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PREFEITURA MUNICIPAL DE CONCEIÇÃO DE IPANEMA

MINAS GERAIS

RELATÓRIO FINAL DA 2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL


DE EDUCAÇÃO

2017
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PREFEITO MUNICIPAL
Samuel Lopes de Lima

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


Fabiane Costa Anacleto Moraes

SUPERVISORA DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


Angélica da Silva Matos Schimit

SUPERVISORA DOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


Ilma Teixeira Dias Rodrigues

COMISSÃO ORGANIZADORA
Fabiane Costa Anacleto Moraes
Sandra Aparecida dos Santos Saar
José Aristides da Silva Gamito.
Xaiane Laia Corrêa
Jucielle Karoline de Oliveira.
Rubihany Silva
Fânia Aparecida costa Anacleto Schimit

Conceição de Ipanema, 1º de novembro de 2017.

Citação Bibliográfica:

CONCEIÇÃO DE IPANEMA, Prefeitura de. Relatório Final da 2ª


Conferência Municipal de Educação. Conceição de Ipanema: SEMEC, 2017.
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................05
2. DELIBERAÇÕES DA PLENÁRIA FINAL DA 2ª CME ...............................06
3. ANEXOS ...............................................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO

A 2ª Conferência Municipal de Educação (CME)1 de Conceição de Ipanema foi convocada pelo


prefeito municipal em exercício Samuel Lopes de Lima pelo Decreto 88/2017. Ela é prevista no Plano
Municipal de Educação (lei 806/2016):

Art. 5º O Município de Conceição de Ipanema promoverá a realização de pelo menos 2 (duas)


conferências municipais de educação até o final do Plano Municipal de Educação articuladas e
coordenadas pela SEMEC (Secretaria Municipal de Educação, Desporto, Lazer e Cultura) em
parceria com outros órgãos relacionados a Educação.

A realização da Conferência tem como objetivo a discussão sobre a construção de um Sistema


Integrado de Educação Pública em Minas Gerais e uma avaliação sobre a implementação do Plano
Municipal de Educação. As discussões tiveram como base o Documento-Referência da CONAPE/2018
proposto pelo Fórum Permanente de Educação de Minas Gerais (FEPEMG). Trata-se de um texto de um
143 páginas de propostas levantadas em debate pelo Fórum Nacional Popular de Educação sobre os
avanços e retrocessos ocorridos recentemente no país tendo em vista a implementação do Plano
Nacional de Educação (Lei Federal 13.005/2014).
A CME de Conceição de Ipanema ocorreu no dia 1º de novembro de 2017, das 8 às 16 horas, no
Centro de Evangelização da Paróquia Nossa Senhora da Conceição. O professor Walter Mendes
Monteiro proferiu uma palestra sobre o tema proposto para a CME: “A Construção do Sistema
Integrado de Educação Pública de Minas Gerais e a Implementação do Plano Municipal de Educação”.
Em seguida, os participantes previamente inscritos se reuniram em 9 grupos, com os seguintes eixos
temáticos: Grupo I - SNE, instituição e regulação da educação; Grupo II: Avaliação e Qualidade da
Educação; Grupo III: Gestão Democrática e Participação Popular; Grupo IV: Democratização da
Educação; Grupo V: Educação, Diversidade e Inclusão; Grupo VI: Desporto, Lazer, Cultura e
Tecnologia; Grupo VII: Remuneração e Carreira dos Profissionais da Educação; Grupo VIII:
Financiamento da Educação e Controle Social e o Grupo IX: A Construção do Sistema Integrado de
Educação Pública – MG.
Em cada grupo havia um expositor e um relator que coordenaram os debates. À tarde, houve
uma plenária para apresentação das deliberações e aprovação de todos. Encerrou-se com a eleição dos
delegados para representação do município na Conferência Territorial. Ficaram eleitos os seguintes
cidadãos: a) Representando a Educação Básica: Walter Mendes Monteiro e Maria José Soares Oliveira;
b) Representando a Sociedade Civil: José Aristides da Silva Gamito e Léusio Silva.
A CME representou um momento de intenso debate democrático e que conciliou interesses
locais e nacionais de modo a contemplar a demanda de professores, pais, alunos e a sociedade civil
organizada.

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A 1ª Conferência Municipal em Conceição de Ipanema ocorreu a 23 de novembro de 2005.
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2. DELIBERAÇÕES COLETIVAS DA 2ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO


DE CONCEIÇÃO DE IPANEMA

Os participantes da 2ª Conferência Municipal de Educação decidiram em plenária e a Comissão


Organizadora elaborou o seguinte relatório das deliberações e recomendações da conferência abaixo.
Todas as proposições foram submetidas à votação em plenária, com aprovação por meio de maioria
simples:

EIXO I: SNE, INSTITUIÇÃO E REGULAÇÃO DA EDUCAÇÃO

1. Assegurar a implementação dos planos municipais, estaduais e nacionais de educação, seu


monitoramento com participação de toda a sociedade.
2. Colaborar na implementação de um Sistema Nacional de Educação afim de padronizar currículos,
propostas pedagógicas e metas de desenvolvimento da educação, exceto, naquelas situações específicas
da cultura local.
3. Garantir, por meio das funções de avaliação, regulação e supervisão da educação superior, a plena
implementação das respectivas diretrizes curriculares.
4. Garantir condições para implementação de políticas específicas de formação, financiamento e
valorização dos públicos atendidos pela modalidade de educação de jovens e adultos.
5. Garantir que o município de Conceição de Ipanema cumpra a previsão constitucional de não investir
anualmente menos de 25% na educação.
6. Reafirmar a recomendação da CONAPE para que 10% do PIB nacional seja reservado para
investimento na educação.
7. Incentivar estados, DF e municípios a constituir fóruns permanentes de educação, no intuito de
coordenar as conferências livres, municipais, intermunicipais, estaduais e distrital, bem como efetuar o
monitoramento da execução do PNE e dos seus respectivos planos de educação.
8. Definir diretrizes nacionais para a política de formação inicial e continuada de professores/as e
demais profissionais da educação, e quanto ao município garantir anualmente o mínimo de horas de
capacitação prevista na Lei do Plano de Carreira.
9. Garantir infraestruturas e instalações adequadas para o funcionamento das unidades escolar de modo
a assegurar o padrão de qualidade e, em âmbito municipal, reformar as escolas e desapropriar por meio
de lei o prédio ocupado pela Escola Municipal José Olímpio, em Conceição de Ipanema.
10. Fornecer material de didático e equipamentos para todas as escolas como biblioteca, sala de
vídeo, projetor, quadro negro, impressoras e computadores.
11. Contratar professor de apoio para todos os alunos que tiverem laudo médico comprovando a
necessidade de atendimento educacional especializado.
12. Reformar, em âmbito municipal, todos os banheiros das escolas e construir naquelas que só
existe um banheiro.
13. Equipar, em âmbito municipal, as cozinhas das escolas com eletrodomésticos, vasilhames e talheres
adequados para a garantia de uma alimentação de qualidade.
14. Adquirir veículos para o transporte escolar afim de que reduza os gastos com transporte
terceirizado.
15. Adotar nutricionista exclusivo para a Secretaria de Educação para que possa haver um trabalho mais
efetivo na garantia da qualidade da alimentação escolar.

EIXO II: AVALIAÇÃO E QUALIDADE DA EDUCAÇÃO


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1. Assegurar recursos necessários para a implementação de políticas de valorização da diversidade e


inclusão escolar.
2. Em âmbito municipal, garantir o acesso de alunos especiais às salas de recursos multifuncionais;
assim como celebrar convênio com APAE para garantir o acesso dos alunos a atendimentos específicos.
3. Inserir e implementar na política de valorização e formação dos/as profissionais da educação, a
discussão sobre a garantia de inclusão de todos os estudantes sem distinção de raça, etnia, cultura,
religião, deficiência, sexo e gênero.
4. Inserir no currículo do ensino fundamental conteúdos que tratem dos direitos e deveres das
crianças e dos adolescentes, conforme a Lei 11.525/07 e a Lei 8069/90, visando uma educação
responsável que equilibre a proporção entre direitos e deveres.
5. Fornecer cursos de formação continuada para professores, com aulas práticas e direcionadas para a
necessidade de capacitação dos professores.
6. Padronizar as diretrizes curriculares das escolas da rede municipal afim de que haja uma prática
docente harmônica e unificada.
7. Adotar as aulas especializadas de educação física nos anos iniciais do ensino fundamental de modo
que exista professor específico para o componente curricular.
8. Oferecer bimestralmente incentivos e prêmios para escolas com melhores notas e índices de bom
comportamento.
9. Criar avaliações internas bimestrais em nível municipal para medir a qualidade da educação de
modo permanente.
10. Conscientizar os pais da obrigatoriedade de participar da vida escolar dos filhos, inclusive, a
necessidade de comparecer às reuniões de pais e sempre quando forem solicitados pela escola.
11. Adotar no município um professor eventual para cada escola.

EIXO III: GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPAÇÃO POPULAR

1. Incentivar e prover a formação de profissionais para a promoção da igualdade social, da inclusão de


pessoas e da sustentabilidade sócio-ambiental.
2. Ampliar os programas de apoio e formação aos conselheiros/as dos conselhos de acompanhamento e
controle social do Fundeb, conselhos de alimentação escolar, conselhos regionais e outros; e aos
representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas.
3. Garantir a oferta de água tratada e saneamento básico, energia elétrica, bibliotecas, espaços com
infraestrutura apropriada para prática de esportes, bens culturais e à arte, equipamentos e
laboratórios de ciências, rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade.
4. Convocar a comunidade escolar para elaboração do Projeto Político Pedagógico e da Matriz
Curricular sempre quando houver necessidade de alteração e premiar alunos cujos participarem desses
momentos.
5. Adotar políticas internas autônomas de educação, neste sentido, criar por lei o cargo de segurança
escolar com especificação de sua natureza pedagógica, com treinamento específico, afim de que seja
garantida a segurança das escolas.
6. Estabelecer uma parceria entre secretarias de educação, saúde e assistência social para o atendimento
de alunos e de profissionais da educação.
7. Estimular a participação estudantil, na educação básica, por meio de constituição e do fortalecimento
de grêmios estudantis e associações de pais.
8. Ouvir periodicamente a comunidade escolar para que se efetive a gestão democrática das escolas, e
de modo a educar para a participação cidadã nas decisões de políticas públicas.
9. Fomentar a utilização de mecanismos democráticos como fóruns, assembleias e audiências públicas
para consultar a população sobre decisões relevantes na política educacional do município.
10. Institucionalizar a Conferência Nacional de Educação (Conae) e as conferências livres,
municipais, intermunicipais, estaduais e distrital, garantindo as condições técnicas e
financeiras.
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11. Criar condições para a consolidação do Conselho Municipal de Educação incluindo capacitação
técnica, infraestrutura e apoio financeiro.
12. Divulgar as ações do Conselho Municipal de Educação através de informativo impresso para que
toda a população se intere de suas atividades e decisões.
13. Fiscalizar permanentemente as ações do Plano Municipal de Educação e assegurar que a
Comissão Técnica de Monitoramento cumpra sua função.

EIXO IV: DEMOCRATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

1. Universalizar até o último ano de vigência do PNE todas as modalidades de educação básica,
incluindo o aumento da demanda de creches para atendimento da educação infantil.
2. Universalizar o ensino fundamental de 9 anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que
todos os alunos concluam essa etapa na idade recomendada;
3. Incluir toda a população 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, no acesso à educação básica e no atendimento educacional especializado,
preferencialmente na rede regular de ensino.
4. Garantir alfabetização plena de todas as crianças nos três anos iniciais do ensino fundamental de
modo que nenhum aluno avance as etapas do ensino com competências não consolidadas.
5. Garantir condições para erradicar o analfabetismo no país, com a colaboração dos entes federados, e
garantir no município oferta de Educação de Jovens e Adultos a fim de que contemple toda a população
que tenha curso o ensino fundamental.
6. Disponibilizar livro didáticos, equipamentos tecnológicos e material pedagógicos para o atendimento
adequado de crianças de 4 e 5 anos.
7. Fornecer material didático lúdico adequado para o desenvolvimento social e emocional das crianças.
8. Ofertar no município a Educação Infantil de 0 a 3 anos nos povoados de São Barnabé, São Luís e São
Geraldo.
9. Oferecer a Educação de Jovens e Adultos (EJA) para combater o analfabetismo e conscientizar os
pais da importância da educação no município.

EIXO V: EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E INCLUSÃO

1. Assegurar recursos necessários para a implementação de políticas de valorização da diversidade e


inclusão escolar.
2. Garantir o ensino de Educação das Relações Étnico Raciais e o Ensino de História e Cultura
Afrobrasileira e Africana, nos termos da Lei 9.394/96, na redação dada pelas Leis nº. 10.639/03
e 11.645/08, no currículo do ensino fundamental e do médio.
3. Desenvolver políticas e programas educacionais, de forma intersetorial, que garantam a
implementação do PNE, em articulação com os planos e as diretrizes que prevêem a educação para os
direitos, a dignidade étnico-racial e a cultura afro-brasileira e africana bem como os direitos humanos de
crianças, adolescentes, mulheres e LGBTs.
4. Inserir e implementar na política de valorização e formação dos/as profissionais da educação, a
discussão de raça, etnia, pessoas com deficiências gênero e diversidade sexual, na perspectiva dos
direitos humanos, adotando práticas de superação dos preconceitos.
5. Garantir o acesso e condições para a permanência de pessoas com deficiência, negros, indígenas,
quilombolas, povos do campo, povos das águas e povos das florestas, comunidades tradicionais, gays,
lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais no ensino regular.
6. Implementar, em regime de colaboração, políticas públicas de inclusão social dos/das estudantes
trabalhadores/as de baixa renda.
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7. Garantir as condições de acessibilidade física, pedagógica, nas comunicações, informações e nos


transportes, assim como a oferta do atendimento educacional especializado aos estudantes público-alvo
da educação especial.
8. Inserir no currículo do ensino fundamental conteúdos que tratem dos direitos e deveres das crianças e
dos adolescentes, conforme a Lei 11.525/07 e a Lei 8069/90.
9. Implementar a modalidade da EJA para o jovem, o adulto, e o idoso , orientada para o
reconhecimento do direito humano e cidadão, a diversidade cultural, linguística, racial, étnica, de
gênero, do campo e pessoas com deficiência.
10. Assegurar que a escola cumpra seu papel laico de espaço privilegiado na promoção dos direitos
humanos, buscando garantir a inclusão, o respeito e a valorização das diferenças, sem qualquer forma de
preconceito ou de discriminação, contribuindo para assegurar um local livre e seguro para o
desenvolvimento de sujeitos autônomos, participativos, cooperativos e solidários, fortalecendo suas
possibilidades de continuidade de estudos.
11. Garantir que o espaço escolar propicie a liberdade de expressão, a promoção dos direitos humanos e
a inclusão educacional.
12. Garantir condições institucionais para o debate e a promoção da diversidade étnico-racial e de
gênero, por meio de políticas pedagógicas e de gestão específicas para este fim.
13. Garantir a educação inclusiva, por meio da articulação entre o ensino regular e o atendimento
educacional especializado complementar, ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria
escola, de outra escola da rede pública ou em instituições conveniadas.
14. Garantir o desenvolvimento integral dos alunos através de uma equipe multidisciplinar, vinculada à
secretaria de educação, visando a complementação da educação regular, possuindo atendimentos
periódicos e específicos.

EIXO VI: DESPORTO, LAZER, CULTURA E TECNOLOGIA

1. Garantir serviços de apoio e orientação aos estudantes, com o fortalecimento de políticas


intersetoriais de saúde, assistência e outros, para que, de forma articulada, assegurem à comunidade
escolar direitos e serviços da rede de proteção.
2. Incluir nos direitos da comunidade escolar o ensino e o acesso atividades desportivas, culturais e de
uso tecnológico.
3. Promover a articulação entre escola e diferentes espaços culturais, de esporte, de lazer e de uso de
tecnologias.
4. Garantir a ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras
poliesportivas, laboratórios, inclusive de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, salas
de arte, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como a produção de
material didático para todas as disciplinas, inclusive educação física, artes, música e a formação de
recursos humanos para a educação em tempo integral.
5. Implantar, executar e divulgar ações voltadas para a prevenção e o atendimento à saúde e integridade
física, mental e emocional dos profissionais da educação, para a melhoria da qualidade educacional.
6. Garantir profissionais das áreas de saúde, assistência social, pedagogia, psicologia e fonoaudiologia
para apoiar os profissionais da educação.
7. Reconhecer e valorizar formas de sustentabilidade socioambiental e a soberania alimentar, inclusive,
incentivando uma alimentação escolar saudável e a aquisição de alimentos da agricultura familiar.

EIXO VII: REMUNERAÇÃO E CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

1. Ampliar a assistência financeira específica da União aos entes federados para implementação de
políticas de valorização dos/as profissionais do magistério, em particular o piso salarial nacional
profissional.
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2. Consolidar as bases da política de financiamento, acompanhamento e controle social da educação,


por meio da ampliação do investimento público em educação pública em relação ao PIB, com
incrementos obrigatórios a cada ano, proporcionais ao que faltar para atingir a meta estabelecida até o
final da vigência do PNE, de forma a alcançar 20% do PIB até o final do decênio.
3. Aumentar o volume de recursos investidos em educação pelos estados, Distrito Federal e municípios,
ampliando a vinculação de 25% para, no mínimo, 30% o investimento em manutenção e
desenvolvimento do ensino, vedando, na forma da Lei, qualquer forma de contingenciamento de
recursos à área educacional, garantindo a reposição de eventuais perdas resultantes de políticas de
renúncia e guerra fiscal.
4. Destinar, na forma da Lei, 50% dos recursos resultantes do Pré-sal, royalties e participações
especiais, referentes ao petróleo e à produção mineral, à manutenção e desenvolvimento do ensino
público.
5. Complementar recursos financeiros a todos os estados, ao Distrito Federal e aos municípios que não
conseguirem garantir o pagamento e os reajustes anuais do Piso Nacional do Magistério.
6. Estabelecer diretrizes e políticas de financiamento para a real valorização dos trabalhadores da
educação pública, por meio de leis nacionais.
7. Constituir as secretarias municipais, distrital e estaduais de educação como unidades orçamentárias,
em conformidade com o art. 69 da LDB, com a garantia de que o dirigente municipal, distrital e estadual
de educação seja o ordenador de despesas e gestor pleno dos recursos educacionais, com o devido
acompanhamento, controle e fiscalização de suas ações pelos respectivos conselhos de educação,
tribunais de contas e demais órgãos fiscalizadores.
8. Instituir por lei em âmbito municipal um Plano de Carreira que englobe os demais profissionais da
educação como auxiliares de serviços gerais, motoristas, auxiliar de biblioteca, secretário escolar e
regulamentar o Plano de Carreira já previsto em lei para os escriturários.
9. Revisar a lei do Plano de Carreira do Magistério Municipal, corrigindo omissões e detalhando
previsões que na redação atual são motivos de dúvidas em sua aplicação.
10. Conceder licença especial para professores que se matricularem em cursos de pós-graduação stricto
sensu (mestrado e doutorado).
11. Assegurar o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, por parte da União, Estado e Município
com reajustes anuais, preferencialmente, em janeiro.
12. Realizar avaliações de desempenho dos profissionais da educação em âmbito municipal, com clareza
e por pessoas ligadas diretamente à educação.
13. Garantir recursos por meio do FUNDEB para formação de profissionais de mediação pedagógica
para atendimento de alunos da educação inclusiva nos casos em que haja necessidade.
14. Definir financiamento, em regime de colaboração, para políticas e estratégias de solução de
problemas do transporte escolar, enfrentados, principalmente, pelos municípios, em relação ao
gerenciamento e pagamento de despesas.
15. Financiar a compra de meios de transporte adequados ao atendimento de estudantes com deficiência.

EIXO VIII: FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

1. Regulamentar o regime de colaboração entre os entes federados, previsto no art. 211 da CF/1988. A
regulamentação do regime de colaboração deve explicitar a participação da União na cooperação
técnica e, especialmente, na determinação de transferências regulares e contínuas de recursos
financeiros aos estados, DF e municípios, priorizando os entes federados com baixos índices de
desenvolvimento socioeconômico e educacional, tendo como critérios indicadores o IDH, altas
taxas de pobreza, índice de fragilidade educacional na oferta de EJA, dentre outros.
2. Liderar o esforço para aumentar o investimento público em educação como proporção do PIB, afim
de garantir de garantir no final do decênio 20% do PIB investido na educação.
3. Garantir que os conselhos de fiscalização da aplicação de recursos da educação cumpram seu papel,
prevendo em lei remuneração para os conselheiros como forma de incentivo.
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4. Ampliar os programas de apoio e capacitar os conselheiros/as dos conselhos de educação, de


acompanhamento e controle social do Fundeb, conselhos de alimentação escolar, conselhos escolares e
outros, fomentando a participação popular com contrapartidas sociais; e aos representantes educacionais
em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas.
5. Apresentar mensalmente as planilhas de verbas recebidas e gastas em educação mensalmente,
utilizando-se de todos os meios de divulgação como folhetos informativos e programas de rádios.
6. Fortalecer e ampliar os mecanismos de controle social das decisões políticas da educação e da
fiscalizar o uso de recursos públicos na educação.

EIXO IX: CONSTRUINDO O SISTEMA INTEGRADO DE EDUCAÇÃO PÚBLICA DE MINAS


GERAIS

1. Propor a consolidação de um Sistema Integrado de Educação Pública de modo que os municípios


elaborarem seus próprios sistemas em regime de parceria e colaboração com o sistema estadual.
2. Criar diretrizes que regulamentem as normas específicas para a gestão e a consolidação de políticas
educacionais em âmbito municipal.
3. Prever nas leis específicas que regerão a educação municipal a participação dos conselhos, da
comunidade escolar nas decisões políticas educacionais a fim de que haja paridade na gestão
democrática e no controle dos recursos da educação e especificar os objetivos e as responsabilidades do
poder público municipal em relação à educação de sua população.
4. Fortalecer e dar condições de capacitação e de consolidação do Conselho Municipal de Educação
assegurando que seus membros cumpram democraticamente suas atribuições.

Conceição de Ipanema, 1º de novembro de 2017.

Comissão Organizadora:

FABIANE COSTA ANACLETO MORAES


SANDRA APARECIDA DOS SANTOS SAAR
JOSÉ ARISTIDES DA SILVA GAMITO.
XAIANE LAIA CORRÊA
JUCIELLE KAROLINE DE OLIVEIRA.
RUBIHANY SILVA
FÂNIA APARECIDA COSTA ANACLETO SCHIMIT

Seguem anexos:
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