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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO PARANÁ
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA
DISCIPLINA SISTEMAS TÉRMICOS II

RELATÓRIO I

Condicionamento de Ar

Jocélia Prestes
2

Curitiba
2002
i

Sumário

Sumário..................................................................................................................i
Introdução.............................................................................................................1
Prática...................................................................................................................2
Equipamento.........................................................................................................2
Determinação da Vazão Mássica.........................................................................3
Processo de Resfriamento e Desumidificação (1-2)............................................4
Capacidade de refrigeração da SRD:...................................................................4
Processo de Umidificação (1-3)...........................................................................5
Cálculo da massa de vapor absorvida pelo ar.....................................................5
Carta Psicrométrica descrevendo os processos..................................................7
Conclusão.............................................................................................................8
Referências Bibliográficas....................................................................................9
1

Introdução

Esta relatório tem como objetivo apresentar os resultados obtidos


durante a observação dos processos de resfriamento e desumidificação, assim
como o processo de umidificação. Esta observação foi feita pela primeira turma
no laboratório de ciências térmicas do CEFET, sob a orientação do Professor
da disciplina de sistemas térmicos II.

A prática também teve a finalidade de firmar os conceitos teóricos vistos


em sala de aula, nas aulas precedentes.
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Prática

Equipamento

Foi utilizado para o experimento o sistema de condicionamento de ar,


esquematizado abaixo.

Saída
Entrada

A descrição dos estágios de funcionamento está descrito na tabela a


seguir.

SEÇÃO DESCRIÇÃO FUNÇÃO


A Ventilador Centrífugo Forçar o ar ambiente através do equipamento, a
fim de sofrer sucessivas transformações de estado
termodinâmico
B Pré-Aquecedor Adicionar calor sensível ao ar antes da serpentina
de resfriamento
C Pulverizador de Vapor Adicionar calor latente ao ar, insuflando vapor
d’água
D Retificadores Uniformizar o fluxo de ar ao longo do duto de
escoamento
E Janelas de Observação
F Difusor Acrescentar umidade ao ar através da aplicação
de jato de água pulverizada
G Evaporador Resfria o ar e provoca a condensação da umidade
nele contida, retirando calor sensível e latente
H Aquecedor Adicionar calor sensível ao ar depois da
serpentina de resfriamento
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Determinação da Vazão Mássica

Para determinar a vazão mássica de ar que atravessa o sistema é


necessário encontrar a vazão volumétrica.
A tomada de pressão na saída do sistema mostrou o valor de
hH2O=27mm de coluna de líquido. Através da tabela fornecida pelo professor foi
possível determinar, por interpolações na temperatura ambiente e na coluna de
água, a velocidade do escoamento. A tabela a seguir apresenta os valores de
interesse, retirados da tabela.

Velocidade Temperatura Ambiente ºC


[m/s] 20 21 30
21.0 27.076 26.9861 26.177
V --- 27 ---
21.5 28.368 28.2741 27.429

A partir destes valores, determinamos a velocidade do ar para a


temperatura de bulbo seco de 21 °C;

V= 21.00735 m/s

Para um tubo de diâmetro 100mm, temos a vazão volumétrica;

D 2   (0,1) 2
Q V   21.00735
4 4
 Q  0,165m 3 / s

O volume específico nas condições ambiente, foi encontrado na carta


psicométrica, no ponto 1, assim calculada a vazão de ar.

Q 0,165
mar   mar  0,1946kg a / s
v saída 0,848
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Processo de Resfriamento e Desumidificação (1-2)

Neste processo, apenas a serpentina de resfriamento e desumidificação


permanece. Passados de alguns minutos, até a estabilização do sistema foram
medidas a temperaturas de bulbo seco e bulbo úmido nos pontos de entrada e
saída da SRD.

Temperaturas de entrada e saída em °C

ENTRADA SAÍDA
TBS 22 13
TBU 17 11

Os dois pontos definidos foram também marcados na carta psicométrica,


sendo ponto 1 entrada e 2 saída.

Capacidade de refrigeração da SRD:

Com as entalpias, retiradas da carta psicrométrica nos pontos de


entrada (h1=47.6 kJ/kgar) e de saída (h2=33 kJ/kgar), e a vazão mássica
calculada anteriormente temos condições de fazer um balanço de energia na
SRD.
Q e  m
  Qe
   h2  h1 
Q e  m
Q  0,1946   33  47.6 
e

Q e  -2.84kW
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Processo de Umidificação (1-3)

Ao término do processo de resfriamento e desumidificação do ar,


desligou-se a SRD. Após a estabilização da temperatura medida no primeiro
processo. Então foi ligada a injeção de vapor d’água na corrente de ar. Novas
temperaturas de saída foram obtidas:

Temperaturas de entrada e saída em °C

ENTRADA SAÍDA
TBS 21 14.8
TBU 17 13.8

Cálculo da massa de vapor absorvida pelo ar

Marcamos o ponto de saída deste processo na carta psicrométrica,


ponto 3. A partir dos valores da umidade absoluta dos pontos 1 e 3, foi possível
calcular o quanto de vapor d’água foi absorvido pelo ar, através de um balanço
de massa de vapor d’água nos extremos do umidificador. Os valores das
umidades absolutas dos pontos antes e após o umidificador são dados por
(w1=0,0102 kgH2O/kgar) e (w3=0,0158 kgH2O/kgar) respectivamente.

Com o balanço de Vapor d’água temos:

  w1  m
m w m   w3
w m
m    w3  w1 
 w  0,1946   0,0158  0,0102 
m
kg H 2O
 w  0,00109
m
s

Para determinar a quantidade de calor transferido pela corrente de ar,


pelo umidificador de vapor, separamos em dois processos, 1-3b (variação de
calor sensível) e 3b-3 (variação de calor latente), a quantidade total de calor
transferido pelo sistema é a soma dos dois valores.

Para determinar a variação de calor sensível foi feito um balanço de


energia no sistema:

   h3  h1 
s  m
Q
  0,1946   64,8  47,6 
Q s

Q  0,467kW
s

Para determinar a variação de calor latente foi feito um balanço de


massa no sistema.
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 m
Q l
   w3  w1  hv (0C )
  0,1946  15,8  10,2 10 3 2501
Q l

Q  2,725 kW
l

Obtivemos com estes cálculos a quantidade total de calor trocado de


3,192 kW.

Com este sistema é também possível calcular a quantidade de calor


transferida pela resistência elétrica à corrente de ar, porém seria necessário um
tempo para a estabilização do sistema do qual não dispunha-mos no dia da
realização das experiências apresentadas neste relatório.
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Carta Psicrométrica descrevendo os processos


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Conclusão

Com os resultados obtidos pode-se concluir que é muito difícil executar


rigorosamente os processos teóricos em uma prática de laboratório, pois
existem muitos fatores a ser controlados.
Pode-se notar que no processo 1-2 através da SRD ocorre o
resfriamento e a desumidificação do ar.
O processo de umidificação teórico ocorre sem a transferência de calor
sensível, ou seja a temperatura permanece constante com a variação da
umidade absoluta, porém ao observar na carta psicométrica, no (processo 1-3)
existe uma variação na temperatura de bulbo seco, em virtude de existir a
transferência de calor sensível.
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Referências Bibliográficas

1 STOECKER, W F , JONES J W Refrigeração e Ar Condicionado, McGraw


Hill do Brasil LTDA, São Paulo, 1985.

2 NEGRÃO, CEZAR O R. Notas de Aula de Sistemas Térmicos II, 2001.

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