culo V, mas ta m b é m a h istór ia d o s árab es , d o s t u rc o s , d o s mo ng ó i s ,
Tu r c os e tu r c om a n os for a m os tr a n sp or -
chus , do s tá r ta r os, m on ôton a s rep eti ç õ es .
até 0 Cás p i o e 0
tad o res p o r exc el ênc i a, os c aravanei ro s d as ro tas d a Ásia c entral
mui tas ve z e s pe s s oa s e b ens .
Ir ã . Fr e qü e n ta r a m a s c i vi l i z aç õ es vizin h a s, af p e r d e r a m
d o xa m a n ism o,
O s mo ng ó i s d e G eng i s Kh a n e d e Ku b la i, m a l s aí ram (s e s aí ram)
b á r b a r os, e e is q ue d ep res s a s ã o agar-
d ei xaram d e d a r a i mp res s ão d e s erem p o b res
a O es te p e l a s mi rag ens d o Islã , d ivid id os,
rad o s , a Les te, p el a c iviliza ç ã o c hi nes a,
P eq ui m, em 16 44,
arranc ad o s ao s e u p r óp r io d es ti no . O s manc hus , q ue c o nq ui s tarão
no seu
d e p o i s 0 re s t o d a Ch in a , s ão
u m p o vo d e m istu r a s. O s el emento s m on g óis
a Man-
s e io s ã o n u m e ro s o s , mas b em c ed o o s c amp o nes es c hi nes es a va n ç a r a m p ara
qu ise r, mas a n t e s dis s o ,
Ch in a . Bá r b a r os, s e s e
c húri a, p ara al ém d a m u r a lh a d a
a c o nq ui s ta p e l o s
b árb aro s já s o b in flu ê n c ia d a c u ltu r a c hi nes a, e m p u r r a d os p ara
Ch in a i mens a, tel ec o mand ad o s p o r e s s a tu r b u -
p ro b l emas ec o nô mi c o s e s o c i ai s d a
innc
ê n ci i a ,
a b sor vid o
p raz o . Be m d ep res s a
é
bárbaro só tr iu n fa a c u rt o
E, sob r e tu d o, O
"barbarizaram "0 Im p é r io, d e p o i s
pela vi l i z aq ão su b ju g a d a . O s B ermano s
ci

a fu n d a r a m -se na terra d o vi nho 217; o s t u rc o s tor n a r a m -se , a p a r tir d o s éc ul o XII,


Ca ra va na a d o de s e rto.
c a m in h o Ilus tra çã o de al -M aq amat. Al -H ari ri , ms . Ar. 584 7, f 31.

(Clichê B.N.)

p o rta-b and ei ras d o I s l ã; mo ng ó i s e d e p o i s m a n c h u s d ilu ir a m -se n a mas s a chine s a .


A p o rta d a ca s a c o nq ui s tad a fec ha-s e nas c o s t a s d o b á r b a r o.

A e x¢ in « âo d os g rand es n ôm a d e s
a n te s d o s éc ul o XVLL

É p re c i s o no tar ai nd a q ue
os" b á r b a r os" ve r d a d e ir a m e n te p eri g o s o s p ara a s
c í vj j j z a ç õ e s p ertenc em q uas e exc l us i vamente a uma e s p é c i e d e g e n te : o s n ô m a d e s
dos de s e rtos e d a s e s te p e s d o
do
c o raç ão Ve lh o Mund o , e só 0 Ve lh o Mu n d o c o ·
n h e c e u e s t a extrao rd i nári a
h u m a n id a d e . D o Atlâ n tic o ao s mares
P ac i fic o , e s ta c a d e i a d e re g i õ e s ári d as e qu e b o rd ej am 0
d es o l ad as é u m inte rmináve l ras ti l ho de
p ó l vo ra. A mi ni ma c entel ha a
in n a m a e q uei ma tud o p el o c a m in h o. Este s c aval ei -
ro s e c a m e l e i ro s
d uro s ta n to p ara s i
p r óp r ios c om o p a r a o s ou tr os, s e uma a g re s -
s ã o, uma s e c a , uma al ta
d emo g ráfic a o s es c o rraç a d as s u a s
dos vi z i nho s . Os ano s vã o p as tag ens , in va d e m a s
p as s and o , e e s t e m ovim e n to rep erc ute-s e e m mi l hares
d e q uj j ô metro s .

N uma ép o c a em
q ue tu d o é le n tid ã o, e l e s s ão a p r óp r ia
p res a. Na fro ntei ra d a r a p id e z, a p r óp r ia s u r-
P olôn ia , O al erta q ue r e g u la r m e n te
a €c ul o
XVLl, q ual q uer ameag a p el a c aval ari a d es enc ad ei a, a in d a no
me n te u ma tártara, d eter m in a q uas e im e d ia ta -
mo b i l i z aç ão em m a s s a . É p rec i s o armar a s
p raç as for te s, enc her o s a r -
maz éns , ab as tec er, s e ai nd a
h ou ve r te m p o, a s p eç as d e
artilharia, m obm ar os
O p es o d o n l i m e ro

c aval ei ro s , m on ta r b arrag ens d e um l a d o p ara ou tr o. i nc urs ão tem res ul tad o ,


Se a

ve z e s aco nte ce -co mo na s mo ntanhas m u i t o s es p aç o s vaz i o s


c o mo ta n ta s e nos

da Transilvânia-, a b a t e -s e s o b re o s c a m p o s e s o b re a s c i d a d e s c o mo um flag el o
turc o n ã o s e c o mp ara. Es te, pe lo meno s , tem 0 h á b i t o d e re c u a r
a q ue 0 p ró p ri o
antes q u e 0 in ve r n o c o m e c e , d e p o i s d o S ão J o rg e . O s t á rt a ro s fi c a m
a s s u a s t ro p a s

n o me s mo l ug ar, h ib e r n a m c o m a s s u a s famfli as , c o mem a terra até a ra iz z r8.


E e s te s es p etác ul o s , c uj o p avo r nos é trans mi ti d o pe la s g a z e t a s o c i d entai s d a
n ã o s ão n a d a c o mp arad o s c o m a s g rand es c o nq ui s tas nô mad es q u e tr iu n fa -
é poca ,
r a m na Ch in a o u nas Ín d ia s. A Eu r op a teve a vantag em d e l hes e s c a p a r, a d e s p e i t o
dos ep i s ó d i o s q u e fic a r a m memo rávei s (os huno s , o s a va ro s , o s húng aro s , o s m on -
góis ); fo i p ro teg i d a p e l a b arrag em d e p o vo s d o l es te: a o s e u i nfo rtl i ni o d e ve e l a 0
s o s s eg o .
A fo rç a d o s nô mad es é tamb ém a
d es atenç ão , fraq uez a rel ati va d os h o m e n s
a

q ue g uard am a s p o rtas d e a ce s s o Ch in a d o Nor te , mal p o vo a-


d a s c i vi l i z aç õ es . E s s a

da a n t e s d o s é culo XVIII, é 0 vaz i o o n d e entra q u e m qu e r. N a Ín d ia , 0 P u n ja b


ce do é ad q ui ri d o ao s muç ul mano s , l o g o no s é culo X, e a p o rta fi c a a b e rt a p a ra

0 I rã e p ara a p as s ag em d e Kh a ib e r. N o l e s t e e no s u d e s t e d a Eu r op a , a s o l i d e z
d a s b arrag ens va r ia c o m É no mei o d e s s a s d e s a t e n ç õ e s , d e s s a s fr a qu e -
o s s é culos .

vi g i l ânc i as p o r ve z e s i nefic az es q u e s e ag i ta 0 uni vers o d os nô mad es :


z a s , de s s a s
uma le i d a fis i c a l eva-o s or a p ara oe s te , o ra p ara le s te , c o nfo rme a s ua vi d a exp l o s i -
va e n c o n t ra m a ior fac i l i d ad e e m reb entar s o b re a Eu r op a , O I s l ã, a Ín d ia o u a Chi-
na. O l i vro clá s s ico de Ed u a r d Fueter2r9 as s i nal a, em 14 9 4 , uma z o na c i c 1ô n i c a ,
c o rre n t e de a r s o b re a I tál i a frag mentad a d o s p ri nc i p es e d a s
r e p ú b li-
uma eno rme
c a s urb anas : to d a a Eu r op a é atraí d a por e s t a b ai xa p res s ão , c ri ad o ra d e temp es ta-
vento d o s furac õ es o b s ti -
d e. Ta m b é m os p o vo s d as e s t e p e s s ão arras tad o s p e l o que

nad amente os l eva p ara le s te o u p ara o es te s eg und o a s l i nhas d e meno r res i s tênc i a.

Min g tin h a es c o rraç ad o , em 13 6 8 , os mo ng ó i s


e q uei mad o
Assim , a Ch in a do s

0 s e u g rand e c e n t ro d e Ca r a c or u m , no d es erto d e G o b i 2 2 o . M as a e s t a
vitór ia s uc e-
d e uma l o ng a i nérc i a q ue d e te r m in a u m p o d ero s o r e tor n o d o s nô mad es p ara le s te ,
s u a s p ri mei ras vag as c ri o u a tend ênc i a
já q ue 0 va zio a n t e s c ri ad o p el o avanç o d a s
c ad a vez mai s p ara oe s te , a um,
p a ra a tr a ir o utras n u m m ovim e n to q ue rep erc ute
d e o es te p ara le s te , por
d o i s , vi nte ano s d e d i s tânc i a. O s no g ai s p as s am 0 Volg a
na uma l enta i nvers ão d a a m p u lh e ta : os p o -
volta d e 14 0 0 , e as s i m c o meç a Eu r op a
vos q ue M do iss eéul o s e s c o a va m -s e p ara o e s t e e p ara a fr á g il Eu r op a p as s am
a

atraí d o s d eb i l i d ad e d a
c o rrer então , d u r a n te d o i s ou três s éc ul o s , p ara le s te , p el a
i nvers ão c uj o s e p i s ó d i o s d e c i s i vo s s e -
l o ng fnq ua Ch in a . O no s s o m a p a res ume e s t a
e a tom a d a d e P e -
rão a c o nq ui s ta a b e r r a n te d a fnd ia d o Nor te p o r B ab er (1526 )
O fu r a c ã o ab ate-s e s o b re a In d ia
q ui m, em 16 44, p e l o s m a n c h u s. Uma vez mai s ,
e a Ch in a .
S e os rus s o s tom a r a m
P o r c o ns eg ui nte, p ara o es te, a Euro p a res p i ra m e lh or.
for a m os úni c o s
K az an e Astr a kh a n , em 1551 e 1556 , a p ólvor a e o s arc ab uz es não
nô mad es no s ul d a Rissia , O q ue
res p o ns ávei s ; h ou ve a b r a n d a m e n to d a s p re s s õ e s
D on e d o D n ie str. N es -
fac i l i to u 0 a va n ç o rus s o s o b re a s te r r a s neg ras d o Volg a , d o
te p ro c e s s o , a anti g a Mosc óvia p erd e uma p arte d o s s e u s c amp o nes es q ue es c ap am
c heg am p o r s ua
à auto ri d ad e ri g o ro s a d o s s enho res , e a e s ta s te r r a s ab and o nad as
vaz i o s ab erto s p o r e s te s
ve z c amp o nes es d o s p a i s e s b ál ti c o s e d a P olôn ia , s end o o s
vi nd o s d o B rand emb urg o o u d a Esc ó-
p reenc hi d o s , o p o rtunamerrte, p o r c amp o nes es
O pe s o do n t i m e ro

c i a. U m a c o rri d a« lc e s t a fe t a s , e m s u m a : é a s s i m q ue Al exand re e Eug éne Ku l l s -


dois tld m ir ve is hi s to ri ad o res , veem e s t a hi s tó ri a s ile ncios a , e s t e mo vi mento
c h e r,
d a Al emanha p ara a C h i n a c o m a s s ua s c o rre n t e s s ub terrâneas , c om o
de s liz a nte
s o b a d a
qu e di s s i mu l a da s pe le h i s t ó ri a .
D e p o i s , a c o nq ui s ta d a C h i n a pe los m a n c h u s d á o ri g em a uma n ova o rd e m ,
16 8 0 . A C h i n a d o N o rte, c o nti d a, p ro teg i d a, vai rep o vo ar-s e a o a brigo
p o r vo l ta d e
d e avanç ad as p ro teto ras : a Ma n c h ú r ia , d e o n d e
vie r a m o s s e us venc ed o res , d ep o i s
a M o ng ó l i a,
O Tu r qu e stã o, O Ti b ete. O s ru s s o s , q ue, s e m c o ntes taç ão , ti nham t o -
c o m a re s i s t ê n c i a c h i n e s a a o l o ng o d o va l e d o Am u r
mad o a S i b éri a, d ep aram e

têm d e c o ntemp o ri z ar no t ra t a d o d e N e rt c h i n s k (7 d e s etemb ro d e 16 8 9 ). O s chine -


a G rand e Mu r a lh a a t é a s i med i aç õ es d o mar Cás p i o .
s e s avanç am então d e s d e Já

antes de s s e s ac o ntec i mento s 0 m u n d o m r iltip lo d o s p as to res tin h a ab erto c a m i n h o


e m s enti d o i n ve rs o a e s t re i t a p o rta d a Z ung ári a, clá s s ico
p ara o es te, atraves s and o
entre a Mon g ólia e 0 Tu r qu e stã o. S ó q u e , d e s t a ve z , a s ua
g arg al o d a s mi g raç õ es
e n c o n t ra p o rtas ab ertas . D e p a r a , a o es te, c o m uma Rissia
amp l a fug a já não n o va ,
c o m os fo rtes , o s fo rti ns e c i d a d e s d a S i b éri a e d o Ba ixo-Vol-
a d e P ed ro , O Gr a n d e ,
rus s a d o s éc ul o s eg ui nte es tá c hei a d e s s e s c o mb ates s u c e s s i vo s .
g a . To d a a lite r a tu r a
Com efei to , termi na então 0 g rand e d es ti no d o s nô mad es . A p ólvor a d o s c a -
nhõ es d es armo u a s ua rap i d ez , a s c i vi l i z aç õ es g a n h a r a m , ai nd a antes d e a c a b a r 0
s é culo em P e qu im e e m Mosc ou , em D e lh i e e m Te e r ã (d e p o i s d o g ra n d e
XVIII,
a fic a r e m c a s a , p a re c e m a g o ra 0
al erta afeg ão ). O s nô mad es , c o nd enad o s que s ão ,
humani d ad es p o s tas
p o b re s
n o s eu lu g a r q ue to mam a s i tuaç ão c o mo fato c o n s u -
e

m a d o. Tr a ta -se , em s u m a , d e u m c a s o exc ep c i o nal , d e um lon g o p aras i ti s mo ,


que

i rremed i avel mente e n c on tr a 0 s eu fim . Qu a se u m c a s o a b e r r a n te , a d e s p e i t o d a


s ua

eno rme res s o nânc i a.

Co nq uista
d e es p aç o s

A reg ra g eral , g a n h a r e m . Ga n h a m d a s" c u l-


al i ás , é a s c iviliza ç õe s jog a r e m e

tu r a s" ; g a n h a m d o s p ovos prim itivos; g a n h a m ta m b é m d o es p aç o va zio. N e s t e úl -


tim o c as o , O m e lh or p a r a el as , tê m d e c on str u ir tud o , m a s é a g rand e o p o rtuni d ad e
d o s euro p eus e m tres qu a r tos d o es p aç o a m e r ic a n o, d os rus s o s na S i b éri a, dos i n-

g l e s e s na Au str á lia e na No va Ze lâ n d ia . Q uantas op or tu n id a d e s te r ia h a v i d o p a ra


o s b ranc o s s e , na Áfric a austral, d ia n te d os b ôe r e s e d os i ng l es es , não ti ves s e s u rg i -
do a for g a do s n e g r os!
No Br a sil, p or tu g u ê s ap arec e, e 0 in d io prim itivo r e tr a i-se : c e d e 0 s e u l ug ar.
O
É q uas e 0 va zio 0 qu e a s b a n d e ir a s p a u lista s e n xa m e ia m . Em m e n o s d e u m s éc ul o
o s a ve n tu r e ir os d e S ão Paulo , à p r oc u r a d e e sc r a vos, d e p ed ras p rec i o s as e d e ouro,

p e r c or r e r a m , s em 0 to mar, m e ta d e d o c on tin e n te su l-a m e r ic a n o, d o Rio d e la Pla ta


ao Am a zon a s e ao s An d e s. Nã o e nco ntraram res i s tênc i a antes d e o s j es ui tas terem
c om titu ld o as s u a s res ervas in d ia s e o s p amstas a s te r e m p mad o d es averg o nhad mrente-
O
p ro c es s o t 0 m e sm o p a r a 0 fr a n c ê s ou p a r a 0 in g lê s n a Am é r ic a s etentri o nal ,
c hi -
para 0 e sp a n h ol n o Mé xico d e sé Ftic o d o No rte d iante d os ra ro s e rud es i n d i o s
c hi mec as . Contra e l e s
p r osse g u e , p e lo sé c u lo XVII
ad e ntro , u n ia s i s temi i ti c a
ca qa

ao e s o b re t u d o
h om e m , s ão ac o s s ad o s c om o"anim ais
se lvag e ns". Na Ar g e n tin a
no Chile , a s c o i s as do v enc ed o r p e l o
se r ã o m a is d ifice is, p ois 0 ind io a p r e e n d e u

X_
82
e
6 - _Sa.

-_que

.
一一 .

一 ..




..

一 ...
a t é 0 i ni c i o do
coriá ce os
ad vers ári o s
o s a ra u c a n o s vi rã o
a ser
c a va l o , e
meno s 0 venc er.
é a d i s tânc i a q u e fa l t a
m a s de e s pa ço. L o g o à p arti d a,
ani q ui l ad o s ),
(s e rã o U ni d o s
o e s t e n o s Es tad o s
c arro ç as d a marc ha p a ra
i b é ri c a o u as

mula s d a Améri c a
d e c o l o ni z a-
q u e foi l evand o até uma fre n t e
s ile ncios a
de s ta c o n q u i s ta
ferrmentas
d emas i ad o p o uc o n u m e ro s o s p a ra
o s h o m e n s s ão
rec o meç a d o z e ro ;
longfnqua s ,
a o rd em. A fro ntei ra, p o rém, d e s l i z o u já
de pois e s t a b e l e c e -s e
d u ra a l g u m t e m p o ,
0 ro manti s mo de F.J. Tu r n e r vi a o ntem

vi s ó ri a s . t essa a mo vi ng fr on tie r e m q ue
d a g ra n d e
fa c i l i d a d e s s ã o tamb ém
as
e s ta s
nu, o u q u a s e nu,
Co nq ui s ta d o e s pa ço
S i b éri a. S urg em
ap o d erar-s e d a
a n o s s e u s c aval o s c o ns eg uem viá -
Cres c em c i d a d e s , fo rtal ez as , e s ta çõe s
e cos s a cos ga lope
m a s l o g o s e q ueb ram. O k o ts k em
vi va s re s is tê ncia s , em 15 8 7,
c aval o s e trenó s ( Tob olsk
m u d a s p ara os c a rro s ,
ria s , ponte s ,
d o l a g o Ba ika l, e m 16 52).
P a r a u m méd i c o d o exér-
I rk uts k i , n a s i m e d i a ç õ e s
164 8, em 1776 , s ã o es g o tantes etap as a
s ufço d e o ri g em, a S i b éri a, ai nd a
cito rus s o2 2 3,
0 ab ri g o nec es s ári o ;
há q ue ati ng i r 0 fo rte o u a c i d ad e,
c a va l o n o termo d a s q u a i s
d e c heg ad a arri s c a-s e a fic ar
d e trenó q u e e r r a 0 s e u p on to
n o i nverno , O m e rc a d o r a s s uas m e r c a -
na neve c o m 0 s e u p e s s o a l , os s e u s ani mai s ,
s e p u l t a d o p ara s emp re
s i s tema viá r io e u r b a n o. O val e d o mur
doria s . Lentamente, vai -s e i ns tal and o u m no
d e Ka m tc h a tka rec o nhec i d a em 16 9 6 ,
é a t i n g i d o em 16 4 3 , a i mens a p eni ns ul a
0 Al as c a, o nd e o s c o l o no s s e im p la n -
s é culo s e guinte d e s c o b ri d o re s ru s s o s ati ng em
frág ei s , mas ad mi rávei s .
tam a p arti r d e 179 9 . S ã o to mad as d e p o s i ç ã o ráp i d as ,
i ns tal a em Okotsk,
Em 172 6 , B ehri ng , q u e , p ara a s s u a s vi ag ens d e d es c o b erta, s e

c i d ad e. Em 1719 , J o hn B el l
s ó e n c o n t ra a l g u m a s fami l i as rus s as na c i d ad el a d es ta
s e i s d i as não vê nem ca s a s ,
vi aj a pe la S i b é ri a p o r uma es trad a p ri nc i p al e "d urante
nem h a b i t a n t e s " 2 2 4 .

and o as m ltu r a s
i s tem

Tu d o sec o mp l i c a e a toa d a já não é a m e sm a qu a n d o 0 a va n ç o não é fei to


0 vaz i o . N ão h á c o nfus ão
p o s s í vel , a d es p ei to d o a fin c o d o s c o mp arati s tas ,
s obre

e n t re a cé le bre a
" c o l o ni z aç ão g e r m â n ic a " d os p a í s e s d e Le ste , a Ostsie d lu n g , e
g e s t a d a fro ntei ra ameri c ana. En tr e 0 s éc ul o e 0 s éc ul o XII a té me s mo n o XIII,
s é culo XIV, c o l o no s d a Ge r m â n ia em s enti d o l ato ( m u ita s ve z e s d a Lor e n a e
os

d o s P a fs e s
B ai xo s )i ns tal am-s e a le s te d o Elb a, g raç as a c o mp l ac ênc i as p o l i ti c as o u
e
S o c i a i s , a vi o l ê n c i a s
tamb ém. Os rec ém-c heg ad o s p la n ta m a s s u a s al d ei as no mei o
d¢ va s t o s
flo res tai s , a lln h a m a s s uas c a s a s ao lon g o d a s es trad as , in tr od u -
a b a te s
zem
p ro vavel mente p es ad m c harruas c o m a q ue im -
rel ha d e fe r r o, c ri am c i d ad es
Põe m, tal c om o 4 8 c i d a d e s a c on tin e n -
es l avaa, O d lr e lto al emão , O d e Ma 8 d e b u r g o,
84
p es o d o n t i m e
ta l, o u 0 d e L i 1b e c k, a n tn r ftlm n . Tr a ta -se dc l l m mo vi mento I mens o .
M a s e s t a CO-
faz -s e no i nteri o r d c t l m p o vo a m e n t o
lo niz aqao c s l a vo Já I ns tal ad o , numa re d e
m r r a d n . c hnmnd n n re s is tit· a o s mai s
o u n le n os rec ém-c heg ad o s , a fe c h a r-s e p o r ne ce s s i-
e l e s . É s o rte
d a d e s o b re po uca d a G ermâni a t e r-s e
fo rmad o t a rd e e s ó ter i n i c i a d o
s t i a m a n h a p a ra le s te d e p o i s d e o s p o vo s e s la vos s e terem
i n s t a l a d o , l i g a d o à te r -
nas c i d a d e s (a s e s ca va çõe s
ra , c ri a d o a p o i o lá e s tã o p a ra 0
c o mp ro var) mai s s o l i d a -
mente d o q ue e ra c o s tume d i z e r-s e 2 2 5 .
É 0 q u e s e rep eti rá a p ro p ó s i to d a exp ans ão ru s s a ,
j á n ã o p a ra a S i b éri a q u a s e
vaz i a, mas , no mes mo s é culo XVI, p a ra os ri o s m e ri d i o n a i s 2 2 6 , Vo l g a, D on ,
Dni es tr, exp ans ão marc ad a tamb ém p o r uma c o l o ni z aç ão c a m p o n e s a l i vre d e pe ia s .
Entre 0 Volg a e 0 mar Ne g r o, a e s t e p e j á não é o c up ad a de for m a c e rra d a , m a s
a p o vo s
s e rve de p erc urs o nô mad es , o s n o g a i s e o s tártaro s d a Cri méi a. C a va l e i ro s
tm ive is, s ã o a vang uard a d o Is 1ã e d o vas to I mp éri o turc o
q u e os a p ó i a e q u e , q u a n -
d o c o nvém, os m a n d a avanç ar; c heg o u mes mo a s al vá-l o s dos rus s o s fo rnec end o -
lhe s a s armas d e fo g o q u e h a via m fal tad o a o s de fe ris ore s dos k hanats de K az an
e As trak han227. N ã o s ão , p or ta n to. Ad vers ári o s a d es p rez ar. Em i nc urs õ es . o s tá, -

t a ro s vão a t é a s re g i õ e s p r óxim a s d a Tr a n silvâ n ia , d a H ung ri a, d a P o l ô ni a, d a M o s -


c ó vi a , q ue d evas tam c r u e lm e n te . Em 1572, uma da s s u a s incurs õe s to ma M o s c o u .
I nfind avel mente, p ri s i o nei ro s e s l a vo s (rus s os e
polone s e s ) s ã o vend i d o s c o mo e s -
c ravo s pe los tártaro s no merc ad o d e Ista m b u l. S ab e-s e t a m b é m q u e , e m 16 9 6 , P e -
d ro , O Gr m d e , fa lh a va n a s ua te n ta tiva d e ab rir"uma ja n e la " sob r e 0 mar N eg ro ,
e 0 fra ca s s o s ó c e m a n o s mai s tard e s erá rep arad o p o r Catari na II.
M a s o s tártaro s
n ã o s ã o el i mi nad o s . Fi c am l á até a S eg und a Gu e r r a M und i al .
Más, a c o l o ni z aç ão d o s c a mpo n e s e s ru s s o s s eri a i mp ens ável s e m p ra ç a s fo rtes

e "marcas"militare s e s em a aj ud a fo ra-d a-l ei q u e s ã o o s c o s s a c o s . Caval ei -


de s s e s

ros , s ão c a p a z e s d e r ip osta r a u m ad vers ári o d e e xtr e m a mo b i l i d ad e; b arq uei ro s ,


d e s c e m e s o b em o s ri o s , le va m a s s uas b arc as d e um c a n a l flu via l p a ra o u t ro ; e i s
q u e 8 0 0 de le s vê m d e Ta n a is (c erc a d e 16 9 0 ) e l anç am a s s ua s c a n o a s a o Volg a em
p e rs e g u i ç ã o d os" tá r ta r os calmuq ue s..."; mari nhei ro s , o s s e us b a rc o s s o b rec arre-
ga dos d e vel as p ir a te ia m no m a r d o Nor te d e s d e 0 fim d o s é culo XVI 228 , A R1is s ia

mo d erna, d e s t e la d o, não s e c on str u iu po is s o b re táb ua ra s a , as s i m c o mo n ã o s erá


o u p ara 0 T ur-
s e m es fo rç o nem s urp res as q ue el a há d e a va n ç a r p ara 0 Cáuc as o
q u e s t ã o , no s éc ul o XIX,
uma vez mai s e m fac e d o I s l ã.
mai s não fo s s e
Ou tr os exemp l o s p o d eri am s u s t e n t a r a n o s s a exp l i c aç ão , q uand o
a ta r d a e efêmera c o l o ni z aç ão d a África N eg ra pe la s p o tênc i as euro p éi as d d s é culo
XIX o u a c o nq ui s ta d o Mé xic o e d o P e r u p e l o s es p anhó i s : e s t a s c i vi l i z a ç õ e s frág ei s ,
a b e m d i z er c u ltu r a s, r u fr a m p erante um p unhad o d e ho mens . M as atual mente e s -

s e s p a fs e s volta m a s e r fn d ios o u a fr ic a n os.


a s ua maturi d ad e, O s e u
U m a c u ltu r a é uma c i vi l i z aç ão q ue ai nd a não ati ng i u
e a es p era p o d e s e r l o n-
ó ti mo , nem as s eg uro u 0 s eu c res c i mento . En qu a n to es p era,
d e mi l e uma manei ras , O q ue é natural ,
g a , a s c i vi l i z aç õ es vizin h a s e xp lor a m -n a ,
d a s c o s tas d o g o l fo d a G ui né
q uand o n a o ju sto, Re p or te -se 0 le itor a e s s e c o mérc i o
q ue n m é fa m ilia r a p artir d o s éc ul o XIX.
É 0 exemp l o ti p i c o d e s t a s exp l o raç õ es
de
d o o c eano fn d ic o. os c afres
ec o nb ml c aa d e q ue a h istór ia es ti l c hei a, N o litor a l
fal am é p o rq ue tem med o q ue
os

M o ç amb l q uc g arantem q ue s e os m a c a c os" n ã o d e c o mp rar c hi tas ,


tem a d es g raç a d e fa la r,
p o nham a trab al har" 229 , p or qu e e l e s m u lto s i m p l e s , N ão
0 me s mo ,
d ¢ vend er ou r o em
PÓ... O J o g o U o s for te s é s emp re
a 0 é
ge- tê m
Cri- t eve

e obs-
Te ve nova Tu -
1945.
inicio signo

0
que que papel

da 0 0
e x a ta -
te a tro . b ru to . tro c a s
f anf ar -

de
c o l o n i- p a rte s )

o u tra :
Pal assy,
de de
D ur ant e

esqueça-
re c u p e ra -

um a
fá c il

selvagens
s ob m ais
às
e
s e m ma s
Pl assey peso

de

economias
ór bit a.

excetuarmos
ve z e s

Nã o
dá de

Processam-se
a p a re c e r, sobr e
XIII. se
a depois

imediatamente
d ive rs a s

tá rta ro s sua
c a p ita l is ta .
d ra m a s
m el hor , Mas m a rc a rá
s u a s
venezianos
mercados"colo-
est ar ,
ou
na
c e n á rio s

os as
os am pl a
inicio
ou 0 c u l tu ra s

e
m u ita s

s u a s

XIX, h oje ,
acontecimentos:
esquecermos
me l h o r D ig a m o s ,
sécul o

séculos.
re g u l a re s ,
cadeia,
fo i a de
esses
pl ano das
X I; d u ra ç ã o .

vo l ta m são
sem
par a c o mo S e
do (n a s

inteiramente
no em d os (re l ig io s a )

ugados
( 1757) , sua

a
el es
a té Pl assey, sécul o

e
vo l ta g e m

e s tá
Is lã
qualidades.
g ra n d e s
(1 8 4 0 -1 8 4 2 )
l evar
s ubj
O de

escravos
c a e m

sécul o

0
produzem-se
no
fo r
a n te s p o rq u e

os h o me n s l ongo re s p e ito ,
e x p l o ra m
qu e
já s i, suas d ia ,
não
c u l tu ra l

explicações
Pl assey
Ópio ao s e u s

p od e
exploração
excepcional.
d os
colonizada
m o d e rn a
seu
as

constantes.
vivem
qu a l
de
c o n vé m

desde
Nã o
do fn d ia ,
os
a
b e lo
a s u a s
s e n tid o
e s ta
ent r e
al t ur a, dizer que

a
s u a s

s e ja
chineses
ol hos
China, m d ife re n ç a s s e m
vit ór ia
descolonizações
p o u c o

das
a ta l p o l ftic a ,
Afastamo-los
que

a de
me l h o r
t iver am as
ingl esa das
reconhecem
a n d o rin h a , int eir o.
aos
tã o Guer r a
China,
c ivl im ç ã o

per dem l onge,


em um a se
a um a
Zanzibar , de que fa l a rm o s , m a te ria l .
completamente,
c o m
par a

de
a d e l e iro s
pal avr a af social , ao
e
u ma

D epois,

e
d e fro n ta m

U ma sido qu e e p is ó d io s ,

vit ór ia mu n d o f or ças, nao


se
ta m b é m
vid a
af Mas
de
da 0
d e s p re z a r. tro c a s

ninhos
m e d id a

invent iva,
a é a b s u rd a

de um a
se
da
e a
c o s ta

paf ses,
na t enha

na
é
incompreensfvel
ainda. Bu s s y
expressão
n a u fra g o u

d os
simplificado,
par a

a
d e va g a r.

e
encontra
p a is a g e m

e p re s s õ e s

e s s e s . jog o d os

p o u c o
(é depois ou a s p e c to s e m p re
p ró p ria s
China, e
0
c o mo
saiu Is lã ,
a
independência
m ais
b u fa rin h e iro s bal ança
um a as

E
c ivl iz a ç õ e s
s u a s

Ar abes tã o
retrospectivamente,
de im ensas, dest ino t eve
Cal cut á, sua
a d ve rs á rio s
ao ou
as n ã o fn d ia na
a Ou
a fi rm o -O ,
m a te ria l Eur opa
de"desigualdade"
sim pl es

A
me s mo

das
e
da Assim t oda
D upl eix que,
p re c io s a s
são I n g l a te ra
est e

fo i, a at ual
vid a pesa

É
at ual

c ivl iz a ç õ e s
não
da qu e sécul o Quant o
is to n ü m e ro

A um a
contradizem
quando d e p re s s a

Todo 0 a
tumultuosas
e x e m p l o ),

par a m im er o, i88o
niercndores
u s u rá rio s ,
g u e ra ,
um
desvanece.
tra g é d ia
Tur quia,
os m a d e ira s de niais" e p or m eias m éia)
c ivta ç õ e s

mu n d o a er a per t o r onar , de zada. a ções m a is do Mas mo s . m e n te da se qu e do


conseqüências
seqüência.
recuperaram
desiguais.
Submetidas.
C ivl iz a ç õ e s
cont r a 86
n itm e ro

nos
tã o ire - m e-
do mu n -

XVI I I .

que
c a p ita -
0 que
s o c ie d a -

p rim e iro
e s tã o

peso ainda do
e
O um
dada
século
0 d ivd e m

dar e
coletivos
u ma

c o tid ia n a ,
classificação
XV de
p a ra
econômica
vida
m a te ria l , u ma
encontraremos
seio

vida
sua

0
século
no Qu e vida
da
a
personagens
n ü m e ro
at ual .

ant e os
do
segundo
e n tre
que
g ru p o s

que,
do
seguem.
mu n d o

gl obo,
se
do
excelências
s e rvim o s
do
mu n d o ,

às a tra s a d a s ,

que
massas
d ú vid a

do d ife re n te s

nos

os
s e m

r egiões
que

p á g in a s e d ra m á tic a
dimensão
g ra n d e s

à
consasrado
em das
q u a n to
diferenciado
d ig a m o s
realidade
l ongo

vo l u m e , a
violentamente
a rm a d a s ao
d e s tin o
desenvolvidas
apresentam,
d ivd ira m -s e

m ais
do se

a
conclusão,
segundo fa m il ia r

r egiões
q u e ,

Em e n c o n tra r no
Assim
h o me n s
em

panof am Os de. m os I hor l ism o do


desigualmente
to rn o u
N u l o origina l: CIVILIS ATIONM ATÉR I ELLE, ÉCONOMIE ET
C AP I T AL I S M E -To m e I-Le s S tructure s (iu Qtlot idie rt.
Copyright@Libra irie Annand Co l i n.Pa ris . 19 79 .
Cop yr ig h t@ 19 9Liura
5 , ria M a rt i n s Fonte s Editora Ltda .'
S iio Pa ulo, pa ra n pre s e nte e diqã o.

l a ed i q ão
1995

3a tira ge m
2 005

Tra duqã o
TELM A C O S T A

Ada pta qã o e pre pa ra qâ o d o or ig in a l


S ilua na Co b uc cLei ite
R e vi s õ e sgrá fica s
M nurfc i oBnttha z a r Le a l
Flora M a ri a de Ca mpos Fe rna nde s

Produçã o grá fica


G e ra ldo Aide s

Da dos Inte rna ciom a is d e C a t a l o g a ç ãnoa (m)


Phblimqã o
(C â m a raBra s ile ira d o L i m , s e B ras i l )
Br a u d e l,
Fernand , 19 0 2-19 8 5
Civiliz a qã o materi al , ec o no mi ae ca pita lis mo s é m o s XV-
xvui /Fernand Bra ude l; tra duqã o T e l m a Co s ta.-S fio P a u l o :
M a rt i n s Fonte s , 19 9 5 .

7í mo origina l: c i m s a t i o n ma té rie lle , éc o no mi ee t c a p i t a -


lis me .
O b ra e m 3 vo l umes
Con te ú d o:V. 1. As e s t ru t u ra s d ocotidia no: 0 p o s s fve l e 0

i mp o s s í vel
I S B N 85-336-04 2 8-9

1. C a p i t a l i s m o -H i s t ó ri a 2 . Ci vi l i z aq ão -H i s tó ri a 3 . H i s t ó -
ria ec o nô mi c aI . T lmlo .

95-2 574 C D D 909

In d ic e sp a ra c atál o 8 os i s t e m á t i c o :
1. Ci vi l i z aq ão :H i s t ó ri a 909

Todos d e s t a e diqã o
₩ ra res emd o s
os dire itos a à
l i ng ua portugue s a
Liu r a r ia Ma r tin s Fo ntes Ed i to ra Ltd a .
R ua Cons e lhe iro Ra ma lho, 3 3 0 0 13 25-0 0 0 s i i o Ptrulo SP Bra s il

Te l, (11) 3 2 4 1, 3 6 77 Fax (11)3 10 1.10 42


l n j o @ m a rt i n e fo n t e s .Eomb, r h t t p ://wt F w.T n a rt i n s l o n t e s .c o m .B r
e -m a l l :

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