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2014

DIAGNÓSTICO SOCIAL

CONSELHO LOCAL DE AÇÃO SOCIAL DE BAIÃO


Baião, 14 de Fevereiro de 2014
CONSELHO LOCAL DE AÇÃO SOCIAL DE BAIÃO

Índice

Apresentação 4
I – Introdução 5
II Abordagem Concetual 6 – 14
1. O Conselho Local de Ação Social de Baião 6
2. A Visão 9
3. A Estratégia 9
4. O Planeamento 10
5. Dimensão metodológica 10
III Baião: O Território e as Pessoas 15 – 38
1. Breve Caraterização e o impacto da Reorganização Administrativa do Território 15
2. Indicadores Demográficos 16
3. Índices demográficos 23
4. Caracterização das estruturas familiares 28
5. Quadro de Avaliação estratégica 37
IV Baião: Emprego e Desemprego 39 – 52
1. Conceitos de Emprego, Trabalho e Desemprego 39
2. O Emprego: Perspetiva evolutiva 41
3. O Desemprego: caracterização dos inscritos 46
4. Quadro de Avaliação estratégica 51
V Baião: Empreendorismo 53 – 69
1. O Empreendorismo: Perspetiva evolutiva 53
2. Baião: Análise ao setor primário 59
3. Quadro de Avaliação Estratégica 68
VI Baião: Educação 70 – 76
1- Caraterização da população residente por níveis de instrução 70
2- Caracterização e evolução da população escolar 72
3- Evolução do número de alunos entre 2007/2008 e 2011/2012 73
4- Quadro de Avaliação estratégica 76
VII Baião: Formação 77 – 84
1- Formação no Concelho: Indicadores e prespetiva evolutiva 77
2- Principais Resultados 78
3- Quadro de Avaliação estratégica 84
VIII Baião: Saúde 85 – 92
1- Principais indicadores 85

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2- Acesso aos cuidados de saúde (serviços e recursos) 87
3 - Quadro de avaliação estratégica 92
IX Baião: Incapacidades e Dificuldades na Autonomia e Mobilidade 93 – 99
1- Principais indicadores 93
2- Equipamentos e Recursos de Apoio 95
3- Quadro de avaliação estratégico 99
X Baião: Habitação 100 – 109
1- Caracterização do Parque Habitacional 100
2- Habitação Social 106
3- Evolução das Medidas de Apoio à Habitação e Obras de Reabilitação 107
4- Quadro de Avaliação Estratégica 109
XI Baião: Inclusão Social 110 – 128
1- Principais Indicadores de Proteção Social 110
2- Complemento Social para Idosos 113
3- Rendimento Social de Inserção 113
4- Outros Projetos, Medidas e Recursos Concelhios ao Serviço da Inclusão Social 116
5- Quadro de Avaliação Estratégia 127
XII Baião: Abordagem Estratégica 129
Fontes e Referências Bibliográficas 133

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Apresentação

O respeito pela subsidiariedade e pelos demais princípios consignados no Programa da Rede Social,
aliados à construção e ao aprofundamento de uma relação de cooperação institucional têm permitido que
todos possamos agir funcionalmente sobre o mesmo território promovendo o crescimento inteligente,
inclusivo e também sustentável para as gerações futuras.

Este Diagnóstico Social procura sistematizar o contributo proveniente da recolha e avaliação diagnóstica,
bem como, dos documentos de gestão, elaborados pelos diferentes agentes de desenvolvimento social
local e, dessa forma, assume-se como o guião que orienta, estrutura e organiza a ação e direciona o seu
planeamento.

Ele pretende contribuir, também, para a construção de uma cultura de circulação sistemática de
informação entre todos os agentes de intervenção e desenvolvimento em Baião. Para tal, a elaboração
deste Diagnóstico Social procurou cumprir três pressupostos essenciais:
1. Ser um documento de fácil leitura e compreensão, sem descurar a cientificidade na
metodologia, no quadro concetual e na operacionalidade;
2. Ser um documento com que todos os agentes de desenvolvimento e intervenção social se
identifiquem visando criar coerência e convergência na ação alcançando-se,
subsequentemente uma maior eficácia, qualidade e eficiência;
3. Ser um instrumento de trabalho em atualização e ajustamento permanente, fruto da
participação de todos aqueles que detêm quer as competências para a resolução dos
problemas sociais identificados, quer a responsabilidade na definição de políticas que
promovam o desenvolvimento social do Concelho de Baião.

Trata-se portanto, de uma abordagem pró-ativa do diagnóstico da realidade social de Baião, que, sem
descurar os referenciais estatísticos, encoraja também à reflexão em torno da construção e da integração
de novos dados e informações, mais territorializados e menos estandardizados que possa aclarar as
caraterísticas e os ajustes necessários do nosso e único Concelho de Baião.

O Presidente do CLASB

Paulo Pereira, Dr.

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I – Introdução

O Diagnóstico Social que se apresenta estrutura-se em torno de três partes distintas:

• 1ª Parte:
Dedicada ao enquadramento, à abordagem concetual e evolutiva da Rede Social, recordando e
delimitando a visão, a estratégia, o planeamento e a dimensão metodológica no sentido da promoção do
desenvolvimento social e a atenuação das situações de pobreza e exclusão social no Concelho de Baião.
Em termos de estrutura, esta primeira parte integra o capítulo II (Abordagem Concetual).

• 2ª Parte:
Dedicada à apresentação de um conjunto de informações e dinâmicas evolutivas sobre o Concelho de
Baião. Estas organizam-se de acordo com os direitos sociais básicos, adotando e reconfigurando neste
aspeto as opções e práticas (diretrizes e instrumentos) de trabalho que os vários grupos e estruturas de
parceria da Rede Social (Núcleo Operativo da Plataforma Supraconcelhia do Tâmega e Grupo Técnico
das Redes Sociais da Agenda Regional para a Empregabilidade do Tâmega e Sousa) adotaram nos
últimos dois anos para a NUT III em matéria de elaboração dos Diagnósticos Sociais Concelhios.
Nesta parte procura-se sistematizar a informação que permite responder às questões “De onde viemos?” e
“Como estamos?” em matéria de desenvolvimento social concelhio.
Em termos de estrutura, esta segunda parte abrange a informação tratada entre os capítulos III e o XI.

• 3ª Parte:
Dedicada à abordagem estratégica geral, com vista a fornecer as pistas de intervenção para a
estruturação do Plano de Desenvolvimento Social onde, com profundidade, debate e compromisso
coletivo se possa responder consensual e operativamente às última duas questões: “Para onde queremos
ir?” e “como poderemos lá chegar?”
Em termos de estrutura, esta última parte integra o capítulo XII (Abordagem Estratégica).

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II – Abordagem Concetual

1 - O Conselho Local de Ação Social de Baião (CLASB)

A Rede Social materializa-se em Baião através do Conselho Local de Ação Social de Baião (CLASB)
que se afigura como a plataforma de planeamento e coordenação da intervenção social local e pelo
Núcleo Executivo, o órgão mais operativo do CLASB e responsável pela dinamização da Rede Social em
Baião.
A par desta organização local, a Rede Social de Baião integra a Plataforma Territorial Supra concelhia
do Tâmega (PSC Tâmega), coordenada pelo Instituto da Segurança Social do Porto. Esta Plataforma
Territorial, persegue o objetivo de reforçar a organização dos recursos e o planeamento das respostas e
equipamentos sociais ao nível supraconcelhio e regional, através da promoção de espaços quer de
circulação de informação entre os CLAS’s, quer de análise e reflexão sobre os problemas dos territórios
abrangidos.

Figura 1: Concelhos que compõem a NUT III – Tâmega e a Plataforma Territorial Supra Concelhia do Tâmega. Fonte: CDISS - Porto

Operacionalmente, a Rede Social enquanto processo de planeamento integrado na área social integra
cinco instrumentos fundamentais, que descrevemos sucintamente e em relação aos quais detalhamos
também a cronologia de trabalho já realizado pelo CLASB:

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1
A - Diagnóstico Social (DS)
 1º Diagnóstico Social 14-07-2004
 2º Diagnóstico Social 23-10-2008
 3º Diagnóstico Social (documento atual) 14-02-2014

2
B - Plano de Desenvolvimento Social (PDS)
 Plano de Desenvolvimento Social (2005)

À data da sua elaboração, teve o Plano Nacional de Ação para a Inclusão (PNAI) 2006-2008, como o
principal instrumento de orientação, tendo sido a sua duração sincronizada com o mesmo, ou seja, três
anos;
Desde 2010 que se assiste a uma ausência nacional de um quadro jurídico-legal atualizado para
incorporar uma estratégia de âmbito nacional com a qual as Redes Sociais se articulem e que seja um
importante elemento de referência para as estratégias de desenvolvimento social, a nível territorial;

3
C - Plano de Acão
 Plano de Ação anual, desde 2005 a 2013.

4
D - Sistema de Informação (SI)
 Diretório da Rede Social do CLASB e da Plataforma Supraconcelhia do Tâmega na página web da
Câmara Municipal de Baião desde 2007;
 Criação de um e-mail de contacto específico para a Rede Social de Baião, desde 2005
 Participação ativa na “Newsletter Tâmega” enquanto sistema de partilha de conhecimentos,
informação, iniciativas locais e supramunicipais, programas e medidas de apoio existentes aos
parceiros da Rede Social de Baião, desde 2005.

1
Artigo 35º do DL115/2006: “O DS é um instrumento dinâmico sujeito a atualização periódica, resultante da participação dos
diferentes parceiros, que permite o conhecimento e a compreensão da realidade social através da identificação das necessidades, da
deteção dos problemas prioritários e respetiva causalidade, bem como dos recursos, potencialidades e constrangimentos locais”

2
Artigo 36º do DL 115/2006: 1—O PDS é um plano estratégico que se estrutura a partir dos objetivos do PNAI e que determina
eixos, estratégias e objetivos de intervenção, baseado nas prioridades definidas no DS. (…..);3—O PDS tem carácter obrigatório,
tendo uma duração sincronizada com o calendário da Estratégia Europeia; 4—O PDS integra as prioridades definidas aos níveis
nacional e regional, nomeadamente as medidas e ações dos planos estratégicos sectoriais.

3
Artigo 37 do DL 115/2006: Operacionalização do PDS 1—O PDS operacionaliza-se através de planos de ação anuais, a
concretizar pelos parceiros locais….”)

4
Artigo 38º do DL 115/2006: 1—O SI compreende duas dimensões, uma nacional e uma local; 2—O SI de dimensão nacional, bem
como a sua supervisão técnica, é da responsabilidade do Instituto da Segurança Social, I. P., e integra um conjunto de informações e
indicadores estatísticos que permitam um conhecimento homogéneo do território nacional, 3—O SI de dimensão nacional (….)
permite a partilha de conhecimentos e experiências entre todos os parceiros das redes sociais. 4—O SI de dimensão local é
constituído por um conjunto de suportes e procedimentos que facilitem a troca de informação entre os parceiros)

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E - Regulamento interno do CLASB
 1º Regulamento Interno 31-07-2003
 2º Regulamento Interno 14-07-2007
 3º Regulamento Interno 23-10-2008
 4º Regulamento Interno, em vigência 14-02-2014

Não esquecendo que a Rede Social enquanto processo é, como outro qualquer, caracterizado por
avanços e recuos onde as limitações, os problemas e os constrangimentos devem ser encarados como
obstáculos a ultrapassar, no reforço duma aprendizagem que é contínua, esquematicamente, ilustramos
de seguida, essas aprendizagens, que permitiram enriquecer a brochura original de divulgação do
Programa de implementação da Rede Social:

PLANEAMENTO ESTRATÉGICO

(Revisão) (Revisão)
DIAGNÓSTICO SOCIAL

Caracterização do concelho: conjunto de informações


Definição de potencialidades, constrangimentos e
e dinâmicas evolutivas sobre o concelho de Baião,
prioridades de intervenção integrada
organizadas de acordo com os direitos sociais básicos.

PLANO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Planeamento Tático
Definição de eixos, estratégias e Elaboração do Plano de Ação, com definição de
objetivos de intervenção Projetos Integrados e respetivas Ações Prioritárias

IMPLEMENTAÇÃO DOS PROGRAMAS E PROJECTOS


Planeamento Operacional

(PLANO DE AÇÃO)

(Revisão)
MONITORIZAÇÃO /AVALIAÇÃO

Fonte: Núcleo Executivo CLASB - Adaptado da Brochura de Divulgação do Programa de Implementação da Rede Social.

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2 – A Visão
O Desenvolvimento Social em Baião é de todos, para todos e com todos.

O Conselho Local de Ação Social de Baião é o órgão privilegiado de concertação e congregação de


esforços para assegurar a definição, implementação, monitorização e a avaliação das grandes linhas
estratégicas de intervenção social para Baião.
A visão que sustenta as suas atribuições e competências assenta no trabalho diligente de uma parceria
alargada, efetiva e dinâmica que respeita os princípios da subsidiariedade, da integração, da articulação,
da participação, da inovação e da igualdade de género.
Estes princípios orientam a ação e o planeamento por forma a criar uma maior equidade territorial e social,
concertando medidas e ações que, por um lado, promovam o bem-estar e a qualidade de vida da
população, e por outro, permitam combater mais eficazmente as situações de exclusão social e
vulnerabilidade.

3 – A Estratégia

Na atualidade, todos estamos conscientes da necessidade de fazer mais e melhor reduzindo custos
efetivos e operacionais.
A racionalização de recursos e a promoção de processos e responsabilidades partilhadas na resposta aos
problemas e às necessidades integrais da população, devem constituir os alicerces da estratégia que
norteia o planeamento e a ação local, próxima e eficaz para um desenvolvimento mais inclusivo, mais
inteligente e mais sustentável.
Esta estratégia assenta numa base sistémica de intervenção, primando pela partilha de boas práticas para
a adequação e qualificação das respostas e dos recursos às necessidades e problemas reais da
comunidade, bem como, experimentando novas práticas e metodologias que permitam antecipar
constrangimentos que afetem essa comunidade, antecipando também soluções que minorem o impacto
de novos desafios.
Neste sentido, torna-se cada vez mais imprescindível a importância da concertação de esforços entre o
Terceiro Sector e o Estado, numa lógica de responsabilidade coletiva, bem como entre estes e o Setor
Empresarial, numa lógica de responsabilidade social, pondo em comum diferentes olhares sobre as
práticas e as políticas.
Em síntese, este é o caminho que tem e se deseja que continue a ser seguido no que se refere à
promoção da intervenção social local, estimulando o desenvolvimento e a implementação de projetos
partilhados e qualificantes para Baião, visando um planeamento estruturante da ação, a participação ativa
e consciente de todos os parceiros e a rentabilização dos recursos existentes.

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4 - O Planeamento

O Programa da Rede Social propõe que a ação local seja coerente com o conjunto de Planos, Medidas,
Programas Nacionais e Comunitários existentes.
Porém, a constante profusão de iniciativas/Programas/Planos Nacionais e a própria temporalidade das
metas inscritas em cada uma delas, mostraram-nos nestes últimos anos que se torna impossível a
manutenção de um referencial estratégico estável no quadro da elaboração dos Diagnósticos Sociais e da
estruturação dos Planos de Desenvolvimento Social.
O Plano Nacional de Ação para a Inclusão (PNAI) criado em 2001 no quadro do Processo Europeu de
Inclusão Social, foi tido como o documento de referência para os instrumentos de planeamento da Rede
Social. A verdade é que o PNAI 2008-2010 foi o último de um ciclo de dez anos, não existindo, desde essa
altura, nenhum outro documento orientador dos Planos de Desenvolvimento Social das Redes Sociais. Daí
ter-se criado neste período um vazio referencial quanto ao enquadramento e à articulação da dimensão
local, regional, nacional e comunitária em termos de política de coesão social.
Este foi um constrangimento relevante na ação integradora da Rede Social ao nível das políticas, medidas
e ações concertadas, coerentes e participadas para o desenvolvimento local e para o combate à exclusão
social.
Após uma reflexão crítica e aprofundada sobre esta matéria e no seguimento de orientações técnicas
provindas da entidade que tutela a nível nacional o Programa da Rede Social, partilhamos a lógica de que
mais importante que uma referência estratégica única para enquadrar e balizar uma estratégia local é o
conhecimento e a capacitação que advém dos atores locais para definirem e/ou encontrarem vários
ângulos estratégicos de ação em articulação com os vários instrumentos de planeamento de cariz nacional
e comunitária.
No contexto atual aqueles serão, sem dúvida, todos os que advierem da estratégia “Europa2020”, e da
tradução desses objetivos em metas e em políticas nacionais de apoio ao crescimento inclusivo, mas
também inteligente e sustentável.

5 – Dimensão Metodológica

Tendo em conta que o objetivo essencial do Diagnóstico Social é a «produção do conhecimento social de
um dado território» (Bernoux, 2005), o presente implicou operativamente fases distintas e complementares
de construção, antes da sua validação final partilhada pelos parceiros.
Na opinião do referido autor, aquela produção do conhecimento deve contemplar no mínimo três partes:
1ª - Descrição do território: Consiste na recolha de todo o tipo de informação que descreva o território, com
a ajuda de guiões orientadores. No geral, este pode ser o nível menos elaborado da produção de
conhecimento social;
2ª – Caracterização: Deve ser consagrada a definir o que a descrição “diz” do território e deverá ser capaz
de colocar em evidência as singularidades do território;

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3ª – Problematização: Trata-se da parte mais complexa da produção do conhecimento. Definida como um
processo de compreensão que permite a identificação do que constitui “problema”, esta é a parte
conclusiva, charneira entre a análise e a ação. Não se trata da enumeração das faltas ou insuficiências
numa lógica de “tratamento”, mas sim de olhar o território como um todo, com as suas necessidades e os
pontos de rutura, com as suas potencialidades e os seus recursos, para identificar os principais fatores
que se encontram a impedir o desenvolvimento.
Ainda de acordo com o autor, este é o momento que permite fazer a distinção entre as ações definidas de
acordo com a urgência dos problemas e as ações decididas no âmbito das competências disponíveis, em
função de orientações que emergem do diagnóstico problematizado sobre as questões do território, a
partir do qual se torna possível fixar os grandes objetivos de desenvolvimento.

5.1.Pressupostos e Linhas Teóricas

Não é propósito aqui, proceder a uma análise exaustiva sobre os possíveis ou diversos posicionamentos
teóricos subjacentes à concetualização de “Política Social”, “Desenvolvimento Social, Inclusivo, Integrado,
Sustentado”, ou fenómenos/conceitos como “pobreza e exclusão social”
pois trata-se de uma área suficientemente discutida e já aprofundada por autores como Bruto da Costa,
João Ferreira de Almeida, Manuela Silva, Luís Capucha ou ainda Robert Castels e Serge Paugam, entre
outros.
Entre todos aqueles, é postura consensual que temos assistido a um crescente aumento, complexificação
e diversificação dos fenómenos de pobreza e exclusão social e da conceptualização das políticas e
práticas (públicas) sociais. Porém, se é inquestionável que o debate e a reflexão teórica têm
acompanhado estes desenvolvimentos, o mesmo não tem acontecido ao nível da operacionalização dos
conceitos e da construção de indicadores que melhor permitam conhecer essa realidade complexa e
multidimensional. Tais circunstâncias representam obstáculos significativos quer ao nível da elaboração
dos Diagnósticos Sociais quer ao nível dos Planos de Desenvolvimento Social.
Impunha-se, assim, a necessidade de objetivar o quadro concetual de referência que norteariam a
operacionalidade do atual Diagnóstico Social de Baião.
Explicitemos então os pressupostos teóricos e os conceitos que subjazem ao processo de recolha e leitura
de dados e à estruturação deste Diagnóstico Social:
1. Em relação à pobreza e à exclusão social entendemos que ela se deve a um conjunto imbricado de
fatores sociais e individuais que importa em cada contexto ou caso concreto identificar.
Consideramos, a este respeito, que o conceito de exclusão social acentua a dimensão relacional do
fenómeno, «quando a encaramos enquanto situação de inadequada (ou ausência de) integração social de
indivíduos ou grupos sociais na sociedade de que fazem parte» (Pereirinha, coord, 1999).
Consideramos ainda o conceito de privação múltipla, em diversos domínios das necessidades básicas:
alimentação, vestuário, condições de trabalho, possibilidades de escolha, saúde e cuidados, educação,

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formação profissional, cultura, participação na vida social e política, etc.” (Costa, 1998), e
subsequentemente o carácter multidimensional da pobreza.
Estas considerações acerca do conceito de pobreza e de exclusão social, são centrais na Estratégia
“Europa 2020”, porém acresce a escassez destes “novos” indicadores sociais desagregados, não só no
País, como ao Nível das NUTS III, municípios e freguesias.
2. Procuramos não descurar a ação dos três grandes grupos de fatores de exclusão social:
(i) fatores de ordem macro sistémica, de natureza estrutural e decorrem do tipo de sistema
económico, dos processos de globalização, dos modelos de desenvolvimento adotados, dos
valores e princípios sociais prevalecentes, dos paradigmas culturais e das visões do mundo
que estão subjacentes às políticas e medidas;
(ii) fatores de ordem meso sistémica, de cariz mais local, reportando-se a fatores tão diversos como
as políticas autárquicas, os modos de governança e funcionamento dos organismos
descentralizados da Administração Pública Central, os modos de organização e de
intervenção da sociedade civil e
(iii) fatores de ordem micro sistémica, decorrem de fatores de cariz individual e familiar, dos
obstáculos e carências vivenciados pelos indivíduos nas suas trajetórias pessoais
3. Procuramos efetuar a integração de um conjunto de informações e dinâmicas evolutivas sobre o
concelho de Baião, organizadas em torno das áreas temáticas em redor dos direitos sociais básicos
(demografia, emprego, formação, empreendedorismo, educação, proteção e inclusão social, habitação,
autonomia e mobilidade, saúde) e debatidas no Núcleo Executivo, ensaiando-se em cada área o exercício
de tradução da operacionalidade dos conceitos anteriormente referidos e a sua análise compreensiva.
Este exercício para além de alicerçado na leitura de um conjunto de documentos diversos, provindos da
União Europeia, dos Planos Sectoriais Nacionais, Estudos de Desenvolvimento Estratégico e outros
Diagnósticos Sociais Concelhios, foi fundamentalmente assente nas reflexões e troca de experiências
provindas das reuniões que ocorreram entre os parceiros do Núcleo Executivo e do Conselho Local de
Ação Social de Baião.
Entre outras, realçam-se as principais conclusões da Sessão de Reflexão promovida em Novembro 2013
na Fundação Eça de Queirós sobre o tema: “O Desenvolvimento Social visto a partir da dimensão
social, sem esquecer a economia e o ambiente”. Esta sessão, dirigiu-se em particular aos parceiros da
Rede Social de Baião e contou com a presença de peritos como o Prof. Doutor José A. Rio Fernandes, da
Universidade do Porto e Coordenador do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território
(CEGOT); Prof. Doutor Luís Ramos, da Universidade Trás - Montes e Alto Douro; Prof. Doutor Nuno
Formigo, Investigador no Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO); Dr.
Carlos Ribeiro, da “Oficina de Projetos”; Prof. Doutor Pedro Chamusca e o Prof. Doutor Rui Mendes,
ambos investigadores no CEGOT.
No seu conjunto, estes momentos de partilha e participação facilitaram as opções técnicas para
abordagem concetual do desenvolvimento social que se deseja para o Concelho de Baião em torno das
seguintes linhas de convergência:

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1. Necessidade de co construir indicadores locais para o desenvolvimento local que permitam a
monitorização ao longo do tempo;
2. Importância de não ignorar os indicadores essenciais associados ao desenvolvimento e que
pertencem a instituições oficiais, sob pena de se perder a possibilidade de comparação relativa;
3. Desenvolvimento como conceito dinâmico, criado e aceite por uma e para uma comunidade,
que permita a melhoria contínua e sustentada no bem-estar inclusivo e inteligente de um território, por via
da comparação relativa e através do tempo.
4. Privilegiamos o conceito de desenvolvimento social cujo fim último é a melhoria e elevação da qualidade
de vida de todas as pessoas (Bernaux, 2005).
Neste sentido, Gómez e Boyer (2003) apontam mesmo alguns dos princípios para uma política social que
se quer integrada:
a) deve englobar a totalidade das famílias no seu contexto de vida quotidiana, ou se quisermos, a
generalidade das pessoas e não somente as mais desfavorecidas ou aquelas que se encontram mais
sujeitas a determinados tipos de riscos;
b) deve combinar diferentes setores, recursos, programas e métodos, numa lógica de complementaridade
e não de exclusão;
c) deve ter presente uma efetiva e concreta participação comunitária;
d) a família, constitui a principal unidade de serviços primários.
5. Privilegiamos igualmente não só uma abordagem sincrónica, mas também diacrónica. Existem dados
que permitiram uma análise por décadas, outros apenas uma análise no período temporal específico entre
2010 e 2013. Também sempre que possível procedeu-se ainda a uma análise ao nível de freguesia e para
uma melhor compreensão da realidade do Concelho de Baião procurou-se uma análise comparada com a
região do Tâmega (NUT III).

5.2. Métodos e técnicas para a recolha e análise de informação

Numa ótica de investigação-ação, este Diagnóstico Social é também um instrumento de participação de


todos os que detêm elementos de conhecimento sobre a realidade social concelhia e, desta forma, os
parceiros do Núcleo Executivo funcionaram como um verdadeiro fórum de consulta permanente.
Na verdade, todos os parceiros se constituíram como “fontes de informação” possibilitando-se a
conjugação de informações produzidas nacionalmente com informações endógenas, com carácter
quantitativo e qualitativo.
Assim, foi realizada análise documental de:
• Informação estatística variada: Estatísticas Demográficas (INE e PORDATA); Inquérito ao
Emprego (INE); Quadros de Pessoal (Ministério da Segurança Social e do Trabalho); Estatísticas
da Educação (DGEST); Estatísticas da Segurança Social; Estatísticas da Justiça; Estatísticas
Locais (Centro de Emprego; Centro de Saúde; IPSS’s, CPCJ, Câmara Municipal de Baião,
Agrupamentos Escolares, Associação Empresarial de Baião, CLDS, Dólmen, AEB);

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• Documentos de avaliação diagnóstica existentes e produzidos por diferentes parcerias locais e
projetos de intervenção social numa escala mais territorial: Grelhas Temáticas de recolha de
dados em domínios diversos da intervenção social e respetivos subdomínios: Infância e
Juventude, População Adulta, Família, Rendimento Social de Inserção (RSI), Equipa
Multidisciplinar de Assessoria aos Tribunais (EMAT), CPCJ, GNR, Pelouros Municipais do
Associativismo, Desporto, Cultura, Educação, Emprego Formação e Qualificação).

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III – Baião: O Território e as Pessoas

1-Breve Caraterização e o impacto da Reorganização Administrativa do Território

O Município de Baião localiza-se no limite interior Este do Distrito do Porto integrando, entre outras
estruturas de parceria, a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, a Associação dos Municípios do
Baixo Tâmega e a Plataforma Territorial Supraconcelhia do Tâmega.
Em termos geográficos confronta, a Norte, com os concelhos de Amarante, Vila Real e Santa Marta de
Penaguião; a Este, com os Municípios de Peso da Régua e Mesão Frio; a Oeste, com o concelho de
Marco de Canaveses e, a Sul, com o rio Douro, fronteira natural com os concelhos de Cinfães e de
Resende.
Baião situa-se entre as latitudes 41º 05’ 20’’ e 41º 14’ 50’’ Norte e as longitudes 7º 52’30’’ e 8º 07’ 40’
Oeste, encontrando-se representado nas Cartas Militares números 113, 114, 125, 126 e 136.
Tem 20.522 habitantes (Censos de 2011) e é atualmente constituído por 14 freguesias, totalizando 174,52
km2.
Relativamente à orografia, Baião tem um relevo bastante irregular, recortado por vales, por onde escorrem
abundantes cursos de água, destacando-se o Rio Teixeira e o Rio Ovil. Está rodeado por três formações
montanhosas principais (as Serras do Marão da Aboboreira e do Castelo).
A altitude varia desde a albufeira da Pala (cerca de 50 m) até ao ponto mais elevado da Serra do Marão
(1416 m).
Na sequência da publicação da Lei n.º 56/2012, de 8 de novembro e da Lei n.º 11-A/2013, de 28 de
janeiro que introduziram a reorganização administrativa do território das freguesias (RATF), o Concelho de
Baião passou a ser constituído por 14 freguesias, em vez das antigas 20.

Freguesia até 2012 Alteração RATF Freguesia criada/alterada pela RATF Ordenação das
em 2013 Freguesias 2013
(nº e designação)
Ancede Agregação União das freguesias de Ancede e
Ribadouro Frende
Baião (Santa Leocádia) Agregação União das freguesias de Baião (Santa
Leocádia) e Mesquinhata Gestaçô
Campelo Agregação União das freguesias de Campelo e Ovil
Gove
Frende Sem alteração
Grilo
Gestaçô Sem alteração
Loivos do Monte
Gove Sem alteração
Santa Marinha do Zêzere
Grilo Sem alteração
Valadares
Loivos da Ribeira Agregação União das freguesias de Loivos da Ribeira
e Tresouras Viariz
Loivos do Monte Sem alteração
União das freguesias de
Ancede e Ribadouro
Mesquinhata Agregação União das freguesias de Baião (Santa União das freguesias de
Leocádia) e Mesquinhata Baião (Santa Leocádia) e
Mesquinhata

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Ovil Agregação União das freguesias de Campelo e Ovil
União das freguesias de
Campelo e Ovil
Ribadouro Agregação União das freguesias de Ancede e
Ribadouro União das freguesias de
Loivos da Ribeira e
Tresouras
Santa Cruz do Douro Agregação União das freguesias de Santa Cruz do
Douro e São Tomé de Covelas União das freguesias de
Santa Cruz do Douro e
São Tomé de Covelas
Santa Marinha do Zêzere Sem alteração
União das freguesias de
Teixeira e Teixeiró
São Tomé de Covelas Agregação União das freguesias de Santa Cruz do
Douro e São Tomé de Covelas
Teixeira Agregação União das freguesias de Teixeira e Teixeiró

Teixeiró Agregação União das freguesias de Teixeira e Teixeiró

Tresouras Agregação União das freguesias de Loivos da Ribeira


e Tresouras
Valadares Sem alteração

Viariz Sem alteração

Quadro 1: Reorganização Administrativa do Território - Baião

2-Indicadores Demográficos

Os resultados definitivos dos Censos 2011 indicam ser a população residente no concelho de Baião um
5
total de 20.522 indivíduos, dos quais 9.811 são homens e 10.711 são mulheres .
A região Norte e o Tâmega mantiveram sensivelmente a mesma população no período intercensitário
2001-2011 e o maior crescimento demográfico verificou-se na década de 1990.
O concelho de Baião registou nesta última década um comportamento demográfico negativo mais visível
que no anterior período intercensitário. Em termos absolutos, enquanto que no período intercensitário
1991-2001, Baião registou um saldo negativo na população residente de (-) 101 indivíduos, na última
década elevou esse numero para menos (-) 1833. Neste período intercensitário, o concelho perdeu 8,2%
da população residente.

5
Este indicador de género da população residente terá a sua relevância específica noutras matérias deste Diagnóstico Social,
nomeadamente nas questões associadas ao envelhecimento, ao perfil e às dinâmicas de emprego-desemprego e mesmo nas
medidas, respostas e equipamentos sociais.

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Total

1991 2001 2011 20126

Total H M Total H M Total H M Total H M

Norte 3.472.715 1677310 1795406 3.687.293 1.782.931 1.904.362 3.689.682 1.766.260 1.923.422 3.666.234 1.750.568 1.915.666

Tâmega 515.610 253743 261867 551.309 268.097 279.941 550.516 268.097 282.419 547.980 266.441 281.539

Baião 22.456 10.852 11604 22.355 10.777 11.578 20.522 9.811 10.711 20.119 9.622 10..497

Quadro 2: Evolução da população residente, por sexo – 1991, 2001 e 2011 – NUTII, III e Baião Fonte: INE, Censos Definitivos Norte
1991, 2001 e 2011 e Anuário Estatístico da Região Norte 2012.

Nesta última década, Baião acompanhou numa percentagem maior, a tendência de decréscimo
populacional que se registou no interior do território do Tâmega.

Crescimento
Populacional
1991-2001 2001-2011
NUTS e Concelhos % %
Portugal 5 2
Norte 6,2 0,1
Tâmega 8,3 -0,1
Baião -0,4 -8,2

Quadro 3: População residente Portugal, NUTII, NUT III – Variação entre 1991 e 2001 e 2001 e 2011 (%) Fonte: INE;
Recenseamento geral da população

Relativamente ao Concelho de Baião e após a Reorganização Administrativa do Território das freguesias


(RATF) e os Censos 2011, os 20.522 indivíduos residiam maioritariamente no território da União das
freguesias de Campelo e Ovil (3.938), seguido da União das freguesias de Ancede e Ribadouro (2.836) e
da freguesia de Santa Marinha do Zêzere (2.789). Na União das freguesias de Santa Cruz do Douro e São
Tomé de Covelas residiam 2.085 e era na freguesia de Loivos do Monte, que menos pessoas residiam
(373).

6
Efectuou-se um exercício comparativo com o Anuário Estatístico da Região Norte de 2012, no entanto, nos Anuários os dados
da população residente utilizados no cálculo dos indicadores têm por base um exercício estimativo pelo que, por essa razão não
são directamente comparáveis com as operações inter-censitárias definitivas.

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Gráfico 1: População residente, por freguesia RATF, 2011 Fonte: CENSOS 2011 - INE - CAOP 2013 - Carta Administrativa Oficial
Portuguesa

A leitura dos quadros que se seguem e que respeitam à estrutura etária da população na região do Norte
e Tâmega revela que o Concelho de Baião, no grupo do etário dos 0-14 anos, apresenta um acentuado
recuo (-24,4%) afastando-se significativamente da Região Norte que regista igualmente uma perda mas
menor (-13,6%) e do Tâmega (-16,9%).
A perda populacional já referida foi vincadamente acentuada nos grupos etários mais jovens (0-14 e dos
15-24 anos), que no total representaram quase 50% (-49,20%) desse recuo. Em 2001,especificamente
18,9% da população residente tinha entre 0-14 anos e em 2011 esse valor apenas constitui 15,1%.
Inversamente, a população com 65 e mais anos que representava em 2001 16,10%, em 2011 atinge os
18,68%. Julgamos que este aumento se deve também, ao regresso de alguns emigrantes ao Concelho
após décadas de trabalho.
Em si mesmo, e numa análise mais imediata, este dado permite-nos afirmar que as tendências da baixa
natalidade e para o envelhecimento da população que carateriza o País, são em Baião também uma
realidade merecedora de uma ação estratégica que, julgamos, deverá assumir uma natureza
intermunicipal, para que possa aspirar a uma relativa eficácia.

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População residente
População residente -Variação
Geográfica

Em 2001 Em 2011 entre 2001 e 2011 (%)


Total Grupos etários Total Grupos etários Grupos etários
Zona

65 ou 65 ou Var. 25- 65 ou
HM H 0-14 15-24 25-64 mais HM H 0-14 15-24 25-64 mais Total 0-14 15-24 64 mais
- -
Norte 3687293 1782931 644948 558278 1969309 514758 3689682 1766260 557233 425876 2075134 631439 0.06 13.60 23.72 5.37 22.67
- -
Tâmega 551309 271368 114359 89923 282200 64827 550516 268097 94956 72560 305644 77356 - 0.14 16.97 19.31 8.31 19.33
- - -
Baião 22355 10777 4228 3439 10930 3758 20522 9811 3112 2655 10921 3834 - 8.20 26.40 22.80 0.08 2.02

Quadro 4: População Residente em 2001 e 2011, NUTII, NUT III e Município Baião, segundo os grupos etários e sua evolução entre
2001 e 2011 Fonte: CENSOS 2001 e 2011 - INE

População residente em 2012


Zona Geográfica

Total Grupos etários


65 e mais

75 e mais
Total H total
HM H 0-14 15-24 25-64 H
Norte
3 666 234 1 750 586 535720 419164 2 074 524 636 826 263 538 305 787 115 791

Tâmega
547 980 266 441 89 483 71 980 309 097 77 420 32 444 36 960 14 423
Baião
20 119 9 622 2 813 2 515 11 001 3 790 1 523 2 037 769

Quadro 4:A População Residente em 2012, NUTII, NUT III e Município Baião, segundo os grupos etários. Fonte: INE Anuário
Estatístico da Região Norte 2012

2001 2011 Variação 2001-2011

Estrutura etária –
Baião nº % nº % nº %

0-14 4.228 18,91 3.112 15,16 -1.116 -26,4

15-24 3.439 15,38 2.655 12,93 -784 -22,8

25-64 10.930 48,89 10.921 53,21 -9 -0,08

65 ou + 3.758 16,1 3.834 18,68 76 2,02

Total 22.355 20.522 -1.833 -8,2


Quadro 5: Estrutura etária da população residente Concelho Baião, e sua variação 2001 – 2011 Fonte: CENSOS 2001 e 2011 - INE

Se é um fato que a estrutura etária da população residente em Baião é reveladora do peso do


envelhecimento na população residente, também é um fato que o aumento continuado da esperança de
vida e da longevidade no concelho, em conjugação com o decréscimo da taxa de fertilidade, levaram a um
acentuado processo de envelhecimento demográfico durante as últimas décadas, e decorrente dos
comportamentos demográficos registados nos últimos censos da população, tudo indica que esta
tendência de envelhecimento da população vs diminuição da natalidade se acentuará.

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Quer em termos absolutos, quer em termos relativos, o número de pessoas idosas tem vindo a aumentar,
o que vem alterar os perfis demográficos e questionar as relações entre as gerações, colocando desafios
acrescidos e renovados ao território e aos atores sociais.
Assim, entendemos que mais do que nunca importa conceber o envelhecimento da população no
concelho não como uma problemática social em si mesmo e um constrangimento com uma expressão de
homogeneidade social inspiradora de práticas e ideias pré-concebidas e estereotipadas, mas sim poder
ser encarado como uma oportunidade potenciadora do desenvolvimento social inclusivo no Concelho de
Baião.
Desagregando a evolução da população residente (2001-2011) e a sua estrutura etária no concelho por
freguesia (Quadros 6, 6A e 6B) constata-se que a variação negativa global da população assume posturas
muito diferenciadas ao nível das freguesias. Ressalta, desde logo, a freguesia de Campelo e o registo de
um saldo positivo, em todos os grupos etários, neste período intercensitário. Esta é na verdade uma
tendência nacional no que respeita ao interior, ou seja, o esvaziamento das freguesias para a freguesia
sede de concelho.
Do outro lado da moeda, as freguesias de Teixeira (- 31,9%), Tresouras (- 28,2%) e Mesquinhata (-26,2%)
registaram os maiores decréscimos populacionais no concelho.
Ainda relativamente à população mais jovem (0-14 anos), se Baião registou uma perda global na ordem
dos 26,4%, apenas a freguesia de Campelo regista um crescimento neste grupo etário perto dos 5% e a
freguesia de Ribadouro é a que maior perda regista neste grupo etário (- 57,1%), seguida por Mesquinhata
(- 54,4%) e Teixeira (-50,1%).
No sentido inverso, a população com 65 ou mais anos registou um acréscimo de residentes, na ordem dos
2%. Esta população representava em 2001 cerca de 16,1% e em 2011 atinge os 18,6%. As freguesias de
Valadares (23,4%), Santa Marinha do Zêzere (23,0%) e Loivos do Monte (17,7%) foram aquelas que
registaram um maior aumento percentual de residentes deste grupo etário.

2001

Total Grupos etários

HM H 0-14 15-24 25-64 65 ou mais

Norte 3687293 1782931 644948 558278 1969309 514758

Tâmega 551309 271368 114359 89923 282200 64827

Baião 22355 10777 4228 3439 10930 3758

Ancede 2618 1285 508 391 1285 434

Campelo 2774 1299 544 404 1380 446

Covelas 724 358 148 123 324 129

Frende 815 409 129 145 434 107

Gestaçô 1417 662 245 204 676 292

Gove 2030 990 395 322 1043 270

Grilo 680 330 165 101 315 99

Loivos do Monte 395 187 86 62 185 62

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Loivos da Ribeira 562 286 107 86 281 88

Mesquinhata 408 205 90 58 189 71

Ovil 901 433 130 117 409 245

Ribadouro 410 188 56 49 208 97

Stª. Cruz Douro 1803 836 334 268 861 340

Sta Leocádia 641 312 125 102 306 108

Stª. Marinha Zêzere 2852 1350 530 446 1468 408

Teixeira 874 431 142 147 408 177

Teixeiró 444 222 111 86 175 72

Tresouras 520 253 93 75 258 94

Valadares 885 450 179 146 432 128

Viariz 602 602 111 107 293 91


Quadro 6: População residente, Baião, grupos etários e freguesias em 2001 Fonte: INE, Censos 2001

2011
Total Grupos etários
65 ou
HM H 0-14 15-24 25-64 mais
Norte 3689682 1766260 557233 425876 2075134 631439
Tâmega 550516 268097 94956 72560 305644 77356
Baião 20522 9811 3112 2655 10921 3834
Ancede 2527 1226 395 315 1409 408
Campelo 3237 1507 571 419 1745 502
Covelas 576 287 82 93 312 89
Frende 656 324 80 76 386 114
Gestaçô 1263 600 170 156 655 282
Gove 1992 985 334 255 1108 295
Grilo 590 293 97 109 295 89
Loivos do Monte 373 173 73 38 189 73
Loivos da Ribeira 480 230 77 67 245 91
Mesquinhata 301 142 41 51 146 63
Ovil 701 329 73 80 340 208
Ribadouro 309 141 24 29 163 93
Stª. Cruz Douro 1453 680 185 182 756 330
Sta Leocádia 554 272 76 82 300 96
S.tª. Marinha
Zêzere 2796 1313 438 352 1504 502
Teixeira 595 276 70 66 288 171
Teixeiró 351 179 69 49 168 65
Tresouras 373 182 47 52 177 97
Valadares 875 428 135 122 460 158
Viariz 520 244 75 62 275 108
Quadro 6A: População residente, Baião, grupos etários e freguesias em 20011 Fonte: INE, Censos 2011

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População residente –
Variação entre 2001 e 2011 (%)

Grupos etários
Var. 65 ou
Total 0-14 15-24 25-64 mais

Norte 0.06 -13.60 -23.72 5.37 22.67

Tâmega -0.14 -16.97 -19.31 8.31 19.33

Baião -8.20 -26.40 -22.80 -0.08 2.02

Ancede -3.48 -22.24 -19.44 9.65 -5.99

Campelo 16.69 4.96 3.71 26.45 12.56

Covelas -20.44 -44.59 -24.39 -3.70 -31.01

Frende -19.51 -37.98 -47.59 -11.06 6.54

Gestaçô -10.87 -30.61 -23.53 -3.11 -3.42

Gove -1.87 -15.44 -20.81 6.23 9.26

Grilo -13.24 -41.21 7.92 -6.35 -10.10

Loivos do Monte -5.57 -15.12 -38.71 2.16 17.74

Loivos da Ribeira -14.59 -28.04 -22.09 -12.81 3.41

Mesquinhata -26.23 -54.44 -12.07 -22.75 -11.27

Ovil -22.20 -43.85 -31.62 -16.87 -15.10

Ribadouro -24.63 -57.14 -40.82 -21.63 -4.12

Stª. Cruz Douro -19.41 -44.61 -32.09 -12.20 -2.94

B. (S. Leocádia) -13.57 -39.20 -19.61 -1.96 -11.11


S.tª. Marinha
Zêzere -1.96 -17.36 -21.08 2.45 23.04

Teixeira -31.92 -50.70 -55.10 -29.41 -3.39

Teixeiró -20.95 -37.84 -43.02 -4.00 -9.72

Tresouras -28.27 -49.46 -30.67 -31.40 3.19

Valadares -1.13 -24.58 -16.44 6.48 23.44

Viariz -13.62 -32.43 -42.06 -6.14 18.68


Quadro 6B: Evolução da População residente, Baião, grupos etários e freguesias entre 2001 e 2011 Fonte: INE, Censos 2001 - 2011

A Reorganização Administrativa do Território das Freguesias impõe um outro olhar na leitura destes
indicadores. De forma bastante imediata podemos adiantar que pela população residente e estrutura
etária, os “novos” territórios das freguesias poderão vir a imprimir novas dinâmicas, ora reequilibrando as
anteriores tendências demográficas, ora agravando esses mesmos comportamentos já caraterísticos das
freguesias antes da agregação. Referimos aqui que esta análise será aprofundada no Plano de
Desenvolvimento Social, dada a sua importância estratégica atual.
Relativamente à população residente com dificuldades, em 2011 os indivíduos com mais de 5 anos que
“não conseguem efetuar a ação” de “Ver”, Ouvir”, “Andar ou subir degraus”, “Memória e Concentração”,

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“Tomar banho e vestir-se sozinho” e “Compreender os outros ou fazer-se compreender”, totalizavam os
1.046 indivíduos.

Zona geográfica Compreender os


Andar ou subir Memória ou Tomar banho ou
Ver Ouvir outros ou fazer-se
Grau de dificuldade sentido degraus concentração vestir-se sozinho
compreender
Baião HM H HM H HM H HM H HM H HM H
Não tem dificuldade ou tem pouca em
efetuar a ação 17537 8604 18438 8789 17062 8408 18242 8823 18477 8909 18733 8963
Tem muita dificuldade em efetuar a
ação 2081 748 1185 567 2371 872 1256 484 793 297 793 352
Não consegue efetuar a ação 51 30 46 26 236 102 171 75 399 176 143 67
Quadro 7: População residente com 5 ou mais anos segundo o tipo de dificuldade e sexo, por grau de dificuldade sentido Fonte: INE
Censos 2011

3-Índices Demográficos

Para uma melhor compreensão integrada da informação aqui retratada, passamos agora a enquadrar o
Concelho de Baião na região e na sub-região a que pertence em matéria de divisão administrativa, mais
relevante, em nosso entender, do que proceder à desagregação mais grosseira destes indicadores por
freguesia, dado a recente reorganização administrativa do território das freguesias implicar um conjunto de
operações estatísticas que não se encontram ainda disponíveis.
7
No que toca à Taxa Bruta de Natalidade verificamos que o Concelho tem o valor mais baixo, quer
comparando com o País quer com região Norte e sub-região do Tâmega e que a Taxa Bruta de
8
Mortalidade se tem mantido em níveis mais elevados dos que os registados no País e na região.

Taxa Bruta de Natalidade

NUT 2001 2009 2010 2011 2012


Portugal 10,8 9,4 9,6 9,1 8,5

Norte 11,2 8,8 8,9 8,5 7,8

Tâmega 12,8 9,3 9,6 8,9 7,9

Baião 10,9 8,1 7,4 7,6 6,6

Quadro 8: Taxa Bruta de Natalidade 2001-2012 Fonte INE (estimativas anuais da população e censos) e PORDATA

Taxa Bruta de Mortalidade


NUT 2001 2009 2010 2011 2012
Portugal 10,1 9,9 10 9,8 10,3
Norte 8,7 8,6 8,7 8,6 9
Tâmega 7,7 7,6 7,8 7,4 8,2
Baião 12,1 11,3 12,1 10,9 12,7

7
Número de nados-vivos ocorrido durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média
desse período (habitualmente expressa em número de nados-vivos por 1000 (10^3) habitantes). (metainformação – INE)
8
Número de óbitos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média
desse período (habitualmente expressa em número de óbitos por 1000 (10^3) habitantes). (metainformação – INE)

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Quadro 9: Taxa Bruta de Mortalidade 2001-2012 Fonte INE (estimativas anuais da população e censos) e PORDATA

Quanto ao envelhecimento da população verificado na última década e a que já aludimos anteriormente,


ele ocorreu de uma forma generalizada em todo o país. Os Censos 2011 mostram que o País conta com
mais de 2 milhões de pessoas com 65 ou mais anos, representando estas cerca de 19% da população
total e são as mulheres quem predomina entre as pessoas mais velhas, em sintonia com as tendências
associadas à esperança média de vida que também é superior ente as mulheres.
A grande maioria dos municípios da região Norte e NUT III, apresenta índices de envelhecimento
superiores a 100, ou seja, o número de idosos, nestes municípios é superior ao número de jovens.
O Concelho de Baião com um valor na ordem dos 123,20 apresenta um índice sensivelmente inferior ao
verificado no Continente (130,60),mas bastante superior ao verificado no Tâmega, onde existem cerca de
84 idosos por cada 100 jovens.
A evolução deste indicador a nível nacional encontra-se mais acentuada do que a evolução do mesmo no
Concelho de Baião (Quadro 11).
9
Quanto ao índice de dependência dos idosos verificamos que os valores deste indicador em Baião não se
afastam do retrato social que País apresenta.

Índice de dependência de idosos


Anos 1960 1981 2001 2011 2012
Portugal 12,7 18,2 24,2 28,8 29,4
Continente 12,8 18,1 24,4 29,2 30,0
Norte 11,8 16 20,4 25,2 25,5
Tâmega 12,8 15,5 ┴ 17,4 20,5 20,3
Baião 14,2 23,2 26,2 28,2 28,0
Quadro 10: Evolução do Índice de dependência de idosos segundo os Censos, 1960-2011, Portugal, NUTS I, NUTS II, NUTS III,
Município, Fonte: INE - X a XV Recenseamentos Gerais da População e Anuário Estatístico da Região Norte 2012 e PORDATA

Índice de Envelhecimento

1960 1981 2001 2011 2012


Portugal 27,3 44,9 102,2 127,8 131,1
Continente 28,0 45,4 104,5 130,6 134,0
Norte 20,2 33,9 79,8 113,3 118,9
Tâmega 19,1 27,2 56,7 81,5 86,5
Baião 25,7 46,7 88,9 123,2 134,7

Quadro 11: Índice de envelhecimento segundo os Censos, Portugal, NUTS I, NUTS II, NUTS III, Município, 1960-2011 Fonte: INE (-
X a XV Recenseamentos Gerais da População) e PORDATA

10
O índice de longevidade (Quadros 12 a 14) revela que em Baião, ele é superior quer à região do
Tâmega, quer ao próprio País. Com estes dados, é possível inferir que Baião oferece condições que

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permitem à população mais envelhecida viver mais do que na esmagadora maioria dos territórios. Este é
um indicador, entre outros, que nos parece poder ajudar a explorar as questões do envelhecimento como
um fator de potencialidade no concelho, visto poder ser associado a uma sensação subjetiva de bem-estar
e qualidade de vida que, apesar de outras dificuldades e constrangimentos, favorece o envelhecimento
com qualidade.

Índice de
Índice de
dependência de Índice de
envelhecimento
idosos longevidade

2011 2012 2011 2012 2011 2012

Portugal 127,8 131,1 28,8 29,4 47,9 48,9


Continente 130,6 134,0 29,2 30,0 47,9 49,0
Norte 113,3 118,9 25,2 25,5 46,7 48,0
Tâmega 81,5 86,5 20,5 20,3 46,5 47,7
Baião 123,2 134,7 28,2 28,0 50,6 53,7
Quadro 12: Síntese dos índices de envelhecimento, de dependência de idosos, de longevidade Fonte: INE- Censos 2011 e Anuário
Estatístico da Região Norte 2012

Índice de Longevidade
Anos 1960 1981 2001 2011
Portugal 33,6 34,2 41,4 47,9
Continente 33,5 34,2 41,4 47,9
Norte 32,6 33,8 40,4 46,7
Tâmega 33,1 34,4 ┴ 39,6 46,5
Baião 36,7 32,4 42,3 50,6
Quadro 13: Evolução do Índice de longevidade entre 1960 e 2011, NUT III Fonte: INE - X a XV Recenseamentos Gerais da
População e PORDATA

11
Relativamente ao índice de dependência dos jovens os valores de Baião não se afastam
significativamente nem em 2011, nem na evolução 2001-2011, da realidade verificada quer no Tâmega,
quer no País.
Porém, a nível concelhio, existem cenários preocupantes mormente os relacionados com as freguesias de
Frende, Ovil e Ribadouro, onde este índice se encontra bastante inferior aos valores concelhios e
regionais.

9
Relação entre a população idosa e a população em idade ativa, definida habitualmente como o quociente entre o número de
pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos.
10
Relação entre a população mais idosa e a população idosa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas
com 75 ou mais anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos.

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Índice de dependência de jovens (N.º)
2001 2011
Portugal 23,6 22,5
Continente 23,3 22,4
Norte 25,5 22,3
Tâmega 30,7 25,1
Baião 29,4 22,9
Ancede 30,3 22,9
Campelo 30,4 26,4
Covelas 33,1 20,3
Frende 22,2 17,3
Gestaçô 27,8 21
Gove 28,9 24,5
Grilo 39,6 24
Loivos do Monte 34,8 32,2
Loivos da Ribeira 29,1 24,7
Mesquinhata 36,4 20,8
Ovil 24,7 17,4
Ribadouro 21,7 12,5
Santa Cruz do Douro 29,5 19,7
Santa Leocádia 30,6 19,9
Santa Marinha do Zêzere 27,6 23,6
Teixeira 25,5 19,8
Teixeiró 42,5 31,8
Tresouras 27,9 20,5
Valadares 30,9 23,2
Viariz 27,7 22,3
Quadro 14: Evolução do Índice de Dependência de Jovens entre 2001 e 2011 Fonte: INE – CENSOS 2001-2011

12
Por último, em relação ao índice de dependência total , em Baião por cada 100 pessoas potencialmente
ativas existem 48,9 jovens e idosos (Quadro 15). Apesar do valor ser ainda elevado e pior do que o
verificado no Tâmega, assiste-se, na última década, a uma melhoria deste índice também em Baião,
acompanhando a mesma tendência verificada no Tâmega. Em parte, esta melhoria parece ser explicada
pela diminuição na taxa de natalidade e concomitantemente, a diminuição no índice de dependência de
jovens.

11
relação entre a população entre os 0 e os 14 e com mais de 65 anos sobre a população em idade ativa entre os 15 e os 64 anos.
12
Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa, definida habitualmente como o quociente entre o número
de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos conjuntamente com as pessoas com 65 ou mais anos e o número de
pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos

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Local de Índice de dependência total (N.º) por local de residência; Anual (1)
residência
Período de referência dos dados

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Portugal 48,6 48,9 49,2 49,6 49,8 49,9 49,9 50,2 50,5 51 51,4 51,9
Continente 48,6 48,9 49,2 49,7 49,9 50 50,1 50,4 50,8 51,3 51,8 52,3
Norte 46,5 46,6 46,6 46,7 46,6 46,4 46,2 46,2 46,4 46,8 46,9 47
Tâmega 48,5 48,3 48 47,7 47,3 46,6 45,9 45,4 45 44,9 44,4 43,8
Baião 56 55,6 55,4 54,9 54,5 53,2 52,4 51,8 51,7 50,9 49,8 48,9
Quadro 15: Evolução do Índice de Dependência Total entre 2001 e 2012 Fonte: INE – Estimativas Anuais da População Residente

Taxa
Taxa de Taxa de Taxa Taxa bruta Taxa bruta Taxa de Nados-
Densidade bruta
crescimento crescimento bruta de de de fecundidade vivos fora
populacional de
efetivo natural natalidade mortalidade nupcialidade geral do
┴ divórcio
┴ ┴ ┴ ┴ ┴ ┴ casamento

N.º/km2 % ‰ %
Portugal 114,3 - 0,29 - 0,06 9,2 9,7 3,4 2,5 38,7 42,8
Continente 112,6 - 0,29 - 0,06 9,1 9,8 3,4 2,5 38,7 43,3
Norte 172,9 - 0,40 0,00 8,6 8,6 3,7 2,5 34,8 32,8
Tâmega 209,7 - 0,26 0,15 8,9 7,4 4,1 2,2 34,3 24,3
Amarante 185,9 - 0,47 - 0,06 8,2 8,8 4,8 2,0 32,8 25,3
Baião 116,9 - 0,75 - 0,33 7,6 10,9 3,4 2,2 31,1 23,1
Cabeceiras de Basto 68,7 - 0,64 - 0,31 7,9 11,0 4,9 1,7 32,7 21,4
Castelo de Paiva 145,1 - 0,38 - 0,05 7,8 8,3 4,4 2,0 31,6 26,7
Celorico de Basto 110,4 - 0,66 - 0,24 7,9 10,4 3,8 1,9 33,6 14,5
Cinfães 84,9 - 0,64 - 0,23 8,1 10,4 2,8 2,2 35,6 21,2
Felgueiras 501,0 - 0,19 0,25 8,6 6,1 3,9 2,2 31,8 22,9
Lousada 493,0 - 0,09 0,36 9,5 5,8 4,0 2,5 34,5 20,8
Marco de Canaveses 264,6 - 0,16 0,26 9,2 6,6 3,8 2,2 35,0 23,2
Mondim de Basto 43,2 - 1,02 - 0,64 6,6 13,0 5,6 0,5 27,7 34,7
Paços de Ferreira 793,8 0,02 0,43 10,0 5,6 4,4 2,9 38,0 27,1
Paredes 554,1 0,00 0,39 9,7 5,7 3,8 2,2 36,0 26,5
Penafiel 340,1 - 0,20 0,21 8,9 6,7 4,5 2,5 33,7 22,7
Resende 91,7 - 0,72 - 0,34 8,1 11,5 2,8 1,1 35,8 32,6
Ribeira de Pena 29,9 - 0,92 - 0,55 8,4 13,9 4,4 1,8 42,5 41,8
Quadro16: Síntese de Indicadores Demográficos 2011 Fonte: INE

A pirâmide etária que a seguir se apresenta revela que Baião está a transitar para uma situação
populacional pouco rejuvenescida, marcada por um aumento da população com 35 ou mais anos de
idade, sendo esse aumento ainda mais significativo na população com mais de 75 anos.
A base da pirâmide está fortemente reduzida, associada à baixa taxa de natalidade e explicando, entre
outros, a evolução do índice de envelhecimento em Baião.

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Gráfico 2: Pirâmide etária – Baião, 1960 – 2011 (Barras – 1960 – Azul - Sexo Masculino/ Vermelho – Sexo Feminino
Linhas – 2011 – Verde – Sexo Masculino / Roxo – Sexo Feminino Fonte: adaptado do INE por Prof. Doutor Rui Mendes (CEGOT)

4-Caraterização das estruturas familiares

13
Pelo Quadro 17, verificamos que entre 2001 e 2011, o número de famílias clássicas residentes em
Portugal, na região Norte e na NUT III Tâmega aumentou, mas o concelho de Baião registou uma ligeira
diminuição nesse período, cifrada em menos 66 famílias.

13
Conjunto de pessoas que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto) entre si,
podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento, bem como, qualquer pessoa independente que ocupe uma parte ou a totalidade
de uma unidade de alojamento

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Anos 2001 2011
Portugal 3.650.757 4.043.726
Continente 3.505.292 3.869.188
Norte 1.210.631 1.330.892
Tâmega 167.397 182.728
Amarante 18.415 19.410
Baião 7.235 7.169
Cabeceiras de 5.436 5.622
Basto
Castelo de Paiva 5.273 5.575
Celorico de Basto 6.150 6.779
Cinfães 7.349 7.254
Felgueiras 17.391 19.002
Lousada 13.089 15.257
Marco de 16.106 17.717
Canaveses
Mondim de Basto 2.608 2.592
Paços de Ferreira 15.341 17.908
Paredes 24.881 28.114
Penafiel 21.488 23.794
Resende 4.143 4.070
Ribeira de Pena 2.492 2.465

Quadro 17: Famílias clássicas segundo os censos, Portugal, Norte Tâmega e Municípios, 2001-2011 Fonte: INE, Censos 2001 e
2011

Quadro - Dimensão média das f amílias


A nos 2001 2011
Portugal 2,8 2,6

Continente 2,8 2,6


Norte 3 2,7
Tâmega 3,3 3
Baião 3,1 2,8

Fonte: INE, Censos 2001 e 2011

Quadro 18: Dimensão média das famílias, Portugal, Norte Tâmega e Municípios, 2001-2011 Fonte: INE, Censos 2001 e 2011

14
A dimensão média da família no concelho de Baião é de 2,8, enquanto o valor para o total do país se
situa nos 2,6 e na região Norte nos 2,7. Na última década, à semelhança do país, assistiu-se a uma
diminuição da dimensão média da família.
Das 7.169 famílias clássicas residentes no Concelho de Baião, a maioria concentra-se nas principais
freguesias e aglomeradas urbanos do concelho, nomeadamente em Campelo (1084), Santa Marinha do

14
Indivíduos residentes em famílias clássicas / Total de famílias clássicas

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Zêzere (983), Ancede (868) e Gôve (681) enquanto que, inversamente, a freguesia com menos famílias
residentes são Teixeiró (112), Loivos do Monte (124), Ribadouro ( 132) e Tresouras ( 133).

Famílias
Núcleos
Zona Geográf ica Clássicas Institucionais f amiliares
Norte 1330892 1235 1133106
Tâmega 182728 104 166009
Baião 7169 4 6278
Ancede 868 0 784
Campelo 1084 2 966
S.Tomé Covelas 186 0 172
Frende 243 0 209
Gestaçô 459 0 386
Gove 681 0 611
Grilo 204 0 182
Loivos do Monte 124 0 111

Loivos da Ribeira 162 0 147


Mesquinhata 103 0 89
Ovil 270 0 221
Ribadouro 132 0 94
Stª Cruz do Douro 501 1 438

Baião(StªLeocádia) 197 0 168


StªMarinha do
Zêzere 983 1 860
Teixeira 237 0 191
Teixeiró 112 0 103
Tresouras 133 0 111
Valadares 300 0 272
Viariz 190 0 163

Quadro 19: Famílias, núcleos familiares, Norte, Tâmega, município Baião e freguesias, 2011 Fonte: INE Censos 2011

Analisando as famílias segundo a condição perante a atividade económica e o sexo do representante da


família, verificamos que 45,7% são estruturadas por indivíduos empregados, 37,28% por reformados e
3,6% por indivíduos incapacitados permanente para o trabalho.
Assiste-se, em relação a 2001, a uma diminuição na ordem dos 7,7% nas famílias estruturadas por
indivíduos empregados e a um aumento na ordem dos 0,4% nas famílias estruturadas por indivíduos
reformados. Estas variações são explicadas, em parte, pelo agravamento da situação face ao emprego
verificada no concelho, bem como, pelo aumento no índice de envelhecimento.
Na mesma ordem de análise, constata-se que as famílias clássicas, em 2011, num total de 3754 eram
estruturadas por indivíduos com atividade económica, e 3415 estruturadas por indivíduos sem atividade
económica.

Total Com actividade económica Sem Actividade Económica


Empregados Desempregado Estudantes Domésticos Reformados Incapacitado Outros
s s
permanente
p/o Trabalho

censos HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H
2011 7.169 3.279 2.990 475 374 12 2 277 5 2.673 1.797 152 127 301 210
2001 7. 235 3.865 3.704 111 90 - - 118 17 2.664 1.812 265 202 212 184

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Quadro 20: Famílias clássicas, segundo a condição perante a atividade económica e o sexo do representante da família- Município
Baião 2011 e 2001 Fonte: INE-Censos 2011 e 2001

No concelho, em 2011, 20.380 pessoas integravam famílias clássicas (7.169) e apenas 142 integravam as
15
famílias institucionais (4).

Famílias
Tipo de família clássicas Famílias clássicas segundo a dimensão (pessoas)
com base no
número de Com 9 Total de
núcleos Total Com 1 Com 2 Com 3 Com 4 Com 5 Com 6 Com 7 Com 8 ou + pessoas
Baião 7169 1099 2054 1859 1485 456 162 36 12 6 20380

Quadro 21: Famílias clássicas, segundo a sua dimensão e pessoas nas famílias, por tipo de família Fonte: INE-Censos 2011

Dimensão
Pessoas residentes
De 50 ou
Tipo de alojamento Menos de De 20 a 49 mais
colectivo Total 20 pessoas pessoas pessoas HM H

Apoio social 4 1 2 1 142 48

Quadro 22: Famílias institucionais, segundo a dimensão da família institucional e pessoas residentes, por tipo de alojamento coletivo
Fonte: INE-Censos 2011

16
A proporção das famílias clássicas unipessoais aumentou em todo o País entre 1981 a 2011.
Na região Norte a proporção de famílias unipessoais em 2011 foi de 17,2%, enquanto no País este valor
se situa nos 21,4% e no Concelho Baião nos 15,3%.

15
Indivíduos que se encontram institucionalizados.
16
Famílias clássicas unipessoais (%) (Famílias clássicas com um indivíduo / Total de famílias clássicas) * 100

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A nos 1981 2001 2011
Portugal 13 17,3 21,4
Continente 13,1 17,4 21,6
Norte 10,4 13,2 17,2
Tâmega 10,1 9,3 12,2
A marante 9,9 9,8 13,9
Baião 13,8 13 15,3
Cabeceiras de 13,7 13,7 16,3
Basto
Castelo de Paiva 9,3 8,7 11,5

Celorico de 12,8 14 16,5


Basto
Cinf ães 14,7 13,7 16,5
Felgueiras 8,3 8 10,7
Lousada 7,1 6,8 9,5
Marco de 10,4 9,2 12,1
Canaveses
Mondim de 12,5 14,2 18,3
Basto
Paços de 5,3 5,7 9,2
Ferreira
Paredes 7 7 10,4
Penaf iel 10,1 8,5 11,4
Resende 15,5 17,5 18,9
Ribeira de Pena 14,8 18,4 21,5

Quadro 23: Famílias clássicas unipessoais segundo os Censos (%), 1981,2001, 2011 Fontes de Dados: INE - X a XV
Recenseamentos Gerais da População e PORDATA

Também a proporção de famílias unipessoais constituídas por pessoas com 65 ou mais anos aumentou
em todo o País.
Em Baião, entre 1981 e 2011, o concelho tem mantido sensivelmente a mesma proporção deste tipo de
famílias. Em 2011, no município de Baião, das 1.099 famílias unipessoais residentes, 711 eram
constituídas por pessoas com 65 ou mais anos.

Famílias clássicas unipessoais


Local/
Total 65+
Anos
1981 2001 2011 1981 2001 2011
Baião 961 939 1.099 695 693 711

Quadro 24: Famílias clássicas unipessoais segundo os Censos: total e com 65 e mais anos – Município Fonte: INE Censos
1981,2001 e 2011

O conjunto dos quadros seguintes, permite-nos retratar a estrutura e dinâmica familiar do Concelho de
Baião nos períodos intercensitários 1991, 2001 e 2011.
Verifica-se que aumentaram as famílias com 1, 2 e 3 pessoas (acompanhando a tendência nacional) e que
diminuíram as famílias com 4, 5 ou mais pessoas (as tradicionais famílias alargadas e/ou numerosas).
Analisando as famílias clássicas segundo o número de pessoas que as constituem, observa-se que das
7.169 famílias existentes no Concelho de Baião em 2011, 2.054 (29%) são constituídas por 2 pessoas,
1.859 (25,9%) por 3 elementos, 1.485 (21%) são compostas por 4 indivíduos, 1.099 (15,3%) são famílias
unipessoais. As famílias clássicas constituídas entre 5 a 9 ou mais pessoas perfazem um total de 672.

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Estes valores não podem ser esquecidos, uma vez que, grande parte das famílias tradicionais alargadas
e/ou numerosas revelam ser uma categoria mais vulnerável a situações de pobreza e exclusão social.

Censos Total C/ 1 pessoa C/ 2 C/ 3 pessoas C/ 4 C/ 5 C/ 6 pessoas C/7 pessoas C/ 8 C/ 9 ou +


N N % pessoas
N % N % pessoas
N % pessoas
N % N % N % pessoas
N % pessoas
N %
1991 6.760 860 12,7 1698 25 1396 20,6 1370 20 763 11,2 349 5,1 175 2,5 75 1,1 74 1
2001 7. 235 939 12,9 1892 26 1772 24,4 1589 22 658 9 234 3,2 83 1,1 36 0,4 32 0,4
2011 7.169 1099 15,3 2054 29 1859 25,9 1485 21 456 6,3 162 2,2 36 0,5 12 0,1 6 0,1
Quadro 25: Famílias Clássicas Residentes Segundo a sua Dimensão entre 1991 e 2011 – Baião Fonte: INE, Censos (1991, 2001 e
2011).

Famílias clássicas segundo a dimensão (pessoas)

Tipo de família com base no número Total de


de núcleos Com 9 pessoas
Total Com 1 Com 2 Com 3 Com 4 Com 5 Com 6 Com 7 Com 8
ou +

Baião 7169 1099 2054 1859 1485 456 162 36 12 6 20380


Famílias sem núcleos 1190 1099 79 11 0 1 0 0 0 0 1295
Famílias com um núcleo 5688 0 1975 1848 1423 357 69 12 4 0 17501
Famílias com dois núcleos 283 0 0 0 62 98 91 23 7 2 1521
Famílias com três ou mais núcleos 8 0 0 0 0 0 2 1 1 4 63
Quadro 26: Famílias Clássicas, Segundo o Tipo de Famílias e dimensão 2011 Fonte: INE- Censos 2011

Todos estes dados reforçam a tendência para a nuclearização dos grupos domésticos, uma vez que as
17
famílias constituídas por um Núcleo representam 79,3% das famílias clássicas residentes no Concelho,
seguidas pelas famílias sem núcleo familiar (16,60%). Segundo os Censos 2011, registavam-se 6.278
núcleos familiares, dos quais os casais de direito com filhos representavam o tipo de núcleo familiar mais
predominante (54,46%) sendo que os núcleos monoparentais representavam 9,6%. Destes últimos, são as
Mães com Filhos que assumem a maior expressividade (87,35%).

17
Conjunto de pessoas dentro de uma família clássica

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Núcleos segundo o número de filhos
Total de
Tipo de núcleo Familiar
Total Com 0 Com 1 Com 2 Com 3 Com 4 Com 5 Com 6 filhos
Idade dos filhos ou netos

Baião 6278 2071 2326 1560 263 49 5 4 6480


Casal de direito sem filhos 1965 1965 0 0 0 0 0 0 0
Casal de facto sem filhos 106 106 0 0 0 0 0 0 0
Casal de direito com filhos 3419 0 1797 1364 219 33 3 3 5347
Todos com menos de 15 anos de idade 1369 0 823 487 54 4 1 0 1980
Pelo menos um com - 15 anos e pelo menos um com 15 ou + anos de idade 578 0 0 444 110 20 2 2 1320
Todos com 15 ou mais anos de idade 1472 0 974 433 55 9 0 1 2047
Casal de facto com filhos 187 0 108 58 14 6 1 0 295
Todos com menos de 15 anos de idade 119 0 82 33 3 1 0 0 161
Pelo menos um com - de 15 anos e pelo menos um com 15 ou + anos de idade 32 0 0 16 11 4 1 0 86
Todos com 15 ou mais anos de idade 36 0 26 9 0 1 0 0 48
Pai com filhos 76 0 52 19 4 1 0 0 106
Todos com menos de 15 anos de idade 7 0 5 2 0 0 0 0 9
Pelo menos um com - de 15 anos e pelo menos um com 15 ou + anos de idade 6 0 0 5 0 1 0 0 14
Todos com 15 ou mais anos de idade 63 0 47 12 4 0 0 0 83
Mãe com filhos 525 0 369 119 26 9 1 1 732
Todos com menos de 15 anos de idade 113 0 87 23 2 1 0 0 143
Pelo menos um com - de 15 anos e pelo menos um com 15 ou + anos de idade 43 0 0 24 12 5 1 1 115
Todos com 15 ou mais anos de idade 369 0 282 72 12 3 0 0 474

Quadro 27: Núcleos familiares, segundo o número de filhos e total de filhos, por tipo de núcleo e idade dos filhos, Baião 2011 Fonte:
INE- Censos 2011

Desagregando o tipo de núcleos familiares por número de filhos, verificamos que os casais de direito com
filhos englobavam no seu total 5.347 filhos, enquanto os casais de fato apenas 295. É sobretudo ao nível
das famílias monoparentais que se regista uma desigualdade acentuada, em que as mães integravam 732
filhos, enquanto os pais apenas 106.
Se distribuirmos os nucelos familiares monoparentais pelo escalão etário e nível de escolaridade dos
progenitores, os dados revelam que os níveis de escolaridade são baixos em ambos os casos e que os
núcleos monoparentais femininos constituem-se em idades muito jovens em comparação aos masculinos.
Zona Geográf ica Níve l de e s colar idade do pai ou m ãe

Tipo de núcleo S e m ní v e l
de B á s ic o - B á s ic o - B á s ic o - S e c u nd á P ó s- E n s in o
T o tal
e s c o la ri da 1º c ic lo 2 º c ic lo 3 º c ic l o r io s e c un dá r io s u pe rio r
Es calão e tár io do
de
pai ou m ãe

Baião 601 132 275 58 65 44 0 27


Pai com filhos 76 21 42 5 3 5 0 0
- de 20 anos 0 0 0 0 0 0 0 0
20 - 24 anos 0 0 0 0 0 0 0 0
25 - 29 anos 2 0 0 0 2 0 0 0
30 - 34 anos 0 0 0 0 0 0 0 0
35 - 39 anos 3 0 2 1 0 0 0 0
40 - 44 anos 6 1 3 2 0 0 0 0
45 - 49 anos 8 0 4 0 1 3 0 0
50 - 54 anos 6 0 4 1 0 1 0 0
55 - 59 anos 7 2 5 0 0 0 0 0
60 - 64 anos 2 1 0 1 0 0 0 0
65 ou + anos 42 17 24 0 0 1 0 0
Mãe com filhos 525 111 233 53 62 39 0 27
- de 20 anos 4 0 0 0 2 2 0 0
20 - 24 anos 16 0 1 3 6 4 0 2
25 - 29 anos 20 0 6 0 8 5 0 1
30 - 34 anos 26 2 4 3 8 6 0 3
35 - 39 anos 58 1 16 14 16 7 0 4
40 - 44 anos 56 4 20 9 10 9 0 4
45 - 49 anos 57 3 34 10 6 1 0 3
50 - 54 anos 47 1 27 7 3 2 0 7
55 - 59 anos 33 2 22 3 2 2 0 2
60 - 64 anos 26 2 21 2 0 0 0 1
65 ou + anos 182 96 82 2 1 1 0 0

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Quadro 28: Núcleos familiares monoparentais, segundo o nível de escolaridade atingido do pai ou mãe por tipo de núcleo e escalão
etário do pai ou mãe- Município 2011 Fonte: INE- Censos 2011

Se atendermos à condição perante a atividade económica, constamos que a maioria dos núcleos
monoparentais encontrava-se, em 2011, sem atividade económica e maioritariamente eram núcleos
femininos.

Filhos nos
Total
núcleos

Tipo de núcleo
Condição perante a actividade económica
Pai com filhos 76 106
Em pregado 19 30
Des em pregado 4 5
Sem atividade económ ica 53 71
Mãe com filhos 525 732
Em pregada 127 186
Des em pregada 59 86
Sem atividade económ ica 339 460

Quadro 29: Núcleos familiares monoparentais, segundo a condição perante atividade económica do pai ou mãe, Município 2011
Fonte: Censos 2011

Estes dados estatísticos relativos aos núcleos familiares monoparentais, denotam e reforçam algumas
preocupações sociais dos parceiros do CLASB.
Desde logo, as estruturas familiares monoparentais parecem estar mais expostas às vulnerabilidades
psicossociais, à pobreza e à exclusão, seja em termos de rendimento económico ou condição perante a
atividade económica, seja ainda nas questões relativas ao emprego, à conciliação da vida familiar e
profissional, à participação cívica, ou ainda às competências pessoais, sociais e parentais. Inspiram, por
isto, atenção especial quanto às questões relevantes do (des)equilíbrio e desigualdade na (re)estruturação
dos laços e do funcionamento familiares.
Estas são preocupações que não advêm apenas ou diretamente destes dados estatísticos, mas antes da
experiência e prática de intervenção social dos vários parceiros da Rede social em matéria de infância e
juventude (IPSS’s, Câmara Municipal de Baião, Centro de Saúde, NLI, CPCJ)
Os núcleos familiares monoparentais, no seu conjunto, constituem um dado relevante para os atores
locais, em matéria de promoção de um desenvolvimento social inclusivo.
18
Também em Baião, em 2011, os núcleos familiares reconstituídos possuem alguma expressividade local,
representando 2,9% do total de núcleos de casais com filhos (casal de direito e de facto). Face a 2001,
assiste-se a um reforço da importância dos núcleos reconstituídos no Concelho.
Em termos absolutos, em 2011 Baião registava um total de 105 núcleos familiares reconstituídos, sendo
que nestes predominam os casais de facto (71). Se atendermos à condição perante a atividade económica
nestes núcleos familiares, verifica-se que em 28 núcleos familiares reconstituídos o casal encontra-se
desempregado e em 21 o casal encontrava-se empregado.

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Tipo de núcleo Filhos nos
Total
núcleos
Condição perante a actividade económica

Baião 105 206


Casal de direito 34 66
Com um filho 14 14
Am bos em pregados 1 1
Um em pregado e outro des em pregado ou inactivo 8 8
Am bos des em pregados ou inactivos 5 5
Com dois filhos 12 24
Am bos em pregados 2 4
Um em pregado e outro des em pregado ou inactivo 8 16
Am bos des em pregados ou inactivos 2 4
Com três ou mais filhos 8 28
Am bos em pregados 0 0
Um em pregado e outro des em pregado ou inactivo 8 28
Am bos des em pregados ou inactivos 0 0
Casal de facto 71 140
Com um filho 24 24
Am bos em pregados 10 10
Um em pregado e outro des em pregado ou inactivo 7 7
Am bos des em pregados ou inactivos 7 7
Com dois filhos 32 64
Am bos em pregados 7 14
Um em pregado e outro des em pregado ou inactivo 16 32
Am bos des em pregados ou inactivos 9 18
Com três ou mais filhos 15 52
Am bos em pregados 1 4
Um em pregado e outro des em pregado ou inactivo 9 31
Am bos des em pregados ou inactivos 5 17

Quadro 30: Núcleos familiares reconstituídos, segundo o total de filhos nos núcleos, por tipo de núcleo e condição perante a
atividade económica (sentido restrito) dos membros do núcleo, Município 2011 Fonte: INE Censos 2011

19
Relativamente à Taxa Bruta de Divorcialidade , Baião acompanha a tendência de aumento verificada no
País e no Tâmega, pese embora, com valores, em 2012, ligeiramente inferiores aos existentes nos
territórios de comparação (Quadro 31).

Taxa de Divorcialidade Taxa de Nupcialidade


Anos 2001 2012 2001 2012
Portugal 1,8 2,4 5,6 3,4
Continente 1,8 2,4 5,6 3,4

Norte 1,4 2,4 6,1 3,7


Tâmega 0,8 2,1 7 4,1
Baião 0,5 2,0 7,5 3,4
Quadro 31: Taxa bruta de Divorcialidade e Nupcialidade (%0) de 2001 a 2012 (anual) - Município Baião. Fonte: PORDATA

20
A mesma tendência acontece no que concerne à Taxa Bruta de Nupcialidade , onde Baião, em 2011,
apresenta valores idênticos aos registados no País mas claramente inferiores aos verificados no Tâmega.

18
Núcleos que consistem num casal “de direito” ou “de facto” com filho (s), em que pelo menos um deles seja filho, natural ou
adotado, apenas de um dos membros do casal.
19
número de divórcios observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população média
desse período (habitualmente expressa pelo número de divórcios por 1000 (10^3) habitantes
20
número de casamentos observado durante um determinado período de tempo, normalmente um ano civil, referido à população
média desse período (habitualmente expressa em número de casamentos por 1000 (10^3) habitantes

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5-Quadro de Avaliação Estratégica:

Indicadores 2001 2011


Densidade Populacional 122,5 hab/km2 116,9 hab/km2
População Residente 22 355 20 522
Taxa Bruta de Natalidade (%0) 10,9 7,6
Taxa Bruta de Mortalidade (%0) 12,1 10,9
Índice de envelhecimento 88,9 123,2
Índice de dependência de idosos 26,2 28,2
Índice de dependência de jovens 29,4 22,9
Índice de dependência total 56 49,8
Índice de longevidade 42,3 52,2
Famílias clássicas 7235 7169
Famílias clássicas unipessoais 939 1099
Famílias clássicas com pessoas com 65 ou + anos 693 711
Famílias clássicas com duas pessoas 1892 2054
Famílias clássicas com três pessoas 1772 1859
Famílias clássicas com quatro pessoas 1589 1485
Famílias clássicas compostas por 5 a nove pessoas 658 672
Núcleos familiares monoparentais 399 601
Mãe com filhos 335 525
Pai com filhos 64 76

Potencialidades Constrangimentos

- Aumento continuado da esperança média de vida e da - Perda da população residente nos grupos etários mais
longevidade no Concelho; jovens;
- O envelhecimento da população como área estratégica - Decréscimo da taxa de natalidade;
na operacionalidade do conceito de desenvolvimento - Índice de longevidade denota preocupação acrescida
social inclusivo através de: com questões de Saúde (mobilidade e saúde mental);
-Fomento do empreendedorismo social, seja - A área da deficiência é insuficientemente conhecida e
para população sénior mais vulnerável à pobreza e intervencionada;
exclusão seja para a população sénior mais qualificada, - Os programas nacionais de apoio ( PCHI, PARES,
que exige naturalmente respostas e equipamentos POPH, etc.) inexistentes para a área da mobilidade e
inovadores e adequados ao seu perfil socioeconómico; autonomia das pessoas mais vulneráveis;
- Adoção do conceito de envelhecimento ativo - Forte dispersão geográfica da população e rede viária
enquanto expressão e atitude potenciadora de um intra e inter freguesias traduzida num encargo elevado
desenvolvimento social inclusivo; para a população economicamente mais vulnerável.
- Certificação da qualidade das instituições e das
valências sociais de apoio à população sénior existentes
no concelho;
- criação/desenvolvimento de respostas e medidas
no terceiro setor inovadoras e adequadas à
especificidade do Envelhecimento em Baião, tendo por
base o índice de longevidade e a população sénior
emergente mais qualificada;
- Medidas, programas e Projetos de apoio à

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população sénior mais vulnerável;
- Conceção e/ou modernização de equipamentos
sociais, recreativos, culturais e desportivos de fruição
inclusiva, potenciadores de socialização inter-
geracionais;
-A deficiência como área a potenciar no
empreendedorismo social;
- A perspetiva da criação / manutenção de emprego no
terceiro setor.
- Atratividade do concelho e proximidade dos principais
centros urbanos da área metropolitana do Porto

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IV – Baião: Emprego e Desemprego

1. Conceitos de emprego, trabalho e desemprego

A pertinência da distinção entre os conceitos de trabalho, emprego e desemprego advém do facto de estes
se assumirem como realidades centrais, não só no que diz respeito à problemática da pobreza e exclusão
social, mas também em relação ao seu oposto, a integração/inclusão social.
È, desde logo importante salientar, que a existência de uma situação de trabalho não é condição sine qua
non para a existência de emprego. A distinção entre trabalho e emprego não se prende com o conteúdo
das tarefas realizadas, mas sim com o regime contratual institucional em que essas tarefas se
desenrolam.
Emprego é, por isso, sinónimo de trabalho remunerado sob determinadas condições. É-nos então possível
falar a este nível de sistema de emprego, que se traduz numa estrutura profundamente relacionada com a
esfera económica e com a própria sociedade em geral.
Podemos dizer que o emprego é o produtor de um dado número de consequências sociais latentes
positivas, nomeadamente porque reforça a valoração social da atividade; define aspetos do estatuto, do
papel e da identidade pessoal; impõe uma estrutura de tempo ao dia; ou ainda porque produz uma partilha
de experiências e contactos com pessoas fora do núcleo familiar. Sendo assim, é fundamental percecionar
a importância do trabalho para além da ótica consignada ao rendimento, dado que ele funciona também
enquanto mecanismo de suporte psicológico.
Também a definição de desemprego não é consensual. Em termos gerais, poderá ser entendido como
ausência de trabalho, embora esta conceção seja algo redutora. Isto porque não explica, por exemplo,
nem o caso dos indivíduos que possuem a identidade institucional de desempregado, sem na realidade o
serem, uma vez que desenvolvem trabalho clandestino, remunerado mas precário porque não
institucionalizado; nem a situação que maioritariamente ocorre no género feminino, em que, também
possuem a identidade institucional de desempregadas para acessarem a prestações sociais, quando, na
realidade exercem atividade doméstica e não têm disponibilidade pessoal para abraçarem uma relação de
trabalho institucional.
Parece-nos ser mais correto definir a situação de desemprego como aquela que se associa à ausência de
emprego ou de trabalho regulado por uma relação contratual.
As vivências psicossociais do desemprego traduzem-se em processos claramente diferenciados face ao
emprego, na medida em que este constitui uma esfera da vida crucial para a estruturação e
autonomização do ser humano integral.
A nível individual é importante, desde logo, distinguir dois tipos de desempregados, a que correspondem
perfis identitários substancialmente diferentes. Por um lado falemos dos desempregados de curta ou
média duração, ou seja, aqueles sujeitos cuja trajetória biográfica é marcada pela alternância entre
comportamentos ligados a situações de emprego e outros próprios de situações de desemprego. Por outro

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lado falamos dos desempregados de longa duração, onde estamos, maioritariamente, em presença de
sujeitos em situação de isolamento por falta de competências ou de atualização das mesmas, padecendo
de uma relativa ou marcada incapacidade para produzir práticas sociais e profissionais estruturantes.
Nestes sujeitos, a ação duradoura do desemprego provoca uma gradual e acentuada rutura com todas as
ligações sociais, podendo originar graves cenários de exclusão social.
Percebe-se, portanto, que os efeitos do desemprego ultrapassam o plano restrito da ausência de
rendimentos, atingindo a saúde física e psíquica do indivíduo. O estatuto corrente de desempregado induz
ao aparecimento de sintomas psicopatológicos, em áreas chave como a integração social, a auto-estima
ou ainda o auto-conceito e auto-eficácia. No entanto, a realidade empírica local tem revelado nestes
últimos anos que se esta é uma realidade para muitos desempregados, também é verdade que vem
assistindo a um número crescente de desempregados que não percecionam o emprego e as suas
caraterísticas (horário, ordens de trabalho, execução de tarefas e funções em contrapartida de um dado
rendimento) como um eixo central para a sua vida familiar e social.
Em termos operativos, a análise e a caraterização do desemprego impõe a quantificação da população
ativa a que se reporta, já que é no seu âmbito que ocorre a situação de emprego e desemprego. Para
procedermos a uma determinação mais aproximada da população ativa do concelho e caraterização da
evolução do mercado de trabalho no território, recorremos à base de dados do INE e IEFP,
nomeadamente os que se referem à população, mercado de emprego e conceito de população ativa.
Posteriormente procuramos relacionar estes dados com a base empírica de trabalho das entidades locais.
O conceito de população ativa corresponde a um indicador de carácter económico-demográfico que
mensura o número de habitantes de um determinado território que, num dado momento, fazem parte da
força de trabalho da respetiva economia, e também aqueles que se encontram aptos para fazer parte da
mesma.
Surge a questão:

Qual a diferença entre o desemprego registado no IEFP e o desemprego registado no INE?

O desemprego registado no IEFP consiste na recolha direta da procura de emprego através dos Centros
de Emprego (estatísticas administrativas), recolha essa que é efetuada diariamente, sendo classificadas
como "desempregados" as pessoas com idade mínima de 16 anos (com exceção dos casos previstos na
lei), inscritas nos Centros de Emprego, que não têm um trabalho, que estão disponíveis para trabalhar e
que procuram um emprego por conta de outrem.
O desemprego registado pelo INE é apurado através de um inquérito por amostragem (Inquérito ao
Emprego), em que a sua aplicação é trimestral, sendo classificados como "desempregados" os indivíduos
com idade mínima de 15 anos que, na semana anterior à entrevista, não possuíam trabalho, que estavam
disponíveis para trabalhar e que já tinham procurado um emprego nos últimos 30 dias.

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2- O Emprego: uma Perspetiva Evolutiva

O Concelho de Baião, de acordo com os Censos de 2011, registou um total de 13. 576 indivíduos em
idade ativa (entre os 15 e os 64 anos idade). Porém, para efeitos de cálculo da população
21
economicamente ativa, não se incluem os inativos (9254), resultando daqui que os valores daquela
população se situem, nesse ano, nos 8.156 sujeitos, contra os 8.525 registados nos Censos de 2001.
Daqui resulta que a taxa de atividade situava-se, em 2011, nos 39,7%.
Geográfica

Pop. Residente (2011)


Zona

Total Grupos etários População residente -Variação


entre 2001 e 2011 (%)

HM 15-24 25-64 15-24 25-64


Baião 20522 2655 10921 -22.80 -0.08
Quadro 32: População Residente dos 15 aos 64 anos, 2011 Fonte: INE - CENSOS 2001 e 2011

Condição perante o trabalho

Outros
Total Estudantes Domésticos Reformados Incapacitados
inactivos

Anos ┴ 2011 ┴ 2011 ┴ 2011 ┴ 2011 ┴ 2011 ┴ 2011


Portugal ┴ 3.966.482 660.496 419.726 2.339.094 141.256 ┴ 405.910
Continente ┴ 3.782.538 623.613 391.055 2.257.145 130.074 ┴ 380.651
Norte ┴ 1.376.384 241.482 165.158 768.566 54.335 ┴ 146.843
Tâmega ┴ 199.163 36.781 38.184 93.327 8.348 ┴ 22.523
Baião ┴ 9.254 1.350 1.943 4.589 363 ┴ 1.009

Quadro 33: População inativa, segundo censos total e condição perante o trabalho,2011 Fonte: INE - CENSOS 2011

População Economicamente Ativa

Empregada Taxa de Atividade (%)

Total Total Setor Terciário Em 2011


relacionados
de com a
Zona Setor Setor natureza atividade
Geográfica HM H HM H Primário Secundário Total social económica HM H M

Baião 8156 4900 6577 4280 291 2981 3305 1624 1681 39.7 49.94 30.4
Quadro 34: População Economicamente ativa e taxa de atividade (%) 2011
Fonte: CENSOS 2011 - Instituto Nacional de Estatística

População Desempregada Taxa de Desemprego (%)


Procura do 1º
Total emprego Procura de novo emprego Em 2011

HM H M HM H M HM H M HM H M

Baião 1579 620 959 458 81 377 1121 539 582 19.36 12.65 29.45

21
Estudantes, domésticos, reformados, incapacitados e outros inativos

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Quadro 35: População residente desempregada, segundo condição de procura de emprego e sexo e ainda taxa de desemprego (%)
2011 Fonte: INE - CENSOS 2011

Da análise dos quadros anteriores, constamos que 60% da população economicamente ativa em Baião se
refere aos ativos masculinos e que do total dessa população economicamente ativa, 80,64% encontra-se
empregada, sobretudo os indivíduos do sexo masculino (65,07%).
O setor terciário absorve 50,25% desse contingente de ativos empregados, seguido do setor secundário
(45,32%) e por último o setor primário que representa apenas 4,4%.
Inversamente, o desemprego é predominantemente feminino, representando 60% do total de
desempregados. Este acentuado desequilíbrio de género no mercado de emprego é ainda reforçado se
constatarmos que entre aqueles que procuram o seu primeiro emprego, as mulheres representam 82,31%
dessa procura.
A taxa de desemprego, em 2011 situava-se nos 19,36%.
Desagregando a população economicamente ativa e empregada por freguesia registamos que são as
freguesias de Gestaçô, Santa Marinha do Zêzere, Valadares e Gôve as que registam um emprego mais
elevado no setor estratégico do concelho, o setor primário.

População Economicamente Ativa


Empregada Taxa de Atividade (%)
Total Total Setor Terciário Em 2011
relacionad
de os com a
Zona Setor Setor natureza atividade
Geográfica HM H HM H Primário Secundário Total social económica HM H M
Baião 8156 4900 6577 4280 291 2981 3305 1624 1681 39.7 49.94 30.4
Ancede 1020 626 865 562 19 431 415 185 230 40.4 51.06 30.28
Campelo 1501 779 1248 710 17 431 800 453 347 46.4 51.69 41.73
Covelas 210 143 177 132 8 104 65 26 39 36.5 49.83 23.18
Frende 284 167 210 134 15 74 121 59 62 43.3 51.54 35.24
Gestaçô 491 305 392 271 46 164 182 89 93 38.9 50.83 28.05
Gove 838 525 657 450 25 380 252 114 138 42.1 53.3 31.08
Grilo 246 159 188 135 10 119 59 24 35 41.7 54.27 29.29
Loivos do
Monte 85 67 84 67 5 55 24 7 17 22.8 38.73 9
Loivos da
Ribeira 151 95 124 82 11 47 66 24 42 31.5 41.3 22.4

Mesquinhata 111 66 80 54 1 45 34 14 20 36.9 46.48 28.3


Ovil 239 134 187 113 7 55 125 76 49 34.1 40.73 28.23

Ribadouro 114 72 96 62 3 27 66 23 43 36.9 51.06 25


Santa Cruz
do Douro 601 343 462 280 17 197 248 124 124 41.4 50.44 33.38

Santa
Leocádia 218 137 176 121 6 89 81 39 42 39.4 50.37 28.72

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S. M. do
Zêzere 1152 710 931 617 38 395 498 247 251 41.2 54.07 29.8
Teixeira 138 94 118 81 11 46 61 25 36 23.2 34.06 13.79
Teixeiró 104 70 89 60 11 40 38 18 20 29.6 39.11 19.77

Tresouras 122 75 106 64 8 45 53 23 30 32.7 41.21 24.61

Valadares 345 215 251 180 27 146 78 37 41 39.4 50.23 29.08


Viariz 186 118 136 105 6 91 39 17 22 35.8 48.36 24.64
Quadro 36: População Economicamente ativa, por freguesia e taxa de atividade (%) 2011 Fonte: INE - CENSOS 2011

População empregada (N.º) por Local de residência e Nível de


escolaridade (Situação no nível); Decenal
Local de residência Total
Nível de escolaridade (Situação no nível)
Total Nenhum Ensino Ensino Ensino Ensino
nível de básico secundário pós- superior
escolaridade secundário

N.º N.º N.º N.º N.º N.º


Baião 6577 85 4635 1174 51 632
Ancede 865 16 626 138 9 76
Campelo 1248 18 758 274 13 185
São Tomé de Covelas 177 7 125 38 1 6
Frende 210 0 145 33 1 31
Gestaçô 392 2 296 53 1 40
Gove 657 4 496 108 3 46
Grilo 188 3 144 27 3 11
Loivos do Monte 84 3 75 6 0 0
Loivos da Ribeira 124 0 87 19 2 16
Mesquinhata 80 1 55 20 0 4

Ovil 187 0 117 40 3 27


Ribadouro 96 1 62 16 1 16
Santa Cruz do Douro 462 3 327 93 9 30
Santa Leocádia 176 1 129 30 0 16
Santa Marinha do 931 16 629 193 3 90
Zêzere
Teixeira 118 3 89 13 1 12
Teixeiró 89 1 67 14 0 7
Tresouras 106 1 82 18 0 5
Valadares 251 2 208 31 0 10
Viariz 136 3 118 10 1 4
Quadro 37: População empregada (N.º) por freguesia e nível de escolaridade Fonte: INE Censos 2011

Conclui-se que do total da população empregada, 70,47% detém o ensino básico, enquanto 17,85% o
ensino secundário e apenas 9,6% o ensino superior. De reter ainda que cerca de 1,3% desta população
não detém qualquer nível de escolaridade.

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População Desempregada Taxa de Desemprego (%)


Procura do 1º Procura de novo
Total emprego emprego Em 2011
Zona Geográfica HM H M HM H M HM H M HM H M
Baião 1579 620 959 458 81 377 1121 539 582 19.36 12.65 29.45
Ancede 155 64 91 45 13 32 110 51 59 15.2 10.22 23.1

Campelo 253 69 184 66 7 59 187 62 125 16.86 8.86 25.48


Covelas 33 11 22 12 1 11 21 10 11 15.71 7.69 32.84
Frende 74 33 41 26 5 21 48 28 20 26.06 19.76 35.04

Gestaçô 99 34 65 24 1 23 75 33 42 20.16 11.15 34.95


Gove 181 75 106 38 7 31 143 68 75 21.6 14.29 33.87
Grilo 58 24 34 22 3 19 36 21 15 23.58 15.09 39.08
Loivos do Monte 1 0 1 1 0 1 0 0 0 1.18 0 5.56
Loivos da Ribeira 27 13 14 3 0 3 24 13 11 17.88 13.68 25

Mesquinhata 31 12 19 12 0 12 19 12 7 27.93 18.18 42.22


Ovil 52 21 31 15 6 9 37 15 22 21.76 15.67 29.52

Ribadouro 18 10 8 3 1 2 15 9 6 15.79 13.89 19.05


S.C.do Douro 139 63 76 34 6 28 105 57 48 23.13 18.37 29.46

Santa Leocádia 42 16 26 12 2 10 30 14 16 19.27 11.68 32.1

S.M.Zêzere 221 93 128 86 20 66 135 73 62 19.18 13.1 28.96

Teixeira 20 13 7 5 1 4 15 12 3 14.49 13.83 15.91

Teixeiró 15 10 5 6 1 5 9 9 0 14.42 14.29 14.71

Tresouras 16 11 5 3 2 1 13 9 4 13.11 14.67 10.64

Valadares 94 35 59 26 3 23 68 32 36 27.25 16.28 45.38


Viariz 50 13 37 19 2 17 31 11 20 26.88 11.02 54.41

Quadro 38: População residente desempregada, por freguesia, segundo condição procura de emprego e sexo e taxa de
desemprego(%) 2011 Fonte: CENSOS 2011 - Instituto Nacional de Estatística

Constatamos que são as freguesias mais populosas as que registam maiores valores de desempregados
quer à procura do primeiro emprego, quer à procura de um novo emprego, registando, porém, taxas de
desemprego inferiores à taxa verificada no Concelho, fruto do maior dinamismo sócio-económico aí
existente. São elas Campelo, Santa Marinha do Zêzere e Ancede. A taxa de desemprego assume valores
máximos concelhios em freguesias como Mesquinhata, Valadares, Viariz, Frende, Grilo, Santa Cruz do
Douro, Gôve, Ovil ou Gestaçô refletindo a maior dificuldade sentida pela população no acesso ao mercado
de trabalho.

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Local de residência (à População desempregada (N.º) por Local de residência e Nível de


data dos Censos 2011) escolaridade (Situação no nível); Decenal

Total
Nível de escolaridade
Total Nenhum Ensino Ensino Ensino Ensino
nível de básico secundário pós- superior
escolaridade secundário

N.º N.º N.º N.º N.º N.º


Baião 1579 13 1195 273 13 85
Ancede 155 1 115 32 0 7
Campelo 253 0 180 45 2 26
São Tomé de Covelas 33 2 22 7 0 2

Frende 74 2 52 14 0 6
Gestaçô 99 0 81 16 0 2
Gove 181 0 140 30 4 7
Grilo 58 1 43 9 2 3
Loivos do Monte 1 0 0 1 0 0
Loivos da Ribeira 27 0 20 5 0 2
Mesquinhata 31 1 22 6 2 0
Ovil 52 0 42 9 0 1
Ribadouro 18 0 12 4 0 2
Santa Cruz do Douro 139 3 118 13 1 4

Santa Leocádia 42 0 29 11 0 2
Santa Marinha do Zêzere 221 1 168 41 1 10
Teixeira 20 0 15 4 0 1
Teixeiró 15 0 13 1 0 1
Tresouras 16 0 10 3 0 3
Valadares 94 2 76 12 0 4
Viariz 50 0 37 10 1 2
Quadro 39: População desempregada (N.º) por Local de residência, Nível de escolaridade Fonte: INE - CENSOS 2011

À semelhança do que sucede com a população empregada, também se constata as baixas qualificações
da população desempregada, ou seja, 75,68% do total desta população detém o ensino básico, 17,28% o
ensino secundário e 5,4% o ensino superior.
No conjunto dos concelhos da NUT Tâmega, verificou-se um aumento no número de desempregados
inscritos no IEFP desde 2004, sendo que de 2010 para 2011 Baião registou uma diminuição, sendo essa
diferença ultrapassada em 2012.

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NUTS e Concelhos 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Portugal (Continente) 451.155 466.113 447.994 397.872 382.195 478.387 534.734 526.761 634.445
Região Norte 200.099 214.697 208.265 184.140 175.999 217.725 242.063 237.488 280.366
Tâmega 27.299 30.123 29.762 26.751 26.681 33.194 37.157 36.626 43.827
Baião 1.331 1.379 1.592 1.498 1.479 1.759 1.926 1.824 1.997
Quadro 40: Desemprego registado na NUTIII e Concelhos do Tâmega, entre 2004 e 2012 Fonte: IEFP

NUTS e Concelhos 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Região Norte 100 100 100 100 100 100 100 100 100
Tâmega 13,6 14,0 14,3 14,5 15,2 15,2 15,4 15,4 15,6
Baião 0,7 0,6 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,7
Quadro 41: Desemprego registado (%) face à região Norte entre 2004 e 2012 Fonte: IEFP

2005 - 2006 - 2007 – 2008 - 2009 - 2010 - 2011 - 2012 -


NUTS e Concelhos
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Portugal (Continente) 3,3 -3,9 -11,2 -3,9 25,2 11,8 -1,5 20,4
Região Norte 7,3 -3,0 -11,6 -4,4 23,7 11,2 -1,9 18,1
Tâmega 10,3 -1,2 -10,1 -0,3 24,4 11,9 -1,4 19,7
Baião 3,6 15,4 -5,9 -1,3 18,9 9,5 -5,3 9,5
Quadro 42: Variação anual do desemprego registado na NUTS e Concelhos do Tâmega, 2004 a 2012 Fonte: IEFP

3-Desemprego: Caracterização dos inscritos

Baião
Dimensões de % s/ total var. 2007- var. 2004- var. 2004-
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Ago-12
caracterização 2012 2012 2012 2007
Homens 450 426 428 291 373 458 504 614 864 41,9% 196,9% 92,0% -35,3%
Sexo
Mulheres 884 1081 1133 1148 1090 1311 1299 1229 1199 58,1% 4,4% 35,6% 29,9%
Tempo de < 1 ano 848 866 760 697 792 949 761 909 980 47,5% 40,6% 15,6% -17,8%
inscrição > 1 ano 486 641 801 742 671 820 1042 934 1083 52,5% 46,0% 122,8% 52,7%
Sit. face à 1º emprego 297 281 296 326 220 294 300 320 335 16,2% 2,8% 12,8% 9,8%
procura de Novo
emprego 1037 1226 1265 1113 1243 1475 1503 1523 1728 83,8% 55,3% 66,6% 7,3%
emprego
< 25 anos 317 335 317 303 258 294 275 317 329 15,9% 8,6% 3,8% -4,4%
Escalão 25-34 anos 310 400 369 352 340 388 370 358 415 20,1% 17,9% 33,9% 13,5%
etário 35-54 anos 542 594 661 602 683 891 886 872 978 47,4% 62,5% 80,4% 11,1%
+ de 55 anos 165 178 214 182 182 196 272 296 341 16,5% 87,4% 106,7% 10,3%
< 1º ciclo 110 130 126 130 121 167 176 160 174 8,4% 33,8% 58,2% 18,2%
1º ciclo 110 601 647 592 625 654 721 613 692 33,5% 16,9% 529,1% 438,2%
2º ciclo 593 376 360 253 272 341 269 282 323 15,7% 27,7% -45,5% -57,3%
Habilitações
3º ciclo 156 229 238 252 273 413 377 445 448 21,7% 77,8% 187,2% 61,5%
Secundário 133 135 139 157 133 153 203 283 314 15,2% 100,0% 136,1% 18,0%
Nível superior 30 36 51 55 39 41 57 60 112 5,4% 103,6% 273,3% 83,3%
Total 1334 1507 1561 1439 1463 1769 1803 1843 2063 100,0% 43,4% 54,6% 7,9%
Quadro 43: Caracterização dos Desempregados no Centro Emprego de Amarante, entre 2004 e Agosto de 2012 Fonte: IEFP –
Centro Emprego Amarante; Tratamento estatístico da equipa das Redes Sociais da Plataforma Supraconcelhia do Tâmega e ARE.

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Pelos dados anteriores, confirma-se mais uma vez a tendências para o desemprego no feminino,
sobretudo no grupo etário dos 35 aos 54 anos e com baixas qualificações (sem o 1º ciclo completo ou
apenas com o 1º ciclo).

Motivos de inscrição 2007 2008 2009 2010 2011 2012 peso 2011 peso 2012 var 2007/2011 var 2007/2012

Ex-Inactivos 303 399 457 408 408 372 27,3% 23,0% 34,7% 22,8%

Despedido 193 271 321 209 230 327 15,4% 20,2% 19,2% 69,4%

Despediu-se 41 44 36 37 32 32 2,1% 2,0% -22,0% -22,0%

Despedim. mút. Acordo 4 2 2 5 3 32 0,2% 2,0% -25,0% 700,0%

Fim trab. Não


251 368 369 356 413 473 27,7% 29,2% 64,5% 88,4%
permanente
Trabalh. conta própria 5 7 4 7 10 11 0,7% 0,7% 100,0% 120,0%

outros motivos 369 362 380 350 397 371 26,6% 22,9% 7,6% 0,5%

Total 1166 1453 1569 1372 1493 1618 100,0% 100,0% 28,0% 38,8%

Quadro 44: Motivos de inscrição dos Desempregados no Centro Emprego de Amarante, entre 2004 e Agosto de 2012 Fonte – IEFP-
Centro Emprego Amarante

Sexo Idade
H M
Ano Total Menos
Novos Novos 25-29 30-39 40-49 50-54 55 e m ais
de 25
Total benefici Total beneficiá anos anos anos anos anos
anos
ários rios
2007 930 361 243 569 82 90 154 222 190 86 188
2008 916 366 196 550 179 93 161 225 188 89 160

2009 1 028 482 242 546 213 93 151 265 244 105 170
2010 1 077 524 236 553 118 70 142 280 266 118 201

Quadro 45: Total de Subsidiados nos Desempregados Registados- Baião Fonte: IEFP - Centro Emprego Amarante – Tratamento
estatístico da equipa das Redes Sociais da Plataforma Supraconcelhia do Tâmega e ARE.

Do conjunto dos desempregados registados, tem aumentado a proporção da proteção social aos mesmos,
significando que, apesar de estarem menos expostos a situações de privação severa por ausência de
rendimento, não deixam de estar expostos a situações de pobreza e exclusão, como aliás, já
mencionamos anteriormente.

Proporção de subsidiados nos desempregados


Total Mulheres
2007 64,63% 49,56%
2008 62,61% 50,46%
2009 58,11% 41,65%
2010 59,73% 42,57%

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Quadro 46: Proporção de subsidiados na população desempregada inscrita e peso percentual das mulheres na população
subsidiada, no IEFP Fonte: IEFP - Centro Emprego Amarante – Tratamento estatístico da equipa das Redes Sociais da Plataforma
Supraconcelhia do Tâmega e ARE.

Verificamos ainda que a maioria da população desempregada está a “Cargo da Família” (45,73%), ou
seja, a situação em que o principal meio de subsistência provém de familiares e apenas 24,70%
beneficiavam das condições de subsídio de desemprego.

Subsidio Outro
Rendim ento
Subsidio por subsídio
Rendimento da
Reform a de acidente de temporário Apoio A cargo
Trabalho social de propriedad Outro subsídios
/ Pensão desem pre trabalho ou (doença, social da família
inserção e ou da
go doença m aternidade,
empresa
profissional etc.)
Continente 15,80% 0,79% 31,50% 0,15% 6,72% 1,10% 0,32% 1,10% 35,07% 7,87% 15,69%
Norte 12,34% 0,76% 34,46% 0,17% 8,44% 1,10% 0,31% 1,10% 34,19% 7,65% 17,19%
Tâmega e sousa 11,12% 0,72% 33,16% 0,21% 6,96% 1,12% 0,25% 1,12% 37,63% 8,24% 16,33%
Am arante 11,16% 0,80% 25,24% 0,26% 5,78% 1,22% 0,31% 1,22% 45,48% 9,05% 16,05%
Baião 9,06% 0,82% 24,70% 0,13% 8,61% 1,27% 0,19% 1,27% 45,73% 9,12% 19,00%
Castelo de Paiva 10,86% 0,47% 32,10% 0,08% 4,88% 1,02% 0,24% 1,02% 42,17% 7,47% 13,38%
Celorico de Basto 9,50% 0,90% 21,62% 0,15% 4,04% 1,12% 0,07% 1,12% 46,75% 15,41% 20,57%
Cinfães 12,20% 0,66% 26,45% 0,07% 8,91% 1,32% 0,13% 1,32% 40,70% 9,10% 19,33%
Felgueiras 10,75% 0,78% 37,09% 0,16% 3,70% 0,84% 0,29% 0,84% 35,53% 10,20% 14,75%
Lousada 11,52% 0,57% 39,43% 0,16% 5,10% 0,85% 0,35% 0,85% 32,69% 8,72% 14,66%
Marco de Canaveses 12,41% 0,83% 32,34% 0,23% 9,15% 0,96% 0,26% 0,96% 36,30% 7,02% 17,13%
Paços de Ferreira 10,20% 0,65% 38,41% 0,26% 9,12% 1,03% 0,29% 1,03% 33,91% 5,70% 15,86%
Paredes 11,38% 0,58% 36,25% 0,25% 8,38% 1,31% 0,18% 1,31% 33,55% 7,43% 17,12%
Penafiel 11,56% 0,87% 34,03% 0,21% 5,50% 1,32% 0,28% 1,32% 38,61% 6,94% 13,76%
Resende 9,36% 0,78% 19,49% 0,19% 7,80% 0,97% 0,39% 0,97% 43,47% 16,96% 25,73%

Quadro 47: População desempregada (N.º) por Local de residência (à data dos Censos 2011) e Principal meio de vida Fonte: INE –
Censos 2011

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2007 2008 2009 2010 2011 2012
Colocações Colocações Colocações ofertas Colocações ofertas Colocações ofertas Colocações
ofertas ofertas ofertas
recebida recebida recebid
recebidas H M total recebidas H M total recebidas H M total H M total H M total H M total
s s as

Janeiro 10 0 3 3 4 0 0 0 5 0 0 0 4 0 0 0 1 3 0 3 2 0 0 0
Fevereiro 2 0 1 1 5 0 2 2 1 1 1 2 3 1 0 1 3 0 2 2 2 1 0 1
Março 3 0 0 0 28 0 21 21 14 2 12 14 33 14 10 24 11 1 2 3 1 1 0 1
Abril 2 0 0 0 3 4 1 5 19 0 10 10 31 0 3 3 7 2 0 2 2 1 1 2
Maio 6 1 0 1 3 0 1 1 6 2 7 9 2 0 0 0 2 0 1 1 2 0 4 4
Junho 14 0 0 0 4 1 0 1 32 0 0 0 15 1 2 3 3 0 1 1 0 0 1 1
Julho 13 0 6 6 17 0 5 5 5 0 3 3 4 1 1 2 2 0 0 0 0 1 0 1
Agosto 7 0 0 0 31 1 5 6 20 0 0 0 12 2 0 2 1 0 2 2 30 0 0 0
Setembro 3 0 2 2 34 2 16 18 65 6 1 7 6 1 1 2 7 1 0 1 5 0 2 2
Outubro 44 0 2 2 4 2 5 7 2 4 3 7 1 1 2 3 4 2 4 6 1 5 3 8
Novembro 9 0 1 1 9 1 3 4 5 3 6 9 14 6 0 6 4 1 0 1 2 2 2 4
Dezembro 17 0 0 0 1 1 1 2 1 0 2 2 1 0 1 1 0 0 0 0 1 1 2
Total 130 1 15 16 143 12 60 72 175 18 45 63 125 28 19 47 46 10 12 22 47 12 14 26

Quadro 48: Ofertas e colocações registadas Centro emprego de Amarante, 2007 a 2012-Baião- Fonte: IEFP- Centro Emprego de
Amarante
Pelos dados apresentados, continuamos a verificar o desequilíbrio anual entre a oferta e a procura de
trabalho no Centro de Emprego de Amarante. As colocações não absorvem as ofertas existentes, no
entanto também se contata que essa discrepância tem diminuído, sobretudo nos anos de 2011 e 2012.
Uma das razões parece prender-se com a conjuntura de crise económica em que o acesso a um emprego
e consequentemente a um rendimento se coloca com maior acuidade.

Ofertas Colocações ofertas Colocações


recebidas H M Total recebidas H M Total

Janeiro 1 3 0 3 2 0 0 0
Fevereiro 3 0 2 2 2 1 0 1
Março 11 1 2 3 1 1 0 1
Abril 7 2 0 2 2 1 1 2
Maio 2 0 1 1 2 0 4 4
Junho 3 0 1 1 0 0 1 1
Julho 2 0 0 0 0 1 0 1
Agosto 1 0 2 2 30 0 0 0
Setembro 7 1 0 1 5 0 2 2
Outubro 4 2 4 6 1 5 3 8
Novembro 4 1 0 1 2 2 2 4

Dezembro 1 0 0 0 0 1 1 2
Total 46 10 12 22 47 12 14 26
Quadro 49: Ofertas e colocações registadas Centro emprego de Amarante, 2011 e 2012 Fonte: IEFP- Centro Emprego de Amarante

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Tâmega e Sousa Baião
Ofertas Recebidas 3095 46
H 546 10
Colocações M 1076 12
Total 1622 22
Quadro 50: Ofertas e colocações, Tâmega e Sousa e Baião , 2011 Fonte: IEFP- Centro Emprego de Amarante

Por fim, importa realçar que em Baião, as dinâmicas familiares e de vizinhança de entreajuda, aliada à
prática de uma agricultura de subsistência, à oferta ainda de trabalho agrícola à jorna, constroem uma
realidade que funciona como uma almofada amortecedora dos aspetos mais nefastos e destruidores do
desemprego e da privação severa (económica).
O conceito de trabalho sem que se estabeleçam relações contratuais, representa ainda alguma
preponderância no Concelho. Este é um fato constatável mas ainda não numerável, principalmente
através do número de requerentes que declaram obter rendimentos de trabalho.

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4-Quadro de Avaliação Estratégica
- 13. 576 Indivíduos em idade ativa (entre os 15 e os 64 anos idade).
- População economicamente ativa (não se incluem os inativos), 8.156 sujeitos,
- Taxa de atividade situava-se, em 2011, nos 39,7%.
- 60% da população economicamente ativa é masculina e desta, 80,64% encontra-se empregada;
- O setor terciário absorve 50,25% desse contingente de ativos empregados, seguido do setor secundário (45,32%) e por último o
setor primário que representa apenas 4,4%.
- O desemprego é predominantemente feminino, representando 60% do total de desempregados.
- As mulheres representam 82,31% da procura do 1º emprego;
- A taxa de desemprego, em 2011 situava-se nos 19,36%.
- As freguesias de Gestaçô, Santa Marinha do Zêzere, Valadares e Gôve são as que registam um emprego mais elevado no setor
primário.
- Do total da população empregada;
- 70,47% detém o ensino básico; 17,85% o ensino secundário; 9,6% o ensino superior e 1,3% não detém qualquer nível
de escolaridade.
- Baixas qualificações da população desempregada (75,68% detém o ensino básico; 17,28% o ensino secundário e 5,4% o ensino
superior)
- Desempregados inscritos no IEFP- Centro emprego Amarante; Evolução variável dos inscritos desde 2004 a 2011 e confirmam a
tendência para o desemprego no feminino, sobretudo no grupo etários dos 35 aos 54 anos e com baixas qualificações (sem o 1º ciclo
completo ou apenas com o 1º ciclo);
- Os ex inativos têm traduzido ao longo dos anos um peso percentual significativo nos motivos das inscrições, o que significa que se
trata do segmento da população que não tem qualquer experiência de trabalho remunerado ou contratual;
- As ofertas e as colocações mediadas e registadas Centro emprego de Amarante de 2007 a 2012 confirmam a tendência de
desajustamentos do mercado de trabalho entre a mão-de-obra disponível e as necessidades de colocação.
- O Desemprego como fenómeno muito dinâmico, cujas variações têm uma correlação direta com a situação económica de um País
e que se reflete ao nível dos territórios locais, particularmente naqueles que apresentam maiores assimetrias relativamente a todo o
território nacional.
- Os anos de 2011 e 2012 foram particularmente difíceis em termos de evolução crescente do desemprego em Baião.
- A ação sustentada dos GIP’s em sintonia com o Centro de Emprego de Amarante tem-se afigurado como um importante recurso
de proximidade nestas matérias;
- Desde Julho de 2012 que vigoram as novas regras de atribuição da prestação de Rendimento Social de Inserção, que obrigam à
inscrição nos centros de emprego de todos os elementos em idade ativa que componham o agregado familiar do requerente, o que
conduz a um aumento de “falsos” desempregados inscritos.
- Os conceitos de desemprego utilizados pelas entidades não denotam a carga cultural e ideológica que subjaz à especificidade dos
concelhos como Baião. Pese embora a necessidade de explorar e aprofundar o cenário explicativo, o registo do desemprego
feminino possui características particulares. Em Baião não se registou um aumento de desemprego oriundo de fecho de fábricas ou
outras unidades de produção, nas idades dos 35-55 anos, mas sim, a inscrição tardia em idade à procura de um primeiro emprego
correlaciona-se com outros indicadores sociais, nomeadamente a Taxa de Divorcialidade, a monoparentalidade, ou ainda a
candidatura ao Rendimento Social de Inserção;
- Os esforços das parcerias do Concelho ao nível da promoção da formação e empregabilidade da população começam a ter seus
reflexos no perfil dos inscritos no centro de emprego;
- Existência de desemprego estrutural no género feminino, no grupo etário entre os 35 e os 54 anos, com baixas qualificações e
também à procura do primeiro emprego;
- Desempregados do género masculino também com baixas qualificações escolares;
- As ofertas e as colocações do Centro de Emprego denotam desajustamentos relativamente às características da maioria dos
desempregados em Baião;
- As ofertas proporcionadas pelo Centro de Emprego não respondem às necessidades de trabalho;

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Análise SWOT - emprego e desemprego em Baião


Pontos Fracos Pontos Fortes

- Tecido empresarial pouco desenvolvido e expressivo - Desenvolvimento da economia social;


(microempresas e empresas familiares); - Forte articulação entre as Instituições e Programas do
- Nível de escolaridade dos desempregados; concelhios (GIP’s, Câmara Municipal de Baião, CLDS,
- Competências pessoais e sociais dos desempregados; IPSS’s, CPCJ, Empresas de Formação, Conselho
- Desadequação das ofertas de emprego Municipal de Educação, Agrupamentos Escolares, etc);
- Volume de trabalho não contratualizado como obtenção - Forte dinâmica na promoção do mercado formativo no
de rendimento familiar estruturado Concelho;
- Rede viária deficitária reduz mobilidade inter e intra - Integração de Baião no Conselho Empresarial do
freguesias Tâmega e Sousa (CETS) através da Associação
Empresarial de Baião, que pode possibilitar um maior
acesso ao Novo Quadro Comunitário de Apoio (2014-
2020)
- Programa Passaporte Emprego, com o apoio articulado
entre as parcerias (Câmara Municipal de Baião,
Associação empresarial de Baião, IPSS’s);
- Centro de Incubação de Empresas de Baião (CLDS)
- Gabinete de Apoio ao Empresário e ao Empreendedor
(CLDS)

Ameaças Oportunidades

- Efeitos prolongados associados à austeridade; - Programas de desenvolvimento local (PRODER,


- Acesso desigual a iniciativas e apoios fruto da PROVERE, etc)
dificuldade na disseminação e acomodação de - Programas de Apoio à inserção profissional (Impulso
informação Jovem, medidas passaporte emprego, CEI, CEI +, CEI
- Dinamismo económico dos concelhos limítrofes (Régua, Património)
Marco de Canaveses e Amarante) - Estratégia Europa 2020
- Distância – tempo e distância-custo são elevadas e - Dinamismo e concertação estratégica da ação da
reduzem competitividade do território na criação de Comunidade Inter-Municipal do Tâmega e Sousa
emprego (Agenda Regional para a Empregabilidade -ARE, Plano
de Ação para a Promoção da Empregabilidade – PAPE)
- Promoção do Empreendorismo Social Inclusivo

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V – Baião: O Empreendorismo

1. Empreendorismo: Perspetiva evolutiva

Entre 2008 e 2013, a economia nacional fica caracterizada por uma forte austeridade económica. Apesar
de alguns sinais de retoma económica, que se começam a verificar, o empreendedorismo aparece como o
caminho capaz de criar condições para o desenvolvimento económico e para a sustentabilidade das
empresas e dos negócios.
Para além das dificuldades criadas pela austeridade (aumento dos prazos de recebimento, dificuldade de
acesso ao crédito, etc.), as empresas enfrentam agora um novo paradigma, que se traduz numa “aposta
contínua na qualificação/formação” dos seus recursos humanos, para que o tecido empresarial seja mais
forte em termos de competitividade e inovação.
O concelho de Baião foi fortemente afetado pela crise, devido ao peso elevado do setor da construção na
economia local.

1.1. Características territoriais / Contexto


• Tecido empresarial frágil e muito concentrado no setor da construção. Este setor representa 42%
da totalidade das sociedades comerciais existentes em Baião;
• Escassez de externalidades positivas, que potenciem o empreendedorismo, nomeadamente a
diferenciação positiva das caraterísticas ambientais e territoriais do Concelho de Baião, para a
criação e fixação de empresas e projetos empresariais;
• Os jovens em idade ativa desenvolvem as suas competências profissionais nos grandes centros
urbanos, devido à pouca procura de qualificações por parte dos nossos empregadores;
• O decréscimo da população afeta negativamente a procura de bens e serviços, e assim penaliza
ideias empreendedoras;
• O setor terciário está pouco desenvolvido. Isto deve-se à fragilidade do tecido empresarial e ao
baixo poder de compra dos particulares. Neste sentido, o sucesso deste setor está ligado ao nível
de procura das instituições;
• Escassez de serviços especializados (marketing, serviços agrícolas, finanças empresariais, gestão
empresarial, enfermagem ao domicílio, etc…);
• Comércio tradicional pouco diversificado, leva a que uma percentagem significativa da procura
interna seja feita fora do território;
• O comércio/distribuição moderna existe mas ainda é pouco significativa;
• Pelas características da incubadora de empresas (empresas de serviços), regista-se a criação de
algumas empresas e desenvolvimento de algumas ideias de negócio;

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Salientamos o facto de alguns dos dados que seguem deverem ser analisados de forma contextualizada,
em função quer das fontes identificadas, quer das metodologias de recolha de dados utilizadas quer ainda
da representatividade formal e não necessariamente científica.

Gráfico 3. – Tecido Empresarial de Baião por Setor de Atividade. Fonte: CLDS, 2012

Gráfico 4. – Sociedades Comerciais por grupo de atividades. Fonte: CLDS, 2012

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Gráfico 5. – Evolução da População Empregada por Setor de Atividade Económica em Baião, entre 1960 e 2011. Fonte: PORDATA,
2013

Gráfico 6. – Distribuição das sociedades comerciais por código de atividade e atividade. Fonte: CLDS, 2012

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Através da distribuição do número de Associados da Associação Empresarial de Baião (AEB) por ramo de
atividade/setor, podemos constatar a existência, entre 2008 e 2013, de 114 empresas e/ou empresários/as
associadas, predominantemente do setor do Comércio a Retalho, seguidos pelos setores da Construção e
Alojamento, Restauração e Similares.
A AEB possui Associados em 13 das atuais 14 freguesias do Concelho de Baião. Em 43% dos casos,
exercem a sua atividade profissional na União de Freguesias de Campelo e Ovil; 11,4% em Santa Marinha
do Zêzere; 10,5% na União de Freguesias de Ancede e Ribadouro e 8,7%, quer no Gôve, quer na União
de Freguesias de Santa Cruz do Douro e Covelas. Cerca de 18% dos restantes associados exercem a sua
atividade profissional nas demais freguesias, excetuando-se na freguesia do Grilo, onde não existe
qualquer associado.

Distribuição por ramo de atividade/setor Nº Distribuição por ramo de atividade/setor Nº


económico económico
Viticultura e Exploração Florestal 5 Transportes e Armazenagem 3
Panificação 3 Alojamento, Restauração e Similares 19
Indústria de Vestuário 1 Atividades de Seguros 1
Fabricação de Folheados e Painéis à Base de 1 Atividades de Saúde Humana e Apoio Social 5
Madeira
Fabricação de Elementos de Construção em Metal 1 Atividades de Consultoria, Cientificas, Técnicas e 6
Similares
Fabricação de Mobiliário 1 Educação e Formação 1
Construção 19 Atividades Imobiliárias 2
Reparação de Veículos 3 Atividades Desportivas 2
Comércio a retalho 32 Atividades de Organização Associativas 1
Comércio por Grosso 3 Outras Atividades de Serviços Pessoais 4
Atividade Liberal 1
Quadro 51: Distribuição dos Associados da AEB por setor económico. Fonte: AEB, 2013

1.2. Estratégias para o empreendorismo em Baião


• Ao nível do empreendedorismo, pensamos que a ênfase deve ser exercida no setor primário. Para
isso, a elaboração da carta agrícola deve promover a nossa agricultura e capacitar os futuros
empreendedores agrícolas para o desenvolvimento sustentável de projetos
agrícolas/agroflorestais.
• O desenvolvimento da nossa agricultura permitirá manter e criar condições paisagísticas
determinantes para o desenvolvimento turístico e consequentemente irá proporcionar o
aparecimento de projetos no setor dos serviços.
• Criar condições ao nível do financiamento que levem à aprovação de micro-negócios, através de
instrumentos de financiamento (por exemplo o microcrédito). Isto passa pela criação e gestão de
um fundo de garantia que funcione como fiador perante a Banca.
• Apoio a um associativismo económico ativo que dê dimensão às microempresas, que deve gerar
três condições:
1ª Criação de eficiência e escala na utilização dos recursos
2ª Criação de dimensão perante as exigências do mercado

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3ª Criar condições para entrada de novos promotores

1.3. Medidas Implementadas de Apoio ao Empreendedorismo

22
I - Promoção e divulgação do território (Câmara Municipal de Baião) :
II - Formação e qualificação, através do ensino profissional, de cursos profissionais e medidas ativas do
IEFP (Câmara Municipal de Baião, IEFP)
III - Incentivo municipal para a produção de raça arouquesa (Câmara Municipal de Baião);
23
IV - Programas co-financiados pelo QREN, mediados pela Associação Empresarial de Baião :

Sistema de Incentivos às Empresas - QREN (2010-2012)


Norte Tâmega e Sousa Baião
Setor Económico Inv. Elegível D. Pública Inv. Elegível D. Pública Inv. Elegível D. Pública
N.º Proj. N.º Proj. N.º Proj.
(€) (€) (€) (€) (€) (€)

Indústria 1912 1.616.874.605 787.030.496 262 120.249.648 50.611.903 1 94.102 42.346

Construção 127 17.230.123 8.574.367 8 6.805.021 4.048.330 1 74.496 31.418

Energia 1 27.000 20.250 0 0 0 0 0 0

Comércio 572 116.001.777 61.095.631 67 12.252.595 5.271.134 1 33.000 24.750

Transportes 23 15.265.345 6.816.182 3 1.294.892 830.164 1 33.000 24.750

Turismo 158 377.736.112 202.308.788 20 25.051.862 14.675.753 3 11.692.815 7.442.630

Serviços 1006 353.350.432 199.295.425 25 2.568.396 1.517.504 0 0 0

TOTAL 3799 2.496.485.394 1.265.141.139 385 168.222.414 76.954.788 7 11.927.413 7.565.894


Quadro 52: Distribuição dos projetos candidatados por setor económico, investimento elegível e despesa pública. Fonte: CIM -
Agenda Regional para a Empregabilidade, Grupo Técnico das Redes Sociais, 2013

Conclui-se neste âmbito que o Turismo surge, em Baião, como o grande vetor de desenvolvimento
empresarial, concentrando a esmagadora percentagem de investimento elegível e despesa pública.
Porém, o quadro anterior evidencia também que quer a nível regional, quer a nível do Tâmega, o vetor de
desenvolvimento centrar-se na Indústria e nos Serviços e que ambas aparecem, em Baião, timidamente
valorizadas.

22
Feira do Fumeiro e do Cozido à Portuguesa (2006-2013): 27,6 toneladas de Fumeiro vendidas, 43 mil refeições vendidas, 31 mil
e 800 garrafas de vinho vendidas, 8.25 toneladas de laranja da Pala transformadas em sumo, 4,7 toneladas de Broa de Milho
vendidas, 4 toneladas de Biscoito vendidas, 1900 unidades de Licores de Baião vendidos, 1570 unidades de Compotas de Baião
vendidas, 580 unidades de chocolates vendidos, 350 quilos de Queijo curado vendido; 73 mil visitantes em oito edições; Feira do
Anho Assado (2006-2013): 28 mil refeições vendidas, 26 mil garrafas de vinho vendidas, 10 toneladas de laranja da Pala
transformada em sumo, 2.55 toneladas de Broa de Milho vendida, 3.8 toneladas de Biscoito vendida, 880 unidades de Compotas de
Baião vendidas, 1550 unidades de Licores de Baião vendidas, 80 quilos de Queijos vendidos, 41 mil visitantes em oito edições;
Feiras de Produtos Locais (2011-2013); Loja de Produtos Locais (Porto e Baião), entre outras.

23
Programa Dinamizar, Programa MODCOM, Programa Vale Inovação, Programa Comércio Invest

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V - Programas co-financiados pelo QREN, mediados pela Dólmen, Cooperativa de Formação,
Educação e Desenvolvimento do Baixo Tâmega, nomeadamente ao nível de:
- PROVERE (2011-2013);
24
- PRODER (2011-2013) :

Investimento
Total Comparticipação Postos de Número de
(€) (€) Trabalho Projetos
ACÃO 3.1.1. 336.944,99 150.064,03 5 2
ACÃO 3.1.2 2142107,81 844955,02 36 17
ACÃO 3.1.3. 1301928,85 484276,11 13 5
ACÃO 3.2.1. 1123777,3 591716,82 3 9
ACÃO 3.2.2. 1049914,91 510121,8 5 6
TOTAL 5.954.673,86 2.581.133,78 62 39
Quadro 53: Distribuição, por eixo de candidatura dos projetos aprovados em sede PRODER (2011-2013). Fonte: Dólmen, 2013

Número de
Freguesia Projetos
Ancede e Ribadouro 9
Campelo e Ovil 10
Sta Cruz Douro e Covelas 7
Sta Leocádia e Mesquinhata 5
Sta Marinha Zêzere 3
Teixeira 2
Valadares 3
Quadro 54: Distribuição, por freguesia, dos projetos aprovados em sede PRODER (2011-2013). Fonte: Dólmen, 2013

24
através de AÇÃO 3.1.1. - Diversificação de Atividades na Exploração Agrícola - Apoio à criação ou desenvolvimento na exploração
agrícola, de atividades económicas de natureza não agrícola; AÇÃO 3.1.2. - Criação e Desenvolvimento de Microempresas - Criação
e desenvolvimento de microempresas no território Douro Verde e em coerência com a estratégia definida no Plano de
Desenvolvimento Local (PDL); AÇÃO 3.1.3. - Desenvolvimento de Atividades Turísticas e de Lazer - Apoio a atividades turísticas e
de lazer, nomeadamente na criação ou desenvolvimento de produtos turísticos; ACÃO 3.2.1. - Conservação e Valorização do
Património Rural - As intervenções abrangem domínios como i) preservação do património rural construído (excepto o património
histórico e monumental classificado), por exemplo, moinhos ou espigueiros, ii) refuncionalização de edifícios de traça tradicional para
atividades associadas à preservação e valorização da cultura local, iii) preservação e recuperação de práticas e tradições culturais
(espólio documental e material, artes e ofícios, folclore, música, trajes, receituário gastronómico); AÇÃO 3.2.2. - Serviços Básicos
para a População Rural - É apoiada a criação de serviços de i) apoio à infância, ii) acompanhamento domiciliário a idosos e
deficientes e serviços itinerantes de apoio social, iii) animação cultural e recreativa de base local bem como serviços de apoio a
novos residentes. Estes serviços serão priorizados quando integrados em centros multiserviços nos locais em que esses centros
sejam promovidos.

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Conclui-se que, no âmbito do PRODER, sete das atuais catorze freguesias do Concelho de Baião
concentraram entre 2011 e 2013 um total de 2.581.133,78€ em apoios financeiros para um total de
investimento na ordem dos 5.954.673,86€, através do deferimento de 39 projetos que permitiram a criação
de 62 postos de trabalho.

VI - Programas, ao nível do Contrato Local de Ação Social (CLDS), para o desenvolvimento integrado
do território:
• Centro de Incubadora de Empresas “Baião - Centro de Negócios” que tem como principal objetivo
a consolidação de algumas empresas, bem como, o fomento do co-working e o aparecimento de
novos projetos económicos no Concelho de Baião, proporcionando-lhes, para o efeito, condições
técnicas e físicas para o seu desenvolvimento e crescimento;
• Programa “Júnior Achivement” com o projeto “A Empresa”, dinamizado em parceria com o a
Agrupamento de Escolas de Vale d’Ovil, um conjunto de alunos aprenderam a criar uma empresa
e a proceder à sua gestão corrente de bens, de serviços e de recursos humanos;
• Criação do Gabinete de Desenvolvimento Económico de Baião, que presta apoio técnico na fase
de projeto e planeamento a promotores com “boas ideias de negócio”
Todos estes programas, medidas e apoios originaram o aparecimento de alguns promotores, e por outro
lado, amorteceram os efeitos negativos da crise. Atualmente, a estratégia do CLDS para o
desenvolvimento da economia local, assenta na criação de novos projetos no setor primário, dotando os
promotores com competências empreendedoras.

Ano Empresa /Projeto Setor Ano de Autonomia

2008 Sociedade Comercial Informática e Serviços 2012


2008 Sociedade Comercial Serviços e Energias Renováveis 2012
2009 Sociedade Comercial Energias Alternativas 2012
2009 Sociedade Comercial Serviços de Apoio ao Turismo Encerrou
2012 Projeto Serviços de Apoio ao Turismo Não Iniciou Atividade
2013 Sociedade Comercial Marketing e Serviços Ainda em Incubação
Quadro 55: Número de empresas / projetos incubadas no Centro de Negócios de Baião. Fonte: CLDS

2. Baião: Análise ao Setor Primário

Pelo exposto anteriormente, da experiência acumulada e decorrente da ação estratégica sobre o território,
é consensual o entendimento que a estimulação do setor primário deve constituir um dos maiores desafios
na promoção da empregabilidade e do empreendorismo em Baião.
O Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS), existente em Baião desde 2007, elaborou uma
abordagem mais analítica ao setor primário, dada a sua elevada potencialidade ao nível do
empreendedorismo no concelho de Baião.

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A área agroflorestal representa 88,59% do território do concelho, constituindo uma reserva riquíssima de
recursos naturais, ambientais e culturais, e a população agrícola é a principal guardiã desses recursos.
Torna-se por isso fundamental apoiar e promover a preservação do meio rural, através da melhoria das
condições de vida dos que nela vivem e da promoção da multifuncionalidade da agricultura.
Do ponto de vista agrícola dominam as pequenas explorações familiares, com sistema de policultura e
produção animal dispersos no território, praticados por produtores idosos e com baixo nível de instrução.
Uma parte importante da produção destina-se ao autoconsumo e à venda para mercados informais, não
se encontrando muitos dos produtos à venda no mercado formal. O vinho verde surge como uma exceção
e foi a atividade que mais se modernizou com o surgimento de novos produtores e produtos, com marca
própria orientados para o mercado da exportação.
O envelhecimento da população e o facto da maior parte dos chefes de exploração não saber quem lhes
irá suceder, faz prever um elevado nível de abandono da terra, sendo necessário e urgente promover e
facilitar a instalação de jovens agricultores que, poderão modernizar a visão e a estratégia para a
agricultura.

2.1. Caracterização do Concelho

O Concelho apresenta uma superfície de 17.451ha e em termos de ocupação do solo, verifica-se que é
um concelho predominantemente agro-florestal.

Gráfico 7: Ocupação dos solos no concelho de Baião. Fonte: Carta de uso do solo, 2007

A estrutura produtiva de Baião é constituída por uma superfície agrícola utilizada (SAU) de 4.850ha,
repartida por 1.326 explorações. A SAU compreende as culturas permanentes, as pastagens permanentes
e a terra arável limpa (área destinada às culturas temporárias, ao pousio e às hortas familiares).

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Gráfico 8: Superfície das explorações agrícolas (ha) no concelho de Baião.Fonte: INE

A análise da evolução do número de explorações por classes de dimensão da SAU revela que o
desaparecimento das pequenas explorações com menos de um hectare atingiu os 13,1%, tendo
aumentado nas restantes unidades produtivas.
O desaparecimento das pequenas explorações, explicado em parte pela absorção das respetivas
superfícies pelas explorações de maior dimensão, traduziu-se assim num aumento da SAU média por
exploração em mais de 1,5 hectares, passando de 2,06 hectares em 1999 para 3,66 hectares em 2009.
Este é um indicador positivo no caminho para uma agricultura em escala, com maior produtividade e
incorporação de tecnologia, capaz de competir interna e externamente.
Contudo, a maioria das explorações (986) tem uma SAU entre 1 e 5ha, o que denota a pequena dimensão
das mesmas.

Explorações 1999 Explorações 2009 SAU1999 SAU2009 Variação1999-2009


Classes deSAU n.º % n.º % ha % ha % N.ºexplorações (%) SAU(%)
total 1911,0 100,0 1326,0 100,0 3939,0 100,0 4849,8 100,0 0,0 0,0
0-<1ha 577,0 30,2 227,0 17,1 355,0 9,0 145,5 3,0 -13,1 -6,0
1ha-<5ha
1207,0 63,2 986,0 74,4 2260,0 57,4 1950,4 40,2 11,2 -17,2
5ha-<20ha
115,0 6,0 97,0 7,3 981,0 24,9 807,4 16,6 1,3 -8,3
20ha-<50ha 11,0 0,6 13,0 1,0 333,0 8,5 353,3 7,3 0,4 -1,2
>=50ha 0,0 0,0 3,0 0,2 0,0 0,0 1593,3 32,9 0,2 32,9

Quadro 56: Número de explorações e Superfície agrícola útil (ha) no concelho de Baião. Fonte: INE

2.2. População ativa na agricultura

Apesar das indicações positivas ao nível da capacidade produtiva agrícola em Baião, verifica-se uma
diminuição significativa no número de produtores agrícolas singulares, sobretudo nos escalões etários

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mais jovens, entre 1989 e 2009. Esta situação implica, como já referimos, um envelhecimento progressivo
da população agrícola, colocando em causa a sustentabilidade da atividade.
A agricultura exige conhecimentos, capacidades específicas e determinação, e está, como qualquer outra
atividade, rodeada de incertezas, quer naturais, quer de mercado. Assim, é crucial que os candidatos a
jovens agricultores sejam alvo também de uma intervenção vocacional para esta atividade profissional.

Gráfico 9: Evolução do número de produtores agrícolas singulares no concelho de Baião, por grupos etários. Fonte: INE

Gráfico 10: Percentagem de produtores agrícolas singulares no concelho de Baião, por grupos etários. Fonte: INE

2.3. Natureza jurídica do produtor

Existem em Baião 1.326 produtores agrícolas cuja personalidade jurídica assume várias formas:

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Gráfico 11: Natureza jurídica do produtor agrícola de Baião. Fonte: INE

Estamos perante uma agricultura que cada vez menos consegue sustentar, através das suas formas
tradicionais, quem dela depende, verificando-se que apenas 2% dos produtores admitem que a fonte do
rendimento do agregado, é oriundo exclusivamente da atividade da sua exploração.
No Concelho de Baião, atendendo à idade da maioria dos agricultores, as principais fontes de rendimento
do respetivo agregado doméstico são as reformas.

Gráfico 12: Evolução da fonte de rendimento do agregado doméstico de Baião. Fonte: INE

2.4. Utilização das terras

O solo das explorações agrícolas no concelho de Baião está principalmente ocupado por pastagens
permanentes (41% da SAU), seguido pela terra arável limpa (32% da SAU) e finalmente por culturas
permanentes (27% da SAU).

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Gráfico 13: Ocupação da SAU no concelho de Baião. Fonte: INE

2.5 Vinho

Pela observação da paisagem agrária do concelho de Baião, constata-se facilmente que a vinha é a única
cultura permanente com alguma expressão nas áreas cultivadas (84% da superfície destinada às culturas
permanentes). O fim da produção de uva é a obtenção de matéria-prima para vinificação, uma vez que
não há vinha destinada à produção de uva de mesa no concelho de Baião.

Gráfico 14: Superfície de ocupação do solo (ha) por culturas permanentes no concelho de Baião. Fonte: INE

Baião pertence a uma das nove sub-regiões da Região Demarcada dos Vinhos Verdes – a sub-região de
Baião. As vinhas caracterizam-se pela sua grande expansão vegetativa, em formas diversas de condução,
sendo as principais castas brancas a Avesso e a Arinto (Pedernã).

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Figura 2: Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Fonte: Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV).

Em 2013, o concelho de Baião produziu 1.471.821 litros de vinho e a produção tem vindo a diminuir ao
longo do tempo.

Gráfico 15: Evolução da quantidade de vinho verde produzido (litros) no concelho de Baião ao longo do tempo. Fonte: IVV.

Face à situação atual do setor, e apesar dos avanços já conseguidos em matéria de produção, segurança
alimentar e padrões de qualidade, ainda é necessário promover a modernização da produção, a
consolidação da organização do setor, em especial o redimensionamento das adegas cooperativas e
profissionalização da sua gestão, bem como, promover novas atitudes associadas ao reforço da
comunicação entre o mercado e a produção e a uma maior agressividade nos mercados externos, através
da promoção do associativismo, promovendo a escala. Esta estratégia deverá também passar pela

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qualificação dos vários ativos do setor e pela conservação dos valores naturais, cénicos, recreativos ou
turísticos associados à paisagem.
A reestruturação da vinha deve estar associada, essencialmente, à necessidade de se aumentar a área
média da parcela e eliminar as zonas de produção de baixa qualidade, desenvolvendo ações conjugadas
de substituição de culturas, reconvertendo-se a produção de vinhos tintos em brancos.

Análise SWOT para o setor vitivinícola de Baião. Fonte: adaptado por CLDS de DRAPN, 2007

Pontos fracos Pontos fortes

Fragilidade do movimento associativo e cooperativo da Produção de vinhos de alta qualidade


produção
Grande diversidade de castas autóctones, produtoras de
Fraca estrutura de capital essencialmente no setor vinhos de qualidade
cooperativo
Capacidade para aumentar a produtividade
Baixa profissionalização das organizações,
nomeadamente na gestão Perfil dos vinhos brancos adequados às tendências do
mercado internacional
Pequena dimensão e dispersão das parcelas
Património natural de interesse paisagístico
Envelhecimento do encepamento
Internacionalização do Vinho Verde, assente na
Sistemas de condução tradicionais não mecanizáveis qualidade da estratégia comercial das empresas

Elevados custos de produção Grande complementaridade com potencial do turismo em


espaço rural
Heterogeneidade na produtividade

Falta de cooperação local e nacional.

Pulverização das marcas

Falta de estratégia de aproveitamento de subprodutos

Ameaças Oportunidades

Decréscimo do consumo de vinho nos países produtores Crescente visibilidade do norte de Portugal

Campanhas antialcoólicas Crescente procura de produtos diferenciados e com


garantia de qualidade
Concorrência dos novos países produtores
Mercados emergentes e novos países consumidores
Concentração da distribuição comercial em todo o mundo
O alargamento da EU e a ocidentalização dos padrões
Agressividade das bebidas concorrentes de consumo

Excessiva regulamentação comunitária Crescimento dos mercados de vinhos monovarietais das


castas autóctones
Crescentes exigências ambientais
Crescente aumento da procura turística
Crescentes exigências de fiscalidade

2.6. Citrinos

Em conjunto com o vinho, foi, durante muito tempo, uma das produções mais significativas no Douro.
Porém, a importância socioeconómica desta cultura tem vindo a reduzir-se ao longo dos anos.

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Substituídos nos mercados nacionais (e regionais) pela produção proveniente doutras regiões do país e do
estrangeiro, ainda resta aos “Citrinos da Pala” uma imagem e reputação que combina o seu sabor e a
memória de consumo passado.
Os “Citrinos da Pala”, representando uma parte da produção dos citrinos do Douro, incluem a Laranja da
Pala, que representa grande parte do que é produzido, o Limão da Pala e a Tangerina da Pala.

Gráfico 16: Percentagem de superfície de citrinos, no concelho de Baião. Fonte: INE

O grande desafio que se coloca a este setor é o desenvolvimento do espírito de cooperação, por forma a
ganhar escala, profissionalização do seu funcionamento e qualificação da sua gestão, valorizando de
forma integrada os produtos finais.

Análise SWOT para o setor dos citrinos em Baião. Fonte: adaptado por CLDS de DRAPN, 2007
Pontos Fracos Pontos Fortes

- Pomares a necessitarem de substituição e parcelas de - Recursos genéticos de elevado valor;


dimensão reduzida; -Boas condições edafo-climáticas;
- Desconhecimento do comportamento de porta- - Potencial de aumento de área e de produtividade;
enxertos e variedades; - Aumento da produção em variedades regionais de alta
- Baixas produtividades; qualidade associadas aos nichos de produção;
- Fraca preparação dos produtores e operadores, - Elevada procura pelo consumidor e boa aceitação no
particularmente em novos modos de produção; mercado;
- Tradição na produção e consumo dos citrinos;
- Produtores com abertura para a inovação.

Ameaças Oportunidades

- Concorrência com produções provenientes de outros - Apetência por parte do consumidor para produtos
países, nomeadamente de Espanha; tradicionais;
- Falta de organização do setor condicionando a oferta. - Procura de frutos produzidos em modo de produção
biológico e produção integrada;
- Complementaridade ao rendimento da exploração e do
agroturismo;
- Valorização de subprodutos: casca (cristalização) e
sumos.

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2.7. Efetivo Animal

A espécie animal mais representada no concelho de Baião tem sido sempre a ovelha.
Ao longo do tempo, verifica-se que o número de cabeças de gado, independentemente da espécie, tem
vindo a decrescer no concelho. Esta oscilação é resultante de múltiplas contrariedades, nomeadamente o
abandono da atividade. Este problema poderá ser contornado com o aproveitamento das peles para o
desenvolvimento na região da indústria de curtumes. Contudo, verifica-se uma tímida tendência de subida
do efetivo da espécie bovina no concelho nos últimos anos.

Gráfico 17: Evolução do número de cabeças de gado no concelho de Baião, pelas espécies bovino, ovino e caprino. Fonte: INE,
ACRIBAIMAR

Diagnóstico interno ao setor pecuário em Baião. Fonte: adaptado por CLDS de DRAPN, 2007
Potencialidades Constrangimentos

- Raças perfeitamente adaptadas ao meio - Baixa produtividade média


- Promoção do ecossistema e da biodiversidade - Sistemas de produção muito dependentes de mão-de-
- Boas condições naturais obra
- Facilidade de escoamento dos produtos oriundos - Explorações com baixo encabeçamento
destas raças - Reprodutores excessivamente caros
- Existência de Associações que representam as raças - Baixo nível de escolaridade e de formação técnica

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3. Quadro de Avaliação Estratégica:

3.1 Diagnóstico Interno ao Tecido Empresarial 2012 (Baião). Fonte: CLDS, 2012

Forças Fraquezas

- Qualidade do Produto / Serviço - Capacidade de financiamento / investimento

- Qualificação da mão-de-obra - Gestão administrativa / financeira

- Cumprimento de prazos e contratos - Localização (Distância, Procura Local)

- Experiência / Conhecimento do segmento de mercado - Visibilidade / Divulgação (Publicidade e Marketing)

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VI – Baião: Educação

1-Caracterização da população residente por níveis de instrução

De acordo com os Censos de 2011, do total da população residente, 12.606 indivíduos possuíam o ensino
básico (52,64% dos quais o 1º ciclo do ensino básico), 1.634 indivíduos o ensino secundário, 82 o ensino
pós-secundário e 749 o ensino superior.

Local de População residente (N.º) por Local de residência e Nível de escolaridade mais elevado completo
residência Total
(à data
dos Nível de escolaridade mais elevado completo
Censos T o t al Sem ní vel d e C o m ní vel d e Ensino 1.º ciclo 2 .º ciclo 3 .º ciclo Ensino Ensino p ó s- Ensino B achar elat o Licenciat ura M est r ad o D o ut o rament
esco lar id ad e esco lar id ad e b ásico secund ário secund ário sup erio r o
2011) co mp let o co mp let o

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º

Baião 20522 5451 15071 12606 6636 3142 2828 1634 82 749 74 615 54 6
Ancede 2527 638 1889 1598 859 392 347 190 19 82 6 71 5 0
Campelo 3237 738 2499 1878 812 543 523 386 17 218 34 160 22 2
São Tomé de 576 142 434 373 215 70 88 51 2 8 0 6 2 0
Covelas
Frende 656 142 514 426 225 104 97 46 1 41 3 38 0 0
Gestaçô 1263 411 852 733 426 150 157 78 2 39 3 33 3 0
Gove 1992 478 1514 1308 660 353 295 142 8 56 3 50 2 1
Grilo 590 136 454 400 234 93 73 38 5 11 0 9 2 0
Loivos do 373 156 217 205 119 63 23 11 0 1 0 1 0 0
Monte
Loivos da 480 103 377 305 152 88 65 46 2 24 0 21 3 0
Ribeira
Mesquinhat 301 71 230 200 104 50 46 21 2 7 2 5 0 0
a
Ovil 701 210 491 393 204 103 86 59 4 35 3 31 1 0
Ribadouro 309 70 239 196 122 35 39 20 1 22 2 18 2 0
S.C. Douro 1453 360 1093 932 510 235 187 117 9 35 4 30 1 0
B. (S. 554 133 421 358 205 74 79 45 0 18 1 15 0 2
Leocádia)
S. M. Zêzere 2796 735 2061 1701 866 431 404 257 6 97 10 82 5 0
Teixeira 595 254 341 303 187 63 53 21 1 16 0 14 2 0
Teixeiró 351 105 246 218 132 52 34 18 0 10 0 9 0 1
Tresouras 373 112 261 235 130 56 49 19 0 7 0 6 1 0
Valadares 875 278 597 539 290 130 119 43 0 15 2 12 1 0
Viariz 520 179 341 305 184 57 64 26 3 7 1 4 2 0

Quadro 57: População residente, por nível de instrução completo, Baião, 2011 Fonte: INE – Censos 2011

Analisando a proporção da população residente no concelho com 15 e mais anos, por nível de
25
escolaridade e a sua variação de 2001 para 2011, são notáveis as melhorias verificadas nesta ultima
década, no Concelho de Baião.

25
População com 15 e mais anos por nível de escolaridade / População residente com 15 e mais anos x100

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A população residente sem nenhum nível de ensino representava em 2001 31,4% da população e em
2011 esse peso percentual desceu para os 19,7%.
Registou-se também nesta última década uma descida percentual nos indivíduos que possuíam o 2º ciclo
de ensino, e o peso percentual daqueles que obtiveram níveis mais elevados de escolaridade duplicou nos
últimos 10 anos. Salienta-se que os indivíduos diplomados do Ensino Superior neste período
intercensitário atingiram valores superiores ao dobro dos obtidos em 2001.

Nível de escolaridade

Sem nível de Básico 1º Básico 2º Básico 3º Pós-


Total Secundário Superior
escolaridade ciclo ciclo ciclo Secundário

Anos 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011 2001 2011

100,0 100,0
Baião 31,4 19,7 37,9 35,2 16,1 14,8 8,7 16,2 3,9 9,4 0,1 0,5 1,8 4,3
Quadro 58: Proporção (%) da População residente com 15 e mais anos por nível de escolaridade completo mais elevado segundo os
Censos 2001 - 2011 (%) - Municípios Baião Fonte: INE- Censos 2011 e PORDATA

É assinalável igualmente o decréscimo da Taxa de Analfabetismo, nos últimos vinte anos, situando-se,
contudo, ainda em valores superiores aos verificados na região e no País. Em 1991 situava-se nos 18,7%,
em 2001 nos 16,0% e em 2011 nos 10,2%. Salienta-se, a este respeito, uma diminuição superior a 60%
entre 2001 e 2011. Porém, a população residente analfabeta continua a ser maioritariamente feminina.
Sexo
Total Masculino Feminino
Anos 2001 2011 2001 2011 2001 2011
Portugal 9 5,2 6,3 3,5 11,5 6,8
Continente 8,9 5,2 6,1 3,4 11,5 6,8
Norte 8,3 5 5,5 3,2 10,9 6,6
Tâm ega 10,2 6,2 7,4 4,4 12,9 7,9
Am arante 11,1 7,3 8 5,2 14 9,1
Baião 16 10,2 12 7,5 19,6 12,7
Cabeceiras de Bas to 16 10,1 11,7 7 20,2 13,1
Cas telo de Paiva 9,3 5,7 6 3,5 12,6 7,7
Celorico de Bas to 16,6 10 11,4 6,6 21,5 13,2

Cinfães 14,8 9,4 11,7 7,1 17,7 11,5


Felgueiras 8,5 5,1 6 3,4 10,8 6,6

Lous ada 8,5 5,1 5,8 3,4 11 6,6


Marco de Canaves es 9,5 5,6 6,7 3,8 12,2 7,3

Mondim de Bas to 17,6 10,8 14,6 8,7 20,5 12,8


Paços de Ferreira 6,3 3,8 4,3 2,6 8,3 4,9
Paredes 6,9 4,2 5,1 3,2 8,6 5,1
Penafiel 8,7 5,4 6,3 4 11 6,8
Res ende 21,2 13,6 17 10,6 25,1 16,5
Ribeira de Pena 20,7 15,8 17,1 12,5 24,3 18,8

Quadro 59: Taxa de analfabetismo segundo os Censos2001 e 2011, total e por sexo, NUTS e Municípios do Tâmega Fonte: INE-
Censos 2011 e PORDATA

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Os indicadores genéricos de Abandono Escolar, Saída Antecipada e Saída Precoce do sistema de ensino
por parte de crianças e jovens de idades compreendidas entre os 10 aos 24 anos à data das operações
censitárias entre 2001 e 2011, revelam igualmente uma melhoria digna de registo.
26
A Taxa de Abandono Escolar desceu dos 6,3% (2001) para os 1,9% em 2011, aproximando-se dos
valores verificados quer na região, quer no País.
27 28
Os valores percentuais da Taxa de Saída Antecipada e Saída Precoce do sistema de ensino também
são reveladores do investimento efetuado no Concelho de Baião ao nível da qualidade do ensino e da
frequência escolar.

NUTS e Concelhos Abandono Saída


Saída Precoce
Escolar Antecipada
2001 2011 2001 2011 2001 2011
Portugal 2,8 1,6 24,6 9,1 44,8 27,1
Região Norte 3,5 1,5 32,1 9,5 51,2 28,9
Tâmega 6,2 1,5 50,2 14,4 68,2 38,9
Baião 6,3 1,9 52,3 14,4 72,0 36,0

Quadro 60: Taxa de abandono escolar, Saída antecipada e Saída precoce, 2011, NUTS e municípios do Tâmega. Fonte: INE-
censos 2001 e 2011

2- População escolar – Perspetiva evolutiva

A rede educativa do Concelho de Baião encontra-se organizada em três territórios educativos, que
constituem os Agrupamentos de Escolas de Eiriz, do Sudeste de Baião, e de Vale de Ovil.
O Agrupamento de Escolas de Sudeste de Baião é aquele que integra maior número de freguesias,
seguindo-se o de Eiriz e por último o de Vale de Ovil. Este último é o único que integra o nível de ensino
Secundário no Concelho, pelo que, neste âmbito, a sua abrangência é concelhia.
Fruto dos processos de reorganização do parque escolar executados e em execução ainda no concelho, a
Rede Educativa e a população escolar assumirá novas configurações, que serão espelhadas no
documento de atualização da Carta Educativa, que se encontra em elaboração.
Agrupamento de Escolas Freguesias
Eiriz Ancede, Gôve, Grilo, Mesquinhata
Santa Cruz do Douro, Santa Leocádia e Ribadouro
Sudeste Santa Marinha do Zêzere, Covelas, Valadares, Viariz, Gestaçô,
Teixeira, Teixeiró, Tresouras Loivos da Ribeira e Frende
Vale de Ovil Campelo, Ovil, Loivos do Monte
Quadro 61: Agrupamentos escolares e freguesias abrangidas Fonte: Carta Educativa de Baião 2006

26
total de indivíduos, no momento censitário, com 10-15 anos que não concluíram o 3.º ciclo do ensino básico e não se encontram a
frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário
27
Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos que não concluíram o 3.º ciclo do ensino básico e não se encontram a
frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário
28
Total de indivíduos, no momento censitário, com 18-24 anos que não concluíram o ensino secundário e não se encontram a
frequentar a escola, por cada 100 indivíduos do mesmo grupo etário

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Organizados segundo agrupamentos verticais, integram ainda um número diversificado de escolas de 1º
Ciclo e de Jardim-de-Infância.

Educação Pré- Ensino Básico - 3º


Ensino Básico - 1º Ciclo Ensino Básico - 2º Ciclo Ensino Secundário
Escolar Ciclo

Anos 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011
Baião 17 18 18 30 26 23 3 3 3 3 3 3 1 1 1
Quadro 62: Estabelecimentos nos ensinos pré-escolar, básico e secundário, de 2009 a 2011 Fonte: PORDATA (ultima atualização
2012-10-10)

Ensino pré- Ensino Ensino


NUTS e Concelhos Ensino básico
escolar secundário superior

Portugal 276.125 1.206.716 440.895 390.273


Região Norte 95.112 438.175 162.969 123.726
Tâmega 14.642 74.360 21.133 3.956
Baião 379 2.465 550 0
Quadro 63: Alunos matriculados segundo o grau de ensino (2010/2011) Fonte: Ministério da Educação e Ciência - Gabinete de
Estatística e Planeamento da Educação

Associado ao acentuado decréscimo da taxa de natalidade no Concelho, nos últimos anos, a população
do ensino pré-escolar tem sofrido uma significativa diminuição.

Nível de ensino
Total Educação Pré- Ensino Básico - 1º Ensino Básico - 2º Ensino Básico - 3º Ensino Secundário
Anos 2009 2010 2011 2009 Escolar
2010 2011 2009 Ciclo
2010 2011 2009 Ciclo2010 2011 2009 Ciclo
2010 2011 2009 2010 2011
Baião 4.016 3.698 3.394 464 507 379 1.016 972 940 596 550 587 1.174 1.011 938 766 658 550

Quadro 64: Alunos matriculados nos ensinos pré-escolares, básico e secundário: total e por nível de ensino, 2009 a 2011 Fonte:
DGEEC/MEC - Recenseamento escolar- final do ano letivo Fonte: PORDATA

3- Evolução do número de alunos entre os anos letivos 2007/2008 a 2011/2012

I – (A) Rede Publica - Pré-escolar e 1º Ciclo de Ensino Básico


Nível de Ensino 2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/
2008 2009 2010 2011 2012
Jardim Infância 63 66 69 62 57
1.º ano 60 67 66 51 55
2.º ano 56 67 70 70 52
3.º ano 54 54 68 68 68
4.º ano 60 53 54 70 69
TOTAL 230 307 327 321 301

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Quadro 65: Evolução do número de alunos – Agrupamento Escolar de Ovil Fonte: Agrupamento Escolar

Nível de Ensino 2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/


2008 2009 2010 2011 2012

Jardim Infância 128 124 137 112 111

1.º ano 90 72 115 99 67

2.º ano 110 105 81 96 113

3.º ano 123 100 87 73 91

4.º ano 90 107 93 90 65

TOTAL 541 508 513 470 447


Quadro 66: Evolução do número de alunos – Agrupamento Escolar do Sudeste do concelho Fonte: Agrupamento Escolar

Nível de Ensino 2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/


2008 2009 2010 2011 2012
Jardim Infância 67 67 60 52 59
1.º ano 85 70 83 64 67
2.º ano 119 101 84 92 66
3.º ano 103 108 90 78 86
4.º ano 112 101 105 92 73
TOTAL 486 447 422 378 351
Quadro 67: Evolução do número de alunos – Agrupamento Escolar de Eiriz Fonte: Agrupamento Escolar

29
I – (B) Rede Privada Solidária - Pré-escolar
Nível de Ensino 2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/
Jardim Infância 2008 2009 2010 2011 2012
TOTAL 220 236 218 211 222
Quadro 68: Evolução do número de alunos – Pré-escolar OBER; CSSCD Fonte: OBER , CSSCD

II - 2º e 3º Ciclo de Ensino Básico

Nível de 2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/


Ensino 2008 2009 2010 2011 2012
5.º ano 89 89 76 75 77
6.º ano 92 90 91 77 82
7.º ano 88 88 95 88 75
8.º ano 69 86 81 94 94
9.º ano 140 111 89 100 100
Total 478 464 432 434 428

Quadro 69: Evolução do número de alunos – Agrupamento Escolar de Ovil Fonte: Agrupamento Escolar

29
Falta incluir os dados da IPSS – ADEGRIL

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Nível de 2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/
Ensino 2008 2009 2010 2011 2012
5.º ano 82 72 64 80 77
6.º ano 100 85 69 83 74
7.º ano 92 85 77 54 64
8.º ano 73 64 63 70 56
9.º ano 54 67 71 94 61
CEF 34 33 33 29 44
Total 435 406 377 410 376
Quadro 70: Evolução do número de alunos – Agrupamento Escolar do Sudeste Fonte: Agrupamento Escolar

2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/


Nível de 2008 2009 2010 2011 2012
Ensino
5.º ano 11 109 98 96 100
6.º ano 121 107 111 95 92
7.º ano 92 114 94 97 88
8.º ano 77 89 82 80 89
9.º ano 88 65 64 73 78
Total 489 484 449 441 447
Quadro 71: Evolução do número de alunos – Agrupamento Escolar de Eiriz Fonte: Agrupamento Escolar

III - Secundário

Nível de 2007/ 2008/ 2009/ 2010/ 2011/


Ensino 2008 2009 2010 2011 2012
10.º ano 168 169 193 153 167
11.º ano 107 126 134 140 112
12.º ano 90 96 90 77 128
Total 365 391 471 370 407
Quadro 72: Evolução do número de alunos – Agrupamento Escolar de Ovil Fonte: Agrupamento Escolar

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4- Quadro de Avaliação Estratégica
- Diminuição da taxa de analfabetismo: (1991: 18,7%; 2001:16,0%; 2011: 10,2%)
- Diminuição da taxa de abandono escolar: (2001: 6,3%; 2011: 1,9%)
- Diminuição da taxa de Saída antecipada: (2001:52,3%; 2011: 14,4%)
- Diminuição da taxa de saída precoce: (2001: 72,0%; 2011: 36,0%)
- Aumento dos níveis de instrução da população residente;
- Variação negativa do nº alunos no Pré-escolar
- Variação negativa do nº alunos no 1º Ciclo
- Variação negativa do nº alunos no 2º Ciclo
- Variação negativa do nº alunos no 3º Ciclo
- Variação negativa do nº alunos no Secundário

Potencialidades Constrangimentos

- Definição da educação e formação como área - Baixos níveis escolares e profissionais da população
estratégica para o Concelho de Baião ativa de grupos etários mais avançados
- Diminuição da taxa de analfabetismo - Eventual Abandono escolar precoce advindo da
- Boa cobertura da rede escolar obrigatoriedade de conclusão do ensino Secundário;
- Aumento da escolaridade da população principalmente - Necessidade de reforço da cultura de rede no que se
nas faixas etárias mais jovens refere às questões do abandono e insucesso;
- Evolução apreciável das taxas de escolarização - O estabelecimento de um horário de funcionamento
- Aposta na diversificação da oferta educativa (CEF e mais alargado ao nível dos estabelecimentos de
ensino tecnológico) e EFAS (Escolares e/ou com Educação Pré-Escolar e do Primeiro Ciclo do Ensino
equivalência escolar e profissional) Básico, que possa fazer face às novas demandas
- Existência de Comissão Concelhia para a Qualificação profissionais das famílias na conciliação da sua vida
- Existência de Conselho Municipal de Educação profissional com a vida pessoal;
- Dinamismo e visibilidade crescente da ação das - Necessidade de promover a ocupação dos tempos
Associações de Pais livres em todas as interrupções letivas
- Pólo de ensino superior (pós-graduações), - A dificuldade de transporte nos estabelecimentos do
- Carta Educativa, enquanto documento de planeamento ensino pré-escolar da rede pública
estratégico - Falta de representatividade do setor da Educação na
- Eixos da política de Educação da Câmara Municipal de Rede Social
Baião (implementação da Ação Social Escolar, Sistema
integrado de transporte escolar, Refeições Escolares)
- - Forte planeamento estratégico e intervenção
concertada na área do abandono e insucesso escolar.
- Aumento dos técnicos qualificados nas escolas
(psicologia, serviço social).
- Empreendedorismo jovem
- Programas e medidas de apoio à formação qualificante
- Integração dos Agrupamentos Escolares na rede Social.
- Programas comunitários de promoção do ensino e
aprendizagem

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VII – Baião: Formação

1 - Formação no Concelho

A formação profissional é um agente de mudança fundamental no processo de ajustamento das


qualificações profissionais e das competências dos indivíduos às exigências da sociedade/mercado de
trabalho cada vez mais global, pelo que se assume cada vez mais como uma componente do emprego,
reforçando-o, quer seja através da valorização dos recursos humanos, da oferta de uma mão-de-obra
mais qualificada ou do contributo para a inserção na vida ativa.
Em Baião são várias as entidades que assumem a missão quer de aumentar a qualificação de base da
população ativa do concelho, quer de reconhecer as competências adquiridas ao longo da vida em
diversos contextos e com o objetivo último da sua inserção e/ou reinserção no mercado de trabalho.
Nos últimos anos foi ainda definida como meta articulada entre a Câmara Municipal de Baião e as
entidades locais e a Administração Central, a promoção de formação profissional que possibilitasse a
todos os munícipes inscritos no Centro de Emprego de Amarante e/ou nos Gabinetes de Inserção
Profissional, detentores apenas da 4.ª classe ou até menos, de progredirem para o nível seguinte de
escolaridade.
Para a prossecução desta missão, foram implementadas e potenciadas um conjunto de medidas e ações
30
em parceria, com o Centro de Emprego de Amarante, o Núcleo Local de Inserção de Baião, o Centro de
Formação Profissional de Vila-Real, o Centro de Formação Profissional do Porto, o Centro de Novas
Oportunidades de Baião (que evoluiu para Centro de Qualificação e Ensino Profissional de Amarante,
Baião e Mesão-Frio – CQEP), o CESAE – Centro de Serviços e Apoio às Empresas – Marco de
Canaveses e o ISCIA - Instituto Superior de ciências da Informação e Administração.
Incluem-se ainda nesta missão, outros parceiros locais que promoveram (direta ou indiretamente) várias
ofertas formativas, nomeadamente:
- Associação Cultural e Recreativa de Santa Cruz do Douro;
- Associação Empresarial de Baião;
- Associação Desportiva de Ancede;
- Centro de Convívio e Apoio à Juventude e Idosos de Sta Leocádia (CECAJUVI)
- Centro Social de Santa Cruz do Douro;
- Dólmen - Cooperativa de Formação, Educação e Desenvolvimento

30
Cursos de Educação e Formação de Adultos (Cursos EFA), dirigidos a adultos que pretendessem reforçar os níveis de
qualificação (escolar e/ou profissional) através de uma oferta integrada de educação e formação, aumentando as suas condições de
empregabilidade e certificando as competências adquiridas ao longo da vida; Sistema RVCC Profissional, destinado à melhoria dos
níveis de certificação profissional dos candidatos com mais de 18 anos que não possuíssem uma certificação na sua área
profissional, numa perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. O RVCC Profissional pôde ainda ser uma resposta para quem,
detendo competências profissionais numa determinada área, necessitasse de efetuar uma reconversão profissional.; Competências
Básicas, dirigidas a indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos e que não possuíssem capacidades de leitura, escrita ou
cálculo; Formação Modular Certificada, que se destinou a ativos empregados ou desempregados, que pretendessem desenvolver
competências em alguns domínios de âmbito geral ou específico.

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- MARGEM
- Santa Casa da Misericórdia de Baião;

2-Principais resultados:
Formação Profissional – Baião (Iniciada em 2011/2012)
Nº de Nº de
Entidade Curso Tipologia
formandos horas

Téc. informação e animação turística (2) Modular 36 400


Competências básicas (6) Modular 82 1800
Assistente familiar e de apoio à comunidade EFA B1 18 765
Agente em geriatria EFA B2 16 840

CMB / Técnicos de cozinha e pastelaria EFA NS 19 2370


Centros de Operador de jardinagem EFA B2+B3 16 2360
Formação
Técnicos de animação sócio-cultural EFA NS 18 707
Operador agrícola EFA B3 19 1910
Cantaria artistic EFA B2+B3 16 2360
Operador de jardinagem EFA B1+B2 20 1215
Técnicas comerciais EFA NS 20 1870
Técnicas de vendas Modular 18 300
Técnicas de socorrismo (2) Modular 37 100
CMB Língua inglesa-atendimento (2) Modular 33 100
/ CESAE
Língua inglesa-atendimento e acolhimento Modular 17 50
Língua francesa – atendimento Modular 18 50
Técnicas contabilísticas Modular 18 300
CMB/ ISCIA Técnicas de organização de eventos Modular 15 225
Total Câmara Municipal de Baião (CMB) 436 17 722
Iniciação de animação a crianças Modular 10 25
Sta Casa da
Misericórdia Iniciação de animação à terceira idade Modular 10 25
de
Animação de crianças Modular 15 25
Baião/AEDL
Téc. de expressão e atividades práticas em creches e
j. infância Modular 15 50
Total Sta Casa da Misericórdia 50 125

Cooperativa
agrícola
/ Marquifor Bovinicultura Modular 16 225
Total Cooperativa Agrícola de Baião 16 225
Técnicos de instalações elétricas Aprendizagem 20 3275
Margem
Agente em geriatria Modular 15 900
Total Margem 35 4 175

Total Concelho 502 18 072


Quadro 73: Formação Profissional em Baião 2011/2012 Fonte: Pelouro da Formação, Qualificação e Ensino Superior – C.M. Baião

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Nº de alunos
Nº de
Ano de Nº de Nº de alunos transferidos Nº de alunos que
Curso alunos
escolaridade alunos que transitaram Entrada32 Saída33 abandonaram31
retidos

Profissional Técnico 10º 22 18 1 3


Ambiental e Rural
Profissional de Apoio à 24 20 1 3
Gestão Desportiva 10º
Profissional de Técnico 22 21 1
Análises Laboratoriais 10º
Técnico Profissional 11º 20 19 1
Eletrónica Automação
E computadores
Profissional de Técnico 11º 20 18 2
Ótica Ocular
Profissional de informática 12º 33 2 30 1
de Gestão

Profissional de Técnico 20 1 19
Higiene E segurança do 12º
trabalho
CEF 9º 15 13 1 1
Práticas Administrativas

Cef 9º 16 1 14 1
Operador de
CAD/Construção Civil
Cef 8º 19 4 15
Eletromecânica de
Eletrodomésticos
Quadro 74: Identificação e caraterização da População Escolar dos Cursos de Educação e Formação (3º CEB e SECUNDÁRIO) –
Agrupamento Vale de Ovil Fonte: Agrupamento Escolar

Formação Profissional - Baião (iniciada em 2012)


Nº de
Curso Tipologia local / freguesia
formandos

RVCC- Profissional – Técnico de Ação Educativa Modular 42 Sta. Marinha Zêzere

RVCC- Profissional – Técnico de Ação Educativa Modular 22 Campelo


RVCC- Profissional – Técnico de Ação Educativa Modular 22 Ancede
Total Concelho 86

Quadro 75: RVCC-Profissional (2012) – Baião Fonte: Pelouro da Formação, Qualificação e Ensino Superior – C.M. Baião

31
Pretende-se que este número reflita os alunos que não estão integrados no sistema de ensino, ou seja, que efetivamente
abandonaram a escola.
32
Entrada de alunos vindos de outras escolas do concelho ou de outros concelhos.
33
Saída de alunos dessa escola para outra escola do concelho ou para outras escolas fora do concelho.

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Alunos a frequentar modalidade CEF
Tâmega e
Área de formação (Catálogo ANQEP) Baião
Sousa

Agro-alimentar 0 124

Comércio e marketing 14 64

Construção civil e urbanismo 0 70

Cultura, património e produção de conteúdos 0 22

Informática, eletrónica e telecomunicações 0 316

Madeiras, mobiliário e cortiça 0 85

Metalúrgica e metalomecânica 15 15

Serviços pessoais 0 45

Saúde e serviços à comunidade 0 26

Transportes e logística 0 20

Turismo e Lazer 18 298

Total 47 1085

Quadro 76: Alunos a Frequentar CEF, 2011 Fonte: Levantamento informação junto das entidades qualificantes do Tâmega e Sousa,
Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011.

Tâmega e
Setores económicos Baião
Sousa
Agricultura 0 124
Indústria 15 100
Construção 0 70
Comércio e Serviços 32 791
TOTAL 47 1085

Quadro 77: Alunos a Frequentar CEF, por setor económico, 2011 Fonte: Levantamento informação junto das entidades qualificantes
do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011.

Tâmega e
Àrea de formação (Catálogo ANQEP) Baião
Sousa

Agro-alimentar 0 171

Comércio e marketing 29 315

Construção civil e urbanismo 0 80

Cultura, património e produção de conteúdos 0 362

Energia e ambiente 0 543

Indústrias químicas, cerâmica, vidro e outras 16 163

Informática, eletrónica e telecomunicações 19 759

Madeiras, mobiliário e cortiça 0 12

Metalúrgica e metalomecânica 0 17

Moda 0 162

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Serviço às empresas 0 970

Saúde e serviços à comunidade 44 714

Turismo e lazer 57 877


TOTAL 165 5145
Quadro 78: Alunos a frequentar cursos Profissionais, por área de formação , Dez 2011 Fonte: Levantamento informação junto das
entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011.

Tâmega e
Setores económicos Baião
Sousa
Agricultura 0 171
Indústria 16 354
Construção 0 623
Comércio e Serviços 149 3997
TOTAL 165 5145
Quadro 79: Alunos a frequentar cursos Profissionais, por setor económico Dez 2011 Fonte: Levantamento informação junto das
entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011.

Tâmega e
Área de formação (Catálogo ANQEP) Baião
Sousa

Agro-alimentar 0 32

Comércio e marketing 0 154

Cultura, património e produção de conteúdos 0 20

Energia e ambiente 21 128

Informática, eletrónica e telecomunicações 0 99

Madeiras, mobiliário e cortiça 0 9

Metalúrgica e metalomecânica 0 145

Serviço às empresas 0 293

Serviços pessoais 0 41

Saúde e serviços à comunidade 0 76

Turismo e lazer 0 259

TOTAL 21 1256
Quadro 80: Alunos a frequentar Cursos de Aprendizagem, por área de formação, Dez 2011 Fonte: Levantamento informação junto
das entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011

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Baião Tâmega e Sousa


Setores económicos
Agricultura 0 32

Indústria 0 154

Construção 21 128

Comércio e Serviços 0 942

TOTAL 21 1256

Quadro 81: Alunos a frequentar Cursos de Aprendizagem, por setor económico, Dez 2011 Fonte: Levantamento informação junto
das entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011

Área de formação (Catálogo ANQEP) Baião Tâmega e Sousa

Agro-alimentar 0 203

Comércio e marketing 29 469

Construção civil e urbanismo 0 80

Cultura, património e produção de conteúdos 0 382

Energia e ambiente 21 671

16 163
Indústrias químicas, cerâmica, vidro e outras
19 858
Informática, eletrónica e telecomunicações
Madeiras, mobiliário e cortiça 0 21

Metalúrgica e metalomecânica 0 162

Moda 0 162

Serviço às empresas 0 1263

Serviços pessoais 0 41

44 790
Saúde e serviços à comunidade

Turismo e lazer 57 1136


TOTAL 186 6401
Quadro 82: Total dos alunos a frequentar Cursos Profissionais e Aprendizagem, 2011 Fonte: Levantamento informação junto das
entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011

Tâmega e
Setores económicos Baião Proporção
Sousa

Agricultura 0 203 3,17%

Indústria 16 508 7,94%

Construção 21 751 11,73%

Comércio e Serviços 149 4939 77,16%

TOTAL 186 6401 100,00%


Quadro 83: Total dos Alunos a frequentar Cursos Profissionais e de Aprendizagem, por setor económico, Dez 2011 Fonte:
Levantamento informação junto das entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma
Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011

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Tâmega
Setores C. de C. de M. de P. de
Amarante Baião Cinfães Felgueiras Lousada Paredes Penafiel Resende e
económicos Paiva Basto Canaveses Ferreira
Sousa

Agricultura 5,20% 0,00% 0,00% 25,00% 9,17% 0,00% 0,00% 8,73% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 3,17%

Indústria 7,48% 8,60% 0,00% 8,02% 11,46% 16,10% 10,86% 0,00% 5,63% 7,98% 7,91% 7,79% 7,94%

Construção 13,31% 11,29% 5,83% 10,85% 20,92% 9,36% 6,26% 7,60% 3,75% 6,72% 24,46% 26,84% 11,73%

Comércio e
74,02% 80,11% 94,17% 56,13% 58,45% 74,55% 82,88% 83,67% 90,62% 85,29% 67,63% 65,37% 77,16%
Serviços

Quadro 84: Proporção dos alunos a frequentar Cursos Profissionais e de Aprendizagem, por setor económico, nos Concelhos Tâmega e Sousa - Dez
2011 Fonte: Levantamento informação junto das entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia
do Tâmega - Dez. 2011

Cursos de Educação e Formação Total de alunos (nível IV) Cursos Profissionais (%) Média alunos por turma
Cursos Profissionais
Unidades geográficas Cursos
Total % 1.º ano % 2.º ano C. Prof C. Aprend Total 1.º ano 2.º ano 3.º ano
1.º Ano 2.º Ano 3.º Ano Total Aprendizagem

Tâmega e Sousa 1398 32,12% 67,88% 6368 1542 7910 39,72% 33,70% 26,58% 24,9 18,8 16,1 19,9 16,7
Amarante 144 38,89% 61,11% 1470 88 1558 37,54% 31,31% 31,16% 25,3 17,6 17,5 20,1 12,6
Baião 48 0,00% 100,00% 141 21 162 34,04% 39,72% 26,24% 24,0 18,7 18,5 20,4 21,0
Castelo de Paiva 49 42,86% 57,14% 260 0 260 28,85% 43,46% 27,69% 18,8 22,6 14,4 18,6 ----
Celorico de Basto 31 0,00% 100,00% 273 0 273 35,16% 37,00% 27,84% 24,0 20,2 15,2 19,8 ----
Cinfães 74 59,46% 40,54% 271 105 376 34,32% 34,69% 31,00% 18,6 18,8 16,8 18,1 17,5
Felgueiras 139 33,81% 66,19% 869 59 928 37,05% 34,64% 28,31% 26,8 20,1 17,6 21,5 14,8
Lousada 182 56,59% 43,41% 457 32 489 47,05% 34,14% 18,82% 26,9 19,5 14,3 20,2 16,0
M. de Canaveses 124 25,81% 74,19% 738 195 933 41,46% 31,84% 26,69% 25,5 18,1 16,4 20,0 20,2
Paços de Ferreira 136 28,68% 71,32% 467 286 753 44,33% 32,98% 22,70% 23,0 17,1 15,1 18,4 14,5
Paredes 244 15,57% 84,43% 530 184 714 39,43% 32,08% 28,49% 29,9 17,0 15,1 20,7 16,7
Penafiel 164 42,07% 57,93% 743 494 1237 44,55% 32,30% 23,15% 27,6 20,0 17,2 21,6 17,7
Resende 15 0,00% 100,00% 149 78 227 38,93% 31,54% 29,53% 29,0 15,7 14,7 19,8 19,6
Quadro 85: Total dos Alunos a frequentar Cursos Profissionais e de Aprendizagem, por setor económico Fonte: Levantamento informação junto
das entidades qualificantes do Tâmega e Sousa, Grupo das Redes Sociais Plataforma Supraconcelhia do Tâmega - Dez. 2011; DGEstE

A acrescer a estas ações formativas e qualificantes, existiram entre 2010 e 2013 um conjunto de outras
iniciativas e medidas implementadas de forma articulada com as parcerias locais no domínio da família e
infância e juventude (NLI, CPCJ, IPSS’s e Autarquia) dirigidas a um público mais específico destinadas à
promoção das competências pessoais, sociais e parentais.
Por fim resta salientar que os benefícios que a formação profissional acarretou em Baião nestes últimos
anos não são apenas pessoais e microssistémicos, mas sim também macrossistémicos, ou seja, estamos
perante um Concelho com uma mão-de-obra mais qualificada e com residentes ativos mais competentes e
também, por esta via, mais capaz de atrair mais e melhor investimento, indutor de criação de emprego,
também mais qualificado.

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3.Quadro de Avaliação Estratégica

Em 2011-2012, 502 pessoas residentes no concelho foram integradas em Formação profissional, promovida por diferentes entidades
locais;
- C.M. Baião e Centros de Formação e CESAE (Cursos Modelares; - Cursos EFA (B1), (B2), (B2+B3) (EFA NS)
- Sta Casa da Misericórdia Baião/AEDL (Cursos Modelares)
- Cooperativa Agricola Baião/Marquifor (Cursos Modelares)
- Margem (Cursos de Aprendizagem; Cursos Modelares)
- Cursos RVCC – Profissional
- 47 alunos em CEF’S
- 165 alunos em cursos Profissionais
- 21 alunos em cursos de Apendizagem

Análise SWOT - Formação

Pontos Fracos Pontos Fortes

Rede viária deficitária reduz mobilidade inter e intra - Desenvolvimento da economia social
freguesias - Concelho estratégico para o desenvolvimento do setor
- Nível de escolaridade dos desempregados; primário;
- Competências pessoais e sociais dos desempregados; - Forte articulação entre as instituições e programas do
- Desadequação das ofertas formativas em relação ao concelhios (GIP’s, C.M.Baião, CLDS, IPSS’s, CPCJ,
mercado de emprego; Empresas de Formação, Conselho Municipal de
- Volume de trabalho não contratualizado como obtenção Educação, Agrupamentos Escolares, etc);
de rendimento familiar estruturado; - Forte sensibilidade de parceria para o
- Aposta ainda residual nas ofertas formativas associadas empreendedorismo e formação para a empregabilidade
ao setor primário; - Forte dinâmica na promoção do mercado formativo no
- Falta de concertação e adequação dos incentivos e concelho;
apoios aos territórios interiores - Apoios financeiros ao setor primário.
- Ação de planeamento e negociação da Comissão
Concelhia para a Qualificação profissional
- Dinâmica estratégica e concertada da Agenda Regional
para a Empregabilidade Tâmega e Sousa, no âmbito da
CIM- Tâmega e Sousa

Ameaças Oportunidades

- Efeitos negativos prolongados associados à - Estratégia” Europa 2020”


austeridade - Dinamismo e concertação estratégica da ação da
- Fraco dinamismo da economia local; Comunidade Inter-Municipal do Tâmega e Sousa
- A baixa repercussão da formação profissional no - Plano de Ação para a Promoção da Empregabilidade –
desenvolvimento das carreiras; PAPE
- A baixa repercussão da formação profissional e
qualificante na empregabilidade.

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VIII – Baião: Saúde

1. Principais Indicadores

Farmácias e Intervenções de Camas (lotação


Taxa de
Médicos postos grande e média praticada) por
Enfermeiros Internamentos Consultas ocupação de
por 1 000 farmacêuticos cirurgia por dia 1 000
por 1 000 por 1 000 por camas nos
habitantes móveis por 1 nos habitantes nos
habitantes ┴ habitantes habitante estabeleciment
┴ 000 habitantes estabeleciment estabeleciment
os de saúde
┴ os de saúde os de saúde

N.º %
2011 2010
Portugal 6,1 4,1 0,3 113,0 2 510,9 4,1 3,4 77,9
Continente 6,0 4,1 0,3 112,7 2 443,3 4,2 3,2 78,0
Norte 6,1 3,9 0,2 110,7 953,9 3,9 2,9 78,0
Tâmega 3,7 1,0 0,2 45,1 65,1 2,8 1,2 72,1
Baião 3,2 0,9 0,3 4,8 0,0 2,0 0,3 76,2
Q
Quadro 86 : Indicadores de saúde no município. Informação disponível até 30 de setembro de 2012 Fonte: INE, I.P., Estatísticas do
Pessoal de Saúde, Estatísticas das Farmácias, Estatísticas dos Estabelecimentos de Saúde.

Tax a quinquenal
Tax a quinquenal de Tax a de mortalidade Tax a de mortalidade
de mortalidade
mortalidade por doenças do por tumores
neonatal
infantil (2007/2011) aparelho circulatório ┴ malignos ┴
(2007/2011)
2011
Portugal 3,2 2,1 3,0 2,4
Continente 3,2 2,1 3,0 2,4
Norte 2,9 1,9 2,4 2,2
Tâmega 3,3 2,3 2,2 1,7
Amarante 1,6 1,2 2,0 2,1
Baião 4,8 1,2 3,0 2,4
Cabeceiras de Basto 2,7 2,7 4,1 2,2
Castelo de Paiv a 1,3 1,3 1,9 1,5
Celorico de Basto 2,4 2,4 3,5 2,4
Cinfães 4,9 3,7 4,9 2,3
Felgueiras 3,0 0,7 1,6 1,6
Lousada 4,0 3,2 1,9 1,4
Marco de Canav eses 3,6 2,5 2,4 1,4
Mondim de Basto 0,0 0,0 4,3 2,3
Paços de Ferreira 5,3 4,0 1,8 1,3
Paredes 3,5 3,1 1,6 1,5
Penafiel 1,9 1,1 1,6 1,6
Resende 4,1 2,1 4,6 2,4
Ribeira de Pena 8,2 0,0 3,2 3,1

Quadro 87: Indicadores de saúde por município, 2010 e 2011 (continuação) Fonte: INE, I.P., Óbitos por Causas de Morte, Casos
Notificados de Doenças de Declaração Obrigatória.

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Medicina Saúde do recém-


Medicina geral Outras
dentária / Ginecologia Oftalmo- Otorrinola- Planea-mento Pneumo- nascido, da Saúde
Total e familiar / especiali-
Estoma- / Obstetrícia logia ringologia familiar logia criança e do materna
Clínica geral dades
tologia adolescente

Baião 57 496 33 138 0 0 0 0 1 897 0 21 184 1 277 0

Quadro 88: Consultas médicas nos Centros de Saúde segundo a especialidade 2011 Fonte: INE – Anuário Estatístico Região Norte,
2012

2. Acesso aos Cuidados de Saúde – Serviços e Recursos

No âmbito da reforma dos Cuidados de Saúde Primários e com o Decreto-Lei no 28/2008 de 22 de


Fevereiro, foram criados os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), enquanto serviços públicos de
saúde com autonomia administrativa, constituídos por varias Unidades Funcionais, que agrupam um ou
mais Centros de Saúde e que tem por missão garantir a prestação de Cuidados de Saúde Primários à
população de determinada área geográfica.
O Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega I/ Baixo Tâmega (ACESBT) é um serviço público de saúde
com autonomia administrativa, constituído por várias unidades funcionais, que integra os Centros de
Saúde de Amarante, Baião, Celorico de Basto, Cinfães, Marco de Canaveses e Resende.
O ACESBT é um serviço desconcentrado da ARSN, I.P., estando sujeito ao seu poder de direção.
O ACESBT tem como área geográfica de influência as Freguesias do concelho de: Amarante (301,4 km²;
2 2 2
Baião (175,71 km ); Celorico de Basto (181,1 km ); Cinfães (241,5 km ); Marco de Canaveses (201,89
2
km2) e Resende (123,4 km ).
Entre 1999 e 2012, assistiu-se no País, na região e também em Baião a um acréscimo no número de
consultas médicas por habitante em Centro de Saúde, sendo em Baião, esse indicador bem mais
significativo, encontrando-se mesmo em valores superiores aos verificados no País e no Tâmega.

Unidade Utentes Inscritos Utentes com Utentes Sem


Médico de Médico de
Família Família
USF Baião 8755 8755 0
Extensão Eiriz 3500 1750 1750
Extensão Sta Cruz Douro 224 0 224
UCSP Sta Marinha Zêzere 4878 3125 1753
Extensão Frende 805 0 805
Extensão de Gestaçô 1060 855 205
Extensão Teixeira 1150 1148 2
TOTAL 20372 15633 4739
Quadro 89: Distribuição do número de utentes inscritos e com ou sem médico de família por unidade funcional do Centro de Saúde
de Baião - 2013 Fonte: Centro de Saúde de Baião, UCC

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2.1. Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC)

A UCC Baião, aprovada em 6 de Janeiro de 2012 e homologada pelo Conselho Diretivo da ARS Norte em
2 de fevereiro de 2012, está integrada no Agrupamento de Centros de Saúde Tâmega I/ Baixo Tâmega e
tem por missão contribuir para a promoção e melhoria do estado de saúde da população da sua área
geográfica de intervenção, através de uma abordagem multiprofissional e de uma carteira de Programas e
projetos de intervenção comunitária em várias dimensões: Saúde Escolar, Preparação para o Parto e
Parentalidade, Unidade Móvel de Saúde, Programas de Intervenção Comunitária a grupos vulneráveis –
Mais Mulher, e a Equipa de Cuidados Integrados (ECCI).

Programas Principais Resultados


Equipa de Cuidados Continuados Integrados (ECCI), Em 2013, admitiu 53 utentes, 32 do género feminino (60%) e 21
do género masculino (40%) com idades compreendidas entre os
16 e os 92 anos.
Programa Regional de Educação Sexual em Saúde Escolar Programa iniciado no ano letivo 2008/2009 e em funcionamento
(PRESSE) no Agrupamento de Escolas Vale de Ovil (1º Ciclo, 2º Ciclo,
3º Ciclo e Secundário) e no Agrupamento Vertical de Escolas
do Sudeste do Concelho de Baião (2º Ciclo e 3º Ciclo). O
Agrupamento de Escolas de Eiriz /Ancede ainda não integra
este programa. Do total de alunos integrados nos agrupamentos
(2547), 1415 integram o PRESSE, sendo 226 no 1º Ciclo, 316
no 2º Ciclo, 472 no 3º Ciclo e 401 no Secundário.
Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral (PNPSO) – Foram atribuídos um total de 588 cheques-dentista, sendo 182 a
“Oficina do sorriso” crianças com 7 anos de idade, 196 a crianças com 10 anos de
idade e 210 a crianças com 13 anos de idade.
Projeto Mais Mulher (2010-2013) – Promoção de competências 5 edições (Campelo, Sta Marinha do Zêzere, Frende, Gestaçô e
ao nível da promoção da saúde, prevenção da doença, Ancede) abrangendo um total de 63 mulheres.
organização familiar e cidadania
Quadro 90: Indicação dos principais programas e resultados alcançados pela UCC - Baião Fonte: Centro de Saúde de aião, UCC

2.2. Unidade Móvel de Saúde de Baião (UMS)

A Unidade Móvel de Saúde (UMS) entrou em funcionamento em 1 de Junho de 2006 fruto de um protocolo
de cooperação celebrado entre a Câmara Municipal de Baião e o Centro de Saúde de Baião, através da
ARS Norte. Este recurso tem por objetivo a melhoria da acessibilidade aos cuidados de saúde de
comunidades vulneráveis, promovendo a garantia de uma melhor qualidade na prestação de cuidados de
saúde e minorar as desigualdades sociais no acesso a estes cuidados.

I – Caraterização dos Atendimentos

Ano Nº de Atendimentos
2007 5753
2008 5832

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2009 4969
2010 5514
2011 6372
2012 5859
2013 5769
Quadro 91: Distribuição do número de atendimentos efetuados na UMS entre 2007 e 2013 Fonte: CMB, UCC

Entre 2007 e 2013, verifica-se uma variação positiva na ordem dos 6% no número de atendimentos
efetuados pela Unidade Móvel de Saúde, o que traduz a consolidação junto da população deste recurso
de proximidade em matéria de prestação de cuidados primários de saúde. Porém, de salientar que a
redução no número de atendimentos entre 2011 e 2013 se deve, em grande maioria, ao facto de, em
2012, ter sido iniciada a cobrança de taxas moderadoras nos atos clínicos praticados na Unidade Móvel de
Saúde, facto este que determinou o abandono de alguns utentes.

II – Caraterização dos Utentes

Faixa etária dos utentes da Unidade Móvel de Saúde


(11-20 (21-35 (36-49 (50-65 (>65
Ano (0-10 ANOS) ANOS) ANOS) ANOS) ANOS) ANOS)
2007 3 50 295 604 1214 2237
2008 0 30 326 679 1592 3126
2009 0 44 263 614 1496 2965
2010 4 73 214 603 1510 3110
2011 7 67 279 669 1665 3685
2012 3 38 210 570 1629 3403
2013 0 28 175 506 1726 3464
Quadro 92: Distribuição, por ano e por idade do número de atendimentos efetuados na UMS entre 2007 e 2013 Fonte: CMB, UCC

Entre 2007 e 2013, verificou-se uma clara redução no número de atendimentos na faixa etária entre os 0 e
os 20 anos e uma redução menos acentuada no número de atendimentos na faixa etária dos 21 aos 49
anos. Por outro lado, constatou-se um aumento de 5,7% no número de atendimentos na faixa etária dos
50 aos 65 anos e de 7,6% no número de atendimentos à população com 65 ou mais anos de idade.
Estas constatações apontam para o seguinte:
1º - Os utentes com mais de 50 anos, quer por se encontrarem mais confinados aos seus espaços
domésticos e familiares, quer por estarem numa fase do seu ciclo vital que os impele a uma maior atenção
à sua saúde, bem como, são também aqueles que sentem mais dificuldades na mobilidade, quer pela
idade, quer pela saúde, quer ainda por serem escassos os transportes no concelho e, por tal, recorrem
mais reiteradamente à Unidade Móvel de Saúde;
2º - Os utentes na faixa etária entre os 21 e os 49 anos, quer se encontrem empregados ou não, são
aqueles que se encontram numa fase do seu ciclo vital que os impele a uma maior atenção para a procura
e a prática de atividade. Desta forma, facilmente constroem crenças em relação ao seu estado de saúde e
tendem a desvalorizar a visita aos serviços e recursos de saúde, onde se insere a Unidade Móvel de

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Saúde, bem como, a prioridade ao trabalho e à família podem deixar pouco tempo para a atenção do
indivíduo a si próprio.
3º - As crianças e os jovens, pela forma como está estruturada a Unidade Móvel de Saúde no território,
não têm sido objeto de intervenção específica em matéria de prevenção em saúde.

Ano Masculino Feminino


2007 1633 4120
2008 1753 4079
2009 1436 3533
2010 1590 3924
2011 1874 4498
2012 1670 4189
2013 1638 4134
Quadro 93: Distribuição, por género e ano, do número de atendimentos efetuados na UMS entre 2007 e 2013 Fonte: CMB, UCC

Entre 2007 e 2013, constata-se um aumento de 5,1% no número de atendimentos do sexo masculino e de
6,2% no número de atendimentos do sexo feminino.

Número de utentes
Ano que recorreram pela primeira vez à UMS
2007 253
2008 312
2009 241
2010 285
2011 199
2012 118
2013 130
Quadro 94: Distribuição, por ano, do número de utentes que recorreram pela primeira vez à UMS, entre 2007 e 2013 Fonte: CMB,
UCC

No mesmo período, o sucesso e a aceitação desta iniciativa de boas práticas atraiu gradualmente novos
utentes num total de 1538 munícipes.

Utentes a frequenter
Utentes inscritos 2010 2011 2012 2013
Ancede 452 91 120 104 78
Campelo 245 69 84 53 55
Covelas 163 39 38 30 25
Frende 178 25 33 22 23
Gestaçô 212 42 39 36 40
Gôve 306 54 63 52 45

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Grilo 186 33 38 36 31
Loivos Monte 152 34 38 38 49
Loivos Ribeira 161 14 16 16 16
Mesquinhata 95 23 28 24 18
Ovil 268 111 109 97 86
Ribadouro 158 21 22 22 22
Santa Cruz Douro 326 90 93 92 81
Santa Leocádia 191 27 31 34 35
Sta Marinha Zêzere 235 31 30 28 29
Teixeira 211 51 50 54 53
Teixeiró 107 13 12 7 7
Tresouras 137 11 14 9 9
Valadares 256 36 44 40 48

Viariz 157 23 21 19 21

TOTAL 4196 838 923 813 771


Quadro 95: Distribuição, por freguesia e ano, do número de utentes inscritos e a frequentar a UMS entre 2010 e 2013 Fonte: CMB,
UCC

Da análise do quadro anterior verifica-se que, entre 2010 e 2013, existe uma variação média negativa, na
ordem dos 3%, nos utentes que frequentam ou recorrem sistematicamente à Unidade Móvel de Saúde.
Identifica-se porém, que existem freguesias a registar uma variação positiva no número desses utentes
que frequentam ou recorrem sistematicamente à Unidade Móvel de Saúde. São elas Loivos do Monte,
Valadares, UF Santa Leocádia e Mesquinhata e UF Loivos da Ribeira e Tresouras.
Por outro lado, as freguesias que registam uma maior variação negativa no número de utentes que
frequentam ou recorrem sistematicamente á Unidade Móvel de Saúde, são da UF Santa Cruz e Covelas,
UF Teixeira e Teixeiró, UF Campelo e Ovil e do Gôve.

III - Cobertura Territorial

Ano Lugares Percorridos Cobertura Territorial (%)


2007 105 18,7
2008 103 18,3
2009 98 17,5
2010 95 17
2011 96 17,1
2012 99 17,7
2013 106 18,9
Quadro 96: Apresentação por ano, do número de lugares percorridos pela UMS e respetiva cobertura territorial, entre 2007 e 2013
Fonte: CMB, UCC

Considerando que o Concelho de Baião é composto por 560 lugares, em termos de cobertura territorial o
quadro anterior pretende ilustrar que se verificou um aumento na ordem dos 17,8%, atingindo-se, em

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2013, os 106 lugares percorridos pela Unidade Móvel de Saúde, num total de 227 saídas e 10035
quilómetros percorridos.

2.3. – Problemas Ligados ao Álcool (PLA)

Através do Centro de Respostas Integradas (CRI) do Porto Central, organismo pertencente à


Administração Regional de Saúde do Norte, I.P., podemos constatar que em termos de referenciação, os
utentes do Concelho de Baião que possuem problemas ligados ao álcool são encaminhados para o CRI
Porto Central – Equipa de Tratamento de Cedofeita (Porto) ou para a Unidade de Alcoologia Dr. José
Barrias (Matosinhos). Quanto aos utentes com problemas de consumo de Substâncias Psicoativas ilícitas,
o serviço público para referenciação é o CRI Porto Central – Equipa de Tratamento de Cedofeita.
Em 2013, dos 16 utentes em acompanhamento, 14 indivíduos foram sinalizados e acompanhados na
Unidade de Alcoologia Norte, 1 no CRI em Vila Real e 1 no CRI Porto Oriental. Destes 16 indivíduos, 12
eram do sexo masculino e 4 eram do sexo feminino.
Relativamente às idades tratam-se de indivíduos maioritariamente com idades iguais ou superiores a 45
anos. São indivíduos maioritariamente com baixas qualificações escolares (10 possuíam o 1º ciclo do
ensino básico, 2 não detinham qualquer nível de escolaridade e os restantes níveis iguais ou superiores
ao 2º ciclo do ensino básico). Destes 16 indivíduos, apenas 2 possuíam atividade profissional,
encontrando-se os restantes não ocupados.
Relativamente aos problemas ligados ao álcool, as entidades parceiras de intervenção social local
continuam a percecionar esta problemática como um dos maiores constrangimentos à eficaz intervenção
familiar e individual, por falta de respostas adequadas de maior proximidade.

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3. Quadro de Avaliação Estratégica

Potencialidades Constrangimentos

- Consolidação da UMS como recurso de proximidade, - Défice de competências pessoais e familiares


fruto da experiência acumulada e através do alargamento associados à promoção da saúde e prevenção da
de valências, tais como a Psicologia, o Serviço Social ou doença;
ainda a Medicina Dentária; - Rede viária deficitária reduz frequência e adesão a
- Consolidação das medidas de apoio à atração e fixação programas específicos em matéria de saúde;
de médicos de família; - Efeitos negativos prolongados associados à
- Instalações recentes, modernas e ainda subocupadas austeridade traduzidos em três níveis:
do Centro de Saúde de Baião; 1. Aumento das taxas moderadoras;
- Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) como 2. Dificuldades económicas para cumprir
recurso organizado, consolidado e estratégico, porque adesão a planos de medicação continuada ou crónica;
operacional, em matéria de promoção da saúde e 3. Dificuldades económicas para assegurar
prevenção da doença; o pagamento das despesas de transportes de doentes a
- Existência do Programa Alimentação Saudável em consultas e tratamentos fora de Baião;
Saúde Escolar (PASSE) - Ausência de um recurso local de atendimento,
- Existência do Programa Nacional de Saúde Escolar acompanhamento e reabilitação de doentes alcoólicos
- Existência de um Programa para preparação para o
Parto e para a Parentalidade
- Existência de SAP

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IX – Baião: Incapacidades e Dificuldades na Autonomia e Mobilidade

1-Principais Indicadores

No que respeita a população portadora de deficiências, os dados disponíveis dos Censos de 2001 e de
2011, não são passiveis de análises comparativas. Os Censos de 2011 introduziram alterações na
metodologia e na classificação deste grupo populacional específico, deixando de utilizar o conceito e as
dimensões específicos da “Deficiência”, plasmado nos Censos de 2011. Surge, assim, o conceito de
população residente com dificuldades alargando o seu âmbito de análise, introduzindo novas dimensões e
novos compósitos nos indicadores.
Neste contexto, iremos cingir-nos aos dados resultantes da operação censitária de 2011.
Porém, recorda-se que segundo os Censos 2001 existiam no concelho 1.417 indivíduos com deficiência.
Destes, 778 foram considerados como não tendo grau de incapacidade,104 tinha-lhes sido atribuído um
grau de incapacidade inferior a 30%, a 200 um grau de incapacidade entre 30% e 59%, a 179 um grau de
incapacidade entre 60% e 80%, e, finalmente a 156 indivíduos um grau de incapacidade superior a 80%.
Estes últimos seriam considerados os indivíduos severamente comprometidos na sua autonomia e
mobilidade.
Relativamente à população residente com dificuldades em 2011, os indivíduos com mais de 5 anos que
“não conseguem efetuar a ação” de “Ver”, Ouvir”, “Andar ou Subir degraus”, “Memória e Concentração”,
“Tomar Banho e Vestir-se Sozinho” e “Compreender os outros ou Fazer-se Compreender”, totalizavam
1.046 indivíduos.
Sabemos que o fenómeno da Pobreza e Exclusão Social atinge com mais frequência as pessoas com
deficiência, mas o que determina o efeito de uma deficiência sobre a capacidade de se poder ter uma vida
gratificante e plena de bem-estar, é, segundo a OMS, o ambiente físico e social envolvente.
A problemática desta matéria em Baião assume contornos complexos e multidimensionais que constituem
um desafio ao trabalho participado e concertado entre as entidades locais.
Salienta-se aqui que não está em causa apenas a dimensão ou a proporção da realidade da deficiência no
Concelho, mas sim o não esquecer que a mesma, sobretudo quando atinge famílias vulneráveis, agravam
a situação de carência e exclusão. Pelo facto destas famílias não deterem competências específicas
suficientes que permitam atender da forma mais adequada aos seus familiares deficientes, quer dada a
parca existência no concelho de equipamentos sociais de apoio promotores da integração social e
profissional dos deficientes em idades ativas, quer dada a fraca existência de outras respostas sociais
inclusivas que promovam e enraízem práticas de socialização, quer ainda dado o custo elevado que a
procura desse apoio fora do concelho representa para estas famílias.

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Lo cal de D ificuldades (N .º) da po pulação residente co m dificuldades po r Lo cal de residência (à data do s C enso s 2011), T ipo de dificuldade e Grau de dificuldade;
residência (à T o tal
data do s
T ipo de dificuldade
C enso s 2011)
V er Ouvir A nd ar o u sub ir d eg raus M emó ria o u co ncent ração T omar b anho o u vest ir- se C o mp reend er o s o ut ros o u
so z inho f az er- se co mp reend er
Grau de d if iculd ade

Te m mui t a Nã o c onse gue Te m mui t a N ã o c onse gue Te m mui t a N ã o c onse gue Te m mui t a N ã o c onse gue Te m mui t a N ã o c onse gue Te m mui t a N ã o c onse gue
di f i c ul da de e f e t ua r a di f i c ul da de e f e t ua r a di f i c ul da de e f e t ua r a di f i c ul da de e f e t ua r a di f i c ul da de e f e t ua r a di f i c ul da de e f e t ua r a
e m e f e t ua r a ação e m e f e t ua r a ação e m e f e t ua r a ação e m e f e t ua r a ação e m e f e t ua r a ação e m e f e t ua r a ação
ação ação ação ação ação ação

N .º N .º N .º N .º N .º N .º N .º N .º N .º N .º N .º N .º

P o rtugal 892860 27659 506342 26860 875129 104871 552937 102440 323451 148106 331860 68029

C o ntinente 854100 26505 485944 25634 838550 99402 530633 97803 310609 141470 317891 64554

N o rte 298273 8642 169197 8409 300836 34554 189270 33496 110465 51457 115724 23399

T âm ega 45653 982 24398 1036 44649 4814 27381 4344 16050 7596 17223 3259

B aião 2081 51 1185 46 2371 236 1256 171 793 399 793 143

A ncede 206 6 108 3 228 23 111 25 89 38 77 23

C ampelo 271 9 152 6 276 36 174 20 100 58 105 16

S ão T o mé de 79 0 27 1 91 7 54 5 26 10 27 3
C o velas

F rende 51 1 38 0 67 4 43 1 36 7 25 2

G estaçô 151 5 76 5 171 20 71 9 56 21 38 9

G o ve 148 2 100 1 168 15 78 8 58 22 57 5

G rilo 70 0 28 3 63 4 31 12 22 10 16 7

Lo ivo s do 27 1 27 1 42 4 24 3 13 8 13 1
M o nte
Lo ivo s da 62 0 24 0 64 3 24 5 22 13 18 3
R ibeira
M esquinhata 31 0 20 0 37 4 13 4 12 10 17 2

O vil 91 3 63 2 127 7 55 13 22 15 23 7

R ibado uro 52 0 34 1 70 4 36 3 23 7 28 5

S anta C ruz do 189 5 123 2 202 40 134 11 80 66 95 16


D o uro
B aião (Santa 114 0 55 2 76 4 50 10 23 10 33 7
Leo cádia)

S anta M arinha 225 8 126 9 253 30 138 20 88 44 97 15


do Z êzere

T eixeira 100 2 52 5 133 5 68 8 34 11 42 8

T eixeiró 65 4 30 0 71 5 33 2 25 8 23 1

T reso uras 43 1 25 0 77 6 31 2 25 10 10 2

V aladares 26 3 36 3 63 8 45 5 14 21 25 7

V iariz 80 1 41 2 92 7 43 5 25 10 24 4

Quadro 97: Dificuldades (N.º) da população residente com dificuldades por freguesia (à data dos Censos 2011), por Tipo de
dificuldade e Grau de dificuldade Fonte: Censos 2011

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2-Equipamentos e recursos de apoio

34
I - Centros de Atividades Ocupacionais
No Concelho de Baião, a Santa Casa da Misericórdia é a única Instituição local com valências destinadas
à população deficiente, dispondo de dois Centros de Atividades Ocupacionais, com uma capacidade total
para 60 utentes.

Pessoas Com Deficiencia


Acordo de Nº de utentes em lista de
Valências Nome da Área geográfica cooperação Nº de espera
Localização Capacidade
Instituição/IPSS de abrangência Utentes* Fora do
Nº de Utentes do concelho
concelho
Santa Casa da
Misercórdia de
Baião - CAO
Chavães Ovil Campelo;Gestaçô; Santa30Marinha do 30
Zêzere; Teixeira;
30 Teixeiró;
6 Valadares
0
CAO
Santa Casa da
Misericórdia de
Baião - CAO
Mesquinhata Mesquinhata
Ribadouro; Ancede;Gôve;Grilo;Mesquinhata;
30 25 Santa
25 Leocádia;
10Santa Cruz0 do Douro
Quadro 98: Equipamentos de apoio à população com deficiência Fonte: Santa Casa da Misericórdia de Baião, 2013

Tendo em conta o panorama da deficiência no concelho e, em particular, os indivíduos que frequentam os


CAO’s, desde a sua implementação, parece ser uma inquietação o futuro familiar desses jovens e jovens
adultos, tendo em conta a idade dos seus familiares diretos e as próprias estruturas de retaguarda familiar
a que pertencem.
A integração sócio – ocupacional e mesmo profissional do deficiente na comunidade local ainda é uma
parca realidade. Para se proceder à elaboração de um programa de intervenção nesta área é necessário
um conhecimento mais aprofundado acerca da mesma, assim como a atenuação dos preconceitos e das
representações associadas à deficiência.

35
II - Acolhimento Familiar para Pessoas Adultas com Deficiência

Esta resposta social é enquadrada técnica e financeiramente pelo ISS, IP – Centro Distrital do Porto.

34
Resposta Social, desenvolvida em equipamento destinado a desenvolver actividades para jovens e adultos com deficiência grave.
Destina-se a pessoas de idade igual ou superior a 16 anos, cujas capacidades não permitem temporária ou permanentemente o
exercício de uma actividade profissional. Destina-se ainda a pessoas com deficiência cuja situação nãos se enquadra no âmbito do
regime de emprego protegido nos termos da legislação respectiva e careçam de apoios específicos.

35
Resposta Social que consiste em integrar temporária ou permanentemente em famílias consideradas idóneas, pessoas com
deficiência a partir da idade adulta.

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PESSOAS EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA


Acordo de Nº de utentes em
Valências Área
Nome da cooperação Nº de lista de espera
Localização geográfica de Capacidade
Instituição/IPSS Utentes* do Fora do
abrangência Nº de Utentes
concelho concelho
Campelo,
Acolhimento familiar Loivos
para Adultos Monte e
Dependentes Loivos
ISS, IP - CD Porto Ribeira Concelho 4 Não 4 0 0
Quadro 99: Acolhimento Familiar para Adultos Dependentes Fonte: ISS, IP – CD Porto

III – Câmara Municipal de Baião – Pelouro dos Assuntos Sociais (Gabinete de Apoio à Família)

Acordo de
Valências Área cooperação
Nome da
Localização geográfica de Capacidade
Instituição/IPSS
abrangência Nº de Utentes

Medidas/Programas
PESSOAS IDOSAS OU ADULTAS COM DEFICIÊNCIA OU DEPENDÊNCIA
Municipais
Linha Amiga C.M.Baião Campelo Concelho Ilimitada Não
Dependente dos
recursos existentes
e da mobilidade
Centro de Recursos e das necessidades
Produtos de Apoio C.M.Baião Campelo Concelho sinalizadas Não
Isenção mensalidades
equipamentos
desportivos - Idosos
/Adultos com carência Depende das
económica (Piscina turmas
Cobertas- constituídas e dos
hidroginastica) C.M.Baião Campelo Concelho pedidos existentes Não

C.M.Baião e
ACES Tâmega I
Unidade Móvel de - Centro Saude Sim- Min.
Saude baião Campelo Concelho Ilimitada Saude
F.S.S ( Apoio à
eliminação de
barreiras
arquitetónicas + apoio
à medicação + apoio
em despesas de
deslocação a Dependente do
consultas e eventos orçamento
destinados à disponível
deficiência) C.M Baião Campelo Concelho anualmente Não
Quadro 100: Medidas e programas de apoio à população portadora de incapacidade Fonte: CMB - GAF

IV – Câmara Municipal de Baião: Centro Hípico de Baião

No Centro Hípico de Baião, a autarquia integrou a modalidade de hipoterapia, onde crianças e jovens
portadores de dificuldades, nomeadamente ao nível da autonomia e mobilidade, podem usufruir dos
benefícios desta prática.

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Esta valência tem integrado principalmente os utentes dos CAO’s e a população-alvo das respostas
educativas do Agrupamento de Escolas de Vale de Ovil.
V - Respostas Educativas

CRIANÇAS E JOVENS
Acordo de
Valências Nome da Área geográfica cooperação Nº de
Localização Capacidade
Instituição/IPSS de abrangência Nº de Utentes*
utentes
Loivos Ribeira,
Unidade Apoio ao Tresouras,
Ensino e Agrupamento Frende, Santa
Multideficiência Escolas do Santa Marinha Zêzere,
Sudeste do Marinha Gestaçô, Viariz,
Concelho Zêzere Valadares 7 Min. Edu. 7 5
Sala 1 ( 1º
Unidade de Apoio CEB): 7
Min. Educ. : 7 6
Autismo Agrupamento
Escolas de Vale Sala 2 (2º e
de Ovil Campelo Supra Municipal 3º ciclo) Min. Educ. : 7 2
Quadro 101: Respostas educativas integradas destinadas à deficiência, nos Agrupamentos Escolares
Fonte: Agrupamentos Escolares

VI- Produtos de Apoio – Banco de Ajudas Técnicas

Apesar de não estar formalmente constituído, existe um “Banco de Ajudas Técnicas”, fruto da articulação
entre as entidades locais de primeira linha (Câmara Municipal de Baião, Instituto da Segurança Social,
Centro de Saúde de Baião, IPSS’s) em matéria de produtos de apoio às famílias mais vulneráveis. Esta
articulação tem permitido responder eficientemente às situações mais prementes.
Instituição Câmara OBER C. Saúde Baião CECAJUVI Total
Municipal Total
Tipo produto Oc. Disp. Oc. Disp. Oc. Disp. Oc. Disp. Oc. Disp.

Cadeira rodas normal 4 11 1 15 1 16


Cama articulada S/ grades 5 18 4 23 4 27
Cama articulada C/ Grades 1 10 2 1 14 14
Colchão tripartido 1 9 10 10
Colchão anti-escaras 8 6 3 14 3 17
Colchão elétrico anti-escaras 3 3 3
Lava cabeça insuflável 1 1 1
Cadeirão relax 1 3 4 4
Pendural 1 1 1
Almofada anti escaras 2 2 2
Cadeira de banho 1 1 2 2
Elevador escadas interiores 1 1 1
com cadeira integrada
Grades individuais de cama 7 7 7
articulada
Mesa de alimentação 1 9 1 9 10

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Cadeira rodas elétrica 1 1 1
(Criança)
Quadro 102: “Banco de Ajudas Técnicas”, Dez. 2012 Fonte: ISS, IP e Relatório Núcleo Executivo 2012

O pedido mais comum junto destas entidades de apoio social tem-se relacionado com a aquisição de
camas articuladas, com grades, pendular e colchão tripartido.
Sente-se a necessidade e a importância de um estudo mais aprofundado sobre a problemática da
deficiência no concelho, com a inclusão de outras variáveis de análise de forma a delinear intervenções
mais concertadas e eficazes.

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3-Quadro de Avaliação Estratégica

- 1.046 Indivíduos completamente dependentes na sua autonomia e mobilidade, não conseguem efetuar a ação” de “Ver”, Ouvir”,
“Andar ou Subir degraus”, “Memória e Concentração”, “Tomar Banho e Vestir-se Sozinho” e “Compreender os outros ou Fazer-se
Compreender”;
- Não consegue ver (Invisual): 51
- Não consegue ouvir (surdo): 46
- Não consegue andar ou subir degraus:236
- Não possui Memória ou faculdade de concentração: 171
- Não consegue tomar banho ou vestir-se sozinho:399
- Não consegue compreender os outros ou fazer-se compreender: 143
- 60 Jovens, com idade igual ou superior a 16 anos, integrados em CAO;
- 5 Crianças em idade escolar, 1º e 2º ciclo, integradas em Unidade Apoio ao Ensino e Multideficiência;
- 8 Crianças em idade escolar, 1º, 2º e 3º ciclo, integradas em Unidade Apoio ao Autismo;
- 73 Crianças e jovens frequentadoras do Centro Hípico (Hipoterapia) de Baião;
- Banco de Produtos de Apoio: 16 produtos de apoio disponíveis param grandes dependentes

Potencialidades Constrangimentos

- Dinâmica das Parcerias Locais; - Escassos apoios em programas, projetos e medidas)


- Dois Centros de Atividade Ocupacionais; governamentais para a deficiência;
- Centro Hípico com a valência de hipoterapia; - Suspensão do Programa SOLARH destinado
- CLDS+ 3is e o Estudo sobre a Deficiência, plasmado à reabilitação e adaptação habitacional;
em Plano de Ação; - A integração sócio – ocupacional e profissional do
- Área estratégica de desenvolvimento da economia cidadão deficiente na comunidade local ainda é uma
Social; parca realidade;
- Inserção da temática da deficiência nas escolas; - Inexistente oferta formativa especifica;
- Unidade Apoio ao Autismo; - Conhecimento pouco aprofundado da realidade da
- Unidade de Apoio ao Ensino e Multideficiência; Deficiência no Concelho;
- Banco de Produtos de Apoio; - Défice de competências familiares enquanto cuidadores
- Atividades Socialmente Uteis (ASU), enquadráveis nos e qualidade das representações associadas à deficiência;
beneficiários de RSI com dificuldades de autonomia e - Parque habitacional degradado, envelhecido e não
mobilidade, como promoção da sua autonomia, adaptado às caraterísticas desta população.
qualidade de vida e valorização pessoal;
- Núcleo de Desporto Adaptado.

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X – Baião: Habitação

1. Indicadores Estatísticos Gerais

NUTS e Concelhos Crescimento


2006 2007 2008 2009 2010 2011
2006 - 2011
N.º N.º N.º N.º N.º N.º %
Portugal 5 539 684 5 604 014 5 660 680 5 705 382 5 742 504 5 773 065 4,2
Região Norte 1 797 864 1 817 632 1 835 172 1 849 574 1 861 952 1 872 753 4,2
Tâmega 242 997 245 503 248 110 250 387 252 439 254 297 4,7
Baião 11 745 11 802 11 903 11 988 12 049 12 126 3,2
Quadro 103: Alojamentos familiares clássicos NUTS e Municípios do Tâmega Fonte: INE (Anuários Estatístico da Região Norte e
Censos)

De acordo com os resultados dos Censos 2011, o Parque Habitacional quer no País, quer na região
continuou a crescer na última década e Baião acompanhou também esta tendência de crescimento.

NUTS e Crescimento
Concelhos 2006 2007 2008 2009 2010 2011
2006 - 2011
N.º N.º N.º N.º N.º N.º %
Portugal 3 372 094 3 399 972 3 425 351 3 445 371 3 462 683 3 479 014 3,2
Região Norte 1 178 241 1 187 782 1 196 776 1 204 140 1 210 740 1 217 199 3,3
Tâmega 189 513 191 230 192 990 194 547 195 967 197 401 4,2
Baião 10 781 10 833 10 905 10 972 11 023 11 092 2,9
Quadro 104: Evolução dos Edifícios de habitação familiar clássica, NUTS e Municípios do Tâmega Fonte: Censos

De acordo com os resultados dos Censos 2011, o número de edifícios destinados à habitação familiar
clássica em Baião é de 11.092, registando um crescimento na ordem dos 2,9%, em linha com o verificado
no Tâmega e em Portugal.

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Porém, em termos de diferenciação geográfica, o concelho de Castelo de Paiva registou o maior
crescimento de edifícios, seguido do concelho de Lousada e do concelho de Marco de Canaveses, por
oposição aos concelhos de Baião, Celorico de Basto e de Resende, que observaram os menores
acréscimos.

Alojamentos familiares Edifícios


Não clássicos
Alojamentos
Zona Geográfica Total Clássicos Clássicos coletivos
Norte 1847784 1846589 1195 3106 1209911

Tâmega 248228 248133 95 276 197914

Baião 11595 11595 0 20 10548

Ancede 1280 1280 0 2 1134

Campelo 1594 1594 0 4 1205

São Tomé de Covelas 377 377 0 1 373

Frende 399 399 0 0 358

Gestaçô 788 788 0 3 768

Gove 1027 1027 0 0 921

Grilo 247 247 0 0 226


Loivos do Monte 212 212 0 0 209

Loivos da Ribeira 231 231 0 0 204

Mesquinhata 194 194 0 1 192

Ovil 637 637 0 0 633

Ribadouro 243 243 0 1 239

Santa Cruz do Douro 865 865 0 4 841

Baião (Santa Leocádia) 347 347 0 0 334

Santa Marinha do Zêzere 1433 1433 0 4 1232

Teixeira 515 515 0 0 511

Teixeiró 188 188 0 0 188

Tresouras 218 218 0 0 213

Valadares 491 491 0 0 465

Viariz 309 309 0 0 302


Quadro 105: Alojamentos e Edifícios, Norte, Tâmega, Município e freguesias, 2011 Fonte: INE

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O parque habitacional no concelho é envelhecido, necessitando de obras de reabilitação.


A experiência de trabalho das parcerias revela que esta é uma área deficitária no concelho, e os apoios
para obras de reabilitação é francamente parco, visto a autarquia ser a única entidade local que possui um
programa de apoio regulado para esse apoio junto dos estratos mais desfavorecidos.

Localização geográfica Edifícios (N.º) por Localização geográfica (à data dos Censos 2011), Dimensão de pisos e Época de construção; Decenal
(à data dos Censos
Dimensão de pisos
2011)
Total

Época de construção

Total Até 1919 1919 - 1946 - 1961 - 1971 - 1980 1981 - 1990 1991 - 1996 - 2001 - 2006 -
1945 1960 1970 1995 2000 2005 2011
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Portugal 3544389 206343 305696 387340 408831 588858 578845 268179 290292 300635 209370
Continente 3353610 195169 288132 365612 390633 565368 546632 253730 272578 280855 194901
Norte 1209911 71817 87996 112397 133424 206637 216376 100530 104083 103963 72688
Tâmega 197914 11757 12867 15780 19216 30234 35172 17952 20308 20302 14326
Baião 10548 589 801 1069 1238 1723 1738 896 895 931 668
Ancede 1134 71 119 195 118 174 169 64 78 99 47
Campelo 1205 45 104 111 109 166 286 94 93 127 70
São Tomé de Covelas 373 7 71 89 78 42 17 16 15 21 17
Frende 358 12 44 25 23 40 63 37 33 47 34
Gestaçô 768 42 48 86 95 140 147 56 60 50 44
Gove 921 41 73 82 95 144 153 71 83 84 95
Grilo 226 6 13 17 14 33 40 20 33 26 24
Loivos do Monte 209 37 21 13 23 31 36 14 9 15 10
Loivos da Ribeira 204 1 7 14 24 50 57 18 16 5 12
Mesquinhata 192 0 6 19 22 22 28 14 24 38 19
Ovil 633 87 35 75 114 124 74 34 37 34 19
Ribadouro 239 18 22 27 26 70 24 8 14 15 15
Santa Cruz do Douro 841 12 46 58 94 177 148 71 87 79 69
Baião (Santa Leocádia) 334 54 32 31 16 30 39 32 23 35 42
Santa Marinha do Zêzere 1232 37 59 92 160 216 236 124 99 135 74
Teixeira 511 51 7 18 52 88 79 81 56 46 33
Teixeiró 188 0 0 0 4 8 33 72 56 7 8
Tresouras 213 42 24 25 44 51 13 8 1 0 5
Valadares 465 10 23 46 82 76 51 42 60 54 21
Viariz 302 16 47 46 45 41 45 20 18 14 10

Quadro 106: Edifícios por época de construção Fonte INE – Censos 2011

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Localização geográfica (à Edifícios (N.º) por Localização geográfica (à data dos Censos 2011), Estado de conservação;
data dos Censos 2011)
Época de construção

Total

Estado de conservação

Total Sem Com Pequenas Reparações Grandes Muito


necessidad necessidad reparações m édias reparações degradado
e de e de
N.º reparação
N.º reparação
N.º N.º N.º N.º N.º
Portugal 3544389 2519452 965782 624322 244303 97157 59155
Continente 3353610 2379328 917553 592485 232439 92629 56729
Norte 1209911 836737 353416 226588 90836 35992 19758
Tâm ega 197914 135148 58126 36053 15110 6963 4640
Baião 10548 7014 3297 1980 901 416 237
Ancede 1134 859 271 187 69 15 4
Cam pelo 1205 800 398 256 104 38 7
São Tom é de Covelas 373 148 224 146 55 23 1
Frende 358 315 42 34 7 1 1
Gestaçô 768 511 254 195 50 9 3
Gove 921 676 238 110 78 50 7
Grilo 226 142 84 60 21 3 0
Loivos do Monte 209 104 93 49 30 14 12
Loivos da Ribeira 204 94 108 58 37 13 2
Mesquinhata 192 155 36 24 9 3 1
Ovil 633 225 321 125 104 92 87
Ribadouro 239 130 101 42 39 20 8
Santa Cruz do Douro 841 563 267 156 77 34 11
Baião (Santa Leocádia) 334 175 109 46 37 26 50
Santa Marinha do Zêzere 1232 922 293 200 76 17 17
Teixeira 511 305 200 120 50 30 6
Teixeiró 188 105 73 42 18 13 10
Tresouras 213 186 26 17 5 4 1
Valadares 465 359 99 65 24 10 7
Viariz 302 240 60 48 11 1 2

Quadro 107: Edifícios por estado de conservação Fonte INE – Censos 2011

Relativamente aos encargos médios que a aquisição de habitação própria representa, em Baião eles são
sensivelmente inferiores à média do País, da região Norte e da própria região do Tâmega. No entanto, ao
nível das freguesias existem diferenças significativas, cifradas em médias elevadas como são os casos
das freguesias de Ancede, Covelas, Gestaçô, Loivos do Monte, Mesquinhata, Ovil, Ribadouro, Santa
Marinha do Zêzere, Teixeira, Tresouras ou ainda Viariz.

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Localização geográfica (à data dos Encargos médios mensais por aquisição de
Censos 2011) habitação própria (€) por Localização geográfica
(à data dos Censos 2011); Decenal


Portugal 395,25
Continente 392,56
Norte 373,50
Tâmega 339,78
Baião 306,12
Ancede 307,28
Campelo 306,01
São Tomé de Covelas 314,63
Frende 246,43
Gestaçô 344,66
Gove 295,87
Grilo 252,81
Loivos do Monte 316,67
Loivos da Ribeira 305,56
Mesquinhata 418,85
Ovil 318,48
Ribadouro 320,44
Santa Cruz do Douro 275,26
Baião (Santa Leocádia) 270,49
Santa Marinha do Zêzere 332,62
Teixeira 367,50
Teixeiró 305,68
Tresouras 340
Valadares 268,63
Viariz 328,26
Quadro 108: Encargos médios mensais por aquisição de habitação própria (€) Fonte: INE – Censos 2011

Localização geográfica (à data dos Alojamentos familiares clássicos de residência habitual (N.º) e Regime
Censos 2011) de ocupação; Decenal

Regime de ocupação

Total Proprietário Proprietário Arrendatário ou Outra


ou em regime subarrendatário situação
coproprietário de
propriedade
coletiva de
cooperativa
de
habitação
N.º N.º N.º N.º N.º
Portugal 3991112 2891811 31460 794465 273376
Continente 3818574 2758293 29135 769768 261378
Norte 1319665 940891 11396 269178 98200
Tâmega 181586 130962 1447 30223 18954
Baião 7162 5495 44 892 731
Ancede 866 644 8 124 90

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Campelo 1084 858 8 139 79
São Tomé de Covelas 186 152 2 12 20
Frende 242 171 1 41 29
Gestaçô 458 371 3 48 36
Gove 681 531 5 58 87
Grilo 204 143 1 45 15
Loivos do Monte 124 95 0 7 22
Loivos da Ribeira 162 113 1 23 25
Mesquinhata 103 69 0 15 19
Ovil 270 226 1 19 24
Ribadouro 131 96 2 16 17
Santa Cruz do Douro 501 391 3 36 71
Baião (Santa Leocádia) 196 141 1 20 34
Santa Marinha do Zêzere 982 666 3 211 102
Teixeira 237 216 0 9 12
Teixeiró 112 95 3 8 6
Tresouras 133 113 0 17 3
Valadares 300 241 0 33 26
Viariz 190 163 2 11 14
Quadro 109: Alojamentos e regime de ocupação Fonte: INE – Censos 2011

Localização Alojamentos familiares clássicos arrendados de residência habitual (N.º) e Escalão do valor mensal da renda; Decenal
geográfica (à
data dos
Censos 2011) Escalão do valor mensal da renda

Total Menos 20 - 35 - 50 - 75 - 100 - 150 - 200 - 300 - 400 - 500 - 650 euros
de 20 34,99 49,99 74,99 99,99 149,99 199,99 299,99 399,99 499,99 649,99 ou mais
euros euros euros euros euros euros euros euros euros euros euros
N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
PT: Portugal 794465 57403 58937 41661 57205 42093 63626 60274 136883 152797 58345 38440 26801
1: Continente 769768 55479 56089 40117 55312 41011 61974 58859 133441 148350 56080 36906 26150
11: Norte 269178 21168 21424 14342 20391 14402 27618 28249 57313 44530 10915 5296 3530
115: Tâmega 30223 2013 1638 988 1773 1717 5427 6017 7458 2657 190 111 234
1302: Baião 892 51 40 30 55 59 227 216 192 20 1 1 0

Quadro 110: Alojamentos familiares clássicos e escalão do valor mensal de renda Fonte: INE Censos 2011

No que se refere ao total dos alojamentos arrendados (892), a grande maioria concentra-se nas freguesias
de Santa Marinha do Zêzere (211), Campelo (139) e Ancede (124), sendo que nestas os encargos são
também mais elevados com valores a variar entre os 150,00€ e os 299,00€. Santa Marinha do Zêzere é a
freguesia onde mais alojamentos arrendados existem e onde mais caros são os encargos de renda.
Empiricamente, constatamos que para além deste mercado privado de arrendamento regulado, existe um
mercado de arrendamento informal e precário, a praticar sensivelmente os mesmos valores de renda.
A autarquia é a única entidade local que possui um programa de apoio excecional regulado para o
arrendamento à habitação junto dos estratos mais desfavorecidos. Para além desta parca resposta, o
Núcleo Local de Inserção tem conseguido debelar algumas situações na proposta e concessão de apoios

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eventuais em situações extremas de carência, associados aos crescentes pedidos de apoio ao
cumprimento do arrendamento, pelo que as parcerias de apoio social em Baião reconhecem nesta
problemática o principal constrangimento de intervenção em matéria de habitação.

Localização A lo ja m e nto s f a m ilia re s c lá s s ic o s a rre nda do s de res idênc ia ha bitua l (N .º) E sc a lão do v a lo r m ens a l da re nda ; D e c ena l
geográfica (à data
dos Censos 2011) T o ta l
E sc a lão do v a lo r m ens a l da re nda

T o ta l M eno s 20 - 35 - 50 - 75 - 10 0 - 15 0 - 20 0 - 300 - 400 - 500 - 6 5 0 e uro s


de 2 0 3 4 ,99 4 9 ,9 9 7 4 ,9 9 9 9 ,9 9 14 9 ,9 9 19 9,9 9 2 9 9 ,9 9 39 9 ,99 4 99 ,9 9 6 4 9,9 9 o u m a is
euro s e uro s e uro s e uro s e uro s e uro s e uro s e uro s e uro s e uro s e uro s

N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º N.º
Baião 892 51 40 30 55 59 227 216 192 20 1 1 0
Ancede 124 6 10 5 12 7 39 27 18 0 0 0 0
Cam pelo 139 7 4 0 5 7 17 25 67 7 0 0 0
São Tom é de 12 2 3 0 0 3 2 2 0 0 0 0 0
Covelas
Frende 41 3 2 5 3 2 18 7 1 0 0 0 0
Gestaçô 48 4 1 0 2 2 18 12 4 5 0 0 0
Gove 58 4 3 2 5 4 11 18 11 0 0 0 0
Grilo 45 1 3 3 5 3 11 15 4 0 0 0 0
Loivos do Monte 7 0 0 0 0 0 5 1 1 0 0 0 0
Loivos da Ribeira 23 0 0 1 1 1 7 6 7 0 0 0 0
Mesquinhata 15 2 2 0 5 0 4 2 0 0 0 0 0
Ovil 19 1 0 1 1 2 2 6 4 2 0 0 0
Ribadouro 16 2 4 0 2 2 2 3 1 0 0 0 0
Santa Cruz do 36 6 2 4 5 2 7 6 4 0 0 0 0
Douro
Baião (Santa 20 2 1 0 0 0 11 4 2 0 0 0 0
Leocádia)
Santa Marinha do 211 11 5 7 4 13 48 63 54 5 0 1 0
Zêzere
Teixeira 9 0 0 0 1 3 1 2 1 1 0 0 0
Teixeiró 8 0 0 0 0 1 3 2 2 0 0 0 0
Tresouras 17 0 0 1 0 4 6 1 4 0 1 0 0
Valadares 33 0 0 0 4 2 9 12 6 0 0 0 0
Viariz 11 0 0 1 0 1 6 2 1 0 0 0 0

Quadro 110 A : Alojamentos familiares clássicos e escalão do valor mensal de renda Fonte: INE Censos 2011

36
2. Habitação Social

Localização geográfica Bairros sociais (N.º) N.º Edifícios Habitação N.º de Fogos
por Localização geográfica; Social Habitação Social
Anual (2011) (2011) (2011)
Baião 1 3 3

Quadro 111: Bairros e Edifícios e fogos de habitação social Fonte: INE Censos 2011

36
Segundo a Portaria n.º 580/83 de 17 de maio, são consideradas habitações sociais todas as habitações de custos controlados
promovidas pelas Câmaras Municipais, Cooperativas de habitação económica ou iniciativa privada com o apoio financeiro do Estado
e destinadas à venda ou ao arrendamento nas condições de acesso estabelecidas nesse diploma.

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Habitação Social Não Municipal
Bairros/Núcleos N.º de Tipo de construção Necessidade
Fogos/aloja de intervenção
mentos

Bairro Social do Convento – Ancede 3 Pré – fabricados Sim


Bairro Social de Frende 3 Pré – fabricados sim
Bairro Social (Estação) de Ribadouro 3 Betão sim
Bairro da Comissão Fabriqueira de Ribadouro 3 Betão sim
Bairro Social de Valadares 3 Betão sim
Conferências Vicentinas de Carrapatelo – Stª. Cruz Douro 1 Betão sim
Conferências Vicentinas de Campelo 3 Betão sim
Conferências Vicentinas de Gosende- Gôve 3 Betão Sim

Quadro 112: Habitação Social não Municipal. Fonte: Documentos Internos da CMB (relatórios do Projeto PRODEBA, 1999-2002) e
processos familiares do Programa FSS.

3. Evolução das Medidas de Apoio à Habitação e Obras de Reabilitação

I – Programa Reabilitar para Arrendar (2013) – Câmara Municipal de Baião


37
Com a execução do Programa Reabilitar para Arrendar , Baião vai dispor de 12 fogos de Habitação
Social, distribuídos pelas freguesias de Santa Cruz Douro, Santa Marinha do Zêzere e Loivos do Monte.
Estes últimos encontram-se já em fase de conclusão.

Nº de fogos Freguesia de Localização T1 T2 T3

5 Santa Cruz Douro


0 1 4
4 Santa Marinha Zêzere
2 2 0
3 Loivos Monte
2 1 0
12 3 4 4 4
Quadro 113: Apresentação dos fogos candidatados ao Programa Reabilitar para Arrendar do IHRU Fonte: CMB, 2013

38
II – Fundo de Solidariedade Social – Câmara Municipal de Baião

39
Através do Programa de Fundo de Solidariedade Socia (FSS) e Linha Amiga , a autarquia tem
conseguido responder aos pedidos de apoio provindos dos cidadãos mais vulneráveis, quer em matéria de
reabilitação habitacional quer em apoios excecionais ao cumprimento do arrendamento.

37
Trata-se de um programa de reabilitação urbana para arrendamento habitacional, promovido pelo Instituto de Habitação e
Reabilitação Urbana (IHRU) e pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) regulado por Regulamento rege-se pelo seu Regulamento.
Para além do Regulamento aplica-se o disposto no Regime Jurídico da Reabilitação Urbana, aprovado pelo Decreto-Lei n.º
307/2009, de 23 de outubro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 32/2012, de 14 de agosto .

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Entre 2010 e 2013, foram 90 as habitações intervencionadas por estes programas.

Linha
FSS
Amiga
2010 - 2013 Total
Famílias Intervencionadas 678 126 117

Habitações Intervencionadas 90 21 69
Quadro 114: Famílias e Habitações Intervencionadas (2010-2013) Fonte: CMB – GAF, 2013

Natureza do Pedido Processos Processos


Aprovados Pendentes
(2010-2013) (2013)
% %
Reabilitação Habitacional 16 33
Arrendamento Habitacional 16 11
Aquisição de Material Médico 9 19
Medicação Crónica 9 3
Passes e Material Escolar 15 7
Apoio na precariedade temporária 35 27
Total (nº) 175 72
Quadro 115: Natureza dos pedidos do Programa FSS-2010 a 2013 (%): Fonte: CMB – 2013

Entre 2010 e 2013 num total de 175 processos aprovados, os apoios à reabilitação habitacional e ao
cumprimento do arrendamento representaram 32% do total de apoios deferidos e 44% dos pedidos
pendentes.

III – Outras medidas de apoio à Habitação – Câmara Municipal de Baião

A autarquia tem ainda desenvolvido um conjunto de outras medidas de apoio à habitação condigna:

- Redução 50% das Taxas de licenciamento para jovens que possuam até 35 anos de idade;
- Promoção de Acordos de pagamento faseado de tarifas de água, saneamento e prolongamento de
condutas às famílias comprovadamente em situação de vulnerabilidade;

38
Programa da Câmara Municipal de Baião que tem por objetivo contribuir para a erradicação ou atenuação da pobreza e da
exclusão e a promoção do desenvolvimento social do Concelho e está regulada pelo Regulamento 18/2009 de 13 de Janeiro
39
Programa da Câmara Municipal de Baião criado com vista à prestação de apoio domiciliário gratuito nas áreas de construção e
proteção civil e que está regulado pelo Edital 243/2008 de 13 de Março

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4. Quadro de Avaliação Estratégica

- Evolução nos Alojamentos Familiares Clássicos 2006-2011: 3,2%


- Evolução nos Edifícios Habitação Familiar Clássica 2006-2011: 2,9%
- Alojamentos Familiares Clássicos 2011: 11. 595
- Alojamentos Familiares Coletivos: 20
- Edifícios Clássicos: 10 548
- Época de construção: a maioria entre 1961 a 1990
- Estado conservação: 3 297 habitações (no total de 10.311) com necesssidades de reparações
- Alojamentos Familiares sem água canalizada:264
- Alojamentos Familiares sem instalações de banho ou duche: 578
- Alojamentos familiares sem existência de instalações de água, retrete, banho/duche e aquecimento: 51
- Encargos médios mensais com aquisição habitação própria: 306,12€
- Alojamentos arrendados: 892
- 635 alojamentos com encargos médios mensais de renda entre 100,00€ a 299,99€
- Habitação Social Municipal: 3 fogos
- Habitação Social Não Municipal: 22 Fogos
Medidas de Apoio à Habitação:
- Programa Municipal Linha Amiga : 69 intervenções
- Programa Reabilitar para Arrendar (em execução): 12 Fogos
- Programa Municipal Fundo de Solidariedade Social 2010-2013: 21 intervenções habitacionais;
- A Reabilitação habitacional representou 16% dos pedidos aprovados;
- O Apoio ao arrendamento habitacional representou 16% dos pedidos apoiados;
- Dos processos ainda pendentes 44% respeitam a área da habitação (reabilitação e
arrendamento)
- Programa SOLARH ( 2007 a Junho de 2011): 11 processos de candidatura aprovados e obras executadas. Desde Julho
de 2011 que se encontra suspenso.

Potencialidades Constrangimentos

- Reforço do Fundo de Solidariedade Social nas rúbricas - Rendas elevadas em relação às condições de
de obras de reabilitação e apoio ao arrendamento; habitabilidade e elevados custos associados à habitação,
- Redução das taxas de licenciamento para jovens; face à situação económica das famílias;
- Acordos de pagamento faseado das tarifas de água e - Parque habitacional degradado e envelhecido ao nível
saneamento; do conforto e salubridade (eletricidade, água, esgotos,
- Deferimento da candidatura ao programa “Reabilitar etc);
para Arrendar”; - Falta de habitação social disponível para renda apoiada
- Reforço e ampliação do Parque de Habitação Social e/ou condicionada;
Concelhio (HABIBAIÃO); - Falta de habitação social disponível para realojamentos
- Aumento da sensibilidade e da dinâmica inter- de emergência ou alojamento temporário;
institucional para as questões relativas à habitação - Redução global do apoio da Administração Central e
com reduzida eficácia, fruto da complexidade e
burocracia associados;
- Inadequação de algumas medidas de apoio existente
às especificidades locais;
- Congelamento do Programa SOLARH

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XI – Baião: Inclusão Social

A vulnerabilidade social constitui, nos nossos dias um dos maiores desafios às políticas e práticas sociais.
Independentemente do contexto em que se verifique, importa perceber quais os fatores que interagem
nessa vulnerabilidade e como se relacionam entre si. Quanto mais os fatores desfavoráveis forem
cumulativos, maior será a situação de risco e de vulnerabilidade de certas categorias sociais, e quantos
menos recursos e serviços de apoio o território possuir, mais expostos estarão os indivíduos e mais
severas serão as privações.
As ações de prevenção e combate à pobreza requerem medidas concertadas, atempadas e mobilizadoras
da participação de todos, dando um enfoque especial à proximidade e à valoração dos contributos a
serem prestados pelos indivíduos, famílias e grupos sociais.
As crianças, as famílias, os desempregados, os idosos e os deficientes constituem o grupo da população
que enfrenta uma maior vulnerabilidade social, em Portugal e também em Baião.

1. Principais Indicadores de Proteção Social

1.1. Prestações de pensões e de desemprego

Os pensionistas em 2011 (6.336) representavam 30,87% da população residente em Baião.Os


pensionistas por velhice representavam 61,14%, por sobrevivência 27,02% e por invalidez 11,83% do
conjunto dos pensionistas existentes.
Os valores médios anuais das pensões respeitam a valores médios anuais de 3.903€ (cerca de 325,25€
mensais). Os pensionistas por invalidez e de velhice beneficiam de valores anuais médios sensivelmente
semelhantes (4.163,00€ e 4.517,00€, respetivamente), sendo os pensionistas por sobrevivência que
beneficiam de valores inferiores (2.401,00€).
Neste contexto, os pensionistas por sobrevivência, quando isolados e/ou em idades inferiores ao limite de
reforma e/ou ainda quando se tratem de pessoas que não possuem carreira contributiva para a Segurança
Social, constituem o grupo de pensionistas mais vulneráveis a situações de privação.
A experiência de trabalho das parcerias locais de intervenção social atestam que os pensionistas têm nas
despesas de saúde (medicação) os seus maiores encargos, em média com valores que oscilam entre os
50,00€ a 100,00€ mensais por pessoa, sendo as despesas com renda habitacional ou aquisição de
habitação pouco significativas.

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Valor médio Valor médio Total de beneficiários do
Total de beneficiários de
NUTS e Concelhos Total de pensionistas anual das anual do rendimento social de
subsídios de desemprego
pensões subsídio de inserção

% face à % face à % face à


N.º de N.º de N.º de
População Euros População Euros População
indivíduos indivíduos indivíduos
Residente Residente Residente

Portugal 2 979 787 28,3 4 742 553 212 5,2 3 453 448 290 4,3
Região Norte 989 853 26,8 4 447 214 176 5,8 3 407 190 797 5,2
Tâmega 123 621 22,4 3 902 31 143 5,7 3 070 34 679 6,3
Amarante 13 036 23,2 3 801 2 721 4,9 2 988 2 593 4,6
Baião 6 336 31,1 3 903 972 4,8 3 086 2 274 11,2
Cabeceiras de Basto 4 793 28,8 3 410 620 3,7 2 930 1 097 6,6
Castelo de Paiva 4 691 28,2 4 193 1 006 6,0 3 191 606 3,6
Celorico de Basto 5 825 29,0 3 421 746 3,7 2 922 1 340 6,7
Cinfães 6 406 31,6 3 681 1 451 7,2 3 005 1 939 9,6
Felgueiras 12 554 21,6 3 911 2 839 4,9 3 245 1 504 2,6
Lousada 9 057 19,0 4 109 3 006 6,3 3 133 2 331 4,9
Marco de Canaveses 11 373 21,2 4 092 3 475 6,5 2 847 4 877 9,1
Mondim de Basto 2 346 31,4 3 463 226 3,0 2 699 470 6,3
Paços de Ferreira 10 161 17,9 3 878 3 756 6,6 3 094 3 949 7,0
Paredes 16 215 18,6 4 045 5 820 6,7 3 067 6 526 7,5
Penafiel 14 848 20,6 4 219 3 980 5,5 3 186 3 659 5,1
Resende 3 770 33,4 3 378 357 3,2 3 099 1 215 10,8
Ribeira de Pena 2 210 33,9 3 258 168 2,6 3 131 299 4,6

Quadro 116: Indicadores de prestações sociais da Segurança Social por município, 2011 Fonte: INE, Ministério da Solidariedade e
da Segurança Social - Instituto de Informática, I.P

Os beneficiários do subsidio de desemprego, maioritariamente do sexo masculino, beneficiam em média


de valores anuais baixos que rondam os 3.086,00€. Em 2011, os 972 beneficiários desta prestação (606
homens e 366 mulheres) maioritariamente tinham idades compreendidas entre os 30 e os 49 anos.
A experiência de trabalho das parcerias locais de intervenção social, revela também que nestas faixas
etárias, os maiores encargos familiares prendem-se com as despesas de habitação (renda de casa ou
amortização de empréstimos habitacionais à banca), sendo que os valores, em 2011, oscilavam entre os
100,00€ e os 299,00€ para as rendas e os 306,00€ para os encargos com aquisição de habitação proporia
permanente.
Significa que nesta população, os que possuem encargos com habitação (renda ou amortização) são
claramente o grupo populacional mais desfavorecido.

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Valor médio Número
Valor médio de subsídios de Número médio de dias de subsídios
Valor médio anual das pensões de médio de dias
desemprego de desemprego
subsídios de subsídios
Total Inv alidez Velhice Sobrev iv ência HM H M de doença HM H M de doença
€ dias
Portugal 4 742 4 504 5 520 2 735 3 453 3 682 3 220 842 203 204 203 52
Continente 4 769 4 491 5 545 2 747 3 455 3 681 3 227 831 203 203 203 51
Norte 4 447 4 285 5 169 2 589 3 407 3 619 3 198 772 210 209 211 53
Tâmega 3 902 4 099 4 546 2 323 3 070 3 227 2 871 778 206 205 208 63
Amarante 3 801 3 955 4 412 2 367 2 988 3 194 2 744 849 196 195 197 67
Baião 3 903 4 163 4 517 2 401 3 086 3 367 2 621 686 202 203 199 58
Cabeceiras de Basto 3 410 3 894 3 839 2 148 2 930 3 090 2 760 750 200 200 201 71
Castelo de Paiv a 4 193 4 443 4 852 2 417 3 191 3 263 3 105 727 211 204 220 55
Celorico de Basto 3 421 3 807 3 878 2 042 2 922 3 060 2 681 676 195 198 189 65
Cinfães 3 681 3 789 4 226 2 211 3 005 3 102 2 742 831 192 184 216 76
Felgueiras 3 911 4 221 4 496 2 270 3 245 3 437 3 041 943 215 220 211 75
Lousada 4 109 4 278 4 877 2 381 3 133 3 245 3 025 776 212 211 212 61
Marco de Canav eses 4 092 4 254 4 857 2 363 2 847 3 030 2 562 790 188 183 196 61
Mondim de Basto 3 463 3 845 3 892 2 164 2 699 2 912 2 416 515 185 198 167 48
Paços de Ferreira 3 878 4 110 4 514 2 333 3 094 3 241 2 925 687 220 226 213 59
Paredes 4 045 3 987 4 832 2 414 3 067 3 212 2 906 718 211 210 212 58
Penafiel 4 219 4 254 5 068 2 353 3 186 3 375 2 918 814 205 201 210 63
Resende 3 378 3 677 3 809 2 189 3 099 3 221 2 897 664 219 220 219 70
Ribeira de Pena 3 258 3 595 3 600 2 252 3 131 3 212 2 945 497 204 210 191 41

Quadro 117: Valores médios das pensões e do subsídio de desemprego; Número médio de dias de desemprego por Município.
Fonte: INE – Censos 2011

Aos valores médios das prestações sociais anteriores, acresce a referência ao ganho medio mensal dos
trabalhadores por conta de outrem. No conjunto explicam que o dinamismo económico do concelho esteja
a ser fortemente comprometido.

Primário Secundário Terciário


Total
CAE: A CAE: B - F CAE: G - U
HM H M HM H M HM H M HM H M
Portugal 1 034,19 1 138,85 899,30 737,95 784,03 637,36 944,60 1 014,22 774,90 1 088,20 1 246,43 939,79
Continente 1 036,44 1 141,54 901,03 737,82 785,48 636,87 942,81 1 013,60 773,57 1 093,49 1 252,54 943,79
Norte 901,37 982,78 791,61 638,70 671,67 570,82 827,47 904,57 678,42 969,46 1 078,77 860,69
Tâmega 721,97 766,04 658,25 570,67 585,30 540,71 673,39 723,48 579,56 807,92 868,48 750,69
Amarante 788,26 816,33 731,94 563,30 560,68 569,22 754,35 780,03 622,63 837,18 913,41 775,76
Baião 694,88 707,65 669,36 628,50 702,73 449,11 664,70 683,31 567,70 739,14 773,14 713,64
Cabeceiras de Basto 730,43 767,29 677,03 577,33 594,42 529,14 633,68 676,04 547,63 803,88 857,26 743,46
Castelo de Paiv a 717,91 774,20 651,67 515,70 516,66 510,55 671,94 748,69 548,02 800,16 851,57 765,36
Celorico de Basto 667,12 681,55 644,87 500,52 507,66 486,24 603,42 630,08 544,52 741,27 762,84 718,30
Cinfães 730,70 771,42 632,28 617,50 704,06 523,72 757,20 767,73 602,12 704,27 783,77 640,24
Felgueiras 673,13 724,76 612,62 585,76 571,81 621,35 630,45 691,11 555,67 801,11 840,51 762,02
Lousada 676,40 749,90 603,05 608,72 611,58 603,73 630,50 702,14 562,64 780,51 853,01 700,39
Marco de Canav eses 739,64 782,40 645,14 558,43 604,46 500,89 731,41 766,78 594,17 761,87 843,27 689,59
Mondim de Basto 616,65 601,81 640,46 567,25 575,56 536,78 520,92 517,50 548,32 662,61 674,08 651,88
Paços de Ferreira 658,40 690,83 618,78 632,88 599,18 675,00 607,96 632,55 576,14 750,58 805,51 690,03
Paredes 745,44 763,97 711,71 550,80 586,09 513,89 673,07 693,44 615,57 852,80 914,47 788,42
Penafiel 801,45 872,47 711,33 538,76 556,97 500,81 745,89 832,68 604,53 888,23 957,66 827,30
Resende 673,97 666,59 684,23 517,78 535,39 443,82 545,13 549,66 506,61 755,84 833,99 705,77
Ribeira de Pena 773,68 798,05 740,92 581,05 580,76 … 837,97 827,04 886,24 734,96 773,30 710,48

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Quadro 118: Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos por município, segundo o sector de
atividade (CAE-Rev.3) e o sexo Fonte, INE Censos 2011

40
2. Complemento Solidário para Idosos

A concessão da prestação de CSI em Baião é pouco expressiva. É uma prestação pouco requerida em
Baião, o que levanta algumas questões de diagnóstico que importa aprofundar.

41
3. Rendimento Social de Inserção

Sexo Idade
Total 55 e
H M Menos de 25 anos 25-39 anos 40-54 anos mais
anos
Portugal 448 290 214 201 234 089 212 220 89 624 98 756 47 690
Continente 414 861 197 588 217 273 194 655 82 741 92 433 45 032
Norte 190 797 90 526 100 271 84 925 36 882 46 787 22 203
Tâmega 34 679 16 341 18 338 15 613 6 168 8 714 4 184
Baião 2 274 1 043 1 231 986 423 588 277
Quadro 119: Beneficiários do rendimento social de inserção por município, segundo o sexo e a idade. INE, I.P., Portugal, 2012.
Informação disponível até 30 de setembro de 2012. Nota Informação disponível à data de 2 de maio de 2012.

Em Baião, tanto o número de agregados familiares como o número de beneficiários abrangidos pelo RSI
têm vindo a registar um decréscimo desde 2010. Esta população registou um forte decréscimo em 2012 e
em 2013 comparativamente a 2010 e 2011, fruto da entrada em vigor dos novos normativos e cálculos da
elegibilidade aplicados a partir de julho de 2012.

40
O Complemento Solidário para Idosos (CSI) consiste numa prestação monetária, destinada a cidadãos com idade igual ou
superior a 65 anos, constituindo um apoio adicional aos seus baixos recursos económicos, tratando-se assim de uma prestação
diferencial. No ano de 2006, ano de início da medida, o CSI começou por abranger cidadãos com idade igual ou superior a 80 anos,
tendo no ano de 2007 abrangido pessoas com idade igual ou superior a 70 anos, e a partir de Janeiro de 2008 foi alargado a todas
as pessoas idosas.
41
O Rendimento Social de Inserção (RSI) consiste num mecanismo de combate à pobreza, que, através de uma prestação
pecuniária, de carácter temporário, e associada a um programa de inserção social, pretende conferir às pessoas e aos seus
agregados familiares, apoios adaptados à sua situação que contribuam para a satisfação das suas necessidades essenciais e
favoreçam a progressiva inserção laboral, social e comunitária.

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Anos (Dez.) 2010 2011 2012 2013

Nº Processos Ativos 1171 1316 456 513


Nº Beneficiários em ações de 2998 3359 1205 1397
inserção
Nº processos cessados 95 108 860 163
Famílias com crianças em risco 14 13 16 14

Quadro 120: Medida do RSI – Agregados e beneficiários abrangidos – evolução de 2010 a 2013 Fonte: Grelhas de Trabalho do
Grupo Redes Sociais, preenchidas pelo ISS IP Porto, 2011,2012 e 2013

Quanto à sua distribuição geográfica, dados provindos do Núcleo Local de Inserção de Baião à data de
Outubro 2012, salienta que era Santa Marinha do Zêzere a que apresentava o maior número de
beneficiários, seguida de Ancede e Gôve. Com menor número de beneficiários surgiam as freguesias de
Tresouras, Ribadouro e Mesquinhata.

Idades 2011 2012 2013

Nº Total Nº Total Nº Total

0-18 M 484 1048 190 397 222 512


F 564 207 290
19-44 M 600 1431 200 455 246 550
F 831 255 304
45-64 M 316 739 164 353 151 322
F 423 189 171
+ 65 M 72 141 0 0 2 13
F 69 0 11
Total 3 359 1 205 1397
Quadro 121: Medida do RSI – Idade e sexo dos beneficiários abrangidos – evolução de 2011 a 2013 Fonte: Grelhas de Trabalho do
Grupo Redes Sociais, preenchidas pelo ISS IP Porto, 2011,2012 e 2013

Verifica-se que o número de crianças e jovens (0-18 anos) abrangidos pela prestação é significativamente
elevado e é também relevante o número de beneficiários de idades compreendidas entre os 19 e os 44
anos. São sobretudo as pessoas que ficam em situação de desemprego, com dificuldade em integrar o
mercado de trabalhe e/ou regressar a esse mesmo mercado.
A população com mais de 65 anos, não tem grande expressão numérica uma vez que se deve ao facto
desta passar a usufruir de outro tipo de prestações sociais

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Dimensão do agregado familiar Total do concelho (com e sem Total do concelho / sem
rendimentos) rendimentos
1 PESSOA 79 78
2 PESSOAS 118 38
3 PESSOAS 150 42
4 PESSOAS 141 19
5 PESSOAS 63 7
6 PESSOAS 16 1
7 PESSOAS 8 0
8 PESSOAS 2 0
TOTAL 577 185
Quadro 122: Agregados Familiares Com e Sem Rendimentos por Dimensão do Agregado, Município. Fonte: Diagnóstico do NLI
Baião – Outubro 2012

Por referência ao 1º semestre de 2012, 32% dos agregados familiares beneficiários desta medida não
apresentam quaisquer rendimentos. Realça-se ainda o valor significativo dos agregados familiares
unipessoais.

Tipo de Família Total


Unipessoal 123

Alargada 25
Monoparental 101
Nuclear com filhos 155
Nuclear sem filhos 61
Outra 1
Quadro 123: Caracterização dos Agregados Familiares Beneficiários do RSI por Tipo de Família, Baião, Agosto 2012 Fonte:
Diagnóstico do NLI Baião – Outubro 2012

Ainda no mesmo período de referência e quanto à caracterização dos agregados familiares por tipo de
família, constatou-se que, maioritariamente, são as “Famílias Nucleares com Filhos, seguidas dos
indivíduos sozinhos, aquelas que beneficiavam de RSI.

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4 – Outros Projetos, Medidas e Recursos Concelhios ao serviço da Inclusão Social

4.1. Infância e Juventude

Apresenta-se, de seguida, um quadro resumo das valências relacionadas com a Infância e Juventude
existentes no Concelho, bem como, as suas principais caraterísticas em matéria de capacidade, área
geográfica de abrangência, localização e utentes em lista de espera.

CRIANÇAS E JOVENS
Acordo de Nº de utentes em lista de
Área geográfica de cooperação espera
Valências Nº de
Nome da Instituição Localização da Valência abrangência, dos Capacidade
Utentes
utentes do
Nº de utentes Fora do
concelho
concelho

Ama Campelo, Gôve e Sta. Caráter concelhio e


ISS-IP - CD Porto Cruz Douro supraconcelhio 48 Não 33 0 0
Famílias Caráter concelhio e
Acolhimento ISS-IP - CD Porto Campelo e Stª. Leocadia supraconcelhio 12 Não 12 0 0
Campelo, Ovil, Loivos
OBER - Traquinas I Baião - campelo do Monte 33 25 25 0 0
Gôve, Ancede, Grilo,
Mesquinhata, Sata
Creche OBER - Traquinas II Baião - Gôve Leocadia, Ribadouro 33 33 33 0 0
Stª. Marinha Zêzere,
Centro Social e Gestaçô,Valadares
Paroquial Stª. Marinha Frende, Loivos
Zêzere Santa Marinha Zêzere Ribeira, Mesão Frio 33 33 33 0 0
Centro Social de Porto Ferrado - Santa
Santa Cruz Douro Cruz Douro Stª. Cruz Douro 24 24 16 0 0
Campelo, Ovil, Loivos
OBER- JI Campelo Campelo Monte 69 69 69 0 0
OBER - JI GÔVE GÔVE Gôve , Ancede 48 48 48 0 0

OBER- JI STª. Sta. Marinha Zezere e


MARINHA ZÊZERE STª. MARINHA ZÊZERE Gestaçô 24 24 24 0 0
OBER- JI LOIVOS Loivos Ribeira e
RIBEIRA LOIVOS RIBEIRA Tresouras 24 24 24 0 0

OBER-JI ANCEDE ANCEDE ANCEDE 24 24 24 0 0


Grilo; Santa Leocádia;
Gove; Mesquinhata;
ADEGRIL GRILO Paredes de Viadores 25 25 20 0 0
JI Pranhô - C.M. Campelo, Ovil, Loivos
Baião Campelo do Monte 41
Estabelecimento de JI Barroncal - C.M.
Educação pré- Baião Valadares Valadares 16
escolar
JI Carvalhais -
C.M.Baião Gestaçô Gestaçô 17
JI Ladoeiro - C.M.
Baião Frende Frende 17
JI S. Pedro -
C.M.Baião Santa marinha Zêzere Stª. Marinha Zêzere 19
JI Senhora - Covelas e Stª. Cruz
C.M.Baião Covelas Douro 16
JI Teixeira - C.M.
Baião Teixeira Teixeira e Teixeiró 25
JI Outeiro- Viariz -
C.M.Baião Viariz Viariz 12
JI Gosende -
C.M.Baião Gôve Gôve 9
JI Touças - C.M.
Baião Gôve Gôve 25
JI Lordelo - C.M.Baião Ancede ANCEDE 13
Centro de
atividades de Centro Social de Porto Ferrado - Santa
tempos livres Santa Cruz Douro Cruz Douro Santa Cruz Douro 60 60 17 0 0
Campelo, Sta.
"Campus
Marinha, Ancede,
Desportivo"
C.M.Baião Campelo Gôve, Loivos Monte, 78
Loivos da Ribeira.,
Unidade Apoio ao Tresouras, Frende,
Ensino e Stª. Marinha Zêzere,
Multideficiencia Agr. Escoldas do Gestaçô, Viariz,
Sudeste Concelho Stª. Marinha Zêzere Valadares 7 7 5

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Unidade Apoio ao
Autismo Agr. Escoldas de Vale
de Ovil Campelo Carater concelhio 14 14 8
Hipoterapia - Centro
Hípico C.M.Baião Concelhio Carater concelhio 3
Total crianças e jovens integrados/frequentar as valências
682
Quadro 124: Respostas Sociais – Infância e Juventude- Dez de 2013. Fonte: IPSS’s

As mudanças de carácter sociodemográfico que assistimos, aliadas ao agravamento da conjuntura


socioeconómica do país, têm um reflexo direto na alteração do funcionamento familiar e no processo de
desenvolvimento integral das crianças e dos jovens, contribuindo em muitos casos para o agravamento
dos já preocupantes fatores de risco pessoais e familiares. As parcerias locais em matéria de infância e
juventude confirmam esta constatação.

I - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens

Volume Processual Global


2008 2009 2010 2011 2012 2013
Transitados 63 128 114 89 68 103
Instaurados 110 85 65 53 63 90
Reabertos 28 22 20 39 46 35
Total 201 235 199 181 177 228
Quadro 125: Volume Processual Global da CPCJ de Baião Fonte: CPCJ de Baião

Através da análise dos dados tabela anterior podemos verificar que o volume processual global desta
CPCJ, desde 2010, tem vindo a aumentar significativamente, tendo, no último ano, atingido os 228
processos. O número de processos instaurados, neste último ano foi apenas superado pelos do ano de
2008. Ao nível dos processos transitados registamos, em 2013, um aumento significativo que só encontra
equivalência com os anos de 2009 e 2010, os quais também ultrapassaram a barreira dos 100 processos.

Nº Processos por Faixa Etária e Sexo


2008 2009 2010 2011 2012 2013
M F M F M F M F M F M F
0-2 7 9 11 12 17 8 13 7 5 7 10 12
3 -5 13 15 21 22 15 17 15 14 11 10 5 17
6 – 10 32 24 29 40 21 18 20 21 20 22 26 27
11 - 14 33 20 22 36 27 19 22 19 29 20 44 28
15 - 21 28 20 14 28 29 28 21 29 28 25 32 27
Total 113 88 97 138 109 90 91 90 93 84 117 111
Quadro 126: Número de Processos por faixa etária e sexo Fonte: CPCJ de Baião

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Da distribuição processual, por faixa etária e por sexos, constatamos que em todas as faixas etárias a
variação dos processos por sexo é pouco significativa. No que diz respeito à soma de todos os escalões
etários constatamos que o sexo masculino predomina nos anos de 2008, 2010, 2011, 2012 e 2013,
tendência contrariada pelos valores do ano de 2009, onde o sexo feminino surge como o mais frequente
na soma dos processos por escalões etários e sexo. É ainda importante salientar que embora a maior
concentração de processos se situa entre os 10 e os 21 anos, o elevado número de processos registados
nas faixas etária mais baixas afigura-se-nos como muito preocupante, porque são menos capazes de
pedir ajuda e, tantas vezes, menos resilientes. O número de crianças acompanhadas, com idades
compreendidas dos 0 aos 2 anos é ainda mais preocupante, porque, muitas vezes estão em casa e os que
as observam são muito menos

Motivos de Intervenção com crianças dos 0-5

Tipologias e/ou contextos 2008 2009 2010 2011 2012 2013


Negligência 12 17 22 17 13 21
Maus Tratos Físicos 1 5 6 2 1 0
Alcoolismo e Violência Doméstica 30 42 27 32 21 26
Abuso Sexual 1 2 2 0 0 0
Abandono 1 3 2 0 1 1
TOTAIS 45 69 59 51 36 48
Quadro 127: Motivos de intervenção com crianças dos 0-5 anos Fonte: CPCJ de Baião

Motivos de Intervenção com crianças dos 6-10

Tipologias e /ou contextos 2008 2009 2010 2011 2012 2013


Negligência 17 23 10 16 21 26
Maus Tratos Físicos 0 2 6 4 0 0
Alcoolismo e Violência Doméstica 42 44 22 21 20 27
Abuso Sexual 0 1 0 1 2 0
Abandono 0 0 1 1 1 1
Abandono/Absentismo Escolar 0 1 2 0 1 0
TOTAIS 59 71 41 43 45 54
Quadro 128: Motivos de intervenção com crianças dos 6-10 anos Fonte: CPCJ de Baião

Motivos de Intervenção com Crianças dos 11-14


Tipologias e/ou contextos 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Negligência 9 8 6 9 11 23
Maus Tratos Físicos 2 0 12 2 4 1
Alcoolismo e Violência Doméstica 30 38 13 22 18 29
Abuso Sexual 1 1 3 1 1 1
Abandono 0 0 0 0 1 2
Abandono/Absentismo Escolar 5 5 6 0 6 9
Prostituição Infantil 0 0 1 0 0 0
Exploração do Trabalho Infantil 0 0 0 0 0 2
TOTAIS 47 52 41 34 41 67
Quadro 129: Motivos de intervenção com crianças dos 11-14 anos Fonte: CPCJ de Baião

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Motivos de Intervenção com jovens dos 15-21
Tipologias e/ou contextos 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Negligência 8 5 16 10 11 7
Maus Tratos Físicos 2 4 5 7 1 0
Alcoolismo e Violência Doméstica 31 28 30 31 31 33
Abuso Sexual 0 1 0 1 1 1
Abandono 0 0 1 1 1
Abandono/Absentismo Escolar 8 5 4 3 10 18
Prática de facto qualificado como crime 1 0 1 0 0 0
Uso de estupefacientes 0 0 1 0 0 0
TOTAIS 50 43 58 53 55 59
Quadro 130: Motivos de intervenção com crianças dos 15-21 anos Fonte: CPCJ de Baião

Da análise dos quadros anteriores podemos verificar que o problema dominante, nos processos
compreendidos entre todas as faixas etárias, prende-se com o Alcoolismo e Violência Doméstica.
Negligência surge como a segunda tipologia mais frequente em todas as faixas etárias, variando
ligeiramente ao longo dos anos.
A incidência de alcoolismo no concelho é um problema extremamente grave, tanto mais que é uma
problemática que carece de aceitação e vontade de tratamento por parte dos doentes, não temos uma
consulta de alcoologia e a dificuldade de deslocação é grande. Refira-se, no entanto, que temos alguns
casos de sucesso, mesmo em tratamento ambulatório.
O Abandono/Absentismo Escolar começa a registar um crescimento, sobretudo nos anos de 2012 e 2013
e a partir da faixa etária dos 11 aos 14 anos chegando mesmo a suplantar a tipologia Maus Tratos Físicos
na faixa etária dos 15 aos 21 anos como a terceira mais frequente. A este facto não é alheio o aumento da
escolaridade obrigatória e a crise económica que afeta os agregados familiares.
As tipologias de Abandono, Abuso Sexual e Prostituição Infantil apresentam valores residuais no contexto
dos volumes processuais dos vários anos. No entanto, são valores preocupantes tendo em conta o
contexto sociodemográfico em que se insere o nosso concelho.
É ainda importante salientar, que os números de processos na faixa etária dos 0 aos 10 anos
representam, em quase todos os anos avaliados, mas de metade do volume processual desses mesmos
anos, algo de muito preocupante.

Medidas de aplicadas a crianças dos 0 -5.


2008 2009 2010 2011 2012 2013
Apoio Junto dos Pais 41 64 55 40 12 12
Junto de Outro Familiar 3 3 2 9 2 1
Acolhimento Institucional 0 0 0 0 0 1
Confiança a Pessoa Idónea 0 0 0 0 0 1
Quadro 131: Medidas aplicadas a crianças dos 0-5 anos Fonte: CPCJ de Baião

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Medidas de aplicadas a crianças dos 6-10.
2008 2009 2010 2011 2012 2013
Apoio Junto dos Pais 56 68 36 37 12 19
Junto de Outro Familiar 0 0 3 4 2 5
Quadro 132: Medidas aplicadas a crianças dos 6-10 anos Fonte: CPCJ de Baião

Medidas de aplicadas a crianças dos 11-14.


2008 2009 2010 2011 2012 2013
Apoio Junto dos Pais 47 57 40 36 16 23
Junto de Outro Familiar 5 1 3 5 7 10
Acolhimento Institucional 1 0 1 0 0 0
Quadro 133: Medidas aplicadas a crianças dos 11-14 anos Fonte: CPCJ de Baião

Medidas aplicadas a jovens dos 15-21


2008 2009 2010 2011 2012 2013
Apoio Junto dos Pais 38 32 51 36 13 20
Junto de Outro Familiar 2 2 2 6 3 7
Acolhimento Institucional 0 2 1 3 2 4
Confiança a Pessoa Idónea 3 4 1 1 2 1
Autonomia de Vida 5 5 1 3 2 3
Quadro 134: Medidas aplicadas a crianças dos 15-21 anos Fonte: CPCJ de Baião

Ao nível das medidas aplicadas, e da análise dos dados comparativos, podemos verificar que a medida
em meio natural de vida, particularmente, a de de Apoio Junto dos Pais é a mais comum, ao longo dos
anos e em todas as faixas etárias, como demonstram as tabelas. Porém, assistiu-se a uma queda no
número de aplicações dessa medida nos anos de 2012 e 2013.

Processos por Freguesia


2011 2012 2013
Ancede 34 22 21
Campelo 11 19 16
Covelas 2 2 5
Frende 11 10 20
Gestaçô 7 11 18
Gôve 8 13 24
Grilo 4 8 14
Loivos da Ribeira 1 4 6
Loivos do Monte 9 10 8
Mesquinhata 1 2 0
Ovil 4 6 11
Ribadouro 1 1 0
Santa Cruz 8 11 18
Santa Leocádia 6 2 5

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Santa Marinha 31 25 31
Teixeira 6 5 5
Teixeiró 18 8 7
Tresouras 1 1 1
Valadares 16 12 11
Viariz 2 5 7
Quadro 135: Processos por Freguesia Fonte: CPCJ de Baião

Segundo os dados apresentados, no ano de 2011 as freguesias que registaram um maior número de
processos foram Ancede, Santa Marinha do Zêzere, Teixeiró e Valadares. Porém, é de realçar que as
freguesias de Ancede, Teixeiró e Valadares registaram uma significativa descida no número de processos
nos anos de 2012 e 2013. Neste mesmo período a freguesia de Santa Marinha do Zêzere manteve quase
o mesmo volume processual.
Por outro lado, constata-se que existem freguesias onde se tem verificado um aumento do número de
crianças e/ou jovens em perigo, tais como Frende, Gestaçô, Gôve e Santa Cruz do Douro.

Processos por Áreas


2008 2009 2010 2011 2012 2013
Agrupamento de Vale de Ovil 29 33 19 24 37 74
Agrupamento de Sudeste de Baião 87 105 91 93 77 85
Agrupamento de Eiriz 85 97 89 64 63 69
Quadro 136: Processos por Áreas Fonte: CPCJ de Baião

Segundo os dados expostos, podemos verificar que a área geográfica do Agrupamento de Escolas do
42
Vale d’Ovil registou, no ano de 2013, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. Por outro
43 44
lado os Agrupamentos de Eiriz e do Sudeste de Baião , apesar de registarem algumas variações
mantêm um volume processual semelhante em 2013 aos registados nos anos anteriores.

II- Equipa Multidisciplinar de Assessoria aos Tribunais (EMAT)

O acompanhamento técnico em matéria de proteção de crianças e jovens em perigo junto dos Tribunais compete ao
Instituto da Segurança Social, através das Equipas Multidisciplinares de Assessoria aos Tribunais (EMAT).

42
Incluem as freguesias de Campelo, Ovil e Loivos do Monte.
43
Inclui as freguesias de Ancede, Gôve, Grilo Mesquinhata, Ribadouro, Santa Cruz do Douro e Santa Leocádia
44
Inclui as freguesias de Santa Marinha do Zêzere, S. Tomé de Covelas, Frende, Gestaçô, Loivos da Ribeira, Teixeira, Teixeiró,
Tresouras, Valadares e Viariz.

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Transitados Transitaram
Abertos no
do ano para o ano de
Processos de Promoção e Proteção Ano
anterior 2012

Nº de Processos administrativos 0 2 2

Nº de Processos de promoção e proteção 0 19 25

Total 0 21 27

Quadro nº 137: Volume processual Global de Processo de promoção e proteção EMAT- Dez. 2012 – Fonte: ISS IP Porto.

Caraterização dos Processos de Promoção e Proteção por fase processual Nº Total

Nº de Processos de promoção e proteção em que foi executada pelo menos uma medida no ano em avaliação
28
Nº de Processos de promoção e proteção em fase de avaliação diagnóstica
2
Nº de Processos de promoção e proteção a aguardar decisão ou execução da medida
7
Quadro nº 138: Caracterização do Processos de Promoção e Promoção processual Global EMAT- Dez. 2012 – Fonte: ISS IP Porto.

III – Crimes associados à violência familiar

Destacamos a evolução dos crimes associados à violência doméstica, quer por ser uma das problemáticas
sociais de contornos multidimensionais, quer porque verificamos que entre 2010 e 2012, este tipo de crime
tem registado uma diminuição significativa, cre-se que fruto da ação concertada das entidades locais com
responsabilidade nesta matéria.

Tipo Crime45 Violência doméstica contra cônjuge ou análogos

Anos ┴ 2009 2010 2011 2012


Baião ┴ 50 66 60 47

Quadro 139: Tipo de crimes registados entre 2009 e 2012 Baião Fontes de Dados: DGPJ/MJ Fonte: PORDATA

4.2 – População Adulta

Os quadros que se seguem pretendem ilustrar o resumo das valências que servem a população
Adulta existentes no Concelho, bem como, as suas principais caraterísticas em matéria de
capacidade, área geográfica de abrangência, localização e utentes em lista de espera.

45
Os valores apresentados incluem os crimes registados pela ASAE, PSP, Direcção-Geral dos Impostos, Direcção-Geral das
Alfândegas, Inspeção de Jogos, SEF, Polícia Judiciária, Polícia Marítima, GNR, Polícia Judiciária Militar.

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PESSOAS IDOSAS
Acordo de
Nº de utentes em
Valências cooperação
Nome da Localização Área geográfica de Nº de lista de espera
Capacidade c/ ISS.IP
Instituição/IPSS Valência abrangência dos utentes Utentes
Nº de do Fora do
Utentes concelho concelho

Santa Cruz Douro,


Ancede, Gôve, S. Tomé
de Covelas, Valadares,
Centro Social de Sta. Marinha do
Santa Cruz Douro Zêzere, Frende,
- SAD Santa Cruz Gestaçô e Loivos da
ALARGADO Douro Ribeira, Campelo, 50 50 45 0 0
Ovil, Campelo, Gôve,
Ancede, Loivos Ribeira,
OBER - SAD Frende, Tresouras,
ALARGADO Campelo Teixeira 30 30 33 0 0
Santa Leocadia,
Serviço de Apoio Ribadouro, Ancede,
Domiciliário(SAD) CECAJUVI Santa Leocádia Gôve 24 20 24 0 0

Grilo, Mesquinhata,
Gôve, Ribadouro,
Santa Leocadia,
ADEGRIL Grilo Ancede, Soalhães 25 25 24 0 0

Santa Casa
Misericórdia Teixeira, Teixeiró,
Baião - SAD Santa Marinha Zêzere,
Localizado Campelo Gestaçô e Frende 8 8 8 8 0

Santa Casa
Misericórdia Teixeira, Teixeiró,
Baião - SAD Santa Marinha Zêzere,
TRADICIONAL CAMPELO Gestaçô e Frende 25 25 25 0 0

Campelo, Ovil e Loivos


Centro de OBER CAMPELO Monte 20 15 15 0 0
Convívio

ADEGRIL Grilo Grilo, Gôve 15 15 20 0 0

Centro Social de Santa Cruz Sta Cruz Douro,


Ancede, Valadares, S. 10 10 5 0 0
Santa Cruz Douro Douro
Tomé Covelas, Frende
Santa Leocadia,
Centro de dia
CECAJUVI Santa Leocádia Ribadouro, Ancede, 30 20 21 0 0
Gôve e Mesquinhata

OBER CAMPELO Campelo, Ovil e Loivos 20 20 21 0 0


Monte
CENTRO SOCIAL
SANTA CRUZ Santa Cruz
DOURO Douro Concelho 22 22 22 20 6

Santa Casa da
Misericórdia
Lar de idosos Baião - Lar S.
Bartolomeu Campelo Concelho 65 65 65 29 8
Santa Casa da
Misericórdia - Lar
de Santa Marinha Santa Marinha
Zêzere Zêzere Concelho 30 30 30 13 3

Total 374 355


334 62 17
Quadro 140: Respostas Sociais População adulta - Dez de 2013. Fonte: IPSS’s

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PESSOAS ADULTAS COM DEFICIÊNCIA
Acordo de
cooperação Nº de utentes em
c/ ISS.IP lista de espera
Localização Área geográfica de abrangência Nº de Nº de do Fora do
Nome da Instituição/IPSS Valência dos utentes Capacidade Utentes Utentes concelho concelho
Valências

Campelo;Gestaçô; Santa
Santa Casa da Misericórdia de Marinha do Zêzere; Teixeira;
Baião - CAO Chavães Ovil Teixeiró; Valadares 30 30 30 6 0

Ribadouro;
Ancede;Gôve;Grilo;Mesquinhata;
Santa Casa da Misericórdia de Santa Leocádia; Santa Cruz do
CAO Baião - CAO Mesquinhata Mesquinhata Douro 30 25 25 10 0
Hipoterapia -
Centro Hípico C.M.Baião Campelo Utentes de CAO não
Valências PESSOAS EM SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA
Acolhimento
familiar para Campelo,
Adultos Loivos da
Dependentes ISS, IP - CD Porto Ribeira Campelo, Teixeira e Ovil 3 não 3 0 0
PESSOAS IDOSAS OU ADULTAS COM DEFICIÊNCIA OU DEPENDÊNCIA
Programs Acordo de Nº de utentes em
/recursos cooperação Nº de lista de espera
Municipais Nome da Instituição/IPSS Localização Área geográfica de abrangência Capacidade
Nº de Utentes Do Fora do
Utentes concelho concelho
Linha Amiga C.M.Baião Campelo Concelho Ilimitada Não 227 0 0
Dependente
dos recursos
existentes e
da
mobilidade
Centro de das
Recursos do necessidades
GAF C.M.Baião Campelo Concelho sinalizadas Não 12 5 0
Programa
FSS (
Rubricas:
eliminação
barreiras
arquitetónicas,
material
médico,
apoios
medicação
cronica e
deslocações a Dependente
consultas e dotação
eventos para orçamental
deficiencia) C.M.Baião Campelo Concelho anual Não 34 29

Depende das
Isenção turmas
mensalidades constituídas e
equipamentos dos pedidos
desportivos C.M.Baião Campelo Concelho existentes Não 3 0 0
Unidade
Móvel de C.M.Baião e ACES Tâmega I - Sim- Min.
Saude Centro Saude Baião Campelo Concelho Ilimitada Saude 4001 0 0
Variável
(função dos
equipamentos
Banco de Campelo, existentes e
Produtos de C.M.Baião/Cecajuvi/OBER/Centro STª. sinalizações
Apoio Saude Baião Leocadia Concelho efetuadas) Não 97 4 0

Quadro 140 A. :Respostas Sociais População adulta (Cont.) - Dez de 2013. Fonte: IPSS’s e C.M.Baião

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4.3 – Família e Comunidade

No quadro seguinte apresenta-se o resumo das valências de apoio à Família e a Comunidade no


Concelho.
FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL
Valências Área geográfica de
Nome da Instituição Localização
Abrangência

ELAS (Equipa Local de


Ação Social) ISS, IP Campelo Concelho
NLI (Núcleo Local de Campelo, Santa
Atendimento/acompanhamento Inserção) -RSI ( equipas Marinha Zêzere,
social Protocolos) - ISS,IP Santa Cruz Douro Concelho
CPCJ de Baião Campelo Concelho

GAF (Gabinete Apoio


Família) - C.M.Baião Campelo Concelho
Quadro 141: Atendimento/acompanhamento social - Família e Comunidade - Dez de 2013. Fonte: CLASB

FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL


Acordo de Nº de utentes em lista
Valências Nº de de espera
Nome da àrea geografica de Capacidad cooperaçã
Localização Utentes
Instituição/IPSS abrangencia e o Nº de do fora do
*
Utentes concelho concelho
Santa Leocadia,
Ribadouro,
Mesquinhata,
Santa Ancede, Grilo e
PEA-46 CECAJUVI Leocádia Gôve 65 65 22 0 0

PEA - Santa Casa


Misericórdia Baião Campelo Concelhia 65 65 31 0 0
Programas de ajuda
alimentar PCAAC47
(Mediadora) Santa
Casa da Misericórdia Campelo Concelho Sim 504 0 0
Campelo e
PCAAC (Mediadora) Santa Marinha
- OBER Zêzere Concelho Sim 317 0 0
Campelo e
PCAAC - Beneficiária Santa Marinha
OBER Zêzere Concelho Sim 315 0 0
Valências PESSOAS COM VIH/SIDA E SUAS FAMILIAS

Atendimento/acomp
anhamento social
OBER Campelo Concelho variável Sim 3 0 0
Quadro 142: - Respostas Sociais- Família e Comunidade das IPSS’s - Dez de 2013. Fonte: IPSS’s

46
Programa de Emergência Alimentar (PEA) - permite garantir às pessoas e/ou famílias carenciadas, o acesso gratuito a refeições diárias. No
Concelho foram celebrados dois protocolos de colaboração com o ISS. IP (CECAJUVI e Santa Casa da Misericórdia de Baião), para o fornecimento
de 130 refeições diárias. Este programa encontra-se em vigor desde Março de 2012.
47
Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados (PCAAC) - Podem ser beneficiários deste programa todas as famílias/pessoas que se
encontrem numa situação de vulnerabilidade social e pessoal. (Baixo rendimento do agregado familiar/Desemprego prolongado/ Situações de
prisão, morte, doença, separação e abandono/ Pensionistas do regime não contributivo/Número de pessoas do agregado familiar/ Situações de
catástrofe).

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FAMÍLIA E COMUNIDADE EM GERAL
Projectos Projeto/Programa/Med Nº
Municipais Identificação da Área de N.º de
ida Atividades/projetos Famílias
instituição abrangência utentes
Inicio Término abrangidas
Fundo de
Apoios económicos ( área da saúde,
Solidariedade
Não habitação, educação e outros) e prestação de
Social
C.M.Baião Concelho 2007 previsto serviços aos munícipes carenciados 1020 372

Linha Amiga Não Apoios gratuitos às idosas áreas de Bricolage,


C.M.Baião Concelho 2006 previsto Pichelaria, Serralharia 20 20
Centro de
Recursos e Cedência material medico (cadeiras rodas,
Produtos apoio Não camas articuladas, etc..) e equipamento
médico - GAF C.M.Baiao Concelho 2010 previsto domestico ( mobília e equipamento domestico). 20 13

CLDS - (PRO)
BAIAO- Eixo 2 Santa Casa - Analise das condições de envelhecimento
Misericórdia Baião Concelho .2011 .2013 em Baião 4.387 2.400

CLDS - (PRO)
BAIAO- Eixo 3 Santa Casa
Misericórdia Baião Concelho ,.2011 .2013 Plano de necessidades e do perfil voluntariado 7000 7000
CLDS- (PRO) Santa Casa
BAIAO -Eixo 4 Misericórdia Baião Concelho .2011 .2013 Serviço "Distancia Zero" 28 28
Associação Espaço destinado ao apoio munícipes
Loja Social Trabalhadores da Não carenciados ( cedência roupa, calçado,
C.M.Baiao Concelho .2010 previsto brinquedos, etc..) 318 27
Não
Passeio Sénior
C.M.Baiao Concelho .2005 previsto Passeio anual de convívio, fora concelho. 1200
Festa de Natal Não
Sénior C.M.Baiao Concelho .2005 previsto Convivo de natal sénior 1300
Stª. Casa da
Misericórdia/Ober
Núcleo Local de
e Censtro Social
Proteção ao Idoso
de Stª. Cruz Não
Douro Concelho .2013 previsto Planificação atividades
Stª. Casa da
Grupo de
Misericórdia/Ober
Voluntariado "De
e Censtro Social
Todos Para
de Stª. Cruz Não
Todos"
Douro Concelho .2013 previsto Ações de Formação "Encontros de Partilha"
Campelo,
Stª.Marinha
Projeto "Mais Zêzere,
Mulher" Centro Saude, Frende, Promoção de competências ao nível da
Câmara e Seg., Gestaçô e promoção da saúde, prevenção da doença,
Social Ancede .2010 .2013 organização familiar e cidadania 63

Censos Sénior Não


GNR Concelho .2012 previsto Vigilância a idosos isolados e monitorização 94

Quadro 143: Programas e medidas de apoio à Família e Comunidade. Fonte: Grelha de recolha de dados Grupo Redes Sociais 2011
e 2013 e Núcleo Executivo do CLASB

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4. Quadro de Avaliação Estratégica

- O número de pensionistas em 2011 (6.336) representavam 30,9% da população residente em Baião;


- Os pensionistas por velhice representavam 61,1%, por sobrevivência 27% e por invalidez 11,8%;
- Os valores médios anuais das pensões eram de cerca 3.903€, sensivelmente 325,25€ mensais. Os valores relacionados com a
Invalidez rondavam os 4.163,00€, os de Velhice 4.517,00€ e os de sobrevivência de 2.401,00€;
- Os Beneficiários de Subsidio de Desemprego em 2011 eram 972, dos quais 606 Homens e 366 Mulheres;
- Os valores médios anuais de subsídio de desemprego rondavam os 3.086,00€;
- Acentuada diminuição dos Beneficiários de RSI, fruto das alterações legislativas e não associadas à diminuição da privação e
vulnerabilidade - 2010 (2998); 2011 (3359); 2012 (1205); 2013 (1397)
- Concomitante diminuição do número de Agregados familiares abrangidos pelo RSI – 2010 (1171); 2011 (1316); 2012 (456);
2013 (547);
- Infância e Juventude: 387 Crianças e Jovens integradas nas Valências de apoio social;
- Aumento significativo do fluxo processual e dos processos ativos na CPCJ de Baião 2013;
- População Idosa: 492 pessoas idosas integradas em valências de apoio social;
- População com Incapacidades: 55 pessoas integradas em CAO;
- Idosos e Adultos Dependentes ou com deficiência: 4.340 intervencionados em 2013 pelas entidades locais
- Programas de ajuda alimentar:
- PEA: 130 refeições disponibilizadas, 41 agregados familiares beneficiários;
- PCAAC: 1.136 beneficiários

Potencialidades Constrangimentos

- Organização da Rede Social; - Zonas territoriais a descoberto e sobreposição em termos


- Existência de valências de apoio multissetoriais e de respostas e serviços de proximidade;
multidisciplinares; - Cultura e especificidade da população com maiores
- Relação funcional e profícua entre as Autarquias (CMB fragilidades;
e JF) e as Instituições do Terceiro Setor do Concelho; - Valores médios anuais das pensões mais baixos do que
- Experiência acumulada das Instituições em matéria de o verificado na região e no país;
intervenção social; - Valores reduzidos das prestações de RSI;
- Equipamentos Sociais / Infra-estruturas com qualidade - Rede de transportes públicos precária;
e recentes; - Dificuldade no alargamento de Protocolos de Cooperação
- Objetivo “Combate à Pobreza e às Desigualdades e criação de novas valências;
Sociais” da Estratégia “Europa 2020”;
- Promoção de respostas inovadoras de apoio população
idosa (Ex. Centros de Noite)
- Integração da Rede Social em estruturas
supramunicipais (Plataforma Territorial do Tâmega e
Sousa, CIM, ARE, AMBT)
- Terceira geração do Contrato Local de
Desenvolvimento Social (CLDS +)

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4.1. Análise SWOT - ANÁLISE SOCIAL DO CONCELHO DE BAIÃO


Fonte: ADEGRIL; CECAJUVI; CENTRO SOCIAL SANTA CRUZ DO DOURO; CENTRO SOCIAL SANTA
MARINHA DO ZÊZERE; OBER; SANTA CASA DA MISERICÓRDIA. Informação cedida, em 2013, à
Agenda Regional para a Empregabilidade no Tâmega e Sousa.

Pontos Fracos Pontos Fortes

- Dificuldades de tesouraria na maioria das Instituições; - Grande know how das equipas multidisciplinares das
Instituições;
- Resistência dos colaboradores à Formação Interna
mínima; - Equipamentos Sociais/Infra-estruturas com qualidade
(PARES, POPH);
- Excessiva dependência económica das receitas da
Segurança Social; - Prestação de serviços à população com excelente
qualidade;
- Elevado desgaste da frota automóvel.
- Proximidade com a população/público-alvo;

- Grandes empregadores no Concelho;

- Elevada cobertura de respostas sociais/necessidades


da população.

Constrangimentos Oportunidades

- Dispersão geográfica e orografia do Concelho; - Envolvimento/proximidade e sensibilidade do poder


local com as Instituições de Solidariedade Social do
- Elevada taxa de desemprego e baixos recursos Concelho;
económicos das famílias;
- Boa colaboração interinstitucional (IPSS’s e
- Rede de transportes públicos precária; Misericórdia);

- Baixa taxa de natalidade; - População envelhecida.

- Impossibilidade de alargamento de Protocolos e criação


de novas valências, por falta de verbas por parte da
Segurança Social;

- Inexistência de diferenciação positiva nos Protocolos


com a Segurança Social, pela localização geográfica
(interior), comparativamente às Instituições em contexto
urbano;

- Elevados custos com pessoal, pelas exigências dos


Protocolos.

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XII – Abordagem Estratégica

No presente cenário sócio-económico responsável pelo agravamento dos vários indicadores de risco,
importa atender às situações de urgência social de natureza conjuntural, sem perder de referência as
exigências de carácter estratégico, desenhando, nos diferentes domínios, respostas integradas de médio e
longo prazo:

1. O envelhecimento e o decréscimo populacional verificado em Baião impelem à necessidade de


articulação e de integração das múltiplas intervenções e respostas locais existentes num Plano de
Intervenção Gerontológico. Este Plano definirá a prática de planeamento e avaliação entre as
instituições, assim como, promover a inovação nas respostas direcionadas para esta problemática
permitindo responder de maneira flexível às velhas e novas necessidades pessoais e sociais
desta população.
O aumento de esperança média de vida permite ampliar o horizonte de oportunidades de convívio
e de aprendizagem entre gerações, pelo que urge equacionar este desafio intergeracional no seio
de uma estratégia de combate às situações de solidão não escolhida e de isolamento social que,
atingindo de modo particularmente visível as pessoas idosas, na verdade, afetam a vida de todos
os cidadãos.
Apostar na qualidade de vida dos nossos cidadãos idosos é apostar no respeito pelo ser humano
e na memória de um povo. Uma aposta estrutural ao nível de infraestruturas e acessibilidades
direcionadas para esta faixa etária, é uma resposta a um fenómeno que se agudiza em Portugal e
em toda a Europa; é uma forma de valorização da Pessoa numa aposta de um concelho que tem
a valorização da qualidade de vida como imagem de marca.
No topo dos problemas sinalizados nesta faixa etária aparecem os que se referem aos cuidados
de saúde, à segurança, aos apoios de proximidade, às condições de mobilidade, acessibilidade e
habitabilidade.

2. Nas temáticas do Emprego/Desemprego, Formação e Empreendedorismo são englobados um


conjunto heterogéneo e complexo de dados e necessidades que importa aglutinar numa mesma
plataforma de diagnóstico e avaliação com vista a uma efetiva definição de um planeamento
municipal integrado e, sobretudo, de monitorização e avaliação, permitindo redirecionar as
medidas a impulsionar, com maior eficácia e eficiência. Na atualidade, as dinâmicas
socioeconómicas aparecem configuradas por um incontornável cenário de crise internacional,
nacional, regional e forçosamente, local. Pelo lugar que ocupam na definição de estratégias de
inserção e coesão social, as questões relativas ao emprego, enquanto via privilegiada de
obtenção de recursos necessários à autonomia de vida, assumem uma importância central em

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todos os planos de análise considerados neste domínio. Por outro lado, constata-se que os riscos
de pobreza e de exclusão social por privação de condições materiais de subsistência não se
confinam à população desempregada. Existe um grande número de «pobres que trabalham»
constituindo as novas formas de pobreza fruto do agravamento progressivo das situações de
sobreendividamento que têm vindo a afetar, essencialmente, as famílias da classe média que, por
perda de salário ou poder de compra, deixam de conseguir fazer face às despesas do seu
agregado familiar. No entanto, continuam a não reunir condições de acesso a apoios ou
prestações sociais mas encontram-se em situação de privação, podendo ser entendidos como
«novos pobres».
De salientar também que tanto a nível nacional como local, a população mais vulnerável e
suscetível de exclusão continua a caracterizar-se por níveis de escolaridade baixos.
Em relação às gerações mais jovens, os problemas como o insucesso e o abandono escolar
precoce continuam a estar presente nas preocupações sociais do concelho – pese embora a
acentuada evolução positiva registada nos últimos anos - como ação preventiva, motivando
ofertas formativas de caracter profissionalizante, surgindo as ações pedagógicas de
empreendedorismo como uma área a potenciar.
A promoção, divulgação e incentivo a projetos de empreendorismo e de inovação social, com
destaque para iniciativas promotoras de empregabilidade, em particular junto dos grupos mais
vulneráveis, potenciam a dinâmica socioeconómica concelhia. A formação e a educação surgem
também neste domínio, não apenas no sentido do investimento na qualificação dos chamados
«recursos humanos», mas numa perspetiva mais ampla de aprendizagem ao longo da vida,
enquanto indutores da autonomia e do empoderamento dos cidadãos.

3. Na temática da Saúde, continuamos a assistir a uma reduzida tradução dos dados estatísticos
com as especificidades locais apreendidas e vivenciadas pelas parcerias em matéria de
problemáticas sociais nesta matéria. Os problemas ligados ao álcool, as medidas de prevenção,
tratamento e reinserção, continuam a não encontrar no concelho projetos e medidas sustentadas
e concertadas de intervenção dos parceiros, que permitam minorar este flagelo pessoal, social e
familiar.
Por outro lado, considerando as alterações demográficas que apontam para a existência de uma
população cada vez mais envelhecida, a atenção aos cuidados de saúde continuados e de
proximidade assume também particular importância, bem como, a reflexão sobre a acessibilidade
dos mais vulneráveis às estruturas e dos equipamentos de apoio ao nível da reabilitação
psicossocial e da saúde mental, impõem-se num quadro de intervenção estratégica.

4. No que se refere à população com incapacidades e dificuldades na autonomia e mobilidade, a


mesma exige uma atenção redobrada, principalmente em termos de diagnóstico territorial e
prospetivo. A especificidade da temática engloba igualmente um conjunto especifico de

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problemáticas que exigem respostas e serviços multissetoriais de apoio e que requerem uma ação
concertada. Esta franja da população enfrenta dificuldades acrescidas em todos os planos de
desenvolvimento pessoal e social. Levanta-se aqui sobretudo a necessidade de reflexão em torno
da existência de sistemas de suporte apropriados às necessidades de vida das pessoas com
deficiência em idade adulta bem como à população idosa, dado que, a previsível perda da
retaguarda familiar, constitui a principal ameaça nesta matéria.
O contexto agrava-se se introduzirmos a questões dos cuidadores informais: gente ligada por
laços afetivos, sem formação e muitas vezes disponibilidade para fazer face às solicitações
profissionais e pessoais, pelo que urge definir estratégia de ações multifacetadas e variadas,
mitigando este constrangimento.

5. O parque habitacional aparece também como um forte constrangimento concelhio que assume
dimensões ainda mais preocupantes quando diz respeito à população vulnerável. O número de
sinalizações efetuadas pelas parcerias locais e os pedidos de apoio familiar na área habitacional
(renda, obras, consumos domésticos – luz, gás, água) atestam essa realidade. A população mais
vulnerável, não possui as condições de igualdade no acesso à habitação ou à conservação da
habitação. Por um lado, existem famílias em que o encargo da habitação com a renda
habitacional e despesas de consumo doméstico representam no seu conjunto encargos que
constituem riscos graves de sobrevivência familiar e por outro, existem famílias sobreendividadas,
que associadas a outros fatores de risco decorrentes de vulnerabilidades pessoais e/ou sociais,
possuem uma grande dificuldade em assegurar a conservação da habitação própria. Estas
problemáticas, num contexto de escassez de apoios públicos específicos, reclamam a promoção
de habitação social no concelho como uma estratégia emergente.

6. Para a promoção da inclusão e coesão sociais, este Diagnóstico demonstra a multiplicidade e a


complexidade de novas e velhas problemáticas sociais que aconselham à consolidação da
articulação e da cooperação institucional numa política coerente e integradora, também
participada pelos diferentes interventores numa plataforma comum onde recursos e respostas
sejam cada vez mais eficientes porque orientadas para a promoção da autonomia e do
empoderamento dos cidadãos, em particular aqueles que se encontram mais expostos a situações
de grave vulnerabilidade. Esta vulnerabilidade exige uma atenção prioritária às situações
específicas das pessoas e dos grupos humanos sinalizados como mais susceptíveis de risco -
crianças e jovens, pessoas idosas, pessoas com deficiência e/ou incapacidade, e os «novos
pobres». A importância da família, enquanto unidade social de base, emerge da análise de todos
eixos temáticos, justificando a necessidade de medidas sociais específicas. As mudanças de
carácter sociodemográfico, como a diminuição da natalidade, o aumento de esperança de vida, a
participação das mulheres no mercado de trabalho, o aparecimento de novas configurações
familiares e de novas funções parentais, entre outras, têm impacto direto em todos os modos de

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fazer sociedade, concretamente no que se refere às novas gerações, à vida das crianças e dos
jovens.
Emerge neste contexto a necessidade de reforço ao nível das estratégias de prevenção e de
avaliação do risco. A situação de precariedade financeira de muitas famílias coloca as crianças e
jovens em posição de vulnerabilidade e desproteção, requerendo por isso uma atenção acrescida,
não só por parte dos serviços e dos atores tradicionais na ação social mas, também e
forçosamente, de todos os membros da sociedade civil.

7. A consolidação dos princípios da subsidiariedade e da articulação constituem o fundamento


estratégico para a organização da intervenção em todas as dimensões temáticas consideradas
neste Diagnostico Social, no sentido da rentabilização das respostas, recursos e possibilidades de
ação dos atores socio institucionais concelhios.
As problemáticas abordadas neste Diagnóstico associadas à implementação de processos de
monitorização do impacto das medidas tomadas no âmbito da intervenção social, deverá constituir
o alicerce para a implementação do Observatório Social de Baião, possibilitando a sistemática
avaliação e a produção de conhecimento a partir da própria intervenção, bem como a
disseminação de boas práticas.

Assim, no cumprimento do índice temático e estratégico deste documento, surge a definição dos seguintes
eixos estratégicos de intervenção a aprofundar e a trabalhar em sede do Plano de Desenvolvimento
Social:

Eixo 1- Envelhecimento Ativo e Inclusivo

Eixo 2- Emprego, Formação e Empreendedorismo

Eixo 3- Incapacidades e Dificuldades de autonomia e mobilidade

Eixo 4- Família, Infância e Juventude

Eixo 5- Habitação e Acessibilidades

Eixo 6 - Saúde

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