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1) Introdução

A terceira geração de redes de telefonia móvel, tem estado sob intensa pesquisa e
discussão recentemente, e agora está começando a emergir. Pela International
Telecomunication Union (ITU), as redes de terceira geração são denominadas
International Mobile Telecomunications 2000 (IMT-2000), e na Europa, Universal
Mobile Telecommunication System (UMTS). Esta nova tecnologia, irá promover
uma grande variedade de serviços, especialmente relacionados a multimídia e alta
taxa de transmissão. Nesse contexto, Wideband Code Division Multiple Access
(WCDMA) emerge como a principal solução para interface ar de terceira geração.
Na Europa, Japão, Coréia e nos Estados Unidos, o WCDMA já está sendo
atualmente padronizado.

UMTS é visto como o sucessor do Global System for Mobile Communications


(GSM). Este padrão indica a mudança para a terceira geração de redes móveis.
Além disso, UMTS também aparece para atender à crescente demanda de
aplicações móveis e para Internet, dentro do meio das comunicações móveis.
Esta nova rede aumenta a taxa de transmissão a até 2 Mbps por usuário móvel e
permite padrão global de roaming.

O objetivo deste trabalho é fornecer uma visão geral na forma de funcionamento


do padrão UMTS para telefonia celular, sua evolução dentro do histórico das
comunicações móveis, sua arquitetura, interfaces e tecnologias, bem como as
novas tendências da telefonia móvel no mundo.

2) Histórico

As ondas eletromagnéticas foram primeiramente descobertas como meio de


comunicação no final do século XIX. Os primeiros sistemas a oferecer serviço de
telefonia móvel (telefone de carro) foram introduzidos no final dos anos 40 nos
Estados Unidos e no início dos anos 50 na Europa. Estes primeiros sistemas
celulares eram muito limitados quanto à mobilidade e serviços, com baixa
capacidade e má qualidade de voz. Além disso, o equipamento era pesado, caro
e sensível à interferência. Devido a isso, havia menos de um milhão de usuários
de telefonia móvel no início dos anos 80 em todo o mundo.

1ª Geração: Celular Analógico

A introdução de sistemas celulares no final da década de 70 e no início da década


de 80 representou um grande salto nas comunicações móveis: a tecnologia dos
semicondutores e microprocessadores permitiu o desenvolvimento de telefones
menores, mais leves e mais sofisticados, tornando-os uma realidade prática para
mais usuários. Estes sistemas 1G ainda transmitiam apenas informação de voz
analógica. Os sistemas de 1ª Geração englobam: Advanced Mobile Phone
System (AMPS), Nordic Mobile Telephone (NMT), e Total Access Communication
System (TACS). Com a introdução dos sistemas de 1ª Geração, o número de
usuários cresceu para aproximadamente 20 milhões em 1990.

2ª Geração: Sistemas Digitais Múltiplos

O desenvolvimento dos sistemas celulares 2G foi impulsionado pela necessidade


de se melhorar a qualidade de transmissão, a capacidade do sistema e a
cobertura. Os avanços quanto à tecnologia dos semicondutores e dispositivos de
microondas levaram ao uso da transmissão digital nas comunicações móveis. A
transmissão de voz ainda dominava, mas a demanda por serviços de fax, short
messages e transmissão de dados crescia rapidamente. Serviços suplementares
como prevenção de fraudes e encriptação tornaram-se um padrão característico
dessa geração. A taxa de transmissão de dados para 2G não excedia 9,6 Kbps.
Os sistemas 2G incluem: Global System for Mobile Communication (GSM), Digital
AMPS (D-AMPS), Code Division Multiple Access (CDMA), e Personal Digital
Communication (PDC). Ainda hoje, sistemas 1G e 2G são usados no mundo.
Diferentes padrões oferecem aplicações com diferentes níveis de mobilidade,
capacidade e área de serviço. Muitos são usados em apenas um país ou região,
e a maioria deles é incompatível. GSM é o padrão celular mais usado (GSM900,
GSMrailway [GSMR], GSM1800, GSM1900 e GSM400), suportando
aproximadamente 250 dos 450 milhões de usuários no mundo, com roaming
internacional em aproximadamente 140 países e 400 redes.

2G para 3G: Geração intermediária


A transição de 2G para 3G seria extremamente desafiadora, além de muito cara,
por isso, faz-se essa transição através de um padrão intermediário: 2.5G. As
redes 2.5G (GPRS, CDMA2000 1x, EDGE) são as versões avançadas das redes
2G com taxas de dados de aproximadamente 144 Kbps.

A tecnologia 2.5G é radicalmente diferente da 2G pois esta usa comutação por


pacotes. Esta nova tecnologia General Packet Radio Service (GPRS) é o padrão
europeu 2.5G (upgrade do GSM). O GPRS substitui a comutação de circuitos do
GSM por comutação por pacotes, sendo um passo útil a caminho da 3G, pois dá
às operadoras de telecomunicações experiência em comutação por pacotes.

O Enhanced Data for Global Evolution (EDGE) é outro upgrade do GSM. O EDGE
é interessante às operadoras americanas pois possibilita o upgrade a partir tanto
do EDGE quanto do TDMA (IS 136). A padronização do EDGE vem sendo feita
através do Universal Wireless Communication (UWC 136). As taxas de
transmissão no EDGE chegam a ser 3 vezes mais rápidas do que no GPRS. O
upgrade a partir do sistema EDGE é um tanto complexo, pois implica não somente
em atualização de software, mas também mudanças aos subsistemas de
hardware das estações base e antenas e a construção de novas estações base.
Por estas razões, algumas operadoras GSM optaram por não adotar o EDGE,
mas sim diretamente do GSM ou GPRS para o padrão 3G (WCDMA).

3ª Geração: Altas taxas de transmissão

O padrão 3G, conforme visto anteriormente foi criado pela ITU e é normalmente
conhecido como IMT 2000. Os principais objetivos da 3G é fornecer acesso
global, roaming internacional, uso em todas as aplicações móveis, altas taxas de
transmissão (2 Mbps), alta eficiência e suporte tanto a comutação por circuitos
quanto por pacotes. O IMT 2000 engloba cinco padrões, que são: W-CDMA,
CDMA2000, TD-CDMA/TD-SCDMA, DECT e UWC-136.

Desses cinco, apenas três fornecem rede com cobertura total, podendo ser
considerados como plenamente de 3G: WCDMA, CDMA2000 e TD-SCDMA.
Dentre os outros, DECT é usado para os telefones sem fio caseiros, podendo ser
utilizado em 3G de pequena escala, mas não fornece cobertura total de rede. E o
UW 136, conforme visto anteriormente, é outro nome dado ao EDGE, que é
genericamente considerado como 2.5G. Através do diagrama abaixo, pode-se ver
a evolução dos sistemas de comunicações móveis, desde a 1ª Geração.
4ª Geração: (?)

A 4G atualmente não passa de uma palavra de especulação de marketing. Algumas


pesquisas vêm sendo feitas, mas nenhuma faixa de freqüências foi alocada, nem o trabalho
de especificação foi feito ainda. A 4ª Geração poderá estar pronta para ser implementada
em 2012.

3) Sistemas 3G

Os sistemas 3G ou de 3a geração são conhecidos por proporcionar uma


mobilidade global com extenso número de serviços, incluindo telefonia, paging,
mensagens de texto, e Internet. O processo de definição do padrão para
sistemas de terceira geração teve início na International Telecommunicattion
Union (ITU) sendo referenciado no International Mobile Telecommunications 2000
(IMT-2000). Na Europa o European Telecommunications Standards Institute
(ETSI) foi responsável pelo processo de padronização do UMTS. Em 1998 o Third
Generation Partnership Project (3GPP) foi formado para continuar o trabalho de
especificações técnicas. O 3GPP tinha cinco áreas de padronização principais
para UMTS: Radio Access Network, Core Network, Terminais, Services & Systems
Aspects e GERAN.

O Third Generation Partnership Project 2 (3GPP2) foi formado para


desenvolvimento técnico do CDMA-2000 que é um membro da família IMT-2000.
Em Fevereiro de 1992 a World Radio Conference alocou as freqüências para
UMTS. As freqüências de 1885 Mhz à 2025 Mhz e de 2110 Mhz à 2200 Mhz foram
identificadas para uso do IMT-2000. Para serviços de satélite, uma sub-banda
própria dentro do espectro do UMTS foi alocada (uplink 1980 MHz to 2010 MHz,
downlink 2170 MHz to 2200 MHz). O espectro terrestre restante é dividido entre
dois modos de operação. No modo FDD (Frequency Division Duplex), existem 2
bandas iguais, sendo uma para o uplink (1920 MHz to 1980 MHz) e outra para o
downlink (2110 MHz to 2170 MHz), separadas por uma banda de guarda. No
modo de operação TDD (Time Division Duplex), o uplink e o downlink não são
divididos pelo uso de diferentes portadoras de freqüências, mas pelo uso de
diferentes slots de tempo na mesma portadora, separados por um tempo de
guarda, não havendo necessidade de uso de um espectro simétrico. Num instante
está sendo enviado o sinal de uplink, e em outro o de downlink. Esta comutação é
feita muito rapidamente, parecendo que os sinais são transmitidos e recebidos ao
mesmo tempo. Na figura a seguir, pode ser vista de maneira mais elucidativa, a
forma como foi alocado o espectro para UMTS, e na tabela seguinte, o uso para
cada faixa de freqüências dentro deste. Em 1999, a padronização ETSI foi
finalizada na UMTS Phase 1. Todos os padrões para 3G ainda estão sob
constante desenvolvimento.

Espectro para UMTS

1920 MHz - 1980 MHz FDD Uplink


FDD Downlink
2110 MHz - 2170 MHz
1900 MHz - 1920 MHz TDD
2010 MHz - 2025 MHz
1980 MHz - 2010 MHz MSS (Mobile Satellite Service) Uplink
2170 MHz - 2200 MHz MSS Downlink
Serviços UMTS

UMTS oferece tele-serviços (como voz ou SMS) e e serviços bearer, que definem
a capacidade de transferência de informação entre os pontos de acesso. Tanto os
serviços orientados à conexão quanto os serviços sem conexão são oferecidos
para comunicação ponto a ponto e ponto a multi-pontos. Serviços bearer possuem
diferentes parâmetros de QoS (Quality of Service) para máximo delay na
transferência, variação no delay e taxa de erro de bit. As taxas de dados
oferecidas são:

 144 kbits/s sat & rural outdoor


 384 kbits/s urban outdoor
 2048 kbits/s indoor & low range outdoor

No gráfico a seguir, é apresentada uma comparação entre os diferentes tipos de


padrões, quanto à taxa de transmissão relacionada à mobilidade.

Os serviços da rede UMTS possuem diferentes classes de QoS para quatro tipos
de tráfego:
 Classe de conversação (voz, vídeo telefonia, video gaming)
 Classe de streaming (multimedia, video sob demanda, webcast)
 Classe interativa (web browsing, jogos em rede, acesso à banco de dados)

 Classe de background (e-mail, SMS, downloading)

Abaixo é apresentada uma comparação dos tempos de transmissão de alguns


serviços dos sistemas de comunicações móveis

Do ponto de vista do usuário, as aplicações atuais são chamadas de tele-serviços.


Um tele-serviço pode fazer uso de vários tipos de serviços, podendo ser criados
independentemente por cada operadora. Uma exceção é feita aos tele-serviços
que serão padronizados pela ETSI, que são quatro: voz, fax, SMS (Short
Message Service) e chamada de emergência. Alguns exemplos de tele-serviços
UMTS são:

Serviços de Informação Educação


 Web-browsing
 compras interativas  escolas virtuais
 jornais on-line  laboratórios on-line
 serviços de broadcasting  biblioteca on-line
baseados na localização
 treinamento
 busca inteligente
Entretenimento Serviços à comunidade

 áudio sob demanda  chamada de emergência


 jogos
 vídeo clipes  serviços administrativos

 turismo virtual
Serviços de negócios Serviços de Comunicação

 escritório móvel  vídeo telefonia


 business TV  vídeo conferência

 grupos de trabalho virtuais  localização pessoal


Serviços financeiros Serviços especiais

 banco virtual  tele-medicina


 tarifação on-line  monitoramento seguro de serviços
 help line instantânea
 USIM card e cartão de crédito
universais  administração pessoal

UMTS também possui o Virtual Home Enviroment (VHE) que é um conceito de


ambiente de serviço pessoal portável através de uma rede e entre terminais. Isto
significa que os usuários estão presentes com as mesmas características
pessoais.

A interface do usuário e os seviços em quaquer rede ou terminal é personalizada


onde quer que esteja localizado.

Códigos

CDMA usa um único código de espalhamento para espalhar a banda antes da


transmissão. O sinal é transmitido no canal com baixo nível de ruído. O receptor
então usa um correlator para obter o sinal antes do espalhamento, que é passado
através de um filtro passa banda. Sinais indesejados não são decodificados e não
irão passar pelo filtro. Estes códigos são seqüências de zeros e uns projetados de
forma a produzir uma taxa de espalhamento maior que a banda do canal. A taxa
de espalhamento é conhecida como chip rate. A seguir, é apresentado um
sumário dos principais códigos UMTS.

Códigos de Códigos de Códigos de Códigos de


sincronização canalização uplink downlink
Complex-
Valued Gold
Orthogonal
Code Complex-
Variable
Segments Valued Gold
Tipo Spreading
Gold Codes (longo) ou Code
Factor (OVSF)
Complex- Segments
codes
Valued S(2)
Codes (curto)
38400 chips /
Largura 256 chips 4-512 chips 38400 chips
256 chips
1.04 µs - 10 ms / 66.67
Duração 66.67 µs 10 ms
133.34 µs µs
512 primários /
= fator de 15
1 código primário /
Número de espalhamento secundários
16 códigos 16,777,216
códigos 4 ... 256 UL, para cada
secundários
4 ... 512 DL código
primário
Sim. Aumenta Não. Não Não. Não
Não. Não muda
Espalhamento largura de muda largura muda largura
largura de banda
banda de banda de banda
UL:separar
dados físicos e
Habilitar terminais
de controle do
a localizar e
mesmo terminal
sincronizar com os Separação do Separação
Uso DL: separar a
canais de controle terminal dos setores
conexão a
principais da
diferentes
célula
terminais na
mesma célula

4) Arquitetura de redes UMTS

Uma rede UMTS consiste na interação de três domínios: Core Network (CN),
UMTS Terrestrial Radio Access Network (UTRAN) e User Equipment (UE). A
principal função do Core Network é fazer comutação, roteamento e trânsito para
tráfego de usuários. O Core Network também contém o banco de dados e as
funções de gerenciamento da rede.

A arquitetura básica do Core Network para UMTS é baseado na rede GSM com
GPRS. Todos os equipamentos têm de ser modificados para operações e serviços
UMTS. A UTRAN fornece para o User Equipment, o método de acesso à interface
aérea. A Estação Base é conhecida como Node-B e o equipamento que a controla
é chamado de Radio Network Controller (RNC).

Para uma rede é necessário que se conheça a localização aproximada do móvel


de forma que seja possível à estação fazer paging para este equipamento.

Aqui está a lista das áreas do sistema, ordenado da maior para a menor:

 UMTS systems (inclusive satélite)


 Public Land Mobile Network (PLMN)

 MSC/VLR ou SGSN

 Location Area

 Routing Area (PS domain)

 UTRAN Registration Area (PS domain)

 Célula

 Sub-célula

Core Network

O Core Network é dividido em dois domínios: comutado a circuitos e comutado a


pacotes. Os elementos comutados a circuitos são Mobiles services Switching
Centre (MSC) , Visitor Location Register, e Gateway MSC. Os elementos
comutados a pacotes são Serving GPRS Support Node (SGSN) e Gateway GPRS

Support Node (GGSN). Alguns elementos da rede como EIR, HLR e AUC
compartilham ambos os domínios.

ATM (Asynchronous Transfer Mode) é definido para transmissão do core UMTS.


ATM Adaptation Layer type 2 (AAL2) permite conexão comutada a circuitos, e o
protocolo de conexão a pacotes AAL5 é desenhado para entrega de dados.

A arquitetura do Core Network pode mudar quando novos serviços e


características são introduzidas no sistema. Number Portability DataBase (NPDB)
será usado para habilitar o usuário a mudar de rede enquanto mantém
seu número de telefone antigo. Gateway Location Register (GLR) pode ser usado
para otimizar o subscriber handling entre redes vizinhas. MSC, VLR e SGSN
podem vir a ser um UMTS MSC.
User Equipment

A maioria dos tipos de identificação UMTS vem diretamente das especificações do


sistema GSM:

 International Mobile Subscriber Identity (IMSI)


 Temporary Mobile Subscriber Identity (TMSI)

 Packet Temporary Mobile Subscriber Identity (P-TMSI)

 Temporary Logical Link Identity (TLLI)

 Mobile station ISDN (MSISDN)

 International Mobile Station Equipment Identity (IMEI)

 International Mobile Station Equipment Identity and Software Number


(IMEISV)

Uma estação móvel UMTS pode operar em um desses três modos de operação:

Modo de operação PS/CS: Os MS (Mobile Services) são incluídos tanto ao


domínio PS (Packet Switched) quanto ao domínio CS (Circuit Switched). Estes
serviços móveis são capazes de operar simultaneamente com serviços comutados
a circuitos e serviços comutados a pacotes.

Modo de operação PS: Os MS (Mobile Services) são incluídos apenas ao


domínio PS (Packet Switched) e só podem operar serviços deste domínio.
Entretanto serviços do tipo CS como o VolP, são permitidos a serem oferecidos
neste domínio.

Modo de operação CS: Os MS (Mobile Services) são incluídos somente ao


domínio CS (Circuit Switched) e só podem operar serviços no domínio CS.

UMTS IC card possui as mesmas características físicas que o GSM SIM card.
Ele possui várias funções:

 Suporte a uma ou mais aplicações (opcionalmente mais de uma) User


Service Identity Module (USIM)
 Suporte a um ou mais perfis do usuário no USIM
 Atualização das informações específicas no USIM através de interface
aérea

 Funções de segurança

 Autenticação do usuário

 Inclusão dos métodos de pagamento opcionais

 Download seguro de novas aplicações opcional

O padrão UMTS não restringe a funcionalidade do User Equipment de forma


alguma. Conforme visto, o UMTS UE é baseado nos mesmos princípios do GSM
MS - a separação entre o equipamento móvel (ME) e o UMTS SIM card (USIM). A
figura abaixo mostra as funções do equipamento do usuário (UE).

Evolução da Arquitetura UMTS


UMTS (Rel. 99) acrescenta GPRS E CAMEL ao Core Network do GSM Phase 2+.
Com isto é possível proteger os investimentos das operadoras no sistema 2G e ao
mesmo tempo diminuir os custos e os riscos da implementação do UMTS. No
UMTS release 1 (Rel. '99), é introduzido o UTRAN (UMTS Radio Access Network).
UTRAN é conectado via o Iu ao Core Network (CN) do GSM Phase 2+. O Iu é a
interface UTRAN entre RNC e o Core Network. A interface UTRAN entre RNC e o
domínio comutado a pacote do CN (IuPS) é usado para transmissão de dados PS
e a interface UTRAN entre RNC e o domínio comutado a circuito (Iu-CS) é usado
para transmissão de dados CS.

As estações móveis GSM-only serão conectadas à rede via interface aérea GSM
(Um). UMTS/GSM dual-mode user equipment (UE) será conectado à rede via
interface aérea UMTS (Uu) a uma altíssima taxa de dados (2 Mbps). Fora da área
de serviço UMTS, UMTS/GSM UE será conectado à rede com taxas reduzidas via
Um.

As máximas taxas são de 115 kbps para dados CS em HSCSD, 171kbps para
dados PS em GPRS, e 553 kbps em EDGE. É suportado handover entre UMTS E
GSM, e handover entre UMTS e outros sistemas 3G ( multicarrier CDMA
[MCCDMA]) será suportado para ter um alcance de acesso a nível mundial.

O PLMN (Public land mobile network) descrito no UMTS Rel. 99 compreende as


três principais categorias de elementos de rede:

 Elementos de Core Network do GSM Phase ½ : mobile services switching


center (MSC), visitor location register (VLR), home location register (HLR),
authentication center (AC), e equipment identity register (EIR)
 Melhoras do GSM Phase 2+: GPRS (serving GPRS support node [SGSN] e
gateway GPRS support node [GGSN]) e CAMEL (CAMEL service
environment [CSE])

 Modificações e melhoramentos específicos de UMTS particularmente


UTRAN.

Elementos de Rede do GSM Phase ½

O GSM Phase 1/2 PLMN consiste em três sub-sistemas: a base station


subsystem (BSS), o network e switching subsystem (NSS), e operations support
system (OSS). O BSS consiste de unidades funcionais: base station controller
(BSC), base transceiver station (BTS) e transcoder and rate adapter unit (TRAU).

O NSS consiste das unidades funcionais: MSC, VLR, HLR, EIR, e a AC.

O MSC determina as funções como comutação, sinalização, paging, e interMSC


handover. O OSS consiste dos centros de operação e manutenção (OMCs), que
são usados para operação centralizada, administração e tarefas de manutenção
(OAMs) remotas.
Elementos de Rede do GSM Phase 2+

GPRS

O mais importante passo para a evolução do GSM para UMTS é o GPRS. GPRS
introduz o PS dentro do GSM Core Network e permite acesso direto a packet data
networks (PDNs). Isto permite alta transmissão de dados PS acima dos 64 kbps
do ISDN através do GSM Core Network, uma necessidade para taxas de
transmissão UMTS de até 2 Mbps. GPRS prepara e otimiza o CN para alta taxa de
transmissão de dados PS como é feito em UMTS com UTRAN sobre RAN. Dessa
forma, GPRS é um pré-requisito para a introdução de UMTS.

Duas unidades funcionais extendem a arquitetura GSM NSS para os serviços PS


GSM: o GGSN e o SGSN. O GGSN tem funções de um gateway MSC (GMSC). O
SGSN possui o mesmo nível de hierarquia que um visitante MSC (VMSC)/ VLR e
Implementa funções comparáveis a de roteamento e gerenciamento do móvel.

CAMEL

CAMEL permite acesso global a aplicações IN específicas da operadora tal como


cartão pré-pago, call screening e supervisão. CAMEL é uma melhora primária do
GSM Phase 2+ para introdução ao conceito de UMTS virtual home environment
(VHE). VHE é uma plataforma para definição flexível de serviços (coleção de
ferramenta de criação de serviços) que permite à operadora modificar ou melhorar
os serviços existentes e/ou definir novos serviços. Felizmente, VHE fornece
acesso global a estes serviços específicos da operadora em todo GSM e UMTS
PLMN, e introduz serviços baseados na localização (por interação com o
GSM/UMTS mobility management). Um CSE e um novo common control signaling
system 7 (SS7) (CCS7) protocol, o CAMEL application part (CAP), são
necessários no Core Network para introduzir CAMEL.

Elementos de Rede do UMTS Phase 1

Como mencionado acima, UMTS difere principalmente de GSM Phase 2+ nos


seus princípios da interface de transmissão aérea (W-CDMA ao invés de time
division multiple access [TDMA] / frequency division multple access [FDMA]).
Assim, um novo RAN (radio access network) chamado UTRAN deve ser
introduzido com UMTS. Apenas poucas modificacações, tais como alocação da
função do transcoder (TC) para compressão de voz, são necessárias no CN para
acomodar a mudança. A função TC é usada junto com uma fução interworking
(IWF) pelo protocolo de conversão entre as interfaces A e o Iu-CS .

UTRAN

O padrão UMTS pode ser visto como uma extensão das redes existentes. Dois
novos elementos de rede são introduzidos no UTRAN: RNC e Node B. UTRAN é
subdividido em sistemas de redes de rádio individuais (RNSs), onde cada RNS é
controlada por uma RNC. A RNC é conectada a um conjunto de Node B, cada qual
servindo uma ou mais células.
Elementos de rede existentes, tal como MSC, SGSN e HLR, podem ser
extendidos para atender às necessidades do padrão UMTS, mas RNC, Node B e
os handsets devem ser projetos completamente novos. RNC vai substituir a BSC,
e o Node B terá aproximadamente as mesmas funcionalidades das BTSs. As
redes GSM e GPRS deverão ser extendidas, e novos serviços serão integrados
dentro de uma rede global que contenha ambas interfaces existentes tal como A,
Gb e Abis, e novas interfaces que incluam Iu, interface UTRAN entre Node B e
RNC (Iub), e interface UTRAN entre duas RNCs (Iur). UMTS define quatro novas
interfaces abertas:

 Uu: UE para Node B (UTRA, interface aérea UMTS W-CDMA)


 Iu: RNC para interface CN do GSM Phase 2+ (MSC/VLR ou SGSN)

o Iu-CS para dados comutados a circuito

o Iu-PS para dados comutados a pacote

 Iub: Interface RNC para Node B


 Iur: interface RNC para RNC, não comparável a qualquer interface GSM.

As interfaces Iu, Iub e Iur são baseadas nos princípios de transmissão ATM. A
RNC permite radio resource management (RRM) pelo UTRAN. Ela possui as
mesmas funções da GSM BSC, promovendo controle central dos elementos RNS
(RNS e Node Bs).

A RNC permite intercâmbio de protocolos entre as interfaces Iu, Iur e Iub e é


responsável pela operação centralizada e a manutenção de todas as RNS com
acesso a OSS. Os dados comutados a circuitos e os dados comutados a pacotes
vindo das interfaces Iu-CS e Iu-PS, são multiplexados juntos para transmissão
multimídia, através das interfaces Iur, Iub e Uu para o usuário e do usuário.

A RNC usa a interface Iur, que não possui equivalente na GSM BSS, para permitir
100 % de RRM de forma autônoma, eliminando a responsabilidade do CN.
Funções de controle de seviço como admissão, conexão RRC com o UE,
congestionamento e handover são inteiramente gerenciados por um serving RNC
(SRNC). Se outra RNC está envolvida em uma conexão ativa através de um soft
handover entre RNCs, ela é declarada com sendo uma drift RNC (DRNC). A
DRNC é responsável apenas pela alocação de códigos. O termo controlling TNC
(CRNC0 é usado para definir a RNC que controla os recursos lógicos dos seus
pontos de acesso UTRAN.
Node B

Node B é a unidade física de transmissão e recepção de rádio nas células.


Dependendo do setoreamento (omni/sector cells), uma ou mais células podem ser
servidas por um Node B. Um simples Node B pode suportar ambos os modos FDD
e TDD, e pode ser co-localizada com uma GSM BTS para reduzir implementação
de custos. Node B conectado a um UE através da interface de rádio W-CDMA Uu
e com a RNC via interface Iu baseada em ATM. Node B é o ponto de terminação
ATM.

A principal tarefa do Node B é a conversão de dados para e da a interface de rádio


Uu, incluindo forward error correction (FEC), rate adaptation, W-CDMA
spreading/despreading, e modulação QPSK na interface aérea. Ela mede
qualidade e força da conexão e determina o frame error rate (FER), transmitindo
esses dados para o RNC como um relatório de medidas para handover e macro
diversity combining. O Node B também é responsável pelo FDD softer handover.

O Node B também participa no controle de potência, uma vez que este habilita o
UE a ajustar sua potência usando comandos de controle na transmissão -
transmission power control (TPC) via inner-loop power control da base do uplink.
Permite também controle de potência no downlink.

Os valores pré-definidos para inner-loop power control são retirados do RNC


através de outer-loop power control.
5) Interface Aérea

Esquemas de Acesso ao Meio

Para sistemas de rádio existem dois recursos, tempo e frequência. Na divisão em


frequência, para cada par de usuários é alocada uma faixa do espectro durante
todo o tempo de comunicação, resultando em Frequency Division Multiple Access
(FDMA). Na divisão no tempo, para cada par de usuários são alocados slots de
tempo resultando no Time Division Multiple Access (TDMA). Em Code Division
Multiple Access (CDMA), os usuários usam códigos que identificam cada conexão.
Assim é possível que vários usuários transmitam ao mesmo tempo em qualquer
freqüência. A recepção é feita usando o mesmo código que o transmissor enviou a
mensagem. Como os códigos são ortogonais entre si, só serão decodificadas
informações relativas ao código recebido para sua conexão.

WCDMA

Wideband Code Division Multiple Access (WCDMA) é uma das principais


tecnologias para implementação dos sistemas celulares de 3G. Ela é baseada
nas técnicas de acesso propostas pela ETSI Alpha Group e suas especificações
foram finalizadas em 1999. Na interface WCDMA, diferentes usuários podem
transmitir a diferentes taxas, podendo estas taxas variar no tempo.

WCDMA usa espalhamento direto com chip rate de 4096 Mcps. Como ela possui
uma rede assíncrona, diferentes códigos (longos) são usados para as células e
separação dos usuários. A largura de banda nominal é de 5 MHz. Dessa forma,
esta largura permite que se alcancem as taxas de transmissão de dados
esperadas na 3G. Além disso, esta banda larga proporciona mais multipaths que
banda estreita, aumentando assim a diversidade e melhorando a performance.
Abaixo, é apresentada uma tabela com os principais parâmetros do WCDMA.

Largura de banda do canal 5, 10, 20 MHz

Estrutura do canal de downlink RF Espalhamento direto

Chip rate 4096/8192/16384 Mcps

Largura do frame 10/20 ms (opcional)


QPSK balanceado (downlink)
Spreading modulation
Dual channel QPSK (uplink)

Complex spread circuit


QPSK (downlink)
Modulação de dados
BPSK (uplink)
Canais de controle e pilot multiplexados
Multiplexação do canal no uplink no tempo

multiplexação I&Q para canal de dados e


de controle

Multirate Espalhamento variável e multicódigo

Fator de espalhamento 4 256

Controle de potência Aberto e rápido closed loop (1,6 kHz)

Espalhamento (downlink) Sequências ortogonais de largura variável


para channel separation e sequências de
Gold 218 para user separation
Espalhamento (uplink) Sequências ortogonais de largura variável
para channel separation e sequências de
Gold 241 para user separation
Soft handover*
Handover
Interfrequency handover

* Ao mudar de célula, o usuário recebe outro código, sem alteração da frequência


(da portadora).

Em relação ao CDMA (IS 95), as principais diferenças são referentes à largura de


banda (1,25 MHz) e chip rate (1,2288 Mcps), e esta diferença proporciona altas
taxas com o uso do WCDMA.

A tecnologia WDCMA (Wideband CMDA) foi selecionada para fazer a interface


aérea UTRAN. WCDMA UMTS é um sistema Direct Sequence CDMA onde os
dados do usuário são multiplexados com bits pseudo-randômicos dos códigos de
espalhamento WCDMA. Em UMTS, os códigos que são usados para
sincronização e espalhamento são somados ao canal. WCDMA tem dois modos
básicos de operação: Frequeny Division Duplex (FDD) e Time Division Duplex
(TDD), explicados anteriormente.

Dentro da interface aérea, o node-B desempenha as seguintes funções:

 Transmissão/recepção
 Modulação / Demodulação

 Codificação do canal físico CDMA

 Micro diversidade

 Tratamento de erro

 Closed loop power control

E as funções do RNC são:

 Controle de recursos de rádio


 Controle de admissão

 Alocação do canal

 Parâmetros de controle de potência


 Controle de Handover

 Macro Diversidade

 Encriptação

 Segmentação / Reunião

 Sinalização de Broadcast

 Open Loop Power Control

Canais do UTRA

A interface de rádio UTRA FDD possui canais lógicos, que são mapeados para os
canais de transporte, que por sua vez são mapeados aos canais físicos. A
conversão dos canais lógicos para os de transporte acontece na camada MAC
Medium Access Control que é a subcamada mais baixa na Data Link Layer
(camada 2). .

Canais lógicos:

· Broadcast Control Channel (BCCH) carrega as informações específicas do


sistema e da célula, Downlink (DL)
· Paging Control Channel (PCCH) mensagens para os celulares na área de
paging, DL
· Dedicated Control Channel (DCCH) canal de controle dedicado, UL/DL
· Common Control Channel (CCCH) canal de controle comum, UL/DL
· Dedicated Traffic Channel (DTCH) para transmissão de dados ponto a
ponto, UL/DL
· Common Traffic Channel (CTCH) unidirecional (um para vários)

Canais de transporte:

· Dedicated Transport Channel (DCH) canal de transporte dedicado, UL/DL,


mapeado para DCCH e DTCH
· Broadcast Channel (BCH), DL, mapeado para BCCH
· Forward Access Channel (FACH) mensagens da estação base para
celulares em uma célula, DL, mapeado para BCCH, CCCH, CTCH, DCCH e
DTCH
· Paging Channel (PCH), DL, mapeado para PCCH
· Random Access Channel (RACH) canal aleatório aberto para a célula falar
com a base, UL, mapeado para CCCH, DCCH e DTCH
· Uplink Common Packet Channel (CPCH) manda pacotes na direção uplink,
UL, mapeado para DCCH e DTCH
· Downlink Shared Channel (DSCH) canal de downlink compartilhado, DL,
mapeado para DCCH e DTCH

Canais físicos:

· Primary Common Control Physical Channel (PCCPCH), mapeado para


BCH
· Secondary Common Control Physical Channel (SCCPCH), mapeado para
FACH, PCH
· Physical Random Access Channel (PRACH), mapeado para RACH
· Dedicated Physical Data Channel (DPDCH), mapeado para DCH
· Dedicated Physical Control Channel (DPCCH), mapeado para DCH
· Physical Downlink Shared Channel (PDSCH), mapeado para DSCH
· Physical Common Packet Channel (PCPCH), mapeado para CPCH
· Synchronisation Channel (SCH) canal de sincronização
· Common Pilot Channel (CPICH)
· Acquisition Indicator Channel (AICH)
· Paging Indication Channel (PICH)
· CPCH Status Indication Channel (CSICH)
· Collision Detection/Channel Assignment Indication Channel (CD/CA-ICH)

A seguir é apresentado um esquema, exemplificando o modo de operação dos


canais em uma rede UMTS.
6) Segurança

Foram definidos cinco grupos que tratam dos seguintes objetivos de segurança:

 Network access security (I): conjunto de características que fornecem aos


usuários segurança no acesso aos serviços 3G, e em particular protege
contra ataques no link de acesso a rádio.
 Network domain security (II): conjunto de características de segurança que
permite aos nós no domínio do provedor fazer troca de sinalização segura e
protege contra ataques à rede (wireline network).
 User domain security (III): conjunto de características de segurança que
permite acesso seguro às estações móveis.
 Applicatio
n domain
security
(IV):
conjunto
de

características de segurança que permite troca de mensagens entre o


provedor e o usuário.
 Visibility and configurability of security (V): conjunto e características que
permitem o usuário ser informado quando uma operação tem
características ou não de de segurança e quando o uso de serviços deve
depender destas características.

overview da arquitetura de segurança em UMTS

A figura abaixo nos dá uma mostra dos princípios de conexão e registro do UE


dentro de UMTS com serviços no domínio CS no domínio PS. Como em
GSM/GPR, identificação temporária do usuário, autenticação e key agreement
serão realizados independentemente de cada domínio de serviço. O tráfego de
dados do usuário será encriptado usando cipher key de acordo com o domínio de
serviços correspondente, enquanto que o controle de dados será encriptado e, sua
integridade protegida usando cipher key e integrity key de cada um dos domínios
de serviço.
Mecanismos de acesso à rede
Identificação por identidade permanente

O mecanismo aqui descrito permite a identificação de um usuário no radio path


através de um permanent subscriber identity (IMSI). Este mecanismo deve ser
chamado pelo servidor da rede quando o usuário não puder ser identificado
através de sua identidade temporária (TMSI). Em particular, ele deve ser usado
quando o usuário se registra pela primeira vez em um servidor, ou quando o
servidor não pode recuperar o IMSI do TMSI através da identificação do usuário
no seu próprio radio path. Este mecanismo é ilustrado na figura abaixo:

O processo é iniciado quando a VLR/SGSN pede ao usuário para enviar sua


identificação permanente. A resposta do usuário contém o IMSI, que será usado
no procedimento de autenticação e encriptação dos dados.

Identificação por identidades temporárias

Este mecanismo permite a identificação do usuário no acesso ao link de rádio


através de um temporay mobile subscriber identity (TMSI). Um TMSI tem
significado local apenas em um área de localização na qual o usuário é
identificado. Fora desta área, ele deve ser acompanhado por um Location Area
Identification (LAI) ou Routing Area Identification (RAI) para evitar ambiguidades.
A associacão entre a identificação permanente (IMSI) e a temporária (TMSI) do
usuário é mantida na Visited Location Register (VLR/SGSN) na qual o usuário está
registrado. A TMSI , quando disponível, é normalmente usada para identificar o
usuário no caminho de acesso à rede, para ocorrência de requisições de paging,
atualização localização, serviços, restabelecimento da conexão, attachs e detachs.

Processo de Autenticação e Encriptação

O mecanismo descrito aqui realiza autenticação mútua entre o usuário e a rede, e


esta passa a conhecer a chave secreta que é compartilhada entre eles, e
disponível apenas para o USIM e o AuC no home enviroment (HE) do usuário. O
método foi escolhido de tal forma que mantenha máxima compatibilidade com a
arquitetura de segurança do GSM e facilite a migração de GSM para UMTS.

O método é composto de um protocolo challenge/response idêntico a autenticação


GSM do usuário. Abaixo temos um exemplo deste mecanismo.

Para um melhor entendimento da funcionalidade do elementos de identificação


IMSI e TMSI, descreveremos abaixo o processo de autenticação do usuário nos
sistemas GSM, uma vez que o processo de autenticação e criptografia para UMTS
é baseado neste conceito:
1) Para cada pedido de conexão do usuário, o sistema deve realizar sua
autenticação.

2) Após o pedido de conexão, a VLR/SGNS pede ao usuário o TMSI/INSI que


por sua vez é passado para a HLR para o processo de autenticação.

3) O AC calcula o SRES e o Kc de posse do IMSI e retorna para a HLR o


triplet que é formado pela soma do SRES, RN e Kc.

 Triplet = SRES + RN + Kc
 SRES = A3 (ki, RN)

 Kc = A8 (RN, Ki)

onde RN é gerado pelo AC e Ki está disponível no IMSI

4) A HLR fornece o Kc para a BTS, o RN para o MS e o SRES para o


MSC/VLR.

5) De posse do RN o MS calcula o SRES e no MSC/VLR este valor é


comparado com o recebido pela HLR.

6) A autenticação é feita no caso destes valores de SRES serem iguais,


estabelecendo assim a conexão com o usuário.
7) Evolução

 1º de janeiro de 2001 planejamento original para a primeira operação de


redes comerciais, mas as redes 3G não estavam operando nesta data.

 Março de 2001 publicação da especificação UMTS Release 4 pára.


 28 de junho de 2001 NTT DoCoMo lança tentativa de serviço 3G: serviços
numa área de informação específica para i-mode. E anuncia que planeja
lançamento comercial completo em 1º de Outubro de 2001.
 25 de setembro de 2001 NTT DoCoMo anuncia que 3 telefones de 3G já
estão comercialmente disponíveis.
 1º de outubro de 2001 NTT DoCoMo lança a primeira rede móvel WCDMA
3G comercial.
 1º de dezembro de 2001 Telenor lança na Noruega a primeira rede
comercial UMTS. Espera-se que os terminais UMTS estejam disponíveis
ainda em 2002.
 19 de dezembro de 2001 Nortel Networks e Vodafone da Espanha (antiga
Airtel Movil) completam as primeiras chamadas em roaming padrão UMTS
3GPP entre Madrid (Vodafone network) e Tokyo (J-Phone network). As
chamadas foram feitas usando-se QUALCOMM MSM5200 chipset-based
handset e tecnologia J-Phone SIM.

Perspectivas

 Março de 2002 nova data para lançamento do UMTS Release 5 (a data


inicial era dezembro de 2001).

 A União Européia marca a data limite de 1º de janeiro de 2002 para que os


países membros entrem em operação com os serviços UMTS. A idéia é
que as operadoras sejam capazes de cobrir 80% da população nacional até
2005.
 Junho de 2003 data para lançamento do UMTS Release 6.
 2005 serviços UMTS serão oferecidos em escala mundial (?).

8) Conclusão

O padrão UMTS, e neste contexto, a telefonia móvel de terceira geração, vem


sendo muito discutido e pesquisado ultimamente, e já começa a aparecer como
um sucessor real dos sistemas de segunda geração. Mas ainda muito preciso
ser desenvolvido e trabalhado no sentido de oferecer acesso e cobertura
mundial comerciamente. Espera-se que os serviços apresentados possam
realmente ser oferecidos integralmente, e dessa forma, suprir as emergentes
necessidades do mundo moderno.

9) Bibliografia

[1] URL: http://www.imt-2000.org.

[2] URL: http://www.itu.int.

[3] URL: http://www.iec.org/online/tutorials.

[4] URL: http://www.three-g.net.

[5] URL: http://www.3gpp.org

[6] URL: http://www.mobile3gpp.com


[7] URL: http://www.umtsworld.com.

[8] URL: http://www.3g.cellular.phonecall.net/default.htm/htop

[9] Marcello Campos, notas de aula Sistema Celular de Terceira Geração.

[10] Tero Ojanpera e Ramjee Prasad, Wideband CDMA for Third Generation
Mobile Communications, Artech House, 1998.

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