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ESEG
Discentes:
Beatriz Claudia Wito
José Soares
Sahadia Juma
Vidro Soares
Virgilia Eduardo
Cadeira:
Administração Hospitalar
3º Grupo
Liderança ......................................................................................................................................... 5
Conclusão ...................................................................................................................................... 14
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Liderança
Conceito de Llideranca
A liderança é uma das temáticas que mais atenção tem merecido por parte de investigadores e
profissionais dos diversos setores de atividade. Considera-se um tópico fundamental nas relações
de trabalho, uma vez que os liderados identificam o estilo de liderança como um fator
desencadeador dos conflitos laborais. Ao mesmo tempo, as incompatibilidades pessoais e/ou
profissionais entre líder e liderado (s), a coexistência de lideranças formais e informais, bem
como, a integração dos diferentes estilos ao longo da cadeia hierárquica de uma organização, são
apenas parte da complexidade e subjetividade inerente ao tema.
Durante muitos anos, a liderança foi estudada e entendida como um traço de personalidade, isto
é, dependendo exclusivamente de características pessoais e inatas do sujeito. Atualmente,
percebemos que uma atitude de liderança depende da aprendizagem social do indivíduo e, por
isso mesmo, pode ser treinada/aperfeiçoada. Apesar disso, persistem inúmeras dúvidas
conceituais. São muitos os trabalhos realizados em torno deste tema, bem como, focos e níveis de
análise/intervenção; talvez por isso sejam inúmeras as confusões conceituais relacionadas com a
liderança, nomeadamente aquela que equipara liderança a chefia. Na verdade, o conceito de
liderança e o exercício (in) formal da mesma nem sempre estão associados de forma direta.
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Definição de Liderança
A liderança está intimamente relacionada com as competências de comunicação e de transmissão
de ideias. Assim, tem sido muito complicado definir o que é ser líder e o que é Liderança,
havendo inúmeras definições para este elaborado conceito. Bass (1990, cit in Rego, 1998) refere
que “existem quase tantas definições de liderança quantas as pessoas a tentar defini-la”.
Apresentam-se, em seguida, algumas definições encontradas, referentes ao conceito de
Liderança:
É o papel que se define pela freqüência com que uma pessoa influencia ou dirige o
comportamento de outros membros do grupo (McDavid e Herrara, s/d);
É a capacidade para promover a ação coordenada, com vista ao alcance dos objetivos
organizacionais (Gomes e colabs., 2000);
É um fenômeno de influência interpessoal exercida em determinada situação através do
processo de comunicação humana, com vistas à comunicação de determinados objetivos
(Fachada, 1998);
Sem dúvida a definição apresentada nos da uma melhor leitura sobre o que seja liderança e
percebemos que o papel do líder está intimamente ligado a influência que exerce no grupo em
que atua. Assim, enquanto que a liderança pode ser vista como um fenômeno de influência
interpessoal. O líder pode ser percebido como aquele (a) que decide o que deve ser feito e faz
com que as pessoas executem essa decisão. Deste modo, o líder será avaliado pelos resultados
simbólicos, mais do que pelos resultados substantivos – ‘ser responsável é aceitar ter que
responder por algo e perante alguém’.
Noutros termos, é ter que prestar contas. E a prestação de contas é uma prestação discursiva. Por
isso, a prestação do líder conta e o seu discurso produz efeitos que importa ter em conta. (Gomes
e colabs., 2000). Com efeito, antes de se aprofundar mais os conceitos, será conveniente
distinguir entre liderança estatutária e emergente.
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A liderança estatutária ou formal
Está associada a uma posição na estrutura de poder formal, à qual correspondem comportamentos
esperados de indivíduos, ocupando um estatuto oficialmente reconhecido.
Por contraste,
A liderança emergente
Corresponde àquela que é exercida por alguém, independentemente da posição oficial que ocupa.
Um membro que não detenha uma posição oficial de liderança, pode exercer uma influência
decisiva no grupo, por exemplo ao expressar uma idéia proveitosa, ao colocar uma questão
pertinente, ao ajudar o grupo a formular um plano ou mesmo ao fazer sugestões úteis ao líder
estatutário. Muitos estudiosos parecem pensar a liderança como se ela fosse somente, ou
primariamente, fixada quer através de nomeação ou eleição quer a partir de habilidades especiais
e/ou preparação/formação.
Nesta base, aqueles que dividem as pessoas em dois grupos: líderes e seguidores, ou, se
preferirmos líderes e subordinados. Desta forma, assiste-se à identificação restritiva da liderança
com a liderança formal. A liderança é, desejavelmente, um processo que implica capacidade de
influenciar os outros através de um processo de comunicação, com o objetivo final de realizar
uma tarefa. A liderança deve ser alvo de auto análise e auto-crítica, já que ela é um processo
interativo, que não acontece com uma pessoa isolada.
O comportamento dos sujeitos implica que o líder adote um estilo de liderança específico e
adequado às características desse grupo. Pelo processo de influência, o líder pode alterar o
comportamento dos sujeitos, de modo intencional, através das estratégias que utiliza para impor o
seu domínio e ascendência. É pois importante que o líder se relacione com todos os elementos do
grupo que lidera. Como apareceu numa definição de Liderança, anteriormente citada, neste
processo complexo de liderar, há uma influência interpessoal que surge como resultado da
comunicação entre os interlocutores envolvidos no processo, acerca de um determinado objetivo
(Fachada, 1998).
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Comunicação com Membros da Equipe
A perspectiva social de gerenciar, proveniente da Teoria das Relações Humanas e da Teoria
Comportamental, concebeu novas dimensões e novos valores para a gerência e para a
organização. Com a intenção de democratizar e humanizar as organizações, concentrou-se na
rede informal, na participação, na motivação e necessidades humanas, na comunicação, na
liderança, nos grupos sociais e, sobretudo, preocupou-se com a satisfação no trabalho, pois
entendia que o nível de produção estava a depender desses fatores.
Um dos principais objetivos do movimento humanista e social foi quebrar o excessivo controlo
hierárquico e encorajar a espontaneidade dos trabalhadores (TREVIZAN & MENDES, 1993).
Estudos contemporâneos sobre o processo e a dinâmicas organizacionais, especificamente sobre
comportamento humano e liderança visualizam-na como um processo coletivo compartilhado
entre os membros de um grupo.
Ao investir no poder existente nos liderados, o líder rearticula esse poder em sintonia
com o seu próprio para conseguir uma aliança grupal em relação a objetivos comuns, mantendo
sua influência através do reforço do comprometimento com ideais comuns. Assim, a liderança é a
expressão de apoio e confiança; é o desenvolvimento de um real sentido de interdependência
entre os integrantes, com respeito às individualidades (MOTTA, 1991).
Ainda GOLDSMITH (1996) relata sobre recente pesquisa indicando que os líderes que solicitam
idéias dos principais grupos de interesse aprendem através de uma atitude positiva e não
defensiva, são capazes de acompanhar de maneira direcionada e eficiente e, com isso, certamente,
crescerão e se desenvolverão em termos de eficácia.
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Motivação, Apoio aos membros da Equipa
As práticas de motivação e liderança estão sendo cada vez mais aplicadas nas organizações.
Várias mudanças têm ocorrido ao longo do tempo com relação aos estilos de liderança. A prática
tradicional de gerenciamento considerava o colaborador como um elemento importante dentro da
organização, como uma pessoa que possuía fronteiras estabelecidas no seu cargo e evoluía de
acordo com seu desempenho individual.
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Percebeu-se a necessidade em se considerar a cultura da empresa, tão importante quanto à
produtividade e a qualidade, assim como utilizar os talentos humanos em conjunto. Para o líder é
necessário sentir as pessoas, suas necessidades, aspirações e anseios.
Quanto às características de um líder, é possível afirmar que líder é aquele que coloca o
desempenho da equipe em primeiro plano, reconhece e tem humildade para pedir ajuda, não
buscando resultados com propósitos individuais. Segundo OLIVEIRA e PAULETTI
(WWW.CTAI.RCT-SC.BR), “A performance da equipe quase sempre depende do líder ser capaz
de atingir um equilíbrio crítico entre fazer as coisas pessoalmente e deixar que outras pessoas
façam”.
Dirigir:
É dar um direcionamento, uma rota para que a equipe possa guiar-se com o objetivo de atingir a
missão proposta pelo líder no consenso de todos. O líder deve ser capaz de criar o sentido e a
razão da existência da equipe. É de fundamental importância criar desafios e dar autonomia para
que em conjunto as decisões sejam implementadas. Uma equipe mantém-se motivada quando
para ela está claramente definido os objetivos e metas a serem alcançadas e a verificação da
viabilidade do cumprimento destas metas.
Por isso, o líder é responsável por manter a comunicação clara e atualizada à equipe, informando
a todos os propósitos do grupo e as ações a serem tomadas. O próprio grupo, conduzido pelo
líder, deve avaliar seus recursos humanos, financeiros e tecnológicos, diagnosticando a situação
com o objetivo de elaborar um plano de ações.
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Nesta etapa a equipe revê sua missão e identifica claramente o problema central e suas barreiras.
O líder deve tomar cuidado para que a equipe não gaste tempo excessivo analisando o problema
e, após identificá-lo, parta para as soluções. Para que seja estabelecido um plano de ações
focando o problema central não deve ser esquecida a habilidade do grupo, estabelecimento de
prazos, definições de responsabilidades, análises de custos e critérios para avaliação das ações.
É muito importante a fase de planejamento, pois se procura traçar previamente o caminho que se
deseja trilhar. O líder não deve esquecer-se de fornecer um feedback para sua equipe, ou seja,
elogiar o que estiver sendo feito corretamente e treinar o que estiver sendo feito erroneamente.
Motivar:
O líder deve ser capaz de criar um ambiente propício à integração e ao trabalho coletivo, fazendo
com que o grupo sinta-se disposto e estimulado em buscar um determinado objetivo. Neste
sentido, o líder tem um papel fundamental e delicado perante a equipe, pois tem a
responsabilidade de criar meios para que as pessoas sintam-se engajadas ao grupo e ajam como
voluntários que lutam por uma causa nobre.
Reuniões e Encontros
A arte de se reunir faz parte do cotidiano das pessoas e das organizações. Nas organizações, as
reuniões desempenham importante papel, especialmente por ser um dos meios mais comuns pelos
quais as pessoas se comunicam no trabalho. As reuniões servem para tratar desde questões
corriqueiras a respeito das relações trabalhistas até para firmar acordos e/ou estabelecer
complexas relações de trabalho intra ou interorganizacional.
Quanto mais sobe-se na carreira administrativa, maior o número e tipo de reuniões a comparecer.
São reuniões em que os funcionários participam para tratar de assuntos do dia-a-dia, ou até
mesmo para encontros sociais, dentro ou fora da organização, em que participam chefes e
empregados.
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Reuniões são importantes para o líder e seus liderados manterem-se atualizados sobre o
andamento do trabalho em uma organização, verificar o que está acontecendo, socializar o
conhecimento, planejar algo conjuntamente, fornecer subsídios para a tomada de decisão, assim
como para aferir o que vai bem ou mal (ALMEIDA e DIAS, 2003, p. 33)..
Reuniões eficazes prestam importante contribuição ao sucesso de uma organização, ao passo que
reuniões mal conduzidas e ruins podem ser mais prejudiciais que a sua realização, pois elas
atrapalham a produtividade das organizações. Por isso, reuniões devem ter um objetivo concreto,
ser dinâmicas, interativas, descontraídas.
Reuniões também podem ser transformadas em uma parte importante do processo de
aprendizagem de trabalho coletivo. O líder é o grande responsável por conduzir esses encontros
com forte sentido de direção e objetivo. E os participantes, geralmente esperam que o líder tenha
essa capacidade.
Há muitos motivos importantes para se convocar uma reunião. A maioria delas acontece visando
um dos seguintes objetivos: discutir, decidir, determinar. As pessoas se reúnem para participar,
discutir, receber informações e tomar decisões, as quais podem ser de forma coletiva,através do
consenso, ou determinada unilateralmente por um chefe. Seja de que forma for, para que se
obtenha sucesso, é preciso que as decisões sejam claras, pois uma decisão deverá resultar em
compromisso com a ação. As decisões tomadas individualmente são mais rápidas e geralmente
apresentam maior clareza,mas nem sempre conseguem o envolvimento de todos com a ação e a
responsabilidade.
As decisões tomadas em consenso requerem um tempo maior para discussão das ideias, mas, ao
mesmo tempo, levam as pessoas a um maior envolvimento com o assunto discutido e, por
conseguinte, maior responsabilidade com a ação posterior.
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Conclusão
O que foi possível perceber nesse estudo é que existem diversos tipos e estilos de liderança cada
uma demonstrando características peculiares não somente do líder e de sua atuação mas de seu
grupo de comandados. Assim, pode-se perceber que muitos dos líderes podem possuir estilos
diferenciados complementando os tipos nos quais eles são enquadrados. O que na verdade chama
a atenção é que mesmo a sociedade observando a necessidade da mudança no que concerne a
comando e comandante, ou seja, mudar aquela figura de chefe que manda, desmanda, detém o
poder, etc., se faz necessário o líder que deve trabalha com o grupo, deve trabalhar o grupo, para
que este possa ser cada vez mais organizado e produtivo. Porém, vemos que ainda existem
“chefes” sob o nome de líder, demonstrando total autoridade perante seus liderados - que ainda
são subordinados - fazendo com que o grupo de trabalho seja distante, desunido e desmotivado
para o desenvolvimento de qualquer tipo de trabalho conjunto.
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Referências Bibliográficas
CABRAL, Claudio de Oliveira. Produtividade e Gente: O Possível Equilíbrio.CRA-RJ –
Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro.WWW.CRA-RJ.ORG.BR> Acesso em
30/02/2018
HEIL, G.; PARKER, T.; TATE, R. A liderança e a revolução do cliente. Trad. Nivaldo
Montingelli Jr. São Paulo: Pioneira, 1995.
MOTTA, P.R. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser dirigente. 2. ed. Rio de Janeiro:
Record, 1991.
TREVIZAN M.A.; MENDES, I.A.C.; GALVÃO,C.M.; SAWADA, N.O. A new ethics to nurse’s
management action: shared values. In: WORLD CONGRESS ON MEDICAL LAW, 11.
Proceedings Rapports Actas, 1996. v. 2, p. 473-81.
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