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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 4

1.2. Objectivos ............................................................................................................................ 4

1.3. Metodologia ......................................................................................................................... 4

2. Conceito de Inteligência .......................................................................................................... 5

3. A Descoberta da Inteligência Fluida e Inteligência Cristalizada............................................. 5

3.2. Inteligência fluida ................................................................................................................ 6

3.3. Inteligência cristalizada ....................................................................................................... 7

4. Inteligência fluida versus Inteligência cristalizada .................................................................. 8


5. Inteligência fluida & inteligência cristalizada ao longo da vida ............................................. 8
6. Estrutura do modelo de inteligência de Cattell ........................................................................ 9
6.2. Factores de primeira ordem ................................................................................................. 9
6.3. Factores de segunda ordem .................................................................................................. 9
6.4. Factores de terceira ordem ................................................................................................... 9
7. Modelo hierárquico das habilidades humanas de Gustafsson 1994 ........................................ 9
7.2. No nível inferior ................................................................................................................... 9
7.3. O nivel intermiedio ............................................................................................................ 10
7.4. No nível superior................................................................................................................ 10
7.5. Estudos ou modelos anteriores........................................................................................... 10
8. Teoria dos três estratos de inteligência .................................................................................. 11
8.2. O primeiro estrato .............................................................................................................. 11
8.3. O segundo estrato ............................................................................................................... 11

8.4. Finalmente a terceira camada............................................................................................. 12

9. Conclusão .............................................................................................................................. 13

10. Bibliografia ........................................................................................................................ 14


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1. Introdução
Devido a necessidade do ser humano de explicar as diferenças individuais no uso das
informações, podemos observar grande curiosidade de pesquisadores e intelectuais no estudo das
habilidades cognitivas. Na china por exemplo, há 3000 anos atras, já havia o interesse pela área
de avaliação das funções cognitivas para seleccionar soldados com maiores habilidades na
resolução de problemas, raciocínio viso-espacial, pensamento divergente e outras características
consideradas importantes para a época (OAKLAND, 2005).
A inteligência esta por trás de muitas das condutas que realizamos diariamente e pode ser
compreendida como uma aptidão mental muito geral e ampla que permite raciocinar, planejar,
resolver problemas, pensar de maneira abstracta, compreender ideias complexas e aprender
segundo (COLOM,1999). Nessa vertente o presente trabalho ira abordar acerca de Teoria da
Inteligência Fluida e Cristalizada respectivamente do Modelo HILI, a Hierarquia das Aptidões
Humanas e por ultimo abordara da Teoria dos Três Estratos.

1.2.Objectivos
1.2.1. Geral
Estudar a teoria da inteligência fluida e cristalizada e os respectivos modelos V hierarquia.

1.2.1.1.Especifico
Compreender as respectivas teorias que alicerçam a inteligência fluida versus cristalizada;

Analisar e aplicar a distinção das teorias da inteligência;

Conhecer e analisar o modelo V hierarquia das aptidões humana.

1.3.Metodologia
Quanto aos procedimentos técnicos utlizados será do tipo Bibliográfica, porque será elaborado a
Partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos de periódicos e
actualmente com material disponibilizado na Internet, LAKATOS & MARICONI (2009).
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2. Conceito de Inteligência
Segundo FERREIRA (2016), o termo inteligência vem do latim: intelligentia, (das palavras inter
= “entre” e eligere = “escolher”), que quer dizer: capacidade de fazer uma escolha que seja
julgada a melhor ou mais correcta.
Segundo Enciclopédia Microsoft Encarta, inteligência é capacidade para aprender ou
compreender. É sinónimo do entendimento, mas diferencia-se deste quando insiste na habilidade
para administrar situações concretas e beneficiar-se da experiência sensorial. Na psicologia,
inteligência é a capacidade de adquirir conhecimentos ou de compreendê-los e utilizá-los em
situações novas.

3. A Descoberta da Inteligência Fluida e Inteligência Cristalizada


No início do século XX, o psicólogo britânico CHARLES Sperman, criou a teoria bi-factorial,
que é a ligação de dois factores relacionados à inteligência. Isso significa que ao resolver um
problema, do mais simples ao mais complexo, os dois tipos de factores predominariam: o factor
de inteligência geral (g), voltado para capacidades intelectuais, com base neurológica, e outro
é factor específico (s), relativos a tarefas específicas, representando as habilidades particulares
de cada indivíduo.
Partindo desses estudos THORNIDIKE et al 1909, constataram que a inteligência envolvia mais
que dois factores apresentados por SPERMAN. THORNIDIKE, apresentou uma Teoria Multi-
factorial que constatou que a inteligência envolve um amplo número de capacidades intelectuais
diferenciadas, totalmente interligadas.
Por sua vez LOUIS Thurstone, utilizando o método da análise multi-factorial, propôs a
existência de factores independentes relacionados à inteligência e capacidades mentais primárias.
Thurstone resumiu os tais factores em 7, designadas por:
1. Espacial (factor S);
2. Rapidez de Percepção (factor P);
3. Numérica (factor N);
4. Compreensão Verbal (factor V);
5. Fluência Verbal (factor W);
6. Memória (factor M);
7. Raciocínio Indutivo (factor I).
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Nesta perspectiva encontramos (RAYMOND Catell & JOHN Horn 1942:1998) a partir de
estudos e correlações de capacidades primárias da inteligência, de Thurstone e o factor (g) da
teoria bi-fatorial, de Spearman, constataram dois factores gerais de inteligência designados:
 Modelo de “Inteligência Fluida (Gf);
 Modelo de Inteligência Cristalizada (Gc).
Estes modelos de inteligência de Cattell driblam a concepção unitária da inteligência de Spearman
ao contemplar a existência dos dois factores acima mencionados. Para compreender em
profundidade a teoria desenvolvida por Cattell, é essencial compreender no que consistem seus
dois principais factores.

3.2.Inteligência fluida
Para Cattell A Inteligência Fluida é a capacidade de resolver problemas novos de forma
imediata, ou seja, flui com “destreza”, quase que de forma instintiva, automática, em dado
momento. Portanto, utiliza-se de raciocínio lógico e intuitivo, e inclui formação de conceitos,
sem a necessidade de receber instruções ou de influências socioculturais.
Este factor refere-se à capacidade de se adaptar e confrontar novas situações de forma flexível,
sem que a aprendizagem anterior seja uma ajuda decisiva. Envolve capacidade de pensar e
raciocinar de forma abstracta e resolver problemas. Esta capacidade é considerada independente
da aprendizagem, experiência e educação.
A Inteligência Fluida está relacionada a factores biológicos (genéticos) e tende a diminuir
durante a idade adulta. Por esse motivo, alterações orgânicas que acontecem com um indivíduo,
decorrentes de lesões e desnutrição e outras situações relacionadas a problemas genéticos, irão
influenciar directamente a Inteligência Fluida e não a Inteligência Cristalizada. Pode-se observar
que a inteligência fluida atinge seu potencial máximo durante a adolescência. Assim, a partir da
vida adulta, esta capacidade tende a diminuir em paralelo ao envelhecimento e deterioração do
sistema nervoso.
A inteligência fluida é basicamente configurada por competências primárias, como indução e
dedução, relações e classificações, a amplitude da memória operacional, ou a velocidade
intelectual. Esta capacidade pode ser avaliada a partir dos testes que medem o potencial biológico
do indivíduo para aprender ou adquirir conhecimento. Em muitos casos, a inteligência fluida tem
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sido comparada com o hardware da inteligência, pois são esses aspectos que sustentam a
capacidade futura do indivíduo.

3.3.Inteligência cristalizada
A Inteligência Cristalizada, que também pode ser denominada de sabedoria, é a capacidade que
uma pessoa tem de resolver problemas (simples ou complexos) de forma prática, baseando-se em
conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, por meio de estudos (intelecto) e “solidificados”
por meio de experiências vividas. Normalmente a Inteligência Cristalizada é influenciada por
factores socioculturais e desenvolve-se ao longo da vida, com a idade. Por exemplo:
 Competências;
 Conhecimento;
 Habilidade;
 Atitude.

Inteligência Cristalizada envolve o conhecimento que vem de aprendizagem anterior e


experiências passadas. À medida que envelhecemos e acumulamos novos conhecimentos e
compreensão, a inteligência cristalizada se torna mais forte porque tende a aumentar com a idade
por estar relacionada a actividades socioculturais.

Exige uma capacidade maior para a solução da maioria dos problemas complexos que acontecem
no dia-a-dia, a partir de experiências culturais e educacionais. Dessa forma, a Inteligência
Cristalizada pode ser demonstrada mais em actividades escolares.
Este factor no modelo de inteligência de Cattell refere-se a aquele conjunto de capacidades,
estratégias e conhecimentos que representam o nível de desenvolvimento cognitivo alcançado
através da história da aprendizagem do sujeito. Exemplo desta inteligência cristalizada pode ser
a compreensão verbal, avaliação e valoração da experiência, orientação espacial, conhecimentos
mecânicos.
Esta capacidade é avaliada por meio de um teste que analisa os conhecimentos adquiridos através
da interacção com o meio sociocultural. Se a inteligência fluida representava o hardware, a
inteligência cristalizada vai ser o software.
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4. Inteligência fluida versus Inteligência cristalizada


De acordo com KNOX (1977) constituem a capacidade global de aprender, raciocinar e resolver
problemas. Inteligência fluida e cristalizada são complementares em algumas tarefas de
aprendizagem. A Inteligência Fluida está relacionada ao conhecimento, enquanto
a Cristalizada se relaciona a atitudes e habilidades.
Ambos os tipos de inteligência são igualmente importantes na vida quotidiana. Por exemplo,
quando estamos perante uma prova, o individuo usa a inteligência fluida para chegar a uma
solução, mas também deve usar a inteligência cristalizada para lembrar as fórmulas exactas que o
individuo precisa usar. É importante referenciar que as pessoas podem apresentar entre si, um
nível igual de inteligência fluido e diferentes níveis de inteligência cristalizada, do estímulo que
cada pessoa estimula e investe no desenvolvimento desse factor.

Inteligência fluida, juntamente com a cristalizada, são factores que Cattell se


referiu como inteligência geral. Enquanto a inteligência fluida envolve nossa capacidade actual
de raciocinar e lidar com informações complexas em torno de nós, inteligência cristalizada
envolve aprendizado, o conhecimento e as habilidades que são adquiridas ao longo da vida.
É importante notar que, apesar do nome, a inteligência cristalizada não é uma forma de
inteligência fluida que se tornou cristalizada, mas sim os dois factores de inteligência geral são
considerados em separado e distintos.

5. Inteligência fluida & inteligência cristalizada ao longo da vida


Inteligência fluida foi considerada por muito tempo tendo o pico muito cedo na vida. Alguns
aspectos da inteligência fluida podem ter o pico tarde, como aos 40 anos de idade. Inteligência
cristalizada não tende a atingir o pico mais tarde na vida, atingindo seu ápice em torno de 60 ou
70 anos de idade.

 Ambos os tipos de inteligência aumentam durante toda a infância e adolescência;

 Picos de inteligência fluida ocorrem na adolescência e começam a declinar


progressivamente começando por volta de 30 ou 40 anos;
 Inteligência cristalizada continua a crescer durante a vida adulta.
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6. Estrutura do modelo de inteligência de Cattell


O modelo de inteligência de CATTELL quanto a sua estrutura a inteligência está detalhado em três
níveis hierárquicos de diferentes generalidades. Que são, factores de primeira ordem, factores de
segunda ordem e por fim factores de terceira ordem:

6.2.Factores de primeira ordem


Estes seriam os factores mais específicos dentro do modelo. Eles contemplam habilidades mentais
primárias tais como a memória, cognição e avaliação;

6.3.Factores de segunda ordem


De um carácter muito geral do que da primeira ordem. Nos segundos factores são enfatizadas a
inteligência fluida presente e a inteligência cristalizada, que irá determinar a expressão dos factores
que estão abaixo deles;

6.4.Factores de terceira ordem


Finalmente, aqui estão os aspectos mais genéricos do modelo. Nós podemos encontrar a
inteligência cristalizada histórica com base no investimento na aprendizagem comum, adquirida
fundamentalmente do contexto escolar e familiar. O modelo de inteligência da Cattell nos mostra
um projecto factorial baseado em dois factores principais, localizados no topo da hierarquia, que
determinarão através de uma infinidade de processos e influências mútuas o desempenho de cada
indivíduo na diversidade de capacidades, estratégias e conhecimentos. É um modelo interessante
que pode nos ajudar a compreender a complexidade da construção da inteligência e a continuidade
da investigação em torno dela.

7. Modelo hierárquico das habilidades humanas de Gustafsson 1994

7.2.No nível inferior


Aparecem as aptidões intelectuais defendidas por Thurstone no factor (g) da teoria Bi-Factorial.
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7.3.O nível intermédio


Surgem factores ditos gerais e já mais próximos da teoria de Cattell: Inteligência fluida que
abarca factores primários tais como Indução, Raciocínio geral e Cognição das relações
figurativas; Inteligência cristalizada que abarca factores primários como a Compreensão verbal e
a Cognição de relações semânticas.
O factor geral de Visualização que abarca a Visualização, Orientação espacial e Flexibilidade de
encerramento.
O factor de geral velocidade e precisão do processamento de informação em tarefas cognitivas de
não alta complexidade cognitiva, e que abarca factores primários como a aptidão Numérica e a
aptidão Perceptiva.
E o factor geral de Evocação, da informação estruturada em conhecimento, ou seja, na memória
de longo prazo, e que abarca factores primários como a Fluência de ideias e a Fluência de
palavras.

7.4.No nível superior


Encontramos um factor de inteligência geral (g), no qual todas as aptidões de segunda ordem
apresentam saturações elevadas (como a saturação de inteligência fluida).

7.5.Estudos ou modelos anteriores


Ao aplicar o modelo de três camadas CARROLL levou em conta outros modelos de factores de
inteligência. Por exemplo o do factor "g" Spearman, Modelo Thurstone Mentais primária
Capacidades e inteligência cristalizada e inteligência fluida de Cattell.
O factor "g" de Spearman é chamado de geral. É também um factor determinante que, de acordo
com a teoria de dois factores de Spearman, é comum a todas as habilidades intelectuais e reflecte
a capacidade mental de um indivíduo em realizar trabalho intelectual.

Habilidades Mentais Primárias de Thurstone (1938), um modelo alternativo multi-factorial das


habilidades cognitivas, especificamente identificados sete habilidades mentais primárias, que são
independentes uns dos outros e especializada em diferentes operações e tarefas que são:
Compreensão Verbal: Capacidade de entender ideia expressas em palavras;
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Fluência Verbal: Velocidade e variedade de palavras que podem ser produzidas de forma rápida
e flexível;
Numérico: capacidade de resolver problemas simples de cálculo;
Espaço: Capacidade de visualizar objectos em 2 ou 3 dimensões;
Memória: Lembre-se e reconheça as informações apresentadas anteriormente;
Velocidade Percentual: Discriminar detalhes de configurações complexas;
Raciocínio: Capacidade de resolver problemas com base em deduções lógicas.

8. Teoria dos três estratos de inteligência


A teoria dos estratos da inteligência foi postulada por Carroll 1993, um psicólogo americano
especializado na psicologia da linguagem. Baseada em Spearman, Thurstone e Cattell, Carroll
estuda as capacidades cognitivas humanas. Este modelo explica que a inteligência é composta de
três estratos:

8.2.O primeiro estrato


O mais simples, que inclui capacidades muito específica que agrupam as aptidões mentais
primárias colocadas por Thurstone, aquelas que consideramos mais básicas como a memória,
cognição e avaliação.

8.3.O segundo estrato


É agrupado em 7 factores mais complexos que reúnem todos os anteriores:
Inteligência fluida: raciocínio indutivo e raciocínio quantitativo;
Inteligência cristalizada: Linguagem impressa, compreensão da linguagem, conhecimento do
vocabulário;
Percepção visual ampla: visualização, relações espaciais;
Percepção auditiva ampla: Discriminação do som discursivo, discriminação do som geral;
Velocidade cognitiva geral: velocidade para realizar teste, facilidade numérica e velocidade
perceptiva;
Ampla capacidade de recuperação: fluência, sensibilidade a problemas, figurabilidade e
facilidade de nomeação;
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Ampla capacidade de memória: amplitude de memória, memória semântica, memória livre,


memória visual;

8.4.Finalmente a terceira camada


É um factor de inteligência geral (factor geral) que engloba os estratos anteriores, mas enfatiza a
importância da inteligência fluida e da inteligência cristalizada. Reúne todas as habilidades
cognitivas e está relacionado à complexidade da actividade cognitiva: as de capturar relações
entre elementos, conceitos abstractos, raciocinar, analisar, encontrar características comuns entre
elementos superficialmente diferentes e inferir conclusões a partir dos elementos de informação.
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9. Conclusão
A Teoria dos estratos de inteligência fez importantes contribuições na psicologia e no estudo da
inteligência. No entanto, algumas críticas foram feitas, especialmente no fato de não se
aprofundar na natureza ou no funcionamento da inteligência, e apenas dar uma visão descritiva
da mesma. E outra que se destaca é o uso do Inteligência Cristalizada de forma determinista e
geneticista, dando origem a certos preconceitos sociais, culturais e ou de género.
Raymond Catell 1942 e John Horn 1998, a partir de estudos e correlações de capacidades
primárias da inteligência, de Thurstone e o factor (g) da teoria bi-fatorial, de Spearman,
constataram dois factores gerais de inteligência: chamado modelo de “Inteligência Fluida (Gf) e
Inteligência Cristalizada (Gc) ”. Este modelo de inteligência de Cattell dribla a concepção
unitária da inteligência de Spearman ao contemplar a existência dos dois factores acima
mencionados.
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10. Bibliografia
CARROLL, J. Human cognitive abilities. Cambridge: Cambridge University Press. (1993);
CARROLL, J. B. Cognitive abilities: Constructing a theory from data. In D. K. 1994;
CATRELL, R. B. Inteligencia: Its structure, growth and action. 1987
ENCICLOPÉDIA MICROSOFT® Encarta®. © 1993-2001 Microsoft Corporation. Todos os
Dicionário Aurélio, versão 2.0.2600.2;
OAKLAND T. Avaliação psicológica: perspectiva internacional. São Paulo: caso dp psicólogo.
2005.

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