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MC-BAR-700-0006

MEMORIAL DE CALCULO DAS PLATAFORMAS DE FACHADA


PLATAFORMA L= 6.000 mm

Revisão Data Descrição Revisor


0 01/07/12 Emissão inicial Danilo
Fabricio Garcia Dias
CREA/RS: 127891
MEMORIAL DE CALCULO

SUMÁRIO:

1- INTRODUÇÃO
2 – DESENHOS DE REFERÊNCIA
3 – NORMAS ADOTADAS
4- PARÂMETROS ADOTADOS
5- AÇÕES E ESFORÇOS SOLICITADOS ADOTADOS
6- VERIFICAÇÃO DA PLATAFORMA
7 – TENSÃO DE REFLEXÃO DA PLATAFORMA
8 – VERIFICAÇÃO DA CHAPA DO PISO
9 – VERIFICAÇÃO DAS CABEÇEIRAS
10 – VERIFICAÇÃO DO GUARDA CORPO LONGITUDINAL
11 – VERIFICAÇÃO DO GUARDA CORPO CONF. NE 1808
12– VERIFICAÇÃO DO GUARDA CORPO CONF. NR 18
13– VERIFICAÇÃO DA PEÇA DE UNIÃO
14 – SOLDAS
15 – CONCLUSÃO

1- INTRODUÇÃO:

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1.1 OBJETO

Plataforma suspensa móvel com comprimento máximo de 6m, corpo em


construção metálica com tração elétrica para trabalho em fachadas de prédios.

A plataforma é composta por:


- Cabeceiras
- Lateral alta
- Lateral baixa
- Estrado
- Elemento de União
- Caixa de tração manual ou elétrica
- Sistema de segurança anti-quedas

1.2 OBJETIVO

O presente memorial de cálculo tem por objetivo comprovar a capacidade de


carga da plataforma objeto e a resistência mecânica de seus componentes.

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2- DOCUMENTOS E DESENHOS DE REFÊRENCIA:

Desenho de Conjunto BAR-700-0006-0001


Desenho Estrado BAR-700-0003-0002
Desenho Lateral Alta BAR-700-0003-0003
Desenho Lateral Baixa BAR-700-0003-0004
Des. Conjunto Caixa de tração BAR-700-020-100
Des. Conj. Sistema segurança (Bloq-fort) BAR-700-040-100
Memorial Dispositivo de Segurança (Bloq-fort) MEM-BAR-700-0002
Desenho Elemento União BAR-700-0010-0001
Desenho Cabeçeira BAR-700-0009-0001
Laudo Técnico LT-0037.12

3- NORMAS ADOTADAS:

3.1 NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


Construção;
3.2 NBR 08880 – Projeto de estruturas de aço e estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios;
3.3 NBR 14762 – Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por
perfis formados a frio – procedimento;
3.4 NBR 6327 – Cabos de aço para uso geral, requisitos mínimos;
3.5 EN 1808 – Safety requeriments on suspended Access equipament.

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4- PARAMETROS ADOTADOS:

4.1- MATERIAIS

 Especificação: A 36
 Tensão de ruptura: Sr = 41,0 Kgf/cm2
 Tensão de escoamento: Se = 25,3 Kgf/cm2
 Coeficiente de segurança: s = 2,0
 Tensão admissível a tração: Stadm = 20,5 Kgf/cm2
 Tensão admissível ao cizalhamento: Sqadm = 11,7 Kgf/cm2

 Especificação: SAE 1010/20


 Tensão de ruptura: Sr = 37, 0 Kgf/cm2
 Tensão de escoamento: Se = 21,0 Kgf/cm2
 Coeficiente de segurança: s = 2,0
 Tensão admissível a tração: Stadm = 18,5 Kgf/cm2
 Tensão admissível ao cisalhamento: Sqadm = 10,5 Kgf/cm2

 Especificação: ALUMÍNIO
 Tensão de ruptura: Sr = 24,0 Kgf/cm2
 Tensão de escoamento: Se = 15,0 gf/cm2
 Coeficiente de segurança: s = 2,0
 Tensão admissível a tração: Stadm = 12,0 Kgf/cm2
 Tensão admissível ao cizalhamento: Sqadm = 6,84 Kgf/cm2

 Especificação: A 307B
 Tensão de ruptura: Sr = 52,0 Kgf/cm2
 Tensão de escoamento: Se = 40,0 Kgf/cm2
 Coeficiente de segurança: s = 2,0
 Tensão admissível a tração: Stadm = 26,0 Kgf/cm2
 Tensão admissível ao cizalhamento: Sqadm = 14,8 Kgf/cm2

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5- AÇÕES E ESFORÇOS SOLICITADOS ADOTADOS:

5.1- CRITÉRIOS PARA DIMENSIONAMENTO:

O dimensionamento é efetuado em conformidade com as especificações da


norma Européia EM 1808 e da Norma Regulamentadora NR 18, onde aplicáveis,
sendo elaborados cálculos segundo ambos os critérios para o sistema guarda
corpo.
Os pesos próprios da plataforma acionada por meio de guinchos motorizados
são dados conforme segue:

- Lateral alta (2 pç)................................................................78,0 Kgf


- Lateral baixa (2 pç) .............................................................68,0 Kgf
- estrado com chapa de piso (2 pç).......................................46,0 Kgf
- Elemento de união das plataformas ...................................10,0 Kgf
- Cabeceiras motorizadas (2 pç)............................................42,0 Kgf
- Guinchos motorizados (2 pç)...............................................80,0 Kgf

O peso próprio total em movimento é igual a 324,0 Kgf, que define,


juntamente com a carga, as trações nos cabos de suspensão dos guinchos. As
cargas referentes aos guinchos e às cabeceiras não atuam sobre a plataforma, de
modo que seu dimensionamento considera o peso próprio total igual a 202 Kgf.

5.2 - CARGA NOMINAL DA PLATAFORMA:

5.21 Carga máxima admitida para dimensionamento:


A plataforma comprimento 6,00m é dimensionada para uma carga máxima
igual à 370 Kgf.

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5.2.2 Carga nominal de acordo com a Norma Européia NE 1808:


A Norma Européia NE 1808 estabelece em seu item 6.3.2.1 que o cálculo da
carga nominal RL para plataformas ocupadas por duas ou mais pessoas é dado
por:
RL = (n x Mp) + (2 x Me) + Mn
Onde: n = número de pessoas na plataforma;
Mp = massa de cada pessoa, igual à 80 Kgf;
Me = peso mínimo do equipamento pessoal, igual à 40 kgf;
Mn = massa do material na plataforma de trabalho;

Para RL já definida, e para plataforma a ser ocupada, por duas pessoas temos:
370 = (2 x 80) + (2 x 40) + Mn = 130 Kgf;

Fica definido desta forma, que a massa de material na plataforma não pode
exceder 130 Kgf, quando ocupada por dois trabalhadores.

5.2.3 - DISTRIBUIÇÃO DA CARGA RL NA PLATAFORMA:

A Norma Européia NE 1808 estabelece:

- Item 6.3.2.2: “ A capacidade de carga mínima do piso da plataforma (RF) deve


ser igual à 200 Kgf/m2 . O piso deve suportar a carga de 100 Kgf distribuída sobre
uma área de 0,2 x 0,2m ”;

- item 6.3.2.3: “ A carga RL é calculada de acordo com as formulas (1) e (2) e


distribuída sobre uma superfície As, localizada no comprimento T ”;

 As = B x T;
 T = RL / (B X RF) onde RF = 200 Kgf/m2

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 T = RL / (B X RF) = 370/ (0,65 x 200) = 2,84 m;

Tendo em vista que o comprimento T é calculado menor do que o comprimento


total da plataforma, a carga se distribui ao longo do comprimento 2,84 metros e o
peso próprio ao longo do comprimento 6,05 m.
5.2.4- ESQUEMA CONSTRUTIVO DA PLATAFORMA:

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5.2.5. MOMENTO DE INÉRCIA DA PLATAFORMA:


5.2.5.1 Seção transversal do perfil composto:

5.2.5.2 - Momento de inércia do tubo quadrado superior:


O momento de inércia do tubo quadrado superior é dado por:

 J1 = (B x H3 / 12) – (b x h3 / 12);
 J1 = (4 x 43 / 12) – (3,7 x 3,73 / 12) = J1 = 5,71 cm4.

5.2.5.3 - Perfil U enrijecido inferior;


5.2.5.4 - Distância da linha neutra do perfil enrijecido inferior
Em função da simetria a linha neutra do perfil inferior coincide com a linha de
centro, ou seja 125mm ou 12,5cm.

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5.2.5.5 - Momento de inércia enrijecido do perfil inferior:


O momento de inércia segundo o eixo X é dado pelo teorema de Steiner conforme
segue:
 J2 = Σ( Jo + A x d2);
 J2 = 2 (0,133 + 0,4 x 11,52) + 2 (0,00585 + 0,52 x 12,512) +
(260,41 + 5 x 02);
 J2 = (106,066) + (166,771) + (260,41);
 J2 = 529 cm4.

5.2.5.6 - Perfil composto:


Distância da linha neutra do perfil composto
Área da seção transversal do perfil composto:
A=2,26 + 5,07 = 7,33 cm2;
Distância da linha neutra:
 v = ys = Σ Ai x Yi /A;
 v = ys = ((2,26 x 2) + (5,07 x 54,5))/7,33;
 v = vs = (4,52 + 276,31) / 7,33 = 38,31 cm.

5.2.5.7 - Momento de inércia do perfil composto:


O momento de inércia segundo o eixo X é dado pelo teorema Steiner
conforme segue:

 J2 = Σ( Jo + A x d2);
 J2 = (5,71 + 2,26 x 36,312) + (529 + 5,07 x 16,192);
 J2 = (2985) + (1858) = Jc = 4843 cm4.

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5.2.5.8 - Momento de inércia resistente:


Cada plataforma utiliza duas laterais, de modo que o momento de inércia
resistente total é dado por:

 J= 2 x Jc;
 J = 2 x 4843 = J = 9686 cm4.

6. VERIFICAÇÃO DA PLATAFORMA:
Conforme dados do item 5. A carga (370Kgf) se distribui ao longo do
comprimento 2,80m e o peso próprio (202 Kgf) se distribui ao longo do
comprimento 6,05m, conforme esquema abaixo:

6.1 - Determinação das forças P1 e P2:


De acordo com o item 6.4 da Norma Européia NE1808, a carga suspensa
total deve ser calculada por:
 Q =1,25( RL + SWP);
6.1.1. Força de atração nos cabos de sustentação da plataforma:
 Q =1,25( RL + SWP);

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 Q =1,25(370 +324) = Q = 867 Kgf


Sabendo-se que P1+P2 =Q, temos:
 P1+P2 = 868 Kgf;
Para carga distribuída uniformemente P1=P2. Logo:
 P1= 434 Kgf e P2 = 432 Kgf;

6.1.2 Carga total sobre a plataforma:


 Qp =1,25 ( RL + SWP);
 Qp = 1,25 (370 + 202) = Qp= 716 Kgf;
Sabendo-se que P3+P4 = Qp, temos:
 P3 + P4 = 716 Kgf;
Para carga distribuída uniformemente P3=P4. Logo:
 P3= 358 Kgf e P4 = 358 Kgf;

6.1.3 Carga distribuída na plataforma:


O peso próprio da plataforma distribui-se ao longo do comprimento 6050
mm (605 cm), de modo que a carga distribuída é dada por:
 qpp = 1,25 x 202 / 605 = 0,417355 Kgf /cm;
A carga Q = 370 Kgf distribui-se ao longo do comprimento T = 2890 mm
(289 cm) de modo que a carga distribuída é dada por:
 q = Q / T;
 q = (1,25 x 370) / 289 = 1,600346 Kgf/cm.

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6.1.4 Momentos fletores na plataforma:


Os momentos fletores na plataforma são dados conforme segue:

 Para 0 ≤ X ≤ 1580:
M = P3 . X – (qpp . X) (X/2)
M = 358 . X – (0,417355 . X) (X/2)
M = 358 . X – 0,2086775 . X2
 Se X = 158
M = 358 . 358 – 0,2086775 . 1582
M = 56564 – 5209 = 53355 Kgfcm
 Para 1580 ≤ X ≤ 4470:
M = P3 . X – (qpp . X) (X/2) - q.(X-158) / 2
M = 358 . X (0,417355. X)(X/2) – 1,600346.(X-158)(X-158)/2
M = 358.X(0,2086775.X2) – 0,800173.(X-158)2
 Se X = 302,5(Centro da plataforma):
M = 358 . 302,5 –(0,2086775 . 302,52) – 0,800173.(302,5 – 158)2
M = 108295 – 19095 – 16708 = 72492 Kgfcm
 Se X = 447
M = 358 . 447 – (0,2086775 . 4472) – 0,800173.(447 – 158)2
M = 160026– 41740931 - 66931 = 51355 Kgfcm
 Para 4470 ≤ X ≤ 6050:
M = P3 . X – (qpp . X) (X/2) – (q.289)(X-605 / 2)
M = 358 .X (0,417355. X) (X/2) – 1,600346.(X-289)(X-302,5)/2
M = 358 . X (0,2086775. X2)– 370.(X-302,5)/2
 Se X = 605
M = 358 . 605 – (0,2086775 . 6052) – 462,5.(605 – 302,5)2

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M = 216590– 76381 - 139906 = 0 Kgfcm

6.1.5 - Tensão de flexão na plataforma:

A tensão de flexão é dada por:

 σ = (M . Ymáx) / J, onde:
 M = Máximo momento fletor atuante na estrutura resistente;
 Ymáx = Maior distância da linha neutra á fibra mais externa;
 J = Momento de inércia da seção transversal resistente.
Temos então:

 σ = ( 72.492 . 38,31) / 9686 = 287 Kgf/cm2;

6.1.6 - Coeficiente de segurança:

De acordo com a Norma Européia NE1808, item 6.2.1.1 a máxima tensão


admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,5, Para o material SAE 102, o limite de
escoamento é igual à 2100 Kgf/cm2, de modo que a tensão admissível é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 287 = 4,87

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7- TENSÃO DE REFLEXÃO TRANSVERSAL NO PISO DA PLATAFORMA:


No sentido transversal, a carga distribuída na plataforma é dada por:
 q = 716/64 = 11,1875 kgf/cm;
O momento fletor no sentido transversal é dado por:
 M = q.I2 / 8 = 11,1875 x 642 /8 = 5728 kgfcm;
O momento resistente transversal é dado pela soma dos momentos de inércia
de oito tubos retangulares altura 30mm, largura 20mm e espessura da parede
igual a 1,50 mm, o que resulta em:
 J = 8 (2 . 33 / 12 – 1,70 . 2,73 / 12)
 J = 8 (4,5 – 2,78) = 13,76 cm4
A tensão de flexão é dada por:
 σ = (M . Ymáx) / J:
 σ = (5728 . 1,5) / 13,76 = 624 kgf/cm2;

7.1 Coeficiente de segurança para tensão transversal:


De acordo com a Norma Européia NE 1880, item 6.2.1.1, a máxima
tensão admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,5,para o material SAE 1020, o
limite de escoamento é igual à 2100 Kgf/ cm2, de modo que a tensão admissível é
dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 624 = 2,24

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8- VERIFICAÇÃO DA CHAPA DE PISO:


Conforme item 6.3.2.2 da Norma Européia EM 1808, o piso deve suportar
uma carga de 100 Kg distribuída sobre uma área de 0,2 x 0,2m. O piso é
executado em chapa de alumínio antiderrapante, composição química conforme
Norma ABNT5052, espessura 2,00mm, com tensão de escoamento mínima igual
à 650 Kgf/ cm2 e limite de resistência mínimo igual à 1700 Kgf/cm2.

8.1 Tensão de cisalhamento na chapa de piso:


A área do perímetro de um quadrado de lado 20 cm executado co material
especificado é dada por:
 A = 4 . 20 . 0,20 = 16 cm2
A tensão de cisalhamento é dada por:
 t = F/A
 t = 100/16 = 6,25 Kgf/cm2

8.2 Tensão de tração na chapa de piso:

Para uma carga iguala a 100 Kgf distribuída uniformemente sobre a área do
quadrado, a pressão é dada por:

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 p = F/A;
 p =100/(20 . 20) = 0,25 Kgf/cm2.

Para a/b = 1 temos:


 φx = 0,53;
 φx = 0,53
 ψx = 0,225

As tensões segundo os eixos X e Y são dados por:

 σx = φx . p . b2 / h2;
 σx = 0,53 . 0,25 . 102 / 0,202 = 331 Kgf/cm2;

8.3 - Tensão combinada na chapa de piso:


 σC = 0,35σ + 0,65 (σ2 + 4τ2)0,5;
 σC = 0,35 . 132 + 0,65(3312 + 4.6.25) 0,5 = 332 Kgf/cm2;
8.4 - Coeficiente de segurança na chapa de piso:
De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a máxima tensão
admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,5, para o material SAE 5052, o limite
de escoamento mínimo é igual á 650 Kgf / cm2, de modo que a tensão admissível
é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 650/1,5 = 433 Kgf/cm2;

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O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:


 n = σa/ σ;
 n = 433 / 332 = 1,30

9.- VERIFICAÇÃO DAS CABECEIRAS:


9.1 Esquema construtivo

9.2. Carga máxima atuante nas cabeceiras:


De acordo com o item 7.1, o maior valor da carga P em cada cabeceira é
igual à 434 Kgf. A reação total entre os elementos de fixação da cabeceira à
plataforma não considera o peso próprio do guincho e da própria cabeceira, de
modo que o valor atuante nestes elementos é igual a 358 Kgf. O peso próprio da
cabeceira é igual a 21 Kgf e do guincho igual a 40 Kgf, de modo que aplicando-se

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o coeficiente 1,25 (item 6.4) da Norma Européia NE 1808), resulta um valor total
igual a 76 Kgf.

9.3 - Forças atuantes na cabeceira:

A cabeceira é fixada à plataforma por meio de dois perfis U inferiores e por meio
de quatro uniões aparafusadas. Consideramos que toda a carga vertical atue
unicamente nos perfis U, sendo os parafusos utilizados apenas para manter a
união do conjunto. Dessa forma, em cada perfil U atua uma carga vertical igual a
179 Kgf.

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9.3.1 Verificação dos perfis U Inferiores


9.3.1.1 Tensão de cisalhamento

A resistência ao cisalhamento é dada pelas duas abas laterais com espessura


4,75 mm e altura 38 mm, com área total resistente igual a 3,61 cm2.

A tensão de cisalhamento é dada por:

 σ= F/A;
 σ= 179/3,61 = 50 Kgf/cm2;
9.3.1.2 Tensão de flexão no perfil U:

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Admitindo-se que a força vertical atue na metade do trecho em balanço, o


momento fletor é dado por:

 M = F.L
 M= 179 . 2,5 = 448 kgfcm

O momento de inércia da seção resistente (duas abas laterais do perfil U) com


espessura 4,75 mm e altura 38 mm é dado por:

 J = 2(b . h3 / 12);
 J = 2(0,475 , 3,83 / 12) = 4,34 cm4

A tensão de flexão no guarda corpo é dada por:

 σ = (M . Ymáx) / J:
 σ = (448 . 1,9) / 4,34 = 196 kgf/cm2;

Tensão de comparação nos perfis U inferiores:

 σcp = (σ2 + 3.τ2)0,5


 σcp = (1962 + 3.52)0,5 = 196 kgf/cm2

9.3.1.2.1 Coeficiente de segurança nos perfis :

De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a máxima


tensão admissível no caso 1 é dado por σa= σe/1,5 para o material SAE 1020, o
limite de escoamento é igual à 2100 kgf / cm2, de modo que a tensão admissível é
dada por:

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 σa= σe/1,5
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2

O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:


 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 214 = 6,54

9.3.2 Verificação da solda dos perfis U


9.3.2.1 Área resistente da solda:
O perfil U é soldado à cabeceira com um comprimento total do cordão igual
a 140 mm. O cordão é especificado como igual à 0,7 vezes a menor espessura,
correspondente à 3,3 mm de lado, de modo que a seção efetiva possui uma
dimensão dada por:
 W = 3,3 /2. cós 45º = 2,33mm = 0,233 cm
A seção transversal resistente da solda é dada por:
 A = 0,233 . 14 = A = 3,26 cm2
9.3.2.2 Força resistente da solda:
Conforme AWS (American Welding Society) a tensão na solda é sempre
considerada como cisalhamento, com valor Maximo admissível igual à 900 Kgf /
cm2. Dessa forma a força resistente máxima é dada por:
Fr = 3,26 . 900 = Fr = 2934 Kgf
9.3.2.3 Força atuante na solda:

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De acordo com o item 9.3.1.2, o momento no perfil U é igual a 448 Kgfcm. Pode-
se admitir que a resistência ao momento determine reações com distribuição
triangular conforme acima representado, e que a resultante das reações atue na
altura correspondente ao centróide do triangulo. Temos então:
 M = R. d;
 448 = R . 2,5 = 179 Kgf
9.3.2.4 Coeficiente de segurança na solda
Conforme se verifica, a força resistente da solda supera a força de
tração com coeficiente de segurança dado por:
 n = Fr / R
 n = 2934 / 179 = 16, 39
9.3.3 Verificação dos perfis tubulares
Junto aos perfis U inferiores, toda a carga vertical é sustentada por um
único tubo quadrado. O tubo possui lado igual a 40 mm e espessura da parede
igual a 150 mm, com área da seção transversal igual a 2,31 cm2. A tensão de
tração é dada por:
 σ= F/A;
 σ=179 /231 = 77 Kgf/cm2;
9.3.3.1 Coeficiente de segurança nos perfis tubulares
De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a máxima tensão
admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,5, para SAE 1020, o limite de
escoamento é igual à 2100 Kgf / cm2, de modo que a tensão admissível é dada
por:
 σa= σe/1,5;

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 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;


O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 77 = 18,18

9.3.4 Verificação dos suportes do guincho:


O guincho é fixado à cabeceira por meio de Três parafusos M12, através
de três barras chata espessura 8mm e largura 44mm, conforme esquema abaixo.

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9.3.4.1 Reações nas barras chatas:


De acordo com o esquema do item anterior, temos:

Somatório das forças segundo o eixo Y:

 V1 + V2 + V3 = 434 (equação 1)

Somatório dos momentos em relação à V1:

 434. 8.1 – V2.13., – v3. 26,6 = 0


 3515 – 13,3.V2 – 26,6 . V3 = 0
 V2 + 2. V3 = 264,31 (equação 2)

Somatório dos momentos em relação à V3:

 - V1 . 26,6 + 434 . 18,5 – V2 . 13,3 = 0


 - 26,6 . V1 + 8029 –13,3 . V2 = 0
 2 V1 + V2 = 603,68 (equação 3)

9.3.4.2 Momento fletor Maximo nas barras chatas:

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As barras chatas são engatadas nas extremidades, com vão igual a 130 mm.
O momento fletor Maximo, correspondente à barra mais carregada é dado por:

 M = V1 . L/8
 M = 230 . 13/8 = M = 374 Kgfcm

9.3.4.3 Momento de inércia da barra chata


A barra chata possui uma largura igual a 44 mm, com um furo central
com diâmetro 15 mm, de modo que o momento de inércia é dado por:

 J = b. h3 /12
 J = (4,4 – 1,5 ) . 0,83 /12 = J = 0,123 cm4

9.3.4.4 Tensão de flexão na barra chata


A tensão de flexão na barra chata é dada por:

 σ = (M . Ymáx) / J:
 σ = (374 . 0,4) / 0,123 = 1216 kgf/cm2;

9.3.4.4.1 Coeficiente de segurança nas barras chatas


De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a máxima
tensão admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,5 ,Para o material SAE 1020, o
limite de escoamento é igual à 2100 Kgf / cm2, de modo que a tensão admissível
é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança mínimo em relação à tensão admissível é
dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 1216 = 1,15

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9.3.5 Verificação dos parafusos de fixação do guincho


9.3.5.1 Força de tração resistente de cálculo no parafuso
O parafuso possui diâmetro 1,2 cm, com área da seção transversal
dada por:
 S = π . 1,2 2 / 4 = S = 1,13 cm2
A força normal de tração resistente de cálculo nos parafusos é dada
por:
 Nt,Rd = 0,75 . Ap . fnp / y
 Nt,Rd = 0,75 . 1,13 . 3700 / 1,55 = 2023 Kgf
9.3.5.1.1 Coeficiente de segurança majorado no parafuso
A segurança do parafuso é dada quando NRd / Q ≥ 1 Temos então:
 Nt,Rd = 2023 / 230 = 8,79 (>1)

9.3.6 Verificação da solda da barra chata


9.3.6.1 Área resistente da solda
A barra chata é soldada aos tubos horizontais com um comprimento
total do cordão igual a 160 mm. O cordão é especificado como igual à 0,7 vezes a
menor espessura, correspondente à 1,05 mm de lado, de modo que a seção
efetiva possui uma dimensão dada por:
 W =1,05/ 2 . cós 45º = W = 0,74 mm = 0,074 cm

A seção transversal resistente da solda é dada Por:


 A = 0,074 . 16 = 1,184 cm2

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9.3.6.2 Força resistente da solda


Conforme AWS (American Welding Society) a tensão na solda é sempre
considerada cisalhamento, com valor máximo admissível igual à 900 Kgf / cm2.
Dessa forma a força resistente máxima é dada por:
 Fr = 1,184 . 900 = Fr = 1065 Kgf

9.3.6.2.1 Coeficiente de segurança na solda


Conforme se verifica, a força resistente da solda supera a força
máxima com coeficiente de segurança dado por:
 n = Fr/V1 = 1065 / 230 = 4,63
9.3.7 Verificação dos tubos horizontais de fixação das barras chatas
As barras chatas são fixadas em dois tubos horizontais em cada qual atua
metade das forças V1, V2 e V3 definidas no item 9.3.4.1. A verificação é efetuada
para o tubo externo que apresenta a pior condição, já que o tubo interno é fixado
por meio de mãos francesas que diminuem o vão livre, conseqüentemente com
momento fletor menor. A condição de carregamento do tubo é dada conforme
esquema abaixo:

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9.3.7.1 Momentos fletores no tubo horizontal:


9.3.7.1.1 Momentos fletores devido à força V1 = 117 Kgf

 Momento em A:
o MAV1 = - P . a . b2/I2
o MAV1 = - 117 . 24 . 402/642
o MAV1 = - 1097 Kgfcm

 Momento em B:
o MAV1 = - P . a2 . b/I2
o MAV1 = - 117 . 242 . 40/642
o MAV1 = - 658 Kgfcm

 Momento no centro do vão livre(x=32):


o MCV1 = P . b2/I3( x (3.a +b)-I.a)) – P(x-a)
o MCV1 = 0,701904(3584 – 1536)-936
o MCV1 = 526,5 kgfcm

9.3.7.1.2 Momentos fletores devido à força V2 = 72 Kgf:

 Momento em A:
o MAV1 = - P . a . b2/I2
o MAV1 = - 72 . 37,3 . 26,72/642
o MAV1 = - 1049 Kgfcm

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 Momento em B:
o MBV1 = - P . a2 . b/I2
o MBV1 = - 72 . 37,32 . 26,7/642
o MBV1 = - 653 Kgfcm

 Momento no centro do vão livre (x=32):


o MCV1 = P . b2/I3( x (3.a +b)-I.a)) – P(x-a)
o MCV1 = 0,195801 (4436 – 2574)
o MCV1 = 475,7 kgfcm

9.3.7.1.3 Momentos fletores devido à força V3 = 30 Kgf:

 Momento em A:
o MAV3 = - P . a . b2/I2
o MAV3 = - 30 . 50,6 . 13,42/642
o MAV3 = - 66 Kgfcm

 Momento em B:
o MBV1 = - P . a2 . b/I2
o MBV1 = - 30 . 50,62 . 13,4/642
o MBV1 = - 251 Kgfcm

 Momento no centro do vão livre(x=32):


o MCV1 = P . b2/I3( x (3.a +b)-I.a)) – P(x-a)
o MCV1 = 0,019179 (5286 – 3238)
o MCV1 = 39,3 kgfcm

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9.3.7.2 Momentos fletores totais no tubo horizontal:


Os momentos fletores totais são dados pela soma vetorial dos
momentos fletores provocados por cada carga individualmente em cada ponto
considerado.

9.3.7.2.1 Momento total em A:


O momento fletor total em A é dado por:
 MA = MAV1 + MAV2 + MAV3
 MA = - 1078 – 474 – 66
 MA = - 1618 Kgfcm

9.3.7.2.2 Momento total em B:


O momento fletor total em B é dado por:
 MB = MBV1 + MBV2 + MBV3
 MB = - 647 – 653 – 251
 MB = - 1551 Kgfcm

9.3.7.2.3 Momento total em C:


O momento fleto total em C é dado por:
 MCT = MCV1 + MCV2 + MCV3
 MCT = 517 +365 +42
 MCT = 924 Kgfcm

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9.3.7.3 Momento de inércia do tubo horizontal:


O tubo horizontal possui lado igual a 40 mm e espessura de parede 1,50 mm, o
que conduz a um momento de inércia dado por:
 J = H4/12 - h4/12;
 J = 44/12 – 3,44/12 = 5,71 cm4
9.3.7.4 Tensão de reflexão no tubo horizontal
O momento fletor Maximo no tubo ocorre na seção A com valor igual a 1618
Kgfcm. A tensão de flexão é dada por:

 σ = (M . Ymáx) / J;
 σ = (1618 . 2) / 5,71 = 567 kgf/cm2;

9.3.7.4.1 Coeficiente de segurança no tubo horizontal


De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a máxima
tensão admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,5 , para o material SAE 1020, o
limite de escoamento é igual à 2100 Kgf / cm2, de modo que a tensão admissível
é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança mínimo em relação à tensão admissível é
dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 567 = 2,46

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9.3.7.5 Verificação do guarda corpo:


9.3.7.5.1 Esquema construtivo:
O guarda corpo lateral é executado em tubo quadrado 40 mm x 40 mm x
1,50 mm espessura da parede.

9.3.7.5.2 Verificação do guarda corpo lateral conforme NE 1808:


A Norma Européia NE 1808 estabelece em seu item 6.3.4.1:
“O mínimo valor da força exercida por pessoas sobre os guarda corpo
ou no canto superior de um lado rígido, é admitido como igual à 200 Kgf para cada
uma das duas primeiras pessoas na plataforma e 100 Kgf para cada pessoa
adicional, atuando horizontalmente em intervalos de 500 mm”.

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9.3.7.5.2.1 Esquema de forças segundo a Norma Européia:


A pior situação que se apresente é quando as forças são exercidas
próximo ao centro do guarda corpo. Em função de limitações físicas, somente uma
força pode ser aplicada no comprimento 640 mm, o que resulta no esquema
conforme abaixo:

9.3.7.5.2.2 Momento fletor no guarda corpo devido à força F:


 Momento em A:
o MA = - P . a . b2 / I2;
o MA = - 20 . 32 . 322 / 642;
o MA = -160 Kgfcm.
 Momento em B:
o MB = - P . a . b2 / I2;
o MB = - 20 . 32 . 322 / 642;
o MB = -160 Kgfcm.
 Momento no centro do vão livre (x=32):
o MC = - P . a . b2 / I3 (X . (3 .a+b) – I.a));
o MC = - 20 . 32 . 322 / 643 (32. (3 .32+32) – 64.32)); ;
o MC = 160 Kgfcm.

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9.3.7.5.2.3 Tensão de flexão no guarda corpo:


O momento fletor máximo atuante no guarda corpo lateral é iguala 160 Kgfcm.
A tensão de flexão no guarda corpo é dada por:
 σ = (M . Ymáx) / J;
 σ = (160 . 2) / 5,71 = 56 kgf/cm2;

9.3.7.5.2.3.1 Coeficiente de segurança no guarda corpo:


De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a
máxima tensão admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,33, para o material SAE
1020, o limite de escoamento é igual à 2100 Kgf /cm2, de modo que a tensão
admissível é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 56 = 25

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9.3.7.5.3 Verificação do guarda corpo lateral de acordo com NR18:


9.3.7.5.3.1 Esquema de forças segundo a Norma NR18:

9.3.7.5.3.2 Momentos fletores no guarda corpo:


 Momento em A:
o MAd = - q . I2 / 12;
o MAd = - 1,5 . 642 / 122;
o MAd = -512 Kgfcm.
 Momento em B:
o MBd = - q . I2 / 12;
o MBd = - 1,5 . 642 / 12;
o MBd = -512 Kgfcm.
 Momento no centro do vão livre:
o MCd = q . I2 / 24;
o MCd = 1,5 . 642 / 24;
o MCd = 256 Kgfcm.

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9.3.7.5.3.3 Tensão de flexão no guarda corpo:


O momento fletor máximo atuante no guarda corpo é igual à 512 Kgf.
A tensão de flexão no guarda corpo é dada por:
 σ = (M . Ymáx) / J:
 σ = (512 . 2) / 5,71 = 179 kgf/cm2;
9.3.7.5.3.3.1 Coeficiente de segurança no guarda corpo:
De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a máxima
tensão admissível no caso 1 é dada por σa= σe/1,5, para o material SAE 1020, o
limite de escoamento é igual à 2100 Kgf/ cm2, de modo que a tensão admissível
é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 179 = 7,82

10. GUARDA CORPO LONGITUDINAL:


10.1 Esquema construtivo:
A plataforma nominal 6,00 m é constituída de duas plataformas tamanho
nominal 3,00m, de modo que a verificação é efetuada para o guarda corpo
correspondente a este tamanho nominal.

10.2 Força resistente imposta pelos postes verticais:


10.2.1 Momento de inércia dos postes verticais:

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O poste vertical comprimento 502 mm é executado com tubo quadrado 40 mm x


40 mm x 1,50 mm de espessura, área da seção transversal iguala 2,26 cm2 e
momento de inércia resistente em relação à direção de carregamento igual à 5,71
cm4. O tubo é executado em aço SAE 1020, com limite de escoamento igual à
2100 Kgf / cm2.

10.2.2 Módulo de resistência do poste vertical:


O módulo de resistência do poste vertical é dado por:
 W = J/Ymax
 W = 5,71 / 2 = 2,85 cm3
10.2.3 Momento fletor resistente de cálculo do poste vertical:
 MRD = W ef . fy /1,1
 MRD = 2,85 . 2100 /1,1 = 5441 kgfcm

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10.2.4 Força resistente máxima:


Para o poste vertical ancorado no guarda corpo inferior, distante 502 mm
do guarda superior, a força resistente de cálculo é dada por:
 Fr = MRD / I;
 Fr = 5441 / 50,2 = 108 Kgf;
10.2.5 Flecha máxima do poste vertical:
A força resistente Fr somente existe a partir do início da deformação do
poste vertical, provocada pelo flechamento do guarda corpo superior, e é
proporcional ao valor do flechamento, até o limite onde o material inicia a
deformação permanente (atinge a tensão de deslocamento). A força Fr definida
em 12.2.4 é atingida para o valor máximo de flechamento, definido por:
 fmáx = Fr . I3 / 3 .E.J ;
No caso do tubo utilizado, temos:
 L = 50,20 cm;
 J =5,71 cm4;
Substituindo os valores na equação acima temos:
 fmáx = 108 . 50,23 / 3 .2100000 .5,71 ;
 fmáx = 0,379 cm;

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11. VERIFICAÇÃO DO GUARDA CORPO CONFORME NE 1808:


A Norma Européia NE 1808 estabelece em seu item 6.3.4.1:
“ O mínimo valor da força exercida por pessoas sobre os guarda corpo ou no
canto superior de um lado rígido, é admitido como igual à 200 Kgf para cada uma
das duas primeiras pessoas na plataforma e 100 Kgf para cada pessoa adicional,
atuando horizontalmente em intervalos de 500 mm”

11.1 Esquema de forças segundo a Norma Européia:


A pior situação que se apresenta é quando as forças são exercidas próximo
ao centro do guarda corpo, conforme esquema:

11.2 Momentos fletores no guarda corpo devido às forças F:


11.2.1 Momentos fletores devido à força F1 = 20 Kgf:

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 Momento em A:
o MAF1 = - P. a . b2 / I2;
o MAF1 = - 20 . 125 .1752 / 3002;
o MAF1 = - 851 Kgfcm.
 Momento em B:
o MAF1 = - P. a2 . b / I2;
o MAF1 = - 20 . 1252 .175 / 3002;
o MAdF1 = - 608 Kgfcm.
 Momento no ponto de aplicação da carga F1 (x = 125):
o MF1 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MF1 = 20 . 1752 /3003 (125 . (3 . 125 +175) – 300 . 125));
o MF1 = 0,022685 (68750 – 37500));
o MF1 = 709 Kgfcm.
 Momento no centro do vão livre (x = 150):
o MCF1 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a)) – P(X – a);
o MCF1 = 20 . 1752 /3003 (150 . (3 . 125 +175) – 300 . 125))-
20(150 – 125);
o MCF1 = 0,022685 (82500 – 37500)) - 500;
o MCF1 = 521 Kgfcm.

11.2.2 Momentos fletores devido à força F2 = 20 Kgf:

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 Momento em A:
o MAF2 = - P. a . b2 / I2;
o MAF2 = - 20 . 175 .1252 / 3002;
o MAF2 = - 608 Kgfcm.
 Momento em B:
o MBF2 = - P. a2 . b / I2;
o MBF2 = - 20 . 1752 .125 / 3002;
o MBF2 = - 608 Kgfcm.
 Momento no ponto de aplicação da carga F2 (x = 175):
o MF2 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MF2 = 20 . 1252 /3003 (175 . (3 . 175 +125) – 300 . 175));
o MF2 = 0,011574 (113750 – 52500));
o MF2 = 709 Kgfcm.
 Momento no centro do vão livre (x = 150):
o MCF2 = P . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a);
o MCF2 = 20 . 1252 /3003 (150 . (3 . 175 +125) - 300 . 775));
o MCF2 = 0,011574 (97500 – 52500));
o MCF2 = 521 Kgfcm.
 Momento F2 no ponto de atuação de F1 (x = 125):
o MF21 = P . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a);
o MF21 = 20 . 1252 /3003 (150 . (3 . 175 +125) - 300 . 775));
o MF21 = 0,011574 (81250 – 52500));
o MF21 = 333 Kgfcm.

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11.3 Determinação dos valores numéricos de Fr1 e Fr2:


11.3.1 Flecha no ponto de atuação de Fr1 devido à força F1 ( x = 100,5):

o fab = (F1 . b2 . x2 /6 . E .J . I3) (X (3.a + b) – 3 . a. I);


o fab = (20 . 1752 . 100,52 /6 . E .5,71 . 3003) (100,5 (3.125 +
175) – 3 . 125. 300);
o fab = (3,184694655 . E /6 (55275 – 112500)
o fab = - 0,1822 cm.

11.3.2 Contraflechamento em F1 devido à ação de Fr1 (x = 100,5)

o fab = (Fr1 . b2 . x2 /6 . E .J . I3) (X (3.a + b) – 3 . a. I);


o fab = Fr1(199,52 . 100,52 /6 . E .5,71 . 3003) (100,5 (3.100,5
+ 199,5) – 3 . 100,5. 300);
o fab =Fr1 (2,69414587 . E /6 (50350 – 90450)
o fab = - Fr1 . 0,008298 cm.

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11.3.3 Flechamento no ponto de atuação de Fr1 devido à força F2 ( x = 100,5):

o fab = (F2 . b2 . x2 /6 . E .J . I3) (X (3.a + b) – 3 . a. I);


o fab = 20(1252 . 100,52 /6 . E .5,71 . 3003) (100,5 (3.175 +
125) – 3 . 175. 300);
o fab = (1,624844212 . E /6 (65325 – 157500)
o fab = 0,14977 cm.
11.3.3.4 Contraflechamento em Fr1 devido à ação de Fr2 ( x = 100,5):

o fab = (Fr2 . b2 . x2 /6 . E .J . I3) (X (3.a + b) – 3 . a. I);


o fab = (Fr2 .100,52 . 100,52 /6 . E .5,71 . 3003) (100,5
(3.199,5 + 100,5 – 3 . 199,5. 300);
o fab = Fr2(5,25162648 . E /6 (70249 – 179550)
o fab = -Fr2 . 0,00574 cm.
11.4 Determinação da força Fr1 ( x = 100,5 )
O valor dos flechamentos no guarda corpo e no poste vertical são iguais
quando considerados na mesma posição, o que permite igualar as equações dos
flechamentos conforme segue:

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o 0,1822 + 0,14977 = Fr1. 0,008298 + Fr2 . 0,00574


o 0,33197 = Fr1 . 0,014038 = Fr1 = 24 Kgf

11.5 Determinação da força Fr2:

Em função da simetria Fr2 = Fr1 Fr2 = 24 Kgf


11.6 Momentos fletores no guarda corpo devido às forças Fr:
11.6.1 Momentos fletores devido à força Fr1 = 24 Kgf:

 Momento em A:
o MAFr2 = - P. a . b2 / I2;
o MAFr2 = - 24 . 199,5 .100,52 / 3002;
o MAFr2 = - 537 Kgfcm.
 Momento em B:
o MBFr2 = - P. a2 . b / I2;
o MBFr2 = - 24 . 199,52 .100,5 / 3002;
o MBFr2 = - 1067 Kgfcm.
 Momento no ponto de aplicação da carga F1 (x = 199,5):
o MFr2 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MFr2 = 24 . 100,52 /3003 (199,5 . (3 . 199,5 +100,5) – 300 .
199,5));
o MFr2 = 0,0098 (139450 – 59850));
o MFr2 = 780 Kgfcm.

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 Momento no centro do vão livre (x = 150):


o MCFr2 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MFr2 = 24 . 100,52 /3003 (150 . (3 . 199,5 +100,5) – 300 .
199,5));
o MFr2 = 0,0098 (104850 – 59850));
o MFr2 = 441 Kgfcm.
 Momento de Fr2 no ponto de atuação Fr1 (x = 100,5):
o MFr2 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MFr2 = 24 . 100,52 /3003 (100,5 . (3 . 199,5 +100,5) – 300 .
199,5));
o MFr2 = 0,0098 (70249– 59850));
o MFr2 = 102 Kgfcm.
11.7 Momentos fletoriais totais no guarda corpo:
Os momentos fletoriais são dados pela soma vetorial dos momentos
fletores provocados por cada carga individualmente em cada ponto considerado.

11.7.1 Momento total em A:


O momento fletor total em A é dado por:
o MA = MAF1 = MFA2 – MAFr1 – MAFr2;
o MA = - 851 – 608 + 1067 + 537;
o MA = 145 Kgfcm.
11.7.2 Momento total em B:
O momento fletor total em B é dado por:
o MB = MBF1 = MBF2 – MBFr1 – MBAFr2;
o MA = - 608 – 851 + 538 + 1067;
o MA = 145 Kgfcm.

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11.7.3 Momento total em C:


O Momento total no centro do vão livre devido à F1 e F2:
o MA = MCF1 = MCF2 – MCFr1 – MCFr2;
o MA = 521 – 521+ 404 + 441;
o MA = 197 Kgfcm.
11.8 Tensão de flexão no guarda corpo:
O guarda corpo é executado com tubo quadrado 40 mm x 40 mm x
1,50 mm de espessura, área da seção transversal igual à 2,26 cm2 e momento de
inércia resistente em relação à direção de carregamento igual à 5,71 cm4. Os
tubos são executados em aço SAE 1020, com limite de escoamento igual à 2100
Kgf / cm2.
O momento fletor máximo no guarda corpo é igual à 197 Kgfcm . A
tensão de flexão no guarda corpo é dada por:
 σ = (M . Ymáx) / J:
 σ = (197 . 2) / 5,71 = 69 kgf/cm2;

11.8.1 Coeficiente de segurança no guarda corpo:


De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1, a máxima
tensão admissível no caso 1 é dada por σa = σe/1,5. Para o material SAE 1020, o
limite de escoamento é igual à 2100 Kgf / cm2, de modo que a tensão admissível
é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 69 = 20

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12 VERIFICAÇÃO DO GUARDA CORPO COM A NORMA NR 18:


12.1 Esquema de forças segundo a Norma NR 18:

12.2 Momento fletores no guarda corpo


12.2.1 Momento fletor devido à carga distribuída

 Momento em A:
o MAd = - P. I2 / 12;
o MAd = - 1,50 .3002 / 12;
o MAd = - 11250 Kgfcm.
 Momento em B:
o MBd = - P. I2 / 12;
o MBd = - 1,50 .3002 / 12;
o MBd = - 11250 Kgfcm.
 Momento no centro do vão livre:
o MCd = P. I2 / 12;
o MCd = 1,50 .3002 / 24;
o MCd = 5625 Kgfcm.

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o Fab = Fr2 (2,069414586 . E.07)(70249 – 179550);


o Fab = Fr2 . 0,002261 cm
12.2.2 Flechamento do guarda corpo no ponto de atuação de Fr1 ( x =100,5);
o f = (q. X2 /24 . E . J) (I – x)2;
o f = (1,50 . 100,52/24 . E . 5,71)(300 – 100,5) 2;
o f =(5,264495246 E -05) (39800) = 2,0952 cm
12.2.3 Contraflechamento em Fr1 devido à ação de Fr1 ( x = 100,5);

o Fab = Fr1 (b2 . x2 /6 . E . J . I3)(X(3 . a +b)-3. a. I)


o Fab = Fr1 (2,069414587. E-07)(50350 – 90450)
o Fab =- Fr1 . 0,0008298 cm.
12.2.4 Contraflechamento em Fr1 devido à ação de Fr2 (x = 100,5);

o Fab = Fr2 (b2 . x2 /6 . E . J . I3)(X(3 . a +b)-3. a. I)


o Fab = Fr2 (2,069414587. E-07)(70249 – 179550)
o Fab =- Fr2 . 0,002261 cm.

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12.3 Determinação da força Fr1 ( x = 100,5):


O valor da flecha no guarda corpo e no poste vertical são iguais quando
considerados na mesma posição, o que permite igualar as equações dos
flechamentos conforme segue:
o 2,0952 = Fr1 . 0,008298 + Fr1 . 0,002261
o 2,0952 = Fr1 . 0,010559 = Fr1 = 198 Kgf
12.4 Determinação da força Fr2:
Em função da simetria Fr2 = Fr1
Fr2 = 198 Kgf
12.5 Momentos fletores no guarda corpo devido às forças Fr:
Conforme estabelecido no item 11.2.4 a máxima força resistente de cálculo
capaz de ser exercida pelos postes verticais, antes de superar o limite de
escoamento, é igual a 108 Kgf, valor a ser adotado para cálculo.
12.5.1 Momentos fletores devido à força Fr1 = 108 Kgf;
 Momento em A:
o MAFr1 = - P. a . b2 / I2;
o MAFr1 = - 108 . 100,5 .199,52 / 3002;
o MAFr1 = - 4800 Kgfcm.
 Momento em B:
o MBFr1 = - P. a2 . b / I2;
o MBFr1 = - 108 . 100,52 .199,5 / 3002;
o MBFr1 = - 2418 Kgfcm.
 Momento no ponto de aplicação da carga Fr1 (x = 100,5):
o MFr1 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MFr1 = 108 . 199,52 /3003 (100,5 . (3 . 100,5 +199,5) – 300
. 100,5));

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o MFr1 = 0,159201 (50350 – 30150));


o MFr1 = 3216 Kgfcm.
 Momento no centro do vão livre (x = 150):
o MCFr1 = P. b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a)) – P (x-a);
o MCFr1 = 108. 199,52 / 3003 ( 150 . (3 . 100,5 + 199,5) –
300 . 100,5)) – 108 (150-100,5);
o MCFr1 = 1818 Kgfcm;
12.5.2 Momentos fletores devido à força Fr2 = 108 Kgf;
 Momento em A:
o MAFr2 = - P. a . b2 / I2;
o MAFr2 = - 108 . 199,5 .100,52 / 3002;
o MAFr2 = - 2418 Kgfcm.
 Momento em B:
o MBFr2 = - P. a2 . b / I2;
o MBFr2 = - 108 . 199,52 .100,5 / 3002;
o MBFr2 = - 4800 Kgfcm.
 Momento no ponto de aplicação da carga Fr1 (x = 199,5):
o MFr2 = P. a . b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MFr2 = 108 . 100,52 /3003 (199,5 . (3 . 199,5 +100,5) – 300
. 199,5));
o MFr2 = 0,040401 (139450 – 59850));
o MFr2 = 3216 Kgfcm.
 Momento no centro do vão livre (x = 150):
o MCFr2 = P. b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MCFr2 = 108. 100,52 / 3003 ( 150 . (3 . 199,5 + 100,5) –
300 . 100,5));

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o MCFr2 = 1818 Kgfcm;


 Momento de Fr2 no ponto de atuação de Fr1 (x = 100,5):
o MFr21 = P. b2 / I3 ( x . (3 . a + b) – I . a));
o MFr21 = 108. 100,52 / 3003 ( 150 . (3 . 199,5 + 100,5) –
300 . 199,5));
o MFr21 = 420 Kgfcm;
12.6 Momentos fletores totais no guarda corpo
Os momentos fletores totais são dados pela soma vetorial dos momentos
fletores provocados por cada carga individualmente em cada ponto considerado.
12.6.1 Momento total em A:
O momento fletor total em A é dado por:
o MA = MAd – MAFr1 – MAFr2;
o MA = -11250 + 4800 + 2418;
o MA = -4032 Kgfcm.
12.6.2 Momento total em B:
O momento fletor total em B é dado por:
o MB = MBd – MBFr1 – MBFr2;
o MB = -11250 + 2418 + 4800;
o MB = -4032 Kgfcm.
12.6.3 Momento total em C:
Momento total no centro do vão livre devido à carga distribuída:
o MCdt = 5625 Kgfcm;
Momento total no centro do vão livre devido à Fr1 e Fr2:
o MCFrt = 1818 + 1818 = 3636 Kgfcm;

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Momento máximo no centro do vão livre:


o Mcmax = MCdt – MCFrt;
o Mcmax = 5625 – 3636;
o Mcmax = -1989 Kgfcm.
12.6.4 Tensão de flexão no guarda corpo
O momento fletor máximo atuante no guarda corpo é igual à 1989 Kgf. A
tensão de flexão no guarda corpo é dada por:
 σ = M . Ymáx / J:
 σ = 1989. 2 / 5,71 = 697 kgf/cm2;
12.6.4.1 Coeficiente de segurança no guarda corpo
De acordo com a Norma Européia NE 1808, item 6.2.1.1 a máxima
tensão admissível no caso 1 é dada por Para o material SAE 1020,
o limite de escoamento é igual à 2100 Kgf / cm2, de modo que a tensão
admissível é dada por:
 σa= σe/1,5;
 σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
 n = σa/ σ;
 n = 1400 / 697 = 2

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13 VERIFICAÇÃO DA PEÇA DE UNIÃO DAS PLATAFORMAS:


13.1 Esquema construtivo:
1 - Tubo quadrado 40 x 40 x 1,50
2 - Tubo quadrado 40 x 40 x 1,50
3 – Chapa 38 x 130 x 4,75
4 – Perfil U 67 X 55 X 68 X 4,75 X h = 38

13.2 Princípio operacional:

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Duas plataformas são unidas pelo elemento de união, mediante encaixe em duas
alças soldadas na parte inferior do elemento, e aparafusamento das laterais ao
mesmo. A extremidade inferior da peça de união esta sujeita à reação de tração
em função do momento fletor, enquanto que os parafusos de união estão sujeitos
à tensão de cisalhamento devido à reação de compressão. Tendo em vista que
devido às diferenças dimensionais nem todos os parafusos estarão sujeitos à
reação simultaneamente, considera-se que toda a reação de compressão
sustentada somente pelos parafusos inferiores, o que vem a favor da segurança.

13.3 Força devido ao momento fletor:

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Conforme visto no item 7, o maior momento fletor no centro da plataforma


( posição correspondente à montagem do elemento de união) é igual à 72492
Kgfcm.
As forças F1 e F2 são iguais AM módulo e dadas por:
o F1 = F2 = M/L;
o F1 = F2 = 72492 / 75,1 =966 Kgf;
Como são montados elementos resistentes do lado frontal e trazeiro da
plataforma, a força efetiva em um único lado é dada por:
o F1 = F1 /2;
o F = 966 / 2 = 483 Kgf;
13.4 Força atuante nos parafusos de fixação:
A tensão de cisalhamento nos parafusos é determinada pela força F dividida por
quatro seções resistentes, o que conduz à:
o Q = F / 4;
o Q = 483 / 4 = 121 Kgf;

13.4.1 Força de cisalhamento resistente de cálculo no parafuso:


O parafuso possui diâmetro 12 mm, com área da seção transversal dada
por:
o S = π . 1,22 / 4 = 1,13 cm2;
A força resistente de cálculo nos parafusos é dada por:
o VRd = 0,45 . Ap . frup / y;
o VRd = 0,45 . 1,13 . 3700 / 1,65 = 1140 Kgf;

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13.4.2 Coeficiente de segurança majorado nos parafusos:


A segurança do parafuso estrutura é dada quando NtRd / Q ≥ 1 Temos
então:
VRd / Q = 1140 / 121 = 9,42 (>1)

13.5 Verificação do perfil U:

13.5.1 Força atuante nos perfis U;


Cada aba do perfil U esta sujeito à reação de tração igual a F dividida por
dois, o que conduz à:
o F = F /2;
o F= 483 / 2 = 242 Kgf;
13.5.2 Tensão de tração no perfil U;
A área do perfil resistente à tração é dada pelas duas abas laterais com
espessura 4,75 mm e altura 38 mm, com área total resistente igual a 3,61 cm2.
A tensão de tração é dada por:

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o σ = F/ A;
o σ = 242/ 3,61 = 67 Kgf/cm2;
3.5.3 Coeficiente de segurança no perfil U:
De acordo co a Norma Européia NE 1898, item 6.2.1.1, a máxima tensão
admissível no caso 1 é dada por Para o material SAE 1020, o limite de
escoamento é igual á 2100 Kgf / cm2, de modo que a tensão admissível é dada
por:
o σa= σe/1,5;
o σa= 2100/1,5 = 1400 Kgf/cm2;
O coeficiente de segurança em relação à tensão admissível é dado por:
o n = σa/ σ;
o n = 1400 / 67 = 21;

13.6 Verificação da solda do perfil U:


13.6.1 Área resistente da solda:
O perfil U é soldado ao elemento de união com um comprimento total do
cordão igual a 72 mm. O cordão é especificado como igual à 0,7 vezes a menor
espessura, correspondente á 3,3 mm de lado, de modo que a seção efetiva
possui uma dimensão dada por:
o W = 3,3 / 2 . cós 45º = 2,33 mm = 0,233 cm;
A seção transversal resistente da solda é dada por:
o A = 0,233 . 7,2 = 1,67 cm2

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13.6.2 Força resistente a solda:


Conforme AWS (American Welding Society ) a tensão na solda é sempre
considerada como cisalhamento, com valor máximo admissível igual à 900 Kgf /
cm2.
Dessa forma a força resistente máxima é dada por:
o Fr = 1,67 . 900 = Fr = 1503 Kgf

Conforme se verifica a força resistente da solda supera a força de tração


com coeficiente de segurança dado por:
o n = Fr/F
o n = 1503 / 242 = 6,21

Notas:

 Procedimento de soldagem conforme EPS-BARAN-01;


 O dimensionamento dos chumbadores de fixação da chapa de ancoragem
é de responsabilidade do eng. da OBRA.

14 . SOLDAS:

O dimensionamento da perna de solda de filete é dado pela tabela 10 da NBR


8800/2008, valido para toda a estrutura da plataforma.

15. Conclusão:
Conforme demonstrado, a plataforma para andaime suspenso apresente plenas
condições de segurança do ponto de vista de seu dimensionamento estrutural
para operação com cargas máximas iguais a 370 Kgf, uma vez que não se
verificam tensões superiores às admissíveis nos diversos pontos analisados.

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