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DOENÇA DE LEGG-PERTHES-CALVÉ
EPIDEMIOLOGIA: Foi descrita em 1910, independentemente, por Legg nos Estados Unidos, Perthes na Alemanha
e Calvé na França. É ocasionada pela necrose do núcleo epifisário femoral superior, ao que somam-se outras
alterações. Acomete crianças entre três e doze anos, predominantemente entre seis e oito anos. A incidência é maior
no sexo masculino numa proporção de 5:1. É bilateral em 20% dos casos. Quanto menor a idade do paciente, melhor
o prognóstico, quanto maior a idade pior o prognóstico.
FASES DA DOENÇA: No processo evolutivo da doença, que se extende por mais ou menos dois anos entre o
aparecimento e o seu final, destacam-se quatro fases:
Inicial ou necrose óssea. Pela perda da vascularização da cabeça femoral, ocorre necrose (mortificação) em
parte ou em toda a cabeça femoral.
Fragmentação ou revascularização. Com a revascularização da cabeça femoral tem início a absorção do
tecido necrosado, aparecendo áreas de fragmentação.
Reossificação. Forma-se novo tecido ósseo.
Deformidade residual ou cura sem seqüelas. Fase final.
QUADRO CLÍNICO: caracteriza-se por dor na face anterior da coxa e joelho. Os movimentos do quadril estão
limitados, principalmente a rotação interna e a abdução. A atrofia da coxa, por desuso, é comum e a marcha,
habitualmente, é claudicante.
EPIFISIÓLISE
EPIDEMIOLOGIA: A epifisiólise tem como característica o escorregamento da epífise femoral proximal com a fise,
sobre a metáfise. Incide na adolescência durante o período de crescimento rápido, o enfraquecimento da fise em
sua junção com a metáfise, associado às forças de cisalhamento do peso corporal, ao que somam-se impactos,
conduz ao deslocamento, habitualmente, gradual. A faixa acometida está entre 13 e 15 anos no sexo masculino,
onde prevalece (3:2), e 11 e 13 no feminino.
QUADRO CLÍNICO: evidenciada dor no quadril e/ou região de coxa e joelho, marcha claudicante, acometimento da
função e atitude do membro inferior em adução e rotação externa. Os movimentos do quadril estão limitados,
sobretudo a rotação interna.
CLASSIFICAÇÃO: Do ponto de vista radiográfico pode ser classificada em quatro graus, medindo-se na radiografia
em AP, a extensão do escorregamento.
DOENÇA DE LEGG-PERTHES-CALVÉ
EXAMES COMPLEMENTARES: O estudo radiológico consta das incidências em AP e perfil. Este procedimento é
fundamental, pois, permite a confirmação diagnóstica, a avaliação da fase de evolução da doença e, ainda, orienta
o tratamento.
TRATAMENTO: O objetivo do tratamento é manter a cabeça femoral esférica e centrada. Para isso vários recursos
são utilizados dependendo da fase em que se encontra a doença, entre os quais destacam-se:
As crianças com até quatro anos de idade, habitualmente, evoluem para a normalidade, mesmo não submetidas a
tratamento. Os pacientes acima deste grupo etário, apresentam tendência de evoluirem com incongruência do quadril
acometido, principalmente, naqueles acima de dez anos, sendo esta patologia uma importante causa de artrose
coxofemoral secundária. A fisioterapia tem indicação durante todo o curso da patologia para impedir atrofia e eventual
limitação de movimentos. Em períodos de dor desempenha ação analgésica e antiinflamatória.
EPIFISIÓLISE
TRATAMENTO: Em geral, é cirúrgico com osteossíntese (fixação “in situ” - na posição em que se encontra a epífise
escorregada) com pinos rosqueados ou parafusos canulados se o deslizamento da cabeça femoral for de até 2/3 do
seu diâmetro. Quando o escorregamento for maior que dois terços, existe indicação de redução (incruenta ou
cirúrgica) seguida de fixação, o que pode evoluir com complicações, entre elas, a necrose do núcleo epifisário femoral
superior e a condrólise. A fisioterapia está indicada para recuperação da função muscular e ganho de mobilidade em
coxofemoral.
As crianças com até quatro anos de idade, habitualmente, evoluem para a normalidade, mesmo não submetidas a
tratamento. Os pacientes acima deste grupo etário, apresentam tendência de evoluirem com incongruência do quadril
acometido, principalmente, naqueles acima de dez anos, sendo esta patologia uma importante causa de artrose
coxofemoral secundária.
Gradual
Etc