Você está na página 1de 4

MATERIALISMO SUBSTANCIAL

Lombarda, denominada a primeira escola de pensadores, em matéria


cientifica com grande influência na Itália teve como Líder Francisco Villa, ele deu
origem aos pensamento e conhecimentos orientadores das doutrinas com sua
obra editada em Milão em 1840 “ La contabilitá applicata alle amministrazione
private e publiche” (A Contabilidades aplicada na administração privada e
pública). O nome da Escola LOMBARDA se deu em razão do local da Itália em
que se encontrava LOMBARDIA (Região da Itália Setentrional que tem como
capital a grande cidade de Milão).

A obra fez com que o autor entrasse na área cientifica admitindo que seja
a informação está a serviço do contador e não o contador a serviço da
informação. Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de contabilidade,
segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer
pessoa inteligente. Para ele a contabilidade a implicava conhecer a natureza, os
detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matérias administradas,
ou seja, o patrimônio.

O contador deixa de ter apenas o conhecimento da arte de computar


passando a caber-lhe a censura das prestações de conta e julgamento sobre o
comportamento de uma administração da qual se não conhecesse a natureza. A
contabilidade não é apenas uma técnica de informação, mas algo que se
preocupa em conhecer o substancial que se encontra além do registro, concluir
sobre o julgamento de acontecimentos e não, apenas, registrar e demonstrar os
mesmos.

A base doutrinaria afirmava serem as contas abertas a valores e não as


relações pessoais, admitindo a escrita contábil como parte mecânica. Entendia
ser a riqueza aziendal a substância de estudo, era o pensamento Patrimonialista.

O materialismo substancial contribuiu com a evolução cientifica da


contabilidade por diversas enunciações, destacando-se por suas bases de
raciocínio sobre os meios patrimoniais, a utilidade e os seus limites, a renda, o
princípio da competência, o valor, os fenômenos contábeis das imaterialidades.
Ainda colaborou com o conceito do patrimônio como o conjunto de bens
diferentes, mas identificados pelo mesmo propósito de utilização, que ficou
conhecido no meio contábil como a teoria da agregação.

Assim como foi mencionado acima o Materialismo Substancial teve como


principal representante Francesco Villa, este contribuiu com a evolução cientifica
da contabilidade por suas diversas enunciações, mas outro grande
representante dessa escola foi Fábio Besta onde contribuiu com grande
expressão cientifica, tendo tarefas principais a construção do materialismo e a
objeção ao personalismo de ROSSI E CERBONI. Fábio Besta demonstrou o
elemento fundamental da conta, o valor, e chegou muito perto de definir o
patrimônio como objeto da contabilidade.

PERSONALISMO

Esta escola surgiu como uma reação ao Contismo, durante a segunda


metade do século XIX (1867), dando personalidade às contas para poder
explicar as relações de direitos e obrigações.

Por esta teoria, a ciência contábil é considerada o estudo das variações


da riqueza em relação a azienda e a contabilidade a ciência da administração
aziendal. Esta escola, com profundas raízes jurídicas, de séria reação ao
Contismo transformou a conta em Pessoa, capaz de direitos e obrigações
baseada na responsabilidade pessoal entre os gestores e a substância
patrimonial, com cunho administrativo-jurídico.

Para os teóricos do personalismo, as contas deveriam ser abertas tanto


para pessoas físicas como jurídicas (pessoas verdadeiras), e o deve e haver
representavam débitos e créditos das pessoas a quem as contas foram abertas.

Esta escola contribuiu com o pensamento de que a contabilidade deixou


de ser apenas uma mera técnica de registro de transações econômicas e passou
a ser um instrumento informacional sobre gestão das entidades.
O Personalismo adota a personalização das contas visando explicar as relações
de direito e de obrigações.
Vários foram os seguidores do personalismo, porém os pilares dessa
brilhante corrente de pensamento foram Marchi, Vannier, Cerboni e Giovanni
Rossi.

Segundo Cerboni a Contabilidade é a ciência da


administração patrimonial, considerando o Patrimônio como um conjunto de
direitos e obrigações. Cerboni então fundamentou a teoria personalista nos
seguintes axiomas:

1. Toda a administração consta de uma ou várias aziendas (conjunto de


bens materiais, direitos e obrigações que formam o patrimônio) e toda azienda
tem um proprietário ou chefe a quem pertence em absoluto ou por representação
a matéria administrável. Por outro lado, não se pode administrar sem que o
proprietário ou chefe entre em relação com agentes (empregados) e
correspondentes (terceiros).

2. Uma coisa é possuir os direitos de propriedade e de soberania da


azienda e outra coisa é administrá-la.

3. Uma coisa é administrar a azienda e outra é guardar os bens da mesma


e ser responsável por eles.

4. Nenhum débito é criado sem que de forma simultânea se crie um crédito


e vice-versa.

5. Em relação aos empregados e terceiros, o proprietário é de fato o


credor do ativo e o devedor do passivo. Os empregados e terceiros nunca serão
debitados ou creditados sem que o proprietário seja creditado ou debitado pela
mesma importância.

6. O deve e o haver do proprietário somente variam como consequência


de ganhos ou perdas ou de reduções ou reforços da dotação inicial da azienda.

Vários foram os seguidores do personalismo, porém os pilares dessa


brilhante corrente de pensamento foram Marchi, Vannier, Cerboni e Giovanni
Rossi.
Francesco Marchi - adotou um caminho honesto no campo científico, ou
seja, não só fez críticas, mas apresenta a doutrina que acreditou ser competente
para substituir à outra. Ele quem lançou as bases de um personalismo científico,
abrindo caminho para outros pensadores. Estabeleceu não obstante sua
oposição aos contistas, uma teoria onde distinguia quatro grandes grupos:

1. Contas do Proprietário – (Capital, Lucros e perdas).

2. Contas dos gerentes ou administradores

3. Contas de agentes consignatários - valores materiais (dinheiro,


mercadorias, móveis, etc.).

4. Contas correspondentes - representam os direitos, e as obrigações da


entidade perante terceiros (clientes, fornecedores, bancos, etc.). Tinha como
convicção de que as contas se referem sempre os fatos que se ligam as pessoas
e como tal devem ser estudados.

Giovanni Rossi - Criou uma teoria algébrica das contas (1895), foi
grande estudioso da história da contabilidade, defendeu a tese de que a partida
dobrada já existia no Império Romano. Como raro senso de medida cientifica,
Rossi identifica as relações que entende como básica na produção dos
fenômenos que já são objeto de estudo:

1- Os bens patrimoniais que se encontram a disposição


2- Os fins a que se propõe a entidade
3- As necessidades
4- As influências ou condições em meio a sociedade
5- As relações com terceiros
6- Os meios ou modas com os quais se procede no curso da vida.

Você também pode gostar