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IMPOSTO
DE RENDA
por Jô Galazi
GUIA
DO
IMPOSTO DE RENDA
2ª edição
AVISO
Este material foi elaborado pela jornalista Jô Galazi, com orienta-
ção técnica da consultora tributária Eduarda Batistella, e será dis-
tribuído pelo analista Igor Rodrigues Luis. O material tem caráter
meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado
como solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de
qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou
adoção de estratégias por parte dos destinatários. Os prazos, taxas
e condições aqui contidas são meramente indicativas. As informa-
ções contidas neste material foram consideradas razoáveis na data
em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consi-
deradas confiáveis. Não é dada nenhuma segurança ou garantia,
seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confia-
bilidade ou exatidão dessas informações. Os investidores devem
obter orientação especializada, com base em suas características
pessoais, antes de tomar qualquer decisão a respeito do tema tra-
tado neste guia. Não nos responsabilizamos por decisões de inves-
timentos que venham a ser tomadas com base nas informações
divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer
prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização
deste material ou seu conteúdo.
COPYRIGHT
Essa publicação está protegida por Leis e tratados internacionais de
Direito Autoral. Nenhuma parte desse e-book poderá ser reprodu-
zida ou transmitida sem a prévia autorização por escrito do autor.
PRODUÇÃO
Este e-book foi produzido por demanda do grupo
Mago Finance, dirigido pelo analista Igor Rodrigues
Luis. O trabalho teve a supervisão dele e de Bruno
Parodi, sócios-fundadores do Mago Finance.
AGRADECIMENTOS
O apoio de alguns dos qualificados traders do Mago
Finance foi decisivo para a elaboração deste e-book.
São eles, por ordem alfabética, Adriana Aparecida
Thiago, Juliana Ayumi, Leandro Neves, Lucas Cappi,
Mauricio Bussolaro, Raquel I.C. Jesus, Rosângela San-
tos da Costa e Thulio Montes. Não há palavras para
agradecer adequadamente aos oito.
prefacio 3
PARTE
I
Renda Variável
6 Renda Variável
1
Day Trade
14 Day Trade
O PASSO A PASSO
PRIMEIRO PASSO
SEGUNDO PASSO
TERCEIRO PASSO
QUARTO PASSO
QUINTO PASSO
SEXTO PASSO
SÉTIMO PASSO
OS EXEMPLOS
• Tenha em mente que seus custos variarão confor-
me a quantidade de contratos girados e de opera-
ções feitas no dia.
• O valor do ISS foi incluído nos custos
• Veja as diferentes hipóteses para chegar ao valor
do IR devido, a ser pago por Darf.
Day Trade 21
CASO 1
INVESTIDOR COM OPERAÇÕES DAY TRADE
EM CONTRATOS DE ÍNDICE E/OU DE DÓLAR
(CHEIOS E/OU MÍNI)
CASO 2
INVESTIDOR COM OPERAÇÕES DAY TRADE
APENAS EM AÇÕES
Fique atento: a alíquota do IR para ações negociadas em day trade
é de 20%. Só quando as operações são comuns (swing trade ou posi-
tion) a alíquota fica em 15%.
CASO 3
INVESTIDOR COM OPERAÇÕES DAY TRADE
EM AÇÕES, CONTRATOS DE ÍNDICE E/OU
DE DÓLAR (CHEIOS E/OU MÍNI)
Para facilitar, usaremos os mesmos valores de ga-
nho líquido/mês e de perda total/mês apurados para
o índice e para o dólar no Caso 1 e para ações no Caso
2.
• O valor do ISS está incluído nos custos
2
Mercado Futuro
32 Mercado Futuro
O PASSO A PASSO
PRIMEIRO PASSO
SEGUNDO PASSO
TERCEIRO PASSO
QUARTO PASSO
QUINTO PASSO
SEXTO PASSO
SÉTIMO PASSO
OS EXEMPLOS
• Como são mais líquidos e mais familiares aos in-
vestidores, daremos exemplos apenas de contra-
tos cheios do Índice Bovespa e do dólar. Também
minicontratos podem ser negociados no mercado
futuro.
Mercado Futuro 39
PRIMEIRA HIPÓTESE
• Se você nunca operou antes, mas obteve ganho
líquido e vai pagar Darf, está enquadrado nesta
primeira hipótese.
• Quem opera há mais tempo também pode estar
enquadrado nesta hipótese, desde que sejam ob-
servadas as seguintes condições:
A) Você não teve perdas em meses e/ou anos
anteriores que possam ser descontadas do
ganho líquido final apurado no mês.
B) Você não teve IR retido na fonte em meses an-
teriores do ano em curso.
SEGUNDA HIPÓTESE
Os valores da primeira hipótese serão usados aqui
para facilitar o entendimento, mas a situação será
diferente:
A) Você teve perdas nos mercados futuro, de opções,
à vista e a termo em meses anteriores. Também
registrou prejuízos com estas modalidades de
operações em anos anteriores e as registrou em
suas declarações de ajuste anual do IR. Todas es-
tas perdas podem ser descontadas do seu ganho
líquido final no mês.
B) Houve IRRF em meses anteriores, ainda não aba-
tido. O desconto do IRRF só é possível quando se
referir a Imposto de Renda recolhido na fonte em
meses do ano em que você está emitindo o Darf. O
IRRF de anos anteriores não pode ser descontado.
3
Mercado à Vista
46 Mercado à Vista
O PASSO A PASSO
PRIMEIRO PASSO
SEGUNDO PASSO
TERCEIRO PASSO
QUARTO PASSO
QUINTO PASSO
SEXTO PASSO
SÉTIMO PASSO
COMPENSAÇÃO DE PERDAS NO
MERCADO À VISTA
Como mostrado nos capítulos anteriores, perdas
ocorridas em meses anteriores, acrescidas dos custos
que você teve para operar, podem ser descontadas
nos seus ganhos mensais seguintes, no todo ou em
parte. Com isso, mesmo em um mês positivo, você
tem o direito de ser dispensado de emitir e pagar
Darf, ou de reduzir o valor a ser entregue ao Leão.
OS EXEMPLOS
• Seus custos variarão conforme a quantidade de
ordens dadas em cada operação, valor da correta-
gem e volume financeiro dos seus negócios.
• O valor do ISS foi incluído nos custos.
• Nos custos foram consideradas as taxas de cor-
retagem pagas nas operações de compra, mesmo
que elas tenham ocorrido em períodos anteriores.
54 Mercado à Vista
PRIMEIRA HIPÓTESE
Quem nunca operou antes enquadra-se nesta hi-
pótese. Ela também é cabível para traders antigos,
desde que sejam observadas as seguintes condições:
A) Você não teve perdas em meses e/ou anos ante-
riores que possam ser descontadas do ganho lí-
quido apurado no mês.
B) Você não teve IR retido na fonte em meses ante-
riores do ano em curso.
SEGUNDA HIPÓTESE
Usaremos os mesmos valores da primeira hipóte-
se, mas em uma situação diferente:
A) Você teve perdas em operações comuns com
ações no mercado à vista e/ou nos mercados de
opções, a termo e futuro.em meses anteriores.
Além disso, sofreu prejuízos em anos anteriores e
os registrou nas suas declarações de ajuste anual
do IR – portanto, pode descontar estas perdas
também.
B) Você teve IR recolhido na fonte nas operações fei-
tas em meses anteriores, mesmo que, no compu-
to final, eles tenham sido negativos. O desconto
só é possível quando se referir a IR retido na fonte
em meses do ano em curso. Não é permitido aba-
ter IR retido na fonte em anos anteriores.
56 Mercado à Vista
4
Mercado de Opções
60 Mercado de Opções
Este ganho líquido ainda não é final, pois dele não foram abatidos
os custos com os quais o investidor arcou ao fazer a operação, tais
como os de corretagem, emolumentos e outras taxas.
O PASSO A PASSO
PRIMEIRO PASSO
SEGUNDO PASSO
TERCEIRO PASSO
QUARTO PASSO
QUINTO PASSO
SEXTO PASSO
SÉTIMO PASSO
COMPENSAÇÃO DE PERDAS
MERCADO DE OPÇÕES
Como mostrado nos capítulos precedentes, perdas
em meses anteriores, mais os custos que você teve
para operar, podem ser descontadas dos seus ga-
nhos mensais seguintes, no todo ou em parte. Mes-
mo em um mês positivo, fazendo compensação de
perdas efetivamente sofridas você tem o direito ser
dispensado de emitir e pagar Darf, se o prejuízo co-
brir todo o lucro.
OS EXEMPLOS
PRIMEIRA HIPÓTESE
SEGUNDA HIPÓTESE
5
Mercado a Termo
80 Mercado a Termo
1. SITUAÇÃO DO COMPRADOR
O PASSO A PASSO
PRIMEIRO PASSO
SEGUNDO PASSO
TERCEIRO PASSO
QUARTO PASSO
QUINTO PASSO
SEXTO PASSO
SÉTIMO PASSO
COMPENSAÇÃO DE PERDAS NO
MERCADO A TERMO
Perdas ocorridas em meses anteriores, acrescidas
dos custos que você teve para operar, podem ser
descontadas nos seus ganhos mensais seguintes, no
todo ou em parte.
OS EXEMPLOS
PRIMEIRA HIPÓTESE
SEGUNDA HIPÓTESE
6
Fundos de
Investimento
Imobiliário
92 Fundos de Investimento Imobiliário
O PASSO A PASSO
PRIMEIRO PASSO
SEGUNDO PASSO
TERCEIRO PASSO
QUARTO PASSO
QUINTO PASSO
SEXTO PASSO
SÉTIMO PASSO
OS EXEMPLOS
• Os custos de cada operação geralmente variam
conforme o volume negociado.
• A taxa de corretagem varia de corretora para
corretora.
• O ISS foi incluído nos custos.
PRIMEIRA HIPÓTESE
Se você nunca operou antes, mas obteve ganho lí-
quido e vai pagar Darf, está enquadrado nesta primei-
ra hipótese.
1 Nos casos das cotas com valor absoluto unitário abaixo de R$ 1 mil,
esta simulação foi feita como se o investidor tivesse negociado 20 cotas. Nos
casos de valores unitários acima de R$ 1 mil, simulamos a negociação de 2 cotas.
100 Fundos de Investimento Imobiliário
SEGUNDA HIPÓTESE
Usaremos os valores da primeira hipótese, mas em
uma situação diferente:
A) Você teve perdas nas negociações com cotas de
FIIs em meses anteriores. Também registrou pre-
juízos com estas modalidades de operações em
anos anteriores e as registrou em suas declara-
ções de ajuste anual do IR. Todas estas perdas po-
dem ser descontadas do seu ganho líquido final
no mês.
B) Houve IRRF em meses anteriores, ainda não aba-
tido. O desconto do IRRF só é possível quando se
referir a Imposto de Renda recolhido na fonte em
meses do ano em que você está emitindo o Darf. O
IRRF de anos anteriores não pode ser descontado.
II
Renda Fixa
104 Renda Fixa
O IOF MATADOR
A questão do prazo do investimento, que demanda atenção especial
por determinar o tamanho do pedaço que o IR levará de sua rentabilida-
de, ganha ainda mais realce por conta de um outro tributo. Trata-se do
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele não faz parte do escopo
deste e-book, mas merece destaque, pois costuma machucar – e muito
– quem entra em determinadas aplicações de renda fixa e sai delas mui-
to rapidamente. O IOF recai sobre o rendimento e suas alíquotas são
verdadeiramente pesadas.
TABELA DO IOF
N° Dias Alíquota N° Dias Alíquota N° Dias Alíquota
1 96% 11 63% 21 30
2 93% 12 60% 22 26
3 90% 13 56% 23 23
4 86% 14 53% 24 20
5 83% 15 50% 25 16
6 80% 16 46% 26 13
7 76% 17 43% 27 10
8 73% 18 40% 28 6
9 70% 19 36% 29 3
10 66% 20 33% 30 0
Renda Fixa 107
OS ISENTOS DE IR
Além da caderneta de poupança, há no mercado outros produtos de
renda fixa isentos de Imposto de Renda (IR). Entre eles, figuram a Letra
de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), tí-
tulos que podem ser pós-fixados ou prefixados. Tal como as cadernetas,
são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) até o limite de
R$ 250 mil por CPF e por emissor e até o teto de R$ 1 milhão em quatro
anos, também por CPF e por emissor.
1
Tesouro Direto
112 Tesouro Direto
Alíquota sobre
Prazo da aplicação
o rendimento
2
Fundos de Renda Fixa
120 Fundos de Renda Fixa
Alíquota sobre
Prazo da aplicação
o rendimento
Alíquota sobre
Prazo da aplicação
o rendimento
3
Fundos
Multimercado
126 Fundos Multimercado
Alíquota sobre
Prazo da aplicação
o rendimento
Alíquota sobre
Prazo da aplicação
o rendimento
4
CDBs e RDBs
132 CDBs e RDBs
Alíquota sobre
Prazo da aplicação
o rendimento
5
Debêntures
138 Debêntures
Alíquota sobre
Prazo da aplicação
o rendimento
6
Títulos de
Capitalização
144 Títulos de Capitalização
III
A letra da Lei
148 A letra da Lei
RENDA VARIÁVEL
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (RFB), de 31 de agosto
de 2015
Da Compensação de Perdas
Art. 64. Para fins de apuração e pagamento do imposto
mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas nas
operações de que tratam os arts. 27, 58 e 60 a 62 poderão ser
compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio
mês ou nos meses subsequentes, inclusive nos anos-calendário
seguintes, em outras operações realizadas em qualquer das
modalidades operacionais previstas naqueles artigos, exceto
no caso de perdas em operações de day-trade, que somente
serão compensadas com ganhos auferidos em operações da
mesma espécie.
Parágrafo único. As perdas a que se refere este artigo não
poderão ser compensadas com ganhos em operações day-
trade de que trata o art. 65.
RENDA FIXA
Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil (RFB) Nº 1.585, de 31
de agosto de de 2015
Art. 46. Os rendimentos produzidos por aplicações financeiras
de renda fixa e de renda variável, auferidos por qualquer
beneficiário, inclusive pessoa jurídica isenta, sujeitam-se à
incidência do imposto sobre a renda na fonte às seguintes
alíquotas:
I - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento),
em aplicações com prazo de até 180 (cento e oitenta) dias;
II - 20% (vinte por cento), em aplicações com prazo de 181
(cento e oitenta e um) dias até 360 (trezentos e sessenta)
dias;
III - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento),
em aplicações com prazo de 361 (trezentos e sessenta e um
dias) até 720 (setecentos e vinte) dias;
IV - 15% (quinze por cento), em aplicações com prazo acima
de 720 (setecentos e vinte) dias.
§ 1º A base de cálculo do imposto é constituída pela diferença
positiva entre o valor da alienação, líquido do IOF, quando
couber, e o valor da aplicação financeira.
§ 2º Para fins de incidência do imposto sobre a renda na fonte,
a alienação compreende qualquer forma de transmissão da
propriedade, bem como a liquidação, o resgate, a cessão ou a
repactuação do título ou aplicação.
§ 3º A transferência de título, valor mobiliário ou aplicação entre
contas de custódia não acarreta fato gerador de imposto ou
contribuição administrados pela RFB, desde que:
I - não haja mudança de titularidade do ativo, nem
disponibilidade de recursos para o investidor;
II - a transferência seja efetuada no mesmo sistema de
registro e de liquidação financeira e pelo mesmo valor da
aplicação.
§ 4º Os rendimentos periódicos produzidos por título ou
aplicação, bem como qualquer remuneração adicional aos
rendimentos prefixados, serão submetidos à incidência do
imposto sobre a renda na fonte por ocasião de seu pagamento,
aplicando-se as alíquotas previstas neste artigo, conforme a
data de início da aplicação ou de aquisição do título ou valor
mobiliário.
§ 5º O imposto sobre a renda incidente sobre os rendimentos
periódicos a que se refere o § 4º incidirá, pro rata tempore,
A letra da Lei 165
período de apuração;
II - os rendimentos auferidos em aplicações financeiras
serão adicionados ao lucro presumido ou arbitrado
somente por ocasião da alienação, resgate ou cessão do
título ou aplicação (regime de caixa);
III - as perdas apuradas nas operações de que tratam os
arts. 58 e 60 a 62 somente podem ser compensadas com
os ganhos auferidos nas mesmas operações, observado o
disposto no art. 64.
§ 9º-A Para fins do disposto no inciso II do § 9º deste artigo,
considera-se resgate, no caso de aplicações em fundos de
investimento por pessoa jurídica tributada com base no lucro
presumido ou arbitrado, a incidência semestral do imposto
sobre a renda nos meses de maio e novembro de cada ano
nos termos do inciso I do art. 9º. (Incluído(a) pelo(a) Instrução
Normativa RFB nº 1720, de 20 de julho de 2017)
§ 10. A compensação do imposto sobre a renda retido em
aplicações financeiras da pessoa jurídica deverá ser feita
de acordo com o comprovante de rendimentos, mensal ou
trimestral, fornecido pela instituição financeira.
PARTE
IV
IRPF 2018
174 IRPF 2018
RENDA VARIÁVEL
Em renda variável ficam o mercado à vista (no qual
estão as ações), de opções, futuro (contratos de índi-
ce e de dólar, mínis e cheios, entre outros), e a termo.
Também os resultados, positivos ou negativos, ob-
tidos na venda de cotas de Fundo de Investimentos
Imobiliários (FII) são de renda variável, embora en-
trem em campo próprio.
176 IRPF 2018
DAY TRADE
CASO 1
Está neste caso quem fez as primeiras operações
em day trade em janeiro de 2017, ou, se já estava an-
tes no mercado, não tinha perdas de meses ou anos
anteriores a compensar.
CASO 2
Adequa-se a este caso quem operou apenas day
trade em janeiro de 2017, mas tinha prejuízos a aba-
ter de meses e anos anteriores. No primeiro mês do
ano, o programa do IR não transporta automatica-
mente as perdas já sofridas pelo contribuinte, que
deve, ele próprio, dar a informação na linha Resulta-
do Negativo até Mês Anterior (a segunda do quadro
Resultados).
CASO 3
Ainda considerando operações de índice, dólar e
ações, apenas em day trade, simulamos uma situação
em que o investidor do Caso 2, que não teve imposto
devido em janeiro, pois estava com perdas acumula-
das a abater, saiu positivo no mês seguinte (fevereiro).
CASO 4
Desta vez, consideraremos que, em março, o inves-
tidor saiu positivo nas suas operações em day trade,
embora registrando prejuízos em ações e no dólar.
Para isso usaremos como exemplo uma perda de
R$ 200,00 em ações e de R$ 400,00 no dólar, com a
contrapartida de lucro líquido de R$ 3.500,00 no ín-
dice (figuras 11 e 12). De novo, fique atento para a
necessidade de digitar o sinal de menos (-) antes das
perdas.
186 IRPF 2018
CASO 1
Está neste caso quem fez as primeiras operações
em janeiro de 2017, ou, se já estava antes no merca-
do, não tinha perdas de meses ou anos anteriores a
compensar.
188 IRPF 2018
CASO 2
O cenário deste Caso 2 é para quem fez opera-
ções comuns (swing trade e/ou position) em janeiro
de 2017 e tinha prejuízos de meses e anos anteriores
para compensar. No primeiro mês do ano, o progra-
ma do IR não transporta automaticamente as perdas
já sofridas pelo contribuinte, a quem cabe inserir a
informação na linha Resultado Negativo até Mês An-
terior (a segunda do quadro Resultados).
CASO 3
Vamos agora simular uma situação em que saiu
positivo no mês seguinte (fevereiro) aquele investidor
do Caso 2 que não teve imposto devido em janeiro
em suas operações comuns (swing trade e day trade),
IRPF 2018 191
CASO 4
Enriquecendo mais a nossa simulação, e com os
números herdados de janeiro e fevereiro nas ope-
rações comuns (swing trade e position), vamos ver
como ficaria o investidor em março, na hipótese de
ele ter tido ganho líquido de R$ 1.300,00 com ações
(figura 23).
CASO 1
Como sempre, começaremos a simulação pelo pri-
meiro mês de 2017, imaginando ainda que você nada
tinha em prejuízos anteriores a compensar.
CASO 2
Aqui, usaremos os dados do Caso 1, que junta ope-
rações em opções e demais mercados, em diferentes
modalidades, em janeiro de 2017. Diferentemente do
cenário precedente, contudo, simulamos que o inves-
tidor tinha prejuízos a compensar, de meses e anos
anteriores.
CASO 3
Para o Caso 3, enfocaremos uma situação na qual
o mesmo investidor do Caso 2, que não teve impos-
to devido em janeiro porque perdas acumuladas em
anos e meses anteriores foram devidamente descon-
tadas dos lucros obtidos, saiu no positivo em feverei-
ro, ao operar com opções, tanto em day trade como
em operações comuns (swing trade). No segundo
mês do ano este investidor ainda tinha prejuízos an-
teriores a compensar, assim como IRRF.
VENDA DE COTAS
RENDIMENTOS EM FII
Recebe tratamento tributário semelhante ao dado
aos dividendos de ações os rendimentos recebidos
quando se tem cotas de FIIs. Se, por hipótese, você é
cotista de um ou mais fundos que distribuem aos in-
vestidores a renda de aluguéis de empreendimentos
imobiliários, não há imposto de renda a pagar, pois
este é um caso típico de rendimento. A condição para
isso é que as cotas sejam negociadas apenas em bol-
sa ou mercado de balcão organizado, o fundo tenha
mais de 50 cotistas e o investidor possua menos de
10% do total das cotas da aplicação.
Figura 36 - Tela 3
SALDO DE COTAS
O que você possuia em cotas de FIIs em 31 de de-
zembro de 2017 precisa ser informado à Receita Fe-
deral, na ficha Bens e Direitos. Nesta ficha, é só cli-
car em Novo, e depois, em Dados do Bem. Selecione
Fundo de Investimento Imobiliário, cujo código é 73.
Coloque o CNPJ do fundo no campo próprio e, em dis-
criminação, digite quantas cotas possui, o nome do
fundo e o da corretora por intermédio da qual as ad-
quiriu, acrescentando ainda o CNPJ da instituição. O
texto é livre, mas estes dados são os básicos. Quem
tem diferentes FIIs deve declará-los separadamente,
sempre clicando em Novo.
RENDA FIXA
Para a Declaração de Ajuste Anual (DAA) do Imposto
de Renda (IR) é indispensável dispor dos informes ofi-
ciais enviados pelas instituições financeiras nas quais
se tem aplicações, mesmo que elas sejam isentas de
imposto, tais como caderneta de poupança, debên-
tures incentivadas de infraestrutura, Letra de Crédi-
to do Agronegócio (LCA), Letra de Crédito Imobiliário
(LCI), Letra Hipotecária (LH), Certificado de Recebíveis
do Agronegócio (CRA) e Certificado de Recebíveis Imo-
biliários (CRI).
Figura 44 - Tela 6
IRPF 2018 219
Figura 45 - Tela 7
Figura 46 - Tela 8
TÍTULOS DE CAPITALIZAÇÃO:
SALDOS E RENDIMENTOS
Os títulos de capitalização devem ser registrados
na declaração anual do IR na ficha Bens e Direitos,
sob o código 49-Outras aplicações e investimentos.
Os informes anuais do banco ou instituição em que
você adquiriu os títulos trazem os nomes deles e o
CNPJ dos emissores, além, é claro, do saldo em 31 de
dezembro de 2017 e, se você já os tinha antes, o do
último dia de 2016.