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Ernani Pimentel • Márcio Wesley • Josimar Padilha • Anderson Lopes

Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico • Conhecimentos Técnicos • Noções de


Administração e Situações Gerenciais

2017

Este eBook foi adquirido por ANA PAULA PEREIRA SILVA - CPF: 052.510.513-10.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
© 2017 Vestcon Editora Ltda.

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como às suas características gráficas.

Título da obra: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE


Agente Censitário Municipal (ACM) e Agente Censitário Supervisor (ACS) – Nível Médio
Atualizada até 3-2017 (AI107)

(De acordo com o Edital n° 02/2017, de 24 de abril de 2017 - FGV)

Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico


Conhecimentos Técnicos • Noções de Administração e Situações Gerenciais

Autores:
Ernani Pimentel • Márcio Wesley
Josimar Padilha • Anderson Lopes

GESTÃO DE CONTEÚDOS ASSISTENTE DE REVISÃO


Welma Maia Pedro Igor

PRODUÇÃO EDITORIAL EDITORAÇÃO ELETRÔNICA


Érida Cassiano Marcos Aurélio Pereira
Adenilton da Silva Cabral
REVISÃO
Érida Cassiano
Ylka Ramos

www.vestcon.com.br

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IBGE

SUMÁRIO

Língua Portuguesa
Compreensão e interpretação de texto..................................................................................................................................3

Significação das palavras:


sinônimos, antônimos, homônimos e parônimos.............................................................................................................11

Pontuação..............................................................................................................................................................................11

Estrutura e sequência lógica de frases e parágrafos......................................................................................................... 7/16

Ortografia oficial....................................................................................................................................................................19

Acentuação gráfica................................................................................................................................................................28

Classes das palavras...............................................................................................................................................................65

Concordância nominal e verbal.............................................................................................................................................31

Regência nominal e verbal....................................................................................................................................................38

Emprego da Crase..................................................................................................................................................................42

Emprego dos verbos regulares, irregulares e anômalos.......................................................................................................48

Vozes dos verbos...................................................................................................................................................................53

Emprego e colocação dos pronomes.....................................................................................................................................58

Sintaxe:
termos essenciais, integrantes e acessórios da oração....................................................................................................75

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Língua Portuguesa
Ernani Pimentel / Márcio Wesley

Ernani Pimentel Comandos para Questão de Interpretação

INTELECÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS Da leitura do texto, infere-se que...


O texto permite deduzir que...
Da fala do articulista pode-se concluir que...
Texto
Depreende-se do texto que...
Textum, em latim, particípio do verbo tecer, significa Qual a intenção do narrador quando afirma que...
tecido. Dessa palavra originou-se textus, que gerou, em Pode-se extrair das ideias e informações do texto que...
português, “texto”. Portanto, está-se falando de “tecido” de
frases, orações, períodos, parágrafos... Uma “tessitura” de Questão
ideias, de argumentos, de fatos, de relatos...
1. Observe a tirinha a seguir, da cartunista Rose Araújo:
Intelecção (ou Compreensão)
Intelecção significa entendimento, compreensão. Os
testes de intelecção exigem do candidato uma postura muito
voltada para o que realmente está escrito.

Comandos para Questão de Compreensão

O narrador do texto diz que...


O texto informa que...
Segundo o texto, é correto ou errado dizer que... (www.fotolog.com/rosearaujocartum)
De acordo com as ideias do texto...
Infere-se que o humor da tirinha se constrói:
Questão a) pois a imagem resgata o valor original do radical que
compõe a gíria bombar.
1. Assinale a opção correta em relação ao texto. b) pois o vocábulo bombar foi dito equivocadamente
no sentido de “bombear”.
O Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recur- c) pois reflete o problema da educação no país, em
sos Hídricos – PROÁGUA Nacional é um programa do que os alunos só se comunicam por gírias, como é
Governo Brasileiro financiado pelo Banco Mundial. O o caso de fessor.
Programa originou-se da exitosa experiência do PRO-
d) porque a forma fessor é uma tentativa de incluir na
5
ÁGUA / Semiárido e mantém sua missão estruturante,
com ênfase no fortalecimento institucional de todos os norma culta o regionalismo fessô.
atores envolvidos com a ges­tão dos recursos hídricos e) porque o vocábulo bombar não está dicionarizado.
no Brasil e na implantação de infraestruturas hídricas
viáveis do ponto de vista técnico, financeiro, econômico, Gabarito: a
10
ambiental e social, promovendo, assim, o uso racional
dos recursos hídricos. Preste, portanto, atenção aos comandos para não errar.
Se o texto diz que o rapaz está cabisbaixo, você não pode
(http://proagua.ana.gov.br/proagua) “deduzir”, ou “inferir”, que ele está de cabeça baixa, porque
isso já está dito no texto. Mas você pode interpretar ou con-
a) O PROÁGUA / Semiárido é um dos subprojetos de- cluir que, por exemplo, ele esteja preo­cupado, ou tímido, em
rivados do PROÁGUA/Nacional. função de estar de cabeça baixa.
b) A expressão “sua missão estruturante” (l. 5) refere-
-se a “Banco Mundial” (l. 3). Comandos para Medir Conhecimentos Gerais
c) A ênfase no fortalecimento institucional de todos os
atores envolvidos com a gestão de recursos hídricos Tendo o texto como referência inicial...
é exclusiva do PROÁGUA/Semiárido. Considerando a amplitude do tema abordado no texto...
d) Tanto o PROÁGUA/Semiárido como o PROÁGUA/ Enfocando o assunto abordado no texto...
Nacional promovem o uso racional dos recursos
hídricos.
e) A implantação de infraestruturas hídricas viáveis do Nesses casos, o examinador não se apega ao ponto de
ponto de vista técnico, financeiro, econômico, am- vista do texto em relação ao assunto, mas quer testar o
biental e social é exclusiva do PROÁGUA/Nacional. conhecimento do candidato a respeito daquela matéria.
Língua Portuguesa

Gabarito: d Questões

Interpretação Texto para os itens de 1 a 11.

Interpretação significa dedução, inferência, conclusão, Os oceanos ocupam 70% da superfície da Terra,
ilação. As questões de interpretação não querem saber o mas até hoje se sabe muito pouco sobre a vida em suas
que está escrito, mas o que se pode inferir, ou concluir, ou regiões mais recônditas. Segundo estimativas de ocea-
deduzir do que está escrito. nógrafos, há ainda 2 milhões de espécies desconhecidas

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5 nas profundezas dos mares. Por ironia, as notícias mais 6. No trecho “até hoje se sabe” (l.2), o elemento linguís-
frequentes produzidas pelas pesquisas científicas relatam tico “se” tem valor condicional.
não a descoberta de novos seres ou fronteiras marinhas,
mas a alarmante escalada das agressões impingidas 7. O trecho “muito pouco sobre a vida em suas regiões
aos oceanos pela ação humana. Um estudo recente do mais recônditas” (ls.2-3) é complemento da forma
10
Greenpeace mostra que a concentração de material verbal “sabe” (l.2).
plástico nas águas atingiu níveis inéditos na história. Se-
gundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, existem 8. A palavra “recônditas” (l.3) pode, sem prejuízo para
46.000 fragmentos de plástico em cada 2,5 quilômetros a informação original do período, ser substituída por
quadrados da superfície dos oceanos. Isso significa que profundas.
15
a substância já responde por 70% da poluição marinha
por resíduos sólidos. 9. O termo “mas” (l.8) corresponde a qualquer um dos
seguintes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
Veja, 5/3/2008, p. 93 (com adaptações).
10. Na linha 9, a presença de preposição em “aos oceanos”
Tendo o texto acima como referência inicial e considerando a justifica-se pela regência do termo “impingidas”.
amplitude do tema por ele abordado, julgue os itens de 1 a 5.
11. O termo “a substância” (l.15) refere-se ao antecedente
“plástico” (l.11).
1. Ao citar o Greenpeace, o texto faz menção a uma das
mais conhecidas organizações não governamentais Gabarito: itens 6, 7 e 9 errados; itens 8, 10 e 11 certos.
cuja atuação, em escala mundial, está concentrada na
melhoria das condições de vida das populações mais Como Fazer Prova
pobres do planeta, abrindo-lhes frentes de trabalho no
setor secundário da economia. Normalmente, o candidato, no momento da prova, fica
preocupado com o tempo, razão pela qual lê rapidamente
2. Por se decompor muito lentamente, o plástico pas- o texto e vai direto às perguntas. Evite tal conduta. O tempo
sa a ser visto como um dos principais responsáveis gasto com a leitura bem feita é compensado na hora de
pela degradação ambiental, razão pela qual cresce o responder às questões.
movimento de conscientização das pessoas para que Numa prova de vestibular ou concurso, não basta o
reduzam o consumo desse material. conhecimento da matéria; é importante ter agilidade para
adequar-se ao tempo permitido, por isso, se você ainda não
3. Considerando o extraordinário desenvolvimento cien- tem uma técnica para resolver prova, experimente esta.
tífico que caracteriza a civilização contemporânea, é
correto afirmar que, na atualidade, pouco ou quase 1ª Leitura: leia duas vezes o texto e uma só vez cada
nada da natureza resta para ser desvendado. item das questões. Esta primeira leitura é
apenas para conhecer a prova e resolver o
4. A exploração científica da Antártida, que enfrenta enor- que estiver mais fácil.
mes dificuldades naturais próprias da região, envolve
a participação cooperativa de vários países, mas os 2ª Leitura: releia o texto uma só vez e duas vezes as
elevados custos do empreendimento impedem que alternativas não respondidas. Não perca
representantes sul-americanos atuem no projeto. tempo, resolva as que você sabe e deixe as
outras para depois.
5. Infere-se do texto que a Organização das Nações Unidas
3ª Leitura: é a vez das difíceis. Leia mais uma vez cada
(ONU) amplia consideravelmente seu campo de atuação item ainda não respondido. Se sabe, respon-
e, sem deixar de lado as questões cruciais da paz e da da; se não sabe, vá em frente, que o tempo
segurança internacional, também se volta para temas é curto.
que envolvem o cotidiano das sociedades, como o meio
ambiente. Na hora de preencher o Cartão de Resposta: chute a
resposta das questões não respondidas. Porém, se a questão
Gabarito: itens 1, 3 e 4 errados; itens 2 e 5 certos. errada descontar ponto, não chute.
Aqui você vai ter muitas questões para treinar. Se quiser
Comandos para Medir Conhecimentos Linguísticos mais, conheça as apostilas Provas Comentadas de Língua
Portuguesa.
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue
os itens. Erros Comuns de Leitura
Assinale a alternativa que apresenta erro gramatical.
Aponte do texto a construção que não foge aos preceitos Extrapolação ou ampliação: a questão abrange mais do
da norma culta. que o texto diz.
O texto disse: Os alunos do Colégio Metropolitano es-
Língua Portuguesa

Aqui a questão pretende medir o conhecimento grama- tavam felizes.


tical do candidato e pode abordar assuntos de morfologia, A questão diz: Os alunos estavam felizes.
sintaxe, semântica, estilística, coesão e coerência... Explicação: o significado de “alunos” é muito mais amplo
que o de “alunos de um único colégio”.
Questões Redução ou limitação: a questão reduz a amplitude do
que diz o texto.
Considerando as estruturas linguísticas do texto, julgue os O texto disse: Muitos se predispuseram a participar do
itens seguintes. jogo.

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A questão diz: Alguns se predispuseram a participar do Lenda: história com base em informações imaginárias.
jogo. São lendários o saci-pererê, a boiuna, a mula sem cabeça...
Explicação: o sentido da palavra “alguns” é mais limitado
que o de “muitos”. Anedota: história curta engraçada ou picante.

Contradição: a questão diz o contrário do que diz o texto. Paródia: reescritura cômica de um texto:
O texto disse: Maria é educada porque é inteligente.
A questão diz: Maria é inteligente porque é educada. Texto motivador: Jingle bells, jingle bells, jingle all the
Explicação: no texto, “inteligente” justifica “educada”; na way!
questão se inverteu a ordem e “educada” é que justifica
“inteligente”. Paródia: Dingo Bel, Dingo Bel, acabou o papel,
Não faz mal, não faz mal, use o jornal...
Desvio ou Deturpação:
O texto disse: A contratação da funcionária pode ser Paráfrase: texto sinônimo, de sentido semelhante a
considerada competente. outro.
A questão diz: A funcionária contratada pode ser consi-
derada competente. Texto motivador: Teresa, mãe de João, comprou em
Explicação: no texto, “competente” refere-se a “contra- Brasília agasalhos para frio.
tação” e não a “funcionária”.
Paráfrase: A mãe de João ampliou seu guarda-roupa de
Tipologia Textual inverno na capital do Brasil.

Conto: história curta com poucos personagens em torno


Narração ou história: texto que conta uma história, cur-
de um núcleo de ação.
tíssima ou longa, tendo personagem, ação, espaço e tempo,
mas o tempo tem de estar em desenvolvimento.
Novela: história mais longa que o conto e que também
Ela chegou, abriu a porta, entrou e olhou para mim. (As
envolve só um núcleo de ação.
ações acontecem em sequência)
Romance: história longa e complexa em que os persona-
Descrição ou retrato: gens atuam em torno de vários núcleos de ação. As chamadas
1. Texto que mostra um ambiente. novelas de televisão literariamente são romances porque
O Sol estava a pino, as portas trancadas, as janelas revezam vários núcleos temáticos, revezando também como
escancaradas, as ruas vazias, os carros estacionados, os protagonistas grupos diferentes de personagens.
galhos das árvores e o capim absolutamente parados.
Epígrafe: inscrição que antecede um texto (no frontispí-
2. Texto que mostra ações simultâneas. cio de um livro, no início de um capítulo, de um poe­ma, de
Enquanto ela falava, o cachorro latia, a criança cho- uma crônica...).
rava, o vizinho aplaudia. (As ações acontecem no
mesmo momento, o tempo está parado) Título: EPICÉDIO III
Dissertação ou ideias: texto construído não para con- Epígrafe: À morte apressada de um amigo
tar história ou fazer um retrato, mas para desenvolver um
raciocínio. Texto: Comigo falas; eu te escuto; eu vejo
É sábio dizer-se que o limite de um homem é o limite de Quanto apesar de meu letargo, e pejo,
seu próprio medo. Me intentas persuadir, ó sombra muda,
Que tudo ignora quem te não estuda.
Na prática, um texto pode misturar as tipologias, por isso
é comum classificá-lo com base em qual tipologia predomina, (Cláudio Manuel da Costa)
ou seja, para atender a qual tipologia o texto foi feito.
Níveis de Fala (Tipos de Norma)
Gêneros Literários (e Componentes)
Nível formal ou adloquial: as circunstâncias exigem do
Crônica: texto curto dissertativo, comentando fato ou emissor postura concentrada e adequada a um grupo sofis-
situação do momento. ticado de falantes. Tende ao uso da norma culta (também
chamada de padrão, ou erudita), que se estuda nas gramá-
Parábola: história, em prosa ou verso, para transmitir ticas normativas.
ensinamento. Cristo falava por parábolas, como a do Filho Por favor, entenda que seria importante para nós sua
Pródigo, a do Joio e do Trigo. presença.
Língua Portuguesa

Fábula: parábola curta que apresenta animais como per- Nível informal ou coloquial: o ambiente permite ao
sonagens. Famosas são as fábulas de Fedro, como A raposa emissor uma postura mais à vontade, sem preocupações
e as uvas, O lobo e cordeiro... gramaticais.
Vem, que sua presença é importante. (A gramática orien-
Apólogo: narrativa didática, em prosa ou verso, em que ta: Vem, que tua presença... ou Venha, que sua presença...)
se animam e dialogam seres inanimados. Um bom exemplo Na informalidade, a língua é usada na forma de cada
é o texto de Machado de Assis intitulado A Agulha e a Linha. região, profissão, esporte, gíria, internet...

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Nível vulgar: normalmente envolve uso de calão ou gíria. 3. distrair a atenção do receptor –
Oi, cara, pinta lá no pedaço. Ele: Onde você estava até esta hora?
Ela: Por favor, ligue agora para o José e lhe deseje
Baixo calão: é o nível das gírias pesadas e dos palavrões. sorte. (Ela desviou a atenção do assunto dele)
Naquele cafofo só vai ter piranha e Zé-mané, porra.
Função Metalinguística: predomina o assunto “língua”,
Funções da Linguagem é o uso da língua para falar da própria língua.

Todo emissor, no momento em que realiza um ato de fala, Língua: tipo de código usado na comunicação.
atribui, consciente ou inconscientemente, maior importância
a um dos seis elementos da comunicação (emissor, recep- Os dicionários, as gramáticas, os livros de texto, de re-
tor, referente, canal, código ou mensagem). Descobrir qual dação, as críticas literárias são exemplos de metalinguagem.
elemento está em destaque é definir a função da linguagem.
Função Poética (ou Estética): predomina em importância
Função Emotiva (ou Expressiva): predomina em impor- a elaboração da mensagem.
tância o emissor e é muito usada em textos líricos, amorosos,
autobiográficos, testemunhais... Constitui uma característica Mensagem, fala ou discurso: é o como se diz e não o
de subjetividade. que se diz.

Emissor: aquele que fala, representado por eu, nós, a As frases “Você roubou minha caneta” e “Você achou
gente (no sentido de “nós”). minha caneta antes de eu a perder”, embora tenham o mes-
mo assunto ou referente, são mensagens, falas ou discursos
São índices desta função: diferentes, tanto é que provocam sensações diferentes no
1. sujeito emissor – Eu vi Mariana chegar. A gente viu receptor.
Mariana chegar. Nós vimos Mariana chegar. A função poética valoriza a escolha das palavras, ora pela
2. uso de exclamação – Mariana chegou! sonoridade, ora pelo ritmo (Quem casa quer casa. Quem tudo
3. uso de interjeição – Ih! Mariana chegou. quer tudo perde. Quem com ferro fere com ferro será ferido),
ora pelo significado inusitado (Penso, logo desisto), ora por
Função Conativa (ou Apelativa): predomina em impor- mais de uma dessas ou outras características.
tância o receptor e é frequente em linguagem de publicidade
e de oratória. Obs.: todas essas funções podem interpenetrar-se no
texto, mas uma (qualquer uma) tenderá a ser predominante.
Receptor: com quem se fala, representado por tu, vós,
No caso de um texto poético ou estético, as demais funções
você(s), Vossa Senhoria, Vossa Alteza, Vossa...
ocupam o segundo plano.
São índices desta função:
1. sujeito receptor – Você sabia que Mariana chegou?
Tipos de Discurso
2. vocativo – Paulo, tu estás correto.
3. imperativo – Por favor, venha cá. Beba guaraná.
Discurso Direto: reprodução exata da fala do personagem.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Função Referencial (ou Informativa): predomina em
Pode vir entre aspas: “Estou satisfeita com sua resposta.”
importância o referente e é empregada nos textos científicos,
Pode vir após travessão: – Estou satisfeita com sua
jornalísticos, profissionais – correspondências oficiais, atas...
É uma característica de objetividade. resposta.

Referente: de que ou de quem se fala, representado por Discurso Indireto: o narrador traduz a fala do persona-
ele(s), ela(s), Sua Excelência, Sua Majestade, Sua..., ou por gem.
qualquer substantivo ou pronome substantivo de terceira Julieta respondeu que estava satisfeita com a resposta
pessoa. dele.
Julieta respondeu estar satisfeita com a resposta dele.
É índice desta função:
1. sujeito referente – Mariana chegou. Ele chegou. Sua Discurso Indireto Livre: a fala do personagem se confun-
Senhoria chegou. Quem chegou? de com a do narrador.
Mariana sentou-se em frente ao guri, o que se passava
Função Fática: predomina em importância o canal e naquela cabecinha? Que sorrisinho maroto...
normalmente aparece em trechos pequenos, dentro de
outras funções. Discurso do Narrador: é a fala de quem conta a história.
Julieta respondeu: Estou satisfeita com sua resposta.
Língua Portuguesa

Canal: meio físico (ar, luz, telefone...) e psicológico (a


atenção) que interliga emissor e receptor. Monólogo: fala de um personagem consigo mesmo.
Paulo atravessou o bar, resmungando: “Não acredito no
Usa-se a função fática para: que acabei de ver”.
1. testar o funcionamento do canal – Um, dois, três...
Alô, alô... Diálogo: conversa entre dois ou mais personagens.
2. prender a atenção do receptor – Bom dia. Como vai? – Você devia ser mais suave na sua fala.
Até logo. Certo ou errado? – Vou tentar.

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Semântica Clareza

Sema é unidade de significado. A palavra “garotas” tem Clareza é a qualidade que faz um texto ser facilmente
três semas: entendido. Obscuridade é o seu antônimo.
1. garot é o radical e significa ser humano em formação;
2. a é desinência e significa feminino; Questões
3. s é desinência e significa plural.
O menino e seu pai foram hospedados em prédios diferentes
Monossemia ou unissignificação: é o fato de uma ex- o que o fez ficar triste.
pressão ter no texto apenas um significado.
Assinale C para certo e E para errado.
Polissemia ou plurissignificação: é o fato de uma expres- 1. ( ) A estruturação da frase se dá de maneira clara e
são, no texto, ter múltiplos significados. objetiva.
2. ( ) A leitura desse trecho se torna ambígua em virtude
Ambiguidade ou anfibologia: significa duplo sentido. do mau uso do pronome oblíquo “o”.
3. ( ) Colocando-se o oblíquo “o” no plural, caberia plu-
Denotação: sentido objetivo da palavra – Teresa é ralizar “ficar triste” (o que os fez ficarem tristes) e a
agressiva. clareza se restaura porque o “triste” passa a se referir
a ambos, “o menino” e “seu pai”.
Conotação: sentido figurado da palavra – Teresa é um 4. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “este” (o que fez
espinho. este ficar triste ), também se elimina a ambiguidade,
passando a significar que só o pai ficou triste.
Campo Semântico: área de abrangência ou de interpe- 5. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
netração de significado(s). fez aquele ficar triste) comete-se uma incorreção
Chuteira, pênalti, drible, estádio... pertencem ao campo gramatical.
semântico do futebol. 6. ( ) Substituindo-se o oblíquo “o” por “aquele” (o que
Oboé, melodia, contralto... pertencem ao campo semân- fez aquele ficar triste) resolve-se também a obscu-
tico da música. ridade, pois afirma-se que só o menino ficou triste,
Aeromoça, aterrissar, taxiar... pertencem ao campo se- porque o demonstrativo “aquele” refere-se ao subs-
mântico da aviação. tantivo mais distante.

Contexto: as palavras ou signos podem estar soltos ou con- Gabarito: itens 2, 3, 4 e 6 certos; itens 1 e 5 errados.
textualizados. O contexto é a frase, o texto, o ambiente em que
a palavra ou signo se insere. Normalmente, uma palavra solta, ESTRUTURA E SEQUÊNCIA LÓGICA DE
fora de um contexto, desperta vários sentidos (polissemia) e os FRASES E PARÁGRAFOS
dicionários tentam relacioná-los, apresentando cada um dos
sentidos (monossemia) ligado a um determinado contexto. Coerência
No Dicionário Houaiss, a palavra ponto tem 62 significa-
dos e contextos; linha tem outros 58, sendo que, em cada Se as ideias estão entrelaçadas harmoniosamente em
um desses contextos, a monossemia prevalece. termos lógicos, encontra-se no texto coerência. O seu an-
Nos textos literários ou artísticos, ambiguidade e po- tônimo é ilogicidade, incoerência.
lissemia são valores positivos. O texto artístico pode ser
considerado tão mais valioso quanto mais plurissignificativo. Questões
Nos textos informativos (jornalísticos, históricos, cien-
tíficos... ), a monossemia é valor positivo, enquanto a ambi- I – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
guidade e a polissemia devem ser evitadas. uma, mostra-lhe suas qualidades.

Sinonímia: existência de palavras ou termos com signi- II – Toda mulher gosta de ser elogiada. Se queres agradar a
ficados convergentes, semelhantes: vermelho e encarnado, uma, mostra-lhe seus defeitos.
brilho e luminosidade, branquear e alvejar...
Assinale C para certo e E para errado.
Antonímia: existência de palavras ou termos de sentidos 1. ( ) O texto I exemplifica raciocínio incoerente.
opostos: claro e escuro, branco e negro, alto e baixo, belo 2. ( ) O texto II desenvolve raciocínio coerente.
e feio... 3. ( ) A incoerência se faz presente em ambos os parágra-
fos.
Homonímia: palavras iguais na escrita ou no som com 4. ( ) Os dois parágrafos são perfeitamente coerentes.
sentidos diferentes: cassa e caça, cardeal (religioso), cardeal 5. ( ) O raciocínio do texto I é perfeitamente lógico e
(pássaro), cardeal (principal)... coerente.
Língua Portuguesa

6. ( ) O desenvolvimento racional do texto II peca por


Paronímia: palavras parecidas: eminência e iminência, incoerência.
vultoso e vultuoso...
Gabarito: itens 1, 2, 3 e 4 errados; itens 5 e 6 certos.
Qualidades do Texto
Concisão
Um texto bem redigido deve ter algumas qualidades.
A seguir, cada tópico apresenta uma dessas qualidades e, Concisão é a capacidade de se falar com poucas palavras.
também, seu defeito, o oposto. O seu oposto é prolixidade.

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Questões Elemento coesivo: “aprovação” retoma “foram apro-
vados”.
I – Andresa trouxe Ramiro e Osvaldo à minha presença, no
meu escritório e me apresentou essas duas pessoas. Pronominalização: pronome retomando ou antecipando
substantivo.
II – Andresa trouxe-me ao escritório Ramiro e Osvaldo e Conector: na frase anterior, “lhes” retoma “alunos”.
mos apresentou.
Repetição vocabular: repetição de palavra.
Assinale C para certo e E para errado. A mulher se apoia no homem e o homem na mulher.
1. ( ) Os dois textos apresentam o mesmo teor informa- Elemento coesivo: na segunda oração repetem-se os
tivo. substantivos “homem” e “mulher”.
2. ( ) O primeiro é mais prolixo (dezessete palavras, uma
vírgula e um ponto final). Sintetização: uso de expressão sintetizadora.
3. ( ) O segundo é mais conciso (onze palavras e um ponto Viagens, passeios, teatros, espetáculos... Tudo nos mos-
final). tra o mundo.
4. ( ) A última oração da frase II deve ser corrigida para Conector: na segunda oração, a expressão “tudo” sinte-
“e nos apresentou”. tiza “Viagens, passeios, teatros, espetáculos...”.
5. ( ) No período II, “mos” funciona como objeto indireto e
direto, porque representa a fusão de dois pronomes Uso de numerais:
oblíquos átonos (me + os). São possíveis três situações. A primeira é ela estar sendo
sincera. A segunda é estar mentindo. A terceira é não
saber o que fala.
Gabarito: itens 1, 2, 3 e 5 certos; item 4 errado. Elemento coesivo: os ordinais, “primeira”, “segunda” e
“terceira” retomam o cardinal “três”.
Correção Gramatical
Uso de advérbios:
Correção é o ajuste do texto a um determinado padrão Hesitando, entrou no quarto de Raquel. Ali deveria estar
gramatical. Tradicionalmente as provas sempre visaram a escondida a resposta.
medir o conhecimento da norma culta (também chamada de Conector: o advérbio “Ali” recupera a expressão “quarto
erudita ou padrão), por isso, quando simplesmente pedem de Raquel”.
para apontar o que está certo ou errado gramaticalmente,
estão-se referindo à adequação ou inadequação do texto a Elipse: omissão de termo facilmente identificável.
essa norma culta. Nós chegamos ao jardim. Estávamos sedentos.
Elemento coesivo: a desinência verbal “mos” retoma o
Questões sujeito “nós” expresso na primeira oração.

I – Nóis num é loco, nóis só véve ansim pruquê nóis qué. Sinonímia: palavras ou expressões de sentidos seme-
lhantes.
II – Não somos loucos, só vivemos assim porque queremos. O extenso discurso se prolongou por mais de duas ho-
ras. A peça de oratória cansativa foi responsável pelo
Assinale C ou E, conforme julgue a afirmação certa ou errada. desinteresse geral.
a) O texto I está correto em relação ao padrão popular Conector: o sinônimo “peça de oratória” retoma a ex-
regional e errado relativamente ao culto. pressão “discurso”.
b) O texto II está certo de acordo com o padrão culto e
errado se a referência for o popular regional. Hiperonímia: hiperônimo é palavra cujo sentido abrange
o de outra(s). Roupa constitui hiperônimo em relação a
calça, vestido, paletó, camisa, pijama, saia...
Gabarito: ambas as afirmações estão corretas.
Ela escolheu a saia, a blusa, o cinto, o sapato e as meias...
Aquele conjunto estaria, sim, adequado ao ambiente.
Coesão e conectores Elemento coesivo: o hiperônimo “conjunto” retoma os
substantivos anteriores.
Coesão é a inter-relação bem construída entre as partes
de um texto e se faz com o uso de conectores ou elementos Hiponímia: hipônimo é palavra de sentido incluído no
coesivos. Seu antônimo é incoesão ou desconexão. sentido de outra. Boneca, pião, pipa, bambolê, carrinho,
bola de gude... são hipônimos de brinquedo.
Coesão gramatical (ou coesão referencial endofórica) Naquela disputa havia cinco times, contudo apenas o
Flamengo se pronunciou.
Os componentes de um texto se inter-relacionam, referin- Conector: o hipônimo “Flamengo” cria coesão com a
Língua Portuguesa

do-se uns aos outros, evidenciando o que se chama coesão palavra “times”.
referencial endofórica, ou coesão gramatical. Além do uso das
preposições e conjunções, eis alguns recursos de coesão refe- Anáfora: chama-se anafórico ao elemento de coesão
rencial endofórica e seus elementos coesivos ou conectores: que retoma algo já dito.

Nominalização: substantivo que retoma ideia de verbo O lobo e o cordeiro se olharam; aquele, com fome; este,
anteriormente expresso. com temor.
Os alunos esforçados foram aprovados e a aprovação Coesivos anafóricos: “aquele” e “este” retomam “lobo”
lhes trouxe euforia. e “cordeiro”.

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Catáfora: palavra ou expressão que antecipa o que vai 5. a (falar uma frase).
ser dito. 6. b (fugir de algo).
Não se esqueça disto: já estamos comprometidos. 7. b (falta coesão a algo).
Conector catafórico: “disto” antecipa a oração “já esta- 8. a (o dinheiro estava escondido no quarto).
mos comprometidos”. 9. b (você chegou a um local).
10. b (cujo não vem seguido de artigo).
Obs.: a coesão é uma qualidade do texto e sua falta cons-
titui erro. Desconexo ou incoeso é o texto a que falta coesão. Outros Conceitos

Domínio dos mecanismos de coesão textual Barbarismo

Os mecanismos de coesão textual exigem conhecimentos Erro no uso de uma palavra.


outros, como uso dos pronomes, regência, concordância, 1. Erro de pronúncia ou grafia: Ele é adevogado e co-
colocação... nhece o pograma.
2. Erro de flexão: Eu reavi os leitães. (O certo é reouve
Resolva as questões seguintes, onde aparecem 10 coesões os leitões)
bem feitas e 10 imperfeitas, com relação à norma padrão 3. Troca de sentido: tráfico x tráfego, estrutura x esta-
oficial. tura, ascendente x descendente...

Qual dos dois textos está mais bem escrito, levando em con- Cacofonia
sideração os mecanismos de coesão textual?
1. a) O cavalo e o ganso e a ovelha andavam lado a lado; Som desagradável ou ambíguo.
enquanto este relinchava, aquele grasnava e ela Meus afetos por ti são (tição). Louca dela (cadela), por
balia. não perceber que dedico a ti (quati) o meu amor.
b) O cavalo e o ganso andavam lado a lado; enquanto
aquele relinchava, esse grasnava e esta balia. Eco ou Colisão

2. a) Atenção a este aviso: “Piso Escorregadio”. Rima na prosa.
b) Atenção a esse aviso: “Piso Escorregadio”. Depois da primeira porteira, encontrou a costureira
descendo a ladeira da goiabeira.
3. a) Silêncio e respeito. Essas palavras se viam por toda
parte. Estrangeirismo
b) Silêncio e respeito. Estas palavras se viam por toda
parte. Uso de palavras ou expressões estrangeiras.
Internet, slow motion, pick-up, abat-jour, débauche,
4. a) Encontrei o artigo que você falou. front-light...
b) Encontrei o artigo de que você falou.
Solecismo
5. a) Foi essa a frase que você falou.
b) Foi essa a frase de que você falou. Erro sintático.
1. De regência: Emprestei de você um calção. Ele obede-
6. a) Era uma situação que ele fugia. ceu o pai.
b) Era uma situação de que ele fugia. 2. De concordância: Nós vai... A gente pensamos... As
menina...
7. a) Estamos diante de um texto que falta coesão.
b) Estamos diante de um texto a que falta coesão. Arcaísmo

8. a) Finalmente chegou ao quarto onde estava escondido Uso de palavras ou expressões antigas.
o dinheiro. Palavras adrede escolhidas (especialmente). Brincavam
b) Finalmente chegou ao quarto aonde estava escon- de trocar piparotes (petelecos).
dido o dinheiro.
Neologismo
9. a) Veja o local onde você chegou.
b) Veja o local aonde você chegou. Palavra recém-inventada.
– O que ele está fazendo?
10. a) Convide para a mesa as senhoras cujos os maridos – Ah! Deve estar internetando.
estão presentes.
b) Convide para a mesa as senhoras cujos maridos estão Preciosismo
presentes.
Preocupação exagerada com a construção do texto.
Língua Portuguesa

Gabarito:
1. b. Uso dos demonstrativos: aquele, para o mais dis- Figuras de Linguagem
tante; esse, para o intermediário; este, para o mais
próximo. Figuras de Pensamento
2. e. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai
falar; esse, ao que já foi dito. São as figuras que atuam no campo do significado.
3. a. Uso dos demonstrativos: este refere-se ao que se vai
falar; esse, ao que já foi dito. Antítese: aproximação de ideias opostas – O belo e o feio
4. b (falar de um artigo). podem ser agressivos ou não.

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Paradoxo: aparente contradição – Esta sua tia é uma Aliteração: repetição de sons consonantais próximos –
beleza de feiura. “Gil engendra em Gil rouxinol”
(Caetano Veloso)
Ironia: afirmação do contrário – O animal estava limpo,
com os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado! Assonância: repetição de sons vocálicos próximos –
Cunhã poranga na manhã louçã.
Eufemismo: suavização do desagradável – Passou desta
para a melhor (= morreu). Onomatopeia: tentativa de imitação do som – coxixo,
tique-taque, zum-zum, miau...
Hipérbole: exagero – Já repeti cem mil vezes.
Paronomásia ou trocadilho – Contudo... ele está com
Perífrase: substituição de uma expressão mais curta tudo.
por uma mais longa e pode ser estilisticamente negativa ou
positiva, dependendo do contexto.
Tropos (Uso do Sentido Figurado ou Conotação)
Texto: Apoio sinceramente sua decisão.
Comparação ou Analogia: relação de semelhança explí-
Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você
cita sintaticamente.
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros
Ele voltou da praia parecendo um peru assado.
sentimentos de apoio ao resultado de suas meditações.
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim.
Também constitui perífrase o uso de duas ou mais pala- Corria como uma lebre assustada.
vras em vez de uma: Sua voz é igual ao som de panela rachada.
titular da presidência (= presidente); a região das mil e
uma noites (= Arábia) Metáfora: relação de semelhança subentendida, sem
conjunção ou palavra comparativa.
Figuras de Sintaxe Voltou da praia um peru assado.
A sua Tereza é a minha Júlia.
São as figuras relacionadas à construção da frase. Correndo, ele era uma lebre assustada.
Sua voz era uma panela rachada.
Elipse: omissão de termo facilmente identificável – (eu)
Metonímia: relação de extensão de significado, não de
cheguei, (nós) chegamos.
semelhança.
Continente x conteúdo
Hipérbato: inversão da frase – Para o pátio correram Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não copo)
todos.
Origem x produto
Pleonasmo vicioso: repetição desnecessária de ideia – Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche)
Chutou com o pé, roeu com os dentes, saiu para fora, lustro
de cinco anos... Causa x efeito
Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda)
Pleonasmo estilístico: A mim, não me falaste. Aos pais,
lhes respondi que... Autor x obra
Vamos curtir um Gilberto Gil? (Curtir a música)
Assíndeto: ausência de conjunção coordenativa – Che-
gou, olhou, sorriu, sentou. Abstrato x concreto
Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em
Polissíndeto: repetição de conjunção coordenativa – Veneza)
Chegou, e olhou, e sorriu, e sentou.
Símbolo x simbolizado
Gradação: sequência de dados em crescendo – Balbu- A balança impôs-se à espada. (Justiça... Forças Armadas)
ciou, sussurrou, falou, gritou...
Instrumento x artista
Silepse: concordância com a ideia, não com a palavra. O cavaquinho foi a grande atração. (O artista)

Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado? Parte x todo


Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses)
Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran-
Língua Portuguesa

quilamente. Catacrese: metáfora estratificada, que já faz parte do


uso comum.
Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos. Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de
bule, pé de limão...
Figuras de Sonoridade
Prosopopeia ou Personificação:
São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das O céu sorria aberto e cintilante... As folhas das palmeiras
palavras. sussurravam aos nossos ouvidos.

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Márcio Wesley 21. A escolha do candidato ___________ os prognósticos
do partido. (retificou - ratificou)
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS 22. O comentário do professor __________ os erros do es-
tudante. (retificou - ratificou)
Emprego de Expressões, Homônimos, Parônimos 23. A mensagem do autor ficou _________ . (subtendida -
subentendida)
Denotação consiste no sentido real, exato, dicionarizado. 24. Com maior valor do dólar, os produtores podem
O homem tinha dez mil animais. __________ mais lucros. (auferir - aferir)
25. Os técnicos do Inmetro vão ___________ a balança.
Conotação consiste no sentido figurado, literário, ima- (auferir - aferir)
ginário. 26. É verdade que, __________, a inflação deixou de inco-
O homem tinha dez mil cabeças de gado. modar. (em princípio - a princípio)
27. É verdade que, __________, a reunião demorou a co-
Homônimos são palavras com escrita igual e ou pronún- meçar. (em princípio - a princípio)
cia igual, mas sentidos diferentes. 28. Todos trabalharam _________ obter reconhecimento.
A sede(ê) x a sede(é) (a fim de - afim)
sessão x cessão x seção 29. Priscila e Ana têm uma preocupação _______ (a fim
de - afim)
Parônimos são palavras com escrita semelhante, com 30. Obteremos lucro apenas ___________ rigoroso controle.
sentidos diferentes. (através de - por meio de)
infringir = desobedecer
inflingir = aplicar, impor GABARITO
depercebido = não foi notado
desapercebido = não preparado, desprevenido 1. despercebido 16. deferiu
2. desapercebido 17. eminente
EXERCÍCIOS 3. vultosas 18. iminente
4. sessão 19. infringiu
Complete as lacunas com a palavra adequada. 5. seção 20. infligiu
1. O fato passou _______________ . (despercebido - de- 6. cessão 21. ratificou
sapercebido). 7. secção 22. retificou
2. O projeto novo não era conhecido do diretor 8. Cassaram 23. subentendida
_____________ . (despercebido - desapercebido) 9. mandato 24. auferir
3. Os bancos transacionam somas ______________. (vul- 10. flagrante 25. aferir
tuosas - vultosas) 11. discriminar 26. em princípio
4. Hoje a ________ de trabalho se encerra às quatro. (ses- 12. descriminar 27. a princípio
são - seção - cessão - secção) 13. tachado 28. a fim de
5. Encaminharemos à _______ de Normas Técnicas esse 14. taxado 29. afim
texto. (sessão - seção - cessão - secção) 15. diferiu 30. por meio de
6. O governo efetivou a _______ de auxílio-gás. (sessão -
seção - cessão - secção)
7. Foi feita uma pequena ________ para introduzir o ca- EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
teter. (sessão - seção - cessão - secção)
8. ________ os direitos políticos de José Orfeu. (caçaram Aspectos Sintáticos, Semânticos, Estilísticos –
- cassaram) Prática Aplicada
9. Ele perdeu seu ________ político. (mandado - mandato)
10. O criminoso foi apanhado em _____________. (flagrante Vírgula
- fragrante).
11. Os surdos não conseguem ___________ música e baru- • Separa objeto direto ou indireto antecipado e com
lho. (descriminar - discriminar). pleonástico.
12. É intensa a campanha para __________ o aborto. (des- Ao injusto, nada lhe devo.
criminar - discriminar) • Separa adjunto adverbial longo e deslocado.
13. O político foi ___________ de subversivo. (tachado - Antes do início do mês, começam as obras.
taxado) • Separa predicativo do sujeito deslocado, com verbo
14. O estacionamento não era ____________ naquele pré- intransitivo ou transitivo.
dio. (tachado - taxado) Descrente, chorou. Ivo, aflito, pedia explicações.
15. O professor _________ metáfora e metonímia. (deferiu • Separa aposto explicativo.
- diferiu) Salvador, minha cidade natal, tem muitas igrejas.
16. O secretário ___________ o pedido do aluno. (deferiu • Separa vocativo.
Língua Portuguesa

- diferiu) Não diga isso, Mariana.


17. Chegou à cidade um _____________ conferencista. • Separa expressões explicativas e corretivas.
(eminente - iminente) Falei, quer dizer, explodi! São, aliás, somos felizes.
18. O edital do concurso é _________ . Pode sair a qualquer • Separa nome de lugar antes de data.
hora. (eminente - iminente) Brasília, 17 de janeiro de 1998.
19. Aquele homem ____________ a “lei seca”. (infringiu - • Entre elementos enumerados.
infligiu) Estão aí Júlio, Carlos, Maria e Sílvia.
20. O delegado _______ -lhe uma dura pena. (infringiu - • Indica verbo oculto.
infligiu) O pai trabalha na capital; a mãe, no interior.

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• Antes de subordinada substantiva apositiva. • Indicam estrangeirismos, gírias, arcaísmos, formas po-
Teve um pressentimento, que morreria jovem. pulares etc. (tais expressões podem vir sublinhadas ou
• Antes de subordinada adjetiva explicativa. em itálico).
Esta é a minha casa, que recebeu tanta gente. Você foi muito “legal” com a gente.
• Separa subordinada adverbial deslocada. Ortografia é o seu maior “problema”.
Se perder o emprego, vou para outra cidade. • Destacam palavras empregadas em sentido irônico.
• Entre coordenadas assindéticas. Foi “gentilíssimo”: gritou comigo e bateu a porta.
Entrou no carro, ligou o rádio, ficou à espera. • Destacam títulos de obras.
• Separa conjunção coordenativa deslocada. “Quincas Borba” é o meu livro preferido.
Não se defende; quer a própria condenação, portanto.
• Antes de conjunção coordenativa. Reticências
Decida logo, pois seu concorrente age rápido.
• Antes de e e nem só em oração com sujeito diferente • Indicam interrupção ou suspensão por hesitação, sur-
do da anterior. presa, emoção.
A vida continua, e você não muda. Você... Aqui... Para sempre... Não acredito!
• Antes de mas também, como também (em correlação • Para realçar uma palavra ou expressão seguinte.
com não só). Abriu a caixa de correspondência e... nada.
Não só reclama, mas também torce contra nós. • Indicam interrupção por ser óbvia a continuação da
frase.
Ponto e vírgula Eu cumpro cada um dos meus deveres; já você...
• Indicam a supressão de palavras num texto transcrito.
• Para fazer uma pausa maior que a da vírgula e menor Ficar ou fugir, “... eis a questão”.
que a do ponto. • Podem vir entre parênteses, se o trecho suprimido é
A sala está cheia de móveis; o quadro cheira a mofo. longo.
• Separa coordenadas adversativas e conclusivas com “São onze jogadores: José, Mário (...) e Paulo”.
conjunção deslocada.
Não estuda; não quer, pois, a aprovação. Parênteses
• Separa orações que já tem vírgula no seu interior.
Ivo, sozinho, lutava; Ana, sem forças, rezava. • Separam a intercalação de uma explicação ou de um
• Separa coordenadas que formam um paralelismo ou comentário.
um contraste. Ativistas (alguns armados) exigiam reforma.
Muitos entendem pouco; poucos entendem muito. • Separam a indicação da fonte da transcrição.
• Aparece no final dos itens de uma enumeração. “Todo óbvio é ululante.” (Nelson Rodrigues).
Há duas hipóteses para o seu gesto: a) não conseguiu • Separam a sigla de estado ou de entidade após seu
o emprego; b) saúde da filha pirou. nome completo.
Vitória (ES). Programa de Integração Social (PIS).
Dois-pontos • Separam uma unidade (moeda, peso, medida) equi-
valente a outra.
• Antes de aposto (explicativo ou enumerativo) e de O animal pesaria 10 arrobas (150 kg).
oração apositiva. • Separam números e letras, numa relação de itens, e
Tem um sonho: viajar. Leu três itens: “a”, “c” e “i”. asterisco.
• Antes de citações. (1), (2), (a), (b), (*).
Ana gritava: “Eu faço tudo!”. • Deslocado para a linha seguinte, basta usar o segundo
• Antes de explicação ou esclarecimento. parêntese.
Sombra e água fresca: as férias começaram. 1), 2), a), b).
Festa no prédio: o síndico se mudou. • Separa o latinismo sic (confirma algo exagerado ou
• Depois da invocação nas correspondências. improvável).
Cara amiga: Levava na mala US$20 milhões (sic).
• Depois de exemplo, nota, observação. • O ponto sempre vem após o segundo parêntese, salvo
Nota: aos domingos o preço será maior. se um período inteiro estiver entre parênteses.
• Depois de a saber, tais como, por exemplo. Todos votaram contra (alguns rasgaram a célula).
Combate doenças, tais como: dengue, tifo e malária. O perigo já passara. (A mão ainda tremia.)

Aspas Travessão
Língua Portuguesa

• No início e no final das transcrições. • É usado, duplamente, para destacar uma palavra ou
O preso se defendia: “Não fui eu”. expressão.
• Só aparecem após a pontuação final se abrangem o A vida – quem sabe? – pode ser melhor.
período inteiro. • Aparece, nos diálogos, antes da fala de um interlocutor
“Fica, amor”. Quantas vezes eu te disse isso. e, depois dela, quando se segue uma identificação de
• Destacam palavras ou expressões nos enunciados de quem falou.
regras. – Agora? – indaguei.
A preposição “de” não cabe aqui. – imediatamente! – explodiu Júlio.

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• Liga palavras ou expressões que indicam início e final 6. (Pref. Mun. S.P.) A frase corretamente pontuada é:
de percurso. a) Nas cidades europeias; onde foram implantados pe-
Inaugurada a nova estrada Rio-Petrópolis. dágios o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo
• É usando duplamente quando um trecho extenso se o número, e a extensão dos engarrafamentos.
intercala em outro. b) Nas cidades, europeias onde foram, implantados pe-
Vi Roma – quase me perdi pelas vielas – e Paris. dágios o fluxo de automóveis se reduziu; diminuindo
o número e a extensão dos engarrafamentos.
c) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
Ponto
dágios o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo,
o número e a extensão, dos engarrafamentos.
• Aparece no final da frase, quando se conclui todo o
d) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
pensamento. dágios; o fluxo de automóveis se reduziu diminuindo
Mudemos de assunto. O povo espera fortes medidas. o número, e a extensão dos engarrafamentos.
• É usado nas abreviaturas. e) Nas cidades europeias onde foram implantados pe-
Gen., acad., ltda. dágios, o fluxo de automóveis se reduziu, diminuindo
• Estando a abreviatura no final da frase, não há outro o número e a extensão dos engarrafamentos.
ponto.
Comprou ações da Multimport S.A. 7. (TCE-AL) Está inteiramente correta a pontuação da se-
• Separa as casas decimais nos números, salvo os indi- guinte frase:
cativos de ano. a) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano
127.814; 22.715.810. Nasceu em 1976. Novo, pois não há como de fato alguém começar algo
inteiramente do nada.
QUESTÕES DE CONCURSOS b) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano
Novo; pois não há como, de fato, alguém começar
(TST) Os trabalhadores cada vez mais precisam assumir novos algo inteiramente do nada.
papéis para atender às exigências das empresas. c) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de
Ano Novo: pois não há como de fato, alguém começar
1. Por constituir uma expressão adverbial deslocada para
algo inteiramente do nada.
depois do sujeito, seria correto que a expressão “cada
d) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano
vez mais” estivesse, no texto, escrita entre vírgulas.
Novo, pois não há como, de fato, alguém começar
algo inteiramente do nada.
(TST) O cenário econômico otimista levou os empresários e) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano
brasileiros a aumentarem a formalização do mercado de Novo; pois não há como de fato alguém começar algo,
trabalho nos últimos cinco anos. inteiramente do nada.
2. Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se
deslocar o trecho “nos últimos cinco anos” para depois (MMA) O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregular-
de “brasileiros”, desde que esse trecho seja seguido de mente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imi-
vírgula. gração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito
tempo. A polícia está pelas ruas, uniformizada ou à paisana,
(TJDFT) Investir no país é considerado uma burrice; constituir e constantemente faz batidas em lugares que os imigrantes
uma família e mantê-la saudável, um atraso de vida. frequentam ou onde trabalham. Foram expedidas cerca de
3. A vírgula depois da oração “e mantê-la saudável” indica 7 mil cartas de expulsão de brasileiros no ano passado.
que essa oração constitui um aposto explicativo para a 8. As vírgulas da primeira linha justificam-se por isolar ora-
oração anterior. ção reduzida de gerúndio intercalada na principal.

(MS) Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, bri- 9. (TRF 5ª R) A frase cuja pontuação está inteiramente cor-
lhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a reta é:
atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule a) Momentos de extrema felicidade, sabe-se, costumam
essa curiosidade; mantenha medicamentos e produtos do- ser raros e efêmeros; por isso, há quem busque tirar
o máximo proveito de acreditar neles e antegozá-los.
mésticos trancados e fora do alcance dos pequenos.
b) É muito comum que as pessoas valendo-se do sen-
4. A substituição dos sinais de ponto e vírgula por ponto
so comum, vejam o pessimismo e o otimismo como
final, no último tópico, mesmo com ajuste na letra ini-
simples oposições: no entanto, não é esta a posição
cial para maiúscula da palavra seguinte, prejudicaria a do autor do texto.
correção gramatical do período. c) Talvez, se não houvesse a expectativa da suprema
felicidade, também não haveria razão para sermos
(Banco do Brasil) Representantes dos maiores bancos brasi- pessimistas, ou otimistas, eis uma sugestão, das en-
Língua Portuguesa

leiros reuniram-se no Rio de Janeiro para discutir um tema trelinhas do texto.


desafiante. d) O autor nos conta que outro dia, interessou-se por um
5. Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do fragmento de um blog; e o transcreveu para melhor
texto, é possível deslocar a oração “para discutir um explicar a relação entre otimismo e pessimismo.
tema desafiante”, que expressa uma finalidade, para e) Quem acredita que o pessimismo é irreversível, não
o início do período, fazendo-se os devidos ajustes nas observa que, na vida, há surpresas e espantos que
letras maiúsculas e acrescentando-se uma vírgula logo deveriam nos ensinar algo, sobre a constante impre-
após “desafiante”. visibilidade de tudo.

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(DFtrans) As estradas da Grã-Bretanha tinham sido constru- preservaria a coerência textual e a correção do texto.
ídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por carru-
agens romanas: (STF/Analista) Muito da experiência humana vem justamente
10. A vírgula que precede a conjunção “e” indica que esta de nos constituirmos como sujeitos. Esse papel é pesado. Por
liga duas orações de sujeitos diferentes; mas a retirada isso, quando entra ele em crise — quando minha liberdade
desse sinal de pontuação preservaria a correção e a co- de escolher amorosa ou política ou profissionalmente resulta
erência textual. em sofrimento —, posso aliviar-me procurando uma solução
que substitua meu papel de sujeito pelo de objeto.
(TCU/Analista) Ao apresentar a perspectiva local como infe- 16. O deslocamento do travessão para logo depois de “pro-
rior à perspectiva global, como incapaz de entender, de ex- fissionalmente” preservaria a correção gramatical do
plicar e, em última análise, de tirar proveito da complexidade texto e a coerência da argumentação, com a vantagem
do mundo contemporâneo, a concepção global atualmente de não acumular dois sinais de pontuação juntos.
dominante tem como objetivo fortalecer a instauração de um
único código unificador de comportamento humano, e abre o (Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o
caminho para a realização do sonho definitivo de economias desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em
globais de escala. escala mundial — como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun-
11. A supressão da vírgula logo após o termo “humano” não do — quanto regional, com disputas nos vários continentes.
prejudica a correção gramatical do texto. 17. A substituição dos travessões por parênteses prejudica
a correção gramatical do período.
12. (TRT 18ª R) Está inteiramente adequada a pontuação
da seguinte frase: 18. (SADPB/Agente Seg.Penitenciaria) “O estudo do cérebro
a) Quem cuida da saúde, conta com os recursos do conheceu avanços sem precedentes nas últimas duas
corpo, já quem cultiva uma amizade, conta com o décadas, com o surgimento de tecnologias que permi-
conforto moral. tem observar o que acontece durante atividades como
b) No que me diz respeito, não me interessam os amigos o raciocínio, a avaliação moral e o planejamento. Ao
de ocasião: prezo apenas os verdadeiros, os que me mesmo tempo, essa revolução na tecnologia abre novas
apoiam incondicionalmente. possibilidades para um campo da ciência que sempre
c) De que pode valer, gozarmos um momento de felici- despertou controvérsias de caráter ético – a interferên-
dade, se não dispomos de alguém, a quem possamos cia no cérebro destinada a alterar o comportamento de
estendê-la? pessoas.
d) Confio sempre num amigo; pois minha confiança – a interferência no cérebro destinada a alterar o com-
nele, certamente será retribuída com sua confiança portamento de pessoas”.
em mim.
e) São essas enfim, minhas razões para louvar a amiza- O emprego do travessão indica, considerando-se o con-
de: diga-me você agora quais as suas? texto,
a) enumeração de fatos de caráter científico.
13. (TCESP/Agente Fiscal) O emprego das vírgulas assinala b) retomada resumida do assunto do parágrafo.
a ocorrência de uma ressalva em: c) repetição destinada a introduzir o desenvolvimento
a) onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, posterior.
irmã. d) retificação de uma afirmativa feita anteriormente.
b) que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, e) especificação de uma expressão usada anteriormente.
no restrito clube...
c) de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de 19. (Metrô-SP) No trecho “– e comerciais, por meio das pa-
Buenos Aires, se estão esgotando. tentes.” O emprego do travessão
d) abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. a) confere pausa maior no contexto, acrescentando
e) O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das sentido de crítica ao segmento.
reservas totais, é úmido e rico em etano... b) introduz segmento desnecessário no contexto, pois
repete o que foi afirmado anteriormente.
(TST/Técnico) É preciso “investir no povo”, recomenda o Per c) assinala apenas escolha pessoal do autor, sem signi-
Capita — um centro pensante, criado recentemente na Aus- ficação importante no parágrafo.
trália —, com seus dons progressistas. d) indica a aceitação de um fato real e comum, sem
14. No segundo parágrafo do texto, os dois travessões de- qualquer observação particular.
marcam a inserção de uma informação que define o que e) introduz enumeração das possibilidades decorrentes
é “Per Capita”. das descobertas antes citadas.

(STF/Analista) A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será


se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior (Banco do Brasil/Escriturário) Os brasileiros com idade entre
Língua Portuguesa

do próprio agente e não de uma pressão externa. Evidente- 14 e 24 anos têm em média 46 amigos virtuais, enquanto
mente, isso leva a perceber que há um conflito entre a auto- a média global é de 20. No mundo, os jovens costumam
nomia da vontade do agente ético (a decisão emana apenas ter cerca de 94 contatos guardados no celular, 78 na lista
do interior do sujeito) e a heteronomia dos valores morais de programas de mensagem instantânea e 86 em sítios de
de sua sociedade (os valores são dados externos ao sujeito). relacionamento como o Orkut.
15. Os sinais de parênteses têm a função de organizar as 20. O emprego da vírgula após “celular” justifica-se por iso-
ideias que destacam e de inseri-las na argumentação do lar oração de natureza explicativa.
texto; por isso, sua substituição pelos sinais de travessão

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(Banco do Brasil) Nas Américas, os jogos estimulam a reflexão c) Ernst Mayr, eminente biólogo do século passado não
sobre as possibilidades de um continente unido, pacífico, teve dúvida em afirmar que, a nossa consciência, é
próspero, com a construção de uma rede de solidariedade uma evolução da consciência dos animais.
e cooperação por meio do esporte, uma das principais ex- d) Sejam sinfonias sejam equações de segundo grau, há
pressões do pan-americanismo. operações que de tão sofisticadas, não são acessíveis
21. O emprego de vírgulas após “unido” e após “pacífico” à inteligência de outros animais.
tem justificativas diferentes. e) O que caracteriza efetivamente o verdadeiro altruís-
mo, é o comportamento cooperativo que se adota,
22. (Metrô-SP/Téc.Segurança) Apontado por entidades de modo desinteressado.
internacionais como um dos mais bem estruturados e
bem geridos programas ambientais do mundo, o Projeto 25. (GOVBA/Soldado/PMBA) Analise as frases a seguir:
Tietê está sob ameaça de ser interrompido. Sua segunda I – Este quadro moral levou a duas situações dramáticas:
etapa está terminando e, apesar do cumprimento do o gosto do mal e o mau gosto.
cronograma e do vulto das obras – que permitiram sig- II – O grande desafio de hoje é de ordem ética: construir
nificativo avanço nos serviços de coleta e de tratamento uma vida em que o outro não valha apenas por satisfazer
de esgoto –, a diretoria de Controle Ambiental da Cetesb necessidades sensíveis.
alerta: a meta de aumentar o número de empresas no
monitoramento de efluentes despejados no rio não foi Considerando-se o emprego dos dois-pontos nos perí-
cumprida. O não atendimento dessa exigência do con- odos acima, é correto o que se afirma em:
trato de financiamento, firmado pelo governo estadual a) Os dois-pontos introduzem segmentos de sentido
com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), enumerativo e conclusivo, respectivamente, assina-
poderá impedir a liberação dos recursos para a terceira lando uma pausa maior em cada um deles.
etapa do programa. Essa fase prevê a universalização da b) Os segmentos introduzidos pelos dois-pontos apre-
coleta de esgoto e o combate à poluição nos afluentes sentam sentido idêntico, de realce.
do rio. c) Os sinais marcam a presença de afirmativas redun-
dantes no contexto, mas que reforçam a opinião do
Considere as afirmativas seguintes, a respeito dos sinais autor.
de pontuação empregados no texto. d) Os dois-pontos indicam a interferência de um novo
I – Os travessões isolam um segmento explicativo, mar- interlocutor no contexto, representando o diálogo
cado por uma pausa maior do que haveria caso esse com o leitor.
segmento estivesse separado por vírgulas. e) Os dois segmentos introduzidos pelos dois-pontos
II – Os dois-pontos (9ª linha) assinalam a causa da amea- são inteiramente dispensáveis, pois seu sentido está
ça referida anteriormente, introduzida pela forma verbal exposto com clareza nas afirmativas anteriores a eles.
alerta.
III – A vírgula que aparece após a expressão do mundo Na frase: “Ela encontrou um bebê recém-nascido em um
(3ª linha) pode ser corretamente substituída por ponto- terreno baldio em frente de sua casa, em Curitiba.”
-e-vírgula. 26. No trecho “de sua casa, em Curitiba”, a eliminação da
vírgula e a substituição da preposição “em” por de man-
Está correto o que se afirma em têm o sentido original da frase.
a) I e II, somente.
b) I e III, somente. 27. (Funiversa/Terracap) A vírgula da frase “Ao coração, cou-
c) II e III, somente. be a função de bombear sangue para o resto do corpo”
d) III, somente. justifica-se pelo deslocamento do termo “Ao coração”,
e) I, II e III. com finalidade estilística de criar ênfase.

(Banco do Brasil) A turbulência decorrente do estouro de (Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
mais essa bolha ainda não teve suas consequências totalmen- mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e
te dimensionadas. A questão que se coloca é até que ponto alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
é possível injetar alguma previsibilidade em um mercado tão 28. O travessão foi usado para enfatizar trecho do enuncia-
interconectado, gigantesco e que tem o risco no DNA. O único do. Efeito similar se conseguiria com o uso de negrito,
consenso é que o mercado precisa ser mais transparente. ou, no discurso oral, com entonações enfáticas.
(Veja, 12/3/2008 0 com adaptações).
23. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção 29. (Funiversa/Sejus/Téc. Adm.) Cada uma das alternativas
gramatical do texto ao se inserir um sinal de dois-pontos a seguir apresenta reescritura de fragmento do texto.
depois da primeira ocorrência de “é” e um ponto de Assinale aquela em que a reescritura não apresenta erro
interrogação depois de “DNA”. de pontuação.
a) A cooperação entre seus países, permitiria à região
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24. (TCEAM/Analista Controle Externo) Está inteiramente fazer frente a outras potências, como os Estados Uni-
correta a pontuação da seguinte frase: dos e o Japão, e assim, assegurar o bem-estar social
a) A realização de estudos com primatas não humanos, e a segurança da população.
tem revelado que a inteligência ao contrário do que b) Com o passar dos anos o bloco incorporou nações
se pensa, não é nosso dom exclusivo. menos desenvolvidas do continente; e instituiu uma
b) A conclusão é, na verdade, surpreendente: a cons- moeda única – o euro que atraiu investidores e che-
ciência humana, longe de ser um dom sobrenatural, gou a ameaçar o domínio do dólar como reserva in-
emerge da consciência dos animais. ternacional de valor.

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c) Mas, a crise financeira mundial fez emergir as fragi- Na premiação, que ocorreu na sede da Aneel, a CEB
lidades na estrutura econômica de algumas nações foi apontada como uma das cinco melhores distribuidoras
do bloco: à medida que, a turbulência dos mercados de energia elétrica do País. O Índice Aneel de Satisfação do
se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal Consumidor para a CEB, de 70,33 pontos, ficou acima da mé-
de alguns países, sobretudo a Grécia. dia nacional, de 66,74 pontos. Anteriormente, a Companhia
d) Diante do risco de que o deficit crescente no orça- obteve o Prêmio IASC em 2003, 2004, 2006 e 2008.
mento grego pudesse contaminar outros europeus Entre suas importantes iniciativas sociais, destaca-se o
com situação fiscal semelhante e pôr em xeque a Programa CEB Solidária e Sustentável, um projeto de inser-
confiabilidade do bloco, líderes regionais reuniram- ção e reinserção social de crianças, denominado “Gente de
-se, às pressas, na semana passada. Sucesso”, que foi implementado em parceria com o Instituto
e) Levar as reformas adiante terá um custo político. Na de Integração Social e Promoção da Cidadania — INTEGRA
semana passada, as ruas de Atenas, foram tomadas e com a Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal.
por manifestantes e os funcionários públicos entra- Internet: <http://www.ceb.com.br> (com adaptações).
ram em greve. Acesso em 3/1/2010.

(Funiversa/HFA/Ass.Téc.Adm.) Na frase: “As demissões re- 31. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas
cordes nas companhias americanas devido à crise fizeram a seguir, há uma reescritura de parte do texto. Assinale
vítimas inusitadas – os próprios executivos de recursos hu- aquela em que a reescritura altera o sentido original.
manos.” a) A empresa foi escolhida a melhor distribuidora de
30. Não haverá incorreção gramatical, caso o travessão seja energia elétrica do Centro-Oeste / Escolheu-se a em-
substituído por vírgula. presa como a melhor distribuidora de energia elétrica
do Centro-Oeste.
Reescritura de Frases e Parágrafos – Substituição de b) A partir de pesquisa que abrange toda a área de con-
palavras ou de trechos de texto cessão das 63 distribuidoras no Brasil / A partir de
pesquisa que abrange todas as áreas de concessão
Texto para responder à questão seguinte. de todas as distribuidoras no Brasil.
c) O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios
O suprimento de energia elétrica foi um dos sérios pro- problemas que os responsáveis pela construção da
blemas que os responsáveis pela construção da Nova Capital Nova Capital da República enfrentaram / O suprimen-
da República enfrentaram, desde o início de suas atividades to de energia elétrica foi um dos sérios problemas
no Planalto Central, em fins de 1956. enfrentados pelos responsáveis pela construção da
A região não contava com nenhuma fonte de geração de Nova Capital da República.
energia elétrica nas proximidades, e o prazo, imposto pela d) O prazo, imposto pela data fixada para a inauguração
data fixada para a inauguração da capital — 21 de abril de da capital – 21 de abril de 1960 –, era relativamente
1960 —, era relativamente curto para a instalação de uma curto para a instalação de uma fonte de energia local /
fonte de energia local, em caráter definitivo. O prazo (...) era relativamente curto para a instalação,
A alternativa existente seria o aproveitamento da ener- em caráter definitivo, de uma fonte de energia local.
gia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das e) Paralelamente à adoção de providências / Paralela-
Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no Rio Parnaíba, divisa mente ao fato de se adotarem providências.
dos estados de Minas Gerais e Goiás, distante quase 400 km
de Brasília. Assim, tendo em vista o surgimento da nova Ca- Texto para responder à questão seguinte.
pital do Brasil, as obras foram aceleradas, e a primeira etapa
da Usina de Cachoeira Dourada foi inaugurada em janeiro de A preocupação com o planeta intensificou-se a partir
1959, com 32 MW e potência final prevista para 434 MW. dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que as
Entretanto, paralelamente à adoção de providências questões ambientais começaram a ser tratadas de forma
para o equacionamento do problema de suprimento de ener- relevante e participativa nos diversos setores socioeconômi-
gia elétrica da nova Capital após sua inauguração, outras me- cos. Preservar o ambiente e economizar os recursos naturais
didas tiveram de ser tomadas pela Companhia Urbanizadora tornou-se importante tema de discussão, com ênfase no uso
da Nova Capital do Brasil — NOVACAP — objetivando à ins- racional, em especial de energia elétrica.
talação de fontes de energia elétrica necessárias às ativida- O processo de reciclagem é muito relevante na medida
des administrativas desenvolvidas no gigantesco canteiro de em que o lixo recebe o devido destino, retornando à cadeia
obras. Assim sendo, já nos primeiros dias de 1957, a energia produtiva.
elétrica de origem hidráulica era gerada, pela primeira vez, Uma economia de 15,3 gigawatts.hora (GWh) em dois
no território do futuro Distrito Federal, pela usina pioneira anos foi um dos resultados do projeto desenvolvido pela
do Catetinho, de 10 HP, instalada em pequeno afluente do Companhia Energética do Ceará (COELCE). O montante é
Ribeirão do Gama. equivalente ao suprimento de quase oito mil residências
Hoje, a Capital Federal conta com a CEB, Companhia com perfil de consumo da ordem de 80 kilowatts.hora/mês.
Língua Portuguesa

Energética de Brasília, que já recebeu vários prêmios. Em O Programa Ecoelce de troca de resíduos por bônus na
novembro de 2009, ela conquistou uma importante vitória conta de luz gerou créditos de R$ 570 mil a 88 mil clientes res-
em seu esforço pela melhoria no atendimento aos clientes. ponsáveis pelo recolhimento de pouco mais de quatro mil tone-
Venceu o prêmio IASC - Índice Aneel de Satisfação do Con- ladas de lixo reciclável, como vidro, plástico, papel, metal e óleo.
sumidor, pela quinta vez. A empresa foi escolhida a melhor A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a partir
distribuidora de energia elétrica do Centro-Oeste, a partir de pesquisas em comunidades de baixa renda de Fortaleza e
de pesquisa que abrange toda a área de concessão das 63 região metropolitana da capital, para montar a arquitetura
distribuidoras no Brasil. do programa.

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Para participar, o cliente procura o posto de coleta ou a Essa é uma questão delicada, daí a importância que se tenha
associação comunitária e solicita o cartão do Programa Ecoel- clareza sobre ela.
ce. A cada entrega, o operador do posto registra o volume de 34. A frase Essa é uma questão delicada, por isso é impor-
resíduos, com informações sobre o tipo de material e peso, e, tante que se tenha clareza sobre ela é uma reescrita
por meio da máquina de registro de coleta, calcula o bônus a adequada da original registrada.
ser creditado na conta do cliente. Os resíduos recebidos são
separados e encaminhados para a indústria de reciclagem. Parte da população torna-se receptora de “benefícios” não
Reconhecido pela Organização das Nações Unidas no sentido do patamar do direito e, sim, na perspectiva da
(ONU), o programa tem como vantagens estimular a eco- troca votos-favores.
nomia de energia com melhoria da qualidade de vida das 35. A frase parte da população torna-se receptora de “be-
comunidades envolvidas, tanto pela diminuição da conta nefícios” não somente no sentido do patamar do direi-
de luz quanto pela redução dos resíduos nas vias urbanas. to, mas também na perspectiva da troca votos-favores
Alberto B. Gradvohl et alii. Programa Ecoelce de troca de é uma reescrita adequada da original.
resíduos por bônus na conta de energia. Agência Nacional de
Energia Elétrica (Brasil). In: Revista pesquisa e desenvolvimento
da ANEEL, n.º 3, jun./2009, p. 115-6 (com adaptações). (Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e
32. (Funiversa/CEB – Adaptada) Em cada uma das alternativas alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
a seguir, há uma reescritura de uma parte do texto. Assi- 36. A sequência “de qualquer país” pode ser reescrita, sem
nale aquela em que a reescritura mantém a ideia original. perda de sentido, como por seja qual for o país.
a) A preocupação com o planeta intensificou-se a partir
dos anos 1970, com a crise petroleira, ocasião em que (Funiversa/Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país
as questões ambientais começaram a ser tratadas de que passe pela nossa mente – e alguns outros de cuja exis-
forma relevante e participativa nos diversos setores tência sequer desconfiávamos.”
socioeconômicos. / A preocupação com o planeta 37. A conjunção “e” poderia ser substituída, sem perda de
intensificou-se com a crise petroleira, a partir dos sentido, pela locução além de.
anos 1970, pois as questões ambientais começaram
a ser tratadas de forma relevante e participativa nos (Funiversa/Terracap) A vida se esvai, mas localizaram um
diversos setores socioeconômicos. doador compatível: já para a mesa de cirurgia.
b) O processo de reciclagem é muito relevante na medi- 38. A seguinte reescritura do trecho está gramaticalmente
da em que o lixo recebe o devido destino, retornan- correta: localizaram um doador compatível; portanto,
do à cadeia produtiva. / O processo de reciclagem é vá urgente para a mesa de cirurgia. Porém, ela perde em
muito relevante à medida que o lixo recebe o devido qualidade para a original, mais sintética e mais expressiva.
destino, retornando à cadeia produtiva.
c) A COELCE instalou 62 pontos de coleta no Ceará a 39. (Funiversa/Adasa) O trecho “É a conduta dos seres hu-
partir de pesquisas em comunidades de baixa renda manos, cegos entre si mesmos e ao mundo na defesa da
de Fortaleza e região metropolitana da capital, para negação do outro, o que tem feito do presente humano
montar a arquitetura do programa. / Por causa de o que ele é.” pode ser reescrito, sem que haja alteração
pesquisas em comunidades de baixa renda de For- de sentido, da seguinte forma:
taleza e região metropolitana da capital, a COELCE a) É o agir humano, cego ao outro e ao mundo na negação
instalou 62 pontos de coleta no Ceará, para montar de outro mundo, o que faz do presente o que ele é.
a arquitetura do programa. b) É o mal inerente ao homem, que o torna cego em
d) Para participar, o cliente procura o posto de coleta relação ao próximo e ao mundo, que faz do presente
ou a associação comunitária e solicita o cartão do o que ele é.
Programa Ecoelce. / O cliente, para participar, assim c) É a maneira de agir do homem, alienado ao negar o
que procura o posto de coleta ou a associação comu- outro seja na forma do semelhante ou na forma do
nitária, solicita o cartão do Programa Ecoelce. mundo, que faz do presente o que ele é.
e) Reconhecido pela Organização das Nações Unidas d) É a forma de agir dos homens que se tornam cegos
(ONU), o programa tem como vantagens estimular para com os outros e para com o mundo que faz deste
a economia de energia com melhoria da qualidade mundo o que ele é.
de vida das comunidades envolvidas, tanto pela di- e) É a conduta da humanidade, cega entre si e ao mundo
minuição da conta de luz quanto pela redução dos por negar o outro, o que torna o homem mau como
resíduos nas vias urbanas. / Reconhecido pela ONU, o presente em que ele vive.
o programa tem como vantagens estimular a econo-
mia de energia com melhoria da qualidade de vida Texto para responder às questões 40 e 41.
das comunidades envolvidas, em virtude tanto da
diminuição da conta de luz quanto da redução dos Cidadezinha qualquer
Língua Portuguesa

resíduos nas vias urbanas.


Casas entre bananeiras
Em uma manhã de inverno de 1978, a assistente social Zé- mulheres entre laranjeiras
lia Machado, 49 anos de idade, encontrou um bebê recém- pomar amor cantar.
-nascido em um terreno baldio.
33. A expressão “a assistente social”, caso seja colocada após Um homem vai devagar.
o substantivo próprio a que se refere, cria, necessaria- Um cachorro vai devagar.
mente, uma falha gramatical. Um burro vai devagar.

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Este eBook foi adquirido por ANA PAULA PEREIRA SILVA - CPF: 052.510.513-10.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Devagar... as janelas olham. d) Um bom “tratamento penal” resiste a um processo
Eta vida besta, meu Deus. de superação de uma história de conflitos.
e) Um bom “tratamento penal” supõe a superação dos
Carlos Drummond de Andrade. Reunião, 10.ª ed. conflitos da história, promovendo direitos e recom-
Rio de Janeiro: José Olympio, 1980, p. 17. pondo os vínculos da sociedade, para que o sujeito
se torne mais responsável.
40. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter-
nativa incorreta. 1 A União Europeia inaugurou um novo patamar de
a) Para o autor, em uma visão integral, porém dinâmica integração política e econômica no globo. A cooperação
da cidade, a ausência de artigos na primeira estrofe entre seus países permitiria à região fazer frente a outras
do texto reflete a similaridade conceitual estabele- 4 potências, como os Estados Unidos e o Japão, e, assim,
cida entre os substantivos. assegurar o bem-estar social e a segurança de sua po-
b) A fusão dos elementos humanos à paisagem natu- pulação. Com o passar dos anos, o bloco incorporou na-
ral, em uma visão panorâmica, ratifica a ausência de 7 ções menos desenvolvidas do continente e instituiu uma
artigos na primeira estrofe. moeda única, o euro, que atraiu investidores e chegou a
c) Ao longo do texto, quase não há inserção de adje- ameaçar o domínio do dólar como reserva internacional
tivos, dado o fato de a dinamicidade do texto não 10 de valor. Mas a crise financeira mundial fez emergir as
promover espaço para o detalhamento. fragilidades na estrutura econômica de algumas nações
d) O emprego da pontuação ao longo do texto sugere do bloco. À medida que a turbulência dos mercados
ausência de conhecimento sintático, promovendo 13 se acentuou, veio à tona a irresponsabilidade fiscal de
lentidão e morosidade na leitura. alguns países, sobretudo a Grécia. Diante do risco de que
e) É empregada a sinonímia de estruturação sintática e o deficit crescente no orçamento grego pudesse conta-
lexical na segunda estrofe. 16 minar outros europeus com situação fiscal semelhante e
pôr em xeque a confiabilidade do bloco, líderes regionais
41. (Funiversa/Iphan) Com base no texto, assinale a alter- reuniram-se às pressas na semana passada. Ao fim do
nativa incorreta. 19 encontro, chegou-se a um acordo para ajudar a Grécia.
a) Se, ao penúltimo verso, for dada a seguinte redação: Ainda que não tenha sido feita menção formal a um
Devagar... às janelas olham ter-se-á modificação se- resgate financeiro, a reunião serviu para acalmar o te-
mântica da estrutura textual. 22 mor dos investidores internacionais. In: Veja, 17/2/2010,
b) A variação da abordagem semântica na estrutura p. 57 (com adaptações).
sintática do texto tornou-o incoeso e inacessível ao
leitor. 43. (Funiversa) Cada uma das alternativas a seguir apresenta
c) Nenhum atributo é legado aos substantivos da se- reescritura de fragmento do texto. Assinale aquela em
gunda estrofe, porém, apesar desta característica, é que a reescritura mantém a ideia original.
perceptível a introdução de movimentação espacial. a) A União Europeia lançou um novo andar para a inte-
d) No texto, é possível verificar a ocorrência de artigo gração política e econômica no globo (linhas 1 e 2).
indefinido. b) A cooperação entre seus países faria que a região
e) No trecho “Devagar... as janelas olham.”, foi emprega- esbarrasse em outras potências, como os Estados
da a personificação, processo que humaniza objetos. Unidos e o Japão (linhas de 2 a 4).
c) A crise, contudo, trouxe à tona a solidez da econo-
Partindo-se desse entendimento, vê-se que um bom “trata- mia de certos países que integram a União Europeia
(linhas de 10 a 12).
mento penal” não pode residir apenas na abstenção da vio-
d) Diante do risco de que o deficit crescente no or-
lência física ou na garantia de boas condições para a custódia
çamento grego pudesse influenciar outros países
do indivíduo, em se tratando de pena privativa de liberdade:
europeus que apresentam situação fiscal similar e
deve, antes disso, consistir em um processo de superação de
comprometer a confiabilidade da União Europeia, lí-
uma história de conflitos, por meio da promoção dos seus
deres regionais encontraram-se às pressas na semana
direitos e da recomposição dos seus vínculos com a socie-
passada (linhas de 14 a 18).
dade, visando criar condições para a sua autodeterminação
e) Ainda que não tenha sido discutida uma solução fi-
responsável.
nanceira, o encontro teve como objetivo reduzir o
medo dos investidores internacionais (l. 20 a 22).
42. (Funiversa/Sejus) Nas alternativas a seguir, são apresen-
tadas reescrituras de trechos do segundo parágrafo do
GABARITO
texto. Assinale aquela em que se preserva o sentido do
trecho original.
1. C 12. b 23. C 34. C
a) Um tratamento eficaz da pena não pode dispensar
2. E 13. a 24. b 35. E
a agressão física ou a garantia de uma permanência 3. E 14. C 25. a 36. C
Língua Portuguesa

prolongada do indivíduo por um certo tempo privado 4. E 15. C 26. E 37. C


de sua liberdade. 5. C 16. E 27. C 38. E
b) A abstenção da violência física e a garantia de boas 6. e 17. E 28. C 39. c
condições para a custódia do indivíduo correspondem 7. d 18. e 29. d 40. d
a um bom “tratamento penal”. 8. C 19. a 30. C 41. b
c) Em se tratando de pena privativa de liberdade, um bom 9. a 20. E 31. b 42. c
“tratamento penal” não é garantido pela falta de vio- 10. C 21. E 32. e 43. d
lência física ou pela boa guarda do detento na prisão. 11. C 22. a 33. E

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ORTOGRAFIA OFICIAL • Nos sufixos gregos “ese”, “ise”, “ose” (de aplicação
científica, ou erudita – culta):
O Alfabeto trombose, análise, metamorfose, virose, exegese, os-
mose etc.
Com a nova ortografia, o alfabeto passa a ter 26 letras.
• Nos vocábulos derivados de outros primitivos que são
Foram reintroduzidas as letras k, w e y. escritos com “s”:
análise – analisar, analisado
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ atrás – atrasar, atrasado
casa – casinha, casarão, casebre
As letras k, w e y, que na verdade não tinham desapare-
cido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas Porém há algumas exceções:
em várias situações. Por exemplo: catequese – catequizar
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km síntese – sintetizar
(quilômetro), kg (quilograma), w (watt); batismo – batizar
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus
derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, • Nos diminutivos “inho”, “inha”, “ito”, “ita”:
yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano. Obs.: Se a palavra primitiva já termina com “s”, basta
acrescentar o sufixo de diminutivo adequado:
pires – piresinho
Emprego das Letras casa – casinha, casita
empresa – empresinha
• Ortho = Correta
Graphia = Escrita • Usa-se o “s” nos substantivos cognatos (pertencentes
• No Português atual, segue-se o sistema ortográfico à mesma família de formação) de verbos em “-dir” e
aprovado em 12 de agosto de 1943 pela Academia “-ender”.
Brasileira de Letras. Esse sistema sofreu algumas al- dividir – divisão
terações em 18 de dezembro de 1971. colidir – colisão
• A Nova Ortografia está em fase de implantação no aludir – alusão
Brasil desde 2009. A data limite para a transição é rescindir – rescisão
31/12/2015. Portanto, em 2016, vigora a nova grafia iludir – ilusão
como forma obrigatória.
EXERCÍCIOS
Emprego do “S”
1. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
• O “s” intervocálico tem sempre o som de “z”: nhada esteja escrita incorretamente.
a) Paula saiu da sala muito pesarosa.
casa, mesa, acesa etc.
b) Esta água possui muita impuresa.
• O “s” em início de palavras tem sempre o som de “ss”:
c) Faça a gentileza de sair rapidamente.
sílaba, sabonete, seno etc. d) A nossa amizade é muito sólida.
e) A buzina do meu carro disparou, o que faço?
Usa-se o “S”
2. Assinale a alternativa em que, na frase, a palavra subli-
• Depois de ditongos: nhada esteja escrita incorretamente.
Neusa, Sousa, maisena, lousa, coisa, deusa, faisão, a) O rapaz defendeu uma tese.
mausoléu etc. b) O teste será realizado amanhã.
c) Comerei, mais tarde, um sanduíche misto.
• Adjetivos terminados pelos sufixos “oso”, “osa” (indi- d) Deixe os parafusos em uma lata com querozene.
cadores de abundância): e) A usina de açúcar fica distante da fazenda.
cheiroso, prazeroso, amoroso, ansioso etc.
3. O sufixo “isar” foi usado incorretamente na alternativa:
• Palavras com os sufixos “es”, “esa” e “isa” (indicadores a) É necessário bisar muitas músicas.
de títulos de nobreza, de origem, gentílicos ou pátrios, b) De longe, não consigo divisar as coisas.
cargo ou profissão): c) É necessário pesquisar incansavelmente.
duquesa, chinês, poetisa etc. d) É muito importante paralisar as obras, agora.
e) Não há erro em nenhuma alternativa.
• Nas palavras em que haja “trans”:
4. Há palavra estranha em um dos grupos abaixo:
transigir, transação, transeunte etc.
Língua Portuguesa

a) pesaroso – previsão – empresário.


b) querosene – gasolina – música.
• Nos substantivos não derivados de adjetivos: c) celsa – virose – maisena.
marquesa (de marquês), camponesa (de camponês), d) quiser – puser – hipnotizar.
defesa (de defender). e) anestesia – dosagem – divisa.

• Nos derivados dos verbos “pôr” e “querer”: 5. Assinale a frase em que a palavra sublinhada esteja es-
ela não quis; se quiséssemos; ela pôs o disco na estante; crita incorretamente.
compus uma música; se ela quisesse; eu pus etc. a) Eu não quero acusar ninguém.

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b) Ela é uma mulher obesa. 4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação
c) Ela está com náusea, está grávida. à ortografia, exceto:
d) Ao dirigir, cuidado com os transeuntes. a) utilizar.
e) Devemos suavisar o impacto. b) grandeza.
c) certeza.
GABARITO d) orgulhoza.
e) agonizar.
1. b 2. d 3. e 4. d 5. e
5. Complete os espaços do período abaixo com uma das
alternativas que se seguem de forma correta e ordenada.
Emprego do “Z” “Ela era ______ de ______ e ______ o trabalho com
______.”
Usa-se o “z” a) incapaz – atualizar – finalizar – presteza
b) incapás – atualisar – finalisar – prestesa
• Nas palavras derivadas de uma primitiva já grafada c) incapas – atualizar – finalizar – presteza
com “z”: d) incapaz – atualisar – finalisar – presteza
cruz – cruzamento – cruzeta – cruzeiro e) incapaz – atualizar – finalizar – prestesa
juiz – juízo – ajuizado – juizado
desliza – deslizamento – deslizante GABARITO
• Nos sufixos “ez/eza” formadores de substantivos abs-
tratos e adjetivos com o acréscimo dos sufixos citados:
1. c 2. d 3. e 4. d 5. a
beleza – belo + eza
gentileza – gentil + eza
insensatez – insensato + ez
Emprego do “G”
• Nos diminutivos “inho” e “inha”:
• Nas palavras que representam o mesmo som de “j”
Obs. 1: Se a palavra escrita primitiva já termina com “z”,
quando for empregada antes das vogais “e” e “i”:
basta acrescentar o sufixo de diminutivo adequado:
juiz – juizinho gente, girafa, urgente, gengiva, gelo, gengibre, giz etc.
raiz – raizinha Obs.: apenas nesses casos, surgem dúvidas quanto ao
xadrez – xadrezinho uso. Nos demais casos, usa-se o “g”.

Obs. 2: Se a palavra primitiva não tiver “s” nem “z”; • Nas palavras derivadas de outras que já são escritas
então se acrescenta: “zinho” ou “zinha”: com “g”:
sofá – sofazinho ágio – agiota – agiotagem
mãe – mãezinha gesso – engessado – engessar
pé – pezinho exigir – exigência – exigível
afligir – afligem – afligido
EXERCÍCIOS
• Nas terminações “agem”, “igem” e “ugem”:
1. Em todas as alternativas abaixo as palavras são grafadas margem, coragem, vertigem, ferrugem, fuligem,
com “z”, exceto: garagem, origem etc.
a) limpeza – beleza.
b) canalizar – utilizar. Exceção:
c) avizar – improvizar. pajem, lajem, lambujem.
d) catequizar – sintetizar.
e) batizar – hipnotizar. Note bem:
O substantivo viagem escreve-se com “g”, mas viajem
2. Complete corretamente os espaços do período a seguir (forma verbal de viajar) escreve- se com “j”:
com uma das alternativas abaixo.
“Nossa ______ não tem ______ para terminar, disse a Dica:
______.” Quando podemos escrever artigo antes (a, uma), temos
a) amizade – praso – meretriz o substantivo “viagem”, com “g”.
b) amisade – prazo – meretris A viagem para Búzios foi maravilhosa.
c) amizade – prazo – meretris Quando podemos ter o sujeito e conjugar, então tere-
d) amizade – prazo – meretriz mos o verbo, escrito com “j”:
e) amisade – praso – meretriz Que eles viajem muito bem.
Língua Portuguesa

3. Há, nas alternativas abaixo, uma palavra diferente do • Nas terminações “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio”, “úgio”,
grupo em relação à ortografia: “ege”, “oge”:
a) avidez, beleza. pedágio, relógio, litígio, colégio, subterfúgio, estágio,
b) algoz, baliza. prodígio, egrégio, herege, doge etc.
c) defesa, limpeza.
d) gozado, bazar. • Nos verbos terminados em “ger” e “gir”:
e) miudeza, jeitoza. corrigir, fingir, fugir, mugir etc.

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EXERCÍCIOS • Nas palavras de uso um tanto e quanto discutíveis:
manjerona, jerico, jia, jumbo etc.
1. Todas as palavras sublinhadas nas frases abaixo são es-
critas com “g”, exceto: • A terminação “aje” é sempre com “j”:
a) Joga esta geringonça no lixo. ultraje, laje etc.
b) A geada foi muito forte na região Sul do Brasil.
c) A giboia é uma serpente não venenosa. EXERCÍCIOS
d) Guarde a tigela no armário da sala.
e) Pessoas cultas não falam muita gíria. 1. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) pajem.
2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas b) varejo.
em relação à ortografia, exceto: c) gorjeta.
a) gengiva – Sergipe – evangelho. d) ajiota.
b) trage – ogeriza – cangica. e) rijeza.
c) giz – monge – sargento.
d) vagem – ogiva – tangerina. 2. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
e) gim – ogiva – sugestão. a) refújio.
b) estájio.
3. Todas as palavras das alternativas abaixo estão incorretas c) rijeza.
em relação à ortografia, exceto: d) pedájio.
a) ultrage – lage – berinjela. e) ferrujem.
b) cangerê – cafageste – magé.
c) refúgio – estágio – ferrugem. 3. Observe as frases que se seguem:
d) geca – girau ‑cangica. I – Minha coragem é algo incontestável.
II – O jiló é um fruto amargo, mas delicioso.
4. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação III – A giboia é uma serpente brasileira.
à ortografia, exceto: Agora, responda, em relação à ortografia das palavras
a) fuselagem. sublinhadas.
b) aflige. a) Todas estão corretas.
c) angina. b) Somente a III está correta.
d) grangear. c) Todas estão incorretas.
e) fuligem. d) Somente a III está incorreta.
e) Somente a I está correta.
5. Todas as palavras das alternativas abaixo são grafadas
com “g”, exceto:
4. Assinale a alternativa correta em relação à ortografia.
a) ceregeira.
a) Jertrudes.
b) cingir.
b) jestão.
c) contágio.
c) jerimum.
d) algema.
d) jesso.
e) página.
e) jerminar.
GABARITO 5. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia.
a) jereré.
1. c 2. b 3. c 4. d 5. a b) jeropiga.
c) jenipapo.
d) jequitibá.
Emprego do “J” e) jervão.
Usa-se o “j”:
GABARITO
• Nos vocábulos de origem tupi:
maracujá, caju, jenipapo, pajé, jerimum, Ubirajara etc. 1. d 2. c 3. d 4. c 5. e

Exceção:
Mogi das cruzes, Mogi-guaçu, Mogi-mirim, Sergipe. Emprego do “ch”

• Nas palavras cuja origem latina assim o exijam: O “ch” provém da evolução de grupos consonantais la-
majestade, jeito, hoje, Jesus etc. tinos:
Língua Portuguesa

CI ‑ clave / Ch – Chave
• Nas palavras de origem árabe: FI – Flagrae / Ch – Cheirar
alforje, alfanje, berinjela. PI – Plenu / Ch – Cheio
PI – Planu / Ch – Chão.
• Nas palavras derivadas de outras já escritas com “j”:
gorja – gorjeio, gorjeta, gorjear • Na palavra derivada de outra que já vem escrita com
laranja – laranjinha, laranjeira, laranjeirinha “ch”:
loja – lojinha, lojista charco / encharcar, encharcado
granja – granjear, granjinha, granjeiro chafurda / enchafurdar

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chocalho / enchocalhar – “s” em final de sílabas seguido de consoante:
chouriço / enchouriçar extático, externo, experiência, contexto etc.
chumaço / enchumaçar
cheio / encher, enchimento – “z” em palavras com prefixo “ex”, seguido de vogal:
enchova / enchovinha exame, exultar, exequível etc.

• Nas palavras após “re”: – “ss” como “ss” intervocálico:


brecha, trecho, brechó trouxe, próximo, sintaxe etc.

• Nas palavras aportuguesadas, oriundas de outros idio- – “ch” no início ou no interior de algumas palavras:
mas: xícara, xarope, luxo, ameixa etc.
salsicha / do itálico “salsíccia”
sanduíche / do inglês “sandwich” – “cs” no meio ou no fim de algumas palavras:
chapéu / do francês “chapei” fixo, tórax, conexão, tóxico etc.
chope / do francês “chope” e do alemão “Schoppen”
Obs.:
• O “ch” provém, também, da formação do dígrafo “ch” Quando no final de sílabas o “x” não for precedido da
latino que se originou da evolução ao longo dos tempos: vogal “a”, deve-se empregar o “s” em vez de “x”:
cheirar, cheio, chão, chaleira etc. misto, justaposição etc.
• Em vocábulos de origem árabe e castelhana:
EXERCÍCIOS xadrez, oxalá, enxaqueca, enxadrista etc.

1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão correta- • Em palavras de formação popular, africana ou indígena:
mente grafadas, exceto: xepa, xereta, xingar, abacaxi, caxumba, muxoxo, xa-
a) enchumaçar. vante, xiquexique, xodó etc.
b) cachumba.
c) chave. • Geralmente é usado após a sílaba inicial “en”, em pa-
d) brecha. lavras primitivas:
e) galocha. enxada, enxergar, enxaqueca, enxó, enxadrezar, enxam-
brar, enxertar, enxoval, enxovalhar, enxurrada, enxofre,
2. Todas as palavras abaixo estão incorretamente grafadas, enxovia, enxuto etc.
exceto: Exceções:
a) faicha. encher, derivada de cheio
b) fachina. anchova ou enchova e seus derivados etc.
c) repuchão.
d) chuteira. Obs.:
e) relachado. Se a palavra é derivada, dependerá da grafia da primitiva.
charco – encharcar; chocalho – enchocalhar
3. Assinale a alternativa incorreta em relação à ortografia. chafurda – enchafurdar; chouriço – enchouriçar
a) chilindró. chumaço – enchumaçar (estofar) etc.
b) estrebuchar.
c) facho.
• Emprega-se o “x” após ditongos:
d) chafurdar.
ameixa, caixa, peixe, feixe, frouxo, deixar, baixa, rou-
e) chamego.
xinol etc.
4. Assinale a afirmação incorreta.
Exceções:
a) A palavra “boliche” está corretamente grafada.
caucho, cauchal, caucheiro, recauchutar, recauchuta-
b) A palavra “rocho” está corretamente grafada.
c) A palavra “mecha” está corretamente grafada. gem etc.
d) A palavra “richa” está incorretamente grafada.
e) A palavra “chereta” está incorretamente grafada. • Emprega-se “ex” quando seguido de vogal:
exame, exército, exato etc.
5. Assinale a alternativa correta.
a) tachinha (prego). • Emprega-se “ex” quando se segue:
b) chilindró. PLI – exPLIcar
c) cocho (manco). CI – exCItante
d) muchocho. CE – exCElência
e) muchiba. PLO – exPLOrar
Língua Portuguesa

GABARITO EXERCÍCIOS

1. b 2. d 3. a 4. b 5. a 1. Assinale a alternativa incorreta.


a) enxada.
b) enxaqueca.
Emprego do “X” c) enxova.
d) enxofre.
• O “x” representa cinco fonemas tradicionais: e) enxertar.

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2. Assinale a alternativa correta. c) quase.
a) enxarcar. d) cadiado.
b) enxocalhar.
c) enxouriçar. 2. Assinale a alternativa correta em relação ao uso do “e”
d) enxurrada. e do “i”:
e) enxumaçar. a) criolina.
b) cemitério.
3. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do c) palitó.
“X”: d) orquídia.
a) cambaxirra.
b) flexar. 3. Todas as alternativas abaixo estão corretas em relação
c) taxar (preço). ao uso do “e” e do “i”, exceto:
d) explicar. a) seringa.
b) seriema.
4. Todas as palavras abaixo estão corretas em relação ao c) umedecer.
uso do “X”, exceto: d) desinteria.
a) enxerto.
b) sintaxe. 4. Todas as alternativas abaixo estão incorretas em relação
c) textual. ao uso do “e” e do “i”, exceto:
d) síxtole. a) crâneo.
b) meretíssimo.
5. Complete as lacunas das palavras, com uma das alter- c) previlégio.
nativas que se segue: d) Filipe.
e__pontâneo; e__terior; e__perto; e__cessivo.
a) x – s – x – s 5. Quanto às palavras
b) s – x – s – x I – impigem;
c) s – s – x – x II – terebentina;
d) x – x – s – s III – pinicilina.

podemos afirmar:
GABARITO a) somente a I está correta.
b) somente a II está correta.
1. c 2. d 3. b 4. d 5. b c) todas estão incorretas.
d) todas estão corretas.
Uso do “E” GABARITO
• Nos verbos terminados em “uar”, “oar”, nas formas do
1. d 2. b 3. d 4. d 5. a
presente do subjuntivo:
continuar – continue – continues
efetuar – efetue – efetues
habituar – habitue – habitues
Uso do “O” e do “U”
averigue – averigues
A letra “o” átono pode soar como “u”, acarretando he-
perdoar – perdoe – perdoes
sitação na grafia.
abençoar – abençoe – abençoes Pode-se recorrer ao artifício da comparação com palavras
da mesma família:
• Palavras formadas com o prefixo “ante”: abolir – abolição
antecipar, anterior, antevéspera tábua – tabular
comprimento – comprido
Uso do “I”. cumprimento – cumprimentar
explodir – explosão
• Nos verbos terminados em “uir” nas segunda e tercei-
ra pessoas do singular do presente do indicativo e a EXERCÍCIOS
segunda pessoa do singular do imperativo afirmativo:
constituir – constitui – constituis 1. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas
possuir – possui – possuís em relação à grafia, exceto:
influir – influi – influis a) nódoa.
fluir – flui – fluis b) óbolo.
diminuir ‑diminui – diminuis
Língua Portuguesa

c) poleiro.
instituir – institui – instituis d) pulir.

EXERCÍCIOS 2. Todas as palavras das alternativas abaixo estão corretas


em relação à grafia, exceto:
1. Assinale a alternativa incorreta em relação ao uso do a) capueira.
“e” e do “i”: b) embolo.
a) destilar. c) focinho.
b) cumeeira. d) goela.

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3. Em relação às seguintes palavras: Modifica o substantivo a que se relaciona:
I – muleque; “Um bom romance nos diz a verdade sobre o seu herói,
II – mulambo; mas um mau romance nos diz a verdade sobre seu
III – buate, autor”. (Chesterton Apud Josué Montello)
“Quando a previsão diz tempo bom, isso é mau.” (Leon
podemos afirmar: Eliachar)
a) todas estão corretas.
b) somente a I e II estão corretas. Como substantivo
c) somente a I e III estão corretas. Normalmente vem precedido de artigo:
d) todas estão incorretas. “Por que não prender os maus para vivermos tranqui-
los?”
4. Em relação às seguintes palavras: “O Belo e o Feio... O Bom e o Mau... Dor e Prazer”.
I – bueiro; (Mário Quintana)
II – manoel;
“... só que viera a pé e foi-se sentado, cansado talvez
III – jaboticaba
de cavalgar por montes e vales do Oeste, e de tantas
lutas contra os maus”. (CDA)
podemos afirmar como verdadeiro:
a) somente a II e III estão incorretas.
b) somente a II e III estão corretas. Notações sobre o uso de “a”, “há” e “ah”
c) somente a I está correta.
d) todas estão corretas. • Usa-se “há”
e) somente II está incorreta. Com referência a tempo passado:
“Estou muito doente. Há dez anos venho sofrendo de
5. Assinale a alternativa de palavra incorretamente grafada. mal súbito”. (Aldu)
a) custume. “Isso aconteceu há quatro ou cinco anos”. (Rubem Braga)
b) tribo. Quando é formado do verbo haver:
c) romênia. “Já não há mais tempo. O futuro chegou”.
d) buliçoso. “O garçom era atencioso, você sabia que há garçons
atenciosos?” (CDA)
GABARITO
• Usa-se “a”
1. d 2. a 3. d 4. e 5. a Com referência a tempo futuro:
“... mas daí a pouco tinha a explicação”. (Machado de
Assis)
Algumas Dificuldades Gramaticais “Fui casado, disse ele, depois de algum tempo, daqui
a três meses posso dizer outra vez: sou casado”. (Ma-
Notações sobre o uso de “mal” e “mau”: chado de Assis)

• Usa-se “mal” nos seguintes casos: • Usa-se “ah”


Como interjeição enfatizante:
Como substantivo (opõe-se a “bem”) “Ah, ia-se me esquecendo: um escritório funcional deve
Assim varia de número (males) e, geralmente, vem ter também uma secretária funcional”. (Leon Eliachar)
precedido de artigo: “Ah! Disse o velho com indiferença”. (Machado de Assis)
“O chato da bebida não é o mal que ela nos pode trazer,
são os bêbados que ela nos traz.” (Leon Eliachar) Notações sobre o uso de “mas”, “más” e “mais”
“Para se trilhar o caminho do mal, é indispensável não
se importar com o constrangimento.” (Fraga) • Mas
É conjunção adversativa (dá ideia de oposição, retifi-
Como advérbio (opõe-se a “bem”) cação):
Nesse caso, modifica o verbo, o adjetivo e o próprio “Sinto muito, doutor, mas não sinto nada”. (Aldu)
advérbio: “O dinheiro não traz felicidade, mas acalma os nervos”.
“Andam mal os versos de pé quebrado.” (Jaab)
(Aldu)
“Varam o espaço foguetes mal intencionados.” (Cecília
Meireles)
• Más
“Mendicância vai muito mal: falta de verba.” (Sylvio
Abreu) Plural feminino de “MAU”
“Não tinha más qualidades, ou se as tinha, eram de
Como conjunção pouca monta”. (Machado de Assis)
Equivale a quando, assim que, apenas: “Não há coisas, na vida, inteiramente más”. (Mário
Língua Portuguesa

“Mal o Flamengo entrou em campo, foi delirantemente Quintana)


aplaudido”.
“Mal colocou o papel na máquina, o menino começou • Mais
a empurrar a cadeira pela sala, fazendo um barulho Advérbio de intensidade
infernal”. (Fernando Sabino) “As fantasias mais usadas no carnaval são: homem
vestido de mulher e mulher vestida de homem”. (Leon
• Usa-se “mau” nos seguintes casos Eliachar)
Ele nunca está satisfeito. Sempre quer mais do que
Como adjetivo (opõe-se a bom) recebe.

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Notações sobre o uso do porquê (e variações) “Tal prática era possível na cidade, aonde ainda não
haviam chegado os automóveis.” (Manuel Bandeira)
• Porque – Conjunção causal ou explicativa: “Se chegares sempre aonde quiseres, ganharás”. (Paulo
“Vende-se um segredo de cofre a quem conseguir abrir Mendes Campos)
o cofre, porque o dono não consegue”. (Leon Eliachar)
“Os macróbios são macróbios porque não acreditam • Donde
em micróbios”. (Mário Quintana) Equivale a “de onde” e apresenta ideia de afastamento;
corresponde a lugar do qual (unde, em latim):
• Por que – Nas interrogações “Tomás estava, mas encerrara-se no quarto, donde só
“ – Diga-se cá, por que foi que você não apareceu mais saíra...” (Machado de Assis)
lá em casa?” (Graciliano Ramos) (Interrogativa direta) “Às vezes se atiram a distantes excursões donde regres-
“Não sei por que você foi embora”. (Interrogação indi- sas com uma enorme lava.” (Manoel Bandeira)
reta)
Como pronome relativo, equivalente a o qual, a qual, Notações sobre o uso de “senão” e “se não”
os quais, as quais.
“Não sei a razão por que me ofenderam”. • Senão
“Contavam fatos da vida, incidentes perigosos por que Conjunção adversativa com o sentido de “em caso
tinham passado”. (José Lins do Rego) contrário”, “de outra forma”:
“Cala a boca, mulher, senão aparece polícia”. (Raquel
• Por quê – No final da frase. de Queiroz)
“Mas por quê? Por quê? Por amor? (Eça de Queiroz) Com o sentido de “mas sim” e com o sentido de “a não
“Sou a que chora sem saber por quê”. (Florbela Espanca) ser”:
“Ele, a quem eu nada podia dar senão minha sincerida-
• Porquê de, ele passou a ser uma acusação de minha pobreza”.
É substantivo e, então, varia em número; normalmen- (Clarice Lispector)
te, o artigo o precede:
“Eu sem você não tenho porquê”. (Vinícius de Morais)
Quando substantivo com o sentido de “falha”, “defei-
“Só mesmo Deus é quem sabe o porquê de certas von-
to”, “imperfeição”. Admite, então, flexão de número:
tades femininas, se é que consegue saber.” (CDA)
“Esfregam as mãos, têm júbilos de solteiras histéricas, dão
pulinhos, apenas porque encontram senões miúdos nas
Notações sobre o uso de “quê” e “’que”
páginas que não saberiam compor”. (Josué Montello)
• Quê
Como interjeição exclamativa (seguida de ponto de • Se não
exclamação): Quando conjunção condicional “se”:
“Quê! Você ainda não tomou banho?” ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?”
(Mário Quintana)
No final de frases:
Zombaria de todos, mesmo sem saber de quê. Quando advérbio de negação “Não”
“Medo de quê?” (José Lins do Reco) “Os ex-seminaristas, como os ex-padres, permanecem
Como substantivo ligados indissoluvelmente à Igreja. Se não, pela fé –
“Um quê misterioso aqui me fala.” (Gonçalves Dias) pelo rito”. (Josué Montello)
“A arte de escrever é, por essência, irreverente e tem ‘’Se não fosse Van Gogh, o que seria do amarelo?”
sempre um quê de proibido...” (Mário Quintana) (Mário Quintana)

• Que Notações sobre “afim” e “a fim de”


Em outros casos usa-se a forma sem acento:
“Da igreja – exclamou. Que horror.” (Eça de Queiroz) • Afim
“E que sonho mau eu tive.” (Humberto de Campos) Adjetivo com o sentido de parente, próximo:
“... era meu parente afim, [...] interrogou-nos de cara
Notações sobre o uso de “onde”, “aonde” e “donde” amarrada e mandou-nos embora.” (CDA)
Naquele grupo todos eram afins; por isso brigavam
• Onde tanto.
É estático. Usa-se com os verbos chamados de repouso,
situação, fixação, como o verbo “ser” e suas modali- • A fim
dades (estar – permanecer) e outros (ficar, estacionar Locução prepositiva; dá ideia de finalidade; equivale
etc.); corresponde a “lugar em que” (ubi, em latim): a “para”:
“Onde foi inventado o feijão com arroz? (Clarice Lis- Viajou a fim de se esconder.
Língua Portuguesa

pector) “Metade da massa ralada vai para a rede da goma, a fim


“Vende-se uma bússola enguiçada. Infelizmente não de se lhe tirar o excesso de amido”. (Raquel de Queiroz)
sei onde estou, senão não venderia a bússola”. (Leon
Eliachar) Notações sobre o uso de “a par” e “ao par”

• Aonde • A par
É dinâmico. Usa-se com os verbos chamados de mo- Tem o significado de conhecer, saber, tomar conheci-
vimento, como ir, andar, caminhar etc.; corresponde mento:
a lugar em que (quo, em latim): Estamos a par da evolução técnica.

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• Ao par Velha Regra Nova Regra
Tem o significado de igual, equilibrado, paralelo:
ante-sala antessala
O câmbio está ao par.
anti-reumatismo antirreumatismo
EXERCÍCIOS auto-recuo autorrecuo
contra-senso contrassenso
1. Preencha as lacunas com “mal”, “mau”, “má”: extra-rigoroso extrarrigoroso
a) Foi um _______ resultado para a equipe. infra-solo infrassolo
b) Foi um ______ irrecuperável. ultra-rede ultrarrede
c) Não me interprete _____ quando lhe digo _____ que ultra-sentimental ultrassentimental
responderá pelo que fez a esta criança. semi-sótão semissótão
d) ______ entrou no campo, deu um _______ jeito no supra-renal suprarrenal
pé, devido à _______ condição do gramado. supra-sigiloso suprassigiloso
e) Uma redação _______ escrita pode ser, apenas, o
resultado de uma _______ organização de ideias. Os prefixos hiper-, inter- e super- se ligam com hífen a
f) Ele organizou ______ o texto. elementos iniciados por r.
g) Sua _______ redação foi um negócio ________ para hiper-risonho, hiper-realidade, hiper-rústico, hiper-regu-
ela. lagem, inter-regional, inter-relação, inter-racial, super-
h) Este menino é _______ porque sempre aprendeu a -ramificado, super-risco, super-revista.
praticar o _______.
i) Se não tivesse recebido ______ exemplos, evitaria os b) Passa a ser usado o hífen, agora, quando o prefixo
______ que tem causado. termina com a mesma vogal que inicia o segundo elemento.
j) Há pessoas que têm o _____ costume de fazer ______ Lembremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico,
juízo dos outros, ______ os conhecem. os prefixos abaixo eram grafados sem hífen diante de vogal.
Observe o quadro:
2. Preencha as lacunas com porque, por que, porquê, por
quê, ou quê: Velha Regra Nova Regra
a) Você não disse _________ veio, ontem, à festa. antiinflacionário anti-inflacionário
b) Não sei ________ você não veio, ontem, à festa. antiictérico anti-ictérico
c) Você sabe se José não veio à aula hoje, ________ não antiinflamatório anti-inflamatório
chegou ainda do passeio de final de semana?
arquiinimigo arqui-inimigo
d) Todos temos direitos inalienáveis, ________ somos arquiinteligente arqui-inteligente
pessoas humanas.
e) _________ se questiona tanto o progresso e se ques- microondas micro-ondas
microônibus micro-ônibus
tionam pouco os responsáveis pela ampliação desu-
microorganismo micro-organismo
mana da técnica? ___________?
f) Os caminhos __________ temos andado, os valores Exceção:
_________ temos lutado, podem não ser os mais Não se usa hífen com o prefixo co-, mesmo que o segundo
certos, porém são aqueles em que acreditamos. elemento comece com a vogal o:
g) Há um _______ misterioso em tudo isso. coordenação, cooperação, coocorrência, coocupante,
h) Não consigo perceber o _________ de tudo isso, mas coonestar, coobrigar, coobrar.
as razões ________ não consigo perceber tudo isso
já estão bem identificadas. c) Não será mais usado quando o prefixo termina em
vogal diferente da que inicia o segundo elemento. Lem-
GABARITO bremos que, nas regras anteriores ao acordo ortográfico, os
prefixos abaixo eram sempre grafados com hífen antes de
1. a) mau 2. a) por que vogal. Observe o quadro:
b) mal b) por que
c) mal, mal c) porque Velha Regra Nova Regra
d) Mal, mau, má d) porque auto-análise autoanálise
e) mal, má e) Por que, Por quê auto-afirmação autoafirmação
f) mal f) por que, por que auto-adesivo autoadesivo
g) má, mau g) porquê
h) porquê, por que auto-estrada autoestrada
h) mau, mal
i) maus, males auto-escola autoescola
j) mau, mau, mal auto-imune autoimune
Língua Portuguesa

extra-estatutário extraestatutário
extra-escolar extraescolar
Emprego do Hífen extra-estatal extraestatal
(Conforme a Nova Ortografia) extra-ocular extraocular
extra-oficial extraoficial
a) Não será usado hífen quando o prefixo termina em extraordinário* extraordinário
vogal e o segundo elemento começa com r ou s. Essas letras extra-urbano extraurbano
serão duplicadas. Observe as regras no quadro abaixo. extra-uterino extrauterino

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infra-escapular infraescapular • Com topônimos iniciados por grão- e grã- e forma ver-
infra-escrito infraescrito bal ou elementos com artigo:
infra-específico infraespecífico Grã-Bretanha, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de
infra-estrutura infraestrutura Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc.
infra-ordem infraordem • Com os advérbios mal e bem quando formam uma
unidade sintagmática com significado e o segundo
intra-epidérmico intraepidérmico
elemento começa por vogal ou h:
intra-estelar intraestelar bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, mal-
intra-orgânico intraorgânico -estar, mal-humorado.
intra-ósseo intraósseo Obs.: Os compostos com o advérbio bem se escrevem
neo-academicismo neoacademicismo sem hífen quando tal prefixo é seguido por elemento
neo-aristotélico neoaristotélico iniciado por consoante:
neo-aramaico neoaramaico bem-nascido, bem-criado, bem-visto (ao contrário de
neo-escolástica neoescolástico “malnascido”, “malcriado” e “malvisto”).
neo-escocês neoescocês • Nos compostos com os elementos além, aquém, recém
neo-estalinismo neoestalinismo e sem:
neo-idealismo neoidealismo além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-
neo-imperialismo neoimperialismo -casados, sem-número, sem-teto.
semi-erudito semierudito
supra-ocular supraocular Hífen em locuções
* Observe que a palavra extraordinário já era escrita sem hífen antes
do novo acordo. Não se usa hífen nas locuções (substantivas, adjetivas,
pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjunti-
d) Não se usa mais o hífen em palavras compostas por vas), como em:  cão de guarda, fim de semana, café com leite,
justaposição, quando se perde a noção de composição e pão de mel, pão com manteiga, sala de jantar, cor de vinho,
surge um vocábulo autônomo. Observe o quadro: à vontade, abaixo de, acerca de, a fim de que.
São exceções algumas locuções consagradas pelo uso. É
o caso de expressões como: água-de-colônia, arco-da-velha,
Velha Regra Nova Regra
cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à
manda-chuva mandachuva queima-roupa.
pára-quedas paraquedas
pára-lama, pára-brisa paralama, parabrisa EXERCÍCIOS
pára-choque parachoque
Responda conforme as novas regras da ortografia.
Devemos observar que continuam com hífen: ano-luz,
arco-íris, decreto-lei, és-sueste, médico-cirurgião, tio-avô, 1. Nas frases que seguem, indique a única que apresente a
mato-grossense, norte-americano, sul-africano, afro-luso- expressão incorreta, levando em conta o emprego do hífen.
-brasileiro, primeiro-sargento, segunda-feira, guarda-chuva. a) Aqueles frágeis recém-nascidos bebiam o ar com
aflição.
e) Fica sendo regra geral o hífen antes de h: b) Nunca mais hei-de dizer os meus segredos.
anti-higiênico, circum-hospitalar, co-herdeiro, contra- c) Era tão sem ternura aquele afago, que ele saiu mal-
-harmônico, extra-humano, pré-histórico, sub-hepático, -humorado.
super-homem. d) Havia uma super-relação entre aquela região deserta
e esta cidade enorme.
O que não muda no hífen e) Este silêncio imperturbável, amá-lo-emos como uma
alegria que não deixa de ser triste.
Continua-se a usar hífen nos seguintes casos:
• Em palavras compostas que constituem unidade sin- 2. Suponha que você tenha que agregar o prefixo sub- às
tagmática e semântica e nas que designam espécies: palavras que aparecem nas alternativas a seguir. Assinale
aquela que tem que ser escrita com hífen.
ano-luz, azul-escuro, conta-gotas, guarda-chuva,
a) (sub) chefe.
segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor,
b) (sub) entender.
erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi.
c) (sub) desenvolvido.
• Com os prefixos ex-, sota-, soto-, vice-, vizo-:
d) (sub) reptício.
ex-mulher, sota-piloto, soto-mestre, vice-campeão,
e) (sub) liminar.
vizo-rei.
• Com prefixos circum- e pan- se o segundo elemento 3. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do hífen:
começa por vogal h e m ou n: a) O semi-analfabeto desenhou um semicírculo.
circum-adjacência, pan-americano, pan-histórico.
Língua Portuguesa

b) O meia-direita fez um gol sem-pulo na semifinal do


• Com prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- se campeonato.
o segundo elemento tem vida à parte na língua: c) Era um sem-vergonha, pois andava seminu.
pré-bizantino, pró-romano, pós-graduação. d) O recém-chegado veio de além-mar.
• Com sufixos de base tupi-guarani que representam for- e) O vice-reitor está em estado pós-operatório.
mas adjetivas: -açu, -guaçu, e -mirim, se o primeiro
elemento acaba em vogal acentuada ou a pronúncia 4. Em qual alternativa ocorre erro quanto ao emprego do
exige a distinção gráfica entre ambos: hífen?
amoré-guaçu, manacá-açu, jacaré-açu, paraná-mirim. a) Foi iniciada a campanha pró-leite.

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b) O ex-aluno fez a sua autodefesa. EMPREGO DA ACENTUAÇÃO GRÁFICA
c) O contra-regra comeu um contrafilé.
d) Sua autobiografia é um verdadeiro contrassenso. Regras Básicas
e) O meia-direita deu início ao contra-ataque.
Importante!
5. Uma das alternativas abaixo apresenta incorreção quan- A nova ortografia não mudará estas regras básicas de
to ao emprego do hífen. acentuação.
a) O pseudo-hermafrodita não tinha infraestrutura para
assumir um relacionamento extraconjugal. Posição da
b) Era extra-oficial a notícia da vinda de um extraterreno. Terminação Exemplos
sílaba tônica
c) Ele estudou línguas neolatinas nas colônias ultrama-
rinas. Proparoxítonas todas lúcido, anátema, arsê-
d) O antissemita tomou antibiótico e vacina antirrábica. nico, paralelepípedo.
e) Era um suboficial de uma superpotência. Monossílabas a(s), e(s), o(s) lá, ré, pó, pás, mês,
tônicas cós.
6. Assinale a alternativa errada quanto ao emprego do Oxítonas a(s), e(s), o(s), crachá, Irecê, trenó,
hífen. em, ens ananás, Urupês, re-
a) Pelo interfone ele me comunicou bem-humorado que trós, armazém, para-
estava fazendo uma superalimentação. béns.
b) Nas circunvizinhanças há uma casa mal-assombrada. Paroxítonas r, n, l, x, ditongo, fêmur, próton, fácil,
c) Depois de comer a sobrecoxa, tomou um antiácido. ps, i, is, us, um, látex, colégio, pônei,
d) Nossos antepassados realizaram vários anteprojetos. uns, ão(s), ã(s). bíceps, júri, lápis, bô-
e) O autodidata fez uma auto-análise. nus, álbum, fóruns,
acórdão, ímã, órfãs.
7. Fez um esforço ______ para vencer o campeonato
_________. Obs. 1:
a) sobre-humano – inter-regional Monossílabo tônico é a palavra (sílaba) com sentido pró-
b) sobrehumano – interregional prio. Continua com seu sentido mesmo que fora da frase.
c) sobreumano – interregional Geralmente, verbos, advérbios, substantivos e adjetivos.
d) sobrehumano – inter-regional Quando não possui sentido, o monossílabo é átono.
e) sobre-humano – inter-regional Tenho dó do menino.
dó: monossílaba tônica
8. Usa-se hífen nos vocábulos formados por sufixos que re- do: monossílaba átona (de + o)
presentam formas adjetivas, como açu, guaçu, e mirim. Os nomes das notas musicais são monossílabos tôni-
Com base nisso, marque as formas corretas. cos: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. Apesar de serem todos tônicos,
a) capim-açu. acentuam-se apenas: dó, ré, fá, lá.
b) anajá-mirim.
c) paraguaçu. Dica:
d) para-guaçu. O sistema de acentuação da Língua Portuguesa se baseia
nas terminações a(s), e(s), o(s), em, ens.
9. Marque as formas corretas. Memorize!
a) autoescola. As paroxítonas terão acento quando a terminação for
b) contra-mestre. diferente de a(s), e(s), o(s), em, ens.
c) contra-regra.
Obs. 2:
d) infraestrutura.
O sinal til (~) não é acento. É apenas o sinal para indicar
e) semisselvagem.
vogal com som nasal. Portanto: rã (monossílaba tônica sem
f) extraordinário. acento), sã (feminino de são = saudável), irmã (oxítona sem
g) proto-plasma. acento), ímã (paroxítona com acento agudo e final ã).
h) intra-ocular.
i) neo-republicano. Obs. 3:
j) ultrarrápido. O único caso de palavra com dois acentos no Português
é verbo no futuro com pronome mesoclítico:
10. Marque, então, as formas corretas. Cantará o hino → Cantará + o → Cantar + o + á → Cantá-lo-á.
a) supra-renal. Note acima a forma verbal oxítona em “cantará” e em
b) supra-sensível. “cantá”.
c) supracitado.
d) supra-enumerado. Regras Especiais
Língua Portuguesa

e) suprafrontal.
f) supra-ocular. As regras especiais resolvem casos que as regras básicas
não resolvem.
GABARITO Atenção!
Estas regras mudam com a nova ortografia.
1. b 4. c 7. a 10. c, e
2. d 5. b 8. a, b, c Dica:
3. a 6. e 9. a, d, e, f, j Só muda na penúltima sílaba da palavra.
Lembrete: a pronúncia não se altera.

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Acentuavam-se os ditongos abertos tônicos: éi, ói, éu: Nos ditongos abertos tônicos ei, oi perdeu-se o acento na pe-
idéia, asteróide, jóia, factóide, platéia, colméia, esquizóide, Eri- núltima sílaba:
tréia, fiéis, corrói, chapéu. ideia, asteroide, joia, factoie, plateia, colmeia, esquizoide, Eritreia.

Note que a regra básica das paroxítonas não acentuaria: ideia, Cuidado!
asteroide, plateia, colmeia, esquizoide, Eritreia. Continuam acentuados éi e ói de oxítonas e monossílabas tô-
nicas de timbre aberto:
corrói, dói, fiéis, papéis, faróis, anéis, anzóis.

Note que é a sílaba final. Não muda, continua acentuada.


Lembre-se: Só muda na penúltima sílaba da palavra.

Também se conserva o acento do ditongo de timbre aberto éu:


céu, véu, chapéu, escarcéu, ilhéu, tabaréu, mausoléu.
Note que é a sílaba final. Não muda.

Atenção!
Na palavra “dêitico” temos proparoxítona. O acento deve-se à
regra das proparoxítonas. Continua acentuado.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se a penúltima sílaba das terminações ee e oo. Perdeu-se o acento na penúltima sílaba das terminações ee e oo.
Verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: Verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados:
Eles crêem, eles dêem, eles lêem, eles vêem. Eles descrêem, eles Eles creem, eles deem, eles leem, eles veem. Eles descreem, eles
relêem, eles prevêem. releem, eles preveem.
Lembrete: são verbos do credelever. Lembrete: são verbos do credelever.
Velha Ortografia Nova Ortografia
Verbos com final -oar, -oer: Verbos com final -oar, -oer:
perdoar: perdôo, perdoar: perdoo,
voar: vôo, voar: voo,
moer: môo, moer: moo,
roer: rôo. roer: roo.

Note que o acento é na penúltima sílaba. São paroxítonas.


A regra básica não acentuaria essas palavras.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Acentuavam-se í e ú na 2ª vogal diferente do hiato, tônico, so- Perdem o acento o i e o u tônicos na penúltima sílaba, se pre-
zinho na sílaba ou com s, não seguido de nh: cedidos de ditongo.
caído, país, miúdo, baús, ruim (com m não acentuamos), sair, Lembre-se: só muda na penúltima sílaba:
Saul, tainha, moinho, xiita, Piauí (Pi-au-í), tuiuiú (tui-ui-ú). sau-í-pe (velha) → sau-i-pe (nova regra)
bo-cai-ú-va (velha) → bo-cai-u-va (nova regra)
Outros na nova regra:
bai-u-ca, fei-u-ra.
Cuidado!
Em friíssimo e seriíssimo temos proparoxítonas. É outra regra. Note que o acento dessas palavras desaparece da penúltima
Não é a regra do hiato com i ou u. sílaba após ditongo.
Atenção:
Em Pi-au-í e tui-ui-ú, o acento está na sílaba final. Não muda nada.

Cuidado!
Em fri-ís-si-mo, se-ri-ís-si-mo, pe-rí-o-do continuamos tendo pro-
paroxítonas acentuadas. Não é a regra do hiato com i ou u.

Velha Ortografia Nova Ortografia


Trema ( ¨ ) O trema está extinto das palavras portuguesas e aportu-
Era usado sobre a semivogal u antecedida de g ou q, e seguida guesamentos. Lembre que a pronúncia continua a mesma.
de e ou i: O acordo é só ortográfico.
seqüela, tranqüilo, agüenta, argüir, argüir, delinqüir, tranqüilo,
Língua Portuguesa

cinqüenta, agüentar, pingüim, seqüestro, qüinqüênio. Porém, é mantido o trema em nomes próprios estrangeiros e
seus derivados:
Obs.: Quando temos vogal u tônica, nesses grupos, surge um Müller, mülleriano, Hübner, hübneriano, Bündchen.
acento agudo diferencial:
obliqúes, apazigúe, argúi, averigúe. Atenção:
Como o trema foi extinto, então perdeu o acento o u tônico de
formas verbais rizotônicas (com acento na raiz) quando parte
dos grupos que e qui, gue e gui:
obliques, apazigue, argui, averigue.

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Acento Diferencial Acento Diferencial
Morei no Pará. → oxítona final “a”, nome do Estado. Regra básica. Fica extinto na penúltima sílaba (palavras paroxítonas homó-
Vou para casa. → paroxítona final “a” não tem acento pela regra grafas):
básica. para (verbo) x para (prep.); coa, coas (verbo) x coa, coas (com
Pára com isso. → paroxítona final “a” não deveria ter acento +a); pelo, pelos (subst.), pelo (verbo) x pelo, pelos (per + o);
pela regra básica, mas recebe acento para diferenciar a forma pela, pelas (subst. ou verbo) x pela, pelas (per + a; arcaico);
verbal “pára” e a preposição “para”. polo, polos [filhote de gavião], polo, polos [extremidade] (subs-
tantivos) x polo, polos (por + o; arcaico); pera (subst.) x pera (=
Lista de palavras com acento diferencial: para; arcaico).
pára (verbo) x para (prep.); côa, côas (verbo) x coa, coas (com
+a); pêlo, pêlos (subst.), pélo (verbo) x pelo, pelos (per + o); péla,
pélas (subst. ou verbo) x pela, pelas (per + a; arcaico); pôlo, pôlos Entretanto, é mantido pôde e pôr. Além desses, também ficam
[filhote de gavião], pólo, pólos [extremidade] (substantivos) x mantidos têm e tem, vêm e vem.
polo, polos (por + o; arcaico); pêra (subst.) x pera (= para; arcai- pôde (passado) x pode (presente); pôr (verbo) x por (prep.); têm
co), mas peras (plural da fruta “pêra”). (eles), tem (ele); vêm (eles), vem (ele).

Atenção:
Para os verbos ter, vir e derivados: têm (eles), tem (ele), vêm
(eles), vem (ele).

Cuidado com pôde (passado) e pode (presente).

Atenção! 4. A acentuação das palavras arquitetônico, hábitos, invó-


Apesar de não serem obrigatórias, as novas regras podem lucro, hóspede, íntima e âmago atende a uma mesma
ser objeto de questões que perguntem qual palavra será regra, já que todas essas palavras são proparoxítonas.
modificada com o novo acordo ortográfico. As regras ve-
lhas valem até 31/12/2015, segundo o Decreto nº 7.875, 5. As palavras abundância, quilômetros, território, climá-
de 27/12/2012. ticas, árida, biogeográficas e ecológicas estão grafadas
Então, estude as regras antigas e saiba o que muda com com acento agudo porque são todas proparoxítonas.
as novas.
6. Pôde é uma palavra que leva acento a fim de indicar ao
Curiosidade! leitor que se trata do pretérito perfeito e não da forma
O caso da proparoxítona eventual pode, do presente do indicativo; o vocábulo abaixo que
Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente recebe acento obrigatoriamente é:
(semivogal + vogal) podem ser pronunciadas como se fosse a) Numero.
hiato no final. b) egoista.
História → duas pronúncias: his-tó-ria ou his-tó-ri-a c) sede.
Vácuo → duas pronúncias: vá-cuo ou vá-cu-o d) ate.
Cárie → duas pronúncias: cá-rie ou cá-ri-e e) segredo.
Colégio → duas pronúncias: co-lé-gio ou co-lé-gi-o
7. (Funiversa/CEB/Administrador) Assinale a alternativa
E com hiato final, tais palavras são chamadas proparoxí- em que todas as palavras são acentuadas pela mesma
tonas eventuais. As duas pronúncias são aceitas. A pronúncia razão.
como hiato no final atende ao uso regional de Portugal. Note a) Brasília, prêmios, vitória.
bem: são duas pronúncias, mas apenas uma separação si- b) elétrica, hidráulica, responsáveis.
lábica correta (como ditongo final). c) sérios, potência, após.
d) Goiás, já, vários.
EXERCÍCIOS e) Solidária, área, após.
Acentuação com a velha ortografia. 8. (Funiversa/Sejus/Atendente de Reintegração Social)
Assinale a alternativa que contenha apenas palavras
Julgue C (certo) ou E (errado). acentuadas pela aplicação da mesma regra de acentu-
1. Está correto o seguinte agrupamento de palavras do
ação gráfica.
texto pela regra de acentuação:
a) Assistência, públicas, após.
• Regra das proparoxítonas: Sócrates/genética/físico.
b) políticas, referência, jurídica.
• Regra das paroxítonas terminadas em ditongo cres-
cente: contrário/ caráter/ suicídio/ compulsório/ sá- c) caráter, saúde, após.
bios/ gênios/ tédio/ ciência/ própria/ experiência/ d) jurídica, responsável, públicas.
Língua Portuguesa

equilíbrio. e) referência, beneficiários, indivíduo.


• Regra das oxítonas: você/ está/ também.
• Regra dos monossílabos tônicos: há. 9. (Funiversa/Terracap/Técnico Administrativo) As palavras
crítica, irônica e saudável têm o acento gráfico justifi-
2. Os vocábulos têm e também seguem a mesma regra cado pela mesma regra.
de acentuação. 10. (Funiversa/Sejus/Administrador) As palavras país, físico
3. As palavras paroxítonas língua e discórdia são acentua­ e presídios são acentuadas pela mesma razão: o acento
das porque terminam em ditongo. recai sobre a vogal i.

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11. (Funiversa/Terracap/Administrador) A palavra quê, na • Sujeito composto de núcleos sinônimos (ou quase) ou em
frase “Paixonite é uma inflamação do quê?”, aparece gradação. Verbo no plural ou conforme o núcleo próximo.
acentuada porque está inserida em uma pergunta. A alegria e o contentamento rejuvenescem. Ou:
A alegria e o contentamento rejuvenesce.
12. (Funiversa/HFA/Assistente Técnico Administrativo) A
Os EUA, a América, o mundo lembraram ontem o Onze de
sílaba tônica da palavra recordes é a penúltima, assim
Setembro. Ou:
como ocorre na palavra executivos.
Os EUA, a América, o mundo lembrou ontem o Onze de
Setembro.
Responda às questões 13 a 17 conforme as novas regras de
acentuação. • Núcleos no infinitivo, verbo no singular.
Obs.: artigo e contrários, verbo no plural.
13. Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acen- Cantar e dançar relaxa.
tuado: Obs.: O cantar e o dançar relaxam.
a) hífen. Subir e descer cansam.
b) hífens.
c) itens. • Sujeito = mais de, verbo de acordo com o numeral.
d) rítmo. Obs.: repetição ou reciprocidade, só plural.
e) ítem. Mais de um político se corrompeu.
Mais de dois políticos se corromperam.
14. Assinale a alternativa que completa corretamente as Obs.: Mais de um político, mais de um empresário se cor-
frases: romperam. Mais de um político se cumprimentaram.
I – Normalmente ela não ... em casa.
II – Não sabíamos onde ... os discos. • Sujeito coletivo, partitivo ou percentual, verbo concorda
III – De algum lugar ... essas ideias. com o núcleo do sujeito ou com o adjunto.
a) pára / pôr / provém Obs.: coletivo distante do verbo fica no singular ou no plural.
b) para / pôr / provém O bando assaltou a cidade (assaltar, no passado).
c) pára / por / provêem O bando de meliantes assaltou ou assaltaram a cidade.
d) para / pôr / provêm A maior parte das pessoas acredita nisso. Ou:
e) para / por / provém A maior parte das pessoas acreditam nisso.
A maior parte acredita.
15. Assinale a alternativa onde aparecem os vocábulos que Oitenta por cento da turma passaram ou passou.
completem corretamente as lacunas dos períodos: Obs.: O povo, apesar de toda a insistência e ousadia, não
I – Os professores ... seus alunos constantemente. conseguiu ou conseguiram evitar a catástrofe.
II – Temos visto, com alguma ... fatos escandalosos nos
jornais. • Sujeito = pronome pessoal preposicionado
III – Estudam-se as ... da questão social. a) núcleo singular, verbo singular.
a) arguem / freqüência / raízes Algum de nós errou. Qual de nós passou.
b) argúem / freqüência / raízes b) núcleo plural, verbo plural ou com o pronome pessoal.
c) arguem /freqüência / raízes Alguns de nós erraram ou erramos. Quais de nós
d) argüem /freqüência / raízes erraram ou erramos.
e) arguem / frequência / raízes
• Sujeito = nome próprio que só tem plural
GABARITO a) Não precedido de artigo, verbo no singular.
Estados Unidos é uma potência. Emirados Árabes fica
1. E 4. C 7. a 10. E no Oriente Médio.
2. E 5. E 8. e b) precedido de artigo no plural, verbo no plural.
3. C 6. b 9. E Os Estados Unidos são uma potência. Os Emirados Ára-
bes ficam no Oriente Médio.
11. E. Trata-se de substantivo monossílabo tônico. Note
o artigo. Isso substantiva a palavra. Lembre-se de que • Parecer + outro verbo no infinitivo, só um deles varia.
substantivos são palavras significativas por si mesmas. Os alunos parecem gostar disso. Ou:
Monossílabo tônico tem sentido próprio. Os alunos parece gostarem disso.

12. C 13. a 14. d 15. e • Pronome de tratamento, verbo na 3ª pessoa.


Vossas Excelências receberão o convite.
Vossa Excelência receberá seu convite.
CONCORDÂNCIA VERBAL
• Sujeito = que, verbo de acordo com o antecedente.
Língua Portuguesa

• Sujeito composto com pessoas gramaticais diferentes.


Fui eu que prometi.
Verbo no plural e na pessoa de número mais baixo.
Carlos, eu e tu vencemos. Foste tu que prometeste.
Carlos e tu vencestes ou venceram. Foram eles que prometeram.

• Sujeito composto posposto ao verbo. Verbo no plural ou • Sujeito = quem


de acordo com o núcleo mais próximo. a) verbo na 3ª pessoa singular; ou
Vencemos Carlos, eu e tu. Ou: Fui eu quem prometeu. (prometer, passado)
Venceu Carlos, eu e tu. Foste tu quem prometeu. Foram eles quem prometeu.

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b) verbo concorda com o antecedente. 1. (TRT 1ª R/Analista) Julgue os fragmentos de texto apre-
Fui eu quem prometi. Foste tu quem prometeste. Foram sentados nos itens a seguir quanto à concordância verbal.
eles quem prometeram. I – De acordo com o respectivo estatuto, a proteção
à criança e ao adolescente não constituem obrigação
• Dar, bater, soar exclusiva da família.
a) Se o sujeito for número de horas, concordam com nú- II – A legislação ambiental prevê que o uso de água para
mero. o consumo humano e para a irrigação de culturas de
Deu uma hora. Deram duas horas. subsistência são prioritários em situações de escassez.
Soaram dez horas no relógio. III – A administração não pode dispensar a realização
b) Se o sujeito não for número de horas. do EIA, mesmo que o empreendedor se comprometa
O relógio deu duas horas. Soou dez horas no relógio. expressamente a recuperar os danos ambientais que,
porventura, venham a causar.
• Faltar, restar, sobrar, bastar, concordam com seu sujeito IV – A ausência dos elementos e requisitos a que se
normalmente. referem o CPC pode ser suprida de ofício pelo juiz, em
Obs.: sujeito oracional, verbo no singular. qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não for
Faltam cinco minutos para o fim do jogo. proferida a sentença de mérito.
Restavam apenas algumas pessoas.
Sobraram dez reais. A quantidade de itens certos é igual a
Basta uma pessoa. a) 0.
Obs.: Ainda falta depositar dez reais. (note o sujeito ora- b) 1.
cional) c) 2
d) 3.
• Com os verbos mandar, deixar, fazer, ver, ouvir e sentir e) 4.
a) seguidos de pronome oblíquo, o infinitivo não se fle-
xiona. Obs.: 1
Mandei-os sair da sala. Ele deixou-as falar. O professor Depois que o primeiro núcleo do sujeito já está escrito,
viu-os assinar o papel. Eu os senti bater à porta. o segundo que houver deve estar escrito ou representado
b) seguidos de substantivo, o infinitivo pode se flexionar por um pronome.
O uso de água e o de combustível são prioritários. (dois
ou não.
núcleos)
Mandei os rapazes sair ou saírem. Ele deixou as amigas
Veja a repetição do “o”. O segundo é pronome. Sem
falar ou falarem. O professor viu os diretores assinar ou
preposição. É núcleo.
assinarem.
Mas em: O uso de água e de combustível é prioritário.
c) seguidos de infinitivo reflexivo, este pode se flexionar
(um só núcleo = uso)
ou não.
Cuidado: Na locução verbal, o infinitivo é impessoal Obs.: 2
(sem variação). O pronome relativo pode exercer a função de sujeito,
Vi-os agredirem-se no comício. Ou: Vi-os agredir-se no de objeto, de complemento etc., sempre dentro da oração
comício. Ele prefere vê-las abraçarem-se ou abraçar-se. adjetiva.
Cuidado: Os números da fome podem ficar piores. (fi-
carem: errado) Cuidado!
O pronome relativo refere-se a um termo antes, mas
• Concordância especial do verbo ser. esse termo faz parte de outra oração. O termo referido pre-
a) se sujeito indica coisa no singular, e predicativo indica enche, supre apenas o sentido. Esse termo referido não é o
coisa no plural, ser prefere o plural, mas admite o sin- sujeito, o objeto etc. da oração subordinada adjetiva.
gular. A casa / que comprei / era velha.
Tua vida são essas ilusões. (presente). Ou: Tua vida é
essas ilusões. Oração principal: A casa era velha
b) se sujeito ou predicativo for pessoa, ser conforme a Sujeito = A casa
pessoa. Oração subordinada adjetiva: que comprei
Você é suas decisões. Seu orgulho eram os velhinhos. Sujeito = eu
O motorista sou eu. Ou: Eu sou o motorista. Objeto direto (sintático) = que
c) data, hora e distância, verbo conforme o numeral.
É primeiro de junho. (presente) São ou é quinze de maio. Atenção:
É uma hora. São vinte para as duas. É uma légua. São Somente o sentido é que nos leva a ver que: comprei a casa.
três léguas. Porém, o pronome relativo está no lugar da casa. O pronome
d) indicando quantidade pura, verbo na 3ª pessoa singular. relativo é o objeto sintático.
Quinze quilos é pouco. Três quilômetros é suficiente. Podemos chamar de objeto semântico o termo “A casa”,
Língua Portuguesa

mas apenas pelo sentido, jamais pela análise sintática. A aná-


EXERCÍCIOS lise sintática deve ser feita dentro de cada oração.

Regra Básica (TCU) “Se virmos o fenômeno da globalização sob esta luz,
creio que não poderemos escapar da conclusão de que o pro-
O núcleo do sujeito conjuga o verbo. cesso é totalmente coerente com as premissas da ideologia
econômica que têm se afirmado como a forma dominante
Dica: de representação do mundo ao longo dos últimos 100 anos,
Núcleo do sujeito começa sem preposição. aproximadamente.”

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2. A forma verbal “têm” em “têm se afirmado” estabele- 19. ( ) Haverão dois meses que não o vejo.
ce relação de concordância com o termo antecedente 20. ( ) Jamais pode haver incoerências no texto.
“ideologia”. 21. ( ) Jamais podem haver incoerências no texto.
3. Qual é o sujeito sintático de “têm”? 22. ( ) Jamais podem existir incoerências no texto.
4. Qual é o sujeito semântico de “têm”? 23. ( ) Jamais pode existir incoerências no texto.
5. Qual é a função sintática de “as premissas da ideologia”? 24. ( ) Haviam sido eleitos novos presidentes.
25. ( ) Havia sido eleito novos presidentes.
(TCU) “Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no
mês seguinte cinquenta e cinco; em março de 1877 contava Julgue os fragmentos de texto apresentados nos itens a se-
quatrocentas e noventa.” guir quanto à concordância verbal.
6. O verbo ter está empregado no sentido de haver, existir,
por isso mantém-se no singular, sem concordar com o 26. (TRT 9ª R) Na redação da peça exordial, deve haver indi-
sujeito da oração – “vinte aranhas”. cações precisas quanto à identificação das partes bem
como do representante daquele que figurará no polo
Obs.: Verbo sem sujeito chama-se verbo impessoal. ativo da eventual ação.
A regra é ficar na 3ª pessoa do singular. Ver verbo haver.
(TCU) “O melhor é afrouxar a rédea à pena, e ela que vá
“Novos instrumentos vêm ocupar o lugar dos instrumentos andando, até achar entrada. Há de haver alguma”.
27. Na expressão Há de haver verifica-se o emprego impes-
velhos e passam a ser utilizados para fazer algo que nunca
soal do verbo haver na forma “Há”.
tinha sido imaginado antes.”
7. É gramaticalmente correta e coerente com a argumen-
(DFTrans) “As estradas da Grã-Bretanha tinham sido cons-
tação do texto a seguinte reescrita para o período final:
truídas pelos romanos, e os sulcos foram escavados por car-
Cada novo instrumento que vêm ocupar o lugar dos ins- ruagens romanas”.
trumentos antigos passam a ser utilizados para fazer algo 28. Devido ao valor de mais-que-perfeito das duas formas
que ainda não fôra imaginado. verbais, preservam-se a coerência textual e a correção
gramatical ao se substituir “tinham sido” por havia sido.
“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar
o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, (PMDF) “Jamais houve tanta liberdade e o crescimento das
temia que me abordasse para conversar sobre o filho.” democracias foi extraordinário”.
8. A forma verbal “temia” concorda com o sujeito de tercei- 29. A substituição do verbo impessoal haver, na sua forma
ra pessoa do singular ele, que foi omitido pelo narrador. flexionada “houve”, pelo verbo pessoal existir exige
que se faça a concordância verbal com “liberdade” e
9. A substituição de “teria” por teriam não altera o sentido “crescimento”, de modo que, fazendo-se a substituição,
nem a adequação gramatical do trecho “o valor de suas deve-se escrever existiram.
casas, que serviam de garantia para os empréstimos,
teria de continuar subindo indefinidamente”. (Abin) “Melhorar o mecanismo de solução de controvérsias
é um dos requisitos para o fortalecimento do Mercosul, vide
Regras Especiais as últimas divergências entre Brasil e Argentina”.
30. Mantém-se a obediência à norma culta escrita ao se
Verbo haver com sujeito. substituir a palavra “vide” por haja visto, uma vez que
Eles haviam chegado. as relações sintáticas permanecem sem alteração.

Verbo haver sem sujeito tem o sentido de existir, acon- Outros Verbos Impessoais
tecer ou tempo decorrido.
Verbo fazer indicando tempo ou clima.
Regra:
Verbo sem sujeito (impessoal) fica no singular (3ª pessoa). 31. (Metro-DF) Assinale a opção correspondente ao período
Aqui havia uma escola. → Aqui existia uma escola. gramaticalmente correto.
uma escola = objeto direto a) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
uma escola = sujeito mas até agora eles não tem nenhum resultado con-
clusivo.
Aqui havia duas escolas. → Aqui existiam duas escolas. b) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas. En-
Cuidado: Aqui haviam duas escolas. (errado) tretanto, até agora, eles não têm nenhum resultado
conclusivo.
Obs.: O verbo haver no sentido de existir é invariável. c) Fazem dez anos que eles iniciaram as suas pesquisas,
mas, até agora eles não têm nenhum resultado con-
Certo ou errado? clusivo.
10. ( ) Na sala, havia vinte pessoas. d) Faz dez anos que eles iniciaram suas pesquisas en-
Língua Portuguesa

11. ( ) Na sala, haviam vinte pessoas. tretanto, até agora, eles não tem nenhum resultado
12. ( ) Na sala, existiam vinte pessoas. conclusivo.
13. ( ) Na sala, existia vinte pessoas.
14. ( ) No carnaval, houve menos acidentes. Sujeito com Núcleo Coletivo, Partitivo ou Percentual
15. ( ) No carnaval, houveram menos acidentes.
16. ( ) No carnaval, ocorreram menos acidentes. Regra:
17. ( ) No carnaval, ocorreu menos acidentes. O núcleo conjuga o verbo, ou o adjunto adnominal
18. ( ) Haverá dois meses que não o vejo. conjuga o verbo.

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(Ibram-DF) “Um caso de amor e ódio. A maioria dos estudio- “Palavra puxa palavra, uma ideia traz outra, e assim se faz
sos evita os clichês como o diabo foge da cruz, mas as frases um livro, um governo, ou uma revolução”.
feitas dão o tom do uso da língua.” 39. No trecho “assim se faz um livro”, a expressão “um livro”
32. No segundo período do texto, a forma verbal “evita”, em- exerce a função de sujeito.
pregada no singular, poderia ser substituída pela forma
flexionada no plural, evitam, caso em que concordaria Atenção:
com “estudiosos”, sem que houvesse prejuízo gramatical Com a palavra se, o verbo de ação não tem objeto direto.
para o período. Quando temos a palavra se, o objeto direto vira sujeito pacien-
te. Então, chamamos a palavra se de partícula apassivadora.
(MPU) “A maioria dos países prefere a paz.”
33. Está de acordo com a norma gramatical escrever “pre- “Acho que se compreenderia melhor o funcionamento da
ferem”, em lugar de “prefere”. linguagem supondo que o sentido é um efeito do que di-
zemos, e não algo que existe em si, independentemente
(PF) “Hoje, 13% da população não sabe ler.” da enunciação, e que envelopamos em um código também
34. A forma verbal “sabe”, no texto, está flexionada para pronto. Poderiam mudar muitas perspectivas: se o senti-
concordar com o núcleo do sujeito. do nunca é prévio, empregar ou não um estrangeirismo
teria menos a ver com a existência ou não de uma palavra
(PCDF) “Uma equipe de policiais está junta por dez anos e equivalente na língua do falante. O que importa é o efeito
aprenderam a investigar.” que palavras estrangeiras produzem. Pode-se dar a enten-
35. Está adequada à norma culta a redação do texto. der que se viajou, que se conhecem línguas. Uma palavra
estrangeira em uma placa ou em uma propaganda pode
(TCU) “Os meus pupilos não são os solários de Campanela indicar desejo de ver-se associado a outra cultura e a outro
ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que país, por seu prestígio.”
não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares.” 40. Para se manter o paralelismo com o primeiro e o último
36. A forma verbal “formam” está flexionada na 3ª pessoa períodos sintáticos do texto, o segundo período também
do plural para concordar com a ideia de coletividade admitiria uma construção sintática de sujeito indeter-
que a palavra “povo” expressa. minado, podendo ser alterado para Poderia se mudar
muitas perspectivas.
Cuidado com a exceção!
Atenção:
Quando o núcleo coletivo, partitivo ou percentual está
Muito cuidado com as duas opções de análise! Em lo-
após o verbo, somente o núcleo conjuga o verbo.
cução verbal com a palavra SE na função de partícula apas-
sivadora, podemos analisar como sujeito simples nominal,
(Iema-ES) “Quando se constrói um transgênico, os objetivos
(regra: o núcleo conjuga o verbo) ou como sujeito oracional,
são previsíveis, bem como seus benefícios. Entretanto, os
(regra: o verbo fica no singular).
riscos de efeitos indesejáveis ao meio ambiente e à saúde
humana são imprevisíveis, a não ser que se gere também 41. A flexão de plural em lugar de “Pode-se” respeita as
uma série de estudos para avaliar suas reais consequências.” regras de concordância com o sujeito oracional “dar a
37. Seria mantida a correção gramatical do período caso a entender”.
forma verbal “gere” estivesse flexionada no plural, em
concordância com a palavra “estudos”. Regra:
Sujeito oracional pede verbo no singular.
Sujeito com Núcleos Sinônimos ou Quase Cantar e dançar relaxa. (certo) => O sujeito de “relaxa”
é oração: cantar e dançar.
Regra: Cantar e dançar relaxam (errado).
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo
próximo conjuga o verbo. Atenção:
A paz e a tranquilidade descansam a alma. Caso os verbos do sujeito oracional expressem sentidos
A paz e a tranquilidade descansa a alma. opostos, teremos plural.
Subir e descer cansam. (certo) => Note os opostos: subir
(Abin) “A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e descer.
e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Subir e descer cansa. (errado)
permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a atividade de
Inteligência.” Verbo no Infinitivo
38. Como o sujeito do primeiro período sintático é formado
por duas nominalizações articuladas entre si pelo sentido Regra 1:
Como verbo principal, não pode ser flexionado.
Língua Portuguesa

– “criação” e “consolidação” –, estaria também gramati-


calmente correta a concordância com o verbo permitir Temos de estudarmos. (errado)
no singular – permite. Temos de estudar. (certo)

Sujeito Composto Escrito após o Verbo Observe:


Os países precisam investir em novas tecnologias e oti-
Regra: mizarem os processos burocráticos. (errado)
Os núcleos conjugam o verbo no plural, ou o núcleo Os países precisam investir em novas tecnologias e oti-
próximo conjuga o verbo. mizar os processos burocráticos. (certo)

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Note: Mandei-os abraçar-se. (certo)
Subentendemos “precisam” antes de “otimizar”. Então, Mandei-os abraçarem-se. (certo também)
“otimizar” é verbo principal. Forma locução verbal. Note que o sentido de “abraçar” é fazer ação um ao
outro (recíproca).
Dica:
O verbo principal é o último da locução verbal. O pri- (MI) “A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio,
meiro é auxiliar. Conforme o padrão da Língua Portuguesa, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes
só o verbo auxiliar se flexiona. para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar
vir da Europa alguns pássaros etc.”
Regra 2: 45. Em “mandar vir da Europa alguns pássaros”, a forma
Como verbo que complementa algum termo, o infinitivo verbal “vir” poderia concordar com a expressão nominal
pode se flexionar ou não. É facultativo. Claro que precisa se “alguns pássaros”, que é o sujeito desse verbo.
referir, pelo menos, a um sujeito semântico no plural.
Regra 4:
(TRT 9ª R) “E a crise norte-americana, que levou investidores Infinitivo após o verbo parecer.
a apostar no aumento dos preços de alimentos em fundos
de hedge.” Regra:
42. No trecho “que levou investidores a apostar no aumento Flexionamos o verbo parecer, mas não o verbo no infini-
dos preços de alimentos em fundos de hedge”, a substi- tivo; ou deixamos o verbo parecer no singular e flexionamos
tuição de “apostar” por apostarem manteria a correção o verbo no infinitivo.
gramatical do texto. Os meninos parecem brincar. (certo)
Os meninos parece brincarem. (certo também)
(Iema-ES) “O Ibama tem capacitado seus quadros para au-
xiliar as comunidades a elaborarem o planejamento do uso Atenção:
sustentável de áreas de proteção ambiental, florestas nacio- Somente quando flexionamos apenas o verbo auxiliar é
nais e reservas extrativistas.” que se pode considerar de fato uma locução verbal.
43. Se a forma verbal “elaborarem” estivesse no singular Os meninos parecem brincar.
elaborar, a correção gramatical seria preservada.
Portanto, não temos locução verbal em
(HFA) “Essa fartura de tal modo contrasta com o padrão de Os meninos parece brincarem.
vida médio, que obriga aquelas pessoas a se protegerem Trata-se de uma figura de linguagem de ordem sintáti-
do assédio, do assalto e da inveja, sob forte esquema de ca que consiste em antepor a uma oração parte da oração
segurança.” seguinte (prolepse).
44. Se o infinitivo em “se protegerem” fosse empregado, Traduzindo: a oração subordinada substantiva subjetiva
alternativamente, na forma não flexionada, o texto man- tem seu sujeito escrito antes do verbo da oração principal,
teria a correção gramatical e a coerência textual. mas o predicado da oração subordinada substantiva subjetiva
permanece após o verbo da principal.
Regra 3:
Muita atenção com os verbos causativos mandar, fazer, Os meninos parece brincarem. É o mesmo que, na ordem
deixar e semelhantes e os sensitivos ver, ouvir, notar, per- direta: Os meninos brincarem parece.
ceber, sentir, observar e semelhantes. Oração principal: parece.
Esses verbos não são auxiliares do infinitivo, ou seja, não Oração subordinada substantiva subjetiva: Os meninos
formam locução verbal como verbo principal do infinitivo. brincarem.
É simples: basta ver que o sujeito de um, geralmente,
não é o mesmo do outro. E verbos que formam locução Regra especial do verbo ser.
verbal devem possuir o mesmo sujeito sintático.
Sujeito “Ser” varia Predicativo
Vejamos as regras em três situações diferentes:
a) O sujeito do infinitivo é representado por substantivo.
Regra: Coisa Singular Singular ou Plural Coisa Plural
A flexão do infinitivo é opcional. Obs.: o plural é preferível.
Mandei os meninos entrar. (certo) Seu orgulho são os livros.
Mandei os meninos entrarem. (certo também) Seu orgulho é os livros.
b) O sujeito do infinitivo é representado por pronome. Cuidado!
Regra: Se o plural vier primeiro, somente verbo no plural.
A flexão do infinitivo é proibida. Os livros são seu orgulho.
Mandei-os entrar. (certo)
Coisa Com a Pessoa Pessoa
Língua Portuguesa

Mandei-os entrarem. (errado)


Obs.: a ordem não importa.
Observação: Seu orgulho eram os filhos.
Note o pronome “OS” no lugar de “os meninos”. Os filhos eram seu orgulho.
As alegrias da casa será Gabriela.
c) O sentido do infinitivo é de reciprocidade. Gabriela será as alegrias da casa.
Regra: Sem Sujeito Com o Numeral Hora
A flexão volta a ser opcional, mesmo que o sujeito Distância
do infinitivo seja representado por pronome. Data

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São nove horas. Acordo e relação diplomática / diplomáticos
Eram vinte para a uma da tarde. Proposta e relação diplomática / diplomáticas
É uma e quarenta da manhã. Relação e acordos diplomáticos
Até lá são duzentos quilômetros.
Adjetivo + Substantivo
Obs.: nas datas, o núcleo do predicativo conjuga o verbo. Adjetivo concorda com substantivo mais próximo.
Hoje são 19. Novo acordo e relação, nova relação e acordo.
Amanhã serão 20.
É dia 20. Substantivo + Adjetivos
(núcleo = dia) Artigo e substantivo no plural + adjetivos no singular.
Artigo e substantivo no sing. + adjetivos no sing. (2º com
Quantidade pura Singular Nada
artigo)
Pouco
As embaixadas brasileira e argentina.
Bastante...
A embaixada brasileira e a argentina.
Dois litros é bastante. O mercado europeu e o americano.
Vinte milhões de reais é muito. Os mercados europeu e americano.
Três quilômetros será suficiente.
Quinze quilos é pouco. Ordinais + Substantivo
Ordinais com artigo => substantivo no singular ou no plural.
(PMDF) “Antes da Revolução Industrial, um operário só pos- Só o 1º ordinal com artigo => substantivo no plural.
suía a roupa do corpo. Sua maior riqueza eram os pregos O penúltimo e o último discurso / discursos
de sua casa.” O penúltimo e último discursos.
46. A flexão de plural na forma verbal “eram” deve-se à
concordância com “os pregos”; mas as regras gramaticais É bom, é necessário, é proibido
permitiriam usar também a flexão de singular, era. Não variam com sujeito em sentido vago ou geral (sem
artigo definido, pronome...)
GABARITO É necessário aprovação rápida do acordo.
É necessária a aprovação rápida do acordo.
1. a 20. C
2. E 21. E Um e outro, nem um nem outro
3. que, pronome relativo 22. C Substantivo seguinte no singular, adjetivo no plural.
com função de sujeito 23. E Um e outro memorando foi encaminhado.
sintático. 24. C O governo não aprovou nem uma nem outra medida
4. As premissas da ideolo- 25. E provisória.
gia econômica, referen- 26. C
te do pronome relativo. 27. C Particípio
5. Complemento nominal 28. E Só não varia nos tempos compostos (com ter ou haver)
do adjetivo “coerente”. 29. E – voz ativa.
6. E 30. E O Ministério havia obtido informações.
7. E 31. b Informações foram obtidas. Terminada a conferência,
8. E 32. C procedeu-se ao debate.
9. E 33. C
7. C 34. E
De + Adjetivo
8. C 35. E
Adjetivo não varia ou concorda com termo a que se refere.
9. E 36. E
Essa decisão tem pouco de sábio / de sábia.
10. C 37. E
11. E 38. E
Meio, bastante, barato e caro
12. C 39. C
13. E 40. E Variam quando adjetivos (modificam substantivo).
14. C 41. E Não variam quando advérbios (modificam verbo ou ad-
15. E 42. C jetivo).
16. C 43. C Bastantes índios invadiram o Ministério. Reivindicações
17. E 44. C de meias palavras, porém protestos meio confusos.
18. C 45. C Atendê-las custa caro, pois não são baratos os prejuízos.
19. E 46. C
Possível
O mais, o menos, o maior... + possível.
CONCORDÂNCIA NOMINAL Os mais, os menos, os maiores... + possíveis.
Quanto possível não varia.
Língua Portuguesa

Regra Geral Haverá reuniões o mais curtas possível.


Haverá reuniões as mais curtas possíveis.
Adjetivo concorda com substantivo As reuniões serão tão curtas quanto possível.
Acordo diplomático, relação diplomática, acordos diplo-
máticos, relações diplomáticas. Só
Varia = sozinho.
Substantivos + Adjetivo Não varia = somente.
Adjetivo concorda com substantivo mais próximo ou com Não estamos sós na sala.
todos. No plural, o masculino prevalece sobre o feminino. Só nós estamos na sala.

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Variam 21. O vocábulo meio é um advérbio, por isso não concorda
• Mesmo, próprio com cômica.
Os membros mesmos / próprios ignoram a solução.
• mesmo = realmente ou até: não varia “Existe toda uma hierarquia de funcionários e autoridades re-
A solução será mesmo essa. presentados pelo superintendente da usina, o diretor-geral,
Mesmo os membros criticaram. o presidente da corporação, a junta executiva do conselho
• extra de diretoria e o próprio conselho de diretoria.”
As horas extras serão pagas.
22. Com relação à norma gramatical de concordância, o
• quite
Os servidores estão quites com suas obrigações. autor poderia ter usado, sem incorrer em erro, a forma
• nenhum funcionários e autoridades representadas.
Não entregaremos propostas nenhumas.
• obrigado “Não podia tirar os olhos daquela criatura de quatorze anos,
– Obrigada, disse a secretária. alta, forte e cheia, apertada em um vestido de chita, meio
• anexo, incluso desbotado.”
As planilhas estão anexas / inclusas. 23. No texto lido seria gramaticalmente correta a construção
Em anexo não varia apertada em uma roupa de chita, meia desbotada.
As planilhas estão em anexo.
• todo (Iades) “Oitenta e cinco por cento dos casos estudados foram
As regras todas foram estabelecidas. muito bem-sucedidos”.
24. O verbo ser, conjugado como “foram”, pode ser empre-
Não variam
gado também no singular.
• alerta
Os vigias do prédio estão alerta.
• menos (Iades) “O fundamental é não morrer de fome e ver supridas
Essas eram nações menos desenvolvidas. certas necessidades básicas”.
• haja vista 25. O termo “supridas” poderia ser usado no masculino
Haja vista as negociações, os americanos não cederão. singular, sem prejuízo gramatical.
• em via de
Os europeus estão em via de superar os americanos. (Iades) “Essa é uma questão delicada, daí a importância que
• em mão se tenha clareza sobre ela, pois, quando se trabalha com a
Entregue em mão os convites. política de assistência social nos espaços”,
• a olhos vistos 26. O verbo “trabalha” poderia ser usado no plural, sem
A reforma agrária cresce a olhos vistos. prejuízo gramatical.
• de maneira que, de modo que, de forma que
Os ouvintes silenciaram, de maneira que estão do nosso (Funiversa/Terracap) “São emissoras transmitidas de qual-
lado.
quer país que passe pela nossa mente – e alguns outros de
• cor com nome proveniente de objeto
Papéis rosa, tecidos abóbora. Carros vinho. cuja existência sequer desconfiávamos.”
27. A forma verbal “passe”, se usada no plural, provocaria
EXERCÍCIOS mudança inaceitável de sentido, uma vez que remeteria
a emissoras, e não mais a país.
Julgue os itens seguintes quanto à concordância nominal.
1. É proibida entrada de pessoas não autorizadas. (Funiversa/Terracap) “Já existem vários portais ativos e em
2. Fica vedada visita às segundas-feiras. crescimento que disponibilizam para o internauta canais de
3. Os consumidores não somos nenhuns bobocas. televisão. O wwitv, por exemplo, oferece atualmente nada
4. Traga cervejas o mais geladas possível. menos de 1.827 estações on-line (número de 4 de dezembro,
5. Houve menas gente no comício hoje. crescendo à razão de duas por dia). São emissoras transmiti-
6. Vai inclusa à relação o recibo dos depósitos. das de qualquer país que passe pela nossa mente – e alguns
7. Era deserta a vila, a casa, o campo. outros de cuja existência sequer desconfiávamos.”
8. É necessária muita fé. 28. A forma verbal “São” é usada no plural porque concorda
9. Em sua juventude, escreveu bastantes poemas. com o sujeito implícito duas por dia.
10. Ele usava uma calça meia desbotada.
11. A Marinha e o Exército brasileiro participaram do desfile. (Funiversa/Terracap) “Em meio à burocracia oficial, o rock
12. A Marinha e o Exército brasileiros participaram do desfile.
13. Remeto-lhe incluso uma fotocópia do certificado. ocupou o espaço urbano, os parques, as superquadras de
14. O garoto queria ficar a só. Lucio Costa, cresceu e apareceu.”
15. Os Galhofeiros é um ótimo filme dos Irmãos Marx. 29. Os verbos “cresceu” e “apareceu” deveriam vir flexio-
16. Descontado o imposto, restou apenas R$10.000,00. nados no plural para concordar com seus referentes, os
17. Muito obrigada – disse-me ela – eu mesma resolverei o parques e as superquadras.
problema: vou comprar trezentos gramas de presunto.
Língua Portuguesa

18. Necessitam-se de leis mais rigorosas para controlar os GABARITO


abusos dos motoristas inescrupulosos.
19. Já faziam duas semanas que a reunião estava marcada, 1. E 7. C 13. E 19. E 25. E
mas os diretores não compareciam para concretizá-la. 2. C 8. E 14. E 20. E 26. E
20. Senhor diretor, já estamos quite com a tesouraria. 3. C 9. C 15. C 21. C 27. E
4. C 10. E 16. E 22. C 28. E
Julgue os itens seguintes. 5. E 11. C 17. C 23. E 29. E
“Ainda estava sob a impressão da cena meio cômica entre 6. E 12. C 18. E 24. E
sua mãe e seu marido”.

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REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL Verbo Prep. Complemento
obedecer a algo/alguém
Verbos Importantes:
assistir, avisar, informar, comunicar, visar, aspirar, custar, cha- Julgue os itens.
mar, implicar, lembrar, esquecer, obedecer, constar, atender, 35. Os motoristas obedecem o código de trânsito.
proceder. 36. Os motoristas obedecem ao código de trânsito.
37. Eles estudaram o código e o obedecem.
Para as provas de diversas bancas, é importante estudar 38. Eles estudaram o código e lhe obedecem.
e saber a maneira correta de completar esses verbos. 39. Eles estudaram o código e obedecem a ele.
40. O código que eles obedecem é rigoroso.
Verbo Prep. Complemento Sentido 41. O código a que eles obedecem é rigoroso.
Assistir a algo = ver 42. Os funcionários obedecem o chefe.
Assistir (a) alguém = ajudar 43. Os funcionários obedecem ao chefe.
44. Eles ouvem o chefe e o obedecem.
Obs.: Entre parênteses (a) quando for elemento facultativo. 45. Eles ouvem o chefe e lhe obedecem.
46. Eles ouvem o chefe e obedecem a ele.
Julgue os itens a seguir. 47. O chefe que eles obedecem é rigoroso.
1. Ontem, assistimos ao jogo do Vasco. 48. O chefe a que eles obedecem é rigoroso.
2. Ontem, assistimos o jogo do Vasco. 49. O chefe a quem eles obedecem é rigoroso.
3. O bombeiro assistiu o acidentado.
4. O bombeiro assistiu ao acidentado. avisar algo a alguém
5. Foi bom o jogo que assistimos. informar alguém de / algo
6. Foi bom o jogo a que assistimos.
comunicar sobre
7. Foi bom o jogo ao qual assistimos.
8. Foi bom o jogo o qual assistimos.
9. O acidentado que o bombeiro assistiu melhorou. Julgue os itens.
10. O acidentado a que o bombeiro assistiu melhorou. 50. Avise o prazo aos estudantes.
11. O acidentado a quem o bombeiro assistiu melhorou. 51. Avise os estudantes sobre o prazo.
12. O acidentado ao qual o bombeiro assistiu melhorou. 52. Avise do prazo os estudantes.
13. O acidentado o qual o bombeiro assistiu melhorou. 53. Avise aos estudantes o prazo.
54. Avise aos estudantes sobre o prazo.
55. Avise-lhes o prazo.
Verbo Prep. Complemento Sentido 56. Avise-lhes do prazo.
visar a algo = almejar 57. Avise-os do prazo.
visar (a) verbo = almejar 58. Avise-os o prazo.
visar algo/alguém = mirar 59. Avise-o a eles.
60. O prazo que lhes avisei expirou.
Julgue os itens a seguir. 61. O prazo de que lhes avisei expirou.
14. O plano visa o combate da inflação. 62. O prazo de que os avisei expirou.
15. O plano visa ao combate da inflação. 63. O prazo que os avisei expirou.
16. O plano visa combater a inflação. 64. Avisamos-lhe que é feriado.
17. O plano visa a combater a inflação. 65. Avisamos-lhe de que é feriado.
18. O policial visou o sequestrador e atirou. 66. Avisamo-lo que é feriado.
19. O policial visou ao sequestrador e atirou. 67. Avisamo-lo de que é feriado.
20. O combate que o plano visa exige rigor.
21. O combate a que o plano visa exige rigor. Verbo Prep. Complemento Sentido
22. O combate ao qual o plano visa exige rigor.
aspirar a algo = almejar
23. O combate a quem o plano visa exige rigor.
24. O sequestrador que o policial visou fugiu. aspirar algo = respirar, sorver
25. O sequestrador a que o policial visou fugiu.
26. O sequestrador a quem o policial visou fugiu. Julgue os itens.
Obs.: o pronome relativo “quem” sempre é preposicio- 68. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava o ar puro
nado, quando seu papel é complemento. do campo.
27. O sequestrador ao qual o policial visou fugiu. 69. Estava no centro de São Paulo. Ali, aspirava ao ar puro
do campo.
70. Estava na fazenda. Ali, aspirava o ar puro do campo.
Verbo Prep. Complemento Sentido 71. Estava na fazenda. Ali, aspirava ao ar puro do campo.
implicar algo = acarretar  
implicar com alguém = embirrar Verbo Prep. Complemento Sentido
Língua Portuguesa

Julgue os itens. chamar alguém = convidar, invocar


28. A crise implicou em desemprego. chamar (a) alguém = qualificar, atribuir
29. A crise implicou desemprego. característica
30. Ele implica com a sogra.
31. Foi grande o desemprego em que a crise implicou. Julgue os itens.
32. Foi grande o desemprego que a crise implicou. 72. Chamaram o delegado para o evento.
33. O estudo implica vitória. 73. Chamaram ao delegado para o evento.
34. O estudo implica na vitória. 74. Chamaram o delegado de corajoso.

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75. Chamaram ao delegado de corajoso. Julgue os itens.
76. Chamaram corajoso o delegado. 100. O nome do candidato constava na lista de aprovados.
77. Chamaram corajoso ao delegado. 101. O nome do candidato constava da lista de aprovados.
78. Chamaram-lhe corajoso. 102. O relatório consta de dez páginas.
79. Chamaram-lhe de corajoso. 103. O relatório consta com dez páginas.
80. Chamaram-no de corajoso. 104. Tais informações constam.
81. Chamaram-no corajoso. 105. Consta uma multa.
   
Verbo Prep. Complemento Verbo Prep. Complemento Sentido
esqueci algo ou alguém custar adverbial = valor
esqueci-me de algo ou alguém
esqueci-me (de) algo ou alguém Julgue os itens.
106. O carro custa R$20.000,00.
Lembre-se: entre parênteses (de), preposição facultativa. Atenção! O sentido não pode ser “demorar”:
107. O desfile custou a terminar.
Julgue os itens. Cuidado! O sujeito não pode ser pessoa.
82. Esqueci dos eventos. 108. O pai custou a acreditar no filho.
83. Esqueci os eventos. Importante! O sentido adequado é algo (sujeito) custar
84. Esqueci-me dos eventos. (ser difícil) para alguém (complemento). Veja:
85. Esqueci-me que era feriado. O relatório custou ao especialista.
86. Esqueci-me de que era feriado. Custou-me acreditar. (Sentido: acreditar foi difícil para
87. Esqueci de que era feriado. mim). Aqui o sujeito é oracional: acreditar.
88. Esqueci que era feriado. Custou ao pai acreditar no filho. (Certo). Aqui o sujeito
é a oração: acreditar no filho. O complemento é: ao pai.
Atenção! Existe um uso literário raro:
Esqueceu-me o seu aniversário. Sentido: o seu aniversário EXERCÍCIOS
saiu de minha memória.
Sujeito: o seu aniversário (não é complemento). Aqui o com- Julgue os itens.
plemento é representado pelo pronome “me”. (PMDF/Médico) A leitura crítica pressupõe a capacidade do
Obs.: A mesma regra do verbo “esquecer” vale também para indivíduo de construir o conhecimento, sua visão de mundo,
os verbos “lembrar” e “recordar”. sua ótica de classe.
  109. O trecho “de construir o conhecimento” estabelece
Verbo Prep. Complemento relação de regência com o termo “capacidade”, espe-
atender (a) algo cificando-lhe o significado.
atender (a) alguém
(TRT 9ª R/Técnico) Ao realizar leilões de créditos de carbono
Julgue os itens a seguir. no mercado internacional, São Paulo dá o exemplo a outras
89. Atendi o cliente. cidades brasileiras de como transformar os aterros, de fontes
90. Atendi ao cliente. de poluição e de encargos onerosos para as finanças muni-
91. Atendi o telefonema. cipais, em fontes de receitas, inofensivas ao meio ambiente.
92. Atendi ao telefonema. 110. Em “de como transformar”, o emprego da preposição
93. Vi o cliente e o atendi. “de” é exigido pela regência de “transformar”.
94. Vi o cliente e lhe atendi.
(TRT 9ª R/Analista) Há séculos os estudiosos tentam entender
Verbo Prep. Complemento Sentido os motivos que levam algumas sociedades a evoluir mais
rápido que outras. Só recentemente ficou patente que, além
proceder a algo = realizar, fazer
da liberdade, outros fatores intangíveis são essenciais ao
proceder = ter fundamento desenvolvimento das nações.
proceder de lugar = ser originário de O principal deles é a capacidade de as sociedades criarem
proceder = agir, comportar-se regras de conduta que, caso desrespeitadas, sejam impla-
cavelmente seguidas de sanções.
Julgue os itens seguintes. 111. O emprego da preposição de separada do artigo que
95. O delegado procedeu ao inquérito. determina “sociedades”, em “a capacidade de as socie-
96. O delegado procedeu o inquérito. dades”, indica que o termo “as sociedades” é o sujeito
97. Os argumentos do advogado procedem. da oração subordinada.
98. O delegado procede de Brasília.
99. O delegado procedeu com firmeza. (Crea-DF) Caso uma indústria lance uma grande concentra-
Língua Portuguesa

  ção de poluentes na parte alta do rio, por exemplo, a coleta


Verbo Prep. Complemento Sentido de uma amostra na parte baixa não será capaz de detectar
constar de partes = ser formado de o impacto, mesmo que esta seja feita apenas um minuto
partes antes de a onda tóxica atingir o local. Esse tipo de controle,
portanto, pode ser comparado à fotografia de um rio.
constar em um todo = estar dentro de um
112. No trecho “antes de a onda tóxica atingir o local”, a
todo substituição da parte grifada por da resulta em um su-
constar = estar presente jeito preposicionado.

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(HUB) É possível comparar a saúde mental de pessoas que De janeiro a maio, as vendas ao mercado chinês atingiram
vivem em uma região de conflitos à das pessoas que vivem US$ 1,774 bilhão.
em favelas ou na periferia das grandes cidades brasileiras? 119. Pelos sentidos textuais, a substituição da preposição a,
113. Considerando, para a regência do verbo comparar, o se- imediatamente antes de “mercado”, por em não alte-
guinte esquema: comparar X a Y, é correto afirmar que, raria os sentidos do texto.
no texto, X corresponde a “a saúde mental de pessoas
que vivem em uma região de conflitos” e Y corresponde (MRE/Assistente) O Brasil só conseguiu passar da condição de
a “[a saúde mental] das pessoas que vivem em favelas país temerário para a aplicação de recursos, em uma época
ou na periferia das grandes cidades brasileiras”. de prosperidade mundial, para a de mercado preferencial dos
investidores, justamente no auge de um período de turbu-
114. (MPE-RS/Agente Administrativo) “... para aprovar, até o lência financeira nos mercados internacionais, porque está
final de 2009, um texto ...” O verbo que exige o mesmo colhendo agora os resultados de uma política econômica
tipo de complemento que o do grifado está na frase: ortodoxa. (Zero Hora (RS), 26/2/2008 – com adaptações).
a) De fato, o resultado é modesto. 120. Imediatamente após “para a”, subentende-se o termo
b) como fugir aos temas ... elíptico condição.
c) já respondem por 20% do total das emissões globais.
d) que já estão na atmosfera ...
A ética aponta o caminho por meio da consideração daquilo
e) só prejudica formas insustentáveis de desenvolvimento.
que se convencionou chamar de direitos e deveres.
121. O pronome “daquilo” pode ser substituído, sem prejuízo
115. (Metrô-SP/Advogado) “... que preferiu a vida breve
gloriosa a uma vida longa obscurecida”. O verbo que para a correção gramatical do período, por do ou por
apresenta o mesmo tipo de regência que o destacado de tudo.
está na frase:
a) para finalizar com uma celebridade do contagiante Estudo do Banco Mundial (BIRD) sobre políticas fundiá-
futebol. rias em todo o mundo defende que a garantia do direito à
b) “as fronteiras entre a ficção e realidade são cada vez posse de terra a pessoas pobres promove o crescimento
mais vagas”. econômico.
c) e retirou a menininha do berço incendiado. 122. As regras de regência da norma culta exigem o emprego
d) Lembrei o exemplo de mártires... da preposição “a” imediatamente antes de “pessoas
e) Não foram estes homens combatentes de grandes pobres” para que se complemente sintaticamente o
feitos militares ... termo garantia.

116. (Seplan-MA) Está correto o emprego da expressão des- A cocaína é um negócio bilionário que conta com a proteção
tacada na frase: das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cujo
a) É vedada a exposição às cenas de violência a que contingente é estimado em 20.000 homens.
estão sujeitas as crianças. 123. No texto, “cujo”, pronome de uso culto da língua, corres-
b) Os fatos violentos de que se deparam as crianças ponde à forma mais coloquial, mas igualmente correta,
multiplicam-se dia a dia. do qual.
c) O autor refere-se a um tempo em cujo os índices de
violência eram bem menores. (TRF) Um dos motivos principais pelos quais a temática das
d) As tensões urbanas à que se refere o autor já estão identidades é tão frequentemente focalizada tanto na mídia
banalizadas. assim como na universidade são as mudanças culturais.
e) As mudanças sociais de cujas o autor está tratando 124. Preserva-se a correção gramatical e a coerência textual
pioraram a qualidade de vida. ao usar o pronome relativo que em lugar de “quais”,
desde que precedido da preposição por.
117. (AFRF) Marque o item em que a regência empregada
atende ao que prescreve a norma culta da língua escrita. (TRF) A busca de sentido para o cosmos se engata com a
a) A causa por que lutou ao longo de uma década po- procura de sentido para a existência da família humana.
deria tornar-se prioridade de programas sociais de 125. Substituir “com a” por na não prejudicaria os sentidos
seu estado. originais ou a correção gramatical do texto.
b) Seria implementado o plano no qual muitos fun-
cionários falaram a respeito durante a assembleia
(TJBA) Por seis julgamentos passou Cristo, três às mãos dos
anual.
judeus, três às dos romanos, e em nenhum teve um juiz. Aos
c) A equipe que a instituição mantinha parceria a lon-
go tempo manifestou total discordância da linha de olhos dos seus julgadores refulgiu sucessivamente a inocên-
pesquisa escolhida. cia divina, e nenhum ousou estender-lhe a proteção da toga.
d) Todos concordavam que as empresas que a licença 126. “Lhe” equivale à expressão a Ele e se refere a “Cristo”.
de funcionamento não estivesse atualizada deveriam
ser afastadas do projeto. (TJBA) Julgue o trecho abaixo quanto à correção gramatical.
Língua Portuguesa

e) Alheio aos assuntos sociais, o diretor não se afinava 127. Exatamente no processo do justo por excelência, daque-
com a nova política que devia adequar-se para de- le em cuja memória todas as gerações até hoje adoram
senvolver os projetos. por excelência o justo, não houve no código de Israel
norma que escapasse à prevaricação dos seus magis-
(Detran-DF) Das 750 filiadas ao Instituto Ethos, 94% dos car- trados.
gos das diretorias são ocupados por homens brancos.
118. A substituição de “Das” por Nas não acarretaria pro- (DFTrans/Analista) Seja qual for a função ou a combinatória
blema de regência no período, que se manteria gama- de funções dominantes em um determinado momento de
ticalmente correto. comunicação, postula-se que preexiste a todas elas a função

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pragmática de ferramenta de atuação sobre o outro, de 133. (Ipea) Ambos os elementos destacados estão empre-
recurso para fazer o outro ver/conceber o mundo como gados de modo correto na frase:
o emissor/locutor o vê e o concebe, ou para fazer o desti- a) Nas sociedades mais antigas, em cujas venerava-
natário tomar atitudes, assumir crenças e eventualmente -se a sabedoria dos ancestrais, não se manifestava
desejos do locutor. qualquer repulsa com os valores tradicionais.
128. No período sintático “postula-se que (...) desejos do b) Os pais experientes, a cujas recomendações o ado-
lo­cutor”, as três ocorrências da preposição “de” estabe- lescente não costuma estar atento, não devem es-
morecer diante das reações rebeldes.
lecem a dependência dos termos que regem para com
c) A autoridade da experiência, na qual os pais julgam
o termo “função pragmática”, como mostra o esquema estar imbuídos, costuma mobilizar os filhos em bus-
seguinte. car seu próprio caminho.
d) Quando penso em fazer algo de que ninguém tenha
de ferramenta ainda experimentado, arrisco-me a colher as desven-
de atuação sobre o outro turas com que me alertaram meus pais.
função pragmática: e) A autoridade dos pais, pela qual os adolescentes
de recurso para fazer o outro con- costumam se esquivar, não deve ser imposta aos
ceber o mundo jovens, cuja a reação tende a ser mais e mais liber-
tária.
(MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em
Washington (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa 134. (Codesp) A matança ............estão sujeitas as baleias é
de estados e municípios brasileiros de levar a vacina contra a preocupação da Comissão Baleeira Internacional, ........
rubéola aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente atuação se iniciou em 1946 e ........ participam mais de
homens, como forma de garantir a maior cobertura vacinal 50 países.
possível. As formas que preenchem corretamente as lacunas na
129. O emprego de preposição em “aos locais” justifica-se frase acima são, respectivamente:
pela regência de “vacina”. a) a que – cuja – de que
b) que – cujo – de que
130. (TRT 21ª R) Está correto o emprego do elemento des- c) à que – cuja – com que
d) à que – cuja a – com que
tacada na frase:
e) a que – cuja a – de que
a) Quase todas as novidades à que os moradores tive-
ram acesso são produtos da moderna tecnologia.
b) O gerador a diesel é o meio pelo qual os moradores GABARITO
de Aracampinas têm acesso à luz elétrica.
c) A hipertensão na qual foram acometidos muitos mo- 1. C 35. E 69. C 103. E
radores tem suas causas na mudança de estilo de vida. 2. E 36. C 70. C 104. C
d) O extrativismo, em cujo os caboclos tanto se empe- 3. C 37. E 71. E 105. C
nhavam, foi substituído por outras atividades. 4. C 38. E 72. C 106. C
e) Biscoitos e carne em conserva são alguns dos alimen- 5. E 39. C 73. E 107. E
tos dos quais o antropólogo exemplifica a mudança 6. C 40. E 74. C 108. E
dos hábitos alimentares dos caboclos. 7. C 41. C 75. C 109. C
8. E 42. E 76. C 110. E
131. (Sesep-SE) Isso proporciona à fábula a característica de 9. C 43. C 77. C 111. C
ser sempre nova. A mesma regência do verbo detacado 10. C 44. E 78. C 112. C
11. C 45. C 79. C 113. C
na frase acima repete-se em:
12. C 46. C 80. C 114. e
a) Histórias criadas por povos primitivos desenvolviam
13. C 47. E 81. C 115. c
explicações fantasiosas a respeito de seu mundo.
14. E 48. C 82. E 116. a
b) As narrativas de povos primitivos constituem um rico
15. C 49. C 83. C 117. a
acervo de fábulas, tanto em prosa quanto em versos.
16. C 50. C 84. C 118. C
c) Pequenas narrativas sempre foram instrumento,
17. C 51. C 85. C 119. E
nas sociedades primitivas, de transmissão de va-
18. C 52. C 86. C 120. C
lores morais.
19. E 53. C 87. E 121. C
d) Nas fábulas, seus autores transferem atitudes e
20. E 54. E 88. C 122. C
características humanas para animais e seres ina- 21. C 55. C 89. C 123. E
nimados. 22. C 56. E 90. C 124. C
e) Fábulas tornaram-se recursos valiosos de transmissão 23. E 57. C 91. C 125. C
de valores, desde sua origem, em todas as sociedades. 24. C 58. E 92. C 126. C
25. E 59. C 93. C 127. C
132. (Ipea) Preferimos confiar e acreditar nas coisas ..., a 26. C 60. C 94. C 128. E
expressão destacada complementa corretamente, ao
Língua Portuguesa

27. E 61. E 95. C 129. e


mesmo tempo, dois verbos que têm a mesma regên- 28. E 62. C 96. E 130. b
cia: confiar em, acreditar em. Do mesmo modo, está 29. C 63. E 97. C 131. d
também correta a seguinte construção: Preferimos 30. C 64. C 98. C 132. e
a) ignorar e desconfiar das coisas... 31. E 65. E 99. C 133. b
b) subestimar e descuidar das coisas... 32. C 66. E 100. C 134. a
c) não suspeitar e negligenciar as coisas... 33. C 67. C 101. E
d) nos desviar e evitar as coisas... 34. E 68. E 102. C
e) nos contrapor e resistir às coisas...

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CRASE d) Submeterei _________ alunos a uma prova.
e) Nunca me prestaria a isso nem ____________.
Crase é a contração de a + a = à. f) Ficaram todos obrigados ____________ horário.
O acento (`) é chamado de acento grave, ou simplesmen- g) Já não amava __________ moça.
te de acento indicador de crase. h) Ofereceu uma rosa _______ moça.
Gostei de + o filme. = Gostei do filme. i) Reprovo _______ atitude.
Acredito em + o filho. = Acredito no filho. j) Não teremos direito ______ abono.
Refiro-me a + o filme. = Refiro-me ao filme. k) Não se negue alimento _______ que têm fome.
Refiro-me a + a revista. = Refiro-me à revista. l) ___________ hora tudo estava tranquilo.
m) Deves ser grato _______ que te fazem benefícios.
Exercitando e fixando a diferença entre a letra “a” como ar- n) Traga-me _____ cadeira, por favor.
tigo somente e a letra “a” como preposição somente. o) Diga _______ candidatos que logo os atenderei.
1. Ponha nos parênteses P se o a for preposição, A se for p) É isso que acontece ______ que não têm cautela.
artigo: q) Ofereça uma cadeira ______ senhora.
a) A nave americana Voyager chegou a ( ) Saturno. r) Abra ___________ janelas: o calor está sufocante.
b) O Papa visitou a ( ) nação brasileira. s) Compareceste ________ festa?
c) Admirava a ( ) paisagem.
d) Cabe a ( ) todos contribuir para o bem comum. Exercitando e fixando a regra prática de crase com a(s) =
e) Ele só assiste a ( ) filmes de cowboy. aquela(s).
f) Procure resistir a ( ) essa tentação. Faça o exercício a seguir observando as comparações entre
g) Ajude a ( ) Campanha. parênteses. Onde tiver a + o no masculino, você usará crase
h) O acordo satisfez a ( ) direção do Sindicato. (a + a) no feminino.
i) Falou a ( ) todos com simpatia contagiante. 4. Preencha as lacunas com a, as, quando se tratar do artigo
j) O acordo convém a ( ) funcionários e a ( ) funcionárias. ou do pronome demonstrativo; e com à, às, quando hou-
ver crase da preposição a com artigo ou o demonstrativo
a, as:
Exercitando e fixando a regra prática de crase com artigo.
a) Estavam acostumados tanto ____ épocas de guerra
2. Complete as lacunas com a, as, à ou às junto dos subs-
quanto ____ de paz. (Compare: Estavam acostumados
tantivos femininos, observando as correspondências
tanto aos tempos de guerra quanto aos de paz.)
necessárias: o = a; os = as; ao = à; aos = às.
b) Confiava ____ tarefas difíceis mais _____ velhas
Observe o paralelismo.
amizades do que _____ novas. (Compare: Confiava
a) Dava comida aos gatos e ____ gatas.
os trabalhos difíceis mais aos velhos amigos do que
b) Estimava o pai e ____ mãe.
aos novos.)
c) Perdoa aos devedores e ___ devedoras.
c) ______ espadas antigas eram mais pesas que ___ de
d) Prefiro o dia para estudar; ela prefere ____ noite.
hoje. (Compare: Os rifles antigos eram mais pesados
e) Terás direito ao abono e ____ gratificação.
que os de hoje.)
f) Confessou suas dúvidas ao amigo e ___ amiga.
d) _____ forças de Carlos Magno eram tão valentes como
g) Nunca faltava aos bailes e _____ festas de São João. ____ do Rei Artur. (Compare: Os soldados de Carlos
h) Sempre auxilio os vizinhos e __ vizinhas. Magno eram tão valentes como os do Rei Artur.)
i) Tinha atitudes agradáveis aos homens e ___ mulheres. e) _____ forças de Bernardo deram combate ____ que
defendiam Carlos Magno. (Compare: Os homens de
Pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo Bernardo deram combate aos que defendiam Carlos
Magno.)
Método prático f) Esta moça se assemelha ____ que você me apresentou
Entregue o livro a este menino. ontem. (Compare: Este rapaz se assemelha ao que
Note: a + este  a + aquele (veja que temos a + a). você me apresentou ontem.)
g) ______ Medicina dá combate ____ doenças dos ho-
Então: mens e ____ dos animais. (Compare: Os médicos dão
Entregue o livro àquele menino. combate aos males dos homens e aos dos animais.)
h) Esta tinta não se compara ___ que usaram antes.
Leia este livro. (Compare: Este papel não se compara ao que usaram
Note: só temos este, sem preposição a. Então ficará sem antes.)
crase com “aquele”: i) Prestava atenção ___ palavras dos velhos, mas não
Leia aquele livro. ____ dos jovens. (Compare: Prestava atenção aos
ensinamentos dos velhos, mas não aos dos jovens.)
Exercitando e fixando a regra prática de crase com pronome
aquele(s), aquela(s), aquilo. Importante:
3. Preencha as lacunas com aquele, aqueles, aquela, aque-
Língua Portuguesa

Precisamos enxergar situações em que o artigo definido


las, aquilo, se não houver preposição a; ou então com pode ser suprimido corretamente. Apenas o sentido mudará.
àquele, àqueles, àquela, àquelas, àquilo, se ocorrer a Todo o país comemorou.
preposição a exigida pelo termo anterior regente. Sentido: país definido.
a) A verba aprovada destinava-se apenas ________ des- Todo país comemorou.
pesas inadiáveis. Sentido: país qualquer.
b) Prefiro este produto __________.
c) As providências cabem ________ que estejam inte- Todo Brasil comemorou. (errado)
ressados. Todo o Brasil comemorou. (certo)

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Conclusão: lecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo
O artigo definido é necessário para acompanhar nomes o país que estão contribuindo para o cumprimento dos
já definidos, únicos, específicos. Mas é facultativo, do ponto Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como
de vista de correção gramatical, quando o nome não está __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redu-
definido, não é específico. Apenas o sentido se altera. ção da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um
compromisso assumido, perante __4__ Organização das
5. (TJDFT) Quanto ao emprego do sinal indicativo de crase, Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 me-
julgue os fragmentos apresentados nos itens a seguir. tas sociais até o ano de 2015.
a) Direito a trabalho e a remuneração que assegure con- 1 2 3 4 5
dições de uma existência digna. a) a à à a às
b) Direito à unir-se em sindicatos. b) as a a à as
c) Direito a descanso e à lazer. c) às à a à às
d) Direito à uma segurança social. d) a a a a as
e) Direito à proteção à família. e) as a a à às
f) Assistência para a mãe e às crianças.
g) Direito à boa saúde e à educação de qualidade. Casos Especiais de Crase
(TST) “São parâmetros hoje exigidos pelo mercado no que Sinal de Crase em Locuções Femininas
se refere à empregabilidade.”
6. Ocorre acento grave em “à” antes de “empregabilida- 1. Locuções adverbiais
de” para indicar que, nesse lugar, houve a fusão de uma Risquei o lápis.
preposição, exigida pelo vocábulo antecedente, com um Risquei a caneta.
artigo definido, usado antes dessa palavra feminina. Risquei a lápis.
Risquei à caneta.
(TJDFT) “A fé crescente na revolução científica gerava otimis-
mo quanto às futuras condições da humanidade.” Regra:
7. O acento indicativo de crase é opcional no texto; por- O sinal de crase distingue entre a locução adverbial fe-
tanto, pode ser retirado sem prejuízo para a correção minina e o objeto direto.
gramatical da frase. Vendo a prazo.
Vendo à vista.
(HUB) “Há contradições entre o mundo universitário tradi- Vendo a vista.
cional e as aspirações dos estudantes e de seus familiares Dobrei a direita.
quanto a possibilidades finais de inserção profissional no Dobrei à direita.
mundo real.”
8. O emprego do sinal indicativo de crase (à) em “quanto Nota:
a possibilidades” dispensaria outras transformações no Será facultativo o sinal de crase somente com a locução
texto e manteria a correção gramatical do período. adverbial feminina de instrumento, apenas no caso de não
haver duplo sentido sem o sinal de crase.
(PRF) “Muitos creem que a Internet é um meio seguro de Risquei o muro a caneta. (certo)
acesso às informações.” Risquei o muro à caneta. (certo)
9. A omissão do artigo definido na expressão “acesso às Perceba que se trata de locução adverbial de instrumen-
informações”, semanticamente, reforçaria a noção ex- to, mesmo sem ter visto o sinal de crase.
pressa pelo substantivo em plena extensão de seu sig-
nificado e, gramaticalmente, eliminaria a necessidade 2. Locuções prepositivas
do emprego do sinal indicativo de crase, resultando na A espera de vagas terminou.
seguinte forma: acesso a informações. Consegui matricular-me.
À espera de vagas, ficamos todos.
Julgue os itens 10, 11 e 12 quanto ao uso da crase. Ainda não nos matriculamos.
10. (TRF) “O TCU quer avaliar o controle exercido pela Supe-
rintendência da Receita Federal sobre à rede arrecada- Regra:
dora de receitas federais. O sinal de crase é necessário para indicar a locução pre-
positiva feminina. O sinal distingue entre a locução e outras
11. (AFRF) Para os membros da Comissão de Assuntos Eco- estruturas.
nômicos do Senado (CAE), a qual os acordos internacio-
nais são submetidos, cabe ao Brasil novas solicitações de Quais outras estruturas?
empréstimos ao FMI. Sujeito, objeto, complemento não constituem locução
prepositiva.
12. (AFRF) As Metas de Desenvolvimento do Milênio preve-
em a redução da pobreza a metade até 2015. Dica:
Língua Portuguesa

De modo geral, a locução prepositiva introduz locução


13. Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas adverbial.
do texto. Os trabalhadores já concluíram a cata de cocos.
Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desen- Os trabalhadores saíram cedo à cata de cocos.
volvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa Observação:
do governo federal em conjunto com o Movimento Na- Locução prepositiva possui a seguinte estrutura:
cional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Preposição + substantivo + preposição
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vai se- à custa de

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à maneira de Vi até a praia. (certo)
à beira de Vi até à praia. (errado)
à procura de
Sinal de Crase diante de Pronomes de Tratamento
Locução adverbial possui a seguinte estrutura:
Preposição + substantivo Vossa Senhoria deve comparecer. (certo)
à vista A Vossa Senhoria deve comparecer. (errado)
a prazo
a lápis Regra:
à caneta De modo geral, não se pode empregar artigo antes de
pronomes de tratamento.
3. Locução adjetiva Refiro-me a Vossa Senhoria. (certo)
Estrutura: preposição + substantivo Refiro-me à Vossa Senhoria. (errado)
Relação: qualifica, especifica um substantivo.
Houve pagamento à vista. Observe também:
Houve pagamento a prazo. O senhor deve comparecer. (certo)
O risco à caneta não sai. Senhor deve comparecer. (errado)
O risco a lápis sai.
Regra:
4. Locução conjuntiva Exigem artigo os pronomes de tratamento: Senhor, Se-
À proporção que / À medida que nhora, Madame, Senhorita.
Ele enriqueceu à medida que investiu na bolsa. Refiro-me ao Senhor.
Foi grande a medida que ele investiu na bolsa. (Notemos Refiro-me à Senhora.
aqui o sujeito: a medida foi grande)
À proporção que estudava, surgiam dúvidas. Mas, cuidado!
Os matemáticos estudam a proporção que existe entre Visitarei o Senhor.
os números. (Note aqui o objeto direto de “estudam”: estu- Visitarei a Senhora.
dam o quê? Resposta: estudam a proporção..., como alguém
estuda o limite e a derivada). Atenção:
O artigo é opcional com o tratamento dona.
Sinal de Crase na Indicação de Horário Dona Maria chegou.
A Dona Maria chegou.
Regra:
Ocorre crase somente se indicarmos a hora como horário Então:
quando algo ocorre, ocorreu ou ocorrerá. Refiro-me a Dona Maria.
Não ocorre crase quando indicamos quanto tempo pas- Refiro-me à Dona Maria.
sou ou passará.
Nós vamos chegar lá às duas horas. Vamos analisar uma questão interessantíssima!
Compare com: Nós chegaremos lá ao meio-dia. (MI/Agente Adm.) A expressão nominal “D. Fortunata” é em-
Nós vamos estar lá daqui a duas horas. (quantidade de pregada, no texto, sem artigo. Por essa razão, caso a palavra
tempo que vai passar) sublinhada em “deu joias à mulher” fosse substituída por “D.
Nós estamos aqui há duas horas. (quantidade de tempo Fortunata”, o acento grave sobre o a que sucede “joias” não
que já passou, tempo decorrido) deveria ser empregado.
Resposta: Certo
Sinal de Crase após a Palavra “Até”
(MJ/Analista) “Às vezes faz bem chorar / E nas velhas cordas
Vou ao clube. procurar / Notas e acordes esquecidos / Os dedos calejados
Vou até o clube. deslizar / Recordar, saudoso, um samba antigo”.
Vou até ao clube. 14. A letra de Ivor Lancelllotti emprega adequadamente o
acento de crase. Também está correto esse uso do acento
Nota: em
Após “até”, será facultativa a preposição pedida pelo a) Deixei o carro no lava à jato e fui à confeitaria escolher
termo anterior. uns doces.
b) Quando saímos à cavalo estamos apenas à procura
Então: de paz e sossego.
Vou à praia. c) Retiraram-se às pressas para não responderem às
Vou até a praia. perguntas da mídia.
Vou até à praia. d) Daqui à uma hora e meia irei até à piscina para exa-
minar a água e o cloro.
Língua Portuguesa

Conclusão: e) Encaminhamos ontem à V. Sa. os convites para a re-


Crase facultativa após “até”, desde que seja pedida pre- cepção à família.
posição pelo termo anterior.
(MJ/Economista) Presente à entrevista de apresentação da
Mas, cuidado! pesquisa, o secretário de Educação Continuada, Alfabetiza-
Vi o clube. (certo) ção e Diversidade do MEC, André Luiz Lázaro, admitiu que
Vi até o clube. (certo) há um desafio de qualidade a ser superado no EJA.
Vi até ao clube. (errado) 15. A supressão do acento grave em “presente à entrevista”
Vi a praia. (certo) manteria a correção gramatical e o sentido do texto.

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Sinal de Crase diante de Pronome Possessivo Feminino: a) O pesquisador deu maior atenção à cidade menos
minha, sua, tua, nossa, vossa privilegiada.
Meu livro chegou. (certo) b) Este resultado estatístico poderia pertencer à qual-
O meu livro chegou. (certo) quer população carente.
c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu à entre-
Conclusão: vista.
O artigo definido é facultativo antes de pronomes pos- d) A verba aprovada destina-se somente àquela cidade
sessivos. sertaneja.
Minha revista chegou. (certo) e) Veranópolis soube unir a atividade à prosperidade.
A minha revista chegou. (certo)
Sinal de Crase diante de Nomes Próprios de Lugar (To-
Aplicação (Como o artigo fica facultativo, então a crase pônimos)
ficará também facultativa):
Refiro-me a meu livro. (certo) Regra Prática:
Refiro-me ao meu livro. (certo) Se volto da, crase no a.
Refiro-me a minha revista. (certo) Se volto de, crase pra quê.
Refiro-me à minha revista. (certo)
Saímos de Brasília, fomos a Fortaleza (voltamos de Forta-
Informação: leza), depois fomos a Natal (voltamos de Natal), descemos
Artigo pressupõe substantivo escrito ao qual se refere à Bahia (voltamos da Bahia). Então retornamos a Brasília
na sequência. (voltamos de Brasília).
O uso de água e o de combustível são prioritários.
Mas:
Note: Saímos de Brasília, fomos à Fortaleza dos sonhos (volta-
Substantivo “uso”. Artigo “o”, que acompanha “uso”. mos da Fortaleza dos sonhos), depois fomos à Natal dos
Mas, em “o de combustível”, apenas subentendemos holandeses (voltamos da Natal dos holandeses), desce-
“uso”. Não está escrito. Então, não temos aqui artigo defini- mos à Bahia (voltamos da Bahia). Então retornamos à
do. Trata-se de pronome demonstrativo “o = aquele”. bela Brasília (voltamos da bela Brasília).

Observe ainda: 18. (IBGE) Assinale a opção em que o a sublinhado nas duas
Meu livro chegou e o seu não. frases deve receber acento grave indicativo de crase.
Note que o artigo é facultativo, porém o pronome “o” a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar
não é. O pronome é obrigatório para representar o termo em voz alta.
“livro” não repetido. b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça cen-
tral se esvaziava.
Aplicação (Onde o pronome “o” ou “a” for obrigatório, c) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram
então a crase também será obrigatória): a Bahia.
Refiro-me a meu livro e não ao seu. (certo) d) Bateram a porta! Fui atender. / O carro entrou a direita
Refiro-me a meu livro e não a seu. (errado) da rua.
Refiro-me ao meu livro e não ao seu. (certo) e) Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.
Refiro-me ao meu livro e não a seu. (errado)
GABARITO
Então:
Refiro-me a minha revista e não à sua. (certo)
1. a) P c) àqueles f) à
Refiro-me a minha revista e não a sua. (errado)
b) A d) aqueles g) a,às,às
Refiro-me à minha revista e não à sua. (certo)
c) A e) àquilo h) à
Refiro-me à minha revista e não a sua. (errado)
d) P f) àquele i) às,às
e) P g) aquela
16. (MJ/Agente) “À margem das rodovias de grande movi-
f) P h) àquela 5. CEEECCC
mento...” Diferente do exemplo destacado, o único caso
g) A i) aquela 6. C
em que o acento grave foi usado de forma ERRADA, nas
h) A j) àquele 7. E
alternativas abaixo, é
i) P k) àqueles 8. E
a) Ficamos à vontade no evento.
j) PP l) àquela 9. C
b) Refiro-me à minha irmã.
m) àqueles 10. E
c) Chegarei à uma hora, não ao meio-dia.
2. a) às n) aquela 11. E
Nota:
b) a o) àqueles 12. E
Aqui temos o numeral “uma”. Só ele pode ter crase
c) às p) àqueles 13. d
antes de si. Não há crase antes do artigo indefinido
d) a q) àquela 14. c
Língua Portuguesa

“uma”.
e) à r) aquelas 15. E
d) Dirija-se à qualquer moça do balcão.
f) à s) àquela 16. d
Nota:
g) às 17. b
Proibido crase diante de palavras indefinidas. Lembre
h) as 4. a) às, às 18. d
que o artigo que a crase contém é definido.
i) às b) as,às,às
e) À medida que os anos passam, fico pior.
c) as,as
3. a) àquelas d) as,as
17. (IBGE) Assinale a opção incorreta com relação ao empre-
b) àquele e) as,às
go do acento indicativo de crase.

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QUADRO-RESUMO DE CRASE

CRASE OBRIGATÓRIA CRASE PROIBIDA CRASE FACULTATIVA


Antes de hora = trocar por ao meio-dia. Antes de palavra masculina. Antes de pronome possessivo adjetivo
Chegou às duas horas. (ao meio-dia) Andava a pé. feminino.
Espero desde as três horas. (o meio-dia) Foi assassinato a sangue-frio. Refiro-me à/a sua tia.
Escreveu a lápis.

Com as palavras moda ou maneira Antes de verbo. Antes de nome de mulher.


ocultas. Estava decidido a fugir. Dei o carro à/a Maria.
Quero bife à milanesa. (à moda milanesa) Tudo a partir de 1,99.
Estilo à Rui Barbosa. (à maneira de Rui
Barbosa)

Subentendendo as palavras faculdade, A (no singular) + palavra no plural. Depois da preposição Até.
universidade, escola, companhia, em- Só faço favor a pessoas dignas. Fui até à / a praia.
presa e semelhantes. Dê isto a suas irmãs. Mas: Visitei até a praia. (VTD)
O Governo não fez concessões à Ford.
Preferiu a Faculdade de Letras à Hélio
Afonso.
Antes da palavra distância, quando de- Antes de pronome indefinido ou pala- Antes de Europa, Ásia, África, Espanha,
terminada. vra por ele modificada. França, Inglaterra, Escócia e Holanda
Fiquei à distância de dez metros. Disse isso a toda pessoa.
Fiquei a distância. Não irei a festa alguma.

Aqui não cabe crase, pois a palavra “fes-


ta” está determinada por pronome in-
definido. Compare com masculino: Não
irei a baile algum.
Nas locuções com palavras femininas. Antes de pronome de tratamento, salvo Antes do tratamento dona.
Choveu à noite. Dona, Senhora, Madame, Senhorita. Ele dirigiu a palavra a / à dona Maria.
Ele melhora à medida que é medicado. Enviarei tudo a Vossa Senhoria.
Houve um baile à fantasia.
Antes de terra, salvo quando antônimo Antes de terra antônimo de bordo. Em locuções adverbiais femininas de
de bordo. Mandou o marinheiro a terra. instrumento.
O agricultor tem apego à terra. Galdesteu matou o rei a / à faca.
Do céu à terra. Voltou à terra onde nasceu. Antes de quem e cujo(s), cuja(s). Mas: Preencher à máquina ou em letra
O prêmio cabe a quem chegar primeiro. de forma. (crase obrigatória para evitar
Esta é a autora a cuja peça me referi. duplo sentido)
Antes de Senhora, Madame, Senhorita. Entre palavras repetidas.
Ninguém resiste à Senhora Neide. (Mas: Estavam cara a cara.
Vi a Senhora Neide. – VTD) Venceu a corrida de ponta a ponta.
Antes de nomes de lugar especificados Depois de preposições (ante, após, com,
ou que aceitem artigo. conforme, contra, desde, durante, entre,
Fui à bela Brasília. mediante, para, perante, sob, sobre, se-
Fui à Bahia. gundo).
Após as aulas, conforme a ocasião, para
a paz; segundo a lei etc.
Quando ocorre as diante de pronome Quando se subentende um indefinido
possessivo adjetivo no plural. entre a preposição a e o substantivo
Refiro-me às suas tias. feminino.
Estacionamento sujeito a multa. (a uma
multa)
Antes da palavra casa, quando deter- Antes de casa = lar.
minada por adjunto de posse. Retornei a casa.
Chegamos à casa de Pafúncio.
Língua Portuguesa

Antes de nomes de lugar que não ad-


mitem o artigo.
Fui a Brasília.
Chegamos a Maceió.
Antes de numerais.
O número de acidentes chegou a 35.
Antes de nomes de santas.
Sou grato a Santa Clara.

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EXERCÍCIOS No texto “A simplicidade sempre foi criadora de excelên-
cia espiritual e de liberdade interior. Henry David Thoreau
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “Às vezes até esqueço (+1862), que viveu dois anos em sua cabana na floresta junto
que fui adotada”. a Walden Pond, atendendo estritamente às necessidades
1. O verbo esquecer está empregado com traços tipica- vitais, recomenda incessantemente em seu famoso livro-
mente coloquiais, pois a forma padrão culta exige que, -testemunho: Walden ou a vida na floresta: “simplicidade,
na frase, ele seja acompanhado de pronome me e pre- simplicidade, simplicidade”.”
posição de. 9. O acento indicativo de crase antes de “necessidades vi-
tais” é exigência da palavra “estritamente”.
(Funiversa/Terracap) Acerca da frase “São emissoras trans-
mitidas de qualquer país que passe pela nossa mente – e (Funiversa/HFA) Na frase: “As demissões recordes nas com-
alguns outros de cuja existência sequer desconfiávamos.” panhias americanas devido à crise fizeram vítimas inusitadas
2. A troca da preposição “de”, na segunda ocorrência, – os próprios executivos de recursos humanos.”
por em provocaria uma falha na regência do verbo 10. O uso da crase em “à crise” deve-se ao fato de ser uma
desconfiar. locução adverbial feminina.

(Funiversa/Terracap) A respeito do texto “Cada órgão do 11. (Alesp) Orientação espiritual ...... todas as pessoas é um
nosso corpo tem uma função vital e precisa estar 100% em dos propósitos ...... que escritores e pensadores vêm se
condições.” dedicando, porque a perplexidade e a dúvida são inevi-
3. A expressão “em condições”, segundo a gramática da táveis ...... condição humana.
língua portuguesa, exige um complemento que integre As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
o seu sentido. Porém, no texto, a ausência desse com- chidas, respectivamente, por:
plemento não promoveu prejuízo para a compreensão a) à - a – à
da informação. b) à - à - a
c) a - a – à
Por maiores que sejam os esforços e a generosidade dos d) a - à - à
e) a - a - a
que lhes oferecem atenção e cuidado, essas crianças estarão
desprovidas do fundamental: carinho e referência familiar.
12. (Bagas) Tomando a melodia ...... música europeia, ao
4. O termo “lhes” pode ser substituído pela expressão à
mesmo tempo em que a harmonia era inspirada no jazz
elas, com acento indicativo de crase, pois o pronome
americano, a bossa nova foi buscar o ritmo na música
elas remete a “crianças”, substantivo feminino utilizado africana, o que resultou numa mistura que parece encan-
no texto. tar ...... todos os estrangeiros que vêm ...... conhecê-la.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na
(Funiversa/Iphan) Os povos da oralidade são portadores de ordem dada:
uma cultura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da a) à - a – a
escrita. b) à - a - à
5. O acento indicativo de crase em “semelhante à dos povos c) a - à – a
da escrita” pode ser eliminado, pois é opcional. d) a - à - à
e) à - à - a
6. (Funiversa/Sejus) Cada uma das alternativas a seguir
apresenta reescritura de fragmento do texto. Assinale 13. (TCE/SP) A alimentação diária, ...... base de feijão com
aquela em que a reescritura apresenta erro relacionado arroz, fornece ...... população brasileira os nutrientes
ao emprego ou à ausência do sinal indicativo de crase. necessários ...... uma boa saúde.
a) Seu desenvolvimento pode ser atribuído a violações As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
de direitos humanos. chidas, respectivamente, por:
b) O legado do nazismo foi condicionar a titularidade de a) a - à – à
direitos aquele que pertencesse à raça ariana. b) à - a - a
c) Pelo horror absoluto à exterminação. c) à - à – a
d) A ruptura do paradigma deve-se à barbárie do totali- d) a - a - à
tarismo. e) à - à - à
e) É necessária a reconstrução dos direitos humanos.
14. (FCC/TRE-RN) Graças ...... resistência de portugueses e
7. (Funiversa/Terracap) No trecho: “Em meio à burocracia espanhóis, a Inglaterra furou o bloqueio imposto por Na-
oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os parques, as poleão e deu início ...... campanha vitoriosa que causaria
superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu.”, o uso ...... queda do imperador francês.
do sinal indicativo de crase é Preenchem as lacunas da frase acima, na ordem dada,
a) facultativo, pois antecipa palavra feminina seguida de a) a - à - a
adjetivo masculino. b) à - a - a
b) inadequado, pois não indica contração. c) à - à - a
c) proibido, porque não se admite crase antes de subs- d) a - a - à
Língua Portuguesa

tantivos abstratos. e) à - a - à
d) obrigatório, pois indica uma vogal átona representada
por um artigo. 15. (DNOCS) Muitos consumidores não se mostram atentos
e) adequado, pois representa a contração da preposição ...... necessidade de sustentabilidade do ecossistema e
a e do artigo definido feminino a. não chegam ...... boicotar empresas poluentes; outros
se queixam de falta de tempo para se dedicarem ......
(Funiversa/Terracap) Na frase “O que se opõe à nossa cultura alguma causa que defenda o meio ambiente. As lacu-
de excessos e complicações é a vivência da simplicidade”. nas da frase acima estarão corretamente preenchidas,
8. O acento indicativo de crase é facultativo. respectivamente, por

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a) à - a - a c) à - à - a e) a - à – à EMPREGO DOS VERBOS REGULARES,
b) à - a - à d) a - a - à IRREGULARES E ANÔMALOS
16. (SP/BIBLIOT) Alguns atribuem ...... linguagem as infindá-
veis possibilidades de comunicação entre os homens. Tempos Verbais
Mas é comum que durante uma conversa o falante faça
alusões ...... conteúdos implícitos que ultrapassam aquilo Para visualizar e memorizar melhor, vamos esquematizar os
que está de fato sendo dito; tais conteúdos podem ser tempos e modos verbais com suas desinências (terminações).
corretamente inferidos pelo interlocutor, devido, por No esquema a seguir, observe as letras a, b, c, d, e, f, g,
exemplo, ...... entonação usada pelo falante. h, i. Essas letras representam os tempos verbais.
Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na Já as letras I e S representam os modos indicativo e sub-
ordem dada: juntivo, respectivamente.
a) a − à − à c) a − a − à e) a − à − a Em cada tempo, observe a terminação que o verbo ado-
b) à − a − à d) à − à − a tará, conforme a conjugação.
1 – primeira conjugação: final – ar. Cantar.
17. (TJ-SE/Técnico Judiciário) A frase inteiramente correta, 2 – segunda conjugação: final – er. Comer.
considerando-se a colocação ou a ausência do sinal de 3 – terceira conjugação: final – ir. Sorrir.
crase, é:
a) Brigas entre torcidas de times rivais se iniciam sem- I – Modo Indicativo S – Modo Subjuntivo
pre com provocações de parte à parte, à qualquer a – presente g – presente
momento. b – futuro do presente h – futuro
b) O respeito as medidas de segurança tomadas em um
c – futuro do pretérito i – pretérito imperfeito
evento de grande interesse garante à alegria do es-
petáculo. d – pretérito imperfeito
c) Uma multidão polarizada pode ser induzida à atitudes e – pretérito perfeito
hostis, tomadas em oposição às medidas adotadas. f – pretérito mais-que-perfeito
d) Com a constante invasão às sedes de clubes, os diri-
gentes passaram a monitorar a presença de torcedo- Padrão dos Verbos Regulares
res, até mesmo nos treinos.
e) As pessoas, enfurecidas, iam em direção à um dos Na primeira pessoa singular (EU)
dirigentes, quando os policiais conseguiram controlar
toda a multidão. c b
1 – ria 1 – rei
18. (TRT 16ª R) Lado ...... lado das restrições legais, são im- 2 – ria 2 – rei
portantes os estímulos ...... medidas educativas, que 3 – ria 3 – rei
permitam avanços em direção ...... um desenvolvimento

sustentável do setor da saúde.
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
chidas, respectivamente, por a
a) a − à − à c) à − a − a e) a − à − a 1–o
b) à − a − à d) a − a − a 2–o
3–o
19. (TRT 7ª R) Pela internet, um grupo de jovens universi-
tários buscou a melhor formar de ajudar ...... vítimas de
enchentes em Santa Catarina, e um deles foi ...... Itapema,
disposto ...... colaborar na reconstrução da cidade.
d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen-
1 – ava 1 – ei 1 – ara
chidas, respectivamente, por:
2 – ia 2 – i 2 – era
a) as - a - a c) as - à - à e) as - a – à
3 – ia 3 – i 3 – ira
b) às - à - a d) às - a - à

20. (TRT 20ª R) Exportadores brasileiros lançaram-se ...... con-
quista de vários mercados internacionais, após ...... mo- h
dernização do setor agropecuário, que passou a oferecer 1-r
...... esses mercados produtos de qualidade reconhecida. 2-r
As lacunas da frase acima estarão corretamente preen- (se/ quando) 3-r
chidas, respectivamente, por
a) à - a - a c) a - a - à e) à - à – a
b) à - a - à d) a - à - à
Língua Portuguesa

GABARITO
g 1–e
1. E 6. b 11. c 16. b (que) 2–a
2. C 7. e 12. a 17. d 3–a
3. C 8. C 13. c 18. d i (se) 1-asse
4. E 9. E 14. c 19. a 2-esse
5. E 10. E 15. a 20. a 3-isse

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EXERCÍCIOS Nas provas de concursos em geral, podemos observar
que basta conhecer a conjugação de nove verbos irregulares.
Conjugue os verbos cantar, vender e partir em todos os E, melhor ainda, basta conhecer bem três tempos verbais
tempos simples. em que as questões incidem mais. É claro que não ficamos
dispensados de conhecer todos os tempos verbais.
Esses verbos mais importantes formam famílias de verbos
Verbos irregulares sofrem mudança de letra e som no derivados deles. O resultado é que ficamos sabendo, por
radical e ou nas terminações padronizadas acima, para ver- tabela, um número grande de verbos.
bos regulares. Repito: muda letra e som. Não basta mudar São eles: ser, ir, ver, vir, intervir, ter, pôr, haver, reaver.
letra para ser verbo irregular.
Certa vez a prova do concurso do Senado perguntou se Conjugação dos Verbos Irregulares Ver e Vir
o verbo “agir” é irregular. Vamos fazer o teste?
O teste consiste em conjugar o verbo em uma pessoa c b
qualquer, no presente, no passado e no futuro. Se for regu- 2 – veria 2 – verei
lar, o verbo passa no teste completo, mantém-se inalterado. 3 – viria 3 – virei
Talvez mude letra, mas não muda o som.
a
Já para ser irregular, o verbo só precisa de uma mudança
em um desses tempos. 2 – vejo
3 – venho
TESTE:
d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
Verbo Presente Passado Futuro Classifi- 2 – via 2 – vi 2 – vira
cação 3 – vinha 3 – vim 3 – viera
Agir Eu ajo Eu agi Eu agirei Regular
(muda só (no padrão) (no padrão) h
(se / quando) 2 – vir
letra) 3 – vier
Fazer Eu faço Eu fiz Eu farei Irregular
(mudou (mudou Observe
letra e letra e som) que perde g
som) o “z”. (que) 2 – veja
3 – venha
Observação:
Alguns verbos sofrem tantas alterações que seu radical i
desaparece e muda totalmente ao longo da conjugação. Cha- (se) 2 – visse
mamos tais verbos de anômalos: SER e IR. 3 – viesse
EXERCÍCIOS
Conjugação dos Dois Verbos Anômalos: Ser e Ir Conjugue os verbos ver e vir em todos os tempos simples.
c b Conjugação dos Verbos Irregulares Haver, Ter e Pôr
2 – seria 2 – serei
3 – iria 3 – irei c b
haveria haverei
teria terei
a poria porei
2 – sou
3 – vou a
hei
tenho
d (antigamente) e (ontem) f (outrora) ponho
2 – era 2 – fui 2 – fora
3 – ia 3 – fui 3 – fora d (antigamente) e (ontem) f (outrora)
havia houve houvera
h tinha tive tivera
(se / quando) 2 – for punha pus pusera
3 – for
h
(se / quando) houver
tiver
g puser
(que) 2 – seja
3 – vá
Língua Portuguesa

g
i (que) haja
(se) 2 – fosse tenha
3 – fosse ponha
i
EXERCÍCIOS (se) houvesse
tivesse
Conjugue os verbos ser e ir em todos os tempos simples. pusesse

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EXERCÍCIOS Os tempos podem assumir duas formas:
• Simples: um só verbo: Estudo Francês. Terminamos o
Conjugue os verbos haver, ter e pôr em todos os tempos livro. Faremos revisão.
simples. • Composto: verbos “ter” ou “haver” com particípio:
tenho estudado, tínhamos estudado, haveremos feito.
Verbos defectivos apresentam falhas na conjugação. Mas
tenha cuidado: a falha ocorre apenas no presente. Esses
Flexão de Modo
verbos não serão defectivos no passado, nem no futuro.

Flexão Verbal Modo Indicativo

Verbo é a palavra variável que expressa: Indica atitude do falante e condições do fato.
• ação (estudar) O modo indicativo traduz geralmente a segurança: Estu-
• posse (ter, possuir) dei. Não agi mal. Amanhã chegarão os convites.
• fato (ocorrer)
• estado (ser, estar) Tempos do Modo Indicativo
• fenômeno (chover, ventar), situados no tempo: chove Presente: basicamente significa o fato realizado no mo-
agora, choveu ontem, choverá amanhã. mento da fala. Ele estuda Francês. A prova está fácil.
Pode significar também:
Conjugação é a distribuição dos verbos em sistemas con- • Permanência: O Sol nasce no Leste. José é pai de Jesus.
forme a terminação do infinitivo: A Constituição exige isonomia.
-ar → cantar, estudar: primeira conjugação • Hábito: Márcio leciona Português. Vou ao cinema todos
-er → ver, crer: segunda conjugação os domingos.
-ir → dirigir, sorrir: terceira conjugação. • Passado histórico: Cabral chega ao Brasil em 1500.
Militares governam o Brasil por 20 anos.
As vogais a, e, i dessas terminações chamam-se vogais • Futuro próximo: Amanhã eu descanso. No próximo ano,
temáticas. Somente “pôr” e derivados (compor, repor) ficam o país tem eleições.
sem vogal temática no infinito, mas têm nas conjugações: • Pedido: Você me envia os pedidos do memorando
põe, pusera etc.
amanhã.
• Radical: é a parte invariável do verbo no infinitivo, re-
tirada a vogal temática e a desinência “-r”: cant-, cr-,
dirig-. O presente dos verbos regulares se forma com adição ao
• Tema: é o resultado de juntar a vogal temática ao ra- radical das terminações:
dical: canta-, cre-, dirigi-. • 1a conjugação: -o, -as, -a, -amos, -ais, -am: canto, can-
• Rizotônica: é a forma verbal com vogal tônica no radi- tas, canta, cantamos, cantais, cantam.
cal: estUda, vIvo, vImos. • 2a conjugação: -o, -es, -e, -emos, -eis, -em: vivo, vives,
• Arrizotônica: é a forma verbal com vogal tônica fora vive, vivemos, viveis, vivem.
do radical: estudAmos, vivEis, virIam. • 3a conjugação: -o, -es, -e, -imos, -is, -em: parto, partes,
• Flexão verbal: pode ser de número (singular e plural), parte, partimos, partis, partem.
de pessoa (primeira, segunda, terceira) ou de tempo e
modo. Pretérito imperfeito
– flexão de número: no singular, eu aprendo, ele che- Passado em relação ao momento da fala, mas simultâneo
ga; no plural, nós aprendemos, eles chegam. em relação a outro fato passado. Pode significar:
– flexão de pessoa: na primeira pessoa, ou emissor • Hábitos no passado: Quando jogava no Santos, Pelé
da mensagem, eu canto, nós cantamos; eu venho, fazia gols espetaculares.
nós vimos. Na segunda pessoa, o receptor da men- • Descrição no passado: Ela parecia satisfeita. A estrada
sagem: tu cantas, vós cantais; tu vens, vós viestes. fazia uma curva fechada.
Obs.: Quando “vós” se refere a uma só pessoa, indica • Época: Era tempo da seca quando Fabiano emigrou.
singular apesar de tomar a flexão plural: Senhor, Vós • Simultaneidade: Paulo estudava quando cheguei. Es-
que sois todo poderoso, ouvi minha prece. tava conversando quando a criança caiu.
• Frequência, causa e consequência: Eu sorria quando
Flexão de Tempo
ela chegava.
Situa o momento do fato: presente, pretérito e futuro. • Ação planejada, mas não feita: Eu ia estudar, mas
São três tempos primitivos: infinitivo impessoal, presente chegou visita. Pretendíamos chegar cedo, mas houve
do indicativo e pretérito perfeito simples do indicativo. congestionamento.
• Fábulas, lendas: Era uma vez um professor que canta-
Derivações: va...
• Do infinitivo impessoal, surge o pretérito imperfeito • Fato preciso, exato: Duas horas depois da prova, o ga-
barito saía no site da banca.
Língua Portuguesa

do indicativo, o futuro do presente do indicativo, o


futuro do pretérito do indicativo, o infinitivo pessoal,
o gerúndio e o particípio. O imperfeito se forma com adição ao radical das termi-
• Da primeira pessoa do singular (eu) do presente do nações a seguir (exceto ser, ter, vir e pôr):
indicativo, obtemos o presente do subjuntivo. • 1a conjugação: -ava, -avas, -ava, -ávamos, -áveis, -avam:
• Da terceira pessoa do plural do pretérito perfeito sim- cantava, cantavas, cantava, cantávamos, cantáveis,
ples do indicativo, encontramos o pretérito mais que cantavam.
perfeito do indicativo, o pretérito imperfeito do sub- • 2a e 3a conjugação: -ia, -ias, -ia, -íamos, -íreis, -iam:
juntivo e o futuro do subjuntivo. vivia, vivias, vivia, vivíamos, vivíeis, viviam.

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Pretérito perfeito simples Futuro do presente composto
Ação passada terminada antes da fala. Forma-se, nos Indica:
verbos regulares, com adição ao radical das terminações: • Futuro realizado antes de outro futuro: Já teremos lido
• 1ª conjugação: -ei, -aste, -ou, -amos, -astes, -aram: can- o livro quando o professor perguntar.
tei, cantaste, cantou, cantamos, cantastes, cantaram. • Possibilidade: Já terão chegado?
• 2ª conjugação: -i, -este, -eu, -emos, -estes, -eram: vivi,
viveste, viveu, vivemos, vivestes, viveram. Forma-se com o futuro do presente de ter (ou haver)
• 3ª conjugação: -i, -iste, -iu, -imos, -istes, -iram: parti, mais o particípio: teremos lido, haveremos lido.
partiste, partiu, partimos, partistes, partiram.
Futuro do pretérito simples
Pretérito perfeito composto • Futuro em relação a um passado: Ele me disse que
Indica repetição ou continuidade do passado até o pre- estaria aqui até as 17h.
sente: Tenho feito o melhor possível. Não temos nos preju- • Hipóteses, suposições: Iríamos se ele permitisse.
dicado. • Incerteza sobre o passado: Quem poderia com isso?
Forma-se com o presente do indicativo de ter (ou haver) Ele teria 25 anos quando se formou.
mais o particípio. • Surpresa ou indignação: Nunca aceitaríamos tal humi-
lhação! Seria possível uma crise assim?
Pretérito mais que perfeito simples • Desejo presente de modo educado: Gostariam de sair
Fato concluído antes de outro no passado. Usa-se: conosco? Poderia me ajudar?
• Em situações formais na escrita: Já explicara o conte-
údo na aula anterior. Forma-se com adição ao infinitivo de: -ia, -ias, -ia, -íamos,
• Para substituir o imperfeito do subjuntivo: Comportou- -íeis, -iam:
-se como se fora (=fosse) senhora das terras. cantaria, cantarias, cantaria, cantaríamos, cantaríeis,
• Em frases exclamativas: Quem me dera trabalhar no cantariam.
Senado. viveria, viverias, viveria, viveríamos, viveríeis, viveriam.
(Exceto fazer, dizer, trazer, que trocam “z” por “r”: faria,
diria, traria)
Forma-se trocando o final –ram (cantaram, viveram, par-
tiram) por: -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram:
Futuro do pretérito composto
cantara, cantaras, cantara, cantáramos, cantáreis, can-
• Suposição no passado: Se os juros caíssem, o consumo
taram.
teria aumentado.
vivera, viveras, vivera, vivêramos, vivêreis, viveram.
• Incerteza no passado: Quando teriam entregado as
partira, partiras, partira, partíramos, partíreis, partiram. notas?
• Possibilidade no passado: Teria sido melhor ficar.
Pretérito mais que perfeito composto
O mesmo sentido da forma simples. Usado na língua fa- Forma-se com o futuro do pretérito simples de ter (ou
lada e também na escrita, sem causar erro, nem diminuir o haver) mais o particípio: teria aumentado, teriam entregado.
nível culto: Já tinha explicado o conteúdo na aula anterior.
Forma-se com o imperfeito de ter ou haver mais o par- Modo Subjuntivo
ticípio: havia explicado, tinha vivido (=vivera), havia partido
(partira). Indica incerteza, dúvida, possibilidade. Usado sobretudo
em orações subordinadas: Quero que ele venha logo. Gosta-
Futuro do presente simples ria que ele viesse logo. Será melhor se ele vier a pé.
Fato posterior em relação à fala: Trabalharei no Senado
em dois anos. E também: Tempos do Modo Subjuntivo
• Fatos prováveis, condicionados: Se os juros caírem,
existirá mais consumo. Presente
• Incerteza, dúvida: Será possível uma coisa dessas? Por Indica presente ou futuro: É pena que o país esteja em
que estarei aqui? crise. (presente) Espero que os empregos voltem. (futuro)
Forma-se trocando o final -o do presente (canto, vivo,
Forma-se com adição ao infinitivo das seguintes termi- parto) por:
nações: -ei, -ás, -á, -emos, -eis, -ão: • 1a conjugação: -e, -es, -e, -emos, -eis, -em: cante, can-
cantarei, cantarás, cantará, cantaremos, cantareis, tes, cante, cantemos, canteis, cantem.
cantarão. Viverei, viverás, viverá, viveremos, vivereis, • 2a e 3a conjugação: -a, -as, -a, -amos, -ais, -am: viva,
viverão. vivas, viva, vivamos, vivais, vivam.
partirei, partirás, partirá, partiremos, partireis, partirão. Exceção: dar, ir, ser, estar, querer, saber, haver: dê, dês,
(Exceto fazer, dizer e trazer, que mudam o “z” em “r”.) dê, demos, deis, deem; vá, vás, vá, vamos, vais, vão; seja...;
queira...; saiba...; haja...
Língua Portuguesa

Obs.: Locuções verbais substituem o futuro do presente


simples. Veja: Pretérito imperfeito
• com ideia de intenção: Hei de falar com ele até do- Ação simultânea ou futura: Duvidei que ele viesse. Eu
mingo. queria que ele fosse logo. Gostaríamos que eles trouxessem
• com ideia de obrigação: Tenho que falar com ele até os livros.
domingo. Forma-se trocando o final -ram do perfeito simples do
• com ideia de futuro próximo ou imediato: verbo “ir” indicativo (cantaram, viveram, partiram) por: -sse, -sses,
mais infinitivo (exceto ir e vir): Que fome! Vou almoçar. -sse, -ssemos, -sseis, -ssem: cantasse, cantasses, cantasse,
Corre, que o carro vai sair. (vou ir, vou vir – erros) cantássemos, cantásseis, cantassem; vivesse...; partisse...

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Pretérito perfeito b) Negativo
• Suposta conclusão antes do tempo da fala: Talvez ele Copia exatamente o presente do subjuntivo: não
tenha chegado. Duvido que ela tenha saído sozinha. deixes tu, não deixe você, não deixemos nós, não
• Suposta conclusão antes de um futuro: É possível que deixeis vós, não deixem vocês.
ele já tenha chegado quando vocês voltarem. ð Verbos sem “eu” no presente indicativo não pos-
suem imperativo negativo.
Forma-se com o presente do subjuntivo de ter (ou haver)
mais o particípio: tenha chegado, tenha saído. Formas Nominais

Pretérito mais que perfeito Não exprimem tempo nem modo. Valores de substantivo
Passado suposto antes de outro passado: Se tivessem ou adjetivo. São: infinitivo, gerúndio e particípio.
lido o aviso, não se atrasariam. Infinitivo é a pura ideia da ação. Subdivide-se em infini-
Forma-se com o imperfeito do subjuntivo de ter (ou ha- tivo impessoal e pessoal.
ver) mais o particípio: tivessem lido. 1. Infinitivo impessoal: não se refere a uma pessoa, ne-
nhum sujeito próprio. É agradável viajar. Posso falar
Futuro simples com João. Usos:
Suposição no futuro: Posso aprender o que quiser. Poderei • Como sujeito: Navegar é preciso, viver não é preciso.
aprender o que quiser. • Como predicativo: Seu maior sonho é cantar.
Forma-se trocando o final -ram do perfeito do indicati- • Objeto direto: Admiro o cantar dos pássaros.
vo (cantaram, viveram, partiram) por: r, res, r, rmos, rdes, • Objeto indireto: Gosto de viajar.
rem. Quando/que/se cantar, cantares, cantar, cantarmos, • Adjunto adnominal: Comprei livros de desenhar.
cantardes, cantarem. Quando/que/se viver, viveres, viver, • Complemento nominal: Este livro é bom de ler.
vivermos, viverdes, viverem. • Em lugar do gerúndio: Estou a pensar (=Estou pen-
sando).
Futuro composto • Valor passivo: O dano é fácil de reparar. Frutas boas
Futuro suposto antes de outro: Isso será resolvido depois de comer.
que tivermos recebido a verba. • Tom imperativo: O que nos falta é estudar.
Forma-se com o futuro simples do subjuntivo de ter (ou
haver) mais o particípio: tivermos recebido. Duas formas do infinitivo impessoal:
Simples (valor de presente). Ações de aspecto não con-
Modo Imperativo cluído: Estudar Português ajuda em todas as provas. Perder
o jogo irrita.
Composto (passado). Ações de aspecto concluído: Ter es-
Expressa ordem, conselho, convite, súplica, pedido, a de-
tudado Português ajuda nas provas. Ter perdido o jogo irrita.
pender da entonação da voz. Dirige-se aos ouvintes apenas:
tu, você, vós, vocês.
2. Infinitivo pessoal: refere-se a um sujeito próprio. Não
• Quando o falante se junta ao ouvinte, usa-se a primeira
estudou para errar. Não estudei para errar. Não estu-
pessoa plural (nós): cantemos, vivamos.
damos para errarmos. Não estudaram para errarem.
• O imperativo pode ser suavizado com: Usos:
a) Presente do indicativo: Você me ajuda amanhã. • Mesmo sujeito: Para nós sermos pássaros, precisa-
b) Futuro do presente: Não matarás, não furtarás. mos de imaginação.
c) Pretérito imperfeito do subjuntivo: Se você falasse • Sujeitos diferentes: (Eu) Ouvi os pássaros cantarem.
baixo! (eu x os pássaros)
d) Locução com imperativo de ir mais infinitivo: Felipe • Preposicionado: Nós lhes dissemos isso por sermos
rasgou a roupa; não vá brigar com ele. amigos. Nós lhes dissemos por serem amigos.
e) Expressões de polidez (por favor, por gentileza etc.): • Sujeito indeterminado: Naquela hora ouvi chegarem.
Feche a porta, por favor.
f) Querer no presente ou imperfeito (interrogação), Duas formas do infinitivo pessoal:
ou imperativo, mais infinitivo: Quer calar a boca? Simples (presente). Aspecto não concluído: Por chegar-
Queria calar a boca? Queira calar a boca. mos cedo, estamos em dia. Por chegarmos cedo, obtivemos
g) Infinitivo (tom impessoal): Preencher as lacunas uma vaga.
com a forma verbal adequada. Composto (passado). Aspecto concluído: Por termos
• O imperativo pode ser reforçado: chegado cedo, estamos em dia. Por termos chegado cedo,
a) Com repetição: Saia, saia já daqui! obtivemos uma vaga.
b) Advérbio e expressões: Venha aqui! Repito outra
vez, fique quieto! Suma-se, seu covarde! Gerúndio é processo em ação. Papel de adjetivo ou de
• O imperativo pode ser: advérbio: Chegou com os olhos lacrimejando. Vi-o cantando.
a) Afirmativo Usos:
1. Tu e vós vêm do presente do indicativo, retiran- • Início da frase para: I) ação anterior encerrada (Jurando
do-se -s final: deixa (tu), deixai (vós). vingança, atacou o ladrão.); II) ação anterior e continu-
Língua Portuguesa

ð Exceção: “ser” forma sê (tu) e sede (vós). ada (Fechando os olhos, começou a imaginar a festa.).
ð Verbo “dizer” e terminados em -azer e -uzir • Após um verbo, para ação simultânea: Saí cantando.
podem perder “-es” ou só “-s”: diz/dize (tu), Morreu jurando inocência.
traz/traze (tu), traduz/traduze (tu). • Ação posterior: Os juros subiram, reduzindo o consumo.
2. Você, nós e vocês vêm do presente do subjunti-
vo: deixe (você), deixemos (nós), deixem (vocês). Duas formas de gerúndio:
ð Verbos sem a pessoa “eu” no presente indi- Simples (presente): aspecto não concluído. Sorrindo, olha
cativo terão apenas tu e vós: abole (tu), aboli para o pai. Ignorando os perigos, continuou na estrada. =>
(vós). Forma-se trocando o -r do infinitivo por -ndo.

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Composto (passado): aspecto de ação concluída. Tendo • Auxiliar são os verbos anteriores na locução. Servem
sorrido, olhou para o pai. Tendo compreendido os perigos, para matizar aspectos da ação do verbo principal:
abandonou a estrada. ser, estar, ter, haver, ir, vir, andar. Devo estudar.
Comecei a sorrir. O carro foi lavado. Temos vivido.
Particípio Ando estudando. Vou lavar.
Com verbo auxiliar
• ter ou haver, locução verbal chamada tempo composto Ser: forma a voz passiva de ação. O livro será aberto
(não varia em gênero e número): A polícia tem pren- pelo escolhido.
dido mais traficantes. Já havíamos chegado quando
você veio. Estar:
• ser ou estar, locução verbal (varia em gênero e nú- ð Na voz passiva de estado: O livro está aberto.
mero): Muitos ladrões foram presos pela milícia. Os ð Com gerúndio, ação duradoura num momento
corruptos estão presos. preciso: Estou escrevendo um livro.

Sem verbo auxiliar ter e haver


Estado resultante de ação encerrada: Derrotados, os sol- ð Nos tempos compostos com particípio: Já tinham
dados não ofereceram resistência. (ou haviam) aberto o livro. Se tivesse (ou houvesse)
Forma-se trocando o -r do infinitivo por -do: beber ⇒ ficado, não perderia o trem.
bebido, aparecer ⇒ aparecido, cantar ⇒ cantado. ð Com preposição “de” e infinitivo, sentido de obriga-
ção (ter) ou de promessa (haver): Tenho de estudar
Atenção! mais. Hei de chegar cedo amanhã.
• Vir e derivados têm a mesma forma no gerúndio e no Ir
particípio: Tenho vindo aqui todo dia. (particípio) Estou ð Com gerúndio, indicando:
vindo aqui todo dia. (gerúndio) – ação duradoura: O professor ia entrando devagar.
• Se apenas estado, trata-se de adjetivo: A criança as- – ação em etapas sucessivas: Os alunos iam chegando
sustada não dorme. a pé.
• Pode ser substantivado: A morta era inocente. Muitos ð No presente do indicativo mais infinitivo, indicando
mortos são enterrados como indigentes. intenção firme ou certeza no futuro próximo: Vou
encerrar a reunião. Corra! O avião vai decolar!
Vozes do Verbo
Vir
Verbos que indicam ação admitem voz ativa, voz passiva, ð Com gerúndio, indica:
– ação gradual: Venho estudando este fenômeno há
voz reflexiva. A voz verbal consiste em uma atitude do sujeito
tempo.
em relação à ação do verbo.
– duração rumo à nossa época ou lugar: Os alunos
Lembrete! Sujeito é o assunto da oração. Não precisa ser
vinham chegando, quando o sinal tocou.
o praticante da ação.
ð Com infinitivo, sentido de resultado final: Viemos
a descobrir o culpado mais tarde.
1. Voz ativa: o sujeito só pratica ação.
O governo aumentou os juros. Andar, com gerúndio, sentido de duração, continui-
2. Voz passiva: o sujeito só recebe ação. dade: Ando estudando muito. Ele anda escrevendo
Os juros foram aumentados pelo governo. livros.
Note que o sentido se mantém nas duas frases acima.
Há dois tipos de voz passiva: b) Pela Flexão: regular, irregular, defectivo e abundante.
a) Passiva analítica: com verbo ser (passiva de ação) • Regular: o radical e as terminações do padrão de
ou estar (passiva de estado): Os juros foram au- cada conjugação não mudam letra e som. Pode até
mentados pelo governo. O ladrão foi preso pelos mudar letra, mas o som permanece: agir ⇒ ajo, agi,
guardas. O ladrão está preso. agirei; ficar ⇒ fico, fiquei, ficarei; tecer ⇒ teço, teci,
Repare: tecerei.
• O agente da voz passiva (pelo governo, pelos • Irregular: o radical e/ou as terminações mudam letra
guardas) indica o ser que pratica a ação sofrida e som. Não basta mudar letra. Deve mudar também
pelo sujeito. Preposição “por” ou “de”: Ele é o som: fazer ⇒ faço, fiz, farei.
querido de todos. Obs.: fazer é capaz de substituir outro verbo na
• Locuções: temos sido amados. Tenho sido ama- sequência de frases. Veja: Gostaríamos de reverter
do. Estou sendo amado. o quadro do país como fez (=reverteu) o governo
b) Passiva sintética: a partícula apassivadora “se” anterior.
com verbo transitivo direto (não pede preposi- • Defectivo: não possui certas formas, em razão de
ção): Não se revisou o relatório = O relatório não eufonia ou homofonia.
foi revisado. Grupo 1: impessoais e unipessoais, conjugados
3. Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe ação. Ocorre apenas na terceira pessoa. Indicam fenômenos da
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pronome oblíquo reflexivo (me, te, se, nos, vos): Eu me natureza, vozes de animais, ruídos, ou pelo sentido
lavei. Ele se feriu com facas. Nós nos arrependemos tarde. não admitem certas pessoas. chover, zurrar, zunir.
Grupo 2: verbos sem a primeira pessoa do singular
Classificando os Verbos no presente do indicativo e suas derivadas: abolir,
jungir, puir, soer, demolir, explodir, colorir.
a) Pela função: Grupo 3: adequar, doer, prazer, precaver, reaver,
• Principal é sempre o último verbo de uma locução urgir, viger, falir.
(verbos com o mesmo sujeito): Devo estudar. Co- • Abundante: possui mais de uma forma correta.
mecei a sorrir. Diz/dize, faz/faze, traz/traze, requer/requere, tu

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destruis/destróis, tu construis/constróis, nós he- c) Os consumidores se absteram de comprar produtos
mos/havemos. A maioria possui duplo particípio: de empresas que não consideram a sustentabilidade
Tinha expulsado os invasores. Os invasores foram do planeta.
expulsos. A gráfica havia imprimido o livro. O livro d) A constatação de que a vida humana estaria compro-
está impresso. Tínhamos entregado a encomenda. metida deteu a exploração descontrolada daquela
A encomenda será entregue. área de mata nativa.
Como regra: ter e haver pedem o particípio regular e) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas
(-ado/-ido); ser e estar pedem o particípio irregular. que destruiu cidades inteiras com os alagamentos.

EXERCÍCIOS 6. (FCC/Bagas) Ambos os verbos estão corretamente fle-


xionados na frase:
1. (FCC/TCE-SP) “... quando há melhoria também em fa- a) O descrédito sofrido pelo mais recente relatório so-
tores de qualidade de vida ...”. O verbo flexionado nos breviu da descoberta de ter havido manipulação dos
mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado dados nele apresentados.
está na frase: b) As informações que comporam o relatório sobre
a) que levou nota máxima... Mudanças Climáticas contiam erros só descobertos
b) O destaque, aqui, cabe ao Tocantins. depois de algum tempo.
c) era um dos estados menos desenvolvidos do país. c) Os relatórios sobre o aquecimento global, sem que
d) ainda que siga como um dos mais atrasados ... se queresse, troxeram conclusões pessimistas sobre
e) conseguiu se distanciar um pouco dos retardatários. a vida no planeta.
d) Alguns cientistas de todo o mundo tiveram sua repu-
2. (FCC/Bagas) “De um lado, havia Chega de Saudade, de tação abalada por fazerem previsões aleatórias, sem
Tom Jobim e Vinicius de Morais”. A frase cujo verbo está base científica.
flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado na e) Ninguém preveu com segurança as consequências
frase é: que o derretimento de geleiras poderia trazer para
diversas populações.
a) A “Divina” era uma cantora presa ao sambacanção...
b) um compacto simples que ele gravou em julho de
7. (FCC/Bagas) Transpondo-se o segmento “João Gilberto
1958.
segue as duas estratégias” para a voz passiva, a forma
c) A batida da bossa nova, por sua vez, aparecera no
verbal resultante é:
LP...
a) eram seguidos.
d) Quando se pergunta a João Gilberto por que...
b) segue-se.
e) Ele recompõe músicas tradicionais e contemporâneas.
c) é seguido.
d) são seguidas.
3. (FCC/PBGAS) “Assim, mesmo que tal evolução impacte e) foram seguidas.
as contas públicas ...”. O verbo flexionado nos mesmos
tempo e modo em que se encontra o grifado está tam- 8. (FCC/Sergas) Transpondo-se para a voz passiva a cons-
bém grifado na frase: trução “um artista plástico pesquisando linguagem”, a
a) Entre os fatores apontados pela pesquisa, deve ser forma verbal resultante será:
considerado o controle dos índices de inflação. a) sendo pesquisada.
b) Com a valorização do salário mínimo, percebe-se um b) estando a pesquisar.
aumento do poder de compra dos trabalhadores mais c) tendo sido pesquisada.
humildes. d) tendo pesquisado.
c) A última pesquisa Pnad assinala expressiva melhoria e) pesquisava-se.
das condições de vida em todas as regiões do país.
d) É desejável que ocorra uma redução dos índices de 9. (FCC/Bagas) “Os relatórios do IPCC são elaborados por
violência urbana, consolidando as boas notícias tra- 3000 cientistas de todo o mundo ...”. O verbo que ad-
zidas pela pesquisa. mite transposição para a voz passiva, como no exemplo
e) Segundo a pesquisa, a renda obtida por aposentados grifado, está na frase:
acaba sendo veículo de movimentação da economia a) Cientistas de todo o mundo oferecem dados para os
regional. relatórios sobre os efeitos do aquecimento global.
b) As geleiras do Himalaia estão sujeitas a um rápido der-
4. (FCC/PBGAS) “Apesar do rigor científico das pesquisas retimento, em virtude do aquecimento do planeta.
que conduzira ...”. O tempo e o modo em que se encontra c) Os cientistas incorreram em erros na análise de dados
o verbo grifado acima indicam sobre o derretimento das geleiras do Himalaia.
a) ação passada anterior a outra, também passada. d) Populações inteiras dependem da água resultante do
b) fato que acontece habitualmente. derretimento de geleiras, especialmente na Ásia.
c) ação repetida no momento em que se fala. e) São evidentes os efeitos desastrosos, em todo o mun-
d) situação presente em um tempo passado. do, do aquecimento global decorrente da atividade
e) situação passada num tempo determinado. humana.
Língua Portuguesa

5. (FCC/Assembl.Leg./SP) Os verbos grifados estão corre- 10. (FCC/PBGAS) “... de como se pensavam essas coisas antes
tamente flexionados na frase: dele”. A forma verbal grifada acima pode ser substituída
a) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a corretamente por
região, os responsáveis propuseram a liberação dos a) havia pensado.
recursos necessários para sua reconstrução. b) deveriam ser pensadas.
b) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar c) eram pensadas.
projetos que prevessem a exploração sustentável o d) seria pensada.
meio ambiente. e) tinham sido pensados.

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11. (FCC/Assembl.Leg./SP) Quanto à flexão e à correlação instâncias internacionais, como a Organização Mundial do
de tempos e modos, estão corretas as formas verbais Comércio (OMC).
da frase: 15. Pelo emprego do subjuntivo em “estivesse”, estaria de
a) Não constitue desdouro valer-se de uma frase feita, a acordo com a norma culta escrita a substituição de “ti-
menos que se pretendesse que ela venha a expressar nha de apelar” por teria de apelar.
um pensamento original.
b) Se os valores antigos virem a se sobrepor aos novos, a (Cespe/IRBr/Diplomata) Píndaro nos preveniu de que o futuro
sociedade passaria a apoiar-se em juízos anacrônicos é muralha espessa, além da qual não podemos vislumbrar
e hábitos desfibrados. um só segundo. O poeta tanto admirava a força, a agilidade
c) Dizia o Barão de Itararé que, se ninguém cuidar da e a coragem de seus contemporâneos nas competições dos
moralidade, não haveria razão para que todos não estádios quanto compreendia a fragilidade dos seres huma-
obtessem amplas vantagens. nos no curto instante da vida. Dele é a constatação de que o
d) Para que uma sociedade se cristalize e se estaguine, homem é apenas o sonho de uma sombra. Apesar de tudo,
basta que seus valores tivessem chegado à triste con- ele se consolará no mesmo poema: e como a vida é bela!
solidação dos lugares-comuns. 16. Embora o efeito de sentido seja diferente, no lugar do
e) Não conviria a ninguém valer-se de um cargo público futuro do presente em “consolará”, estaria gramatical-
para auferir vantagens pessoais, houvesse no hori- mente correto e textualmente coerente o emprego do
zonte a certeza de uma sanção. futuro do pretérito consolaria ou do pretérito perfeito
consolou.
12. (FCC/Bagas) Está correta a flexão verbal, bem como
adequada a correlação entre os tempos e os modos na (Cespe/STJ/Técnico) Tudo o que signifique para os negros
frase: possibilidades de ascensão social mais amplas do que as
a) Zeus teria irritado-se com a ousadia de Prometeu e oferecidas pelo antigo e caricato binômio futebol/música
o havia condenado a estar acorrentado ao monte popular representará um passo importante na criação de
Cáucaso. uma sociedade harmônica e civilizada.
b) Seu sofrimento teria durado várias eras, até que Hér- 17. O emprego do tempo futuro do presente do verbo re-
cules intercedera, compadecido que ficou. presentar é exigência do emprego do modo subjuntivo
c) O sofrimento de Prometeu duraria várias eras ainda, em signifique.
não viesse Hércules a abater a águia e livrá-lo do su-
plício. A opinião é de Paul Krugman, um dos mais importantes e
d) Irritado com a ousadia que Prometeu cometesse, polêmicos economistas do mundo, atualmente. Segundo ele,
Zeus o teria condenado e acorrentado ao monte países emergentes como o Brasil embarcaram, durante a dé-
Cáucaso. cada passada, na ilusão de que a adoção de reformas liberais
e) Prometeu haveria de sofrer por várias eras, quando resolveria todos os seus problemas. Isso não aconteceu. E,
Hércules o livrara do suplício, e abateu a águia. segundo ele, está claro que faltaram políticas de investimento
em educação e em saúde.
13. (FCC/Sergas) Está plenamente adequada a correlação 18. Como introduz a ideia de probabilidade, se a forma ver-
entre tempos e modos verbais na frase: bal “resolveria” fosse substituída por poderia resolver,
a) Se separássemos drasticamente o visível do invisível, estariam preservadas as relações semânticas e a corre-
o efeito de beleza das obras de arte pode reduzir-se, ção gramatical.
ou mesmo perder-se.
b) Diante do frêmito que notou na relva, o autor com- O Brasil ratificou o Protocolo de Kyoto, para combater o au-
pusera um verso que havia transcrito nesse texto. mento do efeito estufa, e apresentou uma proposta à Rio+10
c) Ambrosio Bierce lembraria que houvesse sons inau- de aumento da participação de energias renováveis na matriz
díveis, da mesma forma que nem todas as cores se energética em todo o mundo. Se os líderes mundiais não
percebam no espectro solar. foram capazes de dar um passo significativo em prol das
d) Se o próprio ar que respiramos é invisível, argumenta energias do futuro, o Rio de Janeiro demonstrou que não
Mário Quintana, por que não viéssemos a crer que aceita mais os impactos ambientais negativos da energia do
pudesse haver cor na passagem do tempo? passado, apontando a direção a ser seguida por uma política
e) A caneta esferográfica, de onde saírem as mágicas energética realmente sustentável no país.
imagens de um escritor, é a mesma que repousará 19. Por fazer parte de uma estrutura condicional, a forma
sobre a cômoda, depois de o haver servido. verbal “foram” pode ser substituída por fossem.

(Cespe/Anatel/Analista) Durante muitos anos discutiu-se (Cespe/TRT-PE/Analista Judiciário) Talvez o habeas corpus da
apaixonadamente se as empresas multinacionais (EMNs) iam saudade consinta o teu regresso ao meu amor.
dominar o mundo, ou se serviam aos interesses imperialistas 20. O advérbio “Talvez” admite que a forma verbal “Consin-
de seus países-sede, mas esses debates foram murchando, ta” seja alterada para Consente, no modo indicativo.
seja porque não fazia sentido econômico hostilizar as EMNs,
Língua Portuguesa

seja porque elas pareciam, ao menos nas grandes questões, (Cespe/TRT 9ª R/Técnico) O material orgânico presente no
alheias e inofensivas ao mundo da política. lixo se decompõe lentamente, formando biogás rico em
14. A substituição das formas verbais “iam” e “serviam” por metano, um dos mais nocivos ao meio ambiente por con-
iriam e serviriam preserva a coerência e a correção textual. tribuir intensamente para a formação do efeito estufa. No
Aterro Bandeirantes, foi instalada, no ano passado, a Usina
(Cespe/Anatel/Analista) Até agora, quando os países-mem- Termelétrica Bandeirantes, uma parceria entre a prefeitura
bros divergiam sobre assuntos comerciais, era acionado o e a Biogás Energia Ambiental. Lá, 80% do biogás é usado
Tribunal Arbitral. Quem estivesse insatisfeito com o resul- como combustível para gerar 22 megawatts, energia elétrica
tado do julgamento, no entanto, tinha de apelar a outras suficiente para atender às necessidades de 300 mil famílias.

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Em relação às ideias e a aspectos morfossintáticos do texto 28 superintendências e sua modernização tecnológica tam-
acima, julgue os itens a seguir. bém foram algumas das ações realizadas no período. Foram
21. A substituição de “se decompõe” por é decomposto nomeados 1.300 servidores aprovados no concurso realizado
mantém a correção gramatical do período. em 2005. Somado aos nomeados desde 2003, o número de
22. A substituição de “foi instalada” por instalou-se preju- novos servidores passou para 1.800, o que representa um
dica a correção gramatical do período. aumento de mais de 40% na força de trabalho do Instituto.
Em questão, nº 481, Brasília, 14/2/2007 (com adaptações).
(Cespe/TRT 9ª R) Relação é uma coisa que não pode exis-
tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para 25. Estão empregadas em função adjetiva as seguintes pala-
completá-la. vras do texto: “investidos”, “aplicados”, “beneficiando”
23. O emprego do modo subjuntivo em “haja”, além de ser e “assentados”.
exigido sintaticamente, indica que a existência de “uma 26. O vocábulo “Somado” é forma nominal no particípio e
outra coisa” é uma hipótese ou uma conjectura. introduz oração reduzida com valor condicional.

É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen- (TCU)


ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis Veja – Dez anos não é tempo curto demais para mudanças
combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar capazes de afetar o clima em escala global?
a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu Al Gore – Não precisamos fazer tudo em dez anos. De qual-
salvador e este último, uma vítima para salvar. O condicio- quer forma, seria impossível. A questão é outra. De acordo
namento para o desempenho de um dos papéis é bastante com muitos cientistas, se nada for feito, em dez anos já não
sorrateiro e trabalha de forma invisível. teremos mais como reverter o processo de degradação da
24. O uso do futuro do presente em “procurará” sugere mais Terra. (Veja, 11/10/2006, com adaptações).
uma probabilidade ou suposição decorrente da situação 27. O emprego do futuro-do-presente do indicativo em “te-
do que uma realização em tempo posterior à fala. remos” indica que a preposição “em”, que precede “dez
anos”, tem o sentido de daqui a.
(TRE-AP)
Nesse período foram implantados 2.343 projetos de Época – Em seu livro, o senhor diz que todos os países devem
assentamento (PA). A criação de um PA é uma das etapas ter uma estratégia para se desenvolver.
do processo da reforma agrária. Quando uma família de Vietor – Qualquer país precisa ter uma estratégia de cres-
trabalhador rural é assentada, recebe um lote de terra para cimento.
morar e produzir dentro do chamado assentamento rural. 28. A locução verbal “devem ter” expressa uma ação ocor-
A partir da sua instalação na terra, essa família passa a ser rida em um passado recente.
beneficiária da reforma agrária, recebendo créditos de apoio
(para compra de maquinários e sementes) e melhorias na (Cespe/Prefeitura de Rio Branco/AC) As sociedades indígenas
infraestrutura (energia elétrica, moradia, água etc.), para se acreanas dividem-se de maneira desigual em duas grandes
estabelecer e iniciar a produção. O valor dos créditos para famílias linguísticas: Pano e Arawak. Alguns desses povos
apoio à instalação dos assentados aumentou. Os montantes encontram-se também nas regiões peruanas e bolivianas
investidos passaram de R$ 191 milhões em 2003 para R$ fronteiriças ao Acre.
871,6 milhões, empenhados em 2006. 29. A substituição de “dividem-se” por são divididas man-
Também a partir do assentamento, essa família passa a tém a correção gramatical do período.
participar de uma série de programas que são desenvolvidos 30. Em “encontram-se”, o pronome “se” indica que o sujei-
pelo governo federal. Além de promover a geração de renda to da oração é indeterminado, o que contribui para a
das famílias de trabalhadores rurais, os assentamentos da impessoalização do texto.
reforma agrária também contribuem para inibir a grilagem
de terras públicas, combater a violência no campo e auxiliar A história do Acre começou a se definir em 1895, quando
na preservação do meio ambiente e da biodiversidade local, uma comissão demarcatória foi encarregada de estabelecer
especialmente na região Norte do país. os limites entre o Brasil e a Bolívia, com base no Tratado de
Na qualificação dos assentamentos, foram investidos R$ Ayacucho, de 1867.
2 bilhões em quatro anos. Os recursos foram aplicados na No processo demarcatório foi constatado, no ponto inicial
construção de estradas, na educação e na oferta de luz elétri- da linha divisória entre os dois países (nascente do Javari),
ca, entre outros benefícios. O governo também construiu ou que a Bolívia ficaria com uma região rica em látex, na época
reformou mais de 32 mil quilômetros de estradas e pontes, ocupada por brasileiros. Internet: <www.agenciaamazonia.
beneficiando diretamente 197 mil assentados. Além disso, o com.br> (com adaptações).
número de famílias assentadas beneficiadas com assistência 31. A substituição de “se definir” por ser definida prejudica
técnica cresceu significativamente. Em 2006, esse número a correção gramatical e a informação original do período.
foi superior a 555 mil. 32. O emprego do futuro do pretérito em “ficaria” justifica-
O Programa Nacional de Educação na Reforma Agrá- -se por se tratar de uma ideia provável no futuro.
ria (PRONERA), que garante o acesso à educação entre os
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trabalhadores rurais, promoveu, mediante convênios com O Brasil tem-se caracterizado por perenizar problemas, para
instituições de ensino, a realização de 141 cursos. Com o os quais não se encontram soluções ao longo de décadas.
programa Luz Para Todos – parceria do Ministério do Desen- Ellen Gracie e Paulo Skaf. Folha de S. Paulo, 18/3/2007
volvimento Agrário, INCRA e Ministério das Minas e Energia 33. Para o trecho “não se encontram soluções”, a redação
–, os assentamentos também ganharam luz elétrica. Mais de não são encontradas soluções mantém a correção gra-
132 mil famílias em 2,3 mil assentamentos já foram benefi- matical do período.
ciadas com o programa.
O fortalecimento institucional do INCRA, com a realiza- Na região entre Caravelas, sul da Bahia, e São Mateus, norte
ção de dois concursos públicos, e o aumento no número de do Espírito Santo, a plataforma continental prolonga-se por

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mais de 200 quilômetros para fora da costa, formando 25 Os pequenos tecercam, perguntam se você será o pai delas,
extensos planaltos submersos com profundidades médias disputam o teu colo ou a garupa como que implorando pelo
de 200 metros. toque físico, TE convidam para voltar, te perguntam se você
34. A redação para fora da costa e forma em lugar de “para irá passear com elas.
fora da costa, formando” mantém a correção gramatical 43. O pronome “te” destacado pode ser corretamente subs-
do período. tituído por lhe.

A Petrobras e o governo do Espírito Santo assinaram um “Ações que não emancipam os usuários, pelo contrário, re-
protocolo de intenções com o objetivo de identificar opor- forçam sua condição de subalternização perante os serviços
tunidades de negócios que potencializem o valor agregado prestados.”
da indústria de petróleo e gás no estado. 44. O fragmento ações que não emancipam os usuários,
35. O emprego do modo subjuntivo em “que potencializem” pelo contrário, reforçam a condição deles de subalter-
justifica-se por tratar-se de uma hipótese. nização perante os serviços prestados substitui corre-
tamente o original.
(PM-ES) A economia colonial brasileira gerou uma divisão
de classes muito hierarquizada e bastante simples. No topo (Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe
da pirâmide, estavam os grandes proprietários rurais e os pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer
grandes comerciantes das cidades do litoral. No meio, loca- desconfiávamos.”
lizavam-se os pequenos proprietários rurais e urbanos, os 45. O pronome “cuja” tem valor possessivo, já que equivale
pequenos mineradores e comerciantes, além dos funcioná- a sua.
rios públicos.
36. A substituição de “localizavam-se” por estavam locali- Ao coração, coube a função de bombear sangue para o res-
zados prejudica a correção gramatical do período. to do corpo, mas é nele que se depositam também nossos
mais nobres sentimentos. Qual é o órgão responsável pela
(Petrobras/Advogado) Cabe lembrar que o efeito estufa saudade, pela adoração? Quem palpita, quem sofre, quem
existe na Terra independentemente da ação do homem. É dispara? O próprio.
importante que este fenômeno não seja visto como um pro- 46. A repetição do pronome na frase “Quem palpita, quem
blema: sem o efeito estufa, o Sol não conseguiria aquecer sofre, quem dispara?” cria destaque e certo suspense
a Terra o suficiente para que ela fosse habitável. Portanto o na informação.
problema não é o efeito estufa, mas, sim, sua intensificação. 47. A resposta “O próprio.”, dada às perguntas feitas ante-
37. Preservam-se a coerência da argumentação e a correção riormente, omite o nome (coração) ao qual se refere o
gramatical do texto ao se substituir “que este fenômeno adjetivo, o que valoriza enfaticamente o termo “próprio”.
não seja” por este fenômeno não ser.
(Terracap) Foi pensando nisso que me ocorreu o seguinte:
Trabalho Semiescravo se alguém está com o coração dilacerado nos dois sentidos,
biológico e emocional, e por ordens médicas precisa de um
Autoridades europeias ameaçam impor barreiras não tari- novo, o paciente irá se curar da dor de amor ao receber o
fárias ao etanol e exigir certificados de que, desde o cultivo, órgão transplantado?
são observadas relações de trabalho não degradantes e pro- Façamos de conta que sim. Você entrou no hospital com o
cessos autossustentáveis. coração em frangalhos, literalmente. Além de apaixonado por
38. No fragmento intitulado “Trabalho semiescravo”, pre- alguém que não lhe dá a mínima, você está com as artérias
servam-se a correção gramatical e a coerência textual obstruídas e os batimentos devagar quase parando. A vida
ao se empregar forem em lugar de “são”. se esvai, mas localizaram um doador compatível: já para a
mesa de cirurgia.
(Inmetro) Atualmente, o PEFC é composto por 30 membros Horas depois, você acorda. Coração novo.
representantes de programas nacionais de certificação flo- 48. O pronome “Você” é empregado na frase como forma
restal. de indeterminar o agente da ação, traço característico
39. A substituição da expressão “é composto” por com- da oralidade brasileira. Assim, “Você entrou no hospital”
põem-se mantém a correção gramatical do período. corresponde a Entrou-se no hospital.
49. A sequência “a mínima”, à qual falta o nome importân-
Em dezembro de 2004, foi editado o Decreto nº 5.296. cia, faz do qualificativo “mínima” o núcleo, o foco da
40. A substituição de “foi editado” por editou-se mantém informação.
a correção gramatical do período.
(Adasa) Na história da humanidade, a formação de grandes
O Inmetro tem realizado estudos aprofundados que visam comunidades, com a sobrecarga do meio natural que ela
diagnosticar a realidade do país e encontrar melhores solu- implica, priva cada vez mais os seres humanos de seu acesso
ções técnicas para que o Programa de Acessibilidade para livre aos recursos de subsistência de que eles necessitam e re-
Transportes Coletivos e de Passageiros seja eficaz. Idem, cai, necessariamente, sobre a sociedade enquanto sistema de
ibidem (com adaptações). convivência, a tarefa (responsabilidade) de proporcioná-los.
41. O segmento “tem realizado” pode, sem prejuízo para Essa tarefa (responsabilidade) é frequentemente negada com
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a correção gramatical do período, ser substituído por algum argumento que põe o ser individual como contrário ao
qualquer uma das seguintes opções: vem realizando, ser social. Isso é falacioso. A natureza é, para o ser humano, o
está realizando, realiza. reino de Deus, o âmbito em que encontra à mão tudo aquilo
de que necessita, se convive adequadamente nela.
(MS/Agente) Não ingira nem dê remédio no escuro para que 50. O pronome demonstrativo ‘Isso’ tem como referência
não haja trocas perigosas. anafórica o termo “ser social” do período anterior.
42. Em “para que não haja trocas perigosas”, o emprego do
modo subjuntivo justifica-se por se tratar de situação (Iphan) Os povos da oralidade são portadores de uma cul-
hipotética. tura cuja fecundidade é semelhante à dos povos da escrita.

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Em vez de transmitir seja lá o que for e de qualquer ma- PRONOMES
neira, a tradição oral é uma palavra organizada, elaborada,
estruturada, um imenso acervo de conhecimentos adquiridos Pronome substitui e/ou acompanha o nome.
pela coletividade, segundo cânones bem determinados. Tais Pedro acordou tarde. Ele ainda dormia, quando sua mãe
conhecimentos são, portanto, reproduzidos com uma meto- o chamou.
dologia rigorosa. Existem, também, especialistas da palavra Pronomes: Ele = Pedro (só substitui).
cujo papel consiste em conservar e transmitir os eventos do Sua = de Pedro (substitui Pedro e acompanha “mãe”).
passado: trata-se dos griôs.
O = Pedro (só substitui Pedro).
51. O termo “cujo” refere-se a palavra.
Existem seis tipos de pronomes:
(Terracap) Há cinquenta anos, a cidade artificial procura en-
• pessoais
contrar uma identidade que lhe seja natural. “Nós queremos
• demonstrativos
ação! Acabar com o tédio de Brasília, essa jovem cidade mor-
• possessivos
ta! Agitar é a palavra do dia, da hora, do mês!”, gritava Renato
• relativos
Russo, com todas as exclamações possíveis, no fim dos anos 70,
• interrogativos
quando era voz e baixo da banda punk Aborto Elétrico. Em
• indefinidos
meio à burocracia oficial, o rock ocupou o espaço urbano, os
parques, as superquadras de Lucio Costa, cresceu e apareceu.
As provas cobram muito os pronomes relativos, os de-
Foi a primeira manifestação cultural coletiva a dizer ao país
monstrativos e os pessoais “o” e “lhe”.
que a cidade existia fora da Praça dos Três Poderes e que,
além disso, estava viva.
52. A palavra “que” pode ser substituída por o(a) qual em Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos
todas as ocorrências do primeiro parágrafo.
Quando um pronome é empregado junto de um subs-
Texto: A alternativa existente seria o aproveitamento da tantivo, ele é chamado de pronome adjetivo; e quando um
energia elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada pronome aparece isolado, sozinho na frase, ele é chamado
53. O tempo do verbo indica um fato passado em relação a de pronome substantivo.
outro, ocorrido também no passado. Ninguém pode adivinhar suas vontades?
Ninguém → pronome substantivo (pois está sozinho).
Texto: No que se refere às práticas assistenciais, tem sido suas → pronome adjetivo (pois está junto do substantivo
comum a confusão na utilização dos termos assistência e vontades).
assistencialismo.
54. O fragmento Referindo-se às práticas assistenciais, era Encontrei minha caneta, mas não a apanhei.
comum a confusão na utilização dos termos assistência minha → pronome adjetivo.
e assistencialismo é uma reescrita correta, de acordo a → pronome substantivo.
com as normas gramaticais, do original acima.
EXERCÍCIO
(Terracap) A respeito do fragmento “qualquer país que passe
pela nossa mente – e alguns outros de cuja existência sequer Coloque: (1) para pronome substantivo e (2) para pro-
desconfiávamos.”, julgue. nome adjetivo.
55. A forma verbal “desconfiávamos” indica a ideia de tempo a) Estas montanhas escondem tesouros.
passado inacabado. b) Aquilo jamais se repetirá.
56. A forma verbal “passe” indica a ideia de possibilidade, c) Qualquer pessoa o ajudaria.
um fato incerto de acontecer. d) Nossa esperança é que ele volte.

(Iphan) Pode-se dizer que ele assume o papel de historiador Pronomes Pessoais
se admitirmos que a história é sempre um reordenamento
dos fatos proposto pelo historiador. Vamos supor que a Gorete esteja com fome e que ela
57. A forma verbal “é” pode ser substituída por seja. queira contar isso para uma outra pessoa que a esteja ouvin-
do. É claro que, numa situação normal de comunicação, não
GABARITO usaria a frase Gorete está com fome, e sim a frase:
Eu estou com fome.
1. b 16. C 31. E 46. C • eu designa o que chamamos de 1ª pessoa gramatical,
2. a 17. E 32. C 47. C isto é, a pessoa que fala.
3. d 18. C 33. C 48. C Se, no entanto, fosse mais de uma pessoa que estivesse
4. a 19. E 34. C 49. C com fome, uma delas poderia falar assim:
5. a 20. E 35. C 50. E Nós estamos com fome.
6. d 21. C 36. E 51. E
7. d 22. E 37. C 52. E Vamos supor, agora, que Gorete esteja conversando com
Língua Portuguesa

8. a 23. C 38. E 53. C um amigo e queira saber se tal amigo está com fome. Ela,
9. a 24. C 39. E 54. E então, usaria a seguinte frase:
10. c 25. E 40. C 55. C Tu estás com fome? ou: Você está com fome?
11. e 26. E 41. C 56. C • Tu (você) designa o que chamamos de 2ª pessoa gra-
12. c 27. C 42. C 57. C matical, isto é, a pessoa com quem se fala.
13. e 28. E 43. E
14. C 29. C 44. C Se, por outro lado, Gorete estiver conversando com mais de
15. C 30. E 45. C uma pessoa e quiser saber se elas estão com fome, falará assim:
Vós estais com fome? ou: Vocês estão com fome?

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Vamos imaginar, agora, que Gorete esteja conversando sujeito. Nas frases em que isso ocorre, tais pronomes são
com um amigo e queira afirmar que o cão que acompanha chamados pronomes reflexivos.
esse amigo está doente. Ela pode se expressar assim: Eu me machuquei. me (= a mim mesmo) → pronome
O cão está doente, ou então, Ele está doente. reflexivo.
• ele designa o que chamamos de 3ª pessoa gramatical,
isto é, a pessoa, o ser a respeito de quem se fala. b) Os pronomes oblíquos si e consigo são sempre re-
flexivos.
eu, nós, tu, vós, ele, eles são, nas frases analisadas, exem- Márcia só pensa em si. (= pensa nela mesma)
plos de pronomes pessoais. Ele trouxe consigo o livro. (= com ele mesmo)

Podemos concluir, então, que pronomes pessoais são Note, portanto, que frases como as exemplificadas a se-
aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas guir são gramaticalmente incorretas.
gramaticais. Marcos, eu preciso falar consigo.
São três as pessoas gramaticais: Eu gosto muito de si, minha amiga.
• 1ª pessoa (a que fala): eu, nós
• 2ª pessoa (com quem se fala): tu, vós c) Os pronomes oblíquos nos, vos e se, quando significam
• 3ª pessoa (de quem se fala): ele(s), ela(s). um ao outro, indicam a reciprocidade (troca) da ação. Nesse
caso são chamados de pronomes reflexivos recíprocos.
Quadro dos pronomes pessoais Os jogadores se abraçavam após o gol. Onde: se (= um
ao outro) → pronome reflexivo recíproco.
Caso oblíquo (outras funções)
Caso reto
(sujeito) Átonos (sem Tônicos (com d) Eu x mim: eu (pronome reto) só pode funcionar como
preposição escrita) preposição escrita) sujeito, enquanto mim (pronome oblíquo) só pode ter outras
Singular: funções, nunca sujeito. Daí termos frases como:
eu, me, mim, comigo Ela trouxe o livro para eu ler. (correto)
tu te, ti, contigo
ele(a) se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela Sujeito

Plural: Ela trouxe o livro para mim. (correto)


nós, nos, nós, conosco
vós, vos, vós, convosco Não pode ser sujeito
eles(as) se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas Ela trouxe o livro para mim ler. (errado)

Observações: Não pode ser sujeito
1. Um pronome pessoal é pronome reto quando exerce a
função de sujeito da oração e é um pronome oblíquo e) Entre todos os pronomes pessoais somente os pro-
quando exerce função que não seja a de sujeito da nomes eu e tu não podem ser pronomes oblíquos (reveja
oração. o quadro). Esses dois pronomes só podem exercer a função
Ela pediu ajuda para nós. de sujeito da oração. Nas frases em que não for para exercer
Ela: pronome reto (funciona como sujeito). a função de sujeito, tais pronomes devem ser substituídos
nós: pronome oblíquo (não funciona como sujeito). pelos seus pronomes oblíquos correspondentes.
Eu → me, mim; Tu → te, ti.
Nós jamais a prejudicamos.
Nós: pronome reto (sujeito). Eu e ela iremos ao jogo. (correto)
a: pronome oblíquo (não sujeito).
Sujeito
2. Os pronomes oblíquos átonos nunca aparecem pre-
cedidos de preposição. Uma briga aconteceu entre mim e ti. (correto)
A vida me ensina a ser realista.
Sujeito não sujeito

pron. obl. átono Não houve nada entre eu e ela. (errado)
Não houve nada entre mim e ela. (correto)
3. Os pronomes oblíquos tônicos sempre aparecem
precedidos de preposição. Pronomes Pessoais de Tratamento
Ela jamais iria sem mim.
Os pronomes de tratamento* são pronomes pessoais
prep. pron. obl. tônico usados no tratamento cerimonioso e cortês entre pessoas.
Língua Portuguesa

Os principais são:
4. Os pronomes oblíquos tônicos, quando precedidos da Vossa Alteza (V.A.) → Príncipe, Duques
preposição com, combinam-se com ela, originando as Vossa Majestade (V.M.) → Reis
formas: comigo, contigo, consigo, conosco, convosco. Vossa Santidade (V.S.) → Papas
Vossa Eminência (V.Emª.) → Cardeais
Emprego dos Pronomes Pessoais Vossa Excelência (V.Exª.) → Autoridades em geral

a) Os pronomes oblíquos me, nos, te, vos e se podem * Ver Manual de Redação da Presidência da República, para usos
indicar que a ação praticada pelo sujeito reflete-se no próprio conforme normas de redação oficial.

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Observação: Pronomes Indefinidos
Existem, para os pronomes de tratamento, duas formas
distintas: Vossa (Majestade, Excelência etc.) e Sua (Majesta- Pronomes indefinidos são pronomes que se referem à 3ª
de, Excelência etc.). Você deve usar a forma Vossa quando pessoa gramatical (pessoa de quem se fala), quando consi-
estiver falando com a própria pessoa e usar a forma Sua derado de modo vago e indeterminado.
quando estiver falando a respeito da pessoa. Acredita em tudo que lhe dizem certas pessoas.
Vossa Majestade é cruel. (falando com o rei)
Sua Majestade é cruel. (falando a respeito do rei) Quadro dos pronomes indefinidos

Pronomes Possessivos
Variáveis Invariáveis
Pronomes possessivos são aqueles que se referem às algum(ns); alguma(s) alguém
três pessoas gramaticais (1ª, 2ª e 3ª), indicando o que cabe nenhum(ns); nenhuma(s) ninguém
ou pertence a elas. todo(s); toda(s) tudo
Tuas opiniões são iguais às minhas. outro(s); outra(s) outrem
• tuas: pronome possessivo correspondente à 2ª pessoa muito(s); muita(s) nada
do singular (tu). pouco(s); pouca(s) cada
• minhas: pronome possessivo correspondente à 1ª certo(s); certa(s) algo
pessoa do singular (eu). tanto(s); tanta(s)
quanto(s); quanta(s)
É importante fixar bem que há uma relação entre os pro- qualquer; quaisquer
nomes possessivos e os pronomes pessoais.
Observe atentamente o quadro abaixo: Observação:
Um pronome indefinido pode ser representado por ex-
pressões formadas por mais de uma palavra. Tais expressões
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
são denominadas locuções pronominais. As mais comuns
eu → meu, minha, meus, minhas são: qualquer um, todo aquele que, um ou outro, cada um,
seja quem for.
tu → teu, tua, teus, tuas Seja qual for o resultado, não desistiremos.
ele → seu, sua, seus, suas
nós → nosso, nossa, nossos, nossas Pronomes Interrogativos
vós → vosso, vossa, vossos, vossas Pronomes interrogativos são aqueles empregados para
eles → seu, sua, seus, suas fazer uma pergunta direta ou indireta. Da mesma forma que
ocorre com os indefinidos, os interrogativos também se re-
Emprego dos Pronomes Possessivos ferem, de modo vago, à 3ª pessoa gramatical.
Os pronomes interrogativos são os seguintes:
a) Quando são usados pronomes de tratamento (V.Sª, Que, quem, qual, quais, quanto(s) e quanta(s).
V.Excia etc.), o pronome possessivo deve ficar na 3ª pessoa
Que horas são? (frase interrogativa direta)
(do singular ou do plural) e não na 2ª pessoa do plural.
Gostaria de saber que horas são. (interrogativa indireta)
Vossa Majestade depende de seu povo.
Quantas crianças foram escolhidas?

Pron. tratamento 3ª pessoa
Pronomes Relativos
Vossas Majestades confiam em seus conselheiros?
Vamos supor que alguém queira transmitir-nos duas in-
Pron. tratamento 3ª pessoa formações a respeito de um menino. Esse alguém poderia
falar assim:
b) Os pronomes possessivos seu(s) e sua(s) podem se Eu conheço o menino. O menino caiu no rio.
referir tanto à 2ª pessoa (pessoa com quem se fala), como
à 3ª pessoa (pessoa de quem se fala). Mas essas duas informações poderiam também ser trans-
Sua casa foi vendida (sua = de você) mitidas utilizando-se não duas frases separadas, mas uma
Sua casa foi vendida (sua = dele, dela) única frase formada por duas orações. Com isso, seria evitada
a repetição do substantivo menino. A frase ficaria assim:
Essa dupla possibilidade de uso de tais pronomes pode

gerar ambiguidade ou frases com duplo sentido. Quando isso
Eu conheço o menino que caiu no rio.
ocorrer, você deve procurar trocar os pronomes seu(s) e sua(s)
por dele(s) ou dela(s), a fim de tornar a frase mais clara.
Língua Portuguesa

1ª oração 2ª oração
c) Os pronomes seu(s) e sua(s) são usados tanto para 3ª
pessoa do singular como para 3ª pessoa do plural (confira Observe que a palavra que substitui, na segunda oração,
tal afirmação no quadro acima). a palavra menino, que já apareceu na primeira oração. Essa
é a função dos pronomes relativos.
d) Os pronomes possessivos podem, em muitos casos, Podemos dizer, então, que pronomes relativos são os que
ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes. se referem a um substantivo anterior a eles, substituindo-o
A chuva molha-me o rosto. (= molha meu rosto). na oração seguinte.

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Quadro dos pronomes relativos EXERCÍCIOS
Variáveis
Invariáveis (Cespe/Prefeitura do Rio Branco) À semelhança do Brasil, o
Masculino Feminino Acre compõe-se de uma grande diversidade de povos indí-
o qual, os quais, a qual, as quais, genas, cujas situações frente à sociedade nacional também
que, quem, são muito variadas.
cujo, cujos, quanto, cuja, cujas,
onde, como 1. A substituição de “cujas” por as quais mantém a correção
quantos quanta, quantas
gramatical do período e as relações lógicas originais.
Observações:
• Como relativo, o pronome que é substituível por o qual, Analisando o emprego do pronome relativo CUJO
a qual, os quais, as quais. • acompanha substantivo posterior;
Já li o livro que comprei. (= livro o qual comprei) • refere-se a substantivo anterior;
• sentido de posse;
• Há frases em que a palavra retomada, repetida pelo • varia com a palavra posterior.
pronome relativo, é o pronome demonstrativo o, a,
os, as. Observo os povos indígenas cujo líder é guerreiro.
Ele sempre consegue o que deseja. Observo os povos indígenas cuja cultura é milenar.
Observo as tribos indígenas cujos líderes são guerreiros.
pron. dem. pron. relativo Observo as tribos indígenas cujas culturas são milenares.
(= aquilo) (o qual)
Cuidado!
• O relativo quem só é usado em relação a pessoas e São estruturas inadequadas as seguintes:
aparece sempre precedido de preposição. Observo os povos indígenas que o líder é guerreiro.
O professor de quem você gosta chegou. Observo os povos indígenas que o líder deles é guerreiro.

pessoa preposição Regra:
Para “ligar” dois substantivos com relação de posse entre
• O relativo cujo (e suas variações) é, normalmente, em- si, somente é correto no padrão da Língua Portuguesa o
pregado entre dois substantivos, estabelecendo entre emprego do relativo cujo e suas variações.
eles uma relação de posse e equivale a do qual, da
qual, dos quais, das quais. (PMVTEC/Analista) Na saúde, o município destaca o proje-
Compramos o terreno cuja frente está murada. (cuja to MONICA – Monitoramento Cardiovascular –, em que se
frente = frente do qual) quantificou o risco de a população de Vitória na faixa de 25
a 64 anos ter problemas cardiovasculares.
Note que após o pronome cujo (e variações) não se 2. Mantendo-se a correção gramatical do período, o trecho
usa artigo. Por isso, deve-se dizer, por exemplo: “em que se quantificou” poderia ser reescrito da seguinte
Visitei a cidade cujo prefeito morreu, e não: maneira: por meio do qual se quantificou.
Visitei a cidade cujo o prefeito morreu.
(PMVSEMUS/Médico) Texto dos itens 3, 4 e 5:
• O relativo onde equivale a em que. Preocupam-se mais com a AIDS do que os meninos e as me-
Conheci o lugar onde você nasceu. ninas da África do Sul, onde a contaminação segue em ritmo
alarmante. Chegam até a se apavorar mais com a gripe do
(em que) frango do que as crianças chinesas, que conviveram com a
epidemia. Esses dados constam de uma pesquisa inédita que
• Quanto(s) e quantas(s) só são pronomes relativos se ouviu 2.800 crianças com idade entre 8 e 15 anos das classes
estiverem precedidos dos indefinidos tudo, tanto(s), A e C em catorze países.
tanta(s), todo(s), toda(s). 3. Preservam-se as ideias e a correção gramatical do texto
Sempre obteve tudo quanto quis. ao se substituir o pronome “onde” por cuja, apesar de
o texto tornar-se menos formal.
indefinido relativo
Estudando o pronome relativo ONDE
Outros exemplos de reunião de frases por meio de pro- Observe:
nomes relativos: Visitei o bairro. Você mora no bairro.
Eu visitei a cidade. Você nasceu na cidade. Note que no = em + o.
Então: Visitei o bairro no qual você mora.
onde Note que no qual = em + o qual.
Eu visitei a cidade em que você nasceu.
na qual Empregando onde, teremos:
Visitei o bairro onde você mora.
Observe que, nesse exemplo, antes dos relativos que e
qual houve a necessidade de se colocar a preposição em, que é Regras:
Língua Portuguesa

exigida pelo verbo nascer (quem nasce, nasce em algum lugar). • onde só pode se referir a um lugar;
Você comprou o livro. Eu gosto do livro. • podemos substituir onde por no qual e suas variações;
• podemos substituir onde por em que.
de que
Você comprou o livro eu gosto.
do qual ONDE versus AONDE
Observe:
Da mesma forma que no exemplo anterior, aqui houve Visitei o bairro onde você mora. (Quem mora, mora em...)
a necessidade de se colocar a preposição de, exigida pelo Visitei o bairro aonde você foi. (Quem foi, foi a...)
verbo gostar (quem gosta, gosta de alguma coisa). Então: aonde = a + onde.

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Pronomes Demonstrativos Senhor Governador,
Informo a V. Exa. que esta Casa colocará em pauta na
Pronomes demonstrativos são os que indicam a posição quarta-feira próxima a análise do projeto que destina
ou o lugar dos seres, em relação às três pessoas gramaticais. verba para reforma do Ginásio Américo de Almeida.
Aquela casa é igual à nossa. Essa Governadoria pode aguardar informativo na
quinta-feira.
Pron. dem.
Exemplo 2:
Aqui nesta sala onde estamos, às vezes, escutamos vo-
Quadro dos pronomes demonstrativos
zes vindas daquela sala onde estão tendo aula de Finanças
Variáveis Invariáveis Públicas.
este, esta, estes, estas isto
2) Para referência a termos anteriores e posteriores
esse, essa, esses, essas isso Regra:
aquele, aquela, Para termos a serem mencionados: este, esta, isto.
aquilo
aqueles, aquelas Para termos já mencionados: esse, essa, isso.
o, a, os, as o
3) Para referência a termos anteriores separadamente
Atenção! Regra:
Também podem funcionar como pronomes demonstra- Para referência ao primeiro mencionado: aquele, aquela,
tivos as palavras: o(s), a(s), mesmo(s), semelhante(s), aquilo.
tal e tais, em frases como: Para referência ao último mencionado: este, esta, isto.
Chegamos hoje, não o sabias? (o = isto) Para referência ao termo entre o primeiro e o último:
Quem diz o que quer, ouve o que não quer. (o = aquilo) esse, essa, isso.
Tais coisas não se dizem em público! (tais = estas)
4. (AFRF) Em relação aos elementos que constituem a coe­
são do texto abaixo, assinale a opção correta.
É importante saber distinguir quando temos artigo o,
a, os, as e quando pronomes demonstrativos o, a, os, as. 1 O caráter ético das relações entre o cidadão e o
O livro que você trouxe não é o que te pedi.
poder está naquilo que limita este último e, mais que
– Note que o equivale a aquele.
isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primei-
A revista que você trouxe não é a que te pedi. 4 ra versão, como direitos civis, limitavam a ação do
– Note que a equivale a aquela.
Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade
Pode fazer o que você quiser. que este tivesse, de proprietário. Com a extensão
– Note que o equivale a aquilo. 7 dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo
sociais, aqueles passam – pelo menos idealmente
Cuidado! – a fazer mais do que limitar o governante: devem
Artigo pressupõe um substantivo ligado a ele na expressão. 10 orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar di-
O livro, a revista, o grande e precioso livro, a nova e in- recionados a um aumento da qualidade de vida, que
teressante revista. não se esgota na linguagem dos direitos humanos,
13 mas tem nela, ao menos, sua condição necessária,
São três situações de uso dos pronomes demonstrativos: ainda que não suficiente.
este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso,
aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo. a) Em “o orienta” (l. 3), “o” refere-se a “cidadão” (l. 1).
1) Para referência a objetos em relação às pessoas que b) Em “este tivesse” (l. 6), “este” refere-se a “Estado” (l. 5).
participam de um diálogo (pessoas do discurso). c) Em “aqueles passam” (l. 8), “aqueles” refere-se a “di-
reitos políticos” (l. 7).
Regra: d) “sua ação” (l. 10) e “seus atos” (l. 10) remetem ao
Primeira pessoa: eu, nós (pessoa que fala). Deve-se em- mesmo referente: “proprietário” (l. 6).
pregar este, esta, isto com referência a objeto próximo de e) “sua condição” (l. 13) refere-se a “um aumento na
quem fala. qualidade de vida” (l. 11).
Segunda pessoa: tu, vós, você (pessoa que ouve). Deve-
-se empregar esse, essa, isso com referência a objeto pró- (PMDF/Médico)
ximo de quem ouve.
Terceira pessoa: ele, ela, eles, elas (pessoa ou assunto 1 Notaria apenas que, em nossos dias, as regiões
da conversa). Deve-se empregar aquele, aquela, aquilo com onde essa grade é mais cerrada, onde os buracos
referência a objeto distante tanto de quem fala, como de negros se multiplicam, são as regiões da sexualidade
quem ouve. 4 e as da política: como se o discurso, longe de ser
elemento transparente ou neutro no qual a sexua-
Língua Portuguesa

Exemplo 1: lidade se desarma e a política se pacifica, fosse um


• Correspondência do Governador para o Presidente da 7 dos lugares onde elas exercem, de modo privilegiado,
Assembleia Legislativa. alguns de seus mais temíveis poderes. Por mais que
Senhor Presidente, o discurso seja aparentemente bem pouca coisa, as
Solicito a V. Exa. que essa Casa Legislativa analise com 10 interdições que o atingem revelam logo, rapidamen-
urgência o projeto que destina verba para reforma do te, sua ligação com o desejo e com o poder.
Ginásio Estadual Américo de Almeida. Nisto não há nada de espantoso, visto que o
• Resposta do Presidente da Assembleia Legislativa para 13 discurso — como a psicanálise nos mostrou — não
o Governador. é simplesmente aquilo que manifesta (ou oculta) o

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desejo; é, também, aquilo que é objeto do desejo; e É preciso sublinhar o fato de que todas as posições existen-
16 visto que — isto a história não cessa de nos ensinar ciais necessitam de pelo menos duas pessoas cujos papéis
— o discurso não é simplesmente aquilo que traduz combinem entre si. O algoz, por exemplo, não pode continuar
as lutas ou os sistemas de dominação, mas aquilo por a sê-lo sem ao menos uma vítima. A vítima procurará seu
19 que, pelo que se luta, o poder do qual nos queremos salvador e este último, uma vítima para salvar.
apoderar. 15. O pronome “cujos” atribui a “pessoas” a posse de uma
característica que também pode ser expressa da seguinte
Julgue os itens, relativos às estruturas linguísticas do texto.
maneira: com papéis que combinem entre si.
5. Preservam-se a correção gramatical e o sentido do texto
se o pronome “onde” (l. 2) for substituído por as quais.
(MS/Agente) “Tempo é Vida” é o bordão da campanha, que ex-
6. A expressão “no qual” (l. 5) tem como referente a ex-
pressão “elemento transparente ou neutro”. pressa o apelo daqueles que estão à espera de um transplante.
7. O pronome “aquilo” (l. 14 e 17) pode ser substituído 16. A substituição de “daqueles” por dos prejudica a correção
por o, sem prejuízo do sentido original e de correção gramatical e a informação original do período.
gramatical.
8. O pronome “isto” (linha 16) recupera o sentido do trecho (TRT1ª R/Analista) A raça humana é o cristal de lágrima / Da
“visto que o discurso (…) desejo”. (l. 12-15) lavra da solidão / Da mina, cujo mapa / Traz na palma da mão.
17. A respeito do emprego dos pronomes relativos, assinale
(TCE-AC/Analista) Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, a opção correta.
em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; a) É correto colocar artigo após o pronome relativo cujo
outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são an- (cujo o mapa, por exemplo).
tes um benefício do que um infortúnio. Era à porta de uma b) O relativo cujo expressa lugar, motivo pelo qual apare-
igreja. Eu esperava que as minhas primas Claudina e Rosa ce no texto ligado ao substantivo mapa na expressão
tomassem água benta, para conduzi-las à nossa casa, onde “cujo mapa”.
estavam hospedadas. c) O pronome cujo é invariável, ou seja, não apresenta
9. Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três primas flexões de gênero e número.
de Sapucaia”, a substituição de “em que” por onde man- d) O pronome relativo quem, assim como o relativo que,
teria o sentido original e a correção gramatical do texto. tanto pode referir-se a pessoas quanto a coisas em geral.
e) O pronome relativo que admite ser substituído por o
(Cariacica/Assistente Social) Em alguns segmentos de nossa so- qual e suas flexões de gênero e número.
ciedade, o trabalho fora de casa é considerado inconveniente
para o sexo feminino. É óbvio que a participação de um indivíduo
(DFTrans/Analista) Ao se criticar a concepção da linguagem
em sua cultura depende de sua idade. Mas é necessário saber
como representação do outro e para o outro, não se a de-
que essa afirmação permite dois tipos de explicações: uma de
sautoriza nem sequer a refuta.
ordem cronológica e outra estritamente cultural.
10. A expressão “essa afirmação” retoma a ideia de que o 18. Mantêm-se a coerência e a correção da estrutura sintá-
trabalho fora de casa pode ser considerado inconveniente tica e das relações semânticas do texto ao se inserir o
para as mulheres. pronome se logo após “sequer”.

(Iema-ES/Advogado) O destino dos compostos orgânicos Pronomes Pessoais Oblíquos


no meio ambiente, dos mata-matos aos medicamentos, é (Emprego e Colocação Pronominal)
largamente decidido pelos micróbios. Esses organismos que-
bram alguns compostos diretamente em dióxido de carbono o, a, os, as → somente no lugar de trechos sem prepo-
(CO2), mas outros produtos químicos permanecem no meio sição inicial.
ambiente por anos, absolutamente intocados. lhe, lhes → somente no lugar de trechos com preposição
11. O termo “Esses organismos” está empregado em referência inicial.
a “mata-matos” e “medicamentos”, ambos na mesma linha. Devemos dar valor aos pais. → Devemos dar-lhes valor.
Amo os pais. → Amo-os.
(BB/Escriturário) Em meio a uma crise da qual ainda não sabe
Apertei os pregos da caixa. → Apertei-lhe os pregos.
como escapar, a União Europeia celebra os 50 anos do Tra-
Apertei os pregos da caixa. → Apertei-os.
tado de Roma, pontapé inicial da integração no continente.
12. O emprego de preposição em “da qual” atende à regência
do verbo “escapar”. Cuidado!
Pronomes que podem ficar no lugar de trechos com ou
(TRT 9ª R/Analista) Relação é uma coisa que não pode exis- sem preposição: me, te, se, nos, vos.
tir, que não pode ser, sem que haja uma outra coisa para Eu lhe amo. (errado)
completá-la. Mas essa “outra coisa” fica sendo essencial Eu te amo. (certo)
dela. Passa a pertencer à sua definição específica. Muitas Eu a amo. (certo)
Língua Portuguesa

vezes ficamos com a impressão, principalmente devido aos Dei-lhe amor. (certo)
exemplos que são dados, de que relação seja algo que “une”, Dei-te amor. (certo)
que “liga” duas coisas. Dei-a amor. (errado)
13. Os pronomes “essa” e “dela” são flexionados no feminino Alterações gráficas dos pronomes
porque remetem ao mesmo referente do pronome em Verbo com final -r, -s, -z, diante de pronomes o, a, os, as.
“completá-la”. Vamos cantar os hinos. →Vamos cantá-los.
14. Preservam-se a correção gramatical e a coerência textual, Cantamos os hinos. → Cantamo-los.
ao se retirar do texto a expressão “que são”. Fiz o relatório. → Fi-lo.

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Verbo com final -m, -ão, -õe, diante de pronomes o, a, • Não escrever esses pronomes após verbo no futuro:
os, as. Ele faria-me um favor. (errado)
Eles cantam os hinos. → Eles cantam-nos. Ele me faria um favor. (correto)
Pais dão presentes aos filhos. → Pais dão-nos aos filhos.
Põe o livro aqui. → Põe-no aqui. Casos de próclise obrigatória
1. Advérbios.
2. Negações.
19. (S. Leopoldo-RS/Advogado) A substituição das palavras 3. Conjunções subordinativas (que, se, quando, embora
grifadas pelo pronome está incorreta em: etc.).
a) “que transpõe um conceito moral” – que o transpõe. 4. Pronomes relativos (que, o qual, onde, quem, cujo).
b) Em “a democracia convida a um perpétuo exercício de 5. Pronomes demonstrativos (este, esse, aquele, aquilo).
reavaliação. Isso quer dizer que, para bem funcionar, 6. Pronomes indefinidos (algo, algum, tudo, todos, vários
exige crítica. Substituir “exige crítica” por exige-a. etc.).
c) “o que expõe o Brasil” – o que o expõe. 7. Exclamações.
d) “seria extirpar suas camadas iletradas” – seria extir- 8. Interrogações.
par-lhes. 9. Em mais pronome mais gerúndio (-ndo).
e) “mais apto a exercer a crítica” – mais apto a exercê-la. Observação:
Em caso de não ser obrigatória a próclise, então ela
será facultativa.
20. (Guarapari/Técnico de Informática) A substituição do
segmento grifado pelo pronome está feita de modo in- 22. Julgue os itens seguintes, quanto à colocação pronominal.
correto em: a) Jamais devolver-te-ei aquela fita.
a) “o privilégio de acessar o caminho da universidade” b) Deus pague-lhe esta caridade!
= o privilégio de acessá-lo. c) Tenho dedicado-me ao estudo das plantas.
b) “no final têm que saltar o muro do vestibular” = no d) Ali fazem-se docinhos e salgadinhos.
final têm que saltar-lhe. e) Te amo, Maria!
c) “ficam impedidos de desenvolver seus talentos” = f) Algo vos perturba?
ficam impedidos de desenvolvê-los. g) Eu me feri.
d) “perdendo a proteção de escolas especiais desde a h) Eu feri-me.
i) Eu não feri-me.
infância” = perdendo-a desde a infância.
j) O rapaz que ofendeu-te foi repreendido.
e) “Injusta porque usa seus recursos” = injusta porque k) Em me chegando a notícia, tratarei de divulgá-la.
os usa.
Colocando pronomes na locução verbal
Colocação dos pronomes oblíquos átonos: me, te, se,
nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes. Regra:
Pronome antes do verbo chama-se próclise: • Se não houver caso de próclise, o pronome está livre.
Eu te amo. Você me ajudou. • Se houver caso de próclise, o pronome só pode ficar
antes do verbo auxiliar ou após o verbo principal, sem-
Pronome depois do verbo chama-se ênclise: pre respeitadas as regras básicas.
Eu amo-te. Você ajudou-me.
23. Julgue as alternativas em C ou E.
Pronome no meio da estrutura do verbo chama-se me-
a) Elas lhe querem obedecer.
sóclise: b) Elas querem-lhe obedecer.
Amar-te-ei. Ajudar-te-ia. c) Elas querem obedecer-lhe.
d) Elas não querem-lhe obedecer.
21. (Seplan/MA) Quanto aos jovens de hoje, falta a estes e) Elas não querem obedecer-lhe.
jovens maior perspectiva profissional, sem a qual não
há como motivar estes jovens para a vida que os espera. Casos de ênclise obrigatória
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituin- 1. Verbo no início de oração:
do-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: Me trouxeram este presente. (errado)
a) faltam-lhes - motivar-lhes. Trouxeram-me este presente. (certo)
b) falta-lhes - motivar-lhes.
2. Verbo no imperativo afirmativo:
c) lhes falta - lhes motivar.
Vá ali e me traga uma calça. (errado)
d) falta-lhes - motivá-los. Vá ali e traga-me uma calça. (certo)
e) lhes faltam - os motivar.
Casos de mesóclise obrigatória
Colocação Pronominal A mesóclise é obrigatória somente se o verbo no futuro
iniciar a oração:
Pronomes oblíquos átonos: me, nos, te, vos, se, o, a, lhe. Te darei o céu. (errado)
Língua Portuguesa

Dar-te-ei o céu. (certo)


Regras básicas: Eu te darei o céu. (certo)
Eu dar-te-ei o céu. (certo)
• Não iniciar oração com pronome oblíquo átono:
Me dedico muito ao trabalho. (errado) Observação:
• Não escrever tais pronomes após verbo no particípio: Se houver caso de próclise, prevalece o pronome antes
Tenho dedicado-me. (errado). do verbo.
Correção: Tenho-me dedicado. (Portugal) Eu não te darei o céu. (certo)
Tenho me dedicado. (Brasil) Eu não dar-te-ei o céu. (errado)

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Cuidado! CLASSES DE PALAVRAS
Verbo no infinitivo fica indiferente aos casos de próclise.
É importante não se irritar à toa. (certo) Substantivo
É importante não irritar-se à toa. (certo)
É a palavra que se emprega para nomear seres, coisas,
24. “Encontrará lavrado o campo”. Com pronome no lugar ideias, qualidades, ações, estados, sentimentos.
de “campo”, escreveríamos assim:
a) encontrará-o lavrado Classificação dos Substantivos
b) encontrará-lhe lavrado
c) encontrar-lhe-á lavrado • Comuns (nomes comuns a todos os seres da mesma
d) lhe encontrará lavrado espécie): casa, felicidade, mesa, chão, criança, bondade.
e) encontrá-lo-á lavrado • Concretos (seres com existência própria, real ou ima-
ginária): fada, saci, mesa, cadeira, caneta.
(Abin/Analista) Em 2005, uma brigada completa, atualmente • Abstratos (nomeiam ações, qualidades ou estados, to-
instalada em Niterói – com aproximadamente 4 mil soldados –, mados como seres. Indicam coisas que não existem por
será deslocada para a linha de divisa com a Colômbia. si, que são o resultado de uma abstração): felicidade,
pobreza, honra, caridade.
25. A substituição de “será deslocada” por deslocar-se-á • Próprios (designam um ser específico, determinado):
mantém a correção gramatical do período. Tânia, Pagu, Recife, Brasil, Coca-Cola.
• Simples (um só radical): janela, livro, trem, porta.
26. (Metrô-SP/Advogado) O termo grifado está substituído • Composto (mais de um radical): arco-íris, sempre-viva,
de modo incorreto pelo pronome em: arranha-céu.
• Primitivo (forma outros substantivos): rosa, pedra, mar.
a) Como forma de motivar funcionários = como forma
• Derivado (formado a partir de um primitivo): roseiral,
de motivar-lhes.
rosácea, pedreiro, pedregulho.
b) De que todos na empresa tenham habilidades múlti- • Coletivos (nomeiam uma coleção de seres ou coisas
plas = de que todos as tenham. da mesma espécie): acervo (bens, obras artísticas), al-
c) Para obter sucesso = para obtê-lo. cateia (lobos), atilho (espigas), arsenal (armas), atlas
d) Essas mudanças causam perplexidade = essas mudan- (mapas), baixela (utensílios de mesa), banca (exami-
ças causam-na. nadores), bandeira (exploradores), boana (peixes miú-
e) As pessoas buscam novas regras = as pessoas bus- dos), cabilda (selvagens), cáfila (camelos), código (leis),
cam-nas. corja (bandidos), cortiço (abelhas, casas velhas), correi-
ção (formigas), dactilioteca (anéis), enxoval (roupas),
27. (TRT 19ª R) Antonio Candido escreveu uma carta, fez falange (soldados, anjos), farândola (maltrapilhos),
cópias da carta e enviou as cópias a amigos do Rio. Subs- fressura (vísceras), girândola (fogos), hemeroteca (jor-
tituem de modo correto os termos sublinhados na frase, nais, revistas), matilha (cães), mó (gente), pinacoteca
respectivamente, (quadros), tertúlia (amigos), súcia (gente ordinária).
a) destas – enviou-as
b) daquela – os enviou Gênero dos Substantivos
c) da mesma – enviou-lhes
d) delas – lhes enviou Uniformes (uma só forma para o masculino e para o
e) dela – as enviou feminino):
• Comum de dois gêneros (masculino e feminino dis-
28. Assinale abaixo a alternativa que não apresenta correta tinguem-se com artigo, pronome ou outra): dentista,
colocação dos pronomes oblíquos átonos, de acordo com jovem, imigrante, fã, motorista, jornalista, rival.
a norma culta da língua portuguesa: • Sobrecomum (um só gênero, sem flexão nem do ar-
a) Eu vi a menina que apaixonou-se por mim na juventude. tigo): a criança, o cônjuge, o sósia, a vítima, o ídolo,
b) Agora se negam a falar. a mascote.
c) Não te afastes de mim. • Epiceno (designa certos animais, diferindo-se pelo
d) Muitos se recusaram a trabalhar. acréscimo de macho e fêmea): o jacaré, a cobra,
a onça, a borboleta, mosca, tatu, barata, anta.
GABARITO Biformes (uma forma para masculino e outra para o fe-
minino):
1. E 15. C • Feminino com o mesmo radical (flexão por desinên-
2. C 16. E cia): menino / menina, aluno / aluna, prefeito / prefeita,
3. E 17. e pintor / pintora.
4. e 18. C • Heterônimos (feminino com radical diferente da for-
5. E 19. e ma masculina): bode / cabra, cão / cadela, carneiro /
6. C 20. b ovelha, cavaleiro / amazona, cavalheiro / amazona,
Língua Portuguesa

7. C 21. d compadre / comadre, genro / nora, homem / mulher,


8. E 22. E E E E E C C C E E C patriarca / matriarca.
9. E 23. C C C E C
10. E 24. e Substantivos que podem Suscitar Dúvidas
11. E 25. C
12. C 26. a • Só masculinos: o alvará, o anátema, o aneurisma, o
apêndice, o axioma, o champanha, o diadema, o dó
13. E 27. e
(pena; nota musical), o lança-perfume, o matiz, o pro-
14. C 28. a
clama.

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• Só femininos: a agravante, a aguardente, a alface, farol – faróis, paul – pauis. Exceções: cônsul – cônsules, mal
a apendicite, a bacanal, a cal, a cataplasma, a cólera, – males, real – réis (a moeda).
a comichão, a elipse, a gênese, a ioga, a libido, a nuança, g) Substantivos terminados em il:
a sentinela. • quando oxítonos, trocam o l por s: fuzil – fuzis, barril
• Masculinos ou femininos: ágape, aluvião, amálgama, – barris.
diabete (ou diabetes), ilhós, laringe, sabiá, suéter, • quando paroxítonos, trocam o l por eis: projétil – pro-
usucapião. jéteis, réptil – répteis, fóssil – fósseis.
h) Todos os substantivos terminados em x são unifor-
Gênero e Semântica mes: o tórax – os tórax, o látex – os látex, a fênix – as fênix.

Cabeça Masculino: o chefe, o dirigente, o líder. 2) Formação do plural dos substantivos compostos
Feminino: parte do corpo; pessoa muito in- a) Elementos grafados sem hífen, o plural segue as re-
teligente; extremidade mais dilatada de um gras utilizadas para os substantivos simples: passatempo –
objeto; pessoa ou animal numericamente. passatempos, pontapé – pontapés, televisão – televisões,
planalto – planaltos.
Caixa Masculino: livro contábil. b) Radicais unidos por hífen:
Feminino: recipiente; seção de pagamentos; • Ambos se flexionam:
estabelecimento financeiro. substantivo + substantivo: couve-flor – couves-flores.
Capital Masculino: riqueza, conjunto de bens. substantivo + adjetivo: guarda-florestal – guardas-
Feminino: cidade onde se localiza a sede do -florestais, obra-prima – obras-primas.
Poder Executivo. adjetivo + substantivo: puro-sangue – puros-sangues.
Moral Masculino: ânimo, brio. numeral + substantivo: terça-feira – terças-feiras.
Feminino: conjunto de regras de comporta- • Somente o primeiro varia
mento; parte da filosofia que estuda essas Substantivo + preposição + substantivo: pé de mole-
regras; conclusão que se tira de uma história. que – pés de moleque; mula sem cabeça – mulas sem
cabeça; água-de-colônia – águas-de-colônia.
Grama Masculino: unidade de massa.
• Somente o segundo varia:
Feminino: erva, relva, planta rasteira.
verbo + substantivo: guarda-sol – guarda-sóis; beija-
Número dos Substantivos -flor – beija-flores; arranha-céu – arranha-céus.
advérbio + adjetivo: sempre-viva – sempre-vivas;
Alguns substantivos usados só no plural: as núpcias, as abaixo-assinado – abaixo-assinados; alto-falante –
fezes, os óculos, as cócegas, os víveres. alto-falantes.
Outros são uniformes, ou seja, uma única forma tanto prefixo + substantivo: vice-reitor – vice-reitores; pré-
para o plural como singular: tênis, vírus, lápis, ônibus, pires. -candidato – pré-candidatos.
Nesses casos, o número será indicado por artigo, pronome Reduplicação (palavras repetidas ou quase): ono-
ou outra palavra que especifique o substantivo: o ônibus, os matopeias (pingue-pongues, tico-ticos, tique-taques,
ônibus, um pires, dois pires, meu lápis, meus lápis. bem-te-vis, reco-recos), mas verbos repetidos têm dois
plurais (pisca-piscas ou piscas-piscas, corre-corres ou
1) Formação do plural dos substantivos simples corres-corres).
• Varia somente o primeiro ou variam os dois
a) Substantivos terminados em vogal ou ditongo. Substantivo + substantivo (o segundo especifica tipo,
Acrescenta-se a desinência s: caneta(s), livro(s), rei(s), pai(s), finalidade, semelhança ao primeiro, parecendo um ad-
herói(s), mãe(s). jetivo): pombo-correio – pombos-correio ou pombos-
b) Substantivos terminados em ão. Plural em ôes, ães ou -correios; peixe-espada – peixes-espada ou peixes-es-
ãos: balão – balões; alemão – alemães; cidadão – cidadãos. padas; manga-rosa – mangas-rosa ou mangas-rosas.
Admitem mais de uma forma para o plural: ancião – anciões, • Invariáveis
anciães, anciãos; corrimão – corrimões, corrimãos; guardião Verbo + advérbio: pisa-mansinho – os pisa-mansinho.
– guardiões, guardiães; vilão – vilões, vilãos. Verbos antônimos: senta-levanta – os senta-levanta.
c) Substantivos terminados em r ou z. Acrescenta-se es Frases substantivas: deus-nos-acuda – os deus-nos-
ao singular (no caso, o e é vogal temática; o s é desinência): -acuda; maria-vai-com-as-outras – os/as maria-vai-
pintor – pintores, cruz – cruzes, hambúrguer – hambúrgueres, -com-as-outras; louva-a-deus – os louva-a-deus, estou-
júnior – juniores, sênior – seniores. -fraco – os estou-fraco.
d) Substantivos terminados em s. Podemos distinguir • Alguns substantivos que admitem dois plurais
dois casos: se o substantivo é proparoxítono ou paroxítono, guarda-marinha – guardas-marinhas ou guardas-
ele invariável (ônibus, pires, lápis); se é oxítono, acrescenta- -marinha
-se es (país – países, japonês – japoneses). salvo-conduto – salvos-condutos ou salvo-condutos
e) Substantivos terminados em n. Podem formar o plural xeque-mate – xeques-mates ou xeques-mate
em es ou s, sendo a última forma a mais usada (hífen – hífens fruta-pão – frutas-pães ou frutas-pão
ou hífenes; pólen – pólens ou pólenes; abdômen – abdomens
ou abdômenes). 3) Plural com metafonia. Alguns substantivos, no singu-
Língua Portuguesa

f) Substantivos terminados em al, el, ol, ul. Perdem o l lar, têm o o tônico fechado e, quando se pluralizam, trocam
final, que é substituído por is: varal – varais, papel – papéis, o o tônico fechado pelo o tônico aberto. Principais casos:

Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó) Singular (ô) Plural (ó)
aposto apostos fogo fogos poço poços
caroço caroços forno fornos porco porcos
corno cornos foro foros porto portos

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coro coros fosso fossos posto postos
corvo corvos imposto impostos povo povos
despojo despojos jogo jogos reforço reforços
desporto desportos miolo miolos socorro socorros
destroço destroços olho olhos tijolo tijolos
esforço esforços ovo ovos troco trocos

Grau dos Substantivos a) vulcão, abaixo-assinado.


b) irmão, salário-família.
A flexão de grau exprime ideia de aumento ou de dimi- c) questão, manga-rosa.
nuição de tamanho, tendo como referência um grau normal, d) bênção, papel-moeda.
que seria o substantivo tal como aparece no dicionário. e) razão, guarda-chuva.

Formação do grau do substantivo 5. Assinale a opção incorreta.


a) Borboleta é substantivo epiceno.
Utilizamos dois processos para formar o aumentativo e b) Rival é comum de dois gêneros.
o diminutivo: c) Omoplata é substantivo masculino.
a) sintético: acrescentam-se sufixos ao grau normal: d) Vítima é substantivo sobrecomum.
e) Nenhuma opção.
concurso – concursão (aumentativo sintético) e concursinho
(diminutivo sintético).
6. Indique o período que não contém um substantivo no
b) analítico: o substantivo é modificado por adjetivos que
grau diminutivo.
expressem ideia de aumento ou de diminuição: concurso – a) Todas as moléculas foram conservadas com as pro-
concurso grande e concurso pequeno. priedades particulares, independentemente da atu-
ação do cientista.
É curioso notar que o processo sintético expressa, com b) O ar senhoril daquele homúnculo transformou-o no
frequência, não uma variação de tamanho, mas uma carga centro de atenções na tumultuada assembleia.
afetiva, ou pejorativa. Exemplo: falar que tal obra é um livri- c) Através da vitrina da loja, a pequena observava curio-
nho agradável ou que Fulano é um amigão são formas que samente os objetos decorativos expostos à venda,
expressam juízos de valor, possuem conotação afetiva e não por preço bem baratinho.
podem ser classificadas como flexão de grau. d) De momento a momento, surgiam curiosas sombras
Por outro lado, a flexão de grau é mais nítida com o uso e vultos apressados na silenciosa viela.
do processo analítico. e) Enquanto distraía as crianças, a professora tocava
Outra curiosidade é perceber que o grau pode conduzir flautim, improvisando cantigas alegres e suaves.
a novos significados. Exemplo: portão, cartão, cartilha, fo-
lhinha (calendário). 7. Numere a segunda coluna de acordo com o significado
das expressões da primeira coluna e assinale a opção
EXERCÍCIOS que contém os algarismos na sequência correta.
(1) o óleo santo ( ) a moral
1. Indique a opção em que só aparecem substantivos abs- (2) a relva ( ) a crisma
tratos. (3) um sacramento ( ) o moral
a) tempo, angústia, saudade, ausência, esperança, ima- (4) a ética ( ) o crisma
gem. (5) a unidade de massa ( ) a grama
b) angústia, choro, sol, presença, esperança, amizade. (6) o ânimo ( ) o grama
c) amigo, dor, claridade, esperança, luz, tempo.
d) angústia, saudade, presença, esperança, amizade. a) 6, 1, 4, 3, 5, 2
b) 6, 3, 4, 1, 2, 5
e) espaço, mãos, claridade, rosto, ausência, esperança.
c) 4, 1, 6, 3, 5, 2
d) 4, 3, 6, 1, 2, 5
2. Aponte a opção em que haja erro quanto à flexão do
e) 6, 1, 4, 3, 2, 5
nome composto.
a) vice-presidentes, amores-perfeitos, os bota-fora. 8. Assinale a opção em que a flexão do substantivo com-
b) tico-ticos, salários-família, obras-primas. posto está errada.
c) reco-recos, sextas-feiras, sempre-vivas. a) os pés de chumbo.
d) pseudoesferas, chefes de seção, pães de ló. b) os corre-corre.
e) pisca-piscas, cartões-postais, mulas sem cabeças. c) as públicas-formas.
d) os cavalos-vapor.
3. Preencha a frase seguinte com uma das opções. Dese-
Língua Portuguesa

e) os vai-véns.
javam transformar os...... em ....... do céu.
a) pagões – cidadões GABARITO
b) pagãos – cidadões
c) pagões – cidadãos 1. d 5. c
d) pagãos – cidadãos
2. e 6. e
4. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como 3. d 7. d
balão e caneta-tinteiro: 4. c 8. e

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Artigo b) Artigo definido: indica seres determinados dentro
de uma espécie; seu sentido é particularizante. Assume as
Canção Mínima formas o, a; os, as.
Meu vizinho gosta muito de animais: você precisa ver o
No mistério do Sem-Fim, cachorro, a gata, os tucanos e as araras que ele tem em casa.
Equilibra-se um planeta.
E, no planeta, um jardim, Combinações dos Artigos
e, no jardim, um canteiro;
no canteiro, uma violeta, É muito frequente a combinação dos artigos definidos e
e, sobre ela, o dia inteiro, indefinidos com preposições. O quadro seguinte apresenta
entre o planeta e o sem-fim, a forma assumida por essas combinações:
a asa de uma borboleta.
(Cecília Meireles)
Preposições Artigos Combinações
Julgue os itens. a ao, aos, à, às
1. Nesse jogo de retomadas e acréscimos, os substantivos o, os, a, do, dos, da, das, dum, duma,
surgem inicialmente precedidos pelo artigo um (“um de
as, um, duns, dumas
planeta”, “um jardim”) e depois pelo artigo o (“no pla- uma, uns, no, nos, na, nas, num, numa,
neta”, “no jardim”). A diferença que essa troca de artigo em
umas nuns, numas
estabelece constitui passagem do particular para o geral.
2. A introdução do substantivo asa, no último verso do po- por (per) pelo, pelos, pela, pelas
ema, precedido pelo artigo a, rompe o processo indicado
na questão anterior, produzindo o efeito de retomar o Observações:
texto como um todo. 1. As formas à e às indicam a fusão da preposição a com
o artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhe-
Comentários: cida por crase.
No poema “Canção mínima”, ocorre seguidamente um 2. As formas pelo(s) /pela(s) resultam da combinação
mesmo processo: um substantivo surge inicialmente pre- dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
cedido pelo artigo um para, pouco depois, ser repetido,
desta vez precedido do artigo o. Dessa forma, passa-se de EXERCÍCIOS
“um planeta” para “o planeta”, de “um jardim” para “o
jardim” e de “um canteiro” para “o canteiro”. Há, nessa 1. Os artigos são responsáveis por diversos detalhes de sig-
substituição de um artigo por outro, uma evidente dife- nificação nas diferentes situações comunicativas em que
rença de significado: aquilo que era genérico e indefinido são empregados. Leia as frases seguintes e comente o
ao ser nomeado pela primeira vez surge como particula- valor dos artigos destacados.
rizado e definido ao ser retomado. No poema, esse jogo a) Estou levando produtos da região.
envolvendo artigos e substantivos é o principal recurso b) O menino estava tão encabulado que não sabia o que
no caminho do amplo e universal ao mínimo e particular. fazer com as mãos.
c) Em poucos instantes, pôs-se a chorar e a chamar pela
Artigo é a palavra que pressupõe substantivo escrito. mãe.
Generaliza ou particulariza o sentido desse substantivo. Ob- d) A carne está custando 20 reais o quilo.
serve: um planeta/o planeta; um canteiro/o canteiro; um e) Aquele era o momento de minha vida.
jardim/o jardim; uma violeta/a violeta.
Em muitos casos, o artigo é essencial na especificação 2. Explique as diferenças de significado entre as frases de
do gênero e do número do substantivo. cada par:
O jornalista recusou o convite do representante dos ar- a) Todo dia ele faz isso.
tistas. A jornalista recusou o convite da representante das Todo o dia ele faz isso.
artistas. b) Pedro não veio.
A empresa colocou em circulação o ônibus de três eixos. O Pedro não veio.
A empresa colocou em circulação os ônibus de três eixos. c) Essa caneta é minha.
Essa caneta é a minha.
Quando antepostos a palavras de qualquer classe gra- d) O dirigente sindical apresentou reivindicações dos
matical, os artigos as transformam em substantivos. Nesses trabalhadores na reunião.
casos, ocorre a chamada derivação imprópria. O dirigente sindical apresentou as reivindicações dos
É um falar que não tem fim. trabalhadores na reunião
O assalariado vive um sofrer interminável. e) Chico Buarque, grande compositor brasileiro, é tam-
O aqui e o agora nem sempre se conjugam favoravel- bém escritor.
mente. Chico Buarque, o grande compositor brasileiro, é tam-
bém escritor.
Sintaticamente, os artigos atuam sempre como adjuntos
Língua Portuguesa

adnominais. 3. Observe:
“... foram intimados a comparecer...”
Classificação dos artigos “... não a fizeram...”
“... a sua oração...”
a) Artigo indefinido: indica seres quaisquer dentro de
uma mesma espécie; seu sentido é genérico. Assume as for- As três ocorrências do a são, respectivamente:
mas um, uma; uns, umas. a) preposição, pronome, preposição.
Gosto muito de animais: queria ter um cachorro, uma b) artigo, artigo, preposição.
gata, uns tucanos e umas araras. c) pronome, artigo, preposição.

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d) preposição, pronome, artigo. Adjetivo
e) artigo, pronome, pronome.
Adjetivo é a palavra que caracteriza o substantivo,
4 Assinale a opção correta. atribuindo-lhe qualidades (ou defeitos) e modos de ser, ou
a) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco. indicando-lhe o aspecto ou o estado.
b) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos cinco livros. Imprensa injusta, sensacionalista, partidária, tenden-
c) Mostraram-me cinco livros. Comprei todos os cinco. ciosa.
d) Mostraram-me cinco livros. Comprei a todos cinco Acusações substantivas, ferozes, infundadas, justas.
livros.
e) Nenhuma das alternativas. A palavra adjetivo significa “colocado ao lado de, jus-
taposta a”. Esse significado enfatiza o caráter funcional do
5 “O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário ape- conceito de adjetivo: observe que é necessário apresentar
a relação que se estabelece entre o substantivo e o adjetivo
nas um disparo: o assaltante recebeu a bala na cabeça e
para poder conceituar este último. Na realidade, substantivos
morreu na hora.” e adjetivos apresentam muitas características semelhantes e,
No texto, os vocábulos destacados são, respectivamente: em muitas situações, a distinção entre ambos só é possível
a) preposição e artigo. a partir de elementos fornecidos pelo contexto:
b) preposição e preposição. O jovem brasileiro tornou-se participativo.
c) artigo e artigo. O brasileiro jovem enfrenta dificuldades profissionais.
d) artigo e preposição.
e) artigo e pronome indefinido. Na primeira frase, jovem é substantivo, e brasileiro é
adjetivo. Na segunda, invertem-se esses papéis: brasileiro
6 Procure e assinale a única opção em que há erro no em- é substantivo, e jovem passa a ser adjetivo. Ser adjetivo ou
prego do artigo. ser substantivo não decorre, portanto, de características
a) Nem todas as opiniões são valiosas. morfológicas da palavra, mas de sua situação efetiva numa
b) Disse-me que conhece todo o Brasil. frase da língua.
c) Leu todos os dez romances do escritor. Há conjuntos de palavras que têm o valor de um adjetivo:
d) Andou por todo Portugal. são as locuções adjetivas. Essas locuções são normalmente
e) Todas as cinco, menos uma, estão corretas. formadas por uma preposição e um substantivo ou por uma
preposição e um advérbio; para muitas delas, existem adje-
tivos equivalentes.
7 Assinale a opção em que há erro.
Conselho de pai (= paterno) / Jornal de ontem / Inflama-
a) Li a notícia no Estado de S. Paulo.
ção da boca (= bucal) Gente de longe.
b) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.
c) Essa notícia, eu a vi em A Gazeta.
Flexões dos Adjetivos
d) Vi essa notícia em A Gazeta.
e) Foi em O Estado de S. Paulo que li a notícia. Os adjetivos se flexionam em gênero e número e apre-
sentam variações de grau bem mais complexas que as dos
8 Indique o erro quanto ao emprego do artigo. substantivos.
a) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas
se acovardam. Flexão de Gênero
b) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se
acovardam. O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que
c) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se se refere:
acovardam. Um comportamento estranho.
d) Em certos momentos, as mais corajosas pessoas se Uma atitude estranha.
acovardam. Um jornalista ativo.
Uma jornalista ativa.
GABARITO
Formação do feminino dos adjetivos biformes
Os adjetivos biformes possuem uma forma para o gênero
1. a) Região específica. masculino e outra para o feminino. A formação do feminino
b) Sentido de posse (mãos dele). desses adjetivos costuma variar de acordo com a terminação
c) Posse (mãe dele). da forma masculina.
d) Sentido de cada quilo.
e) Momento específico. • Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos,
apenas o último elemento sobre flexão:
2. a) Diariamente x O dia inteiro. cidadão luso-brasileiro – cidadã luso-brasileira
b) Qualquer Pedro, pouco conhecido x Pedro especí- casaco verde-escuro – saia verde-escura
Língua Portuguesa

fico, bem conhecido. consultório médico-dentário – clínica médico-dentária


c) Uma entre minhas canetas x Minha única caneta.
d) Algumas reivindicações x A totalidade das reivindi- Destaque-se surdo-mudo, em que variam os dois ele-
cações. mentos:
e) Um dos grandes compositores brasileiros x O único rapaz surdo-mudo – moça surda-muda
grande, o maior compositor brasileiro.
Adjetivos uniformes
3. d 4. c 5. a 6. d 7. a São os adjetivos que possuem uma única forma para
o masculino e o feminino.

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pássaro frágil/ave frágil Essa solução é melhor (do) que a outra.
ator ruim/atriz ruim Minha voz é pior (do) que a sua.
empresa agrícola/planejamento agrícola O descaso pela miséria é maior (do) que o senso huma-
vida exemplar/comportamento exemplar nitário.
homem audaz/mulher audaz A preocupação social é menor (do) que a ambição in-
• São uniformes os adjetivos compostos em que o se- dividual.
gundo elemento é um substantivo.
casaco amarelo-limão – camisa amarelo-limão As formas analíticas correspondentes (mais bom, mais
carro verde-garrafa – bicicleta verde-garrafa mau, mais grande, mais pequeno) só devem ser usadas quan-
papel verde-mar – tinta verde-mar do se comparam duas características de um mesmo ser:
• Também são uniformes os compostos azul-marinho e Ele é mais bom (do) que inteligente.
azul-celeste. Todo corrupto é mais mau (do) que esperto.
Meu salário é mais pequeno (do) que justo.
Flexão de Número Este país é mais grande (do) que equilibrado.

O adjetivo concorda em número com o substantivo a Atente para o fato de que a forma menor é um compara-
que se refere.
tivo de superioridade, pois equivale a mais pequeno.
governante capaz / governantes capazes
salário digno/salários dignos
Grau superlativo
Formação do plural dos adjetivos compostos A característica atribuída pelo adjetivo é intensificada de
O plural dos adjetivos compostos segue os mesmos pro- forma relativa ou absoluta.
cedimentos da variação de gênero desses adjetivos: No grau superlativo relativo, a intensificação da caracte-
• Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, rística atribuída pelo adjetivo é feita em relação a todos os
apenas o segundo elemento vai para o plural: demais seres de um conjunto que a possuem.
tratado luso-brasileiro / tratados luso-brasileiros O superlativo relativo pode exprimir superioridade ou
intervenção médico-cirúrgica / intervenções médico- inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica:
-cirúrgicas
Destaque-se novamente surdo-mudo: Superlativo relativo Ele é o mais atento de todos.
rapaz surdo-mudo / rapazes surdos-mudos de superioridade Ele é o mais exigente de todos
• Os adjetivos compostos em que o segundo elemento os irmãos.
é um substantivo são invariáveis também em número:
recipiente verde-mar / recipientes verde-mar
uniforme amarelo-canário / uniformes amarelo-canário Superlativo relativo Você é o menos crítico de todos.
Também são invariáveis azul-marinho e azul-celeste: de inferioridade Você é o menos passivo de to-
camisa azul-marinho / camisas azul-marinho dos os amigos.
camiseta azul-celeste / camisetas azul-celeste
As formas do superlativo relativo de superioridade dos
Flexão de Grau adjetivos bom, mau, grande pequeno também são sintéticas:
o melhor, o pior, o maior e o menor.
Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar No grau superlativo absoluto, intensifica-se a caracterís-
ou intensificar as características que atribuem. Há, portanto, tica atribuída pelo adjetivo a um determinado ser. O super-
dois graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo. lativo absoluto pode ser analítico ou sintético:
a) O superlativo absoluto analítico é formado normal-
Grau comparativo mente com a participação de um advérbio:
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente.
mais seres ou duas ou mais características atribuídas a um Somos excessivamente tolerantes.
mesmo ser. Observe as frases seguintes:
b) O superlativo absoluto sintético é expresso com a
Comparativo Ele é tão exigente quanto justo. participação de sufixos. O mais comum deles é -íssimo; nos
de igualdade Ele é tão exigente quanto (ou adjetivos terminados em vogal, esta desaparece ao ser acres-
como) seu irmão. centado o sufixo do superlativo:
Trata-se de um artista originalíssimo.
Ele é exigentíssimo. Seremos tolerantíssimos.
Comparativo de Estamos mais atentos (do) que
superioridade eles. Muitos adjetivos possuem formas irregulares para expri-
Estamos mais atentos (do) que mir o grau superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irre-
ansiosos. gularidades ocorrem porque o adjetivo, ao receber o sufixo,
reassume a forma latina. É o caso dos adjetivos terminados
Língua Portuguesa

Comparativo de Somos menos passivos (do) que em -vel, que assumem a terminação -bilíssimo:
inferioridade eles. volúvel – volubilíssimo / indelével – indelebilíssimo
Somos menos passivos (do) que
tolerantes Os adjetivos terminados em -io formam o superlativo
absoluto sintético em -íssimo:
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sério – seriíssimo
sintéticas para o grau comparativo de superioridade: melhor, necessário – necessariíssimo
pior, maior e menor, respectivamente: frio – friíssimo

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Locução Adjetiva h) Seria um homem bom.
i) É uma solução boa.
Compõe-se de preposição (de) e substantivo. Ex.: de pai j) Teria sido um animal feroz.
(paterno), bucal (da boca). Essa correspondência entre lo­ k) Fora um espírito livre.
cução adjetiva e adjetivo, no entanto, nem sempre se verifica, l) É um sujeito magro.
ou por não existir um dos dois, ou por não ser preservado o m) É um país pobre.
sentido quando se substitui um pelo outro. Colar de marfim, n) Tinha sido uma pessoa simpática.
por exemplo, é expressão usada cotidianamente, mas seria o) É uma alma volúvel.
pouco recomendável dizer, no mesmo contexto cotidiano,
colar ebúrneo ou colar ebóreo, porque tais adjetivos têm 5. Alguns concursos cobram diferença entre o nível formal
uso restrito à linguagem literária e, portanto, seriam ade- e o nível coloquial. Observe algumas dessas formas co-
quados somente em contextos eruditos, mais formais. Ana- loquiais nas frases abaixo; reescreva as frases utilizando
logamente, contrato leonino é uma expressão empregada na o superlativo absoluto apropriado à língua formal.
linguagem jurídica; entretanto, é pouquíssimo provável que a) É um piloto hiperveloz!
os advogados passem a dizer contrato de leão. b) Crianças subnutridas têm uma constituição vulnerá-
Observe: vel, vulnerável.
A greve de professores tem tomado proporções incontro- c) Ela adotou uma posição supercrítica.
láveis. O movimento docente se justifica em face da inércia d) É superpossível que a gente vá viajar.
do governo. e) Tem uma cabeça arquipequena!
f) É um cão supermanso.
g) Ele é arquiamigo de meu irmão.
EXERCÍCIOS h) É uma planta fragilzinha.
i) Saiu daqui felizinho da silva!
1. Complete as frases abaixo com a forma apropriada do j) É um cara sabidão!
adjetivo colocado entre parênteses.
a) Apesar de ser uma dentista ___________________
(recém-formado), possuía já uma ______________ GABARITO
(numeroso) clientela.
b) Comprei uma camisa __________________ (ama- 1. a) recém-formada, numerosa.
relo-claro) e um chapéu __________________ (cor- b) amarelo-clara, cor-de-rosa.
-de-rosa) para desfilar no Carnaval. c) sandia, amarelo-limão.
c) Aquela moça é __________ (sandeu). Onde já se viu d) sulinas, europeia.
dar tanto dinheiro por uma motocicleta __________ e) branca, azul-marinho, pretos.
____________ (amarelo-limão)!
d) Todas aquelas famílias __________ (sulino) são de 2. a) É um indivíduo tão capaz quanto seus companheiros.
b) É um rio menos poluído (do) que outros.
origem __________ (europeu).
c) É um animal mais feroz (do) que outros.
e) Sou do tempo em que se usava camisa __________
d) É uma cidade menor (do) que as cidades vizinhas.
(branco), calça _____________________ (azul-ma-
rinho) e sapatos __________ (preto) como uniforme 3. a) é a mais razoável de todas.
nos colégios ____________ (estadual). b) é o mais aplicado de todos.
c) é a pior de todas.
2. Seguindo o modelo, construa frases comparativas a d) é o maior de todos.
partir dos elementos fornecidos em casa item seguinte.
A relação de comparação a ser feita vem indicada entre 4. a) fragílima
parênteses. b) talentosíssimo.
País pobre – países vizinhos (igualdade) c) agílimo
É um país tão pobre quanto (ou como) os países vizinhos. d) agradabilíssimo
a) indivíduo capaz – seus companheiros (igualdade). e) amabilíssima
b) rio poluído – outros rios (inferioridade). f) antiguíssima
c) animal feroz – outros animais (superioridade). g) audacíssimo
d) cidade pequena – cidades vizinhas (superioridade). h) boníssimo
I) boníssima
3. Complete as frases de acordo com o modelo. j) ferocíssimo
Ela não é apenas uma funcionária competente: ela é a k) libérrimo
mais competente de todas! l) macérrimo/magríssimo
a) Esta não é apenas uma solução razoável: m) pobríssimo/paupérrimo
b) Ele não é apenas um aluno aplicado: n) simpaticíssima
c) Esta não é apenas uma má saída: o) volubilíssima
d) Ele não é apenas um grande amigo:
5. a) velocíssimo
Língua Portuguesa

4. Complete as frases de acordo com o modelo: b) vulnerabilíssima


É um poema belo. Não: é belíssimo! c) criticíssima
a) A vida é frágil. d) possibilíssimo
b) Era um homem talentoso. e) mínima
c) É um jogador ágil. f) mansuetíssimo
d) Foi um lugar agradável. g) amicíssimo
e) Será uma pessoa amável. h) fragílima
f) É uma moeda antiga. i) felicíssimo
g) É um corredor audaz. j) sapientíssimo

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Advérbio e Locução Adverbial • palavra substantiva
Dois mais dois são quatro.
Advérbio exprime uma circunstância do fato expresso A inflação subiu o dobro em 1982.
pelo verbo, pelo adjetivo ou pelo advérbio.
Do Ponto de Vista Mórfico
Um advérbio
Longe, o rio roncava ameaçadoramente. Numeral cardinal: exceto um, os cardinais são todos
plurais. Os cardinais terminados em ão ocorrem sob forma
Uma locução adverbial singular e plural (um milhão / dois milhões) e são masculinos.
Fabiano falava com dificuldade. Os milhares de vítimas (certo).
As milhares de vítimas (errado).
Uma oração adverbial
Quando começou a chuva, todos se recolheram. Os cardinais um, dois e todas as centenas a partir de
duzentos apresentam forma masculina e feminina.
Conforme a circunstância que exprimir, o advérbio ou a um – uma; dois – duas; duzentos – duzentas; novecentos
locução adverbial podem ser: – novecentas
De modo: O vento soprava fortemente.
De lugar: A família estava em tomo da fogueira. Numeral ordinal: flexiona-se em gênero e número.
De tempo: Amanhã procuraremos água fresca. primeiro – primeira
De afirmação: De fato, o tempo se apresenta nublado. primeiro – primeiros
De negação: Não era propriamente uma conversa de
amigos. Numeral multiplicativo: flexiona-se em gênero e número
De dúvida: Talvez o frio diminua pela madrugada. quando funcionam como palavras adjetivas. Caso contrário,
De intensidade: Iniciou uma história bastante confusa. ficam invariáveis.
De causa: Os meninos tremiam de frio. Arriscou dois palpites duplos.
De companhia: Os meninos mais velhos saíram com o pai. O atacante cometeu dupla falta.
De instrumento: O garoto feriu-se com a faca. Os atletas renderam o dobro do que costumavam.
De meio: Fabiano navegava a vela.
De fim ou finalidade: O lenhador trouxe o machado para Alguns numerais multiplicativos
o trabalho.
De concessão: Apesar do calor, permanecemos na praia. duplo ou dobro = duas vezes
De preço: Vendemos os ovos a cinco cruzeiros. triplo ou tríplice = três vezes
De opção: Lutava contra a tempestade. quádruplo = quatro vezes
quíntuplo = cinco vezes
OBS.: Estudaremos as conjunções, com maior detalhe, sêxtuplo = seis vezes
juntamente com as orações subordinadas. séptuplo, sétuplo = sete vezes
óctuplo = oito vezes
Numeral nônuplo = nove vezes
décuplo = dez vezes
Do Ponto de Vista Semântico undécuplo = onze vezes
duodécuplo = doze vezes
Numeral é a palavra que quantifica numericamente os cêntuplo = cem vezes
seres ou indica a ordem que eles ocupam numa certa se-
quência. Desses, os mais usados são duplo ou dobro e triplo ou
Apenas dois fatos ocorreram. tríplice. Os demais, muito menos usados, são substituídos
Apenas o segundo fato merece atenção. pelo cardinal seguido de vezes. Assim, em vez de undécuplo,
usa-se onze vezes; em vez de duodécuplo, usa-se doze vezes.
Subclassificação do Numeral Obs.: Muitas vezes o numeral foge do seu significado exato,
indicando uma quantidade indefinida e conseguindo, com
isso, um efeito expressivo ou enfático.
• Cardinal: indica uma quantidade determinada de seres. Eu já lhe disse mil vezes que não gosto dessa sua atitude.
Há cinco vagas para cem candidatos. (exagero)
• Ordinal: indica a posição relativa de um ou vários seres
numa determinada sequência. Numeral fracionário: concorda com o cardinal indicador
Acerte o quarto botão da esquerda para a direita. do número de partes em que se dividiu a quantidade. Com-
• Multiplicativo: indica quantas vezes uma quantidade prou um terço das terras do município.
é multiplicada. Comprou dois quartos da produção anual.
Os especuladores lucraram o triplo do capital investido. Obs.: O fracionário meio concorda em gênero e número
• Fracionário: indica em quantas partes uma quantidade com o substantivo a que se refere.
é dividida. É meio-dia e meia (hora).
Os agricultores só recuperaram um terço das sementes
Língua Portuguesa

São homens de meias palavras.


plantadas.
Leitura dos Numerais Fracionários
Do Ponto de Vista Sintático
Apenas dois numerais fracionários apresentam formas
O numeral, sintaticamente, pode funcionar como: típicas: meio e terço. Os demais fracionários são indicados
• palavra adjetiva de duas maneiras:
O juiz expulsou dois jogadores. • por um cardinal (representando o numerador da fra-
O corretor cometeu duplo engano. ção) seguido de um ordinal (representando o deno-

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minador). 1/4 = um quarto; 2/8 = dois oitavos ; 5/10 = 3. Classifique os numerais destacados nos versos a seguir.
cinco décimos ; 3/100 = três centésimos; “A primeira vez que te vi, / Era menino e tu menina (...)
• por um cardinal (representando o numerador) e outro Quando te vi pela segunda vez, / Já eras moça. (...)
cardinal seguido de avos (representando o denomina- Vejo-te agora. Oito anos faz / Oito anos que não te via...
dor). Esse processo é utilizado para os ordinais que se (...)” (Manuel Bandeira)
situam no intervalo de onze a noventa e nove.
5/12 = cinco doze avos ; 3/67 = três sessenta e sete Resposta:
avos Primeira: _____________________________________
Segunda: _____________________________________
Alguns numerais cardinais e ordinais apresentam formas Oito: _________________________________________
variantes: quatorze / catorze; bilhão / bilião; septuagésimo /
setuagésimo. Entretanto, as formas cincoenta (50) e hum (1), 4. “Inquietante expectativa marcou a aproximação do 800º.
ainda que usadas nas relações bancárias, não são registradas pavimento.” (Murilo Rubião)
e, portanto, devem ser tidas como erradas. A leitura correta do numeral destacado na frase acima é:
a) octogésimo. c) octogenário.
Leitura do cardinal b) octagésimo. d) octingentésimo.

Na leitura (ou escrita por extenso) do cardinal, coloca-se 5. Estabeleça correspondência entre as duas colunas, rela-
e após as centenas e após as dezenas. cionando o numeral cardinal ao ordinal correspondente.
2623 = dois mil seiscentos e vinte e três. a) 91 ( ) quinquagésimo quinto
b) 901 ( ) quingentésimo quinto
Leitura dos ordinais superiores a dois mil c) 55 ( ) nonagésimo primeiro
d) 505 ( ) noningentésimo primeiro
Segundo a tradição gramatical, nos ordinais superiores e) 704 ( ) setingentésimo quarto
a dois mil (2000), lê-se o milhar como cardinal e os demais f) 74 ( ) setuagésimo quarto
como ordinais. Ex.: 2101ª inscrição – a duas milésima centési-
ma primeira inscrição. Nesse caso, entretanto, o número todo 6. No preenchimento de cheques, faz-se uso dos numerais
pode ser lido como ordinal. Ex.: 10203º quilômetro rodado – cardinais. Preencha o cheque abaixo com a quantia indi-
o décimo milésimo ducentésimo terceiro quilômetro rodado. cada.
Obs.: Muitas vezes, como forma de compensar a dificul- Pague por este cheque a quantia de: R$5657,12
dade de se ler um ordinal muito extenso, usa-se o cardinal ______________________________________________
posposto ao substantivo. O cardinal, nessa situação, fica ______________________________________________
invariável. Ex.: Usa-se inscrição 2101 e lê-se: inscrição dois _____________________________________________
mil cento e um, em vez de 2101ª inscrição (dois milésima ou a sua ordem.
centésima primeira inscrição).
7. Assinale a alternativa em que o numeral não está em-
Bento XVI – Século XIX pregado corretamente.
Na inscrição de séculos, reis, papas, capítulos de obras: a) A citação encontra-se à altura da página vinte e duas.
• Usa-se o ordinal até dez: b) As declarações estão na página duzentos e trinta e dois.
século V = século quinto c) A vigésima quarta hora já havia soado.
Paulo VI = Paulo sexto d) A encomenda foi entregue na Rua Vinte e um, casa dois.
• Usa-se o cardinal acima de dez:
século XIX = século dezenove 8. Assinale a alternativa que traz a leitura correta dos nu-
Luiz XIV = Luiz quatorze merais destacados nas frases seguintes.
Bento XVI = Bento dezesseis I – “João Paulo II manteve-se em Roma por 27 anos.”
Obs.: se, nesses casos, o numeral vier antes do substan- II – Segundo dizem, o capítulo X é o mais interessante
tivo, sempre se usa o ordinal: do livro todo.
vigésimo século III – A supremacia papal entrou em declínio no fim do
décimo nono século século XI.
IV – Tutmósis III subiu ao trono egípcio em 174+9 1479 a.C.
EXERCÍCIOS
a) João Paulo Dois; capítulo dez; século onze; Tutmósis três.
1. Complete os espaços, segundo o modelo: b) João Paulo Segundo; capítulo décimo; século décimo
O dólar subiu duas vezes mais. (o dobro) primeiro; Tutmósis terceiro.
a) Cada quilo de grão produziu dez vezes mais. _________ c) João Paulo segundo; capítulo décimo; século onze;
b) Em condições mais favoráveis, os operários renderão Tutmósis terceiro.
cem vezes mais. __________ d) João Paulo segundo; capítulo dez; século onze; Tut-
mósis terceiro.
2. Complete os espaços vazios com o numeral fracionário,
segundo o modelo: 9. Muitas vezes os numerais são utilizados para indicar
Queria duas de cada cem sacas de café. (dois centésimos) quantidade indeterminada. Assinale, dentre as frases
Língua Portuguesa

a) Seu lucro era de um por mil. ___________________ abaixo, aquela em que isso ocorreu:
______________________ a) “já pedi duzentos mil réis emprestados ao André Gon-
b)........................................................................................... zaga, para as alianças e outros proveitos.” (José Candi-
Pretendia nove partes entre cinquenta da produção. do de Carvalho)
_______________________ b) “Como e por que lhe veio aos vinte anos a deter-
c) A seca estragou sete de cada dez alqueires da plan- minação de sair do convento, não sei (...)” (Clarice
tação. _____________________________ Lispector)
d) Treze entre vinte e cinco perfurações jorravam petró- c) “Mas reconheço que em Frederico viveu uma raposa
leo. _____________________________ de mil astúcias.” (José Cândido de Carvalho)

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GABARITO • de assunto: falava de futebol
• de meio: veio de trem
1. a) O décuplo • de posse: casa de Paulo
b) O cêntuplo • de matéria: chapéu de palha
2. a) Um milésimo
b) Nove cinquenta avos Morfossintaxe da Preposição
c) Sete décimos
d) Treze vinte avos A preposição não desempenha função sintática na ora-
3. Ordinal, ordinal, cardinal. ção. Ela apenas une termos, palavras. É um conectivo e, como
4. d tal, é responsável pela coesão de um texto.
5. c, d, a, b, e ,f
6. Cinco mil seiscentos e cinquenta e sete reais e doze EXERCÍCIOS
centavos.
7. b 8. C 9. c 1. Indique as relações estabelecidas pelas preposições des-
tacadas nas frases seguintes.
Preposição a) Ergueram-se todos contra Getúlio.
b) Resido em São Paulo há anos.
Preposição é a palavra invariável que liga dois termos da c) O estádio fica a dois quilômetros daqui.
oração, subordinando um ao outro. d) O mendigo morreu de fome.
Chegou de ônibus. e) Ganhei uma linda caneta de ouro.
f) Os cavalos partiram a galope.
O termo que antecede a preposição é denominado re- g) Arrombaram a porta com uma chave falsa.
gente; o termo que a sucede é denominado regido. h) Ele não entende nada de política.
i) A vaca não vai para o brejo.
j) Ante o crime organizado, o governo tomará atitude.
Classificação das Preposições k) Desde maio, chove continuamente.
l) Entre hoje e amanhã, sairá o resultado.
a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde,
em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás. m) Tu vais comparecer perante o trono.
Obs.: A preposição per só é utilizada na expressão de per n) Sem combater a inflação, não se pode baixar os juros.
si (que significa cada um por sua vez, isoladamente) ou nas o) Existe interesse por concursos aqui.
contrações pelo, pela, pelos, pelas.
b) Acidentais. Não são efetivamente preposições, mas 2. Explique a diferença de sentido entre:
podem funcionar como tal: afora, conforme, consoante, du- a) Ele queria vender antiguidades no museu.
rante, exceto... b) Ele queria vender antiguidades ao museu.

3. Nas frases seguintes, selecione as locuções prepositivas.


Locução Prepositiva a) Apesar de João ter saído cedo, de acordo com as ins-
truções de seu pai, não chegou a tempo.
Conjunto de duas ou mais palavras com valor de pre- b) Em vez de Marica ficar perto de mim, ela preferiu ficar
posição:
junto de ti.
abaixo de, acerca de, a fim de, ao lado de, apesar de,
através de, de acordo com, em vez de, junto de, para
4. Reescreva as frases seguintes, corrigindo-as.
com, perto de, ...
a) Está na hora do menino sair.
b) Chegou a hora do povo falar.
Emprego das Preposições
5. As relações expressas pelas preposições estão corretas
Algumas preposições podem aparecer combinadas com na sequência:
outras palavras. Quando na junção da preposição com outra I – Sai com ela.
palavra não houver alteração fonética, temos combinação. II – Ficaram sem um tostão.
Caso a preposição sofra redução, temos contração. III – Esconderam o lápis de Maria.
IV – Ela prefere viajar de navio.
combinação contração V – Estudou para passar.
ao (a + o) do (de + o)
a) companhia, falta, posse, meio, fim.
aos (a + os) dum (de + um)
b) falta, companhia, posse, meio, fim.
aonde (a + onde) desta (de + esta) c) companhia, falta, posse, fim, meio.
d) companhia, posse, falta, meio, fim.
Obs.: Não se deve contrair a preposição de com o artigo e) companhia, falta, meio, posse, fim.
que encabeça o sujeito de um verbo.
Está na hora da onça beber água. (errado)
Está na hora de a onça beber água. (certo) GABARITO
Língua Portuguesa

Esta regra vale também para construções como: 1. a) oposição


Chegou a hora sair. (Errado) b) lugar fixo
Chegou a hora de ele sair. (Errado) c) distância
d) causa
As preposições podem assumir inúmeros valores: e) material
• de lugar: ver de perto f) modo
g) instrumento
• de origem: ele vem de Brasília
h) assunto
• de causa: morreu de fome

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i) lugar de destino SINTAXE DA ORAÇÃO
j) posição
k) tempo de início Relações Morfossintáticas e Semânticas no
l) intervalo de tempo Período Simples
m) posição
n) condição
o) assunto. Conceituando frase, período e oração
2. a) dentro do museu para visitante comprar.
b) para o museu comprar. Frase precisa ter sentido completo. Sem verbo, é frase
3. a) apesar de, de acordo com nominal. Com verbo, é frase verbal. Início com maiúscula, fim
b) em vez de, perto de, junto de com ponto, exclamação, interrogação ou reticências.
4. a) Está na hora de o menino sair. Psiu! Chuva, fogo, vento, neve, tudo de uma vez. (frases
b) Chegou a hora de o povo falar. nominais)
5. a Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (frase verbal)
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (frase
Interjeição verbal)

Palavra invariável que exprime sensações e estados emo- Período é frase com verbo, ou seja, é frase verbal. Sen-
cionais. tido completo. Início com maiúscula, fim com ponto, excla-
mação, interrogação ou reticências.
Tipos de Interjeição O período é simples quando tem só uma oração. Esta
oração é chamada de oração absoluta.
Classifica-se de acordo com o sentimento traduzido: Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado,
• Alegria: oba!, oh!, ah! Viva!, aleluia!, maravilha destacam-se as vagas em concurso público. (período simples
• Alívio: ufa!, uf!, arre!, até que enfim tem apenas um verbo ou locução, com o mesmo sujeito; a
• Animação ou estímulo: coragem!, vamos!, avante!, oração é absoluta)
eia!, firme!
• Aplauso: bravo!, bis!, viva! O período é composto quando tem mais de uma ora-
• Desejo: tomara!, oxalá! ção. Haverá oração principal, oração coordenada e oração
• Dor: ai!, ui! subordinada.
• Espanto ou surpresa: ah!, chi!, ih!, oh!, ué!, puxa!, Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (período com-
uau!, opa!, caramba!, gente!, céus!, uai!, hem! (va- posto tem dois ou mais verbos independentes. Orações in-
riante: hein!), hã! dependentes são coordenadas)
• Impaciência: hum! O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (perí-
• Invocação ou chamamento: olá!, alô!, ô!, psiu!, psit!, odo composto. Uma oração tem função sintática para outra:
ó!, atenção!, olha! uma é subordinada e a outra é principal).
• Silêncio: silêncio!, psiu!
• Suspensão: alto!, basta!, chega! Oração só precisa ter verbo. O sentido não precisa ser
• Medo ou terror: credo!, cruzes!, uh!, ai!, Jesus!, ui! completo.
• Tristeza: oh! meu Deus! que pena! que azar! Choveu, ventou, nevou, tudo de uma vez. (três orações,
porque são três verbos independentes)
Obs.: Essa lista pode ser aumentada com palavras que
O governo descobriu que mais sanguessugas havia. (duas
passam a funcionar como interjeições, dependendo do con-
orações, porque são dois verbos com sentidos próprios, in-
texto em que ocorrem.
dependentes, ou seja, não formam locução verbal)
Entre as várias oportunidades de trabalho no mercado,
Locuções Interjetivas destacam-se as vagas em concurso público. (uma oração
absoluta)
São grupos de duas ou mais palavras que funcionam
como interjeições:
Valha-me Deus! EXERCÍCIOS
Meu Deus do céu!
Ai, meu Deus! Identifique frases, períodos e orações
Minha Nossa Senhora!
Jesus Cristo! 1. Casa de ferreiro, espeto de pau.
Macacos me mordam! 2. Todos os que lançam mão da espada, à espada perece-
Ai de mim! rão. (Mt. 26, 52)
Ora, bolas! 3. O temer ao Senhor é o princípio da sabedoria.
Oh, céus! 4. Foi escolhido o projeto que tinha sido mais bem elaborado.
Que horror! 5. Dentre as mais belas histórias, uma não tão bela.
Língua Portuguesa

Puxa vida! 6. Sobre a mesa, um copo de leite.


Raios o partam! 7. O candidato da oposição está melhor do que os da situação.
Quem me dera!
Que coisa incrível! Termos da Oração
Quem diria!
Cruz-credo! • Termos essenciais: sujeito e predicado.
Alto lá! • Termos integrantes: objeto, complemento nominal,
Bico fechado! agente da passiva.

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• Termos acessórios: adjunto adnominal, adjunto ad- 26. ( ) Assaltaram um banco na cidade.
verbial, aposto. 27. ( ) Já é muito tarde.
• Vocativo. 28. ( ) São sete horas da noite.
29. ( ) ( ) Convém que o país cresça.
Estudo dos Termos em Sequência Didática 30. ( ) Abre a porta, Maria!
31. ( ) Chegaste antes da hora marcada.
1) Sujeito 32. ( ) Devagar, caminhavam os tropeiros na estrada.
33. ( ) Aquelas aves azuis cruzavam o céu cinzento.
O primeiro passo para uma análise sintática correta é 34. ( ) Nada o aborrecia.
encontrar o sujeito. 35. ( ) Poucos entenderam a palavra do chefe.
Para encontrar o sujeito, lembremos que o sujeito é o 36. ( ) Brincavam na calçada os meninos e as meninas.
assunto da oração. 37. ( ) Chegaram os primeiros imigrantes italianos.
Uma pergunta bem feita ajuda a encontrar o sujeito com 38. ( ) Ouviu-se uma voz de choro dentro da noite brasi-
segurança. Devemos perguntar antes do verbo: O que é que leira.
+ verbo? ou Quem é que + verbo? 39. ( ) Ao longe, tocavam os sinos da aldeia.
Aqui faltava um caderno. 40. ( ) Atropelaram um cão na estrada.
Pergunte: O que é que faltava?
Resposta (sujeito): um caderno. 41. (MJ/Adm.) Aparece uma oração sem sujeito em:
a) “... há uma linha divisória entre o trabalho formal e
A resposta pode estar onde estiver (antes ou depois do informal...”
verbo). Ela será o sujeito. Só depois de encontrar o sujeito, b) “No entanto, creditam à prática apenas um ‘jeito de
podemos procurar complementos para o verbo. ganhar a vida’ sem cometer crimes.”
c) “Todos gostariam de trabalhar tendo um patrão...”
São quatro casos de sujeito inexistente d) “Isso é quase um sonho para muitos”
e) “São pouquíssimos os que ganham mais de R$ 300
VERBO SENTIDO por mês.”
= existir 2) Predicativo Versus Aposto
haver = ocorrer
= tempo decorrido Observe a Questão:
= tempo (Cespe/Abin) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência
fazer (Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligên-
= clima cia (Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a
= tempo atividade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora
ser = data, hora do fluxo de informações necessárias às decisões de governo,
= distância no que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades,
aos antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos
Fenômenos naturais: chover, ventar, nevar etc.
aos mais altos interesses da sociedade e do país.
Coloque nos parênteses que precedem as orações: 42. As vírgulas que isolam a expressão “reais ou potenciais”
(S) para sujeito simples (um só núcleo). são obrigatórias, uma vez que se trata de um aposto
(C) para sujeito composto (dois ou mais núcleos). explicativo.
(O) para sujeito oculto, elíptico ou implícito (subentendido
no contexto). Veja o quadro:
(I) para sujeito indeterminado (3ª plural; ou com índice e
verbo na 3ª singular). Predicativo Aposto
(SS) para sujeito inexistente ou oração sem sujeito. É adjetivo ou equivalente. É substantivo ou equivalente.
(SO) para sujeito for uma oração (sujeito oracional).
Refere-se a um substantivo Refere-se a um substantivo
ou equivalente. ou equivalente.
8. ( ) Voavam, nas alturas, os pássaros.
9. ( ) Entraram, apressadamente na sala, o diretor e o Estado passageiro ou perma- Explica, resume, restringe,
secretário. nente. enumera.
10. ( ) Deixaremos a cidade amanhã. Separado explica, junto res-
Separado do nome.
11. ( ) Havia muitas pessoas no gabinete do diretor. tringe.
12. ( ) Todos os dias passavam muitos vendedores pelas
estradas. Exemplos de Predicativo
13. ( ) Entregaram a ela um bilhete anônimo.
14. ( ) Choveu copiosamente no dia de ontem. Nós somos estudantes. (substantivo na função de pre-
15. ( ) Apareceu um pássaro no jardim. dicativo)
16. ( ) Hoje, pela manhã, telefonaram muitas vezes para você. Nós somos vinte. (numeral na função de predicativo)
Língua Portuguesa

17. ( ) A mente humana é poderosa arma contra o mal. Eu sou seu. (pronome na função de predicativo)
18. ( ) A vida e a morte são os extremos da raça humana. Nós somos esforçados. (adjetivo na função de predicativo)
19. ( ) Necessitamos de muita paz. Nós somos de ferro. (locução adjetiva na função de pre-
20. ( ) O querer e o fazer são alcançáveis. dicativo)
21. ( ) ( ) ( ) Querer e fazer é alcançável. A solução é que você venha. (oração não função de pre-
22. ( ) Todos necessitam de ajuda. dicativo)
23. ( ) O valor do homem é medido pela cultura.
24. ( ) Houve dias de sol em pleno inverno. (SGA-AC/Administrador) Uma decisão singular de um juiz
25. ( ) Caíram ao solo os lápis e os cadernos. da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a

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534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante 53. A mãe carinhosa observava o filho.
rígidos para que os estabelecimentos penais da região pos- Morfologia:
sam receber novos presos, confirma a dramática dimensão Sintaxe:
da crise do sistema prisional. Semântica:
43. O trecho “pequena cidade a 534 km da cidade de São
Paulo” encontra-se entre vírgulas por exercer a função 54. A mãe, carinhosa, observava o filho.
de aposto. Morfologia:
Sintaxe:
(MS/Agente) A diretora-geral da OPAS, com sede em Washing- Semântica:
ton (EUA), Mirta Roses Periago, elogiou a iniciativa de estados
e municípios brasileiros de levar a vacina contra a rubéola 55. A mãe era carinhosa.
aos locais de maior fluxo de pessoas, especialmente homens, Morfologia:
como forma de garantir a maior cobertura vacinal possível. Sintaxe:
44. O nome próprio “Mirta Roses Periago” funciona como Semântica:
aposto de “A diretora-geral da OPAS”.
56. O trem atrasado chegou.
Indique se o termo destacado é aposto ou predicativo. Morfologia:
45. A moça, bonita, chegou. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 57. O trem chegou atrasado.
Morfologia:
46. A moça, chefe da seção, chegou. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 58. O trem, atrasado, chegou.
Morfologia:
47. A mãe, carinhosa, observava o filho. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 59. O trem continua atrasado.
Morfologia:
48. A mãe, fonte de carinho, observava o filho. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 60. Os inquietos meninos esperavam o resultado.
Morfologia:
49. As ameaças, reais ou potenciais, ainda existem. Sintaxe:
Morfologia: Semântica:
Sintaxe:
Semântica: 61. Os meninos esperavam o resultado inquietos.
Morfologia:
3) Adjunto Adnominal Versus Predicativo Sintaxe:
Semântica:
Adjunto adnominal Predicativo
62. Os meninos, inquietos, esperavam o resultado.
É adjetivo ou equivalente. É adjetivo ou equivalente.
Morfologia:
Refere-se ao substantivo. Refere-se ao substantivo. Sintaxe:
Estado passageiro ou perma- Semântica:
Estado permanente.
nente.
Restrição. Explicação. 63. O furioso Otelo matou Desdêmona.
Morfologia:
Indique se o termo sublinhado é adjunto adnominal ou Sintaxe:
predicativo. Semântica:
50. A moça bonita chegou.
Morfologia: 64. Otelo estava furioso.
Sintaxe: Morfologia:
Semântica: Sintaxe:
Semântica:
Língua Portuguesa

51. A moça, bonita, chegou.


Morfologia: 4) Adjunto Adnominal Versus Predicativo do Objeto
Sintaxe:
Semântica: Técnica. Fazer a voz passiva. Ver se fica junto ou separado,
quando faz mais sentido.
52. A moça parece bonita. Lembrar que junto é adjunto adnominal.
Morfologia: Lembrar que separado é predicativo.
Sintaxe: Obs.: separado significa fora do objeto, quando anali-
Semântica: samos.

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65. O juiz considerou a jogada ilegal. Analise os termos destacados colocando ADN para adjunto
Na voz passiva: A jogada foi considerada ilegal pelo juiz. adnominal e ADV para adjunto adverbial.
Note: “ilegal” separado de “a jogada”. Então: 74. Muitos animais da floresta são perigosos.
Morfologia: adjetivo. 75. Estes belos animais vieram da floresta.
Sintaxe: predicativo do objeto. 76. Ele é um narciso às avessas.
Semântica: estado. 77. Ele sempre agiu às avessas.
78. Investigaram em sigilo os escândalos de alguns políticos.
66. O juiz observou a jogada ilegal. 79. Uma investigação em sigilo desvendou alguns mistérios.
Na voz passiva: A jogada ilegal foi observada pelo juiz. 80. É saudável caminhar de manhã.
Note: “ilegal” junto de “a jogada”. Então: 81. Passeios de manhã fazem bem à saúde.
Morfologia: adjetivo.
82. Devemos dirigir com cautela.
Sintaxe: adjunto adnominal.
83. Manobras com cautela são mais seguras.
Semântica: característica.
84. As enchentes causam muito prejuízo à população.
67. O edital deixou a turma agitada. 85. A população sofre muito com as enchentes.
Morfologia:
Sintaxe: 6) Adjunto Adverbial
Semântica:
Indique a circunstância expressa pelos adjuntos adverbiais
68. Um fraco rei faz fraca a forte gente. destacados.
Morfologia: 86. No Pátio do Colégio afundem meu coração paulistano.
Sintaxe: 87. As cores das janelas e da porta estão lavadas de velhas.
Semântica: 88. Clara passeava no jardim com as crianças.
89. Ainda era muito cedo, não podia aparecer ninguém.
69. Gosto de vocês alegres. 90. Foi para vós que ontem colhi, senhora, este ramo de
Morfologia: flores que ora envio.
Sintaxe: 91. A gente não pode dormir com os oradores e os perni-
Semântica: longos.
92. Quando Ismália enlouqueceu, pôs-se na torre a sonhar...
70. O pai tornou o filho um vencedor. 93. És tão mansa e macia, que teu nome a ti mesma acaricia.
Morfologia: 94. Sigo depressa machucando a areia.
Sintaxe: 95. Saio de meu poema como quem lava as mãos.
Semântica: 96. O céu jamais me dê a tentação funesta de adormecer
ao léu, na lomba da floresta.
71. Helena virou professora.
97. A bunda, que engraçada. Está sempre sorrindo, nunca
Morfologia:
é trágica.
Sintaxe:
98. Talvez um dia o meu amor se extinga.
Semântica:

72. A vida fez dele um lutador. 7) Predicativo Versus Adjunto Adverbial


Morfologia:
Sintaxe: Predicativo Adjunto adverbial
Semântica: É advérbio ou locução ad-
É adjetivo ou equivalente.
verbial.
73. (Idene-MG/Analista) No fragmento a seguir (...) não con- Refere-se a um verbo, um
sidero desertor um jogador que, por qualquer motivo, Refere-se ao substantivo.
adjetivo ou um advérbio.
não queira defender a seleção de seu país), o termo Estado passageiro ou perma- Tempo, modo, lugar, causa,
“desertor” desempenha a função de nente. intensidade etc.
a) predicativo do sujeito.
Varia. Não varia.
b) predicativo do objeto direto.
c) predicativo do objeto indireto.
Analise os termos destacados colocando PDV para predica-
d) adjunto adverbial de modo.
tivo e ADV para adjunto adverbial.
e) adjunto adverbial de causa.
99. A moça chegou bonita.
5) Adjunto Adnominal Versus Adjunto Adverbial 100. A moça chegou rápido.
101. A moça chegou rápida.
102. A moça chegou rapidamente.
Língua Portuguesa

Adjunto adnominal Adjunto adverbial


103. A cerveja desceu redondo.
É advérbio ou locução ad- 104. A cerveja desceu redonda.
É adjetivo ou equivalente.
verbial. 105. Dona Vitória entrou lenta.
Refere-se a um verbo, um 106. Dona Vitória lentamente entrou.
Refere-se a um substantivo.
adjetivo ou um advérbio. 107. Dona Vitória, lento, entrou.
Varia. Não varia. 108. Dona Vitória, lenta, entrou.
Tempo, modo, lugar, causa, 109. Vivem tranquilos os anões do orçamento.
Estado, situação.
intensidade etc. 110. Vivem na tranquilidade os anões do orçamento.

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8) Complemento Nominal Versus Adjunto Adnominal d) “de jovens e idosos” é locução adjetiva e funciona
como complemento nominal de ingresso.
Complemento nominal Adjunto adnominal e) O emprego dos parênteses em “(o que acho válido)”
deve-se à intercalação de um comentário à margem.
Pode ser agente, posse ou
É alvo, é passivo.
espécie. 129. (Idene-MG/Analista) O segmento inicial do Hino Na-
Completa adjetivo, advérbio cional Brasileiro diz o seguinte: “Ouviram do Ipiranga
Só determina substantivo.
ou substantivo abstrato. as margens plácidas// De um povo heroico o brado
retumbante”. Mantendo o sentido original do excerto,
Identifique os termos destacados conforme o código: CN reescrevendo seus versos a partir do sujeito da oração
para complemento nominal e ADN para adjunto adnominal. original e desfazendo as inversões nele ocorrentes, o
111. Foi forte o chute do jogador na bola. texto resultaria em
112. O mergulho do atleta no mar causou espanto. a) As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado
113. A comunicação do crime à polícia deixou revoltada a retumbante de um povo heroico.
população do bairro. b) As plácidas margens ouviram do Ipiranga o heroico
114. O ataque dos EUA ao Iraque promoveu inimizade do brado retumbante de um povo.
povo árabe contra o Ocidente. c) As margens do Ipiranga, plácidas, ouviram de um
115. Nenhum de nós seria capaz de tanto. povo o retumbante brado heroico.
116. Rumor suspeito quebra a doce harmonia da seta. d) Do Ipiranga as margens plácidas ouviram o brado
117. As outras filhas do latim se mantiveram mais ou menos retumbante de um povo heroico.
fiéis às suas tradições. e) Ouviram as margens plácidas do Ipiranga de um povo
118. Quebrei a imagem dos meus próprios sonhos! o heroico brado retumbante.
119. As leis de assistência ao proletariado ainda não são
muito eficientes. 9) Função Sintática dos Pronomes Oblíquos
120. O interesse do povo não diminuiu.
121. Minha terra tem macieiras da Califórnia. Indique a função sintática dos pronomes oblíquos destaca-
122. Os vigilantes, enérgicos, regularizavam a ocupação dos dos:
(OD) objeto direto
lugares.
(OI) objeto indireto
123. O tempo rodou num instante nas voltas do meu coração.
(CN) complemento nominal
124. (...) fez o paraíso cheio de amores e frutos, e pôs o (ADN) adjunto adnominal
homem nele. (S) sujeito
125. O olho da vida inventa luar.
126. Lá vem o acendedor de lampiões da rua! Técnica: trocar o pronome por o menino e analisar.
127. O estudante de Direito elogiou o leitor de alfarrábios.
130. Agora, meu filho, diga-me toda a verdade.
(Jucerja/Administrador)
Trocando por “o menino”: Agora, meu filho, diga toda a
“Velhos e novos” verdade AO MENINO.
Assim, temos “diga” como VTDI e “AO MENINO” como
Rio de Janeiro, 22 de outubro de 2006. objeto indireto. Portanto, o pronome “me” também será
objeto indireto.
Quero discutir uma questão que vem há muito me in-
comodando. Há alguns anos, o governo e a sociedade se 131. O vento batia-me gostosamente no rosto.
preocupam com o ingresso no mercado de trabalho de jovens
e idosos (o que acho válido). E a faixa intermediária, como Trocando por “o menino”: O vento batia gostosamente
fica? Sendo velhos para o mercado de trabalho e novos para no rosto DO MENINO.
se aposentarem, ficam esquecidos, sujeitos a todo tipo de Assim, temos “DO MENINO” conectado a “rosto”, que
humilhação, caindo muitas vezes na depressão, no alcoolis- é substantivo concreto. Portanto, “do menino” só pode ser
mo, com baixa autoestima. Por que até o momento ainda adjunto adnominal e, portanto, o pronome “me” também
não foram lembrados? Alguém já fez alguma pesquisa a esse será adjunto adnominal.
respeito, para saber o número dos cidadãos brasileiros que
passam por esse momento? Agora, continue seguindo o modelo acima.
132. Aquele mal atormentou-me durante muito tempo.
133. Deixei-me ficar ali em paz.
Atenciosamente,
134. O processo me foi favorável.
Jussimar de Jesus
135. Comuniquei-lhe os fatos ontem de manhã.
136. Os meus conselhos foram-lhe bastante úteis.
128. Com referência às palavras e expressões empregadas
Língua Portuguesa

137. Vejo-lhe na fronte uma certa amargura.


no texto, está incorreto o que se afirma em: 138. Confiei-lhe todos os meus segredos.
a) A carta foi escrita em linguagem formal, e as inter- 139. Sempre te considerei um grande amigo.
rogações cumprem um papel retórico. 140. Vocês devem ser-me sempre fiéis.
b) A maioria dos verbos está no presente do indicativo, 141. Contou-nos essa jovem uma triste história.
mas “ainda não foram lembrados” está no pretérito 142. Deixou-nos o moribundo uma bela obra.
perfeito passivo. 143. Eles nos viram entrar aqui.
c) “que vem há muito me incomodando”, que refere-se 144. O resultado nos será benéfico.
à questão e é sujeito de vem. 145. Chora-lhe de saudade o coração.

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146. O leitor deve permitir-se repousar um pouco. cidadania, muitas vezes com o hino nacional de fundo, seja
147. O leitor deve perguntar-se a razão da leitura. exercida em outras atividades do dia-a-dia. Por exemplo? Na
148. O professor deu-se férias. cobrança de transparência das ações de políticos, no con-
149. A minha paz vos dou. trole do dinheiro arrecadado pelos impostos, no banimento
150. Esta regra vos permitirá entender o caso. da vida pública daqueles que nos roubam recursos, mas,
151. Batei na porta e abrir-se-vos-á. sobretudo sonhos.
153. Os pronomes pessoais são muito versáteis quanto aos
(Jucerja/Administrador) valores sintáticos que expressam, em função dos con-
textos frasais em que se encontrem. Considerando essa
Operário em construção (fragmento) reflexão, compare, nos dois fragmentos retirados do
texto de Grecco, o emprego dos pronomes pessoais
Era ele que erguia casas nele presentes e indique a alternativa que contém a
Onde antes só havia chão. indicação correta das funções que eles desempenham
Como um pássaro sem asas nas orações.
Ele subia com as casas I. “que nos roubam recursos”
Que lhe brotavam da mão. II. “que me incomodam”
Mas tudo desconhecia Ambos os termos desempenham a função de:
De sua grande missão: a) objeto direto tanto de roubar quanto de incomodar.
Não sabia, por exemplo b) objeto indireto tanto de roubar quanto de incomodar.
Que a casa de um homem é um templo c) objeto direto e indireto, respectivamente.
Um templo sem religião d) objeto indireto e direto, respectivamente.
Como tampouco sabia e) adjunto adnominal e complemento nominal.
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade 10) Podem ser Verbos de Ligação
Era a sua escravidão.
Veja o mnemônico: CAFÉ SPP MTV
De fato, como podia
Um operário em construção C Continuar
Compreender por que um tijolo A Andar
Valia mais do que um pão?
F Ficar
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria E Estar
Quanto ao pão, ele o comia... Obs.: somente serão verbos de liga-
Mas fosse comer tijolo! S Ser ção se tiverem predicativo do sujeito.
E assim o operário ia P Parecer
Com suor e com cimento Nota: Outros verbos sinônimos des-
Erguendo uma casa aqui P Permanecer tes podem ser de ligação.
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente M Manter-se
Um quartel e uma prisão: T Tornar-se
Prisão de que sofreria
V Virar
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção. Classifique os verbos.
154. Ana estava tranquila.
(MORAES, Vinícius de. Poesia completa e prosa. Org.
Eucanaã Ferraz. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004, p. 461)
155. Ana estava em casa.
156. Fernando foi elogiado.
152. Considere as afirmações a seguir sobre o emprego dos 157. Fernando era calmo.
pronomes nos versos. 158. O país anda preocupado.
159. O país anda depressa com as reformas.
I – “Era ele que erguia casas” – pronome pessoal reto,
160. João continua esforçado.
em função de sujeito.
161. João continua no trabalho.
II – “Que lhe brotavam da mão.” – pronome pessoal
162. A moça chegou bonita.
oblíquo, em função de objeto indireto. 163. A moça chegou rápido.
III – “Que a casa que ele fazia” – pronome relativo, em 164. A moça chegou a piloto.
função de objeto direto. 165. Ela vive despreocupada.
IV – “Sendo a sua liberdade” – pronome possessivo, 166. Ela vive bem aqui.
em função de adjunto adnominal. 167. Ele tornou o setor mais produtivo.
168. Ele tornou-se mais produtivo.
É correto apenas o que se afirma na alternativa:
Língua Portuguesa

a) I e II. 11) Termo Essencial: Predicado


b) I e III.
c) I, II e IV.
d) I, III e IV. V.LIG. + P.S. => P.N.
e) I, II e III. SUJEITO V. NÃO LIG. + SEM P.S. => P.V.
V. NÃO LIG. + COM predvo.=> P.V.N.
(Prefeitura Cel. Fabriciano-MG/) Há duas expressões no fute-
bol que me incomodam. (...) Sem ditar regras, e muito menos Classifique os predicados: verbal, nominal ou verbo-nominal.
sem a pretensão de dar aula de educação cívica, prefiro que a 169. Todo aquele monumento foi restaurado.

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170. Muitos vícios são curados pelas boas leituras. • Aposto resumitivo consiste de termo que sintetiza uma
171. Ana continua a mesma doçura. lista de elementos já citados. Veja:
172. Elogiaram Pafúncio. Lemos Castro Alves, Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo,
173. Faz quatro noites que me estão observando. todos poetas do Romantismo.
174. A cantora apareceu sorridente e parecia cansada. Obs.: aposto resumitivo: todos.
175. Alguém chegou atrasado.
176. Eles falaram sério. 194. A cidade, os campos, as plantações, as montanhas, tudo
177. Elas falaram sérias. era mar.
178. Joana e eu entramos apressados no cinema. 195. João, Maria, Lúcio e Teresa, ninguém acreditava.
196. Piratas modernos, os sequestradores precisam ser de-
12) Aposto Versus Vocativo tidos.
197. Piratas modernos, os sequestradores, serão detidos.
Aposto Vocativo 198. Nem todos estavam escalados. Restavam alguns: Robi-
Fala sobre. Fala com. nho, Fernando e Franco.
Explica, resume, restringe ou enumera. Chama.
EXERCÍCIOS
Identifique predicativos, adjuntos adnominais, apostos e
vocativos nas orações. (Idene-MG/Analista)
179. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhores da 199. O termo “Brasil”, presente no estribilho a seguir repro-
aldeia. duzido, desempenha a função sintática de
180. Bem-vindo sejas às terras dos Tabajaras, senhor da al-
deia. Terra adorada,
181. A mãe, dona de bela voz, entre cantos dizia: Entre outras mil,
– Vá ao mercado para mim, filho! És tu, Brasil,
182. Durante sete anos, Jacó serviu Labão, pai de Raquel, Ó Pátria amada!,
serrana, bela.
183. Jacó serviu ao pai de Raquel, serrana bela. a) adjunto.
b) aposto.
Tipos de Aposto c) predicativo.
d) sujeito.
Aposto Explicativo Versus Aposto Restritivo e) vocativo.

Restrição significa atributo dado a uma parte do todo. 200. (Ibama/Analista) No período que se inicia abaixo, o su-
Explicação significa atributo dado à totalidade. jeito da oração principal está posposto ao verbo.
“E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido
Entendendo restrição e explicação de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria
184. homem honesto. assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes,
185. homem mortal. porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Co-
186. pedra amarela. missão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento,
187. pedra dura. por unanimidade, da perseguição política sofrida por
188. homem fiel. Chico Mendes no início dos anos 80 do século passado.
189. céu azul. A viúva do líder seringueiro, Izalmar Gadelha Mendes,
vai receber uma pensão vitalícia de 3 mil reais mensais,
Entendendo aposto explicativo e aposto restritivo
além de indenização de 337,8 mil reais.”
• Aposto restritivo é nome próprio atribuído a um substan-
tivo anterior, com a finalidade de particularizar um ser
(M.C.) Do sucesso no circuito comunicacional dependem a
entre outros.
• Aposto explicativo repete o sentido com outras palavras, existência e a felicidade pessoal.
igualando o sentido das expressões. 201. Na assertiva, o sujeito composto – “a existência e a feli-
cidade pessoal” – está posposto ao núcleo do predicado
190. Gosto do poeta Fernando Pessoa e do Drummond, mi- verbal.
neirão ensimesmado.
191. A obra de Drummond é orgulho da citada de Itabira. (MMA/Analista) O bom momento que vive a economia na-
192. O rio São Francisco nasce na serra da Canastra, no es- cional estimula suas vendas, mas a indiscutível preferência
tado de Minas Gerais. do consumidor pelo modelo flex tem outras razões.
193. O rio Amazonas nasce na Cordilheira dos Andes, maior 202. No trecho “O bom momento que vive a economia nacio-
acidente geográfico das Américas. nal estimula suas vendas”, o sujeito das formas verbais
“vive” e “estimula” é o mesmo.
Língua Portuguesa

Aposto Enumerativo Versus Aposto Resumitivo


(MS/Redação Oficial) Segundo a observação de H. von Stein,
• Aposto enumerativo constitui lista de seres que especifica ao ouvir a palavra “natureza”, o homem dos séculos XVII e
um termo genérico antecedente. Veja: XVIII pensa imediatamente no firmamento; o do século XIX
Lemos autores românticos: Castro Alves, Casimiro de pensa em uma paisagem.
Abreu, Álvares de Azevedo. 203. Em “o homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediata-
=> Aposto enumerativo: Castro Alves, Casimiro de Abreu, mente no firmamento; o do século XIX pensa em uma
Álvares de Azevedo. paisagem”, o núcleo do sujeito está elíptico, na segunda
Termo genérico antecedente: autores românticos. ocorrência do verbo pensar.

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(PM/Vila Velha-ES) Apenas 1% de toda a água existente no do petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertili-
planeta é apropriado para beber ou ser usado na agricultura. zantes; o aumento do consumo em países como China,
O restante corresponde à água salgada dos mares (97%) e Índia e Brasil; a seca e a quebra de safras em vários
ao gelo nos pólos e no alto das montanhas. Administrar essa países; e a crise norte-americana, que levou investi-
cota de água doce já desperta preocupação. dores a apostar no aumento dos preços de alimentos
204. A oração “Administrar essa cota de água doce” exerce em fundos de hedge. Foi de olho nessa situação que o
função sintática de sujeito. diretor-geral do FMI rompeu o silêncio constrangedor
que pairava sobre os escritórios de Washington.”
(Sebrae-BA) Falido e perplexo, o homem que descobriu a lei
da gravidade, conjecturou: “consigo calcular os movimentos (Banco do Brasil/Escriturário) O código de acesso exigido em
dos corpos celestes, mas não a loucura dos homens”. Pode transações nos caixas eletrônicos do Banco do Brasil é uma
ser discurso de mau perdedor, mas na verdade foi uma gran- sequência de letras, gerada automaticamente pelo sistema.
de sacada. Sem saber, Newton estava prevendo a criação de Até o dia 17/12/2007, o código de acesso era composto por
uma nova ciência, cujas descobertas podem ajudar a enten- 3 letras maiúsculas. Os códigos de acessos gerados a partir
der a crise atual: a neuroeconomia, que vasculha a mente de 18/12/2007 utilizam, também, sílabas de 2 letras – uma
humana em busca de explicações para o comportamento letra maiúscula seguida de uma letra minúscula.
do mercado. Exemplos de código de acesso no novo modelo:
205. O “homem que descobriu a lei da gravidade” é o sujei- Ki Ca Be; Lu S Ra; T M Z.
to enunciador da sentença “Pode ser discurso de mau 212. Os termos “automaticamente” e “a partir de
perdedor, mas na verdade foi uma grande sacada”. 18/12/2007” acrescentam, às orações em que se in-
serem, informações circunstanciais de modo e tempo,
(Detran/Analista de Trânsito) O poluente associado à maior respectivamente.
probabilidade de morte dos fetos é o monóxido de carbono
(CO), um gás sem cor nem cheiro que resulta da queima (Abin/Analista) Do esquema grego, montado em colabora-
incompleta dos combustíveis. ção com sete países – Estados Unidos da América (EUA),
206. O trecho “um gás sem cor nem cheiro que resulta da Austrália, Alemanha, Inglaterra, Israel, Espanha e Canadá
queima incompleta dos combustíveis” exerce a função –, faz parte o sistema de navegação por satélite da Agência
de aposto. Espacial Europeia.
213. A presença da preposição em “Do esquema grego” é
(MCT) O pesquisador Lambert Lumey, principal autor do estu- uma exigência sintática justificada pela regência da pa-
do, afirmou que o resultado dessa pesquisa “é a prova, mais lavra “sistema”.
uma vez, de que o ambiente tem um poder muito grande
sobre os nossos genes. Da terra, ar e água, 70 mil policiais, bombeiros, guarda cos-
207. A expressão “principal autor do estudo” tem natureza teira e mergulhadores da Marinha vão zelar pela segurança.
explicativa e faz referência ao termo que a antecede. Até a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em-
prestará sua experiência militar no combate ao terrorismo.
(Min. Esportes) Talento só não basta”, disse Phelps na entre- 214. A substituição do trecho “Da terra, ar e água” por Da
vista coletiva após a sexta medalha de ouro. “Muito trabalho, terra, do ar e da água representaria uma transgressão ao
muita dedicação, é uma combinação de tudo... Tentar dormir estilo próprio do texto informativo, pois se trata de um
e se recuperar, armar cada sessão de treino da melhor forma recurso de subjetividade próprio dos textos literários.
possível e acumular muito treino.
208. No último parágrafo, o sujeito dos verbos “Tentar”, “re- A alternativa existente seria o aproveitamento da energia
cuperar”, “armar” e “acumular” é o pronome “tudo”, elétrica da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada, das
que funciona como aposto. Centrais Elétricas de Goiás S/A-CELG, no Rio Parnaíba, divisa
dos estados de Minas Gerais e Goiás, distante quase 400 km
(MPE-RR/Analista) Mais preocupante, no entanto, é a situa- de Brasília.
ção criada pelo relator da ONU para o direito à alimentação, 215. A expressão “divisa dos estados de Minas Gerais e Goi-
Jean Ziegler, que classificou os biocombustíveis como “um ás” está entre vírgulas por ser um vocativo.
crime contra a humanidade”,...
209. O nome “Jean Ziegler” está entre vírgulas por constituir Na perspectiva de quem não tem o mínimo, o fundamental
um vocativo. é não morrer de fome e ver supridas certas necessidades
básicas.
(TCE-TO) Marx, herdeiro e defensor das postulações do Ilu- 216. Na frase “o fundamental é não morrer de fome e ver
minismo, indagou se as relações de produção e as forças supridas certas necessidades básicas.”, os verbos “mor-
produtivas do capitalismo permitiriam, de fato, a realização rer” e “ver” têm sujeitos diferentes.
da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.
210. O trecho “herdeiro e defensor das postulações do Ilumi- (Funiversa/Sejus) Os resultados mostram que os adolescen-
nismo” exerce, na oração, a função sintática de vocativo. tes são induzidos ao encontro da marginalidade pela de-
Língua Portuguesa

sestrutura familiar, dos quais quase a metade (48%) vem


211. (TCE-AC/ACE) Nos trechos “cinco fatores estão atuan- de famílias com pais separados; pela baixa escolaridade,
do, em escala mundial, nessa crise”, “e a crise norte- quando a maioria (81%) é excluída do sistema educacional;
-americana” e “o diretor-geral do FMI rompeu o silêncio pela entrada precoce no mundo do trabalho, pois 83% dos
constrangedor...”, os termos sublinhados qualificam os adolescentes já tinham experiência laborativa antes de co-
nomes aos quais se referem. meter o ato infracional e pelo uso de drogas lícitas e ilícitas
“Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala mun- por 97,6% dos meninos. No atual sistema, após entrar no
dial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de mundo infracional e de proferida a sentença de internação,
biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta passam a vivenciar a violência dentro do centro educacional,

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que não os profissionaliza, não os torna livres da dependên- águas transparentes.”, assinale a alternativa que apre-
cia química, e onde inexistem programas que os reintegrem senta termos exercendo a mesma função sintática.
saudavelmente e os acompanhem após o desligamento. a) “submersa” – “transparentes”
217. O sujeito do verbo “passam” é “resultados”. b) “ondulados” – “traçando”
c) “de areia” – “desenhos”
(Funiversa/Terracap) A partir da análise morfossintática da d) “por baixo” – “Bancos”
frase “Só em Brasília se anda de camelo ou de baú”, julgue: e) “de areia” – “das águas”
218. Brasília é o sujeito da oração, pois protagoniza a frase.
219. As expressões “de camelo” e “de baú” transmitem ideia GABARITO
de lugar.
1. frase nominal.
O português de todas as origens, 2. frase verbal, período composto, duas orações.
o modo de falar da capital 3. frase verbal, período simples, oração absoluta.
4. frase verbal, período composto, duas orações.
O sotaque não é carioca. Mesmo assim, o erre é carrega- 5. frase nominal.
do. Não é nordestino, mas, ao ser contrariado, o brasiliense 6. frase nominal.
imediatamente dispara um “ôxe”. Brasília tem ou não tem 7. frase verbal, período composto, duas orações (note
sotaque, afinal? Sim e não. Stella Bortoni, doutora em linguís- verbo subentendido: estão).
tica e organizadora do livro O Falar Candango, a ser publicado 8. S 27. SS
pela Editora Universidade de Brasília em 2010, explica: “A 9. C 28. SS
marca do dialeto do Distrito Federal é justamente a falta de 10. O 29. SO,S
marcas. A mistura faz com que os sotaques das diferentes 11. SS 30. O
regiões do país percam muito de sua peculiaridade”. 12. S 31. O
13. I 32. S
220. (Funiversa/Terracap) Ao se analisar a frase “Não é nor- 14. SS 33. S
destino, mas, ao ser contrariado, o brasiliense imedia- 15. S 34. S
tamente dispara um ‘ôxe’, é correto afirmar que 16. I 35. S
a) o sujeito do verbo “é” é inexistente. 17. S 36. C
b) o sujeito referente a “ser contrariado” é simples e está 18. C 37. S
alocado de acordo com a ordem direta da oração. 19. O 38. S
c) as expressões verbais “é”, “ser contrariado” e “dis- 20. C 39. S
para” possuem o mesmo sujeito. 21. I,I,SO 40. I
d) a expressão “ôxe” está entre parênteses por ser um 22. S 41. a
neologismo muito conhecido no Brasil. 23. S 42. E
e) o sujeito da oração “Não é nordestino (...)” pode ser 24. SS 43. C
recuperado na primeira oração do texto. 25. C 44. C
26. I
221. (Funiversa/Adasa) No trecho “Onde a chuva caía, quase 45. Morfologia: adjetivo
todo dia, já não chove nada”, a expressão sublinhada Sintaxe: predicativo
desempenha a função de sintática de Semântica: estado
a) objeto direto. 46. Morfologia: substantivo (chefe)
b) complemento nominal. Sintaxe: aposto
c) conectivo conjuntivo. Semântica: explicação
d) adjunto adnominal. 47. Morfologia: adjetivo
e) adjunto adverbial. Sintaxe: predicativo
Semântica: estado
222. (Funiversa/Adasa) O rio que desce as encostas, já quase 48. Morfologia: substantivo (mãe)
sem vida, parece que chora. O sujeito do verbo “parece” é Sintaxe: aposto
a) “as encostas”. Semântica: explicação
b) “a vida”. 49. Morfologia: adjetivo
c) “O rio”. Sintaxe: predicativo
d) “o lamento das águas”. Semântica: estado
e) “o triste lamento”. 50. Morfologia: adjetivo
Sintaxe: adj. adn.
223. (Funiversa/Adasa) Assinale a alternativa em que o termo Semântica: característica
sublinhado desempenha a função a ele relacionada. 51. Morfologia: adjetivo
a) “A segunda campanha do Projeto Brasil das Águas” Sintaxe: predicativo
– objeto direto. Semântica: estado
52. Morfologia: adjetivo
Língua Portuguesa

b) “Mas também encontramos muitos outros” – conec-


tivo prepositivo. Sintaxe: predicativo
c) “várias coletas foram feitas” – sujeito paciente. Semântica: estado
d) “Cientes da preocupação dos índios” – adjunto ad- 53. Morfologia: adjetivo
nominal. Sintaxe: adj. adn.
e) “houve um incidente” – sujeito. Semântica: característica:
54. Morfologia: adjetivo
224. (Funiversa/Adasa) Quanto ao trecho “Bancos de areia Sintaxe: predicativo
submersa traçando desenhos ondulados por baixo das Semântica: estado

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55. Morfologia: adjetivo 85. ADV
Sintaxe: predicativo 86. lugar
Semântica: estado 87. causa
56. Morfologia: adjetivo 88. companhia
Sintaxe: adj. adn. 89. tempo, intensidade, tempo, negação
Semântica: característica 90. finalidade
57. Morfologia: adjetivo 91. causa
Sintaxe: predicativo 92. lugar
Semântica: estado 93. intensidade
58. Morfologia: adjetivo 94. modo
Sintaxe: predicativo 95. lugar
Semântica: estado 96. negação, lugar, lugar
59. Morfologia: adjetivo 97. tempo, negação/tempo
Sintaxe: predicativo 98. negação
Semântica: estado 99. PDV
60. Morfologia: adjetivo 100. ADV
Sintaxe: adj. adn. 101. PDV
Semântica: característica 102. ADV
61. Morfologia: adjetivo 103. ADV
Sintaxe: predicativo 104. PDV
Semântica: estado 105. PDV
62. Morfologia: adjetivo 106. ADV
Sintaxe: predicativo 107. ADV
Semântica: estado 108. PDV
63. Morfologia: adjetivo 109. PDV
Sintaxe: adj. adn. 110. ADV
Semântica: característica 111. CN
64. Morfologia: adjetivo 112. ADN, CN
Sintaxe: predicativo 113. CN, CN, ADN
Semântica: estado 114. AND, CN, ADN, CN
65. Morfologia: adjetivo 115. CN
Sintaxe: predicativo do objeto 116. ADN
Semântica: estado 117. CN
66. Morfologia: adjetivo 118. ADN
Sintaxe: adj. adn. 119. CN
Semântica: característica 120. ADN
67. Morfologia: adjetivo 121. ADN
Sintaxe: predicativo 122. CN
Semântica: estado 123. ADN
68. Morfologia: adjetivo 124. CN
Sintaxe: adj. adn. 125. ADN
Semântica: característica 126. ADN
69. Morfologia: adjetivo 127. ADN, ADN
Sintaxe: predicativo do objeto 128. D (ADN)
Semântica: estado. 129. A
70. Morfologia: substantivo (vencedor) 130. OI
Sintaxe: predicativo do objeto 131. ADN
Semântica: estado 132. OD
71. Morfologia: substantivo 133. S
Sintaxe: predicativo do sujeito 134. CN
Semântica: estado 135. OI
72. Morfologia: substantivo 136. CN
Sintaxe: predicativo do sujeito 137. ADN
Semântico: estado 138. OI
73. b 139. OD
74. ADN 140. CN
75. ADV 141. OI
76. ADN 142. OI
Língua Portuguesa

77. ADV 143. S


78. ADV 144. CN
79. ADN 145. ADN
80. ADV 146. S
81. ADN 147. OI
82. ADV 148. OI
83. ADN 149. OI
84. ADN 150. O

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151. OI SINTAXE DO PERÍODO
152. D
153. D Relações Morfossintáticas e Semânticas no
154. VL Período Composto
155. VI
156. VTD (loc. verbal) Período Composto por Coordenação
157. VL
158. VL No período composto por coordenação, as orações re-
159. VI cebem o nome de orações coordenadas e podem ser assin-
160. VL déticas ou sindéticas.
161. VI • São assindéticas quando não são introduzidas por co-
162. VI nectivos (conjunções).
163. VI • São sindéticas quando são introduzidas por conectivos
164. VL (conjunções).
165. VL
166. VI Observe:
167. VL No período:
168. VL Compramos, vendemos, fazemos qualquer negócio.
169 - PV Há quatro orações coordenadas e todas assindéticas.
170. PV
171. PN Porém no período:
172. PV As casas estavam fechadas e as ruas desertas.
173. PV, PV Há duas orações coordenadas, sendo a primeira assin-
174. PVN, PN dética e a segunda sindética.
175. PVN
176. PV As orações coordenadas sintédicas podem ser:
177. PVN
178. PVN 1. Orações coordenadas sindéticas aditivas
179. aposto Quando simplesmente ligadas à anterior, sendo introdu-
180. vocativo zidas por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas
181. aposto, vocativo aditivas, que são: e, nem, e não, mas também, bem como,
182. aposto também etc.
183. aposto Ele não toma uma atitude nem nos apoia.
184. restrição A casa foi vendida e o carro trocado.
185. explicação Ele comprou o carro e não comprou a casa.
186. restrição
187. explicação 2. Orações coordenadas sindéticas adversativas
188. restrição Quando o seu sentido se opõe ao da anterior, sendo in-
189. explicação troduzidas por conjunções ou locuções conjuntivas coorde-
190. restritivos: Fernando Pessoa, Drummond. nativas adversativas, que são: mas, porém, todavia, contudo,
Explicativo: Mineirão ensimesmado. entretanto, no entanto, não obstante etc.
191. ADN: de Drummond. Queremos lutar, mas ninguém nos apoia.
Aposto restritivo: de Itabira. Estou estudando, porém preciso parar.
192. apostos restritivos: São Francisco, da Canastra, de Ele estudou, contudo não passou.
Minas Gerais. ADV: no estado de Minas Gerais.
193. apostos restritivos: Amazonas, dos Andes. 3. Orações coordenadas sindéticas alternativas
Aposto explicativo: maior acidente geográfico das Quando têm significados que se excluem (ou um ou ou-
Américas. ADN: das Américas. tro), sendo introduzidas por conjunções ou locuções conjun-
194. aposto resumitivo: TUDO. tivas coordenativas alternativas, que são: ou, ou... ou, já...
195. aposto resumitivo: NINGUÉM. já, ora... ora, seja... seja, quer... quer etc.
196. aposto explicativo: piratas modernos. Ou ele resolve tudo, ou tenho de ir eu mesmo.
197. aposto explicativo: os sequestradores. Quer estude, quer trabalhe, ele não muda.
198. aposto enumerativo: Robinho, Fernando e Franco. Esta terra é assim mesmo, ora chove, ora faz sol.
199. e 212. C
200. E 213. E 4. Orações coordenadas sindéticas conclusivas
201. C 214. E Quando exprimem uma conclusão, sendo introduzidas
202. E 215. E por conjunções ou locuções conjuntivas coordenativas con-
203. C 216. E
Língua Portuguesa

clusivas, que são: logo, portanto, então, por isso, por con-
204. C 217. C seguinte, pois (depois do verbo) etc.
205. E 218. C Houve algum engano, por isso vamos verificar.
206. C 219. E Ele estudou muito, logo venceu na vida.
207. C 220. e Ele pagou seus compromissos, então merece crédito.
208. E 221. e
209. E 222. e 5. Orações coordenadas sindéticas explicativas
210. E 223. e Quando encerram uma explicação daquilo que vem ex-
211. C 224. e presso na anterior, sendo introduzidas por conjunções ou
I

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locuções conjuntivas coordenativas explicativas, que são: Período Composto por Subordinação
pois (antes do verbo), que, porque, por quanto etc.
Saia logo, pois já são nove horas. Vimos no período composto por coordenação que as
Ele está lutando, pois precisa vencer. orações são independentes, não havendo nenhuma ligação
Não a prejudique, porque ela é doente. de subordinação entre elas, ou seja, uma principal e uma,
ou várias subordinadas.
Quanto ao período composto por subordinação, haverá
EXERCÍCIOS uma espécie de dependência entre elas, havendo é claro,
uma principal e uma ou mais subordinadas.
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir, As orações de um período composto por subordinação
em relação às orações sublinhadas: podem ser.
(A) para oração coordenada assindética. • substantivas
(B) para oração coordenada sindética adversativa. • adjetivas
(C) para oração coordenada sindética aditiva. • adverbiais
(D) para oração coordenada sindética alternativa.
(E) para oração coordenada sindética explicativa. • Orações Subordinadas Substantivas
(F) para oração coordenada sindética conclusiva.
As orações subordinadas substantivas, além de desempe-
1. ( ) O vaqueiro do Sul ou está cavalgando ou está par- nharem as funções de substantivo, desempenham também
ticipando de corrida. as funções dos elementos de um período simples, ou seja:
2. ( ) Havia muita gente na sala, mas ninguém socorreu a) Sujeito – oração subordinada substantiva subjetiva
Desempenha a função de sujeito da oração principal.
a vítima.
Veja:
3. ( ) O vaqueiro no Norte conhece bem os seus espaços, Período simples:
pois nasceu nas caatingas. É necessário a morte do peru.
4. ( ) Ele devia estar muito enfraquecido, pois desmaiou. (sujeito)
5. ( ) O trabalho do vaqueiro é duro, portanto ele tem de Período composto:
ser um homem forte. É necessário que o peru morra.
6. ( ) Você vem comigo, ou vai-se embora com eles? (oração subordinada substantiva subjetiva)
7. ( ) Telefonei-lhe ontem, mas você tinha saído.
8. ( ) Meus amigos, o verdadeiro homem não foge, en- b) Objeto direto – oração subordinada substantiva ob-
frenta tudo. jetiva direta
Desempenha a função de objeto direto da oração prin-
9. ( ) Ele foi a São Paulo de automóvel e voltou de avião.
cipal.
10. ( ) Passou a noite, veio o novo dia e ele continuava Veja:
dormindo. Período simples:
11. ( ) Você não estuda, portanto não passará de ano. Eu quero a tua colaboração.
12. ( ) Tudo parecia difícil, mas ela não reclamava, nem (objeto direto)
perdia o ânimo. Período composto:
13. ( ) Havia problemas, mas ninguém tentava resolvê-los. Eu quero que tu colabores.
14. ( ) Ninguém nos atendeu; ou estavam dormindo, ou (oração subordinada substantiva objetiva direta)
tinham saído.
15. ( ) Não perturbes teu pai, que ele está trabalhando. c) Objeto indireto – oração subordinada substantiva
16. ( ) Nós o prevenimos; portanto ele acautelou-se. objetiva indireta
Desempenha a função de objeto indireto da oração
17. ( ) Ele não só me atrapalha, como também me preju-
principal.
dica. Veja:
18. ( ) Nós o prevenimos, mas ele descuidou-se. Período simples:
19. ( ) Vocês sentem-se prejudicados; ninguém, no entan- Eu preciso de tua colaboração.
to, protesta. (objeto indireto)
20. ( ) Certamente ele acautelou-se, pois nós o prevenimos. Período composto:
21. ( ) Tudo já está terminado, portanto vamo-nos embora. Eu preciso de que tu colabores.
22. ( ) Provavelmente seremos punidos, porque transgre- (oração subordinada substantiva objetiva indireta)
dimos a lei.
23. ( ) O professor não veio; logo não haverá aula. d) Complemento nominal – oração subordinada subs-
tantiva completiva nominal
24. ( ) Transgredimos a lei, logo seremos punidos.
Desempenha a função de complemento nominal da
25. ( ) Você se diz meu amigo, todavia nem sempre o en- oração principal.
tendo. Veja:
Período simples:
GABARITO Sou favorável à execução da fera.
Língua Portuguesa

(complemento nominal)
1. D 8. A 15. E 22. E Período composto:
2. B 9. C 16. F 23. F Sou favorável a que executem a fera.
(oração subordinada substantiva completiva nominal)
3. E 10. A 17. C 24. A
4. E 11. F 18. B 25. B e) Predicativo – oração subordinada substantiva pre-
5. F 12. B 19. B dicativa
6. D 13. A 20. E Desempenha a função de predicativo do sujeito da ora-
7. B 14. D 21. F ção principal.

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Período simples: 13. Observe as orações sublinhadas nos períodos seguintes:
Meu desejo é a vossa felicidade. I – Era necessário que Tistu compreendesse.
(predicativo do sujeito) II – Todos esperavam que vencêssemos.
Período composto: III – Tistu precisava de que o ajudassem.
Meu desejo é que sejais feliz.
(oração subordinada substantiva predicativa) São respectivamente:
f) Aposto – oração subordinada substantiva apositiva a) objetiva direta, objetiva direta e subjetiva.
Desempenha a função de aposto da oração principal. b) subjetiva, objetiva direta e objetiva indireta.
Veja: c) subjetiva, subjetiva e completiva nominal.
Período simples: d) predicativa, completiva nominal e subjetiva.
Só quero uma coisa: a tua absolvição. e) subjetiva, objetiva indireta e objetiva direta.
(aposto)
Período composto: 14. Numere corretamente, de acordo com a classificação
Só quero uma coisa: que sejais absolvido. das orações subordinadas substantivas:
(oração subordinada substantiva apositiva)
(1) Subjetiva
(2) Objetiva direta
Observação: (3) Objetiva indireta
Você deve ter notado que as orações subordinadas subs- (4) Predicativa
tantivas começaram todas por: (5) Completiva nominal
• Conjunção integrante: que ou se (6) Apositiva
Todavia podem também ser introduzidas por:
• Advérbio interrogativo: por que? onde? quando? ( ) Fabiano viu que tudo estava perdido.
como? ( ) O seu desespero era que os bichos se finavam.
• Pronomes interrogativos: que? quem? qual? quanto? ( ) Era preciso que chovesse.
• Pronomes indefinidos: quem? quantos? ( ) Tudo dependia de que Deus fizesse um milagre.
( ) Eles só esperavam uma coisa: que chovesse.
EXERCÍCIOS ( ) Sinhá Vitória fez referência a que Fabiano a acom-
panhasse.
Coloque nos parênteses que precedem os períodos a seguir,
analisando o que estiver sublinhado. Assinale a sequência obtida:
(OSSSU) para oração subordinada substantiva subjetiva. a) 2 – 4 – 1 – 3 – 6 – 5
(OSSSOD) para oração subordinada substantiva objetiva di- b) 2 – 4 – 3 – 1 – 5 – 6
reta. c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6
(OSSSOI) para oração subordinada substantiva objetiva in- d) 2 – 4 – 1 – 6 – 5 – 3
direta.
(OSSSPR) para oração subordinada substantiva predicativa. GABARITO
(OSSSAP) para oração subordinada substantiva apositiva.
(OSSSCN) para oração subordinada substantiva completava 1. OD 5. CN 9. SU 13. b
nominal. 2. SU 6. AP 10. PR 14. a
1. ( ) Ali, bem ali, esperávamos que os balões caíssem. 3. OD 7. PR 11. c
2. ( ) É necessário que você colabore. 4. CN 8. SU 12. d
3. ( ) Alberto disse que não morava na cidade.
4. ( ) Ficamos à espera de que o barco se aproximasse.
5. ( ) Somos gratos a quem nos ajuda. • Orações Subordinadas Adjetivas
6. ( ) Reconheço-lhe uma qualidade: você é sincera.
7. ( ) O sonho do pai era que o filho se formasse. A oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor
8. ( ) Convém que te justifiques. de um adjetivo e funciona como adjunto adnominal de um
termo que a antecede. Observe:
9. ( ) Está provado que esta doença já tem cura.
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase co-
10. ( ) Roberto era quem mais reclamava.
movente.
A palavra sublinhada funciona como adjunto adnominal
11. No período: “Que conversassem de amores, é possível”.
da palavra frase.
A primeira oração classifica-se como:
a) subordinada substantiva predicativa.
Veja agora a substituição:
b) subordinada substantiva apositiva.
Na hora da despedida, o japonês disse uma frase que
c) subordinada substantiva subjetiva. me comoveu.
d) subordinada substantiva objetiva direta. O termo sublinhado, que substitui a palavra comovente
e) Principal. da oração, recebe o nome de oração subordinada adjetiva,
Língua Portuguesa

e está sendo introduzida pelo pronome relativo que.


12. A oração sublinhada em: “Não permita Deus que eu
morra...” tem: Veja outros exemplos:
Valor de função sintática de Restavam-se as conversas interrompidas à noite.
a) adjetivo objeto direto Restavam-se as conversas que eram interrompidas à noite.
b) substantivo sujeito Algumas fábricas liberam gases prejudiciais à saúde.
c) advérbio adjunto adverbial Algumas fábricas liberam gases que prejudicam à saúde.
d) substantivo objeto direto As orações subordinadas adjetivas são introduzidas por
e) adjetivo sujeito um pronome relativo (que, quem, qual, cujo, onde, quando).

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Que: Mulher que muito se mira, pouco fiado tira. • Oração Subordinada Adjetiva
Quem: Sou eu quem perde.
1. Restritiva
Observação:
Para analisar orações em que entre o relativo quem, é Características
necessário desdobrá-lo em: aquele que. a) Restringe a significação do substantivo ou do pronome
Qual: Dê-me o troco do dinheiro com o qual você pagou antecedente .
a entrada. b) É indispensável ao sentido da frase.
Cujo: Xadrez é um jogo cujas regras nunca entendi. c) Não se separa por vírgula da oração principal.
Onde: Conheço a rua onde mora o professor. O livro que ela lia era a loucura do homem agoniado.

Observação: 2. Explicativa
Onde = em que
Quanto: Tudo quanto existe é obra divina. Características
a) Acrescenta uma qualidade acessória ao antecedente.
A oração subordinada adjetiva pode ser: b) É dispensável ao sentido da frase.
c) Vem separada por vírgulas da oração principal.
Restritiva ou Explicativa Jorge de Lima, que foi um poeta da segunda fase, do
Modernismo brasileiro, escreveu uma obra junto com
É restritiva quando restringe ou limita o sentido do nome Murilo Mendes.
ou pronome a que se refere. A qualidade ou propriedade
expressa pela oração subordinada adjetiva, nesses casos, não EXERCÍCIOS
é intrínseca, não é essencial ao nome ou pronome a que se
reporta a oração. Coloque nos parênteses que precedem os períodos seguin-
O homem que crê, nunca se desespera. tes, em relação à oração que estiver sublinhada.
Oração principal: O homem nunca se desespera. (R) para oração subordinada adjetiva restritiva.
Oração subordinada adjetiva: que crê. (E) para oração subordinada adjetiva explicativa.
Justificativa: Nem todo homem crê.
Logo, a crença não é qualidade comum a todos os ho- 1. ( ) Os alunos que chegarem atrasados serão advertidos.
mens. 2. ( ) A vida, que é curta, deve ser bem aproveitada.
3. ( ) A perseverança, que a marca dos fortes, leva a su-
A oração restringe ou limita o sentido do termo homem, cessos na vida.
pois o autor refere-se somente ao homem que crê, e não a
4. ( ) Quero somente as fotos que saírem perfeitas.
todo e qualquer homem.
5. ( ) Pedra que rola fica lisa.
6. ( ) O carro que bateu vinha a mais de oitenta.
É explicativa quando exprime uma qualidade inerente,
7. ( ) O Amazonas, que é o maior rio do mundo em vo-
essencial ao nome com que se relaciona.
O homem, que é mortal, tem no túmulo o epílogo da vida. lume d’água, nasce nos Andes.
Oração principal: O homem tem no túmulo o epílogo da 8. ( ) O cavalo que ganhou o grande prêmio Brasil chama-
vida. -se Sun Set.
Oração subordinada adjetiva explicativa: que é mortal. 9. ( ) Os carros que não tiverem placa serão multados.
Justificativa: todo homem é mortal. 10. ( ) O homem, que é um ser mortal, tem uma missão
Logo, a morte é inerente à natureza do homem. sobre a terra.
11. ( ) A lua, que é um satélite da terra, recebe a luz solar.
Os exemplos apresentados revelam-nos que a adjetiva 12. ( ) O negro que está faminto precisa de cuidados especiais.
restritiva é indispensável ao sentido do período, enquanto 13. ( ) A vida, que é boa, deve ser aproveitada.
que a adjetiva explicativa pode ser retirada do período sem 14. ( ) Ali fica o consultório que pertence a meu amigo.
prejudicar o sentido. A adjetiva explicativa vem sempre en- 15. ( ) As justificativas, que escutei, são do pobre coitado.
tre vírgulas e as restritivas aceitam vírgulas apenas, onde 16. ( ) Ontem vi o amigo que vai viajar comigo.
terminam. 17. ( ) O médico, que está a serviço do povo, atendeu a
um chamado.
Importante: 18. ( ) Era um homem que tinha muita coragem.
Se, no entanto, as palavras: quem, qual, onde, quan- 19. ( ) O médico prestou favores que não podem ser esti-
to, quando e como figuram na oração, sem antecedente mados.
expresso, as orações por eles introduzidas não mais serão 20. ( ) É deliciosa a sensação inusitada que senti.
adjetivas, mas sim, subjetivas. 21. ( ) Ontem examinei a senhora gorda que está diabética.
Exemplifiquemos comparando adjetivas com subjetivas: 22. ( ) O cliente que chegar atrasado será advertido.
Conheço a rua onde mora o professor. 23. ( ) O médico que ajudou o preto chama-se Jamur.
Antecedente expresso: rua 24. ( ) O Rio de Janeiro, que é a cidade rica em belezas
Or. sub. adj. restr.: onde mora o professor naturais, é hospitaleira.
25. ( ) O homem que desmaiou vinha mal intencionado.
Língua Portuguesa

Diga-me onde mora o professor.


oração sub. sub. ob. direta GABARITO
Ficamos admirados todos quantos o viram. 1. R 6. R 11. E 16. R 21. R
Antecedente expresso: todos 2. E 7. E 12. R 17. E 22. R
Or. sub. adj. restr.: quantos o viram 3. E 8. R 13. E 18. R 23. R
4. R 9. R 14. R 19. R 24. E
Veja quanto pode emprestar-me. 5. R 10. E 15. E 20. R 25. R
or. sub. sub. obj. direta

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• Orações Subordinadas Adverbiais toras são: antes que, quando, assim que, logo que, até que,
depois que, mal, apenas.
Além das orações subordinadas substantivas e adjeti- Assim que deu o sinal, os alunos saíram.
vas, existem as adverbiais, que exercem a função de adjunto
adverbial, ou seja, funcionam como adjunto adverbial de EXERCÍCIOS
outras orações e vêm, normalmente, introduzidas por uma
conjunção subordinativa (com exceção das integrantes). 1. No período: “As nuvens são cabelos crescendo como
São classificadas de acordo com a conjunção ou locução rios” (JCMN).
conjuntiva que as introduz. A oração sublinhada é classificada como:
1) Causal a) adverbial consecutiva.
Indica a causa da ação expressa pelo verbo da oração b) adverbial final.
principal. As principais conjunções introdutoras são: porque, c) adverbial proporcional.
visto que, já que, uma vez que, como. d) adverbial comparativa.
Só não morri à míngua, porque o povo daqui me socorreu.
2. Nos versos:
“... delas se emite um canto
2) Comparativa
de uma tal continuidade
Estabelece uma comparação com a ação indicada pelo que continua cantando (1)
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- se deixa de ouvi-lo a gente;
toras são: que e do que (precedidos do mais, menos, melhor, como a gente às vezes canta (2)
pior, maior, menor), como. para sentir-se existente” (3)
Obs.: frequentemente, omite-se nas comparativas o ver- (J.C.M.N.)
bo da oração subordinada.
Ela é tão bela como uma flor. Temos nos versos (1), (2) e (3) sublinhados, respectiva-
mente, orações subordinadas adverbiais:
3) Concessiva a) consecutiva ‑ comparativa – final.
Indica uma concessão às ações do verbo da oração prin- b) final – proporcional – comparativa.
cipal. Isto é, admite uma contradição ou um fato inesperado. c) Causal – conformativa – final.
As principais conjunções introdutoras são: embora, a menos d) causal – comparativa – final.
que, se bem que, ainda que, contanto etc.
Fiz a prova, embora tivesse chegado atrasado. 3. No período: “Não permita Deus que eu morra sem que
eu volte para lá”. (Gonçalves Dias)
4) Condicional A oração subordinada adverbial deve ser classifica como:
Indica a situação necessária à ocorrência da ação do a) comparativa.
verbo da oração principal. As principais conjunções condi- b) consecutiva.
cionais que as introduzem são: se, salvo se, exceto, desde c) condicional.
d) final.
que, contanto que, sem que.
Só irei com vocês, se me pagarem a passagem.
4. No período: “Como havia pouca gente presente, a reu-
nião foi suspensa”.
5) Conformativa A oração destacada apresenta uma circunstância de:
Indica uma conformidade entre o fato que expressa e a a) tempo.
ação do verbo da oração principal. As principais conjunções b) condição.
introdutórias são: como, consoante, segundo, conforme. c) causa.
Como havíamos previsto, a festa esteve ótima. d) consequência.

6) Consecutiva 5. Coloque nos parênteses que precedem os períodos


Indica a consequência resultante da ação do verbo da abaixo, em relação às orações subordinadas adverbiais
oração principal. As principais conjunções introdutórias são: sublinhadas:
(tão)... que, (tanto) ... que, (tamanho)... que etc. (1) para causal
Tremia tanto, que mal podia andar. (2) para comparativa
(3) para concessiva
7) Final (4) para condicional
Indica o fim, o objetivo a que se destina o verbo da oração (5) para conformativa
principal. As principais conjunções que as introduzem são: (6) para consecutiva
para que, afim de que, (= para que). (7) para final
Fiz-lhe sinal, para que viesse. (8) para proporcional
(9) para temporal
8) Proporcional
a) ( ) À medida que o trem se aproximava, o barulho
Língua Portuguesa

Indica uma relação de proporcionalidade com o verbo aumentava.


da oração principal. As principais conjunções introdutoras b) ( ) Ele agia, como devia.
são: à medida que, enquanto, quanto mais... mais, quanto c) ( ) Nada farei, sem que me auxilies.
mais... menos, à proporção que. d) ( ) Leem, como analfabetos.
À medida que caminhávamos, víamos aparecer a casa. e) ( ) Sempre que posso, leio alguma coisa.
f) ( ) Ainda que as estatísticas comprovem, não acre-
9) Temporal dito no que dizem.
Indica a circunstância de tempo em que ocorre a ação do g) ( ) A inflação está tão acelerada, que os preços dos
verbo da oração principal. As principais conjunções introdu- gêneros alimentícios aumentam diariamente.

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h) ( ) Os preços dos gêneros alimentícios aumentam (Teresina-PI/Agente Fiscal) A produtividade industrial, que
diariamente, porque a inflação está acelerada. se mede dividindo o volume da produção pelo número de
i) ( ) Semeie hoje, para que colha bons frutos amanhã. trabalhadores, vem crescendo há bastante tempo, mas, até
j) ( ) Os deveres tomam-se agradáveis, se os cumpri- recentemente, o crescimento era fruto da redução do nível
mos com boa vontade. de emprego.
k) ( ) Os outros nos tratam, conforme os tratamos. 5. A oração “que se mede dividindo o volume da produ-
l) ( ) À proporção que lemos, vamos adquirindo mais ção pelo número de trabalhadores” está entre vírgulas
cultura. porque tem natureza restritiva.
m) ( ) Só valorizamos certas coisas, quando as perdemos.
n) ( ) Tanto vai o vaso à fonte, que um dia se rompe. Emprego das Conjunções
o) ( ) O amor só floresce, se o regarmos com muito
carinho. 1) Conjunções subordinativas e locuções prepositivas
p) ( ) O silêncio pode comunicar tanto, quanto a palavra. Causais: porque, pois, visto que, já que, na medida em
q) ( ) Habituai-vos a obedecer, para aprender a mandar que, que, visto como, uma vez que, como (anteposto à oração
(R.R.) principal), porquanto.
r) ( ) Se eu não fosse imperador, desejaria ser profes- Os turistas desistiram da visita, visto que chovia.
sor (D. Pedro II) Já que o país não crescia, o investidor se retirava.
s) ( ) Os olhos nunca enganam; nem mesmo quando
pretendem enganar. Concessivas: embora, ainda que, se bem que, mesmo
t) ( ) Se os espelhos falassem, haveria menos gente que, posto que, apesar de que, por mais que, por menos que,
diante deles.
apesar de, não obstante, malgrado, conquanto.
Embora chova, sairei.
GABARITO Por mais que tente, não te entendo.
A fé ainda move montanhas, posto que esteja abalada.
1. d c) 4 i) 7 o) 4 Malgrado seja domingo, ela está trabalhando.
2. a d) 2 j) 4 p) 2
3. c e) 9 k) 5 q) 7 Condicionais: se, caso, desde que, contanto que, a não
4. c f) 3 l) 8 r) 4 ser que, sem que.
5. a) 8 g) 6 m) 9 s) 9 O amor não se rompe, desde que sejam fortes os laços.
b) 5 h) 1 n) 6 t) 4 Se viagens instruíssem homens, os marinheiros seriam
o mais sábios.
A não ser que trabalhe, não prosperará.
EXERCÍCIOS
Consecutivas: tal que, tanto que, de sorte que, de modo
(MMA) Foram expedidas cerca de 7 mil cartas de expulsão que, de forma que, tamanho que.
de brasileiros no ano passado. O medo faz parte da rotina A fé era tamanha que muitos milagres se operavam.
de boa parte dos cerca de 60 mil brasileiros sem papéis, Choveu tanto que a ponte caiu.
que vivem de casa para o trabalho e do trabalho para casa,
receosos de serem detidos e repatriados. Conformativas: conforme, como, segundo, consoante.
1. O uso das vírgulas justifica-se por isolar oração subor- Chorarão as pedras das ruas, como diz Jeremias sobre as
dinada adjetiva restritiva.
de Jerusalém destruída.
(MMA/Analista) Quando, há cerca de cinco anos, chegou ao
Comparativas: como, assim como, tal qual, que, do que,
mercado brasileiro o primeiro modelo de carro bicombustí-
(tanto) quanto / como.
vel, que pode utilizar gasolina e álcool em qualquer propor-
ção, ninguém apostava no seu êxito imediato e muito menos Janete estuda mais que trabalha.
na sua permanência no mercado por muito tempo. Elias canta tal qual Zezé.
2. A vírgula após “bicombustível” isola oração subordinada Jesus crescia tanto em estatura quanto em sabedoria.
adjetiva explicativa.
Finais: para que, porque, a fim de que, para, a fim de.
(MPE-RR/Atendente) Os Estados Unidos da América (EUA), O gerente deu ordens para que nada faltasse aos hós-
que desde a última década vinham relegando para um segun- pedes.
do plano esforços direcionados à conservação de energia – os Estudei porque vencesse na vida.
carros grandes têm hoje maior participação relativa, no total
da frota norte-americana, que a registrada antes do primeiro Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao pas-
choque do petróleo, em 1973/1974 –, até estabeleceram me- so que, quanto mais... mais, quanto mais... menos, quanto
tas ambiciosas de redução do consumo de óleo no setor de menos... mais, quanto menos... menos.
transportes, contando com expressiva produção de etanol. Quanto mais conhecia os homens, mais Pafúncio confiava
3. A vírgula empregada após “transportes” isola oração em Deus.
adjetiva restritiva. À medida que enxergava, o ex-cego se alegrava.
Língua Portuguesa

(MRE/Assistente de chancelaria) Segundo o ex-assessor es- Temporais: quando, enquanto, logo que, antes que, de-
pecial de Lula, Frei Betto, que chegou recentemente de Cuba, pois que, mal, sempre que.
onde esteve com Raúl Castro, de quem é amigo pessoal, os Sempre que corríamos à janela, assistíamos ao pôr-do-sol.
cubanos fazem sérias ressalvas ao processo chinês, exata- Mal as provas chegaram, os alunos se agitaram.
mente por valorizar o crescimento econômico sem levar em
conta o desenvolvimento social. 2) Conjunções coordenativas (para comparar e distin-
4. O trecho “que chegou recentemente de Cuba” está entre guir)
vírgulas por tratar-se de oração subordinada adjetiva Aditivas: e, nem ( = e não), mas também.
restritiva. Astolfo não cantou nem dançou.

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Anita trabalhou e estudou. contra 1.044 da Boeing. No entanto, a Airbus entregou 434
O povo não só exige respeito, mas também paga im- aviões a jato; sua concorrente, 398.
postos. 10. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção
gramatical do período, ser substituído por ao passo que.
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto,
entretanto, não obstante. (Banco do Brasil/Escriturário) Uma pesquisa realizada em 16
O país cresceu, mas não gerou empregos. países mostrou que os jovens brasileiros são os que colecio-
nam o maior número de amigos virtuais. A média brasileira
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. de contatos é mais do que o dobro da mundial, que tem como
Ou saio para ir com você ou fico em casa. base países como Estados Unidos da América (EUA) e China.
11. Em “mais do que”, a eliminação de “do” prejudica a cor-
Conclusivas: logo, pois (após o verbo da oração e entre reção gramatical do período.
vírgulas), portanto, assim, por isso, por conseguinte, dessar-
te/destarte, posto isso. (Banco do Brasil/Escriturário) O século XX testemunhou o
Mílvio estuda Português faz dois anos, portanto já sabe desenvolvimento de grandes eventos esportivos, tanto em
muito. escala mundial – como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mun-
do – quanto regional, com disputas nos vários continentes.
Explicativas: pois (antes do verbo), que ( = porque), por- 12. O emprego de “tanto” está articulado ao emprego de
que, porquanto. “quanto” e ambos conferem ao período o efeito de sen-
Feche a porta, que está frio. tido de comparação.
O país cresceu, porque o desemprego diminuiu. 13. Subentende-se após “quanto” a elipse da expressão
como.
EXERCÍCIOS
(CBM-ES/Soldado) Exigências da paz
(Banco do Brasil/Escriturário) As empresas que pretendem
fazer um investimento social mais eficaz tendem a não ser as 1 Acredito na paz e na sua possibilidade como forma
executoras dos projetos, contratando consultores ou orga- normal de existência humana. Mas não acredito nas ca-
nizações especializadas para desenvolvê-los. Ao adotar essa ricaturas de paz que nos são constantemente propostas,
estratégia, a empresa compartilha o papel de produtora so- 4 e até inculcadas. Há por aí uma paz muito proclamada,
cial com a organização executora. mas que na realidade atrapalha a verdadeira paz.
6. A substituição de “Ao adotar” por Quando adota man- A paz não é uma abstração. É uma forma de convi-
tém a correção gramatical e o sentido original do perí- 7 vência humana. Expressa o modo existencial como os
odo. homens trabalham, se relacionam e conduzem o destino
da História.
(Banco do Brasil/Escriturário) O número de mulheres no 10 Sendo assim, não adianta apregoar a sublime paz.
mercado de trabalho mundial é o maior da História, tendo Que não passe de fórmula sem conteúdo. Pois o
alcançado, em 2007, a marca de 1,2 bilhão, segundo relatório que importa são as situações concretas em que vive a
da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em dez anos, 13 humanidade.
houve um incremento de 200 milhões na ocupação feminina. Sociedade pacífica não é a sociedade que usa e con-
Ainda assim, as mulheres representaram um contingente some slogans de paz, mas a que desenvolve concreta-
distante do universo de 1,8 bilhão de homens empregados. 16 mente formas de existência social em que os homens
7. O desenvolvimento das ideias do texto confere à ora- vivam com dignidade, e possam participar dos valores
ção reduzida iniciada por “tendo alcançado” um valor materiais e espirituais que respondam às necessidades
adjetivo, correspondente a que tem alcançado. 19 básicas da vida humana.
8. A relação de sentidos entre as orações do 1º parágrafo Se a humanidade quiser a paz efetiva, deve estar
do texto permite substituir “Ainda assim” por No en- disposta a remover tudo aquilo que a impede. E a buscar
tanto ou por Apesar disso, sem prejuízo da correção 22 tudo aquilo que a possibilita. Antes de tudo, remover a
gramatical do texto. falsa paz: A paz concordista que aceita, com tolerância
descabida, situações injustas.
(Banco do Brasil/Escriturário) Vale notar, também, que os 25 A paz conformista que adia soluções contorna pro-
bons resultados dos bancos médios brasileiros atraíram gran- blemas, silencia dramas sob a alegação de que o mun-
des instituições do setor bancário internacional interessa- do sempre foi assim, e de que é preciso esperar com
das em participação segmentada em forma de parceria. O 28 paciência.
Sistema Financeiro Nacional só tem a ganhar com esse tipo A paz alienante que distrai a consciência para que
de integração. Dessa forma, o cenário, no médio prazo, é não se percebam os males que machucam o corpo e
de acelerado movimento de fusões entre bancos médios, 31 encolerizam a alma da humanidade. A paz cúmplice que
processo que já começou. Será um novo capítulo da história disfarça absurdos, desculpa atrocidades, justifica opres-
bancária do país. sões e torna razoáveis espoliações desumanas.
9. A relação semântico-sintática entre o período que ter- 34 A paz não tem a missão de camuflar erros, mas
mina em “parceria” e o que começa com “O Sistema de diagnosticá-los com lucidez. Não é um subterfúgio
Língua Portuguesa

Financeiro” seria corretamente explicitada por meio da para evitar a solução reclamada. Existe para resolver o
conjunção Entretanto. 37 problema.
Pode haver paz onde há fome crônica? Pode haver
(Banco do Brasil/Escriturário) A Airbus mantém 4.463 aerona- paz no lar em que a criança está morrendo por falta de
ves em operação, enquanto a Boeing tem 24 mil – incluindo 40 remédios? Pode haver paz onde há desemprego? Pode
5 mil Boeing 737, o principal rival do Airbus 320, o mesmo haver paz onde o ódio domina? Pode haver paz onde a
modelo do envolvido em recente acidente aéreo. As duas perseguição age bem acobertada? Nesses casos, o pri-
empresas travam um duelo à parte pelo mercado da aero- 43 meiro passo é suprimir a fome, a doença, o desemprego,
náutica. No ano passado, a Airbus recebeu 791 encomendas o ódio, a perseguição.

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E então a paz começa a chegar. 23. As ocorrências da preposição “para” nas linhas 7 e 18
46 A paz é uma infatigável busca de valores para o bem introduzem, no desenvolvimento da argumentação, fi-
de todos. É o esforço criador da humanidade gerando nalidades para as ações centradas em “relacionar” (l. 6)
recursos econômicos, culturais, sociais, morais, espiri- e em “desenrolaram-se” (l. 20), respectivamente.
49 tuais, que são indispensáveis à subsistência, ao cresci-
mento e ao relacionamento consciente e fraterno da (MMA/Analista) Por ironia, as notícias mais frequentes pro-
humanidade. duzidas pelas pesquisas científicas relatam não a descober-
ta de novos seres ou fronteiras marinhas, mas a alarmante
Acerca das ideias e da sintaxe do texto, julgue os itens. escalada das agressões impingidas aos oceanos pela ação
14. A oração “Pois o que importa são as situações concretas” humana.
(l.11-12) estabelece uma relação de causa com a oração 24. O termo “mas” corresponde a qualquer um dos seguin-
anterior.
tes: todavia, entretanto, no entanto, conquanto.
15. A oração “Se a humanidade quiser a paz efetiva” (l. 20)
estabelece uma relação de condição.
16. Nos períodos “A paz conformista que adia soluções” (MPE-RR/Atendente) Enquanto autoridades internacionais
(l. 25), “A paz alienante que distrai a consciência” (l. 28) vêm condenando duramente a expansão da produção de
e “A paz cúmplice que disfarça absurdos” (l. 31), o vo- biocombustíveis, o governo federal arma-se, acertadamente,
cábulo “que” é um pronome relativo que exerce função para enfrentar a onda de rejeição daí nascida.
de sujeito. 25. A substituição do termo “Enquanto” por À medida que
17. Na oração “A paz é uma infatigável busca de valores” prejudica a correção gramatical do período.
(l. 46), a expressão sublinhada é predicativo do sujeito.
(MRE/Assistente de Chancelaria) O boom no preço das com-
Julgue os itens subsequentes, relativos à sintaxe do trecho: modities exportadas pelo Brasil amplia o fôlego da economia
“Expressa o modo existencial como os homens trabalham, nacional para absorver importações crescentes sem ameaçar
se relacionam e conduzem o destino da História”. o equilíbrio externo. O nível do câmbio, entretanto, também
18. Subentende-se a expressão essa forma de convivência produz efeitos adversos, não neutralizados pela política eco-
como sujeito da forma verbal “Expressa”. nômica.
19. Antes de “se relacionam” e de “conduzem” subentende- 26. O termo “entretanto” pode, sem prejuízo para a corre-
-se o conector “como”. ção gramatical e a informação original do período, ser
20. A expressão “o destino da história” é complemento substituído por qualquer um dos seguintes: contudo,
direto das formas verbais “trabalham”, “relacionam” e mas, porém, todavia, conquanto.
“conduzem”.
(MRE/Assistente de Chancelaria) Certamente, o recorde de
(CPC) Se a Holanda tivesse vencido os portugueses no Nor-
atração de investimentos externos confirmado agora tem
deste no século XVII, nosso herói não seria Matias de Albu-
relação direta com o fato de o país ter-se transformado de
querque, mas Domingos Fernandes Calabar, senhor de terras
e contrabandista que traiu os portugueses e se passou para devedor em credor internacional. Ao assegurar um volume
o lado dos batavos. de reservas cambiais superior ao necessário para garantir o
21. A substituição de “Se a Holanda tivesse vencido” por pagamento da dívida externa, o Brasil tranquilizou os credo-
Tivesse a Holanda vencido preserva a correção e o sig- res sobre a sua possibilidade de honrar os compromissos.
nificado. 27. A substituição de “Ao assegurar” por Quando assegurou
prejudica a correção gramatical do período e altera as
(Seplag/DFTrans/Técnico) suas informações originais.

1 A compreensão dos processos históricos relacio- (MRE/Assistente de Chancelaria) O afastamento de Fidel Cas-
nados a determinados assuntos é possível quando se tro, como quer que deva ser analisado de diversos pontos
levam em consideração manifestações concretas que de vista, tem certamente significado simbólico. Ele aponta
4 acontecem na vida das pessoas, contextualizando-as no para o fim de uma singular experiência revolucionária no
espaço e no tempo. Assim sendo, é de suma importância hemisfério, que, não obstante o que aparece como sobrevi-
relacionar fatos históricos brasileiros ao desenvolvimen- da melancólica nas condições de hoje, ao nascer incendiou
7 to dos meios de transporte para facilitar o entendimento romanticamente a imaginação de muitos de nós e nos mo-
da participação e da importância destes na integração bilizou.
das regiões brasileiras e no seu desenvolvimento so- 28. O termo “não obstante o” pode, sem prejuízo para a
10 cioeconômico. correção gramatical e para as informações originais do
Tão antigos quanto a existência do próprio homem período, ser substituído por apesar do ou a despeito do.
são o desejo e a necessidade humanos de se deslocar, de
13 se mover, de transportar, enfim, de transitar, fato que se
(Teresina-PI/Agente Fiscal) No ano passado, a produção in-
antecipa mesmo ao surgimento dos meios de transporte.
dustrial cresceu 6%, enquanto o emprego aumentou 2,2% e o
Foi exatamente pela necessidade de transitar que, há
16 500 anos, os europeus chegaram ao continente ameri- total de horas pagas pela indústria aumentou 1,8%. Isso quer
cano e fizeram do território que hoje se chama Brasil o dizer que a produtividade cresceu sem necessidade de de-
Língua Portuguesa

seu espaço de exploração. Entretanto, para descobrir as missões de trabalhadores, como ocorreu entre 1990 e 2003.
19 potencialidades de um país com tamanha vastidão terri- 29. O termo “enquanto” pode, sem prejuízo para a correção
torial e conhecê-lo em sua totalidade, desenrolaram-se gramatical e para as informações originais do período,
muitas histórias. ser substituído por qualquer um dos seguintes: ao passo
que, na medida que, conquanto.
22. A relação que o período iniciado por “Assim sendo”
(l. 5-6) mantém com as ideias do período imediatamente (Teresina-PI/Agente Fiscal) A despeito da desaceleração
anterior permite que esse termo seja substituído por econômica nas nações ricas, as cotações das commodities
Desse modo ou Por isso. agrícolas, minerais e energéticas persistem em ascensão.

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30. A expressão “A despeito da” pode, sem prejuízo para a e) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e
correção gramatical e as informações originais do perí- carros, por exemplo, que são impactados pela de-
odo, ser substituída por qualquer uma das seguintes: cisão dos juros) não estão aumentando”, disse ele
Apesar da, Embora haja, Não obstante a. a jornalistas. O ministro avaliou, entretanto, que o
impacto maior se dará nas operações de comércio
(Prefeitura de Vila Velha-ES) O restante corresponde à água exterior. Isso porque a decisão sobre juros tende a
salgada dos mares (97%) e ao gelo nos polos e no alto das trazer mais recursos para o Brasil “Isso porque a de-
montanhas. Administrar essa cota de água doce já desperta cisão sobre juros tende a trazer mais recursos para
preocupação. o Brasil”. (conclusão)
31. A oração “Administrar essa cota de água doce” exerce
função sintática de sujeito. (SGA-AC) A sentença determina, entre outras medidas, que
as penitenciárias somente acolham presos que residam em
Ele só descobre que um bem é fundamental quando dei- um raio de 200 km. Segundo o juiz, as medidas que tomou
xa de possuí-lo. Preso naquele porão, eu descobria que a são previstas pela Lei de Execução Penal. Sua sentença foi
liberdade mais importante que existia era a liberdade de ir muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que
e vir, a liberdade de movimento. Eu tinha todas as outras irá recorrer ao Tribunal de Justiça.
liberdades, preso no porão. 37. As orações subordinadas “que as penitenciárias somente
32. A oração “que um bem é fundamental” exerce a mesma acolham presos”, “que tomou” e “que irá recorrer ao
função sintática que “todas as outras liberdades”. Tribunal de Justiça” desempenham a função de com-
plemento do verbo.
33. No trecho “de que me adiantava isso”, o pronome “isso”
complementa a forma verbal “adiantava”. (SGA-AC) Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o gover-
no estadual anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Justiça.
(Abin/Analista) A criação do Sistema Brasileiro de Inteligência 38. O emprego da conjunção “Contudo” estabelece uma
(Sisbin) e a consolidação da Agência Brasileira de Inteligência relação de causa e efeito entre as orações.
(Abin) permitem ao Estado brasileiro institucionalizar a ativi-
(SGA-AC) Falara com voz sincera, exaltando a beleza da pai-
dade de Inteligência, mediante uma ação coordenadora do
sagem e revelando que, se dependesse só dele, passaria o
fluxo de informações necessárias às decisões de governo, no
resto da vida ali, morreria na varanda, abraçado à visão do
que diz respeito ao aproveitamento de oportunidades, aos
rio e da floresta. Era isso o que mais queria, se Alícia estivesse
antagonismos e às ameaças, reais ou potenciais, relativos
ao seu lado.
aos mais altos interesses da sociedade e do país. 39. As orações “se dependesse só dele” e “se Alícia estivesse
34. O primeiro período sintático permaneceria gramatical- ao seu lado” estabelecem circunstância de condição em
mente correto e as informações originais estariam pre- relação às orações às quais se subordinam.
servadas com a substituição da palavra “mediante” por
qualquer uma das seguintes expressões: por meio de, (SGA-AC) Não parecia estar no iate, e sim em sua casa, em
por intermédio de, com, desencadeando, realizando, Manaus: sentado, pernas e pés juntos, tronco ereto, a cabeça
desenvolvendo, empreendendo, executando. oscilando, como se fizesse um não em câmera lenta.
40. A oração “como se fizesse um não em câmera lenta”
O dinheiro foi aplicado em um poderoso esquema para evitar expressa uma comparação estabelecida pelo narrador.
ataques terroristas, como ocorreu nos Jogos de Munique, em
1972, quando palestinos da organização Setembro Negro (SGA-AC) Eu esperava o fim da tarde com ansiedade.
invadiram a Vila Olímpica e mataram dois atletas israelenses. 41. A correção gramatical e o sentido do texto seriam manti-
35. A inserção de o que imediatamente antes de “ocorreu” dos se a preposição a fosse incluída após a forma verbal
prejudicaria a sintaxe do período e modificaria o sentido “esperava”: Eu esperava ao fim da tarde com ansiedade.
da informação original.
(DFTrans/Analista) Acho que se compreenderia melhor o
36. (TRT 1ª R/Analista)As conjunções destacadas nos trechos funcionamento da linguagem supondo que o sentido é um
a seguir estão associadas a uma determinada interpre- efeito do que dizemos, e não algo que existe em si, inde-
tação. Assinale a opção que apresenta trecho do texto pendentemente da enunciação, e que envelopamos em um
seguido de interpretação correta da conjunção desta- código também pronto.
cada. 42. O valor condicional da oração iniciada por “supondo”
a) A série de dados do Caged tem início em 1992. Con- permite sua substituição, no texto, por se supusermos,
tra os três primeiros meses de 2007, quando foram sem que sejam prejudicadas a coerência ou a correção
criadas 399 mil vagas (recorde anterior), segundo gramatical.
informações do MTE, o crescimento no número de
empregos formais criados foi de 38,7%. (proporcio- (MS/Agente) Para aumentar o volume de doações e trans-
nalidade) plantes de órgãos no país, o ministro da Saúde lançou a Cam-
b) “Esse primeiro trimestre, como dizem meus filhos, panha Nacional de Incentivo à Doação de Órgãos.
bombou”, afirmou o ministro do Trabalho a jornalis- 43. A primeira oração do texto estabelece com a segunda
Língua Portuguesa

tas. (comparação) uma relação de tempo.


c) “É um erro imaginar que há inflação no Brasil. ‘É um
erro imaginar que há inflação no Brasil’. (consequência) (MS/Agente) Acredito que todos possam fazer uma reflexão
d) “Os preços dos bens duráveis (fogões, geladeiras e diante disso: 28,6% das intoxicações por medicamentos ocor-
carros, por exemplo, que são impactados pela decisão ridas com 25 crianças são acidentais, portanto, poderiam ser
dos juros) não estão aumentando”, disse ele a jorna- evitadas, observa a coordenadora.
listas. O ministro avaliou, entretanto, que o impacto 44. O termo “portanto” estabelece uma relação adversativa
maior se dará nas operações de comércio exterior. entre as informações da oração que o precede e as da
(oposição) oração subsequente.

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(Abin/Oficial de Inteligência) Há histórias, no plural; o mundo QUESTÕES FGV
tornou-se intensamente complexo e as respostas não são
diretas nem estáveis. Mesmo que não possamos olhar de IBGE/Analista de Geoprocessamento/2016
um curso único para a história, os projetos humanos têm um
assentamento inicial que já permite abrir o presente para a Texto – A eficácia das palavras certas
construção de futuros possíveis.
45. A relação que a oração iniciada por “e as respostas” man- Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés,
tém com a anterior mostra que a função da conjunção um boné e um cartaz em madeira escrito com giz branco
“e” corresponde à função de por isso. gritava: “Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da
área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu
(Detran/Analista de Trânsito) Construções e usos de interesse umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o
particular desrespeitam sistematicamente os códigos de obra cartaz e com o giz escreveu outro conceito. Colocou o pedaço
e as leis de ocupação do solo. Invadem o espaço público, e de madeira aos pés do cego e foi embora.
o resultado é uma cidade de edificação monstruosa e hostil Ao cair da tarde, o publicitário voltou a passar em frente
ao transeunte. É preciso, portanto, que o espírito da blitz na
ao cego que pedia esmola. Seu boné, agora, estava cheio
avenida Paulista seja estendido para toda a cidade.
de notas e moedas. O cego reconheceu as pegadas do pu-
46. A palavra “portanto” estabelece relação de condição
blicitário e perguntou se havia sido ele quem reescrevera o
entre segmentos do texto.
cartaz, sobretudo querendo saber o que ele havia escrito.
(Detran/Analista de Trânsito) Há, porém, outras mais graves, O publicitário respondeu: “Nada que não esteja de acordo
que se instalam lentamente no organismo, como o aumento com o conceito original, mas com outras palavras”. E, sor-
da pressão arterial e a ocorrência de paradas cardíacas. Estas rindo, continuou o seu caminho. O cego nunca soube o que
podem passar despercebidas, já que nem sempre apresen- estava escrito, mas seu novo cartaz dizia: “Hoje é primavera
tam uma relação tão clara e direta com o fator ambiental. em Paris e eu não posso vê-la”.
(Produção de Texto, Maria Luíza M. Abaurre e
De imediato, existe o alerta: onde morar em metrópoles? Maria Bernadete M. Abaurre)
47. A locução “já que” estabelece uma relação de compa-
ração no período. 1. O título dado ao texto:
a) resume a história narrada no corpo do texto.
(Detran/Analista de Trânsito) Todavia, foi somente após a b) afirma algo que é contrariado pela narrativa.
Independência que começou a se manifestar explicitamente, c) indica um princípio que é demonstrado no texto.
no Brasil, a preocupação com o isolamento das regiões do
d) mostra um pensamento independente do texto.
país como um obstáculo ao desenvolvimento econômico.
e) denuncia um princípio negativo de convencimento.
48. O termo “Todavia” estabelece uma relação de causa
entre as ideias expressas no primeiro e no segundo pe-
2. A frase abaixo que exemplifica uma incoerência é:
ríodos do texto.
a) “O que vem fácil, vai fácil”. (Geoffrey Chaucer).
(Detran/Analista de Trânsito) Observe o trecho: b) “Se você deseja atingir o ponto mais alto, comece
linguagem. S.f. 1. o uso da palavra articulada ou escrita como pelo mais baixo”. (Ciro, o Jovem).
meio de expressão e de comunicação entre as pessoas. c) “Perseverança não é uma corrida longa, são muitas
49. No texto do verbete de dicionário, o valor de comparação corridas curtas, uma após a outra”. (Walter Elliot).
da palavra “como” deixa subentender uma expressão d) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levan-
mais complexa: assim como. tar toda vez que caímos”. (Oliver Goldsmith).
e) “Seja breve, não importa quanto tempo isto leve”.
(Ibama/Analista) Preso em diversas ocasiões, só foi defini- (Saul Gorn).
tivamente absolvido em 1º de março de 1984, quatro anos
depois, portanto, de iniciadas as perseguições. De acordo “Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus pés,
com a conselheira Sueli Bellato, embora o relatório não tenha um boné e um cartaz em madeira escrito com giz branco
se aprofundado na questão, foi possível constatar que Chico gritava: “Por favor, ajude-me. Sou cego”. Um publicitário da
Mendes também foi torturado enquanto estava sob custódia área de criação, que passava em frente a ele, parou e viu
de policiais federais. umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou o
50. Os termos “portanto” e “enquanto” estabelecem idên- cartaz e com o giz escreveu outro conceito. Colocou o pedaço
ticas relações de sentido. de madeira aos pés do cego e foi embora”.

GABARITO 3. O texto pertence ao modo narrativo de organização


discursiva, caracterizado pela evolução cronológica das
1. E 14. E 27. E 40. C ações. O segmento que comprova essa evolução é:
a) “Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A
2. C 15. C 28. C 41. E
seus pés, um boné e um cartaz em madeira escrito
3. E 16. C 29. E 42. E
com giz branco gritava”.
4. E 17. C 30. C 43. E
b) “Por favor, ajude-me. Sou cego”.
5. E 18. E 31. C 44. E
Língua Portuguesa

c) “Um publicitário da área de criação, que passava em


6. C 19. C 32. C 45. C
frente a ele”.
7. E 20. E 33. E 46. E
d) “parou e viu umas poucas moedas no boné”.
8. C 21. C 34. C 47. E
e) “Sem pedir licença, pegou o cartaz”.
9. E 22. C 35. E 48. E
10. C 23. C 36. d 49. E 4. A frase abaixo em que o emprego do demonstrativo
11. E 24. E 37. E 50. E sublinhado está inadequado é:
12. C 25. E 38. E a) “As capas deste livro que você leva são muito sepa-
13. E 26. E 39. C radas”. (Ambrose Bierce).

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b) “Quando alguém pergunta a um autor o que este 10. A frase abaixo, de Millôr Fernandes, que exemplifica o
quis dizer, é porque um dos dois é burro”. (Mário emprego da vírgula por inserção de um segmento entre
Quintana). sujeito e verbo é:
c) “Claro que a vida é bizarra. O único modo de enca- a) “O difícil, quando forem comuns as viagens interpla-
rar isso é fazer pipoca e desfrutar o show”. (David netárias, será a gente descobrir o planeta em que
Gerrold). foram parar as bagagens”.
d) “Não há nenhum lugar nessa Terra tão distante quan- b) “Quando um quer, dois brigam”.
to ontem”. (Robert Nathan). c) “Para compreender a situação do Brasil, já ninguém
e) “Escritor original não é aquele que não imita nin- discorda, é necessário um certo distanciamento. Que
guém, é aquele que ninguém pode imitar”. (Chate- começa abrindo uma conta numerada na Suíça”.
aubriand).
d) “Pouco a pouco o carnaval se transfere para Brasília.
Brasília já tem, pelo menos, o maior bloco de sujos”.
5. “Havia um cego sentado numa calçada em Paris. A seus
pés, um boné e um cartaz em madeira escrito com giz e) “Mal comparando, Platão era o Pelé da Filosofia”.
branco gritava: “Por favor, ajude-me. Sou cego”. A res-
peito dos componentes e do sentido desse segmento 11. O termo em função adjetiva sublinhado que está subs-
do texto, é correto afirmar que: tituído por um adjetivo inadequado é:
a) o cego gritava para ser ouvido pelos transeuntes; a) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá
b) as palavras gritadas pelo cego tentavam convencer acontecer e depois explicar por que não aconteceu”.
o público que passava. (anônimo) / divinatória.
c) as palavras do cartaz apelavam para a caridade reli- b) “Por mais numerosos que sejam os meandros do
giosa das pessoas. rio, ele termina por desembocar no mar”. (Provérbio
d) a segunda frase do cartaz do cego funciona como hindu) / pluviais.
consequência da primeira. c) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as
e) o cartaz “gritava” porque o giz branco se destacava coisas”. (Leo Buscaglia) / universal.
no fundo preto. d) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que
6. A frase abaixo em que a substituição de uma oração elas não interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks
reduzida por uma desenvolvida equivalente é inade- Atkinson) / divino.
quada é: e) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crian-
a) “Sou como uma planta do deserto. Uma única gota ças pagam penitência pela consciência pecadora de
de orvalho é suficiente para me alimentar”. (Leonel seus pais”. (H. L. Mencken) / dominical.
Brizola) / para que eu me alimente.
b) “Você nunca realmente perde até parar de tentar”. 12. A polissemia – possibilidade de uma palavra ter mais de
(Mike Ditka) / até que pare de tentar.
um sentido – está presente em todas as frases abaixo,
c) “Uma rua sem saída é apenas um bom lugar para se
exceto em:
dar a volta”. (Naomi Judd) / para que se dê a volta.
d) “Amor é um truque sujo que nos impuseram para a) Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
obter a continuidade de nossa espécie”. (Somerset b) CBN: a rádio que toca a notícia.
Maugham) / para que se obtivesse a continuidade c) Na vida tudo é passageiro, menos o motorista.
de nossa espécie. d) Os dentes do pente mordem o couro cabeludo.
e) “O amor é a asa que Deus deu ao homem para voar e) Os surdos da bateria não escutam o próprio barulho.
até Ele”. (Roger Luján) / para que voe até Ele.
13. A frase em que a redundância está ausente é:
7. “Por favor, ajude-me. Sou cego”; reescrevendo as duas a) “Ninguém jamais se afogou em seu próprio suor”.
frases em uma só, de forma correta e respeitando-se o (Ann Landers).
sentido original, a estrutura adequada é: b) “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo
a) Embora seja cego, por favor, ajude-me. começo, qualquer um pode começar agora e fazer
b) Me ajude, por favor, pois sou cego. um novo fim”. (Chico Xavier).
c) Ajude-me já que sou cego, por favor. c) “Espero que sua vida seja tão inteira como duas me-
d) Por favor, ainda que seja cego, ajude-me. tades”. (anônimo).
e) Ajude-me, por favor, contanto que sou cego. d) “Todos os funcionários receberam um prêmio adi-
cional extra por seu desempenho”. (Cartaz em lan-
8. “Sem pedir licença, pegou o cartaz e com o giz escre- chonete).
veu outro conceito”; a oração “Sem pedir licença” pode e) “Os cemitérios estão cheios de gente insubstituível”.
ser adequadamente substituída pela seguinte oração (Charles De Gaulle).
desenvolvida:
a) Sem que pedisse licença.
14. A frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
b) Sem o pedido de licença.
c) Sem que peça licença. a) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas
bater até abrir”. (Guy Falks).
Língua Portuguesa

d) Sem a petição de licença.


e) Sem que havia pedido licença. b) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levan-
tar toda vez que caímos”. (Oliver Goldsmith).
9. A nova forma do cartaz apela para: c) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”.
a) a intimidação das pessoas pelo constrangimento. (Abraham Lincoln).
b) o racionalismo típico dos franceses. d) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas po-
c) a inteligência culta dos transeuntes. demos fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge).
d) o sentimentalismo diante da privação do cego. e) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contri-
e) a sedução das pessoas pelo orgulho da ajuda prestada. buía para seu progresso”. (Nouailles).

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15. Em todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no
lugar de outros com significado mais específico. A frase
em que a substituição por esses verbos mais específicos
foi feita de forma adequada é:
a) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom
Robbins) / desfrutar de.
b) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta
paciência você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones)
/ você oferece.
c) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter
são suas crianças”. (Danny Kaye) / usar.
d) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão ab-
surdo quanto acreditar que basta ter instrumentos
para ser um músico”. (Mansour Challita) / originar.
e) “A família é como a varíola: a gente tem quando
criança e fica marcado para o resto da vida”. (Sartre)
/ sofre.

GABARITO
1. c 5. e 9. d 13. e
2. e 6. e 10. a 14. e
3. d 7. c 11. b 15. a
4. a 8. a 12. a
Língua Portuguesa

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IBGE

SUMÁRIO

Raciocínio Lógico

Avaliação da habilidade do candidato em entender a estrutura lógica de relações entre pessoas, lugares,
coisas e/ou eventos, deduzir novas informações e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura
dessas relações....................................................................................................................................................................... 3

As questões das provas poderão tratar das seguintes áreas: estruturas lógicas; lógica de argumentação;
diagramas lógicos; aritmética; álgebra e geometria básica................................................................................................ 21

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Raciocínio Lógico
Josimar Padilha

AVALIAÇÃO DA HABILIDADE DO pensamento, nas quais uma “proposição-declaração” não


CANDIDATO EM ENTENDER A ESTRUTURA pode ser verdadeira (V) e falsa (F) ao mesmo tempo, daí tere-
mos uma possível valoração para as declarações. Vejamos as
LÓGICA DE RELAÇÕES ENTRE PESSOAS, questões comentadas 1 e 2 a seguir e a aplicação do método:
LUGARES, COISAS E/OU EVENTOS, DEDUZIR
NOVAS INFORMAÇÕES E AVALIAR AS QUESTÕES COMENTADAS
CONDIÇÕES USADAS PARA ESTABELECER A
ESTRUTURA DESSAS RELAÇÕES 1. (Esaf) Um crime foi cometido por uma e apenas uma
pessoa de um grupo de cinco suspeitos: Armando,
Celso, Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem
VERDADE E MENTIRA – era o culpado, cada um deles respondeu:
CORRELACIONAMENTO E HABILIDADES Armando: “Sou inocente”.
Celso: “Edu é o culpado”.
Verdade e Mentira – Contradições Edu: “Tarso é o culpado”.
Juarez: “Armando disse a verdade”.
Nas provas de concursos, há questões que cobram dos Tarso: “Celso mentiu”.
candidatos uma análise referente a declarações realizadas em Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que
uma determinada situação, procurando, na maioria das vezes, todos os outros disseram a verdade, pode-se concluir
saber quem é o mentiroso e até mesmo o culpado de um de- que o culpado é:
terminado delito. Isso é notável nas últimas provas para Polícia a) Edu.
Federal (2004) e Polícia Civil (2008). Sendo assim, é necessário b) Tarso.
utilizar um método prático para a resolução dessas questões. c) Juarez.
Nas questões há declarações de pessoas que mentem d) Armando.
e falam a verdade. Assim, percebe-se que existe uma con- e) Celso.
tradição entre as declarações, o que não permite adivinhar
quem mente ou quem fala a verdade. Sendo assim, devemos Comentário
aplicar o que foi ensinado no início referente às três leis do De acordo com a questão, temos que as declarações de:

Existe uma contradição:


Celso: “Edu é o culpado”. Não é possível as duas serem
verdadeiras ou falsas ao mesmo tempo.
Tarso: “Celso mentiu”. Logo, temos que uma é verdadeira e a
outra é falsa ou vice-versa.

Partindo da contradição das declarações, temos que: “Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu...”, podemos
deduzir que a mentira (adotaremos como F) está entre Celso ou Tarso, logo podemos analisar da seguinte forma:

– Armando: “Sou inocente”. (V)


– Celso: “Edu é o culpado”.
– Edu: “Tarso é o culpado”. (V) Iremos valorar essas declarações de
– Juarez: “Armando disse a verdade”. (V) acordo com as outras que temos certeza
– Tarso: “Celso mentiu”. de que são verdadeiras, pois a única
mentira irá se encontrar na contradição.

Sendo verdadeiras as declarações de Armando, Edu e Juarez, podemos concluir que Tarso é o culpado. Logo, por Tarso ser
o culpado, temos que Celso mentiu e Tarso falou a verdade.
– Armando: “Sou inocente”. (V)
– Celso: “Edu é o culpado”. (F)
– Edu: “Tarso é o culpado”. (V)
– Juarez: “Armando disse a verdade”. (V)
– Tarso: “Celso mentiu”. (V)

Resposta: b.
Raciocínio Lógico

2. (Esaf/2000) Cinco colegas foram a um parque de diversões e um deles entrou sem pagar. Apanhado por um funcionário
do parque, que queria saber qual deles entrou sem pagar, eles informaram:
– “Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos.
– “Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário.
– “Foi a Mara”, disse Manuel.
– “O Mário está mentindo”, disse Mara.
– “Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria.

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Sabendo-se que um e somente um dos colegas mentiu, conclui-se logicamente que quem entrou sem pagar foi:
a) Mara.
b) Maria.
c) Mário.
d) Manuel.
e) Marcos.

Comentário
De acordo com a questão, temos que as declarações de:

Existe uma contradição:


– “O Mário está mentindo”, disse Mara. Não é possível as duas serem
verdadeiras ou falsas ao mesmo tempo.
– “Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário. Logo, temos que uma é verdadeira e a
outra é falsa ou vice-versa, pois Mara
vai contra a informação de Mário.

Partindo da contradição das declarações, temos que: “Sabendo-se que um e somente um dos colegas mentiu”, podemos
deduzir que a mentira (adotaremos como F) está entre Mara ou Mário, logo podemos analisar da seguinte forma:

– “Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos. (V)


– “Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário.
– “Foi a Mara”, disse Manuel. (V) Iremos valorar essas declarações de acordo com as
– “O Mário está mentindo”, disse Mara. outras que temos certeza de que são verdadeiras, pois
– “Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria. (V) a única mentira irá se encontrar na contradição.

Sendo verdadeiras as declarações de Marcos, Manuel e Maria, podemos concluir que foi a Mara que entrou sem pagar,
segundo a afirmação de Manuel.
– “Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos. (V)
– “Foi o Manuel ou a Maria”, disse Mário. (F)
– “Foi a Mara”, disse Manuel. (V)
– “O Mário está mentindo”, disse Mara. (V)
– “Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria. (V)

Resposta: a.

VERDADES E MENTIRAS – 2. (Funiversa/2008) Ainda com base no texto acima, assi-


EXPERIMENTAÇÃO nale a alternativa correta.
a) Jorge pichou o muro.
b) Marcos pichou o muro.
QUESTÕES DE CONCURSOS c) Marcelo pichou o muro.
d) Pedro pichou o muro.
Texto para as questões 1 e 2. e) O diálogo e a dedução do policial são insuficientes
para descobrir qual dos jovens é o autor do vanda-
Um grupo de 4 jovens foi encontrado por um policial que lismo.
passava pelo local em frente a um muro recém-pichado. O
policial, tentando encontrar o autor do vandalismo, pergunta: 3. (Cespe/2004) Um líder criminoso foi morto por um de
– Quem pichou o muro? seus quatro asseclas: A, B, C e D. Durante o interrogató-
Jorge, um dos jovens, responde: rio, esses indivíduos fizeram as seguintes declarações.
– Não fui eu. Eu estava apenas de passagem por aqui, • A afirmou que C matou o líder.
assim, como o senhor. • B afirmou que D não matou o líder.
Marcelo responde e seguia, apontando para outro: • C disse que D estava jogando dados com A quando o
– Quem pichou o muro foi Marcos. líder foi morto e, por isso, não tiveram participação
Pedro defende o amigo: no crime.
– Marcelo está mentindo. • D disse que C não matou o líder.
Marcos se manifesta, acusando outra pessoa:
– Eu jamais picharia o muro, quem pichou foi Pedro. O Considerando a situação hipotética apresentada acima
policial percebe que apenas um deles mentiu. e sabendo que três dos comparsas mentiram em suas
declarações, enquanto um deles falou a verdade, julgue
Raciocínio Lógico

1. (Funiversa/2008) Com base no texto acima, assinale a os itens seguintes.


alternativa correta. a) A declaração de C não pode ser verdadeira.
a) Jorge mentiu. b) D matou o líder.
b) Marcos mentiu.
c) Marcelo mentiu. 4. Quatro pessoas foram interrogadas pela polícia, sob
d) Pedro mentiu. suspeita de terem cometido um roubo:
e) O diálogo e a dedução do policial são insuficientes – Eu não fui, diz Eduardo.
para descobrir qual dos jovens mentiu. – Foi o Fábio, afirma Heitor.

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– Foi o Paulo, garante o Fábio. 1ª SITUAÇÃO (POSSIBILIDADE)
– O Heitor está mentindo, diz Paulo. Supondo a valoração para o primeiro juiz:
“André foi o primeiro”. (verdade)
Sabendo que somente um deles mentiu e que somente “Beto foi o segundo”. (falso)
um deles cometeu o roubo, quem é o ladrão?
a) Fábio. Temos:
b) Paulo. Juiz 1: “André foi o primeiro (verdadeiro); Beto foi o
c) Eduardo. segundo”. (falso)
d) Heitor. Juiz 2: ”André foi o segundo (falso); Dênis foi o terceiro”.
(verdadeiro)
5. (FGV/FNDE/2007) Quatro irmãos, André, Bernardo, Juiz 3: “Caio foi o segundo (verdadeiro); Dênis foi o
Carlos e Daniel, reparam que seu pai, quando chegou quarto”. (falso)
em casa, colocou em cima da mesa da sala quatro
bombons. Logo ao retornar à sala, o pai viu que um dos Supondo a valoração para o primeiro juiz:
bombons tinha desaparecido e perguntou às crianças “André foi o primeiro”. (falso)
quem tinha sido o autor do delito. “Beto foi o segundo”. (verdade)
André disse: – Não fui eu.
Bernardo disse: – Foi Carlos quem pegou o bombom. 2ª SITUAÇÃO (POSSIBILIDADE)
Carlos: – Daniel é o ladrão do bombom. Temos:
Daniel: – Bernardo não tem razão. Juiz 1: “André foi o primeiro (falso); Beto foi o segundo”.
(verdadeiro)
Sabe-se que apenas um deles mentiu. Então: Juiz 2: ”André foi o segundo (verdadeiro); Dênis foi o
a) André pegou o bombom. terceiro”. (falso)
b) Bernardo pegou o bombom. Juiz 3: “Caio foi o segundo (verdadeiro); Dênis foi o
c) Carlos pegou o bombom. quarto”. (falso)
d) Daniel pegou o bombom.
e) Não é possível saber quem pegou o bombom. Neste caso, tivemos empate entre Beto e Caio, logo
esta situação não está de acordo. Sendo assim, a primeira
GABARITO situação está correta.

1. c 2. d 3. C, C 4. b 5. d Resposta: c.

2. (Esaf/CGU/2008) Cinco moças, Ana, Beatriz, Carolina,


Nas questões com declarações em que não há contradições Denise e Eduarda, estão vestindo blusas vermelhas ou
entre duas ou mais declarações, devemos valorar uma amarelas. Sabe-se que as moças que vestem blusas
declaração como verdadeira e partir dela, caso não esteja vermelhas sempre contam a verdade e as que vestem
correta, devemos começar com a declaração sendo falsa, ou blusas amarelas sempre mentem. Ana diz que Beatriz
seja, experimentar. Vejamos as questões comentadas 1 e 2 veste blusa vermelha. Beatriz diz que Carolina veste
a seguir e a aplicação do método: blusa amarela. Carolina, por sua vez, diz que Denise
veste blusa amarela. Por fim, Denise diz que Beatriz
QUESTÕES COMENTADAS e Eduarda vestem blusas de cores diferentes. Por fim,
Eduarda diz que Ana veste blusa vermelha. Desse modo,
1. (Esaf/AFC) Quatro amigos, André, Beto, Caio e Dênis, as cores das blusas de Ana, Beatriz, Carolina, Denise e
obtiveram os quatro primeiros lugares em um concurso Eduarda são respectivamente:
de oratória julgado por uma comissão de três juízes. a) amarela, amarela, vermelha, vermelha e amarela.
Ao comunicarem a classificação final, cada juiz anunciou b) vermelha, vermelha, vermelha, amarela e amarela.
duas colocações, sendo uma delas verdadeira e outra c) vermelha, amarela, amarela, amarela e amarela.
falsa: d) vermelha, amarela, vermelha, amarela e amarela.
Juiz 1: “André foi o primeiro; Beto foi o segundo”. e) amarela, amarela, vermelha, amarela e amarela.
Juiz 2: ”André foi o segundo; Dênis foi o terceiro”.
Juiz 3: “Caio foi o segundo; Dênis foi o quarto”. Comentário
Nesta questão, assim como na anterior, devemos expe-
Sabendo que não houve empates, o primeiro, o se- rimentar a primeira declaração como verdadeira. Caso não
gundo, o terceiro e o quarto colocado foram respec- haja contradição, a questão estará de acordo; mas, se houver,
tivamente: deveremos começar como falsa.
a) André Caio, Beto, Dênis. A cada valoração, iremos associar a cor da blusa.
b) Beto, André, Caio, Dênis.
c) André Caio, Dênis, Beto. 1ª SITUAÇÃO: Ana começa falando a verdade.
d) Beto, André, Dênis, Caio. – Ana diz: Beatriz veste blusa vermelha. (Se Ana fala
Raciocínio Lógico

e) Caio, Beto, Denis, André. a verdade, então veste blusa vermelha e sua declaração é
verdadeira, logo Beatriz veste blusa vermelha).
Comentário – Beatriz diz: Carolina veste blusa amarela. (Se Beatriz
Nesta questão temos duas possibilidades para cada veste blusa vermelha, então fala a verdade e sua declara-
discurso, ou seja, cada um contendo uma informação verda- ção é verdadeira, logo Carolina veste amarelo e com isso é
deira para o primeiro e falsa para o segundo, ou falsa para mentirosa, pois quem veste amarelo mente).
o primeiro e verdadeira para o segundo. Logo, temos que – Carolina diz: Denise veste blusa amarela. (Se Carolina
realizar uma experimentação: mente, então veste amarelo e sua declaração é falsa, logo

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Denise veste blusa vermelha e fala a verdade, pois quem diz: “Tânia é quem está sentada no meio”, a que está
veste vermelho fala verdade). sentada no meio diz: “Eu sou Janete”. Finalmente, a
– Denise diz: Beatriz e Eduarda vestem blusas de cores que está sentada à direita diz: “Angélica é quem está
diferentes. (Se Denise veste vermelho, então fala a verdade e sentada no meio”. A que está sentada à esquerda, a que
sua declaração é verdadeira, logo Beatriz e Eduarda vestem está sentada no meio e a que está sentada à direita são,
blusas de cores diferentes. Como sabemos que Beatriz veste respectivamente:
blusa de cor vermelha, então Eduarda veste blusa de cor a) Janete, Tânia, Angélica.
amarela, o que significa que ela mente). b) Janete, Angélica, Tânia.
– Eduarda diz: Ana veste blusa vermelha. (Se Eduarda c) Angélica, Janete, Tânia.
mente, então veste amarelo e sua declaração é falsa, logo d) Angélica, Tânia, Janete.
Ana tem que vestir amarelo para que Eduarda esteja men- e) Tânia, Angélica, Janete.
tindo).
Percebemos que Eduarda está falando a verdade, o 3. (Cespe/2008) Considere que Álvaro, Basílio e Carmelo
que não pode acontecer, pois ela é uma pessoa mentirosa. tenham nascido na Argentina, Bolívia e Chile, não ne-
Uma pessoa que mente não pode falar a verdade (entra em cessariamente nessa ordem. Sabe-se que aquele que
contradição). Neste caso, a 1ª situação não está de acordo. nasceu na Bolívia, que não é Álvaro, é mais velho que
Carmelo e o que nasceu no Chile é o mais velho dos
2ª SITUAÇÃO: Ana começa falando mentira. três. Nessa situação e considerando as informações do
– Ana diz: Beatriz veste blusa vermelha. (Se Ana mente, texto, é correto afirmar que
então veste blusa amarela e sua declaração é falsa, logo a) Álvaro nasceu na Argentina, Basílio, na Bolívia, e
Beatriz veste blusa amarela). Carmelo, no Chile.
– Beatriz diz: Carolina veste blusa amarela. (Se Beatriz b) Álvaro não é o mais velho nem o mais novo dos três.
veste blusa amarela, então mente e sua declaração é falsa,
logo Carolina veste vermelho e com isso fala a verdade, pois 4. (FGV/2007-adaptada) Paulo e Márcia formam um
quem veste vermelho fala a verdade). estranho casal. Paulo mente às quartas, sextas e sába-
– Carolina diz: Denise veste blusa amarela. (Se Carolina dos, dizendo a verdade nos outros dias. Márcia mente
fala a verdade, então veste vermelho e sua declaração é às segundas, quintas e sábados, dizendo a verdade
verdadeira, logo Denise veste blusa amarela e mente, pois nos outros dias. Certo dia ambos declaram: “Amanhã
quem veste amarelo é mentirosa). é dia de mentir.” Um dia em que foi feita essa decla-
– Denise diz: Beatriz e Eduarda vestem blusas de cores ração foi:
diferentes. (Se Denise veste amarelo, então mente e sua a) segunda-feira.
declaração é falsa, logo Beatriz e Eduarda vestem blusas de b) domingo.
cores iguais. Como sabemos que Beatriz veste blusa de cor c) terça-feira.
amarela, então Eduarda veste blusa amarela, o que significa d) sexta-feira.
que ela mente). e) quarta-feira.
– Eduarda diz: Ana veste blusa vermelha. (Se Eduar­da
mente, então veste amarelo e sua declaração é falsa, logo 5. (Esaf/2004) Você está à frente de duas portas. Uma
Ana tem que vestir amarelo, o que realmente acontece, pois delas conduz a um tesouro; a outra, a uma sala vazia.
Ana é mentirosa). Cosme guarda uma das portas, enquanto Damião guar-
Neste caso, a 2ª situação está de acordo, pois nenhuma da a outra. Cada um dos guardas sempre diz a verdade
delas entra em contradição com sua própria declaração. ou sempre mente, ou seja, ambos os guardas podem
Resposta: Ana: Amarelo; Beatriz: Amarelo; Carolina: sempre mentir, ambos podem sempre dizer a verdade,
Vermelho; Denise: Amarelo; Eduarda: Amarelo. ou um sempre dizer a verdade e o outro sempre mentir.
Você não sabe se ambos são mentirosos, se ambos são
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM verazes, ou se um é veraz e o outro é mentiroso. Mas,
para descobrir qual das portas conduz ao tesouro, você
1. (Esaf/1996) Três irmãs – Ana, Maria e Cláudia – foram a pode fazer três (e apenas três) perguntas aos guardas,
uma festa com vestidos de cores diferentes. Uma vestiu escolhendo-as da seguinte relação:
azul, a outra branco, e a terceira preto. Chegando à P1: O outro guarda é da mesma natureza que você (isto
festa, o anfitrião perguntou quem era cada uma delas. é, se você é mentiroso ele também o é, e se você
A de azul respondeu “Ana é a que está de branco”. A de é veraz ele também o é)?
branco falou: “Eu sou Maria”. E a de preto disse:”Cláudia P2: Você é o guarda da porta que leva ao tesouro?
é quem está de branco”. Como o anfitrião sabia que Ana P3: O outro guarda é mentiroso?
sempre diz a verdade e que Cláudia nunca diz a verdade, P4: Você é veraz?
ele foi capaz de identificar corretamente quem era cada
pessoa. As cores dos vestidos de Ana, Maria e Cláudia Então, uma possível sequência de três perguntas que
eram, respectivamente: é logicamente suficiente para assegurar, seja qual for
a) preto, branco, azul. a natureza dos guardas, que você identifique correta-
b) preto, azul, branco. mente a porta que leva ao tesouro, é
Raciocínio Lógico

c) azul, preto, branco. a) P2 a Cosme, P2 a Damião, P3 a Damião.


d) azul, branco, preto. b) P3 a Damião, P2 a Cosme, P3 a Cosme.
e) branco, azul, preto. c) P3 a Cosme, P2 a Damião, P4 a Cosme.
d) P1 a Cosme, P1 a Damião, P2 a Cosme.
2. (Esaf/1996) Três amigas: Tânia, Janete e Angélica estão e) P4 a Cosme, P1 a Cosme, P2 a Damião.
sentadas lado a lado em um teatro. Tânia sempre fala
a verdade; Janete às vezes fala a verdade e Angélica 6. (Esaf/2002) Cinco Aldeões foram trazidos à presença de
nunca fala a verdade. A que está sentada à esquerda um velho rei, acusados de haver roubado laranjas do

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pomar real. Abelim, o primeiro a falar, falou tão baixo a) o feroz dragão, o valioso tesouro, a linda princesa.
que o rei, que era um pouco surdo, não ouviu o que ele b) a linda princesa, o valioso tesouro, o feroz dragão.
disse. Os outros quatro acusa­dos disseram: c) o valioso tesouro, a linda princesa, o feroz dragão.
Bebelim: “Cebelim é inocente”. d) a linda princesa, o feroz dragão, o valioso tesouro.
Cebelim: “Dedelim é inocente”. e) o feroz dragão, a linda princesa, o valioso tesouro.
Dedelim: “Ebelim é culpado”.
Ebelim: “Abelim é culpado”. 9. Cinco seleções foram convidadas para disputar um tor-
neio de handebol: Noruega, Suécia, Dinamarca, França
O mago Merlim, que vira o roubo das laranjeiras e e Alemanha. Solicitou-se a cinco diferentes videntes,
ouvira as declarações dos cinco acusados, disse então antes do torneio, que fizessem previsões sobre os
ao rei: “Majestade, apenas um dos cinco acusados é resultados, que se encontram na tabela abaixo:
culpado, e ele disse a verdade; os outros quatro são
inocentes e todos os quatro mentiram”. Vidente Previsão
O velho rei, embora um pouco surdo era muito sábio, 1 A equipe campeã não será a França nem a
logo concluiu corretamente que o culpado era: Suécia.
a) Abelim. 2 O campeão do torneio será a Suécia ou Ale-
b) Bebelim. manha.
c) Cebelim. 3 A Noruega será a campeã.
d) Debelim. 4 A Dinamarca não será a campeã do torneio.
e) Ebelim.
5 Noruega ou França será campeã.
7. Três suspeitos de haver roubado o colar da rainha foram
Sabendo-se que apenas um dos videntes errou sua pre-
levados à presença de um velho e sábio professor de
visão, pode-se concluir que a equipe campeã do torneio
lógica. Um dos suspeitos estava de camisa azul, outro
foi a:
de camisa branca e o outro de camisa preta. Sabe-se
a) Noruega.
que um e apenas um dos suspeitos é culpado e que o
culpado às vezes fala a verdade e às vezes mente. Sabe- b) Suécia.
-se, também, que dos outros dois (isto é, dos suspeitos c) Dinamarca.
que são inocentes), um sempre diz a verdade e o outro d) França.
sempre mente. O velho e sábio professor perguntou, a e) Alemanha.
cada um dos suspeitos, qual entre eles era o culpado.
Disse o de camisa azul: “Eu sou culpado”. Disse o de 10. (Esaf/2003) Um professor de Lógica percorre uma estra-
camisa branca, apontando para o de camisa azul: “Sim, da que liga, em linha reta, as vilas Alfa, Beta e Gama. Em
ele é o culpado”. Disse, por fim, o de camisa preta: “Eu Alfa, ele avista dois sinais com as seguintes indicações:
roubei o colar da rainha, o culpado sou eu”. “Beta a 5 km” e “Gama a 7 km”. Depois, já em Beta,
encontra dois sinais com as indicações: “Alfa a 4 km” e
O velho e sábio professor de lógica, então, sorriu e “Gama a 6 km”. Ao chegar a Gama, encontra mais dois
concluiu corretamente que: sinais: “Alfa a 7 km” e “Beta a 3 km”. Soube, então, que,
a) o culpado é o de camisa azul e o de camisa preta em uma das três vilas, todos os sinais têm indicações
sempre mente. erradas; em outra, todos os sinais têm indicações cor-
b) o culpado é o de camisa branca e o de camisa preta retas; e na outra um sinal tem indicação correta e outro
sempre mente. sinal tem indicação errada (não necessariamente nesta
c) o culpado é o de camisa preta e o de camisa azul ordem). O professor de Lógica pode concluir, portanto,
sempre mente. que as verdadeiras distâncias, em quilômetros, entre
d) o culpado é o de camisa preta e o de camisa azul Alfa e Beta, e entre Beta e Gama são, respectivamente:
sempre diz a verdade. a) 5 e 3.
e) o culpado é o de camisa azul e o de camisa azul b) 5 e 6.
sempre diz a verdade. c) 4 e 6.
d) 4 e 3.
8. (Esaf/2000) Percival encontra-se à frente de três portas, e) 5 e 2.
numeradas de 1 a 3, cada uma das quais conduz a uma
sala diferente. Em uma das salas encontra-se uma linda 11. (Esaf/2006) Três amigos Lucas, Mário e Nelson moram
princesa; em outra, um valioso tesouro; finalmente, em Teresina, Rio de Janeiro e São Paulo, não necessa-
na outra, um feroz dragão. Em cada uma das portas riamente nesta ordem. Todos eles vão ao aniversário
encontra-se uma inscrição: de Maria que há tempos não os encontrava. Tomada
Porta 1: “Se procuras a linda princesa, não entres; ela de surpresa e felicidade, Maria os questiona onde cada
esta atrás da porta 2”. um deles mora, obtendo as seguintes declarações:
Porta 2: “Se aqui entrares, encontrarás um valioso Nelson: “Mário mora em Teresina”.
tesouro; mas cuidado: não entres na porta Lucas: “Nelson está mentindo, pois Mário mora no Rio
Raciocínio Lógico

3, pois dela encontra-se um feroz dragão.” de Janeiro”.


Porta 3: “podes entrar sem medo, pois desta porta Mário: “Nelson e Lucas mentiram, pois eu moro em
não há dragão algum.” São Paulo”.

Alertado por um mago de que uma e somente uma Sabendo que o que mora em São Paulo mentiu e o
dessas inscrições é falsa (sendo as duas verdadeiras), que mora em Teresina disse a verdade, segue-se que
Percival conclui, então, corretamente que atrás das Maria concluiu que, Lucas e Nelson moram, respecti-
portas 1, 2 e 3 encontram-se, respectivamente: vamente, em:

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a) Rio de Janeiro e Teresina. 14. Alice, Beatriz, Célia e Dora apostaram uma corrida.
b) Teresina e Rio de Janeiro. Alice disse: Célia ganhou; Beatriz chegou em segundo
c) São Pulo e Teresina. lugar.
d) Teresina e São Paulo. Beatriz disse: Célia chegou em segundo lugar e Dora
e) São Paulo e Rio de Janeiro. em terceiro.
Célia disse: Dora foi a última e Alice foi a segunda.
12. (Esaf/2006) Entre Alberto, Carlos e Eduardo temos um
estatístico, um geógrafo e um matemático. Cada um Cada uma das meninas disse uma verdade e uma
com exatamente uma dessas profissões. Considere as mentira. Logo podemos concluir que quem ganhou a
afirmativas a seguir. corrida foi a:
1. Alberto é geógrafo. a) Alice.
2. Carlos não é estatístico. b) Beatriz.
3. Eduardo não é geógrafo. c) Célia.
d) Dora.
Sabendo que apenas uma das três afirmativas acima é
verdadeira, assinale a alternativa correta. GABARITO
a) Alberto é matemático, Carlos é Geógrafo e Eduar­do
é estatístico.
b) Alberto é matemático, Carlos é estatístico e Eduar­do 1. b 8. e
é geógrafo. 2. b 9. a
c) Alberto é estatístico, Carlos e matemático e Eduar­do 3. E, E 10. e
é geógrafo. 4. e 11. d
d) Alberto é estatístico, Carlos é geógrafo e Eduardo é 5. d 12. c
matemático. 6. c 13. C, E, C, C, E
e) Alberto é geógrafo, Carlos é estatístico e Eduardo é 7. a 14. c
matemático.
Correlacionamento
13. Após considerável esforço por parte da polícia, cinco
homens, Abel, Bernardo, Caim, Davi e Ernesto, foram
As bancas têm cobrado dos candidatos um entendimento
levados a um investigador de polícia que lhes perguntou
quanto à lógica de relações arbitrárias entre pessoas, luga-
o que tinham a declarar em sua defesa a respeito de um
res, coisas ou eventos fictícios; deduzir novas informações
assassinato. Cada um dos cinco suspeitos, um dos quais
das relações fornecidas e avaliar as condições usadas para
era o assassino, fez três declarações, duas verdadeiras
estabelecer a estrutura daquelas relações, exigindo uma
e uma falsa. Suas declarações estão escritas a seguir:
percepção e um raciocínio mais objetivo e amplo do con-
cursando. Sendo assim, torna-se necessário um método
ABEL
mais fácil e prático para a resolução desse tipo de questão.
1. Não sou o assassino.
2. Nunca tive um revólver de minha propriedade.
3. Quem matou foi o Davi. QUESTÃO COMENTADA
BERNARDO Vamos facilitar a resolução criando uma tabela que irá
1. Não sou o assassino. organizar os termos a serem associados. Serão resolvidas
2. Nunca tive um revólver de minha propriedade. questões de diferentes bancas.
3. Os outros caras estão tratando de tirar o corpo fora.
1. (Esaf) Fátima, Beatriz, Gina, Silvia e Carla são atrizes
CAIM de teatro infantil, e  vão participar de uma peça em
1. Sou inocente. que representarão, não necessariamente nesta ordem,
2. Nunca vi Ernesto antes. os papéis de Fada, Bruxa, Rainha, Princesa e Governan-
3. Davi é o culpado. ta. Como todas são atrizes versáteis, o diretor da peça
realizou um sorteio para determinar a qual delas caberia
DAVI cada papel. Antes de anunciar o resultado, o diretor da
1. Sou inocente. peça reuniu-as e pediu que cada uma desse seu palpite
2. Ernesto é o culpado. sobre qual havia sido o resultado do sorteio.
3. Abel mentiu quando disse que fui eu.
Disse Fátima: “Acho que eu sou a governanta, Beatriz é
ERNESTO a fada, Silvia é a Bruxa e Carla é a princesa”.
1. Eu não matei. Disse Beatriz: “Acho que Fátima é a princesa ou a Bruxa”.
2. Bernardo é o culpado. Disse Gina: “Acho que Silvia é a Governanta ou a Rai-
3. Caim e eu somos velhos companheiros. nha”.
Raciocínio Lógico

Disse Silvia: “Acho que eu sou a princesa”.


Sobre a situação apresentada, julgue os itens seguintes. Disse Carla: “Acho que a Bruxa sou eu ou Beatriz”.
a) A primeira e a terceira declarações de Davi são ver- Neste ponto, o diretor falou: “Todos os palpites estão
dadeiras. completamente errados, nenhuma de vocês acertou
b) A segunda declaração de Abel é falsa. sequer um dos resultados do sorteio!” Um estudante
c) A terceira declaração de Caim é falsa. de lógica que a tudo assistia, concluiu, então, que os
d) O assassino é Bernardo. papéis sorteados para Fátima, Beatriz, Gina e Silvia
e) Caim e Ernesto são velhos companheiros. foram respectivamente:

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a) Rainha, bruxa, princesa e fada. e um Santana. Um dos carros é cinza, outro é verde e o
b) Rainha, princesa, governanta e fada. outro é azul. O carro de Arthur é cinza, o carro de César
c) Fada, bruxa, governanta e princesa. é o Santana; o carro de Bernardo não é verde e não é
d) Rainha, princesa, bruxa e fada. a Brasília. As cores da Brasília, da Parati e do Santana
e) Fada, bruxa, rainha e princesa. são, respectivamente:
a) cinza, verde e azul.
Comentário b) azul, cinza e verde.
Vamos, primeiramente, construir uma tabela para que c) azul , verde e cinza.
possamos ter condições de associar as pessoas a seus res- d) cinza, azul e verde.
pectivos papéis. Temos que observar também o seguinte e) verde, azul e cinza.
trecho: “Neste ponto, o diretor falou: todos os palpites estão
completamente errados, nenhuma de vocês acertou sequer 3. (Esaf/2006) Três rapazes – Alaor, Marcelo e Celso –
um dos resultados do sorteio!”, isso quer dizer que tudo que chegam a um estacionamento dirigindo carros de cores
se foi falado era falso (F) . Logo, podemos construir a tabela: diferentes. Um dirigindo um carro amarelo, o outro
um carro bege e o terceiro um carro verde. Chegando
Fátima Beatriz Gina Silvia Carla ao estacionamento, o manobrista perguntou quem
Fada F F F V F era cada um deles. O que dirigia o carro amarelo res-
pondeu: “Alaor é o que estava dirigindo o carro bege”.
Bruxa F F V F F O que estava dirigindo o carro bege falou: “eu sou
Rainha V F F F F Marcelo”. E o que estava dirigindo o carro verde disse:
Princesa F V F F F “Celso é quem estava dirigindo o carro bege”. Como o
Governanta F F F F V manobrista sabia que Alaor sempre diz a verdade, que
Marcelo às vezes diz a verdade e que Celso nunca diz
As células que estão preenchidas com falso (F), em a verdade, ele foi capaz de identificar quem era cada
negrito, foram os palpites errados realizados pelas atrizes, pessoa. As cores dos carros que Alaor e Celso dirigiam
agora é só preencher as células vazias verificando as únicas eram, respectivamente, igual a:
possibilidades. Isto é, Gina só pode ser Bruxa, pois foi a úni- a) amarelo e bege.
ca célula disponível. A Silvia só pode ser Fada. A Fátima só b) verde e amarelo.
pode ser Rainha. A Carla só pode ser Governanta. A Beatriz c) verde e bege.
só pode ser princesa. d) bege e amarelo.
e) amarelo e verde.
Resposta: d.
4. (Esaf/2006) Ernesto é chefe de uma seção do Tribunal
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM de Contas do Estado de São Paulo, na qual trabalham
outros quatro funcionários: Alícia, Benedito, Cíntia e
1. (Cespe) Carlos e Joaquim ocupam cargos distintos em Décio. Ele deve preparar uma escala de plantões que
uma empresa, podendo ser técnico em programação ou devem ser cumpridos por todos, ele inclusive, de segun-
técnico em administração. Eles foram escolhidos para da à sexta-feira. Para tal, ele anotou a disponibilidade
comprar vários itens necessários ao serviço, incluindo de cada um, com suas respectivas restrições:
computadores e mesas. Na tabela abaixo, há duas Alícia não pode cumprir seus plantões na segunda ou
células marcadas com V indicando que as informações na quinta-feira, enquanto Benedito não pode cumpri-
cruzadas são verdadeiras. Com base nas informações -los na quarta feira; Décio não dispõe da segunda ou
apresentadas, julgue os itens. da quinta-feira para fazer seus plantões; Cíntia está
disponível qualquer dia da semana; Ernesto não pode
fazer seus plantões pela manhã, enquanto Alícia só
Computadores
Administração

pode cumpri-los à noite; Ernesto não fará seu plantão


Programação
Técnico em

Técnico em

na quarta-feira se Cíntia fizer o dela na quinta-feira e


Mesas

reciprocamente. Nessas condições Alícia, Benedito e


Décio poderão cumpri-los simultaneamente em uma
a) terça-feira à noite.
b) terça-feira pela manhã.
Carlos V c) quarta-feira à noite.
d) quarta-feira pela manhã.
Joaquim
e) sexta-feira pela manhã.
Computadores
5. (FCC/2006) Alice, Bruna e Carla, cujas profissões são:
Mesas V
advogada, dentista e professora, não necessariamente
nesta ordem, tiveram grandes oportunidades para
a) Se Carlos é técnico em programação, então Joaquim
é técnico em Administração. progredir em sua carreira: uma delas foi aprovada em
Raciocínio Lógico

b) Se Joaquim comprou as mesas, então Carlos é téc- um concurso público; outra, recebeu uma ótima oferta
nico em administração. de emprego, e a terceira, uma proposta para fazer um
c) Se Joaquim não comprou mesas, então os compu- curso de especialização no exterior.
tadores foram comprados pelo técnico em progra- Considerando que:
mação. – Carla é professora;
– Alice recebeu a proposta para fazer o curso de es-
2. (Esaf) Os carros de Arthur, Bernardo e César são, não pecialização;
necessariamente nesta ordem, uma Brasília, uma Parati – a advogada foi aprovada em um concurso público.

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É correto afirmar que: de arquivar um lote de processos, protocolar um lote
a) Alice é advogada. de documentos e prestar atendimento ao público, não
b) Bruna é advogada. necessariamente nesta ordem. Considere que:
c) Carla foi aprovada no concurso público. – cada um deles executou somente uma das tarefas
d) Bruna recebeu a oferta de emprego. mencionadas;
e) Bruna é dentista. – todos os processos do lote, todos os documentos do
lote e todas as pessoas atendidas eram procedentes
6. (Cespe/2005) Antônio, Benedito e Camilo são clientes de apenas uma das cidades: Belo Horizonte, Uberaba
de uma agência bancária. Certo dia, os três entraram na e Uberlândia, não respectivamente;
agência e pegaram senhas para atendimento no caixa. – Antero arquivou os processos;
Cada um deles rea­lizou exatamente uma das seguintes – os documentos protocolados eram procedentes de
tarefas: fazer um depósito, pagar uma fatura, liquidar Belo Horizonte;
uma hipoteca. Sabe-se que Camilo não foi o segundo – a tarefa executada por Carmo era procedente de
nem o terceiro a ser atendido; que Antônio foi liquidar Uberlândia.
a hipoteca e que o segundo a ser atendido foi pagar
uma fatura. Nessas condições, é correto afirmar que:
a) Carmo protocolou documentos.
Com base nas informações acima, julgue os itens sub- b) a tarefa executada por Boris era procedente de Belo
sequentes acerca da situação hipotética apresentada. Horizonte.
a) Antônio foi o terceiro a ser atendido e não foi fazer c) Boris atendeu às pessoas procedentes de Uberaba.
depósito bancário na agência. d) as pessoas atendidas por Antero não eram proce-
b) Benedito não foi pagar a fatura na agência bancária. dentes de Uberaba.
c) Se um dos clientes não foi o primeiro ou não foi fazer e) os processos arquivados por Antero eram proceden-
depósito, então ele não se chama Camilo. tes de Uberlândia.

7. (FCC/2007) Considere como verdadeiras as seguintes 10. (FCC/2007) Certo dia, três auxiliares judiciários – Alce-
premissas: bíades, Benevides e Corifeu – executaram, num dado
– Se Alfeu não arquivar os processos, então Benito período, um único tipo de tarefa cada um. Considere
fará a expedição de documentos. que:
– Se Alfeu arquivar os processos, então Carminha não – as tarefas por eles executadas foram: expedição de
atenderá ao público. correspondências, arquivamento de documentos e
– Carminha atenderá ao público. digitação de textos;
– os períodos em que as tarefas foram executadas
Logo, é correto concluir que: foram: das 8 às 10 horas, das 10 às 12 horas e das
a) Alfeu arquivará os processos. 14 às 16 horas;
b) Alfeu arquivará os processos ou Carminha não aten- – Corifeu efetuou a expedição de correspondências;
derá ao público. – o auxiliar que arquivou documentos o fez das 8 às
c) Benito fará a expedição de documentos. 10 horas;
d) Alfeu arquivará os processos e Carminha atenderá – Alcebíades executou sua tarefa 14 às 16 horas.
ao público.
e) Alfeu não arquivará os processos e Benito não fará Nessas condições, é correto afirmar que:
a expedição de documentos. a) Alcebíades arquivou documentos.
b) Corifeu executou sua tarefa de 8 às 10 horas.
8. (FCC/2007) Certo dia, três funcionários do Tribunal de c) Benevides arquivou documentos.
Contas – Xavier, Yolanda e Zenilda – cujas idades são d) Alcebíades não digitou textos.
24, 32 e 44 anos, não necessariamente nesta ordem, e) Benevides digitou textos.
foram incumbidos da execução das seguintes tarefas:
digitação de um texto, arquivamento de processos e 11. (Cespe/2008) Na tabela abaixo, estão relacionados três
expedição de correspondências. Considerando que: nomes de pessoas e três profissões. Considere que cada
– cada um deles executou apenas uma das tarefas e, profissão seja exercida por somente uma das pessoas.
dois a dois, eles executaram tarefas distintas; Observe que há uma célula marcada com a letra V (ver-
– Zenilda tem 44 anos; dadeiro), significando que Clara é professora, e outra
– coube a Xavier cuidar da expedição de correspon- marcada com a letra F (falso), indicando que Teresa não
dências; é engenheira.
– ao funcionário que tem 24 anos coube a digitação
do texto. pessoa enfermeira professora engenheira
Clara V
É correto afirmar que:
a) Xavier tem 24 anos. Janice
Raciocínio Lógico

b) Yolanda tem 32 anos. Teresa F


c) Yolanda tem 24 anos.
d) Yolanda foi encarregada de arquivar os processos. De acordo com as condições estabelecidas na tabela,
e) Zenilda foi incumbida de digitar o texto. preencha as células em branco com V ou F e julgue os
itens que se seguem.
9. (FCC/2007) Certo dia, durante o expediente do Tribunal a) A proposição “Janice não é engenheira” é verdadeira.
de Contas do Estado de Minas Gerais, três funcioná- b) A proposição “Janice não é engenheira ou Teresa é
rios – Antero, Boris e Carmo – executaram as tarefas enfermeira” é verdadeira.

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12. (Esaf/2002) Um agente de viagens atende três amigas. Nessas condições, é correto afirmar que
Uma delas é loura, outra é morena e a outra é ruiva. a) Alcides pediu o sanduíche de presunto.
O agente sabe que uma delas se chama Bete, outra se b) Ferdinando pediu o sanduíche de presunto.
chama Elza e a outra se chama Sara. Sabe, ainda, que c) Reginaldo pediu suco de laranja.
cada uma delas fará uma viagem a um país diferente da d) Ferdinando pediu suco de acerola.
Europa: uma delas irá à Alemanha, outra irá à França e e) Alcides pediu o hambúrguer.
a outra irá à Espanha. Ao agente de viagens, que queria
identificar o nome e o destino de cada uma, elas deram 16. (FCC/2006) Três pessoas – Alcebíades, Bonifácio e Co-
as seguintes declarações: rifeu – usam, cada qual, um único meio de transporte
– A loura: “Não vou à França nem à Espanha”. para se dirigir ao trabalho. Considere as seguintes
– A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”. informações:
– A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”. – Os meios de transporte que eles usam são: automó-
veis, ônibus e motocicleta.
O agente de viagens concluiu, então, acertadamente – As idades dos três são 28, 30 e 35 anos.
que: – Alcebíades vai para o trabalho de ônibus.
a) a loura é Sara e vai à Espanha. – A pessoa que tem 28 anos usa uma motocicleta para
ir ao trabalho.
b) a ruiva é Sara e vai à França.
– Corifeu tem 35 anos.
c) a ruiva é Bete e vai à Espanha.
d) a morena é Bete e vai à Espanha.
Com base nas informações dadas, é correto afirmar que
e) a loura é Elza e vai à Alemanha. a) Bonifácio tem 28 anos.
b) Alcebíades tem 28 anos.
13. Os cursos de Márcia, Berenice e Priscila são, não neces- c) Bonifácio usa um automóvel para ir ao trabalho.
sariamente nesta ordem, Medicina, Biologia e Psicolo- d) Corifeu usa uma motocicleta para ir ao trabalho.
gia. Uma delas realizou seu curso em Belo Horizonte, a e) Alcebíades não tem 30 anos.
outra em Florianópolis e a outra em São Paulo. Márcia
realizou seu curso em Belo Horizonte. Priscila cursou 17. Cinco times – Antares, Bilbao, Cascais, Deli e Elite – dis-
Psicologia. Berenice não realizou seu curso em São Pau- putam um campeonato de basquete e, no momento,
lo e não fez Medicina. Assim, os cursos e os respectivos ocupam as cinco primeiras posições na classificação
locais de estudo de Márcia, Berenice e Priscila são, pela geral. Sabe-se que:
ordem: – Antares está em primeiro lugar e Bilbao está em
a) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia em Floria- quinto.
nópolis, Biologia em São Paulo. – Cascais está na posição intermediária entre Antares
b) Psicologia em Belo Horizonte, Biologia em Florianó- e Bilbao.
polis, Medicina em São Paulo. – Deli está à frente do Bilbao, enquanto que o Elite
c) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em Florianó- está imediatamente atrás do Cascais.
polis, Psicologia em São Paulo.
d) Biologia em Belo Horizonte, Medicina em São Paulo, Nessas condições, é correto afirmar que:
Psicologia em Florianópolis. a) Cascais está em segundo lugar.
e) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em São Paulo, b) Deli está em quarto lugar.
Psicologia em Florianópolis. c) Deli está em segundo lugar.
d) Elite está em segundo lugar.
14. (Esaf/2005) Mauro, José e Lauro são três irmãos. Cada e) Elite está em terceiro lugar.
um deles nasceu em um estado diferente: um é mineiro,
outro é carioca e outro é paulista (não necessariamente 18. Marcos trabalha por conta própria e notou que, em geral,
nessa ordem). Os três têm, também, profissões diferen- – nas segundas-feiras ganha mais que nas quartas-
tes: um é engenheiro, outro é veterinário e o outro é -feiras;
psicólogo (não necessariamente nessa ordem). Saben- – nas terças-feiras, ganha menos que nas quartas-
do que José é mineiro, que o engenheiro é paulista e -feiras e menos que nas quintas-feiras;
– nas quintas-feiras, ganha mais que nas segundas-
que Lauro é veterinário, conclui-se corretamente que:
-feiras;
a) Lauro é paulista e José é psicólogo.
– nas sextas-feiras, ganha mais que nas segundas-feiras;
b) Mauro é carioca e José é psicólogo.
c) Lauro é carioca e Mauro é psicólogo. Analisando as afirmações, é correto dizer que o dia
d) Lauro é paulista e José é psicólogo. da semana em que Marcos ganha menos, em geral, é
e) Lauro é carioca e Mauro é engenheiro. a) segunda-feira.
b) terça-feira.
15. (FCC/2006) Alcides, Ferdinando e Reginaldo foram a c) quarta-feira.
uma lanchonete e pediram lanches distintos entre si, d) quinta-feira.
cada qual constituído de um sanduíche e uma bebida. e) sexta-feira.
Raciocínio Lógico

Sabe-se também que:


– Os tipos de sanduíches pedidos eram de presunto, 19. (FCC/2004) Em um dia de trabalho no escritório, em
misto quente e hambúrguer. relação aos funcionários Ana, Cláudia, Luís, Paula e
– Reginaldo pediu um misto quente. João, sabe-se que:
– Um deles pediu um hambúrguer e um suco de la- – Ana chegou antes de Paula e Luís.
ranja. – Paula chegou antes de João.
– Alcides pediu um suco de uva. – Cláudia chegou antes de Ana.
– Um deles pediu suco de acerola. – João não foi o último a chegar.

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Este eBook foi adquirido por ANA PAULA PEREIRA SILVA - CPF: 052.510.513-10.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Nesse dia, o terceiro a chegar no escritório para o tra- a1 = 1
balho foi a2 = 3 O número que aparece no nome do elemen-
a) Ana. a3 = 5 to é a “ordem” dele. Ou seja, a1 é o primeiro,
b) Cláudia. a4 = 7 a2 é o segundo etc.
c) João. ...
d) Luís.
e) Paula. Representação de uma Sequência
20. Em um prédio existem 3 andares, onde moram 9 pessoas A representação matemática de uma sucessão é dada
ao todo. Duas pessoas não moram abaixo de nenhuma da seguinte forma:
outra. Quatro pessoas não moram acima de nenhuma
outra. O número de pessoas que moram no 1º andar, no (b1, b2, b3... bn-1, bn), em que:
2º andar e no 3º andar, respectivamente, é
a) 2, 3, 4. • b1 é o primeiro termo;
b) 3, 3, 3.
c) 3, 4, 2. • b2 é o segundo termo;
d) 4, 2, 3.
e) 4, 3, 2. • bn é o enésimo termo.

GABARITO Exemplo:
Dada a sequência (-1, 2, 5, 8, 11), calcular:
1. C, C, C 7. c 13. c 19. e
a) a 3 – a2 b) a2+ 3a1
2. d 8. c 14. e 20. e
3. c 9. b 15. b
Solução:
4. a 10. c 16. a
a) a3 = 5 e a2 = 2  a3 – a2 = 5 – 2 = 3
5. b 11. E, C 17. c
6. C, E, C 12. e 18. b
b) a2 + 3 . a1 = 2 + 3 x -1 = 2 – 3 = -1

SEQUÊNCIAS QUESTÃO COMENTADA

As questões adiante exigem do aluno atenção e percep- 1. (Cesgranrio/Caixa Econômica Federal/2008)


ção, que serão adquiridas apenas pela prática. Perceber-se-
-á que tais questões são muito parecidas, o que facilita a  a1 = 2
resolução. Elas também são tradicionais nas provas da FCC 
e de outras bancas. Logo, dar-se-á ênfase às questões da  a2 = 3
=
Fundação Carlos Chagas, pois é a que mais trabalha com  a n a n −1 − a n − 2
questões desse tipo.
Qual é o 700 termo da sequência de números (an) de-
Sucessões ou Sequências finida acima?
a) 2.
Definição b) 1.
c) 1.
Conjunto de elementos de qualquer natureza, organiza- d) 2.
dos ou escritos numa ordem bem determinada. e) 3.
A representação de uma sequência se dá quando seus
elementos, ou termos, estiverem dispostos entre parênteses. Comentário
Não pode haver uma interpretação como ocorre nos Primeiro construiremos a sequência para que possamos
conjuntos, pois qualquer alteração na ordem dos elementos verificar qual foi o padrão utilizado na sucessão dos termos.
de uma sequência altera a própria sequência. a1 = 2
a2 = 3
Exemplos: a3 = a2 – a1 = 1
a) Sucessão dos meses do ano: (janeiro, fevereiro, março, a4 = a3 – a2 = -2
abril... dezembro). a5 = a4 – a3 = -3
b) O conjunto ordenado (0, 1, 2, 3, 4, 5...) é chamado a6 = a5 – a4 = -1
sequência ou sucessão dos números naturais. a7 = a 6 – a 5 = 2
a8 = a7 – a6 = 3
Termos de uma Sucessão ...
Raciocínio Lógico

Uma sequência ou uma sucessão numérica pode possuir Representando a sequência, temos:
uma quantidade finita ou infinita de termos.

Exemplos: 2, 3, 1, -2, -3, -1, 2, 3, 1...


a) (4, 8, 12, 16) é uma sequência finita.
b) (a, e, i, o, u) é uma sequência finita. Ao representar, torna-se notável que a sequência pos-
c) (3, 6, 9...) é uma sequência infinita. sui outra sequência que se repete de seis em seis termos.

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Este eBook foi adquirido por ANA PAULA PEREIRA SILVA - CPF: 052.510.513-10.
A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
Logo, podemos realizar o seguinte cálculo para resolver o a5 = a 1 + 4 . r
problema:
an = a1 + (n – 1) . r

Logo, pode-se definir que a Lei de Formação de uma P.A.


é a seguinte:

an = a1 + (n – 1) . r

Outro exemplo clássico é a Progressão Geométrica (P.G.).


Consideremos o exemplo a seguir.
Observe a sequência:
Se sobraram 4 termos, o  termo a70 corresponde ao 4o
termo: (2, 3, 1, -2, -3, -1, 2, 3, 1...). (4, 8, 16, 32, 64...)

Resposta: d. Note que, dividindo um termo qualquer dessa sequência


pelo termo antecedente, o resultado é sempre igual a 2.
Lei de Formação de uma Sequência
a2 : a1 = 8: 4 = 2
a4 : a3 = 32 : 16 = 2
Progressão Aritmética (P.A.)
a5 : a4 = 64 : 32 = 2
A lei de formação é a relação estabelecida entre os ele-
Progressão Geométrica (P.G.)
mentos da sequência que gera os demais elementos.
É a sequência de números reais não nulos em que o quo-
Um exemplo clássico é uma Progressão Aritmética (P.A.).
ciente entre um termo qualquer (a partir do 2º) e o termo
Consideremos o exemplo abaixo: antecedente é sempre o mesmo (constante).
Essa constante é chamada de razão, representada pela
(1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17...) letra q.
O primeiro termo dessa P.A. é 1, o segundo é 3, e assim Exemplos:
por diante. • (1, 2, 4, 8, 16...) é uma P.G. de razão q = 2.
Quando temos um termo e não sabemos sua posição, • (2, -4, 8, -16...) é uma P.G. de razão q = -2.
chamamos de an, em que “n” é a posição ocupada pelo termo
em questão. Esse é o termo geral, pois pode ser qualquer um. Termo Geral de uma P.G.
No que se refere ao exemplo: Para obtermos o termo geral de uma P.G., utilizamos o
primeiro termo (a1) e a razão (q).
(1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17...) Seja (a1, a2, a3, ..., an) uma P.G. de razão q. Temos:
Como é uma P.A., segue um “ritmo definido” (ritmo este a2 : a1 = q → a2 = a1 . q
que é a soma de 2 unidades a cada elemento que acrescenta-
mos). Esse ritmo também tem um nome: chama-se “RAZÃO” a3 : a2 = q → a3 = a2 . q → a3 = a1 . q²
e é representada por “r” minúsculo. Portanto, o segundo
termo será a soma do primeiro mais a razão; o terceiro será a4 : a3 = q → a4 = a3 . q → a4 = a1 . q³
a soma do segundo mais a razão.
Vemos no nosso exemplo que cada próximo termo da Logo, concluímos que an ocupa a n-ésima posição da P.G.,
progressão é acrescido de 2 unidades, portanto r = 2. A razão dada pela expressão:
pode ser estabelecida da seguinte maneira:
an = a1 . qn – 1
r = an – a n- 1
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM
Tabela 1 Tabela 2
1. (FGV/2007) A figura abaixo mostra uma tira formada por
a1 = 1 =1 a1 = a1 quadradinhos de lado 1cm. Sobre essa tira foi desenha-
a2 = 3 =1+2 a2 = a 1 + r da uma linha quebrada, começando no canto inferior
esquerdo e que mantém sempre o mesmo padrão. As
a3 = 5 =1+2+2 a3 = a1 + r + r
retas verticais estão numeradas, e, na reta vertical de
a4 = 7 =1+2+2+2 a4 = a1 + r + r + r número 50, o desenho foi interrompido.
a5 = 9 =1+2+2+2+2 a5 = a1 + r + r + r + r
... ... ... ...
Raciocínio Lógico

Ao analisar as tabelas 1 e 2, verifica-se a soma do primeiro


termo a1 com (n – 1) vezes a razão.

a1= a1 + 0 . r
O comprimento da linha é de:
a 2 = a1 + 1 . r a) 150cm.
a3 = a1 + 2 . r b) 138cm.
c) 144cm.
a4 = a1 + 3 . r

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d) 140cm. (SO)2 = ESSO
e) 156cm.
Considerando que nesse criptograma letras distintas
2. (Cesgranrio/2006) Na sequência (1, 2, 4, 7, 11, 16, 22, equivalem a algarismos distintos escolhidos de 1 a 9,
...) o número que sucede 22 é: então, ao decifrar corretamente esse enigma, conclui-
a) 28. -se que a quantidade de projetos à qual ele se refere
b) 29. é um número
c) 30. a) menor que 5 000.
d) 31. b) compreendido entre 5 000 e 6 000.
e) 32. c) compreendido entre 6 000 e 7 000.
d) compreendido entre 7 000 e 8 000.
3. (Cesgranrio/2006) Leonardo queria jogar “bolinhas de e) maior que 8 000.
gude” mas, como não tinha com quem brincar, pegou
suas 65 bolinhas e resolveu fazer várias letras “L” de 7. (FCC/2007) Se a é um número inteiro positivo, define-se
tamanhos diferentes, seguindo o padrão apresentado uma operação & como a& = 3a – 2. Considere a sequên­
abaixo. cia (a1, a2, a3, ..., an, ...) cujo termo geral é an = (n&)&, para
todo n = 1, 2, 3, ... . A soma do terceiro e quinto termos
dessa sequência é igual a:
a) 42. b) 46. c) 48. d) 52. e) 56.

8. (FCC/2007) Carol recebeu uma promoção na Repartição


Pública onde trabalha e Sueli, sua colega de trabalho,
foi incumbida de fazer um discurso no dia de sua posse.
Para tal, Sueli anotou alguns dados que serviriam de
base para redigir o discurso:
Leonardo fez o maior número possível de “L” e, assim, a) Carol começou a trabalhar enquanto cursava o En-
sobraram n bolinhas. O valor de n foi igual a: sino Médio, aos 16 anos de idade.
a) 5. b) 6. c) 7. d) 8. e) 9. b) Carol ingressou no serviço público após ter cursado
a pós-graduação em Direito.
4. (FCC/2006) Observe a seguinte sequência de figuras c) Seus pais mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde
formadas por “triângulos”: Carol cursou o Ensino Básico.
d) Quando cursávamos o 4º ano da faculdade, Carol
apresentou-me seu marido Gastão, uma semana
após ter começado a namorá-lo.
e) Eu fui escolhida para elaborar o discurso em sua
homenagem.
f) Conheci Carol na Universidade, em que ambas in-
gressamos no curso de Direito.
g) Carol nasceu em São Paulo no dia 18 de maio de 1975.
h) Carol concluiu o curso de bacharelado em Direito,
em 1999.
Continuando a sequência de maneia a manter o mesmo i) Seu primeiro emprego foi como auxiliar em um
padrão, é correto concluir que o número de “triângulos” escritório de advocacia.
da figura 100 é: j) Carol casou-se com Gastão 6 meses após o início do
a) 403. namoro.
b) 401.
c) 397. Para que todos esses dados sejam incluídos no discurso
d) 395. na ordem cronológica em que ocorreram, a ordem de
e) 391. inserção deverá ser:
a) g – c – a – d – f – j – h – i – b – e
5. (FCC/2007) Uma aranha demorou 20 dias para co- b) g – a – c – i – f – d – h – j – b – e
brir com sua teia a superfície total de uma janela. c) g – c – a – i – f – d – j – h – b – e
Ao acompanhar o seu trabalho, curiosamente, obser- d) e – g – c – a – i – f – d – j – h – b
vou-se que a área da região coberta pela teia duplicava e) e – a – i – c – f – h – g – b – d – j
a cada dia. Se desde o início ela tivesse contado com a
ajuda de outra aranha de mesma capacidade operacio- 9. (FCC/2008) Analise a sequência abaixo.
nal, então, nas mesmas condições, quantos dias seriam
necessários para que, juntas, as duas revestissem toda 1 × 9 + 2 = 11
a superfície de tal janela? 12 × 9 + 3 = 111
Raciocínio Lógico

a) 10. b) 12. c) 15. d) 18. e) 19. 123 × 9 + 4 = 1 111


....
6. (FCC/2007) Indagado sobre a quantidade de projetos ....
desenvolvidos nos últimos 10 anos em sua área de ....
trabalho, um analista legislativo que era aficionado em
matemática respondeu o seguinte: “O total de projetos Nessas condições, quantas vezes o algarismo 1 aparece
é igual ao número que, no criptograma matemático no resultado de 12 345 678 × 9 + 9?
abaixo, corresponde à palavra ESSO”. a) 9.

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b) 10. regador. Cada vez que o regador fica vazio, Gabriel volta
c) 11. à torneira, enche o regador e repete a rotina anterior
d) 12. para as três roseiras seguintes. No momento em que
e) 13. acabar de regar a última das roseiras, quantos metros
Gabriel terá percorrido ao todo desde que encheu o
10. (FCC/2008) Observando a sequência (2, 5, 11, 23, 47, regador pela primeira vez?
95, ...) verifica-se que, do segundo termo em diante, a) 1666,0
cada número é obtido a partir do anterior, de acordo b) 1581,0
com uma certa regra. c) 1496,0
Nessas condições, o sétimo elemento dessa sequência é d) 833,0
a) 197. e) 748,0
b) 191.
c) 189. 14. (Cespe) Considere que os números reais a, b e c estejam
d) 187. b 3
e) 185. em progressão aritmética e que = . Julgue os itens
a 2
11. (FCC/2009) Observe o diagrama. subsequentes com relação a essa progressão.
a) Se a + b + c = 36, então a < 9.
c 5
b) = .
b 3

15. (Cespe) Julgue o item que se segue.


( ) Se uma dívida foi paga em 16 prestações, sendo
a primeira parcela de R$ 50,00, a segunda de
R$ 55,00, a terceira de R$ 60,00 e assim por dian-
te – ou seja, as parcelas estavam em progressão
aritmética de razão igual a R$ 5,00 –, então o valor
Usando a mesma ideia, é possível determinar os núme- total da dívida era inferior a R$ 1.500,00.
ros do interior de cada um dos 4 círculos do diagrama
a seguir. 16. (Cespe) Os contêineres de uma transportadora são
pesados um a um. O 1º contêiner pesa 3 toneladas e
o 3º, 12 toneladas. Com base nesses dados, julgue os
itens a seguir.
a) Se os pesos dos contêineres estão em progressão
aritmética, então o 5º contêiner tem peso inferior
a 20 toneladas.
b) Se os pesos dos contêineres estão em progressão
geométrica, então o peso do 5º contêiner é superior
a 45 toneladas.

17. (Cespe) Supondo que, em 2008, o número de telefones


Desses quatro números, o em serviço no Brasil fosse P2008 e que, a partir desse
a) menor é 3. ano, ele sofresse crescimento anual à taxa de 30%, en-
b) menor é 4. tão os números P2008, P2009, ..., Pk, ..., em que Pk, k
c) maior é 6. = 2008, 2009, ..., represente o número de telefones em
d) maior é 9. serviço no Brasil no ano k, constituirão uma progressão
e) maior é 12. 39
geométrica de razão .
30
12. (Cespe) Julgue o item seguinte.
( ) Considere as seguintes sequências de números: {3, 18. (Cespe) Com relação às progressões aritméticas e geo-
6, 12, 24, ...} e {11, 13, 15, ...} e suponha que haja métricas, julgue os itens subsequentes.
uma relação entre elas, definida da seguinte forma: a) Se aj-1 + aj + aj+1 = 126, em que os termos an estão em
3 → 11, 6 → 13, 12 → 15, .... Nesse caso, o número progressão aritmética, então aj é superior a 40.
da segunda sequência que está relacionado ao b) Considerando as progressões geométricas an > 1
número 24, da primeira sequência, é o número 19. 1
e bn = , para n = 1, 2, 3 ..., satisfazendo as
an
13. (Cesgranrio) Em um caminho retilíneo há um canteiro
formado por 51 roseiras, todas enfileiradas ao longo 10 9
condições a 2 + b 2 = e a 3 = , é correto
do caminho. A distância entre quaisquer duas roseiras 3 2
Raciocínio Lógico

consecutivas é 1,5 m. Nesse caminho, há ainda uma 4


torneira a 10,0 m da primeira roseira. Gabriel decide .
afirmar que b 4 =
molhar todas as roseiras desse caminho. Para isso, utili- 9
za um regador que, quando cheio, tem capacidade para 19. (Cespe) Julgue os itens que se seguem, relativos às
molhar 3 roseiras. Dessa forma, Gabriel enche o regador progressões aritméticas e geométricas.
na torneira, encaminha-se para a 1a roseira, molha-a, a) O número de inteiros consecutivos começando com
caminha até a 2a roseira, molha-a e, a seguir, caminha 3 que devem ser somados para se obter o total 75 é
até a 3a roseira, molhando-a também, esvaziando o menor do que 12.

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b) Se em uma progressão geométrica o segundo termo é Portanto, um calendário fixo de 365 dias apresenta um
igual a 6 e o quinto termo é igual a 162, então a soma erro de aproximadamente 6 horas por ano, equivalente a 1
do terceiro termo mais o quarto termo é inferior a 75. dia a cada quatro anos ou 1 mês a cada 120 anos. Um erro
como esse tem sérias implicações nas sociedades, principal-
20. (Cespe) Cinco números estão em progressão aritmética mente nas atividades que dependem de um conhecimento
crescente, e o primeiro deles, o segundo e o quinto preciso das estações do ano, como a agricultura.
estão em progressão geométrica. Supondo que todos Para diminuir esse erro, foi adotado o ano bissexto,
14 acrescentando-se 1 dia a cada quatro anos. Foi adotado
esses cinco números são maiores que e menores
15 pela primeira vez no Egito, em 238 a.C. O calendário Julia-
135 no, introduzido em 45 a.C, adotou a regra de que todo ano
que e que a razão da progressão aritmética é um
5 divisível por quatro era bissexto. Mas mesmo com essa regra
número inteiro, julgue os itens seguintes. ainda existia um erro de aproximadamente 1 dia a cada 128
a) A razão da progressão aritmética é o dobro da razão anos. No final do século XVI, foi introduzido o calendário
da progressão geométrica. Gregoriano, usado até hoje na maioria dos países, adotando
b) A soma desses cinco números é superior a 78. as seguintes regras:
c) O maior desses cinco números é inferior a 25. 1) Todo ano divisível por 4 é bissexto.
2) Todo ano divisível por 100 não é ano bissexto.
GABARITO 3) Mas se o ano for também divisível por 400, é  ano
bissexto”.
1. a 12. E
2. b 13. b De forma mais prática, consideremos que anos bissextos
3. a 14. C, E são anos Olímpicos...
4. b 15. C
5. e 16. E, C Quantidade de dias em cada mês:
6. b 17. C Janeiro – 31 dias
7. e 18. C, E Fevereiro – 28 dias – (bissexto – 29 dias)
8. c 19. C, C Março – 31 dias
9. a 20. C, E, E Abril – 30 dias
10. b Maio – 31 dias
11. d Junho – 30 dias
Julho – 31 dias
Agosto – 31 dias
QUESTÕES COMENTADAS (MÚLTIPLOS – Setembro – 30 dias
DATAS) Outubro – 31 dias
Novembro – 30 dias
1. (FGV/FNDE/2007) Em certo ano, o dia primeiro de Dezembro – 31 dias
março caiu em uma terça-feira. Nesse ano, o  último
dia de abril foi: Diante do exposto, temos que calcular quantos dias há
a) quarta-feira. entre o dia primeiro de março, que caiu em uma terça-feira,
b) sábado. e o último dia de abril.
c) sexta-feira. 01/03 – Uma observação importante é que o primeiro dia
d) quinta-feira. não pode entrar, a fim de se manter uma sequência de sete
e) domingo. dias (múltiplos de sete). Temos, assim, um total de 30 dias.
30/04 – (Conta-se o último dia). Temos, assim, 30 dias.
Comentário
TOTAL: 60 DIAS
Sabemos que a semana possui 7 (sete) dias, e que, por
exemplo, de uma segunda-feira para outra segunda-feira
temos um intervalo de 7 (sete) dias, isto é, podemos afirmar 60 7
que acontece da seguinte maneira: dias: M (7): (7, 14, 21, – 56 8 Passaram-se 8 semanas
28, 35, 42, 49...) – múltiplos de sete.
É necessário sabermos quantos dias possui cada mês 4 Sobraram 4 dias
do ano, por isso falaremos um pouco sobre o ano bissexto. Como foi de terça a terça, então é só contar mais 4 dias, o
“O ano de 2008 é um ano bissexto. Em nosso calendário, que acontecerá sábado.
chamado Gregoriano, os anos comuns têm 365 dias e os anos
bissextos têm um dia a mais, totalizando 366 dias. Essa infor- 2. (Cesgranrio/2007) O ano de 2007 tem 365 dias. O pri-
mação praticamente todo mundo sabe, mas o entendimento
meiro dia de 2007 caiu em uma segunda-feira. Logo,
sobre o funcionamento dos anos bissextos ainda é recheado
neste ano, o dia de Natal cairá numa:
de dúvidas na cabeça de muita gente. Você saberia dizer quais
são os anos bissextos? a) segunda-feira.
Raciocínio Lógico

Os anos bissextos são anos com um dia a mais, tendo, b) terça-feira.


portanto, 366 dias. O dia extra é introduzido como o dia 29 c) quarta-feira.
de fevereiro, ocorrendo a cada quatro anos. O período de d) quinta-feira.
um ano se completa com uma volta da terra ao redor do sol. e) sexta-feira.
Como instrumentos de uso prático, os calendários adotam
uma quantidade exata de dias para o período de um ano: Comentário
365 dias. Mas, na realidade, a terra leva aproximadamente Do dia 1º de janeiro de 2007 até o Natal – 25/12/2007 –
365 dias e 6 horas para completar uma volta ao redor do sol. passaram-se quantos dias? Vejamos abaixo:

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Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez. Essas sequências são diferenciadas em dois tipos:
30 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 25 Sequência finita: é uma sequência numérica na qual os
elementos têm fim. Por exemplo, a sequência dos números
Em janeiro, não entra o primeiro dia. Em dezembro, múltiplos de 5 maiores que 10 e menores que 40.
entram todos os dias até a data desejada.
Somando-se os números acima, temos: 358 dias. (a1, a2, a3, a4... an) – sequência finita
Um cálculo mais simples é o seguinte: o total (365 dias)
menos 7 dias, que vai de 25 de dezembro até 1º de janeiro. Sequência infinita: é uma sequência que não possui fim,
Assim: 365 – 7 = 358 dias. ou seja, seus elementos seguem ao infinito. Por exemplo: a
sequência dos números inteiros.
358 7 (a1, a2, a3, a4... an...) – sequência infinita
– 357 51 Passaram-se 51 semanas
1 Sobrou 1 dia Logo, podemos citar algumas sequências ou séries:

Série de Fibonacci: é uma sequência definida na prática


Passaram-se 51 semanas de segunda a segunda, e sobrou
da seguinte forma: você começa com 0 e 1, e então produz o
1 dia. Logo, caiu em uma terça-feira.
próximo número de Fibonacci somando os dois anteriores.
Os primeiros números de Fibonacci para n = 0, 1... são: 0, 1,
QUESTÕES DE CONCURSOS 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597,
2584, 4181, 6765, 10946...
1. (Cesgranrio/2007) Os anos bissextos têm, ao contrário Essa sequência foi descrita primeiramente por Leonardo
dos outros anos, 366 dias. Esse dia a mais é colocado de Pisa, conhecido como Fibonacci. Nela, ele descreveu o
sempre no final do mês de fevereiro, que, nesses casos, aumento de uma população de coelhos. Os termos descre-
passa a terminar no dia 29. O primeiro dia de 2007 veram o número de casais em uma população de coelhos
caiu em uma segunda-feira. Sabendo que 2007 não é depois de n meses, supondo que:
ano bissexto, mas 2008 será, em que dia da semana 1. nascesse apenas um casal no primeiro mês;
começará o ano de 2009? 2. os casais reproduzissem-se apenas após o segundo
a) Terça-feira. mês de vida;
b) Quarta-feira. 3. no cruzamento consanguíneo não houvesse problemas
c) Quinta-feira. genéticos;
d) Sexta-feira. 4. cada casal fértil desse a luz a um novo casal todos os
e) Sábado. meses;
5. não houvesse morte de coelhos.
2. (FCC/MPU/2007) Considerando que, em certo ano, o
dia 23 de junho ocorreu em um sábado, o dia 22 de Número Tribonacci: um número Tribonacci assemelha-
outubro desse mesmo ano ocorreu em -se a um número de Fibonacci, mas em vez de começarmos
a) uma segunda-feira. com dois termos pré-definidos, a sequência é iniciada com
três termos pré-determinados, e cada termo posterior é a
b) uma terça-feira.
soma dos três termos anteriores. Os primeiros números de
c) uma quinta-feira.
uma pequena sequência Tribonacci são: 1, 1, 2, 4, 7, 13, 24,
d) um sábado.
44, 81, 149, 274, 504, 927, 1705, 3136, 5768, 10609, 19513,
e) um domingo. 35890, 66012, 121415, 223317 etc.

GABARITO Progressão Aritmética: é uma sequência de números que


obedecem a uma lei de formação já citada antes, isto é, an =
1. c 2. a a1 + (n – 1) . r, em que podemos definir cada elemento por
meio do termo anterior juntamente com a razão.

Sequências Numéricas Exemplo: (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40...).

Sequência é todo conjunto ou grupo que possui os seus Progressão Geométrica: é uma sequência de números
elementos escritos em uma determinada ordem. que obedecem a uma lei de formação já citada antes, isto
De acordo com o tópico “Lei de formação de uma se- é, an = a1 . qn – 1, em que podemos definir cada elemento por
quência”, pode-se perceber que uma sequência numérica meio do termo anterior juntamente com a razão.
é constituída de termos numéricos, ou seja, números que
seguirão um padrão de formação. Toda sequência numérica Exemplo: (2, 6, 18, 54...).
possui uma ordem para organização dos seus elementos. As-
QUESTÕES COMENTADAS (SEQUÊNCIAS
Raciocínio Lógico

sim, podemos dizer que em qualquer se­quência os elementos


são dispostos da seguinte forma: (a1, a2, a3, a4... an...) ou NUMÉRICAS)
(a1, a2, a3... an), em que a1 é o 1º elemento; a2, o segundo
elemento e assim por diante, e an o enésimo elemento. 1. (FGV/FNDE/2007) Na sequência numérica 3, 10, 19, 30,
43, 58..., o termo seguinte ao 58 é:
Exemplos: a) 75.
a) (1, 0, 0, 1) – (4, 3, 3, 4) – (5, 4, 4, 5) – (6, 7, 7, 6) – (9, 8, 8, 9) b) 77.
b) 2, -4, 6, -8, -12... c) 76.

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d) 78. DFGJ: HJLO:: MOPS: ?
e) 79.
Considerando que as letras K, Y e W não pertencem ao
Comentário alfabeto oficial usado, o grupo de letras que substituiria
As questões de sequências, em sua maioria, trazem uma corretamente o ponto de interrogação é QSTX, uma vez que,
lógica que só será percebida com bastante treino. Vejamos: dada a primeira parte DFGJ: HJLO, da letra D para a letra
• Primeiro termo: 3. H saltaram-se três letras (E, F e G), da letra F para a letra
• Segundo termo: 10. J saltaram-se também três letras, da letra G para a letra L
• Terceiro termo: 19. saltaram-se também três e da mesma forma da letra J para
• Quarto termo: 30. a letra O. Na segunda parte temos que analisar seguindo o
mesmo padrão. Partindo das letras M, O, P e S, e saltando
Pode-se concluir que o quinto termo realmente é 43, pois três letras, teremos QSTX.
entre o primeiro e o segundo aumentaram 7 unidades, entre Um desafio para você! Na sucessão de figuras seguintes,
o segundo e o terceiro aumentaram 9 unidades, entre o ter- as letras do alfabeto oficial foram dispostas segundo um
ceiro e o quarto aumentaram 11 unidades. Logo, o aumento determinado padrão.
acontece da seguinte forma: (7, 9, 11, 13, 15, 17...). Assim,
do termo 58 para o seu sucessor temos um aumento de 17 A C E ? I L N
unidades, que resulta em 75 (próximo número).
Z V T ? P N L
2. (FGV/FNDE/2007) Na sequência de algarismos 1, 2,
3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3..., o 2007º Considerando que o alfabeto oficial exclui as letras K,
algarismo é: Y e W, então, para que o padrão seja mantido, a figura que
a) 1. d) 5. deve substituir aquela que tem os pontos de interrogação é
b) 2. e) 3.
c) 4. a) I b) H c) H d) G e) G

Comentário R T R T R
Na sequência acima temos o seguinte: 1, 2, 3, 4, 5, 4,
3, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3... Ao observar, percebemos Resposta: e.
que se torna um pouco difícil encontrar um padrão, pois o
Sequências com Figuras
intervalo entre os termos não é constante. Contudo, devemos
agrupar uma quantidade maior de termos, transformando-os
As sequências com figuras exigem dos candidatos uma
em termos maiores.
percepção de objetos ligados a um determinado padrão.
Assim, percebe-se que agrupando [1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2]
A prática determinará uma melhor interpretação de tais pro-
[1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2] [1, 2, 3...] criam-se termos com maior blemas, uma vez que as bancas que cobram essas questões
quantidade de números. Cada termo possui 8 números. seguem um determinado raciocínio.
Se quisermos o termo de posição 2007º, calcularemos Vejamos alguns exemplos de sequências com figuras.
assim:
1. Observe que há uma relação entre as duas primeiras
2007 8 Grupos de 8 números figuras representadas na sequência abaixo.
– 2000 250 Termos de oito números
7 Sobram 7 posições está para assim como
O número estará na 7ª posição. Logo, na sequên­cia 1, 2, 3,
4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, será o número 3 (três). está para...

Sequências Alfabéticas A mesma relação deve existir entre a terceira figura e a


quarta, que está faltando. Essa quarta figura é
Da mesma maneira que temos as sequências numéricas,
em que os termos são constituídos de números, podemos a) d)
construir uma sequência alfabética, na qual os termos são
letras, possuindo também uma lei de formação.
Um exemplo de sequência alfabética pode ser a seguin-
te: {a, e, i, o, u} – os termos da sequência são as vogais do
alfabeto. b) e)
Um outro exemplo de sequência alfabética pode ser: {a, c,
e, g, i...} – os termos da sequência são as letras que ocupam
as posições ímpares do alfabeto. c)
Em muitas provas de concursos públicos temos questões
Raciocínio Lógico

que envolvem sequências alfabéticas. Nelas o candidato é


submetido a interpretar qual a lei de formação, ou qual o A resposta é a letra e, uma vez que a primeira figura está
padrão utilizado para construção da série disposta. para segunda, obedecendo ao seguinte padrão: a parte
interna da figura ora fica hachurada, ora não; e a parte
Exemplo: externa segue o mesmo esquema. A figura também vai
Observe que há uma relação entre os dois primeiros realizando um movimento de rotação. Logo, temos que
grupos de letras apresentados abaixo. A mesma relação deve a última figura, o retângulo, ficará na posição vertical,
existir entre o terceiro e o quarto grupo, que está faltando. e serão invertidas as regiões hachuradas.

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2. Escolha, entre as figuras, a que deve ocupar a vaga deve existir entre o terceiro e quarto grupo, que está
assinalada pela interrogação. faltando.

DFGJ : HJLO :: MOPS : ?

Considerando que as letras K, Y e W não pertencem ao


alfabeto oficial usado, o grupo de letras que substituiria
corretamente o ponto de interrogação é
a) b) c) d) e) a) OQRU. c) QSTX. e) RTUZ.
b) QSTV. d) RTUX.

3. O esquema abaixo representa a subtração de dois


números inteiros, em que alguns algarismos foram
substituídos pelas letras X, Y, Z e T.
Observe nessa sequência tanto a posição dos bracinhos
alternando-se, como a posição das perninhas se abrin-
do e fechando. Da primeira figura para a terceira, os
bracinhos se alternam e as perninhas ficam na mesma
posição. Da segunda figura para a quarta (desejada),
as perninhas permanecem na mesma posição e os Obtido o resultado correto, a soma X + Y + Z + T é igual a
bracinhos se alternam. a) 12. b) 14. c) 15. d) 18. e) 21.

4. As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa


Resposta: d. feita entre os funcionários de certa empresa.
– Todo indivíduo que fuma tem bronquite.
3. Escolha, entre as figuras, a que deve ocupar a vaga – Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao
assinalada pela interrogação. trabalho.

Relativamente a esses resultados, é correto concluir que


a) existem funcionários fumantes que não faltam ao
trabalho.
b) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
c) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
d) é possível que exista algum funcionário que tenha
a) b) c) d) e) bronquite e não falte habitualmente ao trabalho.
e) é possível que exista algum funcionário que seja
fumante e não tenha bronquite.

5. Sabe-se que os pontos marcados nas faces opostas de


Observe nessa questão que há uma inversão no preen­ um dado devem somar 7 pontos. Assim sendo, qual
chimento das regiões e que a figura posterior é a parte das figuras seguintes não pode ser a planificação de
interna da anterior. Logo, a figura que substituirá o um dado?
ponto de interrogação deve ser o triângulo interno,
alternando sua cor.
a) b)
Resposta: a.

Podemos dizer que a prática das questões envolvendo


sequências de figuras é a melhor forma de o candidato
entender os padrões estabelecidos pelas bancas.
c) d)
QUESTÕES COM FIGURAS E SEQUÊNCIA

2006

1. Se x e y são números inteiros tais que x é par e y é ímpar,


então é correto afirmar que
a) X + y é par. e)
Raciocínio Lógico

b) X + 2y é ímpar.
c) 3X – 5y é par.
d) X x y é ímpar.
e) 2X – y é ímpar. 6. Os termos da sequência (2, 5, 8, 4, 8, 12, 6, 11, 16,....)
são obtidos por meio de uma lei de formação. A soma
do décimo e do décimo segundo termos dessa sequên­
2. Observe que há uma relação entre os dois primeiros cia, obtidos segundo essa lei, é
grupos de letras apresentados abaixo. A mesma relação a) 28. b) 27. c) 26. d) 25. e) 24.

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7. A sequência de figuras abaixo foi construída obedecen- c) o terno comprado por Bento era preto e a camisa
do a determinado padrão. comprada por Aluísio era branca.
d) os ternos comprados por Aluísio e Casimiro eram
cinza e preto, respectivamente.
e) as camisas compradas por Aluísio e Bento eram preta
e branca, respectivamente.

11. Uma pessoa tem 7 bolas de mesmo peso e, para calcular


o peso de cada uma, colocou 5 bolas em um dos pratos
de uma balança e o restante junto com uma barra de
Segundo esse padrão, a figura que completa a sequên­ ferro de 546 gramas, no outro prato. Com isso, os pratos
cia é: da balança ficaram totalmente equilibrados. O peso de
a) b) cada bola, em gramas, é um número
a) maior que 190.
b) entre 185 e 192.
c) entre 178 e 188.
d) entre 165 e 180.
e) menor que 170.

c) d) 12. Para um grupo de funcionários, uma empresa oferece


cursos para somente dois idiomas estrangeiros: inglês e
espanhol. Há 105 funcionários que pretendem estudar
inglês, 118 que preferem espanhol e 37 que pretendem
estudar simultaneamente os dois idiomas. Se 1/7 do
total de funcionários desse grupo não pretende estu-
dar qualquer idioma estrangeiro, então o número de
e) elementos do grupo é
a) 245. c) 231. e) 217.
b) 238. d) 224.

13. Suponha que, num banco de investimento, o grupo


responsável pela venda de títulos é composto de três
elementos. Se, num determinado período, cada um
dos elementos do grupo vendeu 4 ou 7 títulos, o total
8. Na sentença abaixo, falta a última palavra. Procure de títulos vendidos pelo grupo é sempre um número
nas alternativas a palavra que melhor completa essa múltiplo de
sentença. a) 3. b) 4. c) 5. d) 6. e) 7.
Estava no portão de entrada do quartel, em frente à
guarita; se estivesse fardado, seria tomado por ... 14. Os clientes de um banco contam com um cartão magné-
a) comandante. tico e uma senha pessoal de quatro algarismos distintos
b) ordenança. entre 1.000 e 9.999. A quantidade dessas senhas, em
c) guardião. que a diferença positiva entre o primeiro algarismo e
d) porteiro. o último algarismo é 3, é igual a
e) sentinela. a) 936. c) 784. e) 728.
b) 896. d) 768.
9. Das 30 moedas que estão no caixa de uma padaria,
sabe-se que todas têm apenas um dos três valores: 5 15. Na sequência dos quadriculados a seguir, as células
centavos, 10 centavos e 25 centavos. Se as quantidades pretas foram colocadas obedecendo a um determinado
de moedas de cada valor são iguais, de quantos mo- padrão.
dos poderá ser dado um troco de 1 real a um cliente,
usando-se exatamente 12 dessas moedas?
a) Três. c) Cinco. e) Sete.
b) Quatro. d) Seis.

10. Aluísio, Bento e Casimiro compraram, cada um, um


único terno e uma única camisa. Considere que:
– tanto os ternos quanto as camisas compradas eram
nas cores branca, preta e cinza;
– apenas Aluísio comprou terno e camisa nas mesmas Mantendo esse padrão, o número de células brancas
cores; na Figura V será
– nem o terno e nem a camisa comprados por Bento a) 101. c) 97. e) 81.
Raciocínio Lógico

eram brancos; b) 99. d) 83.


– a camisa comprada por Casimiro era cinza.
GABARITO
Nessas condições, é verdade que
a) o terno comprado por Bento era preto e a camisa 1. e 4. c 7. d 10. b 13. a
era cinza. 2. c 5. b 8. e 11. c 14. e
b) a camisa comprada por Aluísio era branca e o terno 3. d 6. a 9. a 12. e 15. a
comprado por Casimiro era preto.

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AS QUESTÕES DAS PROVAS PODERÃO Exemplo:
TRATAR DAS SEGUINTES ÁREAS: Ela foi a melhor atleta da competição.
ESTRUTURAS LÓGICAS; LÓGICA DE Algumas sentenças são chamadas de abertas porque
ARGUMENTAÇÃO; DIAGRAMAS LÓGICOS; são passíveis de interpretação, podendo ser julgadas como
ARITMÉTICA; ÁLGEBRA E GEOMETRIA verdadeiras (V) ou falsas (F). Se, por exemplo, tivermos a
proposição expressa “Para todo a, P(a)”, em que a é um ele-
BÁSICAS mento qualquer do conjunto U, e P(a) é uma propriedade a
respeito dos elementos de U, será necessário explicitar U e
LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM P para que seja possível valorar.

Definições Exemplo:
{x ∈ R | x > 2} – neste caso, x pode ser qualquer número
A lógica formal não se ocupa dos conteúdos pensados maior que dois, ou seja, não há um sujeito específico.
ou dos objetos referidos pelo pensamento, mas apenas da
forma pura e geral dos pensamentos, expressa por meio da Há expressões às quais não se pode atribuir um valor
linguagem. O objeto da lógica é a proposição, que exprime, lógico V ou F.
por intermédio da linguagem, os juízos formulados pelo
pensamento. A proposição é a atribuição de um predicado Exemplo 1:
a um sujeito. “Ele é juiz do TRT da 1ª Região”, ou “x + 5 = 10”. O sujeito
é uma variável que pode ser substituída por um elemento
arbitrário, transformando a expressão em uma proposição
Em recentes provas de concursos públicos, as bancas
que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
cobraram dos candidatos uma noção mais específica da são denominadas sentenças abertas, ou funções proposi-
lógica de primeira ordem, voltando-se para a teoria, no cionais. Pode-se passar de uma sentença aberta para uma
que tange à relação existente entre sentenças, proposi- proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”
ções e expressões. Neste capítulo abordaremos a lógica
ou “para todo”, indicado por ∀, e “existe”, indicado por ∃.
das proposições.
Exemplo 2:
Sentenças
A proposição (∀x) (x ∈ R) (x + 3 = 9) é valorada como
• Expressão de um pensamento completo. F, enquanto a proposição (∃x) (x ∈ R) (x + 3 = 9) é valorada
• São compostas por um sujeito (algo que se declara) como V.
e por um predicado (aquilo que se declara sobre o
sujeito). Sentenças Fechadas
São as sentenças nas quais podemos determinar o seu
Exemplos: sujeito.
• José passou no concurso público.
• Lógica não é difícil. Exemplos:
• Que horas começa o filme? • Antônio está de férias.
• Que belas flores! • O professor Josimar foi trabalhar.
• Pegue essa xícara agora.
Na lógica sentencial, denomina-se proposição uma frase
Observação: Percebe-se que as sentenças podem ser: que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas
não como ambas. Assim, frases como “Como está o tempo
 Afirmativas hoje?” e “Esta frase é falsa.” não são proposições, visto que
Ex.: A lógica é uma ciência do raciocínio.
s  a primeira é pergunta (sentença interrogativa) e a segunda
 não pode ser nem V nem F.
e Negativas
n
 Ex.: José não vai à festa. Expressões

t  Imperativas
e  Ex.: Faça seu trabalho com dedicação.
São aquelas que não são sentenças.

n 
Exemplos:
 Exclamativas
• Vinte e cinco centésimos.
ç
 Ex.: Que dia lindo!
• A terça parte de um número.
a 
s  Interrogativas
 Proposições
Raciocínio Lógico

Ex.: Qual é o seu nome?


Dá-se o nome de proposição a uma sentença (afirma-
Sentenças Abertas tiva ou negativa) formada por palavras ou símbolos que
expressam um pensamento de sentido completo, aos quais
São as sentenças nas quais não podemos determinar
se podem atribuir um valor lógico, ou seja, uma valoração
o seu sujeito. Uma forma mais simples de saber se uma (verdadeiro ou falso).
sentença é aberta seria não poder identificá-la nem como V
Essa valoração também é chamada de valor-lógico ou
(verdadeira) nem como F (falsa). valor-verdade.

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Diagrama I – Que belo dia!
II – Josias é um excelente aluno de raciocínio lógico.
III – O jogo terminou empatado?
IV – Escreva uma poesia.

A frase que não possui essa característica comum é a:


a) IV. b) III. c) I. d) II.

Comentário:
Nas frases acima temos quatro sentenças:
I – Que Belo dia! (não possui uma interpretação lógica –
sentença exclamativa – não há como valorar).
II – Josias é um excelente aluno de raciocínio lógico (sen-
tença afirmativa – há como valorar).
III – O jogo terminou empatado? (sentença interrogati-
va – não há como valorar).
Aplicação IV – Escreva uma poesia. (sentença imperativa – não há
Uma questão que deixa às claras a relação entre pro- como valorar).
posições e sentenças é a que consta na prova para analista Entre as quatro, apenas uma pode ser valorada. Logo,
do Sebrae, realizada pelo Cespe em 2008, na qual aparece temos uma proposição. Esse caso refere-se à segunda
a seguinte proposição: “‘Ninguém ensina ninguém’ é um frase.
exemplo de sentença aberta”.

Resolução: Resposta: d
Essa questão é interessante, pois exige do candidato
uma diferenciação entre os conceitos já citados. Muitos 3. (Cespe/Banco do Brasil) Na lógica de primeira ordem,
certamente se deteriam à interpretação da frase sugerida. uma proposição é funcional quando é expressa por um
Observe que, quando o Cespe cita que a proposição “Nin- predicado que contém um número finito de variáveis e
guém...” é uma sentença aberta, há uma contradição, uma é interpretada como verdadeira (V) ou falsa (F) quando
vez que uma proposição pode ser valorada, o que não ocorre são atribuídos valores às variáveis e um significado ao
com uma sentença aberta (não há como se valorar.) Logo, predicado. Por exemplo, a proposição “Para qualquer x,
o item está errado. tem-se que x – 2 > 0” possui interpretação V quando x é
um número real maior do que 2 e possui interpretação
F quando x pertence, por exemplo, ao conjunto {-4, -3,
QUESTÕES COMENTADAS -2, -1, 0}.

1. (FCC/SFASP/Ag.Fis.Rendas) Considere as seguintes frases: Com base nessas informações, julgue os próximos itens.
I – Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. a) A proposição funcional “Para qualquer x, tem-se que
II – (x+y) / 5 é um numero inteiro. x 2 > x” é verdadeira para todos os valores de x que
III – João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado  5 3 1
estão no conjunto 5, , 3, , 2,  .
de São Paulo em 2000.  2 2 2
b) A proposição funcional “Existem números que são
É verdade que apenas divisíveis por 2 e por 3” é verdadeira para elementos
a) I é uma sentença aberta. do conjunto {2, 3, 9, 10, 15, 16}.
b) II é uma sentença aberta.
c) I e II são sentenças abertas. Comentário:
d) I e III são sentenças abertas. O item a está errado, pois quando atribuímos a x o
e) II e III são sentenças abertas. valor de ½, a desigualdade torna-se falsa. Por exemplo:
“ ∀ x2 > x = V”.
Comentário:
No item I temos uma sentença aberta, pois não se pode de- (½)2 > ½ ⇒ ¼ > ½ (E).
terminar quem foi o melhor jogador do mundo em 2005.
No item II vários valores podem ser atribuídos a x ou a y O item b, “Existem números que são divisíveis por 2 e
para que a razão possua resultado inteiro. Ex.: x = 5 e y = 10, por 3”, está errado, porque se verificarmos os elemen-
temos (5 + 10) / 5 = 3 (3 pertence aos inteiros); pode tos do conjunto, veremos que eles não são divisíveis por
acontecer o mesmo com x = 20 e y = 10, temos (20 + 2 e 3 (ao mesmo tempo). Por exemplo: o número 10 é
10) = 15 etc. Logo, a sentença é aberta. divisível por 2, porém não é divisível por 3; o número
Já no item III, temos uma sentença fechada, visto que se 15 é divisível por 3, mas não é divisível por 2. Assim, o
Raciocínio Lógico

pode determinar quem foi o Secretário da Fazenda do item está errado. Para que o item estivesse correto, a
Estado de São Paulo em 2000, ou seja, o Sr. João da Silva. sentença deveria ser “Existem números que são divisí-
veis por 2 ou por 3”.
Resposta: c
4. (Cespe/Banco do Brasil) Julgue o item.
2. (FCC/SFASP/Ag.Fis.Rendas/Adaptada) Das quatro frases A frase “Quanto subiu o percentual de mulheres assala-
abaixo, três têm uma mesma característica lógica e co- riadas nos últimos 10 anos?” não pode ser considerada
mum, enquanto uma delas não tem essa característica. uma proposição.

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Comentário: (pensamentos completos) afirmativas ou negativas que
O item não é uma proposição, pois não pode ser valo- podem ser valoradas. Se fosse enumerada a quantidade
rado. É uma sentença interrogativa. de pensamentos, teríamos 4 (quatro), o que faria o item
estar correto; porém o Cespe referiu-se à quantidade
Resposta: o item está correto. (numeração) estabelecida no item.

Proposições Simples e Compostas 2. (Cespe/STF/Técnico Judiciário)


• Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu
Proposições Simples ou Básicas: são as proposições que conselho.
expressam apenas um pensamento. • A resposta branda acalma o coração irado.
• O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da
Exemplos: ruína do homem.
• Guarapari tem lindas praias. • Se o filho é honesto, então o pai é exemplo de inte-
• José passou no concurso. gridade.

Proposições Compostas ou Moleculares Tendo como referência as quatro frases acima, julgue
os itens seguintes.
Proposições Compostas: são as proposições que expres- a) A primeira frase é composta por duas proposições
sam mais de um pensamento. As proposições compostas lógicas simples unidas pelo conectivo de conjunção.
costumam ser chamadas de fórmulas proposicionais ou b) A segunda frase é uma proposição lógica simples.
apenas fórmulas. c) A terceira frase é uma proposição lógica com­posta.
d) A quarta frase é uma proposição lógica em que apa-
recem dois conectivos lógicos.
Exemplo:
José passou no concurso e Guarapari tem lindas praias.
Comentário:
O item a está errado, já que temos duas sentenças
Nas provas de concursos, quando uma questão perguntar imperativas (não são proposições) ligadas por um co-
a quantidade de proposições, estará implícito que se trata nectivo de conjunção. Logo, podemos afirmar que não
da quantidade de proposições simples (pensamentos é uma proposição.
completos). Já o item b está correto, pois temos apenas uma ideia
Uma proposição simples corresponde a um pensamento completa (proposição simples).
completo. Por sua vez, o item c está errado, visto que temos apenas
As proposições simples e compostas também são chama- uma ideia completa (proposição simples).
das, respectivamente, de átomos e moléculas. O item d também está incorreto, porque temos duas
proposições simples (pensamentos) conectadas pelo
conectivo condicional “Se... então...”.
QUESTÕES COMENTADAS 3. (Cespe/Sebrae/Analista) Com relação à lógica formal,
julgue os itens subsequentes.
1. (Cespe/Prodest/Técnico em Informática/adaptada)
a) A frase “Pedro e Paulo são analistas do SEBRAE” é
Considere a seguinte lista de frases e julgue o item. uma proposição simples.
I – Rio Branco é a capital do estado de Rondônia. b) A proposição “João viajou para Paris e Roberto viajou
II – Qual é o horário do filme? para Roma” é um exemplo de proposição formada
III – O Brasil é pentacampeão de futebol. por duas proposições simples relacionadas por um
IV – Que belas flores! conectivo de conjunção.
V – Marlene não é atriz e Djanira é pintora.
Comentário:
a) Nesta lista, há exatamente 4 proposições. O item a está correto, já que temos uma ideia completa
(proposição simples).
Comentário: O item b está correto, pois temos duas ideias completas
Temos, na questão, as proposições: conectadas (operadas) por um conectivo de conjunção “e”.
• Rio Branco é a capital do estado de Rondônia. (uma
proposição, um pensamento) 4. (Cespe) Uma proposição é uma afirmação que pode ser
• Qual é o horário do filme? (sentença) julgada como verdadeira – V – ou falsa – F –, mas não
• O Brasil é pentacampeão de futebol. (uma proposição, como ambas. Uma proposição é denominada simples
um pensamento) quando não contém nenhuma outra proposição como
• Que belas flores! (sentença) parte de si mesma, e é denominada composta quando
• Marlene não é atriz e Djanira é pintora. (duas propo- for formada pela combinação de duas ou mais propo-
sições, 2 pensamentos). O Cespe, ao afirmar sobre sições simples. De acordo com as informações contidas
a quantidade de proposições, refere-se à quantidade no texto, julgue os itens a seguir.
Raciocínio Lógico

de frases (de 1 a 5). Assim, temos uma proposição a) A frase “Você sabe que horas são?” é uma proposição.
composta. Nessa perspectiva, teremos um total de 2 b) A frase “Se o mercúrio é mais leve que a água, então
(duas) proposições simples e 1 (uma) composta. o planeta Terra é azul” não é considerada uma pro-
Logo, temos 3 proposições. O item está errado. posição composta.

Observação: Nessa questão caberia um raciocínio dife- Comentário:


rente, de acordo com o comentário realizado anterior- a) A frase “Você sabe que horas são?” é uma sentença
mente, uma vez que proposições são sentenças fechadas interrogativa. Assim, as sentenças interrogativas não são

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proposições, pois elas não podem ser valoradas. Logo, lógico V quando A e B forem ambas V e, nos demais
o item está incorreto. casos, será F, e é lida “A e B”. A expressão ¬A, “não A”,
b) As proposições compostas são aquelas que expressam tem valor lógico F se A for V, e valor lógico V se A for F.
mais de um pensamento completo. Nesse contexto, A expressão A V B, lida como “A ou B”, tem valor lógico
os  conectivos lógicos são utilizados para criar novas F se ambas as proposições A e B forem F; nos demais
proposições, ou até mesmo modificá-las. Tomando a casos, é V. A expressão AB tem valor lógico F se A for
seguinte sentença: “Se o mercúrio é mais leve que a V e B for F. Nos demais casos, será V, e tem, entre outras,
água, então o planeta Terra é azul”, temos duas ideias as seguintes leituras: “se A então B”, “A é condição su-
conectadas por um conectivo condicional “se... então...”. ficiente para B”, “B é condição necessária para A”. Uma
Logo, o item está incorreto. argumentação lógica correta consiste de uma sequência
de proposições em que algumas são premissas, isto é,
5. (Cespe) Uma proposição é uma sentença afirmativa ou são verdadeiras por hipótese, e as outras, as conclusões,
negativa que pode ser julgada como verdadeira (V) ou são obrigatoriamente verdadeiras por consequência das
falsa (F), mas não como ambas. Nesse sentido, considere premissas.
o seguinte diálogo: Considerando as informações acima, julgue o item a
(1) Você sabe dividir? – perguntou Ana. seguir.
(2) Claro que sei! – respondeu Mauro. Considere a seguinte lista de sentenças:
(3) Então, qual é o resto da divisão de onze milhares, I – Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério
onze centenas e onze por três? – perguntou Ana. das Relações Exteriores?
(4) O resto é dois. – respondeu Mauro, após fazer a conta. II – O Palácio do Itamaraty em Brasília é uma bela cons-
(5) Está errado! Você não sabe dividir. – respondeu Ana. trução do século XIX.
III – As quantidades de embaixadas e consulados gerais
A partir das informações e do diálogo acima, julgue os que o Itamaraty possui são, respectivamente, x e y.
itens que se seguem. IV – O barão do Rio Branco foi um diplomata no­tável.
a) A frase indicada por (3) não é uma proposição. Nessa situação, é correto afirmar que entre as sentenças
b) A sentença (5) é falsa. acima apenas uma delas não é uma proposição.
c) A frase (2) é uma proposição.
2. (Cespe/STJ – adaptada) A lógica formal representa as
Comentário: afirmações que os indivíduos fazem em linguagem do
Esta questão é interessante, uma vez que a banca intro- cotidiano para apresentar fatos e se comunicar. Uma
duz uma conversação para ser analisada. proposição é uma sentença que pode ser julgada como
Ana pergunta a Mauro se ele sabe dividir, o mesmo verdadeira (V) ou falsa (F) (embora não se exija que o
responde que sim, porém o número que Ana indica é julgador seja capaz de decidir qual é a alternativa válida).
o 12111 (11000 + 1100 + 11) que é divisível por 3, em Nas sentenças a seguir, apenas A e D são proposições.
que o resto é igual 0 (zero). A: 12 é menor que 6.
Mauro afirma que o resto é 2 (dois), uma resposta B: Para qual time você torce?
errada. C: x + 3 > 10.
Após considerarmos o diálogo, segundo o enunciado, D: Existe vida após a morte.
algumas frases podem ser valoradas da seguinte forma:
(1) Você sabe dividir? (sentença aberta – não possui 3. (Cespe/adaptada) Na comunicação, o elemento funda-
valoração) – perguntou Ana. mental é a sentença, ou proposição simples, constituída
(2) Claro que sei! (sentença fechada – proposição – pode esquematicamente por um sujeito e um predicado,
ser valorada de acordo com o diálogo) – respondeu sempre nas formas afirmativa ou negativa, excluindo‑se
Mauro. as interrogativas e exclamativas. Há expressões que não
(3) Então, qual é o resto da divisão de onze milhares, podem ser julgadas como V nem como F, por exemplo:
onze centenas e onze por três? (sentença aberta – não “x + 3 = 7”, “Ele foi um grande brasileiro”. Nesses casos,
possui valoração) – perguntou Ana. as expressões constituem sentenças abertas e “x” e “Ele”
(4) O resto é dois. (sentença fechada – proposição – são variá­veis. Uma forma de passar de uma sentença
pode ser valorada de acordo com o diálogo – respondeu aberta a uma proposição é pela quantificação da vari-
Mauro, após fazer a conta. ável. São dois os quantificadores: “qualquer que seja”,
(5) Está errado! Você não sabe dividir. (sentença fechada ou “para todo”, indicado por ∀ e “existe”, indicado por
(verdadeira) – proposição – pode ser valorada de acordo
$. Por exemplo, a proposição “(∀x)(x ∈ R) (x + 3 = 7)” é
com o diálogo – respondeu Ana.
valorada como F, enquanto a proposição “($x)(x ∈ R)(x
Julgando os itens, temos:
+ 3 = 7)” é valorada como V.
a) A frase indicada por (3) não é uma proposição. (certo)
Com base nessas informações, julgue o item seguinte.
b) A sentença (5) é falsa. (errado)
Considere as seguintes sentenças:
c) A frase (2) é uma proposição. (certo, possui valoração)
I – O Acre é um estado da Região Nordeste.
II – Você viu o cometa Halley?
QUESTÕES DE CONCURSOS III – Há vida no planeta Marte.
Raciocínio Lógico

IV – Se x < 2, então x + 3 > 1.


1. (Cespe/MRE) Proposições são sentenças que podem Nesse caso, entre essas 4 sentenças, apenas duas são
ser julgadas como verdadeiras – V – ou falsas – F – mas proposições.
não cabem a elas ambos os julgamentos. As proposições
simples são frequentemente simbolizadas por letras 4. Entende-se por proposição todo conjunto de palavras
maiúsculas do alfabeto, e as proposições compostas são ou símbolos que exprimem um pensamento de sentido
conexões de proposições simples. Uma expressão da completo, isto é, que afirmam fatos ou exprimam juízos
forma A ^ B é uma proposição composta que tem valor a respeito de determinados entes. Na lógica bivalente,

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esse juízo, que é conhecido como valor lógico da propo- qualquer que
sição, pode ser verdadeiro (V) ou falso (F), sendo objeto ∃ existe, algum ∀ seja, todo
de estudo desse ramo da lógica apenas as proposições
que atendam ao princípio da não contradição, em que existe um e menor ou igual
∃| ≤
uma proposição não pode ser simultaneamente verda- somente um que
deira e falsa; e ao princípio do terceiro excluído, em que
maior ou
os únicos valores lógicos possíveis para uma proposição ≥ ≡ congruente
são verdadeiro e falso. Com base nessas informações, igual que
julgue os itens a seguir. > maior que < menor que
a) Segundo os princípios da não contradição e do ter-
ceiro excluído, a uma proposição pode ser atribuído Conectivos Lógicos e suas Tabelas-Verdade
um e somente um valor lógico.
b) A frase “Que dia maravilhoso!” consiste em uma
proposição objeto de estudo da lógica bivalente. Nas provas de concursos é de suma importância co-
nhecer os significados dos símbolos, os conectivos lógicos
e suas linguagens, bem como os termos atuais que estão
GABARITO sendo utilizados. Nessa perspectiva, nos deteremos à
“linguagem da lógica formal”.
1. E 2. C 3. E 4. C, E
Os conectivos lógicos são elementos que operam as
Valor Lógico de uma Proposição proposições simples para formarem novas proposições,
as proposições compostas. São eles: “e”, “ou”, “se, então”,
Como já visto anteriormente, uma proposição é a ex- “se, e somente se” e “ou... ou...”.
pressão de um pensamento completo (sentença) que pode
ser valorado, ou seja, na lógica proposicional uma proposição Exemplos de proposições compostas:
pode ser interpretada da seguinte maneira, respeitando os • P: José é irmão de Maria e André é irmão de João.
princípios fundamentais: Verdadeira: V ou Falsa: F. • Q: André é dedicado nos estudos ou José pratica
esporte.
Representação Literal das Proposições • R: Se o professor Josimar Padilha é rigoroso, então
seus alunos gostam de lógica.
As proposições podem ser representadas por letras, • S: Josias era um homem admirado se, e somente se,
podendo ser maiúsculas ou minúsculas. gostava muito da sua família.

Exemplos: Apresentação dos Conectivos Lógicos e sua


p: O estado do Espírito Santo é produtor de Petróleo. Representação Matemática
q: O mundo precisa de Paz.
r: Renato é um aluno dedicado.
Conectivos
Símbolos Significados
Operadores
Simbolização
Conjunção ∧ e / mas
Na lógica proposicional não analisamos o conteú­do das Disjunção
∨ ou
proposições, mas, sim, a forma como estas se relacionam Inclusiva
com outras proposições. Por exemplo, as proposições ‘A Terra Disjunção
é quadrada’ ou ‘Todo cachorro é rosa’ podem ser valoradas Exclusiva ∨◊ ou... ou...
como verdadeiras mesmo que saibamos que em nosso co- Condicional → Se... então... / Quando
tidiano não são. Por isso são representadas por símbolos.
As proposições são indicadas com maior frequência pelas Bicondicional ↔ Se, e somente se
letras ‘p’, ‘q’, ‘r’ ou ‘s’ (maiúsculas ou minúsculas).
Operações com Proposições
Símbolos Utilizados na Lógica Matemática
Na linguagem da lógica formal, qual a importância dos
Símbolo Significado Símbolo Significado parênteses? Como utilizá-los?
~ não ∈ pertence
É obvia a necessidade de se usar parênteses na simboli-
∧ e ∉ não pertence zação das proposições. Eles devem ser colocados para evitar
qualquer tipo de ambiguidade.
∨ ou ∪ união A “ordem de precedência” para os conectivos é: 1  –
negação; 2 – conjunção e disjunção; 3 – condicional; 4 –
→ se... então... ∩ intersecção
Raciocínio Lógico

bicondicional.
↔ se e somente se ⊃ contém Portanto, o conectivo mais “fraco” é a negação e o mais
“forte” é o bicondicional.
| tal que ⊂ está contido O uso desse recurso faz-se presente na simbolização das
proposições, visto que evita qualquer tipo de ambiguidade.
⇒ implica = igual
Exemplos:
⇔ equivalente ≠ diferente
I – p → (r ∧ s).

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II – (p → r) ∧ s. QUESTÕES DE CONCURSOS
III – r → ((p ∧ s) → q).
IV – (r → p) ∧ (s → q). 1. (Cespe/TCU – adaptada) Considere que as letras P, Q
e R representam proposições e os símbolos ¬, ∧ e →
A proposição I é uma condicional, pois o conectivo são operadores lógicos que constroem novas proposi-
principal é o →. A proposição II é uma conjunção, porque ções e significam não, e e então, respectivamente. Na
o conectivo principal é o ∧. Então, I e II não têm o mesmo lógica proposicional que trata da expressão do raciocínio
significado, apesar de possuírem as mesmas proposições e por meio de proposições que são avaliadas (valoradas)
os mesmos conectivos na mesma ordem. O mesmo acontece como verdadeiras (V) ou falsas (F), mas nunca ambos,
com os exemplos III e IV. esses operadores estão definidos, para cada valoração
Há casos em que os parênteses podem ser retirados atribuída às letras proposicionais, na tabela abaixo.
para que se simplifiquem as proposições colocadas, caso
não apareça alguma ambiguidade.
P Q ¬P P /\ Q P→Q
Porém, para que se possa retirar os parênteses, é pre-
ciso seguir algumas convenções. Vejamos, a seguir, as mais V V F V V
importantes: V F F F
F V V F V
I – A “ordem de precedência” para os conectivos é: F F F V
~ depois de ∧ depois de ∨ depois de → depois de ↔.
Suponha que P represente a proposição Hoje choveu, Q
Assim, o elemento mais “fraco” é ~ e o mais “forte” é represente a proposição José foi à praia e R represente
o ↔. a proposição Maria foi ao comércio. Com base nessas
informações e no texto, julgue os itens seguintes.
Veja a proposição abaixo. a) A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao
comércio e José não foi à praia pode ser corretamen-
r∧p↔s→q te representada por ¬ P → (¬R ∧ ¬Q).
b) A sentença Hoje choveu e José não foi à praia pode
Essa proposição é bicondicional e jamais será uma con- ser corretamente representada por P ∧ ¬Q.
dicional ou uma conjunção. Para que pudesse se converter
numa condicional, seria necessário utilizar os parênteses. 2. (Cespe) Considere que P, Q, R e S representem proposi-
ções e que os símbolos ¬, ∧, ∨ e → sejam operadores
((r ∧ p) ↔ s) → q lógicos que constroem novas proposições e significam
“não”, “e”, “ou” e “então”, respectivamente. Na lógica
Por analogia, podemos ter uma conjunção. proposicional, cada proposição assume um único valor –
verdadeiro (V) ou falso (F). Considere, ainda, que P, Q, R
r ∧ (p ↔ (s → q) e S representem as sentenças listadas a seguir.
P: O homem precisa de limites.
Exemplos: Q: A justiça deve ser severa.
Suponha que p represente a proposição simples “estu- R: A repressão ao crime é importante.
dar faz bem”, q represente a proposição “Josias passou no S: A liberdade é fundamental.
concurso” e r represente a proposição “Pedro foi ao curso”.
Note que: Com base nessas informações, julgue os itens.
1. Representando a sentença estudar faz bem, então a) A sentença “A liberdade é fundamental, mas o
Josias passou no concurso e Pedro foi ao curso em homem precisa de limites” pode ser corretamente
linguagem simbolizada, temos: p → (q ∧ r). representada por P ∧ ~S.
2. Representando a disjunção estudar faz bem ou b) A sentença “A repressão ao crime é importante, se
Josias não passou no concurso, então Pedro não a justiça deve ser severa” pode ser corretamente
foi ao curso em linguagem simbolizada, temos: representada por R → Q.
p ∨ (¬q → ¬ r). c) A sentença “Se a justiça não deve ser severa nem a
3. Representando a sentença estudar faz bem se, liberdade fundamental, então a repressão ao crime
e  somente se, Josias passou no concurso ou Pedro não é importante” pode ser corretamente represen-
foi ao curso em linguagem simbolizada, temos: tada por (~Q) ∧ (~S) → ~R.
p ↔ (q ∨ r). d) A sentença “Ou o homem não precisa de limites e
a repressão ao crime não é importante, ou a justiça
Observe que, em I, não foi especificado qual era a deve ser severa” pode ser corretamente representa-
proposição composta. Por ordem de prioridade, o conec- da por ((~P) ∧ (~R)) ∨ Q.
tivo principal é o “então”; por isso os parênteses isolam a e) A sentença “Se a justiça deve ser severa, então o
conjunção existente. homem precisa de limites” pode ser corretamente
Raciocínio Lógico

O mesmo ocorre em III, já que também não foi espe- representada por Q → P.
cificada qual era a proposição composta. Por ordem de
prioridade, o conectivo principal é o “se, e somente se”; por 3. (Cespe) Uma proposição pode ter valoração verdadeira
isso os parênteses isolam a disjunção existente. (V) ou falsa (F). Os caracteres ¬, ∨ e ∧ que simbolizam
Nesses casos, o uso dos parênteses pode ser descartado. “não”, “ou” e “e”, respectivamente, são usados para
A proposição condicional estudar não faz bem e Josias passou formar novas proposições. Por exemplo, se P e Q são
no concurso, então Pedro foi ao curso, por exemplo, pode ser proposições, então P ∧ Q, P ∨ Q e ¬P também são pro-
corretamente representada por: ¬p ∧ q → r. posições. Considere as proposições seguir.

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A: As despesas foram previstas no orçamento. representam, respectivamente, “e”, “ou”, “negação” e o
B: Os gastos públicos aumentaram. “conector condicional”. Considere também a proposição
C: Os funcionários públicos são sujeitos ao Regime a seguir.
Jurídico Único. “Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus ou de metrô,
D: A lei é igual para todos. ele sempre leva um guarda‑chuva e também dinheiro
trocado”.
A partir dessas informações, julgue os itens subsequentes.
a) A proposição “Ou os gastos públicos aumentaram ou Assinale a opção que expressa corretamente a proposição
as despesas não foram previstas no orçamento” está acima em linguagem da lógica formal, assumindo que
corretamente simbolizada por (∨B) ∨ (¬A). P= “Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus”.
b) A ∧ (C ∨ (¬B)) simboliza corretamente a proposição Q= “Quando Paulo vai ao trabalho de metrô”.
“As despesas foram previstas no orçamento e, ou os R= “ele sempre leva um guarda‑chuva”.
funcionários públicos são sujeitos ao Regime Jurídico S= “ele sempre leva dinheiro trocado”.
Único ou os gastos públicos não aumentaram”.
c) A proposição “Não é verdade que os funcionários pú- a) P → (Q ∨ R) c) (P ∨ Q) → (R ∧ S)
blicos são sujeitos ao Regime Jurídico Único nem que b) (P→Q) ∨ R d) P ∨ (Q → (R ∧ S)).
os gastos públicos aumentaram” está corretamente
simbolizada pela forma (¬C) ∧ (¬B). 6. (Cespe/Banco do Brasil) Há duas proposições no seguinte
conjunto de sentenças:
4. (Cespe/PF – adaptada) Considere que as letras P, Q, R I – O BB foi criado em 1980.
e T representem proposições e que os símbolos ¬, ∧, II – Faça seu trabalho corretamente.
∨ e → sejam operadores lógicos que constroem novas III – Manuela tem mais de 40 anos de idade.
proposições e significam não, e, ou e então, respectiva-
mente. Na lógica proposicional, cada proposição assume 7. (Cespe/STF/Analista Judiciário) Considere as seguintes
um único valor (valor‑verdade), que pode ser verdadeiro proposições lógicas representadas pelas letras P, Q, R
(V) ou falso (F), mas nunca ambos. e S:
Com base nas informações apresentadas no texto acima, P: Nesse país o direito é respeitado.
julgue os itens a seguir. Q: O país é próspero.
Considere as sentenças a seguir. R: O cidadão se sente seguro.
I – Fumar deve ser proibido, mas muitos europeus fumam. S: Todos os trabalhadores têm emprego.
II – Fumar não deve ser proibido e fumar faz bem à
saúde. Considere também que os símbolos “V”, “^”, “ ” e
III – Se fumar não faz bem à saúde, deve ser proibido.
“¬” representem os conectivos lógicos “ou”, “e”, “se
IV – Se fumar não faz bem à saúde e não é verdade que
... então” e “não”, respectivamente. Com base nessas
muitos europeus fumam, então fumar deve ser proibido.
informações, julgue os itens seguintes.
V – Tanto é falso que fumar não faz bem à saúde como é
a) A proposição “Nesse país o direito é respeitado, mas o
falso que fumar deve ser proibido; consequentemente,
cidadão não se sente seguro” pode ser representada
muitos europeus fumam.
simbolicamente por P ^ (¬R).
b) A proposição “Se o país é próspero, então todos os
Considere também que P, Q, R e T representem as sen-
tenças listadas na tabela a seguir. trabalhadores têm emprego” pode ser representada
simbolicamente por QS.
c) A proposição “O país ser próspero e todos os tra-
P Fumar deve ser proibido. balhadores terem emprego é uma consequência
Q Fumar deve ser encorajado. de, nesse país, o direito ser respeitado” pode ser
R Fumar não faz bem à saúde. representada simbolicamente por (Q ^ R)P.
T Muitos europeus fumam.
8. (Cespe) Os conectivos e, ou, não e o condicional se ...
Com base nas informações acima e considerando a então são, simbolicamente, representados por ∧, ∨, ¬
notação introduzida no texto, julgue os itens seguintes. e →, respectivamente. As letras maiúsculas do alfabeto,
a) A sentença I pode ser corretamente representada como P, Q e R, representam proposições. As indicações
por P ∧ (¬T). V e F são usadas para valores lógicos verdadeiro e falso,
b) A sentença II pode ser corretamente representada respectivamente, das proposições. Com base nessas
por (¬ P) ∧ (¬ R). informações, julgue os item seguinte.
c) A sentença III pode ser corretamente representada a) A proposição “Tanto João não é norte‑americano
por R → P. como Lucas não é brasileiro, se Alberto é francês”
d) A sentença IV pode ser corretamente representada poderia ser representada por uma expressão do tipo
por (R ∧ (¬ T)) → P. P→ [(¬Q) ∧ (¬R)].
Raciocínio Lógico

e) A sentença V pode ser corretamente representada


por T → ((¬ R) ∧ (¬ P)). 9. (Cespe/Sesa-ES) Considerando que as proposições lógi-
cas simples sejam representadas por letras maiúsculas e
5. (Cespe/TSE) Na análise de um argumento, pode‑se utilizando os símbolos usuais para os conectivos lógicos
evitar considerações subjetivas, por meio da reescrita — ^ para a conjunção “e”; V para a disjunção “ou”; ¬
das proposições envolvidas na linguagem da lógica for- para a negação “não”; à para a implicação “se ..., então
mal. Considere que P, Q, R e S sejam proposições e que ...”; ↔ para a equivalência “se ..., e somente se ...” —,
“∧”, “∨”, “¬” e “→” sejam os conectores lógicos que julgue os próximos itens.

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1. A proposição “O jovem moderno é um solitário co- Número de Valorações Distintas
nectado com o mundo, pois ele vive em seu quarto
diante do computador e ele não se relaciona com O número de valorações distintas que podem ser obti-
as pessoas à sua volta” pode ser representada, das para proposições com n variáveis proposicionais é igual
simbolicamente, por P→(Q ^ R), em que P, Q e R são a 2n de linhas.
proposições simples adequadamente escolhidas.
2. A proposição “A assistência médica de qualidade e gra- Nº de valorações = 2n de linhas
tuita é um direito de todos assegurado na Constituição
da República” pode ser representada simbolicamente Exemplo:
por uma expressão da forma P^Q, em que P e Q são Qual o número de valorações distintas que podem ser
proposições simples escolhidas adequadamente. obtidas para proposições com exatamente duas variáveis
proposicionais?
GABARITO
Solução:
O número de proposições simples, variáveis proposi-
1. C, C 4. E, C, C, C, E 7. C, C, E
cionais, é igual a 2, ou seja, n = 2, então temos 22 = 4 linhas.
2. E, E, C, C, C 5. c 8. C
3. E, C, C 6. C 9. E, E
QUESTÕES COMENTADAS
Construção de uma Tabela-Verdade 1. (Cespe/TCU/Adaptada) Considere que as letras P, Q e
R representam proposições e os símbolos ¬ e → são
Se uma proposição composta é formada por n variáveis operadores lógicos que constroem novas proposições
proposicionais, a sua tabela-verdade possuirá 2n linhas. e significam “não” e “então”, respectivamente. A lógica
proposicional trata da expressão do raciocínio por meio
Nº de linhas = 2n Proposições de proposições que são avaliadas (valoradas) como
verdadeiras (V) ou falsas (F), mas nunca ambos.
Exemplo:
Quantas linhas possui a tabela-verdade da proposição Com base nessas informações e no texto, julgue o item
composta (P ∧ Q)? seguinte.
O número de valorações possíveis para (Q ∧ ¬R) ¬ P é
Solução: inferior a 9.
O número de proposições simples, variáveis proposi-
cionais, é igual a 2, ou seja, n = 2, então o Nº de linhas = 22 Comentário:
= 4 linhas.Veja: Como já visto, o número de tabelas de valorações distin-
tas (valorações possíveis) que podem ser obtidas para
P Q (P ∧ Q) proposições com n variáveis proposicionais é igual a 2n.
Logo, temos: 23 = 8. Assim, 8 é inferior a 9.
V V V
Resposta: o item está correto.
V F F
F V F 2. (Cespe/TRT 5ª Região) Se A, B, C e D forem proposi-
ções simples e distintas, então o número de linhas da
F F F
tabela-verdade da proposição (A → B) ↔ (C → D) será
Exemplo: superior a 15.
Quantas linhas possui a tabela-verdade da proposição
Comentário:
composta (P ∧ Q) ∨ R?
Como já visto, o número de tabelas de valorações distin-
tas (valorações possíveis) que podem ser obtidas para
Solução:
proposições com n variáveis proposicionais é igual a 2n.
O número de proposições simples, variáveis proposi-
Logo, temos: 24 = 16. Assim, 16 é superior 15.
cionais, é igual a 3, ou seja, n = 3, então o Nº de linhas = 23
Resposta: o item está correto.
= 8 linhas.Veja:
Conectivos ou Operadores Lógicos
P Q R (P ∧ Q) (P ∧ Q) ∨ R
V V V V V Operações com Proposições – Operadores Lógicos
V V F V V
Os conectivos lógicos são utilizados para criar novas
Raciocínio Lógico

V F V F V proposições ou até mesmo modificá-las.


V F F F F
Negação ou Modificador Lógico
F V V F V O “não” é chamado de modificador lógico, porque ao
F V F F F ser inserido em uma proposição muda seu valor lógico, ou
F F V F V seja, faz a negação da proposição. Quando representarmos a
negação de uma proposição, usaremos (~) ou (¬) antes da
F F F F F letra que representa a proposição.

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Proposição p Proposição ¬p Tribunal e mora em Brasília. As possibilidades de que José
trabalhe exclusivamente no Tribunal e de que José more
Reginaldo não é trabalhador.
exclusivamente em Brasília ou que não trabalhe no Tribunal
Reginaldo é Não é verdade que e more em Brasília representa um conjunto vazio. A tabela
trabalhador Reginaldo é trabalhador. e o diagrama abaixo representam essa situação.
É falso que Reginaldo é trabalhador.

Se uma proposição p é verdadeira, então a sua negação, Tabela-Verdade


a proposição ¬p, é falsa. Veja: I E I∧E I E
V V V
Se a proposição... Tem valor lógico...
V F F
A bola é pesada. Verdadeiro
então a proposição... Tem valor lógico... F V F
A bola não é pesada. Falso F F F

Se uma proposição ¬p é verdadeira, então a sua negação, Concluindo, o operador “e” tem o sentido de “ambos”,
proposição p, é falsa.Veja: “simultaneidade”, “ao mesmo tempo”.
O operador “e” em operações de conjuntos dá a ideia
Se a proposição... Tem valor lógico... de “intersecção” e uma ideia de “multiplicação”.
Não quero. Verdadeiro
então a proposição... Tem valor lógico...
QUESTÕES COMENTADAS
Quero. Falso 1. (Funiversa/Polícia Civil-DF) Os valores lógicos – verda-
deiro e falso – podem constituir uma álgebra própria,
Não quero, verdadeiro. Quero, falso. Podemos repre-
conhecida como álgebra booleana. As operações com
sentar as tabelas anteriores apenas por:
esses valores podem ser representadas em tabelas-
-verdade, como exemplificado abaixo:
p ~ p ou ¬ p
V F A B AeB
F V falso falso falso
falso verdadeiro falso
verdadeiro falso falso
verdadeiro verdadeiro verdadeiro

As operações podem ter diversos níveis de complexidade


e também diversas tabelas-verdade.

Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa


correta.
Conjunção I – Se os valores lógicos de A, B e C na expressão (A e B e
Denomina-se conjunção a proposição composta for- C) são, respectivamente, falso, falso e verdadeiro, então
mada por duas proposições quaisquer que estejam ligadas o valor lógico dessa expressão é falso.
(operadas) pelo conectivo “e”. II – Se os valores lógicos de A, B e C na expressão (A ou
B ou C) são, respectivamente, falso, verdadeiro e falso,
Exemplos: então o valor lógico dessa expressão é verdadeiro.
• T: José trabalha no Tribunal. (1º Conjuntivo) III – Se os valores lógicos de A, B e C na expressão [A e (B
• U: José mora em Brasília. (2º Conjuntivo) ou C)] são, respectivamente, falso, verdadeiro e verda-
deiro, então o valor lógico dessa expressão é verdadeiro.
A palavra “e” é breve e cômoda, mas tem outros usos, IV – Se os valores lógicos de A, B e C na expressão
além de interligar enunciados (proposições simples). Por [A ou (B e C)] são, respectivamente, verdadeiro, falso e
exemplo, o enunciado “Lincoln e Grant eram contempo- falso, então o valor lógico dessa expressão é falso.
râneos” não é uma conjunção, mas um simples enunciado
que expressa uma relação. “Para ter um símbolo único a) Todas as afirmativas estão erradas.
com a função específica de interligar conjuntivamente os b) Há apenas uma afirmativa certa.
enunciados, introduzimos o símbolo ∧ como símbolo da c) Há apenas duas afirmativas certas.
conjunção”. Assim, a conjunção, previamente mencionada, d) Há apenas três afirmativas certas.
Raciocínio Lógico

pode ser escrita como T ∧ U: José trabalha no Tribunal e José e) Todas as afirmativas estão certas.
mora em Brasília.
A noção de conjunto fornece uma interpretação concre- Comentário:
ta para algumas ideias de natureza lógica que são fundamen- Para resolver esta questão, faz-se necessário tão somen-
tais para a Matemática e o desenvolvimento do raciocínio. te a aplicação da tabela-verdade.
Quando declaramos que “José trabalha no tribunal” e
“José mora em Brasília”, devemos, de acordo com os Axiomas O item I – A ∧ B ∧ C ⇒ F ∧ F ∧ V = F (certo o item)
da Lógica, aceitar como verdadeiro que José trabalha no O item II – A ∨ B ∨ C ⇒ F ∨ V ∨ F = V (certo o item)

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A disjunção P ou Q pode ser escrita como: Gosto de
O item III – [ A ∧ (B ∨ C)] ⇒ [ F ∧ (V ∨ V)] = F (errado
o item) Lógica ou passo no concurso público.
A noção de conjunto fornece uma interpretação
O item IV – [ A ou (B e C)] ⇒ [ V ∨ (F ∧ F)] = V (errado concreta para algumas ideias de natureza lógica que são
o item)
fundamentais para a Matemática e o desenvolvimento do
Resposta: c raciocínio. Quando declaramos “Gosto de Lógica ou Passo no
concurso público”, devemos, de acordo com os Axiomas da
2. (Cespe) Lógica, aceitar como verdadeiro que “Gosto exclusivamente
de lógica, passo exclusivamente no concurso” ou pode ainda
gostar de lógica e passar no concurso público. A possibilidade
de não gostar de lógica e nem passar no concurso público
representa um conjunto vazio. A tabela e o diagrama abaixo
mostram esse raciocínio.

Tabela-Verdade
P Q P∨Q
V V V
V F V
F V V
F F F

O operador “ou” tem o sentido de “um ou outro,


possivelmente ambos”.
O operador “ou” em operações de conjuntos dá ideia
de União e de Soma.
Uma proposição é uma frase afirmativa que pode ser
julgada como verdadeira ou falsa. Um argumento é Disjunção Exclusiva
considerado válido se, sendo sua hipótese verdadeira, Denomina-se disjunção exclusiva a proposição composta
a sua conclusão também é verdadeira. formada por duas proposições simples que estejam ligadas
Considerando essas informações e a figura, em que estão (operadas) pelo conectivo “ou... ou...”.
colocadas algumas figuras geométricas conhecidas  –
quadrados, triângulos e pentágonos (5 lados) – dispostas Exemplos:
em uma grade, julgue o item seguinte. • R: Josimar gosta de matemática. (1º Disjuntivo)
a) A afirmativa “Existe um pentágono grande e todos os • S: Josimar gosta de esporte. (2º Disjuntivo)
triângulos são pequenos” é uma proposição falsa.
A disjunção ou R ou S pode ser escrita como: Ou Josimar
Comentário
Analisando a grade temos: gosta de matemática ou Josimar gosta de esporte.
Quando declaramos que “Ou Josimar gosta de mate-
Existe um pentágono e todos os triângulos mática ou Josimar gosta de esporte” devemos, de acordo
grande são pequenos. com os Axiomas da Lógica, aceitar como verdadeiro que
  “Josimar gosta exclusivamente de matemática ou Josimar

V/F(?) ∧ F =F gosta exclusivamente de esporte”. A possibilidade de Josimar
gostar de matemática e Josimar gostar de esporte representa
A primeira proposição, “Existe um pentágono grande”, um conjunto vazio. A tabela e o diagrama abaixo mostram
poderá ser verdadeira ou falsa, pois segundo a grade esse raciocínio.
temos apenas um tamanho de pentágono, o que não
nos permite afirmar com certeza que ele é pequeno ou
grande (uma sentença aberta – não valorada – não há Tabela-Verdade
referencial). A segunda proposição, “todos os triângulos R S R∨S
são pequenos”, é falsa, pois segundo a grade temos
V V F
triângulos grandes. Logo, por meio da conjunção temos
um resultado falso, pois se uma proposição é falsa, V F V
o resultado já é falso. O item está correto por afirmar F V V
que a proposição é falsa.
F F F
Raciocínio Lógico

Disjunção
A disjunção inclusiva é a proposição composta formada O operador “ou... ou...” tem o sentido de “um ou
por duas proposições simples que estejam ligadas (operadas)
outro, e não ambos”.
pelo conectivo “ou”.
O operador “ou... ou...” em operações de conjuntos
Exemplos: dá ideia de união e soma dos exclusivos.
• P: Gosto de Lógica. (1º Disjuntivo) Quando se utiliza o “ou” no sentido exclusivo, é comum
• Q: Passo no concurso público. (2º Disjuntivo) adicionar no final a expressão: “mas não os dois”.

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QUESTÕES COMENTADAS P1: ou José é o mais velho ou Adriano é o mais moço.
 V.
1. (Esaf) Homero não é honesto ou Júlio é justo. Homero
é honesto ou Júlio é justo ou Beto é bondoso. Beto é P2: ou Adriano é o mais velho ou Caio é o mais velho.
bondoso ou Júlio não é justo. Beto não é bondoso ou  V.
Homero é honesto. Logo,
a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo. Para que os resultados das premissas (P1 e P2) sejam
b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é verdadeiros, temos que valorar as proposições simples
justo. de acordo com a tabela-verdade da disjunção exclusiva.
c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo. Então, teremos:
d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio F V
não é justo. P1: ou José é o mais velho ou Adriano é o mais moço.
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo. V
F V
Comentário: P2: ou Adriano é o mais velho ou Caio é o mais velho.
Partindo da dica de que todas as proposições (premis-
V
sas) são verdadeiras, iremos valorá-las com “V”. Ao
aplicarmos a tabela-verdade do conectivo utilizado na
proposição, iremos valorando as proposições simples “Conclusão: O mais velho é Caio e o mais moço é
que compõem as premissas P1, P2, P3 e P4. Adriano.”  V.

P1: Homero não é honesto ou Júlio é justo.  V


QUESTÕES DE CONCURSOS
P2: Homero é honesto ou Júlio é justo ou Beto é bon-
doso.  V 1. (Esaf) Maria tem três carros: um gol, um corsa e um fiesta.
Um dos carros é branco, o outro é preto e o outro é azul.
P3: Beto é bondoso ou Júlio não é justo.  V Sabe‑se que: 1) ou o gol é branco, ou o fiesta é branco; 2)
ou o gol é preto, ou o corsa é azul; 3) ou o fiesta é azul, ou
P4: Beto não é bondoso ou Homero é honesto.  V o corsa é azul; 4) ou o corsa é preto, ou o fiesta é preto.
Portanto, as cores do gol, do corsa e do fiesta são, res-
Para que os resultados das premissas (P1, P2, P3 e P4) pectivamente,
sejam verdadeiros, temos que valorar as proposições a) branco, preto, azul.
simples de acordo com a tabela-verdade da disjunção. b) preto, azul, branco.
Então, teremos: c) azul, branco, preto.
d) preto, branco, azul.
F V e) branco, azul, preto.
P1: Homero não é honesto ou Júlio é justo.  V
2. (MPU) Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um deles
V V V é médico, outro é professor e o outro é músico. Sabe‑se
P2: Homero é honesto ou Júlio é justo ou Beto é bon- que: 1) ou Ricardo é médico, ou Renato é médico; 2) ou
doso.  V Ricardo é professor, ou Rogério é músico; 3) ou Renato
é músico, ou Rogério é músico; 4) ou Rogério é profes-
V F sor, ou Renato é professor. Portanto, as profissões de
P3: Beto é bondoso ou Júlio não é justo.  V Ricardo, Rogério e Renato são, respectivamente,
a) professor, médico, músico.
F V b) médico, professor, músico.
P4: Beto não é bondoso ou Homero é honesto.  V c) professor, músico, médico.
d) músico, médico, professor.
“Conclusão: Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio e) médico, músico, professor.
é justo.”  V.
3. (Esaf/Aneel) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo
2. (Esaf) De três irmãos – José, Adriano e Caio, sabe-se ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,
que ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. a) estudo e fumo.
Sabe-se também que, ou Adriano é o mais velho ou Caio b) não fumo e surfo.
é o mais velho. Então, o mais velho e o mais moço dos
c) não velejo e não fumo.
três irmãos são, respectivamente:
d) estudo e não fumo.
a) Caio e José.
e) fumo e surfo.
b) Caio e Adriano.
c) Adriano e Caio.
d) Adriano e José. 4. (Cespe) Os símbolos que conectam duas proposições
Raciocínio Lógico

e) José e Adriano. são denominados conectivos. Considere a proposição


definida simbolicamente por A ◊ B, que é F quando A e B
Comentário: são ambos V ou ambos F, caso contrário é V. O conectivo
Partindo da dica de que todas as proposições (premis- ◊ é denominado “ou exclusivo” porque é V se, e somente
sas) são verdadeiras, iremos valorá-las com “V”. Ao se, A e B possuírem valorações distintas. Com base nessas
aplicarmos a tabela-verdade do conectivo utilizado na informações, julgue o item que se segue.
proposição, iremos valorando as proposições simples a) A proposição “João nasceu durante o dia ou João
que compõem as premissas P1 e P2. nasceu durante a noite” não tem valor lógico V.

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5. (CGU) Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar. Sou
amiga de Nara ou não sou amiga de Abel. Sou amiga de
Clara ou não sou amiga de Oscar. Ora, não sou amiga de
Clara. Assim,
a) não sou amiga de Nara e sou amiga de Abel.
b) não sou amiga de Clara e não sou amiga de Nara.
c) sou amiga de Nara e amiga de Abel.
d) sou amiga de Oscar e amiga de Nara.
e) sou amiga de Oscar e não sou amiga de Clara. X = Condicional suficiente
Y = Condicional necessária
GABARITO
Exemplos:
1. e 2. e 3. e 4. E 5. c • Se o dia estiver claro, então José vai ao comércio.
• P: O dia estiver claro.
• Q: José vai ao comércio.
Condicional
Tem-se:
Denomina-se condicional a proposição composta for-
mada por duas proposições que estejam ligadas (operadas) O dia estar claro é condição suficiente
pelos conectivos “Se..., então...” / “Quando”. para José ir ao comércio.
OU
Exemplos: José ir ao comércio é condição necessária
para o dia estar claro.
• A: Elisa é estudiosa.
• B: Elisa é bem-sucedida.
O Operador “Se... então...” dá a ideia de inclusão de dois
conjuntos, em que p → q ⇒ p ⊂ q.
A condicional “Se A, então B”/ “Quando A, B” pode ser
Uma observação muito importante para o conectivo
escrita como: A → B: Se Elisa é estudiosa, então Elisa é condicional é que ele não pode comutar. A tabela-verdade
bem-sucedida. mostra isso claramente nas linhas 2 e 3, em que os resultados
Ao escrevermos “Se Elisa é estudiosa, então Elisa é são diferentes.
bem-sucedida” devemos, de acordo com os axiomas da
Lógica, acordar que: Elisa ser estudiosa, obrigatoriamente
Elisa é bem-sucedida; se Elisa não é bem-sucedida, então A B A →B
ela não é estudiosa. V V V
A implicação lógica denotada por A → B pode ser inter- V F F
pretada como uma inclusão entre conjuntos, ou seja, como A F V V
⊂ B, em que A é o conjunto cujos objetos cumprem a condi- F F V
ção a, e b é o conjunto cujos objetos cumprem a condição b.
Uma outra demonstração se dá por meio dos diagramas,
nos quais temos: p → q.
A B A →B
V V V
V F F ≠
F V V
F F V
“Na lógica a interrogação é sempre esta: a conclusão
Em uma proposição condicional não existe a possibilida- que se chegou deriva das premissas usadas ou pressupos-
de de termos a primeira verdadeira e a segunda falsa; então, tas? Se as premissas fornecem bases ou boas provas para
se sabemos que a primeira é verdadeira, a segunda, por de- a conclusão, se a afirmação da verdade das (premissas)
dução, deverá ser considerada verdadeira; e se sabemos que garante a afirmação da verdade da conclusão, então o
a segunda é falsa, a primeira deverá ser considerada falsa. raciocínio é correto”.
Note também que, se sabemos que a primeira é falsa, Assim, partindo do princípio de que as proposições (pre-
não temos como deduzir o valor lógico da segunda, e, se missas) são verdadeiras, teremos uma conclusão verdadeira.
sabemos que a segunda é verdadeira, não temos como Na questão a seguir teremos a aplicação do conectivo
deduzir o valor lógico da primeira. Veja: condicional, que é um dos mais complexos e cobrados em
Raciocínio Lógico

concursos públicos.

QUESTÕES COMENTADAS
Antecedente Consequente
1. (Esaf) Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se
Em uma proposição condicional temos as seguintes o jardim é florido, então o passarinho não canta. Ora,
condições: o passarinho canta. Logo:

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a) O jardim é florido e o gato mia. informações e a figura acima, em que estão colocadas
b) O jardim é florido e o gato não mia. algumas figuras geométricas conhecidas – quadrados,
c) O jardim não é florido e o gato mia. triângulos e pentágonos (5 lados) – dispostas em uma
d) O jardim não é florido e o gato não mia. grade, julgue o item seguinte.
e) Se o passarinho canta, então o gato não mia. a) A proposição “Se A é um triângulo pequeno, então
A está atrás de C” é verdadeira.
Comentário:
Partindo do princípio de que todas as premissas são Comentário:
verdadeiras, temos: A proposição composta “A é um triângulo pequeno
→ A está atrás de C” será valorada pela grade acima
V V (V) apresentada. Então:
P1: O jardim não é florido → O gato mia.
(verdade) (falsa)
F F (V) A é um triângulo pequeno → A está atrás de C ⇒ V
P2: O jardim é florido → o passarinho não canta. → F = F (falso)
P3: O passarinho canta. (V) Item errado.
Partindo da premissa p3 como (V), temos as seguintes
valorações para as demais proposições simples, de QUESTÕES DE CONCURSOS
acordo com a tabela-verdade da condicional:
a) O jardim é florido e o gato mia. 1. (Esaf) Se Beto briga com Glória, então Glória vai ao
F∧V=F cinema. Se Glória vai ao cinema, então Carla fica em
casa. Se Carla fica em casa, então Raul briga com Carla.
b) O jardim é florido e o gato não mia. Ora, Raul não briga com Carla, logo:
F∧F=F a) Carla não fica em casa e Beto não briga com Glória.
b) Carla fica em casa e Glória vai ao cinema.
c) O jardim não é florido e o gato mia. c) Carla não fica em casa e Glória vai ao cinema.
V∧V=V d) Glória vai ao cinema e Beto briga com Glória.
e) Glória não vai ao cinema e Beto briga com Glória.
d) O jardim não é florido e o gato não mia.
V∧F=F 2. (Esaf) Se não durmo, bebo. Se estiver furioso, durmo.
Se dormir, não estou furioso. Se não estou furioso, não
e) Se o passarinho canta, então o gato não mia. bebo. Logo:
V→F=F a) não durmo, estou furioso e não bebo.
b) durmo, estou furioso e não bebo.
Logo, a sentença c é verdadeira. c) não durmo, estou furioso e bebo.
d) durmo, não estou furioso e não bebo.
Observação: Perceba que analisamos cada uma das e) não durmo, não estou furioso e bebo.
opções para encontrar o item verdadeiro.
3. (Esaf) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro,
2. (Cespe) a governanta e o mordomo. Sabe‑se que o crime foi
efetivamente cometido por um ou por mais de um deles,
já que podem ter agido individualmente ou não. Sabe‑se,
ainda, que:
I. Se o cozinheiro é inocente, então a governanta é cul-
pada.
II. Ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada,
mas não os dois.
III. O mordomo não é inocente.

Logo:
a) a governanta e o mordomo são os culpados.
b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados.
c) somente a governanta é culpada.
d) somente o cozinheiro é inocente.
e) somente o mordomo é culpado.
Raciocínio Lógico

4. (Esaf) José quer ir ao cinema assistir ao filme “Fogo con-


tra fogo”, mas não tem certeza se o mesmo está sendo
exibido. Seus amigos, Maria, Luís, e Júlio, têm opiniões
discordantes sobre se o filme está em cartaz ou não. Se
Uma proposição é uma frase afirmativa que pode ser Maria estiver certa, então Júlio está enganado. Se Júlio
julgada como verdadeira ou falsa. Um argumento é con- estiver enganado, então Luís está enganado. Se Luís
siderado válido se, sendo sua hipótese verdadeira, a sua estiver enganado, então o filme não está sendo exibido.
conclusão também é verdadeira. Considerando essas Ora, ou o filme “Fogo contra fogo” está sendo exibido,

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ou José não irá ao cinema. Verificou‑se que Maria está ção R é falsa, então a proposição (P /\ R) → (¬ Q) é
certa. Logo: verdadeira.
a) o filme “Fogo contra fogo” está sendo exibido.
b) Luís e Júlio não estão enganados. 10. (Cespe) Considere que P, Q e R sejam proposições lógicas
c) Júlio está enganado, mas não Luís.
e que os símbolos “∨”, “∧”, “→” e “¬” representem, res-
d) Luís está enganado, mas não Júlio.
pectivamente, os conectivos “ou”, “e”, “implica” e “nega-
e) José não irá ao cinema.
ção”. As proposições são julgadas como verdadeiras (V)
ou como falsas (F). Com base nessas informações, julgue
5. (AFC) Ou lógica é fácil, ou Arthur não gosta de Lógica.
Por outro lado, se Geografia não é difícil, então Lógica é o item seguinte relacionado à lógica proposicional.
difícil. Daí segue‑se que se Arthur gosta de Lógica, então: A última coluna da tabela-verdade abaixo corresponde
a) se Geografia é difícil, então Lógica é difícil. à proposição (P∧R) → Q.
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil. P Q R P∧R
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil.
V V V V
d) Lógica é difícil e Geografia é difícil.
e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil. V V F V
V F V F
6. (Esaf) Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à África, ou
Rui vai a Roma. Se Ana vai à África, então Luís compra V F F V
um livro. Se Luís compra um livro, então Rui vai a Roma. F V V F
Ora Rui não vaia Roma, logo: F V F V
a) Celso compra um carro e Ana não vai à África.
b) Celso não compra um carro e Luís não compra o livro. F F V F
c) Ana não vai à África e Luís compra um livro. F F F V
d) Ana vai à África ou Luís compra um livro.
e) Ana vai à África e Rui não vai a Roma. GABARITO
7. (Esaf) Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul mentiram.
Se Raul mentiu, Lauro falou a verdade. Se Lauro falou 1. a 4. e 7. b 10. E
a verdade, há um leão feroz nesta sala. Ora, não há um 2. d 5. b 8. e
leão feroz nesta sala. Logo: 3. b 6. a 9. E, E, C
a) Nestor e Júlia disseram a verdade.
b) Nestor e Lauro mentiram. Bicondicional
c) Raul e Lauro mentiram.
d) Raul mentiu ou Lauro disse a verdade. Denomina-se bicondicional a proposição composta
e) Raul e Júlia mentiram. formada por duas proposições que estejam ligadas pelo
conectivo “se, e somente se”.
8. (Esaf) Se Carlos é mais velho do que Pedro, então Maria
e Júlia têm a mesma idade. Se Maria e Júlia têm a mesma Exemplos:
idade, então João é mais moço do que Pedro. Se João é • A: Gosto de lógica.
mais moço do que Pedro, então Carlos é mais velho do • B: Gosto de matemática.
que Maria. Ora, Carlos não é mais velho do que Maria.
Então: A proposição bicondicional “A se, e somente se, B” pode
a) Carlos não é mais velho do que Júlia, e João é mais ser escrita como: A ↔ B: Gosto de lógica se, e somente se,
moço do que Pedro. gosto de matemática.
Uma proposição bicondicional, de acordo com os
b) Carlos é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia têm
axiomas da Lógica, deve aceitar como verdadeiro que, se é
a mesma idade.
verdade que gosto de lógica, obrigatoriamente, é verdade
c) Carlos e João são mais moços do que Pedro.
que gosto de matemática. Se é verdade que gosto de ma-
d) Carlos é mais velho do que Pedro e João é mais moço temática, obrigatoriamente, é verdade que gosto de lógica.
do que Pedro. Se é falso que gosto de lógica, obrigatoriamente, é falso que
e) Carlos não é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia gosto de matemática, e, se é falso que gosto de matemática,
não têm a mesma idade. obrigatoriamente, é falso que gosto de lógica. Qualquer outra
possibilidade representa um conjunto vazio. A tabela e o
9. Considere que as letras P, Q, R e T representem proposi- diagrama a seguir representam essa situação.
ções e que os símbolos ¬, /\, v e → sejam operadores
lógicos que constroem novas proposições e significam
não, e, ou e então, respectivamente. Na lógica pro-
posicional, cada proposição assume um único valor A=B
Raciocínio Lógico

(valor‑verdade), que pode ser verdadeiro (V) ou falso


(F), mas nunca ambos. Com base nas informações apre-
sentadas no texto acima, julgue os itens a seguir. Conclusão:
a) Se as proposições P e Q são ambas verdadeiras, então Na proposição bicondicional, se a primeira das duas pro-
a proposição (¬P) V (¬Q) também é verdadeira. posições simples que a compõem for verdadeira, a segunda
b) Se a proposição T é verdadeira e a proposição R é será verdadeira; se a primeira for falsa, a segunda será falsa;
falsa, então a proposição R → (¬ T) é falsa. se a segunda for falsa, a primeira será falsa; se a segunda for
c) Se as proposições P e Q são verdadeiras e a proposi- verdadeira, a primeira será verdadeira. Veja:

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Tabela-Verdade (V) (V)
P2: Helena não ir à Holanda. → Carlos ir ao Canadá. (V)
A B A↔B
V V V V V (F) (V)
V F F P3: Carlos não ir ao Canadá. → Alexandre não ir à Ale-
F F manha. (V)
F V F
F F V
(F) (F)
Quando temos: P4: Helena ir à Holanda. → Alexandre ir à Alemanha. (V)
P → Q ⇒ P⊂Q Logo, partindo do princípio de que todas as premissas
 (proposições) são verdadeiras e utilizando as tabelas-

e  Logo, P = Q ⇒ P↔Q -verdade, valoramos as proposições simples.
Q → P ⇒ Q ⊂ P  Analisando os itens propostos pela questão, para se
chegar a uma conclusão verdadeira, temos:
Uma aplicação desse conceito foi comentada na prova a) Helena não vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá,
do TRF 1ª Região em 2006. Alexandre não vai à Alemanha.
V ∧ F ∧ V = F (errado)
Se todos nossos atos têm causas, então não há atos b) Helena vai à Holanda, Carlos vai ao Canadá, Alexandre
livres. não vai à Alemanha.
Se não há atos livres, então todos nossos atos têm F ∧ V ∧ V = F (errado)
causas.
c) Helena não vai à Holanda, Carlos vai ao Canadá, Ale-
Tomando como proposições: xandre não vai à Alemanha.
P: Todos nossos atos têm causas. V ∧ V ∧ V = V (certo)
Q: Não há atos livres.
d) Helena vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá,
Alexandre vai à Alemanha.
P→Q
F ∧ F ∧ F = F (errado)
Q→P
P ↔ Q “Todos nossos atos tem causas ‘se e somente e) Helena vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá, Ale-
se’ não há atos livres”. xandre não vai à Alemanha.
P↔Q F ∧ F ∧ F = F (errado)
P é condição necessária e suficiente para Q.
Logo, temos como item correto a letra c.
Ressalta-se que em muitas questões de concursos pú-
blicos os conectivos lógicos condicional e bicondicional são 2. (Esaf/Técnico) Sabe-se que Beto beber é condição ne-
expressos não em uma linguagem formal (seu significado), cessária para Carmem cantar e condição suficiente para
mas por meio de condições impostas às proposições simples Denise dançar. Sabe-se, também, que Denise dançar é
que compõem uma sentença composta. condição necessária e suficiente para Ana chorar. Assim,
quando Carmem canta,
QUESTÕES COMENTADAS a) Denise não dança ou Ana não chora.
b) nem Beto bebe nem Denise dança.
1. (Esaf/EPPGG-MP’) Carlos não ir ao Canadá é condição c) Beto bebe e Ana chora.
necessária para Alexandre ir à Alemanha. Helena não ir à d) Beto não bebe ou Ana não chora.
Holanda é condição suficiente para Carlos ir ao Canadá. e) Denise dança e Beto não bebe.
Alexandre não ir à Alemanha é condição necessária para
Comentário:
Carlos não ir ao Canadá. Helena ir à Holanda é condição
Primeiramente, vamos identificar os conectivos e
suficiente para Alexandre ir à Alemanha. Portanto:
construir a estrutura para chegarmos a uma conclusão
a) Helena não vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá,
verdadeira.
Alexandre não vai à Alemanha. (V) (V)
b) Helena vai à Holanda, Carlos vai ao Canadá, Alexandre
P1: Carmem cantar → Beto beber (V)
não vai à Alemanha.
c) Helena não vai à Holanda, Carlos vai ao Canadá, Ale- (V) (V)
xandre não vai à Alemanha. P2: Beto beber → Denise dançar (V)
d) Helena vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá,
Alexandre vai à Alemanha. (V) (V)
e) Helena vai à Holanda, Carlos não vai ao Canadá, Ale- P3: Denise dançar ↔ Ana chorar (V)
xandre não vai à Alemanha.
Raciocínio Lógico

(V)
Comentário: P4: Carmem cantar (V)
Primeiramente, identificaremos os conectivos e cons-
truiremos a estrutura para chegarmos a uma conclusão Logo, partindo do princípio de que todas as premissas
verdadeira. (proposições) são verdadeiras e utilizando as tabelas-
(F) (F) -verdade, valoramos as proposições simples.
P1: Alexandre ir à Alemanha. → Carlos não ir ao Cana- Analisando os itens propostos pela questão, para se
dá. (V) chegar a uma conclusão verdadeira, temos:

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(F) ∨ (F) = (F) Exemplo:
a) Denise não dança ou Ana não chora.
A ~A B A→B ~A ∨ B (A → B) ↔ (~A ∨ B)
(F) ∧ (F) =F
V F V V V V
b) Nem Beto nem Denise dançam.
V F F F F V
(V) ∧ (V) =V F V V V V V
c) Beto bebe e Ana chora. F V F V V V

(F) ∧ (F) =F A proposição (A → B) ↔ (~A ∨ B) é uma tauto­logia.


d) Beto não bebe e Ana não chora.
EXERCÍCIO PROPOSTO
(V) ∧ (F) =F
e) Denise dança e Beto não bebe. 1. Chama-se tautologia a toda proposição que é sempre
verdadeira, independentemente da verdade dos termos
Portanto, o item correto é a letra c. que a compõem. Verifique se a proposição composta (p
/\ ~p)→(p v q) é uma tautologia.

QUESTÕES DE CONCURSOS p ~p q p /\ ~ p pvq (p /\ ~p) → (p v q)


1. (Esaf) Sabe-se que João estar feliz é condição necessária V F V
para Maria sorrir e condição suficiente para Daniela V F F
abraçar Paulo. Sabe-se, também, que Daniela abraçar F V V
Paulo é condição necessária e suficiente para Sandra F V F
abraçar Sérgio.
Assim, quando Sandra não abraça Sérgio:
a) João está feliz, e Maria não sorri, e Daniela abraça GABARITO
Paulo.
b) João não está feliz, e Maria sorri, e Daniela não abraça p ~p q p /\ ~ p pvq (p /\ ~p) → (p v q)
Paulo. V F V F V V
c) João está feliz, e Maria sorri, e Daniela não abraça
V F F F V V
Paulo.
d) João não está feliz, e Maria não sorri e Daniela não F V V F V V
abraça Paulo. F V F F F V
e) João não está feliz, e Maria sorri, e Daniela abraça
Paulo.
QUESTÕES DE CONCURSOS
2. (Esaf) O Rei ir à caça é condição necessária para o Duque
sair do castelo, e é condição suficiente para a Duquesa ir 1. (Esaf) Um exemplo de tautologia é:
ao jardim. Por outro lado, o Conde encontrar a Princesa a) Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
é condição necessária e suficiente para o Barão sorrir b) Se João é alto, então João é alto e Guilherme é gordo.
e é condição necessária para a Duquesa ir ao jardim. O c) Se João é alto ou Guilherme é gordo, então Guilherme
barão não sorriu, logo: é gordo.
a) a Duquesa foi ao jardim ou o Conde encontrou a d) Se João é alto ou Guilherme é gordo, então João é
Princesa. alto e Guilherme é gordo.
b) se o Duque não saiu do castelo, então o Conde en- e) Se João é alto ou não é alto, então Guilherme é gordo.
controu a Princesa.
c) o Rei não foi à caça e o Conde não encontrou a Prin- 2. (Cespe/STF/Analista Judiciário) Julgue o item seguinte
cesa. relacionado à lógica proposicional.
d) o Rei foi à caça e a Duquesa não foi ao jardim. a) Uma tautologia é uma proposição lógica composta
e) o Duque saiu do castelo e o rei não foi à caça. que será verdadeira sempre que os valores lógicos
das proposições simples que a compõem forem ver-
GABARITO dadeiros.

1. d 2. c 3. (Cespe/Senado) tautologia. S. f.
1. Vício de linguagem que consiste em dizer, por formas
diversas, sempre a mesma coisa: “A gramática usual
Tautologia é uma série de círculos viciosos, uma tautologia
infinita.” (João Ribeiro, Cartas Devolvidas, p. 45).
Raciocínio Lógico

Uma proposição composta formada por duas ou mais 2. Filos. Proposição que tem por sujeito e predicado um
proposições é uma tautologia se ela for sempre verdadeira, mesmo conceito, expresso ou não pelo mesmo termo.
independente da verdade de seus termos. 3. Filos. Erro lógico que consiste em aparentemente de-
Quando uma proposição composta é sempre ver­dadeira, monstrar uma tese repetindo-a com palavras diferentes.
então temos uma tautologia. Ex.: P(p,q) = (p ∧ q) ⇔ ~(p ∨ q). Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio
Numa tautologia, o valor lógico da proposição composta de Janeiro: Nova Fronteira.
P(p,q,s) = {(p ∧ q) ∨ (p ∧ s) ∨ [p ∧ ~(q ∧ s)]} → p será sempre 4. Na linguagem da lógica proposicional, denomina-se
verdadeiro. tautologia a toda fórmula α (nessa linguagem) para a

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qual toda valoração verdadeira ou falsa dada a seus A ~A A ↔ ~A
símbolos proposicionais resulta que α é verdadeira. V F F
F V F
Considerando as acepções listadas acima, julgue, em
cada item a seguir, se a proposição apresentada é uma Exemplo:
tautologia de acordo com a acepção que a precede. A proposição A ↔ ~A é uma contradição.
a) Acepção 2: O sal é salgado.
b) Acepção 2: Todo indivíduo gordo ingere mais alimen- QUESTÕES DE CONCURSOS
tos do que necessita.
c) Acepção 3: Para provar que 0 < 1, suponha que 1 > 0; 1. (Cespe) Considere a proposição: Se meu cliente fosse
como isso é claramente verdade, conclui-se que 0 < 1. culpado, então a arma do crime estaria no carro. Sim-
d) Acepção 4: Se 7% dos candidatos inscritos no concur- bolizando por P o trecho meu cliente fosse culpado e
so público do Senado Federal concorrem a vagas para simbolizando por Q o trecho a arma estaria no carro,
o cargo de Consultor de Orçamentos e 93% concor- obtém-se uma proposição implicativa, ou simplesmente
rem para Consultor Legislativo, então a maioria dos uma implicação, que é lida: Se P então Q, e simbolizada
candidatos no concurso público do Senado Federal por P → Q. Uma tautologia é uma proposição que é
concorre para o cargo de Consultor Legislativo. sempre V (verdadeira). Uma proposição que tenha a
e) Acepção 4: A gramática usual é uma série de círculos forma P → Q é V sempre que P for F (falsa) e sempre
viciosos, uma tautologia infinita. que P e Q forem V. Com base nessas informações e na
simbolização sugerida, julgue os itens.
4. (Cespe/Sebrae) Os conectivos e, ou, não e o condicional a) A proposição Se meu cliente fosse culpado, então a
se... então são, simbolicamente, representados por arma do crime estaria no carro. Portanto, se a arma
^, v, ¬ e , respectivamente. As letras maiúsculas do do crime não estava no carro, então meu cliente não
alfabeto, como P, Q e R, representam proposições. As é culpado é uma tautologia.
indicações V e F são usadas para valores lógicos verda- b) A proposição Se meu cliente fosse culpado, então a
deiro e falso, respectivamente, das proposições. Com arma do crime estaria no carro. Portanto, ou meu
base nessas informações, julgue o item seguinte. cliente não é culpado ou a arma do crime estaria no
a) A proposição [(P→Q) ∧ (Q→R)] → (P→R) é uma carro não é uma tautologia.
tautologia.
GABARITO
5. (Cespe/TRT 5ª Região) Se A e B são proposições, então
a proposição A v B ↔ (¬A) ^ (¬B) é uma tautologia. 1. C, C

6. (Cespe/Sesa-ES) Considerando que as proposições lógi-


cas simples sejam representadas por letras maiúsculas e
Contingência
utilizando os símbolos usuais para os conectivos lógicos
Uma proposição composta será uma contingência
— ^ para a conjunção “e”; V para a disjunção “ou”; ¬
sempre que não for uma tautologia nem uma contradição.
para a negação “não”; à para a implicação “se ..., então
Somente isso: você pegará a proposição composta e cons-
...”; ↔ para a equivalência “se ..., e somente se ...” —, truirá a sua tabela-verdade. Se, ao final, você verificar que
julgue os próximos itens. aquela proposição nem é uma tautologia (só resultados V),
1. A expressão {(P→Q)^[(¬P) → (¬R)]} → (R→Q), em que nem é uma contradição (só resultados F), então, pela via de
P, Q e R são proposições simples, é uma tautologia. exceção, será uma contingência!
2. A proposição “O trânsito nas grandes cidades está As contingências são também denominadas proposições
cada vez mais caótico; isso é consequência de nossa contingentes ou proposições indeterminadas.
economia ter como importante fator a produção de
automóveis” pode ser representada, simbolicamente, P Q R (P ∧ Q) (P ∧ Q) ∨ R
por uma expressão da forma P→Q, em que P e Q são
V V V V V
proposições simples escolhidas adequadamente.
V V F V V
3. Se P, Q, R e S são proposições simples, então a pro-
posição expressa por {[(P→Q) ↔ (R^S)]^(R^S)} → V F V F V
(P→Q) é uma tautologia. V F F F F
F V V F V
GABARITO F V F F F
F F V F V
1. a 3. C, E, C, C, E 5. E F F F F F
Raciocínio Lógico

2. E 4. C 6. C, C, C
Equivalências Lógicas
Contradição Duas proposições são equivalentes quando são forma-
das pelas mesmas proposições simples e os resultados das
Uma proposição composta formada por duas ou mais tabelas-verdade são idênticos.
proposições é uma contradição ou contraválida se ela for
sempre falsa, independente da verdade de seus termos. A⇔B

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Leis Associativas Exemplo:

(A ∧ B) ∧ C ⇔ A ∧ (B ∧C) Proposições Proposições Equivalentes


Exemplo: Não é verdade que o Prof.
A: José é um aluno dedicado. O Prof. Josimar Padilha é
Josimar Padilha não é
brasiliense.
B: José é um aluno esforçado. brasiliense.
C: José gosta de futebol.
Equivalência da Condicional
(A ∧ B) ∧ C A ∧ (B ∧ C)
(A → B ⇔ ~A ∨ B) / (A → B ⇔ ~B → ~A)
José é um aluno dedicado e José é um aluno dedicado e
esforçado, e gosta de jogar esforçado e gosta de jogar I) A → B ⇔ ~A ∨ B
futebol. futebol.
Demonstração: A → B ⇔ ~A ∨ B
(A ∨ B) ∨ C ⇔ A ∨ (B ∨ C)
A B ~A A→B ~A ∨ B
Exemplo:
V V F V V
A: Josimar é um professor esforçado.
V F F F F
B: José é um aluno dedicado.
F V V V V
C: Josias gosta de estudar.
F F V V V
(A ∨ B) ∨ C A ∨ (B ∨ C) As duas últimas colunas apresentam os mesmos valores
Josimar é um professor Josimar é um professor esforça- lógicos em todas as linhas, logo as proposições A → B e ~A ∨
esforçado ou José é um do ou José é um aluno dedicado B são proposições logicamente equivalentes, isto é:
aluno dedicado, ou Josias ou Josias gosta de estudar.
gosta de estudar. A → B ⇔ ~A ∨ B

Leis Distributivas II) A → B ⇔ ~B → ~A (Teorema Contrarrecíproco ou


Contrapositiva)
A ∧ (B ∨ C) ⇔ (A ∧ B) ∨ (A ∧ C)
Demonstração: A → B ⇔ ~B → ~A
Exemplo:
A: Josimar gosta de Lógica. A B ~A ~B A→B ~B → ~A
B: Josimar gosta de Português. V V F F V V
C: Josimar gosta de Matemática. V F F V F F
F V V F V V
A ∧ (B ∨ C) (A ∧ B) ∨ (A ∧ C) F F V V V V
Josimar gosta de Lógica e Josimar gosta de Lógica e
Josimar gosta de Português Português ou Josimar gosta As duas últimas colunas apresentam os mesmos valores
ou Matemática. de Lógica e Matemática. lógicos em todas as linhas, logo são proposições logicamente
equivalentes, isto é:
A ∨ (B ∧ C) ⇔ (A ∨ B) ∧ (A ∨ C)
A → B ⇔ ~B → ~A
Exemplo:
Essa relação é chamada de Teorema Contrarrecíproco.
A: Josimar gosta de Lógica.
B: Josimar gosta de Português. Exemplos:
C: Josimar gosta de Matemática. Dizer que:

A ∨ (B ∧ C) (A ∨ B) ∧ (A ∨ C) Se Beraldo briga com Beatriz, então Beatriz briga com


Josimar gosta de Lógica ou Josimar gosta de Lógica ou Bia.
Josimar gosta de Português Português e Josimar gosta de É logicamente equivalente a dizer que:
e Matemática. Lógica ou Matemática. Se Beatriz não briga com Bia, então Beraldo não briga
com Beatriz.
Lei da Dupla Negação Uma relação existente entre as equivalências condi-
cionais é dada pela inferência da intersecção das sentenças
Raciocínio Lógico

~(~A) ⇔ A A → B ⇔ ~A ∨ B e A → B ⇔ ~B → ~A, em que podemos


concluir: A ∨ B ⇔ ~A → B ou A ∨ B ⇔ ~B → A.
Demonstração: ~(~A) ⇔ A
Observe a tabela abaixo:
A ~A ~(~A)
V F V A B ~A ~B A∨B ~A → B ~B → A
F V F V V F F V V V

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V F F V V V V Demonstração: ~(A ∧ B) ⇔ (~A) ∨ (~B)
F V V F V V V
F F V V F F F A B A∧B ~(A ∧ B) ~A ~B (~A) ∨ (~B)
V V V F F F F
As três últimas colunas apresentam os mesmos valores V F F V F V V
lógicos em todas as linhas, logo as proposições A ∨ B, ~A → F V F V V F V
B e ~B → A são proposições logicamente equivalentes, isto é:
F F F V V V V
A ∨ B ⇔ ~A → B
A ∨ B ⇔ ~B → A As duas últimas colunas apresentam os mesmos valores
~A → B ⇔ ~B → A lógicos em todas as linhas, logo as proposições ~(A ∧ B) e
(~A) ∨ (~B) são proposições logicamente equivalentes, isto é:
Exemplos:
~(A ∧ B) ⇔ ~ A ∨ ~ B
Proposição Proposição Equivalente
Se Enny tomar remédio, ela Enny não toma remédio ou II) ~(A ∨ B) ⇔ (~A) ∧ (~B)
vai ficar boa. fica boa.
Se Clara não anda, então Demonstração: ~(A ∨ B) ⇔ (~A) ∧ (~B)
Clara anda ou corre.
Clara corre.
A B A∨B ~(A ∨ B) ~A ~B (~A) ∧ (~B)
Equivalência da Bicondicional V V V F F F F
[(A → B) ∧ (B → A)] ↔ [A ↔ B] V F V F F V F
F V V F V F F
Demonstração: F F F V V V V

A B A→B B→A (A → B) ∧ (B → A) A↔B As duas últimas colunas apresentam os mesmos valores


lógicos em todas as linhas, logo as proposições ~(A ∨ B) e
V V V V V V
(~A) ∧ (~ B) são proposições logicamente equivalentes, isto é:
V F F V F F
F V V F F F ~(A ∨ B) ⇔ ~A ∧ ~B
F F V V V V
Equivalência Comutativa
As duas últimas colunas apresentam os mesmos valores
lógicos em todas as linhas, logo as proposições [(A → B) ∧ (B Os conectivos conjuntivo, disjuntivo, disjuntivo exclusivo
→ A)] e [A ↔ B] são logicamente equivalentes. e bicondicional possuem a propriedade comutativa, isto é,
ao trocarmos a ordem das proposições simples, os resultados
Lei de Augustus de Morgan das tabelas-verdade permanecem idênticos.
Com relação ao conectivo condicional não ocorre o
~(A ∧ B) ⇔ (~A) ∨ (~B) / ~(A ∨ B) ⇔ (~A) ∧ (~B) mesmo, uma vez que os resultados de suas tabelas-verdade
não serão os mesmos, ou seja, o conectivo condicional não
I) ~(A ∧ B) ⇔ (~A) ∨ (~B) possui a propriedade comutativa.

Nas últimas provas de concursos públicos, as equivalên- A proposição ¬(P ∧ Q) é equivalente à proposição (¬P)
cias lógicas estão aparecendo com maior frequên­cia. As leis ∨ (¬Q).
são cobradas, mas torna-se interessante identificar quando
duas proposições são equivalentes. Assim, é preciso construir Comentário:
as tabelas-verdade para uma análise concreta. Na proposição composta ¬(P ∧ Q) “não é verdade que P
e Q”, ao aplicar a Lei de De Morgan, temos: (¬P) ∨ (¬Q).
QUESTÕES COMENTADAS As suas tabelas verdades são idênticas.
Raciocínio Lógico

Resposta: o item está correto.


1. (Cespe/Sebrae/Analista) Os conectivos e, ou, não e o con-
dicional se... então são, simbolicamente, representados 2. (Cespe/BB) As afirmações que podem ser julgadas
por ∧, ∨, ¬ e →, respectivamente. As letras maiúsculas como verdadeiras (V) ou falsas (F), mas não ambas, são
do alfabeto, como P, Q e R, representam proposições. chamadas proposições. As proposições são usualmente
As indicações V e F são usadas para valores lógicos ver- simbolizadas por letras maiúsculas: A, B, C etc. A expres-
dadeiro e falso, respectivamente, das proposições. Com são A→B, lida, entre outras formas, como “se A então B”,
base nessas informações, julgue o item seguinte. é uma proposição que tem valoração F quando A é V e

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B é F, e tem valoração V nos demais casos. Uma expres- 4. (Esaf/Técnico) Uma sentença logicamente equivalente
são da forma ¬A, lida como “não A”, é uma proposição a “Se Ana é bela, então Carina é feia” é:
que tem valoração V quando A é F, e tem valoração F a) Se Ana não é bela, então Carina não é feia.
quando A é V. A expressão da forma A ∧ B, lida como b) Ana é bela ou Carina não é feia.
“A e B”, é uma proposição que tem valoração V apenas c) Se Carina é feia, Ana é bela.
quando A e B são V, nos demais casos tem valoração d) Ana é bela ou Carina é feia.
F. Uma expressão da forma A ∨ B, lida como “A ou B”, e) Se Carina não é feia, então Ana não é bela.
é uma proposição que tem valoração F apenas quando
A e B são F; nos demais casos, é V. Com base nessas Comentário
definições, julgue o item que segue. Dada a proposição, temos:
a) Uma expressão da forma ¬ (A ∧ ¬B) é uma propo-
sição que tem exatamente as mesmas valorações V Ana é bela → Carina é feia
ou F da proposição A→B.
Segundo a lei condicional, temos duas equivalências:
Comentário: I – Se Carina não é feia, então Ana não é bela.
Se uma questão afirmar ou perguntar sobre proposições II – Ana não é bela ou Carina é feia.
que possuem as mesmas valorações, está implícito que
se trata de uma equivalência lógica, o que no caso po- Resposta: e
demos ganhar tempo aplicando uma das leis.
Na proposição composta ¬ (A ∧ ¬B) “não é verdade
que A e não B”, ao aplicar a Lei de De Morgan, temos: EXERCÍCIO PROPOSTO
(¬A) ∨ (B); logo, pela Lei Condicional: [A → B ⇔ (¬A) ∨
(B)]. As suas tabelas verdades são idênticas. 1. Demonstrar, através de tabelas-verdade, as seguintes
equivalências:
Resposta: o item está correto. P ∨ ( P ∧ Q) ⇔P
3. (Esaf/Técnico) Se Elaine não ensaia, Elisa não estuda. Logo, P → ( P ∧ Q) ⇔ P → Q
a) Elaine ensaiar é condição necessária para Elisa não
estudar. Q ↔ ( P ∨ Q) ⇔ P → Q
b) Elaine ensaiar é condição suficiente para Elisa estudar. P ↔ ( P ∧ Q) ⇔ P → Q
c) Elaine não ensaiar é condição necessária para Elisa
não estudar. (P → Q ) ∧ ( P → R ) ⇔ P → (Q ∧ R )
d) Elaine não ensaiar é condição suficiente para Elisa
estudar. (P → Q ) ∨ ( P → R ) ⇔ P → (Q ∨ R )
e) Elaine ensaiar é condição necessária para Elisa estudar.
P∨ Q ⇔ ( P ∨ Q) ∧ [¬( P ∧ Q)]
Comentário:
Dada a proposição, temos:
QUESTÕES DE CONCURSOS
Elaine não ensaia → Elisa não estuda.
1. (Cespe) Julgue os itens.
O antecedente (Elaine não ensaia) é condição suficiente
para o consequente (Elisa não estuda). a) As tabelas de valorações das proposições P ∨ Q e
O consequente (Elisa não estuda) é condição necessária Q → ¬P são iguais.
para o antecedente (Elaine não ensaia).
Segundo os itens da questão, não temos nenhum que b) As proposições (P ∨ Q ) → S e (P → S ) ∨ (Q → S )
esteja de acordo com o comentário acima. possuem tabelas de valorações iguais.
O que fazer? c) Do ponto de vista lógico, dizer que “Rafael foi ao
Percebemos que as respostas propostas pela Esaf não cinema ou Renata não foi ao parque” é o mesmo que
satisfazem a proposição: Se Elaine não ensaia, Elisa dizer que “Se Rafael foi ao cinema, então Renata foi
não estuda. Sendo assim, podemos concluir que não foi ao parque”.
utilizada essa proposição, mas outra. Assim, lançaremos e) Do ponto de vista lógico, dizer que “Rafael foi ao
mão dos nossos conhecimentos quanto a equivalências cinema ou Renata não foi ao parque” é o mesmo que
lógicas, pois utilizaremos uma proposição logicamente dizer que “Se Renata foi ao parque, então Rafael foi
equivalente a dada pelo enunciado da questão. ao cinema”.
Como sabemos, segundo a lei condicional, temos duas f) As proposições “Quem tem dinheiro, não compra
equivalências. Para a resolução da questão, utilizaremos fiado” e “Quem não tem, compra” são logicamente
a contrapositiva, uma vez que possui condições, o que equivalentes.
é exigido pela questão.
g) A tabela de interpretação de (P → ¬Q ) → ¬P é
Aplicando a lei condicional:
Raciocínio Lógico

Elaine não ensaia → Elisa não estuda. ⇔ Elisa estuda igual à tabela de interpretação de P → Q .
→ Elaine ensaia
Agora sim, temos que: 2. (FGV) Suponha que “Se X = 1, então Y > 7”. Assinale a
I – Elisa estudar é condição suficiente para Elaine ensaiar. conclusão correta.
II – Elaine ensaiar é condição necessária para Elisa Se X ≠ 1 , então Y < 7.
estudar.
Se X ≠ 1 , então Y ≤ 7 .
Resposta: e Se Y > 7, então X = 1.

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Se Y ≤ 7 , então X ≠ 1 . ¬A ∨ ¬B
Se Y = 7, então X = 1. ¬( A ∨ B)

3. (MPOG) Dizer que “Ana não é alegre ou Beatriz é feliz” 10. (Anpad) Considere a sentença “Se é carnaval, os sambistas
é, do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que: dançam nas ruas”. A contrapositiva dessa sentença é:
a) Se Ana não é alegre, então Beatriz é feliz. a) Se os sambistas não dançam nas ruas, não é carnaval.
b) Se Beatriz é feliz, então Ana é alegre. b) Se os sambistas dançam nas ruas, não é carnaval.
c) Se Ana é alegre, então Beatriz é feliz. c) Se não é carnaval, os sambistas não dançam nas ruas.
d) Se Ana é alegre, então Beatriz não é feliz. d) Se os sambistas dançam nas ruas, é carnaval.
e) Se Ana não é alegre, então Beatriz não é feliz. e) Se é carnaval, os sambistas não dançam nas ruas.

4. (Gestor) Dizer que “André é artista ou Bernardo não é GABARITO


engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
a) André é artista se e somente se Bernardo não é en-
1. E, E, E, C, E, C 6. e
genheiro. 2. d 7. a
b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro. 3. c 8. c
c) Se André não é artista, então Bernardo é enge­nheiro. 4. d 9. b
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista. 5. a 10. a
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro.

5. (AFT) Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulis- Negação das Proposições Compostas
ta” é, do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
a) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista. Em duas proposições, uma é negação da outra quando
b) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro. são formadas pelas mesmas proposições simples e os resul-
c) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista. tados das tabelas-verdade são contrários.
d) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
e) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista. A B A∧B A∨B A→B A↔B
AFIRMAÇÃO

V V V V V V
6. (Esaf) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro
é economista, então Luísa é solteira” é: V F F V F F
a) Pedro é economista ou Luísa é solteira. F V F V V F
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira. F F F F V V
c) Se Luísa é solteira, Pedro é economista.
d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira. ¬A ¬B ¬A ∨ ¬B ¬A ∧ ¬B A ∧ ¬B (A ∧ ¬B) ∨ (B ∧ ¬A)
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.
F F F F F F
NEGAÇÃO

7. (TRT) Um economista deu a seguinte declaração em uma F V V F V V


entrevista: V F V F F V
“Se os juros bancários são altos, então a inflação é V V V V F F
baixa”. Uma proposição logicamente equivalente à do
economista é: De acordo com as tabelas-verdade, temos o seguinte:
a) Se a inflação não é baixa, então os juros bancários
não são altos.
Negação da Conjunção
b) Se a inflação é alta, então os juros bancários são altos.
c) Se os juros bancários não são altos, então a inflação Afirmação Negação
não é baixa. P∧Q ¬P ∨ ¬Q
d) Os juros bancários são baixos e a inflação é baixa. Ex.: O réu é culpado e a teste- Ex.: O réu não é culpado ou a
e) Ou os juros bancários, ou a inflação é baixa. munha mente. testemunha não mente.
Negação da Disjunção
8. (UMSP) Duas grandezas, x e y, são tais que “Se x = 3, Afirmação Negação
então y = 7”. Pode-se concluir que: ¬P ∧ ¬Q
Se x ≠ 3, então y ≠ 7. P∨Q
Ex.: Bárbara não come e não
Ex.: Bárbara come ou dorme.
Se y = 7, então x = 3. dorme.
Se y ≠ 7, então x ≠ 3. Negação da Condicional
Se x = 5, então y = 5. Afirmação Negação
Nenhuma das conclusões acima é válida.
P→Q P ∧ ¬Q
Ex.: Se molhar, então vai des- Ex.: Vai molhar e não vai des-
Raciocínio Lógico

9. (ANA) Sabendo-se que o símbolo ¬ denota negação manchar. manchar.


e que o símbolo ∨ denota o conectivo lógico ou, a
Negação da Bicondicional
proposição A → B, que é lida “Se A, então B”, pode
Afirmação Negação
ser reescrita como:
A ∨ B (P ∧ ¬Q) ∨ (Q ∧ ¬P)
P↔Q
Ex.: Eu te dou um carro e não
¬A ∨ B Ex.: Eu te darei um carro se, e
somente se, eu ficar rico.
fico rico ou eu fico rico e não
A ∨ ¬B te dou um carro.

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6. (AFT) A negação da afirmação condicional “Se estiver
Negação de uma Sentença chovendo, eu levo o guarda-chuva” é:
Afirmação Negação a) Se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva.
b) Se não está chovendo e eu levo o guarda-chuva.
X>A X≤A c) Não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
d) Se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva.
X<A X≥A e) Está chovendo e eu não levo o guarda-chuva.
X=A X≠A 7. (Aneel) A negação da afirmação condicional “Se Ana
viajar, Paulo vai viajar” é:
QUESTÃO COMENTADA a) Ana não está viajando e Paulo vai viajar.
b) Se Ana não viajar, Paulo vai viajar.
1. (Cespe/Sebrae/Analista) Com relação à lógica formal, c) Ana está viajando e Paulo não vai viajar.
julgue o item subsequente. d) Ana não está viajando e Paulo não vai viajar.
A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a proposição e) Se Ana estiver viajando, Paulo não vai viajar.
“2 + 5 = 7”.
8. (Gefaz) A afirmação “Não é verdade que se Pedro está
em Roma, então Paulo está em Paris” é logicamente
Comentário:
equivalente a afirmação:
A negação da sentença “2 + 5 = 9” é “2 + 5 ≠ 9”, portanto a) É verdade que “Pedro está em Roma e Paulo não está
o item está errado. em Paris”.
b) Não é verdade que “Pedro está em Roma ou Paulo
QUESTÕES DE CONCURSOS está não está em Paris”.
c) Não é verdade que “Pedro não está em Roma ou
1. Dê a negação para cada uma das proposições abaixo. Paulo não está em Paris”.
a) O dia está quente e seco. d) É verdade que “Pedro não está em Roma ou Paulo
b) Ela trabalhou muito ou teve sorte na vida. está em Paris”.
c) Maria não é ruiva ou Regina é loira
d) Se o tempo está chuvoso, então está em dezembro. 9. (Anpad) Considere a seguinte sentença: “Não é verdade
e) Faz sol se, e somente se, a família foi à praia. que se os impostos baixarem, então haverá mais oferta
de emprego”. Pode-se concluir que:
2. A negação de “O gato mia e o rato chia” é: a) Haverá mais oferta de emprego se os impostos bai-
a) O gato não mia e o rato não chia. xarem.
b) O gato mia ou o rato chia. b) Se os impostos baixarem, não haverá mais oferta de
c) O gato não mia ou o rato não chia. emprego.
d) O gato e o rato não miam nem chiam. c) Os impostos baixam e não haverá mais oferta de
emprego.
e) O gato chia e o rato mia.
d) Os impostos baixam e haverá mais oferta de emprego.
e) Se os impostos não baixarem, não haverá mais oferta
3. A negação de “Hoje é segunda-feira e amanhã não de emprego.
choverá” é:
a) Hoje não é segunda-feira e amanhã choverá. 10. A negação de “x ≥ -2” é:
b) Hoje não é segunda-feira ou amanhã choverá. a) x ≥ 2. d) x < 2.
c) Hoje não é segunda-feira, então amanhã choverá. b) x ≤ -2. e) x ≤ 2.
d) Hoje não é segunda-feira nem amanhã choverá. c) x < -2.
e) Hoje é segunda-feira ou amanhã não choverá.

4. (Anpad) A negação da proposição “A seleção brasileira


GABARITO
classificou-se para a copa do mundo, mas não jogou
bem” é: 1. a) O dia não está quente ou não está seco.
a) A seleção brasileira não se classificou para a copa do b) Ela não trabalhou muito e não teve sorte na vida.
mundo e não jogou bem. c) Maria é ruiva e Regina não é loira.
b) A seleção brasileira classificou-se para a copa do d) O tempo está chuvoso e não está em dezembro.
mundo ou não jogou bem. e) Faz sol e a família não foi à praia ou a família foi à
c) A seleção brasileira não se classificou para a copa do praia e não faz sol.
mundo, mas jogou bem.
d) A seleção brasileira não se classificou para a copa do 2. c 5. c 8. a
mundo ou jogou bem. 3. b 6. e 9. c
e) A seleção brasileira classificou-se para a copa do 4. d 7. c 10. c
mundo e não jogou bem.
Raciocínio Lógico

5. (M. AGR) A negação da afirmativa “Me caso ou compro QUANTIFICADORES LÓGICOS


sorvete” é:
a) Me caso e não compro sorvete. Gottlob Frege construiu uma maneira de reordenar
b) Não me caso ou não compro sorvete. várias sentenças para tornar sua forma lógica clara, com
c) Não me caso e não compro sorvete. a intenção de mostrar como as sentenças se relacionam
d) Não me caso ou compro sorvete. em certos aspectos. Antes de Frege, a lógica formal não
e) Se me casar, então não compro sorvete. obteve sucesso além do nível da lógica de sentenças: ela

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podia representar a estrutura de sentenças compostas de O conjunto interseção é formado pelos elementos que
outras sentenças, usando os conectivos lógicos: “e”, “ou” e pertencem aos conjuntos A e B simultaneamente.
“não”, mas não podia quebrar sentenças em partes meno- (A ∩ B) = {x / x ∈ A e x ∈ B}
res. O trabalho de Frege foi um dos que deu início à lógica
formal contemporânea. Sendo assim, percebemos a grande
incidência de questões de concursos públicos voltadas para
essa linguagem e raciocínio.
No estudo das operações com conjuntos e das soluções
de problemas envolvendo conjuntos, os diagramas ajudam
a visualizar e contribuem para a compreensão de vários
assuntos em Lógica.
Um tipo especial de proposição são as proposições ca-
tegóricas. Podemos identificá-las facilmente porque são pre-
cedidas pelos quantificadores lógicos: “Todo (∀)”, “Nenhum
(¬∃)”, “Algum (∃)”. Na lógica clássica (também chamada de Simbologicamente:
lógica aristotélica) o estudo da dedução era desenvolvido ∃ x (A(x) ∧ B(x)) ⇔ ∃ x (B(x) ∧ A(x))
usando-se as proposições categóricas.
Universal Negativo: Nenhum “A” é “B”
Exemplos:
“Todos os homens são mortais” se torna “Para todo x, Conjuntos Disjuntos
se x é homem, então x é mortal.”, o que pode ser escrito O termo “nenhum” pode ser substituído pela palavra
simbolicamente como: ∀x(H(x) → M(x)). “não existe” nas provas de concursos públicos:
“Alguns homens são vegetarianos” se torna “Existe algum
(ao menos um) x tal que x é homem e x é vegetariano”, o que A e B são disjuntos se A ∩ B = Ø.
pode ser escrito simbolicamente como: ∃x(H(x) → V(x)). Conjunto vazio
As proposições categóricas podem ser universais ou
particulares, cada uma delas subdividindo-se em afirmativa
ou negativa. Temos, portanto, quatro proposições categóricas
possíveis.
As quatro proposições categóricas possíveis, em suas
formas típicas, são dadas no quadro seguinte:

Proposições
Proposições Negativas
Afirmativas
Proposições (A) Todo “A” é (E) Nenhum “A” é “B”.
Universais “B”. Todo “A” não é “B”.
Proposições (I) Algum “A” (O) Algum “A” não é
Particulares é “B”. “B”.
Entre parênteses estão as vogais que representam a quantificação.

Podemos observar, no quadro anterior, que cada uma


das proposições categóricas, na forma típica, começa por
Simbologicamente:
“Todo” ou “Nenhum” (chamados de quantificadores univer-
sais) ou por “Algum” (chamado de quantificador particular). ¬∃x (A(x) ∧ B(x)) ⇔ ¬∃x (B(x) ∧ A(x))

Particular Afirmativo: Algum “A” é “B” Particular Negativo: Algum “A” não é “B”
Alguns termos que podem substituir a palavra “algum”
Alguns termos que podem substituir a palavra “algum”
nas provas de concursos públicos:
nas provas de concursos públicos:
– Ao menos um – Pelo menos um
– Ao menos um – Pelo menos um – Existe – Alguém
– Existe – Alguém
Interseção (A ∩ B) = {u} CBA = A - B = {x / x ∈ A e x ∉ B}
Conjunto unitário
Complementar
Raciocínio Lógico

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“para todo x, P(x)”, em que x é um elemento qualquer de
um conjunto U, e P(x) é uma propriedade a respeito dos
elementos de U, então é preciso explicitar U e P para que
seja possível fazer o julgamento como V ou como F.

A partir das definições mencionadas, julgue os itens a


seguir.
a) Considere-se que U seja o conjunto dos funcionários
do INSS, P(x) seja a propriedade “x é funcionário do
INSS” e Q(x) seja a propriedade “x tem mais de 35
anos de idade”. Desse modo, é correto afirmar que
Simbologicamente: duas das formas apresentadas na lista abaixo simbo-
lizam a proposição “Todos os funcionários do INSS
∃x (A(x) ∧ ¬B(x)) têm mais de 35 anos de idade.”
I) ∀x (se Q(x) então P(x))
Universal Afirmativo: Todo “A” é “B” II) ∀x (P(x) ou Q(x))
III) ∀x (se P(x) então Q(x))
Alguns termos que podem substituir a palavra “todo” b) Se U for o conjunto de todos os funcionários públicos
nas provas de concursos públicos: e P(x) for a propriedade “x é funcionário do INSS”,
– Para todo – Qualquer que seja então é falsa a sentença ∀x P(x).
A∪B=B A∩B=A
Comentário:
Inclusão de Conjuntos (A ⊂ B) a) A proposição: “Todos os funcionários do INSS têm
mais de 35 anos de idade” é um quantificador Universal
Afirmativo, em que temos a seguinte simbologia: ∀x
(P(x) → Q(x)) ou pode ser escrita ∀x (se P(x) então Q(x)).
Sendo assim, analisaremos os seguintes itens:
I) ∀x (se Q(x) então P(x)): Esta forma não simboliza cor-
retamente a proposição, pois o quantificador universal
afirmativo não permite a propriedade comutativa.
II) ∀x (P(x) ou Q(x)): Esta forma não simboliza corre-
tamente a proposição, pois o quantificador universal
afirmativo não é uma união de conjuntos, mas sim uma
inclusão de conjuntos.
III) ∀x (se P(x) então Q(x)): Esta forma está correta.
Logo, o item está errado, pois não temos duas formas
que representam a proposição encontrada no enun-
ciado.
b) Construindo um diagrama para representar a senten-
ça ∀x P(x), temos:

Simbologicamente:

∀(x) (A(x) → B(x))

Obs.: ∀(x) (A(x) → B(x)) ≠ ∀(x) (B(x) → A(x))

Não possui a propriedade comutativa.

Linguagem (Simbologia) das Proposições O elemento x pode pertencer ao conjunto P, o que per-
Categóricas tence também ao conjunto U, mas temos a possibilidade
do elemento x pertencer somente ao conjunto U, o que
Nesses últimos concursos as bancas têm cobrado dos torna a sentença falsa, uma vez que ser funcionário
candidatos um conhecimento mais amplo referente à público não garante ser funcionário do INSS.
simbologia e à escrita das proposições categóricas. Sendo Logo, o item está correto.
assim, torna-se importante verificarmos algumas questões
Raciocínio Lógico

de concursos. QUESTÕES DE CONCURSOS


QUESTÃO COMENTADA 1. (Cespe/BB) Julgue os itens.
a) Suponha-se que U seja o conjunto de todas as pessoas,
1. (Cespe/INSS) Algumas sentenças são chamadas abertas que M(x) seja a propriedade “x é mulher” e que D(x)
porque são passíveis de interpretação para que possam ser seja a propriedade “x é desempregada”. Nesse caso, a
julgadas como verdadeiras (V) ou falsas (F). Se a sentença proposição “Nenhuma mulher é desempregada” fica
aberta for uma expressão da forma ∀x P(x), lida como corretamente simbolizada por ¬ ∃ (M(x) ^ D(x)).

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b) A proposição “Não existem mulheres que ganham Nega qualidade, mas não quantidade.
menos que os homens” pode ser corretamente sim-
bolizada na forma ∃x (M(x)  G(x)). CONTRADITÓRIAS

2. (TRT 5ª Região) Se R é o conjunto dos números


reais, então a proposição ( ∀ x)(x ∈ R)( ∃ y)(y ∈ R) Todo A é B Algum A não é B
(x + y = x) é valorada como V.

GABARITO Algum A é B Nenhum A é B

1. C, E
2. C Nega quantidade e qualidade.

Negação das Proposições Categóricas


QUESTÕES COMENTADAS
1. (Cespe/Sebrae/Analista) Considere a seguinte proposi-
Duas proposições categóricas distintas que tenham o ção: “Ninguém será considerado culpado ou condenado
mesmo sujeito e o mesmo predicado ou não poderão ser sem julgamento.” Julgue os itens que se seguem, acerca
ambas verdadeiras ou não poderão ser ambas falsas, ou as dessa proposição.
duas coisas. a) A proposição “Existe alguém que será considerado
Dizemos que estarão sempre em oposição. culpado ou condenado sem julgamento” é uma
São quatro os tipos de oposição: proposição logicamente equivalente à negação da
1) Proposições contraditórias: cada uma delas é a ne- proposição acima.
gação lógica da outra (A-O e E-I). b) “Todos serão considerados culpados e condenados
Duas contraditórias terão sempre valores lógicos con- sem julgamento” não é uma proposição logicamente
trários, ou seja, não podem ser ambas verdadeiras nem equivalente à negação da proposição acima.
ambas falsas.
2) Proposições contrárias: uma afirmativa universal e Comentário:
sua negativa (A – E). a) A negação da proposição: “Ninguém será considerado
Duas sentenças contrárias nunca são ambas verdadeiras, culpado ou condenado sem julgamento.” será pela nega-
mas podem ser ambas falsas. Desse modo, se soubermos que ção contraditória: “Existe alguém que será considerado
uma delas é verdadeira, podemos garantir que a outra é falsa. culpado ou condenado sem julgamento”, uma vez que
Mas, se soubermos que uma delas é falsa, não poderemos nega quantidade e qualidade. Logo, o item está correto.
garantir que a outra é falsa também. b) Tomando como base o item anterior, podemos con-
3) Proposições subcontrárias: uma afirmativa particular cluir que “Todos serão considerados culpados e conde-
e sua negativa (I – O). nados sem julgamento” não é a negação da proposição
Duas sentenças subcontrárias nunca são ambas falsas, proposta pela questão. Logo, o item está correto.
mas podem ser ambas verdadeiras. Assim sendo, se souber-
mos que uma delas é falsa, poderemos garantir que a outra é 2. (Cespe/Sebrae/Analista) Com relação à lógica formal,
verdadeira. Mas se soubermos que uma delas é verdadeira, julgue o item subsequente.
A negação da proposição “Ninguém aqui é brasiliense”
não poderemos garantir que a outra é verdadeira também.
é a proposição “Todos aqui são brasilienses”.
4) Proposições Subalternas: duas afirmativas (universal
e sua particular correspondente, A  – I) ou duas negativas
Comentário:
(universal e sua particular correspondente, E – O). A proposição “Ninguém aqui é brasiliense” trata-se de
Sempre que a universal for verdadeira, sua correspon- quantificador universal negativo. Se quisermos a nega-
dente particular será verdadeira também, mas a falsidade ção, torna-se viável negarmos pela contraditória, uma
da sentença universal não obriga que a correspondente vez que temos a certeza de que será por quantidade e
sentença particular seja falsa também. qualidade. Logo, a negação será: “Alguém aqui é brasi-
Sempre que a particular for falsa, sua correspondente liense”. O item está errado.
universal será falsa também, mas a verdade da sentença par-
ticular não obriga que a correspondente sentença universal
seja verdadeira também. QUESTÕES DE CONCURSOS
1. Dê a negação para cada uma das proposições abaixo:
CONTRÁRIAS
a) Todos os corvos são negros.
b) Nenhum triângulo é retângulo.
c) Alguns sapos são bonitos.
Todo A é B Nenhum A é B
d) Algumas vidas não são importantes.
Raciocínio Lógico

2. (FCC) Considere que S seja a sentença: “todo político


Nega quantidade, mas não qualidade. é filiado a algum partido”. A sentença equivalente à
negação da sentença S acima é:
SUBCONTRÁRIAS a) Nenhum político é filiado a algum partido.
b) Nenhum político não é filiado a qualquer partido.
c) Pelo menos um político é filiado a algum partido.
Algum A é B Algum A não é B d) Pelo menos um político não é filiado a qualquer
partido.

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3. (TRT) A correta negação da proposição “Todos os cargos 10. (Esaf) Se não é verdade que “alguma professora univer-
deste concurso são de analista judiciário” é: sitária não dá aulas interessantes”, portanto é verdade
a) Alguns cargos deste concurso são de analista judi­ciário. que:
b) Existem cargos deste concurso que não são de ana- a) Todas as professoras universitárias dão aulas interes-
lista judiciário. santes.
c) Existem cargos deste concurso que são de analista b) Nenhuma professora universitária dá aulas interes-
judiciário. santes.
d) Nenhum dos cargos deste concurso não é de analista
c) Nenhuma aula interessante é dada por alguma pro-
judiciário.
fessora universitária.
e) Os cargos deste concurso são ou de analista, ou de
judiciário. d) Nem todas as professoras universitárias dão aulas
interessantes.
4. (Anpad) A negação da proposição “Todos os homens e) Todas as aulas não interessantes são dadas por pro-
são bons motoristas” é: fessoras universitárias.
a) Todas as mulheres são boas motoristas.
b) Algumas mulheres são boas motoristas. 11. (Cespe/STJ) Considere que João e Pedro morem em uma
c) Nenhum homem é bom motorista. cidade onde cada um dos moradores ou sempre fala a
d) Todos os homens são maus motoristas. verdade ou sempre mente e João tenha feito a seguinte
e) Ao menos um homem é mau motorista. afirmação a respeito dos dois: “Pelo menos um de nós
dois é mentiroso”. Nesse caso, a proposição “João e
5. (CVM) Dizer que a afirmação “Todos os economistas Pedro são mentirosos” é V.
são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico, equivale
a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
a) Pelo menos um economista não é médico. GABARITO
b) Nenhum economista é médico.
c) Nenhum médico é economista. 1. a) Pelo menos um corvo não é negro.
d) Pelo menos um médico não é economista. b) Algum triângulo é retângulo.
c) Todos os não médicos são não economistas. c) Nenhum sapo é bonito.
d) Todas as vidas são importantes.
6. (M. AGR) A negação da afirmativa “Todo tricolor é faná- 2. d 4. e 6. a 8. c 10. a
tico” é: 3. b 5. a 7. c 9. c 11. E
a) Existem tricolores não fanáticos.
b) Nenhum tricolor é fanático.
c) Nem todo fanático é tricolor.
d) Nenhum fanático é tricolor.
e) Existe pelo menos um fanático que é tricolor. Inferências Lógicas

7. (Medicina – ABC) A negação de “Todos os gatos são É uma operação mental pela qual extraímos uma nova
pardos” é: proposição, denominada conclusão, de proposições já co-
a) Nenhum gato é pardo. nhecidas, denominadas premissas.
b) Existe gato pardo. P1: Proposição → Premissa (Hipótese)
c) Existe gato não pardo. P2: Proposição → Premissa (Hipótese)
d) Existe um e só um gato pardo. P3: Proposição → Premissa (Hipótese)
e) Nenhum gato é não pardo. P4: Proposição → Premissa (Hipótese)
P5: Proposição → Premissa (Hipótese)
8. (Esaf) Fábio, após visitar uma aldeia distante, afirmou: Pn: Proposição → Premissa (Hipótese)
“Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia C: Proposição → Conclusão (Tese)
não dormem a sesta”. A condição necessária e suficiente
para que a afirmação de Fábio seja verdadeira é que seja Regras de Inferência
verdadeira a seguinte proposição:
a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a
1. Modus Ponens
sesta.
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta. A, A → B ∴ B
2. Generalização Universal
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta. A ∴ ∀xA
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
Teoremas
9. (Anpad) A negação da sentença “Nenhuma pessoa lenta
em aprender frequenta esta escola” é: Nos teoremas abaixo:
a) Todas as pessoas lentas em aprender frequentam – as premissas estão sempre à direita do sinal ∴ (Lê-se
esta escola. “portanto”);
Raciocínio Lógico

b) Todas as pessoas lentas em aprender não frequentam – uma vírgula separa duas premissas;
esta escola. – Rec. significa teorema recíproco do apresentado na
c) Algumas pessoas lentas em aprender frequentam linha anterior.
esta escola. T1: A ∴ A
d) Algumas pessoas lentas em aprender não frequentam T2: ~(~A) ∴ A
esta escola. REC: A ∴ ~(~A)
e) Nenhuma pessoa lenta em aprender frequenta esta
escola. T3: A, B ∴ A ∧ B

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T4: A ∴ A ∨ B c) Errado. Temos um conectivo condicional, com o qual
T5: A ∧ B ∴ A podemos valorar as proposições dadas:
T6: A ∨ B, ~A ∴ B
Se Joaquina não é cidadã brasileira, então não é de muita
T7: A → B, B → C ∴ A → C
sorte.
T8: A, (A → B) ∴ B V → (V / F) = V / F
T9: (A ∨ B), B → C ∴ (A ∨ C)
T10: A → B ∴ ~B → ~A Sendo assim, temos que o item está errado, pois não
REC: ~B → ~A ∴ A → B podemos garantir a verdade da proposição dada.
T11: A → B, (~A → B) ∴ B
T12: (A ∧ B) → C ∴ A → (B → C) 2. (Esaf) Nenhum matemático é aluno. Algum administra-
dor é aluno, logo:
REC: A → (B → C) ∴ (A ∧ B) → C a) Algum administrador é matemático.
T13: (A ∧ ~B) → (C ∧ ~C) ∴ A → B (Princípio da não b) Todo administrador é matemático.
contradição) c) Nenhum administrador é matemático.
T14: A → (B ∨ C, ~B ∴ A → C) d) Algum administrador não é matemático.
e) Todo administrador não é matemático.
QUESTÕES COMENTADAS Comentário:
Da mesma forma que analisamos as premissas formadas
1. (Cespe/Sebrae) Considere as seguintes proposições:
com os conectivos lógicos (utilizando as tabelas-verdade)
I – Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito para encontrar uma conclusão verdadeira, iremos analisar
de herança. as premissas formadas com os quantificadores lógicos.
II – Joaquina não tem garantido o direito de herança. Cada premissa será representada pelo seu diagrama lógico,
III – Todos aqueles que têm direito de herança são cida- sendo cada um deles verdadeiro para que tenhamos uma
dãos de muita sorte. conclusão verdadeira.

Supondo que todas essas proposições sejam verdadei- O que analisar?


ras, é correto concluir logicamente que: Vamos construir os diagramas para cada premissa:
a) Joaquina não é cidadã brasileira.
b) Todos os que têm direito de herança são cidadãos P1: Nenhum matemático é aluno. (Não há nada em
brasileiros. comum)
c) Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina
não é de muita sorte.

Comentário:
Segundo as premissas, podemos construir o diagrama
a seguir.

P2: Algum Administrador é aluno. (Pelo menos um {X}).

Relacionando as duas premissas (diagramas lógicos),


temos:
Pela premissa I, temos a inclusão de dois conjuntos:
Todos os cidadãos brasileiros têm garantido o direito
de herança. Cidadão brasileiro está contido no conjunto
“garantia de direito de herança”.
Pela premissa II, temos que Joaquina não pode pertencer
ao conjunto “garantia de direito de herança”, podendo,
Raciocínio Lógico

assim, ficar nas duas posições indicadas no diagrama.


Pela premissa III, temos que o conjunto “cidadãos de
muita sorte” pode possuir, ou não, Joaquina. A conclusão será fruto da relação das premissas acima,
Julgando os itens: sendo que deverá ser uma nova proposição consequên­
a) Certo, pois Joaquina não pertence ao conjunto “ci- cia de uma certeza. Não podemos concluir o que não
dadão brasileiro”. temos certeza, assim pode-se afirmar que a resposta
b) Errado, pois comutou o quantificador universal afir- da questão será a letra d: Algum Administrador não é
mativo, que não aceita tal propriedade. matemático.

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3. (Cespe/PF/Escrivão) Para se preparar para o concurso,
Pedro utilizou um site de busca da internet e pesquisou
em uma livraria virtual, especializada nas áreas de direito,
administração e economia, que vende livros nacionais e
importados. Nessa livraria, alguns livros de direito e todos
os de administração fazem parte dos produtos nacionais.
Além disso, não há livro nacional disponível de capa dura. Relacionando as premissas acima, temos:
Julgue os itens com base nas informações acima. É pos-
sível que Pedro em sua pesquisa tenha:
a) encontrado um livro de administração de capa dura.
b) adquirido dessa livraria um livro de economia de capa
flexível.
c) selecionado para compra um livro nacional de direito
de capa dura.
d) comprado um livro importado de direito de capa
flexível. Julgando os itens, temos:
a) Errado. Não é possível encontrar um livro de admi-
Comentário: nistração de capa dura, pois pelos diagramas acima
P1: Alguns livros de direito são produtos nacionais. percebemos que não há elemento comum.
b) Certo. Como não limitamos o conjunto dos livros de
economia quanto capa dura ou não, torna-se possível ser
flexível. Não tivemos premissas que explicitaram sobre
tal pensamento.
c) Errado. Um livro nacional de direito se encontra na
intersecção entre o conjunto “produtos nacionais” e o
conjunto “direito” (mostrado no diagrama acima), a região
hachurada, logo não há elementos comuns entre estes
P2: Todos os livros de administração são produtos elementos e capa dura.
nacionais. d) Certo. Podemos ter elementos (livros) importados de
direito de capa flexível, uma vez que só alguns de direito
podem ter capa dura e também só alguns são produtos
nacionais.

4. (Cespe/Ipea) Julgue o item seguinte a respeito de lógica.


Considere que as proposições “Alguns flamenguistas são
vascaínos” e “Nenhum botafoguense é vascaíno” sejam
valoradas como V. Nesse caso, também será valorada
P3: Não há livro nacional disponível de capa dura. (Não como V a seguinte proposição: “Algum flamenguista
há nada em comum) não é botafoguense”.

Comentário:
Raciocínio Lógico

O item está correto.

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QUESTÕES DE CONCURSOS Dentre as sentenças a seguir, diga qual pode ser conclu-
são das proposições.
1. (Cespe) Considere que os diagramas abaixo representam a) Quem não sabe dirigir automóvel é macaco.
conjuntos nomeados pelos seus tipos de elementos. Um b) Quem sabe dirigir automóvel não é ocioso.
elemento específico é marcado com um ponto. c) Quem não sabe colecionar selos é ocioso.
d) Macacos não sabem colecionar selos.
e) As pessoas ociosas não sabem dirigir automóveis.

8. Em uma prova, nem todos os alunos obtiveram aprova-


ção. Sabemos que todos os alunos aprovados fizeram
a lista de exercícios proposta pelo professor do curso.
Podemos concluir, com absoluta certeza, que:
a) existem alunos que não fizeram a lista de exer­cícios.
b) se algum aluno não fez a lista de exercícios, ele foi
O diagrama da esquerda representa a inclusão descrita reprovado.
pela sentença “Todos os seres humanos são bípedes”. c) existem alunos que não fizeram a lista de exercícios
O diagrama da direita representa a inclusão descrita e foram aprovados.
pela sentença “Miosótis é bípede”. Nessas condições, d) todos os alunos que fizeram a lista de exercícios foram
é correto concluir que “Miosótis é um ser humano”. aprovados.
e) todos os alunos fizeram a lista de exercícios.
2. Todo cristão é monoteísta. Algum cristão é luterano, logo:
a) todo monoteísta é luterano. 9. Considere as seguintes sentenças:
b) algum luterano é monoteísta. I – Nenhum esportista é alcoólatra.
c) algum luterano não é cristão. II – Osmar é pescador.
d) nenhum monoteísta é cristão. III – Todos os pescadores são alcoólatras.
e) nenhum luterano é monoteísta.
Admitindo que as três sentenças são verdadeiras,
3. (Esaf) Todo professor é graduado. Alguns professores verifique qual das sentenças a seguir é certamente
são pós-graduados, logo: verdadeira.
a) alguns pós-graduados são graduados. a) Todos os alcoólatras são pescadores.
b) alguns pós-graduados não são graduados. b) Algum esportista é pescador.
c) todos pós-graduados são graduados. c) Alguns pescadores são esportistas.
d) todos pós-graduados não são graduados. d) Osmar não é esportista.
e) nenhum pós-graduado é graduado.
10. Todos os artistas são belos.
4. Se Rodrigo mentiu, então ele é culpado. Logo: Alguns artistas são indigentes.
a) se Rodrigo não é culpado, então ele não mentiu. a) Alguns indigentes são belos.
b) Rodrigo é culpado. b) Alguns indigentes não são belos.
c) se Rodrigo não mentiu, então ele não é culpado. c) Todos os indigentes são belos.
d) Rodrigo mentiu. d) Todos os indigentes não são belos.
e) se Rodrigo é culpado, então ele mentiu. e) Nenhum indigente é belo.

5. (TCU) Se é verdade que “alguns escritores são poetas” GABARITO


e que “nenhum músico é poeta”, então, também é ne-
cessariamente verdade que: 1. E 4. a 7. d 10. a
a) nenhum músico é escritor. 2. b 5. d 8. b
b) algum escritor é músico. 3. a 6. d 9. d
c) algum músico é escritor.
d) algum escritor não é músico.
e) nenhum escritor é músico.
Lógica de Argumentação
6. (TCU) Em uma pequena comunidade sabe-se que:
“nenhum filósofo é rico” e que “alguns professores são A lógica formal, também chamada de lógica simbólica,
ricos”. Assim, pode-se afirmar, corretamente, que nesta preocupa-se, basicamente, com a estrutura do raciocínio.
comunidade: Os conceitos são rigorosamente definidos, e as sentenças são
a) alguns filósofos são professores. transformadas em notações simbólicas precisas, compactas
b) alguns professores são filósofos. e não ambíguas.
Argumento é a relação que associa um conjunto de proposi-
Raciocínio Lógico

c) nenhum filósofo é professor.


d) alguns professores não são filósofos. ções P1, P2, P3, ... Pn, chamadas de premissas (hipóteses), a uma
e) nenhum professor é filósofo. proposição C, chamada de conclusão (tese) do argumento.
Estrutura do argumento:
7. Considere verdadeiras as seguintes proposições:
I – Quem sabe colecionar selos não é ocioso.
II – Macacos não sabem dirigir automóvel. p 1 ∧ p 2 ∧ p 3 ∧ p 4 ∧ p 5 ... p n ⇒ C
III – Quem não sabe dirigir automóvel é ocioso. (Premissas/Hipóteses) (Conclusão/Tese)

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Silogismo P1: Se juízes fossem deuses, então juízes não comete-
riam erros.
Quando temos um argumento formado por três pro- P2: Juízes cometem erros.
posições, sendo duas premissas e uma conclusão, trata-se C: Portanto, juízes não são deuses.
de um Silogismo.
P1: Todo cachorro é verde.
P1: premissa P2: Tudo que é verde é vegetal.
P2: premissa C: Logo, todo cachorro é vegetal.
C: conclusão
A Lógica não se preocupa com o valor lógico das pre-
Exemplos: missas e da conclusão, preocupa-se apenas com a forma e a
estrutura como as premissas se relacionam com a conclusão,
I  – P1: Todos os professores são dedicados. (V) ou seja, se o argumento é válido ou inválido. Isso quer dizer
P2: Todos os dedicados são bem-sucedidos. (V) que para ser argumento é necessário possuir forma.
C: Todos os professores são bem-sucedidos. (V)
Argumentos Válidos e Inválidos
Representação por diagrama:
Validade de um Argumento

Um argumento será válido, legítimo ou bem construí­


do quando a conclusão é consequência obrigatória do seu
conjunto de premissas.
Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isso
implica necessariamente que a conclusão será verdadeira.
A validade de um argumento depende tão somente da
relação existente entre as premissas e a conclusão.

p1(V) ∧ p2(V) ∧ p3(V) ∧ p4(V) ∧ p5(V) ... pn(V) → C(V)

Percebemos que existe um conectivo de conjunção


que opera as premissas. Assim, para que a conclusão seja
verdadeira, torna-se necessário que as premissas sejam ver-
II – P1: Todos os professores são dedicados. (V) dadeiras, até mesmo porque se uma das premissas for falsa,
P2: Josimar é dedicado. (V) tornará a conclusão falsa. Logo, a verdade das premissas
C: Josimar é professor. (V / F) garante a verdade da conclusão do argumento.
Representação por diagrama:
Nas provas realizadas pelo Cespe para o concurso do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2007, e para Polícia
Federal, em 2004, foi cobrado do candidato o conheci-
mento do que seja um argumento válido. Sendo assim,
seguem os comentários dessas questões.

QUESTÕES COMENTADAS
1. (Cespe/TSE) Assinale a opção que apresenta um argu-
mento válido.
a) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem, me
sinto disposto. Ontem estudei e não me senti disposto,
logo obterei boas notas mas não me alimentei bem.
b) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje
Silogismo Categórico fará frio. Ontem choveu e hoje fez frio. Logo, estamos
Um silogismo é denominado categórico quando é com- em junho.
posto por três proposições categóricas, e as três proposições c) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não
categóricas devem conter, ao todo, três termos e cada um choveu ontem, logo segunda-feira não será feriado.
dos termos devem estar exatamente em duas das três pro- d) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores
posições que compõem o silogismo. estão verdinhas, logo choveu.
Ex.: No silogismo
P1: Todo aluno dedicado é aprovado. Comentário:
Raciocínio Lógico

P2: Josilton é um aluno dedicado. a) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem,
C: Josilton será aprovado. me sinto disposto. Ontem estudei e não me senti dispos-
to, logo obterei boas notas mas não me alimentei bem.
Exemplos de argumentos:
P1: De acordo com a acusação, o réu roubou um carro Temos:
ou roubou uma motocicleta. P1: Estudo → obtenho boas notas.
P2: O réu roubou um carro. P2: Me alimento bem→ me sinto disposto.
C: Portanto, o réu não roubou uma motocicleta. P3: Ontem estudei ∧ não me senti disposto.

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Logo, C: Obterei boas notas ∧ não me alimentei bem. Partindo do princípio de que todas as premissas são
Partindo do princípio de que todas as premissas são verdadeiras, temos:
verdadeiras, temos:
P1: Choveu (V/F) → as árvores ficam verdinhas (V). = (V)
P1: Estudo (V) → obtenho boas notas (V). = (V) P2: As árvores estão verdinhas. = (V)
P2: Me alimento bem (F) → me sinto disposto (F). = (V) Logo, C: Choveu. (V/F)
P3: Ontem estudei (V) ∧ não me senti disposto (V). = (V) Após a valoração das premissas, podemos verificar se
a verdade das premissas realmente garante a verdade
Após a valoração das premissas, podemos verificar se da conclusão? Vejamos:
a verdade das premissas realmente garante a verdade Logo, C: Choveu. (V/F)
da conclusão? Vejamos: Sendo assim, temos que o argumento é inválido.
Logo, C: Obterei boas notas (V) ∧ não me alimentei
bem (V). = (V) 2. (Cespe/Polícia Federal)
Sendo assim, temos que o argumento é válido. Uma noção básica da lógica é a de que um argumento
é composto de um conjunto de sentenças denominadas
b) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje premissas e de uma sentença denominada conclusão. Um
fará frio. Ontem choveu e hoje fez frio. Logo estamos argumento é válido se a conclusão é necessariamente ver-
em junho. dadeira sempre que as premissas forem verdadeiras. Com
base nessas informações, julgue os itens que se seguem.
a) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
Temos: b) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
P1: (Ontem choveu ∧ estamos em junho) → hoje fará c) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
frio. d) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é ver-
P2: Ontem choveu ∧ fez frio. de, e tudo que é verde é vegetal, logo todo cachorro
Logo, C: Estamos em junho. é vegetal.

Partindo do princípio de que todas as premissas são Comentário:


verdadeiras, temos: (A tabela apresentada abaixo é importante para a análise
de um argumento, logo é importante guardá-la)
P1: Ontem choveu (V) ∧ estamos em junho (V/F) → hoje
A tabela a seguir resume as possíveis situações de um
fará frio (V). = (V) argumento:
P2: Ontem choveu (V) ∧ fez frio (V). = (V)
Logo, C: Estamos em junho. (V/F) então a conclusão
Se um argumento é e as premissas...
será:
Após a valoração das premissas, podemos verificar se são todas necessariamente
a verdade das premissas realmente garante a verdade Válido verdadeiras verdadeira
da conclusão? Vejamos: (bem construído) não são todas ou Verdadeira ou
Logo, C: Estamos em junho. (V/F) verdadeiras Falsa
Sendo assim, temos que o argumento é inválido. são todas ou Verdadeira ou
Inválido verdadeiras Falsa
(mal construído) não são todas ou Verdadeira ou
c) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não
verdadeiras Falsa
choveu ontem, logo segunda-feira não será feriado.
De acordo com a tabela acima, podemos responder
Temos: tranquilamente os itens desta questão:
P1: Choveu ontem ∨ segunda-feira é feriado. a) Toda premissa de um argumento válido é verdadeira.
P2: Não choveu ontem. (Errado)
Logo, C: Segunda-feira não é feriado. b) Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
(Errado)
Partindo do princípio de que todas as premissas são c) Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
verdadeiras, temos: (Errado)
d) É válido o seguinte argumento: Todo cachorro é ver-
de, e tudo que é verde é vegetal, logo todo cachorro é
P1: Choveu ontem (F) ∨ segunda-feira é feriado (V). = (V) vegetal. (Certo)
P2: Não choveu ontem. = (V)
Logo, C: Segunda-feira não é feriado = (F) Argumento Dedutivo
Após a valoração das premissas, podemos verificar se
a verdade das premissas realmente garante a verdade Um argumento será Dedutivo quando sua conclusão
da conclusão? Vejamos: traz apenas informações obtidas das premissas, ainda que
Logo, C: Segunda-feira não é feriado. = (F) implícitas. É  um argumento de conclusão não ampliativa.
Raciocínio Lógico

Sendo assim, temos que o argumento é inválido. Para um argumento dedutivo válido, caso se tenha premissas
verdadeiras, a conclusão será necessariamente verdadeira.
d) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores
estão verdinhas, logo choveu. Argumento Indutivo
Temos:
P1: Choveu → as árvores ficam verdinhas. Um argumento é Indutivo quando sua conclusão traz
P2: As árvores estão verdinhas. mais informações do que as premissas fornecem. É um
Logo, C: Choveu. argumento de conclusão ampliativa.

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A questão abaixo exige do candidato um conhecimento 3. Todo atleta é bondoso. Nenhum celta é bondoso. Daí
quanto à estrutura do argumento. Sendo assim, torna-se pode-se concluir que:
interessante comentarmos esta questão. a) algum atleta é celta.
b) nenhum atleta é celta.
QUESTÃO COMENTADA c) nenhum atleta é bondoso.
d) alguém que seja bondoso é celta.
e) ninguém que seja bondoso é celta.
1. (Cespe) No Brasil, os pobres têm mais poder que os
ricos. Isso ocorre porque o sistema político adotado
4. Se chove, então faz frio. Assim sendo:
no Brasil é a democracia, no qual a vontade da maioria
a) chover é condição necessária para fazer frio.
prevalece, e, no Brasil, existem mais pobres que ricos.
b) fazer frio é condição suficiente para chover.
c) chover é condição necessária e suficiente para fazer
Com relação ao argumento acima, julgue os itens se-
frio.
guintes. d) chover é condição suficiente para fazer frio.
a) A afirmativa “No Brasil, os pobres têm mais poder e) fazer frio é condição necessária e suficiente para
que os ricos”, citada no texto, é uma premissa. chover.
Comentário: 5. (Gestor) A partir das seguintes premissas:
Temos que essa afirmativa é a conclusão do argumento. Premissa 1: “X é A e B, ou X é C”.
Isso é percebido pela presença da palavra “porque”, Premissa 2: “Se Y não é C, então X não é C”.
que anuncia premissas dentro de um argumento. Logo, Premissa:3 “Y não é C”.
o item está errado.
Conclui-se corretamente que X é:
b) A oração “no Brasil, existem mais pobres que ricos” a) A e B.
é a conclusão do texto. b) Não A ou C.
c) Não A e B.
Comentário: d) A e não B.
Temos que esta oração é uma premissa do argumento. e) Não A e não B.
Fundamenta a conclusão. Logo, o item está errado.
6. (AFC) Uma professora de matemática faz as três seguin-
c) O  trecho “o sistema político adotado no Brasil é a tes afirmações:
democracia, no qual a vontade da maioria prevalece” – “X > Q e Z < Y”.
é uma hipótese. – “X > Y e Q > Y, se e somente se Y > Z”.
– “R > Q, se e somente se Y = X”.
Comentário:
O item está correto. Sabendo que todas as afirmações da professora são
verdadeiras, conclui-se corretamente que:
d) O argumento apresentado no texto é um exemplo de a) X > Y > Q > Z.
argumento indutivo. b) X > R > Y > Z.
c) Z < Y < X < R.
Comentário: d) X > Q > Z > R.
Sua conclusão não traz mais informações do que as e) Q < X < Z < Y.
premissas fornecem. É um argumento de conclusão
não ampliativa. (Cespe)
Logo, o item está errado.
PvQ PvQ P→Q P→Q

QUESTÕES DE CONCURSOS ¬P ¬Q P ¬Q
Q P Q ¬P
1. Todos os bons estudantes são pessoas tenazes. Assim I II III IV
sendo:
a) alguma pessoa tenaz não é um bom estudante. As letras P, Q e R representam proposições, e os esquemas
b) o conjunto dos bons estudantes contém o conjunto acima representam quatro formas de dedução, nas quais, a
das pessoas tenazes. partir das duas premissas (proposições acima da linha tra-
c) toda pessoa tenaz é um bom estudante. cejada), deduz-se a conclusão (proposição abaixo da linha
d) nenhuma pessoa tenaz é um bom estudante. tracejada). Os símbolos ¬ e → são operadores lógicos que
e) o conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto significam, respectivamente, não e então, e a definição de
v é dada na seguinte tabela-verdade.
Raciocínio Lógico

dos bons estudantes.

2. Todo baiano gosta de axé music. Sendo assim: P Q PvQ


a) todo aquele que gosta de axé music é baiano. V V V
b) todo aquele que não é baiano não gosta de axé music. V F V
c) todo aquele que não gosta de axé music não é baiano.
F V V
d) algum baiano não gosta de axé music.
e) alguém que não goste de axé music é baiano. F F F

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Considerando as informações acima e as do texto, julgue os O percurso foi dividido em 5 partes iguais, pois o atleta
itens que se seguem quanto à forma de dedução. ao completar 1/5 da prova desistiu e se tivesse per-
corrido 4/5 teria realizado 300 m. Sendo assim, temos
7. Considere a seguinte argumentação: que o intervalo de 1/5 até 4/5 equivale a 300 m, logo:
Se juízes fossem deuses, então juízes não cometeriam erros. 4 1 3
Juízes cometem erros. Portanto, juízes não são deuses. − = = o inteiro possui 5 partes iguais de 100,
Essa é uma dedução da forma IV. 5 5 5
assim como foram utilizados 3/5 = 300, temos:
8. Considere a seguinte dedução:
De acordo com a acusação, o réu roubou um carro ou 100 100 100 100 100
roubou uma motocicleta. O réu roubou um carro.
Portanto, o réu não roubou uma motocicleta. O percurso consiste em 5 partes de 100 m, logo temos
Essa é uma dedução da forma II. 500 m = 0,5 km.
9. Dadas as premissas P → Q; ¬ Q; R → P, é possível fazer 2. (Cespe/TRT) Considere a seguinte situação hipotética
uma dedução de ¬R usando-se a forma de dedução IV. e julgue o item a seguir.
Um juiz tem quatro servidores em seu gabinete. Ele
10. Na forma de dedução I, tem-se que a conclusão será ver- deixa uma pilha de processos para serem divididos
dadeira sempre que as duas premissas forem verdadeiras. igualmente entre seus auxiliares. O primeiro servidor
conta os processos e retira a quarta parte para anali-
GABARITO sar. O segundo, achando que era o primeiro, separa a
quarta parte da quantidade que encontrou e deixa 54
1. e 3. b 5. a 7. c 9. C processos para serem divididos entre os outros dois
2. c 4. d 6. b 8. E 10. C servidores. Nessa situação, o número de processos
deixados inicialmente pelo juiz era maior que 100.

RAZÃO, PROPORÇÃO E GRANDEZAS Comentário:


Ilustraremos cada auxiliar com uma letra: A, B, C e D.
Razão Auxiliar A: retirou a ¼ parte, logo podemos representar
A = 1/4, sobrou ainda ¾.
A razão de dois números é dada em uma ordem, em que Auxiliar B: retirou quarta parte da quantidade que
o segundo (denominador) é diferente de zero, ao quociente encontrou, logo devemos observar que 1 × 3 = 3 .
do primeiro pelo segundo. Assim, a razão entre os números 4 4 16
x e y pode ser dita “x está para y” e representada como: Os auxiliares C e D receberam a mesma quantidade.
x ou x: y
Auxiliar A = 1 = 4 .
y 4 16
A razão entre dois números deve ser interpretada como
uma divisão, ou até mesmo, uma fração: Auxiliar B = 3 .
16

Ex: 2 Somando as razões temos: A + B = 7 .


7 16
Representando geometricamente a razão soma, temos:

O inteiro foi dividido em 7 partes iguais e utilizou‑se 2


partes, onde 2 é chamado antecedente enquanto 7 é cha- Temos que as partes restantes sobraram para os au-
mado consequente da razão dada. xiliares C e D, sabendo que receberam 54 processos
podemos calcular quanto vale cada parte (p) do inteiro,
QUESTÕES COMENTADAS da seguinte forma:

1. (Esaf/Técnico) Em uma prova de natação, um dos par- 54


P
= = 6 , como cada parte equivale a 6 e temos
ticipantes desiste de competir ao completar apenas 9
1/5 do percurso total da prova. No entanto, se tivesse um total de 16 partes, a quantidade total de processos
percorrido mais 300 metros, teria percorrido 4/5 do é dada por: 16 x 6 = 96 processos.
percurso total da prova. Com essas informações, o per-
curso total da prova, em quilômetros, era igual a: Proporção
a) 0,75 c) 0,15 e) 1
Raciocínio Lógico

b) 0,25 d) 0,5 É a expressão representada pela igualdade entre duas


ou mais razões.
Comentário:
Ilustrando o percurso temos o seguinte: x z
A proporção = pode ser lida como “x está para
y w
y assim como z está para w”.
Nesta proporção, os números x e w são os extremos e os
números y e z são os meios.

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Uma propriedade importante é que, na proporção, o pro- a velocidade deste automóvel em 20%, a distância
duto dos extremos é igual ao produto dos meios. percorrida por ele, no mesmo intervalo de tempo t,
também aumentará em 20%.
Proporção Simples c) A velocidade de um automóvel e o tempo necessário
para que ele percorra uma distância d são grandezas
Exemplo: inversamente proporcionais. Portanto, ao reduzir-
Dado três números a, b e c, nesta ordem, 4 é o número mos em 20% a velocidade deste automóvel, o tempo
x que completa com os outros três uma proporção tal que: necessário para que ele percorra a mesma distância
d ficará aumentado em 20%.
2 8 d) Seja d a distância que um veículo percorre em um
= tempo t a uma velocidade v. Se t é constante, pode
6 x se afirmar que d e v são grandezas diretamente
proporcionais.
É interessante observar que 2 é proporcional a 8, isto é e) Seja d a distância que um veículo percorre em um
(2 x 4) e 6 deverá ser proporcional a x, isto é (6. 4 = x). tempo t a uma velocidade v. Se d é constante, pode
Logo: 2 × p = 8 , podemos concluir com a primeira se afirmar que t e v são grandezas inversamente
6× p = x proporcionais.
equação que p = 4 , sendo assim 6 × 4 = x = 24 .
3. Considerando as proporcionalidades existentes entre
2 8 as diversas grandezas, julgue os itens a seguir.
=
6 24 a) Um pedreiro que assenta um total de 80 tijolos em
5 horas de trabalho deverá assentar um total de 96
tijolos em 6 horas de trabalho.
Proporção Múltipla
b) A razão 3/5 é equivalente a 60%.
c) Os números 2, 4 e 6 são diretamente proporcionais
É a igualdade simultânea de três ou mais razões.
a 32, 64 e 96.
d) Se y é uma grandeza inversamente proporcional
2 4 8
= = = ... a x, então existe uma constante positiva k, tal que
4 8 16 y = k.x.
e) Dividindo 372 em partes diretamente proporcionais
Razões inversas são duas razões cujo produto é igual a 1. a 1/2, 1/3 e 1/5, obtêm‑se 180, 120 e 72, respecti-
Ex.: 3 × 4 = 1 vamente.
4 3
4. As vagas de um estacionamento estão dispostas em 7
linhas e 9 colunas. Se, em um determinado momento,
QUESTÕES DE CONCURSOS somente 47 vagas estão ocupadas, então, qualquer
que seja a disposição dos veículos nas vagas, é correto
1. Dos veículos que foram parados numa barreira rodo- afirmar que
viária durante uma operação, 425 eram motocicletas
a) todas as colunas têm pelo menos duas vagas deso-
ou automóveis. Um policial rodoviário, por diversão,
cupadas.
resolveu calcular o total de rodas desses veículos, con-
b) todas as linhas têm pelo menos 3 vagas ocupadas.
tando cinco rodas para cada automóvel (quatro rodas
c) alguma linha tem, necessariamente, 7 ou mais vagas
montadas mais um estepe) e duas para cada motoci-
ocupadas.
cleta, mas errou o total pois esqueceu‑se de considerar
d) nenhuma linha pode ter mais de 7 vagas ocupadas.
que 20% dos automóveis que foram parados estavam
e) alguma coluna tem, necessariamente, 6 ou mais
trafegando sem o estepe. Sabendo que o total correto
de rodas era 1.730, julgue os itens a seguir. vagas ocupadas.
a) O total de automóveis que estavam trafegando
sem estepe e foram parados durante a operação é 5. Julgue os itens seguintes.
1/14 menor que o total de motocicletas parados na a) Se 3/8 dos policiais rodoviários de uma região cor-
mesma barreira. respondem a 12 policiais, então o total de policiais
b) O total de motocicletas parados durante a operação rodoviários dessa região é maior que 30.
é 75. b) Somente 3/4 das poltronas de um auditório, com
c) O total de automóveis parados durante a operação capacidade para 1.000 pessoas, estão ocupadas. Há,
é cinco vezes o número do total de automóveis que portanto, 750 pessoas nesse auditório.
estavam sem estepe. c) Paulo tem 2/3 do tempo de serviço de Pedro e
d) A razão entre o número de automóveis e o número este tem 4/5 do tempo de serviço de Fernando. Se
de motocicletas que foram parados na barreira é Fernando tem 18 anos de serviço, então Paulo tem
14/3. menos de 10 anos de serviço.
e) O número total de pneus dos automóveis parados d) A América do Sul ocupa uma área de 18.000.000
durante a operação é 1.260. km2, aproximadamente. O Brasil tem uma superfície
aproximada de 8.500.000 km2. Então, a área ocupada
Raciocínio Lógico

2. Considerando o conceito de proporcionalidade entre pelo Brasil representa mais de 48% da superfície da
duas grandezas, julgue os itens. América do Sul.
a) A velocidade de um automóvel e a distância per- e) Um pátio retangular tem lados medindo 30 metros e
corrida por ele em um dado tempo t são grandezas 800 decímetros. Se 1/5 da área deste pátio está ocu-
diretamente proporcionais. pada por automóveis de passeio, 1/4 está ocupada
b) A velocidade de um automóvel e a distância percor- por caminhões e o restante da área está livre, então
rida por ele em um dado tempo t são grandezas dire- a área livre no pátio corresponde a 13,2 decâmetros
tamente proporcionais. Portanto, ao aumentarmos quadrados.

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6. (Cespe/TST) Julgue os itens seguintes. Grandezas Diretamente Proporcionais e Divisão
a) Os números 135, 189 e 297 são diretamente propor- Proporcional
cionais aos números 5, 7 e 11, respectivamente.
b) Os números 1.264 e 1.682 estão, nessa ordem, na Sendo a sucessão de valores (X1, X2, X3, ...), dizemos que
razão 3/4. estes valores são diretamente proporcionais aos correspon-
dentes valores da sucessão (Y1,Y2,Y3, ...) quando forem iguais
7. (Cespe/TDFT) Uma manicure, um policial militar, um as razões entre cada valor de uma das sucessões e o valor
arquivista e uma auxiliar de administração são todos correspondente da outra.
moradores de Ceilândia e unidos pela mesma missão.
Vão assumir um trabalho até então restrito aos gabi- x1 x2 x3
netes fechados do Fórum da cidade. Eles vão atuar na = = = ... p
mediação de conflitos, como representantes oficiais y 2 y 2 y3
do TJDFT. Os quatro agentes comunitários foram ca-
pacitados para promover acordos e, assim, evitar que O resultado das razões (p) obtido de duas sucessões de
desentendimentos do dia a dia se transformem em números diretamente proporcionais é chamado de constante
arrastados processos judiciais. E isso vai ser feito nas de proporcionalidade ou coeficiente de proporcionalidade.
ruas ou entre uma xícara de café e outra na casa do Ilustrando melhor uma divisão proporcional temos:
vizinho. O projeto é inédito no país e vai contar com
a participação do Ministério da Justiça, da Ordem dos P P P P P P P P P P
Advogados do Brasil (OAB), da Universidade de Brasília
(UnB), do Ministério Público do Distrito Federal e dos O inteiro foi dividido em 10 partes iguais a P.
Territórios e da Defensoria Pública. A divisão proporcional consiste em dividir o total em
partes iguais que serão divididas de forma direta ou inversa
Considerando o contexto apresentado acima, julgue o e até mesmo direta e inversa, sabendo que as partes são
item seguinte. iguais a todos, o que muda é a quantidade de partes que
( ) Considere‑se que os números de acordos promovi- cada um recebe.
dos pela manicure e pelo policial militar em deter- Para dividir proporcionalmente deve‑se montar uma
minada semana estejam na proporção 2 : 5 e que proporção.
os números de acordos promovidos pela manicure
e pelo arquivista nessa mesma semana estejam na
proporção 4 : 7. Nessa situação, na referida semana, QUESTÕES COMENTADAS
se o policial militar promoveu 70 acordos, o número
de acordos promovidos pelo arquivista foi igual 1. (Cespe/TST) Para emitir parecer sobre 70 processos da
a 63. área administrativa, 3 analistas foram convocados, sen-
do que os números de processos que cada um recebeu
8. (Cespe) Uma empresa tem em seu quadro de pes- eram diretamente proporcionais aos números 2, 3 e 5.
soal 84 empregados, e a razão entre o número de Com base nessa situação hipotética, julgue os itens a
seguir.
homens e mulheres é, nessa ordem, igual a 4 .
3 a) A um dos analistas foram destinados menos de 12
processos.
A propósito dessa situação, julgue os itens a seguir.
b) Um dos analistas recebeu mais de 33 processos.
a) O número de mulheres no quadro de pessoal dessa
empresa é superior a 38. c) Um dos analistas recebeu entre 15 e 20 processos.

b) Ao se somar 2 do número de mulheres a 75% do Comentário:


3
número de homens dessa empresa, obtém‑se um Divisão Diretamente Proporcional
número racional não inteiro.
Em uma divisão proporcional devemos construir uma
9. (Cespe/STF) Considere que x e y sejam números reais A B C , sendo esta diretamente
positivos e que acrescentar 50% de x à soma x + y seja proporção: = =
o mesmo que adicionar 20% de x + y à soma x + y. Com 2 3 5
base nessas informações, julgue o item a seguir. proporcional, logo temos:
( ) Na situação considerada, x e y são números direta-
mente proporcionais a 2 e 3, respectivamente. A é proporcional a 2, logo: A = 2p
B é proporcional a 3, logo: B = 3p
10. (Cespe) Julgue o item que se segue. C é proporcional a 5, logo: C = 5p
( ) Os números 69 e 92 estão, nessa ordem, na propor-
ção de 3 para 4. O total de processos é igual a 70, ou seja, A + B + C = 70.
Substituindo temos:
Raciocínio Lógico

GABARITO A + B + C = 70
2p + 3p + 5p = 70
10p = 70
1. E C C C E 6. C E
p = 7 (constante de proporcionalidade)
2. C C E C C 7. E
3. C C C E C 8. E E
4. E E C E C 9. E A = 2p = 2. 7 = 14
5. C C C E C 10. C B = 3p = 3.7 = 21
C = 5p = 5. 7 = 35

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Julgue os itens. A questão é de divisão inversa, mas é importante
a) A um dos analistas foram destinados menos de 12 construir a proporção direta para que posteriormente
processos. (errado) realize a inversão.
b) Um dos analistas recebeu mais de 33 processos.
(certo) A B C , a proporção está na forma direta.
c) Um dos analistas recebeu entre 15 e 20 processos. = =
(errado) 3 5 6

2. (FCC) Dois técnicos judiciários foram incumbidos de Uma maneira prática de transformarmos a proporção
catalogar alguns documentos, que dividiram entre si em em inversa é realizarmos o seguinte:
partes inversamente proporcionais aos seus respectivos
tempos de serviço no cartório da seção onde trabalham. A B C , ou seja, generalizando temos a
Se o que trabalha há 12 anos deverá catalogar 36 do- = =
cumentos e o outro trabalha há 9 anos, então o total 5× 6 3× 6 3× 5
de documentos que ambos deverão catalogar é A B C A B C
seguinte explicação: = =  = = ,
a) 76 b) 84 c) 88 d) 94 e) 96 a b c b×c a×c a×b
o denominador de cada funcionário será o resultado da
Comentário:
multiplicação dos outros dois denominadores.
Divisão Inversamente Proporcional
Desta forma, teremos a seguinte proporção:
A questão é de divisão inversa, mas é importante A B C A B C
= =  = = , simplificando
construir a proporção direta para que posteriormente 5× 6 3× 6 3× 5 30 18 15
realize a inversão.
temos A= B= C .
A B , o técnico A trabalha há 12 anos e o técnico B 10 6 5
=
12 9 A é proporcional a 10, logo: A = 10p
trabalha há 9 anos. B é proporcional a 6, logo: B = 6p
C é proporcional a 5, logo: C = 5p
Uma forma prática de realizar a divisão inversa é tro-
carmos de posição das idades dos técnicos, da seguinte O total de formulários é igual a 420, ou seja,
forma: A + B + C = 420.
Substituindo temos:
A B A + B + C = 420
=
12 9 10p + 6p + 5p = 420
21p = 420
p = 20 (constante de proporcionalidade)
A B
= A = 10p = 10.20 = 200
12 9
B = 6p = 6. 20 = 120
C = 5p = 5. 20 = 100
A B
A proporção inversa será: = Resposta: b
9 12
A é proporcional a 9, logo: A = 9p Divisão Diretamente e Inversamente Proporcional
B é proporcional a 12, logo: B = 12p

Sabendo que o técnico A (12 anos) catalogou 36 pro- 4. (FCC) Duas bibliotecárias receberam 85 livros para
cessos. catalogar. Dividiram o total de laudas entre si, na razão
Substituindo temos: direta de seus respectivos tempos de serviço na em-
A = 36 presa e na razão inversa de suas respectivas idades. Se
9p = 36 uma tem 24 anos e trabalha há 6 anos na empresa e a
p = 4 (constante de proporcionalidade) outra, tem 36 anos e trabalha há 8 anos, o número de
livros que a mais jovem catalogou foi
A = 9p = 9.4 = 36 a) 41 d) 45
B = 12p = 12.4 = 48 b) 40 e) 42
c) 18
Total de documentos: 36 + 48 = 84 documentos.
Comentário:
3. (FCC/TRT) Três funcionários, A, B e C, decidem dividir A questão é de divisão direta e inversa, mas é importan-
entre si a tarefa de conferir o preenchimento de 420
te construir a proporção direta para que posteriormente
Raciocínio Lógico

formulários. A divisão deverá ser feita na razão inversa


de seus respectivos tempos de serviço no Tribunal. Se realize a inversão.
A, B e C trabalham no Tribunal há 3, 5 e 6 anos, res-
pectivamente, o número de formulários que B deverá A B , as quantidades de livros estão diretamente
=
conferir é 24.6 36.8
a) 100 d) 240 proporcionais à idade e ao tempo de serviço. É impor-
b) 120 e) 250 tante ressaltar que as grandezas serão multiplicadas
c) 200 (idade x tempo de serviço).

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Sabendo que a proporção acima está diretamente à 3. (Cespe/MEC) Considere que, em uma escola, as quan-
idade e ao tempo de serviço, teremos que inverter as tidades de alunos em três de suas turmas são números
idades da seguinte forma: proporcionais a 10, 12 e 15. Sabendo que a quantidade
A B , simplificando os denominadores temos: total de alunos nas três turmas juntas é 111, julgue os
= itens a seguir.
36.6 24.8
a) Apenas uma das turmas tem mais de 40 alunos.
A B b) Em uma das turmas, a quantidade de alunos é infe-
=
9 8 rior a 25.
c) A soma das quantidades de alunos em duas turmas
A é proporcional a 9, logo: A = 9p é igual a 60.
B é proporcional a 8, logo: B = 8p
4. (Cespe) Uma empresa contratou profissionais de nível
Sabendo que o técnico A + B = 85 livros. superior e de nível médio. Sabe‑se que os números que
Substituindo temos: representam as quantidades desses profissionais, por
A + B = 85 níveis superior e médio, são diretamente proporcionais
9p + 8 p =85 a 2 e 3, que o salário de cada profissional de nível su-
p = 5 (constante de proporcionalidade) perior é R$ 1.800,00 e o salário de cada profissional de
nível médio é R$ 855,00 e que a despesa da empresa
A = 9p = 9.5 = 45 com esses salários é de R$ 12.330,00. Com relação a
B = 8p = 8.5 = 40 esses profissionais, julgue os itens a seguir.
a) Com os salários dos profissionais de nível médio,
a despesa da empresa é inferior a R$ 5.000,00.
O mais jovem (A) catalogou 45 documentos.
b) A empresa contratou mais de 3 profissionais de nível
superior.
Relação existente com proporção inversa e proporção
direta 5. (FCC/MPU) Dois funcionários do Ministério Público
receberam a in­cumbência de examinar um lote de
Dadas duas sucessões de números, todos diferentes de documentos. Dividiram os documentos entre si em
zero. Quando os números de uma são inversamente pro- partes que eram, ao mesmo tempo, inversamente
porcionais aos números da outra, os números de uma delas proporcionais às suas respectivas idades e diretamente
serão diretamente proporcionais aos inversos dos números proporcionais aos seus respectivos tempos de serviço
da outra. Esta relação permite trabalhar com sucessões de no Ministério Público. Sabe‑se que ao funcionário que
números inversamente proporcionais como se fossem dire- tem 27 anos de idade e presta serviço ao Ministério há
tamente proporcionais. 5 anos coube 40 documentos; o outro tem 36 anos de
idade e presta serviço ao Ministério há 12 anos. Nessas
QUESTÕES DE CONCURSOS condições, o total de documentos do lote é:
a) 112 b) 120 c) 124 d) 132 e) 136
1. (FCC/TRT) Em uma seção há duas funcionárias, uma
com 20 anos de idade e a outra com 30. Um total de Atenção: O enunciado abaixo refere‑se às questões 6 e 7.
150 processos foi dividido entre elas, em quantidades Na tabela abaixo têm‑se as idades e os tempos de serviço de
inversamente proporcionais às suas respectivas idades. três soldados na corporação, que devem dividir entre si um
Qual o número de processos recebido pela mais jovem? certo número de fichas cadastrais para verificação.
a) 90 b) 80 c) 60 d) 50 e) 30

2. (Cespe) Três marceneiros receberam R$ 6.000,00 pela


execução conjunta de uma reforma em certo prédio.
Um dos artífices trabalhou 5 dias; o outro, 4 dias e meio;
e o terceiro, 8 dias. Tinham respectivamente a idade
de 20 anos, 22 anos e 6 meses, 26 anos e 8 meses.
Eles haviam acertado repartir, entre si, a remuneração
global em partes diretamente proporcionais ao tempo
de trabalho de cada um e inversamente proporcionais 6. (FCC) Se o número de fichas for 518 e a divisão for feita
às respectivas idades. Com base na situação acima em partes diretamente proporcionais às suas respecti-
apresentada, julgue os itens seguintes. vas idades, o número de fichas que caberá a Abel é:
I – O marceneiro que trabalhou 5 dias recebeu 2/3 da a) 140 b) 148 c) 154 d) 182 e) 210
quantia recebida pelo marceneiro que trabalhou 8 dias.
II – O marceneiro mais jovem foi o que recebeu a menor 7. (FCC) Se o número de fichas for 504 e a divisão for feita
quantia. em partes diretamente proporcionais às suas respecti-
Raciocínio Lógico

III – O marceneiro que trabalhou 8 dias recebeu 1/4 da vas idades, mas inversamente proporcionais aos seus
remuneração global. respectivos tempos de serviço na corporação, o número
IV – A soma das quantias recebidas pelo marceneiro de fichas que caberá a
mais jovem e pelo marceneiro mais velho perfaz 11/15 a) Daniel é 180.
da remuneração global. b) Manoel é 176.
c) Daniel é 170.
A quantidade de itens certos é igual a d) Manoel é 160.
a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4. e) Daniel é 162.

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8. (FCC/TRF) No quadro abaixo, têm‑se as idades e os tem- REGRA DE TRÊS E PORCENTAGEM
pos de serviço de dois técnicos judiciários do Tribunal
Regional Federal de uma certa circunscrição judiciária. Grandezas são todos os termos pelos quais atribuímos
um valor, ou seja, tudo aquilo que é susceptível de ser au-
mentado ou diminuído.
Por exemplo: 10 operários constroem 5 casas, trabalhan-
do 7 horas por dia durante 90 dias.
Encontrar as grandezas é verificar os termos que foram
atribuídos valores, nesse exemplo temos três grandezas:
operários, casas e horas por dia.
Essas grandezas se relacionam entre si, podendo ser de
maneira direta ou inversa, logo regra de três nada mais é que
Esses funcionários foram incumbidos de digitar as um processo prático para resolver problemas que envolvam
laudas de um processo. Dividiram o total de laudas grandezas desejando determinar uma outra a partir das já
entre si, na razão direta de suas idades e inversa de conhecidas.
seus tempos de serviço no Tribunal. Se João digitou 27
laudas, o total de laudas do processo era: Passos Utilizados numa Regra de Três Simples
a) 40 b) 41 c) 42 d) 43 e) 44
1º) Determinar as grandezas.
9. (FCC) Duas bibliotecárias receberam 85 livros para 2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inver-
catalogar. Dividiram o total de laudas entre si, na razão samente proporcionais.
direta de seus respectivos tempos de serviço na em- 3º) Montar a proporção e resolver.
presa e na razão inversa de suas respectivas idades. Se
uma tem 24 anos e trabalha há 6 anos na empresa e a Exemplo 1
outra, tem 36 anos e trabalha há 8 anos, o número de Em 8 dias, 5 pintores pintam um prédio inteiro. Se fossem
livros que a mais jovem catalogou foi: 3 pintores a mais, quantos dias seriam necessários para pintar
o mesmo prédio?
a) 41 b) 40 c) 18 d) 45 e) 42

10. (FCC) A  quantia de R$ 4640,00 foi distribuída como Pintores Dias


abono, a três funcionários de uma firma, de forma in- 5 8
versamente proporcional ao número de faltas de cada 5+3 x
um. Paulo faltou 6 dias, Cláudia faltou 9 dias e Ana faltou
8 dias. O abono que Cláudia recebeu foi de: Identificação do tipo de relação:
a) R$ 1280,00 d) R$ 1440,00 Para verificar se as grandezas são inversas ou diretas não
b) R$ 1920,00 e) R$ 1420,00 é necessário basear‑se nos números, pois sendo as grandezas
c) R$ 1360,00 diretas, independente dos números elas sempre serão assim
como inversas.
11. (Cespe) Carlos, André e Luis fizeram juntos um em- Analisando as grandezas: [Quanto mais pintores, menos
préstimo bancário no valor de R$ 1.000,00 e devem dias serão necessários.] “aumenta‑diminui”- INVERSAMEN-
pagar, ao  final de 3 meses, R$ 1.261,00. Do total do TE.
Sendo as grandezas inversas, a proporção será: 8 = 8 ,
empréstimo, Carlos ficou com R$ 460,00, André, com
R$ 350,00 e Luis ficou com o restante. Se cada um deles x = 5 dias. 5 x
pagou ao banco quantias proporcionais ao que recebeu,
então coube a Luis pagar a quantia de: Resposta: 5 dias
a) R$ 190,00 c) R$ 277,00
c) R$ 239,59 d) R$ 420,33 Exemplo 2
Um operário monta em 5 dias uma máquina com deter-
12. (Cespe/STF) Em um tribunal, há 210 processos para minado grau de dificuldade. Quantos dias seriam gastos a
serem analisados pelos juízes A, B e C. Sabe‑se que mais, caso essa dificuldade aumentasse 1/5?
as quantidades de processos que serão analisados
por cada um desses juízes são, respectivamente, nú-
meros diretamente proporcionais aos números a, b e Dias Dificuldade
c. Sabe‑se também que a + c = 14, que cabem ao juiz 5 1
B 70 desses processos e que o juiz C deverá analisar x 1 + 1/5 = 1,2
80 processos a mais que o juiz A. Com relação a essa
situação, julgue os itens seguintes. Identificação do tipo de relação:
a) O juiz A deverá analisar mais de 35 processos. Para verificar se as grandezas são inversas ou diretas não
b) b = 7. é necessário basear‑se nos números, pois sendo as grandezas
c) c < 10. diretas, independente dos números elas sempre serão assim
Raciocínio Lógico

como inversas.
GABARITO Analisando as grandezas: [Quanto maior a dificuldade,
mais dias serão necessários.] “aumenta‑aumenta”-DIRETA-
MENTE.
1. a 5. a 9. d Sendo as grandezas diretas temos:
2. b 6. a 10. a 5 1 , x = 1,2 × 5 = 6 dias
3. C E E 7. e 11. b =
4. C C 8. c 12. E C E x 1,2
Resposta: 6 dias – 5 dias = 1 dia

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Exemplo 3 Sendo as grandezas diretas e inversas temos:
Uma equipe de operários, trabalhando 8 horas por dia,
realizou determinada obra em 20 dias. Se o número de ho- 20 5 160
= ×
ras de serviço for reduzido para 5 horas, em que prazo essa x 8 125
equipe fará o mesmo trabalho? 20 160
=
x 200
Horas por dia Prazo para término (dias) 160 x = 4000
x = 25
8 20
5 x Resposta: 25 caminhões

Para verificar se as grandezas são inversas ou diretas não Duas grandezas variáveis mantêm relação de proporção
é necessário basear‑se nos números, pois sendo as grandezas inversa quando aumentando uma delas para duas, três, qua-
diretas, independente dos números elas sempre serão assim tro, etc. vezes o seu valor, a outra diminuir respectivamente
como inversas. para metade, um terço, um quarto, etc. do seu valor.
Analisando as grandezas: [Quanto mais horas por dia tra-
balhando, menos dias serão necessários.] “aumenta‑diminui Atenção: Não basta observar que o aumento de uma
“-INVERSAMENTE. das grandezas implique o aumento da outra. É preciso que
exista proporção. Por exemplo, aumentando o lado de um
Sendo as grandezas inversas temos: 5 = 20 , 5x = 20 × quadrado, a área do mesmo também aumenta. Mas não há
8  x = 32 dias 8 x
proporção, pois ao dobrarmos o valor do lado, a área não
dobra e sim quadruplica.
Resposta: 32 dias
Propriedade Importante
Regra de Três Composta
Se uma grandeza for diretamente proporcional a algumas
A regra de três composta é utilizada em problemas com grandezas e inversamente proporcional a outras, então,
mais de duas grandezas, direta ou inversamente propor- a razão entre dois dos seus valores será igual ao produto
cionais. das razões dos valores correspondentes das grandezas dire-
tamente proporcionais a ela multiplicado pelo produto das
Exemplo 4 razões inversas dos valores correspondentes das grandezas
Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160 m3 de areia. inversamente proporcionais a ela.
Em 5 horas, quantos caminhões serão necessários para
descarregar 125 m3? QUESTÕES DE CONCURSOS
Colocando em cada coluna as grandezas de mesma es-
pécie e, em cada linha, as grandezas de espécies diferentes 1. (Cespe/TRT) Julgue os itens.
que se correspondem: a) Considere que, em uma semana, um juiz tenha julga-
do 80 processos. Se, de cada grupo de 8 processos,
5 envolviam funcionários públicos, então o total de
Horas Caminhões Volume processos envolvendo funcionários públicos é maior
8 20 160 que 52.
b) Considere que a areia necessária para a construção
5 x 125 de um edifício tenha sido transportada em 10 cami-
nhões com capacidade individual de 3 m3. Se forem
Identificação dos tipos de relação: usados caminhões com capacidade individual de 2
Iremos relacionar de todas as grandezas para aquela que m3, então serão necessários no mínimo 16 cami-
possui o “x”, ou seja, iremos verificar se as grandezas (duas nhões para se fazer o mesmo serviço.
a duas) são diretamente ou inversamente proporcionais. c) Se um carro consumiu 50 litros de gasolina para
Atenção! Para verificar se as grandezas são diretas ou percorrer 500 km, então, supondo condições equi-
inversas é necessário que esta relação seja feita de forma valentes, esse mesmo carro consumirá menos de 65
separada, ou seja, ao analisar de horas para caminhões, não litros de gasolina para percorrer 700 km.
se verifica volume, bem como ao analisar de volume para d) Considere que, na construção de uma casa, 12 pe-
caminhões não se verifica horas. dreiros trabalharam 6 horas por dia e entraram com
Analisando de horas para caminhões: Aumentando o nú- uma reclamação trabalhista para que fosse pago o
mero de horas de trabalho, podemos diminuir o número de total de horas que cada pedreiro trabalhou. Se 9
caminhões. Portanto a relação é inversamente proporcional. pedreiros, trabalhando, nas mesmas condições, 5
Analisando de volume para caminhões: Aumentando horas por dia, levarem 8 dias para construir a casa,
o volume de areia, devemos aumentar o número de cami- então cada pedreiro terá trabalhado um total de 30
Raciocínio Lógico

nhões. Portanto a relação é diretamente proporcional. horas.


e) Considerando que todos os consultores de uma
empresa desempenhem as suas atividades com a
Horas mesma eficiência e que todos os processos que eles
Caminhões Volume (DIRETA)
(INVERSA) analisam demandem o mesmo tempo de análise,
8 20 160 se 10 homens analisam 400 processos em 9 horas,
então 18 homens analisariam 560 processos em mais
5 x 125 de 8 horas.

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2. (Cespe/Senado) Julgue o item. O outro lado da moeda
( ) Se uma pessoa, trabalhando 4 horas por dia,
gasta 10 dias para analisar 20 processos, então, Desde que a economia brasileira sucumbiu a sucessivas
mantendo‑se as mesmas condições de trabalho e crises de pagamento nos anos 80 e 90 do século passado,
eficiência, ela também gastaria 10 dias para anali- convencionou‑se calcular o número de reais para comprar
sar 40 processos, trabalhando 8 horas por dia. 1 dólar. No entanto, para constatar o fortalecimento da mo-
eda brasileira, recomenda‑se fazer a conta inversa. (...) Em
3. (FCC) Segundo previsões da divisão de obras de um janeiro de 2003, 1 real comprava 0,28 dólar; hoje já compra
município, serão necessários 120 operários para cons- quase 0,5 dólar.
truir 600 m de uma estrada em 30 dias de trabalho. (Revista Veja, 18 abr. 2007)
Sabendo‑se que o município poderá disponibilizar ape-
nas 40 operários para a realização da obra, os primeiros 8. (Cesgranrio) De acordo com os dados da reportagem
300 m da estrada estarão concluídos em acima, aproximadamente, quantos reais equivaliam a
a))45 dias 1 dólar em 2003?
b) 50 dias a) 2,68
c) 55 dias b) 2,80
d) 60 dias c) 3,15
e) 65 dias d) 3,57
e) 3,71
4. (Esaf/AFC) Em um país, um quilograma de moedas de
50 centavos equivale, em dinheiro, a dois quilogramas
9. (Cespe) Para analisar documentos relativos à gestão
de moedas de 20 centavos. Sendo 8 gramas o peso de
orçamentária de um município, 3 técnicos, trabalhando
uma moeda de 20 centavos, uma moeda de 50 centavos
pesará, em gramas: durante 6 horas, examinaram 50% dos documentos.
a) 8 b) 10 c) 15 d) 20 e) 22 Considerando que o tempo gasto para analisar cada
documento é sempre o mesmo, julgue os itens a seguir.
5. (Esaf/AFC) Lúcio faz o trajeto entre sua casa e seu local a) Quatro técnicos examinariam o restante dos do­
de trabalho caminhando, sempre a uma velocidade cumentos em 4 horas.
igual e constante. Neste percurso, ele gasta exata- b) Em 3 horas, 5 técnicos seriam suficientes para exa-
mente 20 minutos. Em um determinado dia, em que minar o restante dos documentos.
haveria uma reunião importante, ele saiu de sua casa
no preciso tempo para chegar ao trabalho 8 minutos 10. (Cesgranrio) Para estocar 250 toneladas de soja no
antes do início da reunião. Ao passar em frente ao Cine armazém do Porto de Porto Velho, durante 15 dias,
Bristol, Lúcio deu‑se conta de que se, daquele ponto, a Empresa A pagou R$ 335,00. A Empresa B estocou
caminhasse de volta a sua casa e imediatamente reini- no mesmo armazém, durante o mesmo período, 70
ciasse a caminhada para o trabalho, sempre à mesma toneladas a mais de soja. Ao todo, quanto a Empresa
velocidade, chegaria atrasado à reunião em exatos 10 B pagou pela estocagem, em reais?
minutos. Sabendo que a distância entre o Cine Bristol a) 93,80
e a casa de Lúcio é de 540 metros, a distância da casa b) 241,20
de Lúcio a seu local de trabalho é igual a: c) 428,80
a) 1.200 m d) 568,00
b) 1.500 m e) 938,00
c) 1.080 m
d) 760 m 11. (Cesgranrio) Uma torneira enche de água um tanque
e) 1.128 m de 500 litros em 2 horas. Em quantos minutos 3 tor-
neiras idênticas à primeira encherão um tanque de 600
6. (Cespe) Para analisar os documentos contábeis de um litros, sabendo que todas as torneiras despejam água
empresa, em um dia, uma equipe de 8 técnicos, traba- à mesma vazão da primeira e que, juntamente com as
lhando durante 6 horas, consegue realizar 48% do tra- torneiras, há uma bomba que retira desse tanque 2,5
balho. Considerando que todos os técnicos trabalham litros de água por minuto?
com a mesma eficiência, julgue os itens a seguir. a) 72 b) 60 c) 56 d) 48 e) 45
a) No dia seguinte, 12 desses técnicos conseguem
concluir a análise dos documentos em 4 horas e 30 12. (Cesgranrio) Luiz vai de bicicleta de casa até sua escola
minutos. em 20 minutos, percorrendo ao todo 4 km. Se, peda-
b) Para concluir as análises dos documentos em 5 horas
lando no mesmo ritmo, ele leva 1h 10min para ir de sua
e 12 minutos, serão necessários 10 desses técnicos.
casa até a casa de sua avó, a distância, em km, entre as
c) Se, no segundo dia, 9 desses técnicos trabalharem
duas casas é de:
somente durante 5 horas, a análise dos documentos
não será concluída. a) 14 b) 16 c) 18 d) 20 e) 22
Raciocínio Lógico

7. (Cespe/TST) Considere que uma equipe de pedreiros 13. (Cesgranrio) Em um canteiro de obras, 6 pedreiros, tra-
tenha sido contratada para construir um muro. Sabe‑se balhando 12 horas por dia, levam 9 dias para fazer uma
que 1 pedreiro levaria 4 dias para construir o muro. certa tarefa. Considerando‑se que todos os pedreiros
Assumindo que os pedreiros da equipe trabalham todos têm a mesma capacidade de trabalho e que esta ca-
no mesmo ritmo e com a mesma jornada diária, julgue pacidade é a mesma todos os dias, quantos pedreiros
os itens que se seguem. fariam a mesma tarefa, trabalhando 9 horas por dia,
a) Em 1 dia, 3 pedreiros da equipe construiriam o muro. durante 18 dias?
b) Dois pedreiros levariam 2 dias para construir o muro. a) 4 b) 5 c) 6 d) 8 e) 9

60

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14. (Cespe) Uma empresa convocou seus empregados Considere o seguinte exemplo:
para se cadastrarem em um novo plano de saúde. Pela João pagou uma prestação que corresponde a 50% do
manhã, 3 empregados da operadora do plano de saúde seu salário. Sabendo que seu salário é de 1.200,00 reais,
cadastraram metade dos empregados da empresa em qual o valor pago?
4 horas. À tarde, 4 empregados da operadora cadas- Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa
traram a outra metade dos empregados da empresa. percentual (50%) sobre o seu salário.
Considerando que o tempo gasto para cadastrar cada
empregado é o mesmo para todos os empregados da 50
50% de 1200 = × 1200 =600, 00
empresa, é correto afirmar que à tarde o cadastramento 100
foi concluído em:
a) 4 horas. Porcentagem
b) 3 horas.
c) 2 horas. Valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um
d) 1 hora. determinado valor.
Dada uma razão qualquer P , denominados de por-
GABARITO v
centagem do valor v a todo valor de P que estabelece uma
1. E E E C E 6. E C C 11. b proporção com alguma razão centesimal.
2. c 7. E C 12. a É o valor obtido ao aplicarmos uma taxa percentual a um
3. a 8. d 13. a determinado valor.
4. b 9. E E 14. b
5. a 10. c Exemplos 1:
• Calcular 10% de 200.
10
Porcentagem 10% de 200 = × 200 = 20
100
É comum o uso de expressões que refletem acréscimos
ou reduções em preços, números ou quantidades, sempre • Calcular 25% de 300kg.
tomando como referencial 100 unidades. 25
Exemplos:
25% de 300 = × 300 = 75 Kg
100
• Os alimentos tiveram um aumento de 16%.
• Significa que em cada R$ 100 houve um acréscimo de
Logo, 75 kg é o valor correspondente à porcentagem
R$ 16,00.
procurada.
• O freguês recebeu um desconto de 12% em todas as
mercadorias. Exemplos 2:
• Significa que em cada R$ 100 foi dado um desconto de Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato,
R$12,00. cobrou 50 faltas, transformando em gols 30% dessas faltas.
• Dos atletas que jogam no Santos, 80% são craques. Quantos gols de falta esse jogador fez?
• Significa que em cada 100 jogadores que jogam no
Grêmio, 80 são craques. 30
30% de 50 = × 50 = 15
Razão centesimal 100
Toda a razão que tem para consequente (denominador)
o número 100 denomina‑se razão centesimal. Portanto, o jogador fez 15 gols de falta.

Exemplos: Fator de Multiplicação

8 34 129 300 Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter-


, , , minado valor, podemos calcular o novo valor apenas multi-
100 100 100 100
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim
Podemos representar uma razão centesimal de outras por diante.
formas:
Observe a tabela seguinte.
8
= 0.08
= 8%
100 Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação
34 10% 1,10
= 0,34
= 34%
100 12% 1,12
Raciocínio Lógico

129
= 1,=
29 129% 25% 1,25
100
48% 1,48
300
= 3,=
0 300% 68% 1,68
100
Exemplo 1
As expressões 8%, 34% e 129% são chamadas taxas Aumentando 20% no valor de R$ 15,00 temos:
centesimais ou taxas percentuais. 15 x 1,20 = R$ 18,00.

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No caso de haver um decréscimo, o fator de multipli- 8. (Cespe) Julgue os itens.
cação será: a) Se um trabalhador ganha R$ 800,00 líquidos por
Fator de multiplicação = 1 – taxa de desconto (na forma mês, gasta 25% de seu salário em alimentação,
decimal) 30% em aluguel, 25% em outras despesas e aplica
o restante em uma caderneta de poupança, então o
Observe a tabela seguinte. valor aplicado mensalmente é maior que R$ 150,00.
b) Se Antônio e Pedro analisaram juntos 225 proces-
sos e Pedro analisou 25% a mais de processos que
Desconto Fator de Multiplicação Antônio, então Antônio analisou 100 processos.
10% 0,90
25% 0,75 9. (Cespe) Julgue os itens.
35% 0,65 a) Considere que a cesta básica tenha seu preço majo-
rado a cada mês, de acordo com a inflação mensal.
75% 0,25
Se, em dois meses consecutivos, a  inflação foi de
90% 0,10 5% e 10%, então a cesta básica, nesse período, foi
Exemplo 2 majorada em exatamente 15%.
Descontando 15% no valor de R$ 130,00 temos: b) Se um funcionário recebia R$ 850,00 por mês e pas-
130 x 0,85 = R$ 110,50. sou a receber R$ 952,00, então ele teve um aumento
inferior a 13%.
QUESTÕES DE CONCURSOS 10. (Cespe) Um comerciante aplicou um capital C, com
rendimento de 30% ao ano, no início de 2001. Na-
1. Em certa cidade, as tarifas de ônibus foram majoradas, quela data, ele poderia comprar, com esse capital,
passando de R$ 16,00 para R$ 20,00. De quanto foi o exatamente 20 unidades de um determinado produto.
percentual de aumento? Porém, o preço unitário do produto subiu 25% em 2001.
A porcentagem a mais de unidades do produto que o
2. Meio, quantos por cento são de 5/8? comerciante podia comprar no início de 2002 era:
a) inferior a 3,5%.
3. Uma pesquisa revelou que 70% das pessoas entre- b) superior a 3,5% e inferior a 4,5%.
vistadas assistiam à TV. Sabe‑se que 60% das pessoas c) superior a 4,5% e inferior a 5,5%.
entrevistadas eram do sexo masculino e que 75% das d) superior a 5,5% e inferior a 6,5%.
mulheres entrevistadas assistiam à TV. Qual a porcen- e) superior a 6,5%.
tagem de homens entre as pessoas que não assistam
à TV? 11. (FCC) Desprezando‑se qualquer tipo de perda, ao se adi-
cionar 100 g de ácido puro a uma solução que contém
4. Num certo grupo de 300 pessoas sabe‑se que 98% são 40 g de água e 60 g deste ácido, obtém‑se uma nova
do sexo masculino. Quantos homens deveriam sair do solução com
grupo para que o restante deles passasse a representar a) 75% de ácido.
97% das pessoas presentes no grupo remanescente? b) 80% de ácido.
c) 85% de ácido.
5. (FCC) Em agosto de 2006, Josué gastava 20% de seu d) 90% de ácido.
salário no pagamento do aluguel de sua casa. A partir e) 95% de ácido.
de setembro de 2006, ele teve um aumento de 8% em
seu salário e o aluguel de sua casa foi ajustado em 35%. 12. (FCC) Em janeiro, uma loja em liquidação decidiu baixar
Nessas condições, para o pagamento do aluguel após os todos os preços em 10%. No mês de março, frente a
reajustes, a porcentagem do salário que Josué deverá diminuição dos estoques a loja decidiu reajustar os pre-
desembolsar mensalmente é: ços em 10%. Em relação aos preços praticados antes da
a) 22,5% d) 30% liquidação de janeiro, pode‑se afirmar que, no período
b) 25% e) 32,5% considerado, houve
c) 27,5% a) um aumento de 0,5%
b) um aumento de 1%
c) um aumento de 1,5%
6. (FCC) Pedi certa quantia emprestada a meu irmão. Já
d) uma queda de 1%
lhe devolvi R$ 254,40, que correspondem a 80% do
e) uma queda de 1,5%
valor que ele me emprestou. Se não há pagamento de
juros, o valor total dessa dívida é:
13. (Esaf) Em um aquário há peixes amarelos e vermelhos:
a) R$ 63,60 d) R$ 2035,20 80% são amarelos e 20% são vermelhos. Uma mis-
b) R$ 203,50 e) R$ 3180,00 teriosa doença matou muitos peixes amarelos, mas
c) R$ 318,00 nenhum vermelho. Depois que a doença foi controlada,
verificou‑se que 60% dos peixes vivos, no aquário, eram
Raciocínio Lógico

7. (FCC) Dos 120 funcionários convidados para assistir amarelos. Sabendo que nenhuma outra alteração foi
a uma palestra sobre doenças sexualmente trans- feita no aquário, o percentual de peixes amarelos que
missíveis, somente 72 compareceram. Em relação morreram foi:
ao total de funcionários convidados, esse número a) 20 %
representa: b) 25 %
a) 45% d) 60% c) 37,5 %
b) 50% e) 65% d) 62,5 %
c) 55% e) 75 %

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14. (Esaf) A remuneração mensal dos funcionários de EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
uma empresa é constituída de uma parte fixa igual
a R$ 1.500,00 mais uma comissão de 3% sobre o to- Equação
tal de vendas que exceder a R$ 8.000,00. Calcula‑se
em 10% o percentual de descontos diversos que Para resolvermos os problemas matemáticos, temos a
incidem sobre seu salário bruto (isto é, sobre o to- união de todas as operações envolvidas em um determinado
tal da parte fixa mais a comissão). Em dois meses problema para chegarmos a uma resposta, esse fenômeno
consecutivos, um dos funcionários dessa empresa denomina-se equação. Na resolução de uma situação proble-
recebeu, líquido, respectivamente, R$ 1.674,00 e ma é necessário utilizar uma equação, seja ela qualquer grau.
R$ 1.782,00. Com esses dados, pode‑se afirmar que as Vamos nesse momento resolver problemas utilizando as
vendas realizadas por esse funcionário no segundo mês operações básicas com números naturais, inteiros e racionais.
foram superiores às do primeiro mês em: É comum que as bancas de concursos públicos utilizem
a) 8% questões relacionadas a idades.
b) 10%
c) 14% QUESTÕES COMENTADAS
d) 15%
e) 20% 1. Se Laura fosse 15 anos mais nova, a metade da sua
idade seria de 16 anos. Qual a sua idade?
15. (Esaf) Durante uma viagem para visitar familiares com
diferentes hábitos alimentares, Alice apresentou suces- Comentário:
Se hoje ela tem x anos (x é a solução do problema), há
sivas mudanças em seu peso. Primeiro, ao visitar uma
quinze anos ela teria a idade de hoje menos 15 anos,
tia vegetariana, Alice perdeu 20% de peso. A  seguir,
isto é, x – 15 . O problema também mencionou que a
passou alguns dias na casa de um tio, dono de uma metade da idade dela há 15 anos é igual a 16, então,
pizzaria, o que fez Alice ganhar 20% de peso. Após, podemos construir a equação da seguinte maneira:
ela visitou uma sobrinha que estava fazendo um rígido
regime de emagrecimento. Acompanhando a sobrinha Equação: [(x-15)]/ 2 = 16
em seu regime, Alice também emagreceu, perdendo
25% de peso. Finalmente, visitou um sobrinho, dono Resolvendo, temos:
de uma renomada confeitaria, visita que, acarretou, [x- 15] = 16 .2
para Alice, um ganho de peso de 25%. O peso final de x-15 = 32
Alice, após essas visitas a esses quatro familiares, com x= 32 + 15
relação ao peso imediatamente anterior ao início dessa x= 47
sequência de visitas, ficou:
a) exatamente igual. Uma equação é formada por uma igualdade e uma ou
b) 5% maior. mais incógnitas (valor desconhecido).
c) 5% menor.
d) 10% menor. (Cespe/TRT) Julgue os itens.
e) 10% maior. 2. Se a soma de três números ímpares consecutivos é 51,
então a soma dos dois números pares que estão entre
16. (FCC/MPU) No refeitório de certa empresa, num dado esses ímpares é maior que 36.
momento, o número de mulheres correspondia a 45%
do de homens. Logo depois, 20 homens e 3 mulheres Comentário:
retiraram‑se do refeitório e, concomitantemente, lá Temos que um número ímpar pode representá-lo da
adentraram 5 homens e 10 mulheres, ficando, então, seguinte forma:
2 . n + 1, em que n pertencente aos conjunto dos nú-
o número de mulheres igual ao de homens. Nessas
meros inteiros.
condições, o total de pessoas que havia inicialmente
nesse refeitório era:
(2n+1) + (2n+3) + (2n+5) = 51 (temos que a soma dos
a) 46
três ímpares consecutivos é igual a 51)
b) 48
c) 52 Resolvendo a equação:
d) 58 (2n+1) + (2n+3)+(2n+5) = 51
e) 60 6n + 9 = 51
6n = 51-9
GABARITO 6n = 42
n = 42/6
1. 25% 9. E C n=7
Raciocínio Lógico

2. 80% 10. b (2n+1) = 14+1 = 15


3. 66,7% (aprox.) 11. b (2n+3) = 14+3 = 17
4. 100 homens 12. d (2n+5) = 14+4 = 19
5. b 13. d
6. c 14. e Logo, os dois números pares que estão entre eles são:
7. d 15. d 16 e 18, sendo a soma igual a 34.
8. C C 16. d
Resposta: item errado

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2. Considere que certo número seja formado por 3 algaris- dia 12 de abril de 1994. Sabendo que a idade que Paula
mos cuja soma é 13. Se o algarismo das dezenas é o dobro tinha no dia 12 de abril de 1994 equivale à idade que
do algarismo das centenas e este é igual a quatro vezes o Ana tem no dia 12 de abril de 2014. calcule a soma das
das unidades, então esse número é maior que 500. idades que Ana e Paula têm no dia 12 de abril de 2014.
a) 40
Comentário: b) 20
U + D + C = 13 c) 100
Unidade: x d) 60
Dezena : 8x e) 80
Centena: 4x
Inequação
Somando, temos:
x + 8x +4x = 51 As inequações são desigualdades matemáticas que uti-
13x = 13 lizam os seguintes sinais em sua formulação:
X=1
• ≠: diferente;
O número formado é 4(1) 8(1)1(1) = 481. • ≤: menor ou igual;
• ≥:maior ou igual;
Resposta: item errado • >: maior;
• <: menor.
3. Se Carlos gasta um terço do seu salário com aluguel e a
metade com alimentação e ainda lhe sobram R$ 80,00, Para resolução, temos que se assemelham a equações
então o salário de Carlos é maior que R$ 450,00. em que as operações são idênticas, isto é, se tivermos que
passar um número ou uma incógnita para o outro lado da
Comentário:
desigualdade, são realizados os mesmos métodos, porém,
Agora, vamos equacionar números racionais:
temos não apenas uma solução, mas sim um conjunto de
X = salário
soluções.
(1/3 X) = aluguel
Ex.: dada a inequação 4x + 12 > 3x -1, determine as
(1/2 X) = alimentação
soluções inteiras:
Construindo a equação:
(1/3 X) + (1/2 X) + 80 = x 4x + 12 > 3x -1
(2x + 3x + 480)/6 = x 4x-3x > -1 -12
(2x +3x + 480) = 6x x>-13
5x + 480 = 6x S = { -12,-11,-10,-9,...}
X = 480.
Ex.: dada a inequação 5 x  – 9 ≥ 3x  – 1, determine as
Resposta: item certo soluções inteiras:

x −1 x − 3 5x – 9 ≥ 3x – 1
4. A solução da equação + = 6 é um número 5x – 3x ≥ – 1 + 9
natural. 2 3 2x ≥ 8
x≥4
Comentário: S = {4,5,6,7,8,...}
x −1 x − 3
Resolvendo a equação, temos: + =6
2 3 QUESTÕES DE CONCURSOS
3(x − 1) + 2(x − 3)
=6 1. (Cespe) Dois operários receberam juntos R$ 10.000,00
6 para fazerem a manutenção de uma linha de transmis-
3x − 3 + 2x − 6 são de uma empresa. O primeiro trabalhou durante 25
=6 dias e o segundo, que recebe R$ 30,00 por dia a mais
6
que o primeiro, trabalhou durante 18 dias. Com base
5x − 9 nessas informações, julgue os itens abaixo.
=6
6 I – O primeiro operário recebeu um salário diário acima
5x − 9 = 36 de R$ 215,00.
II – O salário total do primeiro operário foi inferior a
5 x = 45 R$ 5.600,00.
x = 45 / 5 III – O segundo operário recebeu um salário diário
inferior a R$ 265,00.
x=9 IV – O salário total do segundo operário foi superior a
Raciocínio Lógico

R$ 4.400,00.
Resposta: item certo
A quantidade de itens certos é igual a:
Desafio 2 a) 0.
b) 1.
(Funcab) No dia 12 de abril de 2014, Paula e Ana co- c) 2.
memoraram seus aniversários. Nessa data, a idade que d) 3.
Paula tem equivale ao triplo da idade que Ana tinha no e) 4.

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(Cespe) Julgue os itens. das 35 refeições comuns e 14 especiais, e o restaurante
2. Considere a seguinte situação hipotética. arrecadou R$ 238. Se a refeição comum custa R$ 4,00,
Um juiz tem quatro servidores em seu gabinete. Ele qual o preço em reais da especial?
deixa uma pilha de processos para serem divididos a) 7,00
igualmente entre seus auxiliares. O primeiro servidor b) 8,00
conta os processos e retira a quarta parte para anali- c) 9,00
sar. O segundo, achando que era o primeiro, separa a d) 10,00
quarta parte da quantidade que encontrou e deixa 54 e) 11,00
processos para serem divididos entre os outros dois
servidores. Nessa situação, o número de processos 9. (Cesgranrio) Seu João pagou uma dívida em três par-
deixados inicialmente pelo juiz era maior que 100. celas: a primeira correspondeu à metade da dívida e a
3. A interseção entre os conjuntos-soluções das desigual- segunda, à terça parte da dívida. Se a terceira parcela
dades – 2 < 3x + 7 < 100 e 10 < – 2x + 80 ≤ 30 contém correspondeu a R$ 108,00, o valor, em reais, da primeira
exatamente seis números naturais. parcela paga por Seu João foi:
a) 324,00
4. (Cesgranrio) Considere x e y números tais que 4 . x + 3 b) 348,00
. y = 3 . x + 5. Y. É correto afirmar que: c) 436,00
a) y = x/2 d) 512,00
b) y = x e) 648,00
c) y = 2x
d) 2y = 3x 10. (Cespe) A respeito de equações e inequações de 1º e
e) 3y = 2x 2º graus, Julgue os itens a seguir.
I – Para algum número real x > 2, tem-se que x² + 1
5. (Cesgranrio) Na figura abaixo, as duas balanças estão < x + 3.
equilibradas. II – A solução da equação 5x – 1 = x + 2 é um número
inteiro.
III – As raízes da equação x² – 4x + 2 = 0 são números
racionais.
IV – Nenhum número real negativo é solução da ine-
quação x – 1 > 3 – x.

11. (FCC) Qual a idade atual de uma pessoa se daqui a 8


anos ela terá exatamente o triplo da idade que tinha
há 8 anos atrás?
A razão entre as massas das caixas identificadas pelas a) 15 anos.
letras A e B, nessa ordem, é expressa pela fração: b) 16 anos.
a) 1/2 c) 24 anos.
b) 2/3 d) 30 anos.
c) 3/4 e) 32 anos.
d) 4/5
e) 5/6 12. (Universa) Há vinte anos, Maria tinha o dobro da idade
atual de José. Hoje, Maria tem a idade que José terá
daqui a 43 anos. Daqui a quinze anos, a idade de Maria,
em anos, será igual a:
a) 23
b) 43
c) 48
d) 66
e) 81

13. (Esaf) Se a idade de uma criança hoje é a diferença entre


a metade da idade que ela teria daqui a dez anos e a
6. (Cesgranrio) As dez caixas representadas acima formam metade da idade que ela tinha há dois anos, qual a sua
duas pilhas com a mesma altura. Algumas dessas caixas idade hoje?
têm etiqueta com o número que representa a medida a) 3 anos
de sua altura e as que estão sem adesivo têm a mesma b) 2 anos
altura x. Se todas as medidas estão em centímetros, c) 4 anos
o valor de x é: d) 5 anos
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 10 e) 6 anos

7. (Cesgranrio) Em uma empresa, 1/3 do total dos fun- 14. (Cesgranrio) A idade de Marcos é, atualmente, o triplo
Raciocínio Lógico

cionários é o setor de serviços gerais e os outros 36 da idade de seu filho. Daqui a 10 anos, será o dobro.
trabalham no Departamento de Pessoal. Quantos são Quando seu filho nasceu, a idade de Marcos, em anos,
os funcionários desta empresa? era:
a) 44 c) 54 e) 108 a) 30
b) 52 d) 56 b) 26
c) 24
8. (Cesgranrio) Um restaurante popular oferece dois tipos d) 32
de refeição: a comum e a especial. Certo dia foram servi- e) 20

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15. (Cesgranrio) Há dez anos a razão entre as idades de FUNÇÕES E EQUAÇÕES. EQUAÇÕES E
Marta e Rita era de 3/4. Daqui a dois anos será de 9/10.
O número de anos correspondente à soma das duas
FUNÇÕES DO 2º GRAU. MMC E MDC
idades é:
a) 26 A função é uma relação especial e pode ser definida da
b) 28 seguinte maneira: sejam dois conjuntos A e B, tais que para
c) 34 todo elemento x pertencente a A, haja uma correspondência
d) 36 de um elemento y pertencente a B. Essa correspondência é
e) 38 a função: a associação definida de algum modo entre todos
os elementos de um conjunto (domínio) e os elementos de
16. (Cesgranrio) Atualmente, a razão entre as idades, em outro conjunto (contra-domínio).
anos, de Pedro e de Ana é igual a 7/8. Se quando Pedro A função realiza uma associação de um elemento x a ou-
nasceu Ana tinha 3 anos, qual será a idade de Pedro tro valor e pode ser indicada pela função f(x). O surgirmento
daqui a 10 anos? da letra x na simbologia da função não ocorre por acaso, pois
a) 17 o valor f(x) depende exclusivamente de x.
b) 21
Desta forma, são denomindados: x variável independente
c) 24
d) 31 e f(x) (ou y): variável dependente.
e) 34 Definição matematica:

17. (FCC) Há 5 anos a idade do pai era o triplo da do filho


daqui a 5 anos, será o dobro. Qual a soma das idades
do pai e do filho hoje? Um exemplo pode ser a função: dado o conjunto dos
a) 40 números naturais, podemos ter uma função que associa
b) 50 cada número (x) ao seu quadrado f(x). Assim, essa função
c) 60 assumiria os valores: {1,4,9,16,25,36,...}.
d) 65
Também podemos ter que uma função pode associar
e) 70
mais de um conjunto a outro, ou seja, podem haver diversas
18. (FCC) Daqui a 12 anos eu terei o triplo da idade que variáveis independentes. Exemplo: uma função pode tomar
você tinha há 12 anos. Se hoje eu tenho 15 anos que dois valores inteiros e expressar sua adição:
idade você terá daqui a 12 anos?
a) 12
b) 21
c) 15 Vamos verificar aplicação de função em uma questão
d) 33 de concurso:
e) 27

19. (Cetro) Hoje a idade de João é a metade da idade de QUESTÃO COMENTADA


sua mãe. Há quatro anos, a idade de João era a terça
parte da idade de seu pai. Se a soma das idades dos três 1. (Esaf) Sejam e fun-
é 100 anos hoje, calcule quantos anos o pai de João é ções do primeiro grau. Calcule , de modo que
mais velho que sua mãe.
a) 8 a) 3
b) 10 b) 5
c) 12 c) 4
d) 13
d) 2
e) 15
e) 6
20. (Desafio) Eu tenho o dobro da idade que tu tinhas
quando eu tinha a tua idade. Quando tu tiveres a minha Comentário:
idade, a soma das nossas idades será de 45 anos. Qual Sendo e
a soma das nossas idades hoje?
a) 25
Sendo e
b) 28
c) 30
d) 32
e) 35

GABARITO
Raciocínio Lógico

1. d 8. a 15. c
2. E 9. a 16. d
, divide os membros por 3.
3. C 10. E, E, E, C. 17. b
4. a 11. b 18. d
5. c 12. e 19. b
6. d 13. e 20. e
7. c 14. e
Resposta: item certo

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Equações e Funções do 1º Grau Para uma função crescente : a > 0

É importante o estudo das funções, pois podemos


aplicá‑las em diversas circunstâncias. O significado de função
está ligado à matemática, sendo ela de 1º ou do 2º grau.
Dessa forma, é utilizada para relacionar valores numéricos
de uma determinada expressão algébrica de acordo com que
cada valor que é dado ao domínio dessa expressão.
Uma função do 1º grau relacionará os valores numéricos
obtidos de expressões algébricas, por exemplo: f(x) = ax + b.
Para definirmos uma função do 1º grau, devemos ter
uma expressão algébrica do 1º grau. O objetivo da função
é relacionar para cada valor de x (domínio) um valor para o
f(x)(imagem). Vejamos um exemplo para a função f(x)= x – 4.
Na função crescente, quando os valores de x aumentam,
x = 1, temos que f(1) = 1 – 4 = –3 os valores de y também aumentam; ou, quando os valores
x = 2, temos que f(2) = 2 – 4 = –2 de x diminuem, os valores de y diminuem. Veja o exemplo
abaixo para a função y = 3x + 1.
De acordo com os valores numéricos dados a x, temos
que f(x) é alterado, obtendo, assim, pares ordenados: (x, f(x)).
Para o estudo das funções do 1º grau, iremos modelar x Y
uma situação hipotética: -2 -5
-1 -2
Exemplo 1 0 1
Um indivíduo pode escolher entre dois planos de assina-
1 4
tura de TV a cabo: X e Y.
2 7
Condições dos planos:
Plano X: cobra um valor fixo mensal de R$ 14,00 e Para uma função decrescente: a < 0.
R$ 2,00 por canal escolhido.
Plano Y: cobra um valor fixo mensal de R$ 11,00 e
R$ 2,50 por canal escolhido.

Vamos determinar:
1) A função correspondente a cada plano.
X: f(x) = 2x + 14
Y: g(x)= 2,5x + 11

Exemplo 2
Na produção de equipamentos, uma indústria tem um
custo fixo de R$ 20,00 mais um custo variável de R$ 1,20 por
unidade produzida. Sendo x o número de peças unitárias Na função decrescente, quando os valores de x aumen-
produzidas, determine: tam, os valores de y diminuem; ou, quando os valores de x
a) A lei da função que indicar o custo da produção de diminuem, os valores de y aumentam. Veja o exemplo abaixo
x peças; para a função y = – 3x + 1.
b) Calcule o custo para produção de 600 peças.
x Y
Respostas
a) f(x) = 1,2x + 20 -2 7
b) f(x) = 1,2x + 20 -1 4
f(600) = 1,2*600 + 20 0 1
f(600) =720 + 20 1 -2
f(600) = 740 2 -5
O custo para produzir 600 peças é de R$ 740,00.
QUESTÕES DE CONCURSOS
Função Crescente e Decrescente 1. Veja este anúncio de uma loja de consertos.
“Consertos em casa. taxa de visita: R$ 20,00 + hora de
Raciocínio Lógico

Uma função é a relação entre duas grandezas represen- mão de obra: R$ 12,00.
tadas por x e y. Em uma função do 1º grau, temos a seguinte O preço C do conserto é função do número T de horas
lei de formação: y = ax + b ou f(x) = ax + b, onde os coefi- de trabalho (mão de obra).
cientes “a” e “b” pertencem aos reais e “a” difere de zero. a) calcule o preço do conserto de uma máquina de lavar
Esse modelo de função possui como gráfico a figura de uma roupa que levou 2,5 horas para se concertada.
reta, portanto as relações entre os valores do domínio e da b) a dona Eliana pagou R$ 35,00 a um técnico dessa
imagem crescem ou decrescem de acordo com o valor do loja que foi consertar a sua televisão. Quanto tempo
coeficiente “a”. levou o técnico para consertar o aparelho?

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2. Um tanque com capacidade para 1200 litros de água Exemplo 1:
tem um furo no fundo por onde a água escoa a uma Dada a função, vamos atribuir valores para x e substi-
razão constante. Considere V o volume do tanque, em tuindo na função encontraremos os valores de y, formando
litros, e t o tempo de escoamento, em horas, relacio- pares ordenados.
nados pela equação: V= 1200 – 12t.
Estando o tanque cheio, calcule:
X y = x2 – 1. F(x)
a) o volume de água no tanque, após 30 horas de
escoamento. -3 y = (-3)2 – 1 8
b) o tempo necessário para que ele se esvazie total- -2 y = (-2)2 – 1 3
mente. -1 y = (-1)2 – 1 0
0 y = 02 – 1 -1
Considere o seguinte enunciado para responder às próximas 1 y = 12 – 1 0
questões.
Em uma livraria foi montado um serviço de utilização de 2 y = 22 – 1 3
microcomputadores. O  usuário paga uma taxa fixa de R$ 3 y = 32 – 1 8
1,50, acrescida de R$ 2,50 por hora. Fração de hora é cobrada
como hora inteira.

3. (FCC) A quantia a ser desembolsada por uma pessoa


que utilize certo dia esse serviço, das 12h 50 min até
16h 15min, é:
a) R$ 11,50
b) R$ 11,00
c) R$ 10,00
d) R$ 9,50
e) R$ 9,00

4. (FCC) Um usuário que dispõe apenas de R$ 20,00, pode


utilizar esse serviço por, no máximo,
a) 10 horas.
b) 9 horas.
c) 8 horas. O gráfico expressa a função acima, possuindo concavida-
d) 7 horas. de voltada para cima. A concavidade pode ser relacionada
e) 6 horas. mediante o valor do coeficiente “a”, ou seja, quando a > 0 a
concavidade sempre será voltada para cima.
5. (FCC) Seja y = 12,5x – 2000, uma função descrevendo As funções do 2º grau pelas suas diversas aplicações no
o lucro mensal y de um comerciante na venda de x dia a dia, são frequentes nas questões de concursos públicos,
unidades de um determinado produto. Se, em um de- tornando‑se importante seu estudo. Torna‑se evidente em
terminado mês, o lucro auferido foi de R$ 20.000,00, situações relacionadas à Física, Biologia, Administração e
significa que a venda realizada foi, em número de Contabilidade e etc.
unidades, de A representação geométrica de uma função do 2º grau é
a) 1.440 dada por uma parábola. Caso o sinal do coeficiente “a” seja
b) 1.500 positivo, teremos concavidade voltada para cima, mas se o
c) 1.600 sinal do coeficiente “a” for negativo teremos concavidade
d) 1.760 voltada para baixo.
e) 2.000

GABARITO
1. a) R$ 50,00 b) 1h15min
2. a) 840 l b) 100h
3. a
4. d
5. d

Equações e Funções do 2º Grau


Raciocínio Lógico

O gráfico de uma função de 2º grau será uma parábola


de concavidade para baixo ou para cima. As raízes da função do 2º grau são os pontos em que a
A função do 2º grau possui sua forma geral dada por parábola intercepta o eixo das abcissas x.
f(x) = ax2 + bx + c, com a ≠ 0. Por meio da função f(x) = ax² + bx + c, se f(x) = 0, obtemos
Vamos construir um gráfico de uma função de 2º grau uma equação do 2º grau, ax² + bx + c = 0. Dependendo do
qualquer, ou seja, iremos atribuir valores para x e encontrar valor do discriminante ∆ (delta), podemos ter os seguintes
valores correspondentes para a função. gráficos:

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∆ > 0, a equação possui duas raízes diferentes e reais. O produto do número de mulheres pelo de homens é 156
A parábola intercepta o eixo x em dois pontos distintos.
M x H = 156

Substituíndo o valor de M no produto acima teremos:

M x H = 156
(H + 20 ) x H = 156

H2 + 20H  – 156 = 0 , desta forma encontramos uma


equação do 2 grau. Logo iremos aplicar a fórmula de
Bháskara:
∆ = 0, a equação possui apenas uma raiz real. A parábola
intercepta o eixo x em um único ponto.

∆ < 0, a equação não possui raízes reais. A parábola não


intercepta o eixo x, não possuía raízes reais. H1= 6 H2=-28

Desta forma temos uma raiz positiva e outra negativa,


logo assumimos a positiva, total de homes igual a 6.
Como sabemos que o número de mulheres é dado por
M= H + 20, temos M=6 + 20 = 26.
Total de pessoas é dado por 32 pessoas.

Resposta: d

Ponto Máximo e Ponto Mínimo


Para encontrarmos as raízes de uma função do 2º grau,
temos que aplicar o Teorema de Bháskara: Para encontrarmos o ponto máximo e o ponto mínimo
de uma função do 2º grau devemos calcular o vértice da
parábola utilizando as seguintes fórmulas matemáticas:

Exemplo

Dada a função f(x) = x² + x – 6 determine as raízes:

QUESTÃO COMENTADA
(FCC) Uma empresa de prestação de serviços usa a ex-
pressão p(x) = − x2 + 80 x + 5, em que 0 < x < 80, para cal-
QUESTÃO COMENTADA cular o preço, em reais, a ser cobrado pela manutenção
de x aparelhos em um mesmo local. Nessas condições,
1. (FCC) Numa reunião, o número de mulheres presentes a quantia máxima cobrada por essa empresa é
excede o número de homens em 20 unidades. Se o a) R$ 815
produto do número de mulheres pelo de homens é b) R$ 905
156, o total de pessoas presentes nessa reunião é c) R$ 1 215
a) 24 d) R$ 1 605
b) 28 e) R$ 1 825
c) 30
Raciocínio Lógico

d) 32 Comentário:
A questão trata da quantia máxima cobrada por essa
e) 36
empresa, ou seja, solicita o valor máximo da função :
p(x) = − x2 + 80 x + 5, neste caso deseja‑se o Yvértice.
Comentário:
Sabendo que a= -1, b= 80 e c= 5 temos:
M= quantidade de mulheres
H = quantidade de homens
O número de mulheres presentes excede o número de
homens em 20 unidade, logo temos : M= H + 20

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A quantia máxima cobrada por essa empresa foi de 3. (FCC) Depois de várias observações, um agricultor de-
1.605 reais. duziu que a função que melhor descreve a produção
(y) de um bem é função do segundo grau y= ax2+ bx + c,
Resposta: d em que x corresponde à quantidade de adubo utilizada.
O gráfico correspondente é dado pela figura abaixo.
QUESTÕES DE CONCURSOS Tem‑se,então, que:

1. (Cespe) No ano em que começou a atuação dos agentes


comunitários referidos no texto, o número de proces-
sos ajuizados diminuiu consideravelmente na cidade
de Ceilândia. Suponha‑se que, nesse ano, P(t) e F(t)
correspondam, respectivamente, ao número total de
processos e ao número desses processos relaciona-
dos à justiça da família ajuizados no TJDFT no mês t.
Suponha‑se que P(t) = -10t2+ 100t + 600 e que F(t) =
720- 30t, com 1 ≤ t ≤ 12, em que t = 1 corresponde ao
mês de janeiro, t = 2 corresponde a fevereiro, e assim
por diante. Com base nessas informações, julgue os
itens seguintes, referentes ao ano inicial de atuação
dos agentes.
a) O número total de processos ajuizados em agosto – a) a=-3, b = 60 e c = 375
t = 8 – foi superior a 696. b) a=-3, b = 75 e c = 300
b) Nesse ano, maio – t = 5 – foi o mês em que mais c) a=-4, b =90 e c = 240
processos foram ajuizados. d) a=-4, b = 105 e c = 180
c) Em determinado mês do ano inicial de atuação dos e) a=-6, b = 120 e c = 150
agentes, o número total de processos ajuizados foi
igual a 600. 4. (FCC) Seja y= 12,5x – 2000 uma função descrevendo
d) O gráfico a seguir ilustra corretamente o comporta- o lucro mensal y de um comerciante na venda de x
mento de P(t) ao longo do tempo t, para 1 ≤ t ≤ 12. unidades de um determinado produto. Se, em um
determinado mês, o lucro auferido foi de R$ 20000,00
significa que a venda realizada foi, em número de uni-
dades, de
a) 1440
b) 1500
c) 1600
d) 1760
e) 2000

5. (Cespe) A relação entre a quantidade y de navios an-


corados em um porto às t horas de um determinado
e) Foi superior a 230 o número de processos ajuizados dia obedece à expressão y = -t² + 24t – 108, com 8 ≤
em abril que não envolveram questões familiares. t ≤ 18. Com base nessas informações, julgue os itens
f) Em exatamente dois dos meses do ano inicial de seguintes.
atuação dos agentes, todos os processos ajuizados a) A quantidade máxima de navios ancorados no porto
estavam relacionados à justiça da família. ocorreu às 12 horas.
g) O gráfico a seguir representa corretamente o com- b) Se y < 20, então 16 < t ≤ 18.
portamento da função F(t). c) Em nenhum instante do período considerado (8 ≤ t
≤ 18), o porto teve 10 navios ancorados.

GABARITO
1. C, C, C, E, C, C, E 4. d
2. C 5. C, C, E
3. a

Desafio 3
(Cespe) Julgue o item subsequente. (FCC) Perguntaram a José quantos anos tinha sua filha e ele
Raciocínio Lógico

2. Considere que, em uma empresa, 48 fichas foram distri- respondeu: “A idade dela é numericamente igual à maior das
buídas igualmente entre os empregados presentes em soluções inteiras da inequação 2x2 − 31x − 70 < 0.” É correto
determinado dia. Sabendo‑se que, nesse dia, faltaram 2 afirmar que a idade da filha de José é um número
empregados, e que, por isso, foram entregues 2 fichas a) menor que 10.
a mais para cada empregado do que seria entregue b) divisível por 4.
caso todos estivessem presentes, então o número de c) múltiplo de 6.
empregados presentes no dia da distribuição das fichas d) quadrado perfeito.
foi inferior a 7. e) primo.

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MMC E MDC Outro exemplo entre os números 3, 6 e 30. O número
30 é múltiplo dos outros dois. O número 30 é o MMC (3, 6,
Os múltiplos de um número são calculados multiplican- 30). Observe:
do-se esse número pelos números inteiros.

Ex.: os múltiplos positivos de 7 são:

7x0 , 7x1, 7x2 , 7x3 , 7x4 , ... = 0, 7, 14, 21, 28, ...

É importante ressaltar que:


• um número tem infinitos múltiplos; MMC(3,6,30) = 2 x 3 x 5 = 30.
• zero é múltiplo de qualquer número inteiro.
Com dois ou mais números, se um deles é múltiplo de
Mínimo Múltiplo Comum todos os outros, então ele é o MMC dos números dados.
Considerando os números 4 e 15, que são primos entre
Temos que dois ou mais números sempre possuem si, ou seja , o MDC entre 4 e 15 é igual a 1. Desta forma, para
múltiplos comuns a eles. calcular o MMC (4, 15), basta multiplicarmos 4 x 5, que será
Vamos achar os múltiplos positivos comuns de 5 e 7: igual a 60, que é o produto de 4 por 15. Observe:
Múltiplos de 5: 0,5,10,15,20,25,30,35,40,45,50,55,60,
65,70...
Múltiplos de 7: 0,7, 14,21,28,35,42,49,56,63,70...
Múltiplos comuns de 5 e 7: 0, 35,70 ,...
Dentre estes múltiplos diferentes de zero, 35 é o menor
deles. Chamamos o 35 de Mínimo Múltiplo comum de 5 e 7.
O menor múltiplo comum de dois ou mais números,
diferente de zero, é chamado de Mínimo Múltiplo comum
desses números. Usamos a abreviação MMC. MMC (4,15) = 2 x 2 x 3 x 5 = 60.
Cálculo do MMC
Dados dois números primos entre si, o MMC deles é o
Processo de Fatoração produto desses números.
Por exemplo, o cálculo do MMC de 12 e 30:
• Primeiro passo: decompor os números em fatores Máximo Divisor Comum
primos;
• Segundo passo: o MMC é o produto dos fatores pri- Dois números naturais sempre têm divisores comuns. Por
mos comuns e não comuns: exemplo: os divisores positivos comuns de 12 e 18 são 1, 2,3 e
12 = 2 x 2 x 3 6. Dentre eles, 6 é o maior. Então, chamamos o 6 de Máximo
30 = 2 x 3 x 5 Divisor comum de 12 e 18 e indicamos MDC (12,18) = 6.
MMC (12,30) = 2 x 2 x 3 x 5 Vejamos alguns exemplos:
MDC (6,12) = 6.
Escrevendo a fatoração dos números na forma de po-
MDC (12,20) = 4.
tência, temos:
MDC (20,24) = 4.
12 = 22 x 3 MDC (12,20,24) = 4.
30 = 2 x 3 x 5 MDC (6,12,15) = 3 .

MMC (12,30) = 22 x 3 x 5 ( potências comuns de maior Cálculo do MDC


expoente).
Um modo de calcular o MDC de dois ou mais números é
O MMC de dois ou mais números, quando fatorados, utilizar a decomposição desses números em fatores primos.
será o produto dos fatores comuns e não comuns a eles,
• Primeiro passo: decompomos os números em fatores
cada um elevado ao maior expoente.
primos;
Processo de Decomposição Simultânea • Segundo passo: o MDC é o produto dos fatores primos
comuns.
Para a resolução, decompomos todos os números simultane-
amente, conforme mostra imagem a seguir. O produto dos Acompanhe o cálculo do MDC entre 36 e 90:
fatores primos que obtemos nessa decomposição é o MMC
desses números. Abaixo vemos o cálculo do MMC (15, 24 e 60): 36 = 2 x 2 x 3 x 3
90 = 2 x 3 x 3 x 5

O MDC é o produto dos fatores primos comuns =>


Raciocínio Lógico

MDC(36,90) = 2 x 3 x 3.
Portanto, MDC (36,90) = 18.
Escrevendo a fatoração do número na forma de potência,
temos:

36 = 22 x 32
90 = 2 x 32 x5
Logo, MMC (15, 24, 60) = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 120. Portanto, MDC (36,90) = 2 x 32 = 18.

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Processo de decomposição para encontrar o MDC simultaneamente nos três setores. Nesse caso, temos
o próximo encontro das copeiras nos setores X, Y e Z:
Um processo rápido para encontrar o MDC é a decom-
posição em fatores primos, porém ao decompor devemos MMC (20,25,30) = 300.
realizar simultaneamente pelo mesmos fator primo, isto é ,
só iremos dividir se todos os números forem divisíveis pelo Após 300 minutos elas servirão juntas nos três setores.
mesmo fator primo, vejamos : Quantas vezes serviu cada uma delas até se encontra-
rem? Basta dividirmos 300 pelo tempo que cada uma
Ex : MDC ( 72,60): leva para servir nos três setores.
Vezes no setor X = 300/20= 15 vezes.
72,60 2 (os dois números 72 e 60 são divisíveis por 2) Vezes no setor Y = 300/25=12 vezes.
36,30 2 (os dois números 36 e 30 são divisíveis por 2) Vezes no setor Z = 300/30 = 10 vezes.
18,15 3 (os dois números 18 e 15 são divisíveis por 3)
6,5 Não são divisíveis por um mesmo número. Resposta: c
MDC = 2 X 2 X 3 = 12 ( MULTIPLICA OS FATORES
PRIMOS) Aplicação do MDC

Ex.: MDC ( 96,84,120): Dica: nas questões que relatarem divisão em grupos, equi-
pes, pacotes, envelopes que possuam as seguintes restrições:
96,84,120 2 ( os três números são divisíveis por 2 ) • cada grupo, equipe, pacote, envelope deve ser for-
48, 42, 60 2 (os três números são divisíveis por 2 ) mado com elementos de mesmas características, por
24, 21, 30 3 (os três números são divisíveis por 3 ) exemplo: se os elementos forem homens e mulheres,
8, 7, 10 Não são divisíveispor um mesmo número. os grupos devem ser homem com homem e mulher
MDC = 2 X 2 X 3 = 12 ( MULTIPLICA OS FATORES com mulher; se forem canetas, então canetas de
PRIMOS) mesma cor devem ficar juntas;
• cada grupo, equipe, pacote, envelope deve possuir a
O MDC de dois ou mais números, quando fatorados, mesma quantidade de elementos;
é o produto dos fatores comuns a eles, cada um elevado ao • não podem sobrar elementos;
menor expoente. • a pergunta será a quantidade mínima de grupos que
leva cada grupo a tamanho máximo.
Propriedade do MDC
QUESTÃO COMENTADA
Dentre os números 6, 18 e 30, o número 6 é divisor dos
outros dois. Neste caso, 6 é o MDC (6,18,30). Observe: 1. (FCC) Todos os funcionários de um Tribunal devem
assistir a uma palestra sobre “qualidade de vida no
6=2x3 trabalho” que será apresentada várias vezes, cada vez
18 = 2 x 32 para um grupo distinto. Um técnico foi incumbido de
30 = 2 x 3 x 5 formar os grupos obedecendo aos seguintes critérios:
• todos os grupos devem ter igual número de funcionários;
Portanto, MDC(6,18,30) = 6 • em cada grupo as pessoas devem ser do mesmo sexo;
Dados dois ou mais números, se um deles é divisor de • o total de grupos deve ser o menor possível.
todos os outros, então ele é o MDC dos números dados.
Se o total de funcionários é composto de 225 homens
Aplicação do MMC e 125 mulheres, o número de palestras que deve ser
programado é
Dica: nas questões que relatarem sobre tempo de encon- a) 10 b) 12 c) 14 d) 18 e) 25
tro no futuro desde que haja o primeiro encontro, iremos
aplicar MMC. Comentário:
As pessoas serão divididas em grupos com as seguintes
QUESTÃO COMENTADA restrições que satisfazem a dica acima:
• todos os grupos devem ter igual número de funcio-
1. (Cespe) Em uma empresa, três copeiras devem servir nários (mesmo tamanho);
café em três setores – X, Y e Z – em intervalos de 20, • em cada grupo as pessoas devem ser do mesmo sexo
25 e 30 minutos, respectivamente. Às 8 h da manhã, (mesmas características);
a equipe começa a servir café simultaneamente nos • o total de grupos deve ser o menor possível.
três setores. O número de vezes que as copeiras servem
café no setor Y, até que voltem a servir café simultane- Desta forma, calcularemos o M.D.C. entre 225 e 125,
amente nos três setores, é: que será 25. O número de pessoas em cada grupo será
a) menor que 7. 25, logo, dividiremos (225 homens + 125 mulheres) por
b) maior que 7 e menor que 10. 25, que será igual a 14.
c) maior que 10 e menor que 13. Assim, teremos 14 grupos que correspondem a 14
Raciocínio Lógico

d) maior que 13 e menor que 16. palestras.


e) maior que 16.
Resposta: c
Comentário:
Nessa questão sabe-se que as três copeiras servem QUESTÕES DE CONCURSOS
juntas (primeiro encontro às 8:00 h). Em seguida,
a banca pergunta o número de vezes que as copeiras 1. Um trenzinho de brinquedo percorre uma pista circular
servem café no setor Y, até que voltem a servir café parando de 6 em 6 estações. Quantas voltas na pista o

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trenzinho deverá dar até parar novamente na estação Deverá distribuí-los em recipientes iguais, contendo, cada
de onde partiu se a pista tem ao todo 20 estações? um, a maior quantidade possível de um único tipo de
2. Um trenzinho de brinquedo percorre uma pista circular medicamento. Considerando que todos os recipientes
parando de 6 em 6 estações. Quantas paradas o tren- deverão receber a mesma quantidade de medicamentos,
zinho fará até encontrar-se novamente na estação de o número de recipientes necessários para essa distribuição é
onde partiu se a pista tem ao todo 20 estações? a) 24 b) 16 c) 12 d) 8 e) 4
3. Um comerciante pretende acomodar 600 latas de óleo de 15. (FCC) A tabela abaixo apresenta as dimensões do papel
soja e 420 latas de óleo de milho em caixotes que deverão enrolado em duas bobinas B1 e B2.
ter, todos, a mesma quantidade de latas mas sem mistu-
rar os dois tipos de óleo em qualquer um dos caixotes. Comprimentto(m) Largura(m) Espessura(mm)
O menor número de caixotes que ele poderá usar é B1 23,10 0,18 1,5
a) 17 b) 15 c) 10 d) 60 e) 30 B2 18 0,18 1,5

4. Um funcionário recolhe periodicamente o dinheiro de Todo o papel das bobinas será cortado de modo que tanto
duas máquinas automáticas: uma de café e a outra de o corte feito em B1 como em B2, resulte em folhas retan-
sanduíches. Ele faz a arrecadação da máquina de café gulares, todas com a mesma largura do papel. Nessas con-
de 3 em 3 dias e da de sanduíche de 4 em 4 dias. No dia dições, o menor número de folhas que se poderá obter é:
11 de junho ele fez a arrecadação das duas máquinas. a) 135 b) 137 c) 140 d) 142 e) 149
Qual será o próximo dia em que ele fará a arrecadação
das duas máquinas? 16. (FCC) Num armazém há dois lotes de grãos: um com
5. Luísa rega as plantas de sua casa de 3 em 3 dias e as da 1152 Kg de soja e outro, com 2100 Kg de café. Todo
casa de sua avó de 5 em 5 dias. No dia 7 de dezembro ela os grãos dos dois lotes deve ser acomodado em sacos
regou as plantas das duas casas. Qual será o próximo dia iguais, de modo que cada saco contenha um único tipo
em que Luísa regará novamente as plantas das duas casas? de grão e seja usada a menor quantidade possível de
6. Pedro tem três rolos de corda de 45m, 54m e 90m. sacos. Nessas condições, de quantas unidades o número
As cordas serão divididas em pedaços de mesmo com- de café excederá o de soja?
primento e no menor número de pedaços possível. a) 12 b) 37 c) 48 d) 64 e) 79
Quanto medirá cada um?
17. (FCC) Uma Repartição recebeu 143 computadores e 104
7. Uma folha retangular de 30cm por 42cm foi recortada impressoras para distribuir a algumas de suas seções.
em um certo número de quadrados, todos de mesmo Esses aparelhos serão divididos em lotes, todos com
tamanho e sem deixar sobras. Sabendo que estes qua- igual quantidade de aparelhos. Se cada lote deve ter
drados têm o maior tamanho possível, a área de cada um único tipo de aparelho, o menor número de lotes
um deles, em cm², é formados deverá ser:
a) 4 b) 9 c) 16 d) 36 e) 49 a) 8 b) 11 c) 19 d) 20 e) 21

(Cespe/TRT) Julgue os itens. GABARITO


8. Considere que uma pessoa toma 3 tipos de remédios
regularmente, sendo o primeiro remédio de 6 horas em 1. 3 6. 9 11. C 16. e
6 horas, o segundo, de 4 horas em 4 horas, e o terceiro, 2. 10 7. d 12. C 17. c
de 3 horas em 3 horas. Se ela tomou os 3 remédios juntos 3. a 8. E 13. C, C, E, E
hoje às 7 horas da manhã, então a próxima vez que ela 4. 23 9. C 14. a
tomará novamente os três remédios juntos será amanhã. 5. 22 10. E 15. b
9. Considere que, em uma pista circular, dois ciclistas
partam juntos e que um deles faça cada volta em 6
minutos e o outro, em 8 minutos. Então, o tempo de- Desafio 4
corrido, em minutos, para que o ciclista mais veloz fique
exatamente uma volta na frente do outro é o mínimo (Cespe) Um grupo de voluntários que atuam em uma favela é
múltiplo comum dos números 6 e 8. composto por X homens e Y mulheres. Sabe-se que o máximo
10. Se o máximo divisor comum de dois números é 7, então, divisor comum entre X e Y é igual a 6, que o mínimo múlti-
se cada um dos números for multiplicado por 2² × 5, plo comum desses números X e Y é igual a 36, que existem
o máximo divisor comum dos números obtidos será 70. mais mulheres que homens nesse grupo e que o número de
11. Se o máximo divisor comum de três números é 24, então, homens é superior a 10. Nesse caso, é correto afirmar que
se cada um dos números for dividido por 2² × 3, então o I – o número de mulheres no grupo é superior a 16.
máximo divisor comum dos números obtidos será 2. II – 3X = 2Y.
12. O menor número de lápis que permite que sejam dis-
tribuídos, tanto para um grupo de 4 quanto para um
de 6 pessoas, em cada caso, a mesma quantidade de POLÍGONOS E GEOMETRIA PLANA E
lápis entre os indivíduos do grupo, é o máximo divisor ESPACIAL
comum dos números 4 e 6.
Polígono: é a figura plana formada por três ou mais seg-
13. (Cespe) A respeito dos números 72 e 108 é correto mentos de reta que se intersectam dois a dois. Os segmentos
Raciocínio Lógico

afirmar que de reta são denominados lados do polígono. Os pontos de


I – eles têm os mesmos fatores primos. intersecção são denominados vértices do polígono.
II – eles possuem as mesmas quantidades de fatores
primos, contando as repetições. Polígono convexo:
III – o máximo divisor comum entre eles é igual a 12.
IV – o mínimo múltiplo comum entre eles é igual a 512.
14. (FCC) Uma enfermaria recebeu um lote de medicamentos
com 132 comprimidos de analgésico e 156 de antibióticos.

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É um polígono formado de modo que os prolongamentos Trapézio: quadrilátero que só possui dois lados opostos
dos lados (segmentos de reta) nunca ficarão na região interna paralelos com comprimentos distintos, denominados base
da figura. Se dois pontos pertencem a um polígono convexo, menor e base maior. O segmento que liga os pontos médios
então todos os segmentos formados por estes dois pontos dos lados não paralelos de um trapézio é paralelo às bases
como extremidades estarão na região interna do polígono. e o seu comprimento é a média aritmética das somas das
medidas das bases maior e menor do trapézio.
Polígonos Nº de lados Polígonos Nº de lados
Triângulo 3 Quadrilátero 4
Pentágono 5 Hexágono 6
Heptágono 7 Octógono 8
Eneágono 9 Decágono 10
Undecágono 11 Dodecágono 12 Trapézio isósceles: trapézio cujos lados não paralelos
Polígono não convexo: ocorre quando, dados dois pon- são congruentes. Existem dois ângulos congruentes e dois
tos do polígono, o segmento que tem estes pontos como lados congruentes.
extremidades possuir pontos que estão na região externa Trapézio retângulo: trapézio que tem apenas dois lados
do polígono. paralelos e um ângulo reto.
Trapézio escaleno: trapézio que tem apenas dois lados
paralelos e de comprimentos diferentes.

Propriedades de um Polígono:
1. um polígono regular de n lados tem n vértices;
2. um polígono regular de n lados tem n eixos de simetria;
3. um polígono regular de n lados tem n ângulos in-
ternos, sendo o valor de cada ângulo interno (i) é igual a
(n − 2) × 180
i= ;
Segmentos congruentes: dois ângulos ou segmentos são n
congruentes quando possuem as mesmas medidas. 4. o perímetro de um polígono regular de n lados é n ×
L, onde L é o comprimento do lado do polígono;
5. a fórmula para calcular a área de um polígono regular
l × ap
é n× , em que n é o número de lados, l o compri-
2
mento de cada lado e ap o apótema.

Triângulos
Tipos de triângulos

Os triângulos podem ser classificados de acordo com o


Paralelogramo: é um quadrilátero em que os lados tamanho relativo de seus lados:
opostos são paralelos. Podemos observar em um paralelo- – o triângulo equilátero possui todos os lados con-
gramo que: gruentes, isto é, iguais. Um triângulo equilátero é
i – os lados opostos são congruentes; também equiângulo, pois todos os seus ângulos
ii – os ângulos opostos são congruentes; internos são iguais (medem 60°), sendo, portanto,
iii – A soma de dois ângulos consecutivos vale 180o; classificado também como um polígono regular;
iv – As diagonais cortam-se ao meio. – o triângulo isósceles possui pelo menos dois lados
iguais e dois ângulos congruentes. O triângulo
equilátero é, consequentemente, um caso especial
de triângulo isósceles, que apresenta não somente
dois, mas todos os três lados iguais. Em um triângulo
isósceles, o ângulo formado pelos lados congruentes
é chamado ângulo do vértice. Os demais ângulos
denominam-se ângulos da base e são iguais;
Losango: paralelogramo que possui todos os quatro – o triângulo escaleno tem as medidas dos três lados
lados congruentes. As diagonais desse polígono (losango) diferentes. Os ângulos internos de um triângulo es-
formam um ângulo de 90o. caleno também possuem medidas diferentes.
Retângulo: é um paralelogramo com dois pares de lados
paralelos e quatro ângulos retos. Os triângulos também podem ser classificados de acor-
do com seus ângulos internos:
Raciocínio Lógico

– triângulo retângulo: possui um ângulo reto. Em uum


triângulo retângulo, denomina-se hipotenusa o lado
oposto ao ângulo reto. Os demais lados chamam-se
catetos. Os catetos de um triângulo retângulo são
complementares.
Quadrado: é um paralelogramo que é, ao mesmo tem-
po, um losango e um retângulo. O quadrado possui quatro Observe na figura os três quadrados identificados por
lados com a mesma medida e também quatro ângulos retos. 1, 2 e 3. Se a área do quadrado 1 é 36 cm² e a área do

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quadrado 2 é 100 cm², logo a área do quadrado 3 será, em 1) Pelo Teorema de Pitágoras: a² = b² + c² → a² = 6² + 8²
centímetros quadrados: → a² = 100 → a = 10.
2) O produto dos catetos é igual ao produto da hipote-
nusa pela altura relativa à hipotenusa: b ⋅ c = a ⋅ h → 8 ⋅ 6
= 10 ⋅ h → h = 48/10 = 4,8.
3) O quadrado de um cateto é igual ao produto da hi-
potenusa pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa: c²
= a ⋅ m → 6² = 10 ⋅ m → m = 36/10 = 3,6.
b² = a ⋅ n → 8² = 10 ⋅ n → n = 64/10 = 6,4

A2 = A1 + A3
100 = 36 + A2
A2 = 100 – 36 = 64 cm².

O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:

Condição de existência de um triângulo


Para construir um triângulo é preciso que a medida de
qualquer um dos lados seja menor que a soma das medidas
dos outros dois e maior que o valor absoluto (módulo) da
diferença entre essas medidas.
|b−c|<a<b+c

QUESTÃO COMENTADA
a: hipotenusa.
b e c: catetos. 1. Seja ABCD é um quadrado. Três retas paralelas a, b e c pas-
h: altura relativa à hipotenusa. sam pelos vértices A, B e C, respectivamente. A distância
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa. entre a e b é 5 cm, e a distância ente b e c é 7 cm.
Relações Métricas no Triângulo Retângulo
O triângulo retângulo ABC tem as seguintes relações
entre as medidas de seus elementos:
– O quadrado de um cateto é igual ao produto da
hipotenusa pela projeção desse cateto sobre a hipo- a
tenusa.
b
b² = a ⋅ n c² = a ⋅ m

– O produto dos catetos é igual ao produto da hipote- c


nusa pela altura relativa à hipotenusa.
A área desse quadrado em cm2 é:
b⋅c=a⋅h a) 64.
b) 74.
– O quadrado da altura é igual ao produto das projeções c) 78.
dos catetos sobre a hipotenusa. d) 81.
h² = m ⋅ n e) 100.
Teorema de Pitágoras Comentário:
ABCD é um quadrato. Três retas paralelas a, b e c pas-
O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados sam pelos vértices A, B e C, respectivamente. A distância
dos catetos. entre a e b é 5cm, e a distância entre b e c é 7cm.
a² = b² + c²
Exemplo:
Calcular, no triângulo ABC, os elementos: a, h, m e n.
Raciocínio Lógico

6 8
h
m n
B C
a

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A distância entre as retas a, b e c é um segmento de reta Exemplo: A figura abaixo é um retângulo.
perpendicular às retas citadas, conforme a figura acima.
As figuras formadas são dois triângulos retângulos
congruentes, logo temos que L (lado do quadrado) será
a hipotenusa do triângulo hachurado.
L2 = 72 + 52
L2 = 49 + 25
L2 = 74 cm2
A questão solicita a área do quadrado (L2), logo temos
que L2 = 74 cm2.

Resposta: b 1 – Trapézios

Área de um triângulo: A área de um triângulo é a metade Se pelo menos dois dos lados de um quadrilátero forem
do produto da medida da sua altura pela medida da sua base. paralelos, este será considerado um trapézio.
Assim, a área do triângulo pode ser calculada pela fórmula:
Tipos de Trapézios:
• Trapézio Isósceles: os lados opostos são de com-
primentos diferentes, os lados opostos não são
congruentes e apresenta um eixo de simetria;
• Trapézio Retângulo: contém dois ângulos de 90° e
não tem um eixo de simetria;
onde h é a altura do triângulo e b a medida da base.
Triângulos equiláteros: Se o triângulo for equilátero de • Trapézio Escaleno: todos os lados são diferentes, e
lado l, sua área A pode ser obtida com: os lados opostos não paralelos não são congruentes.
Possui dois lados não paralelos com medidas iguais.
2 – Paralelogramos

Se todos os lados opostos forem iguais e paralelos, a


figura será um Paralelogramo.
A altura h de um triângulo equilátero é: Características de um paralelograma:
• a soma de dois ângulos consecutivos é 180° e a soma
dos ângulos internos é 360º;
• as diagonais cortam-se no ponto médio;
• os lados opostos são congruentes;
Geometria Plana • os ângulos opostos são congruentes.

Tipos de Paralelogramos
Quadriláteros • Paralelogramo Obliquângulo: os lados opostos são
Classificação de quadriláteros iguais entre si;
• Retângulo: possui quatro ângulos de 90° e os lados
Os quadriláteros são considerados Trapézios ou Não opostos são iguais entre si;
Trapézios. • Losango: todos os lados são iguais entre si;
• Quadrado: possui quatro ângulos de 90° e todos os
Diagonais: diagonais de um quadrilátero são os segmen- lados são iguais entre si. As diagonais cruzam-se no
tos de reta que conectam dois vértices opostos. Em alguns ponto médio.
quadriláteros elas têm as mesmas medidas, por exemplo,
o quadrado. Os quadriláteros são classificados da seguinte forma:

Figuras
Figuras Definições Propriedades
geométricas

Não Trapézios

• A soma de dois ângulos consecutivos é 180º;


Paralelogramo é um qua- • As diagonais cortam-se no ponto médio;
Paralelogramo drilátero em que os lados • Os lados opostos são congruentes;
opostos são paralelos. • Os ângulos opostos são congruentes;
Raciocínio Lógico

• A área é base x altura.


• Os ângulos deste quadrilátero são todos de 90º;
Quadrado é uma figura
• As suas diagonais formam entre si ângulos de 90º;
plana limitada por qua-
• Cada diagonal forma um triângulo isóscele;
tro segmentos, de forma
Quadrado • A área é o quadrado do comprimento do lado
que os seus lados se-
(L x L) = L2;
jam todos iguais entre si
• O perímetro é a soma de todos os seus lados (L
(AB.=BD=DC=CA).
+ L + L + L) = 4L.

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• Os lados opostos de um retângulo são paralelos
Retângulo é uma figura e iguais entre si;
plana limitada por qua- • As diagonais de um retângulo interceptam--se
tro segmentos, de for- formando pares de ângulos opostos e iguais
Retângulo
ma a que os seus lados entre si;
sejam iguais dois a dois • A área é o produto de sua base pela a sua altu-
(AC = BD e AB = CD). ra (base x h);
• O perímetro é a soma de todos os seus lados.

Losango é um quadriláte-
• As suas diagonais são perpendiculares;
Losango ro com os lados opostos
• As suas diagonais são bissetrizes dos ângulos;
ou paralelos (paralelogramo),
• A área é igual à área do paralelogramo;
Rombo com os lados todos iguais
• O perímetro é a soma de todos os seus lados.
entre si.

Trapézio isóscele é um qua-


drilátero que tem apenas • Tem dois lados iguais;
Trapézio Isósceles
dois lados paralelos e de • Tem um eixo de simetria.
comprimentos diferentes.

Trapézio retângulo é um
quadrilátero que tem ape- • Tem um ângulo reto;
Trapézio Rectângulo
nas dois lados paralelos e • Não possui eixo de simetria.
que tem um ângulo reto.

Trapézio escaleno é um qua-


drilátero que tem apenas • Tem os lados todos diferentes;
Trapézio Escaleno
dois lados paralelos, cujos • Não possui eixo de simetria.
lados são todos diferentes.

QUESTÃO COMENTADA B = 50 x 6 = 300 m2.


C = 68 x 6 = 408 m2.
(Cespe/PRF) Julgue o item. D = 68 x 6 = 408 m2.
Em um posto policial, o pátio para depósito de veículos
apreendidos tem a forma de um retângulo que mede Somando as áreas acima temos: 1.416 m2.
80 m × 50 m. Para circulação e patrulhamento da área,
foi delimitada uma faixa uniforme, interna, paralela aos A área de depósito será a diferença da área total com
lados do retângulo, de modo que a área reservada para a área da faixa lateral:
depósito fosse igual a 2.800 m2. Nessa situação, a largura Área de depósito: 4.000 – 1.416 = 2.584 m2.
da faixa é superior a 6 m. O item está errado, pois afirma que a área de depósito
é de 2.800 m2.
Considerando a largura da faixa de 6 m, conforme a
questão indica, verificaremos se realmente a área in- Circunferência
terna reservada para depósito é igual a 2.800 m2.
A extensão da circunferência, ou seja, seu perímetro
pode ser calculada por meio da equação:
c = 2πr, em que c é a circunferência
e r é o raio da circunferência.
A constante π (pi) é o quociente da circunferência pelo
diâmetro:
Raciocínio Lógico

Comentário:
Para calcular a área da figura inteira: A = b x h = 80 x
50 = 4.000 m2. c
r=
d
Para cálculo da faixa lateral (A + B + C + D): Círculo ou disco é o conjunto dos pontos internos de
A = 50 x 6 = 300 m2. uma circunferência.

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A área A de um círculo pode ser expressa por: A = πr2. Se a corda em um círculo coincidir com o seu centro,
onde r é o raio da circunferência e π (pi) uma constante. recebe o nome de diâmetro. Se um raio, antes de tocar a
O raio é a metade de um diâmetro de uma circunfe- circunferência de seu círculo, toca uma corda em seu ponto
c médio recebe o nome particular de apótema.
rência: r = .
2
O raio de uma circunferência ou círculo é dado pela a Setor circular
distância do centro a um ponto qualquer da circunferência.
O setor de um círculo é uma região delimitada por dois
segmentos de retas que partem do centro para a circunfe-
rência. Esses segmentos de reta são os raios do círculo, veja
a figura:

Diâmetro

Diâmetro de uma circunferência ou de um círculo é


qualquer corda que passe pelo centro dessas figuras.

Para se calcular a área do setor circular considerando


um círculo completo que possui 360° em que sua área total
é calculada pela fórmula A = π ⋅ r2, assim lançando mão de
grandezas proporcionais podemos a relação da área do
setor circular:

Corda 360° πr2


α Área do setor
Uma corda é um segmento de reta que possui dois
pontos (início e final) de uma circunferência. α ⋅ π r2 = 360 ⋅ Área do setor

Área do setor = α ⋅ π r2
360

QUESTÃO COMENTADA
(Cespe/PRF)
Raciocínio Lógico

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Considerando, em relação às figuras acima, que, na figu- A área sombreada será a área de ¾ do círculo maior (R =
ra I, as 4 curvas são quartos de círculo; nas figuras II, III 1 cm), pois a região indicada pela letra será transferida,
e IV, as curvas são 2 semicírculos; na figura V, aparece 1 conforme a seta.
quarto de círculo e, interno a ele, um semicírculo, nessa
situação, as figuras em que as partes sombreadas têm
áreas iguais são:
a) I e IV.
b) I e V.
c) II e III.
d) II e V.
e) III e IV.

Comentário:
Calculando as Áreas Sombreadas (As) de cada figura
temos:

A área sombreada será a área do quadrado de lado 2 cm,


pois a região (semicírculo) será transferida para região
indicada por A e l o lado do quadrado.
AS – l 2
AS = 22 = 4cm2
A área sombreada será a área do quadrado (lado 2 cm)
subtraída da área de um círculo de raio 1 cm.

As = 4 – πr2
As = (4 – π) cm2

A área sombreada será a área de 1/4 do círculo de raio


R = 2 cm subtraído do semicírculo de raio r = 1 cm.

A área sombreada será a área de ¾ do círculo maior (R


= 1 cm) subtraída da área do círculo menor (r = 0,5 cm).

Resposta: d

Geometria Espacial
Raciocínio Lógico

Cilindros

Seja Z um plano e nele construiremos um círculo de raio


r e tomemos também um segmento de reta AC que não seja
paralelo ao plano Z e nem esteja contido neste plano Z. Um
cilindro circular é a reunião de todos os segmentos con-
gruentes e paralelos a AC com uma extremidade no círculo.

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Área lateral e área total de um cilindro reto
Em um cilindro circular reto, a área lateral é dada por
A(lateral) = 2π ⋅ r ⋅ h, onde r é o raio da base e h é a altura
do cilindro.
A área total é a soma da área lateral com o dobro da
área da base.
Um cilindro é uma superfície no espaço R³, mas se pode
considerar o cilindro como a região sólida contida dentro do
cilindro. Quando nos referirmos ao cilindro como um sólido, Prisma
será escrito dentro de aspas, isto é, “cilindro” e quando for à
superfície, simplesmente escreveremos cilindro. Um plano que intercepte todas as arestas de um prisma
A reta que contém o segmento AC é denominada gera- determina nele uma região, chamada secção do prisma.
triz e a curva que fica no plano é a diretriz. Secção transversal é a região determinada pela intersec-
Com relação a da inclinação do segmento AC em relação ção do prisma com um plano paralelo aos planos das bases
ao plano, o cilindro será chamado reto ou oblíquo, respec-
(figura 1). Todas as secções transversais são congruentes
tivamente, se o segmento AC for perpendicular ou oblíquo
(figura 2).
ao plano que contém a curva diretriz.

Elementos geométricos em um “cilindro”


1. Em um cilindro, podemos identificar vários elementos,
conforme descritos a seguir. Base: região plana contendo a Áreas
curva diretriz e todo o seu interior. O cilindro possui duas
Em um prisma, temos dois tipos de superfície: as
bases.
faces e as bases. Assim, temos de considerar as seguintes
2. Eixo: segmento de reta que liga os centros das bases
do “cilindro”. áreas:
3. Altura: a altura de um cilindro é a distância entre os a) área de uma face (AF): área de um dos paralelogramos
dois planos paralelos que contêm as bases do “cilindro”. que constituem as faces;
4. Superfície lateral: conjunto de todos os pontos do es- b) área lateral (AL): soma das áreas dos paralelogramos
paço, que não estejam nas bases, obtidos pelo deslocamento que formam as faces do prisma.
paralelo da geratriz sempre apoiada sobre a curva diretriz.
5. Superfície total: conjunto de todos os pontos da su-
No prisma regular, temos:
perfície lateral reunido com os pontos das bases do cilindro.
6. Área lateral: medida da superfície lateral do cilindro. AL = n ⋅ AF (n = número de lados do polígono da base);
7. Área total: medida da superfície total do cilindro. c) área da base (AB): área de um dos polígonos das bases;
8. Seção meridiana de um cilindro: região poligonal d) área total (AT): soma da área lateral com a área das
obtida pela interseção de um plano vertical que passa pelo bases.
centro do cilindro com o cilindro.

Classificação AT = AL + 2AB
1. Cilindro circular oblíquo: apresenta as geratrizes
oblíquas em relação aos planos das bases. Vejamos um exemplo.
2. Cilindro circular reto: as geratrizes são perpendicu- Dado um prisma hexagonal regular de aresta da base
lares aos planos das bases. Este tipo de cilindro é também a e aresta lateral h, temos:
chamado de cilindro de revolução, pois é gerado pela rotação
de um retângulo.
3. Cilindro equilátero: é um cilindro de revolução cuja
seção meridiana é um quadrado.
Raciocínio Lógico

Volume de um cilindro
Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área
da base pela altura.
V = A(base) x h
Se a base é um círculo de raio r, e π =3,141593..., então:
V = π ⋅ r² ⋅ h

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Diagonais da base e do paralelepípedo
     
db = diagonal da base
dp = diagonal do parale-
lepípedo

Paralelepípedo
Os prismas cujas bases são paralelogramos recebem o
nome de paralelepípedos. Podemos ter:       Na base ABFE, temos:

a) paralelepípedo oblíquo F

db
b

A B
a

b) paralelepípedo reto

No triângulo AFD, temos:

Quando o paralelepípedo reto tem bases retangulares,


denomina-se paralelepípedo reto-retângulo, ortoedro ou
paralelepípedo retângulo.

Paralelepípedo retângulo
Seja o paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c
da figura: Área lateral
Sendo AL a área lateral de um paralelepípedo retângulo,
temos:
AL = ac + bc + ac + bc = 2ac + 2bc
AL = 2(ac + bc)

Área total
Planificando o paralelepípedo, a área total é a soma das
áreas de cada par de faces opostas:
Raciocínio Lógico

AT = 2(ab + ac + bc)

Temos quatro arestas de medida a, quatro arestas de


medida b e quatro arestas de medida c; as arestas indicadas
pela mesma letra são paralelas.
 

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Volume No triângulo ACE:
Por definição, unidade de volume é um cubo de aresta
1. Assim, considerando um paralelepípedo de dimensões 4,
2 e 2, podemos decompô-lo em 4 ⋅ 2 ⋅ 2 cubos de aresta 1:

Área lateral
O volume de um paralelepípedo retângulo de dimensões A área lateral AL é dada pela área dos quadrados de
a, b e c é dado por: V = abc lado a:
Sendo o produto de duas dimensões resultando sempre
na área de uma face e como qualquer face pode ser conside-
rada base, o volume do paralelepípedo retângulo é o produto
da área da base AB pela medida da altura h:
 

AL = 4a2

Área total
V = ABh
A área total AT é dada pela área dos seis quadrados de
lado a:
Cubo

Um paralelepípedo retângulo com todas as arestas con-


gruentes (a = b = c) recebe o nome de cubo. Dessa forma, as
seis faces são quadrados.

AT = 6a2

Diagonais da base e do cubo Volume


Considere a figura a seguir: De forma semelhante ao paralelepípedo retângulo, o
volume de um cubo de aresta a é dado por:

V = a ⋅ a ⋅ a = a3
dc = diagonal do cubo
db = diagonal da base
Cone Circular

Dado um círculo C, contido em um plano a, e um ponto


V (vértice) fora de a, chamamos de cone circular o conjunto
Na base ABCD, temos: de todos os segmentos VP, P ∈ C.
Raciocínio Lógico

 
      Elementos do cone circular
Dado o cone abaixo, temos os seguintes elementos:

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Áreas
A superfície lateral de um cone circular reto é obtida por
um setor circular de raio g e comprimento l = 2πR:

– altura: distância h do vértice V ao plano a.


– raio da base: raio R do círculo.
– eixo de rotação: reta VP determinada pelo centro do
círculo e pelo vértice do cone.
– geratriz (g): segmento com uma extremidade no
ponto V e outra em um ponto da circunferência. Temos as seguintes áreas:
a) área lateral (AL): área do setor circular
Cone Reto

Cone cujo eixo de rotação é perpendicular à base, tam-


bém chamado cone de revolução. Ele pode ser gerado pela
rotação completa de um triângulo retângulo em torno de b) área da base (AB): área do circulo do raio R
um de seus catetos.
AB = πR2
c) área total (AT): soma da área lateral com a área da base
AT = AL + AB = πRg + πR2 ⇒ AT = πR(g + r)
Volume
Para determinar o volume do cone é preciso saber como
calcular volumes de sólidos de revolução. Sendo assim,
temos a figura:

e
Da figura, e pelo Teorema de Pitágoras, temos a seguinte
relação: g2 = h2 + R2

Secção Meridiana CG d
A secção determinada, em um cone de revolução, por
um plano que contém o eixo de rotação é chamada secção
meridiana. S

d = distância do centro de gravidade (CG) da sua super-


fície ao eixo e
S = área da superfície
Pelo Teorema de Pappus-Guldin, uma superfície gira em
torno de um eixo e gera um volume tal que:

V = 2πdS
Se o triângulo AVB for equilátero, o cone também será
equilátero: O volume do cone de revolução gerado pela rotação de
um triângulo retângulo em torno do cateto h:
Raciocínio Lógico

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O CG do triângulo está a uma distância   do eixo
de rotação. Logo:

Temos, dessa maneira, que a função é decrescente,


uma vez que o coeficiente angular é negativo: h(r) =
QUESTÃO COMENTADA -2,5r + 25.
Resposta: alternativa incorreta
1. (Cespe/PRF) Considere que um cilindro circular reto seja
inscrito em um cone circular reto de raio da base igual b) O volume do cilindro como uma função de r é uma
a 10 cm e altura igual a 25 cm, de forma que a base do função quadrática.
cilindro esteja no mesmo plano da base do cone. Em Temos que o volume do cilindro é dado por: V = π ⋅
face dessas informações e, considerando, ainda, que h r2 ⋅ h, e que h(r) = -2,5r + 25.
e r correspondam à altura e ao raio da base do cilindro,
respectivamente, assinale a opção correta.
V = π ⋅ r2 ⋅ (–2,5r + 25)
a) A função afim que descreve h como função de r é
V = –2,5πr3 + 25πr2
crescente.
b) O volume do cilindro como uma função de r é uma
O volume do cilindro não é dado por uma função
função quadrática.
quadrática, e sim cúbica.
c) Se A(r) é a área lateral do cilindro em função de r,
Resposta: alternativa incorreta
 r 
então A(r) = 50π r  1 − 10  .
c) Se A(r) é a área lateral do cilindro em função de r,
d) É possível encontrar um cilindro de raio da base igual  r 
a 2 cm e altura igual a 19 cm que esteja inscrito no então A(r) = 50πr  1 − 
10 
referido cone.
e) O cilindro de maior área lateral que pode ser inscrito Considerando h = -2,5r + 25 e AL = Área lateral.
no referido cone tem raio da base superior a 6 cm.
Comentário:
Ilustração das figuras geométricas: cilindro circular reto
inscrito em um cone circular reto.
A

H = 25cm
D Resposta: alternativa incorreta

d) É possível encontrar um cilindro de raio da base igual


B r E
a 2 cm e altura igual a 19 cm que esteja inscrito no
C referido cone.
Tomando o raio como 2 cm, de acordo com o item e
R = 10cm
utilizando a função da altura do cilindro: h= -2,5r +
25 temos:
H = altura do cone;
h = –2,5r + 25
h = altura do cilindro;
h = –2,59(2) + 25
R = Raio do cone
h = –5 + 25 = 20 cm
r = raio do cilindro
Resposta: alternativa incorreta
a) A função afim que descreve h como função de r é
crescente.
Considerando os triângulos formados pelos pontos e) O cilindro de maior área lateral que pode ser inscrito
ABE e DCE, respectivamente, em que são semelhan- no referido cone tem raio da base superior a 6 cm.
tes (ângulos iguais e lados proporcionais), podemos Tomando a função descrita para área lateral do cilin-
construir a seguinte proporção:  r 
dro A(r) = 50πr  1 −  , temos:
 10 
Raciocínio Lógico

AL = 2πh
AL = 2πr(–2,5r + 25)
AL = –5πr2 + 25πr

Segundo a função do 2º grau descrita, a maior área


(valor máximo da função) será adquirida quando
calcularmos o r do vértice.

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1) Tipos de pirâmides: Triangular:
r do vértice:

substituindo as incógnitas, temos:

Resposta: alternativa incorreta


2) Quadrangular:
Resposta: c

Pirâmides

Um polígono contido em um plano e um ponto V loca-


lizado fora desse plano. Pirâmide é a reunião de todos os
segmentos que têm uma extremidade em V e a outra em
um ponto qualquer do polígono. O ponto V recebe o nome
de vértice da pirâmide. 3) Pentagonal:

4) Hexagonal:
Elementos da pirâmide:

Pirâmide Regular Reta


Tem a base poligonal regular e a projeção ortogonal
do vértice V sobre o plano da base coincide com o centro
da base.
a) Base: é a região plana poligonal sobre a qual se apoia
a pirâmide.
b) Vértice: é o ponto isolado P mais distante da base da
pirâmide.
c) Eixo: é a reta que passa pelo vértice e pelo centro da
base.
d) Altura: distância do vértice da pirâmide ao plano da
base.
e) Faces laterais: são regiões planas triangulares que
passam pelo vértice da pirâmide e por dois vértices
consecutivos da base.
f) Arestas laterais: são segmentos que têm um extremo
Raciocínio Lógico

R raio do círculo circunscrito


no vértice da pirâmide e outro extremo em um vértice r raio do círculo inscrito
do polígono situado no plano da base.
l aresta da base
g) Apótema: é a altura de cada face lateral.
h) Superfície lateral: é a superfície poliédrica formada ap apótema de uma face lateral
por todas as faces laterais. h altura da pirâmide
i) Aresta da base: é qualquer um dos lados do polígono al aresta lateral
da base. As faces laterais são triângulos isósceles

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Área Lateral de uma pirâmide Área total de uma pirâmide
Para calcularmos as áreas das superfícies que envolvem A área total de uma pirâmide é dada pela soma da área
determinado sólido, torna-se viável por meio da planificação da base com a área lateral, isto é:
desse sólido.
Exemplo de uma planificação:
A(total) = A(lateral) + A(base)

Volume da pirâmide:
O volume de uma pirâmide pode ser obtido como um
terço do produto da área da base pela altura da pirâmide,
isto é:

1
Volume
= A(base) × altura
3

As regiões planas obtidas são congruentes às faces EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO


laterais e também à base da pirâmide.
Considerando uma pirâmide regular cuja base tem n 1. Na figura abaixo, A, B, C e D são quadrados. O perímetro
lados e indicando por A(face) a área de uma face lateral da de A vale 16 m e o perímetro de B vale 24 m. Calcule a
pirâmide, então a soma das áreas das faces laterais recebe área de D.
o nome de área lateral da pirâmide e pode ser obtida por:
A(lateral) = n(lados) ⋅ A(face)
Exemplo: calcular a área lateral da pirâmide abaixo,
sabendo que a aresta da base de uma pirâmide hexagonal
regular mede 8 cm e a altura 10 cm.

2. A figura abaixo ilustra uma sala em forma de “L”, que se


ap pretende ladrilhar com peças quadradas de lado 30 cm.
h Indique o número de peças necessárias para ladrilhar a
sala.
r
8

Tomando a aresta a = 8 cm e a altura com h = 10 cm


primeiro calcularemos a medida do apótema da face lateral
da pirâmide hexagonal.
Como a base da pirâmide é um hexágono regular, temos
a 3
6 triângulos equiláteros, logo o valor de r é dado por r = ,
8 3 2
sendo igual= a r = 4 3. 3. Determine as dimensões de um retângulo sabendo que
2 ele tem 20 cm de perímetro e sua área é igual a 24 cm².
4. Um retângulo R é tal que seu comprimento é 20% maior
Pela relação de Pitágoras, temos que que o lado de um quadrado Q e sua altura é 20% menor
(ap)2 = r2 + h2, logo: que o lado de Q. Determine a razão entre as áreas de R
e Q, nessa ordem.

5. Em cada caso, determine a área do paralelogramo


representado, considerando que as medidas indicadas
são dadas em centímetros.

a)

A área da face e a área lateral são dadas por:


Raciocínio Lógico

b)

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6. Um triângulo equilátero tem 5 cm de lado. Se cada 13. Calcule a área total e o volume de um cubo, sabendo
lado desse triângulo for acrescido de 1 cm, de quanto que a diagonal de uma face mede 8 2 cm.
aumentará sua área?
7. Determine a área de cada um dos trapézios seguintes, 14. As dimensões de um paralelepípedo retângulo são 6 m,
nos quais o metro é a unidade das medidas indicadas. 8 cm, e 10 cm. Determine a medida da diagonal, a área
da superfície total e o volume desse paralelepípedo.
6
a) b) 15. Um paralelepípedo reto retângulo tem as seguintes
dimensões: 18 cm de altura, 12 cm de largura e 40 cm
5
de comprimento. Julgue os itens.
a) A diagonal mede 50 cm.
b) A medida da diagonal de uma das faces é 36 13 cm.
c) A área total é 2.832 cm².
d) O volume é 8.640 cm³.
c) d)
16. Um cilindro circular reto tem 6 cm de altura e o raio da
base mede 2 cm. Determine a área lateral e o volume
desse cilindro.

17. Determine o volume de um cilindro, sabendo que sua área


e) lateral é igual a 250π cm² e o raio de sua base mede 10 cm.

18. Um poço com a forma de um cilindro reto deve ser


construído em um terreno plano. Se ele deve ter 24
dm de diâmetro por 140 dm de profundidade, quantos
8. As bases de um trapézio isósceles medem 4 cm e 12 cm. metros cúbicos de terra deverão se removidos para a
Se o semiperímetro desse trapézio é igual a 13 cm, sua construção? (Considere ≠ =
22
)
determine sua área. 7
19. Quantos litros de água podem ser colocados em um
9. Em cada caso, determine a área do círculo:
tanque cilíndrico que internamente tem 4 m de diâme-
a) cuja medida do raio é 4 cm.
b) cuja medida do diâmetro é 6 cm. tro e 5,5 m de altura? (Considere ≠ = 22 )
c) que tem 40π dm de perímetro. 7
12 20. Um recipiente cilíndrico tem 20 cm de altura e diâmetro
d) cujo diâmetro mede cm. interno de 10 cm. Determine quantos quilogramas de
≠ mercúrio são necessários para encher completamente
10. Um lago circular de 20 m de diâmetro é circundado por esse vaso, sabendo que a densidade do mercúrio e 13,6
um passeio, a partir das margens do lago, de 2 m de g/cm³. (Considere π = 3,14)
largura. Qual é a área do passeio? (use π = 3,14)
GABARITO
1. 256 m²
2. 192
3. 4 cm e 6 cm
4. 0,96
5. 60 cm² – b) 24 cm2
6. 1 3/ 4
11. Cortando-se um cilindro na linha pontilhada da figura, 7. 40/18/810/180/30
obtém-se sua planificação. Veja: 8. 24 cm²
9. a)16π
b) 9 π
c) 400 π
36
d)

10. 136,4 m²
11. 465 cm²
12. 3 3 cm - 54 cm² - 27 cm³
Se o raio de cada base mede 5 cm e o cilindro tem 10 13. 384 cm² - 512 cm³
Raciocínio Lógico

cm de altura, qual é a área total de sua superfície? (use


π = 3,14) 14. 10 2 - 376 cm² - 480 cm³
15. EECC
12. Considerando que a soma das medidas das arestas de 16. 24π cm²
um cubo é igual a 36 cm, determine: 17. 1250π cm³
a) a medida de sua diagonal; 18. 63,36
b) a sua área total; 19. 44000
c) o seu volume. 20. 21,52

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QUESTÕES FGV d) Waldo não é flamenguista.
e) Renato é vascaíno.
IBGE/Analista GeoProcessamento/2016
6. Raíza e Diego resolvem disputar um jogo em que cada
1. Em uma caixa há doze dúzias de laranjas, sobre as quais um deles lança uma moeda honesta de forma indepen-
sabe-se que: dente e simultânea. Ela será vencedora no caso de dois
I – há pelo menos duas laranjas estragadas; resultados iguais, e ele, de dois diferentes. As proba-
II – dadas seis quaisquer dessas laranjas, há pelo menos bilidades de vitória dela e dele são, respectivamente,
duas não estragadas. iguais a:
a) 2/3 e 1/3.
Sobre essas doze dúzias de laranjas, deduz-se que: b) 1/4 e ¾.
a) pelo menos 96 estão estragadas. c) 1/3 e 2/3.
b) no mínimo 140 não estão estragadas. d) 1/2 e ½.
c) exatamente duas estão estragadas. e) 3/4 e 1/4.
d) no máximo 96 estão estragadas.
e) exatamente 48 não estão estragadas. 7. Sejam Y, X, Z e W variáveis aleatórias tais que Z = 2.Y -
3.X, sendo E(X2) = 25, E(X) = 4, Var (Y) = 16, Cov (X,Y) =
2. De um grupo de controle para o acompanhamento de 6 . Então a variância de Z é:
uma determinada doença, 4% realmente têm a doença. a) 55.
A tabela a seguir mostra as porcentagens das pessoas b) 73.
que têm e das que não têm a doença e que apresenta- c) 108.
ram resultado positivo em um determinado teste. d) 145.
e) 217.
Doença Teste positivo (%)
SIM 85
GABARITO
NÃO 10
1. b 4. c 7. b
2. d 5. d
Entre as pessoas desse grupo que apresentaram resul-
3. e 6. d
tado positivo no teste, a porcentagem daquelas que
realmente têm a doença é aproximadamente:
a) 90%.
b) 85%.
c) 42%.
d) 26%.
e) 4%.

3. Dos 40 funcionários de uma empresa, o mais novo tem


25 anos e o mais velho tem 37 anos. Considerando a
idade de cada funcionário como um número inteiro de
anos, conclui-se que:
a) a média das idades de todos os funcionários é 31
anos.
b) a idade de pelo menos um funcionário é 31 anos.
c) nenhum funcionário tem idade igual a 31 anos.
d) no máximo 25 funcionários têm a mesma idade.
e) no mínimo 4 funcionários têm a mesma idade.

4. Sem A, não se tem B. Sem B, não se tem C. Assim,


conclui-se que:
a) A é suficiente para B e para C.
b) B é necessário para A e para C.
c) C é suficiente para A e para B.
d) A e B são suficientes para C.
e) B é necessário para A e suficiente para C.

5. Sobre os amigos Marcos, Renato e Waldo, sabe-se que:


I – Se Waldo é flamenguista, então Marcos não é trico-
lor;
Raciocínio Lógico

II – Se Renato não é vascaíno, então Marcos é tricolor;


III – Se Renato é vascaíno, então Waldo não é flamen-
guista.

Logo, deduz-se que:


a) Marcos é tricolor.
b) Marcos não é tricolor.
c) Waldo é flamenguista.

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IBGE

SUMÁRIO

Conhecimentos Técnicos

Estudo dos conhecimentos técnicos a serem aplicados no Censo Agropecuário 2017........................................................ 3

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CONHECIMENTOS TÉCNICOS

CEnSO AGROPECUÁRIO 2017 O que o levantamento desses dados irá mostrar?

MISSÃO: Retratar o Brasil com informações neces- O resultado desse levantamento irá mostrar as trans‑
sárias ao conhecimento de sua realidade e ao exercício da formações nas atividades agropecuárias ocorridas nos
últimos dez anos, a política de redistribuição de terras,
cidadania.
a expansão das fronteiras agrícolas, as alterações no uso do
O IBGE é o órgão coordenador e produtor de infor- solo, o uso das práticas agrícolas, de conservação do solo e
mações estatísticas e geográficas. Entre as suas múltiplas de tecnologias que envolvem a agropecuária.
atividades e pesquisas, oferece uma visão completa e
atual do Brasil: identifica e analisa o território, conta a Quem realizará esse levantamento?
população e mostra como a economia evolui através do
trabalho e da produção, revelando, ainda, como as pessoas O Recenseador é a pessoa selecionada e treinada
vivem, auxiliando os governantes na tomada de decisões de pelo IBGE para coletar os dados necessários à realização
caráter político, econômico, social e educacional. da pesquisa.
O recenseador será contratado temporariamente
recebendo uma remuneração variável de acordo com o
O que é o Censo? número de unidades coletadas. Estará sob a coordenação
de um Supervisor que lhe fornecerá todo o material e as
O Censo é um processo de obter informações sobre a informações necessárias à execução de seu trabalho.
totalidade dos membros de uma dada população. Em nível
estatístico, população é a coleção completa de unidades a Qual o material de trabalho utilizado pelo
serem pesquisadas, como pessoas, instituições, estabele‑ recenseador?
cimentos, registros ou acontecimentos, a partir das quais se
podem constituir amostras. • Crachá – credencial que identificará o recenseador
como representante oficial do IBGE. Seu uso é obrigatório.
Para que serve o Censo? • DMC (Dispositivo Móvel de coleta) – computador de
mão que estará habilitado a registrar, armazenar e transmitir
os dados coletados para o Banco de Dados do IBGE.
Os dados coletados no Censo formam um valioso con‑ • Manual do Recenseador – instrumento que contém as
junto de informações fundamentais para o planejamento instruções e os procedimentos da coleta. Serve para treinar
de políticas públicas, retratando a realidade brasileira e e orientar o recenseador no desempenho de sua função.
enriquecendo estudos sobre temas específicos. • Questionário Digital da Coleta – instrumento onde
são registradas as informações sobre os estabelecimentos
Que Censo o IBGE irá realizar em 2017? agropecuários. Este questionário estará instalado no DMC.
• Mapa e descrição do setor – orientam o recenseador
no setor de trabalho, mostrando graficamente a área a ser
O Censo Agropecuário que é a mais completa inves‑
recenseada e descrevendo seus limites.
tigação da estrutura e da produção agrícola, da pecuária,
da silvicultura e da aquicultura no País. Onde o recenseador irá trabalhar?
Nesse Censo será feito o levantamento dos dados nos
estabelecimentos com atividades agropecuárias, florestais O recenseador irá trabalhar numa área denominada
e aquícolas colhidas e/ou vendidas, bem como dos animais Setor Censitário, localizado em área rural ou urbana. Como
e do efetivo da lavoura permanente e da silvicultura, exis‑ se trata de um Censo Agropecuário, a pesquisa será realizada
tentes em todo o Território Nacional. predominantemente em áreas rurais.

O que é o Setor Censitário?


O Brasil está dividido em Unidades Territoriais, como na representação esquemática a seguir:
COnhECIMEntOS téCnICOS

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Para estudos estatísticos, o IBGE subdivide as Unidades • Conferir, com o Supervisor, a existência de pendências
em áreas menores denominadas Setor Censitário. no seu trabalho.
Setor Censitário é o território de trabalho onde se • Retornar à sua área de trabalho para corrigir ou com-
localizam os estabelecimentos que serão visitados pelo pletar as informações, caso haja alguma pendência.
recenseador. O Setor Censitário pode ser urbano ou rural, • Concluir todo o trabalho sob sua responsabilidade e
representado graficamente por um mapa. transmitir os dados finais.
O Mapa do Setor é o desenho gráfico da área geográfica • Devolver o DMC ao Supervisor ao final da coleta.
a ser recenseada, que é acompanhado da descrição dos
limites do setor. Para que seve o Censo Agropecuário?
O mapa auxilia o recenseador a:
• identificar a área que deve ser percorrida e seus limites; O Censo Agropecuário é de suma importância para o
• localizar‑se durante o trabalho de campo; Governo e para os setores privado e acadêmico, uma vez
• conhecer o início e o final do percurso no setor. que oferece suporte ao planejamento e à implementação
de políticas públicas e privadas, bem como para a avaliação
O IBGE, além de dividir as unidades em Setores Cen- de ações e de políticas já implantadas, e ao estudo do de-
sitários, também cria em suas divisões territoriais, para a senvolvimento rural.
realização dos Censos, os denominados Postos de Coleta. As informações obtidas por meio do Censo Agropecuário
permitem conhecer a realidade do processo produtivo agro-
O que é Posto de Coleta? pecuário, facilitando a análise e formulação de estratégias de
gestão e planejamento, além de possibilitar as construções
Posto de Coleta é o local de trabalho, criado pelo IBGE, de séries históricas das estatísticas agropecuárias, já que são
onde se reúne a equipe encarregada do gerenciamento e da mantidas as variáveis básicas de investigação, para efeito de
supervisão da coleta de dados em uma determinada área. comparação a cada Censo, e constitui um marco histórico.
O recenseador deve manter sigilo nas informações
Como será o trabalho do recenseador? obtidas?

O trabalho do recenseador consiste em fazer a coleta Sempre!


dos dados nos respectivos estabelecimentos agropecuários As informações coletadas no Censo são confidenciais e
constantes no setor censitário sob sua responsabilidade. serão utilizadas exclusivamente para fins estatísticos. Em hi-
pótese alguma poderão ser vistas ou conhecidas por pessoas
Como os dados serão coletados? estranhas ao serviço censitário.

Os dados serão coletados por meio de um DMC que Onde será realizado o Censo Agropecuário?
conterá os dados referentes ao setor censitário (mapa digi-
tal, Cadastro de Endereços e coordenadas geográficas), e o Em todos os Estabelecimentos Agropecuários localizados
questionário digital onde serão registradas as informações no País onde sejam desenvolvidas atividades agropecuária,
solicitadas pela pesquisa. florestal e aquícola.
O questionário digital deverá ser aplicado em todos os
estabelecimentos agropecuários no Território Nacional. Qual é a dimensão do Censo Agropecuário 2017?
Antes do preenchimento do questionário, o recensea-
dor preencherá no DMC um formulário digital denominado A realização do Censo Agropecuário 2017 envolverá cerca
Cadastro de Endereços, onde serão registradas todas as de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários, florestais
informações referentes ao endereço dos estabelecimentos e aquícolas. Estes estabelecimentos serão pesquisados em
agropecuários pertencentes ao seu setor censitário. todo o Território Nacional. Para a realização deste trabalho de
coleta de dados, supervisão, apoio técnico‑administrativo e
Quais as principais tarefas do recenseador? apuração de resultados, o IBGE contratará temporariamente
pessoas para desenvolverem tais atividades.
• Receber o material para o desenvolvimento das ativi­ O Censo Agropecuário 2017 é uma operação de grande
dades. vulto e exige um planejamento cuidadoso, além da dedicação
• Identificar o setor de trabalho, confrontando o mapa das pessoas envolvidas para que sejam obtidas informações
e a descrição dos limites do setor com a situação atual do precisas, obedecendo‑se o prazo estabelecido para a finali-
terreno. zação da operação.
• Respeitar os limites do setor, não invadindo a área de
trabalho de outro recenseador e coletar todos os dados na Qual o período e a data de referência para o
Conhecimentos Técnicos

área sob a sua responsabilidade. Censo Agropecuário 2017?


• Registrar e visitar todas as unidades delimitadas pelo
mapa do Setor Censitário, entrevistando as pessoas para As informações a serem coletadas nos questionários
coletar todas as informações solicitadas. digitais do Censo Agropecuário 2017 devem ter um marco
• Verificar diariamente a existência de pendências do no tempo, ou seja, um corte, e para tal foram definidos um
seu trabalho. período e uma data de referência.
• Transmitir os dados coletados. Nesse Censo, o  período de referência inicia em 1º de
• Comparecer ao Posto de Coleta, responsável por sua outubro de 2016 e termina em 30 de setembro de 2017, por-
área de trabalho, nos dias determinados pelo Supervisor ou tanto, os dados relativos à produção vegetal, ao movimento
sempre que existir dúvida ou qualquer outro problema que de animais e às características do estabelecimento a serem
dificulte a realização de suas tarefas. coletados devem se referir a esse período.

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A sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição é vedada, sujeitando-se aos infratores à responsabilidade civil e criminal.
No caso de efetivos de animais, áreas que compõem 2. Hortos.
o estabelecimento, máquinas, pessoal ocupado e outros 3. Estações Experimentais: levantamento apenas das
itens, o Censo aplica a data de referência que é o dia 30 de atividades agropecuárias desenvolvidas nestes locais.
setembro de 2017. 4. Postos Zootécnicos.
5. Hotéis‑fazenda: levantamento apenas das atividades
Quem será recenseado? agropecuárias desenvolvidas nestes locais.
6. Explorações agrícolas, florestais e aquícolas de con-
O Estabelecimento Agropecuário, através do seu res- ventos, hospitais, asilos, orfanatos, escolas profissio-
ponsável direto, o Produtor ou o Administrador que deverá nais, patronatos, reformatórios, prisões ou locais para
fornecer as informações solicitadas no questionário digital. lazer: levantamento apenas das atividades agropecu-
árias desenvolvidas nestes locais.
Quem é o produtor? 7. Estabelecimentos pertencentes a unidades indus-
triais, cuja atividade principal é a indústria. Só será
É a pessoa física, independente de sexo, ou jurídica investigada a parte diretamente ligada à atividade
responsável pelas decisões sobre a utilização dos recursos agropecuária, florestal e aquícola. Exemplo: usina de
e que exerce o controle administrativo das operações que cana‑de‑açúcar com atividade agropecuária.
envolvem a exploração do estabelecimento agropecuário.
O produtor tem a responsabilidade econômica e/ou técnica Quais as unidades que não devem ser recenseadas?
da exploração e pode exercer todas as funções diretamente
ou delegar alguns trabalhos cotidianos a um gerente con- 1. Quintais de residências.
tratado. 2. Hortas domésticas.
3. Criações de pássaros, cães, gatos e animais destinados
Quem é o administrador? a experiências de laboratórios, produção de soros,
vacinas etc.
É a pessoa física, independente de sexo, que assume a 4. Atividades não ligadas à exploração agropecuária dos
responsabilidade técnica e/ou administrativa da gestão do postos zootécnicos.
estabelecimento agropecuário em nome do produtor. Sua 5. Atividades não ligadas à exploração agropecuária dos
responsabilidade limita‑se às decisões cotidianas sobre a hotéis‑fazenda.
exploração do estabelecimento, incluindo o gerenciamento 6. Atividades não ligadas à exploração agropecuária de
e supervisão da mão de obra contratada. conventos, hospitais, asilos, orfanatos, escolas profis-
O administrador recebe remuneração em dinheiro ou sionais, patronatos, reformatórios, prisões ou locais
em produtos. para lazer.
7. Unidades industriais de transformação/beneficia-
O que é um estabelecimento agropecuário? mento de produtos agropecuários sem produção
agropecuária.
É toda unidade de produção dedicada, total ou parcial- Exemplo: farinheiras e polvilhadeiras.
mente, a  atividades agropecuárias, florestais e aquícolas, 8. Atividade industrial de indústrias com produção agro-
subordinada a uma única administração, a do produtor ou pecuária.
a do administrador. Independentemente de tamanho, forma
jurídica ou se a situação é urbana ou rural, com a finalidade Desejamos a todos os candidatos uma boa sorte e que
de produção seja para subsistência e/ou para venda. colaborem sempre para o desenvolvimento do País!

Quais são as atividades consideradas no Censo


Agropecuário 2017?
• Cultivo do solo com lavouras permanentes ou tempo-
rárias, hortaliças, flores, plantas medicinais e ornamentais
ou cultivo em outros meios, tais como a hidroponia.
• Criação, recriação ou engorda de animais de grande,
médio e pequeno porte.
• Criação de peixes, como nos pesque‑pague (só conside-
rar quando houver criação de peixes), crustáceos e moluscos.
• Atividades florestais são a exploração de matas e flo-
Conhecimentos Técnicos

restas nativas ou plantadas: silvicultura.


• Atividades na agroindústria rural referem‑se à trans-
formação de matéria‑prima em produtos beneficiados no
estabelecimento agropecuário como, por exemplo, produção
de farinha de mandioca, cachaça, dentre outros.

Quais as unidades que devem ser recenseadas?


As unidades que tiveram exploração agropecuária, flo-
restal e aquícola.
1. Fazendas, granjas, sítios, chácaras etc.

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IBGE

SUMÁRIO

Noções de Administração e Situações Gerenciais

Aspectos gerais da Administração. Organizações como sistemas abertos........................................................................... 3

Funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle......................................................................... 24

Motivação, comunicação e liderança................................................................................................................................... 26

Processo decisório e resolução de problemas..................................................................................................................... 37

Noções básicas de gerência e gestão de organizações e de pessoas................................................................................... 38

Eficiência e funcionamento de grupos. O indivíduo na organização: papéis e interações. Trabalho em equipe.


Equipes de trabalho.............................................................................................................................................................. 44

Responsabilidade, coordenação, autoridade, poder e delegação...................................................................................... 47

Avaliação de desempenho................................................................................................................................................... 48

Compromisso com a qualidade nos serviços prestados...................................................................................................... 51

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Noções de Administração e Situações Gerenciais
Anderson Lopes

ASPECTOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO 5. Administração é o processo de alcançar objetivos organi-


zacionais pelo trabalho com e através de pessoas e demais
Nos dias atuais a administração tornou-se uma das mais recursos organizacionais.
importantes áreas da atividade humana. Sua tarefa básica é Três características são fundamentais:
conseguir fazer as coisas por meio de pessoas e de uma forma – administração é um processo ou séries de atividades
eficiente e eficaz. Não importa a área de atividade, seja na relacionadas;
área industrial, comércio, serviços públicos, hospitais, uni- – envolve e se concentra no alcance de objetivos organi-
versidades ou em qualquer outra forma de empreendimento zacionais; e
humano, a eficiência e a eficácia com que as pessoas traba- – alcança tais objetivos através do trabalho das pessoas e
lham para conseguir objetivos comuns depende diretamente demais recursos organizacionais.
da capacidade daqueles que exercem função administrativa.
A Administração está sendo considerada a principal chave Entretanto, a palavra administração sofreu mudanças ra-
para a solução dos mais graves problemas que atualmente dicais em seu significado original ao longo do tempo. Para
ocorrem nas organizações Chiavenato, a principal tarefa da Administração é a de inter-
Antes de mais nada, é preciso entender o que é a Ad- pretar os objetivos propostos pela organização e transformá-
ministração. -los em ação organizacional por meio do planejamento, or-
A palavra administração é proveniente do latim ad ganização, direção e controle de todos os esforços realizados
(“direção para”, “tendência”) e minister (subordinação ou em todas as áreas e em todos os níveis da organização, a
obediência), isto é, aquele que presta serviço a outro. Esta fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada
combinação propõe que a definição do caminho “AD” é feita à situação.
para tomada de decisões, enquanto as ferramentas “MINIS- Dessa forma, a Administração é o processo de planejar,
TER” são os recursos disponíveis para alcançar os resultados organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar
(objetivos) projetados. seus objetivos. Objetivos são traçados, recursos são delimita-
dos, importados no ambiente, alocados na estrutura. O ciclo é
controlado, apontando, quando preciso, uma ação corretiva.
No processo da administração é necessário um processo
dinâmico, que consiste em tomar decisões sobre objetivos
e recursos.
Por definição, administração refere-se a uma combina-
ção, bem como aplicação dos recursos organizacionais. Toda
organização necessita e possui basicamente cinco tipos de
recursos: humanos, materiais, financeiros, patrimônio e
tecnologia, que são necessários para conseguir alcançar os
Muitos autores buscaram definir administração. Dian- resultados esperados.
Tomar decisões significa fazer escolhas. Um processo de
te dessas várias definições, poderá se perguntar se esta ou
tomar decisões que compreende quatro processos principais
aquela definição está certa ou errada, porém, embora se
interligados, muitas vezes chamadas também de processos
defina de várias formas, o conceito sempre se resume em:
ou funções: Planejamento, Organização, Direção e Controle.
fazer as coisas por meio das pessoas, obtendo os melhores Mais à frente falaremos sobre esses processos, mas resumi-
resultados. damente, podemos descrevê-los como:
O autor Idalberto Chiavenato, em seu livro Administração • Planejamento: compreende a tomada de decisões
nos Novos Tempos, de 2004, compilou os principais concei-
Noções de Administração e Situações Gerenciais
sobre objetivos e recursos necessários para realizá-los.
tos. O quadro a seguir mostra essas definições. • Organização: compreende a tomada de decisões sobre
a divisão de responsabilidades e autoridade entre as
ALGUMAS DEFINIÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO pessoas e sobre a divisão de recursos para realização
1. Administração é o processo pelo qual um grupo de de tarefas e objetivos.
pessoas dirige as ações de outras no sentido de alcançar • Direção: compreende a tomada de decisões que acio-
nam recursos, principalmente pessoas, para a realiza-
objetivos comuns.
ção de tarefas e alcançar objetivos.
2. Administração é o processo de trabalhar com e através • Controle: compreende a tomada de decisões e agir
de outras pessoas para alcançar eficientemente objetivos para conseguir a realização dos objetivos.
organizacionais pelo uso eficiente de recursos limitados
em um ambiente mutável. Para um melhor entendimento, o quadro a seguir explica
3. Administração representa a busca de objetivos orga- o significado de cada elemento que o processo administra-
nizacionais de uma maneira eficiente e eficaz através de tivo trabalha.
planejamento, organização, liderança e controle dos re-
cursos organizacionais. TIPO SIGNIFICADO
4. Administração refere-se a duas coisas: Recursos Tudo o que as organizações utilizam
(1) coletivamente a todos os administradores de uma or- para alcançar seus objetivos, tais
ganização; e como: pessoas, informações e conhe-
(2) ao estudo do que os administradores fazem. Toda or- cimento, espaço físico, tempo, dinhei-
ganização é tocada por administradores. ro, instalações, materiais.

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Objetivos São os resultados esperados, ou fins Quando essas atividades são desenhadas, organizadas, di-
que as organizações ou sistemas al- rigidas e controladas de forma adequada, a produção de
mejam atingir. Para isso utilizam os cada pessoa que está dentro do sistema passa a ser uma
recursos necessários. contribuição ao alcance dos objetivos da organização.
A administração sempre leva em consideração os ob-
Pessoas São os principais agentes do processo jetivos organizacionais a serem alcançados. Ela se faz ne-
administrativo. São as pessoas que cessária quando há uma situação que envolva pessoas que
tomam decisões, que compartilham utilizam recursos para atingir objetivos. Por esse motivo,
o processo decisório com outras pes- as organizações constituem o contexto em que ocorre a
soas, ou ainda, são afetadas pelas administração.
decisões tomadas por outras pessoas. Administrar não é simplesmente executar tarefas ou ope-
Administradores Os administradores, ou gerentes, são rações, mas sim fazer com que pessoas realizem essas tarefas
as pessoas que normalmente tomam de maneira satisfatória e que traga resultados. A administra-
as decisões. Podem ser indivíduos (por ção não é simplesmente uma ciência exata. É uma ciência
exemplo, um presidente de uma em- social, pois lida com negócios e organizações, basicamente
presa) ou grupos (por exemplo, uma através de pessoas e de conceitos.
assembleia administrativa). Todos os A administração visa atingir objetivos organizacionais
que administram sistemas ou recursos de forma eficiente e eficaz. O administrador procura utilizar
são de alguma forma administradores os recursos organizacionais à sua disposição, no sentido de
(ou gerentes). obter eficiência e eficácia, assim com um alto grau de sa-
tisfação entre as pessoas que fazem o trabalho e o cliente
Importância na Administração que o recebe.

A administração é importante em qualquer escala de Eficiência e Eficácia


utilização de recursos a fim de alcançar os objetivos em
todas as áreas de uma pessoa: individual, familiar, grupal, De maneira geral, a administração envolve um triplo
organizacional e social. Existe uma relação entre o aumento sentido: satisfação das pessoas e dos clientes, para alcançar
da quantidade de recursos e a complexidade do processo resultados e atingir um desempenho excepcional, voltado
administrativo. para a satisfação das pessoas e dos clientes, em um ciclo
Como indivíduos, temos nossa própria administração contínuo. Esse triplo sentido é o tema central da adminis-
pessoal, nossa administração familiar quando nos tornamos tração. A imagem a seguir mostra esse ciclo:
chefes de família. Em nosso meio social, temos nossa admi-
nistração de pequenos grupos. Em uma escala maior, temos
a administração de organizações e administração social em
cidades, Estado e sociedade global.
O processo administrativo é importante em qualquer
um desses aspectos apresentados, mas a sua principal ra-
zão de estudo é o impacto existente no desempenho das
organizações.

A Administração de Hoje
No início, a administração estava diretamente relaciona-
da em como tornar o trabalho individual cada vez melhor, O desempenho excepcional é atingido por meio de dois
mais fácil e melhor sucedido. Com o tempo passou a envolver critérios: eficiência e eficácia.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

mais. Passou a levar em consideração o trabalho em grupo, e, Eficiência significa fazer bem e corretamente as coisas.
mais à frente, toda a atividade organizacional em conjunto. É uma medida da proporção dos recursos utilizados para
Posteriormente estendeu-se à atividade Interorganizacional. alcançar os objetivos, ou seja, uma medida de resultados
Gradativamente, o conceito foi sendo ampliado. comparados com os recursos consumidos. A administração
O mundo de hoje é um mundo de organizações. Todas consegue atingir um resultado com o mínimo de recursos
as atividades necessárias à vida em sociedade são realizadas disponíveis, ou até mesmo ultrapassar esses resultados com
e, principalmente, interligadas por organizações. Vivemos os mesmos recursos. A eficiência pode ser medida por alguns
em organizações, trabalhamos nelas e dependemos delas fatores, como: custo do trabalho, utilização de equipamen-
para tudo o que fazemos: finanças, saúde, segurança, edu- tos, manutenção de máquinas, retorno de capital investido.
cação, alimentação, transporte, vestuário, entretenimento, Um administrador eficiente é aquele que opera seu tra-
religião etc. balho com um custo mínimo de materiais e de trabalho.
Cada organização tem como propósito prestar algum A eficiência é necessária, mas não é suficiente. Além dela,
serviço, produto ou benefício à sociedade em geral e a cada deve existir a eficácia, principalmente. Significa atingir objeti-
cliente em particular. Quanto mais uma organização é bem- vos e resultados. A eficácia é o grau com que a administração
-sucedida, mais ela tende a crescer, aumentar suas operações consegue alcançar seus objetivos. É a medida do resultado da
e acrescentar recursos e competências. Para ser bem-sucedi- tarefa ou de como atingir os objetivos estabelecidos.
da, a organização precisa ser administrada. A administração Um administrador eficaz é aquele que opera seu trabalho
é essencial para o sucesso da organização. atingindo metas de produção em termos de quantidade e
A administração movimenta toda a organização em dire- qualidade de resultados.
ção ao seu propósito ou objetivo através da definição de ativi- O quadro a seguir mostra as principais diferenças entre
dades que os membros organizacionais devem desempenhar. eficácia e eficiência, segundo Chiavenato (2004):

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EFICÁCIA EFICIÊNCIA

Fazer as coisas necessárias Fazer corretamente as coisas

Preocupação com os fins Preocupação com os meios

Ênfase nos objetivos e resultados Ênfase nos métodos e procedimentos

Atingir metas e objetivos Cumprir os regulamentos internos

Saber e conhecer Treinar e aprender

Ganhar a partida de futebol Jogar futebol com arte

Ganhar a Guerra Saber batalhar

Agregar valor e riqueza à organização Ser pontual no trabalho

Alcançar resultados Utilizar métodos de trabalho

Nem sempre a eficiência e a eficácia caminham juntas. (foi eficiente), mas não conseguiu se classificar (resultados
Muitas vezes um administrador é eficiente, mas não é efi- esperados – ser eficaz).
caz. Por exemplo, ele é eficiente em extrair o máximo dos Ou, então, o administrador não é eficiente, mas é eficaz,
recursos disponíveis, mas não é eficaz porque não alcança alcançando os resultados esperados, mas queimando etapas
os resultados esperados. É como um time de futebol e uma pelo caminho. A equipe se classifica para a final, porém tem
partida final que é disputada em dois jogos. A equipe perde o metade dos seus principais jogadores suspensos para jogar a
jogo por 2 x 0 na primeira partida. E precisa vencer a segunda partida final. O ideal é ser eficiente e eficaz, e isso ganha um
partida para ser campeã. O técnico (administrador do time) nome: excelência. E excelência é fundamental.
consegue extrair ao máximo de seus jogadores (recursos dis- O quadro a seguir mostra essa relação entre eficiência,
poníveis) e o time vence por 1 x 0. Ou seja, a equipe venceu eficácia e excelência.

NOçõEs dE AdMiNisTRAçãO E siTuAçõEs GERENCiAis

Administrador (materiais, financeiros, informações e tecnologia). O principal


fator é que o administrador consegue alcançar seus objetivos
O administrador é aquele que dá rumo às organizações, através de pessoas, ou seja, o administrador assegura que a
e vimos que ele é diretamente vinculado à eficiência e efi- organização alcance um desempenho elevado por meio de
cácia para alcançar os resultados. Ele é quem proporciona seus colaboradores.
liderança às pessoas e decide como os recursos organiza- O administrador não é avaliado simplesmente pelo seu
cionais devem ser arranjados e aplicados. Essas atividades conhecimento técnico.
administrativas não se resumem apenas ao presidente da Para exercer sua atividade profissional, o administrador
organização ou aos altos executivos, mas também aos super- ocupa diversas posições estratégicas nas organizações e
visores de primeira linha ou aos líderes de equipe, ou seja, desenvolve papéis fundamentais para a sustentabilidade e
ao administrador alocado em qualquer nível organizacional. crescimento dos negócios. Para desempenhar suas funções
A atividade do administrador é voltada para guiar e alcan- e sustentar sua posição, o administrador deve desenvolver
çar um ponto em comum nos objetivos da empresa. Todas as várias habilidades e algumas características são apontadas
organizações existem com algum propósito, algum objetivo, e como fundamentais ao perfil de um bom administrador.
o administrador é o responsável pela aplicação dos recursos Os administradores são classificados pelo nível que ocu-
para assegurar que a organização alcance isso. O adminis- pam na organização (de primeira linha, intermediários e altos
trador alcança resultados através de sua organização e das administradores) e pelo âmbito das atividades organizacio-
pessoas que nela trabalham. Para isso, ele planeja, organiza, nais pelas quais são responsáveis (os chamados administra-
dirige pessoas e controla os recursos que a empresa possui dores funcionais e gerais).

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Pelo nível que Gerentes de Primeira Linha: estão localizados no nível mais baixo de gerência, costumam ser chama-
ocupam na or- dos de supervisores, não são responsáveis por outros supervisores e gerenciam apenas trabalhadores
ganização operacionais.
Gerentes Médios: estão localizados no nível intermediário, são responsáveis por Gerentes de Primeira
Linha e podem também gerenciar trabalhadores operacionais.
Administradores de Topo: são comumente chamados de CEO (Chief Executive Officer), Presidente, Vice-
-Presidente, ocupam o cargo máximo nas organizações, são responsáveis por seu direcionamento e seus
recursos.
Pelo âmbito Administradores Funcionais: são os administradores responsáveis por uma área funcional e pela equipe
das atividades que compõe essa área funcional. Ex.: diretor de marketing, diretor de produção, gerente comercial.
Administradores Gerais: comum em pequenas organizações, o administrador geral é responsável pelas
diversas áreas funcionais da empresa e pelas pessoas envolvidas nas funções.

Para ocupar posições nas empresas, executar seus papéis e buscar as melhores maneiras de administrar, o administra-
dor deve desenvolver e fazer uso de várias habilidades. Robert L. Katz (apud Stoner, 1999) classificou-as em três grandes
habilidades: Técnicas, Humanas e Conceituais. Todo administrador precisa das três habilidades.
Percebe-se que para desenvolver bem seu trabalho, o administrador precisa dominar as três habilidades e dosá-las
conforme sua posição na organização.

HABILIDADE DEFINIÇÃO
Habilidades Técnicas São as habilidades ligadas à execução do trabalho, e ao domínio do conhecimento específico
para executar seu trabalho operacional. Segundo Chiavenato (2000), habilidade técnica “[...]
consiste em utilizar conhecimentos, métodos, técnicas e equipamentos necessários para o de-
sempenho de tarefas específicas, por meio da experiência e educação. É muito importante para
o nível operacional”.
Logo, as habilidades técnicas são mais importantes para os gerentes de primeira linha e para os
trabalhadores operacionais.
Habilidades Humanas São as habilidades necessárias para um bom relacionamento. Administradores com boas habi-
lidades humanas se desenvolvem bem em equipes e atuam de maneira eficiente e eficaz como
líderes. Segundo Chiavenato (2000), habilidade humana “[...] consiste na capacidade e facilidade
para trabalhar com pessoas, comunicar, compreender suas atitudes e motivações e liderar grupos
de pessoas”.
Habilidades humanas são imprescindíveis para o bom exercício da liderança organizacional.
Habilidades Conceitu- São as habilidades necessárias ao proprietário, presidente, CEO de uma empresa. São essas
ais habilidades que mantêm a visão da organização como um todo, influenciando diretamente no
direcionamento e na Administração da empresa. Segundo Chiavenato (2000), "Habilidade con-
ceitual consiste na capacidade de compreender a complexidade da organização com um todo
e o ajustamento do comportamento de suas partes. Essa habilidade permite que a pessoa se
comporte de acordo com os objetivos da organização total e não apenas de acordo com os ob-
jetivos e as necessidades de seu departamento ou grupo imediato."
As habilidades conceituais são imprescindíveis aos Administradores de Topo.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

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Essas três habilidades exigem algumas competências pessoais para serem colocadas em ação com sucesso. As compe-
tências são as qualidades de quem é capaz de receber um problema, analisar uma situação, apresentar soluções e resol-
ver o assunto ou problema. Essas competências constituem o maior patrimônio pessoal do administrador, o seu capital
intelectual, a sua maior riqueza. O administrador, para ser bem-sucedido profissionalmente, precisa desenvolver quatro
competências duráveis – Conhecimento, Habilidade, Julgamento e Atitude. A tabela a seguir explica essas competências,
segundo Chiavenato (2000).

COMPETÊNCIA DEFINIÇÃO
1. Conhecimento Todo o acervo de informações, conceitos, ideias, experiências, aprendizagens que o ad-
ministrador possui a respeito de sua especialidade. Como o conhecimento muda a cada
instante, em função da mudança e inovação que ocorrem com intensidade cada vez maior,
o administrador precisa atualizar-se constantemente e renová-lo continuamente.

2. Habilidade Significa a capacidade de colocar o conhecimento em ação, saber transformar a teoria em


prática, aplicar o conhecimento na análise das situações, na solução dos problemas e na
condução do negócio. Colocar em ação os conceitos e ideias abstratas que estão na mente
do administrador, em visualizar as oportunidades que nem sempre são percebidas pelas
pessoas comuns e transformá-las em novos produtos, serviços ou ações pessoais. Essa
competência dá autonomia e independência ao administrador, que não precisa perguntar
ao chefe o que fazer e como, a respeito de suas atividades.

3. Julgamento É a capacidade de atribuir valores e prioridades. O julgamento torna o administrador capaz


de analisar e diagnosticar situações e de propor soluções criativas e inovadoras. Conhe-
cimento e habilidades dependem do julgamento de como aplicá-los em cada situação.

4. Atitude Significa o comportamento pessoal do administrador frente às situações com que se defron-
ta no seu trabalho. A atitude representa o estilo pessoal de fazer as coisas acontecerem,
a maneira de liderar, motivar, comunicar e levar os projetos adiante. Envolve o impulso
e a determinação de inovar e a convicção de melhorar continuamente, e, sobretudo, a
facilidade de trabalhar com outras pessoas e influenciá-las.

Essas quatro competências duráveis constituem a trindade que conduz o administrador ao sucesso nas suas atividades.
O administrador deve agir como um agente de mudanças dentro das organizações. É ele quem promove a mudança de
mentalidade, cultura, processos, atividades, produtos ou serviços. É ele quem torna as empresas mais eficazes e competitivas
e as orienta para o sucesso em um complexo mundo cheio de mudanças e competitividade bruta.

Noções de Administração e Situações Gerenciais

As habilidades e as competências do administrador Algumas características são consideradas fundamentais


devem estar em constante aprimoramento, e para isso ele ao perfil de um bom administrador moderno.
precisa desenvolver algumas características pessoais que o Em geral, as organizações desejam profissionais de Ad-
tornem um líder. Características como combatividade, asser- ministração com as seguintes características:
tividade, convicção profunda, não aceitação do status quo, • capacidade de identificar prioridades;
inconformismo com a mediocridade e alta dose de espírito • capacidade de operacionalizar ideias;
empreendedor. • capacidade de delegar funções;

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• habilidade para identificar oportunidades; mostrar sua capacidade de se manter e crescer nos mais
• capacidade de comunicação, redação e criatividade; diferentes cenários. Somente assim o Administrador será
• capacidade de trabalho em equipe; considerado capaz de administrar.
• capacidade de liderança;
• disposição para correr riscos e responsabilidade; Papéis do Administrador
• facilidade de relacionamento interpessoal;
• domínio de métodos e técnicas de trabalho; O sucesso do administrador depende da união de suas
• capacidade de adaptar-se a normas e procedimentos; habilidades e competências. O autor Henry Mintzberg fez
• capacidade de estabelecer e consolidar relações; uma pesquisa acerca dos papéis dos administradores em seu
• capacidade de subordinar-se e obedecer à autoridade. livro The Nature of Managerial Work – 1973, ou, em tradução
livre, A natureza do trabalho gerencial. Essa pesquisa diz
São características desafiadoras, não é fácil desenvolvê- que o administrador assume vários e diferentes papéis em
-las, sustentá-las é ainda mais complicado. Essa é exatamente suas atividades. Basicamente dez papéis, divididos em três
a missão do Administrador, vencer todos seus desafios e categorias, segundo Mintzberg:

CATEGORIA DEFINIÇÃO
Papéis interpessoais São os relacionamentos com as pessoas. Mostram como o administrador interage com as
pessoas e influencia seus subordinados em função de suas habilidades humanas.
Papéis informacionais São as atividades para manter e desenvolver a rede de informações. O administrador passa,
em média, 75% do seu tempo trocando informações com outras pessoas dentro e fora da
organização. Mostram como o administrador intercambia e processa a informação.
Papéis decisórios Envolvem eventos e situações em que o administrador deve fazer escolhas ou opções usando
habilidades humanas e conceituais. Mostram como o administrador utiliza a informação em
suas decisões.

OS DEZ PAPÉIS DO ADMINISTRADOR


CATEGORIA PAPEL ATIVIDADE
Papéis interpessoais Representação • Assume deveres cerimoniais e simbólicos.
• Representa a organização, acompanha visitantes.
• Assina documentos legais.
Liderança • Dirige e motiva pessoas, treina, aconselha, orienta e se co-
munica com os subordinados.
Ligação • Mantém redes de comunicação dentro e fora da Organização.
• Usa malotes.
• Telefonemas.
• Reuniões.
Papéis informacionais Monitoração • Manda e recebe informação.
• Lê revistas e relatórios;
• Mantém contatos pessoais.
Disseminação • Envia informação para os membros de outras organizações.
• Envia memorandos e relatórios.
• Telefonemas e contatos.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

Porta-voz • Transmite informações para pessoas de fora, por conversas,


relatórios e memorandos.
Papéis decisórios Empreende • Inicia projetos.
• Identifica novas ideias.
• Assume riscos.
• Delega responsabilidades de ideias para outros.
Resolve Conflitos • Toma ação corretiva em disputas ou crises, resolve conflitos
entre subordinados, adapta o grupo a crises e a mudanças.
Alocação de Recursos • Decide a quem atribuir recursos. Programa, orça e estabelece
prioridades.
Negociação • Representa os interesses da organização em negociações com
sindicatos, em vendas, compras ou financiamentos.

No fundo, os papéis interpessoais, informacionais e A administração tornou-se o principal desafio para o


decisórios dependem do conhecimento, habilidades, julga- mundo dos negócios. O administrador é um elemento fun-
mento e atitudes do administrador. Os papéis são o que o damental para a sobrevivência e sucesso das organizações,
administrador “faz”. As competências duráveis são o que o utilizando para isso o processo administrativo de planejar,
administrador “é”. Ser é mais importante do que fazer. organizar, dirigir e controlar as ações organizacionais, com o

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objetivo de atingir resultados (eficácia) e fazer o melhor uso Por intermédio da Administração Científica de Taylor,
possível dos recursos disponíveis (eficiência). Para isso, as a Teoria Geral da Administração teve como primeira e prin-
habilidades do administrador devem ser aprimoradas de cipal finalidade alcançar a eficiência industrial, elevando a
forma que ele possa desempenhar todos os papéis dentro racionalização do trabalho com ênfase nas tarefas.
de sua organização. Em seguida, já com ênfase na estrutura organizacional,
Para uma melhor compreensão da moderna administração, a Teoria Clássica de Fayol, que definiu os princípios gerais da
é preciso entender os caminhos pelos quais passou a teoria Administração e as funções do administrador e a Teoria da
administrativa. Ao longo dos anos foram criadas várias teorias Burocracia de Weber buscaram a racionalização do trabalho.
administrativas, cada uma com um enfoque diferente como res- No mesmo foco, a Teoria Estruturalista promoveu a análise
posta aos problemas organizacionais relevantes de sua época, dentro das organizações e do ambiente organizacional.
embora cada qual valorize uma ou algumas das cinco variáveis Mediante a Teoria das Relações Humanas, a ênfase nas
básicas: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia e ambiente. tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas,
mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental, ba-
TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO seada na psicologia organizacional e, posteriormente, pela
Teoria do Desenvolvimento Organizacional.
Podemos verificar que a ênfase no ambiente surgiu com
Abordagens Clássica, Burocrática e Sistêmica da a Teoria dos Sistemas, que veio a ser complementada com
Administração a Teoria das Contingências, que parte do princípio de que
a Administração depende das circunstâncias ambientais e
Atualmente, a  Administração tornou‑se uma das mais tecnológicas da organização.
importantes áreas da atividade humana. Sua tarefa básica A TGA estuda a Administração das organizações e em-
é conseguir fazer as coisas por meio de pessoas e de forma presas do ponto de vista da interação e interdependência
eficiente e eficaz. Não importa a área de atividade, seja na entre as cinco variáveis principais: tarefa, estrutura, pes-
área industrial, comércio, serviços públicos, hospitais, univer- soas, tecnologia e ambiente. Elas constituem os principais
sidades ou em qualquer outra forma de empreendimento hu- componentes no estudo da Administração das organizações
mano, a eficiência e a eficácia com que as pessoas trabalham e empresas. O comportamento desses componentes é sistê-
para conseguir objetivos comuns depende diretamente da mico e complexo: cada um influencia e é influenciado pelos
capacidade daqueles que exercem a função administrativa. outros. Modificações em um provocam modificações em
A Administração está sendo considerada a principal chave maior ou menor grau nos demais. O comportamento final
para a solução dos mais graves problemas que atualmente de seu conjunto é diferente da soma dos comportamentos
ocorrem nas organizações. de cada componente considerado isoladamente. Na verda-
Para Peter Drucker, não existem países desenvolvidos e de, a adequação e a integração entre essas cinco variáveis
subdesenvolvidos, mas sim países que sabem administrar constituem o desafio da Administração.
a tecnologia e seus recursos disponíveis e países que ainda
não o sabem. Em outras palavras, existem países adminis-
As cinco variáveis básicas na Teoria
trados e países subadministrados. O mesmo ocorre com as
Geral da Administração
organizações.
Foi a partir do momento em que as organizações passaram
a atingir um maior grau de complexidades e expandiram que
a sua administração começou a apresentar dificuldades e
desafios até então intransponíveis ou impensáveis para seus
dirigentes. Nesse momento surgiu a necessidade de uma
Teoria da Administração. Essa teoria deveria oferecer aos diri-
gentes das organizações os modelos e estratégias que fossem
adequados para a solução de seus problemas empresariais.
Mas, o que significa Administração? Noções de Administração e Situações Gerenciais
A palavra administração é proveniente do latim ad (que
significa direção, tendência para) e minister (que significa
subordinação ou obediência). Significa “aquele que realiza
uma função sob o comando de outro, ou seja, aquele que
presta um serviço a outro.”
Entretanto, a  palavra administração sofreu mudanças
radicais em seu significado original ao longo do tempo.
Para Chiavenato, a  principal tarefa da Administração é a
de interpretar os objetivos propostos pela organização e
transformá‑los em ação organizacional por meio do pla- Figura adaptada de Chiavenato, 2000, p. 42.
nejamento, organização, direção e controle de todos os
esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis É importante ressaltar que, para continuarem sempre
da organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira úteis e aplicáveis, as  teorias administrativas precisam se
mais adequada à situação. adaptar às mudanças e incertezas que surgem no decorrer
Dessa forma, a Administração é o processo de planejar, do tempo, mas sempre agindo em prol da organização.
organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de al-
cançar seus objetivos. Evolução do Pensamento da Administração
Ao longo dos anos foram criadas várias teorias adminis-
trativas, cada uma com um enfoque diferente como resposta Influência dos Filósofos
aos problemas organizacionais relevantes de sua época, em-
bora cada qual valorize uma ou algumas das cinco variáveis Várias influências contribuíram para o desenvolvimento da
básicas: tarefa, estrutura, pessoas, tecnologia e ambiente. história da Administração. A influência de filósofos como o gre-

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go Sócrates que analisou a Administração como a habilidade Enfim, as condições para o aparecimento da teoria ad-
pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência; o ministrativa estavam se consolidando, porém quais fatores
seu discípulo Platão, que expôs os problemas políticos e sociais podem ser relevantes para o seu surgimento? Segundo
decorrentes do desenvolvimento cultural e social dos gregos; Chiavenato (2000), estes fatores podem ser classificados em:
e Aristóteles, discípulo de Platão, que abriu a perspectiva do • desenvolvimento tecnológico: que proporcionou um
conhecimento humano, dando o impulso inicial à filosofia, crescente número de empresas e nações concorrendo
cosmologia, nosologia, metafísica, ciências naturais e lógica. nos mercados mundiais;
Com a filosofia moderna, surge o filósofo inglês Francis • livre comércio;
Bacon, fundador da lógica moderna baseada em separar • mudança dos mercados vendedores para mercados
experimentalmente o que é essencial do que é acidental ou compradores;
acessório, e  René Descartes, filósofo francês que criou as • aumento da capacidade de investimento de capital e
coordenadas cartesianas e deu impulso à matemática e à elevação dos níveis de ponto de equilíbrio;
geometria da época, viabilizando a implementação dos • rapidez do ritmo de mudança tecnológica: que torna
princípios da divisão do trabalho, da ordem e do controle. obsoleto um produto ou reduz drasticamente seus
custos de produção;
Influência da Organização da Igreja Católica • crescimento dos negócios das empresas.

A organização eclesiástica serviu de modelo adminis- Administração Científica


trativo para as organizações, inexperientes à época. Nesse
momento, apenas a igreja possuía um modelo estruturado As ideias de dois engenheiros constituem as bases da
por uma hierarquia de autoridade (um Estado maior e uma Abordagem Clássica da Administração. Dividida em duas
coordenação funcional para a integração). orientações bem distintas: a de Frederick Taylor (norte‑ame-
ricano), que desenvolveu a escola da Administração Científica
Influência da Organização Militar com ênfase nas tarefas, e a de Henry Fayol (francês), que
foi o precursor da Teoria Clássica com a preocupação básica
A organização militar influenciou a Administração por de aumentar a eficiência da empresa por meio da forma e
intermédio do conceito de hierarquia e também do princípio disposição dos órgãos componentes da organização e suas
de direção, que preceitua que todo soldado precisa saber relações estruturais. Daí a ênfase na estrutura e na fisiologia.
perfeitamente aquilo que deve fazer e o que se espera dele. Os principais métodos científicos aplicáveis aos proble-
mas da Administração são a observação e a mensuração.
Influência da Revolução Industrial

Com a Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, surgiu


uma nova concepção de trabalho que modificou completamen-
te a estrutura social e comercial da época, provocando profun-
das e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social.
Quais os fatores que impulsionaram essas mudanças?
Podemos citar a ruptura das estruturas corporativas da Ida-
de Média, o avanço tecnológico, a aplicação dos progressos
científicos à produção, a  descoberta de novas formas de
energia, a enorme ampliação de mercados e a substituição Figura adaptada de Chiavenato, 2000, p. 75.
do tipo artesanal por um tipo industrial de produção.
O principal objetivo da Administração é assegurar o
Influência dos Economistas Liberais máximo de prosperidade ao patrão e, ao  mesmo tempo,
ao empregado. Dessa forma, é importante o interesse co-
A partir do século XVIII, economistas liberais, como mum entre empregados e empregadores.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

Adam Smith, reforçaram a importância do planejamento e Frederick W. Taylor, engenheiro, norte‑americano, foi o
da organização dentro das funções organizacionais, e propor- precursor da Administração Científica.
cionaram razoável suporte para o aparecimento de alguns A escola da Administração Científica, criada por Taylor
princípios de Administração. Tais princípios influenciaram, in- no início do século XX, tinha a preocupação de eliminar o
clusive, economistas não liberais, como Karl Marx e Friedrich desperdício e elevar a produtividade mediante a aplicação
Engels, que, a partir do início do século XIX, promoveram o de técnicas da engenharia industrial.
surgimento do socialismo e do sindicalismo, impulsionando No primeiro estágio de sua obra, Taylor, preocupado com
as empresas capitalistas a implantarem métodos e processos a necessidade de criar melhores condições para remunerar
de racionalização do trabalho e remuneração adequada. os operários, apesar de considerá‑los irresponsáveis, vadios
e negligentes, voltou‑se para a racionalização do trabalho
Influência dos Pioneiros e Empreendedores dos operários que mais produzissem, prática não vigente à
época, quando vigorava o sistema de pagamento por peças
Antes de 1850, poucas empresas tinham uma estrutura produzidas ou tarefas. Determinava‑se um padrão médio de
administrativa que exigisse os serviços de um administrador produtividade e os operários que produzissem além da cota
em tempo integral, pois as empresas industriais eram peque- média eram melhor remunerados. O sistema ficou conhecido
nas e, geralmente, gerenciadas pela própria família. Na virada como “mais‑valia”.
do século XX, grandes empresas passaram a entender que Para Taylor, os operários não possuem capacidade para
não era apenas uma questão de habilidade pessoal dirigir analisar e estabelecer racionalmente o processo mais efi-
uma empresa, e sim algo mais complexo. Foi nesse momento ciente. Com a Administração Científica ocorre a divisão de
que os capitães da indústria (pioneiros e empreendedores) responsabilidades: a Administração fica com o planejamento
cederam seu lugar para os organizadores. e a supervisão, enquanto o trabalhador executa a tarefa.

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Já na segunda etapa, Taylor preocupou‑se em definir os Princípios da Administração Científica de Taylor
princípios de Administração.
• Princípio de Planejamento: substituir a improvisação
Estudo dos Tempos e Movimentos e Análise do pela ciência, por meio do planejamento do método
Trabalho de trabalho.
• Princípio de Preparo: selecionar cientificamente os
O instrumento básico para a racionalização do método trabalhadores prepará‑los e treiná‑los, de acordo com
de trabalho dos operários era o estudo de tempos e movi- suas aptidões.
mentos, ou seja, determinar o tempo médio que um operário • Princípio do Controle: controlar o trabalho para se
comum levaria para execução da tarefa, permitindo, assim, certificar de que este está sendo executado de acordo
a  fixação dos tempos padrões para execução das tarefas; com métodos estabelecidos.
eliminar movimentos inúteis; distribuir uniformemente cada • Princípio da Execução: distribuir atribuições e res-
tarefa; melhorar o rendimento e a eficiência do operário e ponsabilidades para que a execução da tarefa seja
oferecer uma base uniforme de salários, segundo a produ- organizada.
tividade desses operários.
Os objetivos desse processo são o treinamento dos ope- Embora Ford não tenha inventado o automóvel, nem
rários, o estabelecimento de normas de execução, a adap- mesmo a linha de montagem, Ford inovou na organização do
tação do operário à própria tarefa e a maior especialização trabalho, estabelecendo o salário mínimo de cinco dólares
das atividades. por dia e a jornada diária de oito horas, enquanto, na época,
a jornada variava entre dez e doze horas.
Fragmentação das Tarefas e Especialização do Por meio da racionalização da produção, idealizou a linha
Operário de montagem, que permitiu a produção em série e em massa.
Para tanto, Ford adotou três princípios básicos:
Outra finalidade do estudo dos tempos e movimentos era • Princípio da Intensificação (diminuir o tempo de pro-
dução);
elevar sua produtividade e, consequentemente, a limitação
• Princípio da Economicidade (estoque mínimo e alta
de cada operário à execução de uma única tarefa de maneira
velocidade de vendas);
repetitiva e padronizada, resultando na linha de montagem
• Princípio da Produtividade.
como sua principal aplicação. A ideia básica era que a efici-
ência aumentava com a especialização.
Críticas à Administração Científica
Taylor, em sua Administração Científica, buscou organizar
e descrever os cargos e as tarefas para a racionalização do A maior crítica relativa à influência negativa que os
trabalho operário. Tarefa é toda atividade executada por conceitos de Taylor tiveram na gestão de empresas – mais
uma pessoa dentro da organização, enquanto que cargo especificamente nas indústrias – pode ser claramente ob-
é o conjunto de tarefas executadas de maneira rotineira e servada no filme de Charles Chaplin, “Tempos Modernos”.
específica. Uma vez analisada, racionalizada e padronizada, O filme é uma crítica muito bem humorada sobre a força da
a tarefa e seu tempo de execução são atribuídos ao operário supervisão no controle das tarefas dos operários.
que, selecionado e treinado, estará pronto para colaborar As teorias desenvolvidas por Taylor sofreram críticas por
com a empresa, trabalhando dentro dos padrões de tempo serem mecanicistas e, até mesmo, motivadas no sentido da
previstos. exploração do trabalhador como se fosse uma máquina,
Com essa finalidade, Taylor e seus seguidores desenvolve- principalmente a partir da contribuição de psicólogos e so-
ram planos de incentivos salariais e de prêmios por produção ciólogos, iniciada com Elton Mayo e Mary Parker Follet, e o
com base no tempo padrão e na convicção de que salário surgimento da Escola de Relações Humanas.
constitui a única fonte de motivação. Em outras palavras, A partir daí, os estudos de Taylor são vistos como distor-
o homem procurava o trabalho não porque gostava de tra- cidos, do ponto de vista do trabalhador. Vejamos, a seguir,
balhar, mas pela necessidade de sobreviver. Esse conceito as principais críticas a estes estudos:
Noções de Administração e Situações Gerenciais
deu origem ao termo homo economicus. • a visão do operário como uma simples peça no pro-
Na Administração científica verificou‑se que a eficiência cesso de produção;
não depende somente do incentivo salarial e do método de • a submissão do operário a uma supervisão rigorosa e
trabalho, mas também das condições físicas do ambiente de opressiva;
trabalho (ventilação, ruídos, iluminação etc.). • a superespecialização que robotiza o operário;
Observou‑se, também, que não adiantava racionalizar o • a visão microscópica do homem, isolado como um
trabalho do operário se os supervisores continuavam a tra- apêndice da máquina industrial;
balhar dentro do mesmo empirismo anterior. Para envolver • a ausência de qualquer comprovação científica de
os escalões mais elevados, os engenheiros da Administração suas afirmações e princípios;
Científica passaram a se preocupar com os princípios de • a abordagem incompleta, envolvendo apenas a orga-
Administração capazes de vulgarizar o comportamento dos nização formal;
gerentes e chefes. • a limitação do campo de aplicação à fábrica, omitindo
o restante da vida da empresa;
Organização Funcional • a abordagem prescritiva, normativa e típica de sistema
fechado.
A organização funcional é a estrutura organizacional
que aplica o princípio funcional ou da especialização das O mecanicismo de sua teoria é o que impõe tarefas
funções. Taylor foi um dos defensores da organização fun- repetitivas aos operários em prol de uma maior produção e
cional e acreditava que a especialização do operário deveria não se preocupa se o trabalhador possui outros interesses e
ser acompanhada pela especialização dos supervisores e da motivações, senão os representados pela recompensa finan-
gerência, por meio da estrutura funcional. ceira (homo economicus).

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A Administração Científica pode ser considerada para As funções técnicas estavam relacionadas com a produ-
alguns como eficaz por focar na racionalização do método ção de bens ou serviços da empresa. Já as funções comerciais
de trabalho dos operários, por determinar o tempo médio referenciavam‑se a compra e venda de bens. Enquanto que
de cada operário para executar uma determinada tarefa, as funções financeiras correspondiam ao gerenciamento
por eliminar movimentos inúteis, dentre outros elementos. de capitais, as funções de segurança eram responsáveis por
Porém, outras pessoas acreditam que essa escola é zelar pelos bens e pelas pessoas. As funções contábeis eram
incapaz de ver o operário como ser humano, e sim como relacionadas aos registros, balanços, estatísticas e custos da
uma máquina. A partir daí, a escola peca por não analisar empresa. E, por fim, como responsável pela integração des-
as necessidades e motivos que levam o homem a trabalhar sas funções, temos as funções administrativas. Atualmente,
com mais entusiasmo. essa visão de Fayol está totalmente ultrapassada, tendo as
Apesar de várias críticas, Taylor recebe o título de “Pai da funções sido substituídas por áreas.
Administração Científica”, sendo o primeiro a dimensionar Abaixo temos uma visão de como a maioria das organi-
tempos e movimentos nas atividades produtivas. zações do século XX se dividem:
Taylor foi duramente criticado por considerar o traba-
lhador como sendo preguiçoso e dedicado tão somente aos
ganhos materiais. Entretanto, foi o primeiro a expressar sua VISÃO FAYOL VISÃO ATUAL
mentalidade pragmática por meio do estudo de tempos e
movimentos de tarefas, proporcionando o início de um rigor Função Administrativa Área da Administração Geral
um pouco mais científico nos locais de trabalho, até então Função Técnica Área de Produção
apenas observado empiricamente.
Por isso, a Administração Científica inaugura as teorias ad- Função Comercial Área de Vendas / Marketing
ministrativas e baliza as demais por seu foco nas tarefas, pelo
predomínio da organização formal e pelos níveis de mensuração Função de Segurança Área de Recursos Humanos
da produção nunca antes experimentado pelas indústrias.
Funções do Administrador
Teoria Clássica
A Teoria Clássica é caracterizada por definir as funções
Assim como Taylor, Fayol dedicou sua vida à introdu- do administrador e como esse deve agir no trabalho. Fayol
ção do método científico na administração das empresas. definiu que a função administrativa é distribuída, propor-
Entretanto, enquanto nos Estados Unidos Taylor realizava cionalmente, entre todos os níveis hierárquicos de uma
seus estudos partindo das funções do operário chegando às organização e não importa se é o diretor, o gerente, o chefe
atribuições da gerência, na França, Fayol, em 1916, realizava ou o supervisor, pois todos são administradores, logo todos
suas pesquisas no sentido inverso, seguindo uma hierarquia desempenham atividades de previsão,organização, coman-
do topo para a base da pirâmide. do, controle e coordenação.
Henry Fayol foi o responsável pela fundação da Teoria O gráfico a seguir mostra claramente a proporcionalidade
Clássica, nasceu em Constantinopla e, aos 19 anos, formou‑se da função administrativa nos diferentes níveis hierárquicos
em Engenharia de Minas, indo trabalhar em uma indústria da empresa e quanto mais se sobe na escala, mais aumenta
metalúrgica e de mineração de carvão – Compagni Come- a extensão e o volume das funções administrativas.
nantry Four Chambault et Decazeville, onde começou como
engenheiro e chegou ao cargo de diretor (1888 a 1918). Fayol
desenvolveu um conjunto de “princípios de administração
geral” que considerava útil para toda situação administrativa
em qualquer tipo de empresa.
A partir da Primeira Guerra Mundial, o Fayolismo adquiriu
impulso e popularidade, tornando‑se conhecido como “uma
escola de chefes”.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

Funções Básicas da Empresa

Para Fayol, toda empresa deveria ter seis funções básicas:


• administrativas Não Administrativas
• técnicas
• comerciais Figura adaptada de Chiavenato, 2000, p. 116.
• financeiras
• segurança Diferença entre Administração e Organização
• contábeis
Algumas pessoas podem reconhecer Administração
como sinônimo de organização. Para Fayol, Administra­ção
é um todo, e a organização uma de suas partes, abrangendo
somente o estabelecimento da estrutura.
Os autores clássicos utilizam o conceito de elementos da
Administração ou funções do administrador para formar o
processo administrativo.

Os Princípios Gerais da Administração

Segundo Fayol, tais princípios são universais, maleáveis


Figura adaptada de Chiavenato, 2000, p. 104. e podem ser aplicados em qualquer circunstância, tempo ou

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lugar. Fayol relacionou 14 princípios básicos que podem ser Em qualquer organização é impossível definir atividades
estudados de forma complementar aos de Taylor. sem enquadrá‑las em duas direções:
1. Divisão do trabalho: especialização dos funcionários • verticalmente: quando a hierarquia define a gradua­
desde o chefe até os operários da fábrica, favo- ção das responsabilidades (níveis de controle);
recendo, dessa forma, a  eficiência da produção e • horizontalmente: em um mesmo nível hierárquico,
aumentando a produtividade. cada departamento ou seção passa a ser responsá-
2. Autoridade e responsabilidade: autoridade é o direito vel por uma atividade específica e própria (níveis de
dos superiores de atribuírem ações aos seus subordi- especialização).
nados que terão a responsabilidade de cumpri‑las.
3. Unidade de comando: um funcionário deve receber É importante ressaltar que a divisão do trabalho no sen-
ordens de apenas um chefe, evitando o ditado po- tido horizontal é chamada de departamentalização. Naquela
pular: “tem muito cacique e pouco índio”. época, quanto mais departamentalizada a organização, mais
4. Unidade de direção: uma cabeça e um plano cen- eficiente ela seria.
tralizados possibilitam agrupar atividades com os
mesmos objetivos. Organização Linear
5. Disciplina: regras de conduta e de trabalho válidas
para todos os funcionários. A ausência de disciplina Os autores clássicos consideravam a estrutura organiza-
gera o caos na organização. cional baseada na autoridade linear (decorrente do princípio
6. Prevalência dos interesses gerais: os interesses gerais da unidade de comando), ou seja, cada superior tinha au-
da organização devem prevalecer sobre os interesses toridade única, absoluta e direta sobre seus subordinados.
individuais. Isso é o oposto da supervisão funcional.
7. Remuneração: deve ser suficiente para garantir a
satisfação dos funcionários e da própria organização. Conceitos de Linha e Staff
8. Centralização: as atividades vitais da organização e
sua autoridade devem ser centralizadas. Para Fayol, a Organização Linear era mais simples e seus
9. Hierarquia: defesa incondicional da estrutura hierár- princípios eram:
quica, respeitando à risca uma linha de autoridade 1. unidade de comando: cada pessoa tem um único
fixa. chefe.
10. Ordem: um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu 2. unidade de direção: planos para conduzir os objetivos
lugar. da organização.
11. Equidade: a justiça deve prevalecer, justificando a 3. centralização da autoridade: no topo deve estar a
lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. autoridade máxima.
12. Estabilidade dos funcionários: uma rotatividade alta 4. cadeia escalar: autoridade de comando.
é negativa ao desempenho da empresa e o moral
dos funcionários. Elementos da Administração
13. Iniciativa: capacidade de estabelecer um plano e
cumpri‑lo. Fayol acreditava que quanto maior a organização e a
14. Espírito de corpo: o trabalho deve ser conjunto, divisão do trabalho, maiores seriam as necessidades de
facilitado pela comunicação na equipe. coordenação para assegurar a eficiência da organização.
Os cinco elementos que compõem a Administração:
Os autores da Teoria Clássica, por meio de um ensino previsão, organização, comando, coordenação e controle
organizado, com métodos pré‑estabelecidos e com a fina- constituem as chamadas funções do administrador, mas os
lidade de formar administradores a partir de suas aptidões seguidores de Fayol não aceitaram tais elementos. Cada autor
e qualidades pessoais, substituíram o empirismo e a impro- clássico define, a seu modo, os elementos da Administração,
visação por técnicas científicas. Nessa época, esta ideia era mas não se afastam muito da concepção Fayloriana.
vista como novidade.
Noções de Administração e Situações Gerenciais
Veja, a seguir, os elementos da Administração, ou seja,
A Teoria Clássica pouco evoluiu em termos de teoria da as funções do administrador para Urwick e Gulick:
organização, não tendo se desligado, nesse aspecto, do pas-
sado. Enquanto Taylor defendia o controle de um operário
por diversos supervisores, cada um especializado em um URWICK GULICK
aspecto da tarefa do operário. Fayol defendia o conceito de Investigação Planejamento
unidade de comando, segundo o qual um operário deve ter Previsão Organização
apenas um chefe. Planejamento Assessoria
Para a Teoria Clássica, a estrutura organizacional é ana- Organização Direção
lisada de cima para baixo (da direção para a execução) e do
todo para as partes (da síntese para a análise). Coordenação Coordenação
Comando Informação
Divisão do Trabalho Controle Orçamento

A ideia básica era a de que as organizações com maior Princípios de Urwick


divisão de trabalho seriam mais eficientes do que aquelas
com pouca divisão do trabalho. • Princípio da Especialização: cada pessoa deve exercer
Para a Teoria Clássica, a divisão do trabalho é essencial uma função.
para a razão da organização. Enquanto a Administração • Princípio da Autoridade: deve haver uma linha de
Científica preocupava‑se com a divisão do trabalho no nível autoridade claramente definida.
operário, a Teoria Clássica preocupava‑se com a divisão dos • Princípio da Amplitude Administrativa: cada superior
departamentos, divisões, seções etc., no nível gerencial. deve ter um número determinado de subordinados.

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• Princípio da Definição: os deveres, autoridade e res- Os estudos de Elton George Mayo (1880-1949), em
ponsabilidade de cada cargo deverão ser considerados Hawthorne, mostraram que a Western Eletric era uma
por escrito e comunicado a todos. companhia norte‑americana que fabricava equipamentos
para empresas telefônicas e sempre se caracterizou pela
Críticas à Administração Clássica preocupação com o bem‑estar de seus funcionários, o que
lhe rendeu um clima organizacional sadio.
Várias críticas foram atribuídas à Teoria Clássica. Dentre Durante mais de 20 anos não se constatou nenhuma
elas, podemos destacar a abordagem simplificada da orga- greve ou manifestação, e  um diagnóstico preliminar nos
nização formal, com esquemas pré‑estabelecidos de como o diria que a moral da companhia era alto e os funcionários
administrador deve proceder e os princípios da Teoria Clássi- confiavam na competência de seus administradores.
ca (divisão do trabalho, especialização, unidade de comando Os estudos básicos efetuados por Mayo e seu grupo
e amplitude de controle), que deveriam ser seguidos para a tiveram quatro fases:
máxima eficiência, deixando de lado a organização informal. • Primeira fase – buscou‑se estabelecer a existência de
Os autores clássicos fundamentam seus conceitos apenas uma relação entre uma maior iluminação no local de
em observações, deixando implícito a ausência de trabalhos trabalho e um aumento na produtividade. Entretanto,
experimentais para dar base científica a suas afirmações e o resultado da pesquisa mostrou que, ao se reduzir
princípios. Em suma, falta comprovação científica para as a iluminação, a produção do grupo que estava sendo
afirmações dos autores clássicos. analisado também aumentava. Os pesquisadores veri-
O comportamento deste período fez com que a Teoria ficaram que a eficiência dos operários era afetada por
Clássica recebesse o nome de teoria da máquina por causa condições de natureza psicológica. Tentaram eliminar
do comportamento mecânico da organização. ou neutralizar o fator psicológico, até então estranho
Outra crítica pode ser observada. Segundo Scott (1967, e impertinente.
p. 86), • Segunda fase – a sala de provas de montagem de re-
lés, com a finalidade de realizar um estudo da fadiga
a teoria da organização formal não ignorava os pro- no trabalho e dos efeitos gerados por mudanças de
blemas humanos da organização, porém não conse- horários ou introdução de intervalos de descanso no
guia dar um tratamento sistemático à interação entre período de trabalho.
as pessoas e os grupos informais nem aos conflitos • Terceira fase – o programa de entrevistas, em que anu-
intraorganizacionais nem ao processo decisorial. almente seriam entrevistados todos os funcionários
da empresa, tinha por objetivo desvendar os motivos
Em outros termos, a abordagem está incompleta, pois que levavam os funcionários a adotarem posturas
não considera o comportamento humano na organização. tão diferentes nos seus departamentos e na sala de
provas. A partir dessa fase, as pesquisas passaram a
A Teoria Clássica teve uma consideração muito relevante
ter um enfoque nas relações humanas e não mais na
para o administrador.
parte científica.
Para essa teoria, os administradores são as pessoas que
• Quarta fase – a sala de observações da montagem de
estão em posição de destaque na organização, seja diretor
terminais, que visava analisar a organização informal
ou supervisor, recebem as funções de administrar.
dos operários.
Fayol dividiu em cinco níveis as funções administrativas,
o famoso POC3 – Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar
Algumas Conclusões da Experiência de Hawthorne
e Controlar. Apesar de algumas críticas, Fayol abordou um as-
sunto muito importante e o mesmo perdura até os dias atuais.
A experiência em Hawthorne permitiu o delineamento
dos princípios básicos da Escola das Relações Humanas, que
Teoria Humanística veio a se estabelecer logo em seguida.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

As principais conclusões foram:


A Abordagem Humanística faz com que a preocupação • o nível de produção é resultante da integração social,
com a máquina, o método de trabalho, a organização formal das normas sociais e expectativas que envolvem o
e os princípios da Administração cedam prioridade para a empregado, e não de sua capacidade física ou fisioló-
preocupação com as pessoas e grupos sociais. gica (como afirmava a Teoria Clássica). É a capacidade
social do trabalhador que estabelece seu nível de
Escola das Relações Humanas competência e de eficiência;
• o comportamento social dos empregados se apóia
A Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Uni- totalmente no grupo;
dos como consequência imediata das conclusões obtidas na • os trabalhadores não reagem isoladamente, mas
Experiência em Hawthorne, desenvolvida por Elton Mayo como membros de grupos informais, que compõem
e seus colaboradores. Foi basicamente um movimento de a organização como um conjunto desses grupos, que
reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração. são os definidores das quotas de produção e das pu-
A Teoria Humanística surgiu com a necessidade de nições aos indivíduos que saem das normas grupais
humanizar e democratizar a Administração, libertando‑a (teoria de organização informal).
dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e
adequando‑a aos novos padrões de vida do povo ameri- As Relações Humanas são as ações e atitudes desen-
cano. Essa teoria foi criada graças ao desenvolvimento das volvidas pelos contatos entre pessoas e grupos. Os indiví-
chamadas Ciências Humanas, principalmente a Psicologia duos dentro da organização participam de grupos sociais
e a Sociologia. e mantêm‑se em uma constante interação social. Relações

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Humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos con- TEORIA DAS RELAÇÕES
tatos entre pessoas e grupos. TEORIA CLÁSSICA
HUMANAS
Cada indivíduo é uma personalidade diferenciada que
influi no comportamento e atitudes dos outros com quem Trata a organização como Trata a organização como
mantém contatos. É exatamente a compreensão da nature- uma máquina um grupo de pessoas
za dessas relações humanas que permite ao administrador Enfatiza as tarefas ou a
Enfatiza as pessoas
melhores resultados de seus subordinados. tecnologia
A importância do conteúdo do cargo: a maior especiali- Inspira‑se em sistema de Inspira‑se em sistemas
zação e, portanto, a maior fragmentação do trabalho não é engenharia de psicologia
a forma mais eficiente do trabalho.
Mayo e seus colaboradores verificaram que a extrema Delegação plena de
Autoridade centralizada
especialização defendida pela Teoria Clássica não cria neces- autoridade
sariamente a organização mais eficiente. Linhas claras de
Os aspectos emocionais, não planejados e mesmo ir- Autonomia do empregado
autoridade
racionais do comportamento humano, passam a merecer
Especialização e
atenção especial por parte de quase todas as grandes figuras Confiança e abertura
competência técnica
da Teoria das Relações Humanas.
Da civilização industrializada e do homem dentro da Acentuada divisão do Ênfase nas relações
abordagem humanística surge uma grande incompatibilidade trabalho humanas
entre os objetivos organizacionais da empresa e os objetivos Confiança nas regras e nos
individuais do empregado. Assim, todos os métodos conver- Confiança nas pessoas
regulamentos
gem para a eficiência e não para a cooperação e objetivos
Clara separação entre Dinâmica grupal e
humanos. Daí a necessidade de um tratamento preventivo
linha e staff interpessoal
do conflito industrial por meio de uma Administração huma-
nizada. Imagine que a empresa em que você trabalha obtém Fonte: Chiavenato, 2000. p. 119.
excelentes resultados financeiros, porém o clima pesado da
empresa não o deixa à vontade. O que fazer para melhorar Críticas à Abordagem da Teoria das Relações
esta situação? Humanas
Funções Básicas da Organização Industrial Assim como na Administração Científica e na Teoria
Clássica, a abordagem humanística foi alvo de muitas críticas,
Como podemos ver, alguns dos novos conceitos sobre
dentre as quais pode‑se destacar:
Administração surgiram por intermédio da experiência de
• os fatores considerados importantes para a Teoria Clás-
Hawthorne, cujos relatores – Roethlisberg e Dickson – des-
sica era rigidamente combatido pela Teoria das Relações
creveram que toda organização industrial deve buscar duas
Humanas, e, portanto, mal focalizados. As variáveis que
formas para manter equilíbrio interno na organização:
• a função econômica: visa produzir bens ou serviços uma escola considerava importantes eram ignoradas
por meio de equilíbrio externo, preocupação funda- pela outra, perdendo, muitas vezes, o senso crítico;
mental da Teoria Clássica; • em seguida, as  restrições decorrentes da disponi-
• a função social: é responsável por proporcionar equi- bilidade de poucas variáveis a serem analisadas e a
líbrio interno, gerando satisfação a seus participantes. limitação destas apenas às fábricas resultou numa
impossibilidade de generalização de resultados;
Essas duas funções são subsistemas interdependentes. • além disso, a  Teoria Humanística tinha visão idea-
Assim, é fundamental que permaneçam em estado de equi- lizada em relação ao operário feliz e integrado no
líbrio para que não haja reação contrária de uma das partes. ambiente de trabalho. A produtividade do operário Noções de Administração e Situações Gerenciais
não pode estar condicionada a sua felicidade e, con-
sequentemente, não são diretamente proporcionais
(funcionários infelizes podem ser produtivos). Existia
uma supervalorização do fator “Integração Grupal”
com relação à produtividade. Tal fator representa
apenas uma característica capaz de influenciar na
produtividade;
• outra crítica que deve ser abordada é o fato de que os
funcionários, naquela época, eram iludidos a partici-
par de decisões em reuniões enquanto, na verdade,
suas ideias e insatisfações estavam sendo espionadas;
• e, por fim, a Teoria Humanística não forneceu critérios
de gestão, não esclareceu o que pode ou não pode
ser feito para obtenção de melhores resultados. Além
disso, não apresentou nenhuma visão socioeconômica
realista das relações empresa‑funcionário.

Figura adaptada de Chiavenato, 2000, p. 147. A Escola das Relações Humanas preocupou‑se com aquilo
que as outras demais nem sequer comentaram: o homem.
O quadro a seguir mostra claramente uma comparação Essa escola viu a necessidade de humanizar e democra-
entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas: tizar a Administração, porém, acredita‑se que ela exagerou e

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esqueceu assuntos também importantes no quesito admi- Tipos de Sociedade
nistrar.
A crítica de “operários felizes, porém improdutivos” foi Weber distinguiu três tipos de sociedade:
perpetuada pelos estudiosos no assunto. • Sociedade Tradicional: possui características patriar-
cais de cunho patrimonialista, que detém a posse e o
Teoria da Burocracia domínio de um patrimônio. Como exemplos pode‑se
destacar a família, os clãs e os feudos medievais.
A Teoria da Burocracia desenvolveu‑se dentro da Admi- • Sociedade Carismática: podemos caracterizá‑la como
nistração a partir da década de 1940, quando surgiram as partidos políticos e grupos religiosos, ou seja, é um
críticas à Teoria Clássica e à Teoria das Relações Humanas. tipo de sociedade na qual há uma forte conotação
Nessa época, as empresas passaram a exigir modelos orga- mística/arbitrária ou dogmática/ideológica.
nizacionais mais definidos em relação ao crescente tamanho • Sociedade Legal, Racional ou Burocrática: é constituí­
e complexidade das empresas. As duas teorias revelam dois da de uma sociedade na qual predominam normas
pontos de vista extremamente opostos e incompletos sobre e regras impessoais que se sobrepõem à vontade
a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais individuais, ao arbítrio e às emoções. São sociedades
amplo e completo, tanto da estrutura como dos participantes onde a racionalidade é empregada como meio de se
da organização. alcançar os objetivos dessa sociedade. Como exemplo
Assim, tornou‑se necessário um modelo de organização podemos citar as empresas, os exércitos e até mesmo
racional capaz de caracterizar todas as formas de organiza- os Estados Modernos.
ção humana e, principalmente, as  empresas. Max Weber,
Tipos de Autoridades
sociólogo alemão, propôs um modelo intitulado de Teoria
da Burocracia em Administração, segundo a qual
Pare e pense no significado da palavra autoridade. Para
Weber “autoridade significa a probabilidade de que um
a burocracia é uma forma de organização humana
comando ou ordem específica seja obedecido”.
que se baseia na racionalidade, isto é, na adequação
Naquela época, para cada tipo de sociedade deveria existir
dos meios aos objetivos (fins) pretendidos, a  fim
um tipo de autoridade correspondente. Vejamos quais são:
de garantir a máxima eficiência possível no alcance
• Autoridade Tradicional acontece quando os subordi-
desses objetivos nados aceitam as ordens dos superiores e concordam
com um conjunto de regras e regulamentos legais
Origens da Burocracia previamente estabelecidos. Na verdade, trata‑se de
um conjunto de normas consideradas legítimas e das
A origem da burocracia ocorreu devido às mudanças quais deriva o comando. O governante é visto como
religiosas ocorridas após o Renascimento. Para Max Weber, uma pessoa que alcançou tal posição exclusivamente
por procedimentos legais (como nomeação, eleições,
o moderno sistema de produção, racional e capitalista concursos etc.) e é em virtude de sua posição alcança-
não se originou das mudanças tecnológicas nem das da que ele exerce o poder dentro dos limites fixados
relações de propriedade, como afirmava Karl Marx, pelas regras e regulamentos sancionados legalmente.
mas de um novo conjunto de normas sociais morais, • Autoridade Carismática é o tipo do poder que adquire
às quais denominou ética protestante. facilmente características revolucionárias, sendo,
portanto, instável e sem base racional. Normalmente
O capitalismo, a  ciência moderna e a organização bu- ocorre quando os subordinados se identificam com o
rocrática são constituídas de três formas de racionalidade superior e atendem suas ordens com grande facilidade.
que surgiram com essas mudanças religiosas. Tais mudanças • Autoridade Legal, Racional ou Burocrática acontece
ocorreram inicialmente em países protestantes e não em quando os subordinados concordam com as normas
países católicos. Existem diversas semelhanças entre o pro- e leis previamente estabelecidas e racionalmente
testantismo e o comportamento capitalista. definidas. Costuma ter fundamento legal.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

Tipos de Caracte- Tipos de Aparato


Exemplos Características Legitimação
Sociedade rísticas autoridade Administrativo
Não é racional. Não é racional.
Patriarcal e Clã, tribo, fa-
Poder herdado ou Tradições, hábitos, Poder herdado ou
Tradicional. Patrimonialista. mília, socieda- Tradicional
delegado. Baseado usos e costumes. delegado. Baseado
Conservadora. de medieval.
no Senhor. no Senhor.
Inconstante e
Grupos revolu- Características pes-
Personalista, Não é racional, Instável. Escolhido
cionário, par- soais carismáticas
mística e arbi- nem herdada, nem conforme lealdade
Carismática. tidos políticos, Carismática do líder. (Heroís-
trária. Revolu- delegável. Baseada e devoção ao líder
nações em mo, Magia, Poder
cionária. no Carisma. e não por qualifica-
Revolução. Mental)
ções técnicas.
Justiça da lei.
Estados mo-
Legal, Racionalidade Legal, Legal, racional Promulgação e
dernos, gran-
racional ou dos meios e dos racional ou impessoal, formal. regulamentação de Burocracia
des empresas,
burocrática. objetivos. burocrática. Burocrática. normas legais pre-
exércitos.
viamente definidas.

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Desenvolvimento da Burocracia Nesse contexto, o  termo autoridade serve para re-
duzir ao mínimo o atrito entre chefe e empregado; o
Weber identificou três fatores principais que favorecem subordinado está protegido da ação arbitrária do seu
o desenvolvimento da moderna burocracia: o primeiro é a superior, dado que as ações de ambos se processam
racionalização de transações econômicas, que, por meio de dentro de um conjunto mutuamente reconhecido de
uma economia monetária, a moeda passa a assumir o lugar regras;
da remuneração em espécie para os funcionários, permitindo • rotinas e procedimentos estandardizados: o ocupante
a centralização da autoridade e o fortalecimento da adminis- de um cargo não pode fazer o que quiser, mas, sim,
tração burocrática. Outro fator é o crescimento quantitativo o que a burocracia impõe que ele faça. Assim, as re-
e qualitativo das tarefas administrativas do Estado Moderno gras e normas técnicas regulam a conduta do ocupante
e, por último, a superioridade técnica sobre qualquer outra de cada cargo, cujas atividades devem ser executadas
forma de organização em termos de eficiência. de acordo com rotinas e procedimentos previamente
fixados;
Características da Burocracia • competência técnica e meritocracia: a admissão,
a  promoção dos funcionários e sua transferência
Para Max Weber a burocracia é a organização eficiente são baseadas no mérito e na competência técnica e
por excelência, e, para conseguir essa eficiência, a burocracia não em preferências pessoais. Daí a necessidade de
especifica, antecipa e detalha, como as coisas deverão ser exames, concursos, testes e títulos para admissão e
feitas. Segundo Max Weber, a burocracia tem as seguintes promoção dos funcionários;
características principais: • especialização da Administração: o dirigente não é
• caráter legal das normas e regulamentos: a burocra- necessariamente o dono do negócio, mas um profis-
cia é uma organização definida por regulamentos sional especializado na sua administração, assim como
e normas previamente estabelecidas, por escrito, o funcionário não pode vender, comprar ou herdar
para assegurar uma interpretação ordenada e única sua posição ou seu cargo;
do estatuto da empresa (privada), com capacidade
• profissionalização dos participantes: cada funcionário
de regular tudo que ocorre dentro da organização,
da burocracia é um profissional;
possibilitando a padronização das atividades da orga-
• completa previsibilidade do funcionamento: tudo
nização burocrática e conferindo aos chefes poder de
na burocracia é estabelecido no sentido de prever
repressão sobre os empregados, com meios capazes
as ocorrências e rotinizar sua execução, para que a
de corrigir e impor disciplina;
eficiência do sistema seja máxima.
• caráter formal das comunicações: as regras da buro-
cracia, as decisões e ações administrativas são formu-
ladas, registradas e comunicadas por escrito, com o A organização informal aparece como um fator de im-
objetivo de proporcionar comprovação e documen- previsibilidade das burocracias, pois o sistema social racional
tação adequadas. Logo, elas devem ser detalhadas, puro de Weber pressupõe que as reações e o comportamento
para serem interpretadas univocamente por todos humano sejam perfeitamente previsíveis, uma vez que tudo
os membros da organização; estará sob o controle de normas racionais, escritas e legais.
• caráter racional e divisão do trabalho: a burocracia A organização informal surge como uma derivação direta do
é uma organização que se caracteriza por uma sis- sistema burocrático, como uma consequência da impossibi-
temática divisão do trabalho para atender a uma lidade prática de se bitolar e padronizar completamente o
racionalidade, isto é, ela é adequada aos objetivos a comportamento humano nas organizações.
serem atingidos: a eficiência da organização. Cada em-
pregado deve saber qual a sua tarefa, sua capacidade Vantagens da Burocracia
de comando sobre os outros e, sobretudo, quais são
seus limites de direitos e poderes, para não interferir • previsibilidade do funcionamento;
na competência alheia nem prejudicar a estrutura • univocidade de interpretação;
Noções de Administração e Situações Gerenciais

existente. Assim, as tarefas administrativas são alta- • padronização de rotinas e procedimentos;


mente diferenciadas e especializadas, e as atividades • redução de conflitos;
são distribuídas de acordo com os objetivos a serem • subordinação natural aos mais antigos;
atingidos; • confiabilidade nas regras do negócio;
• impessoalidade nas relações: a administração da bu- • hierarquia formalizada;
rocracia não considera as pessoas como tal, mas como • precisão na definição de cargos e operações.
ocupantes de cargos e de funções. Assim, o poder de
cada pessoa é impessoal e deriva do cargo que ocupa, Racionalidade Burocrática
assim como a obediência prestada pelo subordinado
ao superior é impessoal. Ele obedece ao superior, não O fato de uma organização ser racional não implica neces-
em consideração à sua pessoa, mas ao cargo que o sariamente que seus membros ajam racionalmente no que
superior ocupa. A  burocracia precisa garantir a sua se refere às suas próprias metas e aspirações. Assim, Weber
continuidade ao longo do tempo: as pessoas vêm e usa o termo burocratização referindo‑se também às formas
vão, os cargos e funções permanecem; de agir e de pensar, que existem não somente no contexto
• hierarquia da autoridade: cada cargo inferior deve es- organizacional, mas que permeiam toda a vida social. Em-
tar sob o controle e supervisão de um posto superior, bora considerasse a burocracia como a mais eficiente forma
daí a necessidade da hierarquia da autoridade fixar de organização criada pelo homem, Weber temia que essa
as chefias nos diversos escalões de autoridade para grande eficiência, cujos resultados, advinham da crescente
proporcionar a estrutura hierárquica da organização, burocratização do mundo moderno, fosse uma enorme
determinando privilégios e obrigações, estreitamente ameaça à liberdade individual e às instituições democráticas
definidos por meio de regras limitadas e específicas. das sociedades ocidentais.

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Dilemas da Burocracia derno. A visão sistêmica completa a linha de raciocínio, que
começa na visão técnica de Taylor e Ford e continua até a
• internalização das regras e exagerado apego aos re- visão comportamental.
gulamentos; Formou‑se a partir de linhas de pensamentos indepen-
• normas e Regulamentos são absolutos e prioritários; dentes, sendo que, algumas delas ligadas à antiga noção de
• excesso de formalismo e de papelório; que os fenômenos devem ser analisados sob a ótica de várias
• resistência às mudanças; abordagens ao mesmo tempo.
• despersonalização dos relacionamentos; A teoria da forma (Gestalt), desenvolvida por psicólo-
• categorização como base do processo decisorial; gos alemães em 1924, por si só, remete à visão sistêmica,
• superconformidade às rotinas e procedimentos; porque sua ideia de que a finalidade do conjunto define a
• exibição de sinais de autoridade; natureza de suas partes conduz a um raciocínio integrativo,
• dificuldade no atendimento a clientes e conflitos com que considera qualquer fenômeno (objeto, evento, sistema)
o público. do ponto de vista dos múltiplos fatores que o provocam e
afetam, e também dos inúmeros efeitos que cada elemento
Disfunções da Burocracia causa no conjunto.
No final dos anos 1930, Ludwig Von Bertalanffy, um
Ao estudar todas as consequências previstas ou deseja- biólogo alemão, conduziu seus estudos de sistemas gerais
das da burocracia que a levam à máxima eficiência, Weber pensando no metabolismo, crescimento e sistemas abertos,
também notou as consequências imprevistas (ou indese- por meio de conceitos encontrados na química‑física, cine-
jadas). Às  consequências imprevistas, deu‑se o nome de mática e termodinâmica. Isto é, uma abordagem que passa
disfunções da burocracia. a correlacionar as organizações industriais e comerciais com
São as principais Disfunções da Burocracia: os organismos biológicos. Dessa forma, a Teoria Geral dos
1. internalização das regras e apego ao regulamento que Sistemas (TGS) começa a se desenvolver. A aplicação da TGS
passa a ser objetivo e não meio; às organizações é denominada Teoria de Sistemas.
2. excesso de formalismo e de papelório pelo excesso De acordo com Bertalanffy, a  Teoria de Sistemas é a
de documentação; “reorientação do pensamento e da visão do mundo a par-
3. resistência a mudanças em face do acomodamento tir da introdução dos sistemas como um novo paradigma
pela rotina constante; científico”. Ou seja, os sistemas devem ser analisados como
4. despersonalização do relacionamento onde pessoas entidades e não como ajuntamento de partes.
são somente os ocupantes dos cargos; Após a II Guerra Mundial, cada uma das disciplinas
5. categorização e estereotipia como base do processo científicas desenvolvidas apresentava uma visão atomística,
decisorial – “quem decide é quem ocupa a posição mecanizada, com a introdução de novos conceitos. Estava
hierárquica mais alta ou quem tem mais conhecimen- começando uma mudança de concepção dos aspectos or-
to?”; ganizacionais, partindo‑se da visão atomística para a visão
6. superconformidade às rotinas e procedimentos do holística.
“trabalha‑se” em função dos regulamentos e rotinas Segundo Silva, a concepção atomística estabelece que o
e não em função dos objetivos organizacionais; mundo ou o que importa para o entendimento de qualquer
7. exibição dos sinais de autoridade: uniformes, locali- entidade pode ser explicado pela compreensão das suas
zação da sala, tipo de mobiliário, estacionamento; partes. Desse modo, as pessoas pensam em dividir o todo
8. dificuldade no atendimento a clientes e conflitos em partes, analisar os conteúdos e experiências das partes
com o público em face do não enquadramento das “indivisíveis”, tais como átomos, elementos químicos, instin-
demandas ante os regulamentos e normas. tos, percepções elementares e assim por diante.
Sob a concepção de sistemas, a  organização deve ser
A burocracia surgiu para organizar e impor regras às estudada como um todo, que não pode ser separado em
empresas e aos funcionários. Possui um caráter racional com partes sem haver perdas das suas características essenciais.
um enfoque extremamente hierárquico. Weber acreditava na Os especialistas em sistemas procuram explicar as partes
Noções de Administração e Situações Gerenciais

excelência da burocracia e suas rotinas, pois assim, o controle em termos do todo em lugar de explicar o todo em termos
das atividades se tornava mais fácil. das partes. Modernamente, a partir da última metade do
Podemos ver inúmeras empresas burocráticas, com seus século XX, surge a possibilidade de uma percepção mais
procedimentos e regras imutáveis. Dependendo do tipo de global ou interdisciplinar das organizações, ou seja, uma visão
empresa, poderá tender a entropia, pois as mudanças globais holística, que é, em resumo, uma tendência de unificação
pedem que as empresas as sigam a fim de permanecerem das disciplinas ou das ciências.
competitivas no mercado.
Em suma, as causas das disfunções da burocracia residem Sistemas
basicamente no fato de que a burocracia não leva em conta
a chamada organização informal que existe, fatalmente, em Um sistema é um conjunto de elementos ou compo-
qualquer tipo de organização, e nem se preocupa com a va- nentes interdependentes que interagem e produzem um
riabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas) ou mais resultados.
que, necessariamente, introduz variações no desempenho Usando a visão sistêmica, a organização mostra‑se como
das atividades organizacionais. dois sistemas que se influenciam mutuamente. Um dos sis-
temas é o “técnico”, do qual fazem parte os componentes
Teoria dos Sistemas não humanos e que independem das pessoas, por exemplo:
recursos, burocracia, tecnologia, coordenação, divisão do
Segundo Maximiano, a essência da visão sistêmica é a trabalho e propósitos. O outro sistema é o “sistema social”,
ideia de elementos que interagem e se influenciam para do qual fazem parte todas as manifestações de comporta-
realizar objetivos. É  uma ideia simples, mas poderosa, de mento dos indivíduos e dos grupos; em resumo: pessoas e
grande utilidade na formação intelectual do dirigente mo- comportamento.

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Esses sistemas não são independentes um do outro. substituir as teorias específicas de disciplinas particulares.
Qualquer alteração em um componente de qualquer dos Mais do que isso, seu propósito era estabelecer um meio
sistemas provocará alterações nos demais. É um resultado adequado e justo entre “o específico, que não tem signifi-
importante no uso da visão sistêmica, pois aprendemos que cação, e o geral, que não tem conteúdo”.
há uma cadeia de causas e efeitos dentro da qual as ocorrên- Boulding passou a descrever uma hierarquia de sistemas,
cias ou eventos numa parte do sistema provocam efeitos e indo do mais simples ao mais complexo, classificados em
consequências nas outras. Portanto, o comportamento e o nove níveis de sistemas, a seguir:
desempenho do sistema sempre resultam da interação de 1. sistemas de estrutura estática: os de níveis mais
todos os seus elementos. básicos, também chamados de níveis de armação
A utilidade principal da visão sistêmica é considerar as (estruturação), como a anatomia do universo;
interações, interdependências e cadeias de efeitos, não so- 2. sistemas dinâmicos simples: aqueles que já incorpo-
mente do ponto de vista acadêmico, mas da possibilidade ram necessariamente movimentos predeterminados
prática da sua aplicabilidade ao mundo real. (como os mecanismos de relógios);
Dos proponentes de sistemas, C. West Churchman talvez 3. sistemas cibernéticos: os que se caracterizam por
tenha dado uma das mais lógicas explanações. Churchman mecanismos automáticos de controle de feedback
destaca cinco considerações básicas relativas ao pensamento (como os termostatos);
de sistemas: 4. sistemas abertos: que são estruturas “auto‑mantidas”,
1. Objetivos: significa aquelas metas ou fins em direção nível em que começa a diferenciação entre vida e não
aos quais o sistema tende. O  estabelecimento de vida (como as células orgânicas);
metas é uma característica dos sistemas. No entanto, 5. sistemas genético‑sociais: aqueles tipificados pelas
os  objetivos devem ser operacionalizados, ou seja, plantas, que apresentam divisão de trabalho entre
definidos em termos de operações identificáveis e as partes, células etc.;
factíveis de repetição. Somente dessa forma será 6. sistemas animais: caracterizados pelo aumento, mobi-
possível medir o desempenho do sistema como um lidade, comportamento teleológico e autoconsciência;
todo. 7. sistemas humanos: os indivíduos considerados como
2. Ambiente: constitui tudo o que está do “lado de fora” sistemas, com autoconsciência e a habilidade para
do sistema. Dois elementos caracterizam o ambiente: usar a linguagem e os simbolismos no seu processo
o controle dos fatores internos do sistema e a deter- de comunicação;
minação de como o sistema deve funcionar. Ambos 8. sistemas sociais: também chamados de sistemas
os elementos devem atuar simultaneamente. de organizações humanas, com a consideração do
3. Recursos: são todos os meios disponíveis para a reali- conteúdo e significado das mensagens, a natureza e
zação das atividades necessárias no alcance da meta. dimensões dos sistemas de valores, a transcrição de
São fatores internos ao sistema, que incluem tudo imagens em registros históricos, as simbolizações da
que o sistema pode mudar e usar para sua própria arte, música e poesia, e a complexa gama de emoções
vantagem, tais como pessoas, dinheiro, equipamentos humanas;
e outros. 9. sistemas transcendentais: aqueles últimos, absolutos,
4. Componentes: são todas as atividades que contribuem inevitáveis e irreconhecíveis, que também apresentam
para a realização dos objetivos do sistema. As orga- estrutura e relacionamento sistemáticos.
nizações são tradicionalmente departamentalizadas,
o que é rejeitado por Churchman por causa da na- Características dos Sistemas Abertos
tureza transcendental das funções de cada departa-
mento. Ou seja, muitas vezes, para alcançar sua meta Podem ser identificadas diversas características das
específica, o departamento tende a se afastar da meta organizações como sistemas abertos.
global. Aqui serão abordadas cinco das principais características:
5. Administração: na administração do sistema, Chur- 1. O ciclo de eventos: toda a organização se envolve em
chman deseja incluir funções básicas que são: o um ciclo de eventos que implica entradas, transforma-
Noções de Administração e Situações Gerenciais

planejamento e o controle do sistema. Os administra- ção e saídas de energia. O termo energia reflete a influ-
dores devem estar certos de que os planos devem ser ência da TGS como concebida nas ciências biológicas
executados como concebidos; senão, é fundamental e está relacionado com a organização das coisas vivas.
verificar o que ocorreu, o que constitui a função de Para uma empresa de negócios, a energia toma forma
controle no seu sentido mais primário. de insumos, recursos humanos, recursos financeiros,
materiais, equipamentos e produtos/serviços.
Em qualquer sistema contínuo, mudanças são inevitáveis, 2. A entropia negativa: característica das organizações
o que implica necessidade de revisões periódicas e reava- como sistemas abertos – que possuem mais “entra-
liações dos planos. das” de energia do que “saídas”, porque um sistema
Associada com as funções de planejamento e controle aberto, para sobreviver ou crescer, deve absorver mais
do sistema está a noção de fluxo de informações sobre os energia do que liberar. Isso pode ser entendido nas
desempenhos do sistema (feedback). organizações quando se analisa a lucratividade em
longo prazo.
Hierarquia dos Sistemas 3. O processamento da informação: é essa característica
que processa quais informações serão permitidas den-
O economista Kenneth Boulding, em 1956, escreveu um tro do sistema, para a armazenagem e interpretação
artigo em que descreve a natureza geral, o propósito e as das informações e para decidir sobre as respostas para
necessidades para uma abordagem de sistemas de todos os as informações analisadas. Pelo fato da capacidade de
fenômenos científicos. Boulding destacou cuidadosamente processamento de informação de qualquer sistema
que o propósito da TGS não era estabelecer uma simples ser limitada, os  sistemas devem ter processos de
teoria geral sobre praticamente todas as coisas que pudesse codificação que selecionam as informações entrantes.

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4. O crescimento e a manutenção: essa característica quisas de Chandler, Burns e Stalker, Woodward, Lawrence e
apresenta ambas as tendências de “crescimento” e Lorsch a respeito das organizações e seus ambientes. Essas
“manutenção”, isto é, há forças nos sistemas que favo- pesquisas revelaram que a teoria administrativa disponível
recem a estabilidade e resistem à mudança, mas tam- era insuficiente para explicar os mecanismos de ajustamento
bém há forças nos sistemas abertos que favorecem das organizações aos seus ambientes de maneira proativa
a mudança e procuram oportunidade para inovação, e dinâmica.
renovação e crescimento. O sistema aberto está em Os resultados das pesquisas conduziram a uma nova
contínua interação com o seu ambiente e alcança um concepção de organização: a estrutura da organização e o
“estado estável” ou “equilíbrio dinâmico”, enquanto seu funcionamento são dependentes da interface com o
mantém a capacidade de trabalho ou a energia de ambiente externo. Verificaram que não há um único e melhor
transformação atuante. jeito de organizar. A estrutura depende do ambiente no qual
5. Equifinalidade: define que um sistema aberto pode a organização opera.
alcançar o mesmo estado final a partir de diferentes Verificou‑se que as características das organizações são
condições iniciais e por meio de uma variedade de decorrentes do que existe fora delas: seu ambiente. O conhe-
caminhos; destaca a flexibilidade na seleção dos meios cimento do ambiente passou a ser vital para a compreensão
que serão utilizados para alcançar os fins, além de criar dos mecanismos organizacionais.
uma relação das metas com os métodos. A Teoria Contingencial é eclética e interativa, mas,
ao mesmo tempo, relativista e situacional, o que significa
A visão sistêmica acredita que o desempenho de uma que um administrador pode fazer uso das técnicas gerenciais
organização é produto da interação mais do que da soma de outras abordagens da Administração quando a aplicação
de suas partes; assim, é possível pela ação de duas ou mais dessas várias técnicas, ou uma combinação entre elas, é a
partes, alcançar o efeito que qualquer das partes sozinhas melhor solução para o problema específico. Ela se distingue
não seria capaz. Isso poderia ser denominado de Sinergia. por ser uma metodologia de solução de problemas que co-
Portanto, a soma dos benefícios das operações combinadas meça com uma análise e termina com a criação, avaliação
de uma organização é maior do que se as operações fossem e recomendação de uma solução potencial para resolver o
realizadas separadamente. problema gerencial.
Joan Woodward, inglesa, socióloga industrial, dirigiu
A Teoria de Sistemas nas Organizações um estudo de pesquisa que provou ser uma das mais sig-
nificativas rupturas, dentro da teoria das organizações. Até
Bertalanffy deu ênfase, em parte, da TGS que denominou então, a maioria dos teóricos organizacionais tinha ignorado
sistemas abertos. A base do seu conceito é que um organismo
o papel da tecnologia. A organização formal era vista como
vivo não é um conglomerado de elementos separados, mas
uma estrutura e possivelmente um grupo de processos.
um sistema definido, possuindo organização e totalidade.
A tecnologia era reconhecida somente como um conjunto
As organizações de negócios são sistemas construídos
de condições limitantes.
pelos indivíduos em interação com o ambiente; por exemplo,
Ela considerou a tecnologia como responsável por um
consumidores, cliente, concorrente, organizações de mão de
papel tão ou mais importante do que aquele da estrutura e
obra, fornecedores, governo e outras entidades. Além do
mais, as organizações de negócios são sistemas de partes dos processos na organização interna.
inter‑relacionadas que trabalham em união para alcançar O estudo de Woodward contemplou cerca de 100 em-
um determinado número de metas, tanto na organização presas britânicas com, no mínimo, 100 empregados. As em-
como dos indivíduos delas participantes. presas foram classificadas de acordo com três tipos distintos
A Teoria dos Sistemas nas organizações tem a intenção de de sistemas de produção:
desenvolver um ambiente objetivo e compreensível para a 1) Unitário e de pequenos lotes – A produção era baseada
tomada de decisão. Por exemplo, se o sistema dentro do qual nos pedidos da empresa, tendo somente o marketing como
os administradores tomam decisões pode ser provido de primeira atividade. Uma tensão maior era colocada sobre
uma estrutura de trabalho clara e objetiva, então as decisões os especialistas técnicos e sobre a qualidade e eficiência do
Noções de Administração e Situações Gerenciais

podem ser tomadas de maneira mais fácil. produto. A pesquisa e o desenvolvimento eram a segunda ati-
Enfim, a Teoria dos Sistemas fornece ferramentas para vidade mais crítica. Por causa da necessidade de flexibilidade,
que se possa analisar e avaliar organizações. Entender que as eram também necessários uma integração mais próxima e
mudanças em uma parte do sistema resultam, normalmente, contatos pessoais frequentes, isto é, uma estrutura orgânica.
em mudanças em outras partes do sistema. É fundamental 2) Grande quantidade e produção em massa – Os pro-
para os agentes de transformação tomarem decisões estra- gramas de produção não eram diretamente dependentes
tégicas dentro das organizações. dos pedidos da empresa. A primeira fase da fabricação era
o desenvolvimento do produto, seguida da produção, a qual
TEORIA CONTINGENCIAL era a função mais importante, e, depois, pelo marketing.
3) Processo contínuo  – A importância de manter um
Uma contingência é um evento futuro provável, mas mercado significava que o marketing era a atividade central
não certo, que pode afetar seriamente o trabalho de uma e crítica. Os produtos eram impossíveis ou difíceis de estocar
empresa, como greve, guerra, mudanças de preços ou da ou a capacidade de estocagem era muito limitada. O fluxo
política governamental. É algo que pode ser tanto incerto de produção era diretamente determinado pela situação do
quanto eventual, podendo suceder ou não, dependendo mercado. A ênfase no conhecimento técnico estava voltada
das circunstâncias. para o modo como os produtos poderiam ser usados do que
A Teoria da Contingência surgiu a partir de várias pesqui- como eles poderiam ser feitos.
sas feitas para verificar os modelos de estruturas organizacio- A teoria de Woodward, também chamada de determi-
nais mais eficazes em determinados tipos de empresas. É a nismo tecnológico, representa interpretações posteriores à
mais recente das teorias administrativas e marca um passo pesquisa, que, embora importante, não pode ser considerada
além da Teoria dos Sistemas. Suas origens remontam às pes- uma validação da teoria tecnológica.

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A hipótese básica da teoria de Woodward é que as em- Estruturas
presas que mais se aproximam da estrutura adequada para
suas tecnologias deveriam ser as de maior sucesso. O sucesso Características
é função de uma adequada adaptação entre tecnologia e Mecânica Orgânica
estrutura, que pode ser conscientemente planejada para
tornar a produção de grande quantidade e em massa, o que Cargos estreitos em
conteúdo Cargos amplamente
pode ocorrer de modo espontâneo em muitos casos.
Muitas regras e definidos
O sucesso nos processos de produção intermediários
Poucas regras e
da tecnologia está associado com um sistema mecanístico. procedimentos
procedimentos
Charles Perrow, um teórico de organizações, com treina- Claras responsabilidades
mento em sociologia, expandiu os estudos de Woodward, Responsabilidades ambíguas
Sistemas objetivos de
chamando a atenção para duas dimensões importantes da Sistemas subjetivos de
recompensas
tecnologia: recompensas
Critérios objetivos de
• a extensão para qual a tarefa do trabalho é previsível Critérios subjetivos de
seleção seleção
ou variável; Oficial e impessoal
• a extensão para a qual a tecnologia pode ser analisada. Informal e pessoal
Hierarquia
A variabilidade se refere ao número de casos excepcio- Condições
nais ou imprevisíveis e à extensão em que os problemas são Tarefas e metas
conhecidos. conhecidas
A análise da tecnologia se refere à medida que as ativi- Tarefas divisíveis Tarefas e metas vagas
dades são desmembradas, bem como à extensão em que os Tarefas indivisíveis
Desempenho por
problemas podem ser resolvidos de maneira conhecida ou Desempenho por medidas
medidas objetivas
pelo uso de procedimentos de rotina. subjetivas
Empregados responsivos
A combinação das duas dimensões propicia um conti- Empregados motivados por
e recompensas
nuum de tecnologia rotineira e não rotineira. necessidades complexas
monetárias Autoridade desafiada
Com tecnologia não rotineira existe grande número de
casos excepcionais envolvendo dificuldades e variada solução Autoridade aceita como
de problemas. A classificação de cada tipo de tecnologia se legítima
refere a uma estrutura particular de organização. Perrow su-
gere que a classificação das organizações pela sua tecnologia Alfred Chandler publicou, em 1962, os resultados de uma
e previsibilidade das tarefas do trabalho conduzirá a uma pesquisa sobre inovação organizacional, realizada em quatro
predição da forma de estrutura mais eficaz e conveniente. empresas americanas: DuPont, General Motors, Standard
Na organização de tipo rotineiro há um mínimo de Oil Company de New York e Sears Roebuck and Company,
critério tanto nos níveis tecnológicos quanto nos níveis su- buscando dados que permitissem generalizações.
Segundo os resultados dessa pesquisa, “a tese deduzida
pervisionais, mas o poder do nível gerencial médio é alto.
das várias proposições é que a estrutura segue a estratégia e
A  coordenação é baseada em planejamento e é provável
que o mais complexo tipo de estrutura é o resultado da
haver pouca interdependência entre os dois grupos. Essa
concatenação de várias estratégias básicas”.
configuração aborda uma estrutura burocrática.
Para Chandler, estrutura pode ser definida como o dese-
Numa organização de tipo não‑rotineiro existe alto nível
nho da organização por meio do qual o empreendimento é
de discrição e o poder está distribuído entre os níveis tecno-
administrado. Esse desenho tem dois aspectos: o primeiro
lógicos e supervisionais. A coordenação é realizada por meio
são as linhas de autoridades e comunicação; o segundo,
do feedback e existe alta interdependência do grupo. Esse o  fluxo de dados e informações por meio das linhas de
modelo se parece com uma estrutura orgânica. autoridade e comunicações. A estratégia envolve ações em
Para Tom Burns, sociólogo, e George M. Stalker, psicólo- resposta às demandas e fontes de suprimentos variáveis,
go, ambos ingleses, as empresas seguem dois tipos básicos
Noções de Administração e Situações Gerenciais
condições econômicas flutuantes, novos desenvolvimentos
de procedimentos organizacionais, resultando ou em um tecnológicos e ação dos competidores. Assim, é a estrutura
sistema mecânico, ou em um sistema orgânico. do negócio que se adapta para atender à estratégia que é
Sistema mecânico: é aquele no qual as especialidades determinada pelas demandas de mercado.
funcionais têm uma classificação rígida, assim como as Paul Lawrence e Jay Lorsch, professores da Harvard Bu-
obrigações, as diversas responsabilidades e o poder. A hie- siness School, pesquisaram a relação entre as características
rarquia de comando é bem definida, sustentando um fluxo estruturais das organizações complexas e as condições do
de comunicação que transmite informações de baixo para ambiente que essas organizações enfrentam, comparando
cima e ordens de cima para baixo. dez empresas de três diferentes setores industriais. A ques-
Sistema orgânico: apresenta maior flexibilidade, sendo tão básica do estudo foi: “o que a organização faz para lidar
as atribuições de obrigações, responsabilidades e poderes com as diversas condições econômicas e de mercado?” Essa
mais adaptáveis. A  comunicação tende a ser um fluxo de questão era muito diferente dos estudos empresariais da
mão dupla, transmitindo consultas de cima para baixo e de época, que focalizavam a melhor maneira de organizar as
baixo para cima. empresas sem levar em conta o ambiente e as condições
Como as empresas estão sujeitas às mudanças ambien- externas.
tais, devem estar preparadas para se adaptar a elas. Uma Os autores concluíram que os problemas básicos dos
organização, com sistema mecânico, pode ser adequada administradores são a diferenciação e a integração, processos
a situações ambientais estáveis. Já uma organização com essencialmente antagônicos, que serão determinados de
sistema orgânico se mostra mais flexível a novas situações acordo com as exigências de seu respectivo ambiente. Para
ambientais. Na prática, as  organizações costumam adotar eles, na medida em que os sistemas crescem de tamanho,
sistemas que se situam em algum ponto da escala formada diferenciam‑se em partes e o funcionamento dessas partes
por ambos. separadas tem de ser integrado para que o sistema inteiro

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seja viável. Segundo a pesquisa, as indústrias com elevado TEORIA ESTRUTURALISTA
desempenho apresentam melhor ajustamento às necessi-
dades do ambiente, que, por sua vez, definirá o grau reque- Segundo Chiavenato (2010), as severas críticas à rigidez
rido de diferenciação nos departamentos e de integração do modelo burocrático provocaram o aparecimento da Teoria
interdepartamental. Estruturalista, ao redor de 1950, como uma reação para eli-
Baseado nesses resultados, os autores criaram a Teoria minar suas distorções e limitações e incluir outros aspectos
da Contingência na empresa, que, em lugar de propor um importantes no desenho estrutural. O estruturalismo foi a
único e melhor modo de organizar‑se em quaisquer condi- mais forte influência da sociologia (principalmente da socio-
ções, propõe que a empresa deve se concentrar na análise logia organizacional na teoria administrativa) e preocupou‑se
sistemática dos requisitos do ambiente e relacioná‑los com com o estudo da organização formal (aquela que é deliberada
as características exigidas da organização. Com isso os ad- e oficialmente estabelecida pela organização, principalmente
ministradores terão maior probabilidade de manter a viabi- por meio de organogramas e manuais de organização), mas
lidade de suas empresas frente à constante transformação também incorporou a organização informal (decorrência
da tecnologia e do mercado. do comportamento dos grupos sociais informais dentro da
Alguns críticos argumentam que a visão contingencial organização formal), buscando compatibilizar ideias da Teoria
nem incorpora todos os aspectos da Teoria de Sistemas, nem Clássica e da Teoria das Relações Humanas, consideradas, até
se desenvolveu a ponto de poder ser considerada uma nova então, totalmente opostas e contraditórias. O estruturalismo
teoria. Argumentam que, de fato, não há novidade na visão incluiu, também, o estudo da tecnologia das relações de uma
contingencial, visto que até Fayol já previa que os princípios determinada organização com outras, que constituem o am-
deveriam ser aplicados com flexibilidade. Já os defensores biente externo. No fundo, o estruturalismo abriu novas por-
da visão contingencial defendem justamente que o alerta tas e dimensões para a teoria administrativa, principalmente
de Fayol e outros foram ignorados: buscou‑se estabelecer por meio da influência da sociologia organizacional. A teoria
princípios universais que pudessem ser aplicados sem a estruturalista é uma teoria de transição que apresenta fortes
dimensão situacional e que, portanto, não necessariamente críticas, principalmente em relação à Teoria Clássica.
levariam aos resultados almejados.
Segundo Ferreira, a  Teoria Contingencial é vista como
eclética, integrando conceitos de várias teorias administra-
TEORIA COMPORTAMENTAL
tivas e podendo ser considerada mais como uma visão de
mundo do que como um modelo em si. Ao invés de teorias Teoria X e Teoria Y
antagônicas, a visão contingencial mostra que, na verdade,
existe um continuum entre teorias aparentemente posicio- McGrecor, um dos mais famosos autores behavioristas
nadas em extremos opostos. Sua mensagem básica é que da Administração, preocupou‑se em comparar dois estilos
nada é absoluto. opostos e antagônicos de administração: de um lado, um
A Teoria Contingencial age conforme as necessidades am- estilo baseado na teoria tradicional, excessivamente mecani-
bientais. As decisões tomadas são previamente confrontadas cista e pragmática (a que deu nome de Teoria X) e, de outro,
com as mudanças ocorridas no ambiente no qual a empresa um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do
encontra‑se inserida. comportamento humano (a que denominamos Teoria Y).
Analisando a partir de uma visão contingencial, o am-
biente é de extrema importância para a compreensão dos Teoria X
mecanismos organizacionais.
Acredita‑se, apesar das críticas, que é uma teoria eclética É a concepção tradicional de administração e se baseia
e bastante interativa, ao  contrário de muitas outras, que em convicções errôneas e incorretas sobre o comporta-
possuem a estagnação como característica. mento humano, como, por exemplo: o homem é indolente
e preguiçoso por natureza, ele evita o trabalho. Falta‑lhe
ambição, não gosta de assumir responsabilidades. O homem
TEORIA NEOCLÁSSICA DE é egocêntrico. A sua própria natureza o leva a resistir às mu-
ADMINISTRAÇÃO danças. A sua dependência o torna incapaz de autocontrole
Noções de Administração e Situações Gerenciais

e autodisciplina.
Segundo Chiavenato (2010), em meados de 1957, a Te- Em função dessas concepções e premissas a respeito da
oria Neoclássica veio redimensionar e atualizar os velhos natureza humana, a Teoria X reflete um estilo de adminis-
conceitos clássicos de administração. É também denomina- tração duro, rígido e autocrático e que se limita a fazer as
da Escola do Processo Administrativo pela sua ênfase nas pessoas trabalharem dentro de certos esquemas e padrões
funções administrativas. Enquanto Fayol se preocupava em previamente planejados.
prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, cada Toda vez que um administrador imponha arbitrariamente
autor neoclássico tinha uma posição própria a respeito das e de cima para baixo um esquema de trabalho e passe a
funções administrativas que constituem o processo admi- controlar externamente o comportamento de trabalho de
nistrativo. A Teoria Neoclássica é eminentemente eclética, seus subordinados, ele estará fazendo Teoria X. O fato de
aproveitando todas as contribuições das demais teorias ele impor autocraticamente ou impor suavemente não faz
anteriores, principalmente a clássica e a humanista. Aborda diferença segundo McGrecor.
temas importantes como o tamanho organizacional, o dilema A teoria X se fundamenta em uma série de pressu-
centralização/descentralização, os  tipos de organizações, posições errôneas acerca do comportamento humano e
a departamentalização, tendo sempre por base o processo apregoa um estilo de administração em que a fiscalização
administrativo. A principal novidade da abordagem neoclássi- e o controle externo rígido constituem mecanismos para
ca foi a focalização em resultados, a chamada administração neutralizar a desconfiança da empresa quanto às pessoas
por objetivos (APO), para melhorar a eficácia das organi- que nela trabalham.
zações. Peter Drucker foi o maior expoente neoclássico; Segundo esta teoria, o único estímulo para o trabalho
Koontz e O’Donnell, os maiores divulgadores dos princípios é somente pelo salário, se o estímulo salarial não vem,
neoclássicos de administração. o trabalho não sai.

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Teoria Y A Teoria Y desenvolve um estilo de administração muito
aberto e dinâmico, extremamente democrático, por meio
É a moderna concepção de administração, de acordo do qual administrar é um processo de criar oportunidades,
com a teoria comportamental. A teoria Y se baseia em con- liberar potencialidades, remover obstáculos, encorajar o
cepções e premissas atuais e sem preconceitos a respeito crescimento individual e proporcionar orientação quanto a
da natureza humana. objetivos. Está totalmente oposta à teoria X.

Teoria Z Técnicas de DO
A teoria administrativa tem sido permeada de modismos 1. Treinamento da sensitividade: constitui a técnica mais
nas últimas décadas: APO, CCQ, Teoria X e Y, enriquecimento antiga e ampla de DO. Consiste em reunir grupos chamados
de cargos, Desenvolvimento Organizacional etc., constituíram T‑groups (grupos de treinamento) que são orientados por
novidades que ficaram na moda muito tempo. No início da um líder treinado para aumentar a sua sensibilidade quanto
década de 1980, surgiu outra novidade em alta moda: a às suas habilidades e dificuldades de relacionamento inter-
Teoria Z, que se fundamenta nos seguintes princípios: pessoal. O resultado consiste em maior criatividade (menos
• Emprego estável para as pessoas, mesmo em época temor dos outros e menos posição de defesa), menor hos-
de dificuldades para a organização. tilidade quanto aos outros (devido à melhor compreensão
• Pouca especialização das pessoas que passam a ser de- dos outros), e  maior sensitividade às influências sociais
senvolvidas por meio de uma filosofia de treinamento e psicológicas sobre o comportamento no trabalho. Isso
nos seus cargos. favorece a flexibilidade do comportamento das pessoas
• Avaliação do desempenho constante e promoção lenta. em relação aos outros. Geralmente é aplicado de cima para
• Igualitarismo no tratamento das pessoas, não impor- baixo, começando na cúpula da organização e descendo até
tando o seu nível hierárquico. Todas as pessoas passam os níveis mais baixos.
a ter igual tratamento, iguais condições de trabalho, 2. Análise transacional (AT): é uma técnica que visa ao
iguais benefícios etc. autodiagnóstico das relações interpessoais. As  relações in-
• Democracia e participação: todas as pessoas partici- terpessoais ocorrem por meio de transações. Uma transação
pam em equipe e nenhuma decisão é tomada sem o significa qualquer forma de comunicação, mensagem ou rela-
consenso do grupo. ção com os demais. A AT é uma técnica destinada a indivíduos,
e não a grupos, pois se concentra nos estilos e conteúdos das
• Valorização das pessoas, a tal ponto que o maior pa-
comunicações entre a pessoas. Ela ensina as pessoas a enviar
trimônio das empresas japonesas são as pessoas que
mensagens que sejam claras e ágeis e a dar respostas que
nela trabalham.
Noções de Administração e Situações Gerenciais
sejam naturais e razoáveis. O  objetivo é reduzir os hábitos
destrutivos de comunicação – os chamados “jogos” – em que
A Teoria Z proporciona a base para todo programa de a intenção ou o significado das comunicações fica obscuro ou
administração orientado para os recursos humanos da em- distorcido. A AT assemelha‑se a uma terapia psicológica para
presa: todas as decisões organizacionais devem ser tomadas melhorar o relacionamento interpessoal, permitindo a cada
por meio do consenso, com ampla participação das pessoas indivíduo autodiagnosticar sua inter‑relação com os outros
e orientadas para longo prazo. para modificá‑la e melhorá‑la gradativamente.
A Teoria Z é um modelo de administração participativa. 3. Desenvolvimento de equipes: é uma técnica de altera-
ção comportamental em que várias pessoas de vários níveis
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO e áreas da organização se reúnem sob a coordenação de um
consultor ou líder e criticam‑se mutuamente, procurando um
ORGANIZACIONAL (DO) ponto de encontro em que a colaboração seja mais frutífera e
eliminando as barreiras interpessoais de comunicação pelo
Desenvolvimento Organizacional (DO) é o esforço de lon- esclarecimento e compreensão de suas causas. Ao  final,
go prazo, apoiado pela alta direção, no sentido de melhorar a  equipe autoavalia o seu comportamento por meio de
os processos de resolução de problemas e de renovação determinadas variáveis. A ideia básica é construir equipes
organizacional com a utilização da teoria e tecnologia das por meio da abertura de mentalidade e de ação das pessoas.
ciências do comportamento. No trabalho em equipe, são eliminadas as diferenças hierár-
O DO é uma abordagem de mudança planejada cujo foco quicas e os interesses específicos de cada departamento ou
principal está em mudar as pessoas e a natureza e qualidade especialidade, o que proporciona uma predisposição sadia
de suas relações de trabalho. O DO enfatiza a mudança cul- para a interação e, consequentemente, para a criatividade
tural como base para a mudança organizacional. e inovação.

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4. Consultoria de procedimentos: é uma técnica em 6. Retroação de dados (feedback): é uma técnica de mudan-
que cada equipe é coordenada por um consultor, cuja atu- ça de comportamento que parte do princípio de que quanto
ação varia enormemente. A  coordenação permite certas mais dados cognitivos o indivíduo recebe, maior será a sua
intervenções para tornar a equipe mais sensível aos seus possibilidade de organizá‑los e agir criativamente. A retroação
processos internos de estabelecimento de metas e objetivos, de dados proporciona aprendizagem de novos dados a respeito
de participação, de sentimentos, de liderança, de tomada de de si mesmo, dos outros, dos processos grupais ou da dinâmica
decisões, de confiança e criatividade. O consultor trabalha de toda a organização – dados que nem sempre são levados em
com os membros da equipe para ajudá‑los a compreender consideração. A retroação refere‑se às atividades e processos
a dinâmica de suas relações de trabalho em situações de que refletem e espelham a maneira como uma pessoa é perce-
grupo e a desenvolver o diagnóstico de barreiras e as ha- bida ou visualizada pelas demais pessoas. Requer intensa comu-
bilidades de solução de problemas para fortalecer o senso nicação e um fluxo adequado de informações para atualizar os
de unidade entre seus membros, incrementar as relações membros e permitir que eles próprios possam conscientizar‑se
interpessoais, melhorar o cumprimento das tarefas e au- das mudanças e explorar as oportunidades que geralmente se
mentar a sua eficácia. encontram encobertas dentro da organização.
5. Reunião de Confrontação: é uma técnica de altera-
ção comportamental com a ajuda de um consultor interno Técnicas de DO Níveis de intervenção
ou externo (denominado terceira parte). Dois grupos
antagônicos em conflito (desconfiança recíproca, discor- Treinamento da sensitividade Intrapessoal
dância, antagonismo, hostilidade etc.) podem ser tratados
por meio de uma reunião de confrontação que dura um Análise transacional Interpessoal
dia, em que cada grupo se autoavalia, bem como avalia o Desenvolvimento de equipes
comportamento do outro, como se fosse colocado diante Intragrupal
de um espelho. Nessa reunião, cada grupo apresenta ao Consultoria de procedimentos
outro os resultados dessas avaliações e é interrogado no Reunião de confrontação Intergrupal
que se refere às suas percepções. Segue‑se uma discus-
Retroação de dados Intraorganizacional
são, inicialmente acalorada, tendendo a uma posição de
compreensão e de entendimento recíprocos quanto ao
comportamento das partes envolvidas. O consultor facilita FUNÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO:
a confrontação, com total isenção de animo, ponderando
as críticas, moderando os trabalhos, orientando a discus- PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO
são para a solução construtiva do conflito e eliminando E CONTROLE
as barreiras intergrupais. A  reunião de confrontação é
uma técnica de enfoque socioterapêutico para melhorar A Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir
a saúde da organização, incrementando as comunicações e controlar o uso de recursos a fim de alcançar seus objetivos.
e relações entre diferentes departamentos ou equipes, Estes são os elementos da Administração que constituem
e planejar ações corretivas ou profiláticas. o chamado processo administrativo.

Ciclo das Funções Administrativas


Noções de Administração e Situações Gerenciais

Planejamento • Planejamento geral – Utilizado, em geral, de forma


permanente;
Em linhas gerais, planejamento é decidir de forma ante- • Planejamento especial – É do tipo que, ao se atingir
cipada o que deverá ser feito para atingir um determinado o objetivo, não é mais utilizado.
objetivo ou meta.
Quando tratamos de planejamentos administrativos, O Processo de Planejamento tem por objetivo prever
podemos destacar dois tipos principais: fatos que provavelmente ocorrerão de forma a criar um fu-

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turo desejável coordenando os fatos entre si. Conquistando • Avaliação do ambiente;
esses objetivos os benefícios conquistados estarão entre • Definição de Objetivos a serem atingidos – Nesta etapa
a permanência das decisões acertadas com um equilíbrio são definidos os resultados finais desejados;
almejando um maior desempenho futuro. • Definição da forma de execução  – Nesta etapa são
O resultado final do processo de planejamento é a ela- definidos os meios e recursos a serem utilizados;
boração de planos. Esse processo pode ser resumido em: • Definição das formas de controle.

Planejamento Conteúdo Extensão de Tempo Amplitude


Estratégico Genérico, sintético, Longo Prazo Macroorientado. Aborda a empresa
abrangente como uma totalidade.
Tático Menos genérico e mais Médio Prazo. Aborda cada unidade da empresa
detalhado. separadamente.
Operacional Detalhado, específico e Curto Prazo. Microorientado. Aborda cada tarefa
analítico. ou operação apenas.

Fonte: Chiavenato (2000, p. 86)

Organização • agrupar as atividades.em uma estrutura lógica (de-


partamentalização) .
Organização é o processo administrativo que visa à estru- • designar as atividades às específicas posições e pes-
turação da empresa, reunindo pessoas e os equipamentos, soas (cargos e tarefas).
de acordo com o planejamento efetuado.
Para Chiavenato (2000), organizar consiste em:
• determinar as atividades específicas necessárias ao A organização pode ser estruturada em três níveis di-
alcance dos objetivos planejados (especialização). ferentes:

Abrangência Tipo de Desenho Conteúdo Resultante


Nível Institucional Desenho Organizacional A empresa como uma Tipos de Organização.
totalidade.
Nível Intermediário Desenho Departamental Cada Departamento Tipos de Departamentalização
Isoladamente.
Nível Operacional Desenho de Cargos e Tarefas Cada Tarefa ou operação. Análise e Descrição de Cargos.

Fonte: Chiavenato (2000, p. 53)

Direção Elementos da Comunicação: Emissor e Receptor, Canais


de Comunicação, Mensagens, Códigos e Interpretação,
Direção é o processo administrativo de condução e co- Obstáculos à Comunicação, a Voz e suas Funções
ordenação das execuções de tarefas que foram planejadas Segundo Philip Kotler, o processo de comunicação possui
anteriormente. nove variáveis, conforme ilustrado no quadro seguinte:
Os principais meios de direção empresarial são:
1. Ordens ou Instruções;
Noções de Administração e Situações Gerenciais
2. Motivação;
3. Comunicação;
4. Liderança;
5. Processo Decisório.

Ordens ou Instruções
Ordens ou instruções são os atos de transmitir decisões
aos subordinados que deverão cumprir o que lhes foi de-
terminado.
As ordens podem receber as seguintes classificações:
• Quanto à amplitude:
– ordens gerais – obrigação de todos os colaborado- O emissor e o receptor representam as partes envolvidas
res da organização; na comunicação (quem emite e quem recebe a mensagem).
– ordens específicas  – competência de um ou de A mensagem e o meio representam as principais fer-
poucos colaboradores da empresa. ramentas de comunicação: o que se diz e de que forma o
receptor tem acesso à informação.
• Quanto à forma: A Codificação, a decodificação, a resposta e o feedback
– ordens verbais – ordens dadas por meio de viva (retorno) são os elementos que dizem respeito ao processo
voz aos executores; de comunicação em si. E  o ruído corresponde a todos os
– ordens escritas – ordens entregues por escrito aos fatores que possam interferir na mensagem que se pretende
executores. transmitir.

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Emissor/Receptor MOTIVAÇÃO, COMUNICAÇÃO E
O emissor é a pessoa que quer comunicar algo, ou seja, LIDERANÇA
quem emite a mensagem.
O receptor é aquele que recebe a mensagem e efetua
Barreiras na Comunicação Organizacional
um retorno.
Lembre-se, não existe comunicação sem retorno! São os problemas que interferem na comunicação e a
dificultam. São os ruídos.
Codificação/Decodificação As barreiras gerais podem ser de natureza mecânica,
Parte da informação que será recebida pelo receptor fisiológica, semântica ou psicológica.
está relacionada à forma como o texto é redigido, às fotos e • Barreiras mecânicas ou físicas – Aparelho de transmissão,
figuras utilizadas na comunicação, à música usada em uma como o barulho, ambiente e equipamentos inadequa-
propaganda e a outros códigos. dos. A comunicação é bloqueada por fatores físicos;
A escolha dos “códigos” mais adequados para cada públi- • Barreiras fisiológicas – Dizem respeito aos problemas
co e para cada reação que se deseja gerar é de fundamental genéticos ou de malformação dos órgãos vitais da fala;
importância para o sucesso da comunicação. • Barreiras semânticas – São as que decorrem do uso
Segundo Philip Kotler, para que uma mensagem seja inadequado de uma linguagem não comum ao recep-
efetiva, o  processo de decodificação (entendimento dos tor ou a grupos visados; e
códigos utilizados) precisa ser coerente com as experiências • Barreiras psicológicas – São os preconceitos e este-
passadas do receptor e com suas expectativas. reótipos que fazem com que a comunicação fique
O nível de interesse que o receptor tem pelo assunto, prejudicada.
obviamente, irá afetar a sua percepção e a retenção da
mensagem. Levando em consideração as organizações, existem 4
classes de barreiras:
• barreiras pessoais  – As pessoas podem facilitar ou
Mensagem
dificultar as comunicações. Tudo irá depender da
É o que efetivamente se diz às pessoas. personalidade de cada um, do estado de espírito, das
A forma como é codificada a mensagem pode influir no emoções, dos valores etc.
resultado da comunicação (resposta e feedback). A com- • barreiras administrativas/burocráticas – Decorrem das
preensão da mensagem pode ficar prejudicada se ela não formas como as organizações atuam e processam suas
levar em conta todo o sistema de crenças e valores do informações.
receptor. • excesso de informações – O excesso de informações
Os receptores vão ouvir apenas o que se ajusta às suas é outra barreira bastante presente na atualidade.
expectativas e às suas crenças. Eles podem “alterar” a A  sobrecarga de informações de toda ordem e nas
mensagem durante o processo de decodificação, ignorando mais variadas formas, a proliferação de papéis admi-
informações importantes que não estão de acordo com seu nistrativos e institucionais, reuniões desnecessárias
sistema de crenças e/ou “acrescentar” informações que e inúteis etc. A falta de seleção e de prioridades aca-
possuem de outras fontes e que também alteram o conteúdo bam confundindo o público em vez de propiciar uma
da mensagem que queríamos transmitir. comunicação eficaz.
Quanto mais simples, clara e direta for a mensagem, • comunicações incompletas – As comunicações in-
maior a probabilidade de que o receptor a compreenda completas e parciais também constituem mais uma
corretamente, sem distorcer a informação recebida. barreira na comunicação organizacional. São encon-
tradas nas informações fragmentadas, distorcidas ou
Mídia sujeitas a dúvidas, nas informações não transmitidas
ou sonegadas etc.
Os meios de comunicação devem ser escolhidos de acor-
do com as características do receptor que se deseja atingir.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

Além disso, cada meio de comunicação tem características Redes Formal e Informal
próprias, desempenhando um papel diferente no processo
O sistema de comunicação das organizações flui basica-
de comunicação.
mente por meio de duas redes: a formal e a informal.
Ruído – Barreiras nas Comunicações A rede formal pode ser conceituada como o conjunto
• Egocentrismo – Incapacidade de enxergar o ponto de de canais e meios de comunicação estabelecidos de forma
vista de quem fala, além de compelir a rebater tudo consciente e deliberados.
o que o outro disse, sem ao menos ouvir o que ele A rede informal surge no decorrer do tempo quando o
disse realmente. próprio sistema formal é suplementado. Ela se baseia nas
• Preconceitos e estereótipos que as pessoas têm em relações sociais intraorganizativas e é uma forma mais rápida
relação a outros também são fatores que influenciam de atender a demandas mais urgentes e instáveis.
a comunicação.
Fluxos Comunicativos
Tipos de Comunicação
• Verbais: constituídas pela palavra (oral e escrita). Os fluxos mais comumente estudados são:
• Não verbais: emitimos também mensagens não ver- • Fluxo descendente ou vertical – É o processo de in-
bais que podem acontecer por meio do olhar, mímicas, formações da cúpula diretiva da organização para os
posturas do corpo, gestos. subalternos, isto é, a comunicação de cima para baixo.
• Fluxo ascendente  – É o processo contrário. São as
A comunicação verbal é tão importante quanto a não pessoas situadas na posição inferior da estrutura
verbal. organizacional que enviam à cúpula suas informações.

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• Fluxo horizontal ou lateral  – É a comunicação que tipo de fluxo acontece nas organizações orgânicas e
ocorre no mesmo nível. É  a comunicação entre os flexíveis que permitem uma gestão mais participativa e
pares e as pessoas situadas em posição hierárquicas integrada, criam condições para que as pessoas passem
semelhantes. a intervir em diferentes áreas e com elas interagir; e
• Fluxo transversal ou longitudinal – Ocorre em todas as • Fluxo circular – Abrange todos os níveis sem se ajustar
direções, fazendo-se presente nos fluxos descendente, às direções tradicionais. Surge e se desenvolve muito
ascendente e horizontal nas mais variadas posições mais nas organizações informais e favorece a efetivi-
das estruturas ou da arquitetura organizacional. Esse dade no trabalho.

Os Três Níveis da Direção

Níveis de Organização Níveis de Direção Cargos Envolvidos Abrangência


Institucional Direção Diretores e altos executivos A empresa ou áreas da empresa
Intermediário Gerência Gerentes e pessoal do meio Cada departamento ou unidade da
do campo empresa
Operacional Supervisão Supervisores e Encarregados Cada grupo de pessoas ou tarefas
Fonte: Chiavenato (2000, p. 69)

Controle c) Classificação do controle quanto à duração do controle:


• controle permanente (execução constante);
Controle é o processo administrativo que realiza a ve- • controle temporário (execução variável).
rificação se tudo está sendo realizado conforme o que foi
planejado e ordenado. d) Classificação do controle quanto ao processo:
As principais características do controle administrativo são: • estabelecimento de padrões (critérios ou normas de
• maleabilidade: possibilitam a introdução de mudan- serviços);
ças decorrentes de alterações nos planos e nas ordens; • avaliação de desempenho (comparar, medir ou veri-
• instantaneidade: apontam as faltas e os erros verifi- ficar os resultados com o padrão);
cados; • correção dos desvios (corrigir os planos, modificar
• correção: permitem a reparação das faltas e dos erros, objetivos e mudar o pessoal).
evitando‑se a sua repetição.
Fases do Controle
Além dessas características de um controle eficiente,
temos ainda algumas classificações do controle:
a) Primeira fase do controle de um serviço administrativo:
• quando do planejamento;
• quando da execução;
• quando da apuração dos resultados.

b) Classificação do controle quanto ao tempo:


• controle antecedente (antes do serviço);
• controle concomitante (durante o serviço);
• controle subsequente (depois do serviço).

Controle Conteúdo Extensão de Tempo Amplitude


Noções de Administração e Situações Gerenciais

Estratégico Genérico, sintético e abrangente Longo Prazo Macroorientado. Aborda a empresa como uma tota-
lidade.
Tático Menos genérico e mais detalhado Médio Prazo Aborda Ca unidade da empresa separadamente.
Operacional Detalhado, específico e analítico Curto Prazo Microorientado. Aborda cada tarefa ou operação apenas.
Fonte: Chiavenato (2000, p. 86)

Coordenação nha o mesmo valor, a mesma importância para outra pessoa,


daí o que motiva um indivíduo não ter o mesmo efeito em
Segundo Fayol, “a coordenação tem por fim ligar, unir e outro indivíduo, ou se surte algum efeito muito provavel-
harmonizar todos os atos e esforços.” A coordenação deve mente não será na mesma intensidade.
estar presente em todas as fases da administração, isto é, Um dos maiores desafios enfrentados por gestores das
quando se planeja, organiza, dirige e controla uma empresa. mais diversas áreas é o fator motivacional. Como os gestores
podem motivar os seus funcionários? Muitos gestores ainda
Motivação procuram respostas a essa pergunta. Sendo assim, podemos
apurar a definição de motivação. Motivação nada mais é do
A motivação caracteriza-se por não ser transferível de que o desejo ou vontade individual de fazer algo. Este “algo”
uma pessoa para outra, ou seja, uma pessoa altamente mo- pode ser, simplesmente, a vontade de se alimentar, ou até
tivada não consegue contagiar os que estão ao seu redor, de mesmo de concretizar aspirações mais abstratas.
forma automática. Isso ocorre porque o que leva uma pessoa Para Bergamini (1994) a motivação nasce das necessidades
a agir de uma determinada forma não necessariamente te- humanas e não das coisas que satisfazem essas necessidades.

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As teorias motivacionais dividem-se em dois grupos:

Teorias de conteúdo Focam as necessidades do indivíduo, sendo que Teoria da Hierarquia das Necessidades de
a motivação provém da satisfação de suas neces- Abraham Maslow, Teoria ERC, Teoria dos
sidades. Esta linha de pensamento nos auxilia no dois fatores de Herzberg, Teoria da Realiza-
entendimento dos atrasos, faltas e maus compor- ção, Teoria X e Y de Mc Gregor.
tamentos que ocorrem na organização.
Teorias de processo Verificam o processo cognitivo que permeia o Teoria da expectância de Vromm, Teoria do
comportamento organizacional. Assim, podemos Campo de Lewin, Teoria do estabelecimento
entender a razão que determinadas oportunidades, de objetivos de Edwin Locke, Teoria do re-
como uma promoção, são atraentes para certos forço.
indivíduos e não para outros.

Segundo Chiavenato (2000), seria praticamente impos- Vale lembrar que as capacidades para atingir os objeti-
sível compreender os relacionamentos existentes entre as vos são totalmente diferentes. Para dificultar ainda mais, as
pessoas sem um mínimo conhecimento da motivação de necessidades, os valores sociais e as capacidades variam, em
seu comportamento. A comunicação é como uma irmã da cada um de nós, conforme a situação.
liderança. A motivação pode entrar nesse mesmo grau de A motivação tem um caráter contínuo, ou seja, teremos
parentesco. sempre à nossa frente algo a motivar-nos. Algo intrínseco,
que possa ter um valor infinitamente superior ao que teria
O que seria motivação? para outra pessoa.
Apesar de os padrões de comportamento serem variados,
Definir exatamente o conceito de motivação é algo o processo do qual eles resultam é, praticamente, o mesmo
complexo. De modo geral, motivo é tudo aquilo que esti- para todas as pessoas. Neste caso, há três premissas que
mula a pessoa a agir de determinada forma. Esse impulso à justificam o comportamento humano.
ação é provocado tanto por um estímulo externo, advindo
do ambiente, como também pode ser gerado internamen- O comportamento é um efeito. O comportamento é causa-
te nos processos mentais do indivíduo. Nesse caso, a moti-
do por estímulos internos ou externos. Tanto o meio no qual
vação está relacionada com o sistema de cognição de cada
o indivíduo está inserido como a própria hereditariedade são
pessoa. Ou seja, nossos atos são conduzidos pela cognição
fatores que influenciam no comportamento de cada pessoa.
– pelo que pensamos, acreditamos e prevemos. Porém,
quando alguém nos pergunta o motivo pelo qual agimos O comportamento é motivado. O comportamento não é
de uma certa maneira, é baseado na motivação que iremos fortuito nem aleatório, porém sempre direcionado para
responder. uma finalidade.
Motivação é um motivo e se refere ao direcionamento O comportamento é orientado para objetivos. Para um
momentâneo do pensamento, da atenção, da ação a um comportamento de atitude tomada, existe um impulso,
objetivo visto pelo indivíduo como positivo. Esse direcio- uma necessidade, uma incitação.
namento ativa o comportamento e engloba conceitos tão
diversos como anseio, desejo, vontade, esforço, sonho, es- O ciclo motivacional
perança entre outros.
Você reage da mesma forma que seu colega de trabalho Analisando as suposições acima, concluímos que o com-
ao ser motivado (a)? É provável que não. As pessoas são di- portamento não é espontâneo e nem isento de finalidade.
ferentes no que tange à motivação. As necessidades variam Haverá sempre algum objetivo implícito ou explícito para
de pessoa para pessoa e também de situação para situação, esclarecê-lo.
acarretando diversos padrões de comportamento e valores Pode-se observar essa afirmativa no modelo básico de
Noções de Administração e Situações Gerenciais

sociais variados. motivação ilustrado por Chiavenato (2000).

O modelo será o mesmo para todas as pessoas? rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um
estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio.
Sim, mas o resultado poderá variar de forma indefinida, Esse estado leva o indivíduo a um comportamento, ou ação,
pois depende da percepção do estímulo (que modifica de capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do desconforto
pessoa para pessoa e na mesma pessoa, conforme o tempo). e do desequilíbrio.
O ciclo motivacional inicia com o surgimento de uma Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará a
necessidade, uma força dinâmica, que persiste e provoca satisfação da necessidade e, portanto, a descarga da tensão
comportamento. Toda vez que surge uma necessidade ela provocada por ela. Satisfeita a necessidade, o organismo

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volta ao estado de equilíbrio anterior, que é a sua forma e que se dirigem aos objetivos que podem satisfazer essas
de ajustamento ao ambiente. Estas são as etapas do ciclo necessidades.
motivacional envolvendo a satisfação da necessidade: De acordo com a teoria de Abraham Maslow, a motivação
se desenvolve em três níveis ou estágios correspondentes às
Equilíbrio Interno ► Estímulo ou Incentivo ► Neces- necessidades fisiológicas, psicológicas e de auto realização.
sidade ► Tensão ► Comportamento ► Satisfação Esses estágios vão ocorrendo ao longo da vida das pessoas,
na medida em que crescem e amadurecem vão saindo dos
Porém o ciclo motivacional; a necessidade nem sempre estágios mais baixos e se encaminham para as necessidades
pode ser satisfeita. Pode ser frustrada, ou ainda pode ser de níveis mais elevados.
compensada (ou seja, transferida para outro objeto, pes- Abraham Maslow formulou uma teoria com base na hie-
soa ou situação). No caso de frustração da necessidade, no rarquia de necessidades que influenciam o comportamento
ciclo motivacional, a tensão provocada pelo surgimento da humano. Maslow concebeu esta hierarquia pelo fato de o
necessidade elabora uma barreira ou um obstáculo para sua homem ser uma criatura que expande suas necessidades
liberação. Quando não é encontrada a saída adequada, a no decorrer de sua vida. À medida que o homem satisfaz
tensão, represada no organismo, procura um meio indireto suas necessidades básicas outras mais elevadas assumem o
de saída, seja por via psicológica (agressividade, desconten- predomínio do seu comportamento.
tamento, apatia, tensão emocional, indiferença) seja por via
fisiológica (tensão nervosa, insônia, repercussões cardíacas
ou digestivas).
Outras vezes, a necessidade não é satisfeita nem frus-
trada, mas transferida ou compensada. Isso se dá quando
a satisfação de uma outra necessidade reduz ou aplaca a
intensidade de uma necessidade que não pode ser satisfeita.
Assim, o ciclo motivacional com frustração ou compen-
sação pode ser apresentado da seguinte forma:

Equilíbrio Interno ► Estímulo ou Incentivo ► Necessi-


dade ► Tensão ► Barreira Frustração ► Outro compor- • Necessidades Fisiológicas: é o nível mais baixo da pi-
tamento derivativo Compensação râmide hierárquica. São as necessidades básicas de
todo indivíduo, como de alimentação (fome e sede);
de repouso e descanso; de abrigo; satisfação sexual e
outras funções corporais. Tais necessidades são deno-
minadas necessidades biológicas.
• Necessidades de segurança: no momento em que as
necessidades humanas estão relativamente satisfeitas,
há o desejo de segurança. A busca de proteção contra
ameaça e a busca de estabilidade em um mundo pre-
visível são manifestações típicas dessas necessidades.
• Necessidades sociais: é o convívio que você tem com
outras pessoas. São as necessidades que todos dese-
jam possuir: a de aceitação por parte dos colegas, a
troca de amizade, de afeto e amor, dentro ou fora do
ambiente organizacional.
Noções de Administração e Situações Gerenciais
Caso essas 3 necessidades acima não estiverem satisfei-
tas, pode acarretar a solidão ou a falta de adaptação social
Quando a necessidade não é satisfeita, e não sobrevindo para o indivíduo. Essa necessidade é fundamental em uma
as situações anteriormente mencionadas, não significa que empresa, pois é considerada por Maslow como ativadora do
o indivíduo permanecerá eternamente frustrado. De alguma comportamento humano.
maneira, a necessidade será transferida ou compensada. Daí
percebe-se que a motivação é um estado cíclico e constante • Necessidades de estima: são as necessidades relacio-
na vida pessoal. nadas com a forma pela qual você se analisa e se vê
perante a sociedade, ou seja, uma auto avaliação e
Teorias Motivacionais de Conteúdo autoestima. Com essas necessidades satisfeitas, você
tem condições de possuir autoconfiança; sentimentos
Teorias motivacionais de conteúdo: Teoria da de valor; força; poder; dentre outros. Caso contrário,
Hierarquia das Necessidades de Maslow surgem sentimentos de inferioridade; fraqueza; de-
samparo; podendo levar-lhe ao desânimo.
A motivação se refere a comportamento que é provo- • Necessidades de auto realização: essas são as mais
cado por necessidades que ocorrem dentro do indivíduo. elevadas, situam-se no topo da pirâmide hierárquica.
Esses comportamentos são determinados por causas, que “São as necessidades que levam cada pessoa a tentar
muitas vezes escapam ao controle e entendimento do pró- realizar seu próprio potencial e se desenvolver con-
prio homem. tinuamente como criatura humana ao longo de toda
Os comportamentos ocorrem movidos por causas, que vida... Tornar-se mais do que é e de vir a ser tudo o
são necessidades ou motivos conscientes ou inconscientes que pode ser” (Chiavenato, 2000, p.85).

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Portanto, mesmo que todas as necessidades sejam alcan- As necessidades mais elevadas não somente surgem à medi-
çadas, a pessoa sempre desejará mais e dificilmente atingirá da que as mais baixas vão sendo satisfeitas, mas predominam
a satisfação plena e absoluta. as mais baixas de acordo com a hierarquia das necessidades.
Maslow levantava uma questão interessante. Se uma O comportamento do indivíduo é influenciado simultanea-
de nossas necessidades mais fortes for ameaçada, somos mente por um grande número de necessidades concomitan-
capazes de descer pelos degraus da hierarquia para defendê- tes, porém as necessidades mais elevadas têm uma ativação
-la. Alguém se preocupa com sua posição social (estima), se predominante em relação às necessidades mais baixas.
estiver, por exemplo, morrendo de vontade de ir ao banheiro
As necessidades mais baixas requerem um ciclo motivacio-
(fisiológica)?
nal relativamente rápido (comer, dormir etc.), enquanto
as necessidades mais elevadas requerem um ciclo extre-
Pontos importantes da teoria de Maslow:
mamente longo.

A auto realização é apenas uma etapa para reiniciar o ciclo, Teorias motivacionais de conteúdo: Teoria dos dois fa-
que perdura ao longo da vida de qualquer indivíduo. tores de Herzberg
Uma necessidade satisfeita não é motivadora de comporta-
mento. Apenas as necessidades não satisfeitas influenciam Frederick Herzberg (1959) difere de Maslow ao funda-
o comportamento, dirigindo-o para objetivos individuais. mentar, em sua teoria, os fatores externos e o trabalho do
O indivíduo nasce com certas bagagens de necessidades indivíduo como motivadores do comportamento humano.
fisiológicas, que são inatas ou hereditárias. De início, seu Ele propôs a teoria da Motivação-Higiene, após uma longa
comportamento é exclusivamente voltado para a partici- pesquisa para averiguar o que as pessoas esperam do seu
Noções de Administração e Situações Gerenciais

pação cíclica dessas necessidades como fome, sede, ciclo trabalho e quais os fatores que afetam as suas atitudes no
sono-atividade, sexo etc. trabalho. Contrariamente às teorias existentes até então que
tinham uma visão de necessidades satisfeitas ou não, todas
A partir de uma certa idade, o indivíduo ingressa em uma ligadas ao fator motivação, Herzberg propõe uma teoria
longa trajetória de aprendizagem de novos padrões de baseada em dois fatores: os higiênicos e os motivacionais.
necessidades. Surgem as necessidades de segurança, vol- São dois os fatores motivacionais de Herzberg:
tadas para a proteção contra o perigo, contra as ameaças 1. Fatores higiênicos: referem-se às condições físicas
e contra a privação. e ambientais de trabalho. Constituem os fatores que são,
À medida que o indivíduo passa a controlar suas necessi- comumente, utilizados pelas organizações. Por exemplo: o
dades fisiológicas e de segurança surgem lenta e gradati- salário, benefícios sociais, políticas da empresa, etc.
vamente as necessidades mais elevadas. Porém, quando 2. Fatores motivacionais: estão diretamente relacionados
o indivíduo alcança a satisfação das necessidades sociais ao conteúdo do cargo em si. Os fatores tornam-se atrativos
surgem às necessidades de auto realização. Isso significa no momento em que atividades estimulantes são agregadas
que as necessidades de estima são complementares às ao cargo.
necessidades sociais, enquanto as de auto realização são
complementares as de estima. Diante disso, cada indivíduo escolhe o grau com que dese-
Os níveis mais elevados de necessidade somente surgem ja ser motivado; uns se contentam com pouco; outros estão
quando os níveis mais baixos estão relativamente controla- em uma eterna busca. Porém todos precisam ser motivados.
dos e alcançados pelo indivíduo. Nem todos os indivíduos Os fatores higiênicos são os relacionados às caracterís-
conseguem ao nível das necessidades de auto realização, ticas das políticas da organização; práticas administrativas;
ou mesmo ao nível de estima. É uma conquista individual. supervisão; relacionamento interpessoal; condições de tra-

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balho; salários; vida pessoal; status e segurança. Essas neces- que busque evitar que voltemos a ter sede no futuro. Dessa
sidades, quando não atendem às expectativas do empregado, forma, os gestores que buscam eliminar os fatores higiênicos
podem gerar insatisfação, porém quando são atendidas, não que geram insatisfação, podem obter harmonia no trabalho,
são suficientes para motivar o empregado. mas não necessariamente, motivação.
Daí o termo higiene. Fazendo uma analogia, quando esta- Para Herzberg, os fatores motivacionais, ou seja, aque-
mos com sede, essa necessidade é forte o suficiente para nos les que motivam as pessoas, são os relacionados com a sa-
trazer desconforto e nos levar à busca de sua satisfação, mas tisfação no trabalho, que englobam a realização pessoal, o
quando temos água disponível a qualquer momento, não reconhecimento, o próprio trabalho, a responsabilidade, o
damos o mesmo valor a ela e nem temos um comportamento progresso e o crescimento.

Fatores Motivadores de Herzberg

Fatores Motivadores Determinantes


Realização O término com sucesso de um trabalho ou tarefa; os resultados do próprio trabalho.
Reconhecimento pela rea- O recebimento de um reconhecimento público, ou não, por um trabalho bem-feito ou um
lização resultado conseguido.
O trabalho em si Tarefas consideradas agradáveis e que provocam satisfação.
Responsabilidade Proveniente da realização próprio trabalho ou do trabalho de outros
Desenvolvimento pessoal Possibilidade de aumento de status, perfil cognitivo ou mesmo de posição social.
Possibilidade de cresci- Uma alavancagem dentro da estrutura organizacional, em termos de cargo ou responsa-
mento bilidade.

Fatores Higiênicos de Herzberg

Fatores higiênicos Determinantes


Supervisão A disposição ou boa vontade de ensinar ou delegar responsabilidades aos subordinados
Políticas empresariais Normas e procedimentos que encerram os valores e crenças da companhia.
Condições ambientais Ambientes físicos e psicológicos que envolvem as pessoas e os grupos de trabalho.
Relações interpessoais Transações pessoais e de trabalho com os pares, ou subordinados e os superiores.
Status Forma pela qual a nossa posição está sendo vista pelos demais.
Remuneração O Valor da contrapartida da prestação de serviço.
Vida pessoal Aspectos do trabalho que influenciam a vida pessoal.

Comparativo entre as teorias de Herzberg e Maslow:

Noções de Administração e Situações Gerenciais

Teorias motivacionais de conteúdo: Teoria X e Y de Mc “X” e “Y”. Por esse motivo, também é conhecida pelo nome
Gregor de “Teoria X e Teoria Y”.
Para Mc Gregor, se aceitarmos a teoria “X”, e nos compor-
Essa teoria é na verdade um conjunto de dois extremos tarmos de acordo com ela, as pessoas se mostrarão preguiço-
opostos de suposições. Estes conjuntos foram denominados sas e desmotivadas. Na Teoria X, as organizações partem do

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pressuposto de que as pessoas têm aversão ao trabalho e à Por fim, sua teoria reduz as cinco necessidades de Mas-
responsabilidade, preferindo ser dirigidas e, por isso, devem low em três necessidades essências:
ser controladas e motivadas pela coação, pela punição, pelo a) Existência: Incluem as necessidades fisiológicas e de
dinheiro ou pelos elogios. Estes pressupostos correspondem à segurança;
concepção mecanicista dos trabalhadores utilizada pela Escola b) Relacionamento: São necessidades de relações inter-
Clássica e levam as organizações a colocar a ênfase na satisfa- pessoais e incluem as necessidades sociais e de componentes
ção dos fatores higiénicos definidos por Frederick Herzberg. externos de estima;
Se aceitarmos a teoria “Y”, as pessoas com quem inte- c) Crescimento: Incluem os componentes intrínsecos da
ragimos se mostrarão motivadas, podendo direcionar seus necessidade de autoestima e auto realização.
próprios esforços. Parte-se da hipótese de que as pessoas
são criativas e competentes e consideram que o trabalho é Teorias motivacionais de conteúdo: Teoria das necessi-
tão natural como a diversão ou o descanso. Assim sendo, sob dades aprendidas de McClelland
condições corretas, desejam trabalhar, daí que é fundamen-
tal proporcionar-lhe condições para o seu desenvolvimento A teoria de McClelland está ligada aos conceitos de
pessoal. Estes pressupostos constituem a base da chamada aprendizagem. Segundo ele, as necessidades humanas são
Administração Participativa. adquiridas pelas pessoas ao longo de suas vidas. Focaliza em
sua teoria três necessidades básicas:
Teorias motivacionais de conteúdo: Teoria ERC • Realização (desejo de ser excelente, melhor ou mais
eficiente, com retroação do próprio desempenho);
Clayton Paul Alderfer procura modificar e simplificar a teoria • Poder (desejo de controlar os outros, de ser respon-
de Maslow para submetê-la à pesquisa empírica. Diferente do sável por eles e influenciá-los); e
primeiro, que estabelece uma progressão rígida das necessida- • Afiliação (desejo de estabelecer e manter amizades e
des, o segundo a progressão somente quando se dá a satisfação relações interpessoais com os outros).
de uma necessidade inferior, além de defender a possibilidade
de persecução de mais de uma necessidade ao mesmo tem- Como as necessidades são aprendidas, o comportamento
po pelo indivíduo. Acrescenta ainda o princípio da frustração- recompensado tende a repetir-se. Como resultado, as pesso-
-regressão, segundo o qual uma necessidade inferior pode ser as desenvolvem padrões únicos de necessidades que afetam
ativada quando uma mais elevada não pode ser satisfeita. seu comportamento e desempenho.

Comparativo entre algumas teorias de conteúdo da motivação

Maslow McClelland
Alderfer Herzberg
Teoria Hierarquia das Teoria das necessidades
Teoria E.R.C Teoria dos dois fatores
necessidades adquiridas
Auto Realização Crescimento Realização e Poder Motivacionais
N
E Estima Crescimento Realização e Poder Motivacionais
C Sociais Relacionamento Afiliação Higiênicos
E Segurança Existência Não classificadas Higiênicos
S
S
I
D
A Fisiológicas Existência Não classificadas Higiênicos
D
Noções de Administração e Situações Gerenciais

E
S

Fatores externos e o tra-


As necessidades devem ser Necessidades não-satisfeitas As necessidades de moti-
balho do indivíduo como
alcançadas em ordem hie- podem estar em qualquer vação são desenvolvidas
motivadores do compor-
rárquica. nível ao mesmo tempo. por meio da experiência.
tamento humano.

Teorias Motivacionais de Processo ção resultará em recompensas que atendem às suas metas
pessoais. Ou seja, é a força da expectativa.
Teorias motivacionais de processo: Teoria da expectân- Se você̂ considera que se virar a noite na frente de um
computador seu chefe o elogiará (e isto é o que você̂ quer),
cia de Vroom então, você̂ vai virar a noite. Se considera que o chefe não
dará́ a menor bola, então, você̂ não fará isso.
A teoria da expectância (também chamada de teoria da Para Vroom, três fatores são determinantes em cada
instrumentalidade), apresentada na década de 60 do século indivíduo.
passado por Victor Vroom, relaciona desempenho com re- • Objetivos pessoais do indivíduo;
• Relação percebida entre satisfação dos objetivos e alta
compensa. A teoria argumenta que você̂ se sente motivado produtividade;
a esforçar-se em fazer alguma coisa, quando acredita que • Percepção de sua capacidade de influenciar sua pro-
será́ bem avaliado pelo seu desempenho e que esta avalia- dutividade.

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FATORES
Objetivos pessoais do indivíduo Podem ser considerados como as necessidades básicas de cada ser humano (di-
nheiro, segurança no cargo, reconhecimento, aceitação social e até mesmo ter um
trabalho mais interessante).
Relação percebida entre satisfação Depende daquilo que se considera como prioridade na vida pessoal. Se uma pes-
dos objetivos e alta produtividade soa, que recebe o salário baseado em produção, tem como objetivo obter um salá-
rio maior, consequentemente, terá uma forte motivação para produzir mais.
Percepção de sua capacidade de Um funcionário pode acreditar que seu poder influencia seu próprio nível produti-
influenciar sua produtividade vo. Contudo, se ele acreditar que o esforço despendido em um serviço teve pouco
efeito no resultado, automaticamente irá se esforçar menos.

Teoria do estabelecimento de objetivos de Edwin Locke processos cognitivos internos do indivíduo, mas sim pelo
ambiente. É base na lei do efeito, de Thorndyke, que diz que
Edwin Locke concluiu que a intenção de trabalhar em o comportamento que proporciona um resultado agradável
direção a algum objetivo constitui uma grande fonte de mo- tende a se repetir. Já o resultado desagradável, tende a não
tivação. Estabelecer objetivos, por sua vez, é o processo de se repetir. Essa lei se popularizou com base no conceito de
desenvolver, negociar e formalizar metas ou objetivos que condicionamento operante de Skinner, que é o processo de
uma pessoa se responsabiliza por alcançar. aplicar a lei do efeito ao controle do comportamento para
Segundo as conclusões desses estudos, os objetivos mais manipular suas consequências.
difíceis conduzem ao melhor desempenho, se comparados Existem quatro estratégias de modificação do compor-
aos menos difíceis. Porém, se muito difíceis ou impossíveis, tamento organizacional:
o desempenho também é comprometido.
Outros fatores relacionados aos objetivos também in-
Reforço Consequências agradáveis aumentarão a
fluenciam no desempenho e motivação. Quando são espe-
positivo frequência ou intensidade do comporta-
cíficos, motivam mais que os vagos. Além disso, quando os
mento desejável
liderados participam do processo de fixação desses objetivos,
mesmo quando difíceis, há um maior comprometido e em Reforço Enfraquece um determinado comportamen-
Noções de Administração e Situações Gerenciais

consequência, maior motivação e desempenho. A capacita- negativo to em proveito de outro que faça cessar o
ção e a auto eficácia (crença de um indivíduo a respeito de desprazer com uma situação. Portanto, o seu
seu desempenho em uma tarefa) tendem a desempenhar registro é a retirada de um estímulo que cau-
suas atribuições com mais motivação, amparados pela re- se desprazer após a resposta pretendida
troação da tarefa, ou seja, o conhecimento dos resultados. Punição Aplicação da consequência desagradável e
A conclusão geral é de que a formulação de objetivos contingente a ocorrência de um comporta-
difíceis e específicos constitui uma poderosa força motiva- mento indesejável que se deseja diminuir ou
dora. Por fim, Locke estabelece quatro métodos principais eliminar.
para motivar as pessoas:
• Dinheiro: não deve ser o único motivador, mas aplicado Extinção Retirada de uma consequência agradável para
juntamente com os outros três métodos; diminuir ou eliminar um comportamento in-
• Estabelecimento de objetivos; desejável. Não encoraja e nem recompensa
• Participação na tomada de decisões e formulação de
objetivos; As quatro estratégias de reforço estão representadas na
• Redesenho de cargos para proporcionar maior desafio figura abaixo. São alternativas que o administrador pode
e responsabilidade. utilizar para influenciar os funcionários em relação à me-
lhoria contínua das práticas de trabalho. O importante aqui
Teorias motivacionais de processo: Teoria do Reforço é entender que tanto o reforço positivo quanto o reforço
negativo servem para fortalecer o comportamento desejável.
Essa teoria salienta que o reforço condiciona o com- A punição e a extinção servem para enfraquecer ou eliminar
portamento, que segundo teóricos, não é determinado por os comportamentos indesejáveis.

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Teorias motivacionais de processo: Teoria da Equidade 1. Todo funcionário faz comparações, especialmente
(Stacy Adams) quando recebe recompensas visíveis e públicas, como au-
mentos salariais, promoções, gratificações, elogios, etc.
Essa teoria avalia as contribuições (o que a pessoa dá) 2. Pode-se prever antecipadamente as inequidades ne-
em relação às recompensas (o que a pessoa recebe) do seu gativas, desde que se localize as referências de comparação.
trabalho à organização. Em sua essência, é a comparação 3. Comunique a cada indivíduo a sua avaliação pessoal da
feita pelas pessoas entre seus esforços e recompensas, bem recompensa e do desempenho sobre o qual está baseada e
como esforços e recompensas das outras pessoas que traba- os pontos de comparação que você considera apropriados.
lham em situação semelhante. Em geral, as pessoas aceitam Mostre a sua equidade a ele.
a super-recompensa, mas não toleram a sub-recompensa.
Teorias motivacionais de processo: Teoria de Campo
Quando um empregado percebe uma iniquidade, ele
escolhe uma das seguintes alternativas de comportamento: de Lewin

A teoria de campo de Kurt Lewin defende que o compor-


Ação Como tamento humano é dependente de dois fatores:
1. Mudar suas con- Reduzindo o seu esforço no traba- • O comportamento é derivado da totalidade dos fatos
tribuições lho. coexistentes;
2. Mudar as recom- Mantendo a quantidade produção • Esses fatos e eventos apresentam um campo dinâ-
pensas recebidas e reduzindo a qualidade no traba- mico de forças, nos quais fatos ou eventos têm uma
lho ou reclamando da recompensa inter-relação com os demais, influenciando e sendo
Noções de Administração e Situações Gerenciais

recebida). influenciado por eles.


3. Modificar os pon- Procurando meios de fazer as coi-
tos de comparação sas parecerem melhores. O campo dinâmico é chamado campo psicológico, que
4. Modificar a situa­ Transferindo para outra situação é o espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente
ção ou saindo da organização. psicológico. Este campo psicológico é o que a pessoa inter-
preta a si e ao mundo externo. É o meio ambiente em que
A teoria da equidade mostra a importância das compara- pessoas, objetos, situações podem ter valências diferentes,
ções dentro do trabalho e a identificação de referências quan- sendo valência positiva quando atraem e vão ao encontro
do se procura reestruturar um programa de recompensas. das necessidades do indivíduo e sua satisfação e negativa
As pessoas aceitam a super-recompensa, mas não toleram quando podem ou sugerem causar algum dano ou prejuízo.
a sub-recompensa. A maioria das pesquisas focaliza o salá- A primeira atrai e a segunda causa repulsa, criando nessa
rio. Contudo, é impressionante a listagem de itens que são
situação uma força, um vetor. Um vetor tende a criar a “lo-
comparados inconscientemente pelas pessoas em relação às
comoção” em certa direção. O modelo de comportamento
referências que escolhem comparações, como status, títulos
humano proposto pela teoria de campo pode ser represen-
de cargos, localização do estacionamento, tipo de banhei-
ro, tamanho de mesa, sorrisos do chefe etc. (CHIAVENATO, tado pela equação:
2005, p. 488)
C= f (P,M)
Três passos para administrar o processo de equidade:
Onde (C) = comportamento é o resultado da função; (f)
Existem certos cuidados para manter a equidade: interação entre a pessoa (P) e seu meio externo (M). (P) = a

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pessoa é representada pelas suas características genéticas, Falar abertamente dos seus problemas de desmotivação
pela sua aprendizagem em contato com o meio. Esta teoria com os seus colegas para saber se eles passam de mesmo
explica por que um mesmo objeto pode ser visto e interpre- ou, se já lhes aconteceu, como resolveram. Não deixar
tado de modo diferente por cada pessoa. que isso afete o seu desempenho e entregar-se ao máxi-
A partir dessa teoria podemos entender que o indivíduo mo como bom profissional;
se comporta de acordo com suas percepções e não de acor- Se a desmotivação que o consome é devido ao próprio
do com a realidade, ou seja, reage conforme àquilo que é trabalho que desempenha, tente arranjar novas aborda-
confortável ou não com suas cognições. gens, novas perspectivas, novas formas de organização
para renovar o trabalho;
Barreiras para Motivação Se puder trocar de lugar com algum colega ou mudar de
secção tente-o fazer. Muitas vezes, desempenhar outra
Várias barreiras têm de ser vencidas. E por tratar-se de função, mesmo que seja dentro da empresa onde traba-
pessoas torna-se impossível a criação de uma fórmula que lha, renova o ambiente e dar-lhe outra força de vontade.
possa ser aplicada em toda situação. Se o problema for em termos monetários tente mostrar o
Conforme vimos, várias teorias tentam explicar o com- bom profissional que é para o aumento surgir;
portamento do indivíduo dentro da organização, como a Se ainda acha que não vai lá, o melhor mesmo é começar
teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, que diz a procurar um novo emprego. Desta vez selecione algo
existir cinco ordens gradativas de necessidades, a teoria X dentro das áreas de interesse que lhe motivam, para que
e a teoria Y de Douglas McGregor, a teoria da motivação- possa ter sempre algo que, para além de lhe dar o "pão
-higiene proposta pelo psicólogo Frederick Herzberg, que nosso de cada dia", seja divertido e lhe dê gozo fazer.
propõem a existência de um contínuo duplo: o oposto de
“satisfação” é “não satisfação” e o oposto de “insatisfação” Liderança, Motivação e Desempenho
é “não insatisfação”, há também as teorias contemporâneas,
como a ERC proposta por Clayton Alderfer que apresenta a De acordo com Maximiano (2004), liderança é a palavra
existência de três grupos de necessidades (existência, relacio- que tem conotação de certa imponência, evocando perso-
namento e crescimento), outra teoria é a das necessidades nagens da história, com qualidades sobrenaturais.
de McClelland que enfoca as necessidades de realização, No entanto, as pessoas que têm liderança são comuns
poder e afiliação. em muitas situações, nas organizações e na vida social. A
Há também a teoria de determinação de metas, que se capacidade de liderar é importante não apenas em estadis-
baseia no pressuposto de que metas difíceis, quando acei- tas, fundadores de nações ou dirigentes de religiões, mas
tas, resultam em um desempenho melhor. Outra teoria é a também em treinadores de equipes esportivas, comandan-
do reforço, que vê o comportamento como sendo causado tes militares, regentes de orquestras, professores e todos os
ambientalmente, também de importância é a teoria da equi-
tipos de administradores de organizações. Cada uma dessas
dade, que explica as comparações feitas pelos empregados
figuras tem objetivos próprios, cuja realização depende de
com relação ao seu esforço e aos resultados obtidos com
outros. Em grande parte, é sua capacidade de liderança que
outros funcionários.
está em foco quando se avalia o sucesso e fracasso dos ou-
Vimos também a teoria da expectativa, que dá enfoque
tros, na realização desses objetivos.
nas relações esforço-desempenho, desempenho-recompen-
Desempenhando papel tão importante nas organizações
sa e recompensa-metas pessoais.
de todos os tipos, a liderança recebe grande atenção dentro
É importante entender que todas as teorias apresentam
do enfoque comportamental da administração.
limitações, o que torna impossível determinar o comporta-
mento das pessoas, pois varia de acordo com a cultura, entre
as organizações e entre o indivíduo, o que faz necessário Mas... o que é liderança?
estar atento às mudanças, pois nenhum fator motivacional A palavra liderar vem do latim laden, que significa “ir” Noções de Administração e Situações Gerenciais

terá eficácia permanente. ou “viajar junto”.


A desmotivação surge quando algo começa a incomodar Se pegarmos algum dicionário, veremos que liderança
o profissional e, muitas vezes, torna-se constante e acaba é definida como:
exercendo influência sobre o seu rendimento, desaniman- • Liderança = função de líder; relativa a líder; comando,
do-o e tornando-o improdutivo. As insatisfações variam de direção, hegemonia.
acordo com cada indivíduo, têm intensidades diferentes,
mas normalmente são oriundas de divergências pessoais E líder, por sua vez, é definido como:
ou profissionais. • Líder = chefe, guia; tipo representativo de um grupo;
Entre as principais causas da desmotivação estão salário chefe de um partido político.
insatisfatório, local inadequado de trabalho, falta de reco-
nhecimento profissional, demanda de trabalho maior que a A verdade é que encontramos uma série de definições
estipulada, horário para entrar e não para sair da empresa, para liderança.
gestores autoritários, falta de organização e comunicação Para Maximiano (2004):
ineficiente com os funcionários, entre outras. Estes fatores
geram cansaço físico e mental do profissional, ocasionando Liderança é o processo de conduzir as ações ou
desgaste emocional e desmotivação na realização dos afa- influenciar o comportamento e a mentalidade de
zeres e na busca dos objetivos. outras pessoas. Proximidade física ou temporal não
O autor Moura (2007) considera que na batalha contra é importante no processo. Um cientista pode ser
a desmotivação e busca da motivação (automotivação) as influenciado por um colega de profissão que nunca
seguintes medidas podem auxiliar: viu ou mesmo que viveu em outra época. Líderes

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religiosos são capazes de influenciar adeptos que Uma definição para líder que é de uma valia extrema é a
estão muito longe e que têm pouquíssima chance de um grande guru da administração, Peter Drucker, que diz:
de vê-los pessoalmente.
A única definição de líder é alguém que possui se-
Outra definição: guidores. Algumas pessoas são pensadoras. Outras,
profetas. Os dois papéis são importantes e muito ne-
Liderança é a realização de metas por meio da dire- cessários. Mas, sem seguidores, não podem existir
ção de colaboradores. A pessoa que comanda com líderes.
sucesso seus colaboradores para alcançar finalidades
específicas é líder. Um grande líder tem essa capa- O líder eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém
cidade dia após dia, ano após ano, em uma grande cujos seguidores fazem as coisas certas. Popularidade não é
variedade de situações. liderança. Resultados sim!
A liderança é um processo chave em todas as organiza-
Palavras como influência, adeptos, colaboradores e ou- ções. O administrador deveria ser um líder para lidar com
tras semelhantes implicam uma importante condição para a as pessoas que trabalham com ele. Para ele, a liderança é
liderança: consentimento. Consentimento é diferente do tipo definida como uma influência interpessoal exercida numa
de obediência produzido pela autoridade formal. dada situação e dirigida por meio do processo de comuni-
• Liderança é “o comportamento de um indivíduo quando cação humana.
está dirigindo as atividades de um grupo em direção a Liderança não é sinônimo de administração. O administra-
um objetivo comum” (HEMPHILL & COONS, 1957, p. 7). dor é responsável pelos recursos organizacionais e por funções
• Liderança é “um tipo especial de relacionamento de como planejar, organizar, dirigir e controlar a ação organizacio-
poder caracterizado pela percepção dos membros do nal no sentido de alcançar objetivos. Isso inclui muita coisa. A
grupo no sentido de que outro membro do grupo tem rigor, o administrador deveria ser, também, um líder, para lidar
o direto de prescrever padrões de comportamento na adequadamente com as pessoas que com ele trabalham. O
posição daquele que dirige, no que diz respeito à sua líder, por seu lado, pode atuar em grupos formais e informais
atividade na qualidade de membro do grupo” (JANDA, e nem sempre é um administrador. O administrador pode
1960, p. 35). apoiar-se totalmente na autoridade do seu cargo ou pode
• Liderança é “uma influência pessoal, exercida em adotar um estilo de comportamento mais participativo que
uma situação e dirigida através do processo de comu- envolva decisão conjunta com seus subordinados. Em resumo,
nicação, no sentido do atingimento de um objetivo o administrador pode adotar um estilo autocrático e impositi-
específico ou objetivos” (TANNENBAUM, WESCHLER vo ou democrático e participativo para fazer com que as coisas
& MASSARIK, 1961, p. 24).
sejam feitas pelas pessoas. Dois conceitos emergem dessa
• Liderança é “uma interação entre pessoas na qual uma
situação: o poder e a sua aceitação por parte dos liderados.
apresenta informação de um tipo e de tal maneira que
A liderança é, de certa forma, um tipo de poder pesso-
os outros se tornam convencidos de que seus resulta-
al. Por meio da liderança uma pessoa influencia outras em
dos serão melhorados caso se comporte da maneira
função dos relacionamentos existentes. A influência é uma
sugerida ou desejada” (JACOBS, 1970, p. 232).
transação interpessoal na qual uma pessoa age no sentido
• Liderança é “o início e a manutenção da estrutura em
de modificar ou provocar o comportamento de outra, de
termos de expectativa e interação” (STOGDILL, 1974,
maneira intencional. Assim, sempre teremos um líder, que
p. 411).
é aquele que influencia, e os liderados, aqueles que são in-
• Liderança é “o incremento da influência sobre e acima
fluenciados. A influência é um conceito ligado ao conceito
de uma submissão mecânica com as diretrizes rotinei-
de poder e de autoridade.
ras da organização” (KATZ & KAHN, 1978, p. 528).
Noções de Administração e Situações Gerenciais

• Liderança é “o processo de influenciar as atividades de


um grupo organizado na direção da realização de um Características de Liderança
objetivo” (ROUCH & BEHLING, 1984 p. 46).
• Liderança “é o processo de persuasão, ou de exemplo, Vamos dividir as características em dois aspectos distin-
através do qual um indivíduo (ou equipes de liderança) tos. Pelo lado do líder e pelo lado do liderado.
induz um grupo a dedicar-se a objetivos defendidos
pelo líder, ou partilhados pelo líder e seus seguidores” Características Pessoais do Líder
(JOHN GARNER).
• Liderança “é a influência interpessoal exercida numa A liderança é uma função, papel, tarefa ou responsabili-
situação e dirigida através do processo da comunicação dade que qualquer pessoa precisa desempenhar, quando é
humana à consecução de um ou de diversos objetivos responsável pelo desempenho de um grupo. Independente-
específicos”. (CHIAVENATTO) mente de suas qualidades, muitas pessoas são colocadas em
posições de liderança, em que precisam dirigir os esforços
Dois elementos parecem ser comuns a todas essas de- de outros para realizar objetivos: treinadores de equipes es-
finições. Em primeiro lugar, elas conservam o denominador portivas, professores, regentes de orquestras, sacerdotes,
comum de que a liderança esteja ligada a um fenômeno diretores de teatro e cinema, e todos os tipos de gerentes.
grupal, isto é, envolva duas ou mais pessoas. Em segundo Todas essas pessoas têm metas para realizar com a colabo-
lugar, fica evidente tratar-se de um processo de influencia- ração de grupos. A liderança é um dos papéis que devem
ção, exercido de forma intencional por parte de líder sobre desempenhar para atingir suas metas, entre os outros papéis
seus seguidores. que definem os gerentes.

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No papel de líderes, algumas pessoas são mais eficazes Motivações do Líder
que outras, ou sentem-se mais confortáveis que outras. Al- Outra forma de estudar a liderança é focalizar as mo-
gumas parecem desejar mais do que outras desempenhar tivações dos líderes. Algumas pessoas são líderes não por
o papel de liderança, ou ter alguma espécie de poder, como causa de suas habilidades, mas porque gostam de liderar.
explica a teoria de McClelland, no capítulo anterior. As ca- A pessoa que busca a satisfação dessa necessidade realiza
racterísticas individuais importantes para o entendimento ações específicas para alcançar posições nas quais possa in-
dessas diferenças são as habilidades e a motivação. Algumas fluenciar o comportamento alheio: conseguir adeptos, ou
pessoas têm mais habilidade que outras no papel de líder e candidatar-se a algum cargo eletivo, ou fazer propostas a
algumas são mais motivadas que outras para desempenhá-lo. um grupo, ou aproximar-se da estrutura existente de poder
Pode ser que as duas características sejam interdependentes: ou matricular-se numa academia militar.
as pessoas mais motivadas, provavelmente, são também as Segundo McClelland, pode-se satisfazer à necessidade de
mais hábeis. poder de muitas maneiras (controle de recursos, informação
Outro elemento importante no comportamento do líder e pessoas). Além disso, a necessidade de poder desconsidera
é a maneira como se relaciona com sua equipe. Uma par- a recompensa material – o que importa é o que a pessoa
consegue fazer com o poder.
te importante dos estudos sobre a liderança focaliza essa
A necessidade de poder tem duas manifestações prin-
questão.
cipais. Na primeira manifestação, a pessoa busca a satisfa-
ção pessoal por meio da influência sobre o comportamento
Traços de Liderança alheio. A pessoa que tem essa motivação procura ser do-
minante e pode evocar a lealdade e a inspiração de parte
Empenho Esforço constante no sentido de de seus liderados. Ou pode ser, simplesmente, egocêntrica,
melhorar, ambição, alto nível de e satisfazer sua ansiedade pelo poder à custa do domínio
energia e iniciativa. sobre os liderados. Uma variante desse comportamento é o
Integridade Honestidade e credibilidade; inspi- das pessoas que usam a organização em benefício próprio.
ram confiança nos outros. Na segunda manifestação, a pessoa dá ênfase ao poder
Conhecimento do Conhecimento técnico e inteligên- social ou institucional e busca a satisfação de metas coletivas.
negócio cia para interpretar informações. Os líderes desse tipo não procuram a submissão alheia, mas
antes a mobilização de esforços alheios no sentido de realizar
Motivação Alta necessidade de poder, não a missão do grupo.
gostam de ser seguidores.
Autoconfiança Superar obstáculos, tomar decisões O Líder e a Comunicação
apesar das incertezas. A habilidade de comunicação oferece um dos melhores
argumentos para demonstrar que certas características dos
Comportamentos de Liderança líderes podem ser e são, de fato, desenvolvidas. A comunica-
ção é o alicerce da liderança, uma vez que o requisito básico
Desempenho de Garantir que a unidade de trabalho para um líder é a capacidade de transmitir sua mensagem de
tarefas atinja suas metas enfoque na qua- modo a persuadir, inspirar ou motivar seus seguidores. Isso
lidade, velocidade e precisão do não significa apenas habilidade com as palavras e o modo
trabalho. de dizê-las, mas capacidade de transformar ideias em men-
sagens convincentes.
Manutenção do Satisfação dos membros para de-
Um bom exemplo do poder do treinamento, da perseve-
grupo senvolver e manter relações har- rança e da autodisciplina sobre a capacidade de expressão
moniosas de trabalho. é o de Winston Churchill, reconhecidamente um mestre da
Participações nas Buscam informações, opiniões e linguagem, cujos pronunciamentos foram decisivos para o
tomadas de deci- preferências do grupo para se che- moral inglês durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo
sões gar a um consenso e fazer a escolha Roskill, a habilidade de Churchill com a palavra custou-lhe Noções de Administração e Situações Gerenciais
final. muito esforço para aprimorar, até chegar ao ponto, na ma-
turidade e no auge de sua carreira política, em que essa era
Traços de Personalidade uma de suas mais admiradas habilidades.
Uma das formas de estudar a liderança consiste em foca-
lizar a personalidade dos líderes. Esse tipo de estudo baseia- PROCESSO DECISÓRIO E RESOLUÇÃO DE
-se em biografias e em incidentes críticos (situações em que
alguém desempenhou um papel de liderança).
PROBLEMAS
As conclusões dos estudos desse tipo não têm nenhum
De forma geral, todas as atividades de planejamento
valor preditivo. Sabe-se que os líderes têm determinados
envolvem a tomada de decisão de uma forma mais estru-
traços de personalidade. No entanto, as pessoas que têm os turada ou de uma maneira mais pragmática. As  decisões
mesmos traços não são nem se tornam, necessariamente, em ambientes organizacionais podem abranger coleta de
líderes. Além disso, até hoje não se conseguiu identificar dados, identificação de alternativas, negociações e avaliação
um conjunto de traços de personalidade comum a todos os de alternativas de ação, entre outros. Ao longo de cada um
líderes. Alguns são bem humorados, outros são rabugentos. desses processos o gestor defronta-se com decisões.
Alguns são taciturnos, outros extrovertidos. Por fim, não se O tomador de decisões, que esteja motivado pela ne-
conseguiu demonstrar que os líderes têm traços de perso- cessidade de prever ou controlar, geralmente enfrenta um
nalidade diferentes dos de outras pessoas. Apesar desses complexo sistema de componentes correlacionados, como
problemas, o estudo dos traços de personalidade mostra recursos, resultados ou objetivos desejados, pessoas ou
conclusões importantes. Alguns dos traços de personalidade grupos de pessoas. Ele está interessado na análise desse
mais característicos dos líderes são a iniciativa nas relações sistema. Presumivelmente, quanto melhor ele entender essa
pessoais e o senso de identidade pessoal. complexidade, melhor será sua decisão.

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De acordo com Pereira e Fonseca (1997), a decisão é um É importante ressaltar que inúmeras pesquisas vêm
processo sistêmico, paradoxal e contextual, não podendo enriquecendo a experiência dos estudiosos sobre Processo
ser analisada separadamente das circunstâncias que a en- Decisório, bem como a literatura sobre o referido assunto.
volvem. O conhecimento das características, dos paradoxos Novas visões vêm sendo dadas ao tema e as mais modernas
e desafios da sociedade é essencial à compreensão dos são resultados das contribuições da Psicologia, Sociologia,
processos decisórios. Antropologia e Gestão do Conhecimento.
Podemos salientar que a decisão é um julgamento, uma Os estudiosos em Administração Koontz e O’Donnell
escolha feita entre alternativas, incluindo todos os “o que”, (1972) identificam a tomada de decisão como o planejamen-
“quando”, “quem”, “porquê” e “como”, que aparecem nos to administrativo. Já Herbert Simon (1963) entende como
processos de decisão. Com o intuito de evitar problemas um processo administrativo.
A tomada de decisão é tarefa mais característica do ad-
futuros, os administradores devem se basear em decisões
ministrador. Porém, os gestores não são os únicos a decidir,
cuidadosamente formuladas.
pois o trabalho do executivo consiste não apenas em tomar
Assim, tomar decisões faz parte do cotidiano da vida e decisões próprias, mas também em providenciar para que
está presente em todos os seus aspectos, indo desde tópicos toda a organização que dirige, ou parte dela, tome-as tam-
pessoais até decisões mais abrangentes, como no planeja- bém de maneira efetiva.
mento de grandes projetos que envolvem as organizações Segundo Simon (1963), a  decisão é um processo de
privadas e públicas. análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do
As decisões têm frequentemente um impacto muito além curso de ação que se deverá seguir. Ele aponta seis elementos
do resultado imediato. Na realidade, as decisões tomadas clássicos na tomada de decisão:
hoje se direcionam muito mais ao futuro, que é fruto das • tomador de decisão: é a pessoa que faz uma escolha
idealizações nas quais as decisões são baseadas. ou opção entre várias alternativas de ação;
O estudo do Processo Decisório tem evoluído desde os • objetivos: que o tomador de decisão pretende alcan-
anos 1940. Isso se deve, principalmente, ao crescente conhe- çar com suas ações;
cimento dos problemas aplicados, ao desenvolvimento de • preferências: critérios que o tomador de decisão usa
novas técnicas administrativas, informacionais e à absorção para fazer sua escolha;
de novos procedimentos quantitativos provenientes da • estratégia: o curso da ação que o tomador de decisão
Matemática e da Pesquisa Operacional. escolhe para atingir os objetivos, dependendo dos
A Teoria das Decisões nasceu de Herbert Simon, que a recursos de que venha a dispor;
utilizou para explicar o comportamento humano nas orga- • situação: aspectos do ambiente que envolvem o
nizações. O autor, no seu livro O Comportamento Adminis- tomador de decisão, muitos dos quais se encontram
trativo (1970), diz que a Teoria Comportamental concebe a fora de seu controle, de seu conhecimento ou de sua
compreensão e que afetam sua escolha;
organização como um sistema de decisões. Neste sistema,
• resultado: é a consequência ou resultante de uma
cada pessoa participa racional e conscientemente, tomando
dada estratégia de decisão.
decisões individuais a respeito de alternativas racionais de
comportamento. Assim, a  organização está permeada de Tendo como premissa que processos administrativos
decisões e de ações. são processos decisórios, Ansoff (1977) afirma que todo
De acordo com Gomes e Almeida (2002), os modelos de executivo experiente sabe que grande parte de seu trabalho
apoio à tomada de decisão, em resposta à escassez dos recur- é ocupado por um processo diário de tomada de decisões e,
sos financeiros e ao ônus crescente desses recursos, fazem portanto, deve ser potencializado por parte das empresas,
com que as decisões sejam tomadas com base em critérios através dos recursos básicos: físicos, financeiros e humanos.
racionais que garantam a otimização dos retornos obtidos. Os principais mecanismos (instrumentos) que orientam
A introdução do risco e da incerteza nos modelos trouxe uma o processo decisório e a tomada de decisão, seguindo um
nova gama de informações que permitiu o aperfeiçoamento modelo genérico, são compostos de quatro etapas:
do processo decisório. • Etapa 1  – decisão de decidir: assumir um compor-
tamento que leve a uma decisão qualquer é uma
Noções de Administração e Situações Gerenciais

O desenvolvimento de novas técnicas se fez necessário


para que os modelos fossem mais bem interpretados, com decisão.
maior precisão em relação aos novos problemas e questões • Etapa 2 – uma vez decidido iniciar o processo deci-
do mundo globalizado. Essas novas técnicas de tomada de de- sório, a  etapa seguinte é a definição do que se vai
cisão estão em crescente e rápida evolução nos últimos anos. decidir. Há ocasiões em que se trabalha na solução de
Alguns teóricos da Administração acreditam que as de- problemas que não se definem, mas, estatisticamente,
cisões devem ser tomadas segundo um plano sequencial. o seu número é menos significativo.
• Etapa 3  – formulação de alternativas. As  diversas
Outros defendem uma abordagem menos estruturada,
soluções possíveis para resolver o problema ou crise
porém igualmente disciplinada, que exige a manutenção de
ou as alternativas que vão permitir aproveitar as
um debate e reavaliação do contexto das decisões. oportunidades.
Conforme diversos autores da área, o processo de to- • Etapa 4 – escolha de alternativas que se julgam mais
mada de decisão, na maioria das decisões nas organizações, adequadas. É a tomada de decisão.
envolve os seguintes passos:
• formular o problema;
• estruturar o problema a fim de relacionar suas partes NOÇÕES BÁSICAS DE GERÊNCIA E GESTÃO
na forma de um modelo; DE ORGANIZAÇÕES E DE PESSOAS
• proceder a uma montagem técnica do modelo;
• testar/simular o modelo e as suas possíveis soluções; Gestão Estratégica de Pessoas
• estabelecer controles sobre a situação e a sua delimi-
tação; Vamos agora estudar sobre as pessoas nas organizações.
• implementar a solução na organização. Para realizar esse estudo, temos duas alternativas:

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• aprendizagem;
Pessoal
• motivação;
• percepção;
Experiência, • valores.

E os fatores externos:
Isso porque cada pessoa possui o que chamamos de filtros • ambiente;
mentais, ou seja, seus valores individuais alcançados ao longo • organizacional;
do tempo e seus relacionamentos. Esses filtros podem ser en- • regras e regulamentos;
globados nas diversas áreas da vida pessoal de um ser humano: • cultura;
• política;
• métodos e processos;
• recompensas;
• punições;
• grau de confiança.

Agora que também já entendemos sobre as particulari-


dades das pessoas, podemos, enfim, trabalhar com o con-
ceito das pessoas nas organizações. Os  conhecimentos e o
desempenho dos empregados e administradores devem ser
continuamente aperfeiçoados. A satisfação dessa exigência en-
volve atividades de treinamento e desenvolvimento e também
As pessoas constituem simplesmente o início e o fim da avaliações de desempenho para propósitos de feedback, a fim
administração de recursos humanos. Cada pessoa pode ser de motivar as pessoas para o melhor desempenho possível.
considerada como um fenômeno multidimensional, sujeito Dentre os principais fatores que envolvem este tema,
a influências de uma enorme variedade de variáveis. temos cinco que são de importância máxima para um bom
São os fatores internos: clima organizacional: divisão do trabalho, controle e avalia-
• personalidade; ção, motivação, liderança e comunicação.

A Formulação da Estratégia Organizacional:

Noções de Administração e Situações Gerenciais

O planejamento estratégico pode focalizar a estabilidade cias no sentido de anteciparem-se aos eventos que podem
no sentido de assegurar a continuidade do comportamento ocorrer no futuro e identificar as ações apropriadas quando
atual, em um ambiente previsível e estável. Também pode eles eventualmente ocorrerem.
focalizar a melhora do comportamento para assegurar a re- Como todo planejamento subordina-se a uma filosofia
ação adequada a frequentes mudanças em um ambiente de ação, existem três tipos de filosofia do planejamento es-
mais dinâmico e incerto. Pode ainda, focalizar as contingên- tratégico:

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Planejamento É o planejamento voltado para a estabilidade e manutenção da situação existente. As decisões são
conservador tomadas no sentido de obter bons resultados, mas não necessariamente os melhores possíveis, pois
dificilmente o planejamento procurará fazer mudanças radicais na organização. Sua ênfase é conservar
as práticas vigentes. O planejamento conservador ou defensivo está mais preocupado em identificar e
sanar deficiências e problemas internos do que em explorar novas oportunidades ambientais.
Planejamento É o planejamento voltado para a adaptabilidade e inovação da organização. As decisões são tomadas
otimizante no sentido de obter os melhores resultados possíveis para a organização, seja minimizando recurso
para alcançar um determinado desempenho ou objetivo, seja maximizando o desempenho para me-
lhor utilizar os recursos disponíveis. O planejamento otimizante ou analítico está baseado em uma
preocupação, em melhorar as práticas vigentes na organização.
Planejamento É o planejamento voltado para as contingências e para o futuro da organização. As decisões são tomadas
prospectivo no sentido de compatibilizar os diferentes interesses envolvidos, por meio de uma composição capaz de
levar a resultados para o desenvolvimento natural da empresa e ajustá-la às contingências que surgem no
meio do caminho. O planejamento prospectivo ou ofensivo é o contrário do planejamento retrospectivo
que procura a eliminação das deficiências localizadas no passado da organização. Sua base é a aderência ao
futuro, no sentido de ajustar-se às novas demandas ambientais e preparar-se para as futuras contingências.

As três orientações do planejamento estratégico:

Planejamento Planejamento para a Ambiente previsível e Assegurar


conservador e estabilidade estável continuidade do
defensivo Manutenção sucesso

Planejamento Planejamento para a


Ambiente dinâmico e Assegurar reação
otimizante e analítico melhoria
incerto adequada às freqüentes
Inovação
mudanças

Planejamento Planejamento para a Ambiente mais Antecipar eventos que


prospectivo e contingência dinâmico e incerto possam ocorrer e
identificar ações
ofensivo Futuro
apropriadas

Em todos os casos, o planejamento consiste na tomada antecipada de decisões. Trata-se de decidir agora o que fazer
antes que ocorra a ação necessária. Não se trata de previsão das decisões que deverão ser tomadas no futuro, mas da
tomada de decisões que produzirão efeitos e consequências futuras.

Planejamento Estratégico de RH

Um dos aspectos mais importantes da estratégia organizacional é a sua amarração com a função de Gestão de Pessoas.
O planejamento estratégico de RH refere-se à maneira como a função de RH pode contribuir para o alcance dos objetivos
organizacionais e, simultaneamente, favorecer e incentivar o alcance dos objetivos individuais dos funcionários.

Passos no Planejamento Estratégico de RH:


Noções de Administração e Situações Gerenciais

Objetivos e estratégias
organizacionais

Objetivos e estratégias de RH

Comparação
Etapa 1: avaliar os atuais recursos Etapa 2: prever as necessidades de
humanos recursos humanos

Etapa 3: desenvolver e
implementar planos de recursos
humanos

Corrigir/evitar excesso de pessoal Corrigir/evitar falta de pessoal

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Comparação de Estratégias de RH com Estratégias Empresariais

Área estratégica de RH Estratégia conservadora e defensiva Estratégia prospectiva e ofensiva


• Produção eficiente. • Inovação.
Fluxos de trabalho • Ênfase no controle. • Flexibilidade.
• Descrições de cargos explícitas. • Classes amplas de cargos.
• Planejamento detalhado do cargo. • Planejamento vago do cargo.
• Recrutamento interno. • Recrutamento externo.
Admissão • DRH decide sobre seleção. • Gerente decide sobre seleção.
• Ênfase nas qualificações técnicas. • Adequação da pessoa à cultura.
• Processo formal de admissão e de socia- • Processo informal de admissão e de so-
lização. cialização.
Desligamento de funcionários • Demissões voluntárias. • Dispensas.
• Congelamento de admissões. • Recrutamento quando necessário.
• Apoio continuado aos demitidos. • Demitidos sem apoio.
• Política de preferência à readmissão. • Nenhum tratamento preferencial.
Avaliação do desempenho • Padronização da avaliação. • Avaliação customizada.
• Avaliação como meio de controle. • Avaliação como desenvolvimento.
• Foco estreito. • Avaliação multiproposital.
• Dependência exclusiva do superior. • Múltiplas entradas para avaliação.
Treinamento • Treinamento individual. • Treinamento em equipe.
• Treinamento no cargo. • Treinamento externo.
• Treinamento específico. • Treinamento genérico para flexibilidade.
• Comparar habilidades. • Construir habilidades.
Recompensas • Salário fixo. • Salário variável.
• Salário baseado no cargo. • Salário baseado no indivíduo.
• Salário baseado na antiguidade. • Salário baseado no desempenho.
• Decisões centralizadas sobre salário. • Decisões descentralizadas.

O planejamento estratégico de RH é o processo de decisão as respeito dos recursos humanos necessários para atingir os
objetivos organizacionais, dentro de um determinado período de tempo. Trata-se de definir antecipadamente qual a força
de trabalho e os talentos humanos necessários para a realização da ação organizacional futura. Ocorre que, o planejamento
de pessoal nem sempre é da responsabilidade do órgão de pessoal da organização, apesar de sua importância.
As bases do planejamento de RH são: a demanda de trabalho e o fornecimento de trabalho. O que é preciso e o que é
possível são os dois lados da moeda.

As bases do planejamento estratégico de RH:

Demanda de produção Nível de produtividade Mercado interno de Mercado externo de


trabalho trabalho

Demanda de trabalho Oferta de trabalho


Noções de Administração e Situações Gerenciais

Condições e respostas adequadas:


1. A demanda de trabalho excede a oferta de trabalho:
• Treinamento ou retreinamento.
• Planejamento de sucessões internas.
• Promoções de dentro da companhia.
• Recrutamento externo.
• Subcontratação de autônomos.
• Utilização de pessoal temporário ou em tempo parcial.
• Utilização de horas extras.
2. A oferta de trabalho excede a demanda de trabalho:
• Cortes de salários.
• Horários reduzidos de trabalho.
• Compartilhamento de trabalho.
• Demissões voluntárias.
• Desligamentos.
3. A demanda de trabalho é igual à oferta de trabalho:
• Recolocação de desligados de dentro ou de fora da companhia.
• Transferências internas ou redeployment.

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Relação com os outros Sistemas de Organização RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
Uma das características mais importantes da administra- Rotinas Básicas da Área de Recursos Humanos
ção sistêmica reside no fato de as organizações serem vistas
como sistemas dentro de sistemas. Uma empresa pode ser As principais funções da área de Recursos Humanos em
vista como um sistema envolvido por um macrossistema, uma organização estão ligadas a:
que é o sistema social. Por outro lado, pode ser entendida • Suprir a empresa dos Recursos Humanos através de
como um conjunto de microssistemas: sistema de produção, recrutamento e seleção de pessoal.
sistema de comercialização, sistema de recursos humanos e • Desenvolver na empresa os Recursos Humanos com
outros. Quaisquer desses sistemas podem ser vistos como potencial por meio do treinamento e desenvolvimento
um conjunto de sistemas menores. O sistema de RH, por de pessoal.
exemplo, abrange os sistemas de seleção, desenvolvimento,
manutenção de pessoal e outros. A determinação dos siste- A Administração de Pessoal está preocupada basicamen-
mas é arbitrária. As fronteiras que se estabelecem entre eles te com a qualidade das pessoas que compõe uma empresa
apresentam sempre alguma permeabilidade, o que faz com e com a qualidade de vida das pessoas dentro da empresa.
que eventualmente determinado elemento de um sistema Para isso, existe uma série de rotinas básicas que devem ser
possa ser também classificado como integrante de outro. seguidas em qualquer setor de Recursos Humanos.
O recrutamento e a seleção são maneiras de atrair ou
Política de RH ir à procura de pessoas que possuam as qualificações para
o preenchimento de vagas. Continuidade e consistência de
Processo pelo qual a administração assegura que dispõe recrutamento favorecem a imagem pública da empresa.
de quantidade e tipo de pessoal correto nos lugares corretos O recrutamento pode ser interno ou externo à organi-
e nos momentos corretos, capazes de concluir com eficácia zação.
e eficiência as tarefas que ajudarão a organização a alcançar
seus objetivos globais. Recrutamento Interno
O planejamento de recursos humanos pode ser conden- Existe ainda a figura de Recrutamento Interno, através
sado em três etapas: (1) avaliação dos recursos humanos do remanejamento de empregados, como transferências,
correntes, (2) avaliação das necessidades futuras de recursos promoções, transferências, promoções, transferência com
promoção, programas de desenvolvimento pessoal e plano
humanos, e (3) desenvolvimento de um programa para satis-
de carreiras de pessoal.
fazer necessidades futuras de recursos humanos.
As principais vantagens do recrutamento interno são:
A administração geralmente começa por realizar uma
• economia para a empresa;
análise de cargos, processo que visa definir os cargos no
• rapidez no recrutamento;
interior da organização e os comportamentos necessários
• maior índice de validade e de segurança;
para desempenhá‑los. A  coleta de informações por meio • fonte poderosa de motivação para os empregados;
da análise de cargos permite à administração redigir tanto • aproveita os investimentos da empresa;
uma descrição do cargo como uma especificação do cargo. • desenvolve um sadio espírito de competição.
A descrição é uma declaração escrita do que o ocupante
do cargo faz como o seu trabalho é feito e por que é feito. Em contrapartida, as principais desvantagens são:
A especificação do cargo é o mínimo de qualificações que se • conflito de interesses entre os empregados;
deve ter para desempenhar o cargo com sucesso. • exige potencial de desenvolvimento.
As necessidades futuras de recursos humanos são de-
terminadas pelos objetivos e estratégias da organização. Recrutamento Externo
A demanda de recursos humanos é resultado da demanda Existem diversas Técnicas de Recrutamento Externo,
pelos produtos ou serviços e níveis de produtividade da entre elas: anúncios, jornais, agências de emprego, escolas
organização. Com base nisso, a administração pode tentar profissionalizantes e universidades, indicações de funcioná-
Noções de Administração e Situações Gerenciais

estabelecer o número e a combinação de recursos humanos rios da empresa.


necessários para alcançar seus objetivos. As principais vantagens do recrutamento externo são:
Grande parte dos cortes recentes de pessoal empreendi- • possibilita trazer “sangue novo” para a empresa.
dos por grandes organizações decorreu de novas tecnologias • renova e enriquece o ambiente.
adotadas. Equipamentos automatizados, informatização, • aproveitamento de pessoal preparado de outras em-
reengenharia e reformulação de processos possibilitaram presas.
às empresas públicas e privadas gerar maior produção com
menos mão de obra. As principais desvantagens são:
• demora até a admissão.
Desenvolvendo um Programa para o Futuro • é mais caro.
Após serem avaliadas tanto as capacidades correntes • é menos seguro.
como as necessidades futuras, a administração pode estimar • gera problemas com o pessoal interno (desprestígio).
as carências – de número e de tipo – e destacar áreas para
as quais terá de alocar mais pessoal. Políticas e Sistemas de Remuneração
Pode‑se desenvolver um programa que harmonize essas
estimativas com previsões de suprimento futuro de mão O empresário que exerce a atividade da remuneração das
de obra. pessoas é e deve ser sempre o responsável pela motivação
Assim, o planejamento de RH não só fornece informações destas. Por isso, cabe às organizações possuir uma visão da
para orientar o atendimento de necessidades atuais de pes- remuneração como fator de aperfeiçoamento da empresa,
soal, mas também fornece projeções de futuras necessidades e não como fator de custo. Qualquer organização é respon-
e disponibilidades de pessoal. sável e impulsionadora de processos de melhoria e aumento

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da competitividade de sua empresa, por meio de formas mas é importante para a empresa e para o empresário que
de recompensas que se complementam e buscam alinhar o colaborador conheça sua contribuição para a empresa.
atitudes e comportamentos com os objetivos individuais O empresário necessitará de muita habilidade para repassar
(dos colaboradores) e da empresa. e reconhecer essas contribuições.
Essa responsabilidade pressupõe a necessidade de co- Os critérios devem ser aceitos por todos como justos e
nhecer profundamente cada atividade da empresa e quais adequados.
cargos são os responsáveis por essas atividades para que Essa determinação retém talentos na empresa. Hoje um
possa estabelecer um valor para cada cargo. Conhecer pro- grande fator que onera e traz transtorno às empresas é o alto
fundamente é, no mínimo, saber os requisitos necessários índice de entrada e saída de pessoal (turn over), que pode
para a realização de um trabalho com eficiência, com segu- ser evitado com a clareza dos critérios do plano de salário e
rança, para se estabelecer ou dar um valor relativo que se treinamentos adequados.
traduza em valor absoluto justo, compatível com a estrutura Os critérios devem ser mensuráveis (medidos, comparados,
de cargos da empresa, sua disponibilidade financeira e a percebidos) pela empresa e pela própria pessoa. Cada colabo-
realidade do mercado de trabalho, o que já foi comentado rador deve poder perceber sua contribuição para a empresa e
anteriormente. reconhecer que o valor recebido pelo seu esforço profissional
está adequado e é equitativo interna e externamente.
Composição da Remuneração Os critérios devem ser coerentes e conscientes no tempo,
ou seja, devem ter perenidade, mesmo em um ambiente
Remuneração é um conjunto de vantagens que uma turbulento e instável.
pessoa recebe pela prestação de um serviço. Dentro desse É necessário estar atentos a fatos que interferem ou
conjunto de vantagens está o salário. O salário pode ser: modificam a política de remuneração.
• salário nominal (ou bruto): é o salário que consta na Os critérios devem ser simples e transparentes para que
ficha de registro, na carteira profissional e em todos todas as pessoas possam compreendê‑los e ter acesso a eles.
os documentos legais. Esse salário pode ser expresso É necessário que todos os colaboradores, órgãos re-
em hora, dia, semana, mês, ou outros, de acordo com presentativos, empresários e outros, se for o caso, tenham
o tipo de contratação existente ou de acordo com o conhecimento dos critérios.
órgão representativo da classe de cada colaborador.
Benefícios
• salário efetivo (ou líquido): é o salário bruto descon-
tadas as obrigações legais, tais como contribuição
Toda organização busca criar políticas de remuneração
previdenciária (INSS), imposto de renda e outras, de
que estejam alinhadas com seus objetivos e estratégias,
acordo com o tipo de contratação.
sempre norteados pelas melhores práticas do mercado. Na
maioria das organizações, a remuneração é um dos custos
Podem‑se definir também os ganhos como remuneração fixos mais significativos e, ao  mesmo tempo, é  uma das
total, que é a soma dos ganhos diretos e indiretos. Remune- formas mais fortes de comunicar valores da organização,
ração direta é a formação dos ganhos básicos (salários) mais pois quanto maior a quantidade de funcionários significa um
a remuneração variável (participação nos lucros, prêmios, maior poder de pagamento de remuneração.
abonos, complementações diversas etc.). Já a indireta é a Normalmente a remuneração é um pacote, que não
constituição dos benefícios sociais (planos de saúde, odon- inclui apenas o salário, mas também benefícios atrativos e
tológicos, descontos de farmácias, supermercados). Para competitivos.
definir o salário ou o plano de salário empresa é importante Os benefícios podem ser divididos em:
observar que diversos são os fatores que incidem nesse • Benefícios Sociais – São todas as facilidades, conve-
resultado. Um dos fatores mais importantes é o equilíbrio niências, vantagens e serviços que as empresas ofe-
interno e externo, que é essencial. recem aos seus empregados, no sentido de melhorar
O equilíbrio dos fatores internos consiste na preocupa- sua qualidade de vida (Planos de Saúde, Seguros de
ção da empresa em manter a correta avaliação dos cargos Vida, Planos Odontológicos).
de forma a manter a hierarquia. Com base nesta avaliação, • Benefícios Legais – São aqueles estabelecidos pela le-
Noções de Administração e Situações Gerenciais

os colaboradores julgam a equidade de suas remunerações, gislação trabalhista ou ainda por convenção coletiva de
comparando‑as com as dos demais cargos da mesma posição. trabalho entre os sindicatos patronais e dos emprega-
Quando não são visíveis as diferenças entre os cargos nos dos (Vales Refeição e Alimentação, Vales Transportes).
fatores de responsabilidade, produtividade, conhecimento • Benefícios Obrigatórios  – São aqueles estabelecidos
e capacidade, as divergências e insatisfações ocorrem com pela legislação trabalhista (13º Salário, Férias e Abono de
mais frequência dentro da empresa. E isso é possível de sanar férias, Auxílio natalidade, Salário família para o trabalha-
com a elaboração da descrição de cada cargo. dor de baixa renda, Adicionais por trabalho noturno e ou
Já o equilíbrio dos fatores externos advém da adequação extraordinário, Seguro de acidente de trabalho, Auxílio
salarial da empresa ao mercado de trabalho. É importante doença, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.
que as empresas acompanhem o salário do mercado local • Benefícios Espontâneos  – São aqueles concedidos
ou os mais próximos de seu ambiente. É preciso conhecer o pela livre iniciativa da empresa, podendo, a qualquer
salário pago nos cargos similares pelos concorrentes, pelas momento, ser cessado ou modificado (transporte
outras empresas da localidade, visando a justa valorização gratuito de funcionários, refeitório, cesta básica).
do profissional. É necessário também acompanhar a política
de salário implantada pelo governo, observar os acordos Processo de Registro de Recursos Humanos
coletivos dos órgãos de classe e os aspectos da Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT). Admissão do Empregado
Existem ainda outros critérios que ajudam a estabelecer
a equidade interna. Na admissão de empregado, o  empregador precisa
Os critérios definidos devem traduzir a contribuição de ater‑se às diversas rotinas, para contratação e registro do
cada pessoa para a empresa. Sabe‑se que é uma tarefa difícil, vínculo empregatício, dentre os quais, especificamente:

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• Carteira de Trabalho e Previdência Social – A Carteira de rescisão antes de expirado o termo ajustado
de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamen- aplicam‑se, caso seja exercido tal direito por qualquer
te apresentada, contra recibo, pelo trabalhador ao das partes, os princípios que regem a rescisão dos
empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 contratos por prazo indeterminado.
(quarenta e oito) horas para nela anotar, especifica-
mente (Base Legal: art. 29 da CLT.): Rescisão Motivada pelo Empregador sem Justa Causa
– a data de admissão;
– a remuneração e as condições especiais, se houver. Não havendo cláusula recíproca de direito de rescisão,
• Livro ou Ficha de registro de empregado – Em todas o empregador, ao dispensar o empregado antes do término,
as atividades será obrigatório para o empregador o fica obrigado ao pagamento de indenização igual à metade
registro dos respectivos trabalhadores, no livro ou da remuneração que o empregado teria direito até o final
ficha individual respectivo. (Base Legal: art. 41 da CLT). do contrato (art. 479 da CLT):
• Exame médico – Os exames médicos são obrigatórios
na admissão, na demissão e periodicamente no curso
Art. 479. Nos contratos que tenham termo estipu-
do vínculo empregatício. Na admissão é requisito
lado, o empregador que, sem justa causa, despedir
imprescindível, uma vez que através dele se verifica a
capacidade física ou mental do empregado. O exame o empregado, será obrigado a pagar‑lhe, a título de
médico é por conta do empregador, ao empregado, indenização, e por metade, a remuneração a que teria
por ocasião de sua admissão. (Base Legal: art. 168, I, direito até o termo do contrato.
da CLT.) É vedado exigir atestado ou exame, de qual-
quer natureza, para comprovação de esterilidade ou Rescisão Motivada pelo Empregado
gravidez, na admissão ou permanência no emprego.
• Contribuição Sindical  – No ato da admissão de O empregado, ao rescindir o contrato de experiência an-
qualquer empregado, dele exigirá o empregador a tecipadamente, deverá indenizar o empregador dos prejuízos
apresentação da prova de quitação da contribuição que resultarem desse fato. A indenização não poderá exceder
sindical. A Contribuição Sindical dos empregados será a que receberia em idênticas condições. (art. 480 da CLT).
recolhida de uma só vez e corresponderá à remunera- Esse prejuízo deverá ser comprovado materialmente,
ção de um dia de trabalho, qualquer que seja a forma uma vez que em reclamatórias trabalhistas os juízes têm
de pagamento. (Base Legal: art. 601 e 602 da CLT.) exigido documentos comprobatórios do prejuízo causado
• Contrato de Trabalho de Experiência – Na hipótese da pelo empregado ao empregador devido a rescisão antecipada
contratação envolver experiência, deve‑se proceder à do contrato, ou seja, na prática, este instituto é pouco usual.
elaboração e assinatura do referido contrato, estipu-
lando as condições e o prazo de experiência. O contra- Art. 480. Havendo termo estipulado, o empregado
to de experiência é utilizado para conhecimento das não se poderá desligar do contrato, sem justa causa,
partes e seu prazo é limitado legalmente em 90 dias. sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador
Celebrado o contrato, a empresa deve providenciar as dos prejuízos que desse fato lhe resultarem.
devidas anotações na CTPS no campo de “Anotações
§  1º A indenização, porém, não poderá exceder
Gerais”.
àquela a que teria direito o empregado em idênticas
• Prorrogação  – O art.  451 da CLT determina que o
condições.
contrato de experiência só poderá sofrer uma única
prorrogação, sob pena de ser considerado contrato
por prazo indeterminado. Desta forma, temos que Rescisão Antecipada
o contrato de experiência não poderá ultrapassar 90
dias, e nem sofrer mais de uma prorrogação. Ocorrendo rescisão antecipada do contrato de trabalho,
• Salário família – É direito constitucional do trabalhador entende‑se que o empregado fará jus à indenização adicional
Noções de Administração e Situações Gerenciais

de baixa renda, pago em razão de seu dependente. Insti- do art. 9º das Leis nos 6.708/1979 e 7.238/1984, além da in-
tuída pelo Decreto nº 21.175, de 21 de março de 1932 e denização citada no art. 479 da CLT, uma vez que a rescisão
posteriormente regulamentada pelo Decreto nº 22.035, antecipada é uma rescisão sem justa causa.
de 29 de outubro de 1932, a Carteira de Trabalho e Pre-
vidência Social tornou‑se documento obrigatório para
toda pessoa que venha a prestar algum tipo de serviço
EFICIÊNCIA E FUNCIONAMENTO DE
a outra pessoa, seja na indústria, no comércio, na agri- GRUPOS. O INDIVÍDUO NA ORGANIZAÇÃO:
cultura, na pecuária ou mesmo de natureza doméstica. PAPÉIS E INTERAÇÕES. TRABALHO EM
A CTPS contém informações sobre a qualificação e a
vida profissional do trabalhador e anotações sobre sua
EQUIPE. EQUIPES DE TRABALHO.
filiação ao Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS.
Não há dados que comprovem quando surgiu a ideia de
Rescisão do Contrato de Trabalho reunir indivíduos em grupos em prol de um objetivo comum,
mas sabe-se que esta concepção de equipe existe há muito
Qualquer das partes pode rescindir antes do prazo o tempo, desde que se começou a pensar no processo do tra-
contrato de experiência. balho. Os professores da Faculdade de Medicina da Univer-
Contudo, só haverá aviso prévio se houver no contrato sidade Federal de Minas Gerais, Carlos Haroldo Piancastelli,
cláusula recíproca de rescisão antecipada (art. 481 da CLT): Horácio Pereira de Faria e Marília Rezende da Silveira, do
Departamento de Enfermagem Aplicada da mesma univer-
Art. 481. Aos contratos por prazo determinado, que sidade, fizeram um artigo sobre o trabalho em equipe. Lá,
contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco eles colocam que a ideia da equipe advém:

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Da necessidade histórica do homem de somar es-
forços para alcançar objetivos que, isoladamente,
não seriam alcançados ou seriam de forma mais
trabalhosa ou inadequada; Da imposição que o de-
senvolvimento e a complexidade do mundo moder-
no têm imposto ao processo de produção, gerando
relações de dependência ou complementaridade
de conhecimentos e habilidades para o alcance dos
objetivos.

“O trabalho em equipe, portanto, pode ser entendido


como uma estratégia, concebida pelo homem, para melho-
rar a efetividade do trabalho e elevar o grau de satisfação
do trabalhador”, afirmam os autores do estudo.
Mas, antes de discutir as questões que envolvem o traba-
lho em equipe e a importância do mesmo para o sucesso da
organização, é preciso diferenciar o grupo da equipe. Sim, são
duas coisas diferentes. De acordo com Carlos Basso, sócio- Comparação entre Grupos de Trabalho e Equipes de
-diretor da Consultoria CR Basso, toda equipe é um grupo, Trabalho:
porém, nem todo grupo é uma equipe.

“Grupo é um conjunto de pessoas com objetivos co-


muns, em geral se reúnem por afinidades. O respeito
e os benefícios psicológicos que os membros encon-
tram, em geral, produzem resultados de aceitáveis
a bons. No entanto este grupo não é uma equipe.
Já Equipe é um conjunto de pessoas com objetivos
comuns atuando no cumprimento de metas espe-
cíficas. A formação da equipe deve considerar as
competências individuais necessárias para o desen-
volvimento das atividades e atingimento das metas.
O respeito aos princípios da equipe, a interação entre
seus membros e especialmente o reconhecimento da
interdependência entre seus membros no atingimen-
to dos resultados da equipe, deve favorecer ainda os
resultados das outras equipes e da organização como Cada vez mais o trabalho em equipe é valorizado, porque
um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um ativa a criatividade e quase sempre produz melhores resul-
verdadeiro trabalho em equipe”. tados do que o trabalho individual. Algumas características
de Trabalhos em Equipe:
Grupo e equipe não é a mesma coisa. Grupo é definido • As equipes têm mais fontes de informação e são mais
como dois ou mais indivíduos, em interação e interdepen- criativas;
dência, que se juntam para atingir um objetivo. Um grupo de • O trabalho em equipe incrementa a aprendizagem e a
satisfação das pessoas;
trabalho é aquele que interage basicamente para comparti-
• Quando participam de um processo de decisão, os
lhar informações e tomar decisões para ajudar cada membro
membros da equipe aprendem mais sobre si próprios.
Noções de Administração e Situações Gerenciais
em seu desempenho na sua área de responsabilidade.
Os grupos de trabalho não têm necessidade nem oportu- Uma verdadeira equipe de trabalho precisa de tempo
nidade de se engajar em um trabalho coletivo que requeira para que seus membros possam, por exemplo, ajustar suas
esforço conjunto. Assim, seu desempenho é apenas a soma- diferenças individuais (de percepção, de forma de trabalhar,
tória das contribuições individuais de seus membros. Não de relações...). Este é o primeiro passo para o caminho em
existe uma sinergia positiva que possa criar um nível geral direção à produtividade da equipe. O relacionamento inter-
de desempenho maior do que a soma das contribuições in- pessoal é um dos aspectos mais importantes que contri-
dividuais. buem para a eficácia do trabalho em equipe. Esse tipo de
Uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva por trabalho exige que seus membros tenham empatia, postura
meio do esforço coordenado. Os esforços individuais resul- profissional participativa, capacidade de comunicação e res-
tam em um nível de desempenho maior do que a soma da- peito à individualidade do outro.
quelas contribuições individuais. A principal característica Quando uma equipe amadurece, estas diferenças são
de uma equipe: COOPERAÇÃO colocadas a serviço do coletivo. Além deste aspecto, o ver-
dadeiro trabalho em equipe implica uma organização interna
de papéis, recursos e dinâmica de funcionamento, acertos de
A palavra Sinergia – é derivada do grego Synergia – syn – convivência, grau de autonomia decisória e relações com o
cooperação, érgon – trabalho. Diz-se que o todo supera líder. Esses detalhes precisam aparecer e ser tratados rapida-
a soma das partes mente pela equipe, sob pena de adiar seus melhores níveis
de produtividade e de sucesso. Sabemos que isto não é fácil
Os quadros abaixo ressaltam as diferenças entre grupos de conseguir, nem tampouco rápido de se consolidar, pois
de trabalho e equipes de trabalho. em meio ao trabalho cotidiano de muita pressão, principal-

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mente por resultados, as soluções nem sempre são fáceis • Definição clara dos objetivos a serem alcançados;
de se implementar. • Autonomia para que tomem decisões consensuais;
No entanto, para chegar ao estado de produtividade • Existência de responsabilidade coletiva;
ideal, é importante que a equipe separe periodicamente um • Alto nível de confiança mútua;
espaço e um tempo para realizar alinhamentos: das expec- • Realização de feedbacks constantes entre seus mem-
tativas, das relações, dos conflitos, das individualidades em bros.
direção aos objetivos e aos resultados. Dessa forma, é mais
adequada a construção daquilo que se denomina “pactos de Tipos de Equipe
convivência” entre os membros da equipe. São condições,
expectativas e percepções individuais explicitadas e nego- As equipes podem realizar uma grande variedade de coi-
ciadas em relação à situação em que a equipe se encontra, sas. Elas podem fazer produtos, prestar serviços, negociar
ou deseja chegar. Construir um pacto deste tipo implica, acordos, coordenar projetos, oferecer aconselhamentos ou
portanto, resolver essas questões com certa periodicidade. tomar decisões.
De fato, é uma metodologia que propõe uma solução • Equipes de trabalho auto gerenciadas (autogeridas):
negociada de conviver mais focada, do que um treinamento São equipes autônomas, que podem não apenas so-
genérico. Este tipo de intervenção tem se mostrado muito lucionar os problemas, mas também implementar
eficaz para equipes que precisam promover ajustes internos, as soluções e assumir total responsabilidade pelos
no sentido de construir-se ou de alavancar seus resultados e resultados. São grupos de funcionários que realizam
trazer saúde relacional à sua convivência cotidiana. trabalhos muito relacionados ou interdependentes
Um grupo passa a ser uma equipe quando existe: e assumem muitas das responsabilidades que antes
• Definição de objetivos e metas; eram de seus antigos supervisores. Normalmente, isso
• Divisão de papéis e funções; inclui o planejamento e o cronograma de trabalho, a
• Ajustes interpessoais; delegação de tarefas aos membros, o controle coletivo
• Resolução de conflitos; sobre o ritmo de trabalho, a tomada de decisões ope-
• Definição da organização do trabalho e dos níveis de racionais e a implementação de ações para solucionar
autonomia; e problemas. As equipes de trabalho totalmente auto
• Relações efetivas entre si e com o líder. gerenciadas até escolhem seus membros e avaliam o
desempenho uns dos outros. Consequentemente, as
Falando sobre trabalho em equipe a impressão que se posições de supervisão perdem a sua importância e
passa é que existem apenas vantagens, mas também existem até podem ser eliminadas.
desvantagens. Entre elas podemos citar: • Equipes multifuncionais: São equipes formadas por
• A pressão que o indivíduo recebe; funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de dife-
• A dominação de um membro na discussão; e rentes setores da empresa, que se juntam para cumprir
• A sobrecarga de tarefas. uma tarefa. As equipes desempenham várias funções
(multifunções), ao mesmo tempo, ou seja, não há es-
Atualmente vemos que muitas empresas deixam de lado pecificação para cada membro. O sentido de equipe é
o aspecto comportamental das pessoas em equipe, em fun- exatamente esse, os membros compensam entre si as
ção da maior importância conferida a seus conhecimentos competências e as carências, num aprendizado contí-
e habilidades técnicas. nuo.
As equipes multifuncionais representam uma forma
Fatores que interferem no trabalho em equipe: eficaz de permitir que pessoas de diferentes áreas de
• Competitividade e individualismo; uma empresa (ou até de diferentes empresas) pos-
• Sobreposição de ações; sam trocar informações, desenvolver novas ideias e
• Indefinição de atribuições; solucionar problemas, bem como coordenar projetos
• Líder autocrático; complexos. Evidentemente, não é fácil administrar
• Falta de tolerância e cortesia; essas equipes. Seus primeiros estágios de desenvol-
Noções de Administração e Situações Gerenciais

• Ausência de comunicação e de liderança; vimento, enquanto as pessoas aprendem a lidar com


• Não saber ouvir e falar na hora certa; a diversidade e a complexidade, costumam ser muito
• Arrogância e soberba; trabalhosos e demorados. Demora algum tempo até
• Falta de disciplina; que se desenvolva a confiança e o espírito de equipe,
especialmente entre pessoas com diferentes históricos,
Equipes de Alto Desempenho experiências e perspectivas.
• Equipes de alta gerência: Formadas pelo grupo de exe-
Outro aspecto que podemos tratar sobre Trabalhos de cutivos das organizações. São consideradas equipes,
Equipe são aquelas denominas Equipes de alto desempenho, tendo em vista que as principais decisões são tomadas
que são aquelas que já alcançam seus objetivos de uma for- em colaboração, incluindo todos os membros da alta
ma mais natural. As principais características são: gerência.
• Pessoas com bastante autoconhecimento para sabe- • Grupos de afinidade: São diferentes tipos de equipes,
rem desenvolver todas as suas funções; um grupo de envolvimento de empregados composto
• Membros que possuem diversidade de estilos e de de trabalhadores que se reúnem regularmente fora de
personalidades para analisar os problemas por vários seus grupos funcionais, com o objetivo de aplicar seus
ângulos diferentes; conhecimentos e sua atenção a importantes questões
• Pessoas que atuam em tarefas adequadas ao seu perfil do local de trabalho (círculos de qualidade, grupos de
tipológico; solução de problemas etc.).
• Ausência de liderança centralizada e presença de uma • Equipes Virtuais: Os tipos de equipes analisados até
liderança flexível; agora realizam seu trabalho face a face. As equipes
• Existência de limites precisos; virtuais usam a tecnologia da informática para reunir

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seus membros, fisicamente dispersos, e permitir que muito difíceis na prisão acabou adquirindo a autoridade
eles atinjam um objetivo comum. Elas permitem que as moral para pedir a seus compatriotas que aceitassem as
pessoas colaborem on-line – utilizando meios de comu- dificuldades e privações da longa jornada de unificação da
nicação como redes internas e externas, videoconfe- África do Sul.
rências ou correio eletrônico – quando estão separadas Winston Churchill não foi um bom líder em tempos de
apenas por uma parede ou em outro continente. São paz, mas foi um ótimo líder em tempos de guerra. Ele foi o
criadas para durar alguns dias para a solução de um único ministro Britânico com experiência como ministro de
problema ou mesmo alguns meses para conclusão de guerra, o que resultou sua autoridade do conhecimento. O
um projeto. Não são muito adequadas para tarefas conhecimento cria a confiança nos outros.
rotineiras e cíclicas.
As Bases do Poder
RESPONSABILIDADE, COORDENAÇÃO, A capacidade de influenciar, persuadir e motivar os li-
AUTORIDADE, PODER E DELEGAÇÃO. derados está muito ligada ao poder que se percebe no lí-
der. Existem 5 diferentes tipos de poder que um líder pode
Vimos que liderança é uma tentativa no âmbito da esfera possuir:
interpessoal e dirigida por um processo de comunicação para
a consecução de metas. Comunicação, relacionamentos e Poder Coercitivo É o poder baseado no temor e na co-
metas são ingredientes importantes na liderança: erção.
Poder de É apoiado na esperança de alguma re-
Comunicação A clareza e a exatidão da comunica- Recompensa compensa, incentivo, elogio ou reco-
ção afetam o comportamento e o nhecimento que o liderado pretende
desempenho dos liderados. A dificul- obter do líder.
dade de comunicar é uma deficiência Poder Decorre do cargo ocupado pelo líder
que prejudica a liderança. Legitimado no grupo ou na hierarquia organiza-
Relacionamentos Liderança envolve o uso da influência. cional.
Todas as relações interpessoais po- Poder de Baseado na especialidade, nas apti-
dem envolver liderança. Competência dões ou no conhecimento técnico da
Metas O líder eficaz terá de tratar com indi- pessoa.
víduos, grupos e metas. A eficácia do Poder de Baseado na atuação e no apelo. Co-
líder é geralmente considerada em Referência nhecido popularmente como carisma.
termos de grau de realização de uma
meta ou combinação de metas. A verdadeira liderança decorre geralmente do poder de
competência e do poder de referência do líder. O desafio do
Através da liderança, uma pessoa influencia outras pes- administrador está em saber migrar decisivamente para o
soas em função dos relacionamentos existentes. A influência poder de competência e de referência a fim de exercer uma
é um conceito ligado ao conceito de poder e de autoridade: liderança baseada em seu poder pessoal.

Poder Capacidade de afetar e controlar as


ações e decisões das outras pessoas,
mesmo quando elas possam resistir.

Autoridade Poder legítimo, ou seja, o poder que


tem uma pessoa em virtude do papel Noções de Administração e Situações Gerenciais
ou posição que exerce em uma estru-
tura organizacional.

Autoridade
O conhecimento está ligado à autoridade. Existem quatro
formas de autoridade entre as pessoas:
As bases do poder: organizacional e individual. Fonte: Chiavenato, 2010
A autoridade da posição “Faça isso porque eu sou o
ou hierarquia chefe! ” Poder da posição:
• Coerção, Recompensa, Legitimado
A autoridade do conheci- A autoridade flui para quem
mento sabe. Poder da pessoa:
A autoridade da persona- Em sua forma extrema, ca- • Competência, Referência
lidade risma.
A autoridade moral Autoridade pessoal para pe- Delegação
dir que os outros façam sa-
crifícios. Maximiano (2000) associa a delegação aos líderes libe-
rais, pois transferem a autoridade para os liderados confe-
Podemos citar alguns exemplos. Nelson Mandela é um rindo-lhes o poder de tomar decisões. Assim, quanto mais
deles. Tinha dignidade, integridade. E porque passou anos o líder delegar decisões para os liderados, mais liberal é seu

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comportamento. Este estilo consiste em dar pouca atenção de Recursos Humanos; em outros casos é atribuída a uma co-
tanto à tarefa quanto ao relacionamento, ajustando-se a missão de avaliação do desempenho, em que a centralização é
pessoas que tenham as condições ideais para assumir res- relativamente amenizada pela participação de avaliadores de
ponsabilidades – competência e motivação. diversas áreas da organização. Em outras organizações, ainda,
O processo de delegação desenvolve-se em quatro etapas: a responsabilidade pela avaliação de desempenho é totalmen-
1. Quem vai delegar, faz primeiro e bem feito, diante te descentralizada, fixando-se na pessoa do empregado como
daquele que assumirá. uma parcela de controle por parte do superior direto. Nem
2. Explica para o outro o que fez. sempre a administração do plano de avaliação de desempenho
3. Faz juntamente com o outro. é função exclusiva do órgão de ARH.
4. Deixa-o fazer, observa e apoia.
O Supervisor Direto
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Na maior parte das vezes, a avaliação do desempenho é
responsabilidade de linha e função de Staff com assistência
Objetivos. Métodos de avaliação de do órgão de ARH. Quem avalia o pessoal é o próprio chefe,
desempenho: características, vantagens e que tem condições de acompanhar e verificar o desempenho
desvantagens de cada subordinado, seus pontos fortes e fracos. Todavia,
os chefes diretos não possuem conhecimento especializado
As práticas da Avaliação do Desempenho não são novas, para poder projetar, manter e desenvolver um plano siste-
desde que um homem deu um emprego ao outro, seu tra- mático de avaliação de desempenho. Aqui entra a função
balho passou a ser avaliado. Staff do órgão de ARH.
Em 1842, o Serviço Público Federal dos EUA implantou um
sistema de relatórios anuais para avaliar o desempenho dos fun- O Empregado
cionários. Em 1880, o exército americano também desenvolveu
o seu sistema. E em 1918, a General Motors já tinha sistema Algumas organizações utilizam a autoavaliação por parte
de avaliação para os seus executivos. Contudo, somente após dos empregados como método de avaliação de desempe-
a Segunda Guerra Mundial é que os sistemas de Avaliação do nho. Realmente, e pouco comum este tipo de avaliação de
Desempenho tiveram uma ampla divulgação entre as empresas. desempenho, porque pode ser somente utilizado quando
Durante muito tempo, os administradores preocuparam- o grupo de trabalho é composto por pessoas de bom nível
-se exclusivamente com a eficiência da máquina como meio cultural e de alto quociente intelectual, além de equilíbrio
de aumentar a produtividade da empresa. A ênfase sobre o emocional e de capacidade para fazer uma autoavaliação
equipamento e a abordagem mecanicista da administração destituída de subjetivismo e distorções pessoais. E um tipo
não resolveu o problema do aumento da eficiência da orga- de avaliação de desempenho aplicável com relativo sucesso
nização. O homem era visto como um objeto moldável aos ao pessoal de nível universitário que ocupa elevadas posições
interesses da organização e facilmente manipulável, uma vez na empresa. Na autoavaliação de desempenho, o próprio
que se acreditava ser motivado exclusivamente por motivos empregado preenche o questionário e submete-o, posterior-
salariais e econômicos. mente, a seu superior e, juntos, analisam os resultados, as
Constatou-se que as organizações conseguiram resolver providências a serem tomadas e os objetivos de desempenho
os problemas relacionados com a máquina, porém nenhum a serem atingidos.
progresso foi alcançado em relação ao homem e a eficiência Todavia, a avaliação de desempenho não pode ser exclu-
das organizações ainda estava a desejar. siva responsabilidade do próprio indivíduo, porque:
Com o surgimento da Escola de Relações Humanas e hu- • pode haver uma heterogeneidade incrível de objetivos,
manização da teoria da administração, a preocupação dos com a fixação de padrões individuais de comportamen-
to profissional;
administradores passou a ser o homem.
• os empregados nem sempre têm condições de autoa-
A Avaliação do Desempenho é um procedimento que
valiar-se dentro dos requisitos estabelecidos pelo sis-
avalia e estimula o potencial dos funcionários na empresa.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

tema, o que provocaria distorções e perda de precisão


Seu caráter é fundamentalmente orientativo, uma vez
dos mesmos;
que redireciona os desvios, aponta para as dificuldades e
• os pontos de vista dos empregados dificilmente coin-
promove incentivos em relação aos pontos fortes.
cidem com os de seus superiores a cerca da avaliação
A avaliação deve ocorrer todos os dias e não apenas em de seu desempenho;
momentos formais. O esforço individual é direcionado pelas • os objetivos do desempenho podem tornar-se dema-
capacidades e habilidades do indivíduo e pelas percepções siadamente por pessoais e individuais, subjetivos e
que ele tem do papel a desempenhar e função do valor de personalizados.
as recompensas dependerem do esforço.
Na maior parte das vezes, a avaliação do desempenho A Comissão de Avaliação de Desempenho
é responsabilidade de linha e função de staff (consultoria)
com a assistência do órgão de ARH. Quem avalia é o superior Em algumas organizações, a avaliação de desempenho
imediato, que, melhor do que ninguém, tem condições de é atribuída a uma comissão especialmente designada para
acompanhar e verificar o desempenho de cada subordinado, este fim e constituída de elementos pertencentes a diversos
diagnosticando com precisão os pontos fortes e fracos. órgãos ou departamentos. A avaliação neste caso é coletiva,
A responsabilidade pelo processamento da verificação, e cada membro terá igual participação e responsabilidade
medição e acompanhamento do desempenho humano é nos julgamentos.
atribuída a diferentes órgãos dentro da organização, de acor- Geralmente, a comissão é formada de membros perma-
do com a política de Recursos Humanos desenvolvida. Em nentes e transitórios. Os membros permanentes e estáveis
algumas organizações, existe uma rígida centralização da res- participarão de todas as avaliações e seu papel será a manu-
ponsabilidade pela avaliação do desempenho, neste caso é tenção do equilíbrio dos julgamentos, do atendimento aos
totalmente atribuída a um órgão de Staff pertencente à área padrões e da constância ao sistema.

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Os membros transitórios ou interessados, que participa- Benefícios para o subordinado:
rão exclusivamente dos julgamentos dos empregados direta • aprende quais são os aspectos de comportamento e
ou indiretamente ligados a sua área de atuação terão o papel de desempenho que a empresa mais valoriza em seus
de trazer as informações a respeito dos avaliados e proceder funcionários;
ao julgamento e à avaliação. Enquanto os membros transitó- • fica conhecendo quais as expectativas de seu chefe a
rios trazem a avaliação e julgam seus subordinados diretos respeito de seu desempenho e seus pontos fortes e
ou indiretos, os membros permanentes procuram manter a fracos, segundo a avaliação do chefe;
estabilidade e a homogeneidade das avaliações. • conhece as providências tomadas por seu chefe quanto
à melhoria de seu desempenho (programa de treina-
Objetivos mento, estágios etc.) e as que ele próprio deverá to-
mar (autocorreção, maior capricho, mais atenção no
trabalho, cursos por conta própria etc.);
A Avaliação de Desempenho não tem um fim em si mes-
• condições para fazer avaliação e crítica para o seu pró-
ma, mas é um instrumento, um meio, uma ferramenta para
prio desenvolvimento e controle.
melhorar os resultados dos recursos humanos da organi-
zação. Benefícios para a organização:
Um estudo científico desenvolvido pela General Electric • mais condições para avaliar seu potencial humano a
Company foi relatado para verificar a eficácia de seu tradicio- curto, médio e longo prazos e definir a contribuição de
nal programa de avaliação do desempenho, verificou-se um cada empregado;
aspecto fortemente positivo, muitas pessoas têm uma ideia • identificação dos empregados que necessitam de
favorável a respeito da avaliação de desempenho e acham reciclagem e/ou aperfeiçoamento em determinadas
que todo indivíduo deve saber como está indo em seu car- áreas de atividade e selecionar os empregados com
go; e outro aspecto fortemente negativo: são extremamente condições de promoção ou transferências;
raros os gerentes que empregam o programa de avaliação • pode dinamizar sua política de recursos humanos, ofe-
de desempenho por sua própria iniciativa, só o fazendo sob recendo oportunidades aos empregados (não só de
forte controle e cobrança, mesmo sabendo que o sistema promoções, mas principalmente de crescimento e de-
visa melhorar o desempenho dos subordinados. senvolvimento pessoal), estimulando a produtividade
São 3 os objetivos fundamentais da avaliação de desem- e melhorando o relacionamento humano no trabalho.
penho:
• permitir condições de medição do potencial humano Métodos
no sentido de determinar plena aplicação;
• permitir o tratamento dos Recursos Humanos como A avaliação de desempenho humano pode ser efetuada
um recurso básico da organização e cuja produtividade por intermédio de técnicas que podem variar intensamente,
pode ser desenvolvida indefinidamente, dependendo, não de uma organização para outra, mas dentro da mesma
obviamente, da forma de administração; organização quer se trate de níveis diferentes de pessoal
• fornecer oportunidades de crescimento e condições ou áreas de atividades diversas. Geralmente, a sistemática
avaliação de desempenho humano atende a determinados
de efetiva participação a todos os membros da or-
objetivos, traçados com base de uma política de RH.
ganização, tendo em vista, de um lado, os objetivos Assim, como as políticas de RH variam conforme a or-
organizacionais e, de outro, os objetivos individuais. ganização, não é de se estranhar que cada organização de-
senvolva a sua própria sistemática para medir a conduta de
A Entrevista da Avaliação de Desempenho seus empregados. Como, de maneira geral, a aplicação do
pessoal é definida conforme o nível e as posições dos cargos,
A Avaliação de Desempenho é uma sistemática aprecia- geralmente as organizações utilizam mais de uma avaliação
ção do comportamento das pessoas nos cargos que ocupam. de desempenho. É relativamente comum encontrar organi-
Apesar de ser uma responsabilidade de linha, é uma função zações que desenvolvem sistemáticas específicas conforme
de Staff; em algumas empresas, a avaliação do desempenho o nível e as áreas de distribuição de seu pessoal. Cada sis-
pode ser um encargo do supervisor direto do próprio empre- temática atende a determinados objetivos específicos e a
Noções de Administração e Situações Gerenciais

gado, ou ainda de uma comissão de avaliação, dependendo determinadas características das várias categorias de pessoal.
dos objetivos da avaliação. A que diga que a avaliação de desempenho no fundo não
A avaliação com o empregado avaliado constitui o ponto passa de uma boa sistemática de comunicações, atuando no
principal do sistema: a comunicação que serve de retroação sentido horizontal e vertical da organização.
e que reduz as distâncias entre o superior e o subordinado. As avaliação de desempenho, para serem eficazes devem
basear-se inteiramente nos resultados das atividades do ho-
Benefícios mem no trabalho e nunca apenas em suas características de
personalidade.
Quando um programa de avaliação é bem planejado,
coordenado e desenvolvido, traz benefícios a curto, médio Método da Escala Gráfica
e longo prazos.
Este método é, incontestavelmente, o mais utilizado e
divulgado. Aparentemente, é o método mais simples, mas
Benefícios para o chefe:
sua aplicação requer uma multiplicidade de cuidados, a fim
• melhor avaliar o desempenho e o comportamento de neutralizar a subjetividade e o pré-julgamento do avalia-
dos subordinados, contando com uma avaliação que dor que podem ter enorme interferência.
elimina a subjetividade; Utiliza um formulário de dupla entrada, no qual as linhas
• propor medidas e providências no sentido de melhorar representam os fatores de avaliação de desempenho e as
o padrão de comportamento de seus subordinados; colunas representam os graus de avaliação dos fatores.
• comunicar-se com seus subordinados, fazendo-os Os fatores são selecionados para definir as qualidades a
compreender a mecânica da avaliação do desempe- serem avaliadas. Cada fator é definido com uma descrição
nho como um sistema objetivo. simples e objetiva para não haver distorções.

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Exemplo: Exemplo:

Excelente Muito Bom Regular Ruim Registre suas respostas em cada bloco colocando
bom um X na afirmativa que lhe parece mais adequada.
Assiduidade X Tem condições de crescer
Compromisso c/ X Respeita os colegas X
a qualidade Conhece as normas da empresa
Conhecimento X Trabalha mesmo na ausência do chefe X
Cooperação/ X Adapta-se bem a situações novas
envolvimento É comunicativo X
Cumpre o horário de trabalho X
Vantagens do Método das Escalas Gráficas É confiável
Permite aos avaliadores um instrumento de avaliação de
fácil entendimento e avaliação simples. Vantagem do Método da Escolha Forçada
Permite uma visão integrada e resumida dos fatores de • propicia resultados mais confiáveis e isentos de influ-
avaliação, ou seja, das características do desempenho mais ências subjetivas e pessoais, pois elimina o efeito da
realçadas pela empresa e a situação de cada empregado estereotipação (hallo effect);
diante delas; e proporciona pouco trabalho ao avaliador no • sua aplicação é simples e não exige preparo intenso
registro de avaliação. ou sofisticado dos avaliadores.
Desvantagens do Método das Escalas Gráficas
• não permite muita flexibilidade ao avaliador que deve Desvantagens do Método de Escolha Forçada
ajustar-se ao instrumento e não as características do • sua elaboração e montagem são complexas, exigindo
avaliado; um planejamento muito cuidadoso e demorado;
• é sujeito a distorções e interferências pessoais dos • é um método fundamentalmente comparativo e dis-
avaliadores, que tendem a generalizar sua apreciação criminativo e apresenta resultados globais;
sob os subordinados para todos os fatores de avalia- • discrimina apenas empregados bons, médios e fracos,
ção. Cada pessoa percebe e interpreta as situações sem informações maiores;
segundo seu “campo psicológico”. Esta interferência • quando utilizado para fins de desenvolvimento de RH
subjetiva e pessoal de ordem emocional e psicológica necessita de uma complementação de informações de
relevam alguns avaliados ao halo effect ou afeto da necessidade de treinamento, potencial de desenvolvi-
esterotipação; mento etc.;
• tende a rotinizar e bitolar os resultados das avaliações; • deixa o avaliador sem noção alguma do resultado da
• necessita de procedimentos matemáticos e estatísti- avaliação que faz a respeito de seus subordinados.
cos para corrigir distorções e influencia pessoal dos
avaliadores. Método de Autoavaliação
Método da Escolha Forçada É o método por meio do qual o próprio empregado é so-
licitado a fazer uma sincera análise de suas próprias caracte-
Desenvolvido durante a Segunda Guerra Mundial para a
rísticas de desempenho. Podem utilizar sistemáticas variadas,
escolha de oficiais a serem promovidos, esse método, aplica-
do experimentalmente, possibilitou resultados amplamente inclusive formulários baseados nos esquemas apresentados
satisfatórios, sendo posteriormente adaptado e implantado nos diversos métodos de avaliação de desempenho.
em várias empresas.
Ele consiste em avaliar o desempenho dos indivíduos por Método da Avaliação por Resultados
intermédio das frases descritivas de determinadas alterna-
Muito ligado aos programas de administração por obje-
Noções de Administração e Situações Gerenciais

tivas de tipos de desempenho individual. Em cada bloco, ou


conjunto composto de duas, quatro ou mais frases, o ava- tivos, este método baseia-se numa comparação periódica
liador deve escolher obrigatoriamente apenas uma ou duas entre os resultados fixados ou esperados para cada funcioná-
que mais se aplicam ao desempenho do avaliado. rio e os resultados efetivamente alcançados. As conclusões a
Dentro de cada bloco há duas frases de significado positi- respeito dos resultados permitem a identificação dos pontos
vo e duas de significado negativo. O avaliador escolhe a frase fortes e fracos dos funcionários, bem como as providências
que mais se aplica e a que menos se aplica ao desempenho necessárias para o próximo período. É, sobretudo, um mé-
do avaliado. todo prático, embora o seu funcionamento dependa sobre
Em cada bloco há quatro frases de significado apenas a maneira das atitudes e dos pontos de vista do supervisor
positivo. São escolhidas as frases que mais se aplicam ao a respeito da avaliação do desempenho.
desempenho do avaliado.
No formulário com blocos de significados positivo e nega- Métodos Mistos
tivo, o avaliador localiza as frases que possivelmente contam
pontos, podendo, assim, distorcer o resultado da avaliação.
As organizações recorrem a uma mistura de métodos na
No entanto, no formulário com blocos de significado apenas
positivo, a presença de frases com um único sentido dificulta composição do modelo de avaliação de desempenho por ter
a avaliação dirigida, levando o avaliador a refletir e ponde- uma grande complexidade em seus cargos. Os métodos de
rar sobre cada bloco, escolhendo a frase mais descritiva do avaliação são extremamente variados, em todos os aspectos,
desempenho do avaliado. pois cada organização ajusta os métodos às suas peculiari-
As frases são selecionadas por meio de um procedimento dades e necessidades. Cada organização tem seus próprios
estatístico que visa verificar a adequação do funcionário à sistemas de avaliação do desempenho adequado às circuns-
empresa. tâncias, à sua história e a seus objetivos.

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COMPROMISSO COM A QUALIDADE NOS SERVIÇOS PRESTADOS
Conceitos de Qualidade

Existem muitas formas de mostrar o que é qualidade. O termo é geralmente empregado para significar “excelência” de
um produto e/ou serviço. O próprio conceito evoluiu ao longo das décadas. Na sequência abaixo, podemos observar algumas
das explicações mais comuns:

1. Conformidade com Quando os produtos possuem comprovadamente as características que estão descritas
especificações nos projetos, catálogos ou listas de especificações.
2. “Valor” por Quando você recebe um beneficio compensador (tecnicamente denominado por “valor”)
Dinheiro em troca do dinheiro que gastou para comprar alguma coisa, tangível ou intangível.
3. Adequação Quando aquilo que você compra é capaz de fazer, pelo menos, o que dele se espera para uso.
4. Atratividade de Mercado Quando você livremente usa o seu direito de escolher um determinado produto dentre
vários outros concorrentes. É o que acontece quando você decide por um produto em uma
prateleira de supermercado. Por alguma razão, você escolhe o mais atrativo do mercado,
seja pelo preço, pela aparência, pelo conteúdo, pela marca ou por qualquer outra razão.
5. Satisfação do Um produto é realizado por uma sucessão de atividades, todas interligadas, conhecidas
cliente como processos. A satisfação do cliente final é obtida quando em cada um dos processos
intermediários existir a preocupação de satisfazer a necessidade do cliente do próximo
processo. É mais ou menos como uma “cadeia de sucesso”.

Vamos ver agora alguns dos principais conceitos para qualidade:

Definições de Qualidade
Excelência Filósofos gregos Qualidade significa o melhor que se pode fazer, o padrão mais
elevado de desempenho em qualquer campo de atuação.
Valor Meados do século XVIII Qualidade significa ter mais atributos; usar materiais ou
serviços raros, que custam mais caro.

Qualidade como valor é conceito relativo, que depende do


cliente e seu poder aquisitivo.
Especificações Engenharia Qualidade planejada; projeto do produto ou serviço; definição
de como o produto ou serviço deve ser.
Conformidade Qualidade real Produto ou serviço de acordo com as especificações do projeto.
Regularidade Confiabilidade Uniformidade; produtos ou serviços idênticos.
Adequação ao Uso Joseph M. Juran Qualidade de projeto e ausência de deficiências: projeto
excelente e produto/serviço de acordo com o projeto.
Normatização Normas de Qualidade ISO Um conjunto de propriedades e característica de serviço, processo
ou produto, que lhes forneçam a capacidade de satisfazer as
necessidades explícitas ou implícitas das pessoas.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

Esses conceitos apresentados no quadro acima foram evoluindo conforme mudava a percepção da humanidade sobre
o que era Qualidade e foram apresentados pelos principais participantes do movimento da qualidade.

Autores Principais Ideias e Contribuições


Shewhart, Dodge e Romig • Cartas de Controle.
• Controle estatístico da qualidade e controle estatístico do processo.
• Técnicas de Amostragem.
• Ciclo PDCA.
Feigenbaum • Departamento de controle da qualidade.
• Sistema da Qualidade.
• Qualidade Total.
Deming • 14 Pontos.
• Ênfase no fazer certo da primeira vez.
• Corrente de Clientes.
• Qualidade desde os Fornecedores até o Cliente Final.
Juran • Trilogia da Qualidade (Planejamento, Controle, Aprimoramento).
Ishikawa • Qualidade Total.
• Círculos da Qualidade.

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Custos da Qualidade

De acordo com Maximiano (2000), “custando mais ou menos, a qualidade dos produtos e serviços requer investimentos
para ser alcançada e mantida. Esses investimentos compõem os custos da qualidade, necessários para manter funcionando
o sistema da qualidade e evitar os custos da não qualidade. Os custos da qualidade agrupam-se em duas categorias: custos
de prevenção e custos de avaliação”.

Custos de evitar a ocorrência de erros e defeitos:


• Planejamento do processo de controle da qualidade.
• Treinamento para a qualidade.
Custos de • Desenvolvimento de fornecedores.
Prevenção • Desenvolvimento de produtos com qualidade.
• Desenvolvimento do sistema de produção.
• Manutenção preventiva.
• Implantação e manutenção de outros componentes do sistema de qualidade.

Custos de aferição da qualidade do sistema de produção de bens e serviços:


• Mensuração e teste de matérias-primas e insumos da produção.
Curstos de • Aquisição de equipamentos especiais para avaliação de produtos.
Avaliação • Realização de atividades de controle estatístico do processo.
• Inspeção.
• Elaboração de Relatórios.
Custos da Não Qualidade
De acordo com Maximiano (2000),

a falta de adequação ao uso acarreta prejuízos para o cliente e para a organização e gera os custos da não qualidade,
outra ideia importante dentro do moderno enfoque da qualidade na administração. Os custos da não qualidade
também se agrupam em duas categorias: custos internos e custos externos dos defeitos. Aumentar a adequação
ao uso significa reduzir ou eliminar esses custos, o que implica maior eficiência dos recursos produtivos. É por isso
que “mais qualidade custa menos”.

Custos dos defeitos que não são apanhados antes de os produtos e serviços serem expedidos para
o cliente:
Custos • Matérias-primas e produtos refugados.
Internos dos • Produtos que precisam ser retrabalhados.
Defeitos • Modificações nos processos produtivos.
• Tempo de espera dos equipamentos parados enquanto se fazem correções.
• Pressa e tensão para entregar os produtos corrigidos ou consertados.

Custos dos defeitos que são apanhados depois que chegam ao cliente:
• Cumprimento das Garantias oferecidas ao Cliente.
Custos • Perda de Encomendas.
Externos dos • Processamento de Devoluções.
Defeitos • Custos de Processos nos organismos de defesa do consumidor.
• Comprometimento da Imagem
• Perda de clientes e de mercado.
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Evolução dos Conceitos de Qualidade

Vamos entender agora como ocorreu a evolução dos conceitos de qualidade.

ERAS DA QUALIDADE
Era da Era do Controle Era da
Inspeção Estatístico Qualidade Total
• Observação direta do produto ou • Observação direta do produto ou • Produtos e serviços definidos com base
serviço pelo fornecedor ou consumidor. serviço pelo fornecedor, ao final do nos interesses do consumidor.
• Produto e serviços inspecionados um processo produtivo. • Observações de produtos e serviços
a um ou aleatoriamente. • Produtos e serviços inspecionados com durante o processo produtivo.
a base em amostras. • Qualidade garantida do fornecedor ao
cliente.
1ª era: a era da inspeção
O produto era verificado (inspecionado) pelo produtor e pelo cliente, o que ocorreu pouco antes da Revolução Industrial.
Os principais responsáveis pela inspeção eram os próprios “artesãos”. Nessa época, o foco principal estava na detecção de
eventuais defeitos de fabricação, sem haver metodologia preestabelecida para executá-la. A ênfase da inspeção é separar
o produto bom do produto defeituoso por meio da observação direta. Desde antes da Revolução Industrial, sempre se
praticou alguma espécie de controle da qualidade com esse objetivo, ou seja, separar o “joio do trigo.”

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Nos primórdios da indústria moderna, a inspeção era embutida no produto ou serviço desde o começo, a partir dos
feita pelo próprio artesão, que tinha interesse genuíno desejos e interesses do cliente. A concepção do produto ou
em fazer produtos segundo especificações rigorosas, que serviço começaria daí, e, em seguida, viriam outros aspectos
atendessem a suas próprias exigências estéticas, ou que que fariam parte do conjunto total das características do
impressionassem positivamente os clientes. produto ou serviço, tais como a confiabilidade.
É a modalidade de controle que vai existir enquanto exis- A qualidade total abrangeria, assim, no caso de produtos,
tirem os mercados em que o cliente relaciona-se diretamente todos os estágios do ciclo industrial, que são: marketing:
com o produtor, ou nos quais o cliente é atraído por produtos avalia o nível de qualidade desejado pelo cliente e o custo
em exposição, cuja qualidade ele pode aferir objetivamente que ele está disposto a pagar; engenharia: transforma as
ou subjetivamente pela simples observação e manuseio. expectativas e os desejos do cliente em especificações; pro-
A inspeção do produto desta forma continua sendo prati- dução: a supervisão e os operadores têm a responsabilidade
cada pelos consumidores nas feiras livres, nos supermercados importante pela qualidade durante a fabricação.
e no comércio de produtos artesanais, com a finalidade de en- Com essa nova dimensão, a qualidade deixa de ser atri-
contrar o que melhor atende a suas necessidades e interesses. buto apenas do produto ou serviço. Deixa de ser, também,
A preocupação com a qualidade de bens e serviços não responsabilidade exclusiva do departamento da qualidade.
é recente. Os consumidores sempre tiveram o cuidado de A qualidade exige visão sistêmica e holística para integrar
inspecionar os bens e serviços que recebiam em uma relação as ações das pessoas, máquinas, informações e estratégias
de troca. Essa preocupação caracterizou a chamada era da envolvidas na administração da qualidade.
inspeção, que se voltava para o produto acabado, não pro-
duzindo, assim, qualidade, apenas encontrando produtos Foco no cliente
defeituosos na razão direta da intensidade da inspeção. Segundo Feigenbaum,
2ª era: a era do controle estatístico da qualidade a qualidade quem estabelece é o cliente e não os
O controle da inspeção foi aprimorado por meio da uti- engenheiros, nem o pessoal de marketing ou da
lização de técnicas estatísticas. Em razão do crescimento da alta administração. A qualidade de um produto ou
demanda mundial por produtos manufaturados, inviabilizou- serviço pode ser definida como o conjunto total das
-se a execução da inspeção produto a produto, como na era características de marketing, engenharia, fabricação
anterior, e a técnica de amostragem passou a ser utilizada. e manutenção do produto ou serviço que satisfazem
Nesse novo sistema, que obedecia a cálculos estatísticos, cer- as expectativas do cliente.
to número de produtos era selecionado aleatoriamente para
ser inspecionado, de forma que representasse todo o grupo PRINCÍPIO DE DEMING
e, a partir dele, verificava-se a qualidade de todo o lote.
Com a ascensão das empresas industriais e da produção William Edwards Deming é amplamente reconhecido
massificada, tornou-se impraticável inspecionar a totalidade pela melhoria dos processos produtivos nos Estados Unidos,
dos produtos que saíam aos milhares das linhas de mon- sendo, porém, mais conhecido pelo seu trabalho no Japão
tagem. Por causa disso, o contexto tornou-se favorável ao após a Segunda Guerra Mundial. Lá, a partir de 1950, ele
surgimento do controle estatístico da qualidade, que se baseia ensinou altos executivos como melhorar projetos, qualidade
em amostragem. Em lugar de inspecionar todos os produtos, de produto, teste e vendas através de vários métodos,
seleciona-se por amostragem certa quantidade para inspeção.
incluindo a aplicação de métodos estatísticos como a análise
No início dessa era, o enfoque também recaía sobre
de variantes e teste de hipóteses.
o produto, como no caso anterior. Porém, com o passar
Deming fez contribuições significativas para o Japão
do tempo, foi se deslocando para o controle do processo
tornar-se notório pela fabricação de produtos inovadores de
de produção, possibilitando o surgimento das condições
alta qualidade. Ele é considerado o estrangeiro que gerou
necessárias para o início da era da qualidade total. A neces-
o maior impacto sobre a indústria e a economia japonesa
sidade de mudar a ênfase da correção para a prevenção de
defeitos é sintetizada na frase “fazer certo da primeira vez”, no século XX.
Alguns conceitos de Deming até hoje são difundidos por
Noções de Administração e Situações Gerenciais
que, apesar de sua simplicidade, viria a influenciar profunda-
mente o estudo e a prática da administração da qualidade. todo o mundo, mas sua filosofia de qualidade, que ficou
Feigenbaum defendeu a ideia de que as empresas deveriam conhecida como “Os 14 pontos de Deming para a melhoria
criar um departamento para cuidar exclusivamente da qual da qualidade”, tornou-se uma referência universal no ensino
idade, tendo como principal atribuição preparar e ajudar a e na prática da qualidade.
administrar o programa de qualidade. Esse programa deveria
ter quatro etapas: estabelecer padrões: definir os padrões Os 14 Pontos da Filosofia de Deming
de custo e desempenho do produto; avaliar o desempenho:
comparar o desempenho dos produtos com os padrões; agir • Estabelecer a constância de propósitos para a
quando necessário: tomar providências corretivas quando os melhoria dos bens e serviços: a alta administração deve
padrões fossem violados; planejar aprimoramentos: realizar demonstrar constantemente seu comprometimento
esforços para aprimorar os padrões de custo e desempenho. com os objetivos e metas da organização, gerando
um propósito maior. Este deve incluir, também, os
3º era: era da qualidade total acionistas, clientes, fornecedores, funcionários, a
Na era da qualidade total, na qual se enquadra o período em comunidade e a sociedade em torno da Filosofia
que estamos vivendo, a ênfase passa a ser o cliente, tornando- Empresarial. A Filosofia Empresarial é um documento
-se o centro das atenções das organizações que dirigem seus constantemente em mudança que requer a colaboração
esforços para satisfazer as suas necessidades e expectativas. de todos para o seu atingimento. As organizações
Portanto, qualidade não é apenas a conformidade com devem desenvolver uma visão de futuro e planejar a
as especificações, que era a acepção tradicional, na qual manutenção e o crescimento do negócio, fixando metas
predominava a atividade de inspeção. Nem tampouco qua- de longo alcance. Para isso, devem ser alocados recursos
lidade seria a ausência de defeitos. Deveria a qualidade ser para pesquisa, treinamento e educação permanente

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para atingir os objetivos propostos. A inovação é para desempenhar suas funções da melhor maneira
promovida para assegurar que os produtos e serviços possível. Todos devem ser treinados em métodos
não se tornem obsoletos. Essa filosofia deverá ser estatísticos e estes métodos devem ser utilizados para
divulgada a todos que fazem parte da organização. monitorar a necessidade de treinamento posterior.
• Adotar a nova filosofia: a alta administração e toda • Adotar e instituir a liderança: melhorar as lideranças
a força de trabalho devem adotar a nova filosofia. As é responsabilidade da alta administração. Ela deve dar
organizações devem procurar a melhoria contínua treinamento para os líderes em métodos estatísticos
e não aceitar não conformidades. A prioridade e nestes 14 pontos. Assim, a nova filosofia pode ser
número um é a satisfação do cliente, porque clientes implementada. Em vez de focar em uma atmosfera
insatisfeitos não irão adquirir bens e serviços não negativa, apontando erros, os líderes poderão criar
conformes. A organização deve concentrar-se na uma atmosfera positiva onde o orgulho naquilo que
prevenção dos defeitos mais do que na detecção dos fazem possa ser desenvolvido. Toda comunicação deve
defeitos. Melhorando os processos, a qualidade e a ser clara desde a alta administração, passando pelos
produtividade melhorarão como uma consequência líderes até os funcionários operacionais.
natural desse esforço. Todos na organização devem • Afastar o medo, criar confiança e um clima para a
estar envolvidos nessa jornada de qualidade e inovação: a alta administração deve encorajar uma
mudança de sua atitude perante a qualidade. Os comunicação aberta e efetiva, bem como o trabalho
fornecedores devem ser auxiliados para aumentar a em equipe. O medo é causado por um sentimento geral
sua qualidade, sendo solicitadas evidências estatísticas de ser impotente para controlar aspectos importantes
de conformidade de seus fornecimentos e dividindo da vida de cada um, pessoal ou profissionalmente. Isto
informações relativas às expectativas dos clientes. é causado pela ausência de segurança no trabalho,
A alta administração deve conscientizar-se de suas avaliação de desempenho, ignorância dos objetivos
responsabilidades e assumir a liderança no processo da organização, lideranças fracas e desconhecimento
de transformação proposto pela nova filosofia. do próprio trabalho. Afastar o medo do local de
• Compreender o propósito da inspeção: a alta trabalho envolve administrar para o sucesso. A alta
administração deve compreender que o propósito administração pode iniciar proporcionando aos
da inspeção é a melhoria do processo e a redução funcionários o treinamento adequado, boa supervisão
de seus custos, introduzindo a qualidade no produto e ferramentas apropriadas para executarem suas
desde o seu primeiro estágio. Para a maior parte das tarefas. Quando as pessoas são tratadas com dignidade
organizações, a inspeção é onerosa e não confiável. o medo pode ser eliminado e elas trabalharão para
Por isso, quando apropriado, deve ser substituída o bem comum da organização. Neste clima, elas
pela melhoria contínua por meio do uso de técnicas estarão mais abertas para dar ideias inovadoras para
estatísticas. Assim, devem ser feitas tentativas para as melhorias.
reduzir e depois eliminar a aceitação de amostragem. • Otimizar o trabalho das equipes, áreas e da própria
Inspeção em massa é gerenciar as falhas e defeitos, e alta administração: a alta administração deve
prevenção é gerenciar pelo sucesso. otimizar os esforços de suas equipes para alcançar
• Parar de avaliar as transações com base somente as metas e os propósitos da organização. Existem,
no preço: a alta administração deve parar de avaliar internamente, barreiras entre níveis da administração,
as transações baseadas na proposta de preço mais entre departamentos, dentro dos departamentos
baixo porque o preço não tem significado sem e entre grupos. Externamente as barreiras existem
qualidade. O objetivo é ter fornecedores únicos para entre a organização e seus clientes e fornecedores.
cada item, e desenvolver com eles, a longo prazo, Estas barreiras existem devido à pobre comunicação,
um relacionamento de lealdade e confiança e, por ignorância da filosofia da organização, competição,
meio disso, fornecer bens e serviços melhores. Os medo, ciúmes e rancores pessoais. Para quebrar
compradores devem ser treinados em negociação esta barreira, a alta administração necessita de uma
e controles estatísticos e exigir o mesmo dos perspectiva de longo prazo. As atitudes necessitam
Noções de Administração e Situações Gerenciais

fornecedores. Eles devem rastrear os materiais ser mudadas; os canais de comunicação devem
durante todo o ciclo de vida do produto a fim de ser abertos; as equipes de projetos devem ser
examinar como as expectativas dos clientes são organizadas; e implementado treinamento para toda
afetadas e dar um feedback aos fornecedores com a força de trabalho. Equipes multifuncionais como as
relação à qualidade do que foi comprado deles. utilizadas em engenharia simultânea são um método
• Melhorar continuamente os produtos e serviços: a excelente para isso.
alta administração deve ter mais responsabilidade • Eliminar slogans, exortações para a força de trabalho:
pelos problemas detectando ativamente e corrigindo- slogans e exortações que pedem por um aumento
os para que a qualidade e a produtividade sejam de produtividade sem fornecer métodos específicos
permanentemente e continuamente melhoradas de melhoria podem dificultar uma organização.
e os custos sejam reduzidos. O foco é prevenir os Eles não fazem nada, mas expressam os desejos da
problemas antes que eles aconteçam. É esperada e alta administração; eles não produzem um bem ou
admitida uma variação, mas deve haver um empenho serviço melhor porque os funcionários estão limitados
contínuo para sua redução utilizando ferramentas pelo sistema. Metas alcançáveis e que estejam
estatísticas. As responsabilidades são designadas a comprometidas com o sucesso a longo prazo da
equipes para remover as causas dos problemas e organização devem ser estabelecidas. Melhorias no
continuamente melhorar o processo. processo não podem ser realizadas a menos que as
• Instituir o treinamento: toda a força de trabalho ferramentas e métodos estejam disponíveis.
deve ser orientada na filosofia da organização e • Eliminar metas numéricas para a força de trabalho:
ser comprometida com a melhoria contínua. A alta em vez de metas numéricas somente, a alta
administração deve alocar recursos para treiná-la administração deve aprender e instituir métodos

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para a melhoria contínua. Focar metas e padrões de trabalhadores e seus executivos, na busca do objetivo de
trabalho em qualidade em vez de quantidade. Assim, melhoria contínua dos produtos e serviços.
desencorajará a execução apenas para a obtenção É importante ressaltar a continuidade do processo
de metas numéricas. As metas numéricas devem ser da qualidade na prestação de serviços, tendo em vista a
substituídas por métodos estatísticos de controle sobrevivência da organização. A maior dificuldade
de processos. A alta administração deve fornecer e está no comportamento do consumidor, pois suas
implementar uma estratégia para o aprendizado e a necessidades mudam constantemente e o esforço visando
melhoria contínua e trabalhar com a força de trabalho o aperfeiçoamento diante de situações que se modificam
para refletir essas novas políticas. A alta administração torna mais difícil a excelência na prestação dos serviços.
deve aprender as capacidades dos processos e como Para se desenvolver uma cultura de qualidade na
melhorá-los. Objetivos internos estabelecidos pela organização, é necessário estimular em todos os envolvidos
alta administração, sem um método, são burlescos. na prestação do serviço a responsabilidade em relação às
Administrar por objetivos numéricos é um esforço de atividades e tarefas desenvolvidas, e que os problemas sejam
administrar sem conhecimento do que fazer. resolvidos com eficiência.
• Remover as barreiras ao orgulho pelo trabalho: a Uma política de feedback pode ajudar no aproveitamento
perda de orgulho do trabalho existe em todas as das reclamações dos consumidores, como uma forma de
organizações porque (1) a força de trabalho não sabe melhorar o padrão dos serviços prestados.
como está relacionada com a missão da empresa; (2) é Enfim, todos os esforços despedidos de forma a prestar
responsabilizada por problemas do sistema de gestão; serviços de qualidade não serão em vão. O retorno é certo,
(3) projetos inadequados levam à produção de “lixo”; e a empresa dificilmente será esquecida pelos consumidores
(4) são estabelecidos treinamentos inadequados; (5) e concorrentes.
existência de uma liderança fraca e punitiva; e (6) são Os clientes comparam o que esperam obter com aquilo
fornecidos recursos inadequados ou ineficazes para a que de fato recebem durante a etapa de pós-compra do
realização das tarefas. Restaurar o orgulho exigirá da serviço. Por isso, é relevante definir o que é, para o cliente,
alta administração um compromisso de longo prazo. o serviço esperado e o serviço previsto.
Quando os funcionários têm orgulho do seu trabalho O serviço previsto é conforme Christopher e Wright
eles irão crescer na mais completa dimensão de sua (2006), o que os clientes esperam receber do prestador de
função. A alta administração deve fornecer à força de serviço durante um determinado encontro de serviço. Ou
trabalho a descrição de seus cargos operacionais, os o grau de qualidade do serviço que um cliente crê que a
recursos adequados, e enfatizar a compreensão dos organização possa lhe entregar.
funcionários do seu papel dentro do processo. Para Os consumidores usam critérios que se enquadram em
restaurar o orgulho, todos na organização trabalharão dez categorias gerais chamadas “determinantes da qualidade
para o bem comum. dos serviços”. Esses determinantes não são independentes
• Estimular a formação e o autoaprimoramento de entre si. E, segundo Zeithaml (1990), o prestador de serviços
todos: o que uma organização necessita são pessoas precisa fazer aquilo que ele realmente disse que iria fazer.
que cresçam através da educação e do treinamento. • Acesso: é a agilidade e facilidade de contato,
A alta administração deve assumir um compromisso principalmente no que se diz respeito a telefones, o
de longo prazo para educar e treinar as pessoas. A que é comum nas empresas os atendentes demorarem
filosofia da organização e os 14 pontos devem ser os muito para atender ou deixar o cliente esperando,
fundamentos do programa de treinamento. Todos horários flexíveis e localização adequada.
devem ser retreinados quando os requisitos da • Comunicação: manter os clientes informados numa
organização mudam para satisfazer as mudanças do linguagem que possam entender, ajustando a
ambiente. linguagem do atendente/vendedor a linguagem dos
• Agir para concretizar a transformação: a alta clientes. Uma linguagem formal aos clientes mais
administração tem que aceitar a responsabilidade instruídos e uma linguagem mais coloquial aos clientes
primordial de melhorar continuamente os processos, de menos instrução. Deixar claro quanto custa o
Noções de Administração e Situações Gerenciais

produtos e serviços da organização. Ela tem que criar serviço, explicar o serviço e passar a garantia ao cliente
uma equipe para implantar a filosofia. Uma mudança que o serviço será devidamente executado.
cultural é necessária a partir da atitude anterior de • Competência: é ter habilidade e conhecimento para
“negociar como sempre se fez”. A organização deve executar tal serviço, com o pessoal de contato, com o
estar comprometida, envolvida e acessível se a alta pessoal do suporte.
administração quiser ter sucesso na implantação da • Cortesia: respeito, comportamento amigável com o
nova filosofia. pessoal de contato, consideração pelos colegas de
trabalhos e, principalmente, pelo cliente e seus bens,
Atualmente, percebe-se uma intensa movimentação aparência limpa e arrumada.
em busca da qualidade. As organizações têm de produzir • Credibilidade: ser confiante, ser honesto, ter em
serviços e produtos de qualidade, não mais pensando em mente os interesses do cliente.
uma estratégia que as diferencie no mercado, mas também • Confiabilidade: é a empresa prestando serviço correto
como uma condição de sobrevivência. A preocupação com a da primeira vez, cumprindo com o que prometeu.
qualidade dos serviços prestados não é coisa recente, tanto Uma cobrança correta, manutenção correta e serviço
que foram desenvolvidos padrões de qualidade, métodos e concluído dentro do prazo estipulado.
ferramentas específicas para a execução desses serviços. • Sensibilidade: disposição dos funcionários para prestar
A qualidade na prestação de serviços visa o alcance da serviço ao cliente. Resposta imediata ao cliente no
satisfação do cliente através de um processo de melhoria telefone, pronta prestação de serviço, remessa rápida
contínua dos serviços gerados pela empresa. A qualidade de algum produto.
total tem como necessidade a participação de todos os • Segurança: não ter risco, não ter dúvidas. Segurança
membros da empresa, incluindo supervisores, gerentes, física, segurança financeira, sigilo de dados de clientes.

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• Tangíveis: evidências físicas do serviço, instalações Qualidade é mudança, e os empreendedores e em-
físicas, aparência pessoal, ferramentas utilizadas para presários que estão dispostos a mudar devem assumir a
realizar o serviço. liderança do todo o processo onde está inserido, inclusive
• Compreensão: é esforçar-se para entender e atender no que se refere a serviços.
as necessidades dos clientes. Dar atenção individual Trabalhar com serviços realmente não é fácil, trabalhar
para o cliente, reconhecer clientes habituais. em contato direto com cliente também não é. Mas qual
empresa hoje trabalha sem clientes? Se não tem clientes,
O modelo básico de Gestão da Qualidade utilizado não é empresa. Valorizar a imagem da sua organização,
atualmente rejeita a visão simplificada do homem que a a imagem do seu serviço, da sua equipe de atendentes,
Administração Científica propõe. A ideia do incentivo básico pessoas essas fundamentais para a prosperidade de um
está consolidada como mecanismo de motivação. Há duas negócio, envolvidas com os clientes.
características fundamentais associadas a este mecanismo, Não existe fórmula para prestar um serviço de qualida-
porém, que devem ser consideradas: de, como pode existir nos produtos, o que existe é um bom
• Os reflexos deste tipo de incentivo são imediatos, planejamento, uma boa liderança, um bom treinamento
visíveis e envolvem pronta resposta, em curto prazo. e programas motivacionais.
• Trata-se de resultados pouco consistentes, que trazem
contribuição restrita e limitada para a organização.
Personalize o produto ou serviço para que satisfa-
çam minhas necessidades
Dificilmente a ideia de Taylor de que o homem é “pré-
-programável” seria acatada pela moderna Gestão da Qua- Instrua-me quando eu encontrar um serviço ou
lidade. A noção de que o homem tem valores pré-fixados produto em uma situação que eu não entenda.
e, por isso, pode-se conhecer antecipadamente como ele Ajude-me, volte atrás às vezes para mostrar que
reagirá em determinados casos, não é aceita. Isto facilitaria você se importa comigo. (CRAWFOR; MATHEWS,
as relações com os operários de uma fábrica, mas conduzi- 2002, p. 24).
ria à acomodação e à redução do processo de gestão a um
conjunto de movimentos ação-reação, ambas definidas e Vamos agora entender os principais passos para im-
conhecidas. plantação de um sistema de gestão da qualidade (SGQ):
Os benefícios da adoção de um Sistema de Gestão de
Qualidade são: Passo 1. Conhecer precisamente o que deve ser feito:
• com qualidade a produtividade é maior e o gasto é • explicar precisamente as responsabilidades de cada
menor; um na empresa, apresentando a autoridade de cada
• o que vai em qualidade, volta multiplicado em lucro; atividade e a hierarquia necessária;
• com qualidade mantêm-se os clientes atuais e con- • treinar cada pessoa ou equipe para que adquira a
quistam-se novos; habilidade de fazer bem feito;
• qualidade não é um diferencial, mas, sim, uma neces- • responder às questões:
sidade; – Quem sou eu nesta empresa?
• a empresa não terá qualquer desvantagem em ter – Quanto eu valho?
qualidade;
– Até onde poderei progredir nesta empresa?
• Qualidade + Produtividade = Competitividade → Lucro
– Como poderei progredir (regras do jogo)?
sustentado;
• Sistema de Gestão da Qualidade + Gestão de Pessoas
= Qualidade Total (TQC). Passo 2.
• Documentação da Empresa (POP – Procedimento
E os principais objetivos são: Operacional Padrão).
• Incentivar a equipe de colaboradores a trabalhar com • Criação de regras de não conformidade bem como
qualidade; suas punições.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

– aumentar a motivação (motivos para ação); • Criação do Manual da Qualidade.


– melhorar empregabilidade; • Procedimentos Obrigatórios (controle de documen-
– melhorar qualidade de vida; tos, controle de produto não conforme, auditorias
– autodesenvolvimento da equipe. internas, ações corretivas e ações preventivas).

Nível Documento correspondente Finalidade


Estratégico Manual da Qualidade Consolidar a gestão estratégica, “costu-
rar” o SGQ e descrever o que a organi-
zação faz.
Tático Procedimentos Documentados Indicar o que, quem, quando, onde e
como a organização faz os seus proces-
sos de trabalho, no nível gerencial.
Planos da Qualidade Indicar a aplicação específica do SGQ
para cada produto ou serviço.
Operacional normativo Instruções de Trabalho Indicar o que, quem, quando, onde e
como a organização faz os seus proces-
sos de trabalho, no nível de execução.
Operacional de comprovação Registros Registrar a Qualidade Total obtida e
possibilitar a recuperação dessas infor-
mações.

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Princípios da qualidade: • maior lucratividade, vendas e mercado, redução dos
1 – Foco no cliente (sem clientes não há negócios); custos da não qualidade. Deve-se tratar cada cliente
2 – Liderança (principal fundamento de sucesso das conforme ele deseja ser tratado, e não conforme nós
equipes); desejamos ser tratados, pois o que manterá o cliente
3 – Engajamento das pessoas (consequência do 2); na empresa será o grau de satisfação em que ele se
4 – Abordagem por processos (mais facilidade e sucesso encontra, em relação ao atendimento.
nas gestões);
– identificar os processos necessários para o Sistema Relação Cliente/Fornecedor
de Gestão da Qualidade e sua aplicação por toda a
Quem estabelece a qualidade é o cliente, e ela será
organização;
garantida pelo fornecedor por meio do conhecimento do
– determinar a sequência e a interação desses esses mercado e da satisfação do cliente. Essa troca de informa-
processos; ções (cliente/fornecedor) é um sistema eficaz, que integra
– determinar critérios e métodos necessários para as- esforços de desenvolvimento, manutenção e aprimoramento
segurar que a operação e o controle desses processos da qualidade para levar a produção e o serviço em qualquer
sejam eficazes; nível econômico e que resultam em plena satisfação do
– assegurar disponibilidade de recursos e informações consumidor.
necessárias para apoiar a operação e o monitoramen- Apesar de a tecnologia ser indispensável para tornar
to desses processos; as organizações mais competitivas e eficientes ela não é
– monitorar, medir e analisar esses processos; suficiente para garantir uma melhoria na qualidade. Mui-
– implementar ações necessárias para atingir os resulta- tas vezes as organizações necessitam de mudanças em seu
dos planejados e melhoria contínua desses processos. modo de fazer a Tecnologia da Informação funcionar ade-
quadamente, seja ajustando e modificando procedimentos
Qualidade do atendimento é como o cliente obtém: ou repensando seus objetivos e suas relações com clientes
a) presteza: desejo de ajudar o cliente e fornecer pronto e fornecedores e procedimentos de operação.
serviço; As normas de qualidade ISO 9000 tornaram-se uma
b) competência: capacitação dos recursos humanos e definição internacionalmente aceita, de um sistema de
garantia de qualidade. Muitas empresas estão a incluir
tecnológicos;
fornecedores e clientes-chaves na melhoria da qualidade,
c) cortesia: educação, respeito, consideração e cordia-
no planejamento e nas atividades de controle. Foi o que
lidade com o cliente; aconteceu nos Estados Unidos, quando a Toyota estabeleceu
d) confiabilidade: transmissão de confiança e honesti- parcerias com empresas japonesas no setor automobilístico.
dade; Outro exemplo dessas parcerias é uma empresa química de
e) segurança: sigilo nos negócios, segurança pessoal e filmes de plástico que descreve como funcionou a parceria
do patrimônio; com o transformador e com a empresa de produção de
f) facilidade de acesso: aos fornecedores, produtos e alimentos que utiliza embalagens plásticas, que ajudou a
serviços, incluindo facilidade de contato com o pessoal; melhorar a embalagem e a reduzir custos. Em dois anos, e
g) comunicação: manter o cliente, fornecendo instruções conjuntamente, reduziram cerca de 30% dos custos totais.
de uso adequado por meio de manuais; Há poucos anos, o pessoal das diferentes empresas nem
h) adaptabilidade: capacidade de resposta a situações sequer estava autorizado a frequentar as fábricas uns dos
não previstas; outros devido a processos de proprietários. Atualmente, os
i) imagem: visão ou conceito formado sobre a empresa. membros das equipes possuem cartões de identificação para
as empresas que lhes permite trabalhar durante a noite ou
Todos esses fatores são de fundamental importância, fins de semana, se for necessário, para efetuar uma mudança
pois quando bem direcionados promovem a empresa, ele- nos processos.
O moderno enfoque da qualidade concebe que o ponto
Noções de Administração e Situações Gerenciais
vando o grau de satisfação dos clientes.
A satisfação total do cliente depende de vários pontos de partida para a concepção de um produto ou serviço com
qualidade é o cliente, levando-se, assim, em consideração
de contato do cliente com a empresa, representa todo e
suas necessidades e interesses. A execução deste primeiro
qualquer episódio que transmita alguma impressão sobre
passo é, então, a transformação da necessidade desses
a empresa, seu produto ou serviço, e que contribui para
clientes em especificações, técnicas de produtos e serviços,
a formação da imagem. Fazer certo da primeira vez em que se chama QFD (Quality Function Deployment).
todos os pontos de contato com o cliente é oportunidade Essa visão é revolucionária quando comparada com ou-
de atendê-lo bem e conservá-lo; é a forma mais efetiva de tros enfoques da TGA, que se concentravam na eficiência de
moldar uma imagem positiva, pois, direcionar a empresa recursos produtivos, relações humanas ou no desempenho
para a satisfação dos clientes garantirá algumas vantagens da empresa. A longa história de evolução, que transformou
que são consideráveis, como: o controle da qualidade moderna administrativa na qualida-
• obtenção de vantagem competitiva em relação à de total, tem três períodos, filosofias, ou “eras” principais:
concorrência; • a era da inspeção;
• garantia de sobrevivência e estabelecimento de con- • a era do controle estatístico;
dições favoráveis ao crescimento e desenvolvimento • a era da qualidade total.
da empresa;
• fidelidade dos clientes, uma vez que suas expectativas A busca da satisfação do cliente exige um planejamento
e necessidades se tornam alvos para os quais a em- estratégico na implantação de novos produtos e no aper-
presa empenha esforços; feiçoamento dos produtos já existentes. Os clientes são a
• encantamento do cliente por inovações que atendam razão de a empresa existir. Portanto, tudo deve ser feito para
necessidades até então desconhecidas por ele; satisfazer os seus interesses. O primeiro passo é conhecer

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os desejos e anseios dos clientes, saber identificar as suas empresa fabrica pães e bolos e adota estrutura simples,
necessidades, para o produto, estando sempre atentos aos com cultura participativa. O principal executivo é um
fatores que garantem a sua satisfação. Por isso, quanto mais líder democrático e o clima organizacional é bom. Tendo
estreita for sua relação com o cliente, melhor será o resulta- em vista as características de um sistema de controle
do conquistado com sua parceria. Ambos facilitam e melho- eficaz, seria adequado adotar, no contexto descrito, os
ram todo o processo. É fundamental superar as expectativas, seguintes controles, entre outros:
buscar sempre algo diferente que vai encantá-lo. Afinal, é a) relatórios financeiros mensais e avaliações de de-
sempenho formais;
sua habilidade para satisfazer o cliente que faz o sucesso da
b) formalização das atribuições e responsabilidades e
organização. Colocar o cliente em 1º lugar é revolucionário testes de qualidade dos produtos;
e é a receita para o sucesso de um determinado produto. c) reuniões de avaliação e controle por imposição ex-
É medida a eficiência dos recursos produtivos, em relações terna;
humanas ou no desempenho da empresa. d) testes de seleção de pessoal e balanced scorecard;
e) supervisão direta e controle por motivação interna.
EXERCÍCIOS
5. (FGV/IBGE/Analista/2016) O diretor de recursos huma-
1. (FGV/MPE-RJ/Analista Administrativo/2016) O Laboratório nos de uma empresa de varejo recebeu as seguintes
ZXY é um fabricante de medicamentos que adota estratégia incumbências: estabelecer metas de desempenho para
de liderança em custo no nível do negócio. Para fortalecer os empregados da empresa; definir a estrutura de car-
sua estratégia de negócio, o ZXY quer rever alguns de seus gos e salários; implementar as políticas organizacionais
requisitos organizacionais. Em relação à estrutura organiza- relativas à gestão participativa. Ao realizar essas incum-
cional, aos sistemas de controle gerencial e às políticas de bências, o diretor estará exercendo, respectivamente,
remuneração, seria adequado implantar, respectivamente: as seguintes funções administrativas:
a) estrutura funcional; supervisão direta; mensuração a) controle; planejamento; direção;
de desempenho multidimensional; b) planejamento; organização; direção;
b) equipes interfuncionais; metas de desempenho c) direção; organização; organização;
mensuráveis; remuneração estratégica; d) planejamento; planejamento; direção;
c) relações de reporte simples; metas de custo quan- e) direção; planejamento; organização.
titativas; recompensas por redução de custo;
d) estrutura por projetos; diretrizes amplas de tomada 6. (FGV/IBGE/Analista/2016) A ZYX é uma empresa de
de decisão; recompensas por metas grupais; produtos alimentícios de médio porte. A ZYX está
e) quadro executivo reduzido; incentivo à experimen- crescendo e sua presidente quer aprimorar o controle
tação; recompensas por assunção de riscos. estratégico da empresa, utilizando-se de indicadores
que permitam monitorar o seu desempenho global na
2. (FGV/MPE-RJ/Analista Administrativo/2016) Um geren- realização de sua missão, estratégias e objetivos.
te da área de finanças afirmou que é responsável pela São indicadores adequados para tal:
elaboração de orçamentos, pela composição da estru- a) participação no mercado e tempo médio de estoca-
tura de financiamento e pela aplicação dos recursos gem;
financeiros da empresa em que trabalha. Ao realizar b) volume de vendas e lucro líquido;
essas atribuições, o gerente exerce, respectivamente, c) rentabilidade e tempo de ciclo;
as seguintes funções administrativas: d) passivo trabalhista total e receita líquida;
a) controle; planejamento; direção; e) produtividade global e grau de inovação.
b) organização; planejamento; controle;
7. (FGV/IBGE/Analista/2016) O laboratório clínico XYZ atua
c) direção; organização; direção;
em uma cidade de médio porte há mais de vinte anos,
d) planejamento; direção; organização;
dominando o mercado local sem nenhum concorrente
e) planejamento; organização; organização.
capaz de ameaçar sua posição. Há um ano, foi inaugura-
da na cidade a filial de uma grande rede de laboratórios
Noções de Administração e Situações Gerenciais

3. (FGV/IBGE/Analista/2016) A Motores X é uma indús- de abrangência nacional. Desde a chegada desse con-
tria mecânica de médio porte que adota tecnologia de corrente, o XYZ vem percebendo um aumento signifi-
produção por unidade. Recentemente, ela venceu uma cativo do número de reclamações dos clientes sobre
concorrência para fornecer três modelos de motor para demora no atendimento, mau tratamento dispensado
uma empresa pública. A direção da Motores X projeta pelos funcionários e mesmo quanto ao preço cobrado
triplicar os atuais 150 funcionários nos próximos três pelos serviços. A presidente do XYZ reconhece que, em-
anos, adotar tecnologia de produção em massa e mudar bora a qualidade técnica dos serviços prestados seja
a estratégia competitiva da empresa, de diferenciação indiscutível, a posição de liderança no mercado criou
para liderança em custos. Na opinião da direção da uma “zona de conforto” que resultou em uma cultura
Motores X, todas essas transformações exigirão uma reativa, caracterizada pela falta de foco no cliente e
mudança na estrutura da empresa. A estrutura mais pela acomodação dos funcionários e das lideranças do
adequada à situação projetada para a Motores X é a: XYZ. Ela gostaria de transformar a cultura do laborató-
a) divisional; rio, de forma a torná-la mais responsiva aos clientes e,
b) matricial; assim, garantir o sucesso do XYZ no longo prazo. Para
c) funcional; tal, seriam ações gerenciais adequadas, entre outras:
d) por projetos; a) adotar uma estrutura mais flexível e baixar os preços,
e) em rede. adequando-os à concorrência;
b) rever os critérios de avaliação de desempenho, des-
4. (FGV/IBGE/Analista/2016) O proprietário e principal tacando aspectos comportamentais, como empenho
executivo de uma empresa de pequeno porte gostaria e comprometimento;
de desenhar um sistema de controle como forma de c) ampliar o quadro de funcionários, com novas compe-
monitorar o desempenho de processos e pessoas. A tências, e investir na melhoria do clima organizacional;

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d) criar regras e regulamentos que detalhem clara- chegar à casa do cliente, depois de realizada a compra.
mente as atribuições e responsabilidades de cada Pensando nisso, traça metas de produtividade para os
funcionário; funcionários e realiza a compra de CDAs (Centros de
e) promover rotatividade dos cargos e gestão partici- Distribuição Avançada) para obter um escoamento mais
pativa, como forma de estimular a comunicação e rápido da produção. Segundo a conceituação das fun-
o feedback rápido. ções clássicas da organização, Ricardo, ao executar essas
atividades, desempenhou em sequência as funções de:
8. (FGV/IBGE/Analista/2016) O processo de planejamento a) planejamento e organização;
de uma organização deve-se orientar pelo estabeleci- b) controle e direção;
mento dos meios necessários para a realização dos c) organização e controle;
objetivos organizacionais traçados para o período de d) planejamento e direção;
vigência do plano. Nesse processo: e) organização e direção.
a) o nível estratégico trata das decisões relacionadas
às unidades administrativas, no qual se desdobram 13. (FGV/IBGE/Analista/Recursos Logísticos/2016) O pla-
as diretrizes estratégicas para cada setor da organi- nejamento, como função administrativa, pode ser
zação; aplicado segundo formas e metodologias distintas nas
b) o nível tático trata das decisões da organização, que organizações. Nesse sentido, segundo sua abrangência
a envolvem como um todo e têm um alcance a longo e temporalidade, pode ser classificado segundo três
prazo; níveis organizacionais, que são:
c) o nível operacional toma as decisões de curto prazo, a) estratégico, prático e operacional;
que cuidam da tradução das orientações táticas para b) estratégico, tático e operacional;
os planos de execução das atividades cotidianas; c) teórico, prático e operacional;
d) o nível tático estabelece as atividades e recursos que d) teórico, tático e programático;
serão utilizados para realizar os objetivos estratégi- e) horizontal, vertical e matricial.
cos da organização;
e) o nível estratégico toma as decisões cujo impacto 14. (FGV/Codeba/Analista/2016) No ambiente organizacio-
acontecem no médio prazo e servem de orientação nal contemporâneo o processo de gestão é responsá-
para a base da pirâmide de gestão. vel por definir a distribuição de atribuições e recursos.
Uma das atribuições fundamentais do administrador é
9. (FGV/IBGE/Analista/2016) A organização Y adota uma conhecer e controlar o processo de gestão, de modo a
abordagem disciplinada para assegurar que um deter- assegurar a distribuição correta de tarefas e a alocação
minado processo melhore de forma incremental e per- de recursos adequada para a maximização da capacidade
maneça atingindo seus objetivos. Nessa perspectiva, é produtiva. O processo de gestão se divide em funções,
correto afirmar que se trata de: relacionadas umas às outras, que determinam suas res-
a) melhoria contínua de processo; pectivas etapas. Assinale a opção que indica a função
b) melhoria de processo de negócios; independente e central do processo de gestão.
c) reengenharia de processo; a) Planejamento.
d) análise estatística de processo; b) Organização.
e) redesenho de processo. c) Controle.
d) Liderança.
10. (FGV/IBGE/Analista/2016) Uma organização adotou a e) Execução.
filosofia Lean para a análise de seus processos e para
promover a sua melhoria. Ao mapear sua cadeia de va- 15. (FGV/Codeba/Analista/2016) No ambiente das organi-
lor, ela identificou desperdícios básicos do Lean, como: zações, o gestor é o elemento chave para o estabele-
a) produção menor que a necessária; cimento de um processo de mudança organizacional,
b) trabalho em itens prioritários; devendo minimizar possíveis resistências internas.
c) tempo para mover coisas dentro de um processo ou É fundamental que o gestor saiba reconhecer as carac- Noções de Administração e Situações Gerenciais
entre eles; terísticas que permitem que o processo de mudança
d) movimentação sem planejamento e em layout or- transcorra da melhor forma possível, tais como: adap-
ganizacional ruim; tabilidade, consciência, envolvimento, visão e objetivos
e) processamento de grande valor. claramente definidos. Assinale a opção que apresenta o
nome dado a esse conjunto de características e o nome
11. (FGV/IBGE/Analista/2016) Os indicadores de gestão do processo ao qual elas dão suporte.
podem ser classificados em indicadores de esforço e a) Capacidade Inovadora e Processo de Mudança de
indicadores de resultado. Conceitualmente, os indica- Cultura Organizacional.
dores de resultados: b) Competência Essencial e Processo de Aprendizagem
a) medem a causa antes de o efeito acontecer; Organizacional.
b) medem o efeito após um certo tempo; c) Vantagem Competitiva e Processo de Mudança de
c) servem para verificar se os planos estão sendo cum- Cultura Organizacional.
pridos; d) Capacidade Inovadora e Processo de Aprendizagem
d) são apropriados para a medição de planos de ação, Organizacional.
projetos e iniciativas; e) Competência Essencial e Processo de Modelagem
e) são apropriados para a medição da relação entre os Organizacional.
serviços entregues e os recursos alocados.
16. (FGV/Codeba/Analista/2016) A mudança dos paradig-
12. (FGV/IBGE/Analista/Recursos Logísticos/2016) Ao ser mas clássicos para os paradigmas do terceiro milênio
promovido a gerente de operações em uma empre- marcaram uma transformação importante no campo
sa de e-commerce, Ricardo recebe a tarefa de reduzir da Administração. Assinale a opção que indica um pa-
para apenas um dia o tempo que o produto demora a radigma da Administração do terceiro milênio.

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a) Trabalhadores especializados. b) Os trabalhadores deveriam ser cientificamente ades-
b) Carreiras estáveis. trados para aperfeiçoar suas aptidões e produzir ade-
c) Interesses dos acionistas. quadamente.
d) Estruturas enxutas. c) Uma atmosfera de cordial cooperação entre a ad-
e) Foco na eficiência. ministração e trabalhadores deveria ser evitada por
ralentar a produção.
17. (FGV/Codeba/Apoio Administrativo/2016) O processo d) A administração deveria aplicar métodos científicos
de tomada de decisão em uma organização pode adotar de pesquisa e experimento para adoção de princípios
diversos estilos que variam em orientação – pessoas e normas de produção.
ou tarefas – e complexidade cognitiva – alta ou baixa. e) Os processos fabris teriam melhor resultado ope-
Essas diferenças são, em geral, ligadas às características racional se o controle fosse aplicado a partir de pa-
dos líderes, responsáveis por conduzir esse processo. drões estabelecidos.
Assinale a opção que apresenta os estilos de tomada de
decisão orientados para pessoas, independentemente 22. (FGV/Codeba/Administrador/2016) A teoria do grid ge-
da sua complexidade cognitiva. rencial parte da assertiva de que a organização alcança a
a) Comportamental e conceitual. sua efetividade administrando eficazmente suas carac-
b) Diretivo e analítico. terísticas universais, na opinião dos autores, o objetivo,
c) Analítico e conceitual. as pessoas e a hierarquia.
d) Diretivo e comportamental. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir.
e) Comportamental e analítico. I – O grid é composto por um eixo orientado para os
processos e outro orientado para os resultados.
18. (FGV/Codeba/Apoio Administrativo/2016) As organi- II – Os níveis hierárquicos aos quais se submetem as
zações que atuam em ambientes cada vez mais dinâ- pessoas da organização estão no eixo dos processos.
micos, complexos e competitivos demandam diversas III – A tipologia 1.9 demonstra uma orientação gerencial
capacidades inovadoras que possibilitam alterar tanto a para a alegria e a satisfação das pessoas na organização.
cultura quanto o clima organizacional. Assinale a opção
que indica o conjunto de características que chamamos Assinale:
de capacidade inovadora. a) se somente a afirmativa I estiver correta.
a) Adaptabilidade, consciência, envolvimento, e visão b) se somente a afirmativa II estiver correta.
e objetivos claros. c) se somente a afirmativa III estiver correta.
b) Sensibilidade, estrutura clara, crenças compartilha- d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
das e envolvimento. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
c) Confiabilidade, consciência, controle descentralizado
e participação. 23. (FGV/Codeba/Administrador/2016) O ciclo PDCA apre-
d) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade senta quatro etapas subdivididas e tem sido alvo per-
e ética. manente de interpretações e análises que visam à sua
e) Resiliência, flexibilidade, planejamento estratégico melhor compreensão e aplicabilidade.
e visão e objetivos claros. Sobre o ciclo PDCA, assinale V para a afirmativa verda-
deira e F para a falsa.
( ) O ciclo PDCA incorpora em suas etapas e subdivi-
19. (FGV/Codeba/Apoio Administrativo/2016) Liderança é a
sões os 14 princípios de Deming para a gestão da
capacidade de um administrador impulsionar a atuação
qualidade.
de outros membros da organização. Assinale a opção
( ) O PDCA é utilizado na atualidade com a sigla PDSA,
que apresenta os três elementos que definem liderança
tendo a etapa S o significado de “estudar”.
de forma correta.
( ) O método de análise e solução de problemas MASP
a) Pessoas, poder e recursos. é um modelo que pode-se dizer que seja derivado
b) Pessoas, capacidades e influência. do PDCA via QC-Story.
c) Poder, capacidades e influência.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

d) Pessoas, poder e influência. As afirmativas acima são, respectivamente,


e) Capacidades, recursos, e poder. a) V, F e V. d) V, V e V.
b) F, F e V. e) V, V e F.
20. (FGV/Codeba/Administrador/2016) As opções a seguir c) F, V e V.
apresentam os elementos das funções administrativas
das empresas, conforme descrito pela teoria clássica 24. (FGV/Codeba/Administrador/2016) Com relação às fer-
da administração, à exceção de uma. Assinale-a. ramentas da qualidade, assinale V para verdadeiro e F
a) Prever para falso.
b) Organizar ( ) A matriz GUT é um instrumento complementar às
c) Contratar ferramentas da qualidade e é útil na fase Planejar
d) Comandar do ciclo PDCA.
e) Controlar ( ) O diagrama de Ishikawa ou espinha de peixe permite
isolar um efeito da má qualidade e agir corretiva-
21. (FGV/Codeba/Administrador/2016) Frederick W. Taylor, mente sobre ele.
no desenvolvimento e formulação de seus postulados, ( ) O diagrama de Pareto baseia-se no princípio de
baseou-se em algumas crenças acerca do trabalho, dos que as causas dos problemas são, na sua maioria,
empregadores e dos trabalhadores. As afirmações a triviais.
seguir reproduzem essas crenças, à exceção de uma,
assinale-a. As afirmativas acima são, respectivamente,
a) O objetivo de uma boa administração era conseguir a) V, F e V. d) V, V e V.
baixos custos de produção unitária pagando salários b) F, F e V. e) V, V e F.
altos. c) F, V e V.

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25. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/2015) A XYZ é uma fabri- 30. (FGV/Codemig/Analista de Comunicação/2015) Um dos
cante de produtos eletrônicos que atua em um ambien- grandes desafios para o setor de Recursos Humanos
te dinâmico e de forte competição, adotando estratégia de redações jornalísticas e agências de comunicação
de diferenciação de produto no nível do negócio. Para integrada, bem como para os cursos superiores de Co-
fortalecer sua estratégia de negócio, a XYZ quer rever municação Social no Brasil, é o desenvolvimento das
alguns de seus requisitos organizacionais. Em relação à competências profissionais além da especialização fun-
estrutura organizacional, aos sistemas de controle ge- cional. Um exemplo dessa especialização é o caso de
rencial e às políticas de remuneração, seria adequado um jornalista que se preocupa apenas em fazer uma
implantar, respectivamente: boa reportagem, sem conhecer os outros setores da
a) poucos níveis na estrutura de reporte; supervisão empresa - ou mesmo da redação. E o criativo de uma
direta; remuneração estratégica; agência de propaganda que desconhece o que faz os
b) quadro executivo pequeno; metas de custo quanti- setores de atendimento e mídia. Superar os problemas
tativas; recompensas pelo instinto criativo; dessa especialização significa superar, na Teoria Geral
c) relações de reporte simples; política de experimen- de Administração, o paradigma:
tação; remuneração por competências; a) sistêmico;
d) estruturas matriciais complexas; filosofia de lideran- b) taylorista;
ça em custo; recompensas por metas grupais; c) humanista;
e) bolsões de esforços criativos; diretrizes amplas de d) neoclássico;
tomada de decisão; recompensas por assumir riscos. e) comportamental.

26. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/2015) Uma empresa do 31. (FGV/PGE-RO/Administrador/2015) O diretor de marke-


setor químico redefiniu sua estrutura de funcional para ting de uma empresa farmacêutica recebeu as seguintes
matricial, de forma a acomodar equipes multidiscipli- incumbências: estruturação do departamento de ma-
nares para projetos estratégicos específicos. rketing, alocação da força de vendas por área geográfica
A antiga estrutura tem como vantagens em relação à e atribuição de bônus e prêmios aos vendedores. Ao
nova: realizar essas incumbências, o diretor estará exercendo
a) estímulo à visão global dos objetivos organizacionais as seguintes funções administrativas:
e especialização organizacional; a) planejamento, organização e direção;
b) geração de economias de escala e maior cooperação b) planejamento, organização e controle;
entre departamentos; c) organização e controle;
c) claro alinhamento de objetivos e decisão comparti- d) direção e controle;
lhada; e) organização e direção.
d) melhor capacidade de resposta ao ambiente e rapi-
dez nas decisões; 32. (FGV/PGE-RO/Administrador/2015) A XYZ é uma fabri-
e) maior eficiência operacional e facilidade de respon- cante de produtos eletrodomésticos. Recentemente,
sabilização. a área de marketing propôs uma alteração em um dos
principais produtos da empresa, que representará uma
27. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/2015) Em uma equipe de inovação significativa no mercado. No entanto, essa al-
trabalho de seis pessoas, o funcionário A se destaca por teração exige um investimento significativo, envolvendo
sua autonomia e pela capacidade de propor ideias e mudanças no projeto do produto e na linha de produ-
conceitos. Já o funcionário B é objetivo e prático. Como ção, além de investimentos em marketing. O presidente
B afirmou, “A é quem traz as novas ideias para o grupo, da empresa acredita no potencial da proposta e gostaria
mas quem organiza a equipe, estabelece os objetivos de “renovar os produtos e a imagem da empresa”, mas
e faz tudo acontecer sou eu”. Os papéis que A e B de- considera que os riscos envolvidos não são desprezíveis.
sempenham na equipe são, respectivamente, de: Assim, o presidente gostaria de criar um grupo dedicado
a) criador/inovador; impulsor/organizador; a estudar e viabilizar a inovação no produto, sob a res-
b) explorador/promotor; assessor/desenvolvedor; ponsabilidade do gerente de marketing, que contasse
c) criador/inovador; conclusor/produtor; com a participação de pessoas da área de produção e
Noções de Administração e Situações Gerenciais

d) assessor/desenvolvedor; defensor/mantenedor; da área financeira da empresa.


e) explorador/promotor; controlador/inspetor. Para tal, o presidente deveria adotar uma estrutura:
a) em equipe, com autoridade funcional para o gerente
28. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/2015) A teoria clássica da de marketing;
administração, em que a filosofia da gestão é baseada b) divisional, com autoridade de projeto para o gerente
nos tempos e movimentos, prevendo o rendimento de marketing;
máximo do trabalhador, é um princípio norteador ob- c) em linha, com autoridade funcional para o gerente
servado no: de marketing;
a) taylorismo; d) em staff, com autoridade funcional para o gerente
b) fordismo; de marketing;
c) humanismo; e) matricial, com autoridade de projeto para o gerente
d) taylorismo e fordismo; de marketing.
e) fordismo e humanismo.
33. (FGV/PGE-RO/Administrador/2015) O diretor de uma
29. (FGV/TJ-PI/Analista Judiciário/2015) A função admi- empresa de produtos de higiene pessoal precisa decidir
nistrativa que estabelece um plano de atividades com entre lançar ou não lançar um determinado produto,
objetivos definidos e metas a alcançar é denominada: cujas vendas têm forte influência sazonal. O gerente se
a) administração; lembra de que, há pouco tempo, um concorrente lançou
b) planejamento; um produto similar no mercado e fracassou. Dando forte
c) organização; peso a essa informação, o gerente decide não lançar
d) direção; o produto. A heurística utilizada pelo gerente em seu
e) controle. processo de tomada de decisão é conhecida como:

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a) ancoragem; d) A ação conjunta no grupo de trabalhadores era ca-
b) representatividade; paz de reforçar o seu comportamento como homo
c) enquadramento (framing); economicus.
d) disponibilidade; e) A organização dos trabalhadores pode transcender
e) escalada de comprometimento. à formalidade da empresa, podendo gerar grupos
informais.
34. (FGV/PGE-RO/Administrador/2015) Um gerente é co-
nhecido por tomar decisões orientadas para o desen- 39. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe-
volvimento dos membros da equipe, com foco no longo rior/2015) O desenvolvimento das relações entre as
prazo, de forma participativa, considerando múltiplas pessoas nas organizações se dá pela criação de grupos,
fontes de informação e muitas alternativas de ação. O o que ocorre por fases sucessivas que respondem a
estilo de tomada de decisão desse gerente é: uma dinâmica própria. Assinale a opção que apresen-
a) racional; ta as palavras-chave das três fases que caracterizam a
b) analítico; dinâmica para a formação dos grupos.
c) conceitual; a) Inclusão – Controle – Pertinência.
d) comportamental; b) Inclusão – Controle – Afeto.
e) diretivo. c) Afeição – Sentimentos – Vínculo.
d) Poder – Interação – Aceitação.
35. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe- e) Interação – Sentimentos – Poder.
rior/2015) As teorias que conformam a Teoria Geral da
Administração davam ênfase a determinados elemen- 40. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe-
tos das organizações, com enfoques principais sobre os rior/2015) Com relação à dinâmica das organizações,
quais os autores se debruçaram no intuito de explicar assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
os fenômenos observados. A ênfase na estrutura ge- ( ) O empowerment surgiu como método do estilo de
rou algumas teorias administrativas, entre as quais se liderança “laissez faire”.
destacou a Teoria da Burocracia. Assinale a opção que ( ) A desmotivação pode ser revertida pela oferta de
identifica o enfoque que se adequa a esta teoria. estímulos motivacionais.
a) Racionalização do trabalho no nível operacional. ( ) O carisma é um elemento que pode estar dissociado
b) Racionalidade organizacional. da liderança.
c) Organização formal e informal.
d) Organização informal As afirmativas são, respectivamente,
e) Mudança organizacional planejada. a) F, V e F. d) V, V e F.
b) F, V e V. e) F, F e V.
36. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Su- c) V, F e F.
perior/2015) O conceito de divisão do trabalho com
especialização das tarefas foi introduzido e defendido 41. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe-
pela Teoria rior/2015) Com relação à cultura organizacional, assi-
a) das Relações Humanas. nale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
b) da Administração Científica. ( ) Os artefatos compõem a chamada segunda camada
da cultura organizacional e justificam a adoção dos
c) da Contingência.
comportamentos de forma consciente pelos mem-
d) do Comportamento Organizacional.
bros da organização.
e) do Desenvolvimento Organizacional.
( ) A cultura organizacional compreende um padrão de
pressupostos básicos validados e compartilhadas
37. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe-
pelo grupo na medida em que resolveram seus pro-
rior/2015) As opções a seguir nominam os elementos blemas de adaptação externa e integração interna.
que compõem as funções administrativas, à exceção ( ) Os pressupostos básicos são aqueles mais visíveis e
de uma. Assinale-a. que as pessoas da organização aprenderam a com-
Noções de Administração e Situações Gerenciais

a) Organizar partilhar como a forma adequada de resolver suas


b) Comandar questões.
c) Manter
d) Controlar As afirmativas são, respectivamente,
e) Prever a) F, V e F. d) V, V e F.
b) F, V e V. e) F, F e V.
38. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe- c) V, F e F.
rior/2015) A Teoria das Relações Humanas ou Escola
Humanística da Administração surgiu como consequên- 42. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe-
cia das observações obtidas durante a Experiência de rior/2015) Com relação ao ciclo PDCA, analise as afir-
Hawthorne, cujo objetivo inicial fora apenas verificar a mativas a seguir.
correlação entre iluminação e produtividade, conforme I – Foi criado com a finalidade de tornar ágeis as tran-
os pressupostos clássicos vigentes. sações correntes.
As descrições a seguir retratam as observações obtidas, II – É um método de gerenciamento baseado na iteração.
à exceção de uma. Assinale-a III – O “C” se refere à etapa de capacitação para o modelo.
a) A integração social dos empregados é fator deter-
minante na disposição de cada um para produzir. Assinale:
b) As pessoas desenvolvem crenças e expectativas com a) se somente a afirmativa I estiver correta.
relação à administração e isso dita o seu comporta- b) se somente a afirmativa II estiver correta.
mento. c) se somente a afirmativa III estiver correta.
c) O comportamento de cada trabalhador é consequên- d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
cia da influência que recebe dentro do seu grupo. e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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43. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe- campo teórico da administração. Entre as contribuições
rior/2015) O processo decisório demanda do gestor trazidas, o estruturalismo apontou que os conflitos or-
tanto a capacidade de planejar quanto a de avaliar os ganizacionais não são disfuncionais, mas sim processos
resultados que serão obtidos com suas ações. sociais fundamentais, propulsores da mudança e do
Nesse sentido, avalie as afirmativas a seguir. desenvolvimento. Esses conflitos têm origem nos inte-
I – Eficiência trata da relação entre os resultados obti- resses e racionalidades divergentes dos grupos, gerando
dos e os insumos consumidos durante o processo de tensões e dilemas que não podem ser eliminados, pois
produção. são inerentes às relações de produção e constituintes
II – Eficácia diz respeito ao melhor resultado possível, da dinâmica organizacional.
atingindo metas definidas independentemente dos Um dos dilemas básicos na organização é o que ocorre
custos incorridos. entre:
III – Efetividade é o resultado real obtido num ambiente a) organização especializada e organização não espe-
cujo limite superior foi previamente definido em estu- cializada;
dos de eficácia. b) escolha racional e racionalidade limitada;
c) burocracia representativa e burocracia autocrática;
Assinale: d) incentivos mistos e incentivos monetários;
a) se somente a afirmativa I estiver correta. e) disciplina burocrática e especialização profissional.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 47. (FGV/TJ-RO/Administrador/2015) A Lambda, uma tra-
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. dicional fabricante de produtos de beleza, adota es-
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. tratégia de liderança em custo no nível do negócio. A
estratégia de produção visa a redução contínua dos
44. (FGV/Prefeitura de Cuiabá-MT/Técnico de Nível Supe- custos, mas sem sacrifício da qualidade e do desem-
rior/2015) Com relação às vantagens e desvantagens penho dos produtos. De forma alinhada, a estratégia
da adoção da descentralização das decisões como es- de marketing destaca a tradição e confiabilidade dos
tratégia de gestão, analise as afirmativas a seguir. produtos da empresa, associada ao preço acessível.
I – A descentralização permite que os agentes da decisão Para fortalecer essa estratégia de negócios, a Lambda
estejam perto do local das demandas e atuem de forma quer rever alguns de seus requisitos organizacionais.
rápida. Para tal, em relação à estrutura organizacional e aos
II – A descentralização traz como desvantagem a diluição sistemas de controle gerencial, respectivamente, seria
das responsabilidades pela pulverização da autoridade adequado implantar:
na ação. a) estrutura matricial e supervisão estrita dos custos
III – A centralização aumenta os custos da gestão, pois de mão de obra;
demanda a formação de muitos agentes para a tomada b) relações de reporte simples e recompensas por re-
de decisão. dução de custo;
c) quadro executivo pequeno e metas de custo quan-
Assinale: titativas;
a) se somente a afirmativa I estiver correta. d) estrutura por projetos e sistemas rígidos de controle
b) se somente a afirmativa II estiver correta. de custos de produção;
c) se somente a afirmativa III estiver correta. e) poucos níveis na estrutura de reporte e diretrizes
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. amplas de tomada de decisão.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
48. (FGV/TJ-RO/Administrador/2015) Um laboratório tem
45. (FGV/TJ-RO/Administrador/2015) A perspectiva socio- sua estrutura organizada, no primeiro nível, em três
técnica das organizações, desenvolvida a partir da Teo- divisões: cosméticos, medicamentos e higiene pessoal.
ria dos Sistemas Abertos, representa um dos principais Como todas as divisões estão localizadas no mesmo
marcos na evolução do pensamento administrativo. Em polo industrial e a logística utilizada é praticamente a Noções de Administração e Situações Gerenciais
uma de suas contribuições mais significativas, a pers- mesma, o presidente da empresa quer rever essa estru-
pectiva sociotécnica propõe que a organização pode tura, de forma a favorecer economias de escala e o uso
ser entendida como um conjunto integrado de papéis mais eficiente dos recursos. Para isso, o presidente quer
que se superpõem e se interligam. Na organização, o alterar a estrutura atual de divisional para funcional.
indivíduo desempenha papéis, mantém expectativas Entre as possíveis desvantagens da estrutura funcional
quanto ao papel dos demais participantes e inter-re- em relação à divisional, estão:
laciona-se com eles, num processo em que intervêm a) dificuldades para a comunicação e coordenação
variáveis contextuais organizacionais, de personalidade dentro das áreas funcionais; lentidão no processo
e interpessoais. Dessa forma, o conceito de ser humano decisório;
proposto pela perspectiva sociotécnica enfatiza, entre b) piora do clima organizacional; menor especialização
outros aspectos, os papéis e seus conflitos. técnica;
Esse conceito marca uma evolução importante nas te- c) redução da capacidade de resposta ao mercado;
orias de administração e é conhecido como: dificuldades de responsabilização em caso de pro-
a) homem social; blemas;
b) homo economicus; d) visão limitada dos objetivos organizacionais; descen-
c) homem organizacional; tralização do processo decisório;
d) homem funcional; e) duplicidade de funções; dificuldade de controle.
e) homem complexo.
49. (FGV/TJ-RO/Pedagogo/2015) As organizações de traba-
46. (FGV/TJ-RO/Administrador/2015) Os autores estrutura- lho em geral sistematizam sua estrutura e suas ativida-
listas - como Blau, Etzioni, Thompson e outros - trouxe- des. Uma das sistematizações organizacionais que mais
ram importantes aportes para o desenvolvimento do interessa ao pedagogo empresarial é aquela que diz

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respeito ao desenho de cargos, pois o desenvolvimen- b) disponibilidade;
to de competências dos funcionários está diretamente c) ancoragem;
relacionado a tal sistematização. Vários modelos são d) framing;
utilizados para essa sistematização, com destaque para e) decisão satisfatória.
os modelos clássico, humanístico e contingencial. São
características do modelo contingencial: 54. (FGV/TCM-SP/Administrador/2015) A empresa Lambda
a) ênfase na tarefa e na tecnologia; atua há muito tempo na indústria de embalagens. A em-
b) busca de eficiência por meio do método e da racio- presa alcançou uma posição sólida no mercado, apoiada
nalização do trabalho; em uma bem sucedida estratégia de liderança em cus-
c) busca da eficiência por meio da satisfação e da in- tos. Recentemente, o ambiente em que a empresa atua
teração das pessoas; tornou-se mais dinâmico e complexo, com a entrada de
d) recompensas salariais e materiais; concorrentes estrangeiros com produtos diversificados,
e) dinamismo e contínua mudança e revisão do cargo. surgimento de inovações na tecnologia de produção
e maior pressão dos stakeholders por uma atuação
50. (FGV/TCM-SP/Contador/2015) A definição de variáveis ambientalmente responsável por parte da Lambda. A
que compõem um indicador de desempenho é parte liderança decidiu reformular a estratégia da empresa,
fundamental de seu alinhamento estratégico. No Pro- privilegiando a inovação em produtos e processos e a
grama GesPública, para cada dimensão ou critério de flexibilidade, ao mesmo tempo em que busca estimular
gestão são construídos os indicadores. Um indicador a tomada de decisão compartilhada. Para dar susten-
que calcule “quantidade de entregas de insumos re- tação à nova estratégia, a empresa pretende alterar a
cebidos com atraso/quantidade total de entregas de estrutura atual de funcional para matricial, criando gru-
insumos recebidos” está relacionado à dimensão/ ao pos de projetos compostos por funcionários das várias
critério de: áreas da empresa. Entre as possíveis desvantagens da
a) resultados; nova estrutura em relação à anterior estão:
b) processos; a) redução da capacidade de resposta ao mercado e
c) pessoas; aumento dos conflitos;
d) sociedade; b) piora do clima organizacional e concentração de
e) liderança. poder;
c) diminuição da eficiência operacional e dificuldades
51. (FGV/TCM-SP/Contador/2015) O PDCA é uma ferramen- para a aprendizagem organizacional;
ta que busca aprimorar as práticas de gestão nas organi- d) desperdício de recursos e dificuldades para coope-
zações por meio de um conjunto de ações organizadas ração entre departamentos;
em etapas. e) dificuldades de coordenação e de responsabilização.
No PDCA é recomendado aos gestores a prática de “ve-
rificar se o executado está conforme o planejado e se a 55. (FGV/TCM-SP/Administrador/2015) Um dos principais
meta foi alcançada dentro do método definido”. marcos na evolução do campo teórico da administração
Essa prática refere-se à etapa de: é o chamado enfoque contingencial – cuja perspectiva
a) Act ou Agir; pode ser resumida pela proposição “não existe uma
b) Do ou Executar; única melhor forma de organizar”. Entre as contribui-
c) Plan ou Planejar; ções fundamentais do enfoque contingencial estão:
d) Check ou Checar; a) a formulação do conceito de campo organizacional;
e) Define ou Definir. b) a proposição dos princípios gerais da administração;
c) o reconhecimento da organização informal;
52. (FGV/TCM-SP/Administrador/2015) Uma metalúrgica d) a diferenciação entre modelo mecânico e modelo
tem seu layout de produção organizado por proces- orgânico de organização;
so. O diretor de operações está estudando possíveis e) a incorporação da dimensão simbólica na análise do
mudanças nesse layout, com o objetivo de reduzir os ambiente organizacional.
Noções de Administração e Situações Gerenciais

custos de manuseio de materiais e de mudanças de


máquinas, bem como de simplificar o planejamento e GABARITO
controle da produção. Seria um layout adequado para
atender a esses objetivos: 1. c 18. a 35. b 52. d
a) posicional;
2. e 19. d 36. b 53. a
b) produção contínua;
c) por produto; 3. c 20. c 37. c 54. e
d) celular; 4. e 21. c 38. d 55. d
e) linha de montagem. 5. b 22. c 39. b
6. e 23. c 40. e
53. (FGV/TCM-SP/Administrador/2015) Um gerente de ma- 7. b 24. a 41. a
rketing recebeu cerca de 50 currículos de candidatos a 8. c 25. e 42. b
uma vaga para analista na sua área. Diante do grande 9. a 26. e 43. e
número de informações e das restrições de tempo e 10. d 27. a 44. a
de recursos para avaliar todos os candidatos, o gestor 11. b 28. a 45. d
decidiu restringir sua análise aos currículos dos candi- 12. a 29. b 46. e
datos formados nas duas universidades consideradas 13. b 30. b 47. c
as melhores da cidade, pois acredita que “dessas uni- 14. d 31. e 48. c
versidades só sai gente bem formada”. Em seu processo 15. a 32. e
de tomada de decisão, o gerente está utilizando-se de 49. e
16. d 33. d 50. b
uma heurística conhecida como:
a) representatividade; 17. a 34. c 51. d

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