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O Técnico de Restaurante/Bar
A hotelaria é uma das mais antigas actividades humanas e tem evoluído através dos tempos. Consta
que as primeiras hospedarias apareceram por volta do século IV A.C., tendo como objectivo prestar
serviço correspondente às mais elementares necessidades humanas, a alimentação e o abrigo.
Por força da evolução que levou o homem a viajar para fazer negócios e pela consequente
necessidade de repouso e alimentação, nasceu a hotelaria nas suas formas originais.
Havia necessidade de trocar produtos e como não havia estradas nem meios de transporte rápidos,
era indispensável albergar os comerciantes que se deslocavam a distâncias que os impossibilitavam
de regressar de seguida.
Nesses tempos a localização das hospedarias ou das estalagens nos circuitos de transportes
colectivos era o facto mais importante para a venda do alojamento e da alimentação de que
dispunham. Nasceu assim a ideia da hospitalidade que aos poucos foi atingindo as formas de receber
e tratar até aos nossos tempos.
Antes do aparecimento das máquinas a vapor, dos motores de explosão e de propulsão, etc., era
desnecessário que os serviços fossem aprimorados, já que praticamente não havia concorrência e
como tal a estadia das pessoas em cada local era decidida em função das necessidades e não por
preferência de serviços.
Na sua fase inicial, que fundamentalmente se reporta ao final do século XIX, com o aparecimento do
comboio e em especial na primeira metade do século XX, o turismo foi uma actividade restrita às
camadas mais abastadas da população, facto pelo qual as pessoas começaram a procurar
comodidade, preocupando-se pouco com o preço.
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Começaram portanto nesse época a proliferar por toda à parte unidades hoteleiras de temporada
recreativa ou termal e ainda de montanha, praia, etc., que ofereciam serviço de alta qualidade,
especialmente com base no número abundante de pessoal, dada a facilidade de recrutamento de
mão-de-obra dócil e barata. Encontravam-se também facilitados os problemas de comercialização
dos serviços visto que a concorrência era inferior à procura, em especial durante certos períodos
sazonais.
É a partir de 1930 que o problema da concorrência surge a sério, designadamente com as facilidades
de deslocação proporcionadas pelo comboio rápido, o automóvel, o barco a vapor, o avião, etc.
Resultou portanto uma total revolução nas estruturas hoteleiras porque entretanto também as
condições se alteraram no que respeita à produção de serviços, que em resposta ao constante
aumento da procura, foi correspondendo à criação de unidades cada vez maiores e mais bem
apetrechadas chegando à geração dos nossos dias com hotéis para 1000 pessoas.
A hotelaria não evoluiu apenas em capacidade e localização mas também na qualidade dos serviços,
pois jamais será uma exploração familiar mas sim uma indústria que, como qualquer outra, requer
profissionais qualificados e com amor à profissão.
O hotel já não é apenas o local onde se dorme e por vezes se come, mas sim também o local de
encontro e convívio, de diversão e prática desportiva, o centro de negócios e reuniões de trabalho,
etc.
A EVOLUÇÃO DO RESTAURANTE
A origem do termo restaurante (Restauração) não é assim tão antiga quanto se possa imaginar, pois
não está ligada desde o seu início à alimentação, mas sim ao acto de restaurar as forças. Existem
diversas explicações sobre a origem do restaurante, segue-se uma.
Até ao século XVIII apenas se serviam comidas nos Albergues e Estalagens com um menu fixo e uma
hora fixa. Em 1765 porém apareceu um indivíduo de nome “Boulanger” que vendia sopas na “Rue
des Paullies” em Paris e as quais considerou ótimas para a “Restauração” de forças humanas, pelo
que as denominou “Restaurants” escrevendo um letreiro bem visível por cima da porta:
Pretendendo enriquecer a sua ementa e como não lhe era permitido servir guisados nem molhos,
por não estar filiado na Associação dos Estalajadeiros, “Boulanger” resolveu um dia, fornecer aos
seus clientes, pés de borrego com molho branco. Por este facto, foi-lhe movido um processo pela
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dita Associação o que afinal resultou em seu benefício, criando-lhe uma enorme fama e fazendo
publicidade aos seus produtos.
“Boulanger” ganhou a causa, visto que o Parlamento deliberou que os pés de borrego com molho
branco não eram um guisado “ragoût” e assim toda a cidade de Paris se quis certificar do valor
gastronómico e imaginativo da especialidade de “CHEZ BOULANGER”. Até o Rei Luís XV, por
indicação de Moncriff, seu amigo íntimo, fez servir o famoso prato em Versailles, embora como
guloso e glutão que era, não tivesse ficado entusiasmado com a iguaria.
Segundo as palavras de Brillant-Saravin: - “Boulanger criou uma profissão que levará à fortuna todos
os que a exercerem com boa-fé, ordem e habilidade”.
Depois de Boulanger, Beauvilliers em 1783 abre um restaurante de grande categoria, o qual encerrou
as suas portas em 1793, devido a efeitos revolucionários desta data. Com a evolução e devido à
dissolução da Associação dos “Traiteurs” e a perca de certos privilégios, os restaurantes
multiplicaram-se permitindo às pessoas, refeições de acordo com o seu gosto e as suas
disponibilidades.
O restaurante como espaço de sociabilidade urbana surgiu com o consommé. No início, durante os
últimos 20 anos do Antigo Regime, as pessoas iam a um restaurante (ou, como era mais vulgarmente
chamados, uma ‘Sala Restaurateur’) beber caldos fortificantes, como quem ia a um café beber café.
Os primeiros restaurateurs vendiam pouca comida sólida e declaravam os seus estabelecimentos
como particularmente adequados a todos aqueles que estavam demasiado frágeis para comer uma
refeição nocturna.
Podemos, desta forma, concluir que, inicialmente, o Restaurante era um local onde as pessoas não
iam para tomar uma refeição, mas sim para beber um “restaurant”, um caldo fortificante que
restaurava as forças.
Com o decorrer dos tempos, a evolução do Restaurante foi-se notando segundo as várias
experiências efetuadas a partir de 1765.
RESTAURAÇÃO
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propriamente dito) e da gastronomia confecionada e servida (gastronomia Portuguesa,
Internacional).
A restauração divide-se em dois grandes sectores de atividade, a restauração comercial que se dirige
a todos os clientes e a restauração coletiva de carácter social.
A RESTAURAÇÃO COMERCIAL
O termo Restaurante, derivado do termo francês “Restaurant” concebido para que através da
alimentação fossem restauradas as forças humanas e defini o local onde se servem comidas e
bebidas. Evoluindo até se chamar Restaurante a um estabelecimento cuja atividade consiste em
fornecer as principais refeições: Almoços e Jantares, assim como Ceias, Banquetes e outros serviços.
Restaurante Clássico – É um restaurante tradicional mas com uma oferta mais diversificada,
servem-se iguarias da cozinha regional portuguesa, da cozinha nacional e iguarias clássicas da
cozinha internacional, assim como a clientela é mais diversificada, o trato é mais elegante e
mais fino, praticando preços mais elevados que o tradicional. A mão-de-obra é especializada,
sendo frequente garçons com muitos anos de casa.
Restaurante de Hotel - É um restaurante Clássico, que tem por finalidade servir refeições aos
hóspedes do hotel, sendo que hoje em dia servem também refeições a outros clientes que
não estejam hospedados, normalmente designados por passantes.
Restaurante de Turismo - Situado em locais visitados pelos turistas, tendo por finalidade a
prestação de serviços aos turistas que visitam o local. Este tipo de restaurante podem ser
clássicos, típicos ou regionais. Estes restaurantes localizam-se normalmente em
monumentos importantes, locais com vistas panorâmicas e outros locais de interesse
turístico.
Snack-Bar - É um tipo de restaurante distinto dos outros, pois está direccionado para um tipo
de cliente que exige rapidez e simplicidade nos serviços, devido aos poucos recursos
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financeiros ou ao tempo limitado de que dispõe para tomar a sua refeição, principalmente à
hora de almoço.
Existe uma pequena lista de pratos de confecção simples e rápida, além dos pratos do dia ou
das sugestões do chefe.
Grill Room - Restaurante de luxo onde são servidas iguarias essencialmente grelhadas, cuja
preparação é feita na própria sala, à vista do cliente, utilizando muitas vezes a carne
escolhida por estes, de uma placa ou móvel frigorifico instalado na proximidade do
grelhador, podendo este ser a gás, eléctrico ou a carvão, devendo ser tomados alguns
cuidados com sua limpeza, a apresentação e segurança. O Grill-room deve ser instalado, de
preferência no rés-do-chão (nos hotéis), com acesso directo para a rua, para uso fácil dos
passantes, devendo ter também uma passagem interna para o hotel.
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nesta linha, existem estudos adequados de modo a aconselhar o cliente, em função do seu
tipo de necessidade. Para além das dietas específicas, dedicam-se também à cozinha
macrobiótica, vegetariana tendo cada vez mais seguidores.
Casa de Pasto - São restaurantes modestos, cujas ementas são concebidas de modo a
fornecer refeições de acordo com as possibilidades financeiras do cliente. Geralmente, as
casas de pasto são frequentadas por clientes de baixos recursos financeiros, pelo que as
iguarias são escolhidas e concebidas dentro de uma base económica. No entanto, a
confecção de iguarias típicas, recuperando sabores antigos, veio trazer um novo olhar sobre
este tipo de restaurantes atraindo uma clientela muito mais heterogénea, colocando as
poucas casas de pasto que ainda existem na moda, sendo hoje em dia as mais famosas
frequentadas por várias classes sociais.
A RESTAURAÇÃO SOCIAL
A restauração social é um tipo de actividade praticada nas empresas privadas ou públicas e sem fins
lucrativos. Neste tipo de restauração pretende-se atender às necessidades dos funcionários das
empresas, no que diz respeito à alimentação, em qualidade e preço reduzido, totalmente a cargo da
empresa, ou com uma comparticipação dos trabalhadores, que para isso já receberam um subsídio
de alimentação.
A restauração social funciona quase exclusivamente à hora de almoço (podendo também funcionar à
hora de jantar, consoante os turnos das empresas) e pode- se classificar em cantinas, refeitórios e
self-service. As Cantinas podem funcionar dentro da própria empresa ou no exterior, sendo o seu
público os funcionários da empresa.
Os Refeitórios estão instalados nas próprias empresas e tal como as cantinas, só fornecem
alimentação aos seus funcionários.
Nas empresas privadas, o funcionário pode pagar uma parte da refeição e a entidade suportar o
restante custo. No caso dos funcionários públicos, estes pagam a refeição pela totalidade do subsídio
de alimentação, suportando o estado o restante encargo.
As ementas são reduzidas, sendo normalmente compostas por uma entrada ou uma sopa, um prato
principal (peixe ou carne), uma sobremesa (fruta ou doce), uma bebida (água, vinho, cerveja ou
refrigerante). Quanto maior for o número de trabalhadores da empresa mais opções as ementas
têm, nomeadamente dois ou três pratos principais à escolha. Podem ainda existir as dietas por
informação dos interessados e através de documentos do médico.
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O EMPREGADO DE MESA/BAR COMO CIDADÃO
O Empregado de Mesa é um cidadão que pelo seu trato, pelo seu brio, pelo seu
comportamento se deve fazer respeitar por colegas, superiores e clientes. Não é a profissão
que dignifica o homem, mas sim o homem que dignifica a profissão. Deve impor-se
naturalmente dando exemplos de profissionalismo, competência, modéstia e honestidade,
de modo a frisar o que já é uma realidade mas para a qual nem todos colaboram: ser
Empregado de Mesa/Bar é contribuir para o prestígio nacional e contribuir para o
crescimento económico do país. A restauração e a hotelaria contribuem para a entrada
contínua de divisas no nosso país, desde que haja dignidade e profissionalismo nos serviços
prestados.
Esta profissão deverá ser encarada como meio de garantir o nosso futuro e dos nossos
descendentes, cumprindo as regras que são impostas, agindo sempre de modo a que os
clientes sintam o desejo de voltar, baseando-nos no princípio de “fazermos aos outros o que
gostaríamos que os outros fizessem a nós”.
- Ter boa saúde física e mental (devendo para isso fazer exames/vistas periódicas ao médico, manter
o boletim de vacinas em dia, consultar o dentista periodicamente), devendo possuir boa destreza
física, bom sentido gustativo e uma boa imaginação decorativa.
- Deve ser asseado, deve cuidar da sua higiene física (desfazer a barba todos os dias, cuidar dos
cabelos, cuidar da farda, cuidar das mãos e dos pés, cortar e limpar as unhas, lavar a boca e os
dentes com frequência, em especial após as refeições e após fumar)
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- Ser um bom relações públicas, ter boa capacidade de comunicação e de estabelecer relações
A HIGIENE PESSOAL
- Ter o cuidado com a boca e dentes. Boa higiene oral (ter atenção ao hálito).
- Não usar perfumes, são sempre impróprios para os homens que trabalham numa sala de refeições.
As empregadas devem também evitar o seu uso abusivo e reduzir ao indispensável o uso de cremes e
pinturas, o suficiente para dar um aspeto agradável e de frescura.
- Cabelos limpos e penteados, devendo as empregadas de mesa não usar penteados complicados,
que não harmonizem com as funções do seu trabalho, pois a simplicidade e a limpeza encantam.
- Uma rede para os cabelos é de uso obrigatório para alguns países, pois os clientes apreciam mais os
cabelos na cabeça da empregada, do que no prato em que estão a comer.
- Verniz só de cor natural, é o único que as empregadas devem aplicar nas unhas.
- Evitar durante as horas de serviço as jóias. Só são admitidos o relógio de pulso e a aliança ou
pequeno anel.
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- Não fumar nas horas de serviço, muito menos nos locais de serviço.
HIERARQUIA PROFISSIONAL
A hierarquia profissional consiste em ordenar diferentes níveis ou graus de poder existentes numa
organização ou secção em que se estabeleçam relações entre superiores e subordinados.
Em cada secção deverá haver um "empregado" com a função de representar a entidade patronal,
exercendo a função de chefe ao qual cumpre coordenar e dirigir o trabalho, vigiando e
acompanhando a realização das tarefas de cada membro da brigada. Os membros das brigada
hierarquicamente superiores deverão exercer as suas funções usando sempre processos
humanamente aceitáveis.
Importa que cada um saiba o que tem a fazer e o que dele esperam. Só deste modo será possível
aspirar à obtenção de uma melhor produtividade pela utilização eficaz dos recursos humanos da
empresa.
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DIRETOR do Restaurante
SUBCHEF de MESA
EMPREGADO de MESA de 2ª
(Ajudante de Turno /
Commis)
ESTAGIÁRIO
*1 COURRIER APRENDIZ
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FUNÇÕES DOS ELEMENTOS DA BRIGADA DE RESTAURANTE
Assegura a disciplina nas secções a seu cargo (restaurante, copa, cave dia e cafetaria).
Explica a sequência dos serviços, assim como a confeção das iguarias a servir.
Coordena todos os serviços anexos, dando diretrizes aos encarregados destas subsecções.
Recebe os clientes acompanhando-os às mesas ajudando-os a sentar, toma nota dos seus
pedidos, acompanha os clientes à saída e despede-se deles.
Compete-lhe fazer inventários periódicos dos materiais da secção, zelando pele seu estado
de conservação e de higiene.
O chefe de mesa deve ser uma pessoa sóbria, saber dominar com firmeza as diversas tarefas
exigidas para o bom funcionamento do restaurante.
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É ele que deve atender e registar as reclamações e os elogios feito pelos clientes e transmiti-
los aos seus colaboradores e superiores.
Diariamente antes dos serviços das refeições, deve trocar impressões com os chefes de
cozinha e pastelaria para se certificar do que mais interesse há para servir.
Deve saber exigir que a sua brigada cumpra as suas ordens com a máxima disciplina e corrigi-
la quando alguma coisa falhar;
Aconselha os clientes e informa-os acerca das diversas iguarias que compõem a carta, tendo
sempre em conta os interesses do próprio restaurante;
Colabora na elaboração de cartas, menus e sugestões diárias, bem como na aplicação dos
respetivos preços;
Deve ter especial atenção aos desejos e preferências dos clientes, bem como das suas
sugestões ou reclamações, dando a cada caso o tratamento mais adequado, não esquecendo
nunca o interesse e o prestígio do restaurante e a dignidade do seu pessoal
Pode tirar os pedidos e fazer sugestões ou dar informações sobre as iguarias que compõem a
carta;
Deve dominar a arte de trinchar carnes, desossar e dividir aves, despinhar e dividir peixes;
Trinchador - Profissional responsável por todo o serviço em que seja necessário trinchar
carnes, desossar e dividir aves, despinhar e dividir peixes, segundo as regras de higiene e
segurança no trabalho. (Função praticamente inexistente, assegurada pelos Chefes de turno)
Deve conhecer a anatomia dos animais, as diferentes peças de carne e os diversos peixes.
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Escanção / Chefe de Vinhos - É o profissional responsável por todo o serviço de vinhos,
licores e outras bebidas servidas durante as refeições. Sugere o aperitivo, depois do cliente
escolher as iguarias aconselha os vinhos mais adequados para a iguarias escolhidas, ou
simplesmente aceita o pedido do cliente.
Pode também ser o responsável pela perfeita conservação dos vinhos na cave, tendo em
conta a humidade, a temperatura, a luz e a trepidação;
Deve ter conhecimentos do serviço de mesa que lhe permitam substituir o chefe ou o
subchefe;
Compete-lhe também zelar pela conservação e higiene da sua secção “cave-do-dia”, fazer
inventários periódicos a todo o material de vidro como: copos, flutes, jarros, etc. ...
Em alguns casos este profissional também pode tirar pedido aos clientes. Normalmente o
empregado de mesa de 1ª tem um ajudante – “Commis” – que é uma pessoa com a categoria
de empregado de mesa de 2ª.
Verifica se tudo está em perfeitas condições no seu turno, nomeadamente louças, talheres,
vidros e todos os utensílios necessários ao serviço;
Deve informar-se da composição das ementas, de modo a poder informar os clientes sempre
que necessário. Deve ter conhecimentos dos tempos de confeção das iguarias, dos termos
técnicos, de molhos, guarnições, manteigas compostas, cozinha regional e internacional.
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Levanta as louças das mesas e coloca-as sobre o aparador para que o Commis as possa
transportar para a copa.
Deve ter conhecimento da arte de trinchar, despinhar, desossar, flamejar, dividir aves,
descascar e laminar frutas;
Faz o serviço de roda. Ao pedir as iguarias na roda deve fazê-lo pelo número de mesa e pelo
nome das iguarias.
É o responsável por transportar das secções anexas para o restaurante tudo o que for
solicitado pelos clientes;
Levanta as mesas;
O seu trabalho consiste em auxiliar os demais profissionais, segundo um guia de estágio emitido
pela entidade formadora, onde vão descritas as competências e as funções as desempenhar pelo
estagiário.
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A BRIGADA DE BAR
Numa unidade hoteleira onde se justifique a existência de uma brigada completa de bar, a hierarquia
é a seguinte:
SUPERVISOR de BARES
CHEFE de BAR
BARMAN de 1ª
BARMAID de 1ª
BARMAN de 2ª
BARMAID de 2ª
ESTAGIÁRIO de BAR
É o responsável pela gestão dos recursos humanos e matérias envolvidos, pelos inventários
periódicos e permanentes dos produtos de consumo e utensílios de serviço, afetos à
exploração, pela elaboração das listas de preços e pela manutenção do estado de asseio e
higiene das instalações e utensilagem, bem como pela sua conservação.
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Possuir qualidades de chefia, competência, espírito de sacrifício, poder de organização,
espírito de humildade no tratamento com os elementos da sua brigada e superiores
hierárquicos.
Organiza as listas de preços, tendo em conta o seu aspeto gráfico e a sistematização das
bebidas.
Deve saber organizar “Cocktails Party” e festas similares, atribuindo os respetivos preços e
possuir conhecimentos técnicos e bom gosto na confeção de canapés e sanduíches.
Além dos conhecimentos técnicos exigidos deve possuir uma razoável cultura geral, boas
noções de relações humanas e de psicologia, aplicada à receção dos clientes.
O chefe de Bar deve estar apto a substituir o Supervisor nas suas faltas ou impedimentos.
Barman 1ª / Barmaid 1ª - Deve estar apto a substituir o Chefe de Bar nas respetivas faltas ou
impedimentos.
Prepara cafés, chás e outras infusões, serve sanduíches, simples ou compostas, frias ou
quentes.
Elabora ou manda emitir as contas dos consumos, observando as tabelas de preços em vigor
e respetivo recebimento.
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Barman 2ª / Barmaid 2ª - É profissional que colabora com o Barman 1ª/Barmaid 1ª na
execução das suas funções.
Cuida dos arranjos das dependências do Bar, do aviamento das requisições e colocação das
garrafas no seu devido lugar, bem como da preparação da “Mise en Place”. Executa as
tarefas de limpeza e higiene, dos utensílios de preparação e serviço de bebidas.
Estagiário de Bar / Estagiária de Bar - É o elemento da brigada de bar que colabora com o
Barman 2ª/Barmaid 2ª na execução das suas funções.
O ACOLHIMENTO
É neste contexto humano, que o Barman pode mostrar a sua inteligência e praticar o seu alto papel
de “consolador”. Mas, ao mesmo tempo, o Barman é chamado a participar da alegria daqueles que,
descontraidamente, se abeiram do bar e espalham a satisfação que lhes vai no íntimo, por êxitos
alcançados.
É, nestes casos, quase quotidianos, que o Barman mostra o valor das suas qualidades morais, que o
tornam respeitado e benquisto, criando-lhes laços de amizade, que perduram ao longo dos anos,
pois soube ser discreto e guardar um segredo.
O bom Barman deverá ser sempre correto, delicado, cortês, discreto e diligente em todas as
ocasiões, tanto com os clientes, como com os colegas.
Todos os clientes, independentemente da sua posição social, devem ser tratados da mesma maneira,
com o entusiasmo que nasce do interesse humano do profissional.
Modos respeitosos no trato com os clientes, são uma imposição do bom serviço, que muito valoriza e
prestigia a classe a que pertence e projeta bem alto a categoria do estabelecimento.
O bom Barman nunca é servil, porque sente a consciência da sua capacidade técnica, indispensável
para o trabalho que executa. Isto não invalida nem dificulta, que como profissional de vendas, uma
das finalidades da sua ação é agradar e convencer.
Para agradar aos clientes e facilitar os serviços, o Barman deverá estudar os hábitos, as preferências
e até as manias ou caprichos, com a certeza de que estes ficarão radiantes, quando verificarem que o
pessoal do bar sabe e compreende os seus desejos.
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Quando falar deverá fazê-lo em tom baixo e um tanto formal. Procurar expressar-se com facilidade e
evitar a todo o custo, as conversas com os colegas, na presença dos clientes, a não ser as falas
indispensáveis à boa execução do serviço.
À entrada e saída de qualquer cliente, deverá sempre cumprimentá-lo com um sorriso agradável.
INDUMENTÁRIA
O restaurante é um local onde os profissionais trabalham em contacto com o cliente, razão pela qual
se torna fundamental a apresentação do pessoal, sendo o uniforme/farda um dos fatores que
influenciam muito este aspeto.
Em alguns hotéis estrangeiros sobretudo nas grandes organizações hoteleiras (exemplo Sheraton,
Statler, Intercontinental) a indumentária dos empregados varia de sala para sala, de modo a produzir
ligação perfeita dos uniformes de serviço com a decoração. A categoria deste estabelecimento e as
exigências de um serviço requintado impõem estes fardamentos especiais, que aliás são fornecidos e
limpos pela entidade patronal.
"1. Qualquer tipo de indumentária é encargo exclusivo da empregador, exceto o casaco branco, a
calça preta, a camisa branca e a gravata ou laço tradicionais na indústria, salvaguardando-se apenas
os casos em que seja prática atual das empresa o fornecimento da dita indumentária.
Atualmente cada estabelecimento utiliza o fardamento que mais lhe convém e que se adapte ao tipo
de trabalho, ao ambiente, à localização, às condições climatéricas, ao tipo de serviço, ao tipo de
estabelecimento.
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As fardas clássicas e tradicionais são descritas de seguida.
Diretor de Restaurante
- Colete cinzento
- Camisa branca
Nota: O Diretor de Restaurante, em alguns casos, poderá vestir fato normal, apenas com a
preocupação de que o mesmo seja de cor e tecido, que não choque, com a missão de quem tem de
exigir sobriedade a outros.
Chefe de Mesa - Pode variar, segundo a apresentação do superior hierárquico, por exemplo:
- Camisa branca
Subchefe de Mesa - Esta categoria apresenta-se com farda semelhante à do Chefe de Mesa,
sendo usual distinguirem-se pelo laço, pelas calças (fantasia para o primeiro e pretas para os
outros) ou ainda, por meio de distintivo discreto, usado na lapela.
Escanção
- Calça preta
- Avental de tecido forte ou pele com bolso largo para colocação de alguns utensílios de trabalho
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Ajudantes - Geralmente andam fardados da mesma forma, apenas com a diferença de, em
alguns casos, usarem um avental em toda a volta da cintura.
A indumentária do pessoal de mesa que presta serviços nos banquetes e nos serviços
volantes, quer sejam realizados no próprio estabelecimento quer em casas particulares o
uniforme/farda é igual à mencionada para os hotéis e restaurantes, salvo nos banquetes
oficiais e outros serviços de requinte, em que o emprego de uniformes privativos é
obrigatório assim como o uso de luvas brancas.
- As roupas devem primar sempre pela ausência de nódoas; calças bem vincadas, todo o fato bem
limpo e não amarrotado.
- Os sapatos devem andar sempre bem engraxados, para evitar ruído, os sapatos devem ser de sola
de borracha.
- É conveniente possuir dois ou mais pares de sapatos, para evitar a acumulação de suor e possível
mau cheiro e peúgas pretas em abundância para mudas frequentes.
- Uso de sapatos de verniz está praticamente posto fora de uso, desde há anos, sobretudo em
serviços correntes, inclusive em estabelecimentos de grande classe, empregam-se no entanto nos
banquetes de grande cerimónia.
A brigada é a totalidade dos elementos do pessoal empregado num restaurante para servir as
refeições a clientes.
A estrutura das brigadas atuais surgiram em 1889 quando César Ritz começou a trabalhar no Savoy
Hotel de Londres e fez dos seus restaurantes os mais famosos do mundo, empregando uma equipa
de pessoal habilitado que treinou segundo os seus próprios padrões. Insistia que o seu pessoal
cultivasse essa competência social e técnica que eram os verdadeiros alicerces de um serviço de
primeira ordem e lhes dava um forte sentido de lealdade e objetivos, criando assim uma brigada de
restaurante altamente eficiente e estável. Segue-se um exemplo da distribuição da brigada pelos
vários turnos.
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Turno 1 Turno 2 Turno 3 Turno 4 Turno 5
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