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EXTERNALIDADES

1.INTRODUÇÃO
Sob determinadas condições, os mercados privados não asseguram uma alocação de
recursos eficiente no sentido de Pareto.

Na presença de externalidades – negativas e positivas - os preços de mercado não


refletem, de forma adequada, o problema da escolha em condições de escassez que
permeia a questão econômica.

Abre-se, assim, espaço para a intervenção do governo na economia de forma a restaurar


as condições de eficiência no sentido de Pareto.

Uma questão importante é definir qual o papel do governo na produção e/ou provisão de
bens e serviços.

Os projetos públicos têm, como objetivo fornecer bens e serviços que possam aumentar o
bem-estar da sociedade. Para dar suporte a tomada de decisões governamentais, o
método de análise custo-benefício é o que cumpre melhor a exigência, embora se utilize
técnica de avaliação de projetos privada para atribuir valor social a todos os efeitos de um
determinado projeto. Também, devem ser considerados métodos que levem em conta os
efeitos externos do projeto. Os efeitos externos, ou melhor, não-intencionais produzidos
por um projeto são chamados de externalidades. Esse tipo de efeito, também, entra na
avaliação dos projetos públicos.

É importante salientar, que métodos utilizados na análise de projetos públicos não é o


suficiente para se avaliar com precisão todos os efeitos econômicos, sociais e ambientais,
e a garantia de alcance do seu principal objetivo, que é a melhoria do bem-estar social.

A intervenção do governo nos mercados, ao ajudar a restaurar as condições de eficiência


mediante as correções das falhas de mercado – em particular aquelas decorrentes da
existência de bens públicos e externalidades.

Note-se, porém, que a própria ação do governo também pode gerar ineficiências –
conhecidas como "falhas de governo" e, nesse sentido, é importante levar em conta, na
medida do possível, esses "custos" da intervenção governamental quando da correção do
funcionamento dos mercados privados.

Tendo em conta que qualquer subsídio é muito melhor aceite em termos de sociedade que
uma taxa de imposto, a questão central seria a possibilidade de atingir um padrão ótimo de
uso de recursos através de um sistema de subsídios em vez de através de um sistema de
taxas.

2. TEOREMA DE PARETO
O conceito de eficiência no sentido de Pareto, criado pelo economista italiano VilFredo
Pareto, refere-se a situações em que não é possível melhorar a situação de um agente
econômico sem piorar a situação de pelo menos um dos demais agentes.

Modificações que envolvem melhorias na situação de pelo menos um agente econômico


sem piorar a dos demais agentes representam Melhorias de Pareto. Portanto, se uma
determinada alocação de recursos é eficiente no sentido de Pareto, não é possível fazer
melhorias de Pareto a partir dessa alocação.
O Primeiro Teorema Geral da Teoria do Bem –Estar afirma que, na ausência de falhas de
mercado, alocação de recursos produzida pelo equilíbrio competitivo é eficiente, no sentido
de Pareto.

3. DEFINIÇÃO DE EXTERNALIDADES
Um fenômeno originário da produção de bens privados responsável por mais uma falha de
mercado é a produção de externalidades, que se constitui em um efeito colateral de um
processo econômico de produção, o qual pode aparentemente alcançar a eficiência de
mercado nos termos da oferta e da demanda, mas não o conceito de Pareto eficiente, por
reduzir no processo o bem estar de outros indivíduos. As externalidades podem ser
classificadas como positivas ou negativas, conforme o resultado do seu impacto sobre os
indivíduos ou sobre a sociedade. As atividades que envolvem a imposição involuntária de
custos ou de benefícios, isto é, que têm efeitos positivos ou negativos sobre terceiros sem
que estes tenham oportunidade de o impedir e sem que tenham a obrigação de os pagar
ou o direito de ser indenizados. Quando os efeitos provocados pelas atividades são
positivos, estas são designadas por externalidades positivas. Quando os efeitos são
negativos, designam-se por externalidades negativas. Um exemplo de externalidades
positivas é a investigação e desenvolvimento, pois os seus efeitos sobre a sociedade são
geralmente muito positivos sem que esta tenha que pagar pelo seu benefício. Outro
exemplo de externalidades positivas são os bens públicos tais como a saúde pública, as
infra-estruturas viárias, a educação, a defesa e segurança, entre diversas outras
atividades. Exemplos de externalidades negativas são a poluição ambiental provocada
pelas atividades econômicas, a produção de bens não seguros, a produção e consumo de
drogas ilícitas, entre outros. Dado que, tal como referido e ao contrário das transações
realizadas no mercado, as externalidades envolvem uma imposição involuntária, estas
constituem uma ineficiência de mercado. Por isso é necessária a intervenção do Estado
através da oferta ou da criação de incentivos à oferta de atividades que constituem
externalidades positivas e através do impedimento ou criação de incentivos à não
produção de externalidades negativas.

A presença de externalidades, uma categoria de falha de mercado, contribui para explicar


porque os mercados privados são ineficientes para alocar os recursos.

4. CAUSAS
A principal característica das externalidades é serem bens e serviços não valorizados
pelas pessoas, mas não são transacionadas no mercado.

O problema principal é o fato de afetação de equilíbrio poder não ser suficiente.

As externalidades aparecem devido à inexistência de direitos de propriedade sobre


Recursos, quando a atividade econômica de alguém, indeliberadamente, tem
repercussões no bem estar de outrem.

Os direitos de propriedade definem quem possui o direito de utilizar o recurso.

Se ninguém tiver essa propriedade, o recurso está disponível para quem quiser utilizar.

A pessoa utiliza o recurso, relativamente ao qual não existem direitos de propriedade, não
paga pela sua utilização. Como não paga nada, a pessoa não considera a utilização do
recurso um custo. Mas se o recurso tem uma...

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