Página 12
Notas
• As atividades de diagnose apresentadas nas páginas 12 a 15 têm como base as Metas
Curriculares de Português do Ensino Secundário – 10.o e 11.o anos.
• As atividades diagnósticas têm como fio condutor o tema da cidade de Lisboa – tema este
que foi já introduzido no final do 11.o ano (cf. imaginário urbano no romance Os Maias e na
poesia de Cesário Verde) e que será retomado como universo de referência da obra de
Fernando Pessoa e na obra O Ano da Morte de Ricardo Reis.
PowerPoint®
Correção do teste diagnóstico
E-Manual
Teste diagnóstico [versão editável]
MC
Oralidade | 11.º Ano
O1.4. Fazer inferências.
O3.1. Pesquisar e selecionar informação diversificada.
O4.1. Respeitar o princípio de cortesia: pertinência na participação.
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação.
O4.3. Mobilizar informação pertinente.
O4.4. Retomar, precisar ou resumir ideias, para facilitar a interação.
O5.3. Produzir textos adequadamente estruturados, recorrendo a mecanismos propiciadores
de coerência e de coesão textual.
O5.4. Produzir textos linguisticamente corretos, com diversificação do vocabulário e das
estruturas utilizadas.
1.1. a. Um carro leva uma casa de campo a reboque, em plena cidade (cf. contraste entre o
tamanho dos prédios e o tamanho do automóvel e da mancha de céu). b. Crítica à dimensão e
omnipresença dos prédios/arranha-céus que preenchem todo o espaço das cidades, sem
deixar lugar a espaços verdes.
2. CD Áudio – Faixa 1
Lisboa, melhor capital da Europa para trabalhar e desfrutar
Página 1 de 191
3. Dossiê do Professor–Materiais de Apoio | E-Manual
Guião de produção de síntese escrita
Página 13
MC
Educação Literária | 11.o Ano
EL14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos séculos XVII a
XIX.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.10. Reconhecer e caracterizar os seguintes elementos constitutivos da narrativa: […] c)
narrador […] d) espaço (físico, […] e social); […]
EL14.11. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
2. Excerto localizado no epílogo do romance – passeio de Ega e Carlos, regressado dez anos
após a sua partida.
3.1. Antes da partida de Carlos – existência do Passeio Público “pacato e frondoso” (ll. 1-2).
Momento da chegada de Carlos – desaparecimento do Passeio Público; presença de um
obelisco (monumento aos Restauradores) e emergência de uma longa avenida (Avenida da
Liberdade) marcada pela desorganização urbanística (prédios desiguais, “repintados”, poucas
árvores, “montões de cascalho”, l. 15) e pelo “luxo barato” (l. 14).
Análise das mudanças – substituição do que havia de genuíno em Portugal (Passeio Público)
pela imitação/cópia servil e mal conseguida do requinte do estrangeiro.
3.2. Relação de semelhança entre o espaço descrito e a paisagem humana:
• imitação (mal conseguida e exagerada) do estrangeiro e perda da autenticidade (ll. 19-21);
• estagnação, não obstante o pretenso progresso e cosmopolitismo (ll. 22-27).
4. A “vibração fina da luz de inverno” (l. 3) confere vitalidade e beleza à cidade, contrastando
com o clima de estagnação e ócio/inatividade da paisagem humana (ll. 19-27).
5. Focalização que demonstra:
• uma visão crítica da realidade observada, condicionada pelo olhar cosmopolita de quem se
ausentou da cidade;
• saudades e nostalgia relativamente ao passado (representado pelo Passeio Público e pelos
hábitos “domingueiros” de outrora).
Página 14
MC
Leitura | Gramática | 11.o Ano
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Fazer inferências, fundamentando.
L7.3. Explicitar a estrutura do texto: organização interna.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior.
G20.1. Identificar deíticos e respetivos referentes.
Página 2 de 191
Página 15
2.1. a. “Fernando Pessoa e o frade […] conhecido por Chiado continuam sentados à chuva,
indiferentes um ao outro.” (ll. 12-13). b. “(que outrora foi assaltado por fanáticos chamejantes
em procissões do Santo Ofício […])” (ll. 15-16). c. “([…] logo depois abalado por um terramoto
de estremecer o mundo)” (l. 16). d. “O pequeno largo onde se situam […] escombros, cinzas,
ferros torcidos” (ll. 14-19).
3.1. (A)
3.2. (C)
3.3. (A)
3.5. (D)
4. a. Predicativo do sujeito. b. Complemento do adjetivo.
5. Valor explicativo.
6. “Hoje” – deítico temporal; “atravesso”, “vejo”, “nossa” – deíticos pessoais.
Notas
– O advérbio “hoje” tem valor temporal, remetendo, de forma lata, para a época atual e
podendo ser parafraseado por “atualmente”.
– As formas verbais “atravesso” e “vejo” também têm valor deítico temporal.
Retoma
No projeto Encontros 12, a retoma de conteúdos de Educação Literária e de Gramática de
10.o e 11.o anos é feita das seguintes formas:
• ao longo do manual, integrada nas unidades, sob a forma de questionários e exercícios de
escrita;
• de forma sistematizada, em apresentações em PowerPoint®, focadas no estabelecimento de
relações entre as obras estudadas no 12.º ano e as obras estudadas nos anos anteriores;
• no caderno Prepara-te para o Exame, em que se apresenta um friso cronológico desde a
Idade Média à atualidade e em que os conteúdos programáticos são sistematizados de acordo
com uma perspetiva diacrónica, segundo sete linhas temáticas (Representações do amor;
Representações do espaço e deambulação; Crítica social; Sentimento nacional e existência
coletiva; A questão épica; Reflexão existencial; Arte poética e figurações do poeta);
• de forma sistematizada e completa, na secção “Retoma” do Dossiê do Professor (material
fotocopiável).
Página 16
MC
Educação Literária
EL15.6. Ler uma ou duas obras do Projeto de Leitura relacionando-a(s) com conteúdos
programáticos de diferentes domínios.
Notas
1. Encontram-se disponíveis os seguintes materiais de apoio ao Projeto de Leitura nos
Recursos do Projeto e no Dossiê do Professor – Projeto de Leitura:
• material de apoio a todas as obras (sinopse, excerto da obra com tópicos de reflexão, outras
informações);
Página 3 de 191
• sugestões de atividades a realizar no âmbito do Projeto de Leitura (Educação Literária,
Leitura, Oralidade, Escrita).
2. As obras encontram-se agrupadas por modos literários ou por temas, por ordem cronológica
(da mais recente para a mais antiga). As datas apresentadas correspondem às datas das
edições originais ou às datas da edição portuguesa.
Página 21
Sugestões
1. As tertúlias literárias poderão ser realizadas na Biblioteca Escolar e abertas a toda a
Comunidade Educativa. Poderão ainda ser feitas apenas no âmbito da turma ou como
atividade conjunta de todas as turmas de 12.o ano.
2. No final do ano, poder-se-á fazer, na Biblioteca, uma exposição com os diários de leitura
produzidos ao longo do ano.
Página 24
MC
Educação Literária | Leitura
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
Notas
1. No glossário de termos literários (p. 379), o aluno pode encontrar mais informações sobre o
Segundo Modernismo português, que surgiu em torno da revista Presença (1927-1940) e de
escritores como José Régio e Miguel Torga, entre outros.
2. O Projeto de Leitura integra obras de autores modernistas portugueses (ex.: Mário de Sá
Carneiro, Miguel Torga) e estrangeiros (ex.: Walt Whitman, Blaise Cendrars, Carlos Drummond
de Andrade).
Página 25
Página 4 de 191
Sugestão
1. A introdução ao estudo da poesia de Fernando Pessoa poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
A literatura portuguesa do século XX
O Modernismo português: a geração de Orpheu
Vida e obra de Fernando Pessoa
Página 26
2.1. a. Lisboa. b. cinco. c. “À minha querida mamã.” d. África do Sul. e. inglesa. f. Alexander
Search. g. Letras h. Chiado. i. Orpheu. j. Mensagem. k. Biblioteca Nacional de Portugal. l. 1935.
Nota
Encontra-se disponível, na página 359, um texto informativo sobre a arca de Pessoa.
Página 28
3.1. PowerPoint®
Despersonalização e génese dos heterónimos [correção do exercício]
Sugestão
A introdução ao estudo da poesia de Fernando Pessoa poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
Fernando Pessoa: a heteronímia
Página 30
MC
Educação Literária | Oralidade | Leitura | Escrita
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
Página 5 de 191
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua […].
1. Resposta pessoal.
2.1. Capacidade que o poeta tem de transformar as suas emoções (“sensibilidade”) e
experiências em matéria poética, intelectualizada.
Sugestão
A introdução ao estudo da poesia de Fernando Pessoa ortónimo poderá ainda ser articulada
com a visualização de:
Fernando Pessoa ortónimo
Página 31
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Nota
Relativamente à poesia de Fernando Pessoa ortónimo, apresentam-se propostas de atividades
focadas na análise dos seguintes poemas:
Manual
• “Autopsicografia” (p. 32)
• “Isto” (p. 33)
• “Ela canta, pobre ceifeira” (p. 34)
• “Quero, terei” (p. 36)
• “Gato que brincas na rua” (p. 38)
• “Não sei se é sonho, se realidade” (p. 40)
• “Às vezes, em sonho triste” (p. 41)
• “A criança que fui” (p. 42)
• “Ó sino da minha aldeia” (p. 44)
• “Pobre velha música!” (p. 44)
• “Leve, breve, suave” (p. 48)
Caderno de Atividades
• “Boiam leves, desatentos” (p. 36)
Opções
• “Não sei quantas almas tenho” (p. 6)
• “Mar. Manhã” (p. 7)
• “O menino de sua mãe” (p. 8)
Página 6 de 191
Página 32
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV), estabelecendo
comparações pertinentes.
5. Áudio
O poeta é um fingidor (Rúben Páscoa)
5.1. Sugestão de tópicos a abordar: diálogo intertextual (semelhanças e diferenças – cf. 2.a
parte da canção); relação letra/música.
Página 33
6.1. Fingimento como mentira (na perspetiva dos outros) vs. fingimento como resultado da
articulação entre a imaginação e a sensação (perspetiva do sujeito poético) – fingir não é
mentir.
6.2. Terraço como divisão que separa o plano da realidade (mundo sensível) e o plano da
imaginação (mundo intelectual) e como patamar que encobre a beleza real (existente no
mundo intelectual).
6.3. Recusa, em tom irónico e por meio da interrogação retórica, da função central do
sentimento e da emoção no trabalho de criação poética; valorização do efeito provocado no
leitor e da importância da interpretação / do ato de leitura.
7. Poesia como resultado do fingimento poético (sinceridade artística/intelectual) e não da
sinceridade convencional; poesia indissociável das dialéticas sinceridade/fingimento,
sentir/pensar, consciência/inconsciência.
“Autopsicografia” – dor sentida como ponto de partida para a dor imaginada (processo de
criação artística); poesia como resultado da intelectualização das emoções.
Página 7 de 191
“Isto” – recusa da emoção; apologia da intelectualização como motor da transfiguração
artística (a arte nasce da abstração do mundo sensível).
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
Página 34
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
2. Sugestão
A leitura do poema “Ela canta, pobre ceifeira” poderá ser complementada com a audição do
mesmo, dito por João Villaret (Fernando Pessoa por João Villaret, Universal Music).
3. 1.a Parte (estrofes 1 a 3): descrição do canto da ceifeira, com recurso ao presente do
indicativo, às formas de 3.a pessoa e às frases de tipo declarativo.
2.a Parte (estrofes 4 a 6): expressão, por parte do sujeito poético, do desejo de inconsciência
consciente; apelo em tom exortativo e subjetivo, com recurso ao modo imperativo, às formas
de 2.a pessoa e a frases de tipo imperativo e exclamativo.
Página 8 de 191
4. Canto marcado pela harmonia, que reflete um eventual estado de felicidade inconsciente da
ceifeira.
4.1. O canto exerce um efeito de sedução no sujeito poético – causando-lhe simultaneamente
alegria (fruição dos sentidos) e tristeza (dor de pensar).
5. O sujeito poético ambiciona o impossível – ser inconsciente, isto é, não sofrer com a dor de
pensar (como a ceifeira), mantendo a sua consciência.
Desejo que remete para a dicotomia consciência/inconsciência (o sujeito poético aspira à vida
instintiva e espontânea, mas quer manter a lucidez) e, consequentemente, para a temática da
dor de pensar.
Página 35
6. a. “Ondula como um canto de ave […] Do som que ela tem a cantar.” (vv. 5-8). b. “e a sua
voz […] Ondula como um canto de ave” (vv. 3-5). c. “Ouvi-la alegra e entristece” (v. 9). d.
“pobre ceifeira” (v. 1), “alegre e anónima viuvez” (v. 4), “incerta voz” (v. 16). e. “tu”/“eu” (v.
17), “inconsciência”/“consciência” (vv. 18-19). f. “A ciência // Pesa tanto” (vv. 20-21). g.
“Tornai // Minha alma a vossa sombra leve! / Depois, levando-me, passai!” (vv. 22-24).
MC
Oralidade | Educação Literária
O1.3. Fazer inferências.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
1. Áudio
Corzinha de verão (Deolinda)
Página 36
MC
Gramática
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
Página 9 de 191
Referências bibliográficas
• CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley (2000). “Verbo”, in Gramática do Português Contemporâneo
(16.a edição). Lisboa: Sá da Costa, pp. 377-549.
• OLIVEIRA, Fátima (2013). “Tempo verbal”, in Gramática do Português. Lisboa: FCG, pp. 509-
553.
• OLIVEIRA, Fátima (2003). “Tempo e aspeto”, in Gramática da Língua Portuguesa (6.a edição).
Lisboa: Caminho, pp. 127-203.
• ROCHA, Maria Regina (2016). Gramática de Português – Ensino Secundário. Porto: Porto
Editora.
Página 37
Notas
1. O pretérito perfeito simples e o pretérito imperfeito têm o mesmo valor temporal (localizam
uma situação no passado); o que os distingue é o valor aspetual – ver Ficha gramatical n.o 3,
pp. 60-61.
2. O condicional tanto pode ter um valor temporal (correspondendo a um tempo verbal e
podendo designar-se futuro do passado) como um valor modal (correspondendo a um modo
verbal – ver Ficha gramatical n.o 4, pp. 86-87).
Aplicação
1. Exemplo: Li o poema depois de me teres falado nele.
2. a. disse – pretérito perfeito simples do indicativo; perdera – pretérito mais-que-perfeito
simples do indicativo; seria – condicional simples. b. disse – localiza uma situação no passado;
perdera – localiza uma situação no passado, antes de outra também passada (disse); seria –
localiza uma ação no passado, depois de outra também passada (disse). c. terá escrito – futuro
composto do indicativo. d. Localiza uma situação concluída num tempo posterior ao da
enunciação. e. tem escrito – pretérito perfeito composto do indicativo. f. Localiza uma situação
que se inicia no passado e que se prolonga no presente. g. Momento em que o enunciado é
produzido. h. ansiava – pretérito imperfeito do indicativo; tivessem lido – pretérito mais-que-
perfeito do conjuntivo. i. ansiava – marca um passado; tivessem lido – marca um tempo
anterior ao da oração subordinante (ansiava). j. Situação descrita em “O poeta ansiava”.
Página 38
MC
Educação Literária | Escrita
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências […]
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras
estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
Página 10 de 191
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…].
1. O sujeito poético interpela um animal irracional, aludindo ao seu instinto animal (brincar na
rua); a dor de pensar poderá advir da constatação da irracionalidade do gato e do desejo de a
ter também.
2. CD Áudio – Faixa 2
Gato que brincas na rua
MC
Gramática
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
1.1. (A) São os tempos verbais que localizam as situações no tempo (“brincas”, “Invejo”,
“chama”, “regem”, “tens”, “sentes”, “És”, “vejo”, “estou”, “Conheço”, “sou”); não há verbos
auxiliares no poema.
1.2. (A) No poema predominam as formas verbais de presente, tendo quase todas elas valor
deítico; excetuam-se “fosse” (pretérito imperfeito do conjuntivo) e “chama” e “regem”, que
apontam para situações atemporais (e não especificamente para o momento da enunciação).
2.1. Exemplos: a. Antes de anoitecer, o gato brinca na rua. b. Sempre que anoitece, o gato
brinca na rua. c. Depois que anoitece, o gato brinca na rua.
Página 39
MC
Leitura
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.6. Relacionar aspetos paratextuais com o conteúdo do texto.
Página 11 de 191
na última frase (“Nós”, “achamos”) (Nota: o título do blogue indicia a viagem que deu origem
ao relato – Istambul 5 dias).
Sugestões
• Consolidação do género documentário: revisão das características do género documentário
(p. 352); visionamento do trailer do documentário Kedi (disponível na internet); identificação
das características do género documentário presentes no trailer visionado.
• Atividade de intertextualidade com o poema “Em Lisboa com Cesário Verde”, de Eugénio de
Andrade (Manual, pp. 206-207).
Página 40
MC
Educação Literária | Escrita
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Programa.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] apreciação crítica […].
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
2. CD Áudio – Faixa 3
Não sei se é sonho, se realidade
Página 41
Página 12 de 191
3. a. 1-12. b. Ilha paradisíaca (“terra de suavidade”, v. 3; “ilha extrema do sul”, v. 4), vaga e
imprecisa (“palmares inexistentes”, v. 7; “Áleas longínquas”, v. 8). c. Felicidade (conotada com
a juventude e o amor, v. 6). d. Eventual felicidade (vv. 11-12). e. Esperança, ilusão, anseio de
felicidade. f. 13-18. g. Desconforto (“Sente-se o frio”, v. 16), efemeridade do bem e
permanência do mal (“o mal não cessa, não dura o bem”, v. 18). h. Desalento, tristeza,
desilusão, dor de pensar. i. 19-24. j. Esperança.
4. A repetição realça a convicção do sujeito poético relativamente ao “lugar” em que a
felicidade se encontra (“em nós”).
5. Tema: oposição sonho/realidade. Assunto: constatação, por parte do sujeito poético, de
que a felicidade está presente no interior de cada um e não na nostalgia de um passado que se
desvanece.
MC
Oralidade
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
1. a. “país” imaginado (“em sonho triste”, v. 1), vago e impreciso, dado que só existe em
sonhos (“Nos meus desejos existe”, v. 2; “Longinquamente”, v. 3); “Nesse país por onde erra /
Meu longínquo divagar.”, vv. 14-15; “impossível jardim”, v. 20. b. Experiência da passagem do
tempo marcada pela espontaneidade ou inconsciência (vv. 6-7) e pela renovação cíclica da vida
(vv. 9-10); tempo circular, não linear, em que não há consciência da sua passagem. c. Verso
que constitui uma representação metafórica própria do “ser feliz” (v. 5), relacionando-se com a
anulação do “sentir” (v. 11), do “desejar” (v. 11) e do “amor” (v. 13), a ausência de sofrimento
(v. 19), a não consciência da passagem do tempo (v. 10) e o carácter onírico dessa felicidade. d.
Infância encarada com nostalgia, como idade mítica, de felicidade plena (v. 17). e. Metáforas
que contribuem para a caracterização do espaço como local onde se anula o “sentir” (vv. 11-
12, 14-15) e para o carácter cíclico da passagem do tempo, sem se sentir a sua passagem (vv.
9-10); comparação (v. 6) e antíteses (“morre”/ “(re)nasce”; “sonha”/ “vive”) que acentuam a
espontaneidade/inconsciência com que se vive a passagem do tempo. f. Poema constituído
por quatro quintilhas, em redondilha maior; predomínio da rima emparelhada e interpolada
(AABAB, CDDCD, EFGFE, HIHII).
Nota: As respostas aos tópicos relativos às alíneas a., b. e c. foram adaptadas dos Critérios de
Classificação do Exame Nacional de Português (2015, Época Especial).
Página 42
MC
Gramática
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
Referências bibliográficas
• CUNHA, Celso; Cintra, Lindley (2000). “Verbo”, in Gramática do Português Contemporâneo
(16.a edição). Lisboa: Sá da Costa, pp. 377-549.
• OLIVEIRA, Fátima (2013). “Tempo verbal”, in Gramática do Português. Lisboa: FCG, pp. 509-
553.
Página 13 de 191
• OLIVEIRA, Fátima (2003). “Tempo e aspeto”, in Gramática da Língua Portuguesa, 6.a edição.
Lisboa: Caminho, pp. 127--203.
• ROCHA, Maria Regina (2016). Gramática de Português – Ensino Secundário. Porto: Porto
Editora.
Página 43
Aplicação
2. Tempos e modos verbais – “houvesse” (l. 1), “acabava” (l. 2), “inventaram” (l. 6), “criaram”
(l. 6), “tinha colocado” (ll. 10-11); advérbios e outras expressões com valor temporal: “no
tempo de” (l. 1), “já” (l. 10), “mais tarde” (l. 15); orações temporais: “Quando inventaram a
revista Orpheu” (l. 6), “Quando Fernando Pessoa morreu” (l. 14).
Nota: O condicional em “estudariam” não tem valor temporal, mas sim modal, marcando uma
atitude epistémica de dúvida. O valor modal é abordado na Ficha gramatical n.º 4 (pp. 86-87).
Sugestões
1. A análise do artigo de opinião “O mural de Pessoa” (Manuel Halpern) poderá ser
complementada com uma atividade de Leitura (identificação das marcas do género artigo de
opinião). O artigo em causa encontra-se integralmente disponível no E-Manual e no Dossiê do
Professor – Materiais de Apoio.
2. A propósito deste texto, poder-se-á ainda explicitar a alusão presente no último parágrafo,
fazendo remissão para a obra saramaguiana que poderá ser objeto de estudo no 12. o ano – O
Ano da Morte de Ricardo Reis (pp. 240-286).
Página 44
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
Página 14 de 191
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.3. Fazer inferências.
O2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
1. Áudio
Caderneta de Cromos – Diretamente do campo (Nuno Markl)
Sugestão
Retoma
A análise destes dois poemas poderá ser complementada com uma atividade de retoma de
conteúdos de Educação Literária de 10.o e 11.o anos, centrada na reflexão existencial:
• lírica de Luís de Camões – reflexão sobre a vida pessoal (experiência amorosa, percurso de
vida);
• sonetos de Antero de Quental – expressão da angústia existencial.
3.1. O toque do sino leva a que o sujeito poético recorde a infância, de forma melancólica e
nostálgica, revelando a sua consciência/lucidez e dor de pensar.
3.2. A progressão temática do poema aponta para um movimento que vai:
• do passado (tempo idílico da infância, irremediavelmente perdido) para o presente – tempo
da saudade, da nostalgia, da consciência da perda do passado;
• da realidade exterior (toque físico do sino), para a interioridade (reflexão do sujeito poético,
pautada pela nostalgia do passado).
3.3. Versos que remetem para uma memória cristalizada da infância (o toque do sino) e para a
intelectualização dessa memória.
Página 45
3.4. a. Apóstrofe, aliteração e assonância de sons nasais, que sugerem a cadência monótona e
melancólica do sino. b. Comparação, que marca o distanciamento entre o passado e o
presente, realçando a impossibilidade de recuperar o passado e a inexorabilidade da passagem
do tempo. c. Anáfora (“Sinto”) e antítese (“longe” / “perto”), que acentuam a nostalgia da
infância e a saudade do passado longínquo, para sempre perdido.
Página 15 de 191
4.1. Sujeito com nostalgia da infância; angústia; abulia/inércia/perda da vontade, que se
traduzem na dor de pensar.
4.2. (D) – O passado é lembrado de forma vaga/difusa e duvidosa (vv. 6, 11, 12). Versos que
compravam a veracidade das restantes afirmações: (A) vv. 5-8; (B) vv. 10-12; (C) v. 12; (E) v. 1.
5. Poemas com características formais semelhantes: compostos em quadras (predomínio do
esquema rimático ABCB ou ABAB); embora optem pela medida tradicional, diferem na métrica
(redondilha maior vs. redondilha menor).
MC
Leitura | Gramática | Escrita
L7.3. Fazer inferências, fundamentando
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua […].
Página 46
2. a. V – Desenvolve-se um tema histórico, isto é, um facto ocorrido em algumas sociedades
humanas (funções do sino, a nível litúrgico e social). b. V – As preocupações estilísticas estão
presentes no uso de recursos expressivos como a metáfora (l. 26); quanto ao registo de língua,
predomina o registo formal, embora também estejam presentes expressões coloquiais (l. 22).
c. V – O episódio relatado tem carácter demonstrativo, na medida em que exemplifica a
informação apresentada no primeiro parágrafo (importância dos sinos). d. F – As aspas são
usadas para delimitar o discurso direto (l. 22), a citação (ll. 31-32) e o uso metafórico das
palavras (l. 47). e. F – Entre as situações descritas em “Enquanto o diabo esfregou um olho, o
povo atirou-se às chamas” (l. 24) estabelece-se uma relação de simultaneidade.
Sugestão
O texto apresentado corresponde à introdução de um artigo de divulgação científica na área
das ciências sociais e humanas (História, Sociologia). O texto integral, que está disponível no E-
Manual, pode ser utilizado para o aprofundamento da atividade de Leitura (identificação das
marcas do género artigo de divulgação científica com base em grelha de análise).
Página 16 de 191
Página 47
Referências bibliográficas
AA.VV. (2008). Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. Lisboa: Caminho.
COELHO, Jacinto do Prado (1998). Unidade e Diversidade em Fernando Pessoa, (11.a edição).
Lisboa: Verbo.
CRESPO, Angel (1984). Estudos sobre Fernando Pessoa. Lisboa: Teorema.
LOPES, Teresa Rita (org.) (1993). Pessoa Inédito. Lisboa: Livros Horizonte.
MARTINS, Fernando Cabral (2014). Introdução ao Estudo de Fernando Pessoa. Lisboa: Assírio &
Alvim.
PowerPoint®
Fernando Pessoa ortónimo: síntese da unidade
Fernando Pessoa ortónimo: retoma de conteúdos
Áudio
Fernando Pessoa ortónimo: retoma e relação de conteúdos
Sugestão
A conclusão do estudo da poesia de Fernando Pessoa poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
A literatura portuguesa do século XX
O Modernismo português: a geração de Orpheu
Vida e obra de Fernando Pessoa
Página 48
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição do Exame Nacional de
Português (2016), selecionando-se, para a Parte B do Grupo I, um conteúdo de 10.o ano (lírica
camoniana).
PowerPoint®
Fernando Pessoa ortónimo: correção do teste formativo
Grelha de autoavaliação 1
MC
Educação Literária | Leitura | Gramática | Escrita
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
Página 17 de 191
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 49
Grupo I
A
1. No poema, aborda-se o tema da dor de pensar, através da constatação, por parte do sujeito
poético, de que a fruição da natureza (audição do canto matinal de uma ave) é destruída pela
sua lucidez e pelo seu raciocínio analítico.
2. O uso expressivo da tripla adjetivação anteposta ao nome, em situação de enumeração
assindética (“Leve, breve, suave”) e a aliteração em “v” (articulada com assonância do som
vocálico “e”) sugerem a leveza, a harmonia e a doçura do canto da ave ouvido pelo sujeito
poético.
3. O sujeito poético constata a fugacidade do momento experienciado, sugerindo que o
próprio ato de pensar (análise racional) condiciona a fruição do canto (e, eventualmente, a
existência do próprio canto); o ato de pensar destrói a possibilidade de fruição (ideia
corroborada na segunda estrofe).
B.
4. De acordo com as duas quadras, o sujeito poético entende a vida como uma experiência
longa e cada vez mais penosa; toma consciência da aproximação do termo da sua vida; faz um
balanço negativo da existência com base na experiência passada; toma consciência de que a
vida vai perdendo qualidade; encara toda a esperança como mera ilusão.
5. O verso “qualquer grande esperança é grande engano” (v. 8) sugere que, para o sujeito
poético, toda a esperança acaba por se revelar ilusória. Esta ideia concretiza-se nos dois
tercetos. O bem desejado é representado como um objetivo que se persegue, num caminho
em que o sujeito cai e se levanta, até que o próprio bem desejado se perde de vista e o
desânimo vence.
Nota: As respostas às questões 4. e 5. foram retiradas dos Critérios de Classificação do Exame
Final Nacional de Português (2016, 1.a Fase).
Página 50
1. (B)
2. (D)
3. (D)
Página 18 de 191
4. (B)
5. (A)
6. (D)
7. (A)
8. Expressão com valor temporal (“Na ultima reunião”); tempos verbais (“debateu-se”,
“emergiu”, “antecederam”).
(Nota: O condicional neste contexto não tem valor temporal, mas sim modal, marcando uma
atitude epistémica de dúvida).
9. Localização de uma situação no passado.
Grupo III
1. Exemplo:
No artigo de divulgação científica “Linguagem animal”, publicado na Super Interessante,
aborda-se o tema da complexidade da comunicação, incidindo-se nas eventuais semelhanças
entre a linguagem animal e a fala humana.
De acordo com o artigo, há duas teses sobre esta questão: a primeira é a de que a
comunicação é uma escala com diferentes graus de complexidade, ocupando a linguagem
humana a posição cimeira; a segunda é a de que a linguagem é uma característica
exclusivamente humana.
A segunda fase tem sido alvo de questionamento. Nesse sentido, a teoria do linguista
Chomsky, que advoga que a linguagem emergiu de forma autónoma na espécie humana, foi
recentemente debatida.
(107 palavras)
Página 52
MC
Educação Literária | Oralidade | Leitura
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
L8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.
1. Vídeo
Grandes Livros – Livro do Desassossego (Companhia das Ideias)
1.1. a. Hibridismo em relação ao género. (De acordo com Arnaldo Saraiva, no Livro do
Desassossego há textos muito variados: diário, crítica, ensaio, prosa poética, confissão,
autobiografia, meditação, conto, crónica, nota, prefácio, diálogo, aforismo, paradoxo.) b. 500
textos sem sentido concreto (com princípio, meio e fim). c. Obra constituída por “impressões
sem nexo nem desejo de nexo”, a sua “história de vida” / “autobiografia sem factos”, as
“confissões”. d. A melhor poesia de Fernando Pessoa (cf. conceção das frases, musicalidade da
prosa). e. Solidão profunda; existência em sonho, abdicação da existência, com o objetivo de
revelar o mistério da realidade. f. “criança que brinca diante mim”, “amontoado intelectual de
células”… g. “não era o verdadeiro outro, era uma mutilação da sua [Pessoa] própria
personalidade”.
2. Tópicos a abordar:
Página 19 de 191
• dados biográficos de Bernardo Soares;
• perfil psicológico de Bernardo Soares – tendência para a deambulação, para a observação e
para a recriação poética do quotidiano;
• semelhanças entre Fernando Pessoa, Álvaro de Campos e Bernardo Soares.
Sugestão
A introdução ao estudo da poesia de Fernando Pessoa ortónimo poderá ainda ser articulada
com a visualização de:
“Livro do Desassossego”: no labirinto dos sonhos
Página 53
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
Nota:
De acordo com o Programa, devem ser estudados três dos seis fragmentos indicados:
1. “Eu nunca fiz senão sonhar.”
2. “Amo, pelas tardes demoradas de verão…”
3. “Quando outra virtude…”
4. “Releio passivamente…”
5. “O único viajante…”
6. “Tudo é absurdo.”
Página 54
MC
Página 20 de 191
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
Página 56
3.1. Primeiro bloco textual (ll. 1-36): reflexão sobre a importância do sonhar e sobre as suas
consequências (criação de um “mundo falso”).
Segundo bloco textual (ll. 37-57): reflexão sobre a importância das paisagens e vidas interiores
/ nostalgia do passado que não existiu.
Terceiro bloco textual (ll. 58-77): reflexão sobre a importância das paisagens e vidas que não
foram “inteiramente interiores” (“certos quadros”).
Quarto bloco textual (ll. 78-88): expressão desolada da dor de pensar.
3.2. Trata-se de um texto delimitado em partes mais ou menos independentes, em que se
desenvolvem temas relativamente autónomos (embora todos estejam de alguma forma
subordinados ao tema do sonho e apresentem o mesmo estilo).
4. “sonhar” como atitude “interior”; essência da existência de Bernardo Soares, associada ao
longínquo e inatingível, por meio do sentir, e ao niilismo (redução a nada).
“sentir” – representação da vida exterior (vida, amor), negada/desvalorizada por Bernardo
Soares.
5.a. Paisagens e vidas relacionadas com o passado inexistente (da infância ao passado mais
recente). b. “saudades […] dolorosas” (l. 37); sofrimento e desolação; nostalgia do passado
irreal que só existiu na consciência; angústia porque o passado imaginado não teve/tem
Página 21 de 191
existência real. c. Paisagens e vidas que não foram inteiramente interiores. d. Tristeza, dor e
desespero maiores do que os provocados pelas paisagens e vidas interiores, por se tratar de
imagens não pertencentes à sua interioridade (e por não as poder sonhar/imaginar).
6. a. Vive uma “vida interior”, conotada com o sonho (imaginação), negando o contacto com a
realidade exterior;
• demonstra angústia, sofrimento/dor e raiva quer por sentir saudades do passado imaginado
e por esse passado não ter tido existência empírica, quer por as paisagens e vidas
representadas pictoricamente não terem sido criadas pela sua consciência e, por isso, não
poder participar inteiramente nelas; devido aos atos de vida exterior a que está sujeito (como
escrever), por ter de “viver” e de “agir” e, consequentemente, ser lúcido (não poder ser
inconsciente), manifesta dor de pensar.
b. A perceção do real faz-se a partir da vida interior (e não da vida exterior), sendo
condicionada pelo sonho (imaginação); é pelo sonho que se dá a transfiguração poética do
real.
Página 57
MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
diário […].
Sugestão
A abordagem do género diário poderá ainda ser articulada com a resolução das atividades
propostas na página 341 do Manual.
Página 22 de 191
Página 58
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
Página 59
3.1. a. “casais futuros”, “pares das costureiras”, “rapazes”, “reformados de tudo”, “donos das
lojas”, “recrutas”, “Gente normal”, “automóveis” (ll. 31-35). b. “salada coletiva da vida” (l. 40).
c. “pelas tardes demoradas de verão” (l. 1), “por essas tardes” (l. 9), “Por ali arrasto, até haver
noite” (ll. 14-15). d. “A Rua do Arsenal, a Rua da Alfândega […] toda a linha separada dos cais
quedos” (ll. 4-7). e. “o elétrico”, “a voz do apregoador noturno” (ll. 28-29).
4. Afirmação que evidencia o diálogo intertextual com a poesia de Cesário Verde,
nomeadamente o poema “O Sentimento dum Ocidental”, focando-se não a poesia em si, mas a
realidade representada poeticamente – Lisboa descrita por um observador acidental, que
deambula pela cidade e a descreve criticamente (cf. visão crítica dos tipos sociais quer em
Cesário Verde quer em Bernardo Soares – “rapazes com pressa de prazer” (prostituição),
“vadios […] que são os donos das lojas”…).
5. Cidade com duas vertentes, que exercem dois efeitos:
• “sossego da cidade baixa” – conotado com a ausência de vida e com a solidão – efeito de
adesão e comprazimento (identificação com a tristeza da realidade exterior contemplada);
Página 23 de 191
• figuras que passam na rua – efeito de não pertença, alheamento, indiferença (e,
consequentemente, “paz de angústia” (ll. 36-37), “sossego […] feito de resignação” (l. 37), que
se traduz em desilusão e desconcerto.
5.1. Recursos expressivos que acentuam a identificação com a tristeza do cenário e a angústia:
• uso expressivo do adjetivo (geralmente a concretizar a hipálage) – “tardes demoradas de
verão” (l. 1), “ruas tristes” (l. 6), “cais quedos” (l. 8), “horas lentas e vazias” (l. 23);
• “tudo isso me conforta de tristeza” (ll. 8-9);
• metáfora – “no meu coração há uma paz de angústia” (ll. 36-37), “a salada coletiva da vida”
(l. 40).
Página 60
MC
Gramática
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
Referências bibliográficas
• COSTA, João. Dicionário Terminológico para consulta em linha [Consult. em 25-09-2016].
• CUNHA, Luís Filipe (2013). “Aspeto”, in Gramática do Português. Lisboa: FCG, pp. 585-619.
• OLIVEIRA, Fátima (2013). “Tempo verbal”, in Gramática do Português. Lisboa: FCG, pp. 509-
553.
• OLIVEIRA, Fátima (2003). “Tempo e aspeto”, in Gramática da Língua Portuguesa, 6.a edição.
Lisboa: Caminho, pp. 127-203.
• ROCHA, Maria Regina (2016). Gramática de Português – Ensino Secundário. Porto: Porto
Editora.
Página 61
Aplicação
1. Valor perfetivo: “interessou-me bastante este livro do Pessoa” (ll. 6-7); “quando li a
tradução do Richard Zenith percebi” (ll. 8-9).
Valor imperfetivo: “Achei que era um livro impossível” (l. 8).
Situação genérica: “Há muitas teorias em volta dos livros, mas eles vivem por muitos anos nas
prateleiras. Um bom livro vive dez anos” (ll. 1-2); “a publicidade é indiferente” (l. 4).
1.1. Exemplos:
a. Nas últimas décadas, tem havido inúmeras teorias em volta dos livros. b. Normalmente, há
novas teorias em volta dos livros. c. No passado, houve muitas teorias em volta dos livros. d.
Antigamente, havia muitas teorias em volta dos livros.
Página 62
MC
Educação Literária | Oralidade | Escrita
Página 24 de 191
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
O1.3. Fazer inferências.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] apreciação crítica.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
1. Áudio
Lisboa (Pólo Norte)
Sugestão
O estudo deste fragmento poderá ser complementado com a visualização de:
“Livro do Desassossego”: “Quando outra virtude não haja em mim” [excerto]
Página 63
3.1. a. “Quando outra virtude […] sensação liberta” (ll. 1-2) – introdução do conceito da virtude
(conceito que será conotado, no decurso do texto, com o “humanitarismo”). b. “Descendo […]
mão direita.” (ll. 3-7) – perfil físico do homem observado na rua. c. “Senti […] daquelas costas
vestidas.” (ll. 8-12) – valor representativo do homem observado (tipo social e psicológico).
d. “Desvio os olhos […] abarco nitidamente” (ll. 13-14) – observação dos outros transeuntes. e.
“Volvi os olhos para as costas do homem” (l. 25) – observação da realidade exterior. f. “janela
por onde […] por tudo.” (ll. 25-36) – analogia da sensação de humanitarismo sentida perante a
inconsciência humana com a da sensação sentida perante alguém que dorme. g. “Todos os
movimentos e intenções da vida […] coisa infinita.” (ll. 41-47) – retoma/conclusão do tema da
virtude (humanitarismo e enternecimento perante a inconsciência humana).
Página 25 de 191
Página 64
3.2. A ternura deve-se à inconsciência do homem (que representa a inconsciência humana em
geral) e à consciência de Bernardo Soares, que lhe permite olhar para a humanidade com
“compaixão” (l. 39) e “humanitarismo” (l. 37) maternais.
3.3. Metáfora que reflete a relação existente entre a realidade exterior (quotidiano) e a
realidade interior: as “costas do homem” (realidade exterior observada) são o estímulo
(“janela”) que gera a transfiguração do real através do sonho e da imaginação
(“pensamentos”).
4.1. Semelhanças com Cesário Verde: atitude deambulatória; observação do quotidiano
citadino (com os seus espaços e tipos sociais); análise e transfiguração poética do real (ex.:
“Num bairro moderno”, “O sentimento dum ocidental”).
Semelhanças com Fernando Pessoa: consciência e lucidez vs. inconsciência das figuras
observadas (ex.: “Ela canta, pobre ceifeira”, “Gato que brincas na rua”); importância do pensar
em detrimento do sentir (ex.: “Isto”).
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G.19.3. Distinguir valores aspetuais.
1. a. Valor perfetivo, marcado pelo pretérito perfeito simples. b. Valor genérico, marcado pelo
presente e pelo pronome indefinido “tudo”.
2. Empréstimo: “atelier” (l. 16); neologismo estilístico: “fronteiração” (l. 42).
3.1. (C)
3.2. (B)
3.3. (B)
3.5. (D)
3.5. (D) (“quem dorme”)
Página 65
MC
Educação Literária | Escrita
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras
estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…].
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
Página 26 de 191
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
2. CD Áudio – Faixa 5
Tudo é absurdo
Página 66
3. a. Afirmação genérica que introduz subjetivamente o tema a abordar – carácter absurdo da
vida social. b. Vestido da rapariga que faz uma viagem no mesmo elétrico que Bernardo
Soares. c. Atitudes humanas – ganhar dinheiro, fama, bens; trabalho nas fábricas – locais,
secções, máquinas, trabalhadores, gerentes; vida quotidiana (doméstica, amorosa e espiritual)
dos trabalhadores. d. Real (viagem de elétrico, vestido da rapariga), que se transfigura na
imaginação e que dá origem à realidade interior. e. Tontura, profusão de vida interior
(multiplicação do “eu”), exaustão, cansaço/desfalecimento, abulia. f. Presente que ora remete
para o tempo vivido por Bernardo Soares (físico e psicológico), ora tem um valor
genérico/intemporal. g. Frase que dá conta da profusão e intensidade da vida interior de
Bernardo Soares (sonho/imaginação).
MC
Oralidade
O1.5. Identificar argumentos.
O1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
O1.8. Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros: diálogo argumentativo
[…].
1. CD Áudio – Faixa 6
Diálogo argumentativo
1.1. a. Razão da venda das pílulas que acalmam a sede. b. Economia de tempo. c. Poupança de
53 minutos por semana. d. Grande utilidade das pílulas. e. Questionamento da real utilidade
da poupança de 53 minutos por semana (“E o que é que se faz com esses cinquenta e três
minutos?”). f. Resposta vaga (“Faz-se aquilo que se quer…”). g. “[…] se eu tivesse cinquenta e
três minutos para gastar caminharia muito lentamente para uma fonte…”. h. Inutilidade das
pílulas.
1.2. A primeira resposta baseia-se num argumento válido, devidamente sustentado por um
exemplo; a segunda resposta baseia-se num argumento vago, desprovido de interesse e
pertinência.
Página 27 de 191
Ficha 3 – Diálogo argumentativo
Sugestão
A atividade poderá ser complementada com a resolução do exercício 1 da página 337 e com a
seleção, análise e apresentação oral, pelos alunos, de um diálogo argumentativo integrado nas
obras do Projeto de Leitura.
Página 67
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
1.2. a. 4.; b. 12.; c. 8.; d. 1.; e. 2.; f. 4.; g. 11.; h. 12. i. 4.; j. 1.
1.3. Exemplo:
a. O público e a crítica, caros amigos, consideram João Botelho um grande realizador. b. Foste
surpreendido pelo Filme do Desassossego? c. Colocaram o Filme do Desassossego na estante
ontem.
Página 68
PowerPoint®
Bernardo Soares, “Livro do Desassossego”: síntese da unidade
Bernardo Soares, “Livro do Desassossego”: retoma de conteúdos
Áudio
“Livro do Desassossego”: retoma e relação de conteúdos
Referências bibliográficas
COELHO, Jacinto do Prado (1998). Unidade e Diversidade em Fernando Pessoa, (11.ª edição).
Lisboa: Verbo.
PESSOA, Fernando (2012). “Prefácio”, in Livro do Desassossego. Lisboa: Assírio & Alvim, pp. 9-
26.
SOARES, Bernardo (2012). “Autobiografia sem factos” in Livro do Desassossego. Lisboa: Assírio
& Alvim, pp. 35-375.
ZENITH, Richard (2012). “Prefácio”, in Livro do Desassossego. Lisboa: Assírio & Alvim, pp. 29-
33.
ZENITH, Richard (2008). “Livro do Desassossego”, in Dicionário de Fernando Pessoa e do
Modernismo Português. Lisboa: Caminho.
Sugestão
A conclusão do estudo da prosa de Bernardo Soares poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
“Livro do Desassossego”: temas
“Livro do Desassossego”: no labirinto dos sonhos
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Página 69
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2016) do Exame
Nacional de Português, tendo sido selecionado para a parte B do Grupo I um conteúdo de 10.º
ano (Camões épico).
Grelha de autoavaliação 2
PowerPoint®
Bernardo Soares – Livro do Desassossego: correção do teste formativo
MC
Educação Literária | Leitura | Gramática | Escrita
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
diário […].
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] apreciação crítica […].
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 70
Grupo I
A
1. Bernardo Soares considera que o “único viajante com verdadeira alma” que conheceu era o
“garoto de escritório” porque este, sendo ainda jovem e tendo “a inteligência das crianças” (ll.
23-24), viajava com a imaginação, sem nunca ter ido aos locais explorados através dos
“folhetos de propaganda”, dos mapas, das “ilustrações de paisagens”, dos “retratos de barcos
e navios” (ll. 5-6).
2. O imaginário urbano é concretizado pela referência aos produtos de divulgação turística
(“folhetos de propaganda de cidades, países e companhias de transportes”, ll. 2-3), aos jornais
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e às revistas, que sugerem o gosto pelas viagens internacionais e o cosmopolitismo associados
aos interesses da vida citadina (“tinha mapas […] gravuras de costumes exóticos, retratos de
barcos e navios”, ll. 3-6). O quotidiano está implícito na referência à vida social (“deve ser
homem, estúpido, cumpridor dos seus deveres, casado talvez, sustentáculo social de qualquer –
morto, enfim, em sua mesma vida.”, ll. 14-15).
3. Bernardo Soares apresenta uma atitude meditativa e crítica, refletindo sobre a importância
do sonhar/imaginar enquanto única forma de vida possível, a partir de um estímulo do
quotidiano (a observação do rapaz que colecionava folhetos turísticos). Para além disso, revela
ainda melancolia e desolação, ao constatar que a vida humana é desprovida de sentido.
B.
4. O tema da reflexão é a fragilidade e o carácter trágico da vida humana.
5. A metáfora “bicho da terra” realça o carácter terreno e mortal do ser humano face às
adversidades da vida, acentuando a pequenez e a fraqueza da vida humana em oposição à
força dos perigos envolventes.
Página 71
Grupo II
1. (D)
2. (C)
3. (D)
4. (A)
5. (C)
Página 72
6. (C)
7. (A)
8. Exemplos:
a. “a nossa ‘nação barbada’ senhoreava e pirateava por aqui” (ll. 5-6).
b. “uma inércia de miséria nem sequer amadureceu em revolta” (ll. 11-12).
9. “Só algumas ruas e monumentos enfezados e tristes lembram o tempo” – oração
subordinante; “em que a nossa ‘nação barbada’ senhoreava” – oração subordinada adjetiva
relativa restritiva; “e pirateava por aqui” – oração coordenada copulativa.
Grupo III
1. Vídeo
Trailer do Filme do Desassossego (João Botelho)
1.1. Exemplo:
Com uma duração de menos de trinta segundos e um elevado poder de síntese, o trailer do
Filme do Desassossego não deixa de evidenciar a grande densidade psicológica que caracteriza
o semi-heterónimo pessoano Bernardo Soares.
O trailer resulta da seleção de um excerto do filme, em que Bernardo Soares reflete sobre o
sem-sentido da humanidade, afirmando que os jovens substituíram Deus pela humanidade e
concluindo, fragmentariamente, que ele próprio pertence “àquela espécie de homens que
estão sempre na margem daquilo a que pertencem”. Tal excerto exemplifica o perfil do
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desassossegado e desenraizado Bernardo Soares, que elege a imaginação e o sonho como
principal forma de vida, mas que, paradoxalmente, se sente esmagado pelo peso da vida real,
exterior.
A filmagem que dá corpo ao texto denuncia isso mesmo – Bernardo Soares, confinado a um
espaço interior e fechado, abre a janela e é atacado pela luz do sol, que o fere e atormenta,
obrigando-o ao confronto com a exterioridade.
A música que acompanha os atos e as palavras de Bernardo Soares acentua a mesma ideia,
alimentando o clima de desconcerto e desassossego experienciados pela personagem e dados
a experienciar ao público.
O trailer permite antever o que será o filme de João Botelho – um filme em que um espaço
psicológico dominado pela abulia e pela melancolia assume uma posição predominante e em
que a ação exterior é relegada para segundo plano.
(230 palavras)
Página 74
MC
Educação Literária | Leitura
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
L8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.
Sugestão
A contextualização da poesia de Alberto Caeiro poderá ser complementada com a análise do
anúncio publicitário Queijo Pastor (caderno Opções).
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GARCEZ, M. H. N. (2008). “Caeiro, Alberto”, in Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo
Português. Lisboa: Caminho, pp. 115-120.
MARTINS, Fernando Cabral (2001). “A noção das coisas”, in Poesia de Alberto Caeiro. Lisboa:
Assírio & Alvim, pp. 269-292.
Sugestão
1. A introdução ao estudo da poesia de Alberto Caeiro poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
Fernando Pessoa: a heteronímia
Alberto Caeiro, o poeta “bucólico”
Alberto Caeiro: a sua importância no universo heteronímico
PÁGINA 75
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.6. Ler uma ou duas obras do Projeto de Leitura relacionando-a(s) com conteúdos
programáticos de diferentes domínios.
Sugestão
Dossiê do Professor – Projeto de Leitura | E-Manual
Esta atividade poderá ser complementada com a leitura e análise do poema “No meio do
caminho tinha uma pedra”, de Carlos Drummond de Andrade.
Nota
Relativamente à poesia de Alberto Caeiro, apresentam-se propostas de atividades focadas na
análise dos seguintes poemas:
Manual
• “Sou um guardador de rebanhos” (p. 76)
• “O meu olhar é nítido como um girassol” (p. 76)
• “Como quem num dia de verão…” (p. 78)
• “Se, depois de eu morrer” (p. 80)
• “Quando vier a primavera” (p. 81)
Caderno de Atividades
• “Acho tão natural que não se pense” (p. 38).
Opções
• “Sou um guardador de rebanhos” (p. 11)
• “Da minha aldeia vejo…” (p. 12)
• “Quando vier a primavera” (p. 13)
• “Olá, guardador de rebanhos” (p. 74)
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Página 76
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV), estabelecendo
comparações pertinentes.
O1.3. Fazer inferências.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
1. Vídeo
Sou um guardador de rebanhos (Mário Viegas)
1.1. O sujeito poético caracteriza-se metaforicamente como um pastor (“poeta bucólico”),
estabelecendo com a natureza uma relação de harmonia; recusa o pensamento e advoga o
primado das sensações (“E os meus pensamentos são todos sensações”; “Penso com os olhos e
com os ouvidos / E com as mãos e os pés / e com o nariz e a boca”); aceita a natureza como ela
é e isso é suficiente para conhecer plenamente a verdade e a felicidade suscitadas pela sua
fruição.
(pág. 73)
3. Exemplo:
• vv. 1-12 – caracterização do olhar e da atitude deambulatória pelo próprio sujeito poético;
• vv. 13-23 – recusa/rejeição do pensamento pelo sujeito poético e adesão ao que é captado
pelos sentidos (primado das sensações / sensacionismo);
• vv. 24-25 – associação do amor puro e natural ao sentir (e não ao pensar).
PÁGINA 77
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4. Relação de harmonia e comunhão – o sujeito poético valoriza a natureza (“poeta bucólico”)
e aceita-a tal como ela é, advogando o seu conhecimento através das sensações.
5. Pensar – atividade reflexiva, conotada com “não compreender“ (v. 15) e com o não
conseguir usufruir do sentir (v. 17).
Sentir – atividade sensorial, marcada pela perceção do real através das sensações, sobretudo a
visão (vv. 1-16); origem do amor puro e natural (vv. 24-25).
6. Exemplos: a. vv. 13-15, 17. b. vv. 19-21.
7. a. Comparação. b. Sugestão do primado dos sentidos/sensações, realçando a importância
da visão enquanto órgão que permite apreender/conhecer profundamente a realidade. c.
Metáfora. d. Conotação do mundo como uma “eterna novidade” proporcionadora de
descobertas contínuas. e. Comparação. f. Valorização da realidade exterior concreta e
observável (em detrimento da metafísica). g. Metáfora. h. Recusa do pensar, conotado com a
incapacidade de fruição do mundo (realidade exterior) captado pelos sentidos.
8. Poema marcado pela irregularidade estrófica (poema constituído por quatro estrofes de
diferentes tamanhos), métrica (poema constituído por versos com diferentes números de
sílabas métricas) e rimática (sem rima).
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
1. a. 3. b. 5. c. 2. d. 4. e. 1.
1.1. Exemplos:
b. Nexo de causalidade: vv. 14, 15, 20, 21, 22, 23; nexo de contraste: v. 14, 18, 21. c. Carácter
habitual: vv. 2-4. d. Campo lexical da visão: “olhar”, “nítido”, “girassol” (v. 1), “olhando” (v. 3),
“vejo” (vv. 5, 14), “tinha visto” (v. 6), “malmequer” (v. 13), “olhos” (v. 17), “olharmos” (v. 18),
“sentidos” (v. 19). e. Reiteração de formas dos verbos olhar (vv. 1, 3, 18) e ver (vv. 5, 6).
1.2. Sugestão de tópico a abordar: recursos que concretizam a tendência para a objetividade
(primado das sensações no momento presente) e a recusa do pensamento
metafísico/argumentação baseada em nexos simples – contraste (“mas”) e causalidade
(“porque”).
Página 78
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Página 34 de 191
• Quartos à Beira-mar (1951): óleo sobre tela (73 x 101 cm), Galeria de Arte da Universidade
de Yale (EUA).
2. CD Áudio – Faixa 7
Como quem num dia de verão…
Página 79
3. Segundo os primeiros quatro versos do poema, a perceção que o “eu” tem da “Natureza”
caracteriza-se “às vezes” por uma intensidade inesperada: a realidade atinge o “eu” de forma
física e direta (“bate-me a Natureza de chapa / Na cara dos meus sentidos”).
A imagem que abre o poema […] torna particularmente impressivo o carácter físico e
avassalador de tal perceção, associada às sensações de calor e de forte luz solar recebidas
“num dia de verão”, ao “abrir a porta de casa”. […]
4. O “eu” sente-se “confuso”, “perturbado” perante a intensidade da sua perceção da
Natureza, que tenta em vão compreender racionalmente. De facto, procura defender-se do
choque que a força da sensação lhe causou, transformando-a numa questão racionalizável.
Como não o consegue, permanece num estado de confusão e dúvida, que as reticências e
interrogações em final de estrofe sinalizam.
5. A personificação nos versos 9-10 tem, entre outros, os seguintes valores expressivos:
intensificar a sensação percecionada; atribuir à “Natureza” um papel de fonte de sensações;
expressar uma relação física e direta entre o “eu” e a “Natureza”.
6. Através das perguntas da segunda estrofe, o “eu” põe em causa a sua vontade de “querer
perceber”, isto é, como modo de reagir ao seu estado de desorientação, o sujeito poético tenta
libertar-se da própria necessidade de racionalizar, expressa na estrofe anterior. Assim, o “eu”
sugere que é esse mesmo impulso da intelectualização (v. 5) a causa da sua perturbação
momentânea perante a “Natureza”.
Nota: As respostas às questões 3., 4., 5. e 6. foram retiradas dos Critérios de Classificação da
Prova Escrita de Português B (2004, 2.a Fase).
MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
diário […].
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
Página 35 de 191
contacto com as informações do Museu da Ciência (6 de setembro), observação da paisagem
junto ao rio Tamisa (7 de setembro). c. A narratividade é expressa através da Sugestão do
relato de uma viagem realizada junto ao Tamisa num domingo (ll. 7-10). d. A datação das
entradas (6 e 7 de setembro) confirma a ordenação cronológica. e. O discurso pessoal está
presente nas duas últimas frases do texto (“meus”, “[eu] chegar”, “tenho”, “me”, ll. 10-11).
3.1. a. Metáfora e uso expressivo do diminutivo – que sugerem a desproporção entre o
tamanho do universo desconhecido/deserto/inabitável e a pequenez do ser humano e a
solidão do sujeito poético nesse universo. b. Enumeração e repetição em frases nominais –
que acentuam a variedade da flora, o viço e a frescura da paisagem. c. Interrogação retórica –
que remete para o tópico dos olhos verdes, sugerindo a harmonia entre a natureza observada
e a pessoa que observa (os olhos tornam-se o prolongamento da natureza), aludindo a um
tópico recorrente na literatura – os olhos verdes (cf. lírica camoniana).
Página 80
MC
Educação Literária
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
6. PowerPoint®
Leitura em voz alta
Página 81
Página 36 de 191
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
MC
Escrita | Educação Literária
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] apreciação crítica […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
EL12.6. Utilizar com acerto as tecnologias de informação na produção, na revisão e na edição
de texto.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
EL15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV), estabelecendo
comparações pertinentes.
1. Vídeo
Quando vier a primavera (Pedro Lamares)
1.1. Aceitação da morte com naturalidade e tranquilidade pelo sujeito poético e constatação,
por parte deste, que a sua ausência não condicionará o curso da Natureza (a sua existência
ocorre integrada no Universo, com as suas leis naturais).
Página 82
MC
Educação Literária | Oralidade | Leitura
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
Página 37 de 191
• eventual alusão aos três heterónimos pessoanos (Caeiro, Reis, Campos);
• eventual representação do fingimento poético: as três figuras observam, de acordo com
determinado ângulo/prisma/ponto de vista, o mesmo objeto;
• atitudes comuns a todas as figuras: observação, reflexão, introspeção, análise.
Sugestão:
Esta atividade poderá ser complementada com a produção de uma apreciação crítica (oral ou
escrita) da pintura apresentada.
Sugestão
A introdução do estudo da poesia deste heterónimo poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
Ricardo Reis; o poeta “clássico”
Página 83
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Nota
Relativamente à poesia de Ricardo Reis, apresentam-se propostas de atividades focadas na
análise dos seguintes poemas:
Manual
• “Vem sentar-te comigo, Lídia…” (pp. 84-85)
Página 38 de 191
• “Para ser grande sê inteiro” (p. 86)
• “Prefiro rosas, meu amor, à pátria” (p. 88)
• “As rosas amo dos jardins de Adónis” (p. 88)
• “Antes de nós nos mesmos arvoredos” (p. 90)
• “Sim, sei bem” (p. 92)
• “Ponho na altiva mente o fixo esforço” (p. 92).
• “Ténue, como se de Éolo a esquecessem” (p. 349)
Caderno de Atividades
• “Uns, com os olhos postos no passado” (p. 39).
Opções
• “Bocas roxas de vinho” (p. 15)
• “Cada coisa a seu tempo tem seu tempo” (p. 16)
• “Não tenhas nada nas mãos” (p. 18)
• “Para ser grande sê inteiro” (p. 19)
• “Anjos ou deuses, sempre nós tivemos” (p. 19)
Página 84
MC
Educação Literária
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
2. CD Áudio – Faixa 8
Vem sentar-te comigo, Lídia…
Página 85
3. Relação amorosa vivida de forma tranquila/moderada; amor idealizado, espiritual.
4. a. 1 e 2. b. “Vem sentar-te comigo” / “Enlacemos as mãos” (vv. 1, 4). c. A vida passa e não
volta / é importante fruir o momento presente (desejo epicurista de aproveitar o momento
presente – carpe diem). d. 3 a 5. e. É importante evitar as grandes paixões e amar
tranquilamente (renúncia ao desejo de fruição amorosa / prazeres da vida). f. 6. a 8. g.
“Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as / No colo” (vv. 21-22) – (renunciemos aos prazeres
da vida). h. Se viverem de forma moderada / sem grandes paixões (“como crianças”), evitarão
sofrer quando o outro morrer.
5.1. a. 4; b. 2; c. 1.; d. 3.
Página 39 de 191
5.2. a. “crianças adultas” (v. 5); “Pagãos inocentes da decadência.” (v. 24). b. “se for sombra
antes” (v. 25); “levares o óbolo ao barqueiro sombrio” (v. 29). c. “passamos como o rio” (v. 10).
d. “Sem amores, nem ódios, nem paixões” (v. 13); “beijos e abraços e carícias” (v. 18); “te arda
ou te fira ou te mova” (v. 26).
MC
Gramática | Educação Literária
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
Página 86
MC
Gramática
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
Nota
O condicional pode ter valor modal, associado à expressão de hipótese/dúvida
(correspondendo ao modo condicional) e valor temporal (correspondendo a um tempo verbal
– cf. Ficha Gramatical n.o 1, pp. 36-37).
Referências bibliográficas
• COSTA, João. “Modalidade”. [Em linha]. Dicionário Terminológico [Consult. em 12-09-2016].
• OLIVEIRA, Fátima; MENDES; Amália (2013). “Modalidade”, in Gramática do Português.
Lisboa: FCG, pp. 623-672.
• OLIVEIRA, Fátima (2003). “Modalidade e modo”, in Gramática da Língua Portuguesa (6.a
edição). Lisboa: Caminho, pp. 243-272.
• ROCHA, Maria Regina (2016). Gramática de Português – Ensino Secundário. Porto: Porto
Editora.
Página 40 de 191
Nota
Os adjetivos possível, provável, certo… têm um valor epistémico em construções como: É
possível / provável / certo que…
Página 87
Aplicação
1. Valor epistémico de certeza (vv. 5-6); valor deôntico de obrigação/proibição (vv. 1-4).
2. Exemplos:
a. Sei que o poeta vive serenamente.
b. Talvez o poeta viva serenamente.
c. Poeta, vive serenamente.
d. Poeta, podes viver serenamente.
e. Poeta, proíbo-te de viveres serenamente.
f. Felizmente, o poeta vive serenamente.
g. O poeta vive serenamente!
Página 88
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
2. CD Áudio – Faixas 9 e 10
Prefiro rosas, meu amor, à pátria
As rosas amo dos jardins de Adónis
2. Nota
Página 41 de 191
De acordo com a edição citada:
• o v. 3 apresenta a variante subposta: [Que] fama [e] que [virtude];
• toda a segunda estrofe está dubitada;
• no v. 13, a palavra inicial surge entre parêntesis retos, acrescentados à mão.
Página 89
3. a. e b. Efemeridade da vida; carpe diem (aproveita o dia). c. Sujeito poético como ser que
valoriza o instante (aceitando conscientemente a inevitabilidade da morte e a efemeridade do
presente), que defende um estilo de vida baseado no gozo moderado do momento (v. 16) e
que assume uma postura contemplativa, distanciada e impassível e indiferente às glórias
mundanas.
d. Sujeito poético como ser que defende um estilo de vida baseado no gozo moderado do
instante (carpe diem) e no desconhecimento voluntário do antes e do depois. e. Predomínio
dos verbos no presente do indicativo (“Prefiro”, “amo”, “deixo”, “importa”…), que remetem
para o modo de ser do sujeito poético no presente; léxico que aponta para a representação de
um tempo cíclico, mas irreversível (vv. 9-12). f. Ocorrência de verbos no presente do
indicativo, que remetem quer para o modo de ser do sujeito poético no presente (“amo”),
quer para situações genéricas que refletem a renovação da natureza (“nascem”, “morrem”…);
léxico que remete para a representação de um tempo cíclico, mas irreversível (vv. 3-8, 11-12).
g. Beleza das coisas simples e naturais; fugacidade e precariedade da vida/natureza. h. Valores
sociais. i. Beleza das coisas simples e naturais; fugacidade e a precariedade da vida. j. Prazer
moderado / fruição do instante. k. “meu amor” (v. 1) – evidencia o destinatário do poema. l.
“Logo que” (vv. 4, 6) – acentua a condição imposta. m. “perca”/ “vença” (v. 8) – acentua o
desinteresse do sujeito poético perante a derrota ou a vitória dos “humanos”. n. “E antes
magnólias amo” (v. 2) – realça a preferência pelas magnólias (natureza) face aos valores
sociais. o. “Lídia” (v. 2) – evidencia o destinatário do poema. p. vv. 1-4; 10-12 – realça a
preferência por um modo de vida baseado no gozo moderado do presente, sem saber o que o
destino reserva para o futuro. q. “dia”/”noite” – sugere o carácter cíclico e o fluir da vida (vv. 9,
11). r. Repetição de “rosas”, “amo”, “dia”, “nascem” / “nascido” – realça a filosofia epicurista
(fruição do presente). s. Ode composta por seis tercetos; sem rima (versos brancos); estrofes
constituídas por um decassílabo e dois hexassílabos. t. Ode composta por três quadras; sem
rima (versos brancos); estrofes constituídas por dois decassílabos e dois hexassílabos.
4. (B)
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
1. a. [Eu] – Sujeito nulo subentendido; As rosas amo do jardim de Adónis – predicado; as rosas
do jardim de Adónis – complemento direto; do jardim de Adónis – complemento do nome
rosas; de Adónis – complemento do nome jardim. b. [Eu] – Sujeito nulo subentendido; Lídia –
vocativo; Essas vólucres amo rosas – predicado; Essas vólucres rosas – complemento direto;
vólucres – modificador restritivo do nome rosas.
Página 90
MC
Educação Literária | Escrita
Página 42 de 191
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: […].
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 91
3. A relação que se estabelece entre “nós” e os elementos da Natureza é caracterizada por:
uma similitude de condições, que decorre da participação da mesma realidade perene (vv. 1-4,
6-8); uma dissimilitude de condições que decorre da finitude e da transitoriedade que
caracterizam o ser humano e a sua consciência do tempo (“Passamos” – v. 5) e da consciência
da inutilidade do esforço humano (“agitamo-nos debalde” – v. 5).
4. A terceira estrofe contém uma exortação à fruição calma do momento, à serenidade
epicurista do contacto direto com a Natureza (vv. 9-10), e ao desejo único de identificação com
ela (vv. 11-12), numa indiferença à perturbação causada pela ameaça inelutável do Fatum.
5. Nas quatro primeiras estrofes do poema, refere-se um destino comum a todos os homens,
através do recurso a um sujeito plural (“nós” – v. 1, “Passamos” – v. 5, “agitamo-nos” – v. 5,
“Não fazemos” – v. 6, “Tentemos” – v. 9, “nosso” – v. 10, “parecemos” – v. 13, “nós” – v. 14,
“Nos” – v. 15, “nos” – v. 16). Na última quadra, evoca-se a situação particular do “eu” e refere-
se a experiência direta da fugacidade da vida e da passagem inexorável do tempo, através do
recurso a um sujeito singular de primeira pessoa (“o meu indício” – v. 17).
Página 43 de 191
6. Toda a última estrofe é constituída por uma interrogação retórica que remete para a
consciência que o “eu” possui da fugacidade da vida e que revela o fosso existente entre a
pequenez humana (vv. 17-18) e a vastidão e a inexorabilidade do tempo (vv. 19-20).
Nota: os tópicos de resposta às questões 3., 4., 5. e 6. foram retirados dos Critérios de
Classificação da Prova Escrita de Português (2009, 2.a Fase).
Sugestão
O estudo deste poema poderá ser complementado com a visualização de:
MC
Oralidade
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.3. Fazer inferências.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
O1.5. Identificar argumentos.
O1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
O1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas.
1. Vídeo
Água das Pedras – Anúncio 1
Água das Pedras – Anúncio 2
Água das Pedras – Anúncio 3
PowerPoint®
Anúncios publicitários [correção de exercício]
Página 92
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV), estabelecendo
comparações pertinentes.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
1. Vídeo
Página 44 de 191
Sim, sei bem (Diogo Piçarra)
Página 93
MC
Leitura | Gramática
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
[…] artigo de opinião.
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
1.1. Exemplos:
a. “Gente portuguesa a exprimir-se em português sempre me fez confusão.” (ll. 7-8). b.
“Lembro-me bem […] os turistas entendessem.” (ll. 4-6). c. “Neste momento, os artistas
portugueses que cantam em inglês ainda estão condenados a dar entrevistas em português.”
(ll. 14-15). d. “Creio que há um ou dois artigos na Declaração Universal dos Direitos Humanos
que censuram essa prática.” (ll. 20-21). e. “Não quero parecer velho, mas ainda sou do tempo
em que a música portuguesa era cantada em português.” (ll. 2-3). f. “Não posso, no entanto,
deixar de notar que ainda há um longo caminho para percorrer.” (ll. 13-14). g. “Temo não
saber inglês suficiente para compreender a música portuguesa.” (ll. 1-2).
Página 94
MC
Página 45 de 191
Educação Literária | Oralidade | Leitura | Escrita
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O1.3. Fazer inferências.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] apreciação crítica […].
1. Vídeo
O percurso do mais universal dos escritores portugueses (SIC)
Sugestão
A introdução do estudo da poesia deste heterónimo poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
Álvaro de Campos: as tendências da vanguarda europeia
Página 95
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Página 46 de 191
Nota
Relativamente à poesia de Álvaro de Campos, apresentam-se propostas de atividades focadas
na análise dos seguintes poemas:
Manual
• “Ode triunfal” (pp. 96-102);
• “Aniversário” (pp. 104-105);
• “Na casa defronte de mim e dos meus sonhos” (pp. 108-109);
• “Ah, a frescura na face de não cumprir um dever” (teste formativo, p. 112).
• “Apontamento” (Compreensão do Oral, p. 345).
Caderno de Atividades
• “Que noite serena!”. (p. 40)
Opções
• “Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra” (p. 20)
• “Acordo de noite, muito de noite…” (p. 22)
Página 96
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O1.3. Fazer inferências.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
1. Vídeo
Tempos Modernos (Charles Chaplin)
Página 99
v. 153 – “Ó automóveis apinhados de pândegos e de putas,”
Página 100
Página 47 de 191
vv. 169-170 – “E cujas filhas aos oito anos – e eu acho isto belo e amo-o! / Masturbam homens
de aspeto decente nos vãos de escada.”
Página 102
3. “Ode” – classificação que remete para o canto laudatório; “triunfal” – adjetivo que acentua
o carácter grandioso do que vai ser cantado e do próprio canto; “Ode triunfal” –
exaltação/glorificação do triunfo da máquina e da vida moderna.
4. Introdução (vv. 1-4) – contextualização do canto (escrita em estado “febril”, numa fábrica);
desenvolvimento (vv. 5-239) – exaltação da modernidade, nas suas várias vertentes (indústria,
técnica, comércio, sociedade), visando a identificação com tudo; conclusão (v. 240) –
constatação do fracasso (impossibilidade de identificação com tudo).
5.1. a. 1-181; 191-240. b. Progressos da ciência e da técnica: civilização mecânica e industrial
(vv. 5-27, 32, 38-42, 48-51, 85-92, 102-104, 113-114, 197-198, 215-226, 234), comércio (vv. 52,
92-100, 119), meios de transporte (vv. 28, 33-37, 149, 153, 192-196, 215), cidades (vv. 43-47,
53-55, 57, 119-120, 127, 215), pessoas (vv. 58-71, 154-155, 158-159). c. Escândalos da
modernidade (desencanto do quotidiano citadino, sob o ponto de vista do homem da cidade):
hipocrisia/mentira (vv. 67-68, 79-80), corrupção (vv. 59-61, 73-78, 121-125), pobreza/miséria
(vv. 157, 166, 171-177), crime (vv. 81-82), roubo/pilhagem (v. 168), falhanços da técnica,
catástrofes e guerras (vv. 199-205), pedofilia (v. 69). d. Léxico relacionado com a indústria e a
sociedade modernas (fábrica, máquinas, incluindo muitos empréstimos); recursos expressivos
que humanizam as máquinas e sugerem a força e a energia que delas emanam, bem como o
ritmo alucinante da sociedade moderna: apóstrofes (vv. 97-98, 101-104…), metáforas (vv. 12,
16, 19, 30-32, 41…), enumerações (vv. 113-114…), comparações (v. 26), gradações (v. 24),
aliterações (vv. 3, 16, 24…), interjeições e onomatopeias (vv. 5, 119-121, 141, 145, 151, 225,
227…); por outro lado, a marcar uma atitude crítica, a ironia, concretizada pelo uso expressivo
do advérbio (vv. 59, 61) e do adjetivo (vv. 66-67, 73-74). e. 182-190. f. Discurso parentético,
léxico relacionado com a infância e a natureza, frases inacabadas / uso de reticências.
6. Perfil marcado pela oscilação entre duas atitudes:
• euforia – inspirado pela fábrica (v. 1), canta o Moderno de forma febril, entusiasta, enérgica
e arrebatada; sensacionista, pretende sentir tudo, identificar-se com tudo (pessoas, máquinas,
tempos), num misto de volúpia e vertigem;
• descrença/pessimismo – evoca nostalgicamente a infância; mesmo no arrebatamento do
canto, revela criticamente os aspetos negativos da sociedade moderna (mesmo identificando-
se com eles) – cf. dor de pensar.
7. Relação de contraste/rutura, no plano do conteúdo (exaltação dos aspetos positivos e
negativos do Moderno, encarado como matéria épica – máquina, civilização industrial) e da
forma (irregularidade estrófica, métrica e rítmica; opção pela coordenação em detrimento da
subordinação; predomínio de vocabulário técnico, destituído de valor poético).
Nota: A este propósito, poderá ser abordada a diferença entre as odes de Ricardo Reis
(poemas líricos, divididos em estrofes semelhantes entre si pelo número e medida dos versos)
e a “Ode triunfal” (composição em longos versos brancos, alternados com versos curtos, sem
métrica regular).
7.1. As onomatopeias representam os ruídos modernos, intensificando o arrebatamento do
canto. Trata-se de onomatopeias arrojadas, que contribuem para a rutura em relação à
literatura tradicional.
Escrita
1.1. a. futurista. b. sensacionista. c. agressividade. d. beleza. e. indisciplinado. f. torrencial.
Página 48 de 191
Página 103
MC
Leitura | Gramática
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência textual.
Sugestão
A abordagem do tema em causa poderá ainda ser articulada com o estudo do género debate
(Manual, pp. 338-339).
Página 104
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
2. CD Áudio – Faixa 11
Aniversário
Sugestão
A abordagem deste poema de Álvaro de Campos pode ser articulada com a resolução do
exercício proposto na página 345, sobre o poema “Apontamento”.
Página 49 de 191
Página 105
3. Relação de contraste: exaltação eufórica e apoteótica do presente / da civilização moderna
(“Ode triunfal”) vs. desencanto face ao presente (“Aniversário”).
Relação de analogia – nostalgia do passado (cf. “Ode triunfal”, vv. 182-190).
4. a. Felicidade (v. 2), sem sensação de perda (v. 2), crença/esperança na religião (v. 4),
inconsciência face ao mundo (v. 6) e ao futuro (v. 8). b. Afeto familiar (vv. 7, 14); integração
social (v. 13); valorização pela família (v. 7). c. Humidade na casa (vv. 19-20), venda da casa (v.
22), morte das pessoas por quem sentia afeto e que o amavam (v. 23). d. Solidão (v. 24),
sofrimento/tristeza (v. 22), nostalgia da infância (v. 21), recordação dolorosa da infância (vv.
31-34, 44), dor de pensar (vv. 36-37), consciência da passagem irreversível do tempo, angústia
e desistência da vida plena (vv. 40-43). e. Sem laços de afetividade ou de pertença.
5. Possibilidade de divisão:
• vv. 1-18 – momento focado no passado; predomínio de formas que expressam o tempo
passado: “No tempo em que festejavam o dia dos meus anos”, v. 1 (formas verbais no pretérito
imperfeito, a marcar acontecimentos localizados no passado, com uma duração temporal
alargada e vaga/indefinida);
• vv. 19-45 – momento focado no presente e na recordação obsessiva do passado, a partir do
presente; predomínio de formas verbais no presente (“sou”, “vejo”, “Duro”, ”penses”), em
articulação com o advérbio “hoje”, que expressam o tempo presente; existência de formas
verbais no pretérito perfeito simples que marcam o corte com o passado (irremediavelmente
concluído).
6. Verso construído com base na metáfora, que realça a nostalgia da infância, a sensação de
perda (lamento pela impossibilidade de fazer perdurar o passado) e a impotência perante a
passagem do tempo.
7. Verso que confere uma estrutura circular ao poema (acaba quase como começou, dando
origem a um regresso ao início) e cuja reiteração ao longo do poema, nomeadamente em
início ou fim de estrofe (vv. 1, 5, 18, 25, 35, 45) marca o acontecimento evocado como um
marco obsessivo na memória do sujeito poético, remetendo para a nostalgia da infância e
dando conta do fluxo da sua consciência.
Página 106
MC
Leitura | Educação Literária
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
[…] memórias […].
EL15.6. Ler uma ou duas obras do Projeto de Leitura relacionando-a(s) com conteúdos
programáticos de diferentes domínios.
1. Sugestão
Dado que a obra Calçada do Sol faz parte do Projeto de Leitura, este momento poderá ser
complementado com uma reflexão (na modalidade de conversa informal, diálogo
argumentativo, debate, tertúlia literária…) sobre as obras de carácter autobiográfico
integradas no Projeto de Leitura (cf. p. 18).
Página 50 de 191
Página 107
1.1. (C)
1.2. (C)
1.3. (A)
1.4. (C)
1.5. (A)
2. Articulação entre a vida pessoal e o contexto histórico; papel da memória (que seleciona
determinadas recordações em detrimento de outras).
Sugestão
A abordagem do género textual memórias poderá ser complementada com a resolução do
exercício proposto na página 343 do manual.
Página 108
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
Página 109
3. Nas quatro primeiras estrofes do poema, encontram-se sensações visuais e auditivas,
através dos elementos seguintes: “que já vi mas não vi” (v. 3) – sensação visual; “As crianças,
que brincam às sacadas altas, / Vivem entre vasos de flores” (vv. 5-6) – sensação visual; “As
vozes, que sobem do interior do doméstico, / Cantam sempre” (vv. 8-9) – sensação auditiva.
4. Na terceira estrofe do poema, o tempo da infância é caracterizado por um ambiente de
despreocupação feliz, sugerido pelo ato de brincar (“As crianças, que brincam às sacadas altas,
/ Vivem entre vasos de flores”– vv. 5-6); pela não consciência da passagem do tempo (“Sem
dúvida, eternamente.” – v. 7).
5. A relação que o sujeito poético estabelece com “os outros” nas seis primeiras estrofes é
marcada pela diferença: os “outros” são felizes, como se deduz dos elementos referidos no
texto – alegria aparente (v. 2 e v. 4), brincadeira (v. 5), flores (v. 6), canto (vv. 8 a 10), festa (v.
11); o sujeito poético considera-se à parte e diferente deles – “São felizes, porque não são eu.”
(v. 4), “Que grande felicidade não ser eu!” (v. 14).
6. A dor e o vazio expressos na última estrofe, particularmente no verso “Um nada que dói…”
(v. 26), decorrem das reflexões desenvolvidas nas duas estrofes anteriores. O sujeito poético
Página 51 de 191
questiona-se quanto aos “outros” (v. 15) e aos seus sentimentos, concluindo que cada outro é
um eu (v. 16); só é possível sentir enquanto “eu” ou “nós” (vv. 21-24); não se pode saber o que
eles, os “outros”, sentem (vv. 17-20); existe uma incomunicabilidade essencial entre os seres
humanos, de que resulta a consciência individual separada de cada “eu”.
Nota: As respostas às questões 3., 4., 5., e 6. foram retiradas dos Critérios de Classificação da
Prova Escrita de Português (2011, 1.a Fase).
MC
Oralidade | Escrita
O3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos, argumentos e
respetivos exemplos.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] diálogo argumentativo.
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: […] diálogo argumentativo – 8 a 12 minutos.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] apreciação crítica […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua […].
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
1. Vídeo
Viagem ao DNA (Momondo)
Página 110
PowerPoint®
Poesia dos heterónimos: síntese da unidade
Poesia dos heterónimos: retoma de conteúdos
Áudio
Poesia dos heterónimos: retoma e relação de conteúdos
Referências bibliográficas
• AA.VV. (2008). Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. Lisboa: Caminho.
• AA.VV. (2013). Modernista – Antologia de Artigos da Revista Modernista. Lisboa: IEMO.
Página 52 de 191
• AA.VV. (2011). Álvaro de Campos Engenheiro de Tavira. Tavira: Associação Casa Álvaro de
Campos.
• COELHO, Jacinto do Prado (1998). Unidade e Diversidade em Fernando Pessoa (11.a edição).
Lisboa: Verbo.
• CRESPO, Angel (1984). Estudos sobre Fernando Pessoa. Lisboa: Teorema.
• LOPES, Teresa Rita (2008). “Campos, Álvaro”, in Dicionário de Fernando Pessoa e do
Modernismo Português. Lisboa: Caminho, pp. 123-131.
• LOPES, Teresa Rita (2002). “Este campos”, in Poesia de Álvaro de Campos. Lisboa: Assírio &
Alvim, pp. 13-44.
• MARTINS, Fernando Cabral (2014). Introdução ao Estudo de Fernando Pessoa. Lisboa: Assírio
& Alvim.
• MARTINS, Fernando Cabral (2001). “A noção das coisas”, in Poesia de Alberto Caeiro. Lisboa:
Assírio & Alvim, pp. 269-292.
• SILVA, Manuela Parreira (2000). “Posfácio”, in Poesia de Ricardo Reis. Lisboa: Assírio & Alvim,
pp. 217-229.
Sugestão
A conclusão do estudo da poesia dos heterónimos poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
Fernando Pessoa: a heteronímia
Alberto Caeiro: a sua importância no universo heteronímico
Alberto Caeiro, o poeta “bucólico”
Ricardo Reis, o poeta “clássico”
Álvaro de Campos: as tendências da vanguarda europeia
Página 112
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2016) do exame
nacional de Português, tendo sido selecionado para a parte B do Grupo I um conteúdo de 11.º
ano (poesia de Antero de Quental).
Grelha de autoavaliação 3
PowerPoint®
Poesia dos heterónimos: correção do teste formativo
Página 53 de 191
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…].
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 113
Grupo I
A
1. A atitude de “deliberação do desleixo” concretiza-se através dos seguintes atos do sujeito
poético: faltar deliberadamente a todos os encontros marcados, deixando “passar” as horas
combinadas e fingindo estar a aguardar o que “saberia” ser impossível: “a vontade de ir para
lá”; marcar deliberadamente para a mesma hora encontros em dois locais diferentes (cf. vv. 9
e 10), inviabilizando, à partida, à sua comparência.
2. A antítese “vestida” / “nu”, marcando a oposição entre a “sociedade organizada e vestida” e
o estar “nu” do sujeito poético, evoca, entre outros valores expressivos, a tensão entre:
aparência/verdade; prisão (conveniências, regras exteriores)/liberdade (interior);
organização/devaneio; sociedade/indivíduo.
3. O advérbio “lá” refere o lugar dos encontros, da “sociedade”, das regras, das conveniências,
do exterior, dos “outros”. O advérbio “aqui” representa o lugar do “eu” que é “assistente da
vida”, do “eu” sonhador, do “eu” como sujeito da imaginação, do “eu” poeta, criador, livre,
descomprometido. […]
Nota: As respostas às questões 1., 2. e 3. foram retiradas dos Critérios de Classificação da
Prova Escrita de Português B (2003, 1.a Fase, 1.a Chamada).
B
4. O sujeito poético evidencia estar numa situação de conflito emocional, dirigindo-se ao génio
da noite e confidenciando-lhe o seu “tormento” (v. 4). Este espírito assume o papel de
confidente, apaziguando a dor do sujeito poético (vv. 5-8).
5. O segundo terceto tem uma função determinante no poema, na medida em que não só
acentua o papel do espírito da noite (confidente do sujeito poético) como também apresenta a
razão da sua angústia – a procura incessante, mas vã, do Ideal, o “eterno Bem”.
Página 114
Grupo II
1. (B)
2. (C)
3. (A)
4. (D)
5. (D)
Página 54 de 191
6. (C)
7. (B)
8. Valores temporais: localização dos acontecimentos no passado (“Disse um dia”, “Ontem”),
no presente (“Não sei”, “parece-me”) e no futuro (“vou escrever”); estabelecimento de
relações de anterioridade em relação ao momento da enunciação/escrita (“Disse um dia”,
“Ontem”), de simultaneidade em relação ao momento da escrita (“Não sei”, “parece-me”) e de
posterioridade em relação a “Disse um dia” (“vou escrever”).
Valores aspetuais: valor perfetivo (“disse”).
Valores modais: valor epistémico de incerteza (“Não sei”, “parece-me”) e de certeza (“Disse
um dia”).
Grupo III
Exemplo
De acordo com Jacinto do Prado Coelho, Álvaro de Campos é um heterónimo pessoano cuja
poesia reflete dois grandes contrastes – o “sensacionismo do momento” e o “mergulho” em si
próprio.
O “sensacionismo do momento” está presente, sobretudo, na “Ode triunfal”. Neste poema, o
sujeito poético constrói um imaginário épico cuja matéria é a própria modernidade, exaltando,
em tom apoteótico, a civilização industrial, o triunfo da máquina e o fascínio (e os paradoxos)
da vida contemporânea; a exaltação do Moderno, em tom arrebatado, é o motivo condutor de
todo o poema.
Noutros poemas, porém, a exaltação do Moderno dá lugar a uma introspeção em que o sujeito
poético “mergulha em si próprio”, espelhando na escrita as suas reflexões pessoais, de forma
consciente e lúcida, e refletindo assim a sua dor de pensar. Em poesias como “Aniversário” ou
“Na casa defronte de mim e dos meus sonhos”, o que sobressai é a angústia existencial, o
desalento face à vida e a nostalgia da infância (que, aliás, não deixa de estar presente em
alguns versos da “Ode Triunfal”).
Daqui se conclui que Álvaro de Campos é um heterónimo pessoano bastante complexo, que
manifesta as dicotomias do próprio ortónimo, sobretudo nos poemas em que mergulha em si
próprio “para sentir o terror do mistério de todas as coisas”, desde a nostalgia da infância à
lúcida angústia que o atormenta.
(229 palavras)
Página 116
MC
Educação Literária | Leitura
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
Página 55 de 191
1.1. (B) Ainda que a Mensagem tenha sido premiada pelo Estado Novo, Fernando Pessoa
contestava a ideologia salazarista, sobretudo no referente à censura e ao dirigismo cultural.
Página 117
2.1. a. 4.; b. 2.; c. 3.; d. 1.
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com uma atividade de retoma dos conteúdos
programáticos relativos à epopeia Os Lusíadas, com base nos seguintes materiais de apoio:
PowerPoint®
Retoma – Luís de Camões, “Os Lusíadas”
Página 118
MC
Educação Literária
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
Nota:
De acordo com o Programa, deverão ser estudados oito poemas da Mensagem. Nesse sentido,
e por forma a possibilitar a escolha, apresentam-se propostas de abordagem didática dos
seguintes poemas:
Manual
• “O dos Castelos” (p. 119)
• “Ulisses” (p. 120)
• “Viriato” (p. 121)
• “D. Dinis” (p. 122)
• “Nun’Álvares Pereira” (p. 123)
• “O Infante” (p. 124)
• “Horizonte” (p. 124)
• “O Mostrengo” (p. 128)
• “Mar Português” (p. 130)
• “O Quinto Império” (p. 131)
• “D. Sebastião, rei de Portugal” (p. 133)
• “O desejado” (p. 133)
• “Nevoeiro” (p. 134)
• “A última nau” (p. 136)
Caderno de Atividades
• “D. Sebastião” (p. 41)
Página 56 de 191
• “O Encoberto” (p. 20)
• “Prece” (p. 24)
• “António Vieira” (p. 30)
• “Padrão” (p. 36)
Opções
• “Calma” (p. 23)
Sugestão
A introdução do estudo da obra Mensagem poderá ainda ser articulada com a visualização de:
“Mensagem”: estrutura tripartida da obra e o seu significado
Página 119
MC
Educação Literária | Leitura
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Sugestão
A análise poderá contemplar a descrição da estrutura formal do poema: composição
constituída por quatro estrofes (uma quadra, uma quintilha, um dístico e um monóstico),
apresentando rima cruzada e emparelhada (ABAB CDCCD ED E) e métrica irregular.
Página 120
MC
Educação Literária | Leitura
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
2. CD Áudio – Faixa 12
Ulisses
1. Ulisses: herói da Odisseia (obra de Homero); conforme a lenda, numa das suas viagens
marítimas, terá aportado no rio Tejo e aí fundado Lisboa, dando-lhe o seu nome (Ulisses:
Olisipona > Lisboa).
3. Mito como elemento que, não existindo, dá origem à realidade; trata-se de uma lenda, uma
narrativa que explica e inspira o real.
Página 57 de 191
4.1. Ulisses.
4.2. Ulisses, sem existir, criou um mito, que foi suficiente para dar origem a Lisboa/Portugal. A
sua vocação marítima é também uma fonte de inspiração.
5. O “mito” fecunda a “realidade” (dá-lhe origem) e determina a sua existência (a vida, sem o
mito, morre). Ulisses não é uma personagem real, mas a sua existência lendária é inspiradora
da criação da identidade de Lisboa e nacional.
6. Primeira parte (vv. 1-5) – apresentação de uma definição de mito.
Segunda parte (vv. 6-10) – particularização da noção de mito, com base no caso da fundação
de Lisboa/Portugal.
Terceira parte (vv. 11-15) – apresentação de uma conclusão (o mito fecunda e determina a
existência da realidade).
7. Poema localizado na primeira parte da obra, focada na fundação da nacionalidade
(“Brasão”); apresentação de Ulisses como herói que inicia a árvore genealógica dos heróis
iniciáticos da nação portuguesa (sugerindo-se que os portugueses estão predestinados a uma
ação pioneira na expansão ultramarina).
Sugestão
Poderá ser feita a remissão para as páginas 220 e 221 do manual, em que se propõe a
exploração do poema “Ulisses” (Manuel Alegre) e em que se apresenta uma atividade de pré-
leitura baseada na escuta ativa da lenda de Lisboa.
Página 121
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
MC
Oralidade | Educação Literária
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Programa.
1. CD Aúdio – Faixa 13
Lenda de Viriato
Página 58 de 191
Dossiê do Professor – Materiais de Apoio | E-Manual
Lenda de Viriato (Instituto Camões) [transcrição do texto]
Página 122
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
1. Rei Trovador, que cultivou as artes (foi um dos principais poetas trovadorescos, sendo
amplamente conhecido pelas suas cantigas de amigo (Ex.: “Ai flores, ai flores do verde pino”) e
de amor (“Proençaes soem mui bem trobar”); Rei Lavrador, que fomentou o desenvolvimento
da agricultura (distribuiu terras, promoveu a agricultura; mandou plantar o pinhal de Leiria,
cuja madeira foi utilizada na construção de embarcações para a empresa ultramarina).
Sugestão
A atividade de pré-leitura poderá ser complementada com a audição de uma cantiga de D.
Dinis. Nesse sentido, poder-se-á recorrer à audição
de cantigas de Dom Dinis disponíveis:
E-Manual (“Ai flores, ai flores do verde pino”, “Proençaes soem mui bem trobar”, “Quer’eu em
maneira de proençal”);
• no sítio da internet Cantigas Medievais Galego-Portuguesas (FCSH).
Página 59 de 191
Império. e. o campo lexical de terra (“plantador”, “pinhais”, “trigo”, “terra”) e o campo lexical
de mar (“naus”, “oceano”, “marulho”, “mar”).
4. D. Dinis como instrumento de uma vontade transcendente, ao serviço da missão que
Portugal tem a cumprir – a construção de um império (cultural).
Página 123
MC
Oralidade | Educação Literária
O1.3. Fazer inferências.
O2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de Notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
1. Vídeo
Vaticano canoniza Nuno Álvares Pereira (RTP)
1.1. a. Nascimento em Cernache do Bom Jardim em 1431; conhecido pelos seus dotes
militares; nomeado Condestável do Reino; estratega militar que se destacou na Batalha de
Aljubarrota; crente na religião cristã; bastante rico, prescindiu da riqueza e tornou-se frade
donato; beatificado em 1918 e canonizado em 2009.
b. Herói lendário e mítico associado à fundação da nacionalidade portuguesa.
2.1. a. “auréola” (vv. 1-4) – símbolo de santidade e de valor guerreiro/coragem; “espada” (vv.
5-8) – símbolo da união com Deus e do conhecimento pleno. b. Nun’Álvares Pereira (incitação
para que Portugal possa seguir o seu exemplo e ressurgir – “S. Portugal em ser”).
3. Atitude introspetiva presente na reflexão sobre o valor fecundador do mito; poemas
escritos em tom menor (se comparados com o tom eloquente da epopeia Os Lusíadas);
apresentação de D. Dinis e Nun’Álvares como personagens simbólicas, expressas liricamente,
com recurso a metáforas e interrogações retóricas; preparação de um Portugal místico, cabeça
de um império espiritual.
Sugestão
O estudo destes poemas poderá ser complementado com a visualização de:
“Mensagem”: os discursos épico e lírico
“Mensagem”: dimensão simbólica
Página 124
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Página 60 de 191
1.1. Poemas que remetem para a época dos Descobrimentos – especificamente para o agente
impulsionador da expansão (Infante D. Henrique) e para o ato de navegar rumo ao longínquo
(“Horizonte”).
2. Sugestões
1. A leitura dos poemas pode ser complementada com a audição de:
• versões musicadas dos mesmos (ex.: Dulce Pontes, Magdalena Aguilera);
• leituras expressivas (ex.: Sinde Filipe).
2. O estudo do poema “O Infante” poderá ser complementado com a visualização de:
“Mensagem” – Mar Português: “O Infante”
Página 125
3.1. Primeira parte (v. 1) – apresentação, de forma aforística, do assunto do poema: da
vontade de Deus depende o sonho do homem e o nascimento da obra. Predestinação do
Infante e dos Portugueses. Segunda parte (vv. 2-8) – desenvolvimento do aforismo inicial:
seguindo a vontade de Deus (vv. 2-4), o Infante D. Henrique realizou uma missão
transcendente (v. 4) e a obra realizou-se (vv. 5-8). Terceira parte (vv. 9-12) – conclusão do
poema, em que se glorifica o Infante e, face ao desencanto presente (“O Império se desfez”, l.
11), se indicia o aparecimento de um novo Império, no seio do qual Portugal cumprirá a sua
missão.
3.2. No último verso, o sujeito poético pede a Deus que desencadeie uma nova dinâmica
cíclica constituída por três fases: nova vontade, novo sonho do homem, nova ação que leve a
que Portugal se cumpra.
3.3. Infante como agente da vontade divina (figura escolhida e “sagrada” por Deus para
desvendar o mundo), símbolo da identidade nacional (v. 9).
3.5. Verso 1 – verso marcado pelo paralelismo e pelo ritmo ternário, que sugere a estrutura
tripartida do poema. Verso 12 – verso marcado pela apóstrofe, pela metáfora e pela frase
exclamativa, que reflete o tom pungente do apelo do sujeito poético.
4.1. Título que remete para o distante e para o contacto com terras longínquas e
desconhecidas.
4.2. Primeira estrofe – perspetivação do mar como caminho/viagem. Segunda estrofe –
descrição do novo mundo, que se descobre após a viagem. Terceira estrofe: reflexão sobre o
valor simbólico da descoberta (“Verdade”/conhecimento).
4.3. Gradação presente em “se aproxima” (v. 8), “Mais perto” (v. 10), “no desembarcar” (v.
11), que realça o movimento progressivo da aproximação da nau em relação a terra, que
culmina no desembarque.
5.1. a. 3.; b. 5.; c. 4.; d. 7.; e. 6.; f. 2.; g. 1.
MC
Oralidade | Leitura
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] diálogo argumentativo.
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
Página 61 de 191
Ficha 3 – Diálogo argumentativo
Página 126
MC
Gramática
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
Referências bibliográficas
• COSTA, João. “Intertextualidade”, in Dicionário Terminológico [Em linha, consult. em 28-01-
2017].
• GENETTE, Gérard (1982). Palimpsestes. Paris: Seuil.
• GENETTE, Gérard (1987). Seuils. Paris: Seuil.
• MIRANDA, Florencia (2010). Textos e Géneros em Diálogo: Uma Abordagem Linguística da
Intertextualização. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian/Fundação para a Ciência e a
Tecnologia.
Página 127
Aplicação
1.1. A intertextualidade é concretizada a nível semântico – ambos os textos tematizam a figura
de Ulisses, apresentando-o como o fundador mitológico da cidade de Lisboa.
2. Pastiche (imitação criativa) – o poema de Sophia imita a poesia de Ricardo Reis, em termos
temáticos (cf. conselho a Lídia) e estilísticos (opção pela ode; estilo elaborado, ao nível do
vocabulário e da sintaxe). A intertextualidade é logo anunciada no título do poema de Sophia.
Página 128
MC
Educação Literária | Gramática | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
O1.3. Fazer inferências.
Página 62 de 191
1. CD Áudio – Faixa 14
O Adamastor
2. Sugestão:
A leitura do poema poderá ser acompanhada da audição da leitura expressiva do mesmo (Ex.:
João Villaret, Sinde Filipe).
3. a. “O Adamastor” – Vasco da Gama e a sua tripulação deparam-se com uma figura horrenda,
que os interpela, profetizando desgraças futuras. “O Mostrengo” – O “homem do leme”
depara-se com “o mostrengo”, que o interpela e assusta, mas a que responde corajosamente.
b. “O Adamastor” – Mar; noite (cinco dias após terem deixado outro local). “O Mostrengo”–
“fim do mar” (v. 1); “noite de breu” (v. 2). c. “O Adamastor” – figura enorme, “robusta e válida,
/ De disforme e grandíssima estatura; / O rosto carregado, a barba esquálida, / Os olhos
encovados, e a postura/ Medonha e má e a cor terrena e pálida; / Cheios de terra e crespos os
cabelos, / A boca negra, os dentes amarelos.”; discurso agressivo, assustador, ameaçador e
profético. “O Mostrengo” – “imundo e grosso” (v. 13) que voa e chia (vv. 2, 4); discurso
agressivo, assustador e ameaçador. d. “O Adamastor” e “Mostrengo” – medo, que, no final, se
esvanece, dando lugar à coragem, determinação e espírito de missão, motivados pela
obediência a um rei distante (Vasco da Gama – D. Manuel; Homem do Leme – D. João II).
Página 129
4.1. Mostrengo – mantém uma atitude assustadora, agressiva e intimidadora; símbolo do
desconhecido e do oculto.
Homem do leme – inicialmente, ao deparar-se com o Mostrengo, demonstra medo; no final,
ao responder às suas interpelações, revela determinação e coragem; símbolo do povo
português, persistente e determinado, receoso perante o desconhecido, mas com sentido de
missão.
4.2. Aliteração (e assonância) de sons nasais (“O mostrengo que está no fim do mar”, v. 1) e
dos sons “ch” e “v” (“Voou três vezes a chiar”, v. 4); repetição, por vezes anafórica, da
expressão “três vezes” (vv. 3-4, 12-13, 19-20); sugestão de sensações cinéticas (vv. 2-4, 12-13,
19-20), visuais (“noite de breu”, v. 2), auditivas (“chiar”, v. 4), tácteis (“grosso”, v. 13),
“tremendo”/ “tremeu” / “tremer” (vv. 8, 17, 21).
4.3. Características épicas: relato de um episódio integrado na História de Portugal – recriação
poética da passagem pelo Cabo das Tormentas – com vista ao enaltecimento da nação
portuguesa (ousadia dos portugueses face às forças da Natureza).
Características líricas: tom subjetivo e introspetivo, pautado pela expressão de sentimentos e
pelo acentuar de um clima de terror e de violência.
Sugestão
Página 63 de 191
A reflexão sobre o diálogo intertextual poderá ser complementada com: a audição de canções
como “Homem do Leme” (Xutos e Pontapés) e “Ao passar um navio” (Delfins); a produção de
textos de opinião orais sobre a importância dos Descobrimentos para a cultura portuguesa
realizado com base no texto “Continuamos esmagados pelo Descobrimentos” p. 215).
MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
Página 130
MC
Educação Literária | Oralidade | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV), estabelecendo
comparações pertinentes.
O1.3. Fazer inferências.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
1. Áudio
Praia das Lágrimas (Filipa Pais)
Página 64 de 191
mar. f. V – A interrogação retórica está presente em “Valeu a pena?” (v. 7); as respostas são
concretizadas através de afirmações aforísticas, nos vv. 7-8, 9-10 e 11-12. g. V – cf. vv. 11-12.
h. V – O “céu” simboliza o sonho realizado e a glória. i. V – A relação de intertextualidade é
visível ao nível do tema abordado (sacrifícios inerentes à conquista do mar, ao nível
pessoal/familiar) e do tom lírico.
Página 131
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
2. CD Áudio – Faixa 15
O Quinto Império
Página 65 de 191
4.1. As eras sucedem-se (vv. 11-12); o ser humano é insatisfeito por natureza (v. 13); é
necessário dominar as forças que conduzem à inércia (vv. 14-15).
Página 132
5.1. Grécia, Roma, Cristandade, Europa – impérios que influenciam a cultura portuguesa, em
termos culturais e linguísticos (Grécia, Roma), religiosos (Cristandade) e laicos (Europa).
5.2. Império Português, que será concretizado com o regresso de D. Sebastião (vv. 24-25) e
que terá um carácter universal (vv. 18-19); trata-se de um império não material, mas
civilizacional, cultural e espiritual, marcado pelo domínio da Língua Portuguesa.
Sugestão
Retoma
A análise do poema poderá ser complementada com uma atividade de retoma de conteúdos
relativos ao tema do sebastianismo em Frei Luís de Sousa:
• articulação entre história (morte de D. Sebastião em Alcácer Quibir e subsequente perda da
independência) e ficção (ocupação espanhola do palácio de Manuel Sousa Coutinho; regresso
de D. João de Portugal);
• dimensão patriótica e sua expressão simbólica (ideologias políticas de Maria e de Telmo,
atitude de patriotismo de D. Manuel de Sousa Coutinho…).
MC
Leitura | Gramática
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
2. Texto em que Fernando Pessoa reflete sobre a natureza do Quinto Império, contrapondo-o
aos Quatro Impérios divulgados pela tradição, de natureza material (Babilónia, Medo-Persa,
Grécia, Roma) e incluindo-o numa nova tipologia, de natureza civilizacional/espiritual (Grécia,
Roma, Cristandade, Europa) e identificando-o com Portugal.
3. “e concebemos” – oração coordenada copulativa; “que é de impérios materiais” – oração
subordinada adjetiva explicativa; “que, nesse nível, se interpreta bem” – oração subordinada
substantiva completiva; “do que espiritualmente somos” – oração subordinada substantiva
relativa; “porque terá que ser de outra ordem” – oração subordinada adverbial causal; “para
quem o esperamos” – oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
4. “que é de impérios materiais” – modificador apositivo do nome; “que, nesse nível, se
interpreta bem” – complemento direto; “do que espiritualmente somos” – complemento do
nome; “porque terá que ser de outra ordem” – modificador (do grupo verbal); “para quem o
esperamos” – modificador apositivo do nome.
5. que é espiritual.
Página 133
MC
Educação Literária
EL14. 2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
Página 66 de 191
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
Página 134
MC
Educação Literária | Escrita
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras
estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual: […].
1. “Viriato”, “D. Dinis”, “Nun’Álvares Pereira”, “D. Sebastião, Rei de Portugal”, “O Desejado”,
“O Quinto Império” (D. Sebastião).
3. a. Nação portuguesa como estando em crise política (v. 1), crise de valores (vv. 8-9), crise de
identidade (vv. 5-6, 11-13). b. Sebastianismo presente no título e no v. 13, que remetem para o
mito do regresso de D. Sebastião; no sentimento de crise e desânimo geral que perpassa o
poema e que leva a que o sujeito poético se apoie no mito sebastianista; na expressão do
desejo da chegada de um salvador. c. Anáfora presente nos vv. 7-8 (“Ninguém”) e 11-12
(“Tudo”) e antítese presente em “paz”/”guerra” (v. 1), “mal”/ “bem” (v. 9), “Tudo”/ “nada” (v.
12), a acentuar a crise de valores e de identidade da nação portuguesa; apóstrofe (“Ó
Portugal”), a personificar Portugal e a nação portuguesa. d. “É a Hora!” (v. 14) – verso que
exorta à ação; chegou o momento de agir e cumprir a missão de Portugal. e. Último poema da
obra, a fechar a parte “O Encoberto”, acentuando o contraste entre o passado glorioso (“Mar
Português”) e o presente de “Nevoeiro”.
Página 67 de 191
4. Mensagem – figura com valor simbólico, ao serviço de uma conceção mística e messiânica
da História portuguesa (instrumento de Deus que cumpre um destino que o ultrapassa).
Os Lusíadas – figura com valor simbólico, ao serviço de uma conceção messiânica da História
portuguesa (D. Sebastião como rei incumbido de alargar a cristandade).
Frei Luís de Sousa – figura com valor simbólico, associada à dimensão patriótica da obra e da
sua expressão simbólica (situação nacional de perda independência/anexação a Espanha;
sentido de ser português).
Sugestão
“Mensagem” – O Encoberto, “Nevoeiro”
Página 135
PowerPoint®
“Mensagem”: síntese da unidade
“Mensagem”: retoma de conteúdos
Áudio
“Mensagem”: retoma e relação de conteúdos
Sugestão
A conclusão do estudo da Mensagem poderá ainda ser articulada com a visualização de:
“Mensagem”: estrutura tripartida da obra e o seu significado
“Mensagem”: os discursos épico e lírico
Mensagem”: dimensão simbólica
Referências bibliográficas
• CRESPO, Angel (1984). Estudos sobre Fernando Pessoa. Lisboa: Teorema.
• COELHO, Jacinto do Prado (1998). Unidade e Diversidade em Fernando Pessoa, (11.a edição).
Lisboa: Verbo.
• LOPES, Teresa Rita (org.) (1993). Pessoa Inédito. Lisboa: Livros Horizonte.
• MARTINS, Fernando Cabral (2014). Introdução ao Estudo de Fernando Pessoa. Lisboa: Assírio
& Alvim.
• MARTINS, Fernando Cabral (1997). “Nós, Portugal”, in Mensagem. Lisboa: Assírio & Alvim.
Página 136
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2016) do Exame
Nacional de Português, tendo sido selecionado para a parte B do Grupo I um conteúdo de 11.º
ano (Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa).
Grelha de autoavaliação 4
PowerPoint®
Fernando Pessoa – “Mensagem”: correção do teste formativo
Página 68 de 191
Dossiê do Professor – Avaliação | E-Manual
Teste de avaliação 4 (matriz, enunciado, cenários de resposta e grelha de correção)
Teste de avaliação da Compreensão do Oral 4
MC
Educação Literária | Leitura | Gramática | Escrita
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…].
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
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Grupo I
A
1. Nos versos 1 a 12, os aspetos que se referem ao mito sebastianista são os seguintes: o
desaparecimento misterioso da “última nau” e de D. Sebastião – “Levando a bordo El-Rei D.
Sebastião” (v. 1); “Foi-se a última nau” (v. 4); “Mistério.” (v. 6); “Não voltou mais.” (v. 7); a
associação do desaparecimento da “última nau” e de D. Sebastião ao fim do Império
português – “Levando a bordo El-Rei D. Sebastião, / E erguendo, como um nome, alto o pendão
/ Do Império, / Foi-se a última nau” (vv. 1 a 4); “Não voltou mais.” (v. 7); o pressentimento de
desgraça associado à partida da nau – “Foi-se a última nau, ao sol aziago / Erma, e entre
choros de ânsia e de pressago / Mistério.” (vv. 4 a 6); as incertezas quanto ao destino de D.
Sebastião – “A que ilha indescoberta / Aportou?” (vv. 7 e 8); as expectativas quanto ao
regresso de D. Sebastião – “Voltará da sorte incerta / Que teve? / Deus guarda o corpo e a
forma do futuro, / Mas Sua luz projeta-o, sonho escuro / E breve.” (vv. 8 a 12).
2. De acordo com o conteúdo da terceira estrofe do poema, o povo português, perante o
desaparecimento da “última nau”, na qual seguia D. Sebastião, reage com desânimo (v. 13); o
sujeito poético manifesta uma viva crença no regresso de D. Sebastião e no Império que ele
simboliza (vv. 14 a 18).
3. Na última estrofe, o sujeito poético responde afirmativamente à pergunta enunciada nos
versos 8 e 9, apresentando: o regresso de D. Sebastião e do Império que ele simboliza como
uma certeza obtida por intuição – “sei que há a hora” (v. 19); “Surges ao sol em mim” (v. 22);
“trazes o pendão ainda / Do Império.” (vv. 23 e 24); o momento exato em que esse
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acontecimento terá lugar como uma incerteza – “Não sei a hora” (v. 19); “Demore-a Deus” (v.
20); “Mistério.” (v. 21).
Nota: As respostas às questões 1., 2., e 3. foram retiradas dos Critérios de Classificação da
Prova Escrita de Português B (2009, 2.a Fase).
B
4. O tema do texto é o sebastianismo; este tema relaciona-se com o contexto histórico e
político da perda da independência e do domínio filipino, originados pelo desaparecimento de
D. Sebastião, na Batalha de Alcácer-Quibir.
5. Maria está preocupada com o povo e com a mãe; para além disso mostra-se apreensiva
devido ao desaparecimento de D. Sebastião e ao domínio castelhano e ao facto de os seus
pais, aparentemente, não desejarem o regresso do rei.
Página 138
Grupo II
1. (B)
Página 139
2. (C)
3. (A)
4. (D)
5. (A)
6. (B)
7. (B)
8. Complemento oblíquo.
9. Valor genérico.
10. quando proferiu na televisão.
Grupo III
Exemplo
A Mensagem de Fernando Pessoa apresenta uma natureza épica e lírica.
À semelhança do que acontece com a epopeia Os Lusíadas, a Mensagem assenta no elogio dos
portugueses, que, predestinados, se revelaram desvendadores e dominadores de mundos.
Assim, ao longo da obra, desfilam heróis que simbolizam a essência de Portugal e a sua missão
por cumprir. Os poemas “Viriato”, “Dom Dinis”, “Nun’Álvares Pereira” ou “O Infante” são
paradigmáticos nesse sentido. Para além disso, tematiza-se, em poemas como “Horizonte”,
“Mar Português” ou “O Mostrengo”, a “Possessio maris” pelos portugueses, focando-se a força
indómita dos navegadores que desvendaram o desconhecido.
Os poemas da Mensagem são, no entanto, perpassados por um espírito introspetivo que se
afasta da épica camoniana. O sujeito poético mentaliza a matéria épica, exprimindo
liricamente o simbolismo das figuras (D. Dinis é, por exemplo, o “plantador de naus a haver”) e
a ideologia sebastianista (“Nevoeiro”).
Daqui se conclui que o estilo épico de Pessoa é bastante singular, pautando-se por um tom
introvertido – contrário ao tom eloquente da “tuba ruidosa” camoniana.
(170 palavras)
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Página 142
Nota
Segundo o Programa e Metas Curriculares, relativamente à unidade 2, deverão ser foco de
estudo dois dos seguintes contos:
• “George” (Maria Judite de Carvalho)
• “Famílias Desavindas” (Mário de Carvalho)
• “Sempre é uma Companhia” (Manuel da Fonseca)
Nesse sentido:
• no manual, apresentam-se propostas de abordagem dos contos “George” (pp. 146-167, 170-
171) e “Famílias Desavindas” (pp. 160-169, 172-173) e os dois textos na íntegra;
• no caderno Opções, apresenta-se a proposta de abordagem do conto “Sempre é uma
companhia” e o texto na íntegra.
• no Caderno de Atividades propõe-se o reforço da análise de dois excertos dos contos
apresentados no manual (pp. 42 e 43).
MC
Educação Literária | Leitura | Oralidade
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos […]
narrativos.
EL14.10. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género literário: o conto.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
L8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
Página 142
1.1. Sugestão de tópicos a abordar:
• produção de textos narrativos como ato recorrente no âmbito da vida privada (relações
familiares, relações com amigos) e social/institucional (ex.: curriculum vitae, “história clínica”,
ação judicial, confissão religiosa);
• funções/finalidades do ato de contar histórias: criação de laços de afetividade (texto A);
desenvolvimento da linguagem e do imaginário (texto A); reflexão sobre a própria vida (textos
A e B);
• ato de narrar como tomada de consciência de que todos somos
agentes/participantes/testemunhas das sequências de eventos que constituem a própria vida
(texto B).
2. a. verbalmente. b. não verbais. c. mímica. d. mudo. e. ópera. f. fictícios. g. agentes. h.
possível.
Página 145
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3.1. a. concentração de eventos; linearidade de ação; sem ações secundárias.
b. sem complexidade. c. reduzido/ condensado. d. lirismo vs. realismo; civilização vs.
regionalismo; temáticas cubistas/futuristas. e. Carlos Malheiro, Aquilino Ribeiro, Almada
Negreiros. f. Finais dos anos 20. g. Miguel Torga, José Régio. h. Anos 40/50. i. José Cardoso
Pires, Manuel da Fonseca. j. Narrador em conflito com o meio; perdido no seu próprio
labirinto. k. Maria Judite de Carvalho, Sophia de Mello Breyner Andresen. l. A partir dos anos
60/70. m. Non-sense, fantástico, mágico, absurdo, erotismo.
Sugestão
1. Esta atividade poderá ser complementada com uma tertúlia literária. Esta poderá incluir a
leitura expressiva de excertos de contos lidos no âmbito do Projeto de Leitura, seguida de
partilha de pontos de vista e troca de impressões sobre valores culturais, éticos e estéticos
manifestados pelos contos.
Página 146
MC
Educação Literária | Oralidade Leitura | Gramática
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
O1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.3. Fazer inferências.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
G18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência textual.
1. Vídeo
Ler Mais, Ler Melhor – Maria Judite de Carvalho (RTP2)
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Vida e obra de Maria Judite de Carvalho
Página 147
MC
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Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
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MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos […]
narrativos.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
1.1. Retrato feminino; jovem com rosto e pescoço alongados, nariz alongado, boca fina e
pequena, cabelos longos e arruivados e olhar intenso, quase desafiador. A personagem George
poderá ser semelhante à figura do retrato.
2.1. Diálogo com aquela que foi no passado: ll. 67-107.
Diálogo com aquela que será no futuro: ll. 134-163.
PÁGINA 153
Educação Literária
3. a. 1-22. b. 23-31. c. 32-33. d. 33-38. e. 62-112. f. 113-116. g. 117-119. h. 120-163. i. 164-176.
3.1. Diálogo entre realidade, memória e imaginação como elo estruturador da ação:
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• a realidade (experiência atual – regresso provocado pela venda da casa de família;
deambulação pela rua /viagem de comboio) desencadeia a memória (motiva as recordações
do passado);
• o ato de recordar e relembrar o passado dá origem à imaginação (diálogo com o passado e
com o futuro).
4. a. Olhos grandes e semicerrados, boca fina, cabelos escuros e lisos, pescoço alto: vestido
claro e amplo – 18 anos. b. Ânsia de liberdade e de descoberta do mundo, gosto pelo desenho;
recusa da vida que a sociedade espera de si (vida confinada ao casamento e à aldeia). c.
Família rude, que desvaloriza a cultura e o saber; pobre. d. Vestido claro e largo – 45 anos. e.
Isolada, solitária; em constante processo de fuga; instável em termos afetivos; em luta com o
passado e com o futuro (desajustamento existencial); desapego de objetos que tragam
recordações (ex.: opinião sobre bibelots, venda da casa dos pais); sobrevalorização do
dinheiro. f. Pintora com estilo próprio, de renome a nível europeu; rica e materialista;
sofisticada. g. Velha, com mãos enrugadas; cabelos pintados de acaju, rosto pintado de vários
tons de rosa, sem grande perfeição – quase 70 anos. h. Consciente da passagem do tempo, da
transitoriedade da vida e da efemeridade do poder e do dinheiro numa sociedade excludente;
triste por não ter recordações do passado. i. Rica (cf. mala italiana; pintura do cabelo).
4.1. Nível físico – juventude → amadurecimento → envelhecimento; Nível psicológico – ilusão
e inexperiência da vida → conhecimento/ experiência, desvalorização das relações afetivas,
materialismo, cansaço relativamente à vida → consciência da finitude, desvalorização de bens
materiais e reconhecimento da importância das relações afetivas. Nível socioeconómico –
pobreza → sucesso profissional e prosperidade financeira → desvalorização da prosperidade e
do sucesso profissional ante a consciência do envelhecimento e da finitude.
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5. a. “Trazem ambas vestidos claros, amplos […] naturalmente.” (ll. 10-12); “ele será o rosto de
uma fotografia […] muito real e viva.” (ll. 14-18); “Depois ambas dão um beijo rápido, breve, no
ar, não se tocam, nem tal seria possível” (ll. 109-110). b. “ – Vim vender a casa.” (l. 75). c.
“Abre os olhos para lho dizer, para lho pensar, para lho atirar em silêncio à cara enrugada, mas
a velha já ali não está.” (ll. 170-172). d. “O calor de há pouco […] tranquilizada.” (ll. 173-175).
6. a. 3.; b. 2.; c. 5.; d. 1.; e. 4.
7. Narrativa que tem como protagonista uma figura feminina, marcada pela solidão, pela
incapacidade de criar raízes afetivas num quotidiano social e pelo desajustamento existencial
que daí decorre; narrativa em que perpassa um registo “amargo”, melancólico, triste, em
alguns casos “mordaz” (“De idade não, George detesta eufemismos, mesmo só pensados, uma
mulher velha.”, ll. 126-127).
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MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
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Retoma
Sugestões | Atividade de oralidade
Produção de uma exposição oral sobre a representação da figura feminina na literatura
portuguesa, desde a Idade Média até à atualidade.
Tópicos de resposta
• Poesia trovadoresca – sujeito poético das cantigas de amigo; figura idealizada nas cantigas
de amor (a quem o trovador presta vassalagem amorosa), objeto de crítica/sátira nas cantigas
de escárnio e maldizer.
• Farsa de Inês Pereira (Gil Vicente) – personagem-tipo associada ao “desconcerto do mundo”
(crise de valores e degradação de costumes) e encarada como objeto de crítica (desejo de
ascensão social, casamento por conveniência, adultério).
• Lírica camoniana – mulher idealizada, associada ao amor platónico vs. mulher terrena,
associada ao amor carnal.
• Frei Luís de Sousa, Amor de Perdição e Viagens na Minha Terra – heroína romântica, de
sentimentos fortes (amor-paixão).
• Os Maias (Eça de Queirós) – mulher marcada pela superioridade, mas vítima do destino
(Maria Eduarda); mulher como personagem-tipo, ao serviço da crítica social (ex.: Condessa de
Gouvarinho, Raquel Cohen).
• Poesia de Antero de Quental – mulher como entidade espiritual e etérea, que configura o
Ideal.
• Poesia de Cesário Verde – mulher citadina de estrato social elevado (fria, distante,
demoníaca); mulher pertencente à classe popular (produtiva, enérgica, pitoresca)…
2. Sistematização do tópico programático Representações do amor, com apoio do caderno
Prepara-te para o Exame.
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MC
Escrita
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] apreciação crítica […].
E12.1. Respeitar o tema.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
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• Três Mulheres (1909-1910): representação de três mulheres (mãe, irmã e companheira do
pintor), próximas de uma entrada de luz (provavelmente de uma janela) – cf. efeitos de cor
(luminosidade descendente);
• Semelhanças entre as duas pinturas: tríade de mulheres; sugestão do ciclo da vida.
Sugestão
A apreciação crítica poderá ser feita em trabalho de grupo e incidir também sobre outras obras
que abordem a mesma temática (a pesquisa de pinturas sobre o tema do ciclo da vida pode
ficar a cargo dos próprios grupos). Outras pinturas sobre o mesmo tema:
• Pedro Weingärtner, As Três Fases da Vida (1919); Chez la Faiseuse D’Anges (1908);
• Wilhelm Leib, Três Mulheres na igreja (1882);
• Léon Frédéric, As Idades do Operário (1895-1897).
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MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
1.1. a. “Devo estar a ficar velho” (l. 1) (Nota: Poderá ser explorado o valor epistémico de
dúvida presente em “Devo estar a” – que legitima e prepara a reformulação da tese, no final
do texto). b. “as Paulas Cristinas […] novos do que eu.” (ll. 1-3). c. “Comecei a gostar […] do
Benfica.” (ll. 3-8). d. “Se calhar, daqui a pouco […] dentes de plástico.” (ll. 8-14). e. Hábitos da
velhice. f. “Devo estar a ficar velho” (l. 15). g. “E no entanto […] os intervalos das pedras” (ll.
15-20). h. Permanência dos hábitos da infância. i. “não sou um senhor de idade que conservou
o coração menino. Sou um menino cujo envelope se gastou” (ll. 22-23). j. Velhice / consciência
do envelhecimento.
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a expressão e fundamentação de pontos de
vista suscitados pela leitura, relativamente ao tema e ao estilo do autor.
Página 157
MC
Oralidade | Leitura
O3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos, argumentos e
respetivos exemplos.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] diálogo argumentativo.
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
Página 76 de 191
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: […] diálogo argumentativo – 8 a 12 minutos.
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
1.1.1. Vídeo
Trailer do documentário Human
PÁGINA 158
MC
Gramática
G18.3. Identificar marcas das sequências textuais.
Referências bibliográficas
• ADAM, J.-M. (1992). Les Textes: Types et Prototypes. Récit, Description, Argumentation,
Explication et Dialogue. Paris: Nathan.
• ADAM, J.-M. (2008). A Lingüística Textual. Introdução à Análise Textual dos Discursos. São
Paulo: Cortez Editora.
• ADAM, Jean-Michel; HEIDMANN, Ute (2007). “Six propositions pour l’étude de la généricité”.
La Licorne, n.o 79, pp. 21-34.
Página 159
Aplicação
1.1.PowerPoint®
Textos e sequências textuais [correção de exercício]
Página 160
MC
Educação Literária | Leitura | Oralidade
Página 77 de 191
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
L8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.
O1.3. Fazer inferências.
O2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de Notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
2. Vídeo
Bairro Alto – Mário de Carvalho (RTP2)
3. a. F – Mário de Carvalho dedica-se à escrita de vários géneros literários (ex.: contos, peças
dramáticas, romances), sendo ainda autor de material audiovisual para televisão e cinema. b. F
– As obras de Mário de Carvalho são bem recebidas pelo público e pela crítica. c. V. d. V. e. F –
Mário de Carvalho dá importância quer à história quer ao estilo, embora admita que o estilo
possa prevalecer sobre a história. f. V. g. F – Na perspetiva do autor, alguns livros influenciam a
vida das pessoas – é o caso da obra A Cabana do Pai Tomás (com uma função social
importante no combate à escravatura) e Werther (livro que provocou uma série de suicídios).
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Vida e obra de Mário de Carvalho
Página 161
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
Página 162
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
Página 78 de 191
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos […]
narrativos.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL14.10. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género literário: o conto.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.3. Identificar marcas das sequências textuais.
1.1. Motivo: litígio judicial (o magistrado Domingos Botelho deu sentenças contra a família de
Teresa).
Pertinência do motivo: Motivo pouco pertinente e irracional.
Página 164
3. (B), (E), (A), (C), (G), (I), (F), (H), (D).
Página 165
4. a. ll. 1-6. b. ll. 7-19. c. ll. 20-24. d. ll. 25-35. e. ll. 36-46. f. ll. 47-63. g. ll. 64-77.
4.1. Exemplos: ll. I-3 (descrição da rua do Porto), 15-19 (descrição do sistema dos semáforos).
4.2. Linhas 36-46. Sequência narrativa constituída por situação inicial (“Acontece que […] faz
consultório.”, ll. 36-37), desenvolvimento da ação, constituído por complicação, peripécias e
desfecho (“Pouco antes […] Era caso para inimizade.”, ll. 37-44), e por uma apreciação final (“E
eis duas […] os resultados.”, ll. 45-46).
5.1. a. “esforçado, cheio de boa vontade” (ll. 23-24), não sabia andar de bicicleta; “o bom do
Ramon pedalou e comutou” (l. 25); sentiu-se magoado e triste com o Dr. João Bekett e
começou a complicar-lhe a passagem (ll. 43-44). b. Médico, vindo de Coimbra com a família, e
com boa fama; tinha espírito de missão; autor do primeiro conflito com o semaforeiro (ll. 42-
43). c. Ximenez. d. Médico muito modesto, filho do Dr. João Pedro Bekett; “Informava sempre
que o seu diagnóstico era provavelmente errado. Enganava-se” (ll. 47-48); odiava o
semaforeiro e passava o dia a encandeá-lo com um espelho. e. Insultava o médico Paulo;
“entre o jovem médico Paulo e Asdrúbal quase se chegou a vias de facto.” (l. 51). f. Simpático e
prestável com os condutores, com quem mantinha uma relação personalizada; mantinha o
conflito com o Dr. Paulo; até ser vítima de um acidente. g. Insultava o semaforeiro; num
momento quase de luta, apressou-se a sair de junto do semaforeiro (“Asdrúbal levantou
mesmo a mão e o doutor encurvou-se e enrijou o passo.”, ll. 53-54); era um “médico muito
explicativo”, l. 55; “Ouvia as queixas dos doentes, com impaciência, e depois impunha silêncio”,
ll. 55-56, e explicava as doenças aos seus clientes ao pormenor. Era gozado por colegas que
achavam que praticava terapia do sono com os clientes. h. Mantinha uma relação de conflito
com Paco; ao assistir ao acidente, socorreu Paco e passou a ocupar o seu lugar como
semaforeiro.
5.2. A família dos médicos começa por desvalorizar a profissão de semaforeiro (ll. 42-43); os
insultos entre Paulo e Asdrúbal refletem preconceitos em relação à profissão e à nacionalidade
estrangeira (“Sus, galego”, l. 52; “Xó, magarefe” / mau cirurgião, ll. 52-53).
6. Marcadores que remetem para:
Página 79 de 191
• dobrar do século XIX: época da industrialização (o progresso estava nos novos e insólitos
inventos), corrupção associada à implantação dos semáforos no Porto (“A autoridade gostou
do projeto e das garrafas de Bordéus que o jovem engenheiro oferecia.”, ll. 10-11);
• durante a Primeira Guerra: simplificação e melhoria da máquina, concluída por inspeção
camarária;
• segunda Grande Guerra: substituição do semaforeiro (época de mudança);
• pouco depois da revolução de Abril: novo semaforeiro, novos tempos.
Função dos marcadores históricos: tentam legitimar a verosimilhança da obra, dando-lhe
credibilidade histórica.
7. Exemplo: Depois de décadas de conflito entre as famílias de semaforeiros e de médicos, foi
uma das fações que acabou por auxiliar a outra num momento de crise. Face ao acidente com
Paco, não só o Dr. Paulo conseguiu deixar de lado o ódio que os separava, socorrendo-o, como
também assumiu o cargo de semaforeiro.
8. a. “Um homem pedala […] comutadas pelo ciclista.” (ll. 15-18) – elenco das características
do dispositivo e do seu funcionamento. b. “A autoridade gostou do projeto e das garrafas de
Bordéus que o jovem engenheiro oferecia.” (ll. 10-11) – referência cómica à corrupção
existente para implantação do novo engenho. c. “Faltam razões para flanar por esta rua, banal
e comprida, a não ser a curiosidade por um insólito dispositivo […]” (ll. 3-4) – realce do
contraste entre a simplicidade da rua o “insólito dispositivo aí colocado”. d. “Ó Paco, dá lá um
jeitinho!” (ll. 34-35) – realce da relação de proximidade existente entre o semaforeiro e os
condutores e transeuntes.
9.1. Sugestão de tópicos a abordar:
• conto em que se cria um universo verosimilhante (cf. marcadores históricos, topónimos,
nomes de pessoas), mas que, paradoxalmente, narra uma sequência de situações
insólitas/fantásticas (dispositivo do semáforo a pedais, escolha do primeiro semaforeiro,
origem do conflito entre médicos e semaforeiros, peripécia final);
• recurso ao insólito com intenção crítica – censura dos ódios entre famílias sem motivo e de
vícios sociais como o suborno, a burocracia excessiva, a incompetência profissional (cf. seleção
de Ramón com base num equívoco absurdo).
• visão caricatural das duas profissões – médicos (o Dr. João Pedro Bekett interpelava os
transeuntes na rua; o Dr. João era muito modesto, informava sempre que o seu diagnóstico
era provavelmente errado; o Dr. Paulo era demasiado explicativo) e semaforeiros.
Página 166
9.2. Reduzido número de personagens; ação linear e una que se vai desenrolando entre dois
polos próximos e que se intersecionam, num mesmo espaço condensado que atravessa
algumas décadas; narrativa breve cujos episódios se organizam de forma simples
(encadeamento).
10.1. Excerto A: Discurso indireto (“Colegas maliciosos sustentavam que ele praticava a terapia
do sono.”). Excerto B: Discurso direto (“Sus, galego”).
10.2. Linguagem simples, com forte vertente popular e oralizante (cf. recurso a interjeições e
expressões populares); insulto como reflexo da desvalorização de uma classe profissional e do
preconceito identitário; discurso direto grafado entre aspas, introduzido por um verbo
metafórico (“rosnava”); pontuação expressiva na reprodução do discurso da personagem
(discurso direto), marcando uma entoação exclamativa.
Sugestão
Retoma
1. Atividade de escrita
Página 80 de 191
Partindo das obras já estudadas, redação de uma exposição sobre a forma como a literatura
pode concretizar a crítica social.
Possíveis tópicos de resposta
• Poesia trovadoresca (cantigas de escárnio e maldizer) – paródia do amor cortês, crítica de
costumes.
• Crónicas de Fernão Lopes – relato (crítico) dos acontecimentos históricos concernentes à
crise política de 1383-1385.
• Autos de Gil Vicente (Farsa de Inês Pereira, Auto da Feira) – crítica do “mundo às avessas”
(crise de valores – ex.: hipocrisia, tirania, adultério, corrupção e dissolução de costumes do
clero, culto da aparência).
• Lírica camoniana – denúncia do “desconcerto do mundo”.
• Épica camoniana – crítica presente nas reflexões do poeta (fragilidade da vida humana,
desprezo pelas artes e pelas letras, poder do dinheiro).
• Sermão de Santo António – denúncia dos vícios humanos (ex.: exploração dos fracos,
arrogância, parasitismo, ambição, traição).
• Prosa do romantismo – mudança de valores gerada pela ascensão da burguesia (Amor de
Perdição); crítica à desvalorização do que é português (Viagens na Minha Terra, A Abóbada).
• Romances queirosianos (Os Maias, A Ilustre Casa de Ramires) – crítica de costumes, através
da representação de espaços sociais e das personagens-tipo.
• Poesia de Cesário Verde – descrição pormenorizada e análise crítica do espaço citadino.
Página 167
MC
Oralidade | Escrita
O3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos, argumentos e
respetivos exemplos.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O6.4. Participar ativamente num debate (duração média de 30 a 40 minutos), sujeito a tema e
de acordo com as orientações do professor.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] texto de opinião.
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 81 de 191
Etapa 3: Dinamização do debate, durante 30 a 40 minutos, em anfiteatro.
Página 168
MC
Leitura | Gramática
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência textual.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
Página 169
1.1.1. (C) O discurso é predominantemente informativo, transmitindo informações de forma
objetiva; no entanto, em certos momentos está presente a modalidade apreciativa
(“bonequinho”, l. 7; “ironicamente”, l. 10), que confere um tom subjetivo ao discurso.
1.1.2. (B) A oposição é explicitamente marcada através do conector “no entanto” (contraste).
1.1.3. (D) A conotação do Ampelmann com o comunismo é visível sobretudo na expressão “o
antigo símbolo da Berlim comunista” (ll. 34-35).
1.1.4. (B) A contestação é inerente aos protestos realizados contra a uniformização dos
semáforos.
1.1.5. (A) Trata-se de uma oração coordenada copulativa, que estabelece com a oração “não
só tomou conta das ruas do Oeste” (l. 34) uma relação de ligação/adição, através da locução
não só… como.
1.1.6. (A) A veracidade da afirmação pode ser comprovada nas linhas 10-11 e 32-35.
1.2. a. 7.; b. 8.; c. 2.; d. 5.
Página 170
PowerPoint®
Contos: síntese da unidade
Contos: retoma de conteúdos.
Áudio
Contos: retoma e relação de conteúdos
Página 82 de 191
Referências bibliográficas
• BUESCU, Helena Carvalhão (2008). “Somos todos Homines Sacri: uma leitura Agambiana de
Maria Judite de Carvalho”, in De Orfeu e de Perséfone: Morte e Literatura. Cotia, S.P.: Ateliê
Editorial, pp. 209-233.
• COELHO, Jacinto do Prado (1976). “Maria Judite de Carvalho: As Palavras Poupadas”, in Ao
contrário de Penélope. Lisboa: Bertrand, pp. 275-278.
• ESTEVES, José Manuel da Costa (1999). “Seta despedida de Maria Judite de Carvalho: uma
forma abreviada sobre a dificuldade de viver”, in Le Conte em Langue Portugaise, n.o 6, pp. 69-
78.
Página 172
Referências bibliográficas
• LEAL, António et al. (2015). “Tempo e aspeto em “Famílias desavindas”, de Mário de
Carvalho”, in Literatura e Gramática: um Diálogo Infinito. Lisboa: APP.
• SILVA, Maria de Fátima; BARBOSA, Teresa (eds.) (2012). Ensaios sobre Mário de Carvalho.
Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra.
Página 174
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2016) do Exame Final
de Português selecionando-se, para a Parte B do Grupo I, um conteúdo de 10.o ano (poesia
trovadoresca).
Grelha de autoavaliação 5
PowerPoint®
Contos: correção do teste formativo
Página 83 de 191
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 175
Grupo I
A
1. De acordo com o modelo feminino imposto pela sociedade retratada no texto, a mulher
surge confinada ao casamento, à maternidade e ao exercício da pintura como distração (ll. 22-
25, 27), não podendo aspirar a uma vida independente, fora da vila.
2. George é uma mulher que regressa à vila onde nasceu para vender a casa de família. Ao
fazê-lo, estabelece um diálogo imaginário com a rapariga que foi no passado (Gi),
desdobrando-se em duas etapas da sua existência – passado e presente. George sofre uma
metamorfose: se, no passado, vivia confinada à pobreza e à vila onde nascera, oprimida pela
sociedade, mas com o desejo de partir, no presente, é uma pintora de sucesso, reconhecida a
nível europeu (ll. 1-5).
3. Os adjetivos contribuem para a caracterização psicológica de Gi (isto é, de George na sua
juventude). Já nesta etapa da vida, George revela algum desprendimento face aos objetos
suscetíveis de lhe trazerem recordações. Assim, é com indiferença e alheamento que recebe a
notícia da venda da casa (“olhar esquecido, vazio”).
B
4. O sujeito poético é uma jovem que, estando apaixonada pelo seu namorado (“amigo”),
expressa o seu sentimento de zanga (vv. 3, 6, 9, 12) por este lhe ter mentido (vv. 2, 5, 11).
5. O sujeito poético é uma jovem enamorada, que confidencia à mãe os seus sentimentos
amorosos e atitude do seu amado (zanga devido à mentira do namorado). A mãe assume,
assim, o papel de confidente.
Página 176
Grupo II
1. (C)
2. (A)
3. (C)
Página 177
4. (B)
5. (C)
Página 84 de 191
6. (B)
7. (D)
8. a. Modalidade epistémica.
b. Modalidade apreciativa.
c. Modalidade deôntica.
Grupo III
Exemplo:
O espírito inventivo do ser humano
O espírito inventivo do ser humano não tem limites. É este espírito que tem sido a força motriz
do progresso e dos avanços tecnológicos, ao longo da História.
Desde cedo que o ser humano se sobrepôs às restantes espécies animais. Graças ao intelecto e
ao espírito criativo, inventou os mais diversos objetos, que lhe permitiram revolucionar o seu
quotidiano. Invenções como a roda, o vidro, a bússola, o relógio, o telescópio, a fotografia, a
lâmpada, o plástico, o telefone, a televisão, por exemplo, contribuíram inequivocamente para
o desenvolvimento da Humanidade, em termos científicos, tecnológicos e sociais.
Em princípio, os objetos criados graças ao espírito inventivo do ser humano – desde o simples
mata-moscas aos semáforos ou aos satélites e à internet – deveriam assegurar uma vida feliz e
despreocupada. No entanto, isto nem sempre acontece. Infelizmente, a cada passo que
damos, constatamos que muitas invenções humanas facilmente deixam de cumprir o fim a que
se destinavam, tornando-se instrumento de poder e de sofrimento. Exemplo disso é a pólvora
que, tendo sido usada inicialmente em fogos de artifício, depressa foi canalizada para fins
bélicos. Exemplo disso é também a energia nuclear, que ofereceu armas mortíferas colocadas
ao serviço dos mais poderosos e influentes, ou a bomba atómica, que foi concebida como
forma de defesa mas que se tornou arma massiva de ataque.
Dizia o poeta Fernando Pessoa, na Mensagem, que “Deus quer, o homem sonha, a obra
nasce”. De facto, o espírito inventivo do ser humano não tem limites – resta saber se feliz ou
infelizmente…
(252 palavras)
Página 180
Nota
Segundo o Programa e Metas Curriculares, relativamente à unidade Poetas contemporâneos,
deverão ser estudados quatro poemas de três dos seguintes autores: Miguel Torga, Jorge de
Sena, Eugénio de Andrade, Alexandre O’Neill, António Ramos Rosa, Herberto Helder, Ruy Belo,
Manuel Alegre, Luiza Neto Jorge, Vasco Graça Moura, Nuno Júdice, Ana Luísa Amaral.
Nesse sentido, e por forma a possibilitar a escolha por parte do professor, apresentam-se
nesta unidade propostas de trabalho para a poesia de Miguel Torga, Jorge de Sena, Eugénio
de Andrade, Alexandre O’Neill e Manuel Alegre.
As propostas de trabalho relativas aos restantes autores são apresentadas no caderno
Opções.
MC
Educação Literária | Leitura
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
Página 85 de 191
Página 181
2. a. Inquietação humana. b. José Régio – desafio da solidão; Miguel Torga – regresso à mãe
Terra. c. Camões. d. Sophia de M. B. Andresen – nostalgia clássica; Jorge de Sena –
exílio/condição de português universal; Eugénio de Andrade – amor noturno; atenção às coisas
da natureza e da vida. e. Carlos de Oliveira – terra oprimida e estéril; Mário Cesariny – amor
louco; Alexandre O´Neill – crítica mordaz; Ruy Belo – procura do contacto direto com Deus.
Sugestões
1. Esta unidade poderá ser introduzida (ou concluída) com uma tertúlia literária sobre poesia,
tendo como base as obras poéticas associadas ao Projeto de Leitura (pp. 16-17).
2. A introdução ao estudo da poesia contemporânea poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
“Poetas contemporâneos”
Página 182
Educação Literária | Leitura
MC
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
Sugestões
1. Esta atividade poderá ser complementada com o visionamento de um dos seguintes
programas televisivos:
• RTP Ensina – O Portugal de Miguel Torga; Miguel Torga, a força da terra; As vinhas do Douro
são de todos; O Rio Douro;
• Ler mais, Ler melhor – Casa-Museu Miguel Torga.
2. A introdução ao estudo da poesia de Miguel Torga poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
Vida e obra de Miguel Torga
Página 183
Educação Literária
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
Página 86 de 191
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Nota
Relativamente à poesia de Miguel Torga, apresentam-se propostas de atividades focadas nos
seguintes poemas:
Manual
• “S. Leonardo de Galafura” (pp. 184-185)
• “Ibéria” (pp. 188-189)
• “Camões” (pp. 190-191)
• “Orfeu rebelde” (pp. 192-193)
• “Prospeção” (p. 193)
• “Comunhão” (p. 231)
Caderno de Atividades
• “Retrato” (p. 44)
Opções
• “Na Mesquita de Córdova” (p. 40)
• “A um Negrilho” (p. 41)
Página 184
Educação Literária
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
Página 87 de 191
• do miradouro pode vislumbrar-se toda a grandiosidade da região duriense; a beleza do local
é de tal forma fascinante que tem seduzido multidões e inspirado poetas.
3. S. Leonardo navega vagarosamente ao longo da terra duriense, num antecipado
“desengano” do que será “o cais divino” e já vergado às saudades da terra que vai deixar.
4. Três partes lógicas que correspondem à divisão formal do poema (três estrofes):
• primeira parte (vv. 1-11) – o sujeito poético imagina S. Leonardo “à proa de um navio de
penedos”, a navegar num “doce mar de mosto” , em direção à eternidade, mas já quase
arrependido de deixar o “cais humano” / a terra duriense, como que “num antecipado
desengano” da vida que está para lá do “cais divino”;
• segunda parte (vv. 12-20) – o sujeito poético reforça a razão do “desengano” (na eternidade
não haverá socalcos, vinhedos, água do Douro, montes);
• terceira parte (vv. 21-27) – o sujeito poético regressa à imagem da primeira parte: o santo a
navegar cada vez mais vagarosamente em direção à eternidade, porque “cada hora a mais que
gasta no caminho / é um sorvo a mais de cheiro a terra e a rosmaninho!”.
4.1. Retoma, no final do poema, da informação apresentada na primeira estrofe – lenta
viagem de S. Leonardo rumo à eternidade, apenas para se deter um pouco mais na beleza do
Douro.
Página 185
5. A terra encontra-se sobrevalorizada ao ponto de parecer quase uma heresia ou descrença
religiosa quando o “cais humano” apresenta encantos que se sobrepõem ao “cais divino”.
6. Poema constituído por três estrofes irregulares (onze, nove e sete versos), de métrica
irregular (há versos de duas a onze sílabas); rima emparelhada e interpolada (primeira e
segunda estrofes), emparelhada e cruzada (última estrofe), em articulação com versos soltos.
7. a. 2.; b. 4.; c. 1.; d. 3.
Nota: Neste poema, predomina um ritmo que se pode definir como repousado, sobretudo na
última estrofe, em harmonia com o andamento moderado da viagem do santo.
MC
Leitura I Gramática
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
diário […].
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
Página 186
2.1. (A)
2.2. (A)
2.3. (C)
2.4. (C)
2.5. (C)
2.6. (D)
2.7. (D)
2.8. (D)
Página 88 de 191
Página 187
2.9. (A)
2.10. (C)
2.11. (B)
2.12. (B)
MC
Oralidade
O4.3. Mobilizar informação pertinente.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
Página 188
Educação Literária
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
1.1. Sugestão de tópico a abordar: como leitor de Fernando Pessoa, no poema “Ibéria”, Torga
defenderá a construção de uma nação ibérica, capaz de fazer frente e de comunicar com a
Europa.
2. CD Áudio – Faixa 16
Ibéria
Página 89 de 191
Página 189
3.1. Torga, tal como Pessoa, procurou a identidade primordial da sua terra, pois só depois
dessa descoberta Portugal se poderia integrar e dialogar com a cultura europeia.
3.2. “Que nela cabem Portugal e Espanha / E a loucura com asas do seu Povo.” (v. 8).
4.1. a. “Terra”. b. “sol”. c. “pinhais”. d. Península como espaço de desejo de conhecimento,
“Terra-tumor-de-angústia de saber” (v. 6); e. “antena da Europa” recetora da “voz do longe
que lhe quer falar” (cf. dimensão profética). f. “Terra de pão e vinho”. g. “A fome e sede virão
depois”. h. Carácter grandioso e genuíno da terra ibérica; sonho de construção da Ibéria.
5. O poema insere-se na temática da tradição literária ao abordar um dos temas mais
recorrentes na literatura e sociedade portuguesas dos séculos XIX e XX, a “questão ibérica”,
associando-a ao telurismo.
5.1. A construção anafórica realça a grandiosidade da Península Ibérica, evidenciando que, no
passado, Portugal e Espanha dominaram o mundo e foram grandes potências, pelo que, se no
presente, se conseguirem unir, voltarão a ter força para enfrentar as nações e culturas
europeias e concretizar o sonho da identidade ibérica.
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
1. a. A união dos povos – sujeito simples; dos povos – complemento do nome: conduz à
grandiosidade – predicado; à grandiosidade – complemento oblíquo. b. A capacidade de
refletir – sujeito simples; de refletir – complemento do nome; cria sociedades interventivas –
predicado; sociedades interventivas – complemento direto; interventivas – modificador
restritivo do nome.
2. Exemplos:
a. Os poetas abordam questões atuais para conduzirem o povo à reflexão. b. Ainda que
abordem questões atuais, os poetas nem sempre conduzem o povo à reflexão. c. Os poetas
abordam questões tão atuais que conduzem o povo à reflexão. d. Se os poetas abordassem
questões atuais, conduziriam o povo à reflexão. e. Os poetas não só abordam questões atuais
mas também conduzem o povo à reflexão. f. Os poetas abordam questões atuais, logo
conduzem o povo à reflexão.
Página 190
Educação Literária | Oralidade | Gramática
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Página 90 de 191
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
O1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
O1.3. Fazer inferências.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
CD Áúdio – Faixa 17
Os bons vi sempre passar
1. O sujeito poético considera que os que são bons só têm sofrimento e os maus usufruem da
felicidade do mundo. Desejando a felicidade, decidiu ser mau, mas, ao contrário do que
costuma acontecer, no seu caso foi castigado. Conclui o sujeito poético que o mundo só está
correto no seu caso.
3. a. 1-8. b. Inferioridade do sujeito poético. c. apóstrofe (“cedro desmedido”, v. 1). d.
metáfora (“O sol da inspiração que acendo e que levanto”, v. 7). e. antítese (“O sol da
inspiração que acendo […] / Chega aos teus pés e como que arrefece”, vv. 7-8). f. Apologia de
Camões. g. anáfora (“Chamar-te […] Chamar-te”, vv. 9-10). h. uso expressivo do adjetivo
“louco” (vv. 11-12). i. 13-16. j. Homenagem respeitosa a Camões. k. metáfora (“única nau do
sonho insatisfeito”, v. 15). l. presente do indicativo. m. Incapacidade de criação de um poema
épico/Exaltação a Camões
Página 191
4. A utilização da frase exclamativa na abertura do poema, associada à apóstrofe “cedro
desmedido” e à metáfora “da pequena floresta portuguesa” demonstram a real admiração que
o sujeito poético sentia pela figura de Camões e pela grandiosidade da sua arte poética. Os
nomes “cedro”/”floresta” e os adjetivos de valor antitético “desmedido”/”pequena” indiciam a
distância que separa Camões dos restantes poetas portugueses.
5. a. mudez criativa; comoção; admiração. b. pequenez; desilusão/frustração. c. respeito.
6. “Camões” – o sujeito poético apresenta uma visão valorativa do poeta, sendo poeta épico
português percecionado como alguém grandioso a quem o sujeito poético presta homenagem
sentida e por quem sente respeito e admiração.
“Os bons vi sempre passar” – o sujeito poético apresenta uma visão negativa do poeta,
parecendo-lhe que o mundo se encontra desconcertado apenas para o prejudicar.
MC
Oralidade | Educação Literária | Escrita
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Mobilizar quantidade adequada de informação.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] texto de opinião.
Página 91 de 191
E12.1. Respeitar o tema.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […] .
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E12.6. Utilizar com acerto as tecnologias de informação na produção, na revisão e na edição de
texto.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 192
Educação Literária | Leitura | Oralidade
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
3. O sujeito poético assume uma postura de rebeldia não por ter perdido a sua amada, como o
Orfeu da mitologia, mas por se encontrar revoltado face à transitoriedade da vida e à
passagem inexorável do tempo. O poeta assume-se como alguém genuíno, “rebelde” (v.1),
“um possesso” (v. 2), que em tom de desafio grita obsessivamente, livre de regras e
preconceitos, encontrando na poesia a sua forma de expressão mais plena e eterna.
4. “Canto” como única forma de “legítima defesa” (v. 16), sugerindo que a poesia é uma arma
e a palavra e a liberdade de expressão são veículos de denúncia.
Página 92 de 191
4.1. O “canto” do sujeito poético é agressivo, violento, espontâneo, afastando-se do “canto”
dos “Outros” (cf. “rouxinóis”), que são românticos e não usam a poesia como veículo da
verdadeira expressão.
4.2. Poesia como forma de eternização e expressão plena, de recusa dos românticos e de
exteriorização do desespero humanista do poeta.
5. Versos 3-4 – metáfora que remete para o facto de a própria casca eternizar a sua revolta;
versos 9-10 – metáfora que evoca a revolta contra a passagem do tempo e o sofrimento
causado.
6. Sugestão da continuidade do processo interminável de “canto” e do sentimento de revolta
do sujeito poético.
7. a. Alternância entre versos soltos e versos que rimam (ABCDCD/EFGHGH/IJJKJK). b.
Assonância de sons vocálicos abertos; aliteração de sons consonânticos (ex.: ”Que na casca do
tempo, a canivete, / Gravasse a fúria de cada momento”, vv. 3-4).
8. a. Canto associado à expressão da poesia lírica (“verso humilde”) e simbolizado pela
“agreste avena ou frauta ruda”. b. Canto marcado por um “estilo grandíloco” e simbolizado
pela “tuba canora e belicosa” (Os Lusíadas, I, 5) de glorificação dos feitos grandiosos. c. Canto
como arma ao serviço da intervenção social (“A um poeta”). d. Canto como ferramenta ao
serviço da liberdade e da denúncia da desigualdade.
Página 193
MC
Escrita I Educação Literária
E12.1. Respeitar o tema.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
EL15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras
estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
2. a. O poema aponta para a busca, como sugere o título “Prospeção” : procura da própria
identidade. b. Três momentos: introdução (vv. 1-2), em que o sujeito poético restringe o
conceito de prospeção; desenvolvimento (vv. 3-14), em que concretiza o objetivo da sua busca
(encontrar-se dentro de si); conclusão (vv. 15-18), em que reconhece a amplitude do seu
objetivo. c. O sujeito poético surge como alguém assertivo e incansável, cujo objetivo está
claramente definido, desejando encontrar o que de mais puro há em si (v. 2). d. Metáfora que
se reporta à utilização de termos relativos ao ouro e à sua prospeção, revelando o carácter
belo da incansável busca do poeta por si próprio; enumeração (vv. 10-12), que denuncia o
carácter árduo e perdurável da tarefa do sujeito poético. e. Poema como palco do drama da
criação poética, da pesquisa incessante que o poeta tem de realizar para se encontrar e
conhecer; momento de consciência de que o trabalho de autoconhecimento é interminável e
árduo, conduzindo a um permanente inconformismo.
Página 194
MC
Página 93 de 191
Educação Literária | Leitura
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
1.1. a. O exílio levou a que Jorge de Sena se dedicasse à literatura, em termos criativos e
académicos (cf. estudos sobre Camões e Fernando Pessoa). b. Luís de Camões, Fernando
Pessoa. c. Poesia que articula características clássicas e modernas e que não se filia em escolas
ou correntes estéticas.
Sugestões
1. Esta atividade poderá ser complementada com o visionamento de um dos seguintes
programas televisivos, disponíveis em RTP Ensina:
• Jorge de Sena;
• Ler Camões com Jorge de Sena;
• Nas palavras de Jorge de Sena;
• A cultura para Jorge de Sena.
2. A introdução ao estudo da poesia de Jorge de Sena poderá ainda ser articulada com a
visualização de:
Vida e obra de Jorge de Sena
Página 195
Educação Literária
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a audição do poema, dito por Jorge de Sena, do
audiolivro da Companhia Nacional de Música (disponível na internet).
Nota
Página 94 de 191
Relativamente à poesia de Jorge de Sena, apresentam-se propostas de atividades focadas nos
seguintes poemas:
Manual
• “Epígrafe para a Arte de Furtar” (pp. 196-197)
• “Quem a tem…” (pp. 196-197)
• “Ode aos livros que não posso comprar” (pp. 198-199)
• “Os trabalhos e os dias” (pp. 200-201)
• “Ao rio perguntei por meu amigo” (p. 205)
Caderno de Atividades
“Camões dirige-se aos seus contemporâneos” (p. 45)
Opções
“Carta aos meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya” (p. 43)
Página 196
Educação Literária
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
2. Sugestão
A leitura do poema “Epígrafe para a Arte de Furtar” poderá ser acompanhada ou
complementada com a audição da versão musicada do poema por José Afonso (disponível na
internet).
Página 197
3.1. Denúncia da opressão e da corrupção vividas:
• poema: denúncia da usurpação dos valores e da Pátria (opressão política);
• título: título que remete para a Arte de Furtar (1652) – obra que denuncia a corrupção no
séc. XVII e que promove a recuperação do texto, acrescentando-lhe uma epígrafe (expressão
breve que encabeça uma obra e que funciona como divisa a anunciar ou a resumir o assunto
que vai ser desenvolvido) como uma forma de protesto político.
Página 95 de 191
3.2. Vítima do roubo dos valores (“Deus”, “Diabo”), da Pátria, da “Humanidade” e da liberdade
de expressão; dor existencial, marcada pelo sentimento de exílio.
3.3. Anáfora (“Roubam-me”, vv. 1, 4, 13) – denúncia da corrupção e realce da vitimização do
sujeito poético; Antítese (“Deus”/“Diabo”, vv. 1-2; “calo”/ ”falo”, “voz”/”silêncio”, vv. 13-16),
que sugere a inversão de valores e a falta de liberdade de expressão. Reiteração da
interrogação retórica (vv. 3, 7, 12), que acentua a indignação e o sentimento de exílio do
sujeito poético.
4.1. Tema: (falta de) liberdade.
Assunto: Manifestação do desejo, por parte do sujeito poético, de ver a terra em que nasceu
em liberdade e denúncia da opressão vivida.
4.2. Repetição que confere uma estrutura circular ao poema, acentuando a ânsia de liberdade
do sujeito poético, apesar do clima de opressão experienciado; grito de libertação, através da
palavra poética.
5. Diálogo intertextual ao nível dos temas: poemas em que o sujeito poético expressa a sua dor
existencial devido à corrupção da sociedade, tal como acontece nos poemas de Camões sobre
o desconcerto do mundo (ex.: “Os bons vi sempre passar”, “Correm turvas as águas deste rio”).
Diálogo intertextual ao nível das formas: “Epígrafe para a Arte de Furtar”: opção pelo verso
curto e pela presença de um refrão (tal como acontece nas cantigas e nos vilancetes); “Quem a
tem…” – opção pela redondilha menor (metro recorrente na lírica camoniana).
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
MC
Oralidade
O3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos, argumentos e
respetivos exemplos.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] diálogo argumentativo.
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: […] diálogo argumentativo – 8 a 12 minutos.
1.1. Sugestão de tópicos a abordar na interpretação do cartoon: lucidez dos que partem
(ovelhas negras – exilados, imigrantes, refugiados…) vs. provável inconsciência/incompreensão
dos que ficam.
Página 198
Educação Literária | Oralidade
MC
Página 96 de 191
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
O1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
O1.3. Fazer inferências.
1. CD Áudio – Faixa 19
O poder do dinheiro
2. CD Áudio – Faixa 20
Ode aos livros que não posso comprar
Página 199
3. Título que aponta para a forma poética empregue (ode), com intenção irónica, na medida
em que sugere o canto / a exaltação de uma realidade negativa – o facto de não poder
comprar livros.
4. a. v. 5. b. vv. 1-4. c. vv. 1-8, 25-31. d. vv. 25-31. e. vv. 5, 10-20. f. vv. 22-24.
5. Livros como metáfora da própria literatura, da poesia e da palavra – encaradas como
alimento sem o qual o sujeito poético não consegue viver.
6. Semelhanças ao nível temático:
• abordagem do tema do poder do dinheiro na sociedade (Os Lusíadas, final do Canto VIII);
• caracterização do enunciador como sujeito marcado pela dor existencial devido ao não
reconhecimento do seu valor poético e à desvalorização da arte e da literatura pela sociedade
(Os Lusíadas, final dos Cantos V, VII e X).
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
Página 97 de 191
1. Campos lexicais:
• livro: “lista de livros” (v. 1), “livros” (vv. 4, 25), “lê” (v. 26), “lerei” (v. 26), “folheá-lo” (v. 28);
• dinheiro: “dinheiro” (v. 2, 3), “comprar” (v. 2, 25), “tostões” (v. 29);
• sofrimento humano: “morrerem de fome” (v. 5), “vida difícil” (v. 7), “dificuldades na vida” (v.
10), “traições” (v. 11), “portas que se fecham” (v. 11), “lamentos” (v. 12), “sós, ou mal-
acompanhados” (v. 14), “destruiriam sem piedade” (v. 16), “morre de fome” (v. 20), “morrerá
de outra fome maior” (v. 21).
1.1. Campos lexicais que materializam o facto de o sujeito poético não poder comprar livros, e
de, a partir desse facto, criticar o poder do dinheiro e o sofrimento humano que caracteriza as
sociedades capitalistas (não ter dinheiro causa sofrimento).
2. O termo fome adquire dois valores semânticos – grande vontade de comer/urgência de
alimento (fome de comida) e falta/penúria (fome de livros).
3. Coesão gramatical referencial (“os”, v. 2), temporal, (“Hoje, fiz […] e não tenho”, vv. 1-2),
frásica (concordância sujeito-verbos, nome-adjetivo, etc. – “a curva é mais rápida”, v. 19) e
interfrásica (“Mas”, v. 6; “Por isso”, v. 25); coesão lexical, assegurada pela reiteração (“livros”,
vv. 1, 4, 25) e pela substituição (“dinheiro” / “tostões” – vv. 2, 3, 29).
MC
Leitura | Escrita
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua […].
1. Exemplo
Segundo Beatriz Sousa, o dinheiro é um tema recorrente na obra de Jorge de Sena,
relacionando-se com o trabalho e com o lucro.
Para a autora, quer esteja em causa o dinheiro, quer estejam em causa valores mais abstratos
(conhecimento, amor, vida), este tema está associado à desvalorização do ser humano.
(50 palavras)
Página 200
Educação Literária | Oralidade
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto de opinião […].
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: texto de opinião – 4 a 6 minutos […].
Página 98 de 191
• personagens intervenientes – diabo e empregado do bar;
• situação que desencadeia o diálogo – audição de uma música de Bob Dylan (The Times They
Are A-Changin’ – Os tempos estão a mudar);
• teor do diálogo entre as duas personagens – questionamento do sentido da letra de uma
música de Bob Dylan centrado no tema da mudança; crítica à sociedade portuguesa, que não
muda, mantendo as suas características negativas.
1.1. Possíveis tópicos a abordar:
• atribuição do prémio Nobel da Literatura a Bob Dylan por este ter criado novas expressões
poéticas na tradição da canção americana;
• literatura como fenómeno em constante evolução, em consonância com a mudança da
sociedade;
• efeitos da mudança na literatura: surgimento de novos períodos e/ou estéticas literárias
(Renascimento → Barroco → Romantismo → Realismo → Modernismo);
• literatura como instituição sociocultural, condicionada pelos prémios literários (ex. Prémio
Nobel) e pela crítica literária.
Sugestões
1. A reflexão sobre a polémica atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Bob Dylan poderá
ser antecedida pela leitura de textos sobre este assunto apresentados no Caderno de
Atividades (pp. 74-75 e 77) e ser seguida da produção escrita de um texto de opinião sobre o
mesmo tema (Caderno de Atividades, p. 76).
2. A atividade de pré-leitura poderá ser complementada com o visionamento de uma
reportagem sobre a atribuição do Prémio Nobel da Literatura a Bob Dylan – ex.: reportagem
televisiva Opiniões sobre atribuição do Nobel a Bob Dylan são pouco consensuais (SIC),
disponível na internet).
Página 201
3. a. 3 (v. 1), 4 (vv. 2-4). b. 2. (v. 8), 5 (vv. 5-6), 6 (vv. 5-6), 9 (v. 7). c. 1. (v. 16), 7 (vv. 11-12).
4. a. escrita. b. o mundo. c. o seu conhecimento é ínfimo perante a complexidade do mundo.
d. labor e do espanto quotidiano. e. ação humana. f. do outro para a construção do poeta
(apagamento do eu vs. objetivação e construção do Outro) – alteridade.
(Nota: Neste aspeto, Jorge de Sena afasta-se de Fernando Pessoa: Fernando Pessoa –
multiplicidade/fragmentação ≠ Jorge de Sena – colocação no lugar do outro, para se construir
a si mesmo).
5. Metáfora: sugestão da necessidade da presença e da concretização do outro para a
construção do poeta.
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
1.1. a. ergon- (trabalho). b. -nomos (costume, uso, lei). c. -ia. d. Disciplina científica cujo
objetivo é estudar as características laborais, de forma a adequar o local de trabalho e o
equipamento ao trabalhador, gerando mais conforto, segurança, eficiência e produtividade. e.
hemera- (dia). f. -theke (depósito). g. Coleção de publicações periódicas; biblioteca ou parte de
biblioteca onde se encontram reunidas as publicações periódicas. h. ergon- (trabalho). i. -
nomos (costume, uso, lei). j. -ista (ocupação, ofício). k. Especialista em ergonomia. l. hemera-
(dia). m. -theke (depósito). n. -ário (ocupação; local onde se guarda algo). o. Conservador,
administrador ou funcionário de uma hemeroteca.
Página 99 de 191
Página 202
MC
Educação Literária | Leitura | Oralidade
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
O1.3. Fazer inferências.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
1. Tópicos a abordar:
• percurso familiar: nascimento na Póvoa da Atalaia; importância da figura materna;
• percurso escolar: estudos em Lisboa; passagem por Coimbra:
• percurso profissional: ingresso nos quadros da Inspeção dos Serviços Médico-Sociais do
Ministério das Corporações;
• percurso literário: admirador de Fernando Pessoa; contacto com escritores neorrealistas;
trabalho como poeta, tradutor; sem ligação a movimentos literários; agraciado com o Prémio
Camões 2001.
2. Vídeo
As palavras interditas (RTP2)
2.1. Terra: “cidades”, “areia”, “searas”, “pedra”. Água: “navios”, “flutuam”, “rios”, “água”.
Silêncio: “anoitece”, “solidão, “noturnas”.
E-Manual
As palavras interditas (Eugénio de Andrade) [transcrição do poema]
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Vida e obra de Eugénio de Andrade
Página 203
MC
Educação Literária
Nota
Relativamente à poesia de Eugénio de Andrade, apresentam-se propostas de atividades
focadas nos seguintes poemas:
Manual
• “Quando em silêncio…” (pp. 204-205)
• “Canção” (p. 205)
• “Em Lisboa com Cesário Verde” (pp. 206-207)
• “Os trabalhos da mão” (p. 208)
• “Teoria do verso” (p. 209)
• “A sílaba” (p. 209)
Caderno de Atividades
• “Rapariga descalça” (p. 46)
Opções
• “As palavras interditas” (p. 46)
• “Poema à mãe” (p. 63)
Página 204
Educação Literária | Gramática
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
Página 204
4. Poema em que a natureza se assume como espaço cósmico, caracterizado pela matéria
solar e conotada com a materialidade viva (“folhas”, “aves”, “espigas”, “fontes”) e pelos
contornos sensuais (“tremem as espigas”, “para as fontes a beber-te a face”); contraste entre
a matéria solar (“dia”) e o peso da sombra (“morte”).
MC
Oralidade | Educação Literária
O1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.3. Fazer inferências.
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos, fundamentando.
Página 206
Educação Literária | Gramática
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
2. CD Áudio – Faixa 22
Em Lisboa com Cesário Verde
Página 207
MC
Leitura | Gramática
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
2. Exemplo:
Esquema que dê conta do aumento progressivo da complexidade da informação – da
informação mais simples (saber comum) para a informação mais complexa (saber teórico); do
exemplo prático (ll. 1-11) para a explicitação da teoria (ll. 12-20).
3. a. V – No texto, predominam frases de tipo declarativo, embora também esteja presente
uma frase interrogativa (ll. 14-16). b. F – Embora o presente seja o tempo verbal
predominante, há formas verbais flexionadas no pretérito imperfeito (“estava”, l. 7) e no
pretérito perfeito simples (“comprou”, l. 2), (“foi classificado”, l. 10) e no futuro (“terei”, l. 15).
c. F – Os verbos conjugados no presente têm valor genérico apenas quando correspondem a
situações verdadeiras em qualquer situação. d. V – As formas verbais de 3.a pessoa
predominam no texto, havendo também formas verbais de 1. a pessoa (ex.: “terei”, l. 15;
“farejamos”; “tentamos”, l. 17). e. F – As formas verbais de 1.a pessoa presentes no terceiro
parágrafo não têm valor deítico, na medida em que não apontam para o enunciador e/ou o
destinatário, tendo uma interpretação genérica. f. F – Só há uma construção passiva no texto
(“foi classificado”, l. 10). g. V – Em termos sintáticos, há duas ocorrências do verbo ser, seguido
de predicativo do sujeito (“é […] perigoso”, l. 8; “é evitar coisas preocupantes ou perigosas”, l.
20) e do verbo ter, seguido de complemento direto (“ter medo”, “temos boas razões”, “têm
imaginação suficiente”, “ter medo […]”, “terei dinheiro”, ll. 13-15). h. V – O registo informal é
visível ao longo de todo o texto, havendo traços de coloquialidade em expressões como
“bichano” (l. 3) ou “qualquer coisa que comprou” (l. 2).
4. Exemplos: a. por isso, por consequência, consequentemente… b. Desta forma,
consequentemente… c. Todavia, contudo, ainda assim…
Página 208
Educação Literária
MC
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
1. “Uma folha de papel está presa com quatro tachas a uma prancheta. A mão direita está
ocupada a desenhar a manga de uma camisa. Ela não tem ainda aqui o trabalho acabado, mas
um pouco mais à direita, uma mão esquerda que sai de dentro da manga está já desenhada
tão pormenorizadamente, que se levanta da superfície e, por sua vez, como se fosse uma
parte viva do corpo, desenha a manga donde sai a mão direita.” (M. C. Escher (1994). Gravura
e Desenhos (prefaciado e comentado por M. C. Escher; trad. Maria Odete Gonçalves-Koller).
Köln: Taschen, p. 15).
Sugestão
A leitura do poema poderá ser complementada com a audição do mesmo, dito pelo autor (in
Eugénio de Andrade por Eugénio de Andrade, Numérica, 1997).
Página 209
MC
Gramática
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
1. Exemplos
a. “Começo a dar-me conta:” (v. 1). b. “Prefere agora as sílabas da sua aflição.” (vv. 6-7). c.
“Começo a dar-me conta:” (v. 1). d. “A si coube sempre a tarefa mais dura” (vv. 11-12). e. “O
fim não pode tardar” (v. 16).
MC
Oralidade | Educação Literária
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Programa.
PowerPoint®
Teoria do verso / A sílaba (Eugénio de Andrade) [correção de exercício]
Página 210
MC
1. Vídeo
Vida e obra de Alexandre O’Neill (RTP2)
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Vida e obra de Alexandre O’Neill
Página 211
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Nota
Relativamente à poesia de Alexandre O’Neill, apresentam-se propostas de atividades focadas
nos seguintes poemas:
Manual
• “Um adeus português” (pp. 212-213)
• “Feira desmanchada” (pp. 214-215)
• “Bom e expressivo” (pp. 216-217)
• “Autocrítica” [excerto] (p. 217)
• “Poema pouco original do medo” (CO) (p. 222)
Opções
• “Autorretrato” (p. 48)
Página 212
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
Página 213
3.1. Pronomes: “tu” (vv. 5, 35, 41, 45), “te” (v. 52), “ti” (v. 55); determinantes: “teus” (v.1),
“teu” (v. 51); verbos: “podias” (vv. 5, 12, 22, 30), “mereces” (v. 35), “és” (vv. 41, 45), “vives”
(vv. 45, 47), “morres” (v. 47).
3.2. Versos 5 e 30 (“presa”).
3.3. Relação amorosa marcada pela sensualidade e pela frustração, que culmina no
afastamento e na despedida.
4. Divisão em três partes: primeira estrofe – interpelação do tu (mulher amada) pelo sujeito
poético, indiciando já a despedida e separação; estrofes 2 a 7 – apresentação das razões que
impedem o amor entre o sujeito poético e a mulher interpelada; última estrofe – despedida e
separação do sujeito poético e da mulher interpelada.
5. a. Versos 8-11. b. Versos 31-35, 38-40. c. Versos 19, 23-29. d. Versos 12-21.
6. a. Anáfora iniciada pelo advérbio de negação, a marcar os motivos inviabilizadores do amor.
b. Enumeração gradativa (vv. 15-21), que vai dos aspetos positivos para os aspetos negativos,
realçando a opressão da cidade em causa. c. Adjetivos “mortal”, “sórdido”, “canino”, “policial”,
que acentuam o clima da repressão vivido na cidade descrita; “puríssima”, que sugere o
carácter positivo da mudança necessária.
7. Poema “Um adeus português”: oposição entre a cidade retratada (que representa Portugal)
e a cidade ideal (estrofe 7); destaque para a podridão, a sordidez, a burocracia, o desespero, o
medo, o policiamento, a repressão política.
8. Exemplos: Tema do amor, da separação e do adeus, tema (da imagem) de Portugal, tema da
revolta e da despedida, tema da representação do quotidiano (sórdido).
1. CD Áudio – Faixa 23
A história do poema
Página 214
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
1.1. Feira Cabisbaixa – título que recorre à hipálage para demonstrar o estado de espírito dos
feirantes e compradores na feira (tristeza, submissão, opressão).
“Feira desmanchada” – título que remete para o final da feira / da situação instaurada pela
feira.
2. CD Áudio – Faixa 24
Feira desmanchada
3. a. social. b. um alheamento.
4. Depois de denunciar o alheamento e “vidinha” dos portugueses, o sujeito poético, em tom
irónico e mordaz, mostra a importância do uso da palavra para desconstruir uma situação de
conformismo comum a todos.
Página 215
5. a. 4.; b. 5.; c. 2.; d. 1.; e. 3.
6. Apóstrofe presente no verso 11, que personifica o “talento” do poeta; trocadilho presente
no aproveitamento das expressões idiomáticas “O primeiro milho é para os pardais” e “andar
aos pássaros/pardais”, que sugere o conformismo e alheamento do sujeito poético.
Recursos com valor irónico, que denunciam a mediocridade e os pequenos vícios dos
portugueses – incluindo do próprio sujeito poético.
7. (C) – Verdadeira, pois todas as estrofes são dísticos. (A) – Falsa, pois há versos com outras
medidas (ex.: v. 16 – hexassílabo). (B) – Falsa, pois a rima é interpolada nos vv. 13 e 16. (D) –
MC
Oralidade | Educação Literária
O1.3. Fazer inferências.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto de opinião […].
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: texto de opinião – 4 a 6 minutos […].
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
EL15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos, fundamentando.
1. Áudio
É terça-feira (Sérgio Godinho)
Página 216
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
Página 217
4.1. Arte poética presente no poema, apresentada de forma irónica/sarcástica:
• crítica à vida e literatura banais;
• visão satírica de si mesmo “tolo dum poeta […] convencido de si, do seu recheio.” (vv. 6-8);
• imbricação entre poesia e “vidinha”;
• recusa da literatura tradicional – encarada como “literatura”, “libertinura”, “pegas no paleio”
(vv. 4-5).
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
2. a. F – O sujeito de “vagueava pelas ruas, de caderninho na mão, a tomar nota dos ‘pequenos
absurdos do quotidiano’” é subentendido (“O’Neill”). b. F – O constituinte “assíduo”
desempenha a função sintática de modificador restritivo do nome. c. V. d. F – Os termos
“neologismos”, “calão”, “gíria” pertencem ao mesmo campo lexical. e. F – Quanto ao processo
de formação, a palavra “cliché” classifica-se como empréstimo.
Página 218
MC
Educação Literária | Leitura
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Vida e obra de Manuel Alegre
Página 219
MC
Educação Literária | Oralidade | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Nota
Relativamente à poesia de Manuel Alegre, apresentam-se propostas de atividades focadas nos
seguintes poemas:
Manual
• “Ulisses” (pp. 220-221)
• “Variações sobre ‘O Poema Pouco Original do Medo’ de Alexandre O’Neill (pp. 222-223)
• “A segunda canção com lágrimas” (p. 224)
• “Como se faz um poema” (p. 225)
• “Lisboa perto e longe” (p. 253)
Caderno de Atividades
• “O poema” (p. 50)
Página 220
MC
Educação Literária | Oralidade | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
G18.3. Identificar marcas das sequências textuais.
1. CD Áudio – Faixa 25
Ofiúsa: A lenda de Lisboa
1.1. a. A rainha de “Ofiúsa (Terra das Serpentes)” era meia mulher, meia serpente e não
deixava que ninguém se aproximasse da sua terra. b. Ulisses aportou em Ofiúsa. c. A rainha
apaixonou-se por Ulisses e quis casar com ele; Ulisses fingiu aceitar, mas fugiu com os
companheiros, depois de prometer que a terra seria sua e passaria a chamar-se Ulisseia. d. A
rainha perseguiu Ulisses, dirigindo-se para o Tejo com dificuldade, deixando atrás de si sete
colinas. e. Ainda hoje as sete colinas continuam a dirigir-se para o Tejo.
3.1. Figura caracterizada pela perda da coroa, do reino, do arco, do barco e da esposa (vv. 2-5,
7) e pela incerteza relativamente à sua identidade (vv. 6-10).
3.2. Termos utilizados reiteradamente que reforçam a caracterização de Ulisses com base em
situações de perda – e não de pertença.
Página 221
3.3. a. 1.; b. 3.; c. 4.; d. 2.
3.4. Relação de analogia/proximidade entre as duas figuras – Ulisses encarna simbolicamente
o desejo dos exilados de regressar à pátria.
3.5. A informação parentética marca a sobreposição entre Ulisses e o sujeito poético, através
da substituição das formas de 3.a pessoa (“pergunta”, “sua”) pelas formas de 1.a pessoa
(“pergunto”, “minha”).
4. A figura de Ulisses é utilizada com um duplo significado – a do herói clássico que, após a
Guerra de Troia, fez uma longa viagem de regresso à pátria (passando por Lisboa e fundando
esta cidade); a metáfora do herói moderno, que anda à deriva, sem destino, e que procura ir
mais além – Ulisses, o seu barco e a sua viagem tornam-se, assim, metáfora da condição
humana.
MC
Escrita
Página 222
MC
Educação Literária | Oralidade | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[…].
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
1. CD Áudio – Faixa 26
O poema pouco original do medo
Página 223
3. Título que estabelece uma intertextualidade com o poema de Alexandre O’Neill, citando o
título e o autor e sugerindo alguma diferença em relação ao poema original (“Variações”).
4. Diálogo intertextual:
• tema comum: medo;
• valores comuns: denúncia da sociedade salazarista, que restringe a liberdade individual e
domina através do medo e da opressão;
• ponto de partida do poema de Manuel Alegre: última estrofe (ponto de chegada/conclusão)
do poema de Alexandre O’Neill – analogia entre os homens e os ratos (“O medo vai ter tudo /
quase tudo / e cada um por seu caminho / havemos todos de chegar / quase todos / a ratos /
sim, / a ratos”).
5. a. vv. 1-6. b. dominam os homens. c. medo. d. vv. 7-16. e. dominar/intimidar/oprimir pelos
ratos. f. vv. 17-20. g. não chiam. h. canto. i. medo.
6. a. Metáfora que realça a presença do medo em todos os seres humanos, o medo faz parte
de nós. b. Aliteração que sugere o ato de roer (“na rua os ratos roeram”) e o progressivo
domínio dos ratos sobre os homens. c. Deítico que sugere a contiguidade/proximidade entre a
rua (presença de medo) e a toca (ausência de medo). d. Parênteses que delimitam uma
reflexão do sujeito poético, acentuando o seu espírito de denúncia e crítica.
MC
Oralidade
O3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos, argumentos e
respetivos exemplos.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O6.4. Participar ativamente num debate (duração média de 30 a 40 minutos), sujeito a tema e
de acordo com as orientações do professor.
Sugestão
Caso algum aluno se encontre a ler a obra 1984 (Georges Orwell), no âmbito do Projeto de
Leitura, o debate poderá ser introduzido pela leitura expressiva de um excerto em que se
foque o tema do medo e a forma como este condiciona os comportamentos sociais.
Página 224
MC
Educação Literária
Página 225
Oralidade | Educação Literária
MC
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Programa.
1. Tópicos a abordar:
a. Participação na guerra enquanto soldado (v. 4, 6-9); testemunha da morte na guerra (vv. 11-
14, 16); necessidade de matar para não ser morto (vv. 17-18); experiência de prisão (vv. 21-
24). b. Poeta como ser que experienciou a realidade representada nos poemas – enquanto
soldado (vv. 1-20) e prisioneiro (vv. 21-25); poeta como ser em constante aprendizagem
(devido à experiência vivida) e, consequentemente, agente de mudança através da palavra (vv.
26-40). c. Poema como resultado do contacto com a realidade circundante (vv. 31-33), com a
leitura e o contacto com a tradição literária (v. 33) e com a complexidade humana (vv. 33-35);
poder avassalador das palavras (v. 35); palavras como arma de combate / denúncia da injustiça
e da opressão (vv. 36-37).
Áudio
Poetas contemporâneos – retoma e relação de conteúdos
Referências bibliográficas
• FAGUNDES, Francisco Cota (org.) (1997). Sou um Homem de Granito: Miguel Torga e o seu
Compromisso. Lisboa: Salamandra.
• LOPES, Teresa Rita (1993). Miguel Torga – Ofícios a “Um Deus de Terra”. Lisboa: ASA.
• ROCHA, Clara (2000). Fotobiografia de Miguel Torga. Lisboa: Dom Quixote.
Página 227
Referências bibliográficas
• AA.VV. (2001). Jorge de Sena: Vinte Anos Depois. Lisboa: Cosmos/Câmara Municipal de
Lisboa.
• LISBOA, Eugénio (org.). Estudos sobre Jorge de Sena. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da
Moeda.
• LOURENÇO, Jorge Fazenda. (1998). A Poesia de Jorge de Sena: Testemunho, Metamorfose,
Peregrinação. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian.
Página 228
Referências bibliográficas
• Revista Relâmpago n.o 15 – Eugénio de Andrade, outubro de 2004.
• NAVA, Luís Miguel (1987). O Essencial sobre Eugénio de Andrade. Lisboa: Imprensa Nacional
– Casa da Moeda.
• SARAIVA, Arnaldo (1995). Introdução à Poesia de Eugénio de Andrade. Porto: Fundação
Eugénio de Andrade.
Página 229
Referências bibliográficas
Página 230
Referências bibliográficas
• FERREIRA, José Ribeiro (2001). Manuel Alegre: Ulisses ou Caminhos de Eterna Busca.
Coimbra: Minerva Coimbra.
• ROCHA, Clara (1990). “O Poeta Tribuno”, Letras e Letras, n.o 35.
• RODRIGUES, Urbano Tavares (1995). Os Tempos e os Lugares na Obra Lírica, Épica e
Narrativa de Manuel Alegre. Lisboa: Edições Universitárias Lusófonas.
Página 231
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2016) do exame
nacional de Português, selecionando-se, para a parte B do Grupo I, um conteúdo de 11. o ano
(Os Maias, Eça de Queirós).
Grelha de autoavaliação 6
PowerPoint®
Poetas contemporâneos: correção do teste formativo
MC
Educação Literária | Leitura | Gramática | Escrita
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos e
narrativos.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
diário […].
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G18.3. Identificar marcas das sequências textuais.
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] texto de opinião.
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
Página 232
Grupo I
A
1. O título do poema remete para o sentimento telúrico do sujeito poético – que entra em
comunhão com o camponês e o pastor para enaltecer a terra através do seu labor.
2. A poesia é conotada com o canto religioso (vv. 8-10), com a liberdade (“Livre”, v. 7) e com o
carácter ritual (v. 11), surgindo associada ao enaltecimento da vida.
3. A metáfora está presente na expressão “bordar / A serra / De brancura” e é utilizada para
enaltecer o trabalho do pastor – que apascenta as suas ovelhas (brancas) na serra.
B
4. Alencar é um poeta já com alguma idade (tem cabelos grisalhos e calvície) com traços físicos
conotados com o Romantismo (“face escaveirada", “olhos encovados”, “longos, espessos,
românticos bigodes grisalhos” – ll. 4-5). Contrasta com as restantes personagens, na medida
em que “em toda a sua pessoa havia alguma coisa de antiquado, de artificial e de lúgubre” (ll.
6-7). A forma como atua está em consonância com o seu aspeto ultrarromântico: age
teatralmente, falando com “voz arrastada, cavernosa, ateatrada” (l. 9) e demonstra
sensibilidade excessiva.
5. O excerto insere-se na ação principal de Os Maias, estando integrado num episódio da
crónica de costumes – o Jantar no Hotel Central. É nesse momento que Carlos contacta pela
primeira vez com algumas das figuras mais eminentes da sociedade lisboeta, incluindo o poeta
Alencar.
PÁGINA 233
Grupo II
1. (D)
2. (C)
3. (B)
4. (A)
5. (A)
6. (C)
7. (D)
8. Reiteração (“abstrato”, "vida", “homem”); substituição por antonímia (“culto” / ”inculto”,
“sensível” / ”insensível”, “livre” / ”escravizado”, “considerável” / ”nulo”).
9. Sequência argumentativa.
10. Valor espacial.
Grupo III
1. Exemplo:
b.
Página 236
MC
Educação Literária | Oralidade | Leitura
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos […]
narrativos.
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de Notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
L8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.
1. Ideias-chave do texto:
• origens (nascimento, educação): nasceu na Azinhaga do Ribatejo (16 de novembro de 1922);
tirou um curso de serralharia mecânica (1939); tornou-se um escritor autodidata;
• percurso profissional: tradutor, diretor literário, produtor numa editora, colaborador em
jornais e revistas, diretor-adjunto do Diário de Notícias;
• obras publicadas: Terra do Pecado (1947), Levantado do Chão (1980), Memorial do Convento
(1982), Jangada de Pedra (1986);
• prémios recebidos: Prémio Nobel da Literatura (1998).
Página 237
Mural de Saramago:
• pintura de grandes dimensões (10 x 20 m) de Saramago, pintada numa parede do antigo
pavilhão da Escola EB 2,3 Martins Correia (Golegã);
• intenção comunicativa de João Maurício: “este quadro pretende mostrar que Saramago,
apesar da sua origem, conseguiu sustentar-se nos seus ideais para se tornar num grande
escritor. Os pilares são ao mesmo tempo uma alusão ao nome da mulher do Nobel, Pilar del
Río, e também ao livro A Viagem do Elefante, sendo que, neste caso, os pilares são as patas
dos elefantes.” (O Ribatejo, em linha, consult. em 11-07-2016).
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Vida e obra de José Saramago
Página 238
Vídeo
José Saramago: Levantado do Chão (RTP)
3.1. José Saramago: fusão entre o discurso direto e o discurso indireto; eliminação intencional
de alguns sinais de pontuação (ponto de interrogação, travessão), incumbindo o leitor da
tarefa de pontuar os textos.
Carlos Reis: reinvenção da pontuação, “de acordo com um estilo que tem uma condição […] de
oralidade e de fluxo constante do discurso.”
3.2. Materiais de apoio ao desenvolvimento da atividade:
2. PowerPoint®
Reprodução do discurso em “O Ano da morte de Ricardo Reis”
Reprodução do discurso em “Memorial do Convento”
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Linguagem e estilo na obra de José Saramago
Página 240
MC
Página 120 de 191
Educação Literária | Oralidade | Leitura
EL16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no Programa.
O1.3. Fazer inferências.
L8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
L8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.
1. Vídeo
Ler Mais, Ler Melhor – Livro da vida de Pilar del Río (RTP)
1.1.1. O livro trouxe-a a Lisboa, deu-lhe a conhecer um país e uma língua que se tornaram
parte da sua vida e proporcionou a relação com Saramago.
1.1.2. “Espetáculo do mundo” em 1936: ano em que se estão a gerar regimes ditatoriais
(nazismo, fascismo), marcado pelo início da Guerra de Espanha, pela fundação da Mocidade
Portuguesa, tragédias que marcaram o século XX.
2.1. Ideias-chave:
• Estado Novo: regime político dirigido por Salazar e com aspetos semelhantes aos regimes
nazista e fascista;
• características: culto do Chefe (Salazar), associação à Igreja Católica, ausência de liberdade,
censura (imprensa, rádio, televisão, livros), polícia política (PVDE > PIDE > DGS), nacionalismo e
colonialismo, discurso e prática anticomunista, economia fechada ao exterior, controlo do
movimento sindical;
• motivos da decadência do Estado Novo: tentativas de golpes e conspirações, ação de forças
políticas contrárias, conspiração política dirigida pelo Movimento das Forças Armadas (25 de
Abril de 1974).
Página 242
3.2. a. “Desde logo, no romance relata-se normalmente uma ação relativamente extensa […]
representatividade ideológico-cultural do romance” (ll. 9-16). b. “Intérpretes qualificados da
ação são as personagens […] encontram o espaço privilegiado de inscrição.” (ll. 16-23). c. “E a
partir daqui o espaço […] o tempo histórico em que vivem.” (ll. 26-29). d. “ […] o romance tem
revelado uma extraordinária capacidade de rejuvenescimento técnico e de renovação temática
[…]” (ll. 5-7). e. “São antes de mais as dimensões e a profundidade […] género narrativo
distinto do conto e da novela.” (ll. 8-9).
Página 243
MC
Educação Literária
Notas
1. Embora os capítulos que constituem o romance O Ano da Morte Ricardo Reis não estejam
formalmente identificados/numerados, optou-se pela identificação de capítulos visando
objetivos meramente didáticos, de forma a orientar o aluno no seu estudo da obra.
2. Relativamente ao romance O Ano da Morte de Ricardo Reis, apresentam-se propostas de
atividades focadas na análise de excertos textuais e na leitura autónoma de todos os capítulos.
Excertos selecionados para análise:
Manual
• “Aqui o mar acaba…”, (Texto analisado, p. 245)
• “Chegada ao Hotel Bragança”, (pp. 246-247)
• “Ricardo Reis conhece Lídia”, (pp. 249-250)
• “Bodo do Século”, (pp. 251-252)
• “Oliveira Salazar”, (pp. 254-255)
• “Diálogos entre Fernando Pessoa e Ricardo Reis”, (pp. 257-260)
• “O interrogatório policial”, (pp. 262-264)
• “O beijo”, (pp. 266-267)
• “Golpe Militar em Espanha”, (pp. 270-272)
• “Partida”, (pp. 274-276)
Caderno de Atividades
• “Um país encoberto” (p. 51)
Opções
• “Morte e enterro de Fernando Pessoa” (p. 118)
• “Ricardo Reis, Marcenda e Lídia” (p. 122)
• “Diálogo argumentativo entre Pessoa e Reis” (p. 126)
• “Luís Uceda” (p. 129)
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
“O Ano da Morte de Ricardo Reis”: visão global
Página 245
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL.14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
Página 246
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL.14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
1. Tópicos a abordar:
• título que remete para o contexto temporal em que decorre a ação (valorizando a categoria
narrativa tempo em detrimento de outras categorias);
• título que sugere o carácter “trágico” dos acontecimentos ocorridos no ano de 1936
(Portugal salazarista, militarização da vida portuguesa seguindo o modelo alemão).
2. CD Áudio – Faixa 27
Chegada ao Hotel Bragança
Página 247
3.1. A observação da avenida dá origem à comparação entre o espaço no presente e a
recordação do mesmo no passado, 16 anos antes (ll. 32-39).
3.2. Crise pessoal: O viajante chega à cidade, mas não tem destino definido (l. 17), pedindo ao
taxista que o leve a um hotel, perto do rio (único elemento com o qual estabelece uma relação
de afetividade).
Crise de identidade nacional: o viajante não reconhece as mudanças ocorridas na cidade,
apesar de o taxista considerar que são significativas (ll. 32-47).
4.1. a. 1.; b. 1.; c. 1.; d. 2.
5.1. Deambulação pela cidade; observação e análise crítica do real (ll. 35-50).
Sugestão
A leitura do excerto poderá ser complementada com a visualização de uma adaptação teatral:
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” [representação teatral]: chegada de Ricardo Reis a Lisboa
Análise de recriações literárias: adaptação teatral do romance O Ano da Morte de Ricardo Reis
Intertextualidade: José Saramago, leitura de Luís de Camões, Cesário Verde e Fernando Pessoa
Página 248
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
1.1.1. a. Alfândega, Avenida, zona junto à linha de comboio (Cais do Sodré-Cascais), Hotel
Bragança. b. Banco Comercial, Rua do Comércio, Terreiro do Paço, Rua do Crucifixo, Rua
Garrett, Chiado, Praça Luís de Camões, Calçada do Combro, cemitério.
1.2. a. Ricardo Reis (p. 11). b. Marcenda (pp. 25-26). c. Ugolina (p. 30). (Nota: A este propósito
podem ser explorados os possíveis valores simbólicos de Ugolina: Lisboa / Portugal salazarista
como entidade devoradora/opressora; animalização do ser humano.)
1.3. The god of the labyrinth – livro imaginário de natureza policial, produzido por um escritor
inventado (Herbert Quain), que Jorge Luis Borges (inventa e) comenta num dos textos de
Ficções (“Análise da obra de Herbert Quain”).
Página 249
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL.14.4. Fazer inferências, fundamentando.
2. CD Áudio – Faixa 28
Ricardo Reis conhece Lídia
Página 250
3. Ricardo Reis saramaguiano: personagem ficcional, cliente do Hotel Bragança, que associa,
ainda que com ironia, a Lídia das suas odes à Lídia criada e que se encontra num processo de
crise de identidade;
Ricardo Reis pessoano: autor de odes sáficas, marcadas pela erudição e pelo classicismo;
heterónimo marcado pela reflexão existencial centrada na consciência e na encenação da
mortalidade.
Lídia saramaguiana: criada de hotel, com existência empírica, que remete para a realidade
quotidiana.
Lídia pessoana: figura poética clássica, erudita, inacessível, de existência puramente espiritual.
4. Narrador heterodiegético que intervém na ação através de comentários críticos, censurando
ironicamente o gosto literário de Ricardo Reis (ll. 8-10), simulando falas que não existiram (ll.
18-19) e refletindo sobre o próprio ato de escrita (pp. 22-24).
5. Condições atmosféricas: chuva intensa, que “rufava como um tambor” (l. 15); “nuvem
negra” (l. 41) que provavelmente passa no céu e provoca a “penumbra do quarto”, conotando-
o com a “escuríssimo nimbo” (ll. 40-42) – cf. valor expressivo da comparação e da metáfora.
Valor simbólico: Sugestão do estado psicológico de Ricardo Reis (opressão, recolhimento,
diluição de vontade) e do próprio país.
MC
Oralidade | Educação Literária
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
EL15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Programa.
PowerPoint®
Odes de Ricardo Reis [correção de exercício]
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
Ricardo Reis, o poeta “clássico”
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
Página 251
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Página 252
MC
3. a. 2.; b. 1.; c. 5.; d. 4.; e. 3.; f. 6.
3.1. a. “Ricardo Reis alcançou o meio da rua” (l. 1); “Que ajuntamento é este […] por um acaso”
(ll. 6-7). b. “E não estão aqui todos […] Lá isso é verdade” (ll. 10-14). c. “Às ordens de vossa
senhoria, passe vossa senhoria por aqui” (ll. 20-21). d. “Tudo gente pobre, Sim senhor, tudo
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
1.1. (F), (B), (C), (A), (D), (E), (G).
Página 253
MC
Oralidade | Educação Literária
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
Sugestão
Esta atividade pode ser complementada com a escuta ativa de poesia musicada de intervenção
em Portugal. Alguns exemplos:
• José Afonso (1929-1987): “Vampiros”, “Balada de outono”, “Menino do bairro negro”, “O
coro da primavera”, “A morte saiu à rua”, “Eu vou ser como a toupeira”, “A formiga no
carreiro”;
• Adriano Correia de Oliveira (1942-1982): “Trova do Vento que Passa” (Manuel Alegre),
“Canção Terceira”, “Tejo que lavas as águas” (Manuel da Fonseca), “Porque” (Sophia de Mello
Breyner Andresen), “Pedro Soldado”, “Menina dos Olhos Tristes” (Reinaldo Ferreira), “Canção
do Soldado”;
• José Mário Branco (1942): “Perfilados do Medo”, “Onde Vais ó Caminheiro”;
• Sérgio Godinho (1945): “Descansa a Cabeça” (Estalajadeira), “Até Domingo”, “Senhor
Marquês”, “O Charlatão”…
Página 254
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL.14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O1.3. Fazer inferências.
O1.5. Identificar argumentos.
O1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
O1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas.
1. Vídeo
A Revolução de Maio (António Lopes Ribeiro)
1.1. a. Deus, Pátria, autoridade, família, trabalho. b. paz, ordem e união dos portugueses;
Estado forte; administração honesta; revigoramento da economia; sentimento patriótico;
organização corporativa; império colonial. c. “Não discutimos”. d. persuasiva/inflamada. e. nos
aplausos do público.
1.2. Postura caracterizada pelo silêncio e pelo respeito, durante a intervenção do político, e
pelos aplausos, após a intervenção (público apoiante da ideologia salazarista).
Página 255
Página 128 de 191
3.1. a. Alusão ao início da Segunda Guerra Mundial. Em 1936, começa a Guerra Civil
Espanhola, que servirá de palco de ensaio para a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Esta
última irá delinear um novo mapa político que conduzirá, por exemplo, ao fim dos impérios
coloniais europeus. b. Oliveira Salazar declara, unilateralmente, Portugal como um país neutral
durante a Segunda Guerra Mundial, mas manterá relações económicas e diplomáticas com
ambas as partes do conflito. c. Oliveira Salazar (1889-1970) tornou-se Presidente do Conselho
de Ministros em 1933 e ocupou este cargo até 1968. Em termos efetivos, era Salazar que
detinha o poder político em Portugal, cabendo ao Presidente da República um papel
meramente cerimonial. Acumulou também diversas pastas governativas, das quais se destaca
a das Finanças. d. Nomeação de Carneiro Pacheco (1887-1957) para Ministro da Instrução
Pública, em 18 de janeiro de 1936. As reformas que implementou (conhecidas como a Reforma
Carneiro Pacheco) moldaram e estruturaram as políticas educativas, culturais e de investigação
científica do Estado Novo.
4. Imprensa nacional – criação de uma imagem positiva de Salazar (evitará a derrocada do
Estado devido à inteligência; governa de forma modelar), de forma progressiva (notícias
apresentadas em vários jornais, “durante duas ou três semanas”);
Imprensa internacional (Genebra) – criação da mesma imagem (sapiência), mas
acrescentando a noção de “ditador”.
4.1. Narrador que emite juízos de valor implícitos, assumindo-se contrário à ideologia
salazarista.
4.2. Recurso expressivo: ironia, utilizada para censurar o governo salazarista e para denunciar
a manipulação dos leitores pelos jornais/governo.
Exemplos: “dizem-no os jornais […] sugerir e insinuar” (ll. 1-2); “e se tal declaração […] em boca
própria” (ll. 14-16); “e em francês, o que maior autoridade lhe confere” (ll. 16-17); “Tem toda a
razão o autor do artigo […] vai vencido um terço.” (ll. 18-26).
4.3. Atitude de indiferença, apatia (“enquanto vai sorvendo regalado o café com leite…”, ll. 32-
33); espectador que se contenta com o espetáculo do mundo.
5. Referência aos jornais como recurso (e técnica narrativa) utilizado pelo narrador para:
• contextualizar historicamente a ação narrada – dando projeção aos acontecimentos
nacionais e internacionais que caracterizaram o ano de 1936 e não se confinando ao espaço
físico em que decorre a ação;
• conferir verosimilhança à narrativa (representação do século XX com base em documentos
históricos – imprensa da época);
• veicular valores ideológicos (a imprensa representa o salazarismo de forma positiva/idílica; o
narrador reproduz de forma irónica o discurso veiculado pela imprensa).
Página 256
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
[…] memórias […].
2.1. Tema: Revolução de 25 de Abril de 1974. Subtemas: Regime salazarista; José Gomes
Ferreira; povo português. Informação mobilizada: Informação seletiva, filtrada pela memória,
sobre o regime salazarista, a revolução de 25 de Abril e as características dos portugueses.
Marcas de narratividade: Narração de factos passados, por ordem predominantemente
cronológica (regime salazarista > 25 de Abril), recorrendo ao pretérito perfeito simples (“deu-
se”, “referi”, “importou”) e a localizadores temporais (“Em 1974”). Características do discurso:
Discurso pessoal e marcado por deíticos pessoais (“me referi”, “meus queridos tetranetos”);
discurso retrospetivo (do presente para o passado), “Já me referi a esse acontecimento, […],
embora para vocês, meus queridos tetranetos, nada disto já tenha importância.”
Sugestão
1. Esta unidade poderá ser articulada com a abordagem do texto “Compras peculiares”
(Manual, p. 342).
Página 257
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
Nota: óculos em cujas lentes são espelhadas diferentes realidades – Álvaro de Campos (cf.
barco); Ricardo Reis (cf. busto clássico); Alberto Caeiro (cf. Natureza).
Página 258
Sugestão
A leitura dos excertos poderá ser complementada com a visualização de adaptações teatrais:
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” [representação teatral]: encontro de Ricardo Reis e Fernando
Pessoa
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” [representação teatral]: visita noturna de Fernando Pessoa a
Ricardo Reis
Página 260
3. a. ll. 1-2. b. Estado de Fernando Pessoa (fantasma). c. Multiplicidade do eu. d. Relação
vida/morte. e. “Crescei e multiplicai-vos” (ll. 18-19). f. “Vivem em nós inúmeros” (ode de
Ricardo Reis); “paúlica, intersecionista” (fases da poesia de Fernando Pessoa ortónimo). g. “As
paredes têm olhos” (l. 28) – recriação de “As paredes têm ouvidos.” h. ll. 46-50. i. ll. 51-54. j.
Estado de Fernando Pessoa (fantasma). k. Amor espiritual/platónico vs. amor carnal/sensual;
l. Fingimento poético. m. “Lídias, Neeras e Cloes” (figuras clássicas da poesia de Ricardo Reis);
“Sereno e vendo a vida à distância a que está” (l. 84) – ode de Ricardo Reis “A palidez do dia é
levemente dourada”; “o poeta é um fingidor” (ll. 87-88) – poema do ortónimo. n. Natércia
(figura feminina da poesia de Camões). o. ll. 91-97.
3.1. Diálogos argumentativos que refletem a proximidade e cumplicidade existente entre as
duas personagens; tom coloquial e oralizante, que confere um efeito de leveza e comicidade
ao discurso (contrastando com o carácter reflexivo do mesmo, tendo em conta os temas
abordados).
Sugestão
Tendo como ponto de partida os excertos transcritos nas páginas 257 a 260, poderá
implementar-se uma atividade de análise de diálogos argumentativos. As etapas a seguir
poderão ser as seguintes:
Etapa 1 – análise dos pontos de vista, argumentos e exemplos abordados (Professor –
Materiais de apoio); Etapa 2 – em trabalho de grupo (3 elementos), seleção de um diálogo
argumentativo entre Ricardo Reis e Fernando Pessoa e preparação da sua leitura em voz alta
Página 261
MC
Escrita | Gramática Educação Literária
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…]
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
EL15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras
estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
MC
Leitura autónoma | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
1. a. Fernando Pessoa / Ricardo Reis (p. 167). b. Salvador / Ricardo Reis (p. 170). c. Ricardo Reis
/ Ramon (p. 174). d. Lídia / Ricardo Reis (p. 200). e. Marcenda / Ricardo Reis (p. 211). f. Polícia
/ Ricardo Reis (p. 221). g. Lídia / Ricardo Reis (p. 277).
Página 262
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
1.1. a. Um homem ataca/agride outro, utilizando um balão de fala (de grande dimensão e em
que se reproduz um longo texto, em colunas) como uma arma; o homem atacado tenta
defender-se, de cócoras, com um balão de fala mais pequeno em que se reproduz apenas a
interjeição “Ai!”.
b. Denunciar as agressões verbais (uso das palavras como arma de ataque).
c. Sugestão de tópicos a abordar:
• cartoon que representa pictoricamente a temática da força das palavras;
• força das palavras como temática omnipresente no romance – uso das palavras pelo poder
vigente (em articulação com o poder da imprensa) para manipular, enganar e oprimir o povo;
uso das palavras para intimidar, dominar e limitar a liberdade de expressão (contrafé,
interrogatório policial).
1.2. Relação de analogia – representação artística, através de formas de arte distintas
(literatura, imagem/cartoon), do tema da força das palavras.
Página 264
3. Relação de analogia – natureza como estado de alma (a chuva intensa reflete a preocupação
e opressão sentidas por Ricardo Reis ao dirigir-se à polícia).
4. Estratégias de intimidação que criam um ambiente de hostilidade e opressão:
• Ricardo Reis é deixado muito tempo à espera, sem que ninguém entre em contacto com ele;
• Ricardo Reis é levado em silêncio para a sala por Victor;
• ao chegar à sala, Ricardo Reis senta-se numa cadeira, respeitando a ordem que lhe é dada;
um polícia, sob orientação do polícia que conduzirá o relatório, fica na sala, na eventualidade
de ser necessária a sua intervenção;
• no momento inicial, o polícia que conduz o interrogatório age com excessiva calma,
cumprindo rigorosamente o protocolo;
• o inquérito é conduzido por meio de perguntas fechadas e intimidadoras – no entanto, o
polícia classifica o inquérito como uma mera conversa;
• o agente policial nega a Ricardo Reis a possibilidade de contratar os serviços de um
advogado;
Página 264
5.2. Greve Geral de 1934: a entrada em vigor da Constituição do Estado Novo, em 1933,
conduziu a uma reorganização do trabalho e à extinção dos sindicatos livres e associações
operárias em Portugal, dando lugar a um Estado corporativista controlado por grémios
patronais que, por sua vez, eram controlados por Salazar. A Confederação Geral do Trabalho,
de pendor anarcossindicalista, convocou uma greve geral que eclodiu na madrugada de 17
para 18 de janeiro. A insurreição foi imediatamente controlada pelas forças governamentais e
os seus líderes presos. Foram deportados para um campo de concentração em Angola e, em
1936, transferidos para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.
MC
Oralidade | Escrita
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.3. Fazer inferências.
O1.5. Identificar argumentos.
O1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
O1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas.
O1.8. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] texto de opinião.
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
1. Vídeo
Correntes d’Escritas: O Governo Sombra (Norte Litoral TV)
Página 266
MC
Educação Literária | Escrita
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL.14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL.14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…].
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua […].
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
1. Marcenda.
Notas sobre o nome “Marcenda”:
• nome que apresenta semelhanças com “marcescível” (que murcha);
• “são palavras doutro mundo, doutro lugar, femininos mas de raça gerúndia” (p. 419);
• “Marcenda, estranho nome, nunca ouvido, parece um murmúrio, um eco, uma arcada de
violoncelo, les sanglots longs de l’automne, os alabastros, os balaústres, esta poesia de sol-
posto e doente irrita-o, as coisas de que um nome é capaz, Marcenda.” (p. 112) – Marcenda,
mulher quase inexistente.
Página 267
3. a. Excerto integrado no momento da ação em que Marcenda vai a casa de Ricardo Reis, no
Alto de Santa Catarina e é beijada por ele.
Sugestão
A leitura do excerto poderá ser complementada com a visualização da adaptação teatral:
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” [representação teatral]: visita de Marcenda a casa de Reis
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
G19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.
1. a. F – Recorre-se ao discurso direto (“Vou beijá-la”, l. 4). b. F – Tem valor deítico, apontando
para o destinatário – Marcenda (que o enunciador trata na 3.ª pessoa). c. F – Exprime um
valor epistémico de probabilidade. d. F – A oração classifica-se como subordinada substantiva
completiva e desempenha a função sintática de sujeito. e. F – Tem valor catafórico (sendo o
referente “Vai beijar-me”, l. 31). f. V.
Página 268
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
Sugestões
1. Sugestão de outros excertos a ler:
• Lídia, mulher a dias e amante (pp. 293-299);
• Leitura do jornal, junto ao Adamastor (pp. 308-309).
• Addis-Abeba (pp. 354-355);
• Ida a Fátima (pp. 369-374);
• Gravidez de Lídia (pp. 420-423).
2. Retoma
O trabalho poderá ser complementado com uma atividade de reflexão sobre o tópico das
representações do amor na literatura portuguesa:
Página 269
MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
2. c. “Ricardo Reis, tal como o título o deixa prever […] visitas do falecido Fernando Pessoa” (ll.
4-14). d. “o que contribui para acentuar o ambiente de irrealidade da ação” (ll. 14-15). e. “Em
O Ano da Morte de Ricardo Reis, a escrita de Saramago possui […] de Pessoa.” (ll. 16-18). f.
“uma forte marca de intertextualidade” (ll. 16-17). g. “posicionando-o numa tradição literária
simultaneamente clássica e moderna, portuguesa e internacional” (ll. 23-24). h. “romance que
se transcende a si próprio” (ll. 21-22).
Sugestão
A abordagem do género apreciação crítica poderá ser complementada com a visualização de:
Apreciação crítica
Página 270
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL.14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL.14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
Página 273
3. PowerPoint® | E-Manual
Golpe militar em Espanha [correção de exercício]
MC
Oralidade
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] diálogo argumentativo.
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
Página 274
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL.14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL.14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
2. CD Áudio – Faixa 29
Partida
Sugestão
A leitura do excerto poderá ser complementada com a visualização dos recursos multimédia:
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” [representação teatral]: diálogo de Ricardo Reis e Lídia sobre o
irmão e o contexto político
“O Ano da Morte de Ricardo Reis” [representação teatral]: Ricardo Reis parte com Fernando
Pessoa
Página 277
3. 1.a parte: Tentativa de revolta contra o governo e morte dos revoltosos (ll. 1-66). 2.a parte:
Morte/partida de Ricardo Reis, com o seu criador, Fernando Pessoa (ll. 67-91).
4. Atitudes de Ricardo Reis:
• dirige-se ao jardim e tenta compreender o que se está a passar no rio, em vão;
• regressa a casa, deita-se, mas não consegue dormir, devido à ansiedade e ao nervosismo;
• ao ouvir barulho, desce de novo ao jardim, vê os navios serem atacados;
• no dia seguinte, lê os jornais e fica a saber que alguns revoltosos morreram, outros foram
presos.
• espera ansiosamente por Lídia, que não aparece;
• pela primeira vez, sente-se verdadeiramente preocupado.
5.1. Recurso a verbos de ação e ao diálogo; predomínio da narração, em detrimento de
sequências descritivas e de comentários do narrador.
5.2. a. “rio”, “largo e histórico”; local de ação (é lá que se encontram os revoltosos que
tentarão derrubar o governo e libertar Lisboa). b. Dão, Afonso de Albuquerque, Bartolomeu
Dias – símbolo de luta pela libertação e da vontade dos marinheiros revoltosos. c. Coragem e
vontade dos marinheiros portugueses (memória épica); olhar dirigido para o rio (à espera que
os observadores passem à ação). d. Passagem do tempo; proximidade da morte. e. Revolta
fracassada; “morte” de Portugal (hora de partir para Ricardo Reis). f. Carácter fictivo do
próprio autor, que se trata de uma criação literária - Herbert Quain / Ricardo Reis.
6.1. Alteração do tempo verbal (“acaba” / “se acabou”) e do léxico (“principia” / “espera”).
Sentido das afirmações: necessidade de mudança – consciência do fim do projeto
expansionista que alimentou a glória portuguesa; necessidade de criar um novo projeto de
glória, voltado para a terra e não para o mar).
7. PowerPoint®
Leitura em voz alta
Página 278
MC
Leitura | Oralidade
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto de opinião […].
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: texto de opinião – 4 a 6 minutos […].
Sugestão
O estudo da obra O Ano da Morte de Ricardo Reis poderá ser concluído com a resolução do
exercício da página 349 do Manual.
Página 279
PowerPoint®
“O Ano da Morte de Ricardo Reis”: síntese da unidade
“O Ano da Morte de Ricardo Reis”: retoma de conteúdos
Áudio
“O Ano da Morte de Ricardo Reis“: retoma e relação de conteúdos
Sugestão
A síntese da unidade poderá ser feita em articulação com a visualização dos seguintes
recursos:
“O Ano da Morte de Ricardo Reis”
As opções totalitárias: Mussolini, Hitler, Salazar, Franco e Estaline
“O Ano da Morte de Ricardo Reis”: personagens
Linguagem e estilo na obra de José Saramago
Intertextualidade: José Saramago, leitor de Camões, Cesário Verde e Fernando Pessoa
Referências bibliográficas
• MARINHO, M. Fátima (1999). O Romance Histórico em Portugal. Porto: Campos das Letras.
• MORASHASHI, M. (2002). “História-História(s) – O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José
Saramago”, in Atas do VI Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais, Vol. 2. Porto: FLUP
• SEIXO, M. A. (1999). Lugares da ficção em José Saramago. Lisboa: IN-CM.
• SILVA, Teresa Cerdeira da (1989). José Saramago: entre a história e a ficção: uma saga de
portugueses. Lisboa: Dom Quixote.
Página 283
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2016) do exame
nacional de Português, selecionando-se, para a parte B do Grupo I, um conteúdo de 11.º ano
(excerto do poema “Cristalizações”, de Cesário Verde).
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“O Ano da Morte de Ricardo Reis”: correção do teste formativo
Grelha de autoavaliação 7
Página 284
A.
1. O governo, em articulação com a Igreja e com a aristocracia (highlife), controla o povo,
presenteando-o com um “bodo geral” e com uma eventual “festa”. Estas atitudes manipulam a
opinião pública, na medida em que sugerem um clima de preocupação e solidariedade social
que não existe.
2. A intertextualidade está presente na expressão “este rosto carregado, a barba esquálida, os
olhos encovados, a postura nem medida nem má” (ll. 19-20), que remete para o episódio do
Adamastor (Os Lusíadas). Está também presente em “Da janela do meu quarto vejo saltar a
tainha”, reproduzindo dois versos de uma “quadra popular” (ll. 24--25). Ambas as referências
intertextuais geram um efeito cómico – a primeira porque subverte o intertexto camoniano,
em tom de paródia, e a segunda porque sugere a incoerência de Ricardo Reis, poeta clássico
influenciado pela poesia popular.
3. A comparação “como Lídia no outro dia” remete para um acontecimento diegético já
passado (dia em que Lídia foi a casa de Ricardo Reis e, depois de limpar a casa, tomou banho e
se entregou amorosamente a Reis), caracterizando o tipo de relação que une as duas
personagens – relação marcada pela sensualidade e pelo erotismo.
B.
Página 285
Grupo II
1. (D)
2. (A)
3. (A)
4. (B)
5. (A)
Página 286
6. (C)
7. (D)
8. “penetrar, aos poucos e poucos, nos mistérios da profissão de serralheiro mecânico” (ll. 6-
7).
9. Valor explicativo (ou não restritivo).
10. Complemento do adjetivo.
Grupo III
Exemplo:
A imprensa tem como missão informar um público diversificado, que pretende estar a par do
que acontece a nível nacional e internacional, nas mais diversas áreas. Os jornais e as revistas
são, assim, uma janela aberta para o mundo.
Para conseguir levar a cabo a missão a que se propõe, a imprensa deve pautar-se por um
código ético que passe por informar sem manipular os leitores. Para isso, deve apresentar os
factos de forma objetiva e imparcial, sem tomar partido a favor de determinada fação – seja
ela um partido político, uma empresa, uma figura pública… Isso só se consegue se não houver
vínculos aos poderes estabelecidos – públicos e privados. Os assuntos devem ser tratados
pelos jornalistas de forma distanciada e descomprometida.
Por outro lado, a imprensa também não deve ser utilizada com intuito difamatório. As notícias,
baseadas em investigação séria – e não em boatos infundados – não devem, pois, resultar num
ataque à dignidade e à reputação de ninguém. Isto deve aplicar-se, a meu ver, quer aos textos
escritos por jornalistas (notícias, reportagens), quer aos artigos de opinião (editoriais,
comentários, crónicas), por natureza subjetivos e apreciativos.
Em síntese, palavras como “rigor”, “verdade”, “imparcialidade”, “independência”,
“objetividade” devem constar no código ético de todos os jornalistas. Só assim a imprensa
cumprirá a missão de que está incumbida: informar, sem manipular.
(217 palavras)
Página 289
1.2. Embora tenha características de romance histórico (reconstituição fiel do passado),
Memorial do Convento é uma obra filtrada pela “ótica do presente” (o narrador intromete-se
no passado e altera-o, por forma a fomentar a reflexão crítica e proativa sobre o presente).
Página 290
2.1. a. Miséria do povo vs. luxo da corte. b. Periodicamente, chegada de naus vindas do Brasil,
carregadas de ouro – riqueza destinada a fins particulares (um quinto) e ao pagamento de
credores europeus (quatro quintos). c. Magnificência e sumptuosidade; escândalos amorosos.
3. a. 1713. b. Início da construção do convento de Mafra. c. 1731. d. Conclusão da construção
do convento de Mafra. e. 1747.
Sugestão
A sistematização deste conteúdo poderá ser complementada com a visualização de:
O absolutismo régio em Portugal
Página 291
MC
Educação Literária
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a visualização de:
“Memorial do Convento”: visão global
Página 293
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Notas
1. Segue-se, nesta unidade, a edição da Porto Editora de 2016.
2. Relativamente ao romance Memorial do Convento, apresentam-se propostas de atividades
focadas na análise de excertos textuais e na leitura de todos os capítulos.
Excertos selecionados para análise:
Manual
• “O reinado de D. João V” (pp. 294-296);
• “Auto de fé” (pp. 297-298);
• “Baltasar e Blimunda” (pp. 300-301);
• “A vontade dos homens” (pp. 303-304);
• “A bênção da primeira pedra (pp. 307-308);
• “A música de Scarlatti” (pp. 310-311);
• “A passarola voa” (pp. 314-315);
• “A epopeia da pedra” (pp. 317-319);
• “Os trabalhadores do convento” (pp. 321-322);
• “Blimunda encontra Baltasar” (pp. 324-325).
Caderno de Atividades
• “Aparências e presságios” (p. 52)
Opções
• “A união de Baltasar e Blimunda” (p. 131)
• “Em casa dos pais de Baltasar” (p. 133)
• “O formigueiro humano” (p. 135)
• “A passarola” (p. 137)
1.1. Possível tópico a abordar: obra em que vai ser narrado um facto memorável – a
construção de um convento.
Página 296
3. Perfil físico: jovem (“ainda não fez vinte e dois anos”, l. 20).
Perfil psicológico: caprichoso, exibicionista (cama que veio da Holanda), infantil (construção da
basílica de S. Pedro em miniatura), egocêntrico, excessivo e poderoso (é vestido pelos criados),
infiel (existência de filhos bastardos).
4. Relação contratual, desprovida de afetividade e cumplicidade e baseada apenas no
cumprimento dos deveres conjugais com vista à procriação.
4.1. Metáfora que remete para a passividade da rainha (papel comum da mulher na época) –
encarada como mero recetáculo (“cântaro”) da origem da vida/fecundação (“fonte”).
5. Atitude irónica, simultaneamente jocosa e crítica: a. caracterização depreciativa do rei, com
vista à sua ridicularização (diverte-se a construir uma basílica em miniatura, sem se expor a
qualquer risco ou dificuldade); assume uma postura demasiado formal face à intimidade com a
rainha; b. relato que censura a relação contratual existente entre o rei e a rainha, assente
apenas num objetivo de procriação (crítica à inexistência da afetividade e cumplicidade
conjugais); c. reflexão irónica, que sugere o preconceito social associado à infertilidade (mal
feminino, nunca masculino); d. reflexão irónica, que sugere a anulação natural do contraste
existente entre grupos sociais (existência de percevejos em camas, à espera de sangue
humano, independentemente do estatuto social).
5.1. Recursos expressivos:
• ironia (“Que caiba a culpa ao rei, nem pensar, primeiro porque a esterilidade não é mal dos
homens”, ll. 5-6);
• enumeração (“este que abre o gavetão […] outro ajusta o cabeção bordado”, ll. 35-39);
• articulação de diferentes registos de língua – formal (“D. João, quinto do nome na tabela
real”, l. 1) e coloquial/oralizante (“donde este bichedo vem é que não se sabe”, l. 50).
6. Utilização da pontuação (emprego de apenas dois sinais de pontuação – a vírgula (pausas
breves) e o ponto final (pausas longas); apresentação gráfica do discurso direto sem recorrer a
aspas ou travessões; revitalização do estilo barroco, utilizando palavras da época de
Setecentos (ex.: “madre seca”, l. 4), cariz oralizante (ex.: “nem pensar”, l. 6) e rebaixamento do
estilo, quando este é confrontado com vocabulário corrente (“inchar a barriga”, l. 21).
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
1.1. (H), (G), (J), (E), (B), (D), (I), (A), (F), (C).
Página 297
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos […]
narrativos.
O2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de Notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
1. Vídeo
O Nome da Rosa (Jean-Jacques Annaud)
1.1. a. Local: Mosteiro; Tempo: Idade Média. b. Ação representada: julgamento e condenação
à fogueira dos acusados pela Inquisição (demonstração dos métodos utilizados pelos
inquisidores – manipulam o julgamento, levando os condenados a confessarem crimes, mesmo
estando inocentes, sob ameaça de tortura); procissão do clero e dos condenados até ao local
da fogueira; contacto com os condenados, a fim de que estes se possam redimir; chegada do
povo, que observa, atónito, a situação; queima dos condenados.
Página 299
3. Excerto com duas funções:
• caracterização do tempo histórico e do espaço social (auto de fé durante o reinado de D.
João V);
• momento de avanço relativamente à relação entre Baltasar e Blimunda: condenação de
Sebastiana Maria de Jesus (mãe de Blimunda); início da relação amorosa entre Blimunda e
Baltasar.
4.1. a. Exibição de toilettes / preocupação excessiva com a aparência; aproveitamento da
ocasião para jogos de sedução com eventuais pretendentes. b. Gosto sanguinário;
MC
Leitura | Escrita
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual: […] b) marcação correta de parágrafos; c)
articulação das diferentes partes por meio de retomas apropriadas; d) utilização adequada de
conectores diversificados.
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 300
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
1. Vídeo
Grandes Livros – Memorial do Convento (Companhia das Ideias)
Sugestão
Este momento poderá ser complementado com uma atividade de revisão das marcas
específicas do género documentário:
• consulta da síntese informativa (p. 352);
• exploração do documentário visionado com base em grelha de análise (disponível no E-
Manual e no Dossiê do Professor – Materiais de Apoio).
Página 301
3. Relação pautada pelo amor pleno, pela liberdade, autenticidade/espontaneidade,
singularidade: a. ato que simboliza a escolha de Blimunda (Blimunda escolhe Baltasar para
partilhar a vida); b. bênção da relação amorosa; rito espiritual (não sacramental, fora dos
códigos sociais e religiosos) que marca o início da vida a dois; c. afirmação que denuncia o
amor que Blimunda sente por Baltasar (não vai usar a sua capacidade sobrenatural de ver o
interior das pessoas para devassar o interior de Baltasar).
4. Relação de contraste:
• Blimunda/Baltasar – relação de amor pleno, autêntico, fora dos códigos/convenções sociais;
• rei/rainha – relação contratual, sem afetividade e cumplicidade, que visa apenas o
cumprimento do dever conjugal com vista à procriação.
Página 302
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
2. Áudio
A vontade dos homens
Página 305
3.1. Presença de cabouqueiros; referência ao “terrapleno” (o local já foi aplanado, mas ainda
não há edificação).
3.2. a. Convento de Mafra: construção material, grandiosa, destinada a dignificar o poder régio
e religioso; passarola: construção que articula a dimensão material com a dimensão
metafísica/imaterial e que visa a concretização do sonho de voar. b. Convento de Mafra:
grande quantidade de trabalhadores anónimos, que vivem em condições precárias (dormem
em barracas, andam “rotos”/”rasgados”), que trabalham sem ânimo e cansados; passarola:
apenas três trabalhadores individualizados (Baltasar, Blimunda, Bartolomeu), entusiasmados
com o projeto, que funcionam solidária e complementarmente como um todo.
4. a. 3; b. 1.; c. 2.
MC
Educação Literária | Oralidade | Escrita
EL15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a diferentes
linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV), estabelecendo
comparações pertinentes.
O1.3. Fazer inferências.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
1. Vídeo
Grandes Livros – Memorial do Convento (Companhia das Ideias)
Página 306
MC
Leitura | Gramática
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
[…] memórias […].
G19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
G19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
Sugestão
Esta atividade poderá ser complementada com a resolução do exercício da página 343 do
Manual.
Página 307
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
EL14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos […]
narrativos.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
Página 308
3.1. a. Bênção das pedras que serão enterradas nos alicerces. b. Desfile do rei e dos mais altos
representantes do clero; assistência e veneração por parte do povo que se ajoelha. c. Entrada
do rei nos caboucos, aspersão e assentamento da pedra benzida.
Página 309
3.2. Recurso à enumeração para reconstituir de forma pormenorizada e extremamente visual
o espaço social em causa (procissão), dando conta do fausto real e da hierarquia social.
3.3. Focalização interna (mestre de obra) como estratégia utilizada pelo narrador para dar voz
aos trabalhadores anónimos / não individualizados do convento que conhecem bem a obra (ao
contrário do rei) e para concretizar a crítica social.
3.4. Evidenciar a grandiosidade/magnificência do rei e do convento por ele mandado construir
(mais do que exaltar Deus, como seria suposto numa cerimónia deste tipo).
4.1. Exemplos:
a. “repare como as escorámos com a boa madeira do Brasil por maior fortaleza” (ll. 27-28) – cf.
importância económica das matérias-primas vindas do Brasil. b. “é uma cor que usamos muito
em cerimónias de estilo e de estado, com o andar dos tempos vê-la-emos em sanefas de
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
Sugestões
1. Outros excertos a ler:
• Obras no convento vistas por Bartolomeu (pp. 127-129);
• Contratação de Álvaro Diogo (p. 141);
• Blimunda e Baltasar a caminho de Lisboa (pp.148-151);
• Procissão do Corpo de Deus (pp. 158-172);
• Lição de cravo de D. Maria Bárbara (pp. 174-175).
2. Esta atividade poderá ser articulada com a leitura do texto de opinião apresentado na
página 346 e com a resolução do exercício proposto na página 347).
Página 310
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
1. Áudio
A música de Scarlatti
2. Da Rua Nova dos Mercadores até ao portão da quinta o cravo é carregado por dois homens
experientes, que usam métodos adequados para, com o seu saber e com os cuidados
necessários, levarem a carga até São Sebastião da Pedreira. Já do portão até à abegoaria, o
transporte é feito por Baltasar e por Blimunda, que, por lhes faltar experiência neste tipo de
trabalho e por receio de danificar tão frágil instrumento, tiveram muita dificuldade em fazer
chegar o cravo ao seu destino.
3. No dia da chegada do cravo à abegoaria, Scarlatti procedeu à sua afinação, após o que
começou a tocar, encadeando os sons de forma progressivamente mais complexa. Entretanto,
Baltasar e Blimunda dedicavam-se a trabalhos pouco ruidosos (entrançar vimes e coser velas),
tarefas que não interferiam com a música do compositor. Nas visitas posteriores à quinta,
Scarlatti nem sempre pedia que cessassem os trabalhos ruidosos que decorriam na abegoaria;
assim, o som do cravo fluía de forma harmoniosa, apesar do rugir da forja, do malho a bater na
bigorna ou da água a ferver na tina.
Página 311
4. O comentário do narrador justifica-se pela surpresa que as palavras de Blimunda e de
Baltasar lhe provocam, dado que, sendo eles iletrados, são capazes de verbalizar pensamentos
tão complexos e elaborados. Efetivamente, face à possibilidade de a passarola voar, Blimunda
admite que a música se possa integrar no voo como expressão de harmonia e de celebração.
Já Baltasar, levado pelas recordações negativas da guerra, antevê desastres e sofrimento.
5. Comparação (“como se soltasse as notas das suas prisões”) e metáfora (“soltasse as notas
das suas prisões”, “deixando correr os dedos”) – sugestão do carácter libertador, desprendido
e fluido da música; realce da autonomia/autossuficiência que a música adquire após ser
tocada.
6. Emprego do registo oral informal/coloquial, marcado pela inversão do sujeito, pela
linguagem vaga (“estes dois”), que acentua a intromissão subjetiva do narrador e confere
vivacidade à narrativa, produzindo um efeito de real; pontuação que sugere o fluxo de
pensamento do narrador.
MC
Gramática
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
1. Exemplos:
a. “Domenico Scarlatti trouxe para a abegoaria um cravo, não o carregou ele” (ll. 1-2) – uso
anafórico de pronomes.
b. “Nessa mesma tarde veio Domenico Scarlatti, ali se sentou a afinar o cravo, enquanto
Baltasar entrançava vimes e Blimunda cosia velas” (ll. 13-15) – uso de expressões com valor
temporal e de conexões temporais; organização correlativa de tempos verbais (pretérito
perfeito simples/pretérito imperfeito).
c. “Não sabem, estes dois, ler nem escrever” (ll. 39-40) – concordância sujeito-verbo. d.
“Scarlatti pôs-se a tocar, primeiro deixando correr os dedos […], depois organizando os sons […]
enfim articulando” (ll. 17-20) – uso de conectores (listagem enumerativa). e. “Se não for
Página 312
MC
Leitura | Escrita
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
[…] artigo de opinião.
L9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] texto de opinião.
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 313
1.1. a., 3. b. 4.
1.2. a. ll. 1-6. b. O YouTube paga mal a editoras, músicos e detentores de direitos, colocando
em risco a viabilidade do streaming. c. ll. 7-32. d. Em 2015, a venda de música em suportes
digitais superou a venda de música em suportes físicos (6,7 milhões de dólares contra 5,9
milhões de dólares). e. As diferenças praticadas pelas plataformas de streaming criam
desequilíbrios. f. Média anual paga pelos utilizadores de serviços premium: 42,65 dólares. g.
Média anual paga pelos utilizadores de serviços grátis (YouTube): 0,61 euros. h. Inviabilidade
dos serviços de streaming. i. Atualização das tabelas que regulam os preços a pagar pela
plataforma da Google. j. ll. 33-35. k. A forma como vamos ouvir música no futuro encontra-se
em discussão.
1.3.1. Exemplos de conectores:
• “pois” (l. 7) – explicação;
• “Mas” (ll. 12, 15, 34) – contraste;
• “ou seja” (l. 19) – reformulação;
• “Ora” (l. 26) – conclusão;
• “Ou… Ou” (ll. 30-32) – alternativa.
1.3.2. Os empréstimos (“streaming”, “players”) conferem tecnicismo ao texto (na área das
novas tecnologias, os termos técnicos são oriundos, sobretudo, da língua inglesa).
1.3.3. Marcas do tom valorativo:
• uso do adjetivo (“insustentável”, “instável”, “incapazes”);
Página 314
MC
Educação Literária | Oralidade
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
EL14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
O1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas.
1. Áudio
Asas (elétricas) (GNR)
1.1. Intenção do autor: expressar musicalmente o valor simbólico das asas e do ato de voar
(liberdade, sonho, conhecimento, plenitude, absoluto, luta por ideais).
Fundamentação: léxico pertencente ao campo lexical do voo/liberdade/plenitude (“sonhar”,
“planar”, “visitar”, “espreitar”, “espiar”, “combater”); recursos expressivos que traduzem o
simbolismo do ato de voar: enumeração (vv. 1-4), metáfora (vv. 2, 5, 6, 8), hipérbole (v. 4),
anáfora (vv. 1, 5-6; 7-8).
Página 315
3. A construção e o voo inaugural da passarola resultam da conjugação das capacidades e dos
esforços das três personagens:
• o Padre Bartolomeu de Gusmão contribui com o saber científico e a inteligência – “viajei à
Holanda” (ll. 20-21); “estou subindo ao céu por obra do meu génio” (ll. 24-25);
• Baltasar contribui com a sua força e o seu trabalho manual – “Puxa, Baltasar” (l. 5); “por obra
da mão direita de Baltasar” (l. 26);
• Blimunda contribui com os seus poderes sobrenaturais, que permitem ver o que escapa ao
olhar humano – “por obra também dos olhos de Blimunda” (l. 25) e colher vontades que
permitam o voo da passarola; num momento de hesitação, é também ela quem leva Baltasar a
agir – “Blimunda aproximou-se, pôs as duas mãos sobre a mão de Baltasar, e, num só
movimento, como se só desta maneira devesse ser, ambos puxaram a corda.” (ll. 7-9).
4. Num primeiro momento, Baltasar e Blimunda começam por ser apanhados de surpresa pelo
súbito movimento da passarola – “tinham caído no chão de tábuas da máquina” (ll. 15-16);
“Não tinham medo, estavam apenas assustados com a sua própria coragem” (l. 28). Depois,
erguem-se, ficam deslumbrados e deixam de estar assustados.
Num segundo momento, as reações individualizam-se:
• Baltasar demonstra a sua emoção – “Ah, e Baltasar gritou, Conseguimos, abraçou-se a
Blimunda e desatou a chorar, parecia uma criança perdida” (ll. 33-34); “e agora soluça de
felicidade” (l. 35);
• Blimunda mantém a calma e o discernimento – “Então Blimunda disse, Se não abrirmos a
vela, continuaremos a subir, aonde iremos parar, talvez ao sol.” (ll. 39-40).
5.1. O padre manifesta um estado de euforia, pois sente-se realizado e vitorioso pelo facto de
ter conseguido concretizar o seu sonho de voar. Esta euforia é enfatizada pela evocação de
situações anteriormente vividas por ele, as quais, pela relevância que assumiram, aumentam
agora o seu contentamento:
• a viagem à Holanda para aquisição de saber – “o mar por onde viajei à Holanda” (ll. 20-21);
• o apoio discreto de D. João V – “se me visse el-rei” (l. 22);
• a troça de que foi alvo – “se me visse aquele Tomás Pinto Brandão que se riu de mim em
verso” (ll. 22-23);
• a perseguição da Inquisição – “se o Santo Ofício me visse” (l. 23).
6. Valor expressivo da comparação:
• realce da cor e da forma do céu; representação simbólica da dimensão espiritual do voo
(proximidade do Céu) – “o sol que parece uma custódia de ouro” (l. 2);
• sugestão da dificuldade/instabilidade inicial do voo – “como se procurasse um equilíbrio
subitamente perdido […] como se a aspirasse um vórtice luminoso” (ll. 10-12);
• realce da pureza/ingenuidade infantil de Baltasar ao voar – “parecia uma criança perdida” (l.
34).
Nota: As respostas 3., 4. e 5. foram retiradas dos Critérios de Classificação do Exame Final de
Português (2014, 1.a fase).
Página 316
7. a. liberdade. b. combustível. c. vontades. d. Blimunda. e. Baltasar. f. ascensão.
MC
Oralidade | Escrita
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.3. Fazer inferências.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
O2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de Notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…]
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
1. Áudio
A passarola (Nuno Markl)
1.1. a. Figura histórica apelidada de “Padre Voador”; padre jesuíta do século XVIII, estudioso
de matemática e física. b. Em 1708, Bartolomeu de Gusmão pede ajuda ao rei D. Afonso V para
construir um “instrumento de andar pelo ar”. c. 8 de agosto de 1709: o balão aquecido a ar voa
num espaço interior; a passarola voa alguns meses mais tarde, do Castelo de São Jorge até ao
Terreiro do Paço. d. Balão de seda impermeável; barcarola com recipiente com fogo para fazer
subir o balão.
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
Página 317
MC
Educação Literária
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
1. Oposição entre a História oficial (“nos livros vem o nome dos reis”) e o reconhecimento e
valorização da ação do povo anónimo e coletivo que trabalha para que a História se concretize.
Notas:
1. Relação com Memorial do Convento: valorização dos trabalhadores (massa anónima) que
edificam o convento em detrimento do rei que dá a ordem à construção e cujo nome é o único
que consta na História oficial (valorização do esforço coletivo essencial para que a História
oficial seja concretizada).
2. Perspetiva de Luiz Francisco Rebelo sobre Memorial do Convento
“A luta de classes. De outra coisa não fala este romance que por isso mesmo é também um
romance realista – e uma epopeia. Às duas epígrafes que o autor lhe antepôs – uma do Padre
Manuel Velho, a outra de Marguerite Yourcenar – poderia ter acrescentado uma terceira,
Página 318
Sugestão
Retoma
A análise do excerto “Epopeia da pedra” poderá ser complementada com uma atividade de
reflexão sobre o tópico do sentimento nacional e da existência coletiva na literatura
portuguesa:
• Crónica D. João I (Fernão Lopes) – afirmação da consciência coletiva no decorrer dos
acontecimentos históricos concernentes à crise política de 1383-1385 (período de tomada de
consciência de liberdades e responsabilidades; papel decisivo do povo na fase de nomeação do
Mestre de Avis como rei de Portugal; vivência heroica na preparação do cerco e da vivência da
miséria);
• Os Lusíadas (Luís de Camões) – valorização dos feitos grandiosos de um herói coletivo, o
povo português;
• Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett) – resistência dos portugueses à anexação de Portugal a
Espanha
• Viagens na Minha Terra – sentimento nacional presente na valorização da paisagem
portuguesa e reflexão sobre o contexto histórico (guerra civil);
• A Abóbada – enfoque na necessidade esforço nacional para alcançar um bem comum,
• A Ilustre Casa de Ramires (Eça de Queirós) – confronto entre o passado e o presente da
família Ramires, que acentua a decadência da nobreza oitocentista, fazendo uma reflexão
sobre o presente e as hipóteses de futuro para Portugal.
Página 319
3. Etapas do percurso:
• descem a encosta, até à curva;
• calçam a roda da frente, para o carro travar;
• aplicam alavancas às rodas posteriores e puxam as cordas para o carro se deslocar;
• o carro cede;
• Francisco Marques é esmagado por uma roda do carro;
• retiram o corpo de Francisco debaixo do carro, põem-no num esquife e levam o cadáver à
viúva.
MC
Gramática
G18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência textual.
1. a. 3.; b. 1.; c. 2.
Página 320
MC
Oralidade | Educação Literária
O3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos, argumentos e
respetivos exemplos.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] diálogo argumentativo.
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: […] diálogo argumentativo – 8 a 12 minutos.
EL16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
MC
Leitura autónoma
Página 321
MC
Educação Literária | Gramática
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
EL14.4. Fazer inferências, fundamentando.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
G18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
G19.3. Distinguir valores aspetuais.
Página 322
3. Excerto localizado na linha de ação da construção do convento, surgido na sequência da
intenção do rei de ampliar a dimensão do convento e da ordem por ele dada (que todos os
homens fossem levados para Mafra para trabalharem na construção do convento,
independentemente da sua vontade).
4. Expectativa de bom salário ou de aventura; desprendimento afetivo; ida à força / contra a
vontade.
5. Expedientes:
• Apresentação de argumentos/razões para não ir – estratégia sem eficácia, que dava origem à
violência física;
Página 323
7. a. 2.; b. 3.; c. 4.; d. 1.; e. 6.; f. 5.
MC
Oralidade | Educação Literária
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
EL15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos, fundamentando.
EL15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras ou tópicos do
Programa.
PowerPoint®
Como fazer uma apresentação oral?
Leitura em voz alta
MC
Leitura autónoma
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
PÁGINA 324
MC
Educação Literária | Escrita
EL14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
EL14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um tema
[…].
E12.1. Respeitar o tema.
E12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Sugestão
O trabalho poderá ser complementado com uma atividade de reflexão sobre o tópico das
representações do amor na literatura portuguesa:
• poesia trovadoresca – representação do sentimento amoroso (“coita de amor”) e da
vassalagem amorosa à sua “senhor” (cantigas de amor);
• Farsa de Inês Pereira – conceção de casamento (sem amor, forma de ascensão social);
• lírica camoniana – reflexão sobre a experiência amorosa (oscilação entre o amor espiritual e
o amor carnal; sentimentos contraditórios provocados pelo amor);
• Os Lusíadas – dimensão simbólica do amor (recompensa pelos feitos grandiosos)
• obras românticas (Frei Luís de Sousa, Amor de Perdição, Viagens na Minha Terra) – amor-
paixão, marcado pela intensidade e pelo excesso.
2. Áudio
Blimunda encontra Baltasar
Página 325
3. a. Relação entre Baltasar e Blimunda. b. Progressivo apagamento da consciência das
unidades de medida do tempo; noção da passagem do tempo captada através de sinais físicos
(partes do dia, espaços percorridos, variações meteorológicas, rostos das pessoas…); tempo
longo, interminável; tempo repetitivo e cíclico (e indiferenciado); tempo fragmentado em
múltiplos elementos da experiência. c. Persistente, determinada; resistente, estoica; corajosa,
afrontando sozinha a dureza dos caminhos; sonhadora, alimentando sempre a esperança do
reencontro; movida por amor profundo e fidelidade; atenta, observadora; pobre; dotada de
inesgotável energia. d. Número sete: símbolo da totalidade. Valor simbólico da última frase:
libertação da vontade de Baltasar / perdurabilidade do amor / sentimento de pertença e
reencontro. e. Valor expressivo da enumeração (exemplo): “manhã, tarde, noite, chuva,
soalheira, granizo, névoa e nevoeiro, caminho bom, caminho mau, encosta de subir, encosta de
descer, planície, montanha, praia do mar, ribeira de rios” (ll. 4-6) – realce do elevado grau de
dificuldade associado ao caminho percorrido por Blimunda, em termos de condições
atmosféricas e orográficas. E da perda da noção das unidades de medida do tempo, por
Blimunda. Valor expressivo da comparação (exemplo): “fendida como uma cortiça” (l. 9) –
intensificação da dureza dos caminhos e da duração temporal da procura, por um lado, e da
resistência de Blimunda, por outro lado. f. Narrador heterodiegético e omnisciente, que
intervém através de comentários críticos, em tom irónico (“A queima já vai adiantada”, l. 36;
“prodígio cosmético da fuligem”, l. 38).
Nota: As respostas às alíneas b. e c. foram retiradas dos Critérios de Classificação do Exame
Final de Português (2006, 1.a Fase).
Página 326
MC
Gramática
G17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
G18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
G18.3. Identificar marcas das sequências textuais.
1. Falas das personagens: Blimunda: “Já aqui estive, já aqui passei” (l. 14); “Não se lembra de
mim, chamavam-me Voadora” (l. 15); “O meu homem” (l. 16); “Não achei” (l. 17); “Ele não terá
aparecido por aqui depois de eu ter passado” (l. 17); “Então cá vou, até um dia” (ll. 18--19); “Se
o encontrar” (l. 19); interlocutor(a) de Blimunda: “Ah, bem me lembro, então achou o homem
que procurava” (l. 16); “Sim, esse” (l. 16); “Ai pobrezinha” (l. 17); “Não, não apareceu, nem
nunca ouvi falar dele por estes arredores” (l. 18); “Boa viagem” (l. 19).
1.1. Reprodução do que as personagens dizem umas às outras; introdução do registo oral,
imprimindo vivacidade e dramatismo à narrativa; produção de um efeito de real,
MC
Oralidade | Educação Literária
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos expressivos
adequados.
O5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a coesão textual.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto de opinião […].
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: texto de opinião – 4 a 6 minutos […].
EL15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
EL15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.
EL15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos, fundamentando.
Sugestão
O estudo da obra Memorial do Convento poderá ser concluído com a resolução do exercício da
página 349 do Manual.
Página 327
PowerPoint®
“Memorial do Convento”: síntese da unidade
“Memorial do Convento”: retoma de conteúdos
Áudio
“Memorial do Convento”: retoma e relação de conteúdos
Sugestão
A sistematização destes conteúdos poderá ser complementada com a visualização de:
“Memorial do Convento”
Referências bibliográficas
• AZINHEIRA, Teresa; COELHO, Conceição (1995). Uma Leitura de Memorial do Convento.
Lisboa: Bertrand/ Nomen.
• JACINTO, Conceição; LANÇA, Gabriela (2005). Memorial do Convento de José Saramago.
Porto: Porto Editora.
• MARINHO, Maria de Fátima (2009). A lição de Blimunda. A propósito de Memorial do
Convento. Porto: Areal.
• MARTINS, J. Cândido (2008). “Memorial do Convento, de José Saramago: intertexto,
interdiscurso e paródia carnavalizadora”, in Literatura Portuguesa – Ontem, Hoje. São Paulo:
Paulistana Editora.
• SEIXO, Maria Alzira (1986). A Palavra Romance – Ensaios de Genealogia e Análise. Lisboa:
Livros Horizonte.
• SILVA, Teresa Cerdeira da (1989). José Saramago: Entre a História e a Ficção: uma Saga de
Portugueses. Lisboa: Dom Quixote.
Página 328
Outras personagens:
• Infante D. Francisco – irmão de D. João V, que deseja o trono;
• Infanta D. Maria Bárbara – filha de D. João V e de D. Maria Josefa; princesa herdeira em
honra de quem foi mandado construir o convento;
• Nuno da Cunha – Bispo inquisidor;
• Frei António de S. José – velho franciscano, astuto (manipula o rei com vista à construção do
convento);
• Frei Boaventura de São Gião – frade censor do paço;
• Sebastiana de Jesus – mãe de Blimunda; morre condenada num auto de fé;
• Álvaro Diogo – cunhado de Baltasar Sete-Sóis e de Blimunda, trabalhador na construção do
convento; morre ao cair de uma janela do convento;
• Inês Antónia – irmã de Baltasar, casada com Álvaro Diogo e cunhada de Blimunda;
• Gabriel – sobrinho de Baltasar, filho de Álvaro Diogo e Inês Antónia;
• João Elvas – amigo de Baltasar Sete-Sóis, combateu com ele na guerra; vadio e participante
no cortejo real;
• Manuel Milho – trabalhador nas obras do convento; narrador da história da rainha e do
ermitão;
• Francisco Marques – trabalhador nas obras do convento; morre ao transportar a pedra de
Pêro Pinheiro;
• João Francisco e Marta Maria – pais de Baltasar.
Sugestão
A sistematização deste conteúdo poderá ser complementada com a visualização de:
“Memorial do Convento”: personagens
Linguagem e estilo na obra de José Saramago
Página 330
Sugestão
A sistematização deste conteúdo poderá ser complementada com a visualização de:
Linguagem e estilo na obra de José Saramago
Página 331
Nota: Este teste segue, dentro do possível, a estrutura da última edição (2016) do Exame
Nacional Final de Português, selecionando-se, para a parte B do Grupo I, um conteúdo de 10.º
ano (Fernão Lopes).
Grelha de autoavaliação 8
PowerPoint® | E-Manual
“Memorial do Convento”: correção do teste formativo
Página 332
Grupo I
A
1. O excerto insere-se na linha de ação da construção do convento, correspondendo ao
momento em que Baltasar vai trabalhar para as obras do convento e antecedendo o episódio
da epopeia da pedra – neste momento narra-se um excerto da ida dos trabalhadores a Pêro
Pinheiro, a fim de transportarem uma pedra para Mafra.
2. A enumeração de nomes próprios, por ordem alfabética, visa o reconhecimento do valor
dos trabalhadores nas obras do convento, uma massa anónima e coletiva que a História oficial
relega para segundo plano e que o narrador quer enaltecer e imortalizar através da escrita.
3. Trata-se de uma expressão que remete para a possível anacronia dos nomes próprios
utilizados – é possível que alguns dos nomes não fossem usados no século XVIII em Mafra e
que não correspondessem aos nomes dos efetivos construtores do convento.
B
4. Os atores coletivos agem de forma entusiasta, solidária e coordenada, em prol do bem
comum (defesa de Lisboa face à iminência do ataque do rei de Castela).
5. O narrador tece comentários valorativos à atitude de solidariedade e entusiasmo do povo,
enaltecendo o espírito de entreajuda e o nacionalismo do povo (“Ó que fremosa cousa era de
veer!”, l. 5).
O narrador de Memorial do Convento também enaltece o herói coletivo e anónimo que
constitui o conjunto dos construtores do convento, mas censura o discurso oficial da História,
que legitima apenas os mais poderosos, como o Rei D. João V.
Grupo III
O quadro Os fazedores do capricho, de José Santa-Bárbara, representa pictoricamente, de
forma bastante expressiva, o esforço de dois trabalhadores nas obras de construção do
convento de Mafra.
A pintura é marcada por uma grande intensidade dramática. Em primeiro plano, as duas
figuras masculinas, individualizadas, de rostos alongados, alienados e tristes, içam
estoicamente as pedras que edificarão o convento. As suas mãos surgem, por isso, destacadas,
representando o trabalho braçal, árduo e penoso, fazendo jus ao título do quadro – fazedores
do capricho.
Ao fundo, ergue-se o convento, ainda em construção, símbolo da vaidade, do fausto e do
absolutismo de D. João V, um rei que subjugou ao seu desejo a vontade de milhares de
homens.
A atmosfera pesada e dramática está também presente nas cores frias e sombrias selecionadas
por Santa-Bárbara. De facto, as cores utilizadas – o castanho das roupas, o cinzento da pedra e
o azul-escuro do céu – contribuem para a intensificação do sofrimento e do sacrifício das duas
figuras.
Esta é uma pintura que, sem dúvida, reflete e permite visualizar com bastante nitidez o
espírito do romance saramaguiano Memorial do Convento. A visão crítica que perpassa nas
palavras do romance traduz-se, aqui, nas cores e nos traços que preenchem a tela.
(205 palavras)
Página 336
Referências bibliográficas
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B.; HALLER, S. (2004). “O oral como texto: como construir um objeto de
ensino, in Gêneros Orais e escritos na Escola. Campinas: Mercado de Letras, pp. 149-185.
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Manual
• Compreensão do Oral: pp. 66, 337
• Expressão Oral: pp. 109, 125, 197, 273, 320
Caderno de Atividades
• Compreensão do Oral: p. 54
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Diálogo argumentativo
Princípios reguladores da interação discursiva
MC
Oralidade
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
O1.5. Identificar argumentos.
O1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
O1.8. Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros: diálogo argumentativo
[…].
O3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos, argumentos e
respetivos exemplos.
O4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
O4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: […] diálogo argumentativo.
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: […] diálogo argumentativo – 8 a 12 minutos.
Página 337
1.1. Pedro Ribeiro afirmou não comer caracóis porque se trata de um bicho “nojento”.
1.2. Ao caracterizar o diálogo como “festival de ironia e de maiêutica”, Ricardo Araújo Pereira
dá a entender que vai parodiar um dos diálogos argumentativos de Sócrates; a palavra
maiêutica remete para o método praticado por Sócrates que consiste em levar os espíritos a
tomar consciência daquilo que sabem implicitamente, a exprimi-lo e a julgá-lo.
1.3. a. Ovo de galinha (gosma de galinha sobre viscosidade de branca), leite (secreção de vaca).
b. O caracol é um alimento suficientemente nojento para não ser comido c. Parvon aprecia
alimentos nojentos e viscosos. d. Porco (bifanas, salsichas), lulas, chocos, polvos (alimentos
viscosos).
1.4. Sugestão de tópicos a abordar:
• argumentos baseados na ironia e no non-sense (cf. carácter humorístico, irónico e satírico do
programa Mixórdia de Temáticas);
• argumentos válidos, tendo em conta que se trata de uma simulação, em tom de paródia, do
género diálogo argumentativo e dos diálogos de Sócrates;
• argumentos adequados ao método usado por Sócrates (maiêutica).
Página 338
Referências bibliográficas
• DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B.; HALLER, S. (2004). “O oral como texto: como construir um objeto
de ensino, in Gêneros Orais e escritos na Escola. Campinas: Mercado de Letras, pp. 149-185.
• DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B.; DE PIETRO, J.-F. (2004). “Relato da elaboração de uma seqüencia:
o debate público, in Gêneros Orais e escritos na Escola. Campinas: Mercado de Letras, pp. 247-
278.
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Manual
• Compreensão do Oral: pp. 265, 339
• Expressão Oral: pp. 167, 223
Caderno de Atividades
• Compreensão do Oral: p. 55
• Expressão Oral: p. 56
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Debate
Princípios reguladores da interação discursiva
MC
Oralidade
O1.2. Explicitar a estrutura do texto.
O1.3. Fazer inferências.
O1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
O1.5. Identificar argumentos.
O1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
O1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas.
O1.8. Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros: […] debate.
Página 339
Aplicação
1. Vídeo
Sociedade Civil (XII) – Moda (RTP2)
1.1. Informação apresentada: apresentação do tema (indústria da moda); história da moda
(Charles Worth, Louis Vuitton, Levi Strauss); apresentação das intervenientes no debate
(Fátima Lopes, Clara Vaz Pinto).
Função dos recursos não verbais: recurso a um suporte digital de apoio (linha do tempo), com
valor informativo, ilustrativo e persuasivo (permite a ativação/construção de conhecimentos e
desperta o interesse pelo tema).
2.1. Fátima Lopes:
• Argumentos: reconhecimento de Portugal como país que confeciona para terceiros, sem
acrescentar a mais-valia da marca; esperança de que as marcas portuguesas sejam vendidas
internacionalmente; sucesso da junção entre indústria e design na área do calçado; Portugal
como país ainda a iniciar a tradição na área da moda.
• Exemplo: caso pessoal, em relação ao calçado (parceria entre o design e a indústria).
Clara Vaz Pinto:
• Argumentos: investimento do setor do calçado a nível internacional; falta de esforço dos
estilistas mais jovens para se posicionarem na indústria da moda.
• Exemplo: caso dos jovens criadores que ninguém descobre.
2.2. Gestos e postura adequados, sorrisos; tom de voz agradável; expressão de concordância
relativamente ao que foi dito antes; uso de expressões como “se me permite” (CVP).
Página 340
Referências bibliográficas
• ROCHA, Clara (1997). “Diário”, in Biblos – Enciclopédia Verbo das Literaturas de Língua
Portuguesa, Vol. 2. Lisboa / São Paulo: Verbo [pp. 99-104]
• ROCHA, Clara (1992). Máscaras de Narciso. Coimbra: Almedina.
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Caderno de Atividades
Leitura: pp. 68-69
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Diário
MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.6. Relacionar aspetos paratextuais com o conteúdo do texto.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
diário […].
EL14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da leitura.
Página 341
Aplicação
1.1. a. V – Neste diário, relata-se o quotidiano associado a uma situação de guerra. O tema da
guerra é visível no léxico selecionado (“Soldados de infantaria”, “tropas”, “regimento de
highlanders”, “prisioneiros alemães”, “praças”, “oficial de espada em punho”, “guerra”) e no
título da obra.
b. F – O texto é iniciado apenas pela identificação do tempo em que se registam os factos
narrados (“Sábado, 26 de setembro”).
c. V – A experiência pessoal é enquadrada historicamente por um contexto de guerra
(“regimento de highlanders”, “prisioneiros alemães”).
d. V – Os tempos verbais predominantes são o pretérito perfeito simples (”Saí”, “foi”,
“encontrámo-nos”, “ficou”) e o pretérito imperfeito (“patrulhavam”, “cruzavam”,
“abarrotavam”, “dependuravam”, “alagavam”, “levavam”).
e. F – Há marcas de 1.a pessoa do singular e do plural ao longo do texto (“Saí”, “pude”, “meus
olhos”; “encontrámo-nos”) e de subjetividade (“Expressos carregados de tropas cruzavam-se
fulminantemente com o nosso.”).
2.2. PowerPoint®
Leitura em voz alta
Página 342
Referências bibliográficas
• MORÃO, Paula (1993). “Memórias e géneros literários afins”, in Viagens na Terra das
Palavras. Lisboa: Cosmos, pp. 17-24.
• ROCHA, Clara (2006). “Memorialismo”, in Biblos – Enciclopédia Verbo das Literaturas de
Língua Portuguesa, Vol. 3. Lisboa / São Paulo: Verbo, pp. 627-628.
• ROCHA, Clara (1992). Máscaras de Narciso. Coimbra: Almedina.
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Manual
Leitura: pp. 106-107, 113-114, 256, 306, 343
Caderno de Atividades
• Leitura: pp. 66-67
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Memórias
MC
Leitura
L7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
L7.3. Fazer inferências, fundamentando.
L7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes géneros:
[…] memórias […].
Página 343
Aplicação
1.1. Marcas do género memórias:
• articulação entre o testemunho de um tempo, de carácter geral (processo de mudança de
casa) e da experiência privada/familiar/pessoal (mudança de casa da própria família, namoro
dos pais);
• articulação entre o momento em que ocorrem os acontecimentos relatados (passado) e o
momento da lembrança e da escrita (“não imagino”) – presente;
Página 344
Referências bibliográficas
• SILVA, F.; LEAL, A.; SILVANO, P.; FERREIRA, I.; OLIVEIRA, F. (2016). “Crítica cinematográfica:
análise linguístico-textual”, in Colóquio Comemorativo dos 40 anos do CLUP [comunicação
oral].
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Manual
• Expressão Oral: pp. 76, 184, 257, 310
• Leitura: p. 269
• Escrita: pp. 40, 62, 72, 81, 94, 109, 155, 187, 221, 305, 333, 345
Caderno de Atividades
• Expressão Oral: p. 73
• Leitura: pp. 70-72
• Escrita: p. 73
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Apreciação crítica
Elementos paratextuais
Apresentar uma apreciação crítica
Escrever uma apreciação crítica
As TIC na produção, revisão e edição de um texto
Revisão de textos
MC
Escrita
Página 345
Aplicação
1.1. Áudio
Apontamento (Álvaro de Campos)
1.2. Áudio
Apontamento (Margarida Pinto)
Página 346
Referência bibliográficas
• PEREIRA, L.; CARDOSO, I. (2013). “A sequência de ensino como dispositivo didático para a
aprendizagem da escrita num contexto de formação de professores.”, in Reflexão sobre a
escrita. O ensino de diferentes géneros textuais. Aveiro: Universidade de Aveiro, pp. 33-65.
Sugestão
A observação do texto de opinião poderá ser complementada com o visionamento da
animação em Prezi correspondente (também da autoria de Teresa Santana).
Prezi
Texto de opinião
Notas
Página 177 de 191
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Manual
• Expressão Oral: pp. 200, 278, 326, 347
• Leitura: pp. 93, 125, 175-176, 312-313
• Escrita: pp. 167, 177, 191, 265, 286, 313, 347
Caderno de Atividades
• Expressão Oral: p. 76
• Leitura: pp. 74-75
• Escrita p. 76
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Artigo de opinião
Organizar informação relevante
Escrita e apresentação de um texto de opinião
As TIC na produção, revisão e edição de um texto
Revisão de textos
MC
Oralidade | Escrita
O5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
O6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto de opinião […].
O6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: texto de opinião – 4 a 6 minutos […]
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] texto de opinião.
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E.12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual: […].
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: […].
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 347
1. Possíveis tópicos a abordar:
Página 348
Referências bibliográficas
• DOLZ, J. et al. (2004). “A exposição oral”, in Gêneros Orais e escritos na Escola. Campinas:
Mercado de Letras, pp. 215-246.
• HAYES, J.; FLOWER, J. (1980). “Identifying the organization of writing process”, in Cognitive
processes in writing. New Jersey: Lawrence Eribaum Associates, pp. 3-30.
• PEREIRA, L.; CARDOSO, I. (2013). “A sequência de ensino como dispositivo didático para a
aprendizagem da escrita num contexto de formação de professores.”, in Reflexão sobre a
escrita. O ensino de diferentes géneros textuais. Aveiro: Universidade de Aveiro, pp. 33-65.
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Manual
• Compreensão do Oral: p. 316
• Expressão Oral: p. 192
• Leitura: pp. 103, 168-169, 199, 217, 299
• Escrita: pp. 38, 66, 90, 102, 134, 193, 267, 316, 325, 349
Caderno de Atividades
• Compreensão do Oral: p. 78
• Expressão Oral: p. 78
• Leitura: p. 77
• Escrita: pp. 78-80
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Escrever uma exposição sobre um tema
Organizar informação relevante
As TIC na produção, revisão e edição de um texto
Revisão de textos
MC
E10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
E11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: […] exposição sobre um
tema.
E12.1. Respeitar o tema.
E12.2. Mobilizar informação ampla e diversificada.
E.12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual: a) texto constituído por três partes (introdução,
desenvolvimento e conclusão), individualizadas e devidamente proporcionadas; b) marcação
correta de parágrafos; c) articulação das diferentes partes por meio de retomas apropriadas;
d) utilização adequada de conectores diversificados.
E12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação.
E12.5. Observar os princípios do trabalho intelectual: identificação das fontes utilizadas;
cumprimento das normas de citação; uso de Notas de rodapé; elaboração da bibliografia.
E12.6. Utilizar com acerto as tecnologias de informação na produção, na revisão e na edição de
texto.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento, tendo
em vista a qualidade do produto final.
Página 349
Aplicação
1. Dossiê do Professor – Materiais de Apoio | E-Manual
Guião de produção de exposição escrita
Página 350
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
Manual
• Expressão Oral: pp. 12, 44, 62, 123, 237, 297
• Escrita: pp. 44, 46, 50, 52, 199, 299
Caderno de Atividades
• Oralidade: p. 81
• Escrita: pp. 81-83
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Organizar informação relevante
As TIC na produção, revisão e edição de um texto
Revisão de textos
PowerPoint®
Escrever uma síntese
Página 351
Artigo de divulgação científica
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
• Manual: pp. 45-46, 49-50, 129, 207
• Caderno de Atividades: pp. 62-63
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Relato de viagem
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
• Manual: p. 39
• Caderno de Atividades: pp. 64-65
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Página 352
Documentário
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
• Manual: pp. 51, 238, 300
• Caderno de Atividades: p. 60
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Reportagem
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Página 353
Anúncio publicitário
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
• Manual: p. 91
• Caderno de Atividades: p. 61
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Discurso político
Notas
1. No projeto Encontros 12, apresentam-se as seguintes propostas de abordagem deste género
textual:
• Manual: p. 254
• Caderno de Atividades: pp. 57-59; 82-83
2. Este género textual pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Página 354
Referências bibliográficas gerais
(pp. 354-369)
• COSTA, J. (s/d). Dicionário Terminológico [Em linha].
• CUNHA, C.; CINTRA, L. (2010). Nova Gramática do Português Contemporâneo (19.a edição).
Lisboa: Sá da Costa.
• MATEUS, M. H. M. et al. (2004). Gramática da Língua Portuguesa (6.a edição). Lisboa:
Caminho.
• RAPOSO, E. et al. (eds.) (2013). Gramática do Português, Vols. I e II. Lisboa: FCG.
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Do português antigo ao português contemporâneo
Contacto entre línguas: substrato, superstrato, adstrato
Principais línguas românicas
Página 355
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Variedades do português
Principais crioulos de base português
Caderno de Atividades: p. 8
Página 356
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Processos fonológicos
Caderno de Atividades: p. 7
Página 357
Notas
Página 358
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Processos irregulares de formação de palavras
Caderno de Atividades: p. 9
Página 359
Nota
1. Quanto à subclasse, os nomes comuns podem ainda classificar-se como contáveis ou não
contáveis.
Ex.: homens (nome comum contável), rebanho (nome comum coletivo contável), arroz (nome
comum não contável), fauna (nome comum coletivo não contável)
Página 361
Nota
1. Quanto ao valor semântico, existem advérbios que transmitem informações sobre o ponto
de vista do falante ou áreas do saber (advérbios de frase).
Página 363
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Funções sintáticas ao nível da frase
Página 364
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Funções sintáticas internas ao grupo verbal
Página 365
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Funções sintáticas internas ao grupo nominal
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Funções sintáticas internas ao grupo adjetival
Página 366
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Orações coordenadas
Dividir e classificar orações coordenadas
Página 367
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Orações subordinadas
Oração subordinada
Valor das orações subordinadas
Orações subordinadas adverbiais
Classificar orações subordinadas adverbiais
Página 368
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Orações subordinadas
Oração subordinada
Orações subordinadas substantivas relativas
Orações subordinadas substantivas completivas
Orações subordinadas adjetivas relativas restritivas
Orações subordinadas adjetivas relativas explicativas
Classificar orações subordinadas substantivas
Classificar orações subordinadas adjetivas
Página 369
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Valor temporal
Valor aspetual
Valor modal
Página 370
Referências bibliográficas gerais
(pp. 370-373)
• ADAM, J.-M. (1992). Les textes: types et prototypes. Récit, description, argumentation,
explication et dialogue. Paris: Nathan.
• ADAM, J.-M.(2008). A lingüística textual. Introdução à análise textual dos discursos. São
Paulo: Cortez Editora.
• COSTA, J. (s/d). Dicionário Terminológico [Em linha].
• COUTINHO, M. A. (2009). “Marcadores discursivos e tipos de discurso”, Estudos
Linguísticos/Linguistic Studies, 2, pp. 193-210.
• COUTINHO, M. A. (2003). Texto(s) e Competência textual. Lisboa: FCG/FCT.
• DUARTE, I. M. (2003). O relato do discurso na ficção queirosiana. Lisboa: FCG/FCT.
• GENETTE, G. (1982). Palimpsestes. Paris: Seuil.
• GENETTE, G. (1987). Seuils. Paris: Seuil.
• MIRANDA, F. (2010). Textos e Géneros em Diálogo: Uma Abordagem Linguística da
Intertextualização. Lisboa: FCG/FCT.
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
PowerPoint®
Fenómenos de concordância
Página 371
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Caderno de Atividades: pp. 26-27
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Caderno de Atividades: pp. 28-30
Página 372
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Caderno de Atividades: pp. 26-27
Página 373
Nota
Este conteúdo pode ser abordado em articulação com os seguintes materiais/recursos:
Dêixis: pessoal, temporal e espacial
Reprodução do discurso no discurso
PowerPoint®
Normas para citação
Referências bibliográficas
Caderno de Atividades: p. 31
Página 374
Referências bibliográficas gerais
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Narrativa aberta e narrativa fechada
Ação principal e secundária
Encadeamento, encaixe e alternância
Aliteração
Anáfora
Anástrofe
Antítese
Apóstrofe
Página 375
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
PowerPoint®
Tema e assunto
Comparação
Página 376
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Enumeração
Espaço físico
Espaço psicológico
Espaço social
Página 377
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Versos e estrofes
Página 378
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Interrogação retórica
Ironia
Página 379
Nota
O conceito de metáfora pode ser abordado em articulação com o seguinte recurso:
Metáfora
Página 380
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Narrador heterodiegético, homodiegético e autodiegético
Narrador objetivo e subjetivo
Narrador ominisciente
Narratário vs. leitor
Página 381
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Onomatopeia
Personagem modelada, plana e tipo
Caracterização física e psicológica
Caracterização social
Personificação
Página 383
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Classificação de versos quanto à métrica
Soneto
PowerPoint®
Tema e assunto
Página 384
Nota
Estes conceitos podem ser abordados em articulação com os seguintes recursos:
Tempo cronológico, histórico, psicológico e do discurso
Analepse, prolepse, resumo e elipse
Versos e estrofes