MUROS DE ARRIMO

São estruturas destinadas a conter solo e manter uma diferença em

elevação, da superfície do terreno.

corte

corte
Fundações e Empuxos de Terra

aterro

aterro

Locais de uso:

 Estradas (taludes de cortes e aterros)

 Encontros de ponte
 Paredes de subsolo
 Paredes de contenção (aspecto geral)
 Elementos característicos do muro:

A D AD: crista do muro ou coroamento

AB: tardoz ou dorso
BC: base do muro
Retro-aterro
CD: face do muro
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B C C: pé do muro

Tipos de muro: Outras estruturas de contenção:

 Muro de gravidade  Cortina atirantada
 Muro tipo gabião  Cortina de estaca prancha
 Muro de flexão  Paredes diafragma
 Muro com contraforte  Terra armada ou solo envelopado
 Tipos de muros de arrimo

Muro de gravidade
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• Conta-se com o peso do próprio muro para lhe assegurar

estabilidade.
• Normalmente construídos em alvenaria (tijolo, pedra).
• Não admite tração. Resultante no terço central da base.
• Dimensão mínima de coroamento=20 cm
• Largura da base : varia entre 1/3 a 2/3 da altura
 MUROS DE GABIÕES
Tipo especial de muro de gravidade, são formados
por caixas prismáticas feitas de tela de arame
galvanizado (gaiolas) cheias com pedras, cujos diâmetros
mínimos devem ser superiores à abertura da malha das
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gaiolas . Suas características principais são a

flexibilidade, que permite que tal estrutura se acomode
a recalques diferenciais, e a permeabilidade.
Os muros de gabiões são construídos posicionando-se
os gabiões no local em que deverão ficar, enchendo-os
com pedras e amarrando-os entre si para formar as
sucessivas fiadas que formarão um estrutura de
contenção de gravidade.
Fundações e Empuxos de Terra
 Muro de Arrimo de Gabião – Tipo
Gravidade
Fundações e Empuxos de Terra
Fundações e Empuxos de Terra

MUROS MPZ
 1 - Descrição do Sistema
O Muro MPZ é um sistema de construção de muros de
contenção, tipo gravidade, constituído por um maciço de
solo compactado e reforçado com geossintéticos, com um
paramento de blocos de concreto prefabricados, conforme
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detalhes a seguir.
 O esquema do muro é o seguinte:
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H : altura total do Muro

L : profundidade do Aterro Reforçado
h : altura (variável) medida desde a base do muro
n : nº da fiada de Blocos correspondente
g i : número do nível do reforço geossintético
q : sobrecarga
Sv : espaçamento entre reforços
 TERRA ARMADA
é um sistema de solo reforçado pela inclusão de fitas
metálicas, constituído pela associação do solo de aterro com
propriedades adequadas e armaduras de aço flexíveis, nervuradas e
galvanizadas colocadas horizontalmente em seu interior à medida
que o aterro vai sendo construído.
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Imagem de: Muro Armado Contenções LTDA.

 Características:

• Paramento formado por placas pré-moldadas com grande

durabilidade;
• Excelente acabamento com estética inigualável;
• As escamas (placas) mantém juntas abertas para efeito de
drenagem e articulação das peças.
Fundações e Empuxos de Terra

Imagem de: Muro Armado Contenções LTDA.

 Aspecto das juntas abertas e acabamento.
Fundações e Empuxos de Terra

Imagem de: Muro Armado Contenções LTDA.

 Muro de flexão
Fundações e Empuxos de Terra

• Estruturas mais esbeltas, em concreto armado, com seção

transversal em forma de “L”.
• Também trabalha por gravidade, contando com o peso próprio
do maciço arrimado, que se apoia sobre a base do “L”.
• Utilizado em geral para alturas em torno de 6m
 Muro com contraforte

Contraforte

Sapata
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Viga de ancoragem

• Em concreto armado
• Possuem elementos verticais de maior porte (contrafortes),
destinados a suportar os esforços de flexão pelo engastamento da
fundação.
• Espaçamento entre contraforte: 1/3 a 2/3 da altura
 Muro de concreto com Contraforte
Fundações e Empuxos de Terra
 Muro de pedra com Contraforte
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 Estabilidade dos muros de arrimo
Um projeto satisfatório de um muro de arrimo perfeitamente estável
deve atender a uma série de condições de equilíbrio, as quais podem
ser agrupadas em:
 Condições externas
 Condições internas
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As condições de equilíbrio externo são, praticamente, as mesmas para

todos os tipos de muro. As condições internas são inerentes a cada
tipo de material utilizado.

Condições de estabilidade externa:

• Segurança contra o deslizamento
• Segurança quanto ao tombamento
• Segurança quanto à tensão admissível da fundação
• Segurança quanto à ruptura do conjunto solo/muro (ruptura
global)
 EQUILÍBRIO EXTERNO

As forças externas que atuam num muro são as indicadas

abaixo:
E N

R
Fundações e Empuxos de Terra

P
FA T
FA

Rs RS

P = Peso do muro e do solo acima deste R = resultante das forças

E = Empuxo de terra sobre o muro N e T= componentes de R
RS = Reação do solo sobre o muro
FA = Força de atrito na base do muro
 Segurança quanto ao deslizamento

FA F A = Nµ
FS = > 1,5
T

onde µ é o coeficiente de atrito ≅ tg φ’

Fundações e Empuxos de Terra

N é a componente vertical da resultante do sistema.

Valores recomendados por Moliterno:

Alvenaria/alvenaria - µ = 0,70 a 0,75
Alvenaria ou concreto/solo - µ = solo seco = 0,50 a 0,55
saturado= 0,30
Alvenaria/concreto - µ = 0,55
 Segurança quanto ao tombamento:

A condição para não haver o tombamento do muro é que o momento

de estabilidade seja maior que o momento solicitante.
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E
M EST
P FS = > 1,5
M TOMB
A

O momento de estabilidade e de tombamento são calculados em

relação ao ponto A.
 Segurança quanto à tensão admissível

LC
Mtomb N
Mest.
A
C e
Fundações e Empuxos de Terra

N .c = M est − M tomb B/2

M est − M tomb B
c= e = −c
N 2
 De acordo com o valor da excentricidade (e), há dois casos possíveis:

i)
B Resultante dentro do núcleo de pressão (central) da base
e≤
6 do muro.
C e

σ2
Fundações e Empuxos de Terra

σ1

 σ1 + σ 2 
∑ Fv = 0 ⇒  .B = N σ1 =
N 6e
.(1 + )
 2  B B
σ1 − σ 2
∑Mo = 0 ⇒ N .e =
2
.B.
B
6
N 6e
σ 2 = .(1 − )
B B

Condição final: σ1≤ σadm

 B
ii) e〉 Resultante fora do núcleo de pressão.
6
c N
Fundações e Empuxos de Terra

σ1

3c
σ 1.3c
.1 = N
2
2N
σ1 =
3c
Condição final: σ1≤ σadm
 Análise da estabilidade global do conjunto solo-muro.

O mecanismo de ruptura global do conjunto solo-muro envolve

uma superfície de ruptura conforme mostrado na figura
abaixo:
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Este tipo de ruptura ocorre principalmente quando há camadas

ou zonas de solos menos resistentes abaixo da fundação do
muro de arrimo.
 1. Inicialmente escolhe-se uma superfície de ruptura circular arbitrária;
2. Divide-se o material limitado pela superfície em fatias;
3. As forças que agem em cada fatia são mostradas abaixo:
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P – peso próprio da fatia

N – força normal à superfície de ruptura
T – força tangencial à sup. de ruptura
H1
H2 reações entre as fatias
V1
V2
Fundações e Empuxos de Terra

A resistência ao cisalhamento ao longo da base da fatia será:

onde: c’ = coesão
φ’ = ângulo de atrito

Considerando todo o arco (provável superfície de ruptura)

Repete-se o cálculo para outras prováveis superfícies de ruptura,

sendo considerada como a superfície crítica aquela que apresentar o
menor valor de FS (fator de segurança).
 Condições de equilíbrio interno
E

H/2 E R θ P

BMED
H/2
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a) Condição de Cisalhamento
O ângulo formado pela resultante das forças atuantes em qualquer seção
do muro, com o plano vertical, deve ser menor que o ângulo de atrito
interno do material do muro.
 b) Em qualquer seção do muro a tensão máxima deve ser inferior à
tensão admissível do material que constitui o muro.

M est − M tomb e=
Bmed
−c
c= 2
N
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B
e≤ (somente compressão)
6
σ1 =
N
(1 +
6e
) σ1≤ σadm
Bmed Bmed

c) Para qualquer seção do muro, o centro de aplicação da resultante

deve situar-se dentro do núcleo central, ou se fora dele, a tensão de
tração (em módulo) deve ser inferior a 25% da tensão de compressão.