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Módulo 8

Investigação e análise de acidentes;


Passos a serem seguidos;
Causas e conseqüências de acidentes;
Medidas preventivas; Estatísticas;
Medidas dos acidentes do trabalho e Exercícios.
Investigação e Análise do Acidente

A cuidadosa investigação de um acidente oferece elementos valiosos para a análise que


deve ser feita, concluindo-se sobre suas causas e suas conseqüências. Tal trabalho
provoca a adoção de uma serie de medidas ou providências administrativas, técnicas,
psicológicas ou educativas dentro da empresa.

A CIPA deve participar dos vários aspectos relacionados com o estudo dos acidentes,
preocupando-se em analisá-los e elaborando relatórios, registros, comunicações e
sugestões entre outras providências.

O estudo dos acidentes não deve limitar-se àqueles considerados graves. Pequenos
acidentes podem revelar riscos grandes; acidentes sem lesão podem transformar-se em
ocorrências com vitimas. A CIPA deve investir na identificação de perigos que parecem
sem gravidade mas que poderão tornar-se fontes de acidentes graves.

A análise dos acidentes fornece dados que se acumulam e possibilitam uma visão mais
correta sobre as condições de trabalho da empresa com indicações sobre os tipos de
acidentes mais comuns, sobre as causas mais atuantes, medindo a gravidade das
conseqüências e revelando os setores que necessitam de maior atenção da CIPA e do
SESMT.
Investigação e Análise do Acidente

Considerando-se a dimensão das conseqüências do acidente (físicas, econômicas,


psicológicas, sociais etc.) para o trabalhador e analisando de forma real os benefícios
devidos, aqueles efetivados pela legislação e a real perspectiva de reabilitação profissional,
reintegração social e familiar, revela-se a necessidade de realizar com seriedade e
competência a investigação e analise dos acidentes, como trabalho prevencionista.

Para a investigação de acidentes, a CIPA deverá formar um grupo, este grupo tem como
princípio não procurar culpas ou responsabilidade, mas de forma objetiva chegar às causas
reais do acidente e à adoção de medidas preventivas adequadas e eficazes.

Participantes do grupo:

Próprio acidentado se possível,


Pessoas que presenciaram o acidente,
Chefes Diretos (Gerentes, Chefes de
Departamento, Chefes de Seção, Supervisores),
SESMT, quando houver e
Outras pessoas que conheçam o processo que
gerou o acidente.
Investigação e Análise do Acidente

Para garantir a eficácia do grupo, é importante que haja um clima


de confiança total entre os membros permitindo a participação e a
emissão de opinião própria sobre os acontecimentos em questão.
Outro ponto importante é que as diferenças hierárquicas existentes
devem ser deixadas de lado. No grupo, não deve haver hierarquia
(para que não exista imposição).
Ações Prévias à Investigação:
As seguintes ações devem ser tomadas para que se garanta
uma boa investigação:
a) Isolar o lugar do acidente;
b) Preservar as evidências para um exame posterior ou de
especialista;
c) Identificar e registrar os elementos de evidência presentes na
cena, no momento do acidente;
d) Começar a investigar, o quanto antes possível, após a
ocorrência.
Passos a Serem Seguidos na Investigação

1. - Levantando os fatos:
Fazer pesquisa no local de trabalho;
Fazer entrevistas com pessoas envolvidas com o objetivo de levantar os fatos reais
e não fazer prejulgamentos ou interpretações pessoais.
2 - Ordenar os fatos:
Identificar o último fato, ou seja, o acidente; identificar as causas, perguntando:
-O que causou este fato?
-Esse "causador" foi necessário?
-Esse mesmo causador foi suficiente para que o acidente ocorresse, ou há outras causas?

3 -Procurar medidas preventivas que:


Estejam de conformidade com a lei;
Apresentem relação custo/benefício positiva;
Providenciem a eliminação do risco.
4 - Priorizar e acompanhar a implantação das medidas.
Ter sempre como requisito básico - Rigor, Lógica, Objetividade e Eficácia.
“Depois de um acidente, o que resta a fazer é investigá-lo corretamente e tirar alguma
experiência que venha a servir de subsídio às atividades futuras da segurança do
trabalho”.
Passos a Serem Seguidos na Investigação

A investigação e análise compõem-se de:

Relatório de Investigação e Análise de Acidentes


- Registro da descrição, características e causas
(vide Anexo B da NBR 14.280);

Comunicação de Acidentes do Trabalho


- CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho feito
pela empresa. Ver a nova versão (26/02/99) da
CAT, veja nos arquivos anexos.

Cadastro de Acidentado
- Registro para elaboração de estatísticas junto ao
INSS.
Causas dos Acidentes

Segundo a NBR 14.280, da ABNT, as causas do acidente do trabalho são


as seguintes:

Fator Pessoal de Insegurança (Fator Pessoal):


Causa relativa ao comportamento humano, que pode levar à ocorrência do
acidente ou à prática do ato inseguro. Exemplos: Deficiência auditiva;
agressividade; distúrbio emocional; fadiga; falta de conhecimento;

Ato Inseguro:
Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou
favorecer a ocorrência do acidente. Exemplos: Bloquear, tampar, amarrar
dispositivos de segurança; trabalhar ou operar com velocidade insegura;
limpar, lubrificar ou regular equipamento em movimento; manusear objeto
de maneira errada; desrespeitar sinalização; agredir pessoas; não manter
distância (trânsito);

Condição Ambiente ou Insegurança (Condição ambiente):


Condição do meio que causou o acidente ou contribuiu para sua
ocorrência. Exemplos: Empilhamento inadequado; piso escorregadio;
emprego de ferramenta inadequada; falta do EPI adequado; emprego
errado de método ou procedimento
Conseqüências do Acidente - Terminologia

Segundo a NBR 14.280, da ABNT, terminologia:


Lesão Pessoal: Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, como conseqüência de
acidente de trabalho.
Natureza da Lesão: Expressão que identifica a lesão, segundo suas características
principais (Exemplos: escoriação, luxação, fratura, asfixia, distensão, queimadura,
afogamento, estrangulamento, ferimento, contusão, efeito imediato de radiação).
Localização da Lesão: Indicação da sede da lesão (Exemplos: cabeça, olho, face, testa,
tronco, ombro, membros superiores, dedo, mão, membros inferiores, joelho, perna, pé).
Lesão Imediata: Lesão que se manifesta no momento do acidente.
Lesão Mediata (lesão tardia): Lesão que se manifesta após o acidente.
Doença do Trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de
atividade laborativa, capaz de provocar lesão por ação mediata.
Doença Profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica,
constante em relação oficial (Exemplos: Surdez, Pneumoconiose, Asbestose, DORT, etc.).
Morte: Cessação da capacidade de trabalho pela perda da vida, independente do tempo
decorrido desde a lesão.
Conseqüências do Acidente - Resumo

1. Levantamento dos Fatos: Identificar todos os fatos que


contribuíram para a ocorrência do acidente. Pesquisa no local
feita imediatamente após o acidente, com a participação dos
envolvidos e das pessoas que presenciaram o acidente.
2. Atividades no Local do Acidente: Fotografar ou filmar o local,
fazer um croquis, analisar evidências e indícios. Avaliação
preliminar das perdas.
3. Ordenação dos Fatos: Estabelecer ligações entre os fatos,
realizar entrevistas, separar as causas básicas das causas
imediatas. Fazer uma versão individual, ou fazer uma
reconstituição (se for o caso), checar informações como hora
extra, se os primeiros socorros foram realizados em tempo hábil,
se os treinamentos (operacionais e de segurança) foram
aplicados. Determinar a falta ou as falhas de controle, verificar o
sistema de comunicação e a administração das atividades.
4. Implantação das Medidas de Controle: A preocupação neste
momento é a de propor o maior número possível de ações
corretivas favorecendo a eliminação de todos os riscos e perigos
levantados.
Medidas Corretivas / Preventivas

5. Priorização das Medidas:

(O grupo escolhe a ordem daquelas que deverão ser adotadas.)


É importante que a negociação das medidas obedeça aos seguintes critérios:

1) - Que a medida tenha sua eficácia por longo tempo;


2) - Que não crie um novo risco;
3) - Que não imponha grandes mudanças nos hábitos do
operador;
4) - Que possibilite a generalização e possa ser aplicada a
outros setores;
5) - Que o custo seja viável;
6) - Que o prazo de aplicação seja determinado;
7) - Que a prevenção/correção esteja em conformidade
com a lei.
Estatística de Acidentes

Estatísticas
Para um estudo mais cuidadoso a respeito de acidentes é necessário juntar dados e colocá-
los em condições de se prestarem a comparações destinadas a acompanhar a evolução dos
problemas relativos a acidentes. Esses dados são as estatísticas. Antes, porém, é
necessário que se tenha as definições do que são dias perdidos e dias debitados, para que
se possa fazer os cálculos estatísticos.
Os cálculos, no Brasil, são feitos segundo dados e fórmulas presentes na norma NBR-
14.480: Cadastro de Acidentes do Trabalho – Procedimento e Classificação, da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Definições
Dias perdidos
Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias corridos de afastamento do trabalho em
virtude de lesão pessoal, exceto o dia do acidente e o dia da volta ao trabalho.
Dias debitados
Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias que se debitam, por incapacidade
permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. Eles representam uma perda,
um prejuízo econômico, que tem por cálculo base uma média de vida ativa do trabalhador,
calculada em vinte anos ou 6.000 seis mil dias.
Estatística de Acidentes

http://www.previdenciasocial.gov.br/AEPS2004/docs/4c30_01.xls

O Brasil está entre os países com maior


índice de morte por acidentes do trabalho, mortes / 10
ficando atrás da Índia, Coréia do Sul e El período mil acidentes
Salvador. (média)
No mundo, cerca de 2 milhões de década de 70 23
trabalhadores morrem anualmente em
decorrência de acidentes de trabalho e década de 80 42
doenças relacionadas ao trabalho; os década de 90 85
acidentes respondem por cerca de 360 mil 2000-2003 80
mortes.
Estatística de Acidentes

Quadro I – Dias Debitados


I – Morte 6.000
II – Incapacidade Permanente Total 6.000
III – Perda de membro
a) Membro superior:
Acima do punho até o cotovelo, exclusive 3.600
Acima do cotovelo até a articulação do ombro, 4.500
inclusive

b) Mão Quirodáctilos (dedos da mão)


Amputação, atingindo todo o osso 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º
ou parte (1) (Polegar) (Indicador) (Médio) (Anular) (Mínimo)
3.ª falange – distal - 100 75 60 50
2.ª falange – medial (distal para o 300 200 150 120 120
polegar)
1ª falange - proximal 600 400 300 240 200
Metacarpianos 900 600 500 450 400
Mão do punho carpo 3.000
Estatística de Acidentes

c) Membro inferior:
Acima do joelho 4.500
Acima do tornozelo até a articulação do joelho, 3.000
exclusive
d) Pé:
Amputação, atingindo todo o osso ou parte (1) Pododáctilos (dedos do pé)
1.º Cada um dos demais
3ª falange – distal - 35
2ª falange – medial (distal para o 1.º pododáctilo) 150 75
1ª falange – proximal 300 150
Metatarsianos 600 350
Pé, no tornozelo (tarso) 2.400

IV – Perturbação funcional
Perda de visão de um olho, haja ou não visão no outro 1.800
Perda de visão de ambos os olhos em um só acidente 6.000
Perda de audição de um ouvido, haja ou não audição no outro 600
Perda de audição de ambos os ouvidos em um só acidente 3.000
(1) Se o osso não é atingido, usar somente os dias perdidos e classificar incapacidade temporária.
Medidas dos Acidentes do Trabalho

Incidência Cumulativa (IC):

A Incidência Cumulativa constitui-se na estimativa do risco de um individuo acidentar-se


em determinada população e em determinado intervalo de tempo:

IC = I
N

I = Número de acidentes do trabalho ocorridos


N = Número de trabalhadores expostos no início do estudo, em determinado intervalo de
tempo

Exemplo: Em uma fábrica de vidro com 1200 funcionários no ano de 2006 ocorreram 10
acidentes do trabalho:

IC = 10 = 0,0083 ou 0,83 % ao ano


1200
Medidas dos Acidentes do Trabalho

Densidade de Incidência (DI):

Constitui-se em um indicador mais acurado, pois no denominador considera o número de


horas trabalhadas: e a “entrada” e “saída” da população trabalhadora investigada:

DI = Número de acidentes do trabalho x 100.000 ou 1.000.000


Número de horas/homens trabalhadas

A dinâmica da população trabalhadora em estudo, no intervalo de tempo considerado é


levada em conta para obtenção do denominador. O trabalhador demitido, ou o tempo de
afastamento dos acidentados deixam de contribuir para o denominador em termos de
horas-homem trabalhadas. A densidade de incidência reflete a velocidade com que parte
da população estudada acidenta-se.

Neste cálculo quando não se tem a exatidão das horas trabalhadas pode-se considerar a
jornada semanal de 44h da legislação e o total de 4,5 semanas ao mês para estimar o
cálculo das horas trabalhadas.
Medidas dos Acidentes do Trabalho

Coeficiente de Mortalidade por Acidente de Trabalho (CMAT):

O coeficiente de mortalidade por acidente do trabalho é obtido por:

CMAT = Número de óbitos por acidentes do trabalho


População trabalhadora exposta (número médio)

Coeficiente de Letalidade:

É um indicador que mede a capacidade de um agravo a saúde levar a óbito:

Letalidade = Número acidentes fatais


Número de acidentes ocorridos

Em ambos os casos deve ser considerado um determinado período de tempo


Medidas dos Acidentes do Trabalho

Coeficiente de Gravidade:

O objetivo deste coeficiente é permitir avaliação quantitativa das perdas acarretadas pelos
acidentes do trabalho:

CG = Número de dias perdidos por acidentes do trabalho + Nº de dias debitados


Número de horas/homens trabalhadas

Para não trabalhar com números pequenos multiplica-se o quociente obtido por 100.000
(ou por 1.000.000), obtendo-se o número de dias perdidos por 100.000 horas-homens
trabalhadas.

Os dias debitados só aparecem quando do acidente resulta morte ou incapacidade total


ou permanente ou incapacidade parcial permanente. Nesses casos, é preciso consultar a
tabela especial para o cálculo dos dias debitados segundo a natureza de lesões.
Exemplo: Medidas dos Acidentes do Trabalho

1) Se numa indústria houve trinta ( 30 ) dias perdidos com acidentes, em um mês com
100.000 homens – horas - trabalhadas, o CG será calculado da seguinte forma:

CG = 30 X 1.000.000 = 300
100.000

Seriam 300 dias perdidos em 1.000.000 ( um milhão ) de horas trabalhadas.

2) Se em um dos acidentes ocorreu uma lesão que provocou uma incapacidade parcial
permanente com 300 ( trezentos ) dias debitados, o cálculo passará a ser este:

CG = 330 X 1.000.000 = 3.300


100.000
Medidas dos Acidentes do Trabalho

Taxa de Freqüência:

Representa o número de acidentados, com perda de tempo, que podem ocorrer em cada
milhão de homens – horas - trabalhadas. A fórmula é a seguinte:

Número de acidentados com perda de tempo X 1.000.000


Homens – horas – trabalhadas

Ex.: Se numa fábrica houve em um mês 5 acidentes com perda de tempo e nesse mês
foram trabalhadas 100.000 ( cem mil ) horas, o cálculo será feito da seguinte maneira:

TF = 5 x 1.000.000 = 50
100.000

A Taxa de Freqüência será 50. A multiplicação por um milhão se presta a tornar possível a
comparação das Taxas de Freqüência entre departamentos de uma mesma empresa,
entre empresas diferentes e mesmo entre empresas de países diversos desde que usem o
mesmo sistema de cálculo.
Modelo da CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho

Deve ser emitida sempre que ocorra acidente do trabalho e doença ocupacional;

A CAT pode ter como emitente responsável o empregador, o sindicato da categoria


profissional, o médico assistente, o segurado ou seus dependentes ou a autoridade
publica.

Para o correto preenchimento da CAT deve ser observado o Manual de Orientação


editado pelo INSS, o arquivo está disponível no site.

Veja o modelo de CAT nos arquivos em Word disponíveis no site.


Exercício

Indique se é Verdadeiro ou Falso:

1. ( ) Dias debitados: Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias que se debitam,
por incapacidade permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. Eles
representam uma perda, um prejuízo econômico, que tem por cálculo base uma média de
vida ativa do trabalhador, calculada em trinta anos ou 6.000 seis mil dias.
2. ( ) É importante que na seleção de medidas preventivas a escolhida seja eficaz por pouco
tempo.
3. ( ) Doença do trabalho e doença profissional tem o mesmo significado.
4. ( ) A Taxa de Freqüência representa o número de acidentados, com perda de tempo, que
podem ocorrer em cada milhão de homens – horas – trabalhadas.
5. ( ) Ato Inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar
ou favorecer a ocorrência do acidente.
6. ( ) Para a investigação de acidentes, a CIPA deverá formar um grupo, este grupo tem
como princípio procurar as responsabilidade de forma objetiva.
7. ( ) As seguintes ações devem ser tomadas para que se garanta uma boa investigação:
Isolar o lugar do acidente, Preservar as evidências para um exame posterior ou de
especialista, Identificar e registrar os elementos de evidência presentes na cena, no
momento do acidente, Começar a investigar, o quanto antes possível, após a ocorrência.
8. ( ) O coeficiente de mortalidade por acidente do trabalho é obtido pelo Número de óbitos
por acidentes do trabalho dividido pela População trabalhadora exposta (número médio).
Resposta do Exercício

Indique se é Verdadeiro ou Falso:

1. ( F ) Dias debitados: Segundo a NBR 14.280, da ABNT trata-se dos dias que se debitam, por incapacidade
permanente ou morte, para o cálculo do tempo computado. Eles representam uma perda, um prejuízo
econômico, que tem por cálculo base uma média de vida ativa do trabalhador, calculada em trinta (vinte)
anos ou 6.000 seis mil dias.
2. ( F ) É importante que na seleção de medidas preventivas a escolhida seja eficaz por pouco tempo (longo
tempo).
3. ( F ) Doença do trabalho e doença profissional tem o mesmo significado.
Doença do Trabalho: Doença decorrente do exercício continuado ou intermitente de atividade laborativa,
capaz de provocar lesão por ação mediata (tardia).
Doença Profissional: Doença do trabalho causada pelo exercício de atividade específica, constante em
relação oficial (Exemplos: Surdez, Pneumoconiose, Asbestose, DORT, etc.).
4. ( V ) A Taxa de Freqüência representa o número de acidentados, com perda de tempo, que podem ocorrer
em cada milhão de homens – horas – trabalhadas.
5. ( V ) Ato Inseguro: Ação ou omissão que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a
ocorrência do acidente.
6. ( F ) Para a investigação de acidentes, a CIPA deverá formar um grupo, este grupo tem como princípio
procurar as responsabilidade de forma objetiva. (buscar causas)
7. ( V ) As seguintes ações devem ser tomadas para que se garanta uma boa investigação: Isolar o lugar do
acidente, Preservar as evidências para um exame posterior ou de especialista, Identificar e registrar os
elementos de evidência presentes na cena, no momento do acidente, Começar a investigar, o quanto antes
possível, após a ocorrência.
8. ( V ) O coeficiente de mortalidade por acidente do trabalho é obtido pelo Número de óbitos por acidentes
do trabalho dividido pela População trabalhadora exposta (número médio).
Exercício

Em uma empresa metalúrgica com 150


trabalhadores, sendo 50 no setor de
estamparia e 50 na área de manutenção,
ocorreram no último trimestre de 2005 os
seguintes acidentes do trabalho: 5
acidentes no setor de estamparia com um
total de 20 dias de afastamento e 1
acidente na área de manutenção com 40
dias de afastamento.

Calcular a Densidade de Incidência dos


acidentes por 1.000.000 de horas
trabalhadas e o Coeficiente de Gravidade
para 100.000 horas trabalhadas nos 2
setores e comparar os resultados.
Resposta do Exercício

O número de horas-homens trabalhadas em cada setor foi:

50 pessoas x 44 horas x 4,5 semanas x 3 meses = 29.700 horas-homens trabalhadas


semana

Estamparia:

DI = 5 x 1.000.000 = 168,3 acidentes para cada 1.000.000 horas-homens trabalhadas


29.700

CG = 20 x 100.000 = 67,34 dias para cada 100.000 horas-homens trabalhadas


29.700

Manutenção:

DI = 1 x 1.000.000 = 33,6 acidentes para cada 1.000.000 horas-homens trabalhadas


29.700

CG = 40 x 100.000 = 134,68 dias para cada 100.000 horas-homens trabalhadas


29.700

Comparação: No setor de estamparia ocorreu maior número de acidentes, mas a


gravidade dos acidentes foi maior na área de manutenção.
Exercício

Identifique na sua empresa um acidente ocorrido no último ano e simule o preenchimento


da CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho (formulário disponível no site), caso não
tenha havido nenhum acidente considere que você mesmo trincou o braço na execução
de suas atividades laborais. Use a imaginação para criação de dados e oriente-se pelo
Manual de Instrução para preenchimento de CAT que está disponível no site.

Uma resposta orientativa deste exercício se encontra nos


materiais complementares do curso, tente fazer o exercício e
depois confira sua resposta com as respostas do arquivo
EXERCICIOS_DOS_MODULOS_1A9
Fim do Módulo 8

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