Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Formador
Paulo Pessoa
Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho - conceitos básicos
2
Ficha técnica
www.insht.es
www.inrs.fr
www.aeportugal.pt
www.idict.gov.pt
Observações
ÍNDICE
AMBIENTE.............................................................................................................................................. 5
SEGURANÇA ......................................................................................................................................... 9
INTRODUÇÃO..................................................................................................................................... 9
ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS ........................................................ 12
AVALIAÇÃO DE RISCOS ................................................................................................................. 19
MOVIMENTAÇÃO MECÂNICA DE CARGAS ................................................................................... 28
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ..................................................................................................... 40
MOVIMENTAÇÃO MANUAL DE CARGAS ....................................................................................... 44
PREVENÇÃO E PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIOS ................................................................... 48
SEGURANÇA ELÉCTRICA............................................................................................................... 69
E.P.I. – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................................................ 78
SEGURANÇA EM SOLDADURA .................................................................................................... 100
HIGIENE NO TRABALHO .................................................................................................................. 110
CONTAMINANTES QUÍMICOS ...................................................................................................... 111
ILUMINAÇÃO .................................................................................................................................. 120
RUIDO ............................................................................................................................................. 124
RADIAÇÕES.................................................................................................................................... 131
VIBRAÇÕES .................................................................................................................................... 135
AMBIENTE TÉRMICO ..................................................................................................................... 137
PLANO DE EMERGÊNCIA ................................................................................................................ 139
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................................. 142
AMBIENTE
Ambiente e Sustentabilidade
Numa definição mais ampla, o ambiente consiste no conjunto das substâncias, circunstâncias ou
condições em que existe determinado objeto ou que ocorre determinada ação. Em biologia,
sobretudo na ecologia e ambientologia, meio ambiente é o conjunto de todos os fatores que afetam
diretamente o metabolismo ou o comportamento dos seres vivos que habitam no mesmo ambiente,
nesses fatores incluem-se a luz, o ar, a água, o solo e ospróprios seres vivos, nas suas relação
ecológicas.
Gestão de resíduos
A Política de Resíduos as senta em objetivos e estratégias que visam garantir a preservação dos
recursos naturais e a minimização dos impatos negativos sobre a saúde pública e o ambiente.
Efluentes Líquidos
As estações de tratamento de águas residuais (ETAR) têm como função tradicional receber e tratar
os efluentes líquidos produzidos pela comunidade, por forma a poderem ser descarregados no meio
receptor com o menor impacte ambiental. Esta ação, em inúmeras situações, pode ser considerada
como um desperdício de uma matéria-prima ou de um recurso natural com valor económico. Assim
sendo, a reutilização de efluentes passa a ser encarada como uma medida conducente à redução de
consumos, à poupança e à gestão da água, tendo em conta o balanço custo/benefício.
Emissões Gasosas:
Efluente gasoso: Fluxo de poluentes atmosféricos sob a forma de gases, partículas ou aerossóis;
Reduzir - Antes de mais há que ter contenção na produção de resíduos. A diminuição da quantidade
de lixo é o passo primordial para resolver o problema da sua acumulação e melhorar a sua gestão. ·
Reutilizar - Outro passo indispensável. Há materiais concebidos para serem utilizados várias vezes.
A opção de reutilização diminui a curto prazo a quantidade de resíduos domésticos adiando a sua
rejeição e consequente eliminação. • Reutilizar é voltar a utilizar as coisas.
Dar uma segunda função ou reaproveitar os objectos para construir novos objectos.
• Por exemplo: voltar a utilizar os sacos de plástico das compras em vez de irem para o lixo; usar as
garrafas de água várias vezes; aproveitar as caixas dos brinquedos para guardar outras coisas;
oferecer os brinquedos usados a outras crianças ou a hospitais e lares de crianças.
• Os ecopontos são conjuntos de contentores para recolha selectiva de papel e cartão, embalagens
plásticas e metais, vidro e pilhas. • Estão localizados em pontos estratégicos como escolas, parques,
piscinas, complexos desportivos, mercados e feiras e juntos a habitações.
• Os ecopontos são estruturas essenciais para a melhoria do nosso ambiente. Neles podemos
depositar diferenciadamente diversos materiais, principalmente os de menor dimensão, que serão
recuperados, reciclados ou valorizados através de novas tecnologias. Mais de metade do lixo que
produzimos todos os dias pode ser reciclado. Veja o que pode separar em casa e onde depositar os
resíduos que não devem ser deitados no lixo indiferenciado.
Como deve ser depositado? 1- Contentor Azul : papel e cartão 2- Contentor Verde: garrafas e
embalagens de vidro 3- Contentor Amarelo: embalagens de plástico, metal e cartão complexo. 4-
Contentor Indiferenciado (lixo doméstico): todos os resíduos que não se depositam nos contentores
anteriores.
Ecoponto Azul PAPELÃO - Embalagens de cartão limpas, tais como, caixas de cereais, caixas de
bolachas, caixas de pizzas, caixas de detergentes, caixas de brinquedos, etc.; - Sacos de papel e
papel de embrulho l impos; - Jornais, revistas, papel de escrita e impressão, folhetos publicitários.
Não deve colocar: guardanapos; lenços de papel; papel plastificado ou metalizado; papel
autocolante; pacotes de batata frita; fraldas; etc.
Ecoponto Verde VIDRÃO - Garrafas de água; - Garrafas de refrigerantes, vinho, azeite, etc. - Frascos
de doce e conserva; - Garrafas de cervejas, etc.
Não deve colocar: espelhos; cristais; vidro de janelas; loiça; cerâmica; lâmpadas; boiões de perfumes
e cosméticos; vidro farmacêutico; etc.
Ecoponto Amarelo
EMBALAGENS DE METAL - Latas de conservas; - Latas de bebida; - Aerossóis vazios (latas de laca,
espumas, etc.) - Folhas de alumínio; - Tampas de metal e caricas, etc.
Não deve colocar: electrodomésticos; pilhas e baterias; tachos, panelas e talheres; embalagens de
óleos, combustíveis e margarinas, etc. PACOTES DE LIQUIDOS ALIMENTARES - Pacotes de lei te,
vinho, sumos e outros alimentos líquidos.
LIXO - Pastilhas elásticas e beatas de cigarros; - Fraldas, pensos higiénicos; - Loiças cerâmicas (ex:
Pratos, copos, chávenas e jarras) - Vidros especiais (ex: Pirex, cristal, espelhos, lâmpadas,
embalagens de perfumaria); - Papel autocolante, químico e lustro; - Tachos, panelas e talheres; -
Brinquedos estragados; - Roupa e calçado danificado, etc.
• Aquecimento global Nos países mais pobres a questão fundamental não é um problema de qual
idade de vida mas, essencialmente, de sobrevivência de uma grande percentagem da população.
Para estas pessoas, que vivem muitas vezes com menos de 2 euros por dia e que lutam duma forma
angustiada e sem esperança pela sua sobrevivência, de fato, não tem nem faz sentido falar - se das
questões do meio ambiente.
• Poluição constante das águas, provocada essencialmente por esgotos e lixos domésticos;
• Diminuição galopante de espaços verdes, provocada, por exemplo, por construções e por
incêndios;
• Aumento progressivo do número de espécies em vias de extinção muitas vezes utilizadas para
capricho e luxo de uma pequena minoria abastada e aparentemente sem qualquer tipo de
preocupação com as questões ambientais.
A solução destes importantes problemas e de outros, está sem dúvida na mão deste grupo de
países, pois são eles que dispõem de maiores recursos económicos e científicos - técnicos para
poderem enfrentar estes enormes desafios. Todos NÓS pertencemos a este grupo de países.
TODOS temos esta responsabilidade. Um bocadinho de todos e todos os dias faz sem dúvida a
diferença para um PLANETA MAIS SAUDÁVEL
SEGURANÇA
INTRODUÇÃO
SAÚDE - A Organização Mundial de Saúde define saúde como “o estado de bem-estar físico,
mental e social completo e não somente a ausência de dano ou doença.” É importante fazer ressaltar
a tripla dimensão de saúde física, social e mental, e a importância é conseguir que estes factores
estejam em equilíbrio em cada pessoa.
OBJECTIVOS GERAIS
Trabalhador Independente - Pessoa singular que exerce uma actividade por conta própria.
Representante dos Trabalhadores - Pessoa eleita nos termos definidos na lei para exercer
funções de representação dos trabalhadores nos domínios da segurança, higiene e saúde no
trabalho.
Local de Trabalho -Todo o lugar em que o trabalhador se encontra, ou donde ou para onde
deve dirigir-se em virtude do seu trabalho, e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao
controlo do empregador.
Os locais de trabalho;
O ambiente de trabalho;
As ferramentas;
As máquinas e materiais;
As substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos;
Os processos de trabalho e a organização do trabalho.
O princípio geral que preside ao tema da formação é o de que todos os trabalhadores têm
direito à prestação de trabalho em condições de segurança, higiene e de protecção da saúde.
Sempre que cabe ao empregador uma obrigação, cabe aos trabalhadores um direito (e vice versa)
em matéria de Higiene, Segurança e Saúde.
admissão na empresa,
mudança de posto de trabalho ou de funções,
introdução de novos equipamentos, ou
alteração das existentes,
adopção de uma nova tecnologia e em,
actividades que envolvam trabalhadores de várias empresas.
Dada a complexidade que muitas das vezes é gerada, em função da existência de acidentes
de trabalho, apresentam-se seguidamente os casos particulares em poderemos considerar que
existe acidente de trabalho.
realização de actos inseguros. Na figura que se segue apresentam-se alguns desses actos e
condições.
Os acidentes apresentam normalmente uma sincronização, que tem inicio numa situação de
risco e
Que for dolosamente provocado pelo sinistrado ou prover de seu acto ou omissão, que
importe violação, sem causa justificativa, das condições de segurança estabelecidos pela
entidade empregadora ou previstas na lei;
Que provier exclusivamente de negligência grosseira do sinistrado
Que resultar da privação permanente ou acidental do uso da razão do sinistrado, nos
termos da lei civil, salvo se tal privação derivar da própria prestação do trabalho, for
Os acidentes de trabalho têm origem nas mais diversas causas, apresentando-se de seguida
algumas dessas causas:
em altura
ao mesmo nível (tropeçar, escorregar)
Outro
levantamentos incorrectos
empurrões
voltas, torções
passo em falso sem queda (desequilíbrio)
presença da vitima – ausência de movimentos
Outro
DIREITO À REPARAÇÃO
DOENÇAS PROFISSIONAIS
Doença profissional é aquela que resulta diretamente das condições de trabalho, consta da Lista de
Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar n.o 76/2007, de 17 de Julho) e causa incapacidade
para o exercício da profissão ou morte.
Direito à reparação
2. Ter estado o trabalhador exposto ao respetivo risco pela natureza da indústria, atividade ou
condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual.
O empregador é obrigado a ocupar o trabalhador que ao seu serviço, ainda que a título de contracto
a termo, sofreu acidente de trabalho ou contraiu doença profissional de que tenha resultado qualquer
das incapacidades.
São diversos os fatores que podemos analisar e que influenciam as condições de trabalho, fatores
tanto ambientais, como físicos ou materiais, como psíquicos e sociológicos, como ainda relacionais e
organizacionais, que se interligam e afetam a saúde e a segurança dos trabalhadores.
No que se refere ao ambiente de trabalho devem ser considerados e analisados entre outros, os
seguinte fatores e/ou contaminantes: temperatura e cargas térmicas; ventilação e renovação do ar,
iluminação geral e localizada, níveis de ruído, disposição dos materiais e equipamentos, gases,
poeiras e vapores, toxicidade de produtos, reduzindo-os e/ou adaptando-os às atividades a realizar e
aos trabalhadores.
A Lei também considera que a lesão corporal, a perturbação funcional ou a doença não incluídas na
lista serão indemnizáveis, desde que se provem serem consequência, necessária e direta, da
atividade exercida e não representem o normal desgaste do organismo.
Se o seu médico ou o médico do trabalho da sua empresa tiver fortes suspeitas de que a sua doença
pode ter uma causa laboral – diagnóstico de presunção - então, esse médico deverá preencher a
Participação Obrigatória de Doença Profissional e enviá-la para o CNPRP.
O centro irá estudar a situação e avaliar se se trata, ou não, de doença profissional, mediante
solicitação do próprio trabalhador afetado, em impresso próprio. Também as prestações pecuniárias
e em espécie deverão ser requeridas ao CNPRP pelo trabalhador doente. O CNPRP é uma
instituição que pertence ao Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e que tem por missão
assegurar a prevenção, tratamento, recuperação e reparação de doenças ou incapacidades
resultantes de riscos profissionais.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
A análise do risco tem como objectivo primordial, permitir a decomposição detalhada de um
determinado objecto seleccionado como alvo de estudo, como seja uma tarefa, um local ou
equipamento de trabalho, uma situação de trabalho, etc. Esta abordagem permite conhecer de forma
profunda e completa o objecto de estudo, atingindo-se o objectivo final do processo, que passa
invariavelmente por estabelecer prioridades para a eliminação e controlo do risco. Na figura que se
segue apresenta-se um esquema genérico da análise, avaliação e gestão do risco profissional.
IDENTIFICAÇÃO DO
PERIGO
IDENTIFICAÇÃO DOS
TRABALHADORES ANÁLISE DE RISCOS
EXPOSTOS
CONTROLO DO RISCO
Efectua-se uma estimativa dos riscos identificados, valorando conjuntamente a probabilidade da sua
emergência e as consequências da materialização do perigo
As metodologias de controlo do risco vão desde o plano organizacional, às relações sociais, aos
sistemas de protecção, defesa e emergência, até à gestão de pessoas;
Em suma:
A avaliação de riscos não é um fim, mas um meio para levar a cabo a planificação da
actividade preventiva;
A avaliação inicial de riscos deve permitir minimizar e controlar os que não puderem
ser eliminados;
Avaliar um risco de um acidente é estimara a gravidade do que possa acontecer e a
sua probabilidade de materializar-se
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
QUANTITATIVOS
TRABALHADORES EXPOSTOS: 50
Para simplificar o método, não são empregues valores reais absolutos de risco, probabilidade
e consequências, mas sim os seus níveis numa escala de quatro possíveis:
Assim ter-se-á:
Risco a analisar
Determinação do Nível
Qua. de Exposição (NE)
Determinação do Nível
Qua NP = ND x NE
de Probabilidade (NP)
Determinação do Nível
Qua de Consequência (NC)
Determinação do Nível
Qua NI = NP x NC
de Intervenção (NI)
Começando pelo nível de deficiência, este tem que ver com o esperado entre o conjunto de
factores de risco considerados e a sua relação causal directa como o possível acidente. Para facilitar
a aplicação do quadro que se apresenta de seguida, ou seja da escolha do valor numérico referente
à deficiência observada, procedeu-se à elaboração de questionários de verificação. Estes
questionários de verificação foram elaborados de acordo com a legislação em vigor e com um
conjunto de boas práticas de segurança, encontrando-se aplicados a determinadas situações
específicas.
O nível de exposição tem que ver com a frequência com que o trabalhador se encontra
exposto ao risco. O tempo de permanência dos trabalhadores nos postos de trabalho é um bom
indicador para a aplicação neste nível. A razão pela qual valores numéricos do quadro seguinte se
encontram mais baixos tem que ver com o facto de, numa situação de risco com nível de deficiência
muito baixo, uma exposição continuada não deve ocasionar, em princípios, o mesmo nível de risco
que uma deficiência alta com uma exposição esporádica.
NÍVEL DE
PROBABILIDADE NP SIGNIFICADO
(NP)
Pelo facto da quantificação monetária dos acidentes de trabalho nem sempre se torna fácil de
aplicar, os danos matérias permitem de certa forma ter uma visão global desta questão. Também
convém salientar que a penalização para acidentes com baixa, tanto mais que na maioria das vezes
os custos com um acidente não são contabilizados de forma eficaz, sendo que, diferentes estudos
mostram que os custos directos são apenas um quatro do custo do acidente, resultando o resto do
custo nos indirectos.
NÍVEL DE
NC SIGNIFICADO
CONSEQUÊNCIA (NC)
Por fim o nível de risco obtém-se a partir do produto entre o nível de consequência e o nível
de probabilidade. Aos diferentes níveis de risco são respectivamente indexados os níveis de
intervenção, chegando-se desta forma a uma lista final que permite de forma clara e rápida identificar
as questões prioritárias em termos de resolução.
Os resultados obtidos poderão de igual forma serem cruzados com outras informações relativas ao
processo em análise, ou seja, poder-se-á ter como inputs estatísticas de acidentes de trabalho.,
incidentes, não conformidades, situações de doença profissional, etc.
GP = C x E x P
(Eq.1)
Onde:
GP - Grau de Perigosidade
C - Consequência (depende da gravidade)
E - Exposição (frequência de exposição ao risco)
P - Probabilidade de ocorrência do acidente
Para cada uma das variáveis de entrada, as tabelas a ter em consideração na aplicação do método
são:
Para cada um dos riscos estimados, a sua valorização é efectuada de acordo com a tabela seguinte:
Após o estabelecimento das medidas de prevenção e controlo, o técnico deve efectuar um estudo
sobre o custo para implementação das mesmas, devendo igualmente prever o grau de redução do
risco. Posteriormente, esta fase da avaliação fica concluída com a determinação do factor
Justificação. Assim, o factor custo deve ter em consideração os valores apresentados na tabela
seguinte:
O factor correcção associada à redução previsível caso uma medida de prevenção / controlo seja
implementada, deve ser baseada nas relações estabelecidas na tabela seguinte:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
O equilíbrio de todo os tipos de empilhadores resultará estável sempre que a resultante das
forças componentes do conjunto que actua no centro de gravidade permaneça dentro da dos eixos
da máquina
Se a máquina esteve parada durante algum tempo, verificar no chão se existem fugas de
óleo, água ou óleo hidráulico. Comunicar sempre ao supervisor;
Óleo do motor. Adicionar se necessário;
Líquido de refrigeração (água). Adicionar se necessário;
Fluido da bateria em cada célula. Adicionar apenas água destilada;
Óleo dos travões. Verificar o nível e verificar se existem fugas;
Volante. Verificar a folga;
Óleo de transmissão automática. Verificar se existem fugas;
Óleo hidráulico. Adicionar se necessário;
Sistema de alimentação (do combustível). Inspeccionar se existem fugas em toda a tubagem
e ligações;
Pneus. Verificar o desgaste e danos. Certificar-se de que as porcas das rodas estão bem
apertadas. Corrigir a pressão dos pneus se necessário;
Testar a buzina, faróis da frente, luzes indicadoras de mudança de direcção, travões de
serviço e travão de mão, direcção e comandos hidráulicos;
Inspeccionar a suavidade da elevação e descida do mastro. Verificar se as barras dos garfos
estão empenadas ou danificadas;
Levantar a carga 2.5 a 5 cm. Deverá sentir o empilhador estável e as rodas de trás em
contacto firme com o chão. Se sentir instabilidade, baixar a carga e avisar o supervisor.
Nivelar os garfos e vá para a frente devagar até que a carga esteja apoiada no descanso do
garfo. Levante a carga numa altura suficiente para passar por cima do que estiver por baixo dela;
Olhar por cima dos dois ombros e ter a certeza de que está livre e recuar cerca de 30 cm.
Cuidadosamente inclinar o mastro para estabilizar a carga;
Agora pode baixar a carga para o chão. Para ter a certeza de que não vai ficar enganchado
na carga quando recuar, inclinar os garfos um pouco para a frente. Olhar por cima de ambos os
ombros e recuar recto até que os garfos fiquem livres da palete.
Nivelar os garfos e rode para a frente até que a carga esteja apoiada no encosto traseiro;
Nunca levantar uma carga enquanto estiver em movimento. Espere até se encontrar na área
da carga, completamente parado, para então levantar o mastro. Certificar-se de que a carga superior
esteja bem apoiada e alinhada na pilha. Se estiver um pouco inclinado, a pilha toda pode tombar;
Fig. 15 -
Dirigir sempre com a carga ligeiramente inclinada par atrás para aumentar a estabilidade.
Movimentar
se com a carga na altura apropriada. Uma altura estável com folga de 10 a 15 cm das pontas e 5 cm
nos tacões em geral é suficiente para passar por cima das irregularidades do piso
Nunca atravessar pontos de ligação como pontes, estrados de camiões, vagões, etc., sem
saber com toda
Assegurar-se que o meio onde se está a depositar a carga não se pode deslocar. Nunca
parar um
Nunca parar um empilhador em rampas, salvo casos excepcionais e só depois de ter calçado bem as
rodas.
Poluição da atmosfera;
Incêndios e explosões
Natureza do produto transportado.
As pontes gruas são um dos equipamentos mais utilizados na indústria e construção, sendo
utilizados para transporte mecânico de cargas. Estas podem ser de vários tipos: pontes rolantes,
giratórias, guindastes, gruas, etc. Na sua essência todos este equipamentos comportam riscos
semelhantes, apresentando-se de seguida um abordagem relativa às pontes rolantes:
Vertigens
Problemas cardiorespiratórios
Rapidez de decisão
Coordenação muscular
Reflexos
grua.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
Sinais de Rotulagem:
As placas de sinalização devem ser de materiais que ofereçam a maior resistência possível a
choques, intempéries e agressões do meio ambiente.
1- Cervical
2- Dorsal
3- Lombar
4- Sacro - Cóccix
Fig.36 – Vértebras.
nas costa
Queda de objectos
Queda de pessoas ao mesmo nível
Esforços excessivos e posturas incorrectas
Golpes
Entalamento
Deste modo, esta unidade do Manual divide-se em duas partes fundamentais e distintas que
são a prevenção e o combate a incêndios.
A prevenção pode definir-se como sendo um conjunto de medidas que têm como objectivo
evitar a ocorrência simultânea das condições que dão origem a um incêndio. O combate é um
conjunto de medidas técnicas adoptadas para extinguir um incêndio que já ocorreu. Em ambos os
casos, é necessário dominar os conhecimentos teóricos dos fenómenos associados ao fogo para que
as medidas a tomar sejam adequadas e eficazes.
Tipos de Combustão
Combustões lentas – São as que se produzem sem emissão de luz e com pouca emissão
de calor.
Combustões rápidas – São as que se produzem com forte emissão de luz e de calor com
chamas.
Se falta algum destes elementos, a combustão não será possível. Cada um destes
elementos representa-se como um dos lados de um triângulo. A esta representação simplificada,
chama-se triângulo do fogo.
Existe ainda outro factor que intervém de forma decisiva no incêndio que é a reacção em
cadeia, tratando-se da transmissão de calor de umas partículas do combustível para outras. Logo, se
de alguma maneira se interrompe a dita cadeia, não é possível a continuação do incêndio.
Neste caso, amplia-se o conceito de triângulo do fogo, passando agora a existir quatro
factores que se representam pelo tetraedro do fogo.
Produtos da Combustão
Fumo
O fumo é constituído por pequeníssimas partículas sólidas ou líquidas ou vapores
condensados que são arrastadas pelos gases quentes da combustão. As partículas sólidas são
constituídas por carbono e outras substâncias não queimadas que surgem quando a combustão tem
falta de oxigénio. As partículas líquidas são constituídas essencialmente por vapor de água que se
forma por evaporação da humidade do combustível, mas sobretudo pela combustão do hidrogénio. É
de salientar o efeito irritante do fumo sobre as mucosas dos olhos e das vias respiratórias. A sua cor
depende dos materiais que se estão queimando:
Chama
Sabe-se que a chama é um gás incandescente, uma vez que ardem sempre com chama os
combustíveis gasosos ou líquidos. Estes últimos volatilizam-se devido ao calor e à elevada
temperatura de combustão, inflamando-se e ardendo como gases. Nos combustíveis sólidos ardem
com chama os que produzem por decomposição (destilação seca) compostos voláteis em
quantidades suficientes, como sucede com as hulhas gordas, a madeira, etc. Em contrapartida, o
coque arde praticamente sem chama, devido à total ausência de compostos voláteis. Como norma
geral pode dizer-se que o fogo, numa atmosfera rica em oxigénio, é acompanhado por uma
luminosidade chamada chama, que se manifesta como o factor destrutivo da combustão e que
raramente se separam.
No estudo do fogo é muito importante saber como actua o calor e como se transmite, dado
que é a causa de muitos incêndios e expansão dos mesmos. O fenómeno da transmissão do calor
traduz a apetência que determinado material tem para absorver calor de outra. O fogo pode
propagar-se ou transmitir-se por:
condução;
radiação;
convecção;
ou contacto directo da chama (este factor nem sempre é considerado por alguns
autores).
Gases
Os gases resultantes de uma combustão são geralmente tóxicos, invisíveis e a sua expansão
contribui para a propagação do fogo. Os gases que se formam numa combustão dependem de
muitas variáveis, mas principalmente da composição química do combustível, da quantidade de
oxigénio disponível e da temperatura que é atingida durante o incêndio. Entre os gases de
combustão encontram-se o monóxido de carbono, anidrido sulfuroso, dióxido de carbono, ácido
sulfídrico, ácido cianídrico, ácido clorídrico, vapores nitrosos (óxido e peróxido de azoto), fosgénio,
etc.
Combustíveis e Combustão
Os fogos são classificados em quatro classes que são definidas pela natureza do
combustível. Esta classificação é muito útil, no domínio do combate ao incêndio, para a escolha do
agente extintor mais adequado.
Classe A
Gases
Os gases entram em combustão mais facilmente, pois não passam pelos processos de
transformação a que estão sujeitos os sólidos e os líquidos. A combustão é directa, dependendo
fundamentalmente da concentração com que se misturam com o ar. Existem duas concentrações
limite entre as quais a mistura ar-combustível é inflamável. São elas Limite Inferior de
Inflamabilidade (LII) e Limite Superior de Inflamabilidade (LSI).
Líquidos
Não se pode falar rigorosamente da combustão de um líquido, pois o que arde é o vapor
libertado pelo líquido. Assim, para que a combustão possa ter lugar, é necessário que a quantidade
de vapor libertada pelo líquido seja tal que a mistura resultante de vapor e ar esteja dentro do
domínio de inflamabilidade.
Interessa agora apresentar algumas definições que são importantes para caracterizar as
combustões dos líquidos:
Sólidos
Em geral, na combustão dos sólidos existem três fases:
destilação;
inflamação (evaporação);
incandescência (incêndio sem chama viva).
A destilação é o período durante o qual o combustível é exposto ao calor até emitir vapores
inflamáveis (e vapor de água em certos casos). A este processo chama-se pirólise, tratando-se de
uma transformação química que consiste na decomposição térmica do material ao abrigo do ar. As
reacções de pirólise são as principais responsáveis pelos processos de gaseificação que ocorrem em
muitos combustíveis sólidos, com a produção de voláteis, que depois vão sofrer um processo de
combustão em fase gasosa.
Quando os vapores se misturam nas proporções convenientes com o ar, dá-se a inflamação
havendo produção de calor e de fumo em quantidades variáveis consoante os casos. A chama
resulta da combustão no ar do gás ou do vapor libertado. Neste processo existem partículas
incandescentes de carbono, originando chamas mais ou menos iluminantes em função da
incandescência daquelas partículas.
Prevenção de Incêndios
Como anteriormente já foi referido, a prevenção é um conjunto de medidas tendentes a
limitar a probabilidade da ocorrência de incêndio. A prevenção afigura-se como a mais importante
das actividades da segurança contra incêndio, uma vez que é desenvolvida antes de a ignição ter
lugar, ou seja, é desencadeada antes de haver danos.
Causas de Inflamação
De referir ainda que na base de um incêndio se encontra sempre, como causa geral, uma
energia sob a forma de calor. É por esta razão que as fontes de calor, quer sejam químicas,
mecânicas, eléctricas ou luminosas, devem ser estudadas com atenção para determinar os seus
perigos. As causas de incêndio podem classificar-se em três categorias:
causas naturais;
causas resultantes da utilização de energia;
causas acidentais.
Causas Naturais
Os fogos são provocados pelo sol, por descargas atmosféricas ou por combustão
espontânea (matérias orgânicas e produtos químicos).
Causas Acidentais
Resultam da imperfeição humana e são imputáveis à ignorância, à negligência ou à malvadez.
Verifica-se ainda que, por vezes, o vandalismo ou a malvadez são apontados como causa de
incêndio para justificar erros de concepção, construção ou exploração das instalações ou dos
edifícios.
Medidas de Prevenção
As medidas de prevenção visam os seguintes objectivos:
Uma única saída pode não ser suficiente. Pode ser bloqueada, não somente pelas
chamas, mas mais frequentemente quando se trata de uma escada, pelos fumos e gases quentes
tóxicos, pelo que devem ser protegidas (enclausuradas ou exteriores).
capacidade limitada;
frequentes falhas de funcionamento no decurso dos incêndios;
invasão pelos fumos.
– nas construções:
a) a implantação deve permitir um acesso e uma actuação rápida dos serviço de socorro,
d) disposição judiciosa dos locais, tendo em atenção o seu destino e os riscos que
apresentam,
– nas instalações:
a) As instalações técnicas (eléctrica, gás, aquecimento, ventilação, climatização, etc.)
devem ser correctamente realizadas de modo a não constituírem causa de incêndio, nem
contribuírem para a sua propagação; importa referir também que devem ser regularmente
verificadas por entidades certificadas ou técnicos competentes;
Ventilação e Desenfumagem
A ventilação e a desenfumagem desempenham um papel essencial na prevenção e
desenvolvimento de um incêndio. Podem ser asseguradas mecânica ou naturalmente. A
ventilação permite evitar a eclosão de incêndios, assegurando a evacuação, à medida que se
produzem, dos gases ou vapores inflamáveis emitidos por certos produtos armazenados ou
utilizados.
– evitar o pânico:
Extinção
Já foram apresentados anteriormente o triângulo e o tetraedro do fogo, pelo que sabemos
que o fogo só surge quando se congregam os seguintes factores:
dispersão do combustível;
abafamento;
arrefecimento;
inibição (rotura da reacção em cadeia).
Dispersão do Combustível
Neste processo retira-se ou elimina-se o combustível. Teoricamente, seria o método mais
eficaz e directo de extinção, mas na prática raramente se aplica atendendo à sua complexidade.
Imaginemos que se incendeia um grande armazém cheio de mercadorias e que teria de se retirar
todo o produto para evitar a propagação do incêndio. Ignorando o risco para as pessoas que teriam
que realizar tal tarefa, a velocidade de propagação seria superior à de retirar o combustível.
Este método é aplicável nos líquidos quando é possível o transvaze destes para outros recipientes.
Nos fogos da classe C, basta suprimir o fluxo de gás para que se dê a extinção por falta de
combustível.
Abafamento
Assim chamado pelo facto de eliminar o oxigénio da combustão, isto é, impede que os
vapores combustíveis, que se desprendem a determinada temperatura para cada material, se
ponham em contacto com o oxigénio do ar.
Fig.48 –Abafamento.
Arrefecimento
Este mecanismo consiste em eliminar o calor para reduzir a temperatura do combustível. O
fogo extinguir-se-á quando a superfície do material incendiado arrefeça a tal ponto que não deixe
escapar vapores suficientes para manter a mistura no domínio da inflamabilidade na zona do fogo. A
extinção de um fogo por arrefecimento necessita de um agente extintor que tenha uma grande
capacidade para absorver o calor. Nos casos correntes, a água é o melhor, mais barato e abundante.
Fig.49 – Arrefecimento.
Inibição
Consiste numa interferência química na reacção em cadeia. As substâncias extintoras
combinam-se com os radicais responsáveis pelas reacções elementares da propagação, retirando-os
da reacção de combustão e desta forma diminuindo ou anulando a reacção. O exemplo mais
corrente é a utilização de pós químicos.
Agentes Extintores
Conhecidos o fenómeno do fogo e as classes de fogo que dependem do tipo de combustível
em causa e os processos de extinção, resultará mais fácil seleccionar o tipo de agente extintor a
aplicar, conhecendo previamente os efeitos destes sobre o fogo e as suas características. Indicam-se
seguidamente os principais agentes extintores utilizados correntemente:
água;
dióxido de carbono (CO2);
pós químicos;
espumas.
Água
A água é o agente extintor por excelência. É o mais barato, mais abundante e é de fácil
utilização, sendo o mais antigo de todos até agora conhecidos. No entanto, a sua acção depende do
modo como é utilizada.
Para melhorar as propriedades extintoras da água podem ainda ser utilizados vários aditivos,
nomeadamente: molhantes, emulsores, viscosificantes e opacificantes. Em condições normais é um
gás incolor e inodoro, com uma densidade aproximadamente 50% superior à do ar. Se se comprime
e arrefece, liquidifica facilmente, chegando a solidificar (gelo).
não é corrosivo, nem danifica, nem deixa resíduos, pelo que é um agente extintor
limpo;
aproveita-se a sua própria tensão de vapor para ser transportado com pressão
suficiente em tubagens;
uma vez que é um gás, penetra com facilidade em locais esconsos;
não é condutor de electricidade, pelo que pode utilizar-se sobre equipamentos de baixa
tensão;
pode utilizar-se sobre quase todas as classes de materiais combustíveis, excepto
sobre metais activos ou híbridos que contenham oxigénio.
Em geral, o CO2 encontra-se liquefeito quando está nos reservatórios a uma temperatura de
20ºC e a uma pressão 60 kg/cm². Quando sai bruscamente do reservatório onde está contido e se
expande, devido à queda de pressão daí resultante o líquido arrefece rapidamente havendo uma
parte que solidifica apresentando-se sob a forma de «neve carbónica». Esta queda brusca de
temperatura pode atingir 80ºC negativos, pelo que o operador de um extintor de CO2 deve rodear-se
de determinados cuidados para evitar possíveis queimaduras. Actua por asfixia e é um agente
extintor usado em incêndios que envolvam equipamentos eléctricos.
Espuma
A espuma, como agente extintor, é uma massa de bolhas de ar unidas entre si por um
estabilizador misturado com a água que se aplica sobre a superfície de um combustível em chamas,
isolando-o assim do oxigénio do ar e apagando o fogo por abafamento. Seguidamente falaremos
apenas das principais características da espuma física, uma vez que a espuma química caiu em
desuso. A espuma física forma-se misturando na água, na proporção de 3 a 6%, um concentrado de
líquido espumífero, sendo depois injectado ar na solução espumífera (água + espumífero) para dar
origem às bolhas de espuma.
Os elementos de base para a formação das espumas são os espumíferos que podem ser dos
seguintes tipos:
baixa expansão (de 0 a 30): é uma espuma rica em água, consistente e pesada; é
utilizada em intervenções no exterior, conseguindo-se bons alcances quando projectada (10
metros);
média expansão (de 30 a 250): é mais leve do que a espuma de baixa expansão,
pelo que tem alcances mais curtos (5 ou 6 metros); utiliza-se muito para inundar áreas
abertas como por exemplo bacias de retenção de depósitos de combustíveis;
baixa expansão (de 250 a 1000 ou mais): a incorporação de grande quantidade de ar
é feita através de geradores que normalmente utilizam a energia da água do sistema para
fazer girar um ventilador que vai empurrar a solução espumífera contra uma rede metálica,
facilitando a introdução do ar nas bolhas de espuma; destina-se sobretudo à intervenção em
locais fechados, podendo ser utilizada mesmo que os locais sinistrados não tenham sido
evacuados, uma vez que se pode respirar normalmente no seu interior.
Uma espuma para ser de boa qualidade deve reunir as seguintes características:
A aplicação da espuma limita-se, com grande poder de extinção, aos fogos da classe B,
sendo muito eficaz para protecção de depósitos de armazenamento de líquidos inflamáveis.
Pó Químico Seco
Tendo em atenção estas três palavras, depreende-se que se trata de um agente extintor que
é constituído por substâncias «químicas» sólidas finamente divididas («pó») e que tem de possuir
uma grande fluidez para ser projectado sobre um fogo («seco» – sem humidade que forme grânulos).
Possui composições químicas diversas, mas basicamente é constituído por sais de sódio
(bicarbonato de sódio) ou de potássio (bicarbonato de potássio), aos quais se juntam alguns aditivos
que melhoram a fluidez, a resistência à humidade e à compactação.
máxima fluidez;
máxima divisão das partículas que devem possuir igual dimensão;
resistência à humidade;
não deve compactar;
não deve formar grânulos;
não deve existir atracção electrostática entre as partículas;
não devem ocorrer reacções químicas entre os aditivos;
não deve ser tóxico;
não deve ser condutor de electricidade;
não deve ser abrasivo, nem corrosivo.
O pó químico, uma vez que é inerte, é impulsionado por gases incomburentes liquefeitos que
não devem ser tóxicos ou corrosivos. Normalmente são utilizados o dióxido de carbono e o azoto.
Polivalente – eficaz sobre fogos das classes A, B e C: constituído por sais, tais como
fosfatos, sulfatos, boratos, sais de amónio, etc.; é incompatível com os pós à base de
bicarbonato; o pó actua de forma idêntica à descrita para os incêndios da classe BC, mas,
nos incêndios da classe A, como a desagregação das chamas não significa a extinção do
fogo, dado que ficam brasas que o activarão de novo, este pó actua por efeito de asfixia; em
contacto com as brasas, os elementos que o compõem fundem-se, formando uma vitrificação
que envolve o combustível numa camada semelhante a um verniz que as isola do ar;
Especial – eficaz sobre fogos da classe D: utiliza-se em incêndios de metais no estado
puro, como por exemplo o sódio, potássio, magnésio, etc. e é concebido expressamente para
cada um deles; é incompatível com os pós BC e ABC.
Combate a Incêndios
Por mais perfeitas que sejam as medidas de prevenção programadas e por mais
conscienciosas que sejam as pessoas responsáveis pela sua aplicação, as causas imprevisíveis e a
parte aleatória associada a todos as circunstâncias da vida quotidiana farão com que haja incêndios
todos os dias.
O combate visa:
Uma instalação de detecção de incêndio tem por objectivo descobrir e sinalizar, o mais cedo
possível, o aparecimento de um fogo, para que possam ser tomadas medidas necessárias à
salvaguarda das vidas dos utentes do edifício e à protecção dos bens materiais, num curto espaço
de tempo.
A detecção de incêndios é uma das mais importantes medidas de segurança, uma vez que
permite detectar precocemente um fogo para de seguida ser pronta e facilmente extinto.
A detecção pode ser humana ou automática, mas a experiência mostra como é arriscado
contar unicamente com a intervenção humana. Na maior parte dos casos, os sistemas de detecção
parcial ou totalmente automáticos são preferíveis.
rapidez;
fiabilidade;
credibilidade.
Sendo fiável, tem-se a certeza de não se ser traído num momento crucial. Sendo rápido, o incêndio
será sinalizado num intervalo de tempo muito curto. Para ser credível deve basear-se num
funcionamento seguro, eliminando deste modo os alarmes intempestivos.
São estes últimos elementos que são utilizados para detectar a presença de um incêndio.
Como percebemos então estas manifestações físicas?
Percepção Humana
As manifestações físicas de um fogo são apercebidas de diferentes formas por um indivíduo:
Técnicas Automáticas
O homem pode ser substituído por equipamentos. Os gases são sinalizados por detectores
iónicos que analisam a presença de certos produtos estranhos no ar e assinalam a sua presença.
Os fumos serão «vistos» pelos detectores ópticos de fumos dotados de células eléctricas. As
chamas serão igualmente «vistas» por detectores ópticos de chamas, dotados de células
fotossensíveis.
Por fim, o calor pode ser apercebido por detectores térmicos que assinalam uma
determinada temperatura ou por detectores termovelocimétricos que analisam uma rápida elevação
de temperatura.
Sistema de Detecção
Detectores
São aparelhos electrónicos que se apercebem, como os nossos sentidos, dos fenómenos do
fogo, tendo em conta as suas diferentes propriedades físicas. Asseguram a vigilância de um local ou
de uma determinada zona e comunicam, através dos fios eléctricos, as informações à central que os
traduz em alarme.
Cabos de Ligação
Para transmitir as informações recebidas pelos detectores e para comunicar as ordens do
«cérebro» (painel de sinalização), existe um conjunto de «nervos» ao mesmo tempo sensitivos e
motores, que são as cablagens de ligação eléctrica.
Alimentação eléctrica
Dispositivos complementares
São de duas ordens, tendo em conta se são comandados pelos detectores ou pela Central
de Detecção de Incêndios.
os dispositivos de extinção;
os alarmes sonoros ou luminosos à distância.
Extintores
Um extintor é um equipamento que contém um agente extintor que pode ser projectado e
dirigido sobre um fogo, por acção de uma pressão interna.
Classificação
Quanto à sua mobilidade, os extintores podem classificar-se em:
Permanentemente pressurizados:
Ensaios
Os extintores são submetidos a uma série de ensaios e provas para verificação da sua
qualidade e segurança:
ensaio de estanquidade;
ensaio dieléctrico: para verificar se podem ser utilizados em instalações eléctricas sob
tensão;
ensaio de compactação: destinado aos extintores de pó químico seco;
prova hidrostática: tem por finalidade verificar a resistência mecânica às pressões
internas a que estão submetidos;
ensaio de eficácia: para determinar a classe de eficácia.
Uma inspecção é uma verificação rápida de que o extintor está pronto a actuar no local
próprio, devidamente carregado, que não foi violado e que não existem avarias ou alterações físicas
visíveis que impeçam a sua operação. A inspecção é feita normalmente por pessoal designado pelo
proprietário, ocupante ou entidade responsável.
A recarga é o enchimento do extintor incluindo também o agente propulsor para alguns tipos
de extintores. A manutenção e a recarga devem ser feitas por pessoal habilitado, dispondo de
ferramentas dos tipos adequados, materiais para recarga, lubrificantes e peças sobressalentes
recomendados pelo fabricante.
As redes de incêndio armadas são canalizações fixas e rígidas em carga, instaladas nos
edifícios, associadas a bocas de incêndio armadas que permitem uma primeira intervenção em caso
de incêndio. Uma instalação deste tipo é constituída por fonte de alimentação, uma coluna em carga
e bocas de incêndio armadas (tipo carretel ou teatro).
Bocas de Incêndio
As bocas de incêndio armadas devem ser posicionadas junto das saídas dos edifícios e
nas circulações horizontais comuns, junto aos acessos às escadas.
O número e a localização das bocas de incêndio a instalar deve ter em linha de conta que
todas as zonas do local a proteger devem ser cobertas pelo menos por uma boca de incêndio. A
distância, medida ao eixo das circulações comuns, entre bocas de incêndio deve ser inferior a 40
metros, de modo que os jactos das mesmas possam entrecruzar-se.
SEGURANÇA ELÉCTRICA
Segurança eléctrica é poder utilizar uma instalação eléctrica sem riscos, nem para os condutores
nem aparelhos de comando nem para as pessoas.
Corrente eléctrica
Um circuito eléctrico simples é constituído por um gerador de corrente e um receptor ligados por
intermédio de condutores. Pode existir também um aparelho de corte de corrente (interruptor).
A corrente eléctrica consiste num movimento ordenado dos electrões através do circuito. Este
movimento dá-se do polo negativo, onde estão em excesso, para o polo positivo, onde há deficiência
de electrões.
No circuito simples da figura 48, a lâmpada produz luz e aquece porque a passagem dos electrões
através do material do filamento da lâmpada (normalmente de Tungsténio) provoca o seu
aquecimento (efeito de Joule).
Grandezas eléctricas
Na figura 48. é a pilha o gerador de corrente, ou seja, é ela que força o movimento dos electrões
através do circuito e isto porque ela provoca uma diferença de potencial (normalmente designa-se
apenas por d.d.p.), ou tensão. A tensão ou d.d.p. representa-se, normalmente, por U e a unidade do
Sistema Internacional (S.I.) de é o Volt (V). Através duma determinada secção dum circuito, pode fluir
um maior ou menor número de electrões por unidade de tempo. Define-se Intensidade da corrente
eléctrica como a quantidade de carga eléctrica que atravessa uma secção de um circuito por unidade
de tempo. Normalmente, representa-se por I e a respectiva unidade S.I. é o Ampere (A).
Curiosidade:
As três grandezas eléctricas - tensão, intensidade e resistência eléctrica - estão relacionadas pela lei
de Ohm:
U=RI (Eq.2)
Esta relação é importante quando se pretende analisar as consequências para o corpo humano do
contacto acidental com a corrente eléctrica.
O tempo de contacto com a corrente, é um outro factor importante a considerar. A lei de Joule
permite analisar o efeito do tempo de contacto:
2
W = RxI xt ou W = UxIxt
(Eq.3)
Onde W é a energia dissipada sob a forma de calor, que, em unidades S.I. se expressa em Joule (J);
as outras letras têm o significado descrito anteriormente.
Relação entre
Símbolo Unidade do S.I.
grandezas
Resistência
R Ohm () U=RI
eléctrica
A corrente que percorre o circuito da figura 12.1. designa-se por corrente contínua (cuja abreviatura é
c.c., em Inglês D.C. - Direct Current), uma vez que os electrões se deslocam constantemente do polo
negativo para o polo positivo da pilha. Mas a corrente acessível nas tomadas de nossas casas tem
características diferentes: o sentido da corrente inverte-se 50 vezes por segundo, ou seja, os
electrões são impelidos ora para a frente ora para trás, 50 vezes por segundo. Este tipo de corrente
designa-se por corrente alternada (cuja abreviatura é c.a., em Inglês A.C. - alternating Current) de 50
Hertz (ou 50 Hz). Hertz(Hz) é a unidade de frequência do S.I.
a pessoa estar em contacto com dois pontos do seu corpo a corpos sob tensão, ou, pelo menos,
muito próxima deles, sobretudo para altas tensões.
Podem estabelecer-se diversos tipos de contacto com a corrente eléctrica - contactos directos e
contactos directos:
Contacto entre uma parte activa, sob tensão (por exemplo, um fio condutor) e um elemento condutor
ligado à terra. Muito frequente.
Contacto entre uma parte activa, sob tensão e uma outra parte activa (por exemplo, outro fio
condutor), sob tensão diferente.
Frequente.
Contacto entre uma massa acidentalmente sob tensão, por exemplo, a carapaça metálica de um
electrodoméstico, e um elemento condutor ligado à terra. Relativamente frequente.
Contacto entre duas massas que acidentalmente estão sob tensão e essa tensão é diferente. Muito
raro.
Experiências realizadas para estudar o efeito da corrente eléctrica no corpo humano permitiram
verificar que existem diversos factores físicos e biofísicos que determinam esses efeitos, existindo
entre eles inúmeras interacções:
intensidade da corrente.
da resistência.
tensão.
Existem ainda factores pessoais que potenciam o risco de electrização, como por exemplo, o choque
psicológico, o estado do coração e o envelhecimento geral do organismo.
Intensidade da corrente
A intensidade da corrente desempenha um papel fundamental na origem das lesões originadas pela
corrente eléctrica. Tem-se tentado determinar experimentalmente "limiares" de intensidade
susceptíveis de produzirem certas manifestações, ainda que, estes variem de pessoa para pessoa.
Para o ser humano o limiar de sensação (limiar de percepção) da corrente alternada de frequência
industrial (50/60 Hz) é da ordem de 1 mA (1miliampere = 0,001 Ampere) e para a corrente contínua é
da ordem dos 5 mA.
No quadro seguinte apresentam-se vários limiares, para corrente alternada de 50/60 Hz:
Tabela 14 - Valores de intensidade de corrente com efeitos notórios sobre o corpo humano (valores
em miliampere, sendo 1 mA = 0,001 A).
Tal como qualquer material, o corpo humano também oferece alguma resistência à passagem da
corrente eléctrica, ou seja, possui uma determinada resistência eléctrica. Normalmente o valor dessa
resistência situa-se entre os 1 000 ~ 2 000 .
Mas, para um mesmo indivíduo, a resistência do corpo não é constante e varia em função de vários
factores. Vamos considerar a resistência própria do corpo por um lado, e a resistência cutânea por
outro.
Resistência própria do corpo - varia em função da distância dos dois pontos de contacto.
Normalmente, quanto mais distantes se encontrarem maior é a resistência.
a superfície de contacto. Quanto maior for a superfície de contacto menor será a resistência.
o estado de revestimento. Por exemplo, a palma da mão de um operário, normalmente calosa, será
mais isolante do que o dorso da mão.
a pressão de contacto. A resistência cutânea é tanto menor quanto maior for a pressão exercida pelo
ponto de contacto do corpo humano sobre o condutor eléctrico.
o estado de hidratação. A pele húmida por contacto com a água, ou devido ao suor, tem uma
resistência muito mais fraca que a pele seca.
duração do contacto. A própria resistência da pele diminui progressivamente à medida que se vai
prolongando o tempo de contacto com uma corrente eléctrica.
O trajecto da corrente através do corpo humano desempenha um papel crucial nas consequências
do choque eléctrico. Quando a corrente eléctrica flui através do corpo humano, normalmente, toma o
trajecto mais curto entre os dois pontos de contacto. Se nesse percurso atravessar órgãos vitais
como por exemplo o coração, as consequências podem ser dramáticas.
Tensão:
Analisando a lei de Ohm, para um corpo com uma determinada resistência e supondo que essa
resistência é constante:
Quanto maior for a tensão ou diferença de potencial aplicada num condutor, maior será a intensidade
da corrente que circula nesse condutor. Por isso as instalações com tensões elevadas são mais
perigosas porque são susceptíveis de fazer passar pelo corpo humano correntes de maior
intensidade.
Assim, uma tensão baixa aplicada a uma pessoa mal isolada pode ser mais perigosa do que uma
mais elevada aplicada a uma pessoa bem isolada.
Fig. 56 - Zonas tempo/intensidade de corrente dos efeitos fisiológicos da corrente alternada sobre o
corpo humano.
Como é perceptível da figura, os efeitos da corrente eléctrica sobre o organismo estão fortemente
dependentes da corrente efectiva que atravessa o organismo e do tempo de exposição à corrente. A
curva (a) separa a zona verde, onde normalmente não há efeitos fisiológicos perigosos da zona
amarela/vermelha, onde os efeitos fisiológicos podem ser muito graves. Analisando a figura pode
verificar-se que uma corrente de 10 mA torna-se perigosa para tempos de exposição superiores a 10
s, enquanto que uma corrente de 1000 mA se torna perigosa para tempos de exposição superiores a
0,010 s.
É, também, importante notar o aumento do tempo de contacto pode levar ao aumento progressivo da
intensidade da corrente efectiva que atravessa o organismo.
Frequência da corrente:
A frequência é outro factor que influi nas consequências dos contactos com a corrente. A corrente
alterna mais utilizada a nível industrial e doméstico, com frequências de 50/60 Hz é a mais perigosa.
Medidas de Segurança:
Medidas informativas:
Visam de algum modo dar a conhecer a existência dos riscos da electricidade e consistem em:
Formação de pessoal;
Normas de segurança.
Medidas de protecção:
Plataformas isolantes;
Tapetes isolantes;
Ferramentas isolantes;
Luvas isolantes;
Capacetes;
Para protecção nas instalações contra contacto directos utilizam-se as seguintes medidas:
Colocação de obstáculos;
Ligação adequada das massas acessíveis dos aparelhos e/ou equipamentos eléctricos em
associação com dispositivos de corte automático dos circuitos de alimentação respectivos
(disjuntores).
Isolar-se da Terra, antes de tocar na vítima, colocando-se sobre uma superfície isolante, constituída
por panos ou peças de vestuário secas, tapete de borracha, ou por qualquer outro meio equivalente
(tábuas, barrotes ou caixas de madeira secas).
Afastar a vitima dos condutores, isolando as mãos por meio de luvas de borracha, panos ou peças
de vestuário secos ou utilizando varas compridas de madeira bem seca, cordas bem secas, etc.
Ter em atenção que os riscos de electrocussão, ao proceder ao salvamento da vítima, são maiores
se o pavimento estiver molhado ou húmido, pelo que deverá, nesse caso, proceder-se com maior
cuidado.
Cortar imediatamente a corrente. Se tal não for possível, é necessita a intervenção de pessoa
conhecedora do perigo, para afastar a vítima dos condutores. Se a vítima ficou suspensa dos
condutores, pode ser necessário prever medidas no sentido de atenuar os efeitos de possível queda.
Logo que a vítima tenha sido afastada dos condutores e enquanto não chega o médico, é da maior
importância prestar-lhe os socorros a seguir indicados, sem a mínima perda de tempo:
Desapertar todas as peças de vestuário que comprimam o seu corpo: colarinho, cinto, casaco,
colete, etc.
Retirar da boca qualquer corpo estranho (por exemplo, placa de dentes artificiais) e limpar a boca e
as narinas de sujidades.
Aplicar, sem demora, a respiração artificial, que deverá ser mantida até que a natural se restabeleça
regularmente, devendo, porém, ainda depois disso, a vitima continuar vigiada até à chegada do
médico.
Caso não se restabeleça a respiração natural, deve manter-se a artificial, mesmo que ao fim de
várias horas a vítima não dê sinais de vida.
Introdução
O que é um E.P.I.?
Qualquer equipamento destinado a ser usado ou detido pelo trabalhador para a sua protecção contra
um ou mais riscos susceptíveis de ameaçar a sua segurança ou saúde no trabalho.
Os EPI´s são a última escolha na protecção dos trabalhadores e deve ser fornecida pela entidade
patronal gratuitamente. Face à protecção colectiva, a protecção individual só deverá ter lugar quando
e se a aquela não for tecnicamente ou se for considerada insuficiente, pelo que se assume os EPI´s
como suplementares.
- Adequação ao trabalhador;
- Adequação ao risco;
- Adequação ao trabalho.
Convém proceder ao estudo das partes do corpo susceptíveis de serem expostas a riscos:
- Riscos Físicos;
- Riscos Químicos;
- Biológicos.
Por exemplo, um trabalhador cuja tarefa seja efectuada num ambiente em que nível sonoro é muito
elevado e não redutível, designadamente por medidas colectivas (isolamento de máquinas),
encontra-se exposto ao ruído.
Mas em primeiro lugar devem ser tomadas outras medidas, como a redução do tempo de exposição
ou a aquisição de equipamento menos ruidoso.
Para testar um novo EPI, devem ter tanto quanto possível, escolher-se trabalhadores com um critério
objectivo de apreciação.
É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a controlar, bem como o ensaio de mais de um
tipo de protecção.
Durabilidade;
Efeito de protecção;
Comodidade;
Possibilidade de limpeza;
Etc.
A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser tomada com base numa análise cuidada do posto
de trabalho, análise essa em que devem participar chefias e trabalhadores.
Principais EPI´s
- cabeça;
- olhos e rosto;
- contra quedas;
- do tronco.
Ao escolher o EPI, é conveniente ter em conta o folheto informativo do fabricante e que estes
estejam em conformidade com as normas. Este folheto deve estar escrito em português e contém
todos os dados úteis referentes a: armazenamento, uso, limpeza, manutenção, desinfecção,
acessórios, peças de reposição, classes de protecção, prazo de caducidade, etc.
Protecção da cabeça
- pancadas violentas;
- projecção de partículas.
- Desviar os objectos que caiam, por meio de uma força adequadamente lisa e arredondada;
- Dissipar e dispersar a energia do impacto, de modo que não se transmita na sua totalidade
à cabeça e ao pescoço.
Além da marcação “CE”, o capacete pode estar marcado com os seguintes elementos:
3. Modelo (fabricante);
5. Tamanho em cm.
- Liga de alumínio: permite uma boa irradiação de calor, não é suportável durante longo
período de tempo devido à transmissão de calor, apresenta resistência limitada à fractura e às baixas
temperaturas e fraca resistência aos produtos químicos. São aplicáveis em pedreiras e em combate
a incêndios devido ao seu baixo peso;
Para manter o capacete em bom estado, este deverá ter manutenção cuidada, sendo apresentadas
de seguida algumas recomendações de interesse:
- Em qualquer caso, o capacete deve ser substituído se se verificar que o mesmo está a
descolar, a gretar, a desprender fibras ou a perder resistência. Também deve ser substituído se
sofrer um golpe forte, ainda que não apresente sinais de danos;
- Os materiais que adiram ao capacete, tais como gesso, cimento, cola ou resinas, podem ser
eliminados por meios mecânicos ou com um solvente adequado que não ataque o material de que é
feita a armação exterior;
Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo e onde os acidentes podem
atingir uma maior gravidade.
As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de trabalho, podem ser devidas a diferentes
causas:
- Acções químicas: através de produtos corrosivos (ácidos e bases) no estado sólido, líquido
ou gasoso;
Se além dos olhos, o protector protege parte ou totalidade da cara ou outras zonas da
cabeça, fala-se de
Viseiras.
Os vidros dos óculos e das viseiras de protecção deverão resistir ao choque, à corrosão e às
radiações.
- Vidros Coloridos: possuem efeito filtrante e actuam contra acções ópticas. Podem utilizar-se
os materiais acima referidos ou ainda vidro normal (sempre que não é previsível qualquer acção
mecânica). São usados, por exemplo, na soldadura.
A falta ou a deterioração de visibilidade através dos óculos ou viseiras é uma origem de risco na
maioria dos casos. Por este motivo, conseguir que este tipo de protectores se mantenha em bom
estado é fundamental.
Para isso, deverão ser seguidas uma série de recomendações referentes à manutenção do
mesmo, que se apresentam de seguida:
- Os óculos ou viseiras devem ser limpos diariamente procedendo sempre de acordo com as
instruções do fabricante;
- Antes de usar os protectores deve-se proceder a um exame visual dos mesmos, comprovando que
estejam em bom estado. No caso de ter algum elemento modificado ou deteriorado, este deve ser
substituído e, no caso de não ser possível, colocar fora de uso o equipamento;
- Para conseguir uma boa conservação, os equipamentos deverão ser guardados, quando
não estejam em uso, limpos e secos nos seus estojos;
- No caso de utilizadores que usem óculos correctivos, deve ser tido em consideração se os
óculos de protecção possuem graduação que aumente a probabilidade de ocorrência de acidentes.
No local de trabalho, os olhos e a cara do trabalhador podem estar expostos a riscos de diferente
natureza, os quais podem agrupar-se em três grupos, segundo a sua forma de actuação:
Os aparelhos de protecção respiratória são EPI´s das vias respiratórias, em que a protecção
contra os contaminantes é obtida reduzindo a concentração destes na zona de inalação para valores
abaixo dos níveis de exposição recomendados.
Nestes casos, o ar inalado passa através de um filtro onde são retidos os contaminantes.
Proporcionam protecção tanto para atmosferas contaminadas como para a deficiência de oxigénio.
Fundamentam-se no fornecimento de um gás não contaminado respirável (ar ou oxigénio).
B1 – Não autónomos
- não assistidos;
- de assistência manual;
- de assistência motorizada.
- Aparelhos de ar comprimido:
- de débito contínuo;
- de débito comandado;
B2 – Autónomos
- De circuito aberto:
- De circuito fechado:
- de gerador de oxigénio;
- de oxigénio liquefeito;
- de oxigénio comprimido.
Em qualquer dos casos, o parâmetro que define a eficiência do equipamento é o denominado “Factor
de Protecção”.
FP = Ce / Ci
Em que:
Dentro das classes P2 e P3, os filtros são subdivididos em função das suas possibilidades de
eliminar aerossóis sólidos (eventualmente aquosos) (notação “S”), ou sólidos e líquidos (notação SL).
Os aparelhos de protecção respiratória, como os restantes EPI´s, devem ser conservados de forma a
evitar a sua deterioração pela acção de produtos químicos, humidade, gorduras, ácidos, etc.
As características mais importantes que devem reunir os aparelhos, a este respeito, são:
- arnês de cabeça com sistema de ajuste cómodo para condições de trabalho normais;
- as partes do adaptador facial que estejam em contacto com a cara do utilizador devem ser
de material macio;
- inodoro;
Antes de utilizar um filtro, é necessário verificar a data de caducidade e o seu perfeito estado de
conservação, respeitando a informação do fabricante e, sendo possível comparar o tipo de filtro e o
âmbito de aplicação.
Quando o nível sonoro a que o trabalhador está exposto ultrapassa os valores admissíveis (85dB(A))
não é viável, técnica ou economicamente, a aplicação de medidas organizacionais ou construtivas,
ou o controlo efectuado não se revele eficaz, ter-se-á então que recorrer à protecção individual. (Dec.
Lei 182/2006)
Estes protectores auriculares podem ser de dois tipos: de inserção no canal auditivo
(auriculares e tampões) e de cobertura do pavilhão auditivo (auscultadores).
A exposição ao ruído pode provocar alterações na saúde, em particular perdas auditivas e riscos de
acidente. Além disso, existe uma série de riscos derivados do equipamento e da utilização do
mesmo.
- os protectores auditivos deverão ser utilizados enquanto dure a exposição ao ruído. Retirar
o protector, nem que seja durante um curto espaço de tempo, reduz seriamente a protecção;
- alguns tampões auditivos são de uso único. Outros podem utilizar-se durante um
determinado número de dias ou de anos se a sua manutenção se efectuar de modo correcto.
- os tampões auditivos (simples ou unidos por uma banda) são estritamente pessoais. Os
demais protectores (capacetes anti-ruído, auscultadores) podem ser utilizados por outras pessoas
após desinfecção.
Por calçado de uso profissional entende-se qualquer tipo de calçado destinado a oferecer
uma certa protecção contra os riscos derivados da realização de uma actividade profissional.
Segundo o nível de protecção oferecido, o calçado de uso profissional pode classificar-se nas
seguintes categorias:
- Calçado de Segurança: calçado de uso profissional que confere protecção nos dedos e na
sola pé;
- Calçado Condutor: calçado de uso profissional, para quando for necessário minimizar a
acumulação de electricidade electrostática (manuseamento de explosivos), resistência até 100kΩ;
- Calçado Anti-estático: calçado de uso profissional para quando for necessário minimizar a
acumulação de electricidade electrostática (manuseamento de substâncias inflamáveis), resistência
de 100kΩ até 1000kΩ.
O calçado pode ser classificado como de tipo I e tipo II, em função do tipo de material e do processo
de fabrico:
- Tipo I: constituídos por materiais que não sejam de borracha natural ou de polímeros;
Gáspea: Peça dianteira do corte (parte do calçado acima da sola) que cobre a parte
dorsal do pé;
Sola ou solado: Conjunto de peças que constituem a parte inferior do calçado e que
se interpõe entre o pé e o solo;
Nos equipamentos para protecção individual dos pés e membros inferiores deverão estar presentes
as seguintes marcações:
- Marca CE;
- Data de fabrico;
- Símbolos adicionais.
A protecção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de riscos
mecânicos, térmicos, químicos, biológicos ou eléctricos.
No local de trabalho, os pés do trabalhador, e através dos pés o corpo inteiro, podem
encontrar-se expostos a riscos de natureza diversa, os quais podem agrupar-se em três grupos
segundo a sua forma de actuação:
1) Lesões nos pés produzidas por acções externas (poeiras, calor, esmagamento,
salpicos);
2) Riscos para as pessoas por uma acção sobre o pé (queda em piso escorregadio);
Os ferimentos das mãos constituem o tipo de lesão mais frequente que ocorre na indústria,
daí a necessidade de se providenciar uma correcta protecção das mãos.
As agressões às mãos podem ser lentas (provocando dermatoses) ou rápidas (cortes, picadas,
queimaduras).
O braço e o antebraço estão, geralmente, menos expostos do que as mãos, não se devendo
no entanto subestimar a sua protecção.
- luvas;
- dedeiras;
- mangas;
- braçadeiras.
Essencialmente, os diferentes tipos de riscos para as mãos que se podem manifestar são os que se
indicam de seguida:
- Riscos mecânicos;
- Riscos térmicos;
- Riscos eléctricos;
- Vibrações;
- Radiações ionizantes.
Em função dos riscos enumerados têm-se os diferentes tipos de luvas de protecção, quer seja para
proteger contra um risco concreto ou para uma combinação deles.
Quanto às classes existentes para cada tipo de luvas, estas determinam-se em função do
“nível de protecção”. Este níveis de protecção consistem em números que indicam categorias ou
gamas de prestações, mediante os quais se podem classificar os resultados dos ensaios contidos
nas normas técnicas destinadas à avaliação da conformidade das luvas.
Os diferentes níveis de prestação para os diferentes tipos de luvas são indicados de seguida:
Luvas contra Riscos Mecânicos – existem 4 níveis de protecção (1 a 4) para cada um dos
parâmetros que se indicam de seguida:
- resistência à abrasão;
- resistência ao rasgão;
- resistência à perfuração.
Luvas contra Riscos Térmicos (calor ou frio) – estão definidos 4 níveis de protecção (1 a 4) para
cada um dos parâmetros indicados de seguida:
Luvas contra Produtos Químicos – para cada conjunto material constituinte da luva / produto
químico define-se uma escala com 6 índices de protecção (1 a 6).
Além da obrigatória marcação “CE”, a luva pode estar marcada com os seguintes elementos:
3. Tamanho;
4. Data de caducidade;
O tipo de material utilizado na construção dos equipamentos de protecção individual, para as mãos e
membros superiores, depende do agente agressor, sendo os mais utilizados apresentados de
seguida:
- Plástico: são de vários tipos e são utilizadas, em geral, para substâncias como óleos, solventes,
gorduras, etc. Não podem ser utilizadas em trabalhos de calor, mas são bastantes resistentes ao
corte, aos líquidos e em certos casos a substâncias radioactivas.
- Tecidos: são utilizados em trabalhos secos que não exijam grande resistência térmica ou
mecânica.
- Malha metálica: é utilizada contra o risco de corte ou ferimentos graves nas mãos, em
trabalhos com lâminas afiadas (em talhos e matadouros). A luva de malha metálica pode ser
combinada com uma luva de couro ou de tecido para maior comodidade de utilização.
As mãos do trabalhador podem estar expostas a riscos de natureza diversa, os quais se podem
classificar em três grupos, segundo a sua forma de actuação:
1) Lesões nas mãos devidas a acções externas (cortes, calor, metal fundido);
No que diz respeito à manutenção das luvas, são apresentadas de seguida algumas
recomendações:
- a posição do utilizador, uma vez produzida a travagem da queda, seja tal que lhe
permita esperar por auxilio.
A protecção contra quedas em altura deve ser feita com um arnês ligado a um sistema pára-quedas
(pode ser retráctil ou amortecedor de quedas).
Para escadas fixas, existe um equipamento contra quedas baseado num cabo (linha
de vida) e num mecanismo capaz de parar o movimento do utilizador no sentido da queda, através
do accionamento automático do sistema de bloqueio. Este pára-quedas é designado como
deslizante.
Para utilizar correctamente este tipo de equipamento e prevenir acidentes, resultantes de queda livre
do trabalhador, é necessário ter em atenção algumas regras:
- arestas vivas;
- superfícies rugosas;
- pontos quentes;
- matérias corrosivas.
- o sistema de pára-quedas como EPI só pode ser utilizado por um único trabalhador.
Os sistemas de protecção individual contra quedas em altura devem ser instalados e mantidos de
acordo com regra precisas, pois só assim permitem a realização dos trabalhos em segurança:
- Componentes: deve ser feito um exame a estas peças antes da sua utilização
(exemplos: arneses pára-quedas, sistemas pára-quedas móveis sistemas de pára-quedas de
encravamento automático).
O componente principal é o cinto de trabalho que envolve o corpo e liga o corpo do trabalhador à
estrutura. Compreende outros elementos que combinados e ligados, suportam o utilizador durante o
trabalho em altura.
- o cinto de trabalho pode ser equipado com correias ajustáveis quer para os ombros
quer para formar um assento;
- o cinto de trabalho deve ser construído de modo a que não possa ser desmanchado
à mão;
Relativamente à utilização e manutenção, devem ser fornecidas indicações claras na língua nacional
sobre o ajuste de cada um dos cintos e amarrações, bem como da seguinte informação:
- nome do fabricante;
No local de trabalho, o corpo do trabalhador pode estar exposto a riscos de diferente natureza, os
quais se podem dividir em dois grupos, segundo a sua forma de actuação:
2) Riscos para a saúde devido ao uso de EPI´s contra quedas em altura (posição
ergonómica inadequada, oscilação com choque, limitação da liberdade de movimentos).
- frio;
- calor;
- humidade;
- radiações solares;
- desgaste;
- sujidade;
- óleos;
- ácidos.
A roupa de protecção é definida como sendo aquela roupa que substitui ou cobre a roupa
pessoal, e que está desenhada para proporcionar protecção contra um ou mais perigos.
Normalmente, a roupa de protecção é classificada em função do risco para cuja protecção está
destinada. Assim, e de um modo genérico, podem-se considerar os seguintes tipos de roupa de
protecção:
Roupa contra riscos mecânicos: as agressões mecânicas contra as quais está concebida
este tipo de roupa consiste essencialmente em roçadelas, furos, cortes e impactos. Como exemplo
de operações nas quais se apresentam estes tipos de riscos temos abate de árvores, corte de carne
com machado, manipulação de vidro.
Roupa de protecção contra calor e/ou fogo: este tipo de vestuário está desenhado para proteger
contra agressões térmicas nas suas diversas variantes, como podem ser:
- chamas,
Roupa de protecção contra riscos químicos: os materiais constituintes das peças são específicos
para o composto químico contra o qual se procura protecção.
Assim, para cada conjunto, constituído por material constituinte da peça / produto
químico é preciso fixar os níveis de protecção. Os ditos níveis definem-se através de uma escala
com 6 índices de protecção (1 menos protecção; 6 máxima protecção).
Roupa de protecção contra o frio e a intempérie: além dos trabalhos desenvolvidos no exterior em
condições invernosas, os riscos por baixas temperaturas, podem apresentar-se também em
indústrias alimentares, instalações criogénicas, etc.
Roupa de protecção contra radiações: as soluções adoptadas no terreno das radiações não-
ionizantes passam pelas blindagens electromagnéticas e tecidos com elevada condutividade
eléctrica e dissipação estática, existindo diversos produtos comerciais que contem essas
características.
Por outro lado, para as radiações ionizantes costumam utilizar-se peças impermeáveis
conjuntamente com materiais que actuam como blindagem (Pb).
Roupa de protecção de alta visibilidade (EN 471): a protecção pode ser conseguida pelo próprio
material constituinte da peça ou pela adição à peça confeccionada de materiais fluorescentes ou com
características de rectroreflexão adequadas.
Existem 3 classes para este tipo de roupa (1,2 e 3), sendo a classe 3 a que oferece maiores
características de visibilidade e a 1 as menores.
Roupa de protecção contra riscos eléctricos e anti estática: Em baixa tensão utilizam-se
fundamentalmente o algodão ou misturas poliéster/algodão, enquanto que em alta tensão se utiliza
roupa não condutora.
Por outro lado, a roupa anti estática utiliza-se em situações nas quais as descargas eléctricas
devidas à acumulação de electricidade estática na roupa pode resultar em descargas altamente
Resumindo o vestuário de trabalho pode ser confeccionado em diferentes tecidos, cuja utilização é
condicionada pelo tipo de agente agressor, e deve ser cingido ao corpo, para evitar a sua prisão
pelos órgãos em movimento. A gravata, ou o cachecol, constituem um risco, pelo que devem ser
evitados.
Em certos casos, podem ser utilizados aventais que protegem contra a projecção de líquidos
(corrosivos ou não) e contra radiações.
Também neste caso o corpo do trabalhador podem encontrar-se exposto a riscos de diferente ordem,
os quais se podem classificar em dois grupos, segundo a sua forma de actuação:
- Calor e Frio;
- Utilização errada;
- Humidade;
Além da obrigatória marcação CE, o vestuário de trabalho pode estar marcado com os seguintes
elementos:
- Pictogramas;
SEGURANÇA EM SOLDADURA
Introdução
Os trabalhos com utilização de fontes de calor são causa frequente de incêndio. Exemplos de
tais trabalhos são o corte, a soldadura, esmerilado, descongelação, termocolagem, colocação de
telas e revestimentos com dispositivos de calor, e soldadura de peças e chapas em plástico. O risco
de incêndio está associado não só ao manuseamento inadequada das chamas nuas dos maçaricos,
mas também à transmissão de calor por radiação e condução através, por exemplo, de peças
metálicas, bem como por projecção de partículas incandescentes capazes de inflamar materiais de
natureza combustível que se encontrem nas imediações do local dos trabalhos.
Madeira ≥280
Têxteis:
Juta ≥240
Plásticos:
Polietileno ≥340
Poliestireno ≥360
Poliamida ≥425
Antes de iniciar operações de risco fora dos postos de trabalho previstos para o efeito, há que
obter uma “autorização de fogo” (Autorização do Corte e Soldadura) à direcção da empresa ou ao
responsável pela Segurança. Uma cópia desse documento de autorização deve ser colocada junto
do local de trabalho.
Todas as pessoas que executam trabalhos com fogo devem estar informadas previamente sobre
a localização dos meios de extinção de incêndio mais próximos (extintores portáteis e bocas de
incêndio) e do sistema de alarme que permita a chamada dos bombeiros em caso de incêndio
(telefone mais próximo, botoneira de alarme de incêndio, etc.).
Os cilindros de gases de soldadura devem proteger-se contra quedas (com correntes, aros,
cintas, etc.) e não devem ser colocados junto de fontes de calor tais como estufas, radiadores,
aparelhos de aquecimento, fogo aberto, radiação solar directa, etc.
Os tubos de gases deve ser de cor vermelha para acetileno e outros gases combustíveis,
laranja ara gases liquefeitos, azul para oxigénio e negra para os gases não combustíveis (ar
comprimido).
Os tubos dos queimadores não devem ter qualquer defeito e qualquer dano deve ser
imediatamente reparado de forma adequada. Isto pode ser conseguido, por exemplo, cortando o
troço de tubo danificado e unindo os tubos com juntas duplas de acordo com a norma DIN 8542,
sempre que o tubo resultante tenha um comprimento mínimo de 3 metros, e se liguem ao gerador de
gases pelo menos 5 metros de tubo. Nunca recorrer a remendos com fita isoladora. Os tubos dos
queimadores devem ser ainda protegidos contra a passagem de veículos, contra as dobras, calor
etc. Os pontos de ligação devem ser unidos com uniões adequadas ao diâmetro do tubo.
Para evitar falsos alarmes nos sistemas de detecção automática de incêndio, há que
desactivar os detectores nas áreas onde serão efectuados os trabalhos com fogo. A direcção da
empresa deve ser informada desta situação para que sejam tomadas medidas de precaução
adicionais, nomeadamente rondas de controlo nas áreas afectadas, que garantam uma detecção
atempada de um possível foco de incêndio. A colocação fora de serviço dos detectores de incêndio
das áreas em causa deve ser limitada ao período de tempo previsto para a realização do trabalho.
Uma vez terminado o mesmo, e também durante as respectivas interrupções (noite), deve proceder-
se à reactivação do sistema de detecção.
Antes de iniciar os trabalhos deve observar-se o seguinte, num raio de 10 metros do local de
trabalho:
Para tal será necessário efectuar medições com um analisador de atmosferas explosivas.
Requerem especial atenção os depósitos de produtos sólidos, com capas de óxidos e outros
resíduos sólidos, uma vez que os resíduos podem conter líquidos que libertem vapores perigosos.
Quando não se dispõe de uma aparelho de medida adequado, deve encher-se os recipientes com
água ou proceder-se a uma inertização dos mesmos com dióxido de carbono ou azoto antes do início
dos trabalhos (figura abaixo). Caso se trate de soldadura em recipiente em alumínio deve utilizar-se
apenas o azoto para inertização, de modo a evitar possíveis reacções químicas entre o alumínio e o
dióxido de carbono.
Não devem ser utilizados como suporte de trabalho bidões e recipiente semelhantes, nem
vazios nem cheios: os recipientes cheios podem rebentar se sujeitos a uma sobrepressão produzida
pelo calor proveniente do trabalho e os recipientes aparentemente vazios podem conter vapores ou
gases com perigo de explosão.
Para trabalhos efectuados durante períodos alargados, por exemplo quatro semanas ou
mais, é possível recorrer a um controlo por meio de detectores de fumo portáteis com transmissão de
alarme via rádio a um painel central com vigilância permanente. Esta medida não pode, no entanto,
substituir os procedimentos de vigilância necessários (o olfacto humano normalmente é muito mais
sensível que os detectores de fumo), mas durante períodos de desocupação da empresa (noite e fins
de semana) constitui uma protecção adicional.
Se após um exame cuidadoso pelo responsável pela Segurança e/ou equipa de intervenção
da empresa ainda subsistem duvidas consideráveis quanto à possibilidade de executar trabalhos
com chama aberta ou outros que produzem faíscas ou partículas quentes, então tais procedimentos
devem ser substituídos por outros menos perigosos. Como exemplos citamos as uniões fixas
mediante parafusos, juntas duplas em vez de cordões de soldadura, assim como serrar ou furar em
substituição de trabalhos com peças amoladoras ou oxicorte.
Advertências especiais
Nos processos de fabrico com operações com fogo, as medidas de segurança adoptadas para
os postos de trabalho devem ser verificadas regularmente (separação com cortinas protectoras,
instalação de dispositivos de extinção de incêndio prontas a funcionar, manutenção da proibição de
armazenar líquidos combustíveis e similares, etc.).
As lonas e cortinas para soldadura e tecidos ignífugos. Como exemplos de sinistros ocorridos na
sequência da realização de operações com fogo refiram-se o incêndio de chapas metálicas dado que
se adaptam facilmente à forma dos elementos a proteger e reduzem a condução do calor para os
mesmos.
Durante a utilização do gás acetileno, os respectivos cilindros devem manter-se verticais, ou pelo
menos, com as válvulas numa posição pelo menos 40 cm mais elevada que a base do cilindro, para
evitar derrame do solvente contido nas mesmas. A utilização de cilindros de gás na posição
horizontal só é admissível quando se trata de cilindros à prova de derrame, com anel de cor
vermelha no respectivo gargalo.
O melhor método de transporte de cilindros de gás para queima é os carros para cilindros à
prova de queda, que transportam também um extintor de incêndio.
Os espaços onde se efectuam trabalhos de soldadura e oxicorte têm que ser bem ventilados. Em
espaços pequenos sem renovação de ar suficiente, em caso de trabalho prolongado, há que
proceder à extracção dos vapores e gases resultantes da operação, sempre que não se utilizam
máscaras de respiração. Não se pode recorrer ao oxigénio para ventilação.
Nos casos em que existe o risco de propagação de um incêndio para propriedade de terceiros,
as medidas de segurança necessárias com vista á protecção dos riscos operacionais existentes
devem ser coordenadas e supervisionadas pela direcção da empresa.
• Os efeitos na saúde podem somente ocorrer se houver exposição real ao perigo (o risco de
lesão ou de doença aumenta geralmente com a duração e a frequência da exposição ao
agente, a intensidade/concentração e a toxicidade do agente).
• A toxicidade refere-se à capacidade de um agente produzir lesão ou doença. A avaliação da
toxicidade consegue-se pelo estudo das vias de exposição ou de concentração biológica
desse agente no corpo.
Assim, estamos em condições de identificar os principais riscos durante as actividades de
soldadura a saber:
Implicações para a saúde ocupacional da actividade de soldadura de uma forma simples, mais
elucidativa que técnica, abordaremos os principais impactos ao nível da saúde dos trabalhadores no
desenvolvimento da actividade de soldadura.
Radiação e Visão
Sinistros
Este sinistro de grandes proporções poderia ter sido evitado com a utilização de um
“Autorização de Corte e Soldadura”, que teria reduzidos significativamente o efeito daquelas
circunstâncias. Uma supervisão e uma vigilância adequadas poderiam ter minimizado os tempos de
alarme e a resposta ao incêndio.
Neste incêndio decorreram mais de 35 minutos até que as primeiras corporações públicas de
bombeiros actuassem. Esta demora deveu-se sobretudo a um lapso de tempo entre o alarme e a
localização do incêndio.
Estudos Americanos indicam que entre 1988 e 1992 cerca de 5% dos incêndios ocorridos em
estruturas não residenciais se deveu a operações com utilização de chama aberta. Este número
aumenta para 8% se considerarmos os incêndios ocorridos em ambiente industrial.
Algumas estatísticas de incêndio dos estados unidos indicam ainda que entre 1990 e 1995
ocorreram pelos menos 13 grandes sinistros provocados por descuido em operações de soldadura e
trabalhos com utilização de chama aberta, num total de danos materiais que excedeu os 250 milhões
de dólares.
HIGIENE NO TRABALHO
CONTAMINANTES QUÍMICOS
Os produtos químicos são designados por «perigosos» quando apresentam riscos para o
homem ou o ambiente devido às suas características físico-químicas, toxicológicas e
ecotoxicológicas. Nos produtos químicos distinguem-se duas formas de apresentação:
substâncias e preparações.
Gases
Fumos
Vapores
Névoas
Poeiras
No caso das poeiras, a maioria das partículas tem uma forma irregular, sendo as suas
dimensões caracterizadas pelo diâmetro projectado.
Classificação do Empoleiramento
Tendo em consideração o papel relevante que o diâmetro das partículas tem no risco de
inalação, distinguem-se, no empoeiramento, três fracções:
Contaminantes Gasosos
O ar é constituído por azoto (cerca de 78%), oxigénio (cerca de 21%) dióxido de carbono
(0,03%) hidrogénio (0,01%), vestígios de gases raros com a excepção de árgon e vapor de água
em quantidade variável.
Gases- São substâncias que só podem mudar de estado com uma acção conjunta de
aumento de pressão e descida de temperatura.
Vapores - São formas gasosas de substâncias que nas condições normais de pressão e
temperatura (pressão = 760 mm Hg ou 1013 mbar; temperatura = 25ºC) se encontram noutro estado
– líquido ou sólido – e que podem transitar para esse estado normal por acção isolada de um
aumento de pressão ou de uma descida de temperatura.
Alguns gases e vapores, entre os quais a maioria dos solventes industriais orgânicos,
apresentam propriedades explosivas e inflamáveis, e por isso colocam também riscos no âmbito
da segurança.
Irritantes – Exercem uma acção química ou corrosiva nos tecidos com que
contactam. Actuam principalmente nos tecidos de revestimento como a pele, as
mucosas respiratórias e a conjuntiva ocular. Quando estes poluentes são muito
solúveis (por exemplo: amoníaco, ácido acético, formaldeído) são absorvidos pelos
primeiros tecidos das vias respiratórias – nariz e garganta – onde, de imediato,
exercem a sua acção. No caso de se tratar de substâncias de solubilidade moderada,
a sua acção irritante estende-se a todas as partes do sistema respiratório (por
exemplo: ozono, cloro, fosgénio, óxidos nitrosos). Existem ainda compostos com
características particulares, nomeadamente a acroleína que, embora pouco solúvel,
tem uma acção irritante sobre as vias aéreas superiores e os vapores de ácido
sulfúrico que, além de irritante, afecta as terminações nervosas olfactivas.
Asfixiantes – São consideradas asfixiantes as substâncias que impedem o
processo da respiração. Este impedimento pode ter origem na redução da
concentração de oxigénio, sem existir interferência no organismo, e estamos perante
os chamados asfixiantes simples (por exemplo: hidrogénio, azoto, dióxido de
carbono), ou, então, os poluentes actuam quimicamente no processo de absorção do
oxigénio no sangue e tecidos e são designadas por asfixiantes químicos (por
exemplo: monóxido de carbono).
Narcóticos – Substâncias que exercem uma acção depressiva do sistema nervoso
central, produzindo um efeito anestésico após absorção (por exemplo: álcool etílico,
acetona).
Tóxicos – Compostos que sendo absorvidos exercem efeitos sistémicos, podendo
causar lesão a nível de diferentes órgãos e sistemas, nomeadamente o fígado, o rim e
os sistemas nervoso central e reprodutor (por exemplo: hidrocarbonetos alifáticos,
aromáticos e clorados).
VLE-CM – Valor limite de exposição concentração máxima – Valor limite expresso por
uma concentração que nunca deve ser excedida durante qualquer período de exposição.
Quando dois ou mais agentes que actuem sobre o mesmo órgão, estão presentes, na
ausência de informação em contrário, deve ser dada mais importância ao seu efeito combinado
que ao efeito individual. Assim se:
C1 C2 Cn
+ + .... + >1 (Eq.5)
VLE1 VLE 2 VLE n
o efeito deve ser considerado aditivo. Se o resultado ultrapassar o valor 1, estamos perante uma
situação de risco para o trabalhador.
No caso em que esteja provado que os efeitos dos agentes não são de facto aditivos mas
sim independentes, pois actuam em órgãos diferentes, então o VLE é excedido quando uma das
razões C/VLE for mais que 1, ou seja:
C1 C C
> 1; 2 > 1;....;+ n > 1 (Eq.6)
VLE1 VLE 2 VLE n
Quando a fonte de contaminação é uma mistura líquida de agentes com efeito toxicológicos
idênticos e a composição atmosférica é assumidamente semelhante à composição da mistura,
isto, é se durante o período de trabalho a totalidade da mistura se evapora para a atmosfera, o
valor de VLE da mistura é obtido pela seguinte fórmula, quando temos a composição da mistura
em peso:
1
VLE m = (Eq.7)
f1 f f
+ 2 + .... + n
VLE1 VLE 2 VLE n
Nas situações de risco, a sequência das intervenções deve ser a seguinte: na fonte
emissora, sobre ambiente geral (arejamento) e por fim sobre o próprio indivíduo.
Eliminar/reduzir o risco
Circunscrever o risco
Afastar o homem da fonte emissora
Proteger o homem
Os dois primeiros passos implicam medidas construtivas ou de engenharia, que actuam
nos processos produtivos, nos equipamentos e nas instalações (arejamento). Esta actuação é a
mais eficaz e a que deve ser encarada na fase de concepção ou de projecto.
Nos casos em que, mesmo com o processo controlado, o risco de exposição está
presente, deve intervir-se no sentido de proteger o trabalhador, afastando-o da fonte de risco ou
reduzindo o tempo de exposição. Para o efeito são aplicadas medidas de carácter organizacional,
como, por exemplo, a rotação dos trabalhadores nos postos de trabalho de maior risco.
Por fim, quando as outras intervenções não resultarem, ou quando a exposição se limitar a
tarefas de curta permanência (por exemplo: casos de manutenção e de limpeza), há o recurso a
medidas de prevenção de carácter individual, ou seja, a utilização de equipamento de protecção
individual (EPI).
Medidas técnicas de prevenção para reduzir ou eliminar situações de risco nos locais
de trabalho, por alteração do ambiente de trabalho ou dos processos.
Medidas que poderão ser tomadas para diminuir o risco potencial de um local de
trabalho sem efectivamente este ser alterado.
Medidas técnicas de prevenção para reduzir ou eliminar situações de risco nos locais
de trabalho, por alteração do ambiente de trabalho ou dos processos
Nota: Sempre que possível todos os potenciais cancerígenos devem ser substituídos por
outros. Deve também, sempre que possível, proceder-se à substituição dos produtos mais tóxicos
por outros de menor toxicidade.
Medidas que poderão ser tomadas para diminuir o risco potencial de um local de
trabalho sem efectivamente este ser alterado
Ventilação
Considerações Gerais
A ventilação dos locais de trabalho pode ser obtida por dois processos: ventilação geral ou
ventilação local.
Ventilação Geral
Este sistema de ventilação, também designado por ventilação por diluição, consiste na
introdução de ar limpo em quantidade suficiente para que as concentrações dos contaminantes no
ar ambiente se reduzam a níveis aceitáveis.
Ventilação Local
O objectivo da ventilação local é captar os contaminantes o mais perto possível da sua
fonte emissora e antes do trabalhador. Este processo necessita de movimentar quantidades de ar
muito menores que a ventilação geral e, por isso, os custos de investimento e de manutenção são
menores. Tem, contudo, um aspecto condicionador; uma vez instalado o sistema, o processo
produtivo não deve ser mudado de lugar para garantir a sua eficiência.
No estudo da ventilação também devem ser cobertos os aspectos de conforto térmico, que
podem obrigar a tratamento do ar insuflado, e de correntes de ar, que podem ser remediadas com
a colocação de anteparos.
ILUMINAÇÃO
A iluminação constitui um factor de risco que deve ser adequadamente seguido, desde a fase
de projecto até ao utilizador final. Vivemos de uma forma muito «permanente» confinados em
espaços (trabalho, transportes, escolas, divertimentos, etc.), pelo que, muitas vezes, não nos
apercebemos da importância real da iluminação na nossa saúde. Curiosamente, de Verão, quando
há uma maior claridade dos dias procuramos os espaços abertos que, muitas vezes, são desfrutados
sem quaisquer protecções, em particular as visuais.
Uma iluminação correcta num local de trabalho contribui para que as condições do mesmo
sejam de modo a não provocar tensões psíquicas e fisiológicas aos trabalhadores, proporcionando
dessa forma um aumento da produtividade, motivação, desempenho geral, etc. Caso contrário, além
de provocar atrasos na execução das tarefas, poderá induzir stress, dores de cabeça, fadiga física e
nervosa, etc., tendo como uma das consequências finais o absentismo.
De uma maneira geral, todos os locais de trabalho devem ser concebidos de modo a
privilegiar uma boa visibilidade. Para tal, uma boa visibilidade depende da percepção da geometria,
quer das peças a trabalhar, quer do campo da visão, dos contornos, da intensidade luminosa, da
conjunção de cores e dos contrastes, quer estabelecidos por estas, quer devido aos níveis de
iluminação reflectidos ou directos entre a peça e o plano de fundo.
A Visão Humana
A visão é um fenómeno complexo resultante da captação das ondas electromagnéticas cuja
radiação
varia entre os 380 nm e os 740 nm, isto é, desde o violeta até ao vermelho. A zona cujos valores são
menores que
380 nm é designada por ultravioleta, ao passo que a zona cujos valores são superiores a 740 nm
denomina-se
infravermelha.
A visão humana tende a acomodar-se a qualquer estímulo luminoso. No caso desse estímulo
não ser adequado (iluminação inadequada para a tarefa a ser desempenhada, deficiente postura de
trabalho, inexistência de contraste entre partes de objecto e o plano de fundo, movimentação de
objectos ou partes de máquinas, etc.), a visão cria defesas para exercer essa adaptação. Este
processo denomina-se acomodação. O fenómeno da acomodação é feito através da focagem do
cristalino, fenómeno este que diminui com a idade por endurecimento progressivo do mesmo.
O rendimento visual aumenta com o nível de iluminação. Em relação à fadiga visual, esta decresce
até cerca de 800 lx, invertendo a sua tendência a partir deste valor. A partir daqui, o rendimento
aumenta, mas à custa de maior esforço visual. Como medida de prevenção, aquando da realização
de qualquer tarefa, devem ser efectuadas pausas de tempos a tempos.
Iluminação Natural
A iluminação ideal é aquela que é fornecida pela luz natural. A velha regra de que a luz deve
vir da esquerda continua válida. Contudo, uma vez que está em franco desenvolvimento a instalação
de sistemas informáticos (sistemas utilizadores de ecrãs) nas empresas, admite-se que a luz possa
vir de qualquer direcção, desde que o plano luminoso (plano das janelas ou das luminárias) esteja
perpendicular ao plano do visor. Como a maior parte dos problemas de iluminação são relativos a
situações em interiores, a iluminação natural deverá ser complementada com iluminação artificial.
Efeito da Cor
Uma boa combinação de cores no local de trabalho vai permitir aos trabalhadores um melhor
desempenho e, consequentemente, um aumento da produtividade. Pelo contrário, se o local de
trabalho estiver decorado com cores que não são do «agrado» dos trabalhadores, poderá induzir
neles efeitos psicofisiológicos de modo negativo. É que cada pessoa tem reacções diferentes ao
estímulo «cor». Não é de se estranhar o facto de que cada pessoa tenha preferências diferentes na
escolha de «cores». O uso de determinadas cores inadequadas pode dar origem ao desenvolvimento
de riscos para os trabalhadores.
Exemplo
Depressão e stress;
Angústia;
Desequilíbrio psicofisiológico;
Efeitos contrários aos anteriores;
Lesões;
Acidentes;
Doenças.
Efeito Estroboscópico
Trata-se de um efeito com um grau de perigosidade elevado, uma vez que se verifica em
muitos processos fabris, cujas máquinas não possuem adequada protecção mecânica. Esse efeito é
aquele que vulgarmente visualizamos em certas jantes de automóveis, cuja sensação nos parece
que rodam a uma velocidade inferior ao movimento, ou a determinados tempos estão paradas, ou o
movimento é contrário à deslocação do carro. Nas instalações fabris, devido à implantação de certas
máquinas e determinado sistema de iluminação (sobretudo aquele cujas lâmpadas são
fluorescentes, alimentado por corrente eléctrica monofásica) pode verificar-se este fenómeno. Ele
surge devido à cintilação das lâmpadas fluorescentes, cuja frequência de operação iguala a
frequência de rotação das máquinas, iludindo o trabalhador.
O sistema de iluminação fluorescente deverá ser alimentado por corrente eléctrica trifásica,
divididas as lâmpadas pelas três fases. Se tal medida não for possível, colocar as lâmpadas
fluorescentes aos pares (nunca em número ímpar), impondo cada par com um condensador, ou
utilizar balastros de alto factor de potência.
semipreciso
RUIDO
O ruído é um som desagradável e indesejável que perturba o ambiente, contribuindo para o
mal-estar, provocando situações de risco para a saúde do ser humano. Esta incomodidade depende
não só da característica do som, mas também da nossa atitude em cada situação concreta. Mas o
som é fundamental para a nossa vivência. É através do som que comunicamos, que ouvimos
música, obtemos informações, etc. O som é transmitido de uma fonte sonora, por vibrações, até ao
ouvido humano. As características do som são:
Assim, para analisar os efeitos dos vários tipos de ruído perante a exposição de um
trabalhador, criou-se o conceito de Nível sonoro contínuo equivalente (LEX,8h), expresso em dB(A),
que representa um nível sonoro constante equivalente aos vários tipos de ruído durante o mesmo
tempo.
Medidas de Intervenção
Até a um passado recente, no nosso país, o ruído nos locais de trabalho era considerado um
dado adquirido, um facto quase normal e que constituía parte integrante da actividade produtiva; por
isso, raramente eram tomadas medidas para o evitar. Hoje, a atitude perante este problema começa
a ser diferente, não só pelo aspecto legislativo e regulamentar, mas também pelo conhecimento e
consciência dos empresários para as consequências na saúde dos trabalhadores e as implicações
no rendimento e consequente produtividade da empresa.
As indústrias, cujos valores dos níveis de ruído ultrapassam o nível de acção, deverão definir
medidas de intervenção e controlo do ruído e seus efeitos. Essas medidas são:
O levantamento dos níveis de ruído vai determinar os valores que podem criar lesões
auditivas permanentes. Esses valores são: LEX,8h e LCpico. Para executar estas medições são
necessários os seguintes instrumentos:
Com o sonómetro integrador obtêm-se os níveis de exposição de ruído numa tarefa fixa; o
dosímetro permite determinar os níveis de exposição de um trabalhador ao ruído durante um dia de
trabalho, incluindo pausas. No dosímetro, todos os níveis superiores a 80dB(A) são convertidos em
dose de ruído equivalente que é acumulado durante as 8 horas de trabalho. Este instrumento está
equipado com um detector do valor Pico, que assinala sempre que este valor ultrapassa os
140dB(A). O valor indicado é em %. Antes do início de qualquer medição, deve verificar-se a carga
das baterias e calibrar os instrumentos com um calibrador.
Análise de resultados
Dependente dos valores obtidos nas medições e se estes ultrapassam o nível de acção
[80dB(A)], deve ser feita a análise em frequência para conhecer a composição do ruído, isto é,
determinar os níveis sonoros de cada frequência desse ruído. Na análise em frequência utilizam-se
filtros de oitava ou 1/3 de oitava ligados à base do sonómetro. O conhecimento da análise desse
ruído permite-nos seleccionar os protectores adequados e dimensionar atenuadores.
>80 >85
1 – De 2 em 2 anos X
2 – Anual X
Medidas de Redução
Para actuar nas medidas de redução deve ter-se em conta que o ruído, ao encontrar uma
superfície, reflecte parte da sua energia e que a frequência tem influência nas medidas a adoptar. Na
redução de um ruído podemos actuar a vários níveis:
Protecção Individual
Numa indústria ruidosa dever-se-á fazer protecção colectiva, isto é, procurar, sempre que
possível, atenuar os níveis do ruído para valores que não prejudiquem a saúde dos trabalhadores.
No entanto, nem sempre é possível a adopção de medidas imediatas, ou porque requer
investimentos elevados ou porque tecnicamente é inviável uma solução de redução de ruído. Nestes
casos, a empresa deverá recorrer à protecção individual, distribuindo pelos trabalhadores protectores
auriculares. Existem dois tipos de protectores auditivos:
Para a escolha dos protectores é necessário conhecer a análise de frequência do ruído, pois
existem tipos de protectores eficientes e específicos para cada gama de frequência. Os fabricantes
devem fornecer a informação sobre a atenuação do protector em cada frequência. Para que os
protectores auriculares sejam eficazes devem ser usados durante todo o tempo de exposição ao
ruído, pelo que não devem impedir a percepção de sinais exteriores necessários à execução do
trabalho e à segurança dos utilizadores. É importante a adaptação do trabalhador a estes
equipamentos de modo a sentir-se o mais confortável possível. Os trabalhadores devem ser
informados e sensibilizados para os efeitos negativos do ruído e das vantagens do uso de
protectores em meios ruidosos.
RADIAÇÕES
A energia também pode ser transmitida por ondas, como no caso da radiação mecânica e na
radiação electromagnética.
Outro tipo de radiação que se transmite por ondas é a radiação electromagnética, que é
produzida pela oscilação ou aceleração de uma carga eléctrica num campo magnético. A radiação
electromagnética tem, portanto, simultaneamente, uma componente eléctrica e uma componente
magnética. No caso das radiações electromagnéticas, a propagação da energia é independente da
existência ou não de matéria; contudo, a presença desta influencia os parâmetros velocidade,
quantidade e direcção da energia transmitida.
Nos níveis mais baixos de comprimento de onda encontram-se os raios gama, com
comprimentos de onda compreendidos entre 0,05 e 5 nm, aparecendo em seguida os raios X.
No caso de radiações em que a energia por fotão de uma radiação é inferior a 12 electrőes-
volt, não existem condições para a ionizarão dos átomos da matéria com que colidem, pelo que não
existe alteração química dos mesmos. Estas radiações são designadas por radiações não-ionizantes.
Encontram-se neste grupo todas as outras radiações electromagnéticas: ultravioleta, visível,
infravermelho, frequências de rádio e outras radiações de frequência muito baixa. Com excepção de
uma gama estreita de frequências, correspondentes ao espectro do visível, as radiações não
ionizantes de baixo nível energético não são detectáveis pelo ser humano. Contudo, quando a
exposição atinge níveis elevados, podem ser perceptíveis como sensação de calor.
Radiações Ionizantes
Estas radiações classificam-se, como já foi referido, em radiações electromagnéticas (raios
gama e raios X), que se caracterizam por valores de comprimento de onda muito baixos e
15
frequências inferiores a 3*10 Hz, e em radiações corpusculares (emissão de partículas e , de
electrões, de neutrões).
Estas características de interacção com o material com que contacta faz com que as
radiações ionizantes constituam um importante factor físico do ambiente no que diz respeito à
relação Ambiente/Saúde.
Nos nossos dias é frequente a utilização de radiações ionizantes artificiais em áreas tão
diversas como a indústria, a agricultura, a medicina e a investigação.
Entre a diversidade de aplicações destacam-se os raios X, que são muito utilizados nas
actividades médicas e paramédicas de diagnóstico (radiologia) e na indústria para a detecção de
eventuais defeitos de fabrico, e os radioisótopos, utilizados frequentemente em actividades de
investigação (marcadores – fontes não isoladas), em actividades médicas (diagnóstico e terapia) e
na esterilização de material cirúrgico, produtos farmacêuticos e alimentares.
Exposição Profissional
à fonte;
Os raios lasers são radiações não ionizantes, com gamas de comprimento de onda muito
alargada (em especial na zona do visível e infravermelho), que se caracterizam, fundamentalmente,
pela alta direccionalidade do feixe e, consequentemente, pela elevada energia incidente por unidade
de área atingida, ou seja, pela densidade de energia. Estas características diversificaram as
aplicações desta radiação, que compreendem técnicas não só na área da ciência, em especial na
medicina e na investigação, mas também na área industrial.
Como principais fontes emissoras das diferentes radiações não ionizantes destacam-se,
respectivamente:
Em relação ao impacto das radiações não ionizantes na Saúde, destacam-se os efeitos das
radiações ultravioleta e dos lasers. Os principais efeitos biológicos da radiação ultravioleta incluem a
acção carcinogénea na pele, as queimaduras cutâneas, a fotossensibilização dos tecidos e a
inflamação dos tecidos do globo ocular, principalmente da córnea e da conjuntiva. As radiações
ultravioletas criam condições para a produção de ozono a partir do oxigénio do ar e, portanto,
originam uma potencial exposição ao gás tóxico ozono.
Relativamente aos efeitos da exposição aos raios lasers, como estes concentram numa área
pequena uma elevada energia, existem riscos consideráveis na observação directa do feixe ou do
feixe reflectido, principalmente de lesão grave da retina. Como regra fundamental de segurança na
utilização dos raios lasers, destaca-se a restrição da sua utilização apenas a pessoal qualificado,
utilização de óculos de protecção e ausência de material reflector na vizinhança do local de
manuseamento da radiação.
No que concerne aos efeitos biológicos das radiações de elevados comprimentos de onda, a
informação disponível é mais escassa comparando com as outras radiações. Mesmo assim, são
perfeitamente conhecidos os efeitos térmicos das micro-ondas, que aliás são a principal base das
suas aplicações. Os efeitos nocivos destas radiações provêm da sua eficiente absorção pelos
tecidos, com consequente elevação da temperatura, com manifestações na função cardiovascular e
sistema nervoso central.
VIBRAÇÕES
‐ Vibrações Sinusoidais
‐ Vibrações Periódicas
‐ Vibrações Aleatórias
RUÍDO desenvolve a sua acção fundamentalmente em relação a um órgão, O OUVIDO.
Picadas;
Doença de Raynaud (doença dos dedos
brancos). Controlo das Vibrações
É conseguido através de 3 processos:
AMBIENTE TÉRMICO
Conjunto das variáveis térmicas do posto de trabalho que influenciam o organismo do trabalhador.
Conforto Térmico
Segundo a ISO 7730, “Um estado de espírito que expressa satisfação com o ambiente
que envolve uma pessoa (nem quente nem frio) ”.
Índices:
PMV: índice que estima o valor médio dos votos de um grupo de pessoas na escala se
sensação térmica.
Radiação (R) ‐ todas as substâncias radiam energia térmica sob a forma de ondas
electromagnéticas.
Variáveis Individuais:
Tipo de actividade;
Vestuário;
Aclim
atação
Variáveis
Ambientais
Temperatura do ar;
Humidade relativa do ar ou pressão parcial de vapor;
Temperatura média radiante das superfícies vizinhas;
Velocidade do ar.
Avaliação do Ambiente Térmico
Temperatura do ar;
Humidade do ar;
Calor radiante;
Velocidade do ar;
Metabolismo;
Vestuário.
Trabalho a temperaturas elevadas
Redução das habilidades motoras como a destreza e a força, da capacidade de pensar e julgar;
Para os trabalhos externos e prolongados, recomenda‐se uma boa alimentação em calorias e roupas
quentes;
Devem existir câmaras de transição para que se possam aquecer gradualmente até à temperatura
ambiente.
PLANO DE EMERGÊNCIA
Planeamento como processo contínuo e não como produção de um objecto acabado; Plano como
instrumento de apoio e suporte e não como um fim em si mesmo:
Referência
Plano de Emergência Interno ‐ Preparação e organização dos meios existentes para garantir a
salvaguarda dos ocupantes de uma instalação, em caso de ocorrência de uma situação perigosa.
Objectivos gerais
Objectivos específicos
Organização dos meios humanos internos, tendo em vista a actuação em situação de emergência;
Organização da Segurança
Instruções de Segurança
São normas e procedimentos a adoptar pelos ocupantes de uma instalação, face a uma situação de
BIBLIOGRAFIA
[1] – Roxo, Manuel M., Segurança e Saúde do Trabalho: Avaliação e Controlo de Riscos,
Livraria Almedina – Coimbra, 2003
[3] – www.insht.es
[5] – www.inrs.fr
[6] –www.aeportugal.pt
[7] –www.idict.gov.pt