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Figuras Textos
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As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar
a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os
utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de
linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o
sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo,
organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a
fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem costumam ser
classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras ou
semânticas.
Denotação
Conotação
Podemos perceber que as palavras chave e azeda ganham novos sentidos além dos quais
encontramos nos dicionários. O sentido das palavras está de acordo com a ideia que o
emissor quis transmitir. Sendo assim, a conotação é um recurso que consiste em atribuir
novos significados ao sentido denotativo da palavra.
“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...Dança doido, dá de duro, dá de
dentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)
“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando
Pessoa)
“Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”. (Almir Sater e
Renato Teixeira)
Onomatopeia: consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma
figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.
Chega de blá-blá-blá-blá!
É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras.
Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e
onomatopeia.
Zeugma: ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na
elipse de um termo que antes fora mencionado.
Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)
Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque
se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.
“Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo
Castelo Branco)
Hipálage: ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a
outra da mesma frase:
Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)
Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)
Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está
implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:
Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num
sentido conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese, metonímia,
antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação, hipérbole, prosopopeia,
paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia. Conotação: Significado e exemplos de frases.
Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito,
toma-se outro por empréstimo.
A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)
Antonomásia: É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato
que a tornou notória.
A cidade eterna (em vez de Roma)
Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.
Perífrase: é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas
características ou atributos.
“Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
Referências: