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Definição e histórico de psicologia

Neste momento não iremos aprofundar no estudo do histórico da psicologia, visto que isto
fugiria do escopo desta apostila, apenas citaremos alguns autores, escolas e linhas de
pensamento que foram significativas no contexto histórico e que, ainda hoje, são relevantes
no contexto da psicologia educacional. Os teóricos e teorias citados nessa seção serão
devidamente aprofundados em momentos oportunos nesse mesmo material.
Recuperar a história da psicologia se faz necessário, visto que somente dessa forma compreenderemos sua
diversidade hoje e sua relação com áreas do conhecimento como antropologia, sociologia, educação,
filosofia, dentre outras (MAIA, 2008, p.14).
A palavra “Psicologia” remete ao grego psyché, que significa “alma”, e logos, que significa
“razão”. Assim, inicialmente compreende-se psicologia como o estudo da alma (MAIA, 2008).
Schultz e Schultz (1992) elucidam que para a sua efetivação enquanto ciência e profissão –
tal como se estabeleceu nos dias de hoje – a psicologia sofreu influência da fisiologia e da
filosofia.
“Sabe-se que a psicologia se desenvolveu no fim do século XIX como fruto da filosofia e da
fisiologia experimental” (HALL, LINDZEY, 1984, p.3).
Descartes (1596-1650) inaugurou a psicologia moderna ao sugerir que a mente influencia o
corpo, ao mesmo tempo em que o corpo pode exercer sobre a mente uma influência maior do
que até então se supunha, o que é um grande avanço, pois, desde as ideias de filósofos
clássicos, como Platão, acreditava-se que a mente (ou alma) e o corpo possuíam naturezas
diferentes. Observa-se que aqui já não se fala mais em alma, como na definição clássica de
psicologia, mas em mente (SCHULTZ; SCHULTZ, 1992).
A ideia mais radical de Descartes foi sugerir que, embora a mente conseguisse afetar o corpo, o corpo
também conseguia afetar a mente. Por exemplo, ele acreditava que paixões, como amor, ódio, tristeza,
surgiam do corpo e influenciavam os estados mentais, embora o corpo agisse sobre essas paixões por meio
de seus mecanismos. Dessa maneira, Descartes aproximou mente e corpo ao focalizar suas interações
(GAZZANIGA; HEATHERTON, 2005, p.48).

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