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UNIVERSIDADE DE CABO VERDE

Proposta de Revisão Curricular

Curso de Graduação em Ciências Sociais

4 Anos

Praia
Março de 2016

0
UNIVERSIDADE DE CABO VERDE – Uni-CV
REITORIA

UNIVERSIDADE DE CABO VERDE – Uni-CV

Denominação do Curso: Licenciatura em Ciências Sociais

Área de Formação: Ciências Sociais

Grau ou Diploma Conferido: Licenciatura

Unidade Orgânica Proponente: Departamento das Ciências Sociais e Humanas

Carga Horária e Nº de Créditos:


A Carga horária total do curso é de 6705 horas. Incluiu Horas de Contacto, de Estudo Autónomo, por parte do estudante bem
como de Estudo Acompanhado pelo professor, seja através do atendimento personalizado, seja pela via da Internet e integra
Trabalhos de Projectos e outros Trabalhos Académicos e Avaliação.
O número total de Créditos no curso, seja num ou noutro percurso incluindo o tronco comum, é de 225.

Duração Normal: Nº de Semestres ou Anos: 8 semestres / 4 Anos


Período: conforme previsto no regulamento de graduação Uni-CV

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Índice

1. Enquadramento e justificação....................................................................................................................................................... 3
2. Perfil de Acesso............................................................................................................................................................................ 3
3. Relevância Académica e Social do Curso..................................................................................................................................... 3
4. Área de conhecimento das ciências sociais.................................................................................................................................. 4
5. Perfil de competências gerais do diplomado em ciências sociais................................................................................................. 4
5.1 Competências e habilidades teórico-conceituais................................................................................................................... 5
5.2 Competências e habilidades metodológicas e instrumentais................................................................................................. 6
5.3 Competências específicas por percurso................................................................................................................................ 6
5.3.1 Competências específicas em Sociologia........................................................................................................................... 6
5.3.2 Competências específicas em Ciência Política.................................................................................................................. 6
5.3.3 Competências específicas em Antropologia....................................................................................................................... 7
6. Princípios de organização da estrutura curricular do curso.......................................................................................................... 7
7. Actividades de formação complementares.................................................................................................................................... 7
8. Relevância Social e Empregabilidade/Saídas profissionais.......................................................................................................... 8
9. Estratégias de ensino................................................................................................................................................................... 8
10. Recursos pedagógicos................................................................................................................................................................ 8
11. Sistema de Avaliação.................................................................................................................................................................. 9
12. Plano de Estudos........................................................................................................................................................................ 9
12.1 Tronco Comum.................................................................................................................................................................... 9
12.2 Percurso em Ciência Política............................................................................................................................................. 10
12.3 Percurso em Sociologia..................................................................................................................................................... 11
12.4 Percurso Antropologia........................................................................................................................................................ 12
12.5 Profissionalização para o ensino....................................................................................................................................... 14
13. Memória Descritiva................................................................................................................................................................... 15
13.1. Tronco Comum................................................................................................................................................................. 15
13.2 Percurso em Ciência Política (Unidades curriculares obrigatórias)...................................................................................27
13.3 Percurso em Sociologia: (Unidades curriculares obrigatórias)........................................................................................... 31
13.4 Percurso em Antropologia: (Unidades curriculares obrigatórias).......................................................................................36
13.5 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Ciência Política........................................................................................41
13.6 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Sociologia................................................................................................46
13.7 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Antropologia............................................................................................. 52
13.8 Unidades curriculares Profissionalização para o ensino.................................................................................................... 56
Nota explicativa............................................................................................................................................................................... 59

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1. Enquadramento O curso de Ciência Sociais, nos termos estatutários, pertence a área científica de Ciências
e justificação Sociais, Humanas e Artes da Universidade de Cabo Verde e pode ser definido como “Um
conjunto de Unidades Curriculares que tentam de forma objectiva estudar os sistemas e
estruturas sociais, os processos políticos e económicos, as interacções de grupos ou
indivíduos diferentes com a finalidade de fundamentar um corpus de conhecimento possível de
verificação” (Dicionário de Ciências Sociais: 1987). As ciências sociais cobrem uma vasta área
científica relacionadas fundamentalmente com áreas com a sociologia, a antropologia e a
ciência política e complementarmente com a filosofia, história e economia. O seu surgimento e
desenvolvimento estão associados à emergência das contradições que matizaram a
modernização da sociedade ocidental com a emergência da industrialização e da sociedade de
massa e ao florescimento das contribuições científicas resultantes do pensamento iluminista.
A natureza diversificada do curso de Ciências Sociais é o resultado da relação reflexiva
histórica entre o sujeito (o estudioso) e objecto (a sociedade e seus valores) que tipicamente
caracteriza o campo das Ciências Humanas. Deste modo, desde o início a área foi constituída
por diversos paradigmas e modelos de análise que competem e se complementam entre si.
Esta particularidade do curso de ciências sociais viceja nas mais diversas instituições
universitárias, sendo que, as suas três grandes áreas de especialização contam com
associações científicas internacionais e nacionais de prestígio que promovem congressos e
outros eventos e são responsáveis por revistas e outras publicações especializadas.
O plano de estudos do curso de graduação em ciências sociais é concebido de forma a
potenciar nos estudantes o desenvolvimento de competências teórico-metodológicas e
instrumentais de modo a favorecer uma estreita articulação com os cursos de pós-graduação
nas suas múltiplas dimensões. Tal articulação far-se-á quer a nível de especialização,
mediante o reforço de capacidades técnicas em domínios específicos de acção e intervenção
social, quer a nível de mestrados e doutoramentos através da reflexão e análise aprofundadas
sobre temáticas que integram as linhas de investigação da área das ciências sociais e afins.

2. Perfil de Estudantes com 12ª Ano ou equivalente nos termos da legislação vigente. Área Humanística
Acesso ou Económico-social.

3. Relevância O processo de globalização em curso vem provocando profundas transformações na estrutura


Académica e social, criando novas formas de sociabilidade e colocando novos desafios aos cientistas
Social do Curso sociais, enquanto intérpretes dos fenómenos sociais.
No decurso das últimas três décadas, a sociedade cabo-verdiana vem passando por
mudanças estruturais nas esferas política, económica, social e cultural, com consequências
visíveis nos padrões de comportamento dos indivíduos e grupos sociais. Neste sentido, o curso
de Ciências Sociais visa, essencialmente, dotar os estudantes de ferramentas teórico-
metodológicas que lhes permitam compreender e explicar estes novos fenómenos à luz das
mais recentes contribuições no domínio das Ciências Sociais.
O curso de Ciências Sociais ora proposto resulta da integração de saberes das áreas
disciplinares da Sociologia, Ciência Política e Antropologia, tendo em vista a compreensão dos
fenómenos sociais na sua dimensão mais holística.

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4. Área de O curso de graduação em Ciências Sociais pretende formar profissionais com elevado padrão
conhecimento de qualificação teórico-metodológico e instrumental, visando fomentar nos estudantes o
das ciências desenvolvimento da autonomia intelectual e capacidade analítica necessária ao desempenho
sociais das suas actividades profissionais.
O cientista social estuda a sociedade do ponto de vista sociológico, antropológico e político,
tendo algumas linhas teóricas de fronteiras comuns, diferenciando entretanto em termos de
método e de objecto de estudo. Assim, a Sociologia tem como foco actividades direccionas
para o estudo das causas explicativas dos fenómenos sociais com ênfase em modelos e
paradigmas de análise assentes nas tradições teóricas tanto de cunho macroestrutural como
microestrutural. O seu campo de actuação abarca um leque variado de temáticas como
comunidade (rural e urbana), classe social, trabalho, status, religião, ideologia, etc. Por seu lado
a Antropologia tem como foco principal de suas acções o estudo dos fenómenos sociais
através da análise das relações simbólicas de ordem cultural que permitiriam apreender a sua
inteligibilidade no âmbito dos contextos diversos de sua manifestação. Tem como principais
áreas de actuação tanto a etnologia quanto o estudo de grupos populacionais específicos no
contexto da sociedade moderna e contemporânea, de acordo com recortes teórico-
metodológicos. A Ciência Política por sua vez tem suas actividades viradas para o estudo do
Estado e do poder, tendo como foco (e especializações) as instituições (governo, legislativo,
partidos, regras institucionais), o comportamento político (eleições, opinião pública), ideias
políticas (ideologia e cultura política), bem como as relações internacionais e a política
comparada.

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5. Perfil de De uma forma sintética, podem-se distinguir dois tipos de competências e habilidades gerais
competências que o curso almeja desenvolver nos estudantes: a) capacidade crítica de carácter teórico-
gerais do e conceitual; e b) capacidades de carácter metodológico e/ou instrumental . Essa dupla
diplomado em capacitação, que visa desenvolver não somente habilidades de raciocínio analítico, sintético,
ciências sociais interpretativo ou especulativo sistemático, mas também articulá-las com questões de interesse
político, social e cultural, são detalhadas a seguir.

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5.1 As competências teórico-conceituais compreendem capacidades analíticas, interpretativas,
Competências e argumentativas e discursivas, cuja apropriação se dá através da formação teórica nas
habilidades disciplinas clássicas e contemporâneas da Sociologia, Antropologia, e Política, às quais se
teórico- soma a contribuição de outras áreas de conhecimento afins e conexas como a História, a
conceituais Filosofia, a Economia, o Direito. De uma forma mais específica, a formação teórico-conceitual
deve permitir ao estudante:

 Desenvolver a autonomia intelectual e da capacidade analítica própria ao seu


desempenho profissional para investigar, expor e debater, inclusive publicamente,
dados e ideias sobre problemas científicos, políticos, sociais e culturais envolvendo
aspectos diversos, históricos ou contemporâneos, da realidade social cabo-verdiana e
internacional
 Identificar os problemas (dilemas, paradoxos, impasses) da sociedade
contemporânea, nomeadamente a cabo-verdiana, bem como participar criticamente
dos debates intelectuais e científicos que lhes são subjacentes;
 Identificar os condicionamentos históricos, socioeconómicos, político-institucionais e
culturais do comportamento humano, inclusive no plano das representações e
interpretações prevalecentes sobre as causas, os efeitos e o sentido dos processos
envolvidos;
 Reconhecer o carácter essencial dos processos de interacção social, comunicação e
socialização na formação dos sujeitos como membros de colectividades socioculturais
diversas;
 Compreender o sentido histórico e cultural diferenciado (portanto, aberto e inacabado)
das diversas formações societárias, sujeito a avanços e retrocessos nos planos
político, social e cultural;
 Identificar componentes ideológicos e de diferenciação social que estão na base de
preconceitos e crenças que informam não apenas as noções e práticas do senso
comum, mas também o próprio discurso científico e político, compreendendo-os à luz
dos condicionamentos histórico-sociais;
 Compreender a complexidade da ordem simbólica e a diversidade cultural dos
padrões sociais de racionalidade, pensamento e acção, valorizando a pluralidade de
conhecimentos, técnicas e práticas culturais dos diferentes povos e línguas;
 Discernir papéis e estratégias de actuação pessoal e colectiva no âmbito de diferentes
instituições e arenas sociais, como o Estado, o governo e a sociedade civil;
 Valorizar o pluralismo político, ideológico, estético e cultural, e promover atitudes de
tolerância e respeito às diferenças colectivas e individuais;
 Valorizar as interacções socioculturais entre a sociedade e o meio ambiente,
mediadas pelos processos de inovação e difusão tecnológica, visando favorecer o 6
desenvolvimento sustentável através de uma concepção interdisciplinar das relações
entre biodiversidade e sociodiversidade.
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5.2 As competências e habilidades metodológicas, são habilidades de natureza mais intermediária
Competências e e, envolvem aspectos estratégicos ou instrumentais das ciências sociais, de entre as quais se
habilidades destacam as capacidades de:
metodológicas e
instrumentais  Conhecer os diversos métodos de análise produzidos no âmbito das Ciências Sociais
e saber articulá-los de acordo com a sua pertinência ao objecto de investigação
 Articular essa reflexão teórico-crítica em termos da formulação de problemas de
investigação científica
 Aplicar e desenvolver métodos de análise de fenómenos ou tendências sociais
empiricamente observadas através de planeamento criterioso das técnicas e
procedimentos de colecta de dados e informações pertinentes, da crítica das fontes
primárias ou secundárias envolvidas, e da avaliação sistemática dos resultados;
 Articular métodos de análise quantitativos e qualitativos pertinentes ao objecto de
pesquisa, a partir de fontes criteriosamente seleccionadas;
 Produzir e/ou analisar criticamente indicadores sociais diversos (demográficos,
económicos, político-eleitorais, entre outros).
 Formular políticas sociais e culturais por meio de actividades, visando promover a
inclusão política, económica, social e cultural de grupos sociais;

5.3 Competências específicas por percurso

5.3.1  Domínio dos principais conceitos e referenciais teóricos da sociologia clássica e


Competências contemporânea;
específicas em  Domínio dos fundamentos e aplicações das principais estratégias, métodos e
Sociologia técnicas da investigação em sociologia;
 Capacidade de seleccionar e aplicar esses conceitos e ferramentas à análise,
problematização e investigação de fenómenos e problemas sociais
 Domínio de conhecimentos práticos aplicáveis às áreas de intervenção social

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5.3.2  Domínio dos principais conceitos e abordagens teóricas da Ciência Política clássica
Competências e contemporânea;
específicas em  Compreensão das principais abordagens sobre a natureza da acção política,
Ciência Política configuração do Estado, dos partidos, sistemas eleitorais, dos regimes políticos;
 Domínio dos fundamentos e aplicações das principais estratégias, métodos e
técnicas da investigação em ciência política
 Domínio de saberes aplicáveis nas áreas da assessoria política, análise de políticas
públicas

5.3.3  Domínio dos principais conceitos e abordagens teóricas da Antropologia clássica e


Competências contemporânea;
específicas em  Compreensão da diversidade humana e das interligações entre diversos aspectos
Antropologia da vida social e cultural, sistemas de crença, dinâmicas globais, comportamentos
individuais e meio ambiente físico;
 Domínio do método etnográfico na compreensão das culturas e dos grupos
humanos e adquirir as técnicas necessárias para a sua utilização;
 Conhecimento dos valores culturais de sociedades através do estudo de diversos
contextos etnográficos, rurais e urbanos
 Domínio de saberes práticos aplicáveis às áreas da cultura imaterial, do património
e da museologia.

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6. Princípios de O curso de ciências sociais está estruturado de forma a comportar dois grandes grupos de
organização da conhecimento. O primeiro grupo integra o tronco comum, abarcando um conjunto de Unidades
estrutura Curriculares de formação teórica geral nas áreas disciplinares nucleares da Antropologia,
curricular do Ciência Política e Sociologia, um leque de unidades curriculares de índole metodológica que
curso enfatizam métodos e técnicas de investigação, e complementada com algumas unidades
curriculares de natureza geral nas áreas da história, economia, direito, psicologia e línguas
estrangeiras.
O segundo grupo de conhecimentos integra um leque variado de unidades curriculares
específicas a cada um dos percursos de especialização do curso (Sociologia, Antropologia e
Ciência Política), que visa consolidar quer a formação teórico-conceitual com a metodológica
e instrumental.

7. Actividades de A par dos grandes grupos de conhecimentos, o curso de ciências sociais propõe-se a integrar
formação um conjunto de actividades complementares com o objectivo de proporcionar os estudantes
complementares uma formação complementar em diversos saberes que, directa ou indirectamente, se
articulam com as competências e habilidades esperadas de um cientista social. Estas
actividades podem estar vinculadas quer as linhas de investigação desenvolvidas pelos
docentes vinculados ao curso de Ciências Sociais e ao Programa de Pós-Graduação, quer a
actividades efectuadas por outros docentes/investigadores e/ou especialistas que integram a
rede de parcerias científicas, interna e externa, do curso de ciências sociais.
As actividades de formação complementar podem ser realizadas sob a forma de participação
nos centros, núcleos e grupos de investigação, bem como as relacionadas com os seminários,
conferências, palestras, colóquios.

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8. Relevância O cientista social formado no DCSH da Universidade de Cabo Verde deve adquirir um conjunto
Social e de competências que o habilite a desempenhar as mais diversas actividades profissionais quer
Empregabilidade/S no âmbito da academia, do Estado, do mercado ou do chamado Terceiro Sector, que requeiram
aídas profissionais capacidade de questionamento crítico; de observação e análise de tendências sociais; de
formulação de diagnósticos, directrizes, propostas e cenários prospectivos, bem como
estratégias de planeamento e gestão, envolvendo problemas de relevante interesse político,
social, científico e cultural.
Numa perspectiva holística, o curso de ciências sociais deve ter em vista facultar aos
estudantes uma dupla formação, envolvendo os seguintes dimensões: i) a Formação para a
investigação, visando fornecer-lhes fundamentação e treinamento teórico-metodológico para
actuarem em actividades de investigação, seja na carreira académica ou fora dela, como
agentes produtores, divulgadores e debatedores de novos conhecimentos no âmbito das
ciências sociais e de áreas afins); ii) Formação direccionada para o Mercado de Trabalho,
visando desenvolver competências reflexivas, analíticas e técnico-instrumentais, valorizadas
em diferentes áreas do mercado laboral, como planeamento de políticas públicas; serviços de
consultoria e assessoria junto a organizações governamentais e não-governamentais, partidos
políticos, movimentos sociais, sindicais e similares, bem como para a área do ensino, visando o
desenvolvimento de competências didáctico-pedagógicas.

9. Estratégias de As estratégias de ensino devem convergir de forma a potenciar no aprendente um conjunto de


ensino habilidades e competências teórico-conceituais e metodológicas que visam garantir o elevado
padrão de qualidade formação académico.
Com efeito, as estratégias de ensino/aprendizagem devem orientar-se no sentido de promover
a aquisição de habilidades analíticas, discursivas e argumentativas mediante a leitura de textos
de autores, preferencialmente originais. A organização do processo de aprendizagem se
organiza sob a forma de actividades de contacto em sala de aula ou de trabalho autónomo do
estudante.
Nas sessões presenciais, as actividades de aprendizagem de contacto podem ser organizadas
sob a forma de aulas teóricas, teórico-práticas e práticas sob a forma de trabalho individual e de
grupo que visam e desenvolver nos estudantes a capacidade de raciocínio crítico--analítico e
de exposição do seu pensamento.
As actividades de trabalho autónomo têm em vista a promoção da autonomia do estudante que
através ou da mediação tecnológica desenvolve a capacidade a auto-aprendizagem. Neste
sentido, a forma como cada estudante constrói e apropria do conhecimento é tão importante
como o conteúdo da aprendizagem. Em suma, as estratégias de ensino/aprendizagem podem
ser desenvolvidas de múltiplas formas: Aulas expositivas, seminários, trabalhos de campo,
estágios, colóquios, conferências, etc.

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10. Recursos O desenvolvimento de competências teórico-conceitual e metodológicas e instrumental requer a
pedagógicos existência de um leque variado de recursos pedagógicos para a sua efectivação, a saber.

 Bibliografia básica por unidade curricular (“kit bibliográfico”), geral e especializada;


 Acesso a bibliotecas digitais e a cervo de revistas especializadas em ciências sociais;
 Acesso internet de boa qualidade (banda larga) para a pesquisa de textos científicos e para a
conectividade entre docentes e estudantes;
 Salas de aulas equipadas com projector;
 Sala de computadores com Microsoft Office e licenças SPSS.

11. Sistema de A avaliação de conhecimentos tem carácter individual e/ou em grupo e efectua-se mediante a
Avaliação realização de trabalhos escritos, trabalhos finais, escritos e/ou orais, seminários e outros
trabalhos práticos. A avaliação será feita separadamente para cada uma das unidades
curriculares do curso e o resultado da avaliação será expresso na escala numérica de 0 a 20
valores, conforme o regulamento de graduação. Considera-se aprovado numa unidade
curricular o estudante cuja média ponderada das classificações nas avaliações igual ou
superior a 10 valores arredondados.

12. Plano de Estudos

12.1 Tronco Comum

1º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD1 T TP P CHT HEA CTS
Introdução às Ciências Sociais CHSA 3 1 60 75 5
Teorias sociológicas clássicas CHSA 3 1 60 75 5
Teorias antropológicas clássicas CHSA 3 1 60 75 5
Teorias políticas clássicas CHSA 3 1 60 75 5
Comunicação e Expressão CHSA 3 1 45 36 3
Inglês para Fins Específicos I CHSA 1 2 60 75 5
Introdução à Informática CETE 1 2 45 9 2
Total 390 420 30

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Ver legenda na página 14

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2º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito
autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Teorias sociológicas contemporâneas I CHSA 3 1 60 75 5
Teorias antropológicas contemporâneas I CHSA 3 1 60 75 5
Teorias políticas contemporâneas I CHSA 3 1 60 75 5
Metodologia de investigação em CHSA 3 1 60 75 5
Ciências Sociais
Formação social cabo-verdiana CHSA 3 1 60 75 5
Inglês para Fins Específicos II CHSA 1 2 60 75 5
Total 360 450 30

3º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Teorias sociológicas contemporâneas II CHSA 3 1 60 75 5
Teorias antropológicas contemporâneas CHSA 3 1 60 75 5
II
Teorias políticas contemporâneas II CHSA 3 1 60 75 5
Metodologia de investigação qualitativa CHSA 1 1 2 60 75 5
Estatística Descritiva CETE 2 2 60 75 5
Francês para Fins Específicos I CHSA 1 2 60 75 5
Total 360 450 30
810 horas

4º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Estudos pós-coloniais e feministas CHSA 3 1 60 75 5
Estrutura e estratificação social CHSA 3 1 60 75 5
Metodologia quantitativa para CS CHSA 1 3 60 75 5
Economia CEJP 2 1 60 75 5
Psicologia Social CHSA 2 1 60 75 5
Francês para Fins Específicos II CHSA 2 1 60 75 5
Total 360 450 30

12.2 Percurso em Ciência Política

Além das unidades curriculares obrigatórias o estudante deverá concluir sete unidades curriculares opcionais em função da
orientação a inserção imediata no mercado de trabalho ou para o prosseguimento de estudos de investigação.

5º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Regimes Políticos CHSA 2 2 60 75 5
Teorias dos Partidos e Sistemas CHSA 2 2 60 75 5
Eleitorais
Teoria das Elites CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

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6º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito
autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Sociologia Política CHSA 2 2 60 75 5
Teoria Política das Relações CHSA 2 2 60 75 5
Internacionais
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

7º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Instituições Políticas Cabo-verdianas CHSA 2 2 60 75 5
Cultura e Política CHSA 2 2 60 75 5
Seminário de TFC CHSA 1 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

8º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Estágio Técnico-científico ou Monografia CHSA 300 510 30
Total 300 510 30

Unidades curriculares opcionais (Aprofundamento teórico e instrumental)

Unidades curriculares Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Tópicos especiais em Política CHSA 2 2 60 75 5
Contemporânea
Tópicos Especiais em Estudos Cabo- CHSA 2 2 60 75 5
verdianos
Comportamento Eleitoral CHSA 2 2 60 75 5

Política Comparada CHSA 2 2 60 75 5


Teoria Constitucional CEJP 2 2 60 75 5
Comunicação Política CHSA 2 2 60 75 5
Estado e Políticas Públicas CHSA 2 2 60 75 5
Gestão de Projectos Sociais CHSA 2 2 60 75 5
Avaliação e Seguimento de projectos CHSA 1 2 45 90 5

14
sociais
Sondagens e Estudos de mercado CHSA 2 2 60 75 5
Qualquer Unidade Curricular dos
percursos em Sociologia e Antropologia
Qualquer Unidade Curricular dos cursos
de História e Filosofia

12.3 Percurso em Sociologia

Além das unidades curriculares obrigatórias o estudante deverá concluir sete unidades curriculares opcionais em função da
orientação a inserção imediata no mercado de trabalho ou para o prosseguimento de estudos de investigação.

5º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Sociologia das Religiões CHSA 2 2 60 75 5
Sociologia do Conhecimento CHSA 2 2 60 75 5
Sociologia Rural CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

6º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Sociologia da Cultura CHSA 2 2 60 75 5
Sociologia Urbana CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

7º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Sociologia das Migrações CHSA 2 2 60 75 5
Movimentos Sociais e Participação CHSA 2 2 60 75 5
Seminário de TFC CHSA 1 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 1 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 1 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 1 60 75 5
Total 360 450 30

8º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS

15
Estágio Técnico-científico ou Monografia CHSA 300 510 30
Total 300 510 30

Unidades curriculares opcionais (Aprofundamento teórico e instrumental)

Unidades curriculares Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Tópicos Especiais em Sociologia CHSA 2 2 60 75 5
Contemporânea
Tópicos Especiais em Estudos Cabo- CHSA 2 2 60 75 5
verdianos
Sociologia de Educação CHSA 2 2 60 75 5

Sociologia Política CHSA 2 2 60 75 5


Sociologia do Desenvolvimento CHSA 2 2 60 75 5
Sociologia das Organizações CHSA 2 2 60 75 5
Sociologia da Vida Quotidiana CHSA 2 2 60 75 5
Sociologia do Trabalho CHSA 2 2 60 75 5
Estado e Políticas Públicas CHSA 2 2 60 75 5
Gestão de projectos sociais CHSA 2 2 60 75 5
Avaliação e Seguimento de projectos CHSA 1 2 60 75 5
sociais
Qualquer Unidade Curricular dos percursos
em Ciência Política e Antropologia
Qualquer Unidade Curricular dos cursos de
História e Filosofia

12.4 Percurso Antropologia

Além das unidades curriculares obrigatórias o estudante deverá concluir sete unidades curriculares opcionais em função da
orientação a inserção imediata no mercado de trabalho ou para o prosseguimento de estudos de investigação.

5º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Antropologia Cultural CHSA 2 2 60 75 5
Antropologia do Corpo, Saúde e CHSA 2 2 60 75 5
Sexualidade
Introdução a Etnologia da África CHSA 2 2 60 75 5
Subsaariana
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

6º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Antropologia da Política CHSA 2 2 60 75 5
Antropologia Rural CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5

16
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

7º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Antropologia Económica CHSA 2 2 60 75 5
Antropologia Urbana CHSA 2 2 60 75 5
Seminário de TFC CHSA 1 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Opção Condicionada CHSA 2 2 60 75 5
Total 360 450 30

8º SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Estágio Técnico-científico ou Monografia CHSA 300 510 30
Total 300 510 30

Unidades curriculares opcionais (Aprofundamento teórico e instrumental)

Unidades curriculares Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Tópicos Especiais em Antropologia CHSA 2 2 60 75 5
Contemporânea
Tópicos Especiais em Estudos Cabo- CHSA 2 2 60 75 5
verdianos
Antropologia do Desenvolvimento CHSA 2 2 60 75 5
Antropologia das Organizações CHSA 2 2 60 75 5
Antropologia da Religião CHSA 2 2 60 75 5
Gestão de projectos Culturais CHSA 2 2 60 75 5
Avaliação e Seguimento de projectos CHSA 1 2 45 90 5
Culturais
Gestão de Patrimónios culturais CHSA 2 2 60 75 5
Qualquer Unidade Curricular dos percursos CHSA
em Ciência Política e Sociologia
Qualquer Unidade Curricular dos cursos de CHSA
História e Filosofia

12.5 Profissionalização para o ensino (opcional)

SEMESTRE Horas de Contacto Horas estudo Crédito


autónomo
AD T TP P CHT HEA CTS
Psicologia da Educação CHSA 3 2 75 87 6
Sociologia da Educação CHSA 3 3 90 72 6

17
Teoria e Desenvolvimento curricular CHSA 3 3 90 72 6
Teoria e Prática de Avaliação CHSA 3 3 90 72 6
Administração educacional escolar CHSA 90 72 6
Modelos e Práticas de investigação em CHSA 2 3 75 87 6
educação
Estágio Pedagógico CHSA 360 180 20
Trabalho de Fim de Curso CHSA 210 60 10
Total 1080 702 66

Legenda:
AD – Área Disciplinar;
CEJP – Ciências Económicas, Jurídicas e Políticas
CETE – Ciências Exactas, Tecnologias e Engenharias
CHSA – Ciências Humanas, Sociais e Artes
CHT – Carga horária total
CTS – Crédito
HEA – Horas de Estudo Acompanhado
P – Componente Prática;
T – Componente Teórica;
TP – Componente Teórico-prática;
Obs. Uma unidade de crédito corresponde a 27 horas de trabalho.

13. Memória Descritiva

13.1. Tronco Comum

Primeiro Semestre

Denominação da unidade curricular Introdução às Ciências Sociais

Objectivos  Compreender as condições de formação e de desenvolvimento do


domínio das ciências sociais no sistema das ciências, à luz dos
pressupostos teóricos e metodológicos que definem o saber
científico do social.
Conteúdos 1. Antecedentes socioeconómicos, históricos e políticos de emergência e
desenvolvimento/institucionalização das Ciências Sociais;
2. Pressupostos epistemológicos/filosóficos da construção dos objectos de
estudo em Ciências Sociais;
3. Estatuto científico das Ciências Sociais, a partir das contribuições teóricas
da Sociologia, Antropologia e Ciência Política.

Bibliográfica básica Nunes, A. S (2001). Questões Preliminares sobre as Ciências Sociais , Lisboa,
Editorial Presença.
Barara, Óscar Soares (2002). Introdução às Ciências Sociais, Lisboa, Bertrand
Editora.
Castel, Robert (1998). As metamorfoses da questão social, Petrópolis, Vozes

Denominação da unidade curricular Teorias sociológicas clássicas

18
Objectivos  Dar a conhecer os principais contributos dos clássicos no tocante à
emergência e desenvolvimento da sociologia, como um campo de
saber autónomo.

Conteúdos 1. Especificidade do objecto sociológico, Divisão social do trabalho e anomia,


Representações colectivas e coesão social, A dualidade dos factos morais;
Coesão, solidariedade e os dois tipos de consciência (Émile Durkheim);
2. A Sociologia Compreensiva de Max Weber (Teoria da acção social;
objectividade do conhecimento; Os tipos puros de acção e de acção social;
Tendência à racionalização e burocracia; Racionalização e capitalismo)
3. Sociologia Marxista (Dialéctica e materialismo; Forças produtivas e relações
sociais de produção; Estrutura e super estrutura; Classes Sociais e estrutura
Social; Trabalho, Alienação e sociedade capitalista.

Bibliográfica básica Durkheim, Émile (1999). Da divisão do trabalho social, São Paulo: Martins
Fontes.
Durkheim, Émile (1999). O Suicido, Lisboa: Presença.
Marx, Karl (1996). O Capital, São Paulo: Nova Cultural.
Weber, Max (2004). A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo , São
Paulo: Companhia das Letras.

Denominação da unidade curricular Teorias Antropológicas Clássicas

Objectivos  Oferecer uma introdução geral às principais vertentes teórico-


metodológicas do pensamento antropológico, através da leitura e
discussão de textos clássicos de alguns autores tidos como
fundamentais na constituição e exercício da disciplina, referente a
segunda metade do século XIX até meados dos anos sessenta do
século XX.
 Analisar as principais correntes teóricas e os desdobramentos
tomados pela prática antropológica.

Conteúdos 1. Gênese e desenvolvimento da antropologia. Primeiras abordagens teóricas


configuradas em escolas, incluindo o evolucionismo, particularismo histórico,
funcionalismo, cultura e personalidade.
2. Escolas ou abordagens teóricas até os anos 50: funcionalismo estrutural
britânico – herança de A. R. Radclife-Brown, Bronislaw Malinowski e Evans
Pritchard;
3. Antropologia cultural e psicocultural norte-americana – herança de Margaret
Mead, Ruth Benedict e outros;
4. Antropologia evolucionista norte americana – centrada em torno de Leslie
While e Julian Steward;
5. Escola britânica de antropologia social - legado de William Rivers;
6. Escola sociológica francesa; antropologia social inglesa: trabalho de campo.
Teoria das necessidades de Malinowski.

Bibliográfica básica Evans-Pritchard, E. E. (1989). História do Pensamento Antropológico . Lisboa,


Edições 70.
Lévi-Strauss (2008). Antropologia Estrutural. São Paulo, Cosac Naify.
Malinowski, B. (1997). “Os Argonautas do Pacifico Ocidental: Introdução,
objecto, método e alcance desta investigação”. In Silva, M. C. (org.) Trabalho
de Campo, Ethnologia, nºs 6-8,pp.17-38.
Mauss, M. (2001). Ensaios Sobre a Dadiva. Lisboa, Edições 70.
Radcliffe-Brown, A. R. (1989). Estrutura e Função nas Sociedades Primitivas ,

19
Lisboa, Edições 70.

Denominação da unidade curricular Teorias políticas clássicas

Objectivos  Compreender as principais contribuições de autores clássicos que


reflectiram sobre a natureza da relação entre indivíduo, sociedade e
o Estado, abarcando dimensões diversas da vida social como o
poder, a soberania, a autoridade, a liberdade, a igualdade, a justiça,
o bem comum.

Conteúdos 1. As principais contribuições da teoria política clássica designadamente: o


realismo político (Maquiavel), as concepções jusnaturalistas (Hobbes, Locke e
Rousseau) e uma nova perspectiva do realismo político a partir do conceito de
lei, separação de poderes e estabilidade dos governos (Montesquieu) e do
funcionamento da democracia moderna (Tocqueville) e a questão da
separação dos poderes tendo como referencial as contribuições de
Federalistas (Madison, Jefferson e Hamilton).

Bibliográfica básica Locke, John. (1974). Segundo Tratado sobre Governo Civil. São Paulo, Abril
Cultural.
Maquiavel, Nicolau. (1999). O Príncipe. São Paulo, Ed. Nova Cultural, Col. Os
Pensadores.
Montesquieu, Charles de (1973). O Espírito das Leis. São Paulo, Abril Cultural,
Col. Os Pensadores.
Rousseau, J. J. (1978). “O Contrato Social”, in Rousseau. São Paulo, Abril
Cultural.
Tocqueville, Alexis de (1973). A Democracia na América. Abril Cultural.

Denominação da unidade curricular Comunicação e Expressão


Objectivos  Proporcionar aos estudantes ferramentas que lhes subsidiem na
estruturação e redacção de textos científicos em consonância com
os parâmetros académicos.

Conteúdos 1. O texto científico: características e especificidades; técnicas para a sua


estruturação e redacção; modalidades de textos científicos;
2. Componentes de textos científicos: elementos, pré-textuais, textuais e pós-
textuais;
3. Técnicas de pesquisa bibliográfica com recursos às TIC.
4. Aspectos deontológicos na produção de textos científicos.

Bibliográfica básica Carvalho, J. Eduardo (2002). Metodologia do Trabalho Científico, Lisboa,


Escolar Editora.
Eco, Umberto (1997). Como se faz uma tese em Ciências Sociais, Editorial
Presença.
Lakatos, Eva (1991). Metodologia Científica, 2ª ed. São Paulo, Editorial Atlas.
S.A.
Severino, António Joaquim (2000). Metodologia do Trabalho Científico , S.
Paulo, Cortez.

20
Denominação da unidade curricular Inglês para fins específicos I

Objectivos  Relacionar sistematicamente estruturas gramaticais a significados,


usos e situações, utilizando uma abordagem funcional à gramática
que vai capacitar os alunos para melhorar e ampliar o alcance de
sua habilidade comunicativa na língua;
 Melhorar a compreensão e uso da língua inglesa, através da
exposição a uma vasta gama de textos que cobre uma variedade de
tópicos, tais como o ambiente familiar, o trabalho, problemas sociais,
questões políticas, etc. Os alunos desenvolverão práticas e
estratégias eficientes de leitura, a fim de se tornarem leitores ávidos
e habilidosos;
 Identificar e observar pronúncia correta de sons críticos em Inglês;
 Adquirir uma compreensão da natureza e função da língua Inglesa
para uma comunicação oral e produção escrita que se querem
eficazes;
 Tomar consciência da importância do Inglês como a principal língua
internacional no domínio científico.

Conteúdos Este curso permitirá aos formandos tornar-se consciente da importância do


estudo de Inglês em suas futuras actividades profissionais; no nível esperado
ler e interpretar textos literários, da área específica, e de carácter técnico e
científico, bem como identificar a ideia central de um texto em inglês; construir
frases, parágrafos e textos, em inglês, utilizando as estruturas gramaticais
adequadas, analisar acontecimentos ou conjunto de situações-problema em
termos de causa e efeito e traduzir os mesmos acontecimentos em forma de
texto do inglês para o português;
Bibliográfica básica Dignen, Bob, Finders, Steve & Sweeney, Simon (2004) For work and life
English 365. New York: Cambridge University Press.
Fürstenau, Eugênio. Novo dicionário de termos técnicos. Volumes 1 e 2,
Editora Globo, 24ª edição, 2005.
Michaelis Dicionário Prático Inglês: Inglês-Português/Português-Inglês

Denominação da unidade curricular Introdução à Informática

Objectivos  Compreender a importância da informática como ciência que estuda


o conjunto de informações e conhecimentos por meios digitais;
 Saber utilizar a informática como meio de produção, pesquisa,
divulgação, informação e comunicação profissional e global.

Conteúdos 1. Princípios de informática;


2. Tratamento de dados;
3. Pesquisa, informação e comunicação;
4. A ciência da computação, a teoria da informação, o processo de cálculo, a
análise numérica e os métodos teóricos da representação dos conhecimentos
e da modelagem dos problemas.
Bibliográfica básica Brookshear, J. Glenn (2000). Ciência da Computação: Uma visão abrangente .
5ª ed. Porto Alegre: Bookman Companhia Editora, 2000
Capron, H.L., e JOHNSON, J.A. (2004). Introdução à Informática, 8ª ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall.
Fedeli, Ricardo Daniel (2003). Introdução à Ciência da Computação. São
Paulo: Pioneira - Thomson Learning.
Tanenbaum, Andrew Stuart (2001). Organização Estruturada de
Computadores. 4ª ed. LTC.
Veloso, Fernando de Castro (2004). Informática: conceitos básicos. 7ª ed. Rio

21
de Janeiro: Campus.

Segundo Semestre

Denominação da unidade curricular Teorias sociológicas contemporâneas I

Objectivos  Apresentar e debater os grandes eixos da sociologia contemporânea


em torno da oposição entre estrutura e acção. Análise comparativa e
crítica da contribuição do estrutural-funcionalismo, do neo-marxismo
e da fenomenologia ao pensamento sociológico contemporâneo.

Conteúdos 1. O funcionalismo tendo como autores de referência Robert Merton e Talcot


Parsons;
2. Marxismo Ocidental: Gramsci, Lukács, Sartre e a primeira geração da
Escola de Frankfurt;
3. Teorias de acção e interacção social, realçando as diferenças entre as
perspectivas subjectivistas e praxiológicas: Interaccionismo Simbólico de
George Herbert Mead; Dramaturgia do Social: Erving Goffman; Sociologia
Etnometodológica: Harold Garfinkel;
4. A sociologia fenomenológica: Peter Berger e Thomas Luckman,
5. Teorias da acção racional.
Bibliografia básica Berger, Peter, Luckmann, Thomas (2004). A Construção Social da Realidade ,
Lisboa, Dinalivro.
Giddens, A. (2000). Dualidade de estrutura. Agência e estrutura. Oeiras, Celta.
Goffman, Erving, (1993). A Representação do Eu na Vida Quotidiana, Lisboa,
Relógio D'Água.
Parsons, Talcott (1974). O Sistema das Sociedades Modernas, São Paulo :
Livraria Pioneira Editora.
Shütz, Alfred (s/d). Fenomenología del Mundo Social - Introdución a la
sociología comprensiva, Buenos Aires, Paidós.

Denominação da unidade curricular Teorias Antropológicas Contemporâneas I

Objectivos  Examinar a trama do pensamento antropológico nas últimas três


décadas do século XX e no início do XXI., tomando como ponto de
partida o “acabamento” do chamado estruturalismo efectuado por
Claude Lévi-Strauss no início da década de 70;
 Explorar o que Edwin Ardener, talvez, tenha sido o primeiro a
denominar o eclipse das grandes “escolas” do pensamento
antropológico e a eclosão da diversidade teórica contemporânea.
 Abordar os principais desenvolvimentos da disciplina ao longo da
segunda metade do século XX anos: desde os trabalhos de Sahlins,
Geertz, Clastres, Louis Dumont, Bourdieu, Mary Douglas, Marshall.

Conteúdos 1. O pensamento estruturalista na antropologia de Lévi-Strauss.


2. O debate entre o estruturalismo, o marxismo e a psicanálise.
3. O estruturalismo fora da França (EUA, Grã-Bretanha).
4. Tendências do pensamento antropológico contemporâneo: Antropologia e
Hermenêutica.
5. A abordagem semiótica da cultura. Antropologia interpretativa. Crise da

22
representação. Estudos culturais.
6. Debate anti-colonial e outros temas relevantes. A alteridade e produção de
conhecimento na antropologia.
7. O debate metodológico: circunscrição de objetivos, relação entre
pesquisadores e investigados.
8. Problema de autoria e alteridade etnográfica.
9. A etnografia como produção de conhecimento. O texto na experiência de
campo.
Bibliografia básica Douglas, Mary e Isherwood, Baron (2006). O Mundo dos Bens. Para uma
Antropologia do Consumo. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ.
Dumont, Louis (1985). O Individualismo. Rio de Janeiro, Rocco.
Geertz, Clifford (1978). A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro, Zahar
Editores.
Sahlins, Marshall. “A primeira sociedade da afluência” In: Carvalho, Edgar A.
(org.). Antropologia Econômica. São Paulo: Editora Ciência Humanas, 1978.
Turner, Victor (2008). Dramas, Campos e Metáforas. Ação Simbólica na
Sociedade Humana. Niterói, RJ, Editora da UFF.

Denominação da unidade curricular Teoria Política contemporânea I

Objectivos  Propiciar aos estudantes o domínio dos principais conceitos sobre a


natureza do Estado contemporâneo;
 Compreender as contribuições de teóricos liberais e neoliberais
sobre a configuração e as funções do Estado contemporâneo;
 Conhecer as principais abordagens marxistas e neomarxistas sobre
a natureza e o papel do Estado.

Conteúdos 1. As dimensões da configuração do Estado racional contemporâneo,


enfatizando o ideário da dominação racional-legal e a profissionalização da
actividade política teorizadas por Max Weber.
2. A natureza e o papel de Estado com o advento do capitalismo, resgatando
as controvérsias entre pensadores filiadas às tradições teóricas marxista e
liberal.

Bibliografia básica Bobbio, Norberto (2004). O Futuro da Democracia. Rio de Janeiro: Paz e
Terra.
Engels, Friedrich (2012). A origem da Família, da Propriedade Privada e do
Estado; São Paulo, Centauro Editora 4ª ed.
Gramsci, António (1978). Maquiavel, a Política e o Estado Moderno. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira.
Lenine, Ilich (1983). Estado e Revolução. São Paulo: Editora Hucitec.
Poulantzas, Nicos (1986). Poder Político e Classes Sociais. São Paulo,
Martins Fontes.
Weber, Max. A Política como Vocação. In: Ciência e Política, Duas Vocações.
São Paulo: Editora Cultrix, 1996.

Denominação da unidade curricular Metodologia de investigação em Ciências Sociais

Objectivos  Desenvolver nos estudantes o interesse pela investigação, debater a


questão sobre as exigências e o rigor intrínsecos às actividades de
investigação científica;
 Propiciar conhecimentos sobre os métodos e técnicas fundamentais

23
para a produção do conhecimento científico do domínio das Ciências
Sociais com enfoque para as áreas de Antropologia, Ciências
Política e Sociologia.

Conteúdos 1. Epistemologia: origem, significado e os problemas que ela aborda.


2. A problemática da ruptura epistemológica.
3. O positivismo lógico.
4. A construção epistemológica das ciências sociais. Metodologia geral de
investigação.
5. A produção do conhecimento em Ciências Sociais.
6. Teoria, métodos e técnicas de investigação em Ciências Sociais.
7. As fases de uma investigação científica, a conceptual e metodológica.

Bibliografia básica Bachelard, Gaston (2005). A Formação do Espírito Científico: Contribuição


para uma Psicanálise do Conhecimento, Rio de Janeiro, Contraponto Editora.
Bourdieu, Pierre et alii. (1999). A Profissão de Sociólogo: preliminares
epistemológicas, Trad. Teixeira J.F., Petrópolis, Vozes editora.
Laville, C. e Dionne, J (1999). A Construção do Saber : Manual de
Metodologia da Pesquisa em Ciências Humanas , Belo Horizonte, UFMG
Editora.
Quivy, R.; Van Campenhoudt, Luc. (1998). Manual de investigação em
Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.
Santos, Boaventura de Sousa (1995). Um Discurso Sobre as Ciências, 7ª
Edição, Porto, Edições Afrontamento.

Denominação da unidade curricular Formação social cabo-verdiana

Objectivos  Propiciar aos estudantes o conhecimento de estudos sobre a


formação social cabo-verdiana.

Conteúdos 1. Análise de estudos realizados sobre realidade cabo-verdiana numa


perspectiva histórica, sociológica e antropológica.
2. Análise de forma reflexiva das temáticas sociais, económicas, políticas e
culturais relativas à sociedade cabo-verdiana abordadas por autores nacionais
e estrangeiros.

Bibliografia básica Borges, João C. F (2000). Território, Identidade e Memória. Acre: UACRE.
Carreira, António (1972). Formação e Extinção de uma Sociedade
Escravocrata (1460-1878). Lisboa: Centro de Estudos da Guiné Portuguesa,
1972.
Damatta, Robert (1980). Você tem Cultura? Rio de Janeiro: Olympus.
Lima, Mesquita (1964). Aspectos sociológicos da colonização. Lisboa: Centro
de Informação e Turismo de Angola.
Ribeiro, Orlando (1955). Primórdios da Ocupação das ilhas de Cabo Verde .
Lisboa: Imprensa Coimbra.

Denominação da unidade curricular Inglês para fins específicos II

Objectivos  Interpretar textos simples, de natureza familiar, social, científica, etc,


para se familiarizar com diferentes tipos de vocabulário;
 Aprender as regras de ortografia e regras básicas para pontuação
para produzir textos simples sobre temas que familiares ou de

24
interesse pessoal;
 Aumentar o vocabulário através do uso de pistas de contexto, bem
como conhecimento de partes de palavras;
 Melhorar a expressão e compreensão oral e demonstrar a escuta
activa e crítica;
 Descrever oralmente e por escrito experiências e eventos, sonhos,
esperanças e ambições, bem como dar breves razões e explicações
para opiniões e planos;
 Reforçar e consolidar as competências orais escritas e da leitura.
Para uma melhor compreensão dos textos escritos e das práticas
orais
Conteúdos Este curso permitirá aos formandos tornarem-se conscientes da importância
da língua Inglesa em suas futuras actividades profissionais; no nível esperado,
ler e interpretar textos literários, da área específica, e de carácter técnico e
científico, bem como identificar a ideia central de um texto em inglês; construir
frases, parágrafos e textos, em inglês, utilizando as estruturas gramaticais
adequadas, analisar acontecimentos ou conjunto de situações-problema em
termos de causa e efeito e traduzir os mesmos acontecimentos em forma de
texto do inglês para o português;
Bibliografia básica Dignen, Bob, Finders, Steve & Sweeney, Simon (2004) For work and life
English 365. New York: Cambridge University Press.
Fürstenau, Eugênio. Novo dicionário de termos técnicos. Volumes 1 e 2,
Editora Globo, 24ª edição, 2005.
Michaelis Dicionário Prático Inglês: Inglês-Português/Português-Inglês.

Terceiro Semestre

Denominação da unidade curricular Teorias sociológicas contemporâneas II

Objectivos  Discutir as principais correntes teóricas que dominaram o


pensamento sociológico a partir do segundo quartel do século XX
com particular enfoque na crítica ao capitalismo;
 Promover a reflexão sobre as grandes questões do mundo
contemporâneo à luz das actuais produções e reconstruções
sociológicas e desenvolver a capacidade de raciocínio sociológico.

Conteúdos 1. A escola de Frankfurt e a teoria crítica: Debate dos textos de Max


Horkheimer, Herbert Marcuse, Theodor Adorno e Walter Benjamin; Do pós-
estruturalismo ao pensamento social pós-moderno: O Marxismo estruturalista
de Louis Althusser; o pensamento de Michel Foucault; o pensamento de Pierre
Bourdieu: estrutura, habitus e campos
2. Os grandes desafios epistemológicos contemporâneos; Pos- Modernidade
ou modernidade tardia: Análise dos textos de Giddens, Beck e Lasch; Teoria
de Estruturação: Dualidade da Estrutura- conceitos de Estrutura e Acção;
Análise dos conceitos da Modernidade e Modernidade Reflexiva em Anthony
Giddens, Scott Lasch e Ulrick Bech. A segunda e a terceira geração da Escola
de Frankfurt: Habermas, Honneth e Fraser a relação entre esferas públicas e
lutas por reconhecimento e redistribuição.

Bibliografia básica Bourdieu, Pierre (1998). O Que Falar Quer Dizer. Lisboa, Difel.
Foucault, Michel (2000). Vigiar e Punir. História da Violência nas Prisões. R.J.
Vozes.
Giddens, Anthony (1995). As consequências da modernidade . Oeiras, Celta
Editora.

25
Horkheim, Max & Adorno, Theodor (1985). Dialética do Esclarecimento:
Fragmentos Filosóficos. R.J. Jorge Zahar Editora.
Marcuse, Herbert 1968. Eros e Civilização: uma interpretação filosófica do
pensamento de Freud. R.J. Zahar Editora.

Denominação da unidade curricular Teorias Antropológicas Contemporâneas II

Objectivos  Levantar questões através do exame de bibliografia que inclui


clássicos e trabalhos recentes sobre a sociedade moderno-
contemporânea.
 Enfatizar as interfaces das problemáticas levantadas por estudos
antropológicos sobre metrópole, complexidade sociocultural, visões
de mundo e estilos de vida, contexto histórico em que opera o
colonialismo e o pós-colonialismo; família, género e sexualidade,
enfatizando, em especial, o diálogo constante entre a produção
académica e o contexto político no qual emergem ou são
reconfigurados tais estudos.

Conteúdos 1. Antropologia pós-moderna: questões teórico-metodológicas.


2. O debate na Europa, nos EUA, na América Latina e na África.
Estruturalismo e seus desdobramentos.
3. O debate marxista na antropologia. Novas abordagens de cultura de
pequenos grupos nas sociedade contemporâneas. Relação entre o global e o
local.
4. A produção da existência. Sistemas simbólicos e formas de sociabilidades.
5. Direções atuais da investigação etnográfica nas sociedades urbanas.
6. Relações da Antropologia com outras disciplinas.
7. Família, gênero, limites e possibilidades. Redes, multiplicidades e
simetrizações.

Bibliografia básica Geertz, Clifford. “Estar lá: a antropologia e o cenário da escrita”. Obras e
Vidas: O Antropólogo como Autor, Rio de Janeiro, Edufrj, 2002.
Ortner, Sherry. “Uma Atualização da Teoria da Prática” e “Poder e projetos:
Reflexões sobre a Agência”. Grossi, Miriam Pillar et alii (Orgs.). Conferências
e Diálogos: Saberes e Práticas Antropológicas. Blumenau, Nova Letra, 2007.
Wagner, Roy (1981). A Invenção da Cultura. Chicago: The University of
Chicago Press.

Denominação da unidade curricular Teoria Política contemporânea II

Objectivos  Introduzir os estudantes no estudo dos grandes temas e principais


pensamentos da ciência política contemporânea, oferecendo uma
oportunidade para discutir e pensar as projecções da teoria política,
mediante a leitura e debate de textos seleccionados
Conteúdos 1. As grandes contribuições das teorias políticas contemporâneas
relacionadas com as abordagens: Pluralistas (Dahl); Sistémico-Funcionalista
(Almond e Powell, Deutsch, Easton, Parsons;
2. Participação Política (Milbrath, Pateman Pizzorno, Putnam, Olson;
3. Processos de democratização (A governance e os governos (Rhodes),
Stoker, Muller), Pierre (Pagden, Kooiman.

26
Bibliografia básica Dalh, A. Robert (1996). Um Prefácio à Teoria Democrática, Rio de Janeiro,
Editora Zahar Editora.
Pateman, Carole (1992). Participação e Teoria Democrática, Rio de Janeiro,
Editora Paz e Terra.
Schumpeter, A. Joseph (1987). Capitalismo, Socialismo e Democracia, Rio de
Janeiro, Zahar Editora.

Denominação da unidade curricular Metodologia de investigação qualitativa

Objectivos  Levar o estudante a aplicar diversas metodologias interpretativas


articuladas aos paradigmas qualitativos (fenomenologia, o
interaccionismo simbólico e a etnometodologia) estudados no âmbito
de outras Unidades Curriculares;
 Levar o estudante a dominar as técnicas e os modos de construção
dos elos entre teoria e dados

Conteúdos 1. Pressupostos teóricos da investigação qualitativa.


2. Os fundamentos das principais técnicas qualitativas de investigação: a
observação participante, entrevistas qualitativas abertas e dirigidas, história
oral, história de vida, suas diferenças, e possibilidades de integração à
etnografia.
Obs. As dimensões práticas serão desenvolvidas através da realização regular
de trabalhos de campo, com vista à aplicação das técnicas discutidas de ponto
de vista teórico.
Bibliografia básica Babbie, E. (2003) Métodos de Pesquisa do Survey. Belo Horizonte: UFMG.
Bardin, L. (2008). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Burguess, R. (1997). A pesquisa de terreno. Lisboa: Celta Editora.
Freitas, S. (2006). Historia Oral – Possibilidades e Procedimentos. São Paulo:
Humanitas.
May, T. (2004). Pesquisa social. Questões, métodos e processos . São Paulo:
Artmed.

Denominação da unidade curricular Estatística Descritiva

Objectivos  Propiciar o domínio de técnicas e instrumentos de produção, análise


e interpretação de informações estatísticas.

Conteúdos 1. População e amostras.


2. Levantamento e apuramento de dados.
3. Descrição de dados amostra: tabelas, gráficos, medidas de posição e de
variabilidade.
4. Noções elementares de probabilidade.
5. Análise de uma distribuição de frequência de natureza qualitativa:
coeficientes e índices mais usados.
6. Elementos de demografia.

Bibliografia básica Da Silva, Cecília Moura (1994). Estatística Aplicada à Sociologia e às Ciências
Sociais, McGrau-Hill de Portugal.
Murteira, Bento e tal (2002). Introdução à Estatística , McGrau-Hill de Portugal,
2002.
Pestana, Maria; Gageiro, João (1998). Análise de Dados Para Ciências
Sociais: A Complementaridade do SPSS, Lisboa, Edições Sílabo.

27
Reis, Elizabeth (1991). Estatística Descritiva, Lisboa, Edições Sílabo.
Spiegel, Murray Ralph (1978). Probabilidade e Estatística, McGrau-Hill do
Brasil (tradução de Alfredo Alves de Faria).

Denominação da unidade curricular Francês para fins específicos I

Objectivos  Adquirir uma fluência linguística, correcção ortográfica e


conhecimento vocabular apropriados à área de especialidade, de
acordo com o nível A2.2. ;
 Compreender textos orais e escritos para obtenção de informação
geral e específica.
Conteúdos 1. Leitura de textos escritos numa linguagem corrente;
2. Compreensão de textos orais e escritos em linguagem quotidiana;
3. Desenvolvimento de competências linguísticas para comunicar de maneira
informal;
4. Produção de textos simples e curtos sobre temas gerais.
Bibliografia básica Abry, D., Chalaron M.L. (2003). La grammaire des premiers temps 1.
Grenoble : France. PUG
Godard E., Liria P., Sige J.P. (2011). Les clés du nouveau DELF A2. Editions
Maisons des langues.
Merieux R., Laine, E., Loiseau, Y. Latitudes 2. Paris: France. Didier.

Quarto Semestre

Denominação da unidade curricular Estudos Pós-coloniais e feministas

Objectivos  Proporcionar um panorama histórico da passagem dos Estudos


Culturais em Birmingham aos estudos pós-coloniais e os
desdobramentos sobre os estudos feministas

Conteúdos 1. Como nos Estados Unidos, particularmente a partir da década de 1980, os


Estudos Culturais se expandiram associados ao feminismo, ao movimento gay e
de minorias étnicas, o que resultou em uma renovação que encontrou destaque
em pesquisadores como Eve K. Sedgwick (fundadora da Teoria Queer), Elaine
Showalter, Sander L. Gilman e outros.
2. As principais referências dos Estudos Culturais em Birmingham;
3. O Impacto do pós-estruturalismo sobre os estudos do pesquisador palestino-
americano Edward W. Said e do anglo-indiano Homi Bhabha.
4. Os estudos sobre o atlântico negro nas esteiras de Gilroy;
5 Produção do conhecimento sociológico sobre realidades africanas;
6) Os processos coloniais e descolonização das nações africanas;

Bibliografia básica Hall, Stuart (2005). A Identidade Cultural na Pós-Modernidade. DP&A Editora.
Said, Edward (2005). Cultura e Imperialismo. São Paulo: Cia das Letras.
Santos, B.S & Meneses, M. P. (Orgs). (2009). Epistemologias do Sul. Coimbra,
Almedina/CES.
Appiah, Kwami Anthony (1997), Na casa de meu pai: a África na filosofia da
cultura. Rio de Janeiro: Contraponto.

Denominação da unidade curricular Estrutura e estratificação social

28
Objectivos  Fornecer aos estudantes as bases teóricas na análise da
problemática da estratificação social.

Conteúdos 1. As diferentes tipologias da estratificação social, nomeadamente, estamento,


castas sociais, classes sociais bem como o problema de “ classe média”.
2. O fenómeno de mobilidade e conflito na sociedade industrial moderna.
3. Análise da centralidade das classes sociais e da estratificação no processo
de diferenciação social e de desigualdades sociais, envolvendo contributos
clássicos e actuais, com realce as perspectivas sociológicas diversas, e
relacionando-as com outras dimensões de desigualdades sociais.

Bibliografia básica Bourdieu, Pierre, (1930-2002). A Distinção Uma Crítica Social da Faculdade
do Juízo: História e Sociedade. Tradução de Pedro Elói Duarte, Edições 70
Ldª, Lisboa, 2010.
Furtado, Cláudio, (1997), Génese e Reprodução da Classe Dirigente em Cabo
Verde, Praia, Editora ICL.
Giddens, Anthony, (2005). Capitalismo Moderna Teoria Social, 6ª ed. Trad.
Maria do Carmo Cary, Lisboa, Editorial Presença.
Ianni, Octávio (1966). Teorias de Estratificação Social: Leituras de Sociologia ,
São Paulo, Companhia Editora Nacional.
Lukacs, Gyorgy e tal, (1966). Estrutura de Classe e Estratificação Social , Rio
de Janeiro, Zahar Editora.

Denominação da unidade curricular Metodologia quantitativa para as Ciências Sociais

Objectivos  Propiciar aos estudantes o domínio de conhecimento teórico-


instrumental da metodologia quantitativa;
 Promover o conhecimento de técnicas quantitativas de análise de
dados com recurso a programas informáticos

Conteúdos 1. Pressupostos teóricos e conceitos básicos da investigação quantitativa e


sua aplicação ao campo das ciências sociais.
2. Noções de estatística inferencial (medidas de associação: teste de qui-
quadrado; coeficiente de correlação, análise factorial, a regressão) aplicada às
ciências sociais.
3. Construção de bases de dados e sistematização de informações em forma
de tabelas e gráficos.
4. Leitura e interpretação de dados quantitativos.
Bibliografia básica Cruchinho, Cristina e SIMÕES, Manuela (2011). Matemática Aplicada às
Ciências Sociais, Porto, Areal Editores.
Murteira, Bento et alii (2002). Introdução à Estatística, MCGrau-Hill de
Portugal.
Pestana, Maria; Gageiro João (1998). Análise de Dados para Ciências
Sociais: Complementaridade do SPSS, Lisboa, Ed. Sílabo.
Reis, Elizabeth (1991). Estatística Descritiva, Lisboa, Edições Silabo.
Spiegel, Murray Ralph (1978). Probabilidade e Estatística, MCGrau-Hill do
Brasil (tradução de Alfredo Alves de Faria).

Denominação da unidade curricular Introdução à Economia

Objectivos  Propiciar aos estudantes os conhecimentos básicos das ciências


económicas enquanto uma ciência social

29
Conteúdos 1. A natureza e métodos das ciências económicas e suas características.
2. O sistema de produção.
3. Divisão do trabalho.
4. Mercados e Preços.
5. Produção Mercantil simples e capitalista. Mercadoria, valor e preço.
6. A renda nacional como expressão da criação de valor.
7. Acumulação de capital e crescimento económico.
Bibliografia básica Denis, H. (1982). História do Pensamento Económico. 4. Ed. Livros Horizonte.
LIpsey, Richard e Chrystal, Alec (2004). Economics, 10th edition, Oxford
University Press.
Porto, Manuel Lopes (2003). Economia: Um Texto Introdutório, Coimbra,
Almedina.
Samuelson, Paul e Nordhaus, William (2001). Economics, Lisboa, McGraw-
Hill.
Smith, Adam (2006). A Riqueza das Nações. Lisboa, Calouste Gulbenkian, 4a
ed.

Denominação da unidade curricular Psicologia Social

Objectivos  Conhecer os conceitos básicos da psicologia social para possibilitar


a identificação dos fenómenos psicossociais nas relações entre
indivíduo e grupo em diferentes contextos sociais e institucionais;
 Apresentar a psicologia social sob a perspectiva transcultural com
atenção a diversidade cultural

Conteúdos 1. Evolução histórica dos diferentes paradigmas e métodos em Psicologia


Social.
2. Os factores sociais e culturais da personalidade. Socialização e conceitos
de papel e status.
3. A percepção dos eventos sociais e a natureza, função e mudança de
atitudes.

Bibliografia básica Clapier-Valadon, S. (1988). As Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins


Fontes.
Figueira, S. A. (1994). Freud e a Difusão da Psicanálise. Porto Alegre: Artmed.
Lane, S. T. M.; Sawaia, B. B. (1994). Novas Veredas da Psicologia Social. São
Paulo: Brasiliense.
Nye, R.B. (2002). Três Psicologias – Ideias de Freud, Skinner e Rogers . São
Paulo: Ed. Thomson Learning.
Skinner, B.F. (1995). Questões Recentes na Análise Comportamental .
Campinas: Papirus.

Denominação da unidade curricular Francês para fins específicos II

Objectivos  Desenvolver competências comunicativas em diferentes quadros da


sua área profissional de acordo com o nível B1.1;
 Promover uma compreensão eficiente de textos orais e escritos quer
de informação geral, quer dos domínios técnico-científicos
pertinentes.

30
Conteúdos 1. Leitura e compreensão de textos científicos de especialidade;
2. Compreensão de diferentes textos orais e escritos sobre temas gerais;
3. Desenvolvimento de competências linguísticas para comunicar de maneira
formal;
4. Produção de um ensaio, resumo ou relatório de especialidade, da ordem de
250 a 300 palavras.
Bibliografia básica Abry D., Chalaron Ml., (2004) La grammaire des premiers temps 2 . Grenoble :
France. PUG.
Chevalier-Wixler D., Dayez Y., Lepage S., Riba P. (2006) Réussir le Delf :
Niveau B1 du Cadre européen commun de référence, Didier.
Descotes-Genon Ch., Morsel M-H., Richou Cl. (2006) L’exercisier, PUG.

13.2 Percurso em Ciência Política (Unidades curriculares obrigatórias)


Quinto Semestre

Denominação da unidade curricular Regimes políticos

Objectivos  Analisar as diversas matrizes teóricas que enformam a discussão


sobre os fundamentos dos regimes políticos, bem como as suas
diversas configurações históricas;
 Propiciar aos estudantes uma reflexão crítica a respeito das
condições de mudança de um regime político para outro,
designadamente a de um regime não democrático para o
democrático, bem como a distinção entre regimes políticos, formas
de Estado e sistemas de governo.

Conteúdos 1. Noções de regimes políticos segundo os pensadores da antiguidade;


2. Regimes políticos modernos e contemporâneos (conceitos e classificações,
formas de Estado e sistemas de governo);
3. Regimes não democráticos (tipos e características);
4. Regimes democráticos (transições e democratizações);
5. Regimes democráticos no mundo (novas vagas de democratização e os
desafios contemporâneos da democracia)
6. A democracia em Cabo Verde.

Bibliografia básica Arendt, Hannah (1979). As Origens do Totalitarismo III: Totalitarismo o


paroxismo do poder. Rio de Janeiro, Editora Documentário.
Bobbio, Norberto (1997). Estado Governo Sociedade: por uma teoria geral da
política. Rio de Janeiro, Paz e Terra.
Dahl, Robert (1997), Poliarquia: participação e oposição. São Paulo, Edusp.
Huntington, Samuel P. (1991). The Third Wave: Democratization in the Late
Twentieth Century. Norman, University of Oklahoma Press.
Katz, S. Richard (1980). A Theory of Parties and Electoral System . University
Press, London.

Denominação da unidade curricular Teorias dos Partidos e Sistemas eleitorais

Objectivos  Familiarizar os estudantes, por um lado, com a discussão teórica


sobre a origem, estrutura organizacional e ideológica dos partidos
políticos e, por outro, as diversas configurações do sistema eleitoral
e seus efeitos sobre o sistema partidário.

31
Conteúdos Os conteúdos programáticos desta unidade curricular podem ser estruturados
nas seguintes unidades de aprendizagem:
1. Génese e desenvolvimento dos partidos;
2. Sistemas Partidários (Abordagens; Tipologias; Estruturas da competição
interpartidária; Institucionalização dos Sistemas Partidários;
3. Sistemas Eleitorais (Tipos e variedades dos sistemas eleitorais; Sistemas
eleitorais como instrumento político; Consequências políticas dos sistemas
eleitorais; Relação entre sistemas eleitorais e sistemas de partidos).

Bibliografia básica Duverger, Maurice (1970). Os Partidos Políticos. Brasília, Editora UNB.
Nicolau, Jairo M. (1999). Sistemas Eleitorais: Uma Introdução . Rio de Janeiro,
FGV.
Nohlen, Dieter (1993). Sistemas Electorales Y Partidos Políticos. Universidade
Nacional Autónoma do México. Fondo de Cultura Económica, México.
Panebianco, Ângelo (2005). Modelos de Partido: Organização e Poder nos
Partidos Políticos. São Paulo, Editora Martins Fontes.
Sartori, Giovanni (1982). Partidos e Sistemas partidários. Rio de Janeiro,
Editora Zahar Editora.

Denominação da unidade curricular Teorias das elites

Objectivos  Propiciar aos estudantes o conhecimento das principais correntes


teóricas clássicas sobre as elites;
 Reflectir sobre o debate a respeito de quem detém o poder nas
sociedades contemporâneas

Conteúdos Com a Unidade Curricular “Teoria das Elites” pretende-se introduzir os


estudantes no estudo das principais abordagens teóricas clássicas e
contemporâneas, bem como a análise de experiências históricas sobre a
dinâmica de formação e reprodução das elites. Assim, os conteúdos
programáticos incidem sobre:
1. O papel das minorias no processo de dominação política segundo as
perspectivas clássicas de Pareto e Mosca;
2. Os desafios da conciliação entre as elites e a democracia;
3. Elites e sistemas de poder nas sociedades contemporâneas.

Bibliografia básica Bottomore, Tom (1965). As elites e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar editores.
Busino, Giovani (2000). Elites e Elitismo,. Porto, Rés Editora.
Michels, Robert (2001). Para uma Sociologia dos Partidos Políticos na
Democracia Moderna. Lisboa : Editora Antígona.
Mosca, Gaetano (2004). A Classe Política. Coimbra: edições tenácitas.
Pareto, Vilfredo (1968). Propriedades de los Residuos y las Derivaciones, In
Forma y equilibrio sociales. Madrid : Alianza Universidad.

Sexto Semestre

Denominação da unidade curricular Sociologia Política

Objectivos  Propiciar aos estudantes uma reflexão crítica sobre o poder político
e as suas mediações através da institucionalização do Estado e das
organizações da sociedade civil.
 Compreender as lógicas de acção subjacentes às práticas dos

32
actores políticos e sociais
Conteúdos 1. O comportamento dos actores políticos e sociais, enfatizando o
funcionamento do Estado contemporâneo, à luz das suas utopias fundadores
(primado da lei e o interesse público), na sua relação com a sociedade civil.
2. Questões como se organiza o público, seus interesses, atores e suas
instituições (Estado, burocracia, partidos, grupos de pressão, sindicatos,
associações comunitárias, burocracia etc.).
3. De os processos globais e as transformações dos estados nacionais: a
retomada das discussões sobre a sociedade civil;
4. As novas identidades colectivas e os atores transnacionais estão no âmago
da sociologia política um campo de saber interdisciplinar que busca conciliar
as contribuições da sociologia, ciência política e antropologia à compreensão
do fenómeno político.

Bibliografia básica Bobbio, Norberto (1998). Diálogo em torno da república - os grandes temas da
política e da cidadania. Rio de Janeiro: Campus.
Bourdieu, Pierre. (2001). Poder Simbólico. Algés, Editora Difel.
Dahl, Robert (1997). Poliarquia. Participação e oposição. São Paulo, Edusp.
Schumpeter, A. Joseph (1987). Capitalismo, Socialismo e Democracia. Editora
Zahar, Rio de Janeiro.
Tilly, Charles (2009). O poder em movimento. Petrópolis, Vozes.

Denominação da unidade curricular Teoria Política das Relações Internacionais

Objectivos  Contribuir para que os estudantes tenham o entendimento da


complexidade das relações internacionais contemporâneas

Conteúdos 1. Principais correntes teóricas: abordagens clássicas e contemporâneas nas


Relações internacionais.
2. A organização estratégica do sistema mundial e a segurança colectiva.
Evolução do sistema internacional, do pós-guerra aos dias de hoje.
3. O sistema das Nações Unidas.
4. A construção de blocos regionais de integração (União Africana, União
Europeia, Nafta, Mercosul).

Bibliografia básica Coutinho, L. P. P. (2011). A Realidade Internacional: Introdução à Teoria das


Relações Internacionais. Coimbra: Coimbra Editores: Grupo Wolters Kluwer.
Ferreira-Pereira, L. (2010). Relações Internacionais: Actores, Dinâmicas e
Desafios. Lisboa: Prefácio.
Moreira, A. (2007). A Comunidade Internacional em Mudança . 3.ª Ed.
Coimbra: Almedina.
Santos, V. M. (2007). Introdução à História das Relações Internacionais.
Lisboa: Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
Waltz, K. N. (2002). Teoria das Relações Internacionais. Lisboa: Gradiva.

Sétimo Semestre

Denominação da unidade curricular Instituições Políticas Cabo-Verdianas

Objectivos  Propiciar aos estudantes uma reflexão crítica sobre a construção,


desenvolvimento, desempenho e reforma das instituições políticas
caboverdianas, considerando as suas dinâmicas de funcionamento
numa perspectiva histórica.

33
Conteúdos Os estudos das instituições políticas caboverdianas abarcam a configuração e
comportamento das mesmas numa perspectiva histórica. Essa unidade
curricular aborda as principais dimensões da estruturação do Estado do
periodo do regime de partido único ao periodo do regime pluritparidário e
democrático: o Estado e seus aparelhos, a Presidencia da República, o
Parlamento, o Governo, os Tribunais e os Municipios. Nesse contexto, deve-se
destacar as relações entre as instituições e os seus desempenhos e uma
abordagem sobre os partidos e o sistema partidário e seus efeitos nas práticas
institucionais.

Bibliografia básica Fonseca, Jorge Carlos (1990). Sistema de Governo na Constituição Cabo-
verdiana, Lisboa, AAFD.
Furtado, C. A. (1997). Génese e (Re) Produção da Classe Dirigente em Cabo
Verde. Praia: Edição ICLD.
Koudawo, Fafali (2001). Cabo Verde e Guiné-Bissau. Da democracia
Revolucionária à democracia liberal. Bissau: INEP.
Lima, A. (1992). Reforma Política em Cabo Verde: Do Paternalismo à
Modernização do Estado. Praia: Grafedito / Edição do Autor.

Denominação da unidade curricular Cultura e Política

Objectivos  Proporcionar aos formandos o conhecimento do debate actual sobre


a relação entre a cultura e a política a partir de um diálogo
permanente entre a sociologia, a antropologia, a ciência política e a
história.
 Reflectir de forma crítica a relação entre a cultura, o poder e a
política.

Conteúdos Esta unidade curricular aborda, de um lado, o processo da construção do


imaginário social dos indivíduos com foco na relação entre o real e o
simbólico. Por outro, analisa as afinidades entre a cultura, a participação
política e a sua relação com os sistemas políticos.

Bibliografia básica Bourdieu, Pierre (2001). Poder Simbólico. Algés, editora Difel.
Castoriadis, Cornelius (2000). A Instituição Imaginária da Sociedade . São
Paulo: Paz e Terra.
Chauí, Marilena (1990). Cultura e Democracia. São Paulo: Cortez Editora.
Habermas, Jurgen (1984). Mudança Estrutural da Esfera Pública. Rio de
Janeiro: Biblioteca Tempo Universitário.
Putnam, Robert (1996). Comunidade e Democracia: A Experiência da Itália
Moderna. Rio de Janeiro: FGV.

Denominação da unidade curricular Seminário do Trabalho de Fim do Curso

Objectivos  Oferecer aos estudantes em fim de curso os instrumentais técnicos


de organização e análise de dados;
 Incentivar os estudantes a reflectirem sobre as dimensões mais
gerais da elaboração do projecto de investigação e/ou estágio
técnico-científico de fim de curso.
Conteúdos 1. Fundamentos teórico-metodológicos para a elaboração do Projecto de fim

34
de curso.
2. As etapas da elaboração do projecto de investigação e/ou de estágio
técnico-científico a utilização de técnicas e conhecimentos adquiridos ao longo
do curso.
3. Análise da coerência lógica entre a problemática de estudo, os objectivos,
as hipóteses e as ferramentas metodológicas, bem como a conformidade;
4. Normas e técnicas de redacção científica.

Oitavo Semestre

Denominação da unidade curricular Estágio Técnico-científico

Objectivos  Promover a familiarização dos estudantes com o ambiente laboral;


 Proporcionar a aprendizagem de competências profissionais no
contexto real do trabalho;
 Preparar a inserção no mercado de emprego.
Conteúdos Os conteúdos de estágio técnico-científico são definidos através de um
programa elaborado conjuntamente pelo orientador, supervisor e o próprio
estagiário de acordo com o percurso seguido por este e em observância com
os propósitos funcionais da instituição acolhedora.

Denominação da unidade curricular Monografia

Objectivos  Demonstrar a capacidade de aplicação dos instrumentos teóricos e


metodológicos apreendidos ao longo da formação, no processo de
produção de um trabalho de investigação científica.
Conteúdos As actividades de acompanhamento dos estudantes na elaboração de um
trabalho de fim de curso se resumem nas etapas seguintes:
1. Elaboração de um projecto de investigação científica
2. Leituras exploratórias
3. Construção do modelo de análise;
4. Observação
5. Análise e interpretação dos resultados da pesquisa
6. Redacção do relatório final

13.3 Percurso em Sociologia: (Unidades curriculares obrigatórias)

Quinto Semestre

Denominação da unidade curricular Sociologia das Religiões

Objectivos  Explorar a evolução do pensamento sociológico sobre o fenómeno


religioso;
 Permitir que os discentes se familiarizem com alguns conceitos
fundamentais da Sociologia da Religião e com os desdobramentos
que o estudo deste fenómeno conheceu dentro da sociologia
clássica e contemporânea, de modo a habilita-los a problematizar a
centralidade da religião no mundo actual.

35
Conteúdos 1. Discussão em torno do fenómeno religioso (pressupostos sociológicos e
antropológicos);
2. As abordagens clássicas (Karl Marx e a religião como o ópio do povo; Émile
Durkheim e a religião como o culto da sociedade; Max Weber, ética e carisma.
3. A religião no mundo secularizado (Laicização e Secularização;
4. A nova paisagem religiosa;
5. Dialécticas actuais do fenómeno religioso: As grandes tendências da
religiosidade contemporânea;
6. O Universo religioso em busca de estabilidade.

Bibliografia básica Bobineau Oliver e Tank-Stroper, Sébastien (2008). Sociologia das Religiões.
Mira-Sintra: Publicações Europa-América.
Cipriani, Roberto (2007). Manual de Sociologia da Religião. São Paulo:
Paulus.
Durkheim, Émile (1990). Les formes élémentaires de la vie religieuse : le
système totémique en Australie. Paris: Presses Universitaires de France.
Weber, Max (2004). A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo . São
Paulo: Companhia das Letras.
Willaime, Jean Paul (1995). Sociologie des Religions. Paris: Presses
Universitaires de France.

Denominação da unidade curricular Sociologia do conhecimento

Objectivos  Investigar as interligações entre categorias de pensamento,


reivindicações do conhecimento e o contexto social.
 Abordar as principais correntes de discussões desenvolvidas ao
longo do século XX e que tomam o conhecimento como um
fenómeno sociológico.
 Abordar as mais consistentes investigações empíricas da sociologia
do conhecimento no século XX.
 Promover discussões sobre os impasses metodológicos na
articulação de obras, autor e contexto histórico.

Conteúdos 1. Os precursores: Marx (na abordagem das relações entre a superestrutura


ideológica e os processos socioeconómicos) e Durkheim (que deriva as
categorias de percepção e experiência da estrutura social);
2. Discussões de textos originais de Scheler e Mannheim;
3. As intervenções marxistas de Lukács e Goldman;
4. Os embates da escola de Frankfurt contra o positivismo;
5. O embate da fenomenologia hermenêutica com o positivismo e seus
desdobramentos na sociologia com Schutz, Berger e Luckmann; a escola
bachelardiana que se desdobra com Canguilhen, Althusser, Foucault e
Bourdieu.
6. Debates entre o Programa Forte em sociologia da ciência da Escola de
Edimburgo e os Estudos Sociais da Ciências, desenvolvidos por Latour,
Callon, e Knor-Cetina.

Bibliografia básica Bourdieu, P. (1974). «Le champ scientifique». Actes de Ia Recherche en


Sciences Sociales, n. 2/3, jun., pp. 88-104 (disponível na versão portuguesa).
Foucault, Michel (1971). The Archeology of Knowledge & the Discourse on
Language. New York: Pantheon.
Mannheim, Karl (1936). Ideology and Utopia: An Introduction to the Sociology
of Knowledge. San Diego: Harcourt.
Merton, Robert K. (1973). The Sociology of Science: Theoretical and Empirical
Investigations. Chicago: University of Chicago Press.

36
Santos, Boaventura de Sousa (2000). A crítica da razão indolente: contra o
desperdício da experiência. Porto: Afrontamento, [2ª edição].

Denominação da unidade curricular Sociologia Rural

Objectivos  Debater o objecto de estudo da sociologia rural;


 Promover reflexão e debates sobre as grandes transformações
ocorridas no mundo rural;
 Interpretar as múltiplas esferas da vida quotidiana no meio rural,
com particular incidência no meio rural cabo-verdiano.

Conteúdos 1. A formação do campesinato e seu desenvolvimento histórico: o Feudalismo,


o Capitalismo e a Modernidade. Conceitos básicos e abordagens teóricas dos
estudos sobre o campesinato. Tipos de sociedades camponesas. Sociedades
camponesas como modo de produção e como modo de vida. As relações
campo cidade e as dicotomias conexas;
2. Aspectos centrais da sociedade do meio rural: demografia, economia,
cultura; As relações sociais no campo;
3. O capitalismo agrário;
4. O meio rural cabo-verdiano: A génese da estrutura agrária em Cabo Verde;
As transformações da estrutura agrária cabo-verdiana.
Bibliografia básica Furtado, Cláudio Alves (1993). A transformação das estruturas agrárias numa
sociedade em mudança: Santiago de Cabo Verde, Praia: Instituto Cabo-
verdiano do Livro.
Long, N. (1982). Introdução à sociologia do desenvolvimento rural. Zahar, Rio
de Janeiro.
Schneider, Sérgio (2009). A Pluriatividade na Agricultura Familiar, UFRGS
Editor, Porto Alegre.
Silva, João Pereira (S/D). A Reforma das Estruturas Agrárias de Cabo Verde ,
Praia, Gabinete da Reforma Agrária.
Veiga, José Francisco F. (2000). Território e Desenvolvimento Local, Celta
Editora, Lisboa.

Sexto Semestre

Denominação da unidade curricular Sociologia da Cultura

Objectivos  Munir os estudantes dos instrumentais para analisar o problema da


transição da indústria cultural às indústrias criativas para abordar
cientificamente as relações entre técnica e cultura;
 Proporcionar uma perspectiva abrangente das principais teorias
sociológicas contemporâneas para o estudo da cultura;
 Explorar as relações entre cultura e ideologia, enfatizando como se
dá o processo de reprodução e de transformação das sociedades.
 Abordar as principais teorias contemporâneas que tratam a
problemática;
 Promover discussões sobre a cultura cabo-verdiana.

Conteúdos 1. Introdução aos Estudos Culturais;


2. Os Fundadores Britânicos E. P. Thompson e Raymond Williams, Stuart Hall.
3. O Centro de Estudos Culturais em Birmingham;
Género e Raça;

37
4. Dominações e Resistências;
5. A mundialização dos Estudos Culturais Edward Said - Homi Bhabha – A
crítica de Bourdieu aos Estudos Culturais.
6. O estudos sobre consumo cultural e mitificação de Roland Barthes,
Umberto Eco a Baudrillard e Canclini,

Bibliografia básica Benjamin, Walter. A obra e arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In:
Obras escolhidas I: Magia e técnica, arte e política . São Paulo: Brasiliense,
1985.
Bourdieu, Pierre (1993). Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.
Canclini, Nestor Garcia. (2001). Consumidores e cidadãos. Conflitos
multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ.
Featherstone, Mike (1997). O desmanche da Cultura. Globalização, Pós-
Modernismo e Identidade. São Paulo: Sesc/Nobel.
Harvey, David. (1993). A condição pós-moderna. São Paulo: Edições Loyola.

Denominação da unidade curricular Sociologia Urbana

Objectivos  Levar o estudante ao debate sociológico sobre a complexidade do


processo de urbanização contemporânea, relacionando-o às
inovações tecnológicas, à financerização da produção do urbana, ao
uso intensivo das riquezas naturais.
 Levar os estudantes a incorporarem as metodologias de análise do
urbano a partir de abordagens clássicas e contemporâneas;
 Explorar modelos de análise que correlacionam as cidades
modernas à objectivação espacial das contradições do sistema
capitalista.

Conteúdos 1. Uma revisão crítica das principais escolas de pensamento que se


debruçaram sobre o estudo das cidades;
2. Análise do fenómeno urbano nas dimensões da espoliação urbana, dos
movimentos sociais urbanos, dos processos de segregação espacial e da
periferização;
3. Análise crítica das políticas de planeamento urbano e projecção do futuro
das cidades.

Bibliografia básica Castells, M (2000). A Questão Urbana, São Paulo, Paz e Terra.
Claval, P. (1979). Espaço e Poder, Rio de Janeiro, Zahar.
Ledrut, Raymond (1968). Sociologie Urbaine, Paris, P.U.F.
Savage, Mike e Warde, Alan (2002). Sociologia Urbana, Capitalismo e
Modernidade, 1ª edição, Oeiras, Celta Editora.
Velho, O.G. (organizador) (1973). O fenómeno urbano, Rio, Zahar.

Sétimo Semestre

Denominação da unidade curricular Sociologia das Migrações

Objectivos  Conhecer as principais teorias explicativas dos fenómenos


migratórios e, em particular, as teorias sociológicas de referência
sobre os fenómenos migratórios;
 Compreender as tendências migratórias mundiais, enfatizando a
globalização dos fenómenos migratórios e, em especial, o advento
de uma nova fase histórica e a emergência do transnacionalismo;

38
 Compreender o processo migratório cabo-verdiano e as suas
principais dinâmicas e tendências na era da globalização.

Conteúdos 1. Migrações como processo social: conceitos, tipologias, fundamentos


teóricos e dinâmicas migratórias;
2. Principais teorias explicativas das migrações internacionais;
3. Migrações internacionais no mundo contemporâneo: mudanças e
continuidades em contexto de globalização;
4. Modalidades de integração na sociedade de acolhimento: reconstruções
conceptuais;
5. O sistema migratório cabo-verdiano e as dinâmicas migratórias
contemporâneas.

Bibliografia básica Barreto, A. (Organizador) (2005). Globalização e Migrações, 1ª edição, Lisboa,


Instituto de Ciências Sociais.
Castles, S. (2005). Globalização, Transnacionalismo e Novos Fluxos
Migratórios dos Trabalhadores Convidados às Migrações Globais , Lisboa, Fim
de Século.
Costa, A. F. da (1999). Sociedade de Bairro. Dinâmicas Sociais da Identidade
Cultural, Oeiras, Celta.
Portes, A. (2006). Estudos Sobre as Migrações Contemporâneas.
Transnacionalismo, empreendorismo e a segunda geração , Lisboa, Fim de
Século.
Rocha-Trindade, M. B. (1995). Sociologia das Migrações, Lisboa, Universidade
Aberta.

Denominação da unidade curricular Movimentos Sociais e Participação

Objectivos  Fornecer aos estudantes os instrumentais para uma apreciação


crítica das teorias dos movimentos sociais e dos novos movimentos
sociais;
 Conhecer quadros teóricos que articulam a relação entre
movimentos sociais, ONG e a democratização da sociedade civil;
 Facultar a operacionalização dos instrumentais para a análise das
lógicas de engajamento militante

Conteúdos 1. Categorias fundamentais à compreensão de Movimentos Sociais e Novos


Movimentos Sociais (Bobbio, Norberto).
2. Participação e Organização Política e novos movimentos sociais (Touraine;
Meluci, Laclau, Gohn).
3. Movimentos sociais e esferas públicas (Habermas, Honneth, Fraser).
4. Movimentos sociais, opinião pública e lógicas de engajamento militante
(Bourdieu, Patrick Champagne, Louis Pinto).

Bibliografia básica Doimo, Ana Maria (S/D). A vez e a Voz do Popular: Movimentos Sociais e
Participação Política no Brasil, Rio de Janeiro, Apocs.
Gohn, Maria da Gloria (2006). Teoria Dos Movimentos Sociais: Paradigmas
Clássicas e Contemporâneas, São Paulo, ed. Loyola.
Pessoa, João (1985). Movimentos Sociais Para Além da Dicotomia Rural
-Urbano, Recife, CEPJC.
Stock, José Maria (2005). Velhos e Novos Movimentos Sociais. Lisboa, Ed.
Universidade Aberta.

Denominação da unidade curricular Seminário do Trabalho de Fim do Curso

39
Objectivos  Oferecer aos estudantes em fim de curso os instrumentais técnicos
de organização e análise de dados;
 Incentivar os estudantes a reflectirem sobre as dimensões mais
gerais da elaboração do projecto de investigação e/ou estágio
técnico-científico de fim de curso.
Conteúdos 1. Fundamentos teórico-metodológicos para a elaboração do Projecto de fim
de curso.
2. As etapas da elaboração do projecto de investigação e/ou de estágio
técnico-científico a utilização de técnicas e conhecimentos adquiridos ao longo
do curso.
3. Análise da coerência lógica entre a problemática de estudo, os objectivos,
as hipóteses e as ferramentas metodológicas, bem como a conformidade;
4. Normas e técnicas de redacção científica.

Oitavo Semestre

Denominação da unidade curricular Estágio Técnico-científico

Objectivos  Promover a familiarização dos estudantes com o ambiente laboral;


 Proporcionar a aprendizagem de competências profissionais no
contexto real do trabalho;
 Preparar a inserção no mercado de emprego.
Conteúdos Os conteúdos de estágio técnico-científico são definidos através de um
programa elaborado conjuntamente pelo orientador, supervisor e o próprio
estagiário de acordo com o percurso seguido por este e em observância com
os propósitos funcionais da instituição acolhedora.

Denominação da unidade curricular Monografia

Objectivos  Demonstrar a capacidade de aplicação dos instrumentos teóricos e


metodológicos apreendidos ao longo da formação, no processo de
produção de um trabalho de investigação científica.
Conteúdos As actividades de acompanhamento dos estudantes na elaboração de um
trabalho de fim de curso se resumem nas etapas seguintes:
1. Elaboração de um projecto de investigação científica
2. Leituras exploratórias
3. Construção do modelo de análise;
4. Observação
5. Análise e interpretação dos resultados da pesquisa
6. Redacção do relatório final

13.4 Percurso em Antropologia: (Unidades curriculares obrigatórias)

Quinto Semestre

Denominação da unidade curricular Antropologia Cultural

Objectivos  Discutir os esforços teóricos da Antropologia Cultural em relação aos


desdobramentos teóricos mais recentes da antropologia.
 Relacionar os conceitos de cultura e sociedade, às discussões sobre

40
as dimensões políticas da interlocução antropológica.

Conteúdos 1. Das teorizações clássicas às críticas recentes aos conceitos de cultura e


sociedade;
2. Políticas da interlocução na prática antropológica;
3. Possibilidades do paradigma hermenêutico e do pragmatismo na
antropologia.
A Unidade Curricular percorre as discussões que se desdobram da obra de
autores clássicos do espaço da antropologia cultural como Ruth Benedict,
Margaret Mead e Gregory Bateson, passando por Victor Turner, Marshall
Sahlins, Clifford Geertz, David Schneider até às discussões mais recentes em
torno do conceito de cultura e sociedade travadas por Adam Kuper, Tim
Ingold, Alfred Gell, Sherry Ortner, Strathern e Arjun Appadurai.

Bibliografia básica Laplantine, François (2003). “A pré-história da Antropologia” e “O Século


XVIII”: a invenção do conceito de homem”. In: Aprender antropologia. São
Paulo: Brasiliense, pp. 25-45.
Pratt, Mary Louise (2004). “Ciência e sentimento, 1750-1800”. In: Os olhos do
Império. Relatos de viagem e transculturação. São Paulo: EDUSC. pp. 41-125.
Todorov, Tzvetan (1983). “A descoberta da América”. In: A conquista da
América: a questão do outro. Trad. Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo:
Martins Fontes. pp. 3-13.

Denominação da unidade curricular Antropologia do Corpo, Saúde e Sexualidade

Objectivos  Oferecer instrumentos analíticos que permitam relativizar as formas


ocidentais de representação e controlo sobre o corpo.
 Abordar a sexualidade em suas interfaces de género e
corporalidade.
 Percorrer as diversas formas pelas quais concepções de corpo
tornam-se objecto de expressão, diferenciação, controle e
transformação social.
 Fornecer instrumentos conceptuais sobre formas expressivas que
relacionam o corpo, a saúde, concepções de doenças e princípios
de pureza e contaminação.

Conteúdos 1. Discussão clássica de Mauss sobre técnicas corporais e pessoa. N


2. Discussões sobre corpo e pessoa são relacionados às discussões de
“género”.
3. A sexualidade e a biopolítica tendo Foucault como referência central para
debates em torno do erotismo, homossexualidades, corporalidades e
identidades sexuais.
4. Discussões sobre a incorporação que segue de Bourdieu ( habitus) a
Csordas (embodiment).

Bibliografia básica Bastos, C. D. L, (2002). Ciência, poder, acção: As respostas à SIDA . Lisboa:
Imprensa de Ciências Sociais.
Castel, R. (1978). A ordem psiquiátrica: A idade de ouro do alienismo . Rio de
Janeiro, Graal.
Foucault, M. O Nascimento da Medicina Social. In: Microfísica do Poder. Rio
de Janeiro: Graal, 1993.
Ortega, F. (2008). O Corpo Incerto. Rio de Janeiro: Garamond.

41
Denominação da unidade curricular Introdução à Etnologia da África Subsaariana

Objectivos  Proporcionar um conhecimento histórico e antropológico actualizado


sobre o continente africano;
 Desenvolver a análise crítica da mudança nas perspectivas
antropológicas sobre as sociedades africanas, confrontando os
“clássicos” com a leitura e análise de estudos recentes;
 Contrapor a etnologia colonialista ao pensamento dos nacionalistas
africanos como Frantz Fanon, Amílcar Cabral, Mário Pinto de
Andrade, Jomo Kenyatta, Cheikh Anta Diop;
 Capacitar o aluno para a aplicação de conceitos e conhecimentos
para a análise de tendências culturais, sociais e políticas em
contextos africanos contemporâneos.

Conteúdos 1. África: Representação e Discurso (crítica à cumplicidade da antropologia


com o colonialismo);
2. Feitiçaria, Ciência e Racionalidade revistos a luz de uma antropologia
simétrica;
3. Questões de Género;
4. Persistências do colonialismo no neocolonialismo;
5. Nacionalismo e pan-africanismo.

Bibliografia básica Evans-Pritchard, E. E. (1978). Os Nuer: uma descrição do modo de


subsistência e das instituições políticas de um povo nilota . São Paulo: Editora
Perspectiva.
Fanon, Frantz (1963). Los condenados de la Tierra . México, Fondo de Cultura
Económica.
Fanon, Frantz (2008). Pele negra, máscaras brancas. Salvador, EdUFBA.
Hountondji, P.J. (2008). Duas perspectivas sobre os estudos Africanos.
Revista Crítica de Ciências Sociais, nº 80, Março de 2008.
Mbembe, Achille. At the edge of the world: boundaries, territoriality, and
sovereignty in Africa. Public Culture, vol.12: 1, Duke University Press, 2000.

Sexto Semestre

Denominação da unidade curricular Antropologia da Política

Objectivos  Fornecer ao aluno uma síntese das discussões sobre poder e


política em uma perspectiva antropológica, passando por etnografias
clássicas e pelas principais linhas teóricas que se desdobraram ao
longo do século XX.
 Propiciar uma relativização da noção de política a partir da
abordagem antropológica.
 Conduzir o aluno a uma perspectiva da antropologia da política que
apoia-se em teorias etnográficas da política e do poder.

Conteúdos 1. Conceituações de antropologia da política;


2. Etnografias clássicas: síntese das principais abordagens teóricas e
conceituais: estrutura social e sistemas políticos, processos e redes sociais,
performance e ritual;
3. Etnografias sobre a política nas sociedades modernas com foco em três
dimensões: dos rituais, das representações e da violência da política.
Das discussões clássicas de Clastres, Fortes, Evans-Pritchard, Gluckman,
Balandier, às etnografias políticas contemporâneas de Geertz e Leach.
Sugere-se ainda as etnografias recentes de Márcio Goldman e Moacir

42
Palmeira.

Bibliografia básica Balandier, G (1969). Antropologia Política. São Paulo: Difusão Européia do
Livro.
Clastres, Pierre, “A Sociedade Contra o Estado”. São Paulo: Cosac & Naify,
2003.
Fortes, M. & Evans-Pritchard, E. (1940). Sistemas políticos africanos. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 64-115.
Sahlins, Marshall, “Homem pobre, Grande Homem, Chefe: Tipos Políticos na
Melanésia e Polinésia”. In Cultura na prática, Rio de Janeiro: Editora da UFRJ.

Denominação da unidade curricular Antropologia Rural

Objectivos  Abordar as identidades rurais; fornecer instrumentos analíticos para


a análise dos problemas rurais derivados da subordinação espacial.
 Analisar as relações de poder nas mediações de políticas públicas;
 Abordar os temas clássicos da antropologia rural tais como o código
de honra, a reciprocidade, a patronagem e condições sociais de sua
reprodução no campo.

Conteúdos 1. A contribuição de Marcel Mauss na fundação da antropologia e a


importância do paradigma do dom nas análises do mundo rural;
2. Problemas sociais rurais: ecologismo e sustentabilidade
3. Políticas públicas, ecologismo e bio-poder.
4. Ambiguidades das propostas de etnodesenvolvimento e ruralidade.
5. Trajectórias, estratégias e recrutamento de mediadores das políticas
públicas para o mundo rural.
6. Mediações políticas e culturais, código de honra, reciprocidade e ideologia
da patronagem.
7. Patronagem e estruturas de poder no campo.
Bibliografia básica Bourdieu, Pierre (2005). A Dominação Colonial e o Sabir Cultural in Revista de
sociologia e Política, n. 26, Curitiba: UFPR.
Bourdieu, Pierre (2005). O Camponês e seu Corpo in Revista de Sociologia e
Política, n. 26, Curitiba: UFPR.
Mendras, Henri (1978). Sociedades Camponesas, Rio de Janeiro: Zahar.
Wolf, Eric W. (s/d). Antropologia e Poder, Brasília/Campinas: EdUnB/Editora
Unicamp.

Sétimo Semestre

Denominação da unidade curricular Antropologia Económica

Objectivos  Fornecer ao aluno uma síntese das releituras de algumas


perspectivas antropológicas acerca da economia primitiva e críticas
ao determinismo ecológico.
 Analisar as práticas económicas populares de países em
desenvolvimento em suas relações com as formas de governo.
 Fornecer instrumentos analíticos para a discussão etnográfica de
fenómenos como a (in)formalidade e a (i)legalidade.

43
Conteúdos 1. Mauss e a economia da dádiva
2. A antropologia marxista;
3. Shalins e a primeira sociedade da afluência ;
4. Polany e a grande transformação: as origens de nossa época.
5. A antropologia do desenvolvimento e a economia informal.
6. Estado, mercado e estatísticas : a históricização das categorias.

Bibliografia básica Howard, Catherine (2000). “A domesticação das mercadorias: Estratégias


Waiwai”. In: Albert, & Ramos, A. R. (org): Pacificando o Branco: cosmologias
do contato no Norteamazônico. São Paulo: Unesp.
Malinowski, Bronislaw. (1976). Características Essenciais do Kula” e “O kula ”.
In: Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril.
Polanyi, Karl. (2000). Grande Transformação. Rio de Janeiro: Editora Campus.
Pouillon, François (org.). (1978). A Antropologia Económica. Correntes e
problemas. Lisboa. Perspectivas do Homem.

Denominação da unidade curricular Antropologia Urbana

Objectivos  Oferecer, por um lado, uma discussão à volta da perspectiva


antropológica sobre a cidade explorando os temas e teorias tanto
clássicas como contemporâneas e, por outro, dialogar com as
dinâmicas socioculturais, as apropriações, do panorama urbano por
parte dos indivíduos e grupos.
 Abordar a exclusão e as segregações; as sociabilidades; a paisagem, o
planeamento e políticas urbanas.
 Reflectir sobre os modos de vida nas cidades e, especialmente, (re)
descobrir o urbano em África e Cabo Verde.

Conteúdos A Delimitação da cidade e dos fenómenos urbanos como objecto de investigação


em antropologia e seus fundamentos teórico-metodológicos. A exclusão e as
segregações, o quotidiano e a violência no meio urbano. Reflexão sobre o
planeamento e políticas urbanas recorrendo ao caso dos bairros clandestinos.

Bibliografia básica Arantes, A. António. “A guerra dos lugares. Mapeando zonas de turbulência. In:
António Arantes, Paisagens paulistanas. Transformações do espaço público .
Campinas: editora da Unicamp, 2000.
Magnani, J. G. De Perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. RBCS
Vol. 17 N.49 Junho/2002.
Velho, Gilberto (1999). Individualismo e Cultura. Notas para uma Antropologia da
Sociedade Contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.

Denominação da unidade curricular Seminário do Trabalho de Fim do Curso

Objectivos  Oferecer aos estudantes em fim de curso os instrumentais técnicos


de organização e análise de dados;
 Incentivar os estudantes a reflectirem sobre as dimensões mais
gerais da elaboração do projecto de investigação e/ou estágio
técnico-científico de fim de curso.
Conteúdos 1. Fundamentos teórico-metodológicos para a elaboração do Projecto de fim
de curso.
2. As etapas da elaboração do projecto de investigação e/ou de estágio
técnico-científico a utilização de técnicas e conhecimentos adquiridos ao longo
do curso.

44
3. Análise da coerência lógica entre a problemática de estudo, os objectivos,
as hipóteses e as ferramentas metodológicas, bem como a conformidade;
4. Normas e técnicas de redacção científica.

Oitavo Semestre

Denominação da unidade curricular Estágio Técnico-científico

Objectivos  Promover a familiarização dos estudantes com o ambiente laboral;


 Proporcionar a aprendizagem de competências profissionais no
contexto real do trabalho;
 Preparar a inserção no mercado de emprego.
Conteúdos Os conteúdos de estágio técnico-científico são definidos através de um
programa elaborado conjuntamente pelo orientador, supervisor e o próprio
estagiário de acordo com o percurso seguido por este e em observância com
os propósitos funcionais da instituição acolhedora.

Denominação da unidade curricular Monografia

Objectivos  Demonstrar a capacidade de aplicação dos instrumentos teóricos e


metodológicos apreendidos ao longo da formação, no processo de
produção de um trabalho de investigação científica.
Conteúdos As actividades de acompanhamento dos estudantes na elaboração de um
trabalho de fim de curso se resumem nas etapas seguintes:
1. Elaboração de um projecto de investigação científica
2. Leituras exploratórias
3. Construção do modelo de análise;
4. Observação
5. Análise e interpretação dos resultados da pesquisa
6. Redacção do relatório final

13.5 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Ciência Política

Denominação da unidade curricular Tópicos especiais em Ciência Política Contemporânea

Objectivos  Fortalecer discussões de perspectivas e opções teóricas e


metodológicas em torno das investigações no campo da ciência
política contemporânea. Assim o seu desenvolvimento deve se dar
por meio da leitura e discussão de dissertações, teses, artigos,
capítulos de livros, projectos e/ou outros que familiarizem os
estudantes com as contribuições mais recentes e que instiguem o
estudante a construir um olhar crítico sobre o poder político.

Conteúdos Livre escolha do professor(a): O programa desta unidade curricular deve ser
orientado para colmatar lacunas ou dificuldades apresentadas pelos
estudantes em termos do domínio das teorias científicas ou práticas de
investigação, na área da Ciência Política.

Denominação da unidade curricular Tópicos Especiais em Estudos Cabo-verdianos

45
Objectivos  Complementar a formação académica dos estudantes. Os tópicos
abordam resultados de investigação recentes na área da ciência
política feita por docentes/investigadores da Uni-CV e de outras
instituições parceiras.

Conteúdos Livre escolha do professor(a): Trabalhar com os estudantes, temáticas de


pesquisas que estão sendo levadas a cabo pelo docente que ministra a
unidade curricular e/ou resultados de investigação científica produzidos
recentemente em Cabo Verde no domínio da Ciência Política.

Denominação da unidade curricular Comportamento Eleitoral

Objectivos  Propiciar aos estudantes o conhecimento de diversas teorias que


abordam o comportamento;
 Promover uma reflexão crítica sobre alguns países (Cabo Verde,
Brasil, Portugal, etc.)

Conteúdos 1. Teorias do comportamento eleitoral (a sociológica; psicológica; a escolha


racional, novas clivagens sociais);
2. Estruturas de Crenças e escolhas eleitorais (Ideologia e escolhas eleitorais;
comportamento eleitoral e escolhas políticas;
3. Eleições e atitudes políticas (Informação, Médias e atitude política;
abstenção.
4. Reflexão analítica de casos como Cabo Verde, Brasil, Portugal e outros
países.

Bibliografia básica Campbell, Angus et alii (1960). The American Voter, New York, John Wiley and
Sons, Inc.
Castro, M. M. (1994). Determinantes do comportamento eleitoral: a
centralidade da sofisticação política. Tese de Doutorado em Ciência Política ,
IUPERJ, Rio de Janeiro.
Figueiredo, Marcus, (1991). A Decisão do Voto, São Paul, Editora Sumaré:
ANPOCS.
Freire, André e MAGALHÃES, Pedro. (2002). Abstenção Eleitoral em Portugal,
Lisboa, ICS, Caps. 1,2, 3.
Reis, António Carlos Alkmim dos (1992). A participação Eleitoral no Brasil
(1988-89), Tese de Mestrado, IUPERJ, Rio de Janeiro.

Denominação da unidade curricular Política Comparada

Objectivos  Estudar os sistemas políticos do mundo contemporâneo destacando


semelhanças e diferenças em aspectos relevantes tais como a
organização do governo, as formas de participação política e a
dinâmica dos processos de decisão política

Conteúdos 1. Análise sistemática de sistemas políticos contemporâneos;


2. Os grandes formatos políticos do século XX e XXI, comparando temáticas
como:
2.1 Processos de Democratização,
2.2 Instituições Politicas
2.3 Processos Decisórios.

46
Bibliografia básica Almond, Gabriel e G. B. POWELL (1966). Para uma teoria de Política
Comparada. Rio de Janeiro, Zahar.
Badie, Bertrand e HERMET, Guy (1993). Política Comparada. México, D. F.,
Fundo de Cultura Económica.
Finer, Samuel E. (1981). Governo Comparado. Brasília, UnB.
Huntington, Samuel (1975). A Ordem Política nas Sociedades em Mudança .
São Paulo EDUSP, Rio de Janeiro: Forense - Universitária.
Pasquino, Gianfranco (2005). Sistemas Políticos Comparados. Cascais, Ed.
Principia.

Denominação da unidade curricular Teoria Constitucional

Objectivos  Proporcionar aos estudantes o domínio de conhecimentos


fundamentais para a compreensão do fenómeno constitucional como
questão central na organização e funcionamento dos estados e das
sociedades

Conteúdos 1. Objecto de estudo da Teoria da Constituição;


2. O Constitucionalismo: Direito Constitucional e Constituição:
3. Acepções ou sentidos da Constituição;
4. Estrutura Hierarquia, relevância e eficácia das normas da Constituição no
ordenamento jurídico;
5. Sistemas ou famílias constitucionais:
6. Sistemas constitucionais dos países de língua oficial portuguesa;
7. Elementos da Teoria da do Estado:
8. Evolução do constitucionalismo em Cabo Verde (análise geral das leis
fundamentais e dos textos históricos do constitucionalismo cabo-verdiano;
direitos fundamentais; forma de Estado, Sistema político, sistema de governo,
regime político e instituições;
9. A Constituição cabo-verdiana de 1992
10. Hermenêutica Constitucional: Controlo da constitucionalidade e garantia
da Constituição (a fiscalização da Constitucionalidade e da Legalidade em
Cabo Verde);
Bibliografia básica Alves, Dora Resende e SILVA, Maria Manuela Magalhães (2010). Noções de
Direito Constitucional e Ciência Política. Lisboa: Editora Rei dos Livros.
Canotilho, José Joaquim Gomes (2003). Direito Constitucional e Teoria da
Constituição;
Silva, Mário (2010). As Constituições de Cabo Verde e textos históricos de
Direito Constitucional Cabo-verdiano. Praia: Imprensa Nacional.

Denominação da unidade curricular Comunicação Política

Objectivos  Estimular a compreensão dos mecanismos utilizados na construção


da imagem de políticos e de partidos com vista à obtenção da
preferência do público eleitor;
 Conhecer as ferramentas teóricas necessárias à compreensão dos
mecanismos de competição política, com recurso às técnicas do
marketing e da comunicação;

47
 Perceber os instrumentos metodológicos utilizados pelo marketing
político na aplicação de suas ferramentas a situações em que se
concretiza a acção política.

Conteúdos Esta unidade aborda os conceitos fundamentais de marketing político, p apel e


importância da comunicação política no funcionamento dos sistemas políticos
nos Estados democráticos; O Marketing Político propriamente dito e técnicas
de planeamento de uma campanha política: vertente prática.

Bibliografia básica Bongrand, Michel (1986). O Marketing Político. Mem-Martins: Publicações


Europa-América.
Cruz, Manuel Braga da (1995). Instituições Políticas e Processos Sociais.
Venda Nova: Bertrand Editora.
Dahl, Robert Alan (1981). Análise Política Moderna. Brasília: Editora
Universidade de Brasília.

Denominação da unidade curricular Estado e Políticas Públicas

Objectivos  Reflectir sobre experiências contemporâneas do papel do Estado no


processo de desenvolvimento/subdesenvolvimento;
 Propiciar no seio dos formandos, uma reflexão sobre o processo de
concepção/formulação de políticas públicas, bem como a análise
dos diversos modelos e das diversas matrizes teóricas que
tematizam a problemática;
 Reflectir sobre modelos de gestão pública, descentralização e
desenvolvimento;
 Fornecer aos formandos subsídios teóricos, conceituais e
explicativos que os habilitem a ter um instrumental analítico sobre
experiências de política pública, em termos de metodologia de
análise e avaliação

Conteúdos 1. Fundamentos históricos, teóricos e analíticos da análise do papel do Estado


moderno e contemporâneo;
(2. Abordagens e experiências contemporâneas sobre o processo de
desenvolvimento (O Estado dependente na era de capitalismo mundial Teorias
da dependência na América Latina e de
desenvolvimento/subdesenvolvimento);
3. O novo desenvolvimentismo;
4. Modelos de Gestão Pública (planeamento público e políticas sociais;
Políticas Públicas e o Welfare State; descentralização e Gestão participativa);
5. A relação entre Estado e a sociedade civil/sector público não-estatal
(Participação cidadã, terceiro sector e políticas públicas;
6. Análise e formulação de políticas públicas: políticas sectoriais, temáticas e
emergentes;
7. Análise e avaliação de políticas: aspectos metodológicos e critérios políticos
e sociológicos;
8. Reflexões sobre Estado, políticas públicas e
desenvolvimento/subdesenvolvimento em África, a prática e o debate;
9. Reflexões sobre Estado, políticas públicas e desenvolvimento e
subdesenvolvimento em Cabo Verde, a prática e o debate.

Bibliografia básica Arretche, Marta T.S. (1995). “Emergência e desenvolvimento do Welfare State:
teorias explicativas”.Boletim Informativo e Bibliográfico-BIB - Anpocs I
semestre - n. 39.

48
Draibe, Sónia e Wilnês, Henrique (1998). “Welfare State", crise e gestão da
crise: - um balanço da literatura internacional”. Revista Brasileira de Ciências
Sociais – Fevereiro.
Faria, Carlos A. P. (2003). “Ideias, Conhecimento e Políticas Públicas: Um
inventário sucinto das principais vertentes analíticas recentes”. Revista
Brasileiras de Ciências Sociais, Vol. 18, nº 51.
Habermans, Juergen. (1980). A crise de legitimação no capitalismo tardio. Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Denominação da unidade curricular Gestão de projectos sociais

Objectivos  Dotar os estudantes de conhecimentos teórico-conceituais sobre


planeamento estratégico como instrumento de gestão;
 Conhecer os critérios e métodos para a elaboração e implementação
de projectos sociais

Conteúdos 1. Planeamento estratégico como instrumento de gestão (conceitos,


parâmetros e fundamentos);
2. Papel dos diversos atores na definição e implementação de políticas
públicas.
3. O ciclo da política pública (formulação, implementação, acompanhamento e
avaliação).
4. Metodologia do projecto: marco Lógico; estrutura básica de um projecto.
Principais critérios e métodos para a elaboração de projectos sociais;
5. Captação de recursos para projectos sociais;
6. Financiamento de projectos sociais e suas especificidades (instituições
nacionais e agências internacionais).
7. Prestação de contas de projectos sociais.

Bibliografia básica Crivelaro, Rafael (2005). Dinâmica das relações interpessoais. São Paulo:
Alínea.
Kerzner, Harold (2007). Gestão de Projetos: as melhores práticas . 2.a ed.
Porto Alegre, Editora Bookman.
Maximiano, António (2007). Administração por projetos: Como Transformar
Ideias em Resultados, São Paulo, Atlas.
Ralph, Keeling (2006). Gestão de Projetos: Administração , São Paulo, Editora
Saraiva.
Vargas, Ricardo Viana (2005). Gerenciamento de Projetos: estabelecendo
diferenciais competitivos, 6a edição, Rio de Janeiro, Editora Brasport.

Denominação da unidade curricular Avaliação e Seguimento de projectos sociais

Objectivos  Dotar os estudantes de conhecimentos fundamentais sobre o


processo de avaliação e seguimento de projectos sociais
 Conhecer os principais critérios e técnicas para o seguimento de
projectos sociais

Conteúdos 1. Avaliação e Monitoramento de Projectos Sociais.


2. Cultura do projecto
3. Metodologias para avaliação e seguimento de projectos sociais;
4. Construção e uso de variáveis e indicadores sociais na avaliação e
seguimento de projectos sociais;

49
5. Análise de impactos e resultados à luz de objectivos, metas e indicadores
de resultados.

Bibliografia básica Buarque, C. (1994). Avaliação Económica de Projetos: Uma Apresentação


Didáctica. Rio de Janeiro: Campus.
Cohen, Ernesto; Franco, Rolando (2001). Avaliação de Projetos Sociais.
Petropolis - RJ: Vozes.
Contador, C. R. (1998) Avaliação Social de Projetos. São Paulo: Atlas.
Heldman, K. (2005). Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: Elsevier

Denominação da unidade curricular Sondagens e Estudos de mercado

Objectivos  Conhecer a importância das sondagens e estudos de mercado na


tomada de decisão;
 Conhecer as etapas de um estudo de mercado e de marketing.
 Conduzir a implementação de sondagens e estudos de mercado.
 Proporcionar o domínio de técnicas de análise de resultados,
utilizando o SPSS;

Conteúdos 1. Noções gerais sobre o estudo de mercado.


2. Conceitos de sondagem e de amostragem.
3. Técnicas de amostragem (probabilísticas e não probabilísticas);
4. Métodos de selecção e de recolha de informação;
5. Construção de questionários;
6. Estudo de mercado e o papel da pesquisa de mercado nas organizações; 7.
8. Natureza e âmbito de um estudo de mercado;
9. Tipos de estudos de mercado;
10. Metodologias utilizadas nos estudos de mercado. Organização e
tratamento de dados usando o software SPSS;
11. Ética e Deontologia na realização de estudos de mercado.

Bibliografia básica Lopes, José Luís Pessoa (2007). Fundamentos dos Estudos de Mercado ,
Lisboa, Edições Sílabo.
Pestana, M. H. e Gageiro, J.N. (2008). Análise de Dados para Ciências
Sociais – A complementaridade do SPSS, 5ª Edição, Edições Sílabo.
Reis, Elizabeth et alii. (1993). Pesquisa de Mercados, Lisboa, Edições Sílabo.

13.6 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Sociologia

Denominação da unidade curricular Tópicos Especiais em Sociologia Contemporânea

Objectivos  Fortalecer discussões de perspectivas e opções teóricas e


metodológicas em torno das investigações no campo da sociologia
contemporânea. Assim o seu desenvolvimento deve se dar por meio
da leitura e discussão de dissertações, teses, artigos, capítulos de
livros, projectos e/ou outros que familiarizem os estudantes com as
contribuições mais recentes e que instiguem o estudante a construir
um olhar crítico o poder político.

50
Conteúdos Livre escolha do professor(a): O programa desta unidade curricular deve ser
orientado para colmatar lacunas ou dificuldades apresentadas pelos
estudantes em termos do domínio das teorias científicas ou práticas de
investigação, na área da Sociologia.

Denominação da unidade curricular Tópicos Especiais em Estudos Cabo-verdianos

Objectivos  Complementar a formação académica dos estudantes. Os tópicos


abordam resultados de investigação recentes na área da ciência
política feita por docentes/investigadores da Uni-CV e de outras
instituições parceiras.

Conteúdos Livre escolha do professor(a): Trabalhar com os estudantes, temáticas de


pesquisas que estão sendo levadas a cabo pelo docente que ministra a
unidade curricular e/ou resultados de investigação científica produzidos
recentemente em Cabo Verde no domínio da Sociologia.

Denominação da unidade curricular Sociologia da Educação

Objectivos  Conhecer o quadro sócio histórico que reflecte as condições de


emergência e consolidação institucional da Sociologia da Educação,
à luz do processo de desenvolvimento das diferentes formas
educacionais e escolares modernas;
 Abordar as principais perspectivas sociológicas sobre a educação,
nas suas tradições modernas e contemporâneas;
 Analisar a realidade educacional enquanto dinâmica societal e
transformacional que engloba uma rede alargada de condicionantes
sociais, como são: instituições e actores educacionais, práticas e
políticas educacionais de organização geral de uma sociedade, com
destaque para o estudo da educação e sociedade

Conteúdos 1. As condicionantes sócio-históricas de emergência e consolidação


institucional da Sociologia da Educação, à luz do processo de desenvolvimento
das diferentes formas educacionais e escolares modernas.
2. As concepções clássicas de educação e sociedade na visão dos fundadores
da sociologia;
3. Educação e sociedades modernas e contemporâneas à luz das diferentes
perspectivas teóricas modernas e contemporâneas da Educação;
4. A Sociologia das desigualdades escolares (igualdade de oportunidades,
acesso e sucesso escolares, as teorias da reprodução, diversidade
sociocultural na escola em função das variáveis “classe”, “etnicidade” e
“género”;)
5. Sociologia dos Sistemas Educativos (políticas educativas, modelos de
organização das escolas, actores, redes e parcerias educativas);
6. Educação e sociedade cabo-verdianas pós-coloniais;
7. Educação e Desenvolvimento (educação/desenvolvimento económico,
educação/desenvolvimento humano, educação/trabalho e emprego).

Bibliografia básica Abrantes, P. (org.) (2010). Tendências e Controvérsias em Sociologia da


Educação, Lisboa: Mundos Sociais.
Alves-Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola, Lisboa: McGraw Hill.

51
Bertrand, Yves (1991). Teorias Contemporâneas da Educação, Lisboa: Instituto
Piaget.
Morin, Edgar (2000). Os Sete Saberes Necessário à Educação do Futu ro.
UNESCO. S. Paulo: Cortez.

Denominação da unidade curricular Sociologia Política

Objectivos  Propiciar aos estudantes uma reflexão crítica sobre o poder político
e as suas mediações através da institucionalização do Estado e das
organizações da sociedade civil.
 Compreender as lógicas de acção subjacentes às práticas dos
actores políticos e sociais
Conteúdos 1. O comportamento dos actores políticos e sociais, enfatizando o
funcionamento do Estado contemporâneo, à luz das suas utopias fundadores
(primado da lei e o interesse público), na sua relação com a sociedade civil.
2. Questões como se organiza o público, seus interesses, atores e suas
instituições (Estado, burocracia, partidos, grupos de pressão, sindicatos,
associações comunitárias, burocracia etc.).
3. De os processos globais e as transformações dos estados nacionais: a
retomada das discussões sobre a sociedade civil;
4. As novas identidades colectivas e os atores transnacionais estão no âmago
da sociologia política um campo de saber interdisciplinar que busca conciliar
as contribuições da sociologia, ciência política e antropologia à compreensão
do fenómeno político.

Bibliografia básica Bobbio, Norberto (1998). Diálogo em torno da república - os grandes temas da
política e da cidadania. Rio de Janeiro: Campus.
Bourdieu, Pierre. (2001). Poder Simbólico. Algés, Editora Difel.
Dahl, Robert (1997). Poliarquia. Participação e oposição. São Paulo, Edusp.
Schumpeter, A. Joseph (1987). Capitalismo, Socialismo e Democracia. Editora
Zahar, Rio de Janeiro.
Tilly, Charles (2009). O poder em movimento. Petrópolis, Vozes.

Denominação da unidade curricular Sociologia do Desenvolvimento

Objectivos  Propiciar o conhecimento das principais teorias explicativas do


desenvolvimento e subdesenvolvimento e desenvolver a capacidade
de análise crítica quanto às estratégias de desenvolvimento
hegemónicas a nível mundial com enfoque para o contexto nacional.

Conteúdos 1. Debate em torno do conceito de crescimento económico, desenvolvimento e


subdesenvolvimento;
2. As principais teorias do desenvolvimento emergentes a partir da segunda
guerra mundial (teorias de modernidade, teoria de dependência, teoria do
sistema-mundo);
3. As novas abordagens do desenvolvimento (desenvolvimento sustentável,
desenvolvimento local, desenvolvimento humano, desenvolvimento social,
desenvolvimento integrado);
4. A globalização e o desenvolvimento;
5. O desenvolvimento no contexto cabo-verdiano (Debate em torno de linhas
de orientação estratégica de desenvolvimento de Cabo Verde, seus efeitos e
pistas para uma via alternativa).

52
Bibliografia básica Amin, Samir (1988). Impérialisme et Sous-développement en Afrique, Paris,
Anthropos.
Frank, André (s/d). Do Subdesenvolvimento capitalista, Lisboa, Edições 70.
Friedmann, John (1996). Empowerment: Uma política de desenvolvimento
alternativo, Oeiras, Celta Editora.
Furtado, Celso (1976). Teoria e Política do desenvolvimento económico,
Lisboa, Publicações Dom Quixote.
Peemans, J-P. (2002). Le Développement des peuples face à la modernisation
du monde: Les théories du développement face aux histoires du
développement “réel” dans la seconde moitié du XXème siècle , Louvain-la-
Neuve/Paris, Académie Bruylant/L’Harmattan.

Denominação da unidade curricular Sociologia das Organizações

Objectivos  Propiciar aos estudantes conhecimentos sobre as teorias clássicas e


contemporâneas sobre as organizações e desenvolver a capacidade
de análise crítica sobre os diferentes fenómenos organizacionais.
Conteúdos 1. A perspectiva sociológica sobre as organizações. Debate sobre o objecto de
estudo da Sociologia das Organizações
2. As três grandes correntes no estudo das organizações: (teorias
racionalistas; teorias das relações humanas e teorias da racionalidade limitada
e do actor estratega);
3. As diferentes estruturas organizacionais
4. As principais teorias organizacionais:
4.1 As organizações como sistemas racionais e fechados (A administração
científica; A teoria clássica da administração; A teoria da burocracia)
4.2 As organizações como sistemas humanos e sociais (teoria das relações
humanas; A corrente sociotécnica; As organizações como sistemas orgânicos
e abertos; A teoria da contingência; A análise sistémica e estratégica);
4.3 As teorias de cariz sociológico (A teoria neo-institucional; A ecologia
organizacional;
4.4 As teorias de cariz económico (A teoria dos custos de transacção; A teoria
da dependência em recursos)
5. O fenómeno organizacional cabo-verdiano

Bibliografia básica Crozier, M. e Friedberg, E. (1977). L’Acteur et le Système, Paris, Seuil.


Handel, Michael, J. (ed.) (2003). The Sociology of Organizations: Classic,
Contemporary and Critical Readings, London Sage.
Mintzberg, Henry (1995). Estrutura e Dinâmica das Organizações, Lisboa.
Publicações Dom Quixote.
Perrow, Charles (1981). Análise Organizacional, 3ª edição, São Paulo, Atlas.
Thompson, James (1976). Dinâmica Organizacional, São Paulo, McGraw-Hill.

Denominação da unidade curricular Sociologia da Vida Quotidiana

Objectivos  Proporcionar ao formando a apropriação das discussões teóricas da


sociologia contemporânea sobre o cotidiano
 Propiciar aos estudantes as ferramentas conceptuais para relacionar
a vida cotidiana à conjuntura social.

53
Conteúdos 1. Os diferentes momentos da quotidianidade: trabalho, lazer; vida cotidiana e
razão prática; dinâmicas de interacção e sociabilidade.
2. Quotidiano como cultura em sua dimensão vivida;
3. Lógicas identitárias do quotidiano;
4. A noção de vida cotidiana nos clássicos da sociologia contemporânea.
5. Análise sociológica da vida cotidiana e conjuntura social.
6. Os diferentes momentos da quotidianidade: trabalho, lazer.
7. O público e o privado na vida quotidiana.
8. Quotidiano e consumo.

Bibliografia básica Baudrillard, J. (2005). A Sociedade de Consumo, Lisboa, Edições 70.


Giddens, A. (2001). Modernidade e Identidade Pessoal, Oeiras, Celta Editora.
Goffman, E. (1988). Estigma. Notas sobre a Manipulação da Identidade
Deteriorada, 4ª edição, Rio de Janeiro, LTC.
PAIS, J. M. (2002). Sociologia da Vida Quotidiana, Lisboa, ICS.

Denominação da unidade curricular Sociologia do Trabalho

Objectivos  Dar a conhecer os estudantes as principais abordagens teóricas


sobre a sociologia do trabalho
 Compreender as relações entre as alterações no processo de
produção provocadas pelas inovações tecnológicas e as diferentes
formas de trabalho que delas resultam;
 Analisar os tipos de representação e consciência sociais resultantes
do conflito entre o capital/trabalho
Conteúdos 1. Estudo do processo de trabalho.
2. Problemas de conceituação e o campo da Sociologia do Trabalho.
3. Relações de produção, de trabalho e de distribuição.
4. Trabalho assalariado nos diversos sectores da produção.
5. Industrialização: processo de trabalho, tecnologia e automação.
6. Emprego e desemprego.
7. A precarização estrutural do trabalho em escala global.
8. Sindicato e movimentos sociais.

Bibliografia básica Castells, Manuel (1999). A Sociedade em Rede. Rio, Paz e Terra.
Coriat, Benjamin (1994). Pensar pelo avesso. O modelo japonês de trabalho e
organização. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ / Revan.
Dejours, Cristophe (2003). A Banalização da Injustiça Social. Rio, FGV
Editora.
Marx, Karl (1993). Manuscritos Económico-filosóficos de 1844. Lisboa,
Edições Avante.
Sennet, Richard (1999). A Corrosão do Caráter. Consequências Pessoais do
Trabalho no Novo Capitalismo. Rio-São Paulo, Record.

Denominação da unidade curricular Estado e Políticas Públicas

Objectivos  Reflectir sobre experiências contemporâneas do papel do Estado no


processo de desenvolvimento/subdesenvolvimento;
 Propiciar no seio dos formandos, uma reflexão sobre o processo de
concepção/formulação de políticas públicas, bem como a análise
dos diversos modelos e das diversas matrizes teóricas que

54
tematizam a problemática;
 Reflectir sobre modelos de gestão pública, descentralização e
desenvolvimento;
 Fornecer aos formandos subsídios teóricos, conceituais e
explicativos que os habilitem a ter um instrumental analítico sobre
experiências de política pública, em termos de metodologia de
análise e avaliação

Conteúdos 1. Fundamentos históricos, teóricos e analíticos da análise do papel do Estado


moderno e contemporâneo;
2. Abordagens e experiências contemporâneas sobre o processo de
desenvolvimento (O Estado dependente na era de capitalismo mundial Teorias
da dependência na América Latina e de
desenvolvimento/subdesenvolvimento);
3. O novo desenvolvimentismo;
4. Modelos de Gestão Pública (planeamento público e políticas sociais;
Políticas Públicas e o Welfare State; descentralização e Gestão participativa);
5. A relação entre Estado e a sociedade civil/sector público não-estatal
(Participação cidadã, terceiro sector e políticas públicas;
6. Análise e formulação de políticas públicas: políticas sectoriais, temáticas e
emergentes;
7. Análise e avaliação de políticas: aspectos metodológicos e critérios políticos
e sociológicos;
8. Reflexões sobre Estado, políticas públicas e
desenvolvimento/subdesenvolvimento em África, a prática e o debate;
9. Reflexões sobre Estado, políticas públicas e desenvolvimento e
subdesenvolvimento em Cabo Verde, a prática e o debate.

Bibliografia básica Draibe, Sónia e Wilnês, Henrique (1998). “Welfare State", crise e gestão da
crise: - um balanço da literatura internacional”. Revista Brasileira de Ciências
Sociais – Fevereiro.
Esping-Andersen, Gota (1991). “As três Economias Políticas do Welfare
State”. Lua Nova, nº 24.
Faria, Carlos A. P. (2003). “Ideias, Conhecimento e Políticas Públicas: Um
inventário sucinto das principais vertentes analíticas recentes”. Revista
Brasileiras de Ciências Sociais, Vol. 18, nº 51.
Habermans, Juergen. (1980). A crise de legitimação no capitalismo tardio . Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro.

Denominação da unidade curricular Gestão de projectos sociais

Objectivos  Dotar os estudantes de conhecimentos teórico-conceituais sobre


planeamento estratégico como instrumento de gestão;
 Conhecer os critérios e métodos para a elaboração e implementação
de projectos sociais

Conteúdos 1. Planeamento estratégico como instrumento de gestão (conceitos,


parâmetros e fundamentos);
2. Papel dos diversos atores na definição e implementação de políticas
públicas.
3. O ciclo da política pública (formulação, implementação, acompanhamento e
avaliação).
4. Metodologia do projecto: marco Lógico; estrutura básica de um projecto.
Principais critérios e métodos para a elaboração de projectos sociais;

55
5. Captação de recursos para projectos sociais;
6. Financiamento de projectos sociais e suas especificidades (instituições
nacionais e agências internacionais).
7. Prestação de contas de projectos sociais.

Bibliografia básica Crivelaro, Rafael (2005). Dinâmica das relações interpessoais. São Paulo:
Alínea.
Kerzner, Harold (2007). Gestão de Projetos: as melhores práticas . 2.a ed.
Porto Alegre, Editora Bookman.
Maximiano, António (2007). Administração por projetos: Como Transformar
Ideias em Resultados, São Paulo, Atlas.
Ralph, Keeling (2006). Gestão de Projetos: Administração , São Paulo, Editora
Saraiva.
Vargas, Ricardo Viana (2005). Gerenciamento de Projetos: estabelecendo
diferenciais competitivos, 6a edição, Rio de Janeiro, Editora Brasport.

Denominação da unidade curricular Avaliação e Seguimento de projectos sociais

Objectivos  Dotar os estudantes de conhecimentos fundamentais sobre o


processo de avaliação e seguimento de projectos sociais
 Conhecer os principais critérios e técnicas para o seguimento de
projectos sociais

Conteúdos 1. Avaliação e Monitoramento de Projectos Sociais.


2. Cultura do projecto
3. Metodologias para avaliação e seguimento de projectos sociais;
4. Construção e uso de variáveis e indicadores sociais na avaliação e
seguimento de projectos sociais;
5. Análise de impactos e resultados à luz de objectivos, metas e indicadores
de resultados.

Bibliografia básica Buarque, C. (1994). Avaliação Económica de Projetos: Uma Apresentação


Didáctica. Rio de Janeiro: Campus.
Cohen, Ernesto; FRANCO, Rolando (2001). Avaliação de Projetos Sociais.
Petropolis - RJ: Vozes.
Contador, C. R. (1998) Avaliação Social de Projetos. São Paulo: Atlas.
Heldman, K. (2005). Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: Elsevier

13.7 Unidades curriculares opcionais: Percurso em Antropologia

Denominação da unidade curricular Tópicos Especiais em Antropologia Contemporânea

Objectivos  Fortalecer discussões de perspectivas e opções teóricas e


metodológicas em torno das investigações no campo das ciências
sociais e, principalmente, da antropologia. Logo, o seu
desenvolvimento deve se dar por meio da leitura e discussão de
dissertações, teses, artigos, capítulos de livros, projectos e/ou outros
que familiarizem os estudantes com certos cenários e atores e
instiguem a construção de um olhar antropológico sobre os mais
variados fenómenos.

56
Conteúdos Livre escolha do professor(a): O programa desta unidade curricular deve ser
orientado para colmatar lacunas ou dificuldades apresentadas pelos
estudantes em termos do domínio das teorias científicas ou práticas de
investigação, na área da Antropologia.

Denominação da unidade curricular Tópicos Especiais em Estudos Cabo-verdianos

Objectivos  Complementar a formação académica dos estudantes. Os tópicos


abordam resultados de investigação recentes na área da ciência
política feita por docentes/investigadores da Uni-CV e de outras
instituições parceiras.

Conteúdos Livre escolha do professor(a): Trabalhar com os estudantes, temáticas de


pesquisas que estão sendo levadas a cabo pelo docente que ministra a
unidade curricular e/ou resultados de investigação científica produzidos
recentemente em Cabo Verde no domínio da Antropologia.

Denominação da unidade curricular Antropologia do Desenvolvimento

Objectivos  Adoptar uma discussão crítica sobre o conceito, as teorias, os


discursos, as narrativas e as práticas do desenvolvimento e, por
conseguinte, por meio da sua relação com o colonialismo, o
pensamento ocidental e o período pós-colonial;
 Interrogar as intervenções do desenvolvimento e da cooperação e o
papel das elites políticas e económicas;
 Conhecer o papel do conhecimento produzido pela antropologia e
interpelar a participação dos antropólogos no planeamento e gestão
de projetos de desenvolvimento.

Conteúdos 1. As perspetivas teóricas à volta da questão do desenvolvimento,


caracterizando-a a partir do prisma das ciências sociais e, em especial, da
antropologia.
2. Discorrer sobre as ideias subjacentes aos discursos e práticas
desenvolvimentistas, a partir de políticas políticas públicas desencadeadas a
vários níveis: local, nacional, regional e global.. Igualmente, os casos práticos
de demandas ambientais, culturais, económicas e outros, muitas vezes
conflituosos, deverão auxiliar para ilustrar os seus embates a partir dos países
do Sul, focando o continente africano e Cabo Verde.

Bibliografia básica Diegues, A. C. Desenvolvimento sustentado ou sociedades sustentáveis: da


crítica dos modelos aos novos paradigmas. São Paulo: Perspectiva, vol.6/1-2,
1992.
Escobar, Arturo. El final del salvaje: naturaleza, cultura y política em la
antropología contemporánea. Bogotá: CEREC/ICAN, 1999.
Featherstone, Mike (org.) (1994). Cultura Global: Nacionalismo, Globalização
e Modernidade. Petrópolis, RJ: Vozes.
Ribeiro, Gustavo Lins. Poder, redes e ideologia no campo do desenvolvimento.
Série Antropologia, n. 383, Brasília, Universidade de Brasília, 2005.

Denominação da unidade curricular Antropologia das Organizações

Objectivos  Conhecer e analisar as várias organizações numa perspectiva

57
histórica e as suas diversas configurações e itinerários na
contemporaneidade, em particular, as regionais e locais;
 Analisar os antagonismos que perpassam as organizações:
relativismo/universalismo, objetividade/militância,
globalismo/localismo, intervenção/soberania,
desenvolvimento/dependência;
 Refletir, criticamente, sobre as consequências sociais e culturais dos
entendimentos e práticas das organizações;
 Dialogar com etnografias que trazem as vozes das/nas organizações
internacionais e nacionais, governamentais e não governamentais,
humanitárias e para o desenvolvimento.

Conteúdos 1. Fundamento teórico-conceituais sobre as culturas organizacionais.


2. Formas e estruturas das organizações tanto num quadro estatal, privado,
solidário. (Deve-se, igualmente, abordar caminhos outros para uma
antropologia aplicada às organizações que se processam no ambiente
multinacional e transnacional).
3. O contributo da etnografia no esclarecerimento das dinâmicas socio-
culturais que se desenrolam nesses contextos e os desafios que se impõem.

Bibliografia básica Barbosa, Livia (2003). Igualdade e meritocracia: a ética do desempenho nas
sociedades modernas. Rio de Janeiro: FGV.
Chanlat, Jean-François (1995). O indivíduo na organização: dimensões
esquecidas, v. 1. São Paulo, Atlas.
Rabinow, Paul (1999). Antropologia da Razão. Rio de Janeiro, Relume
Dumará,
Srour, Robert Henry (2001). Poder, Cultura e Ética nas Organizações . Rio de
Janeiro: Campus,

Denominação da unidade curricular Antropologia da Religião

Objectivos  Introduzir o aluno em perspectivas antropológicas sobre a religião.


 Facultar o domínio das teorias antropológicas do século XX sobre a
magia e a religião.
 Revisitar as discussões sobre o animismo africano a luz da
antropologia simétrica do fim do século XX.
 Promover uma análise comparativa de estudos sobre religião em
diversas tradições teóricas e sobre diversas formações religiosas.
 Munir o aluno de competências para chegar a “teorias etnográficas”
da religiosidade.

Conteúdos 1. Teorias antropológicas clássicas sobre a religião, a religiosidade e a magia;


2. Etnografias paradigmáticas de universos religiosos;
3. Estudos contemporâneos de religião na antropologia;
4. Desdobramentos temáticos e articulações entre religião e outros temas
contemporâneos.

Bibliografia básica Evans-Pritchard, E. E. (1988). Bruxaria, Oráculos e Magia entre os Azande .


Rio de Janeiro: Zahar.
Levi-Strauss, Claude (1987). Mito e Significado. Lisboa: Edições 70.
Malinowski, Bronislaw (1988). Magia, Ciência e Religião. Lisboa: Edições 70.
Mauss, Marcel (1974). Esboço de uma teoria geral da magia. In: Sociologia e
Antropologia. São Paulo: EDUSP.
Turner, Victor (1974). O processo Ritual. Petrópolis: Vozes.

58
Denominação da unidade curricular Gestão de projectos Culturais

Objectivos  Dotar os estudantes de conhecimentos teórico-conceituais sobre


planeamento estratégico como instrumento de gestão;
 Conhecer os critérios e métodos para a elaboração e implementação
de projectos culturais.
Conteúdos 1. Planeamento estratégico como instrumento de gestão (conceitos,
parâmetros e fundamentos);
2. Papel dos diversos atores na definição e implementação de políticas
públicas. O ciclo da política pública (formulação, implementação,
acompanhamento e avaliação).
3. Metodologia do projecto: marco Lógico; estrutura básica de um projecto.
4. Principais critérios e métodos para a elaboração de projectos culturais;
5. Captação de recursos para projectos sociais;
6. Financiamento de projectos sociais e suas especificidades (instituições
nacionais e agências internacionais).
7. Prestação de contas de projectos sociais.

Bibliografia básica Andrade, R. A. (2007) Manual de eventos. Caxias do Sul: EDUCS, 2007.
Braga, Débora C. (2007). Agência de Viagens e Turismo: Práticas de
Mercado. São Paulo: Elsevier.
Cleland, David I. (2007) Gerenciamento de Projetos. Rio de Janeiro: LTC,
2007.
Costa, Ivan Freitas Da (2004) Marketing Cultural. São Paulo: Atlas.
Crivelaro, Rafael (2005). Dinâmica das relações interpessoais. São Paulo:
Alínea.
.

Denominação da unidade curricular Avaliação e Seguimento de Projectos Culturais

Objectivos  Dotar os estudantes de conhecimentos fundamentais sobre o


processo de avaliação e seguimento de projectos culturais
 Conhecer os principais critérios e técnicas para o seguimento de
projectos sociais.
Conteúdos Avaliação e Monitoramento de Projectos Sociais. Avaliação como cultura do
projecto Metodologias para avaliação e seguimento de projectos sociais;
construção e uso de variáveis e indicadores culturais na avaliação e
seguimento de projectos culturais; análise de impactos e resultados à luz de
objectivos, metas e indicadores de resultados.

Bibliografia básica Buarque, C. (1994). Avaliação Económica de Projetos: Uma Apresentação


Didáctica. Rio de Janeiro: Campus.
Cohen, Ernesto; FRANCO, Rolando (2001). Avaliação de Projetos Sociais.
Petropolis-RJ: Vozes.
Contador, C. R. (1998) Avaliação Social de Projetos. São Paulo: Atlas.
Heldman, K. (2005). Gerência de Projetos. Rio de Janeiro: Elsevier.

Denominação da unidade curricular Gestão de Patrimónios culturais

Objectivos  Capacitar os estudantes com ferramentas para avaliação e


seguimento de projectos culturais. A Unidade Curricular é composta

59
por dois domínios essenciais. Um domínio mais teórico de aquisição
de competências teóricas para o conhecimento do património
cultural. Um domínio mais prático de definição dos campos de
actuação de um gestor do Património Cultural.
Conteúdos 1. Definição de Património Cultural;
2. Distinção de património cultural local, nacional, internacional /da
Humanidade;
3. Identificação das instituições que gerem os patrimónios culturais;
4. O que significa ser um Gestor de Património Cultural: seus campos de
actuação, funções e responsabilidades;
5. Funções múltiplas de um gestor de património cultural: desde o diálogo o
diálogo institucional ao campo das produções artísticas, incluído a gestão,
marketing e programação cultural;
6. Domínio científico, criativo e interactivo na gestão do património cultural;
7. Dispositivos legais, para a identificação e salvaguarda dos patrimónios
culturais;
8. Património Cultural Cabo-verdiano e a sua gestão.

Bibliografia básica Almeida, Cândido J. M. (1994). Arte é Capital: Visão Aplicada do Marketing
Cultural. Rio de Janeiro. Ed. Rocco.
Lindstrom, Martin (2009). A Lógica do Consumo: Verdades e Mentiras Sobre
Por Que Compramos / Martin Lindstrom; tradução Marcello Lino. — Rio de
Janeiro: Nova Fronteira.
Neto, Manoel M. Machado (2002). Marketing Cultura: Das Práticas a Teoria .
Ed. Ciência Moderna.
Pinker, S. (1998). Como a Mente Funciona. São Paulo. Cia das Letras.

13.8 Unidades curriculares Profissionalização para o ensino

Denominação da unidade curricular Psicologia de educação

Objectivos  Analisar os fundamentos teóricos e metodológicos da Psicologia da


Educação;
 Compreender as grandes questões de ordem psicológica que
envolvem as actividades educativas;
 Distinguir os diferentes enfoques teóricos sobre desenvolvimento,
ensino e aprendizagem;
Conteúdos 1. A Psicologia: Ciência humana e sua interligação com outras ciências;
2. O objecto de estudo da Psicologia da Educação: Aprendizagem e motivação
e Processos de Ensino e Aprendizagem. Implicação para a prática educativa
das diferentes teorias e modelos. A gestão das interacções na sala de aula.
3. Problemas de realização escolar: indisciplina, insucesso escolar e
absentismo
Bibliografia básica Sampaio, D. (1996) Inventem-se Novos Pais Lisboa: Editorial Caminho.
Sprinthall, N.; Sprinthall, R. (1993). Psicologia Educacional. Alfragide:
McGraw-Hill.
Vallant, M. (2000). O adolescente no Quotidiano. Lisboa: Pergaminho.
Miranda, G.; Bahia, S. (org) (2010). Psicologia da Educação. Temas de
desenvolvimento, Aprendizagem e Ensino. Lisboa: Relógio D’Água Editores.

Denominação da unidade curricular Sociologia de educação

60
Objectivos  Conhecer o quadro sócio histórico que reflecte as condições de
emergência e consolidação institucional da Sociologia da Educação,
à luz do processo de desenvolvimento das diferentes formas
educacionais e escolares modernas;
 Abordar as principais perspectivas sociológicas sobre a educação,
nas suas tradições modernas e contemporâneas;
 Analisar a realidade educacional enquanto dinâmica societal e
transformacional que engloba uma rede alargada de condicionantes
sociais, como são: instituições e actores educacionais, práticas e
políticas educacionais de organização geral de uma sociedade, com
destaque para o estudo da educação e sociedade

Conteúdos 1. As condicionantes sócio-históricas de emergência e consolidação


institucional da Sociologia da Educação, à luz do processo de
desenvolvimento das diferentes formas educacionais e escolares modernas.
2. As concepções clássicas de educação e sociedade na visão dos fundadores
da sociologia;
3. Educação e sociedades modernas e contemporâneas à luz das diferentes
perspectivas teóricas modernas e contemporâneas da Educação;
4. A Sociologia das desigualdades escolares (igualdade de oportunidades,
acesso e sucesso escolares, as teorias da reprodução, diversidade
sociocultural na escola em função das variáveis “classe”, “etnicidade” e
“género”;
5. Sociologia dos Sistemas Educativos (políticas educativas, modelos de
organização das escolas, actores, redes e parcerias educativas);
6. Educação e sociedade cabo-verdianas pós-coloniais;
7. Educação e Desenvolvimento (educação/desenvolvimento económico,
educação/desenvolvimento humano, educação/trabalho e emprego).
Bibliografia básica Abrantes, P. (org.) (2010). Tendências e Controvérsias em Sociologia da
Educação, Lisboa: Mundos Sociais.
Alves-Pinto, C. (1995). Sociologia da Escola, Lisboa: McGraw Hill.
Bertrand, Yves (1991). Teorias Contemporâneas da Educação, Lisboa:
Instituto Piaget.
Morin, Edgar (2000). Os Sete Saberes Necessário à Educação do Futu ro.
UNESCO. S. Paulo: Cortez.

Denominação da unidade curricular Teoria e Desenvolvimento Curricular

Objectivos  Compreender o significado do termo curriculum;


 Explicar as dimensões na derivação curricular ao nível do desenho e
do desenvolvimento.
Conteúdos 1. Fundamentos do currículo: conceito fontes e paradigmas;
2. Currículo Natureza e Âmbito: Justificação do Currículo;
3. As etapas na elaboração do currículo;
4. Análise do Documento de Revisão Curricular (DORC) de Cabo Verde.
Bibliografia básica Apple, M. (1997). Os professores e o Currículo: Abordagens Sociológicas .
Lisboa: Educa.
Cardoso, A. (1997). Implicações do conceito de currículo na investigação em
educação, in Estrela, A. & Ferreira, J. (Orgs.). Métodos e Técnicas de
Investigação em Educação. Lisboa: AFIRSE.
Cordiolli, M. (2004). Currículo, cultura escolar e gestão do trabalho
pedagógico. Curritiba: A Casa de Astérion.
Machado, F. A., Gonçalves, M. F. M. (1999). Currículo e Desenvolvimento
Curricular. Problemas e Perspectivas. Porto, Edições ASA

61
Denominação da unidade curricular Teoria e Prática de Avaliação

Objectivos  Explicar processos de avaliação que promovam o desenvolvimento


integral do aprendente;
 Fundamentar a (des) construção de dispositivos de avaliação;
 Reflectir, criticamente, sobre as práticas de avaliação, comummente,
utilizadas em Cabo Verde.
Conteúdos 1. A educação e o processo avaliativo;
2. Diferentes abordagens de avaliação do ensino;
3. Avaliação do processo de ensino-aprendizagem e “fracasso escolar”,
4. A avaliação nas escolas em Cabo Verde: da legislação à prática.
Bibliografia básica Cortesão, L. & Torres, M. A. (1981). Avaliação pedagógica I: Insucesso
Escolar. Porto: Porto Editora.
Cortesão, L. & Torres, M. A. (1994). Avaliação pedagógica II – Mudança na
Escola – Mudança na avaliação. Porto: Porto editora.
Leite, C. & Fernandes, P. (2002). Avaliação das aprendizagens dos alunos:
novos contextos, novas práticas. Porto: Edições ASA.

Denominação da unidade curricular Administração Educacional e Escolar

Objectivos  Compreender o sistema educativo cabo-verdiano e a sua


organização sistémica bem da escola enquanto unidade básica do
sistema educativo;
 Distinguir diferentes modelos de administração educacional e seus
princípios
Conteúdos 1. Conceitos de sistema, sistema educativo, administração e administração
educacional;
2. A administração dos sistemas educativos: modelos e funções da
administração dos sistemas educativos; Funções de administração a
diferentes níveis, Estado e Educação: Reformas;
3. A administração do sistema educativo cabo-verdiano: Modelos de
Administração e a escola como organização.
Bibliografia básica Torres, L.L. (2004). A cultura organizacional em contexto educativo . Braga:
Centro de Investigação em Educação na Universidade do Minho.
Formosinho, J. Ferreira, F. L. & Machado, J. (2000). Políticas educativas e
autonomia das escolas. Porto: Edições ASA.
Barroso, J. (2003) (org.). A Escola Pública. Regulação, Desregulação e
Privatização. Porto: ASA.
Legislação orgânica do Ministério da Educação; Normativos de Organização
das Escolas Secundárias em Cabo Verde

Denominação da unidade curricular Modelos e práticas de investigação em educação

Objectivos  Compreender os pressupostos subjacentes às diversas teorias do


conhecimento;
 Fundamentar a actividade investigativa como meio privilegiado de
produção de conhecimentos;

Conteúdos 1. Teorias de conhecimento e investigação científica;


2. Os paradigmas e as práticas de investigação em Educação;
3. Metodologias para a elaboração e redacção do trabalho científico;

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4. O desenho do Projecto de investigação científica.

Bibliografia básica Sampieri, R.; Collado, C.F. Lucio P.L. (2006). Metodologia de Pesquisa (3ª
ed.). São Paulo: McGraw Hill.
Buendia, L.; González, J.; Pegalajar, M. (1999). Modelos y análisis de la
investigación educativa. Sevilla: ALFAR.
Hessen, J. (1987). Teoria do Conhecimento (7ª ed.) Coimbra: Arménio Amado.

Denominação da unidade curricular Estágio pedagógico

Objectivos  Desenvolver competência profissional, nos campos científico,


didáctico e relacional;
 Desenvolver uma atitude crítica interveniente face aos problemas
inerentes às práticas docentes;
Conteúdos 1. Prática docente e observação das aulas.
2. Desenvolvimento Profissional.
3. Intervenção na escola e no meio.

Denominação da unidade curricular Trabalho de Fim-de-Curso

Objectivos  Desenvolver a habilidade de concepção e elaboração de projecto de


investigação;
 Desenvolver a capacidade de realização e defesa de projecto de
investigação;
Conteúdos 1. Concepção e elaboração de projecto de investigação;
2. Práticas de investigação;
3. Escrita do trabalho dos resultados da investigação.

Nota explicativa

1. O Trabalho de fim de Curso, cuja carga horária é de 300hs, equivalentes a 30 créditos, realiza-se sob duas modalidades
excludentes, a saber: 1) Estágio Técnico-Científico; 2) Monografia.

1.1 Estágio Técnico-científico

Os estágios devem ser realizados em instituições que desenvolvem acções específicas enquadradas nos propósitos
fundamentais de cada área de conhecimento do curso de ciências sociais. A Coordenação do curso de ciências sociais deverá
definir claramente as potenciais instituições onde os estudantes de cada percurso devem seguir o programa de estágios
mediante a celebração de protocolos de parceria institucional. Ainda no âmbito do estágio técnico-científico a coordenação do
curso de ciências sociais deve promover anualmente um encontro com orientadores e supervisores com o objectivo de
uniformizar os critérios de orientação, seguimento e avaliação dos estágios.
No final do estágio técnico-científico, o estudante deverá produzir um relatório científico de entre 20 a 25 páginas, no âmbito do
qual apresenta de forma sistemática e fundamentada a análise de uma temática específica abordada durante estágio científico
profissional ou um projecto de intervenção.
A elaboração do projecto científico pressupõe:
 Escolha de um tema;
 Definição do problema que pretende abordar no relatório/trabalho (objecto);
 Explicitação dos objectivos gerais e específicos;
 Adopção e descrição detalhada da metodologia;

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 Descrição e análise do objecto do relatório;
 Conclusão.
O projecto de intervenção consiste num documento científico de cerca de 20 páginas e pressupõe:
 Definição de um título: Todo projecto deve ter um título que seja capaz de dar uma ideia concisa e clara da sua
proposta. Um bom título orienta a construção do projecto;
 Descrição e Justificativa: esse item deve esclarecer que o projecto responde a uma determinada necessidade
percebida e identificada pela pessoa, comunidade ou entidade que o empreende. A sugestão é apresentar um
diagnóstico que reúna elementos capazes de enfatizar a relevância da proposta, tais como: dados sobre a região e a
população atendida, suas necessidades sociais, a acessibilidade às actividades do projecto, os antecedentes e outros
esforços já implementados. As perguntas abaixo também podem ajudar a elaborar essa etapa: Qual a importância da
problemática para a comunidade? Que benefícios serão alcançados pelo público-alvo do projecto? A articulação entre
a justificativa do projecto e uma breve análise sociológica da conjuntura do país no que tange a problemática em pauta
é um item importante a ser avaliado.
 Explicitação dos objectivos: Os objectivos devem ser formulados visando especificar aquilo que se quer atingir a partir
da realização do projecto. Deve apresentar soluções para uma necessidade ou responder a uma oportunidade. Os
objectivos podem ser classificados em dois níveis: Objectivo geral: corresponde ao produto final pretendido pelo
projecto. Deve expressar o que se quer alcançar. O projecto de intervenção não pode ser visto como fim em si mesmo,
mas como um meio para alcançar um fim maior; Objectivos específicos: correspondem às acções que se propõe
executar e aos resultados esperados até ao final do projecto.
 Estabelecimento de metas: As metas detalham os objectivos específicos do projecto. Nesse sentido, devem ser
concretas, expressando quantidades e qualidades que permitam avaliar, posteriormente, a efectividade do projecto.
Uma meta dimensionada de maneira coerente ajuda a definir os indicadores que permitirão evidenciar o alcance da
actuação;
 Adopção e descrição detalhada da metodologia: A metodologia de um projecto deve responder basicamente à
seguinte questão: Como o projecto vai alcançar seus objectivos? Neste sentido, deve descrever as estratégias e
técnicas que serão empregadas. Além disso, a metodologia pode descrever de que maneira será a interacção com o
público beneficiado e como será a gestão do projecto.
 Cronograma: O desenvolvimento do cronograma deve responder à pergunta: quando? Todo projecto possui um prazo
determinado para acontecer e apresenta algumas acções que se alternam ou se coordenam nesse período. A
elaboração do cronograma visa organizar essas actividades em uma sequência lógica e coerente que permita alcançar
os resultados no prazo determinado.
 Orçamento (pode ser apenas simulado): A elaboração de um orçamento deve permitir a previsão e o controle dos
gastos que o projecto terá. Nessa perspectiva, responde à questão: quanto? O orçamento deve servir como um
resumo financeiro do projecto no qual se indica quanto será gasto para sua realização e como. É uma ferramenta
importante na gestão do projecto para o acompanhamento das despesas previstas e realizadas. Geralmente agrupam-
se os custos em blocos de despesas: material de consumo; administração; equipe; serviços de terceiros; custos do
espaço e equipamentos; alimentação e hospedagem; transporte; divulgação; instalações e infra-estrutura, entre outros.
 Mensuração de resultados: Um projecto coerente é aquele que estabelece indicadores para medir seus resultados. Os
indicadores podem ser: Quantitativos: consolidam números para avaliar o cumprimento das metas estabelecidas, a
exemplo do número de comunidades atendidas, actividades realizadas. Podem ser obtidos por meio da contabilização
do número de pessoas beneficiadas, por exemplo. Qualitativos: trazem uma análise em profundidade sobre algum
aspecto, como a metodologia empregada, os conteúdos de uma actividade, entre outros. Tais dados podem ser
obtidos por meio de pesquisas de opinião, entrevistas, questionários de avaliação etc. Independentemente de serem
qualitativos ou quantitativos, os indicadores devem sinalizar se as metas foram atingidas, além de permitir avaliar se a
estratégia empregada foi bem-sucedida, sinalizando quais pontos podem ser aprimorados. É nesse tópico que os
conteúdos apreendidos no âmbito das unidades curriculares orientadas para as metodologias e técnicas de pesquisa
podem ser avaliados. O aluno deve explanar as técnicas de avaliação e mensuração dos resultados que seriam
empregues caso o projecto fosse aplicado.

1.2. Monografia

A monografia é um estudo de carácter científico que aborda um tema, bem delimitado, de forma pormenorizada e em
profundidade. A sua elaboração deve obedecer os seguintes passos:
A descrição do tema em estudo;

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 A definição e delimitação do problema em estudo;
 A justificativa ou importância do estudo;
 O(s) objectivo(s) (geral e específicos) do estudo;
 Revisão Bibliográfica: É o processo do qual se procura identificar se já foi publicada alguma investigação que tenha
dado resposta às questões de investigação propostas, para decidir sobre a pertinência do tema escolhido. Diz respeito
à sustentação teórica ou empírica do assunto objecto da proposta da monografia. É desta forma que o problema é
identificado, delimitado e formulado. É importante fazer uma análise do que já foi investigado, para identifica e cumprir
os objectivos que possam vir a ser complementares de modo a que q investigação possa contribuir para a criação de
novo conhecimento.
 Metodologia: descreve-se o tipo de metodologia a utilizar e todo o trabalho de campo desenvolvido, como, por
exemplo, as técnicas de recolha de dados, os interlocutores/amostra e os locais onde se processa a recolha.
 Apresentação e interpretação de dados: Analisam-se e interpretam-se os resultados obtidos, tendo em vista o objectivo
do trabalho.
 Conclusões: Apresentam-se as respostas ao problema, as quais se podem obter a partir da análise e interpretação dos
resultados. Na conclusão é apresentado as respostas às perguntas feitas na introdução. Indicam igualmente as
limitações que o estudo apresenta e sugerem novas pistas para o estudo acerca do tema estudado. A monografia deve
comportar entre 30 a 40 páginas.

O Estágio técnico-científico ou a Monografia, enquanto actividades que concretizam as actividades de fim de curso devem ser
objectos de uma regulamentação específica.

2. Redacção Científica

A introdução de uma unidade curricular de Língua Portuguesa no plano de estudos do curso de ciências sociais não parece ser
muito relevante tendo em conta os objectivos do curso. Isto porque todas as unidades curriculares são ministradas em língua
portuguesa. A superação das lacunas que os estudantes apresentam nesse domínio deve ser feita através do reforço de
actividades de leitura e de produção de textos científicos ao longo de todas as unidades curriculares que integram o plano de
estudos do curso de ciências sociais.
A nosso ver, os estudantes necessitam de desenvolver uma maior capacidade de compreensão de textos científicos, bem como
as técnicas de redacção de textos avançados. Eis por que foi proposto a unidade curricular de Comunicação e Expressão com o
fito de orientar os formandos no processo de redacção de textos, segundo as exigências da linguagem académica. Todavia, a
coordenação de curso poderá organizar seminários e oficinas extra-curriculares, com vista a promover espaços que permitem
aos estudantes a apropriação de técnicas de comunicação e expressão em Língua Portuguesa, quer em sessões presenciais
quer por mediação tecnológica.

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