Ref.: AP 888/(2015/0238241-3-DF)
3. Para acessar a parte superior de sua propriedade na Serra das Araras, o acusado
tem como meio de acesso estrada de servidão de passagem dentro das terras de
seus vizinho Sr. Alonso Alves Pereira e seu filho Alonso Alves Filho, ocorre
que, com a compra, o acusado fez jus ao direito de passagem na servidão de
passagem que já era direito adquirido desde de tempos remotos, com a aquisição
da área na parte superior da Serra foi necessário o transito e a utilização da citada
estrada de acesso (servidão de passagem) dentro da área de seu vizinho.
4. tudo corria bem até que em meados de 2012, o vizinho resolveu impedir a
passagem do acusado pelas suas terras, trancando a estrada com cadeado e não
mais permitindo que o acusado ou seus funcionários utilizassem a estrada, com a
atitude do vizinho a lhe prejudicar e a lhe impedir acesso ao outro lado de sua
propriedade, o acusado então buscou resguarda seus direitos invocando o Poder
Judiciário, com AÇÃO DE SERVIDÃO DE PASSAGEM, processo de nº
14538-80.2012.811.0002, Cód. 294424, em trâmite na 2ª vara Cível da Comarca
de Várzea Grande-MT, que, em sede de decisão liminar foi garantiu ao acusado
o direito de transitar pela estrada para acessar a parte superior da Serra, onde se
localiza parte de sua área.
10. Os dois pontos apontados pelo Laudo pericial da POLITEC de mato Grosso,
de nº 02-08.1251/2013, SE MOSTRA FALHO E INCONCLUSIVO, devido ao
fato de apontar somente de forma genérica, a supressão de vegetação, não
especificando que tipo e altura de vegetação foi suprimida ou em que quantidade,
sendo que sequer foi apontado o dano sofrido pela floresta, isso ocorreu
simplesmente pelo fato de que não foi derrubada sequer uma arvore.
12. Antônio Joaquim, além de manter sua propriedade de forma regular junto aos
Órgãos da Secretaria de Agricultura e Pecuária e junto aos órgão de fiscalização
ambiental, juntou nos autos para comprovação, todos os documentos
relacionados á regularidade de sua propriedade.
13. Por tudo quanto foi exposto na Defesa Preliminar, e é agora destacado no
presente memorial, impõe-se a absolvição de Antônio Joaquim m Moraes
Rodrigues Neto pelo crime de danos á Floresta em área de preservação
permanente, de dano direto e indireto à unidade de Conservação e de impedir ou
dificultar a regeneração natural de floresta e demais formas de vegetação, incurso
nos artigos 38,40 e 48 da Lei 9.605/98, na forma do artigo 70 do Código Penal.