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DIRECIONAL
Finalidades
Perfuração Direcional
Finalidades
• Poço de alívio
• Reservatórios localizados abaixo de locações
inacessíveis, tais como rios, lagos, cidades, etc.
• Desviar de acidentes geológicos, tais como domos
salinos e falhas.
• Perfurar vários poços de uma mesma locação,
como no caso de uma plataforma de produção
marítima, ou um cluster em regiões terrestres de
difícil acesso.
• Desviar poços que tiveram um trecho perdido,
como por exemplo por prisão da coluna.
Perfuração Direcional
Finalidades
• Dificuldade para instalação da sonda diretamente
sobre o alvo
• O poço original foi abandonado e um desvio (side
track) é realizado para atingir novo objetivo
• Campanha exploratória complementar:
– Poço direcional perfurado de uma plataforma já
existente.
– Poço direcional usado para delimitar a fronteira
de um reservatório.
• Poços Direcionais para Resolver Problemas
Específicos
– Perfuração no topo de reservatórios altamente
fraturados como uma alternativa para retardar a
produção de água.
Perfuração Direcional
Finalidades
Dificuldade para
instalação da
sonda diretamente
sobre o alvo
Perfuração Direcional
Finalidades
Campanha exploratória
complementar:
-Poço direcional perfurado
de uma plataforma já
existente.
- Poço direcional usado para
delimitar a fronteira de um
reservatório.
Perfuração Direcional
Finalidades
Utilização de Clusters
• Redução de investimentos pela
utilização de sondas de perfuração
colocadas em plataformas fixas.
Cluster
Perfuração Direcional
Finalidades
Combate à Blowouts
• Perfuração de poço de
alívio para controlar
blowouts.
Elementos de
um Poço Direcional
• KOP ( Kick-off Point).
• Curvatura
– dog leg severity: build up ou drop off.
• Inclinação dos trechos inclinados (slant).
• Afastamento horizontal.
• Direção locação-objetivo.
• Profundidade vertical final do poço
POÇOS
INÍCIO DO GANHO DE ÂNGULO (KOP)
DIRECIONAIS
TRECHO DE GANHO DE ÂNGULO (BUILD UP)
OBJETIVO
Tipos de Poços Direcionais
• Tipo I - O KOP é raso e o trecho inclinado
prossegue até o objetivo.
• Tipo II (tipo S)- O KOP é raso e o trecho
inclinado prossegue até se atingir o afastamento
lateral projetado. O poço é então trazido para a
vertical e assim prossegue até o objetivo.
• Tipo III - Semelhante ao tipo I, porém o objetivo é
atingido na fase de crescimento de inclinação
(build up).
Tipos de Poços Direcionais
Instrumentos de Orientação
• Single shot - Instrumento lançado dentro da coluna, que se
aloja dentro do K-monel (comando não magnético), para
registrar, numa única foto, a inclinação e direção do poço,
através de uma bússola e um pêndulo. Após a foto, o
instrumento é retirado a cabo.
• Multishot - Possui um filme fotográfico, permitindo tirar
várias fotos durante a retirada da coluna.
• Giroscópio - A bússola é substituída por um giroscópio,
que não sofre interferências magnéticas, como nos poços
revestidos.
Instrumentos de Orientação
• Steering Tool - Um cabo elétrico transmite as informações
desejadas durante a fase que um motor de fundo está sendo
utilizado. Utiliza um side entry sub para proteção do cabo
elétrico.
• MWD (Measurement While Drilling) - Envia as
informações de inclinação e direção através de pulsos de
pressão no fluido de perfuração.
Operação de Desvio
(Steerable System)
• Ao atingir o KOP, a coluna de perfuração é retirada e
desce-se para iniciar o desvio uma coluna montada com
motor de fundo, bent sub, MWD, comandos e tubos de
perfuração.
• Pode-se também iniciar o desvio com um equipamento
chamado whipstock ou com jato direcionado.
• Quando o operador julgar que o poço já se encontra na
trajetória correta, retira esta coluna e desce uma coluna
normal de perfuração, com estabilizadores.
• Quando o controle da trajetória é crítico, deve-se utilizar
um sistema navegador (steerable system), que é
composto por um motor de fundo com bent housing
(steerable system) e um MWD.
Operação de Desvio
(Steerable System)
Operação de Desvio
(Steerable System)
MOTOR DE FUNDO
SISTEMA "STEERABLE"
Princípio de Operação
Eixo Anéis
excêntricos
flexionam o eixo
R O
M1= V1
α
R
D2 M2 β
V2
δ
α
Dp
Vp
Mp
D3
V3
D4 M3
V4 M4
18000
R =
π . BR
⎛ ⎛ ⎞⎞
α = arcsen ⎜
R
cos ⎜ arctg D −R3 ⎟ ⎟ ± arctg D −R3
⎜V −V ⎜ V −V ⎟⎟ V −V
⎝ 3 1 ⎝ 3 1 ⎠⎠ 3 1
V 2
=V 1
+ R sen α
D 2
= R (1 − cos α )
100 α
M 2
= M 1
+
BR
= +
(
V p
−V 2
)
M p M 2
cos α
D p
= D 2
+ (V p
−V 2
).tg α
= +
(V 3
−V 2
)
M 3 M 2
cos α
D 4
= D 3
+ (V 4
−V 3
).tg α
= +
(V 4
−V 3
)
M 4 M 3
cos α
Exemplo: Planejamento de um
Poço Direcional
Dados gerais:
• A profundidade vertical final será 140 m abaixo do objetivo.
• A razão de ganho de ângulo no build up é de 1 grau por 10 m.
• Raio de tolerância = 50 m
Perguntas
⎛ Dif .Coord .E − W ⎞
DireçãoAlvo = arcTg ⎜⎜ ⎟⎟
⎝ Dif .Coord . N − S ⎠
⎛ 726725,25 − 726700,00 ⎞
DireçãoAlvo = arcTg ⎜ ⎟ = 2,2 graus
⎝ 8783845 ,38 − 8783190, 00 ⎠
Direção do objetivo=S2,2W
• Dados:
V3= TVD Alvo = 2030+32=2062 m
BR=10 °/100m
D3=Afastamento Alvo = 655,89 m
V4=TVD Final=2030+32+140=2202 m
• Determinação de R
R=18000/π/BR=573 m
ΔN i = ΔM i sin θ i cos φi
ΔEi = ΔM i sin θ i sin φi
ΔVi = ΔM i cos θ i
θ = inclinação
φ = direção
M = profundidade
Métodos de Cálculo da Trajetória
• Método da Ângulo Médio
– “L” é a distância perfurada
– Inclinação e azimute no ponto “B” é
igual a média da inclinações e
azimutes em “A” e “B”.
– As projeções dos pontos “A” e “B”
são calculadas como as projeções
obtidas dos ângulos médios das
inclinações e dos azimutes.
⎛ θ + θ i −1 ⎞ ⎛ φi + φi −1 ⎞
ΔN i = ΔM i sin⎜ i ⎟ cos⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
θ = inclinação
⎛θ +θ ⎞ ⎛ φ +φ ⎞
ΔEi = ΔM i sin⎜ i i −1 ⎟ sin⎜ i i −1 ⎟ φ = direção
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
M = profundidade
⎛ θ + θ i −1 ⎞
ΔVi = ΔM i cos⎜ i ⎟
⎝ 2 ⎠
Métodos de Cálculo da Trajetória
• Método do Raio de Curvatura
– “L” é a distância perfurada.
– A distância perfurada é tratada
como como uma curva inscrita
sobre uma superfície cilíndrica
com eixo vertical.
– A projeção vertical e horizontal
de cada ponto são assumidas
como sendo arcos de círculos
cujos raios serão função da taxa
de ganho de ângulo e da taxa de
variação do azimute.
Métodos de Cálculo da Trajetória
• Método do Raio de Curvatura
180ΔM i
Rcv =
π (θ i − θ i −1 )
Ph = Rcv (cos θ i − cos θ i −1 )
Af = Ph(cosφo − cosφi )
180 Ph
Rch =
π (φ i − φ i −1 )
ΔN i = Rch (senφi − senφi −1 )
ΔEi = Rch (cosφi − cosφi −1 )
ΔVi = Rcv (senθ i − senθ i −1 )
θ = inclinação
φ = direção
φ o = direção ⋅ do ⋅ objetivo
M = profundidade
Métodos de Cálculo da Trajetória
f (α ) =
( 2)
tan α
(α 2 )
θ = inclinação
φ = direção
M = profundida de
Casos Particulares de
Poços Direcionais
• Poços de Grande Afastamento (ERW)
• Poços Horizontais
• Poços Multilaterais
Poços de Grande Afastamento
(ERW - Extended Reach Well)
• Poços onde o objetivo está bastante afastado
horizontalmente da sua locação na superfície.
• Define-se como ERW poços com uma relação
maior que 2 entre o afastamento horizontal e a
profundidade vertical (considera-se somente
rocha, ou seja, a lâmina d’água não é considerada
neste cálculo).
• Existem poços ERW onde o afastamento é maior
que 10 Km (Witch Farm).
POÇOS ERW
Grande Afastamento
POÇOS ERW na ALEMANHA
Dieksand - Campo de Mittelplate
Maior
Maiorganho
ganhototal
total Menor
Menorinvestimento
investimento Menor
Menorcusto
custode
de
explotação
explotação
Aumento
Aumentodo
dofluxo
fluxode
decaixa
caixa
com
commenor
menortempo
tempode
deretorno
retornododoinvestimento
investimento
Histórico
• 1950s : Russos perfuraram 43 poços
horizontais. Enfatizou-se os metros
perfurados ao invés da produtividade. A
técnica foi considerada anti-econômica.
• 1978 : Esso Canada perfurou um PH em
Cold Lake para testar a ação térmica do
vapor (“Steam Gravity Drainage”)
Steam Gravity Drainage
Histórico
• 1979 : Arco perfurou um PH nos EUA.
Aumentou a produção produzindo por
gravidade e estimulado com injeção de gás.
Resolveu problema de cone de gás.
• 1979-1983 : Elf perfurou 3 PH para testar
esta tecnologia em conjunto com IFP. Isto
permitiu a ELF perfurar o primeiro poço
offshore no Campo de Rospo Mare, na
Itália. IP foi 20 x dos poços verticais.
Histórico
• 1984 : Brasil perfurou seu primeiro PH em
Fazenda Belém (FZB-308H-RN).
• 1986 : Até então somente 50 PHs tinham
sido perfurados no mundo. O custo de um
PH era em torno 1.4 a 2 vezes a de um poço
vertical. A completação e estimulação eram
limitadas.
• 1987-1988 : The turning point !!!!
Histórico
• 1987 : São publicados métodos para análise
de teste para PH. Sada Joshi publica a
primeira equação para IP de poços
horizontais considerando anisotropia do
reservatório e a posição do PH no
reservatório. O número de PH aumenta.
• 1989 : O número de PH passa para 265.
• 1989-90 : Publica-se critérios para seleção
de reservatórios para aplicação de PH.
Histórico
• 1990 : O número de PH ultrapassa 1000. O
primeiro PH no Golfo do México é
perfurado pela Texaco.
• 1992 : Já são mais de 2500 PH no mundo,
sendo 75 % na América do Norte. Deve-se
considerar o campo de Austin Chalk, no
Texas (baixa permeabilidade).
Histórico
• 1993 - 1997 : Muito trabalho tem sido feito.
Pode-se destacar os seguintes : fraturamento
hidráulico, canhoneio, modelos de
computador (perfuração, produção e
reservatório), controle de areia, técnicas de
controle de direcional e perfilagem.
POÇOS HORIZONTAIS
Progressão do Número de Poços
6
Milhares de Poços
5
4
0
86
87
88
89
90
91
92
93
94
95
96
97
98
99
2000
POÇOS HORIZONTAIS
Desenvolvimento
Ê Validação : na Década de 70
Ê Otimização : na Década de 80
Ê Diversificação : na Década de 90
Planejamento do Poço Horizontal
Preliminar
• Trajetória : profundidade do objetivo,
comprimento do poço dentro do
reservatório, locação, tolerância
• Produção esperada
• Mecanismo de produção
• Tipo de Completação
Tipos de Curvatura
Classificação Quanto ao Raio de Curvatura
Médio 8 - 30 716-191
Intermediário 30 - 60 191-95
1800
BUR =
πR
BUR => graus / 100 pés
R => pés
Raio Ultra Curto
Perfuração com
jato de alta pressão
Raio Curto
Rev. 36”
MPDG
TSR
CAUDA INTERMEDIÁRIA
(7” OD)
VIF
Completação
Rev. 11 3/4 ” x 10 ¾”
de Poço Horizontal
TELA TB 5 ½”
(ou 9 5/8”)
Planejamento do Poço Horizontal
Perfuração
• Revestimento / Cimentação
• Estabilidade das paredes
• Fluido de perfuração / Hidráulica
• Projeto da coluna de perfuração : análise de
esforços (torque/drag), flambagem, fadiga
• Desgaste de revestimento
• Perfilagem : LWD
Problemas e Soluções na Perfuração
• Problemas:
– Atrito
– Navegação
– Peso sobre a broca
– Torque & Drag / Flambagem
• Soluções:
– Otimização da trajetória
– Steerable System, Rotary Steerable System
(estabilizador ajustável, Geopilot ou Autotrack)
– Redução de peso (coluna invertida)
– Lubricidade
– Rotação da coluna (top drive)
Problemas e Soluções
na Perfuração
• Limpeza do poço : fluidos visco-elásticos,
vazão, geometria do anular
• Cimentação : canalização (centralização)
• Desgaste do revestimento : redução de
esforços laterais, lubricidade, protetores,
motor de fundo, smooth hard facing
• Dano à formação : fluido tipo “drill in” (não
invasivo), menor densidade (under
balanced)
Protetores de Coluna
Tubo de Perfuração (Drill Pipe)
• Aplicação de smooth hardbanding no tool joint
Problemas e Soluções
na perfuração
• Instabilidade da parede do poço : peso do
fluido, reduzir vibração, inibição do fluido,
inclinação e direção do poço
• Prisão de coluna : comando espiralado,
reduzir peso do fluido, lubrificantes, evitar
parar o comando em frente zonas depletadas
• Perfilagem : LWD
• Ferramentas à cabo : bombear
Planejamento do Poço Horizontal
Reservatório
• Caracterização do reservatório : sísmica 3 D
• Definir comprimento do poço dentro do
reservatório (perdas de carga, interferência)
• Seletividade de zonas de produção
• Previsão de produtividade e recuperação
• Análise de testes
Por que não perfurar mais de um
poço horizontal a partir de uma
mesma locação ?
Resposta : Multilaterais
Multilaterais
O que é um poço Multilateral ?