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Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Curso de Licenciatura Plena em Letras Vernáculas


Componente Curricular: Literatura Brasileira III
Acadêmico: Moisés da Silva Santos Filho
Docente: Adriana Abreu

Atividade Avaliativa

A noção que muitos têm – até nós mesmos – de modernidade, moderno e modernismo é
bem limitada. Falar de modernidade implica pensar em crescimento, em um período de grandes
transformações – tecnológicas, científicas, políticas e sociais. O modernismo pode ser visto
apenas como um período de auge poético e artístico. O moderno, como novidade, da
atualidade. Mas as concepções e reflexões acerca destes termos vão muito além dessas visões.

Afirmo que o modernismo é um espírito que aspira mudança, “múltiplo no espaço e no


tempo [...]” sendo um “termo abrangente [...]” (MORICONI, 2002, p.26), sem restrições e
limitações. O espírito modernista oportuniza transformação, valorização, rompimento,
liberdade de novas ideias, de criação. Apesar de “Nosso modernismo” ser “uma forma de
modernidade específica, localizada temporal e espacialmente.” (MORICONI, 2002, p.49),
considero toda proposta de mudança, de ruptura, de construção do novo, um modernismo.

Tratando-se da ideia de moderno, percebo como uma extrema valorização de tudo


aquilo que é de relevância cultural e vital para o ser social, considerando a temporalidade.
Como cita Moriconi (2002, p. 49) “[...] moderna se queria e se dizia a poesia neoclássica do
século XVIII [...], moderna foi a seu tempo a Divina Comédia de Dante, como modernos eram
os trovadores daquela Idade Média longínqua [...].”

Sobre o conceito de modernidade, me detenho a acreditar que é um processo de


racionalização, de progresso racional/científico, de formação intelectual, que se empenha em
mudar a sociedade, sendo construído a cada instante a partir das vivências. Têm-se as
universidades como responsáveis pelo processo de formação de “cientistas de ponta e
profissionais liberais [...]”, formando também uma “malha crescente de decisores (pessoas que
decidem) dotados de ampla visão humanística.” (MORICONI, 2002, p.45).

Concluo, afirmando que toda modernidade surge com uma esperança. Modernismo é
superação, é mudança, é inconformidade, é luta. Ser moderno é ser portador de novas ideias.
Referências Bibliográficas:

MORICONI, Ítalo. Como e por que ler a poesia brasileira do século XX. Rio de Janeiro:
Objetiva, 2002.

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