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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO RIO GRANDE DO NORTE

JOÃO VÍTOR FONSECA DE MENDONÇA

AVALIAÇÂO DO DOCUMENTÀRIO

IPANGUAÇU-RN
2018
No que se diz concerne à esfera social, a ideia de poder está intimamente ligada
à capacidade como um modo geral de agir; a arte de uma pessoa determinar
exatamente o comportamento do outro. Havendo assim dois lados na relação, o que
vai exercer o poder e o que vai ser objeto sobre o qual o poder é exercido. Unindo-se
o poder ao âmbito político, temos o poder social, que está simultaneamente ligado ao
conceito de poder social, que como já mostrado, é aquele que determina as relações
humanas em sociedade, e a função de mediação de conflitos da política. Chegando
assim no ponto específico do Estado Moderno que está implicitamente empregado no
documentário, o domínio da utilização da força, ou seja, o poder está baseado no uso
da agressão de forma justificável, para conter as situações de forma coativa.
O caos se inicia quando o poder político é caracterizado pela utilização da
violência em casos não devidos. A polícia militar do estado de São Paulo agia de
forma extremamente agressiva para com os manifestantes que protestavam apenas
por educação básica – atingido principalmente os mais desfavorecidos na escala
econômica, dependentes do ensino público - que protestavam contra medidas
adotados pela então autoridade Geraldo Alckmin, e como resposta às medidas,
adotavam atitudes de manifestações nas ruas e ocupações nas escolas, com o intuito
de chocar a todos para que tenham ciência da situação atual vigente; vendo que
apenas as manifestações na rua não davam conta, tiveram a ideia de ocupar as
escolas e limitar a entrada de outras pessoas. De fato, todo o esforço valeu à pena,
se antes a disputa por vaga na escola era muito difícil, hoje, com a construção de
alguns consensos foi possível melhorar isso, onde os próprios alunos é quem constitui
o modelo atual.
No regime do pensamento de John Locke (1632-1704), em qualquer sociedade
civil bem estruturada pode haver o direito à rebelião. “Se um governo subverte os fins
para os quais foi criado e se ofende a lei natural, então pode ser deposto”. E em suas
obras ele vai enfatizar o principal motivo, o poder exacerbado exercido pelo governo;
que em contramedidas a população se proteja e se unam entre si, negando a
obediência da autoridade. Afinal, se o propósito do governo é o bem da humanidade,
não podemos tolerar à tirania. E é exatamente isso que ocorre em todo o momento no
documentário, onde as autoridades buscam sem debates e/ou acordos impor os seus
interesses aos da população. Vejamos que pensamentos como esse, por mais que
seja há mais de 300 anos, são de fundamental importância e base para estudo das
estritas relações que vigoram até hoje no século XXI. E então vem a reflexão, será
que estamos evoluindo ideologicamente como sociedade?
Como foi estudado em Aristóteles, o homem é por natureza um animal social e
político, e está inserido naturalmente na pólis. Conceito este que não é nem um pouco
entendido no século XXI; onde o poder político está determinado apenas à minoria
que era para teoricamente, representar toda a população, inclusive os estudantes; e
as medidas que estão sendo tomadas vai de caminho contrário aos objetivos
requeridos pelas manifestações, havendo assim um confronto social.
Quando avançamos mais um pouco na história, nos deparamos com
pensadores políticos como o Thomas Hobbes, que vai sugerir a renúncia da liberdade
individual para a realização de um contrato social, que seria o Estado, para concentrar
o poder nas mãos de um governador soberano, mas que este agisse em benefício de
todos que abriram mão de seus direitos.

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