Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
EDUCAÇÃO INFANTIL
São Luís
2008
Governadora do Estado do Maranhão Edição
Roseana Sarney Murad Universidade Estadual do Maranhão - UEMA
Núcleo de Tecnologias para Educação - UemaNet
Reitor da UEMA
Prof. José Augusto Silva Oliveira Coordenador do UemaNet
Prof. Antonio Roberto Coelho Serra
Vice-reitor da UEMA
Prof. Gustavo Pereira da Costa Coordenadora de Tecnologias Educacionais
Profª. Maria de Fátima Serra Rios
Pró-reitor de Administração
Prof. Walter Canales Sant’ana Coordenador de Design Educacional
Prof. Mauro Enrique Carozzo Todaro
Pró-reitora de Extensão e Assuntos Estudantis
Profª. Vânia Lourdes Martins Ferreira Coordenadora do Curso Pedagogia, a distância
Profª. Heloisa Cardoso Varão Santos
Pró-reitora de Graduação
Profª. Maria Auxiliadora Gonçalves Cunha Responsável pela Produção de Material Didático UemaNet
Cristiane Costa Peixoto
Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação
Prof. Porfírio Candanedo Guerra Professora Conteudista
Heloísa Cardoso Varão Santos
Pró-reitor de Planejamento
Prof. Antonio Pereira e Silva Revisão
Liliane Moreira Lima
Chefe de Gabinete da Reitoria Lucirene Ferreira Lopes
Prof. Raimundo de Oliveira Rocha Filho
Diagramação
Diretora do Centro de Educação, Ciências Exatas e Naturais - CECEN Josimar de Jesus Costa Almeida
Profª. Andréa de Araújo Luis Macartney Serejo dos Santos
Tonho Lemos Martins
Design Gráfico
Amanda Simões
Copyright © UemaNet
APRESENTAÇÃO
UNIDADE 1
FUNDAMENTOS LEGAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO
BRASILEIRO ....................................................... 13
Os direitos da criança e as atitudes docentes .............. 19
UNIDADE 2
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVO-PEDAGÓGICA
DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL ................ 25
O ambiente de atendimento a criança de 0 a 6 anos ...... 31
Concepção de criança ......................................... 33
UNIDADE 3
A FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL E O PAPEL DO EDUCA-
DOR ........................................................... 39
O desenvolvimento da criança de 1 a 6 anos e suas característi-
cas ............................................................... 45
As contribuições de educadores que influenciaram a Educação
Infantil ............................................................ 57
UNIDADE 4
EDUCAÇÃO INFANTIL: REFERENCIAIS CURRICULARES NA-
CIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL ..................... 75
Autonomia e formação da pessoa ............................. 78
Linguagem oral e escrita ....................................... 79
Diferentes abordagens do processo de construção da leitura
e da escrita na Educação Infantil ............................. 82
A literatura infantil na educação da criança ................ 91
Artes visuais na Educação Infantil ............................ 94
A criança e o movimento ....................................... 98
A música na Educação Infantil ............................... 102
A matemática na Educação Infantil ......................... 108
Conhecimentos da natureza e sociedade .................. 112
UNIDADE 5
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL ... 115
Avaliação na Educação Infantil .............................. 122
Caro estudante,
Professora Heloisa
9
INTRODUÇÃO
Ao ler um trecho deste poema, posso dizer que a infância clama por
justiça e por educadores compromissados com a formação de seres
humanos felizes. Daí convidá-lo a aprofundar os conhecimentos na
área da Educação Infantil.
14 PEDAGOGIA
articular-se com os órgãos responsáveis pelas
políticas de saúde e previdência social, bem como
com os demais responsáveis pelas políticas só-
cio-econômicas setoriais, visando à elevação do
patamar de atendimento às necessidades básicas.
É possível deduzir que os órgãos de assistência so-
cial têm grande responsabilidade em relação às
crianças pequenas quando essas são carentes e de-
verão articular-se com as políticas básicas, entre
as quais a educação que é responsável direta pelas
creches e pré-escolas. Caberá à assistência social
garantir as condições mínimas de vida que permi-
tam às crianças um desenvolvimento adequado.
(BRASIL, 1998).
16 PEDAGOGIA
uma vez que as creches ainda não cumprem as determinações le-
gais e, em muitos municípios, integram os órgãos da Assistência So-
cial, mesmo com as determinações legais que obrigam a incorpora-
ção das creches e pré-escolas ao Sistema Municipal de Educação.
ATIVIDADES
18 PEDAGOGIA
OS DIREITOS DA CRIANÇA E AS ATITUDES
DOCENTES
20 PEDAGOGIA
Direito à atenção ¡ Conhecer os pais para estreitar laços
especial no período de afetivos;
adaptação ¡ Dar atenção individual àquelas que
precisam.
22 PEDAGOGIA
Ganhar um lindo presente e ouvir histórias do avô.
Descer no escorregador, fazer bolha de sabão
Sorvete, se faz calor, brincar de adivinhação.
24 PEDAGOGIA
UNIDADE
2
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO OBJETIVOS DESTA UNIDADE:
26 PEDAGOGIA
ções e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados
às diversas linguagens e ao contato com os variados conhecimen-
tos para a construção de uma identidade autônoma.
28 PEDAGOGIA
O que diferencia a atuação do adulto nas diversas situações de
convívio que a criança participa é a intencionalidade da ação edu-
cativa que caracteriza o trabalho na creche. Quando o educador
interage com a criança, há o objetivo explícito de ensinar e de
promover determinadas aprendizagens. Para isso, é fundamental
que o profissional tenha clareza e consciência quanto às intenções
educativas que norteiam seu trabalho e elabore propostas claras
sobre o que, quando e como ensinar, a fim de possibilitar o pla-
nejamento das atividades de ensino e aprendizagem de maneira
adequada e coerente com seus objetivos, enriquecendo e promo-
vendo o desenvolvimento das crianças.
30 PEDAGOGIA
O AMBIENTE DE ATENDIMENTO À
CRIANÇA DE 0 A 6 ANOS
32 PEDAGOGIA
CONCEPÇÃO DE CRIANÇA
Veja que nem sempre a criança foi pensada como um ser ativo,
pois há tempos atrás, afirmava-se que ao nascer a criança era uma
“espécie de tábula rasa”, pois chegava ao mundo sem informação.
Essa concepção era defendida pelo filósofo empirista inglês John
Locke (1632 – 1704), ao comparar a mente da criança com uma
folha em branco que adquire conhecimento mediante a experiên-
cia sensorial.
34 PEDAGOGIA
compreender quais são as reais possibilidades dessas crianças e
planejar atividades de acordo com a idade.
ATIVIDADES
Vital Didonet
36 PEDAGOGIA
ATIVIDADES
38 PEDAGOGIA
UNIDADE
O PAPEL DO EDUCADOR
Identificar as qualidades
necessárias ao educador
infantil, face as funções
de cuidar e educar a
criança de 0 a 6 anos.
40 PEDAGOGIA
O trabalho com crianças pequenas exige que o profissional tenha
uma competência polivalente. Ser polivalente significa que ao edu-
cador cabe trabalhar com conteúdos de naturezas diversas que
abrangem desde cuidados básicos até conhecimentos específicos
provenientes das diversas áreas do conhecimento.
42 PEDAGOGIA
ATIVIDADES
A criança de 1 ano
Desenvolvimento mental:
46 PEDAGOGIA
Desenvolvimento sócio-emocional:
¡ reconhece, pela voz, uma pessoa que não está vendo, desde
que tenha convivido com ela por algum tempo;
¡ reconhece uma pessoa no espelho;
¡ emite palavras de uma ou duas sílabas que possuem muitos
significados;
¡ atravessa um período de sociabilidade, perdendo o medo dos
estranhos (após 7 meses);
¡ apresenta as primeiras manifestações de ciúme;
¡ corresponde ao beijo que lhe dão.
Desenvolvimento mental:
¡ identifica algumas cores, embora não cite ainda seus nomes;
¡ conhece seu próprio nome;
¡ repete palavras, com algumas correções;
¡ conta até três (por imitação e memorização, sem que isto signifi-
que compreensão de quantidade);
¡ reconhece objetos ou pessoas vistas cerca de dois meses antes;
¡ forma frases de duas a três palavras, apresentando grande au-
mento de vocabulários;
¡ começa a formar frases negativas e interrogativas;
¡ inicia o emprego do “quem?”.
Desenvolvimento mental:
¡ começa a formar sentenças mais longas, com 3 ou 4 palavras;
¡ gosta de perguntar e repete constantemente as mesmas pergun-
tas, não só para confirmar as informações, como pelo prazer do
diálogo;
¡ só ouve e compreende de fato o que lhe é dito diretamente;
48 PEDAGOGIA
¡ gosta de inventar nomes para pessoas e objetos;
¡ Gosta de inventar estórias que conta como verdadeiras;
Desenvolvimento sócio-emocional:
¡ apesar de gostar da companhia de outras crianças, brinca iso-
ladamente;
¡ fala sozinha, praticando a linguagem e dando forma à imagina-
ção;
¡ aparecem as dificuldades para a alimentação e o sono;
¡ não aceita alterações em suas rotinas, ocasionando conflito
com outras crianças ou com adultos;
¡ aparece o sentimento de medo.
Desenvolvimento mental:
¡ o vocabulário está cada vez mais desenvolvido, o que se pode
notar pelo tamanho de suas sentenças;
Desenvolvimento sócio-emocional:
¡ começa a sentir-se uma entre muitas; forma grupos de 2 ou 3
companheiros;
¡ começa a perceber que o combate físico não é o melhor méto-
do de resolver conflitos;
¡ gosta de aventuras, de sentir-se independente;
¡ aprecia falar sobre si mesma: contar o que sabe, o que faz;
¡ sente medo do escuro, de velhos, etc;
¡ revive, nas dramatizações espontâneas, as situações vividas
em casa, desabafando sentimentos agressivos;
50 PEDAGOGIA
A criança aos 5 anos
Desenvolvimento mental:
¡ o vocabulário atinge cerca de 2.200 palavras; define os objetos
de acordo com sua função;
¡ percebe detalhes;
¡ fala com articulação correta; é capaz de expressar-se com fra-
ses curtas e mais complexas;
¡ aprende com facilidade, através de situações concretas, devi-
do a grande curiosidade que sente por tudo que a cerca;
¡ aumenta consideravelmente o período de tempo em que é ca-
paz de concentrar-se (até 20 minutos);
¡ apresenta um interesse ilimitado por estórias verdadeiras;
¡ é capaz de repetir trechos de uma estória, em seqüência;
¡ vive grande parte do seu dia num mundo imaginário;
¡ faz inúmeras perguntas, já agora sem intenção definida: quer
saber de que são feitas as coisas, para que servem, como fun-
cionam;
¡ torna-se um pequeno cientista que tudo investiga e verifica,
formando seus próprios conceitos;
¡ tem boa memória;
Desenvolvimento sócio-emocional:
¡ prefere os jogos associativos aos individuais, participando de
grupos com 2 a 5 companheiros; a criança solitária tem com-
panheiros imaginários;
¡ é muito sociável, mas as amizades variam;
¡ surgem menos conflitos, pois já aprendeu a “ceder a vez” e a
cooperar;
¡ gosta de ajudar em diversas atividades: varrer a casa, lavar a
louça, arrumar os brinquedos, etc.;
¡ assume responsabilidades, mas precisa que alguém as recorde
para ela;
¡ é protetora para com as crianças menores;
¡ gosta de excursões e de colecionar objetos;
¡ os meninos gostam de lutar para mostrar que já são grandes e
fortes;
¡ controla melhor suas emoções: os acessos de raiva são mais
raros;
¡ está alcançando gradativamente a independência;
¡ é sensível a certas situações sociais; é susceptível à ansiedade
e a temores.
A criança de 6 anos
52 PEDAGOGIA
¡ é pouco resistente às doenças infantis;
¡ apresenta melhor coordenação dos músculos menores;
¡ possui grande habilidade para pintar, desenhar, e seus trabalhos
são realizados com maior observação e cuidado;
¡ é muito ativa e está sempre pronta a adquirir novas experiên-
cias; está sempre cavando, lutando, construindo;
¡ meninos e meninas brincam juntos, mas já começam a ter in-
teresses diferentes: os meninos gostam de arrastar coisas em
carros, misturar terra e água, jogar futebol, lutar, e as meninas
preferem brincar com bonecas, pular amarelinhas, brincar de
roda;
¡ quase não sente o cansaço (é preciso sugerir-lhe que descan-
se);
¡ gosta de brinquedos mecânicos e de armar;
¡ preocupa-se com cuidados pessoais: meninos e meninas ficam
muito tempo penteando-se, gostam de usar perfumes e roupas
novas.
Desenvolvimento mental:
¡ já possui muita habilidade para compreender e utilizar a lingua-
gem: gosta de usar palavras novas, mesmo as que não compre-
ende bem. O vocabulário e a facilidade de expressão varia de
criança para criança e de acordo com o ambiente (é importan-
te que tenha liberdade para falar, sem ser inibida ou corrigida
constantemente, e que o adulto fale sempre corretamente);
¡ já é capaz de ouvir com atenção e de esperar a sua vez de falar;
¡ tem boa capacidade de argumentação;
¡ relata bem experiências e conta estórias;
¡ concentra-se por tempo mais longo em atividades livres, se hou-
ver interesse e se o material for flexível;
¡ desenha relacionando diversos objetos em cena única e critica
seus trabalhos, inutilizando-os às vezes;
¡ já tem alguma capacidade para julgar, mas precisa do auxílio do
adulto;
¡ tem muita imaginação, mas já sabe diferenciar o real da fan-
tasia; pergunta sempre “esta estória é de verdade”?;
Desenvolvimento sócio-emocional:
¡ organiza-se em grupos cada vez maiores (até 7 amigos);
¡ os conflitos são raros; usa táticas verbais: “é minha vez”, “eu
vi primeiro”, etc.;
¡ precisa da aceitação e aprovação do grupo: quer vestir-se e
agir como seus amigos; não gosta de nada que o faça sentir-se
“diferente”;
¡ é crítica, mas tem muito senso de humor; sente-se superior às
crianças mais novas;
¡ aumenta sua curiosidade sobre sexo, casamento, gravidez e
nascimento, pois são assuntos de grande interesse;
¡ gosta de planejar festas familiares e comemorações cívicas
(isso concorre para o desenvolvimento de atitudes amistosas,
de colaboração e participação, de iniciativa);
¡ aprende que há horas apropriadas para cada coisa (deve ser avi-
sada com antecedência das modificações de horários e rotinas);
¡ fica triste quando é reprovada pelo adulto, mas já pode compre-
ender quando seu comportamento é prejudicial ou inadequado;
entretanto, não gosta de ser repreendida;
54 PEDAGOGIA
¡ é muito sensível ao estado emocional do adulto;
¡ tem grande noção de seus direitos e ressente-se sem injusti-
ças;
¡ sente necessidade de carinho, aprecia muito elogios; gosta de
criar animais, que considera “amigos”.
ATIVIDADE
QUEM É?
Jean Jacques Rousseau - (1712 - 1778)
Pensa que...
58 PEDAGOGIA
¡ as capacidades infantis, a maneira de ver, pensar,
sentir, variam com a idade;
¡ o desenvolvimento mental pode regular-se, através
da instrução, por leis constantes e não por experiên-
cias científicas.
É preciso que...
¡ a educação:
- objetive formar o homem por si mesmo, como
homem-humanismo;
- seja desenvolvida, junto à natureza, pela ativ-
idade do aluno, através da liberdade bem re-
grada;
- o centro do processo educativo se desloque do
professor para o aluno;
- as experiências de aprendizagem completem
a atividade do aluno e a liberdade em jogos,
para que aprendam naturalmente, com pro-
priedade para as ciências físicas, especial-
mente a astronomia.
Pensa que...
É preciso que...
60 PEDAGOGIA
- as experiências de aprendizagem envolvam auto-ex-
pressão no jogo, na educação física, na dramatiza-
ção, como forma de estimular a espontaneidade e o
exercício da atividade criadora e produtiva e como
preparação natural para o trabalho;
- sejam privilegiados exercícios sensório-motores
(pintura, desenho, recorte, colagem, tecelagem,
bordado) através do uso de material pedagógico:
“dons” e “ocupações”, utilizando sólidos geométri-
cos, gravuras coloridas e trabalhos manuais;
- a execução de atividades livres de construção com
sólidos, acompanhados de canções, se constituam
em estratégias freqüentemente.
QUEM É?
Sigmund Freud (1856 - 1939)
Pensa que...
É preciso que...
62 PEDAGOGIA
QUEM É?
Maria Montessori (1870 - 1952)
Pensa que...
É preciso que...
64 PEDAGOGIA
QUEM É?
Ovide Decroly (1871 - 1932)
Pensa que...
É preciso que...
QUEM É?
Lev Vigotsky (1896 - 1934)
Pensa que...
66 PEDAGOGIA
¡ a linguagem capaz de alterar o processo forma-
dor das funções psicológicas superiores, dá o di-
mensionamento das funções psicológicas básicas,
como: a percepção, a memória e a atenção, devi-
do a seu caráter orientador, planificador e media-
tizador;
¡ a linguagem acompanha a atividade infantil e tem
a função de possibilitar novas estratégias para a
resolução dos problemas enfrentados: total lin-
guagem é social;
¡ a linguagem é fator determinador do pensamento
e o principal mediador entre o sujeito e o objeto
do conhecimento: o pensamento não verbalista
predomina na ação psicológica e exerce papel fun-
damental no processo de interpretação do mundo
pelo sujeito.
É preciso que...
QUEM É?
Celestin Freinet (1896 - 1966)
Pensa que...
É preciso que...
68 PEDAGOGIA
¡ os jogos e as brincadeiras sejam adotados como forma
de provocar o desenvolvimento na criança da respon-
sabilidade, dos hábitos de participar, observar, fazer,
criar, relatar, imaginar, ir à busca de algo, concluir e
gostar do que faz;
¡ as propostas de aprendizagem se apóiem na seg-
urança, na vontade, na humildade do professor, capaz
de garantir a serenidade e a afetividade entre seus
alunos e colegas;
¡ as experiências de aprendizagem sejam discutidas e
documentadas: oficinas de trabalhos manuais e in-
telectuais; projetos e contrato de trabalho; fichários
(de diferentes áreas com diversas finalidades) e coop-
erativa escolar;
¡ a proposta pedagógica oriente as atividades, segun-
do: - comunicação-afetividade-cooperação-documen-
tação;
¡ as tarefas sejam definidas com a participação de lid-
eranças – alunos que desempenham papéis de mod-
erador, provedor cronometrista, secretário, animador
– e desenvolvidas em aulas – passeio: passeio; desenho
e texto livres; correspondência inter-escolar; jornal
(mural e impresso), livro da vida (diário individual e
coletivo); dicionário dos pequenos, caderno circular
para os professores;
¡ as estratégias e normas de trabalho sejam definidas,
periodicamente, pelos alunos, assim como “a av-
aliação”;
¡ a frase “tenho direito de errar” seja sempre consid-
erada como pressuposto;
¡ as experiências de aprendizagem englobem e harmo-
nizem preparação técnica e formação moral e social,
possibilitando às crianças compreender, refletir e jul-
gar a condição e a vida que as circunda.
QUEM É?
Jean Piaget (1896 - 1980)
Pensa que...
70 PEDAGOGIA
É preciso que...
Pensa que...
É preciso que...
72 PEDAGOGIA
Neste caso, compete ao professor...
ATIVIDADES
74 PEDAGOGIA
UNIDADE
76 PEDAGOGIA
Os Objetivos Gerais da Educação Infantil definidos nos Referenciais
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil são:
78 PEDAGOGIA
As brincadeiras, os jogos, as atividades de faz-de-conta e as ro-
dinhas de conversas favorecem o desenvolvimento das competên-
cias.
ATIVIDADES
Crianças de 0 a 3 anos:
Crianças de 4 a 6 anos:
82 PEDAGOGIA
alfabetização, aponta para problemas de aprendizagem como a
dislexia, a disgrafia, a dislalia, a disortografia, a deficiência men-
tal leve, a imaturidade e outros, sendo que a comprovação desses
problemas aparece claramente nos testes de prontidão, delegan-
do, assim, a responsabilidade desse fracasso ao próprio aluno que,
sem condições, não atende às exigências mínimas para o ingresso
na 1ª série (pré-requisitos para alfabetização).
84 PEDAGOGIA
Uma proposta de alfabetização construtivista pautada nos estudos
e pesquisas de Ferreiro; Teberosky (1998) mostra que, para apren-
der a linguagem escrita, a criança precisa reinventar o sistema da
escrita. Esse objeto social, particularmente complexo, compreen-
de o processo de construção e as regras de produção.
ATIVIDADE
86 PEDAGOGIA
Sob o segundo enfoque, a alfabetização não é vista como o ensino
de um sistema gráfico que equivale a sons, e sim como um proces-
so de representação que o indivíduo deve aprender a dominar, é
complexo e acompanha o desenvolvimento, não é linear e envolve
níveis de complexidade crescentes.
88 PEDAGOGIA
LETRAS PALAVRAS TEXTO (FRASES)
• Análise dos aspectos • Associação palavra Aspectos Semânticos
gráficos; x Objeto (imagem); • Vinculação do
• Topológicos de forma • Memorização global discurso oral com
de posição em dois de palavras; texto escrito;
tipos de letras, cujo • Análise de • Distinção entre
objetivo é atingir a constituição das imagem e escrita;
invariância de forma; palavras quanto a • Reconhecimento
• Aspectos sonoros inicial, sua letra dos suportes de
PRÉ-SILÁBICO
repartição de
Nota importante:
palavras escritas.
o professor deve
abrir espaço para
escrita silábica dos
alunos nesse nível,
sem indentificá-
la como errada,
mas criando
situações em que
o questionamento
de suas produções
venham se impor
logicamente para
eles.
ALFABETIZAÇÃO
suas sílabas; palavras, frases e
• Estudo das sílabas espaços no texto.
constituídas
das palavras, Obs: Produção e
ora trabalhada leitura de textos,
a primeira, ora são atividades
trabalhada a complementares,
última, ora a sílaba porém não
intermediária; necessariamente
• Classificação das simultâneas.
palavras de acordo
com o número de
letras.
ATIVIDADES
90 PEDAGOGIA
A LITERATURA INFANTIL NA EDUCAÇÃO DA CRIANÇA
92 PEDAGOGIA
ATIVIDADES
94 PEDAGOGIA
É por volta de um ano e meio que o olho da criança começa a
seguir o movimento da mão mesmo que não a oriente e é por vol-
ta dos dois anos que começa a ter controle simples do ponto de
partida, e passa a deixar no caminho o rastro de sua passagem,
mesmo com movimentos mal controlados de ombro e braço, mas o
importante são as marcas – contato do lápis e do papel, brincando
com objetos materiais e com o lápis.
96 PEDAGOGIA
Para as crianças de 4 a 6 anos, os objetivos previstos nos RECNEI
-1999 são:
As competências são:
COMPETÊNCIAS CONTEÚDOS HABILIDADES
¡ Utilização das ¡ Fazer artístico: ¡ Criar desenhos,
linguagens do técnicas de desenho, pinturas, colagem e
desenho, da pintura, modelagem, construção a partir
da modelagem, pinturas, colagens, do seu repertório,
da colagem e de construções; utilizando elementos
construção como da linguagem das
forma de expressão ¡ Apreciação: leitura artes plásticas:
de idéias; de obras em ponto, linha, forma,
diferentes suportes cor, volume, espaço,
¡ Conhecimento (bidimensionais e textura;
das produções tridimensionais);
artísticas regionais e ¡ Perceber os
nacionais por meio ¡ História da arte: elementos
da observação e biografias e constitutivos da
leitura da linguagem movimentos. linguagem plástica
plástica. em uma produção
artística: ponto,
linha, cor, volume,
contraste, luz,
textura – Emitir
opiniões sobre as
produções artísticas
do seu cotidiano.
Quadro 5 - Competências e Habilidades - CORSIN, 2000.
98 PEDAGOGIA
po. A criança percebe a noção de tempo objetivo a partir de pon-
tos de referência, como por exemplo, a seqüência das atividades
do dia. (Rotina)
¡ MOVIMENTOS COORDENADOS (global e fina) - os movimentos
coordenados com uma intenção determinada. A motricidade fina
constitui um aspecto particular da coordenação global e tem im-
portância para o desenvolvimento do grafismo. A coordenação mo-
tora fina e ampla engloba as qualidades físicas: percepção, latera-
lidade, equilíbrio, força, flexibilidade, agilidade, ritmo, velocidade
e noções espaciais e temporais.
100 PEDAGOGIA
¡ estruturação espacial - situar-se, situar os objetos e organizar o
espaço com noções espaciais (em cima/embaixo, ao lado...)
ATIVIDADE
102 PEDAGOGIA
A reflexão sobre a música, na educação infantil se faz a partir da
análise de Craidy (2001) sobre sua experiência na pré-escola e
suas pesquisas na área da educação infantil e gostaria que voltás-
semos no tempo e nos reportássemos às músicas que coroaram o
nosso universo infantil.
104 PEDAGOGIA
tarolando, distraidamente, e o professor fazendo de conta que não
está ouvindo ou mesmo pedindo silêncio para as crianças quando
poderia entrar na brincadeira, estimular as rimas, os ritmos, o
improviso musical, explorando sons agudos e graves, variando os
sons entre forte e fraco, alongando sílabas e correndo com as pa-
lavras. Cantar e dialogar com as crianças seria a prioridade, pois
toda criança gosta de cantar palavras sem sentido e mesmo sendo
chamada de “desafinada” ela canta. Imagine se ela sentir a apro-
vação de alguém e construir uma imagem de alguém que sabe
cantar e se expressar muito bem, pois a auto-imagem é construída
na relação com os outros e afinação e desafinação são conceitos
construídos socialmente.
106 PEDAGOGIA
¡ elementos de acústica básica / propagação sonora, relações ma-
terial-som, tamanho-som, outros;
108 PEDAGOGIA
A criança de 2 a 6 anos está construindo a conservação do número
e, para isto, necessita de contato com materiais concretos, preci-
sa tocar, manipular e experimentar.
110 PEDAGOGIA
ATIVIDADES
OBJETIVOS:
- Propiciar experiências que possibilitem uma
aproximação dos conhecimentos a diversas for-
mas de representação e explicação do mundo
social e natural;
- Estabelecer progressivamente a diferenciação
que existe entre as explicações do senso comum
e do conhecimento científico.
112 PEDAGOGIA
- Explorar o mundo ao seu redor para que compreen-
dam a organização dos grupos e seu modo de ser,
viver e trabalhar;
- Descobrir aspectos semelhantes e diferentes nos
espaços, lugares e paisagens diferentes;
- Identificar os fenômenos da natureza através das
categorias e processos pelos quais as crianças de-
senvolvem o raciocínio;
- Desenvolver a capacidade de observar a natureza e
expressar suas concepções e registrá-las.
- Realizar visitas, experimentos, observações com
vistas e analisar situações relacionadas à natureza
e bem-estar.
- Estimular a realização da coleta seletiva de lixo e o
acondicionamento devido.
114 PEDAGOGIA
UNIDADE
PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO EM
5
OBJETIVO DESTA UNIDADE:
116 PEDAGOGIA
Ao planejar ações voltadas para o atendimento à infância, não
se pode perder de vista os direitos e as características do desen-
volvimento da criança de 0 a 6 anos de idade, bem como as di-
versas dimensões do seu desenvolvimento integral. As propostas
pedagógicas devem garantir o direito da criança a uma Educação
Infantil que estimule o seu desenvolvimento integral. Encontram-
se algumas pistas, na concepção do psicanalista Winnicott (1982,
p. 214):
A função da escola maternal não é ser um sub-
stituto para uma mãe ausente, mas suplementar
e ampliar o papel que, nos primeiros anos da cri-
ança, só a mãe desempenha. Uma escola mater-
nal, ou jardim de infância, será possivelmente con-
siderada, de modo mais correto, uma ampliação
da família “para cima”, em vez de uma extensão
“para baixo” da escola primária.
118 PEDAGOGIA
Atividades de Rotina que consistem em listar as ações a serem re-
alizadas em vários momentos e geralmente proporcionam longos
momentos de espera, pela criança, entre uma atividade e outra,
sendo que estas são planejadas pelo adulto que a atende, sem
que exista muita expectativa deste em atender às necessidades
da criança. Daí a avaliação ficar restrita às expectativas do adul-
to referentes ao “bom comportamento” das crianças, pois espera
que a criança apenas cumpra com aquilo que foi planejado, preen-
chendo o tempo durante o qual ela permanece na instituição, sem
causar distúrbios como brigas, bagunça, sujeira, barulho, etc.
120 PEDAGOGIA
jeto educativo, precisa-se ter bastante clareza sobre os objetivos
que se tem em vista alcançar os conteúdos que se precisa traba-
lhar, as atividades viáveis para alcançar os objetivos, os recursos
que servirão de meios para se alcançar determinado fim, as formas
de avaliação e ainda a bibliografia consultada para tal fim.
ATIVIDADES
122 PEDAGOGIA
Hoffmann (1996, p. 24) vê a avaliação como a adoção de :
posturas contrárias à constatação e registro de re-
sultados alcançados pela criança a partir de ações
dirigidas pelo professor, buscando, ao invés disso,
ser coerente à dinâmica do seu processo de desen-
volvimento, a partir do acompanhamento perma-
nente da ação da criança e da confiança na evolução
do seu pensamento. Tal postura avaliativa media-
dora parte do princípio de que cada momento de
sua vida representa uma etapa altamente significa-
tiva e precedente às próximas conquistas, devendo
ser analisado no seu significado próprio e individual
em termos de estágio evolutivo de pensamento, de
suas relações interpessoais. E percebe-se, daí, a ne-
cessidade do educador abandonar listagens de com-
portamentos uniformes, padronizados, e buscar es-
tratégias de acompanhamento da história que cada
criança vai constituindo ao longo de sua descoberta
do mundo. Acompanhamento no sentido de mediar a
sua ação, favorecendo-lhe desafios, tempo, espaço
e segurança em suas experiências.”
124 PEDAGOGIA
sempenho da criança no uso de procedimentos mais sistemáticos.
(Envelope contendo os trabalhos e uma Ficha de Acompanhamen-
to). Ressalta-se que a avaliação da criança considera seu progres-
so em função do nível inicial de desenvolvimento próprio,que ela
deve alcançar os objetivos estabelecidos para o seu grupo.
126 PEDAGOGIA
ATIVIDADE
130 PEDAGOGIA
GARCIA, Regina Leite. Revisitando a pré-escola. 2 ed. São Paulo:
Cortez, 1993.
_______. Avaliar para ensinar, não para dar nota. In: A Revista do
Professor Nova Escola, no. 159, out./dez., 1999.
132 PEDAGOGIA
UemaNet - Núcleo de Tecnologias para Educação
Informações para estudo
Call-Center
0800-280-2731
Sites
www.uema.br
www.uemanet.uema.br
http://ava.uemanet.uema.br
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
Caro Estudante,