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A CIPA deve participar dos vários aspectos relacionados com o estudo dos acidentes,
preocupando-se em analisá-los e elaborando relatórios, registros, comunicações e
sugestões entre outras providências.
O estudo dos acidentes não deve limitar-se àqueles considerados graves. Pequenos
acidentes podem revelar riscos grandes; acidentes sem lesão podem transformar-se em
ocorrências com vitimas. A CIPA deve investir na identificação de perigos que parecem
sem gravidade mas que poderão tornar-se fontes de acidentes graves.
A análise dos acidentes fornece dados que se acumulam e possibilitam uma visão mais
correta sobre as condições de trabalho da empresa com indicações sobre os tipos de
acidentes mais comuns, sobre as causas mais atuantes, medindo a gravidade das
conseqüências e revelando os setores que necessitam de maior atenção da CIPA e do
SESMT.
Investigação e Análise do Acidente
Para a investigação de acidentes, a CIPA deverá formar um grupo, este grupo tem como
princípio não procurar culpas ou responsabilidade, mas de forma objetiva chegar às causas
reais do acidente e à adoção de medidas preventivas adequadas e eficazes.
Participantes do grupo:
1. - Levantando os fatos:
Fazer pesquisa no local de trabalho;
Fazer entrevistas com pessoas envolvidas com o objetivo de levantar os fatos reais
e não fazer prejulgamentos ou interpretações pessoais.
2 - Ordenar os fatos:
Identificar o último fato, ou seja, o acidente; identificar as causas, perguntando:
-O que causou este fato?
-Esse "causador" foi necessário?
-Esse mesmo causador foi suficiente para que o acidente ocorresse, ou há outras causas?
Cadastro de Acidentado
- Registro para elaboração de estatísticas junto ao
INSS.
Causas dos Acidentes
Ato Inseguro:
Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou
favorecer a ocorrência do acidente. Exemplos: Bloquear, tampar, amarrar
dispositivos de segurança; trabalhar ou operar com velocidade insegura;
limpar, lubrificar ou regular equipamento em movimento; manusear objeto
de maneira errada; desrespeitar sinalização; agredir pessoas; não manter
distância (trânsito);
Estatísticas
Para um estudo mais cuidadoso a respeito de acidentes é necessário juntar dados e colocá-
los em condições de se prestarem a comparações destinadas a acompanhar a evolução dos
problemas relativos a acidentes. Esses dados são as estatísticas. Antes, porém, é
necessário que se tenha as definições do que são dias perdidos e dias debitados, para que
se possa fazer os cálculos estatísticos.
Os cálculos, no Brasil, são feitos segundo dados e fórmulas presentes na norma NBR-
14.480: Cadastro de Acidentes do Trabalho – Procedimento e Classificação, da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Definições
Dias perdidos
Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias corridos de afastamento do trabalho em
virtude de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho.
Dias debitados
Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias que se debitam, por incapacidade
permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. Eles representam uma perda,
um prejuízo econômico, que tem por cálculo base uma média de vida ativa do trabalhador,
calculada em vinte anos ou 6.000 seis mil dias.
Estatística de Acidentes
http://www.previdenciasocial.gov.br/AEPS2004/docs/4c30_01.xls
c) Membro inferior:
Acima do joelho 4.500
Acima do tornozelo até a articulação do joelho, 3.000
exclusive
d) Pé:
Amputação, atingindo todo o osso ou parte (1) Pododáctilos (dedos do pé)
1.º Cada um dos demais
3ª falange – distal - 35
2ª falange – medial (distal para o 1.º pododáctilo) 150 75
1ª falange – proximal 300 150
Metatarsianos 600 350
Pé, no tornozelo (tarso) 2.400
IV – Perturbação funcional
Perda de visão de um olho, haja ou não visão no outro 1.800
Perda de visão de ambos os olhos em um só acidente 6.000
Perda de audição de um ouvido, haja ou não audição no outro 600
Perda de audição de ambos os ouvidos em um só acidente 3.000
(1) Se o osso não é atingido, usar somente os dias perdidos e classificar incapacidade temporária.
Medidas dos Acidentes do Trabalho
IC = I
N
Exemplo: Em uma fábrica de vidro com 1200 funcionários no ano de 2006 ocorreram 10
acidentes do trabalho:
Neste cálculo quando não se tem a exatidão das horas trabalhadas pode-se considerar a
jornada semanal de 44h da legislação e o total de 4,5 semanas ao mês para estimar o
cálculo das horas trabalhadas.
Medidas dos Acidentes do Trabalho
Coeficiente de Letalidade:
Coeficiente de Gravidade:
O objetivo deste coeficiente é permitir avaliação quantitativa das perdas acarretadas pelos
acidentes do trabalho:
Para não trabalhar com números pequenos multiplica-se o quociente obtido por 100.000
(ou por 1.000.000), obtendo-se o número de dias perdidos por 100.000 horas-homens
trabalhadas.
1) Se numa indústria houve trinta ( 30 ) dias perdidos com acidentes, em um mês com
100.000 homens – horas - trabalhadas, o CG será calculado da seguinte forma:
CG = 30 X 1.000.000 = 300
100.000
2) Se em um dos acidentes ocorreu uma lesão que provocou uma incapacidade parcial
permanente com 300 ( trezentos ) dias debitados, o cálculo passará a ser este:
Taxa de Freqüência:
Representa o número de acidentados, com perda de tempo, que podem ocorrer em cada
milhão de homens – horas - trabalhadas. A fórmula é a seguinte:
Ex.: Se numa fábrica houve em um mês 5 acidentes com perda de tempo e nesse mês
foram trabalhadas 100.000 ( cem mil ) horas, o cálculo será feito da seguinte maneira:
TF = 5 x 1.000.000 = 50
100.000
A Taxa de Freqüência será 50. A multiplicação por um milhão se presta a tornar possível a
comparação das Taxas de Freqüência entre departamentos de uma mesma empresa,
entre empresas diferentes e mesmo entre empresas de países diversos desde que usem o
mesmo sistema de cálculo.
Modelo da CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho
Deve ser emitida sempre que ocorra acidente do trabalho e doença ocupacional;
1. ( ) Dias debitados: Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias que se debitam,
por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. Eles
representam uma perda, um prejuízo econômico, que tem por cálculo base uma média de
vida ativa do trabalhador, calculada em trinta anos ou 6.000 seis mil dias.
2. ( ) É importante que na seleção de medidas preventivas a escolhida seja eficaz por pouco
tempo.
3. ( ) Doença do trabalho e doença profissional tem o mesmo significado.
4. ( ) A Taxa de Freqüência representa o número de acidentados, com perda de tempo, que
podem ocorrer em cada milhão de homens – horas – trabalhadas.
5. ( ) Ato Inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar
ou favorecer a ocorrência do acidente.
6. ( ) Para a investigação de acidentes, a CIPA deverá formar um grupo, este grupo tem
como princípio procurar as responsabilidade de forma objetiva.
7. ( ) As seguintes ações devem ser tomadas para que se garanta uma boa investigação:
Isolar o lugar do acidente, Preservar as evidências para um exame posterior ou de
especialista, Identificar e registrar os elementos de evidência presentes na cena, no
momento do acidente, Começar a investigar, o quanto antes possível, após a ocorrência.
8. ( ) O coeficiente de mortalidade por acidente do trabalho é obtido pelo Número de óbitos
por acidentes do trabalho dividido pela População trabalhadora exposta (número médio).
Resposta do Exercício
1. ( F ) Dias debitados: Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias que se debitam, por incapacidade
permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. Eles representam uma perda, um prejuízo
econômico, que tem por cálculo base uma média de vida ativa do trabalhador, calculada em trinta (vinte)
anos ou 6.000 seis mil dias.
2. ( F ) É importante que na seleção de medidas preventivas a escolhida seja eficaz por pouco tempo (longo
tempo).
3. ( F ) Doença do trabalho e doença profissional tem o mesmo significado.
Doença do Trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa,
capaz de provocar lesão por ação mediata (tardia).
Doença Profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante em
relação oficial (Exemplos: Surdez, Pneumoconiose, Asbestose, DORT, etc.).
4. ( V ) A Taxa de Freqüência representa o número de acidentados, com perda de tempo, que podem ocorrer
em cada milhão de homens – horas – trabalhadas.
5. ( V ) Ato Inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência do acidente.
6. ( F ) Para a investigação de acidentes, a CIPA deverá formar um grupo, este grupo tem como princípio
procurar as responsabilidade de forma objetiva. (buscar causas)
7. ( V ) As seguintes ações devem ser tomadas para que se garanta uma boa investigação: Isolar o lugar do
acidente, Preservar as evidências para um exame posterior ou de especialista, Identificar e registrar os
elementos de evidência presentes na cena, no momento do acidente, Começar a investigar, o quanto antes
possível, após a ocorrência.
8. ( V ) O coeficiente de mortalidade por acidente do trabalho é obtido pelo Número de óbitos por acidentes
do trabalho dividido pela População trabalhadora exposta (número médio).
Exercício
Estamparia:
Manutenção: