EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DE UMA
DAS VARAS CÍVEIS DA COMARCA DE MARÍLIA-SP
ERICA HASEGAWA, brasileira, solteira, inscrita
no RG 19.341.168-4 SSP SP, CPF sob nº 136.642.698-37, residente e domiciliada na Rua Angelica 122, bairro Flândria, na cidade de Pompéia SP, CEP 17.580-000, ELAINE HASEGAWA TAKAHASHI, brasileira, casada, portadora do RG 21.535.858-2 SSP SP, e CPF 167.616.258.58, residente na Rua Galvão Bueno 499, apt. 152 bloco B, bairro da Liberdade, na cidade de São Paulo, CEP 01506-000, MARI HASEGAWA DA SILVA, brasileira, casada, inscrita no RG 16.543.206 SSP SP, e CPF 049.234.588-01, residente na Rua Rafael Sampaio 387, apt 22 A, no bairro Vila Rossi, na cidade de Campinas SP, CEP 13.023- 240, LINA HASEGAWA, brasileira, solteira, inscrita no RG 17.522.564 SSP SP e CPF 059.380.478-38 residente na Rua Ribeirão Preto 218, bairro Palmital, na cidade de Marília SP, CEP 17.510-190 e EDNA HASEGAWA, brasileira, solteira, inscrita no RG 21.918.523 SSP SP e CPF 113.244.778-06, residente na Rua Durval de Carvalho e Silva 140, bairro Centro, na cidade de Pompéia SP, CEP 17.580-000 vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por meio de seus procuradores que esta subscrevem, com respaldo no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal, c/c Lei 1.533/51, impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA
Contra ato do CHEFE DA DELEGACIA
REGIONAL TRIBUTÁRIA DE MARÍLIA, com endereço na Rua Paraíba 674, na cidade de Marília SP, CEP 17.515-110, pelos motivos a seguir expostos. DOS FATOS
Cada impetrante recebeu, em abril/2012, por
doação, 1/5 de 50% (cinquenta por cento) de um imóvel rural localizado na cidade de Pompéia SP, conforme revela a escritura pública lavrada pelo Tabelião de Notas de Pompéia, livro 160, as fls. 234/237, e que instruem o processo. Por ocasião da transmissão do referido bem, o Serviço Notarial que realizou as referidas escrituras, procedeu a declaração a título de ITCMD, e levou em consideração o conteúdo da Lei que disciplina a matéria, ou seja, foi declarada a hipótese de isenção nos termos do art. 6º, inciso II, alínea “a”. Ocorre que a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, em ato realizado pelo Posto Fiscal desta cidade, em procedimento administrativo interno do qual as Impetrantes tomaram conhecimento, bem como pela lavratura de Auto de Infração, apontou a existência de imposto, na medida em que segundo o entendimento do fisco, para a apuração deve-se verificar o “valor de mercado dos bens transmitidos”, segundo critérios estabelecidos pelo Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (IEA). Desta forma, as Impetrantes foram instadas por meio de Auto de Infração e Imposição de Multa (AIIM) a proceder o recolhimento de R$ 13.480,32 (treze mil, quatrocentos e oitenta reais e trinta e dois centavos), referentes a cada quinhão.
Entendem as Impetrantes que este ato é abusivo
e ilegal, na medida em que contraria a legislação vigente que regula a matéria, e nenhum imposto é devido sendo os valores informados do imóvel os corretos pela base de cálculo estabelecida por lei.
DO DIREITO
I – Cabimento
As Impetrantes foram notificadas pelo Posto
Fiscal a recolher supostas diferenças aos cofres públicos, sob pena de lançar o valor do AIIM na dívida ativa do Estado, negativando seus nomes e dando início a processo executório com constrição de bens.
Ante o entendimento Fiscal a respeito da matéria,
como demonstrado não só pela notificação enviada, mas também pela farta e recente jurisprudência do TJSP, na qual a E. corte dá provimento a inúmeros Mandados de Segurança de contribuintes autuados em situação análoga, juntada mais adiante no cotejo do mérito, é absolutamente induvidoso que o não recolhimento do tributo na forma pretendida pelo Fisco levará à autuação das Impetrantes, vez que, tendo apurado o que entende ser devido, a atividade fiscal torna-se vinculada.
Assim, visto que a lesão a direito das
contribuintes é certa e iminente, pela já iniciada ação fiscal, e que este direito tem sua liquidez e certeza demonstradas não somente pela clara ilegalidade da exigência Fiscal, mas também pela reiterada jurisprudência, plenamente cabível o presente Mandado de Segurança preventivo.
II – Mérito
O princípio da legalidade no direito tributário,
garante ao contribuinte a existência de Lei para criar ou majorar o tributo.
Seu fundamento inicia-se no artigo 5º, II, da
Constituição Federal, que prescreve:
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei;”
Mais especificamente, a Carta Magna estabelece
em relação ao sistema tributário, reforçando este princípio para a matéria:
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; “
A majoritária doutrina entende que o princípio da legalidade em sede tributária tem hodiernamente o mesmo cunho de reserva legal que o Direito Penal, dada sua especificidade; elevado, pois, à categoria de princípio da tipificação tributária. Ensina Roque Carrazza, referindo-se à lei como limitação ao exercício da competência tributária:
“De fato, em nosso ordenamento jurídico, os tributos só
podem ser instituídos e arrecadados com base em lei. Este postulado vale não só para os impostos, como para as taxas e contribuições que, estabelecidas coercitivamente, também invadem a esfera patrimonial privada.
No direito positivo pátrio o assunto foi levado às últimas
conseqüências, já que uma interpretação sistemática do Texto Magno revela que só a lei ordinária (lei em sentido orgânico formal) pode criar ou aumentar tributos. Dito de outro modo só à lei -tomada na acepção técnico-específica de ato do Poder Legislativo, decretado em obediência aos trâmite e formalidade exigidos pela Constituição - é dado criar ou aumentar tributos.”
Trata-se, pois, de princípio inderrogável, erigido
como direito individual, absolutamente insuperável, até mesmo pelo legislador. Esse primado da legalidade impõe que as leis sejam votadas e aprovadas por representantes eleitos pelo povo. É, acima de tudo, uma garantia ao Estado de direito.
Assim sendo, para a instituição de qualquer
tributo, é preciso que a lei, compreendida em sentido formal, traga em seu bojo todos os critérios identificadores do fato jurídico tributário e da relação jurídica tributária, não podendo qualquer dos aspectos da regra- matriz de incidência ser introduzido por veículo diverso.
Ainda em sede constitucional, a Carta Magna
prescreve:
Art. 146. Cabe à lei complementar: (...)
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em
relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
Ou seja: quanto aos impostos discriminados na
Constituição Federal, a definição de suas bases de cálculo ficou reservada à Lei Complementar. O tributo em exame é o ITCMD, o qual está discriminado na Lei maior:
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal
instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens
ou direitos;
Vejamos então o que prescreve o Código
Tributário Nacional, recepcionado pela Constituição de 1988 com status de Lei Complementar:
“SEÇÃO III - Imposto sobre a Transmissão de Bens
Imóveis e de Direitos a eles Relativos: (...)
Art. 38. A base de cálculo do imposto é o valor venal
dos bens ou direitos transmitidos.”
E, reforçando o comando constitucional, ainda
dispõe:
“Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: (...)
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de
cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;”
Fixada a base de cálculo como o valor venal do
imóvel, a Lei específica no Estado de São Paulo de instituição do Imposto sobre Transmissão "Causa Mortis" e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos - ITCMD - Lei Estadual 10.705/2000 – estabeleceu: “Artigo 13 - No caso de imóvel, o valor da base de cálculo não será inferior: (...)
II - em se tratando de imóvel rural ou direito a ele relativo,
ao valor total do imóvel declarado pelo contribuinte para efeito de lançamento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.”
Desta forma, para os imóveis rurais o valor da
base de cálculo foi atrelado ao declarado pelo contribuinte para o lançamento do ITR. As Impetrantes seguiram exatamente este preceito no recolhimento de seus tributos.
No entanto, o Estado de São Paulo pretende,
com fundamento em decretos e portarias, citando especificamente os decretos 56.693/2011 e 46.655/02, bem como a Portaria CAT 15/03, majorar a cobrança do tributo, estabelecendo como base de cálculo o valor do imóvel divulgado pelo IEA – Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
De fato, não poderia o Fisco Estadual inovar e
criar base de cálculo não prevista na Lei Estadual 10.705/00. A lei, como se vê, dispõe claramente que o valor da base de cálculo não poderá ser inferior àquele adotado para fins de lançamento do ITR; Desta forma, o contribuinte, mesmo que declare ou atribua valor inferior, deverá recolher o tributo tomando por base o valor venal definido para fins de lançamento do ITR.
Esta é, aliás, a “mens legis” do dispositivo:
impedir que os envolvidos arbitrem fraudulentamente preço vil para o bem imóvel e, assim, recolham menos impostos. Ocorre, contudo, que o Estado fez por bem inovar na legislação em voga; Ao invés de adotar a base de cálculo mínima prevista em lei (valor venal do ITR) fez por bem editar decreto (Decreto nº55.002/2009) determinando que seja colhido, para este fim, o valor médio da terra-nua e das benfeitorias divulgado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo ou por outro órgão de reconhecida idoneidade, vigente à data da ocorrência do fato gerador, quando for constatado que o valor declarado pelo interessado é incompatível com o de mercado. Desta forma, houve por meio de decreto inovação na legislação, de vez que alterou por completo comando previsto na legislação estadual: a base de cálculo mínima ao invés de ser o valor venal para fins de lançamento de ITR passou a ser este valor médio, calculado, no caso dos autos, pelo IEA (Instituto de Engenharia Agrícola).
A inovação perpetrada por meio de decreto violou
o princípio da legalidade. Quisesse o legislador adotar nova base de cálculo mínima deveria ter se valido de alteração na Lei Estadual 10.705/00 e não a simples alteração do decreto regulamentador.
Como visto, a manobra adotada implicou sim em
alteração da base de cálculo (tornou impossível a adoção do valor venal para fins de lançamento do ITR como valor mínimo) e provocou aumento substancial do tributo, sem que, para tanto, fosse observado o princípio da legalidade.
Como já amplamente demonstrado, o princípio da
legalidade estabelecido pela Lei Maior tem sua incidência reforçada na seara tributária, sendo inadmissível a pretensão de criar obrigações ao contribuinte por meio de decretos e portarias.
Este tema não é novo para o judiciário Paulista,
havendo inúmeros julgados em Mandados de Segurança análogos a este afastando a cobrança ilegal:
“MANDADO DE SEGURANÇA Concessão da ordem para
garantir ao contribuinte o direito de recolher o ITCMD com base no valor venal utilizado para a cobrança do IPTU Sentença confirmada Decretos Estaduais que foram além das disposições da Lei Estadual nº 10.705/00, ao estabelecer novo valor venal Não bastasse, a Lei Estadual não poderia retroagir para alcançar ato jurídico praticado antes da sua edição Sentença confirmada Recurso de apelação e recurso de ofício improvidos.” (Apelação Civel nº 0004305-19.2010.8.26.0053. Rel. Des. Luis Sérgio Fernandes de Souza, 7ª Câmara de Direito Público) “REEXAME Não se conhece do recurso de ofício quando o valor atribuído à causa é inferior à alçada estabelecida pelo § 2º do art. 475 do CPC (60 salários mínimos). Não conhecimento. MANDADO DE SEGURANÇA - ADEQUAÇÃO Evidenciada documentalmente a questão de fato, adequada a via mandamental. Existência de direito líquido e certo é matéria de mérito. Preliminar afastada. ITCMD Recolhimento de ITCMD. Base de cálculo. Valor de referência do ITBI utilizado pela Municipalidade. Inadmissibilidade. Base de cálculo do valor venal do IPTU lançado no exercício. Recurso não provido.” (Apelação Cível nº 0015021-08.2010.8.26.0053, Rel. Des. Evaristo dos Santos, 6ª Câmara de Direito Público).
“APELAÇÃO MANDADO DE SEGURANÇA DOAÇÃO DE
IMÓVEL IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃODE UAISQUER BENS E DIREITOS (ITCMD)BASE DE CÁLCULO ITBI INADMISSIBILIDADE A LEI ESTADUAL N.º 10.705/00 PRECEITUA NO ART. 9º, CAPUT E § 1º, QUE A BASE DE CÁLCULO DO REFERIDO IMPOSTO É O VALOR VENAL DO BEM OU DIREITO TRANSMITIDO, O QUAL NÃO SERÁ INFERIOR ÀQUELE FIXADO PARA O LANÇAMENTO DO IPTU RECURSO IMPROVIDO.” (Apelação Cível nº 0038980- 42.2009.8.26.0053. Rel. Des. Franco Cocuzza, 5ª Câmara de Direito Público).
“0024941-35.2012.8.26.0344 Apelação / ITCD - Imposto de
Transmissão Causa Mortis, Relator(a): Luiz Sergio Fernandes de Souza, Comarca: Marília, Órgão julgador: 7ª Câmara de Direito Público, Data do julgamento: 28/04/2014, Data de registro: 30/04/2014 MANDADO DE SEGURANÇA Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer bens ou Direitos (ITCMD) Base de cálculo Pretensão de ver reconhecido o direito de recolher o ITCMD com base no valor do imóvel declarado para fins de lançamento de Imposto Territorial Rural - ITR Decretos Estaduais que foram além das disposições da Lei Estadual nº 10.705/00, ao estabelecer nova base de cálculo Ilegalidade Inteligência da regra dos arts. 146, III, a, da CF e 97, IV, do CTN Recurso provido 0021559- 97.2013.8.26.0344 Apelação / Impostos Relator(a): Nogueira Diefenthaler, Comarca: Marília, Órgão julgador: 5ª Câmara de Direito Público, Data do julgamento: 07/04/2014, Data de registro: 10/04/2014”
“MANDADO DE SEGURANÇA - ITCMD BASE DE
CÁLCULO ALTERAÇÃO POR DECRETO IMPOSSIBILIDADE. Fisco Estadual que por meio de Decreto adotou valores apurados pelo Instituto de Engenharia Agrícola como base de cálculo do ITCMD Ofensa ao princípio da legalidade Lei Estadual 10.705/00 que prevê o valor venal para fins de ITR como base de cálculo mínima 0003558- 98.2012.8.26.0053 Apelação / Anulação de Débito Fiscal Visualizar Inteiro Teor, Relator(a): Paulo Galizia, Comarca: São Paulo, Órgão julgador: 10ª Câmara de Direito Público, Data do julgamento: 26/08/2013, Data de registro: 28/08/2013”
“AÇÃO DECLARATÓRIA. ITCMD. Imóvel Rural. Base de
cálculo do Imposto Causa Mortis alterada pelo Decreto nº. 46.655/02. Impossibilidade. Princípio da legalidade. Correta a utilização do valor venal utilizado para cálculo do Imposto Territorial Rural ITR. Artigo 13 da Lei Estadual 10.705/2002. Honorários advocatícios reduzidos. Procedência mantida. Recurso não provido. Reexame necessário parcialmente provido. “
Como visto, a ilegalidade é reiteradamente
rechaçada pelo Judiciário, não existindo qualquer amparo na cobrança das diferenças pretendidas, vez que os recolhimentos ora realizados o foram de forma correta e seguindo exatamente o determina a LEI. Além da flagrante ilegalidade da subversão da base de cálculo, a autoridade impetrada ignorou o fato de as Impetrantes terem recebido apenas a nua-propriedade, fato que, de acordo com o art. 9º § 2º da Lei Estadual 10.705/00 autoriza a adoção de 2/3 da base de cálculo prevista no art. 13, inciso II deste mesmo diploma.
Logo, correto o agir das impetrantes, tanto em
razão de terem adotado a base de cálculo correta (valor venal para fins de lançamento do ITR) como por fazer jus ao desconto de 2/3, em razão de ter ocorrido a transferência da propriedade nua.
O agente fiscal não apenas agiu ilegalmente e
inovou no cálculo, utilizando a base pelos valores do IEA ao invés do ITR, mas também o fez utilizando o MAIOR valor do IEA para terra rural COM BENFEITORIAS; porém apenas a nua propriedade foi transmitida, conforme consta na Escritura lavrada pelo Tabelião de Notas de Pompéia, dando conta de mais uma ilegalidade e abuso de poder praticados.
PEDIDO LIMINAR
Constatada a aparência do direito que
demonstraram as Impetrantes, por meio do enquadramento de sua situação de fato às regras legais aplicáveis a apuração de base de cálculo para ITCMD, resta evidenciado que agiram corretamente na indicação do valor do imóvel, base de cálculo para o imposto, que no caso foi isento.
As Impetrantes detêm o “fumus boni juris”, e
preenchem assim o primeiro requisito para aplicação do art. 273 do Código de Processo Civil para a concessão de medida liminar.
Ainda demonstrado está a presença do
“periculum in mora”, na medida em que, caso seja mantida a imposição de multa por meio do AIIM, de lavra da Impetrada, o nome das Impetrantes serão lançados na dívida ativa do Estado, bem como sofrerão processos executórios com constrição de bens, padecendo a perda de crédito e transtornos inúmeros. POSTO ISSO, REQUER:
1 – Liminarmente, seja concedida ordem judicial
para suspender a cobrança referente às notificações em anexo, das doações recebidas pelas impetrantes em abril/2012, dos quinhões de 1/5 de 50% do imóvel rural descrito, impedindo o lançamento, autuação, imposição de multa ou qualquer outro tipo de penalidade ou cobrança, bem como inscrição em dívida ativa até decisão final desta ação.
A verossimilhança das alegações demonstra-se
pelo já exposto, confirmado pela torrencial jurisprudência favorável as impetrantes.
O risco de dano está na autuação e imposição de
multa que decorrerá pelo não recolhimento dos valores cobrados pelo Fisco, ante o entendimento já foi exarado nas notificações enviadas as Impetrantes.
2 - A total procedência da ação, com final
concessão da segurança, reconhecendo a ilegalidade da exigência fiscal e impedindo posteriores atos de lançamento ou cobrança dos tributos abordados nesta medida, e pertinente condenação da Impetrada em custas e honorários.
3 - A notificação da autoridade coatora para que,
no prazo legal, preste as informações que achar necessárias.