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‘Aue dee Gon Rib Str 4 pro de Fe a ners cn nao “lg eae conpone do a pgs cpt ae Soe Ce [by Pai ning Para Regina, ulber que amo Pane mes fos Sanda, Marcio ¢ Leonardo, que “id pasaram on eto pase peas disper dat ‘price avaiaias ands prents na eco. wane aoa Para minbas metas Cro il Nanda e para mews lem liam macy ne ese 9 emule ds anc de spoon poninenedoniesabioga 737) ro Bal = dc de 0F | | Indo pare ioe siete: 2erawte vida serem graves, 0 edueador necesstaré do auxiio de outros profissionals, ts como oorientador-pedagégco, 0 psicslogo ea irego da esena, para proceder a encaminhanentos necesirias «dessa forma minorar 6 efeitos negativas desses processas sobre s aprendiaagem escolar Lembramos, por im, que 0 ato de avalar, tendo como ea racteration a investigaooo, se necessrio,aconsoquente inter ‘vengio,estabelece uma ponte entre seu modo de ser © modo do agir da cidnciae da tecnologia, ‘A cifacia investiga produ 0 conhecimento, ao paso que 1 tecnologia, nui momento posterior, o aplca na sougio dos problemas ¢mpasses humanos. De modo semelhante, 0 ato de ‘vale a aprenden, em primero lugar, envolve uaa invest- go sobre a qualidade dos resultados de wna agio ex anda ‘mento, desvendando-a em sua satisfatoriedade (ou nilo), ¢ a seguir se necessiro,subsiia solugGes com base nesseconhoci- mento, O ato deavaliar—cnjas nuangas sero tratadas nos ea pitulos que se seguem ~ constitu, por conseguinte, um ato ientificoe assim deve ser praticado. Em sintese, o ato de avallar a aprendizagem, ainda que tenba muitos componentes metodolégicos eomprometides, & simples. le 60 ato por meio do qual perguntamos ao nosso ed cando se aprendeu o que ensinamos, Se o educando aprenden, <6timo; se no, vamos ensinar de nove, até que aprends, pois © importante ¢ aprender, Todavia, esse ato simples envalvo-se, ‘como veremos, num conjunto de fatores histrios, soins e psi- coldgiens que o torna quaseinvivel. Para aprender ~e eftiva- mente praicar ~ a avalagio da aprendizagen, necesitaremes Fazer uma “eseonstrugo” (usando umn termo da mova) de nos- sas crengas mais arraigadas e de nosss habitos de ago; neces- sitaremos de transitar do senso comum para senso citico nesso Anbito de conecimento, Primeira constata¢ao: a escola pratica mais exames que avaliacao Para realizar madlongas om nossas condatas, 0 primeira passo & tomar consciéncia, dle mado exitico, do nosso agir ‘ottnetr, Padre Henrique Lima Voz, tum pensador brasileiro, dis que, quando algun padrao de condutaj4 ndo nos ajuda masa eiver bem no cotidiano, ‘std na hora dele passar por um “tribunal de razao", isto 6, ser inventarlado, criticado e repropost. Este eapitulo tom por objetioo trazer a consciéneta uma conduta que se tornow habitual em nosso dia a da escolar — confundlis os atos de examinar com as de avatar a ‘aprendtzagem como se fossem equivalentes -, que jd no nos ajuda mais em nossasatteidades de censinar,esperande desrjando que essa constataedo subside uma now configuracta para o nosso agi: ‘Obsorvando 0 que acontece com esses dois moos de agit— nar aval a aprondizagem -, toma-se possivelestabele cer asdiferengas entre eles, de tal maneira que possanos utlizar ‘conscientemente um ou outeo, sem confund-os. (© presente capitulo destina-se ao levantamento do con: junto de caracteristcas desses dois atos, possibilitando-nos tomar consciéncia da eonfusio que oeorre em torno dos seus 2s Paste Primi consitag: a escola pratica me exames que avallasto ts no cotidiane escolar assim como no sistoma de ensinoe na vida social, Fato que justifies nosso ponto de vista de que, hoje, 1 esoola baslelra~ plea ou particular, de-ensino fndarnen- tal, mého on superior - paticamos predominantemente exames escolar, em vex de avallaglo; todavia, de forma inadequada, ‘osamos o term “avalingo" para denominar essa pres, ‘Nos ities 70 anes, fora clo Brasil eoano dentro deste pas, ‘aparosameate, fonos transitando do uso da expresso examninar «a gprendizagem para owso de aaliar a aprendizagem dos est- dontes,porém, na pstica, continuamos 2 realizar exes — ot soja, mudamos a denominagio som mudar a pritiea, Eno, nos dias tunis, em nossa escolas,ofetivamente anunciamos wma que revela um ‘equivoco tanto no entendimento quanto ma prities iste, de ato, uma pareoenga entre os doi tos que, a collar superficial, parece ser equlvalntes, 0 que truzcomocon- sequéncia praticar exames e denomind-los de avaliagio, Bssos sos verdadeitamente tim ci comnam apenss 0 primesro paso, ‘que 6 wexighneia da deseritiva da realidade do desempenio do ‘edueando, no mais, so esencialmonte dstntes. Cabe terclare que resistencia transtar do ato de exzaninar paraoato de avaliar tom res muito mais complexe profundas {quea parceenga entre eles, como terenos oportunidad de ver no cxpitulo subsequente, Contudo, tambim aio se pode dear de lado essa parocenga, que pode nos engana tem nos enganado. [No que se segue, neste capitulo, ientiiearemos e desere- vveremos as earacterstieas dos atos de examina e wala, as quais podem nfo ser eaustves, mas certamente so suficientes para ‘ propésito de distinguir os dois tos A fim de sealzar essa proposta, num primelro momento ‘configuraremos, de modo comparativo, os tos de examinar ‘coisa ~ avaliagio~e fazemnos outra ~exame svaliar, num segundo momento, em decorrenca das distinges ‘stabolecidas entro 0s dois modos de ag, tornaremos eompreen- sivel quanto nossa peética escolar, hoe, ainda 6 mareada pelo ppredoininio de exames escolares, denominados indevidamente de avaiagto Yale ainda ressatar que, quando, neste capt, tratarnas deavaliagi,estaremos focadosessencialmente naavalagio de acompanhamnento", em conformidade com a comprecensio esta- Delocida no capitulo anterior. 1. Caracteristicas dos atos de examinar e avaliar na escola As caractaritieas dos stos de examinar de avalar serio ‘configuradas Indo a lado, tendo por base comparativa as se- _guintes varies: 1) temporalidade; 2) solugto de problemas; 5) expectativa dos resultados 4 abrangéncia das varivls con- siderads, 5) momento do desempenko do edueando; 6) fun ‘gio do exame ¢ da avaliago; 7) consequéneia da fungio: §) ddimensio politica do exame e da avaliago; 8) ato pedagegico Aina deste capitulo, perceberemos com maior clare ahi- otese-guia, anuncada anteriormente« que he dé organic, ‘ou se 8 enimpreensto de que, hoje em nossa escola, 0 modo de scommpanha& aprendazagem das nososelucands est mais com promt com os exames eseolares do que oom a avallag, 1) Quanto 2 temporatidade, as examesestdo voltados para passado ea avalacio para o futur. Noeaso, os exaimes escoares e eadémiens esto voleados para o passado, 0 que sgaifiea que, numa pratica de exame, fesperase que o estudante manifeste aquilo que ji aprenden. 21 Pate io imports o que ainda possa on precise aprender; e sim que ‘le soja clasieado com base na aprendagem manifesta 40 responder aos instramentos de colots de das sobre o seu de= sempenlo, aqui e agora Parao ato de exuminar, vale somente 0 quo o estudantecon- Seguin assimilro expressar até 0 momento presente, como de- sempenho resultant de sua dedicagio aos estudos no tempo anterior Aquele em que se submete is provas. Ser premiado {aprovato) ou eastigado (reprovado) em fungso do que conse: _guin aprender até-0 momento ck prov, Ab examinadorinteressa apenas o desempenko presente do ‘educando, como decorrente do que jéaconteceu, Nao Ihe im- porta saber se ee pede aprender ainda on até aprender mais do ‘que aprendeu;importathe somenteo aprendldo, Com base nesse dado, o estudanto sor classifcao, de forma quaseinape- livel, pois que, no cotdiano escolar, dificilmente a cassiReagio do um estudante seri modileada apés seu registro, nsualimente sobre a Forma de neta on voneeito. Diferentemente, ato de avaliar esti contrado no presente «voltae para 0 futuro. Ao edueador gue vals interessinves- tigaro desempenho presente doeducando, tendo em vista seu firuro quese express como a busea do sew melhor aprendizado fe consequente desempenho. Por isso, intoressathe ter 0 dag _éstico (o retrato”) do que o estudante aprenden, mas tam bbém do que necessia aprender ainda, assim eomo Ihe interessa saber, caso os resultados obtidos sejam insatisatérias, quais os fatorescondiionantes desse nivel de aprendizagom — ais como: lisfungio emocinnal do edueando, carbncia de pré-requisitos, ‘qualidade das atvidades docentes, assim como do material di- ‘itico utilzado, sem esqueverfatores como us condi Hisieas ‘adiinistrativas da escola em que o educando esté matriculado, regime escolar. Todos esses fitores, e possivelmente ontras, stuam sobre @ processo de aprendizagem do edueando, Um edueador que avalia tem nogio clara de que a aprendizagem to depende exclusivamente do prépria edueando nem, com cexelnsividade, do pripro edueador. Diteta.eimediatamente, a aprendizagem deponde da rls 0 edueador-edueando, poréan, para além dees, exstem cou: plexas vardveis que intervém na produgio dos resultados da prendizagem do edn, poitiva ou negativamente, Caso 0s resuledos sejam negativs, para sua melora, as variveisintes- ‘venientes precisam ser removids ou, a0 mens, modifcadas. A sprendizagem dos educandos depende dem sistema de casas, fe nlode uma causa ‘nica, Desse mado, as difienldades podem teravercom o edcando, com o educador ou com as condigses {de ensino, com o eurefeulo ou com outros ftores que transcen- dem a sla de aul Para 0 avalador da aprendizagem, a aprendldo interessa somente como diagnéstico do estado do desempenho hoje; in- teressa conno um retrato da aprendizagom no momento atal 0 foco do avalador 6 0 presente, na perspectiva de construgio do futuro, Nesse caso, 0 passado serve exclusivamente coma fonte explicativa do presente, que, por sua ver, serve de base parvo fu Assim sendo, quanto A variével temporalidade, os atox de examinar e avaligr si0 opostos: o primeiro esté voltada para o passado ¢ 0 segundo para o futuro. sso tem ama Importancla findamental. 0 aprisionamento no passa nao permite solugées para os impasses, pos, nese c3s0, a atrago pelo passado toma mais tempo e mais energia do que aatra- io para o futuro, Primera constatao: a escola pratica mas exames que avallagdo rane Seria insano investir om atos de avaiagio, caso nfo hou ‘esse deseo de investi na methora para o futuro. Nenhum eupresi fiz walago da sa empresaem faneionamento es tasvamente para cassia on oa, nou ui el a lis para encontrar a melhor soligio para os impasses que cnfonty ele a aaa comm o ola volado para as possiiidades futucasde sucesso, 0 mesmo ocorre em nossa gies cota ‘mesmo deveria ocorrrna escola in tudo o que feos, estamos em busca da constr da sneor quads des esos de nossa ago. Quando se praca lg tpo de sain, nose usa a clssiicago de alguna coisa, mas sim osu dagéstico que pe epontar para a eesi- ‘ade de novos ends com wna ago em andament, [Na escola, ifelizmente, por obra do senso coma prego em nosso ineonsiente, pratieaos exanes, elas ‘ando nosso educandes, ato que to subside gerira melhor 1 sen desempento Bm sntse, quanto is dimensBes do tempo, o ao de xa sina tems oor Bada no pasado ode avaliar st voltado para futuro (ou melhor, do presente para futuro) 2) Quanto a busca de slug, os eames permanecem apri- sionados no problema ea avalagovaltase para suc. ‘Avauiével “busca de slug est artical com a anterior. ‘Uma yer que os cases esto vlads para o passa, permane- ‘em atelados ao problema. E enti, permancoe a upartncia do «que nao existe solugio posse para os impses: “os educancks presenta diiculdades de aprender’, por mas ues fag o8 resultadas io insatsfanrios” o fracasso escolar 6 uma cee “condigBes de ensino difcaltam uma interven signiicativa, tendo em vista methora das resultados" Premera constatago escola pratlea mals exams que avaiagdo As frases nals comnns que otvimos em nossas escola, re- lacionadas a esse entendimento, sio do tipo: “Os estudantes [Mino so interostados como exam antigamente; por sso, ni aprendem"; “Eu ensino, fago tudo o que € possvel, mas cles ‘no aprenden”; “Com tantos estudantes numa turma, ao hi nada a fazer; muitos tom de ser reprovados mesmo"; "Nao po- demos aprovar quem io aprenden”. De fato, com a filosoia ‘calta sob essas expresses, no poderemos, de forma alguma, investr na melhoria da aprendizagem. Nesse contexto, 0s ex3- mos sparentemente revelam o problems, poréi, de fto, dio base para essase outras expresses que sio mais lamas que dlagndstions verdadeiros. ‘A Lei de Dineties e Bases da Educagio Nacional diz.que ‘0 ediucador cabe partcipar da claboragio do projeto politica- -pedagégio da escola, proceder ao plancjamento do ensino & elar para que a aprendizagen sejasatsfatéria. Todava, com as ‘posturasanterormenteindieadas, difelimente vamos 2elar pola aprendizagem, buscando sokugdes para os impasse; ao contriro, ‘com a lamentago exprossanessus falas, permancceremos ape- sionados nas difculdades, parceondo que nada pode sex feito a fim de melhorar os resultados ‘A avaliagio est nana posigio oposta a essa Por voltar-se para futuro, estévinculada a busea de solugo. 86 fu sentido trabalhar com avaliagdo se estivermos desojosos de buscar so IngBes, visto que o ato de avallar, em si, ésubsidiro de solu- Ges. Se nfo for por um desejo claro de abter © melhor resultado de nossa ago, para qf liagiio? Seria insano invest nosso tempo e nosso esforgo em algo que nio teria outra Fungo sen somente evelar um pro- Dlema, Aesséacia do ato de avaliar 6 subsidiar solugies tendo por base umn diagnestico. iniamos devdear-nos 8 ava 2»paste Por vezes, em edhcagio, prendemo-nos aos miltipls le vantasnentos de dads sobre 0 desempenho do edvcando, da escola ou do sistema de ensino, mas nfo nos dedicamos a bus care praticar solugies adequadase constrtivas. Por isso, nfo raro, anuneiaravaliagio ("De novo, avalasio?!") provaca tédio em nds, 6 que estamos cansados de pratc-ae no ver as con sequoncias que dela deveriain decorrer.O diagnéstico, decor. rente do ato de avaliat, 60 ponto de partida, Cabe a0 gestor es, Awvaago mostra a nevessidade de wna solugio nova, através da qualificagio da realidade;eabe ao ges- tor invest nea (Os exunes escolares esto aprisionalos nos problemas da aptendizagem e neles se perdem, tomnando diel qualquer pssibilidade de busca de solucio para osimpasses encontrado Aavallagio, a0 contriso, por voltae do presente para futuro, ‘esta atenta de glues A Fangio central do ato de avaliar €sub- sidiar solugies para os impasse dagnosticados, a fim de chegie ‘de modo sutisftrio os resultados desejdos. investirem sol Char para os atos de examinar e de avaliar na escola, {endo com base a “busca de solugio”,leva-nos mals wna vez compreender que se trata de atos opostos, Ambos revelam problemas; contudo, 0 primeiro aprisiona-se neles & 0 outro ‘subsiia ultrapassilos, 3) Quanto a expectatioa dos revultados, 0: exames esto centrados com exclusieidade no produto final ea avaliagdo, no processo eno produto, av mesmo tempo. ‘De forma compatiel com a caracterstiea do “estarem voltae dos para 0 passed”, os eames assentam-se com exclusividade sobre odesempenko final do examinado, on ej, sobre a uprendi- ‘2agem final 1. qual ehegon o educando com os seus estudos Primeteaconstatago: Osexamesassemelham-se Aavalagio decertieagio, nda que no soja equivalentesa ela. Na pritia esoar es examnesusualmente ‘corre no final de wma unidade de tabalhos pedagégens, que pole ser interes o proceso através do qual oestudantechegon a desin- penko, porle manifestado, jem nna prov eserta, em uma de- nonstrago ou em ui entrevista, desde que o conto de tengo o desempenbo finale mle 0 proceso. Asituago 6 to verdadeira que se umn estudante apresen tar respestas correta obtidas por melas fraudulentos e no for descaberto nessa pritien as respestas So assumidas como cesta, ois alla somente parao produto. Para melhor compeeender a questo, vamos prmelto para fora dos muros da eseoh: 0 vestibular come meio de acesso 20 smestre, wm semestre ou um anoletvo. No caso, 9 ens superior ona prov eliza em qualquer concurs para sors determiauda ativdadeprofsional nuana empresa ou nua institu pics caracterizam-se como canes. Nessas ‘eases, tem seem conta somente 0 desempenho do exami- ado 0 momento em que ele estésendo examina ~ nem antes nem depos com ese desempenho que seréclasiicado 10 raking sltivo. Deetro da escola, educand no esti concorrendo a nad, sna 0 exames so praicads de igual forma, como see est ‘esse concoerenda a alguma coi, oi, com base em seus ae tose eros um teste, é casifeado noma esa de nas on de ‘conceit. Isto & 0 que ocore nos concues 6 tranapsto para as aividados om sala de aul, ainda que sejam circunstinelas bw diferentes. O candidat que se smote a um coneuso est cm sca de una vga nasal de au, estudante est somente «em busca da aprendizagem. 2: ante Primeira cons lagao: a escola pratca mais mes queavallaio ‘A avaliagio, versamente dos exames, tem como centro predominante de atengioo process de constrag de wm rosul- tado, sem perder, em momento algum, a perspesiva do produto inal que dele decor e sobre 0 qui, por mio da “avaliagho de rod”, nidiracertifieagio, Hs coseidnea da importincia do pret final, mas tambe hi conseiéncia de que, para seche- igaracle, importa investinento no proceso. ‘A walla, na modalidade de acompanhamento, trabalha com resultados intermediiose sucessivos, tendo em iso re sultado mais abrangente da ago que, em dado momento, ser consderado como final, A questio findamental no é 0 Ins 2ss0, sempre possvel, mas sim como utilizar o conhecimento do insucesto como base para wm novo passo na aprendizagem, ‘que quer dizer para o cess. Em sintese, no que se refere& expectativa de resultados © ‘exame tem sua atongio centrada com exclusvidade no produto final da gio, ao passo que a aallag se concentra no processo {scompanhamento) para ehegar ao produto (certifieagio) ~ ou ‘soja avallagio contra-se no process sem esquevero produto, (0 exame escolar espera o produto final, esquecendo-se do processo; a avalacio subsidia a sua eonstragio, sem perder 0 produto de vista, 1D) Quanto 2 abrangéncta das warlécetsconsideradas, os cexamos simplificam a realidade, enquanto a avaliaeao tem presente a complesidade. Os exames simplifcam a realidade ao atvibuir oxclusiva- mente ao edueando a responsabilidade pelos resultados da aprendizagem, sojam eles positivns ou negativos;e, no cas0, 0 edueador ¢ tomado simplosmente como se fosse neutro & ‘sent de seus condicionantes psicolgiens e culturais de exa sminador. Esse modo de air na verdad, faz sentido na prea dos oxames, possi selativusecassiicats- tos, como voromos mss frente, mis ni tu sla de ana, onde e stem buses da pooningen, om efeito, os exames, quando trans- posts indevdamonto para sala de au 0 lps bn satis Tevam em eonsideragio a complesidae das [est tn -varifyeisintervenientes no processo de onsino- | “Avtato dhaprendaagen aprendingem © nos prproe ws de testara | Scamp wc sprendizagern dos edvcandes Sete Sota drne oe (0 sto de examina, quunda iiady oo Rute contetodoensno aprendzagemnacscob, ge tei tata neicamentefiando,tomacedveader eo edi- Ci 15, ested feo do relaes; cn se eistisom sem i aeceor tra terfeéncia das complesas relagdes com as pobbr ene sprees no ape, a esponsidde¢ dele 2s ante ‘olds goss ese iin. seleasn Arp an ‘hese do vai in a espe dren etl sogs de eng rte form song ‘com oma senda ceti Nese conterto, oestudante deve ser responder As questfex aque agora, 90 mo- manto das provas ou dos tsts; no porta se sain anes oa confundiu neste momento de respond o Instrumente, nem 4 poders vir asaber depots. vida s6 al que res onder, pontsinente, aie agora, ro mo nent da prove ou do tet, ej deforma satin ou insatisftria, Una cen bas tant conheca de tos ns 6a seglnte por casio don exes, jam eles pratiads fora con dento da sade aula amet, ap tor nied a pon, o candidate ou estudante sa do ambiente onde ptcpon da tvidade cemminativaepermmoce al por algun tempo refleindo sobre sas respsts esse mesnn estado de peo, encon- tras com outros colegas que se submete ram a igual experiencia entto, por meio de tm logo, sii eheragem dag que te aceriou ou se econ nas rexponas.Sio etd ou ois falas gnats tess quo so soguem: "Pu com fui diar de responder? “Como nfo rn lombret dasa reaposta, to simples?" Meu Deus, «questo X era a simples de responder ¢ ex me confund. Como fo que sso aconteona? K por af seguem os omen trios sobre aqullo que se sabia eo se res pondeu adequadamente wf Primeia constatao: a escola pratica mas exames que avaingso “Tova tus comentiiosservem exclusvamente para um de- ssl, Do panto de vista do exame wala, as lembrangis © ob- se-vages no servem para nada, pos énlo se poe retomar as prvi afin de consert-las on completi-as. Essa &arega ‘Come participates coum exame, o estdantes teria deter recortado © manifestado 0 seu saber 80 momento exato em que responderam & prov; dopo dss, de nada mais servem as lem- brangas rscordagies, Em sintese, os xames so pont ‘Aawalagio, ao contrévi, €ndo pontual. Iso significa que 0 sto de valine leva em consideragio o que estava oorrendo antes, ‘que esti ooorrendo agora © 0 que ainda pode vir a ocorrer m0 Foto, prérim ou distant Comao ato de avaliar é constritivo, no se vineulasomente 0 fostante tual, mas considera as variévels presents na situago vliada, asin como a perspective de eonstruir resultados mals satisfatérios no futuro, Tem um eomprosnisso com 0 passado {como vinha ccorsendo o desempenho?), com o presente (o que cestd ocorrendo agora, como resultado de um passado?} € com 0 futuro (o que poderé ocorreramant oa depois, a partie de pos “ici intervengies nessa situagio?) Naesvola, um examinador poderé dizer @ um estudante YVooé nao sabe.” Poréin um avaliador diré:“O que ocorrew pora que sen desempenho, neste momento, esteja sendo insa- tisfatirio?”; ou “Voed ainda ndo sabe, mas poderd saber, se traballarmos mats um pouco.” faa do examinador é taxativa ‘eexcludente, ado avaliador ¢inclusva econstrutiva, pel fato de oexame ser pontual ea avaliagio ser ndo pontual 6) Quanto a funge, os exemes so elassfieatéros ea ac ago ¢ diagnéstica ‘Em decorrGacia ds caractensteas anteriores os examnes 0 2 pante assifcatrios, on seja: tanto 0 candidato nur coneusso quanto ‘estudante em sala de aul so situados numa esal, ‘Amis simples de todas as cssifieagies esclares nel so mente dois niveis: aprovado ow reprowde, Todavia a mals ccomum de todas as escalas clasifiatérias na prétien evento escolar 6a de notas que variam de 0. 10, Eisen, ainda, vrios tras tipas de escalas: uma delas, ito utiliza nos cursos nt versitirios no Brasil apés a reforma universitria de 1968, ser via-se dos seguintessimbolas, com suas respoctvas qualidades: (SR) sem rendimento, (1) inferior, (M1) médko inferior, (ME) méalo, (MS) malo superior, (8) superios, Ontra escala, tendo por hase somente qualidades, esta estabolecida da seguinte forma: inferior, regular, médio superior, excelente Outra, ainda, a eseala por letras: A, B, ©, D, B, Mais recentemente, ‘em consequeéncia do ensino por objetivos,instituiu-se a se- gulnte escali: objetivos zo construfdos,objtivos em consteu- ‘io, objetivos construe. Cabe observar que, em todas esas esealas, quando utiliza- das na escola. on nos concursos,usualmente, existe um ponto de referéncia no qual ¢ acima do qual ocorre a aprovagio e sbaixo do gual, a reprovacio, “Todavia, nos concursos, existem cass de uso de escalasclas- sifeaéria sem a adagio de tum ponto de referéncin — om seja, engquanto houver vga, todos os que se submeteram a ina prom, podem ser admitdos, desde que nioteaham obtide nots ze, numa estratura de valores decrescentes, A classifleasio, por sua esséneia, ao estabelecer um ran- ‘queamento, inet alguns ~os aprovadios ~e excl outros ~ 0s reprovades. A svaliag diferentomente dos exames, tem por earae- terfstica propria ser diagnéstica, © que implica em nao ser Prieta constatado: a escola praticn mats exames que avalia0 classifieatoria, 0 que quer dizer que 20 avaliador no colocar 0 seu objeto de estudo num ranking, que vai do maior ara o meno, com um ponto de sprovagiolreprovago. Interessa somente constalae a qualidade da stuagio para, se necessirio, proceder anna intervengéo Dizer que a avaliagho & diagnéstica constitul um pleo- nasi, una tautologa, Toda avaligio pelo préprio Lato de ser avaliagto, dove ser diagnéstica Trata-se de earacterfstica cons- titutiva sa, Conti, mesmo ssbendo dss, temos initio (© ‘relo que vamos continarinsistindo) no uso dessa ajtivasio ‘fim de chamar a atengo dos edueandos para a necessidade cfetiva da dferenciagio entre os atos de avaiar © examinar, ‘uma vez que, em si, 0 ato de avaliar é diagnéstco & 0 de exi- ‘minar& clasificat6rio, Alii, vale ebserear que essa earacter ‘ica da avallagio 6 to importante que, embora haja pequenas ‘muangas, os termos utiizados pelos divers autores para alje- tivara avaliagio, em grande medida, se equivalem. Benjamin ‘Bloom e Philippe Perrenoud servense bastante do termo for- ‘matioa (avaliagho formativa); Jussara Hoffmann emprega 0 term mediadora (valiago mediadora): Celso Vasconcelos enomsina 0 seu olhar sobre a avalagio de dialético; José Kus- téquio Romo denomina-a déalégien... Se nos apreximarmos esses qualifeativos com alguma profundidade, vanos verilcar que todos eles, com pequenas mangas, querom dizer-nos que a avallagho 6 dingnéstica, on sea, subsidia uma intervengao ‘eonstrtivae eiativa Diagnostica significa etrataralguma coisa através dos jagho eonstata ‘a qualidade da realidade, tendo por hase os seus dados, 0 que, de Forma alguma, implica em sua casifeagio. A clasifiengso 6 esttica — 0 objeto ¢situado em algum ponto da escala~, ji dados empiricos que a constituom, sto 6, a av BO 2: arte co diagnéstico 6 dinimico, a medida que subsidiao gestor ain- vestir ua agio, tendo em vista a melhoria de sua qualidade. Classifcar um objeto avalido é uma escolha do avaliador, 0 ‘que impliea que ni é constitutiva da avalagio. Umm objeto avaliado pode até se elassificado, poréin nfo pertence 8 ava liagio essa earncteristica, ato de avalla, por ser diagnéstcn,& conssutivo, meia- or, dialétice, daldgio, visto que, evando em consideragto as connplexasrelages presentes na realidad avaiadae dela cons tituintes, tem por abjetivo subsdiara obtengi de resultadas o mais satisfatrios possves,o que iipliea que a avaiago, por ser avaiagio, esta srvigo do movimento de construgio de re- sultadossitisfatrios, bem-sueedides, diferente dos examnes que ‘estio a servigo da elasiicago. 7) Quanto as consequéncias das fungoes de classificar e diognosticar, ax exames so seleticos ea acalagto€ inclu, ‘0 que significa o fato de os exames serem seleticos? Nos ‘concursos, significa simplesmente que, por serem clasiicat- rios, sio consitutivamente seletivos, ou sea, aprovam alguns fe repravam outros, E, quando utilizados no cotidiano escolar, usio de alguns on de muitos, que ndo so cass propricdadearticulada drotnmente com todas as anteriores con Agurayies dos exames ~voltados para o passado, centrados no produto final, simplificadores dla realidade, pontuss, classifica {rios. Por serem casiictéros,implicam a seletividade, o que 6 natural numa stuagio de concurs; poréin, na sala de aul, 8 seletividade & grave, pois atinge as ralas da exclusSo. Quem ‘obtém a clasificagio minima espenda ¢ includ, quem nio-a Primera constatao: escola pratica mals exames que: obtém Gexelud A seletvidade suprimea necessidde ea poss- Uildade de Futuro investimentos nos excludes. Kin avalago, por ser dagnéstica, inclusive, dese que € ut Tada subsdiariamente no processo de ensinar e aprender, 0 que implica na concepgio de que ninguém pode ou deve permanecer sem aprender 0 to de asi “trzpara dentro" ‘Caso oestudante manifest nfo ter aprendido, Geonvidado “entrar na aprendizagen” e & axsiiado para que ela ocorns; ‘aquele que nfo tom uma conduta adequada & convidad e aj- dado «acquis, Tmneluir significa “convidar a vr para dntr..” em varadas ‘ircunstancias da vida. Nuina roda do amigos, ineuimos al- {guém quando o charnamos para dentro da roda. Na familia, nchusmos alguén qua das vivéncias ¢ convivéneias familiares. No contexto da aprea- dizagom escolar, ncluimos alguém quando the ensinamos 0 que ainda nto aprendeu; ele 6 convidado & adentrar a toda ‘dos que saber” ow saberdo. Na escola, como um todo, al _guém ¢ incluido quando 6 adiitido ao grupo, podendo convi- ‘yer com todos em pé de igualdade, No caso do ensino-aprendizagem na escola, significa tomar 6 edueando que apresenta agua defasagem om alguma difienldade, acolhé-lo nesse estado om que se encontra, tomar ciéncia do impasse que esté vivendo e oferecer-the suporte para que possaaltrapassé-lo. Lamuriarse de umn difieuldade 0 traz solucto. chit, nto, sigaificacomvidar o outro par, juntos, ir em ‘sea de uma slag od un resultado que seja satisftro, Para inclu, em edhucagi, o educator deve iaté onde 0 educand est ‘em suas dficaldades a fim de, enti, eaminhar com ele rao @ ‘uma solugio possve, No asta julyo de fra; importa, com ele, esobrir a defusagem e encontrar a solu. loo trazemos novamente para dentro Acaracteristica inclusiva da avaliagio decorre do ato dela ser processal, no pontual, diagnéstica, uma vez que seu obje= tivo 6 subsidar a obtengdo de um resultado Caso a avallagio no subsea incluso, deixa de sor avaliagio 6 pasa a ser exame, Bm sintese, quanto is consequéncias da fungi das atos de ‘examinar¢ avalar os exames so seltivos ¢ a avaliago éincla- ‘iva. Expressam diregbes opostas. 8) Quanto partteipacto na aprendizager, poitcamente, os exames nas saat de aulas slo antidemocritices e a alia é democritica, ‘A medida mesma que os exames so constittivamente slo tivo, no espago escolar, eles so antidemocratios, & medida que excluem parte ds estudantes que demandam aprendlzagens, as {quais, sparentemente, io garantdas pela escola por mei de sens ntincios de prestago de servgo sociedad. Todavia, nos eon cursos, a fimgéo seltiva encontra-se no seu devide Ingar, pois, esa situ, “democrético”sigufia garantr cla um das con ‘cortentes a possbilidade oquvalente de obter uma wigna depen- der de suas habildades écongpitadss Porém, a condiglo democrdtica na escola, que esté as- sentada no melhor ate cestudantes, nfo pode admitir 0 uso dos exames no sem = ;pago, 4 medida que eles, quando ai praticados, eontradizom «essa condigio sondo seletivose, por consoguinte, excliden tes. A solegto © a consequente exclusio, quando praticadas ‘em sala de aus, expressam condutas antidemocrétieas, pois nesse espago todos devem aprender. Desse modo, aos eon ‘cursos, os exames siv demnocréticos, porém na sala de aulas, io antidemoersticos. vento & aprondizagem de todos os Primeira consatago: a escola pratica mats exames que avaliagto A avalagio, no espago da sala de aula ‘camo em qualquer outeo contesto one aj procesto, por ser inchnsva, 6 demoeritica, O objetivo da ago pedayégien, no conteato da sala deal que todos aprendam ese desen- Menta 86 Ae hes sc pale do. ttre them tsp doe Arla lenges, So Pao, Cart, 1655, sbjrora6 te etme ‘lip ede tempers Menace dein Se qd mh ‘ese a poder omproeae seach abe etn 9 emomthe a ‘eileen align deme volvamn, 0 que implica que ninguém seja ex- cluido. Aqueles que, em um primeira ‘momento, nfo apresentem os resultados es dos, se forem cuidados, podero apresent los em tum segundo ow em um terceio momento. O que importa, entlo, para 0 edu ceador que avala, € 4 sprendizagem de todos ‘0s estdantes que se encontram nn escol, Assim, poiicamente, se desejamos um escola deft democritica, ou sj, uma escola «que subsdia a formagio das educandos como saeitas e como cidadios em condigies de igual- dade, fa sentido utilizar a asain, evitando dentro da sala de aula a confiso entre 08 ats dewaliaree 9) Quanto ao ato pea, os exames so eer a ben tevdiy serena ass Sn oe eee ee Touusayentrencmig beiemnene Conowwdnenmeeivadroas Setanta 2erarte de aprovar ou reprovar estudantes;e para isso eles tém sido utlizados, Para tanto, basta manipularas questées des provas «testes em proveito das intengies que se tenham, Pode-se, por exemplo, eriar questdes bastante complexas para que os estudantes no consigam responder a elas ¢, consequent ‘mente, sejam reprovados; ou pode-se, ao contro, fac muito as questdes © as situagdes-problema propostas, de nodo que todos sejam aprovados sem que aprendiagenssig- nifcativas tenham sido efetivadas. Ambas as posigbes reve- lama possibilidade do uso autoritério dos exames. E, no caso, fo arbitrio esté nas maos da autoridade pedagégica ou insti- tucional, que pode ultrapassar os limites da autoridade, che sgando ao autoritarismo. ‘A autoridade podagégjea existe © 6 nocessvi, visto que 0 feducadoresténa sala do anla para sero aduto da relagio peda s6tica, o que exerce a funedo de lider do processo de ensino- -aprendizagem, dando a diregio eo contorno dos ates e priticas pedagegicas. Autoitarismo 6 a exacecbago da antoridade; esse lugar de educador para impor wma dinecio como se no houveseoontias possibildadese outros olhares para mesma x periéncia; como se a realidad fosce simples e dies, compativel 6.0m o olhar do educador nagquele momenta, Desse liga, 35 ‘© educador tem razio, o educando nunca. Ble detém o poder, 0 ‘educando nfo. ‘A vida pessoal de cada um de nds, quando estudantes rogue lores na escola, foi mareada por muitas experiéneis antoritrias| ‘erm provas que se fsa em nossa ists pico, ta como: ressentinentos por ats injustos nes processs exnativos; tas Iba nao mereeids; provas com conteidosalem e/ou diferentes dos ensnados, quests laboradas com ambiguidades; amadilas pra surpreender 0s “ineautos”; utiliza de questbes com base Prieta constatao: a escola pati mas exames que svalia0 ‘em contesids secunios em termon d para verse os aos estudaran [Nese ereunstincis,«antoridhdo sempre ter var, O ed ‘edo, nunca. Questes duvidasss, complicadas, incompreensiveis sempre tero como respost ceria que 0 edueadoeassumi ono tal. No hi diego, e consoquente negocio, sea sobre os con tetas presents nos instrumentos de colela do dos sabre 0 de- sempenho do educand,sja sobre as respastass quests, O inion ‘eatendimento vido 60 da autoidade Entretanto 0 ato de avalar, por sor constmtivo, constitu- tivamente exige o didlogo,a negociagio. Ble néo oferoce ia toridade pedagégiea 0 exscerbado poder de aprovar on r,eomn 0 ede ns significado, “36 reprovar, mas sim wm subsidio para const ceando, os melhores resultados da ago podaggea. FE tsso im pllca acolhimento, parceria, aianga e didlogo na busca de ‘objetivos comuns, desejados pelo educadore pelo educando. final, o edueando vai a escola para aprender ¢ o educador para ensinay, sem esquecer que é 0 adulto da relagdo pedays ica, lider da conducio do ato pedagéxico, Acolhimento, didlogo © confrontagio slo recursos que

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