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4 Anos
Praia
Março de 2016
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UNIVERSIDADE DE CABO VERDE – Uni-CV
REITORIA
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Índice
1. Enquadramento e justificação....................................................................................................................................................... 3
2. Perfil de Acesso............................................................................................................................................................................ 3
3. Relevância Académica e Social do Curso..................................................................................................................................... 3
4. Área de conhecimento das ciências sociais.................................................................................................................................. 4
5. Perfil de competências gerais do diplomado em ciências sociais................................................................................................. 4
5.1 Competências e habilidades teórico-conceituais................................................................................................................... 5
5.2 Competências e habilidades metodológicas e instrumentais................................................................................................. 6
5.3 Competências específicas por percurso................................................................................................................................ 6
5.3.1 Competências específicas em Sociologia........................................................................................................................... 6
5.3.2 Competências específicas em Ciência Política.................................................................................................................. 6
5.3.3 Competências específicas em Antropologia....................................................................................................................... 7
6. Princípios de organização da estrutura curricular do curso.......................................................................................................... 7
7. Actividades de formação complementares.................................................................................................................................... 7
8. Relevância Social e Empregabilidade/Saídas profissionais.......................................................................................................... 8
9. Estratégias de ensino................................................................................................................................................................... 8
10. Recursos pedagógicos................................................................................................................................................................ 8
11. Sistema de Avaliação.................................................................................................................................................................. 9
12. Plano de Estudos........................................................................................................................................................................ 9
12.1 Tronco Comum.................................................................................................................................................................... 9
12.2 Percurso em Ciência Política............................................................................................................................................. 10
12.3 Percurso em Sociologia..................................................................................................................................................... 11
12.4 Percurso Antropologia........................................................................................................................................................ 12
12.5 Profissionalização para o ensino....................................................................................................................................... 14
13. Memória Descritiva................................................................................................................................................................... 15
13.1. Tronco Comum................................................................................................................................................................. 15
13.2 Percurso em Ciência Política (Unidades curriculares obrigatórias)...................................................................................27
13.3 Percurso em Sociologia: (Unidades curriculares obrigatórias)........................................................................................... 31
13.4 Percurso em Antropologia: (Unidades curriculares obrigatórias).......................................................................................36
13.5 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Ciência Política........................................................................................41
13.6 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Sociologia................................................................................................46
13.7 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Antropologia............................................................................................. 52
13.8 Unidades curriculares Profissionalização para o ensino.................................................................................................... 56
Nota explicativa............................................................................................................................................................................... 59
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1. Enquadramento O curso de Ciência Sociais, nos termos estatutários, pertence a área científica de Ciências
e justificação Sociais, Humanas e Artes da Universidade de Cabo Verde e pode ser definido como “Um
conjunto de Unidades Curriculares que tentam de forma objectiva estudar os sistemas e
estruturas sociais, os processos políticos e económicos, as interacções de grupos ou
indivíduos diferentes com a finalidade de fundamentar um corpus de conhecimento possível de
verificação” (Dicionário de Ciências Sociais: 1987). As ciências sociais cobrem uma vasta área
científica relacionadas fundamentalmente com áreas com a sociologia, a antropologia e a
ciência política e complementarmente com a filosofia, história e economia. O seu surgimento e
desenvolvimento estão associados à emergência das contradições que matizaram a
modernização da sociedade ocidental com a emergência da industrialização e da sociedade de
massa e ao florescimento das contribuições científicas resultantes do pensamento iluminista.
A natureza diversificada do curso de Ciências Sociais é o resultado da relação reflexiva
histórica entre o sujeito (o estudioso) e objecto (a sociedade e seus valores) que tipicamente
caracteriza o campo das Ciências Humanas. Deste modo, desde o início a área foi constituída
por diversos paradigmas e modelos de análise que competem e se complementam entre si.
Esta particularidade do curso de ciências sociais viceja nas mais diversas instituições
universitárias, sendo que, as suas três grandes áreas de especialização contam com
associações científicas internacionais e nacionais de prestígio que promovem congressos e
outros eventos e são responsáveis por revistas e outras publicações especializadas.
O plano de estudos do curso de graduação em ciências sociais é concebido de forma a
potenciar nos estudantes o desenvolvimento de competências teórico-metodológicas e
instrumentais de modo a favorecer uma estreita articulação com os cursos de pós-graduação
nas suas múltiplas dimensões. Tal articulação far-se-á quer a nível de especialização,
mediante o reforço de capacidades técnicas em domínios específicos de acção e intervenção
social, quer a nível de mestrados e doutoramentos através da reflexão e análise aprofundadas
sobre temáticas que integram as linhas de investigação da área das ciências sociais e afins.
2. Perfil de Estudantes com 12ª Ano ou equivalente nos termos da legislação vigente. Área Humanística
Acesso ou Económico-social.
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4. Área de O curso de graduação em Ciências Sociais pretende formar profissionais com elevado padrão
conhecimento de qualificação teórico-metodológico e instrumental, visando fomentar nos estudantes o
das ciências desenvolvimento da autonomia intelectual e capacidade analítica necessária ao desempenho
sociais das suas actividades profissionais.
O cientista social estuda a sociedade do ponto de vista sociológico, antropológico e político,
tendo algumas linhas teóricas de fronteiras comuns, diferenciando entretanto em termos de
método e de objecto de estudo. Assim, a Sociologia tem como foco actividades direccionas
para o estudo das causas explicativas dos fenómenos sociais com ênfase em modelos e
paradigmas de análise assentes nas tradições teóricas tanto de cunho macroestrutural como
microestrutural. O seu campo de actuação abarca um leque variado de temáticas como
comunidade (rural e urbana), classe social, trabalho, status, religião, ideologia, etc. Por seu lado
a Antropologia tem como foco principal de suas acções o estudo dos fenómenos sociais
através da análise das relações simbólicas de ordem cultural que permitiriam apreender a sua
inteligibilidade no âmbito dos contextos diversos de sua manifestação. Tem como principais
áreas de actuação tanto a etnologia quanto o estudo de grupos populacionais específicos no
contexto da sociedade moderna e contemporânea, de acordo com recortes teórico-
metodológicos. A Ciência Política por sua vez tem suas actividades viradas para o estudo do
Estado e do poder, tendo como foco (e especializações) as instituições (governo, legislativo,
partidos, regras institucionais), o comportamento político (eleições, opinião pública), ideias
políticas (ideologia e cultura política), bem como as relações internacionais e a política
comparada.
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5. Perfil de De uma forma sintética, podem-se distinguir dois tipos de competências e habilidades gerais
competências que o curso almeja desenvolver nos estudantes: a) capacidade crítica de carácter teórico-
gerais do e conceitual; e b) capacidades de carácter metodológico e/ou instrumental . Essa dupla
diplomado em capacitação, que visa desenvolver não somente habilidades de raciocínio analítico, sintético,
ciências sociais interpretativo ou especulativo sistemático, mas também articulá-las com questões de interesse
político, social e cultural, são detalhadas a seguir.
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5.1 As competências teórico-conceituais compreendem capacidades analíticas, interpretativas,
Competências e argumentativas e discursivas, cuja apropriação se dá através da formação teórica nas
habilidades disciplinas clássicas e contemporâneas da Sociologia, Antropologia, e Política, às quais se
teórico- soma a contribuição de outras áreas de conhecimento afins e conexas como a História, a
conceituais Filosofia, a Economia, o Direito. De uma forma mais específica, a formação teórico-conceitual
deve permitir ao estudante:
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5.3.2 Domínio dos principais conceitos e abordagens teóricas da Ciência Política clássica
Competências e contemporânea;
específicas em Compreensão das principais abordagens sobre a natureza da acção política,
Ciência Política configuração do Estado, dos partidos, sistemas eleitorais, dos regimes políticos;
Domínio dos fundamentos e aplicações das principais estratégias, métodos e
técnicas da investigação em ciência política
Domínio de saberes aplicáveis nas áreas da assessoria política, análise de políticas
públicas
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6. Princípios de O curso de ciências sociais está estruturado de forma a comportar dois grandes grupos de
organização da conhecimento. O primeiro grupo integra o tronco comum, abarcando um conjunto de Unidades
estrutura Curriculares de formação teórica geral nas áreas disciplinares nucleares da Antropologia,
curricular do Ciência Política e Sociologia, um leque de unidades curriculares de índole metodológica que
curso enfatizam métodos e técnicas de investigação, e complementada com algumas unidades
curriculares de natureza geral nas áreas da história, economia, direito, psicologia e línguas
estrangeiras.
O segundo grupo de conhecimentos integra um leque variado de unidades curriculares
específicas a cada um dos percursos de especialização do curso (Sociologia, Antropologia e
Ciência Política), que visa consolidar quer a formação teórico-conceitual com a metodológica
e instrumental.
7. Actividades de A par dos grandes grupos de conhecimentos, o curso de ciências sociais propõe-se a integrar
formação um conjunto de actividades complementares com o objectivo de proporcionar os estudantes
complementares uma formação complementar em diversos saberes que, directa ou indirectamente, se
articulam com as competências e habilidades esperadas de um cientista social. Estas
actividades podem estar vinculadas quer as linhas de investigação desenvolvidas pelos
docentes vinculados ao curso de Ciências Sociais e ao Programa de Pós-Graduação, quer a
actividades efectuadas por outros docentes/investigadores e/ou especialistas que integram a
rede de parcerias científicas, interna e externa, do curso de ciências sociais.
As actividades de formação complementar podem ser realizadas sob a forma de participação
nos centros, núcleos e grupos de investigação, bem como as relacionadas com os seminários,
conferências, palestras, colóquios.
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8. Relevância O cientista social formado no DCSH da Universidade de Cabo Verde deve adquirir um conjunto
Social e de competências que o habilite a desempenhar as mais diversas actividades profissionais quer
Empregabilidade/S no âmbito da academia, do Estado, do mercado ou do chamado Terceiro Sector, que requeiram
aídas profissionais capacidade de questionamento crítico; de observação e análise de tendências sociais; de
formulação de diagnósticos, directrizes, propostas e cenários prospectivos, bem como
estratégias de planeamento e gestão, envolvendo problemas de relevante interesse político,
social, científico e cultural.
Numa perspectiva holística, o curso de ciências sociais deve ter em vista facultar aos
estudantes uma dupla formação, envolvendo os seguintes dimensões: i) a Formação para a
investigação, visando fornecer-lhes fundamentação e treinamento teórico-metodológico para
actuarem em actividades de investigação, seja na carreira académica ou fora dela, como
agentes produtores, divulgadores e debatedores de novos conhecimentos no âmbito das
ciências sociais e de áreas afins); ii) Formação direccionada para o Mercado de Trabalho,
visando desenvolver competências reflexivas, analíticas e técnico-instrumentais, valorizadas
em diferentes áreas do mercado laboral, como planeamento de políticas públicas; serviços de
consultoria e assessoria junto a organizações governamentais e não-governamentais, partidos
políticos, movimentos sociais, sindicais e similares, bem como para a área do ensino, visando o
desenvolvimento de competências didáctico-pedagógicas.
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10. Recursos O desenvolvimento de competências teórico-conceitual e metodológicas e instrumental requer a
pedagógicos existência de um leque variado de recursos pedagógicos para a sua efectivação, a saber.
11. Sistema de A avaliação de conhecimentos tem carácter individual e/ou em grupo e efectua-se mediante a
Avaliação realização de trabalhos escritos, trabalhos finais, escritos e/ou orais, seminários e outros
trabalhos práticos. A avaliação será feita separadamente para cada uma das unidades
curriculares do curso e o resultado da avaliação será expresso na escala numérica de 0 a 20
valores, conforme o regulamento de graduação. Considera-se aprovado numa unidade
curricular o estudante cuja média ponderada das classificações nas avaliações igual ou
superior a 10 valores arredondados.
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Ver legenda na página 14
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2º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito
autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Teorias sociológicas contemporâneas I CHSA 3 1 60 75 5
Teorias antropológicas contemporâneas I CHSA 3 1 60 75 5
Teorias políticas contemporâneas I CHSA 3 1 60 75 5
Metodologia de investigação em CHSA 3 1 60 75 5
Ciências Sociais
Formação social cabo-verdiana CHSA 3 1 60 75 5
Inglês para Fins Específicos II CHSA 1 2 60 75 5
Total 360 450 30
Além das unidades curriculares obrigatórias o estudante deverá concluir sete unidades curriculares opcionais em função da
orientação a inserção imediata no mercado de trabalho ou para o prosseguimento de estudos de investigação.
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6º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito
autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Sociologia Política CHSA 2 2 60 75 5
Teoria Política das Relações CHSA 2 2 60 75 5
Internacionais
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30
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sociais
Sondagens e Estudos de mercado CHSA 2 2 60 75 5
Qualquer Unidade Curricular dos
percursos em Sociologia e Antropologia
Qualquer Unidade Curricular dos cursos
de História e Filosofia
Além das unidades curriculares obrigatórias o estudante deverá concluir sete unidades curriculares opcionais em função da
orientação a inserção imediata no mercado de trabalho ou para o prosseguimento de estudos de investigação.
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Estágio Técnico-científico ou Monografia CHSA 300 510 30
Total 300 510 30
Além das unidades curriculares obrigatórias o estudante deverá concluir sete unidades curriculares opcionais em função da
orientação a inserção imediata no mercado de trabalho ou para o prosseguimento de estudos de investigação.
16
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30
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Teoria e Desenvolvimento curricular CHSA 3 3 90 72 6
Teoria e Prática de Avaliação CHSA 3 3 90 72 6
Administração educacional escolar CHSA 90 72 6
Modelos e Práticas de investigação em CHSA 2 3 75 87 6
educação
Estágio Pedagógico CHSA 360 180 20
Trabalho de Fim de Curso CHSA 210 60 10
Total 1080 702 66
Legenda:
AD – Área Disciplinar;
CEJP – Ciências Económicas, Jurídicas e Políticas
CETE – Ciências Exactas, Tecnologias e Engenharias
CHSA – Ciências Humanas, Sociais e Artes
CHT – Carga horária total
CTS – Crédito
HEA – Horas de Estudo Acompanhado
P – Componente Prática;
T – Componente Teórica;
TP – Componente Teórico-prática;
Obs. Uma unidade de crédito corresponde a 27 horas de trabalho.
Primeiro Semestre
Bibliográfica básica Nunes, A. S (2001). Questões Preliminares sobre as Ciências Sociais , Lisboa,
Editorial Presença.
Barara, Óscar Soares (2002). Introdução às Ciências Sociais, Lisboa, Bertrand
Editora.
Castel, Robert (1998). As metamorfoses da questão social, Petrópolis, Vozes
18
Objectivos Dar a conhecer os principais contributos dos clássicos no tocante à
emergência e desenvolvimento da sociologia, como um campo de
saber autónomo.
Bibliográfica básica Durkheim, Émile (1999). Da divisão do trabalho social, São Paulo: Martins
Fontes.
Durkheim, Émile (1999). O Suicido, Lisboa: Presença.
Marx, Karl (1996). O Capital, São Paulo: Nova Cultural.
Weber, Max (2004). A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo , São
Paulo: Companhia das Letras.
19
Lisboa, Edições 70.
Bibliográfica básica Locke, John. (1974). Segundo Tratado sobre Governo Civil. São Paulo, Abril
Cultural.
Maquiavel, Nicolau. (1999). O Príncipe. São Paulo, Ed. Nova Cultural, Col. Os
Pensadores.
Montesquieu, Charles de (1973). O Espírito das Leis. São Paulo, Abril Cultural,
Col. Os Pensadores.
Rousseau, J. J. (1978). “O Contrato Social”, in Rousseau. São Paulo, Abril
Cultural.
Tocqueville, Alexis de (1973). A Democracia na América. Abril Cultural.
20
Denominação da unidade curricular Inglês para fins específicos I
21
de Janeiro: Campus.
Segundo Semestre
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representação. Estudos culturais.
6. Debate anti-colonial e outros temas relevantes. A alteridade e produção de
conhecimento na antropologia.
7. O debate metodológico: circunscrição de objetivos, relação entre
pesquisadores e investigados.
8. Problema de autoria e alteridade etnográfica.
9. A etnografia como produção de conhecimento. O texto na experiência de
campo.
Bibliografia básica Douglas, Mary e Isherwood, Baron (2006). O Mundo dos Bens. Para uma
Antropologia do Consumo. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ.
Dumont, Louis (1985). O Individualismo. Rio de Janeiro, Rocco.
Geertz, Clifford (1978). A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro, Zahar
Editores.
Sahlins, Marshall. “A primeira sociedade da afluência” In: Carvalho, Edgar A.
(org.). Antropologia Econômica. São Paulo: Editora Ciência Humanas, 1978.
Turner, Victor (2008). Dramas, Campos e Metáforas. Ação Simbólica na
Sociedade Humana. Niterói, RJ, Editora da UFF.
Bibliografia básica Bobbio, Norberto (2004). O Futuro da Democracia. Rio de Janeiro: Paz e
Terra.
Engels, Friedrich (2012). A origem da Família, da Propriedade Privada e do
Estado; São Paulo, Centauro Editora 4ª ed.
Gramsci, António (1978). Maquiavel, a Política e o Estado Moderno. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira.
Lenine, Ilich (1983). Estado e Revolução. São Paulo: Editora Hucitec.
Poulantzas, Nicos (1986). Poder Político e Classes Sociais. São Paulo,
Martins Fontes.
Weber, Max. A Política como Vocação. In: Ciência e Política, Duas Vocações.
São Paulo: Editora Cultrix, 1996.
23
para a produção do conhecimento científico do domínio das Ciências
Sociais com enfoque para as áreas de Antropologia, Ciências
Política e Sociologia.
Bibliografia básica Borges, João C. F (2000). Território, Identidade e Memória. Acre: UACRE.
Carreira, António (1972). Formação e Extinção de uma Sociedade
Escravocrata (1460-1878). Lisboa: Centro de Estudos da Guiné Portuguesa,
1972.
Damatta, Robert (1980). Você tem Cultura? Rio de Janeiro: Olympus.
Lima, Mesquita (1964). Aspectos sociológicos da colonização. Lisboa: Centro
de Informação e Turismo de Angola.
Ribeiro, Orlando (1955). Primórdios da Ocupação das ilhas de Cabo Verde .
Lisboa: Imprensa Coimbra.
24
interesse pessoal;
Aumentar o vocabulário através do uso de pistas de contexto, bem
como conhecimento de partes de palavras;
Melhorar a expressão e compreensão oral e demonstrar a escuta
activa e crítica;
Descrever oralmente e por escrito experiências e eventos, sonhos,
esperanças e ambições, bem como dar breves razões e explicações
para opiniões e planos;
Reforçar e consolidar as competências orais escritas e da leitura.
Para uma melhor compreensão dos textos escritos e das práticas
orais
Conteúdos Este curso permitirá aos formandos tornarem-se conscientes da importância
da língua Inglesa em suas futuras actividades profissionais; no nível esperado,
ler e interpretar textos literários, da área específica, e de carácter técnico e
científico, bem como identificar a ideia central de um texto em inglês; construir
frases, parágrafos e textos, em inglês, utilizando as estruturas gramaticais
adequadas, analisar acontecimentos ou conjunto de situações-problema em
termos de causa e efeito e traduzir os mesmos acontecimentos em forma de
texto do inglês para o português;
Bibliografia básica Dignen, Bob, Finders, Steve & Sweeney, Simon (2004) For work and life
English 365. New York: Cambridge University Press.
Fürstenau, Eugênio. Novo dicionário de termos técnicos. Volumes 1 e 2,
Editora Globo, 24ª edição, 2005.
Michaelis Dicionário Prático Inglês: Inglês-Português/Português-Inglês.
Terceiro Semestre
Bibliografia básica Bourdieu, Pierre (1998). O Que Falar Quer Dizer. Lisboa, Difel.
Foucault, Michel (2000). Vigiar e Punir. História da Violência nas Prisões. R.J.
Vozes.
Giddens, Anthony (1995). As consequências da modernidade . Oeiras, Celta
Editora.
25
Horkheim, Max & Adorno, Theodor (1985). Dialética do Esclarecimento:
Fragmentos Filosóficos. R.J. Jorge Zahar Editora.
Marcuse, Herbert 1968. Eros e Civilização: uma interpretação filosófica do
pensamento de Freud. R.J. Zahar Editora.
Bibliografia básica Geertz, Clifford. “Estar lá: a antropologia e o cenário da escrita”. Obras e
Vidas: O Antropólogo como Autor, Rio de Janeiro, Edufrj, 2002.
Ortner, Sherry. “Uma Atualização da Teoria da Prática” e “Poder e projetos:
Reflexões sobre a Agência”. Grossi, Miriam Pillar et alii (Orgs.). Conferências
e Diálogos: Saberes e Práticas Antropológicas. Blumenau, Nova Letra, 2007.
Wagner, Roy (1981). A Invenção da Cultura. Chicago: The University of
Chicago Press.
26
Bibliografia básica Dalh, A. Robert (1996). Um Prefácio à Teoria Democrática, Rio de Janeiro,
Editora Zahar Editora.
Pateman, Carole (1992). Participação e Teoria Democrática, Rio de Janeiro,
Editora Paz e Terra.
Schumpeter, A. Joseph (1987). Capitalismo, Socialismo e Democracia, Rio de
Janeiro, Zahar Editora.
Bibliografia básica Da Silva, Cecília Moura (1994). Estatística Aplicada à Sociologia e às Ciências
Sociais, McGrau-Hill de Portugal.
Murteira, Bento e tal (2002). Introdução à Estatística , McGrau-Hill de Portugal,
2002.
Pestana, Maria; Gageiro, João (1998). Análise de Dados Para Ciências
Sociais: A Complementaridade do SPSS, Lisboa, Edições Sílabo.
27
Reis, Elizabeth (1991). Estatística Descritiva, Lisboa, Edições Sílabo.
Spiegel, Murray Ralph (1978). Probabilidade e Estatística, McGrau-Hill do
Brasil (tradução de Alfredo Alves de Faria).
Quarto Semestre
Bibliografia básica Hall, Stuart (2005). A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. DP&A Editora.
Said, Edward (2005). Cultura e Imperialismo. São Paulo: Cia das Letras.
Santos, B.S & Meneses, M. P. (Orgs). (2009). Epistemologias do Sul. Coimbra,
Almedina/CES.
Appiah, Kwami Anthony (1997), Na casa de meu pai: a África na filosofia da
cultura. Rio de Janeiro: Contraponto.
28
Objectivos Fornecer aos estudantes as bases teóricas na análise da
problemática da estratificação social.
Bibliografia básica Bourdieu, Pierre, (1930-2002). A Distinção Uma Crítica Social da Faculdade
do Juízo: História e Sociedade. Tradução de Pedro Elói Duarte, Edições 70
Ldª, Lisboa, 2010.
Furtado, Cláudio, (1997), Génese e Reprodução da Classe Dirigente em Cabo
Verde, Praia, Editora ICL.
Giddens, Anthony, (2005). Capitalismo Moderna Teoria Social, 6ª ed. Trad.
Maria do Carmo Cary, Lisboa, Editorial Presença.
Ianni, Octávio (1966). Teorias de Estratificação Social: Leituras de Sociologia ,
São Paulo, Companhia Editora Nacional.
Lukacs, Gyorgy e tal, (1966). Estrutura de Classe e Estratificação Social , Rio
de Janeiro, Zahar Editora.
29
Conteúdos 1. A natureza e métodos das ciências económicas e suas características.
2. O sistema de produção.
3. Divisão do trabalho.
4. Mercados e Preços.
5. Produção Mercantil simples e capitalista. Mercadoria, valor e preço.
6. A renda nacional como expressão da criação de valor.
7. Acumulação de capital e crescimento económico.
Bibliografia básica Denis, H. (1982). História do Pensamento Económico. 4. Ed. Livros Horizonte.
LIpsey, Richard e Chrystal, Alec (2004). Economics, 10th edition, Oxford
University Press.
Porto, Manuel Lopes (2003). Economia: Um Texto Introdutório, Coimbra,
Almedina.
Samuelson, Paul e Nordhaus, William (2001). Economics, Lisboa, McGraw-
Hill.
Smith, Adam (2006). A Riqueza das Nações. Lisboa, Calouste Gulbenkian, 4a
ed.
30
Conteúdos 1. Leitura e compreensão de textos científicos de especialidade;
2. Compreensão de diferentes textos orais e escritos sobre temas gerais;
3. Desenvolvimento de competências linguísticas para comunicar de maneira
formal;
4. Produção de um ensaio, resumo ou relatório de especialidade, da ordem de
250 a 300 palavras.
Bibliografia básica Abry D., Chalaron Ml., (2004) La grammaire des premiers temps 2 . Grenoble :
France. PUG.
Chevalier-Wixler D., Dayez Y., Lepage S., Riba P. (2006) Réussir le Delf :
Niveau B1 du Cadre européen commun de référence, Didier.
Descotes-Genon Ch., Morsel M-H., Richou Cl. (2006) L’exercisier, PUG.
31
Conteúdos Os conteúdos programáticos desta unidade curricular podem ser estruturados
nas seguintes unidades de aprendizagem:
1. Génese e desenvolvimento dos partidos;
2. Sistemas Partidários (Abordagens; Tipologias; Estruturas da competição
interpartidária; Institucionalização dos Sistemas Partidários;
3. Sistemas Eleitorais (Tipos e variedades dos sistemas eleitorais; Sistemas
eleitorais como instrumento político; Consequências políticas dos sistemas
eleitorais; Relação entre sistemas eleitorais e sistemas de partidos).
Bibliografia básica Duverger, Maurice (1970). Os Partidos Políticos. Brasília, Editora UNB.
Nicolau, Jairo M. (1999). Sistemas Eleitorais: Uma Introdução . Rio de Janeiro,
FGV.
Nohlen, Dieter (1993). Sistemas Electorales Y Partidos Políticos. Universidade
Nacional Autónoma do México. Fondo de Cultura Económica, México.
Panebianco, Ângelo (2005). Modelos de Partido: Organização e Poder nos
Partidos Políticos. São Paulo, Editora Martins Fontes.
Sartori, Giovanni (1982). Partidos e Sistemas partidários. Rio de Janeiro,
Editora Zahar Editora.
Bibliografia básica Bottomore, Tom (1965). As elites e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar editores.
Busino, Giovani (2000). Elites e Elitismo,. Porto, Rés Editora.
Michels, Robert (2001). Para uma Sociologia dos Partidos Políticos na
Democracia Moderna. Lisboa : Editora Antígona.
Mosca, Gaetano (2004). A Classe Política. Coimbra: edições tenácitas.
Pareto, Vilfredo (1968). Propriedades de los Residuos y las Derivaciones, In
Forma y equilibrio sociales. Madrid : Alianza Universidad.
Sexto Semestre
Objectivos Propiciar aos estudantes uma reflexão crítica sobre o poder político
e as suas mediações através da institucionalização do Estado e das
organizações da sociedade civil.
Compreender as lógicas de acção subjacentes às práticas dos
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actores políticos e sociais
Conteúdos 1. O comportamento dos actores políticos e sociais, enfatizando o
funcionamento do Estado contemporâneo, à luz das suas utopias fundadores
(primado da lei e o interesse público), na sua relação com a sociedade civil.
2. Questões como se organiza o público, seus interesses, atores e suas
instituições (Estado, burocracia, partidos, grupos de pressão, sindicatos,
associações comunitárias, burocracia etc.).
3. De os processos globais e as transformações dos estados nacionais: a
retomada das discussões sobre a sociedade civil;
4. As novas identidades colectivas e os atores transnacionais estão no âmago
da sociologia política um campo de saber interdisciplinar que busca conciliar
as contribuições da sociologia, ciência política e antropologia à compreensão
do fenómeno político.
Bibliografia básica Bobbio, Norberto (1998). Diálogo em torno da república - os grandes temas da
política e da cidadania. Rio de Janeiro: Campus.
Bourdieu, Pierre. (2001). Poder Simbólico. Algés, Editora Difel.
Dahl, Robert (1997). Poliarquia. Participação e oposição. São Paulo, Edusp.
Schumpeter, A. Joseph (1987). Capitalismo, Socialismo e Democracia. Editora
Zahar, Rio de Janeiro.
Tilly, Charles (2009). O poder em movimento. Petrópolis, Vozes.
Sétimo Semestre
33
Conteúdos Os estudos das instituições políticas caboverdianas abarcam a configuração e
comportamento das mesmas numa perspectiva histórica. Essa unidade
curricular aborda as principais dimensões da estruturação do Estado do
periodo do regime de partido único ao periodo do regime pluritparidário e
democrático: o Estado e seus aparelhos, a Presidencia da República, o
Parlamento, o Governo, os Tribunais e os Municipios. Nesse contexto, deve-se
destacar as relações entre as instituições e os seus desempenhos e uma
abordagem sobre os partidos e o sistema partidário e seus efeitos nas práticas
institucionais.
Bibliografia básica Fonseca, Jorge Carlos (1990). Sistema de Governo na Constituição Cabo-
verdiana, Lisboa, AAFD.
Furtado, C. A. (1997). Génese e (Re) Produção da Classe Dirigente em Cabo
Verde. Praia: Edição ICLD.
Koudawo, Fafali (2001). Cabo Verde e Guiné-Bissau. Da democracia
Revolucionária à democracia liberal. Bissau: INEP.
Lima, A. (1992). Reforma Política em Cabo Verde: Do Paternalismo à
Modernização do Estado. Praia: Grafedito / Edição do Autor.
Bibliografia básica Bourdieu, Pierre (2001). Poder Simbólico. Algés, editora Difel.
Castoriadis, Cornelius (2000). A Instituição Imaginária da Sociedade . São
Paulo: Paz e Terra.
Chauí, Marilena (1990). Cultura e Democracia. São Paulo: Cortez Editora.
Habermas, Jurgen (1984). Mudança Estrutural da Esfera Pública. Rio de
Janeiro: Biblioteca Tempo Universitário.
Putnam, Robert (1996). Comunidade e Democracia: A Experiência da Itália
Moderna. Rio de Janeiro: FGV.
34
de curso.
2. As etapas da elaboração do projecto de investigação e/ou de estágio
técnico-científico a utilização de técnicas e conhecimentos adquiridos ao longo
do curso.
3. Análise da coerência lógica entre a problemática de estudo, os objectivos,
as hipóteses e as ferramentas metodológicas, bem como a conformidade;
4. Normas e técnicas de redacção científica.
Oitavo Semestre
Quinto Semestre
35
Conteúdos 1. Discussão em torno do fenómeno religioso (pressupostos sociológicos e
antropológicos);
2. As abordagens clássicas (Karl Marx e a religião como o ópio do povo; Émile
Durkheim e a religião como o culto da sociedade; Max Weber, ética e carisma.
3. A religião no mundo secularizado (Laicização e Secularização;
4. A nova paisagem religiosa;
5. Dialécticas actuais do fenómeno religioso: As grandes tendências da
religiosidade contemporânea;
6. O Universo religioso em busca de estabilidade.
Bibliografia básica Bobineau Oliver e Tank-Stroper, Sébastien (2008). Sociologia das Religiões.
Mira-Sintra: Publicações Europa-América.
Cipriani, Roberto (2007). Manual de Sociologia da Religião. São Paulo:
Paulus.
Durkheim, Émile (1990). Les formes élémentaires de la vie religieuse : le
système totémique en Australie. Paris: Presses Universitaires de France.
Weber, Max (2004). A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo . São
Paulo: Companhia das Letras.
Willaime, Jean Paul (1995). Sociologie des Religions. Paris: Presses
Universitaires de France.
36
Santos, Boaventura de Sousa (2000). A crítica da razão indolente: contra o
desperdício da experiência. Porto: Afrontamento, [2ª edição].
Sexto Semestre
37
4. Dominações e Resistências;
5. A mundialização dos Estudos Culturais Edward Said - Homi Bhabha – A
crítica de Bourdieu aos Estudos Culturais.
6. O estudos sobre consumo cultural e mitificação de Roland Barthes,
Umberto Eco a Baudrillard e Canclini,
Bibliografia básica Benjamin, Walter. A obra e arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In:
Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política . São Paulo: Brasiliense,
1985.
Bourdieu, Pierre (1993). Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Canclini, Nestor Garcia. (2001). Consumidores e cidadãos. Conflitos
multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.
Featherstone, Mike (1997). O desmanche da Cultura. Globalização, Pós-
Modernismo e Identidade. São Paulo: Sesc/Nobel.
Harvey, David. (1993). A condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola.
Bibliografia básica Castells, M (2000). A Questão Urbana, São Paulo, Paz e Terra.
Claval, P. (1979). Espaço e Poder, Rio de Janeiro, Zahar.
Ledrut, Raymond (1968). Sociologie Urbaine, Paris, P.U.F.
Savage, Mike e Warde, Alan (2002). Sociologia Urbana, Capitalismo e
Modernidade, 1ª edição, Oeiras, Celta Editora.
Velho, O.G. (organizador) (1973). O fenómeno urbano, Rio, Zahar.
Sétimo Semestre
38
Compreender o processo migratório cabo-verdiano e as suas
principais dinâmicas e tendências na era da globalização.
Bibliografia básica Doimo, Ana Maria (S/D). A vez e a Voz do Popular: Movimentos Sociais e
Participação Política no Brasil, Rio de Janeiro, Apocs.
Gohn, Maria da Gloria (2006). Teoria Dos Movimentos Sociais: Paradigmas
Clássicas e Contemporâneas, São Paulo, ed. Loyola.
Pessoa, João (1985). Movimentos Sociais Para Além da Dicotomia Rural
-Urbano, Recife, CEPJC.
Stock, José Maria (2005). Velhos e Novos Movimentos Sociais. Lisboa, Ed.
Universidade Aberta.
39
Objectivos Oferecer aos estudantes em fim de curso os instrumentais técnicos
de organização e análise de dados;
Incentivar os estudantes a reflectirem sobre as dimensões mais
gerais da elaboração do projecto de investigação e/ou estágio
técnico-científico de fim de curso.
Conteúdos 1. Fundamentos teórico-metodológicos para a elaboração do Projecto de fim
de curso.
2. As etapas da elaboração do projecto de investigação e/ou de estágio
técnico-científico a utilização de técnicas e conhecimentos adquiridos ao longo
do curso.
3. Análise da coerência lógica entre a problemática de estudo, os objectivos,
as hipóteses e as ferramentas metodológicas, bem como a conformidade;
4. Normas e técnicas de redacção científica.
Oitavo Semestre
Quinto Semestre
40
as dimensões políticas da interlocução antropológica.
Bibliografia básica Bastos, C. D. L, (2002). Ciência, poder, acção: As respostas à SIDA . Lisboa:
Imprensa de Ciências Sociais.
Castel, R. (1978). A ordem psiquiátrica: A idade de ouro do alienismo . Rio de
Janeiro, Graal.
Foucault, M. O Nascimento da Medicina Social. In: Microfísica do Poder. Rio
de Janeiro: Graal, 1993.
Ortega, F. (2008). O Corpo Incerto. Rio de Janeiro: Garamond.
41
Denominação da unidade curricular Introdução à Etnologia da África Subsaariana
Sexto Semestre
42
Palmeira.
Bibliografia básica Balandier, G (1969). Antropologia Política. São Paulo: Difusão Européia do
Livro.
Clastres, Pierre, “A Sociedade Contra o Estado”. São Paulo: Cosac & Naify,
2003.
Fortes, M. & Evans-Pritchard, E. (1940). Sistemas políticos africanos. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 64-115.
Sahlins, Marshall, “Homem pobre, Grande Homem, Chefe: Tipos Políticos na
Melanésia e Polinésia”. In Cultura na prática, Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.
Sétimo Semestre
43
Conteúdos 1. Mauss e a economia da dádiva
2. A antropologia marxista;
3. Shalins e a primeira sociedade da afluência ;
4. Polany e a grande transformação: as origens de nossa época.
5. A antropologia do desenvolvimento e a economia informal.
6. Estado, mercado e estatísticas : a históricização das categorias.
Bibliografia básica Arantes, A. António. “A guerra dos lugares. Mapeando zonas de turbulência. In:
António Arantes, Paisagens paulistanas. Transformações do espaço público .
Campinas: editora da Unicamp, 2000.
Magnani, J. G. De Perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. RBCS
Vol. 17 N.49 Junho/2002.
Velho, Gilberto (1999). Individualismo e Cultura. Notas para uma Antropologia da
Sociedade Contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
44
3. Análise da coerência lógica entre a problemática de estudo, os objectivos,
as hipóteses e as ferramentas metodológicas, bem como a conformidade;
4. Normas e técnicas de redacção científica.
Oitavo Semestre
Conteúdos Livre escolha do professor(a): O programa desta unidade curricular deve ser
orientado para colmatar lacunas ou dificuldades apresentadas pelos
estudantes em termos do domínio das teorias científicas ou práticas de
investigação, na área da Ciência Política.
45
Objectivos Complementar a formação académica dos estudantes. Os tópicos
abordam resultados de investigação recentes na área da ciência
política feita por docentes/investigadores da Uni-CV e de outras
instituições parceiras.
Bibliografia básica Campbell, Angus et alii (1960). The American Voter, New York, John Wiley and
Sons, Inc.
Castro, M. M. (1994). Determinantes do comportamento eleitoral: a
centralidade da sofisticação política. Tese de Doutorado em Ciência Política ,
IUPERJ, Rio de Janeiro.
Figueiredo, Marcus, (1991). A Decisão do Voto, São Paul, Editora Sumaré:
ANPOCS.
Freire, André e MAGALHÃES, Pedro. (2002). Abstenção Eleitoral em Portugal,
Lisboa, ICS, Caps. 1,2, 3.
Reis, António Carlos Alkmim dos (1992). A participação Eleitoral no Brasil
(1988-89), Tese de Mestrado, IUPERJ, Rio de Janeiro.
46
Bibliografia básica Almond, Gabriel e G. B. POWELL (1966). Para uma teoria de Política
Comparada. Rio de Janeiro, Zahar.
Badie, Bertrand e HERMET, Guy (1993). Política Comparada. México, D. F.,
Fundo de Cultura Económica.
Finer, Samuel E. (1981). Governo Comparado. Brasília, UnB.
Huntington, Samuel (1975). A Ordem Política nas Sociedades em Mudança .
São Paulo EDUSP, Rio de Janeiro: Forense - Universitária.
Pasquino, Gianfranco (2005). Sistemas Políticos Comparados. Cascais, Ed.
Principia.
47
Perceber os instrumentos metodológicos utilizados pelo marketing
político na aplicação de suas ferramentas a situações em que se
concretiza a acção política.
Bibliografia básica Arretche, Marta T.S. (1995). “Emergência e desenvolvimento do Welfare State:
teorias explicativas”.Boletim Informativo e Bibliográfico-BIB - Anpocs I
semestre - n. 39.
48
Draibe, Sónia e Wilnês, Henrique (1998). “Welfare State", crise e gestão da
crise: - um balanço da literatura internacional”. Revista Brasileira de Ciências
Sociais – Fevereiro.
Faria, Carlos A. P. (2003). “Ideias, Conhecimento e Políticas Públicas: Um
inventário sucinto das principais vertentes analíticas recentes”. Revista
Brasileiras de Ciências Sociais, Vol. 18, nº 51.
Habermans, Juergen. (1980). A crise de legitimação no capitalismo tardio. Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro.
Bibliografia básica Crivelaro, Rafael (2005). Dinâmica das relações interpessoais. São Paulo:
Alínea.
Kerzner, Harold (2007). Gestão de Projetos: as melhores práticas . 2.a ed.
Porto Alegre, Editora Bookman.
Maximiano, António (2007). Administração por projetos: Como Transformar
Ideias em Resultados, São Paulo, Atlas.
Ralph, Keeling (2006). Gestão de Projetos: Administração , São Paulo, Editora
Saraiva.
Vargas, Ricardo Viana (2005). Gerenciamento de Projetos: estabelecendo
diferenciais competitivos, 6a edição, Rio de Janeiro, Editora Brasport.
49
5. Análise de impactos e resultados à luz de objectivos, metas e indicadores
de resultados.
Bibliografia básica Lopes, José Luís Pessoa (2007). Fundamentos dos Estudos de Mercado ,
Lisboa, Edições Sílabo.
Pestana, M. H. e Gageiro, J.N. (2008). Análise de Dados para Ciências
Sociais – A complementaridade do SPSS, 5ª Edição, Edições Sílabo.
Reis, Elizabeth et alii. (1993). Pesquisa de Mercados, Lisboa, Edições Sílabo.
50
Conteúdos Livre escolha do professor(a): O programa desta unidade curricular deve ser
orientado para colmatar lacunas ou dificuldades apresentadas pelos
estudantes em termos do domínio das teorias científicas ou práticas de
investigação, na área da Sociologia.
51
Bertrand, Yves (1991). Teorias Contemporâneas da Educação, Lisboa: Instituto
Piaget.
Morin, Edgar (2000). Os Sete Saberes Necessário à Educação do Futu ro.
UNESCO. S. Paulo: Cortez.
Objectivos Propiciar aos estudantes uma reflexão crítica sobre o poder político
e as suas mediações através da institucionalização do Estado e das
organizações da sociedade civil.
Compreender as lógicas de acção subjacentes às práticas dos
actores políticos e sociais
Conteúdos 1. O comportamento dos actores políticos e sociais, enfatizando o
funcionamento do Estado contemporâneo, à luz das suas utopias fundadores
(primado da lei e o interesse público), na sua relação com a sociedade civil.
2. Questões como se organiza o público, seus interesses, atores e suas
instituições (Estado, burocracia, partidos, grupos de pressão, sindicatos,
associações comunitárias, burocracia etc.).
3. De os processos globais e as transformações dos estados nacionais: a
retomada das discussões sobre a sociedade civil;
4. As novas identidades colectivas e os atores transnacionais estão no âmago
da sociologia política um campo de saber interdisciplinar que busca conciliar
as contribuições da sociologia, ciência política e antropologia à compreensão
do fenómeno político.
Bibliografia básica Bobbio, Norberto (1998). Diálogo em torno da república - os grandes temas da
política e da cidadania. Rio de Janeiro: Campus.
Bourdieu, Pierre. (2001). Poder Simbólico. Algés, Editora Difel.
Dahl, Robert (1997). Poliarquia. Participação e oposição. São Paulo, Edusp.
Schumpeter, A. Joseph (1987). Capitalismo, Socialismo e Democracia. Editora
Zahar, Rio de Janeiro.
Tilly, Charles (2009). O poder em movimento. Petrópolis, Vozes.
52
Bibliografia básica Amin, Samir (1988). Impérialisme et Sous-développement en Afrique, Paris,
Anthropos.
Frank, André (s/d). Do Subdesenvolvimento capitalista, Lisboa, Edições 70.
Friedmann, John (1996). Empowerment: Uma política de desenvolvimento
alternativo, Oeiras, Celta Editora.
Furtado, Celso (1976). Teoria e Política do desenvolvimento económico,
Lisboa, Publicações Dom Quixote.
Peemans, J-P. (2002). Le Développement des peuples face à la modernisation
du monde: Les théories du développement face aux histoires du
développement “réel” dans la seconde moitié du XXème siècle , Louvain-la-
Neuve/Paris, Académie Bruylant/L’Harmattan.
53
Conteúdos 1. Os diferentes momentos da quotidianidade: trabalho, lazer; vida cotidiana e
razão prática; dinâmicas de interacção e sociabilidade.
2. Quotidiano como cultura em sua dimensão vivida;
3. Lógicas identitárias do quotidiano;
4. A noção de vida cotidiana nos clássicos da sociologia contemporânea.
5. Análise sociológica da vida cotidiana e conjuntura social.
6. Os diferentes momentos da quotidianidade: trabalho, lazer.
7. O público e o privado na vida quotidiana.
8. Quotidiano e consumo.
Bibliografia básica Castells, Manuel (1999). A Sociedade em Rede. Rio, Paz e Terra.
Coriat, Benjamin (1994). Pensar pelo avesso. O modelo japonês de trabalho e
organização. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ / Revan.
Dejours, Cristophe (2003). A Banalização da Injustiça Social. Rio, FGV
Editora.
Marx, Karl (1993). Manuscritos Económico-filosóficos de 1844. Lisboa,
Edições Avante.
Sennet, Richard (1999). A Corrosão do Caráter. Consequências Pessoais do
Trabalho no Novo Capitalismo. Rio-São Paulo, Record.
54
tematizam a problemática;
Reflectir sobre modelos de gestão pública, descentralização e
desenvolvimento;
Fornecer aos formandos subsídios teóricos, conceituais e
explicativos que os habilitem a ter um instrumental analítico sobre
experiências de política pública, em termos de metodologia de
análise e avaliação
Bibliografia básica Draibe, Sónia e Wilnês, Henrique (1998). “Welfare State", crise e gestão da
crise: - um balanço da literatura internacional”. Revista Brasileira de Ciências
Sociais – Fevereiro.
Esping-Andersen, Gota (1991). “As três Economias Políticas do Welfare
State”. Lua Nova, nº 24.
Faria, Carlos A. P. (2003). “Ideias, Conhecimento e Políticas Públicas: Um
inventário sucinto das principais vertentes analíticas recentes”. Revista
Brasileiras de Ciências Sociais, Vol. 18, nº 51.
Habermans, Juergen. (1980). A crise de legitimação no capitalismo tardio . Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro.
55
5. Captação de recursos para projectos sociais;
6. Financiamento de projectos sociais e suas especificidades (instituições
nacionais e agências internacionais).
7. Prestação de contas de projectos sociais.
Bibliografia básica Crivelaro, Rafael (2005). Dinâmica das relações interpessoais. São Paulo:
Alínea.
Kerzner, Harold (2007). Gestão de Projetos: as melhores práticas . 2.a ed.
Porto Alegre, Editora Bookman.
Maximiano, António (2007). Administração por projetos: Como Transformar
Ideias em Resultados, São Paulo, Atlas.
Ralph, Keeling (2006). Gestão de Projetos: Administração , São Paulo, Editora
Saraiva.
Vargas, Ricardo Viana (2005). Gerenciamento de Projetos: estabelecendo
diferenciais competitivos, 6a edição, Rio de Janeiro, Editora Brasport.
56
Conteúdos Livre escolha do professor(a): O programa desta unidade curricular deve ser
orientado para colmatar lacunas ou dificuldades apresentadas pelos
estudantes em termos do domínio das teorias científicas ou práticas de
investigação, na área da Antropologia.
57
histórica e as suas diversas configurações e itinerários na
contemporaneidade, em particular, as regionais e locais;
Analisar os antagonismos que perpassam as organizações:
relativismo/universalismo, objetividade/militância,
globalismo/localismo, intervenção/soberania,
desenvolvimento/dependência;
Refletir, criticamente, sobre as consequências sociais e culturais dos
entendimentos e práticas das organizações;
Dialogar com etnografias que trazem as vozes das/nas organizações
internacionais e nacionais, governamentais e não governamentais,
humanitárias e para o desenvolvimento.
Bibliografia básica Barbosa, Livia (2003). Igualdade e meritocracia: a ética do desempenho nas
sociedades modernas. Rio de Janeiro: FGV.
Chanlat, Jean-François (1995). O indivíduo na organização: dimensões
esquecidas, v. 1. São Paulo, Atlas.
Rabinow, Paul (1999). Antropologia da Razão. Rio de Janeiro, Relume
Dumará,
Srour, Robert Henry (2001). Poder, Cultura e Ética nas Organizações . Rio de
Janeiro: Campus,
58
Denominação da unidade curricular Gestão de projectos Culturais
Bibliografia básica Andrade, R. A. (2007) Manual de eventos. Caxias do Sul: EDUCS, 2007.
Braga, Débora C. (2007). Agência de Viagens e Turismo: Práticas de
Mercado. São Paulo: Elsevier.
Cleland, David I. (2007) Gerenciamento de Projetos. Rio de Janeiro: LTC,
2007.
Costa, Ivan Freitas Da (2004) Marketing Cultural. São Paulo: Atlas.
Crivelaro, Rafael (2005). Dinâmica das relações interpessoais. São Paulo:
Alínea.
.
59
por dois domínios essenciais. Um domínio mais teórico de aquisição
de competências teóricas para o conhecimento do património
cultural. Um domínio mais prático de definição dos campos de
actuação de um gestor do Património Cultural.
Conteúdos 1. Definição de Património Cultural;
2. Distinção de património cultural local, nacional, internacional /da
Humanidade;
3. Identificação das instituições que gerem os patrimónios culturais;
4. O que significa ser um Gestor de Património Cultural: seus campos de
actuação, funções e responsabilidades;
5. Funções múltiplas de um gestor de património cultural: desde o diálogo o
diálogo institucional ao campo das produções artísticas, incluído a gestão,
marketing e programação cultural;
6. Domínio científico, criativo e interactivo na gestão do património cultural;
7. Dispositivos legais, para a identificação e salvaguarda dos patrimónios
culturais;
8. Património Cultural Cabo-verdiano e a sua gestão.
Bibliografia básica Almeida, Cândido J. M. (1994). Arte é Capital: Visão Aplicada do Marketing
Cultural. Rio de Janeiro. Ed. Rocco.
Lindstrom, Martin (2009). A Lógica do Consumo: Verdades e Mentiras Sobre
Por Que Compramos / Martin Lindstrom; tradução Marcello Lino. — Rio de
Janeiro: Nova Fronteira.
Neto, Manoel M. Machado (2002). Marketing Cultura: Das Práticas a Teoria .
Ed. Ciência Moderna.
Pinker, S. (1998). Como a Mente Funciona. São Paulo. Cia das Letras.
60
Objectivos Conhecer o quadro sócio histórico que reflecte as condições de
emergência e consolidação institucional da Sociologia da Educação,
à luz do processo de desenvolvimento das diferentes formas
educacionais e escolares modernas;
Abordar as principais perspectivas sociológicas sobre a educação,
nas suas tradições modernas e contemporâneas;
Analisar a realidade educacional enquanto dinâmica societal e
transformacional que engloba uma rede alargada de condicionantes
sociais, como são: instituições e actores educacionais, práticas e
políticas educacionais de organização geral de uma sociedade, com
destaque para o estudo da educação e sociedade
61
Denominação da unidade curricular Teoria e Prática de Avaliação
62
4. O desenho do Projecto de investigação científica.
Bibliografia básica Sampieri, R.; Collado, C.F. Lucio P.L. (2006). Metodologia de Pesquisa (3ª
ed.). São Paulo: McGraw Hill.
Buendia, L.; González, J.; Pegalajar, M. (1999). Modelos y análisis de la
investigación educativa. Sevilla: ALFAR.
Hessen, J. (1987). Teoria do Conhecimento (7ª ed.) Coimbra: Arménio Amado.
Nota explicativa
1. O Trabalho de fim de Curso, cuja carga horária é de 300hs, equivalentes a 30 créditos, realiza-se sob duas modalidades
excludentes, a saber: 1) Estágio Técnico-Científico; 2) Monografia.
Os estágios devem ser realizados em instituições que desenvolvem acções específicas enquadradas nos propósitos
fundamentais de cada área de conhecimento do curso de ciências sociais. A Coordenação do curso de ciências sociais deverá
definir claramente as potenciais instituições onde os estudantes de cada percurso devem seguir o programa de estágios
mediante a celebração de protocolos de parceria institucional. Ainda no âmbito do estágio técnico-científico a coordenação do
curso de ciências sociais deve promover anualmente um encontro com orientadores e supervisores com o objectivo de
uniformizar os critérios de orientação, seguimento e avaliação dos estágios.
No final do estágio técnico-científico, o estudante deverá produzir um relatório científico de entre 20 a 25 páginas, no âmbito do
qual apresenta de forma sistemática e fundamentada a análise de uma temática específica abordada durante estágio científico
profissional ou um projecto de intervenção.
A elaboração do projecto científico pressupõe:
Escolha de um tema;
Definição do problema que pretende abordar no relatório/trabalho (objecto);
Explicitação dos objectivos gerais e específicos;
Adopção e descrição detalhada da metodologia;
63
Descrição e análise do objecto do relatório;
Conclusão.
O projecto de intervenção consiste num documento científico de cerca de 20 páginas e pressupõe:
Definição de um título: Todo projecto deve ter um título que seja capaz de dar uma ideia concisa e clara da sua
proposta. Um bom título orienta a construção do projecto;
Descrição e Justificativa: esse item deve esclarecer que o projecto responde a uma determinada necessidade
percebida e identificada pela pessoa, comunidade ou entidade que o empreende. A sugestão é apresentar um
diagnóstico que reúna elementos capazes de enfatizar a relevância da proposta, tais como: dados sobre a região e a
população atendida, suas necessidades sociais, a acessibilidade às actividades do projecto, os antecedentes e outros
esforços já implementados. As perguntas abaixo também podem ajudar a elaborar essa etapa: Qual a importância da
problemática para a comunidade? Que benefícios serão alcançados pelo público-alvo do projecto? A articulação entre
a justificativa do projecto e uma breve análise sociológica da conjuntura do país no que tange a problemática em pauta
é um item importante a ser avaliado.
Explicitação dos objectivos: Os objectivos devem ser formulados visando especificar aquilo que se quer atingir a partir
da realização do projecto. Deve apresentar soluções para uma necessidade ou responder a uma oportunidade. Os
objectivos podem ser classificados em dois níveis: Objectivo geral: corresponde ao produto final pretendido pelo
projecto. Deve expressar o que se quer alcançar. O projecto de intervenção não pode ser visto como fim em si mesmo,
mas como um meio para alcançar um fim maior; Objectivos específicos: correspondem às acções que se propõe
executar e aos resultados esperados até ao final do projecto.
Estabelecimento de metas: As metas detalham os objectivos específicos do projecto. Nesse sentido, devem ser
concretas, expressando quantidades e qualidades que permitam avaliar, posteriormente, a efectividade do projecto.
Uma meta dimensionada de maneira coerente ajuda a definir os indicadores que permitirão evidenciar o alcance da
actuação;
Adopção e descrição detalhada da metodologia: A metodologia de um projecto deve responder basicamente à
seguinte questão: Como o projecto vai alcançar seus objectivos? Neste sentido, deve descrever as estratégias e
técnicas que serão empregadas. Além disso, a metodologia pode descrever de que maneira será a interacção com o
público beneficiado e como será a gestão do projecto.
Cronograma: O desenvolvimento do cronograma deve responder à pergunta: quando? Todo projecto possui um prazo
determinado para acontecer e apresenta algumas acções que se alternam ou se coordenam nesse período. A
elaboração do cronograma visa organizar essas actividades em uma sequência lógica e coerente que permita alcançar
os resultados no prazo determinado.
Orçamento (pode ser apenas simulado): A elaboração de um orçamento deve permitir a previsão e o controle dos
gastos que o projecto terá. Nessa perspectiva, responde à questão: quanto? O orçamento deve servir como um
resumo financeiro do projecto no qual se indica quanto será gasto para sua realização e como. É uma ferramenta
importante na gestão do projecto para o acompanhamento das despesas previstas e realizadas. Geralmente agrupam-
se os custos em blocos de despesas: material de consumo; administração; equipe; serviços de terceiros; custos do
espaço e equipamentos; alimentação e hospedagem; transporte; divulgação; instalações e infra-estrutura, entre outros.
Mensuração de resultados: Um projecto coerente é aquele que estabelece indicadores para medir seus resultados. Os
indicadores podem ser: Quantitativos: consolidam números para avaliar o cumprimento das metas estabelecidas, a
exemplo do número de comunidades atendidas, actividades realizadas. Podem ser obtidos por meio da contabilização
do número de pessoas beneficiadas, por exemplo. Qualitativos: trazem uma análise em profundidade sobre algum
aspecto, como a metodologia empregada, os conteúdos de uma actividade, entre outros. Tais dados podem ser
obtidos por meio de pesquisas de opinião, entrevistas, questionários de avaliação etc. Independentemente de serem
qualitativos ou quantitativos, os indicadores devem sinalizar se as metas foram atingidas, além de permitir avaliar se a
estratégia empregada foi bem-sucedida, sinalizando quais pontos podem ser aprimorados. É nesse tópico que os
conteúdos apreendidos no âmbito das unidades curriculares orientadas para as metodologias e técnicas de pesquisa
podem ser avaliados. O aluno deve explanar as técnicas de avaliação e mensuração dos resultados que seriam
empregues caso o projecto fosse aplicado.
1.2. Monografia
A monografia é um estudo de carácter científico que aborda um tema, bem delimitado, de forma pormenorizada e em
profundidade. A sua elaboração deve obedecer os seguintes passos:
A descrição do tema em estudo;
64
A definição e delimitação do problema em estudo;
A justificativa ou importância do estudo;
O(s) objectivo(s) (geral e específicos) do estudo;
Revisão Bibliográfica: É o processo do qual se procura identificar se já foi publicada alguma investigação que tenha
dado resposta às questões de investigação propostas, para decidir sobre a pertinência do tema escolhido. Diz respeito
à sustentação teórica ou empírica do assunto objecto da proposta da monografia. É desta forma que o problema é
identificado, delimitado e formulado. É importante fazer uma análise do que já foi investigado, para identifica e cumprir
os objectivos que possam vir a ser complementares de modo a que q investigação possa contribuir para a criação de
novo conhecimento.
Metodologia: descreve-se o tipo de metodologia a utilizar e todo o trabalho de campo desenvolvido, como, por
exemplo, as técnicas de recolha de dados, os interlocutores/amostra e os locais onde se processa a recolha.
Apresentação e interpretação de dados: Analisam-se e interpretam-se os resultados obtidos, tendo em vista o objectivo
do trabalho.
Conclusões: Apresentam-se as respostas ao problema, as quais se podem obter a partir da análise e interpretação dos
resultados. Na conclusão é apresentado as respostas às perguntas feitas na introdução. Indicam igualmente as
limitações que o estudo apresenta e sugerem novas pistas para o estudo acerca do tema estudado. A monografia deve
comportar entre 30 a 40 páginas.
O Estágio técnico-científico ou a Monografia, enquanto actividades que concretizam as actividades de fim de curso devem ser
objectos de uma regulamentação específica.
2. Redacção Científica
A introdução de uma unidade curricular de Língua Portuguesa no plano de estudos do curso de ciências sociais não parece ser
muito relevante tendo em conta os objectivos do curso. Isto porque todas as unidades curriculares são ministradas em língua
portuguesa. A superação das lacunas que os estudantes apresentam nesse domínio deve ser feita através do reforço de
actividades de leitura e de produção de textos científicos ao longo de todas as unidades curriculares que integram o plano de
estudos do curso de ciências sociais.
A nosso ver, os estudantes necessitam de desenvolver uma maior capacidade de compreensão de textos científicos, bem como
as técnicas de redacção de textos avançados. Eis por que foi proposto a unidade curricular de Comunicação e Expressão com o
fito de orientar os formandos no processo de redacção de textos, segundo as exigências da linguagem académica. Todavia, a
coordenação de curso poderá organizar seminários e oficinas extra-curriculares, com vista a promover espaços que permitem
aos estudantes a apropriação de técnicas de comunicação e expressão em Língua Portuguesa, quer em sessões presenciais
quer por mediação tecnológica.
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