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Colégio Ítaca
MARINA IZABELA
São Paulo
2017
1
Colégio Ítaca
”Nada é tão maravilhoso que não possa existir, se admitido pelas leis da Natureza.”
Michael Faraday
4
AGRADECIMENTOS
Ao meu tio Renato, por me ajudar com meu trabalho, mas, também, por me
descontrair em momentos de estresse e me fazer companhia em dias que seriam muito
solitários.
Agradeço ao meu orientador Prof. José Roberto Braz Paião por me guiar neste
trabalho analítico e me auxiliar em sua execução.
Por último, mas não menos importante, gostaria de agradecer à Profª. Cecilia
Romo Jorquera, por me dar pequenas orientações e me ajudar na produção textual desta
Monografia.
5
LISTA DE IMAGENS
Figura 1-Espectro eletromagnético
Figura 2-Esquema do experimento de dupla fenda de Thomas Young
Figura 3-Esquema do arranjo experimental de Hertz
Figura 4-Representação ilustrativa do átomo
Figura 5-Foto do padrão de interferência da difração de elétrons
Figura 6-Foto do padrão de interferência da difração de raios X
LISTA DE GRÁFICOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................7
3.3-COMPROVAÇÕES EXPERIMENTAIS..........................................28
CONCLUSÃO..........................................................................................31
REFERÊNCIAS...................................................................................32
7
INTRODUÇÃO
Estes marcos, são essenciais para evolução científica, pois nesta não existem
verdades absolutas e, quando suas comprovações tomam este caráter é uma indicação de
que algo precisa ruir. Um exemplo disto foi a Revolução Copernicana, quando o
modelo geocêntrico adotado pela Igreja foi contraposto pelo modelo Heliocêntrico, de
Nicolau Copérnico (1473-1543) em sua obra “De Revolutionius Orbium Coelestium” de
1543.
Deste modo, este trabalho irá abordar uma das maiores revoluções na história da
Física: o surgimento da física quântica no começo do século XX e seu desenvolvimento
teórico-experimental sobre o comportamento dualístico da matéria proposto por Louis
De Broglie em 1924.
Capítulo 1
1
James Clerk Maxwell (1831 - 1879) foi um físico e matemático escocês. Estabeleceu a relação entre
eletricidade, magnetismo e a ótica. Suas equações, mais conhecidas como equações de Maxwell, foram a
chave para a construção do primeiro transmissor e receptor de rádio, para compreensão do radar e das
micro-ondas. Teve também grande influência nos trabalhos de Albert Einstein (Teoria da Relatividade
Restrita), sendo considerado pelo mesmo como o maior físico do século depois de Newton.
2
Albert Abraham Michelson (1852 -1931) foi um físico estadunidense, mais conhecido por seus trabalhos
com a medição da velocidade da luz e pelo Experimento de Michelson-Morley. Foi o primeiro americano
a receber o Prêmio Nobel em ciências.
3
William Thomson, conhecido como Barão Kelvin ( 1824-1907) foi um físico, matemático e
engenheiro, considerado um dos nomes mais importantes das ciências físicas do século XIX. Lorde
Kelvin contribuiu de forma relevante para os avanços da análise matemática da eletricidade e da
termodinâmica. Uma de suas principais realizações foi o desenvolvimento da escala Kelvin de
temperatura absoluta, onde o zero absoluto é definido como 0 K.
9
Este problema tomava lugar na física desde 1860, quando Gustav Robert
4
Kirchhoff (1824-1887) começou a estudar teoricamente os corpos negros e,
estabeleceu relações entre a densidade da radiação que sofre inúmeras reflexões dentro
de um orifício e o fluxo de energia emitido por este orifício, mostrando que a frequência
da radiação deste corpo dependia somente da temperatura.
Em 1884, Ludwig Boltzmann5 (1844-1906) estudou teoricamente este caso e obteve,
segundo a teoria eletromagnética e termodinâmica, que a energia total emitida por um
corpo negro era proporcional à temperatura elevada à quarta potência. Esta equação é
mais conhecida como equação de Stefan-Boltzmann, graças a Josef Stefan (1835-1893)
que em 1879, ao estudar a emissão de radiação por um fio de platina a duas
temperaturas diferentes obteve o mesmo resultado.
Mesmo com todos estes trabalhos sobre o corpo negro não havia ainda nenhum
que determinasse o espectro de emissão do objeto, ou seja, a distribuição de energia em
função dos diferentes comprimentos de onda.
4
Gustav Robert Kirchhoff ( 1824 - 1887) foi um físico alemão. Suas contribuições científicas foram
principalmente no campo dos circuitos elétricos, na espectroscopia, na emissão de radiação dos corpos
negros( foi ele que propôs o nome de "radiação do corpo negro" em 1862) e na teoria da
elasticidade (modelo de placas de Kirchhoff–Love). É autor de duas leis fundamentais da teoria clássica
dos circuitos elétricos e da emissão térmica.
5
Ludwig Boltzmann ( 1844 - 1906) foi um físico austríaco pioneiro na aplicação da estatística nos
estudos da termodinâmica e da teoria cinética dos gases. Grande defensor da teoria atômica ainda quando
esta não tinha prestigio dentro da sociedade científica. Se suicidou, principalmente em decorrência da
depressão acarretada pela restrição a aceitação de seus trabalhos.
6
Wilhelm Carl Werner Otto Fritz Franz Wien ( 1864 - 1928) foi um físico alemão que, em 1893, usou as
teorias sobre o calor e eletromagnetismo para deduzir a lei do deslocamento de Wien. Em 1911 recebeu o
Prêmio Nobel por seu trabalho sobre a radiação do calor.
7
John William Strutt (1842 - 1919), foi um matemático e físico inglês, conhecido por suas pesquisas em
fenômenos ondulatórios. Juntamente com o químico inglês Sir William Ramsay recebeu o Nobel de
Física, em 1904, por pesquisas sobre a densidade dos gases mais importantes e pela descoberta
11
Como vimos até o início de 1900 a lei de Wien era considerada integralmente
correta, sendo trabalhada e comprovada por Max Planck8. Porém, após os dados
experimentais obtidos mais tarde no mesmo ano apresentarem as divergências relatadas
anteriormente, Max Planck tentou, apressadamente, corrigir seu erro e assim apresentou
uma nova hipótese para o caso à Sociedade Alemã de Física em outubro de 1900, que
ficou conhecida como “Lei de Planck”. Uma das premissas dessa lei era que Planck
levava em consideração, diferentemente de Rayleigh, os ressonadores do corpo, ou seja,
do argônio.
8
Max Karl Ernst Ludwig Planck (1858-1947) foi um físico alemão. É considerado o pai da física
quântica e um dos físicos mais importantes do século XX, foi laureado com o Nobel de Física de 1918,
por suas contribuições na área. Em 1913 se tornou reitor na Universidade de Berlim.
12
o que no nível microscópico absorve ou emite a radiação e por isso sua equação era
correta. Como pode-se observar na figura 1.3, a curva de Planck se ajusta perfeitamente
ao espectro de emissão do corpo negro.
Não satisfeito totalmente Planck trabalhou melhor em cima dessa lei, mas em
uma nova abordagem; este aplicou a probabilidade de Boltzmann à equação. Para isto,
ele estudou a probabilidade de uma distribuição de energia E entre ո ressonadores
iguais. Entretanto, se ele tomasse a energia como contínua haveriam infinitos modos de
distribui-la entre estes ressoadores, sendo impossível determinar uma probabilidade
finita, necessária para o caso.
O que não surpreende o fato de muitos físicos na época não perceberem que ali,
a partir da quantização de energia estava nascendo um novo ramo da física: a física
quântica, que atualmente junto com a Teoria da Relatividade de Einstein, é um dos dois
pilares da Física Moderna.
Capítulo 2
Tomando como base o conceito grego sobre a luz, Isaac Newton 9 formulou sua
teoria corpuscular publicada em seu tratado “Optiks” em 1704. Sucintamente, sua teoria
consistia no fato de que a luz era feita de pequenas partículas com massa e se
comportavam conforme a mecânica, explicada em sua série de livros “Philosophiae
naturalis principia mathematica”. Certamente esse foi um dos motivos mais
importantes para que Newton sustentasse essa teoria. Além disso, fenômenos como a
reflexão eram facilmente explicados: Sabe-se que quando um feixe de luz incide sobre
uma superfície totalmente lisa o ângulo de incidência do raio é exatamente igual o
ângulo de reflexão; da mesma forma quando se joga uma bola sobre uma superfície lisa,
o mesmo movimento elástico ocorre.
9
Isaac Newton (1642-1727) foi um cientista inglês. Descobriu a "Lei da Gravitação Universal". É
considerado um dos maiores estudiosos da história da humanidade. Publicou diversos trabalhos sobre
mecânica, astronomia, física, química, matemática e alquimia. Há também escritos seus sobre teologia.
15
10
Christiaan Huygens (1629- 1695) foi um físico, matemático e astrônomo neerlandês. Em física,
Huygens é bastante lembrado por seus estudos sobre luz e cores, percepção do som, estudo da força
centrífuga, o entendimento das leis de conservação em dinâmica equivalentes ao moderno conceito
de conservação de energia, o estudo da dupla refração no cristal da Islândia, e a teoria ondulatória da luz.
11
Thomas Young (1773-1829) foi um físico, médico e egiptólogo britânico. Em 1801 foi nomeado
professor de filosofia natural do Royal Institution. Conhecido pela experiência da dupla fenda, que
possibilitou a determinação do carácter ondulatório da luz.
16
Esse cenário perdurou até 1899 quando Joseph John Thomson13, descobridor do
elétron em 1897, concluiu que este fenômeno de troca de cargas consistia na retirada de
elétrons do metal pela radiação. O método usado por Thomson foi colocar dentro de um
tubo a vácuo uma superfície metálica (catodo), que seria atingida por alguma radiação
(no caso, a violeta), e desse modo transformar este cátodo em um emissor de feixe de
elétrons ou raios catódicos.
12
Wilhelm Ludwig Franz Hallwachs ( 1859 - 1922) foi um físico alemão. Hallwachs foi um grande
construtor de instrumentos científicos. Entre os numerosos aparelhos que ele inventou, estão
o eletrômetro de quadrante e um duplo refratômetro de grande precisão. Foi assistente de Heinrich Hertz.
Em 1888 formulou a hipótese de que uma placa condutora sobre a qual incide luz ultravioleta carrega-se
positivamente em virtude dos elétrons serem arrancados.
13
Joseph John Thomson (1856-1940), conhecido por J. J. Thomson foi um físico britânico que descobriu
o elétron. Estudou engenharia no Owens College e se mudou para o Trinity College em Cambridge. De
1884 a 1919 foi Professor Cavendish de Física.
18
Em 1902, Phillipp Lenard14, físico alemão, estudou como a energia dos elétrons
emitidos variava em relação a intensidade da luz. Para medir a energia destes elétrons
Lenard dispunha-se de uma estrutura semelhante à de Thomson, porém os elétrons
emitidos seriam recebidos por uma placa de metal (anodo) ligada a um amperímetro,
para medição da intensidade da corrente elétrica. O anodo estaria negativamente
carregado, deste modo apenas elétrons com uma energia suficientemente alta poderiam
chegar a este e manter o fluxo elétrico. Descobriu-se com isso que a intensidade da luz
não interferia na energia dos elétrons, apenas na quantidade de elétrons emitidos e, que
havia uma tensão mínima bem definida para que o fluxo elétrico continuasse.
Ademais, ao usar diferentes luzes Lenard descobriu que a energia desses elétrons
dependia do tipo de luz usado, portanto, de sua frequência. Assim, era necessária uma
frequência mínima para retirada de elétrons, conhecida como frequência de corte. Outro
fato foi de que o tempo de ejeção dos elétrons era quase nulo no experimento, algo não
esperado pela visão clássica do fenômeno.
14
Philipp Eduard Anton von Lenard (1862-1947) foi um físico alemão nascido na Hungria. Premiado
com o Nobel de Física de 1905 por suas pesquisas sobre os raios catódicos e a descoberta de muitas de
suas propriedades.
15
Albert Einstein (1879-1955) foi um físico teórico alemão. Entre seus principais trabalhos desenvolveu
a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna.
Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia, E=mc² — que foi chamada de "a
equação mais famosa do mundo" —, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1921 por sua
descoberta da lei do efeito fotoelétrico, que foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
19
Einstein em seu artigo propôs que a luz era formada por quantas de energia,
atualmente denominados fótons, e a energia destes era determinada por E= hƒ, sendo h
a constante de Planck e ƒ a frequência da radiação.
Essa Emín dos elétrons para saírem da barra de metal pode ser descrita como
uma função trabalho (ɸ), portanto Emín = ɸ. Para os elétrons superficiais que serão
extraídos obterem energia máxima considera-se que
Emáx= hƒ-ɸ 1
e assim
Pode-se obter a comprovação desta teoria a partir do gráfico linear entre Emáx e
frequência, apresentado na figura 2.3.
No entanto, muitos autores afirmam que Einstein em seu artigo “Sobre um ponto
de vista heurístico a respeito da produção e transformação da luz” já haveria
apresentado uma certa introdução para este conceito dualístico, ao expor sua hipótese
dos quanta de luz, já explicada anteriormente.
Como exemplo, trouxe um trecho do texto livro do físico italiano Emilio Segré
(1905-1989):
16
Louis-Victor-Pierre-Raymond, 7.º duque de Broglie, geralmente conhecido por Louis de
Broglie ( 1892-1987), foi um físico francês que contribuiu para a formulação da Teoria da Mecânica
quântica. Em 1924, de Broglie postulou, em sua tese de doutorado, que partículas também possuiriam um
comprimento de onda, uma onda de matéria.
21
Embora pareça justa esta suposição de De Broglie deve-se levar em conta que no
próprio artigo, Einstein não pressupõe ou tem intenção de introduzir este conceito para
luz e, não propõe que os quanta de luz são partículas pulsantes dotadas de uma certa
frequência.
17
Tradução do Francês: A física quântica permanecerá indeterminista?
22
Deste modo, vê-se que Einstein não propõe o que poderíamos chamar de
reconciliação entre a teoria contínua ondulatória e a teoria discreta e, sim que para
certos casos a teoria ondulatória estaria totalmente correta e descreveria perfeitamente
certos fenômenos, mas que para além desses deve-se adotar uma outra teoria. Esta
nova teoria seria a teoria discreta corpuscular da luz, e não uma teoria dualística.
Frisa-se que a teoria discreta para luz não é uma teoria geral, sendo colocada
apenas para explicar certos fenômenos como radiação do corpo negro e efeito
fotoelétrico, onde há emissão ou transformação da luz e, seu nível de aplicação se refere
23
apenas ao microscópico.
Um fato interessante é que em outro artigo de 1909, Einstein coloca que para o
avanço da física seria necessária uma teoria que comportasse ambas as visões,
ondulatória e corpuscular, porém que ele mesmo não havia conseguido chegar em tal.
Capítulo 3
Em 1912, a partir de estudos sobre a difração de raios X por cristais feito por
Max Von Laue21, descobriu-se que os raios X tinham estrutura periódica pois
apresentavam um padrão de interferência na chapa fotográfica e, com isso comprovou-
se a natureza ondulatória dos raios X e possibilitou a medida do seu comprimento de
onda. Porém, estudos feitos em 1907 sobre o efeito fotoelétrico com raios X,
demonstravam que seu comportamento também era explicado por uma teoria
corpuscular e com o estudo de Arthur Compton22 sobre a interação entre um feixe de
raios X e uma placa de carbono (efeito Compton) notou-se que estes seguiam a equação
18
Wilhelm Conrad Röntgen (1845-1923) foi um físico alemão que, em 8 de novembro de 1895, produziu
radiação eletromagnética nos comprimentos de onda correspondentes aos atualmente chamados raios X.
Graças à esta descoberta, Rontgen ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1901.
19
As ondas longitudinais possuem a mesma direção de vibração que a sua direção de trajetória.
20
Ondas transversais possuem a direção de vibração perpendicularmente a direção da trajetória.
21
Max von Laue (1879-1960) foi um físico alemão. Foi laureado com o Nobel de Física de 1914, pela
descoberta da difração dos raios-X em cristais. Em 1898 estudou matemática, física e química na
Universidade de Estrasburgo.
22
Arthur Holly Compton (1892-1962) foi um físico estadunidense. Foi laureado com o Nobel de Física de
1927 pela descoberta do "efeito Compton" de diminuição de energia de um fóton de raio-X ou de raio
gama, quando ele interage com a matéria.
25
Dentro desse período, é que Louis de Broglie (1892-1987), físico francês, entra
em cena. Impulsionado principalmente pelos estudos de seu irmão, também físico,
Maurice De Broglie23 sobre os raios X e de outros cientistas como Léon Brillouin24 e
Paul Langevin25, De Broglie publicou uma série de artigos em 1923 para desenvolver
sua teoria dualistica e, unificou todas essas ideias depois em 1924 em sua tese de
doutoramento “Recherches sur la théorie des Quanta” 26.
23
Louis-César-Victor-Maurice de Broglie (1875-1960) foi um físico francês nascido em Paris, a quem se
deve importantes descobertas sobre os raios X e suas aplicações, notadamente no campo da determinação
do número de massa dos elementos químicos, além de grandes avanços na física atômica, radioatividade e
eletricidade. Descendente de uma família real piemontesa de significante participação na história de
França, com várias gerações de militares, diplomatas, políticos e cientistas.
24
Leon Brillouin foi um físico francês. Na Segunda Guerra Mundial emigrou para os Estados Unidos,
onde foi lecionar na universidade de Wisconsin e em Harvard. Juntamente com Arnold Sommerfeld,
foram os primeiros a estudar a propagação de ondas eletromagnéticas em meios dispersivos. Descobriu
as zonas de Brillouin na física do estado sólido. Trabalhou na teoria das ondas e na teoria de informação,
tendo inventado o conceito de entropia negativa. Ficou especialmente conhecido por suas contribuições
na determinação da estrutura cristalina por difração de raios-X.
25
Paul Langevin (1872-1946) foi um físico francês. Estudou na Ecole Supérieure de Physique et de
Chimie Industrielles de la Ville de Paris, onde foi mais tarde diretor. Conhecido também por seus estudos
sobre a Teoria da Relatividade de Einstein.
26
Do francês “Pesquisa sobre a Teoria dos quanta”
26
ℎƒ=mc²
𝑚₀𝑐² ƒ₀
ƒ= 𝑣
= 𝑣
2
ℎ√1−(𝑐)² √1−(𝑐)²
𝑣
ƒ = ƒ₀√1 − ( )² 2.1
𝑐
Assim, obtém duas equações de frequencia divergentes, pois pela teoria dos
quanta previa-se um aumento da frequencia enquanto pela teoria relativística previa-se
uma diminuição, parecendo então impossível essa junção teórica.
movimento sua oscilação é vista como uma onda de que segue a equação 2.
Esta onda possuiria uma velocidade c/B maior que a da luz (já que Vpartícula =cB
e B<1, pois pela teoria da relatividade c é a velocidade limite para qualquer partícula
com m≠0), dessa forma trata-se de uma onda fícticia, que nunca carrega energia. Esta
onda fíciticia sempre esta em fase com a partícula, ou seja, seus movimentos são sempre
análogos.
Neste primeiro artigo, De Broglie descreve a base de sua teoria: uma onda obtida
atraves de considerações relativisticas, associada a uma partícula. Nota-se que alguns
aspectos não são muito bem desenvolvidos neste primeiro momento, por exemplo a
ideia de uma onda fícticia que não carrega energia mas, que de alguma maneira, tem
uma importancia física, deixando dúvidas em aberto, que serão esclarecidas em 1924 na
sua tese final.
Num segundo artigo do mesmo ano, de Broglie já quebra em parte essa ideia de
onda fíctícia e conjectura que as partículas se movem, quando livres de forças externas,
seguindo as ondas de fase, ou melhor, o conjunto de ondas de fase que possuem uma
velocidade correspondente à partícula. Esse conjunto de ondas de fase por sua vez tem
um papel determinante ao se tratar de fenomenos de interação, ou seja, elas que
determinam a probabilidade de ocorrer interação entre a partícula e matéria.
caracteriza pela generalização das partículas, sendo assim todas as partículas ( prótons,
neutrons, fótons, entre outras) possuem esse mesmo comportamento onda-partícula.
Para começar, ao pensarmos num elétron , a grosso modo, nos vem a imagem de
um ponto no espaço, algo semelhante à uma bolinha de gude, trazida principalmente das
representações atomicas de livros didáticos (Figura 3.1).
Um passo importante para a teoria dualistica é pensar nessa partícula como uma
energia espalhada pelo espaço, que possui uma região mais densa chamada centro do
elétron, ao se afastar desse centro essa energia é menos intensa mas nunca é nula. Essa
elétron tem como característica principal uma indivísibilidade, é um átomo no sentido
grego indivisível, não como algo pequeno no espaço, mas sim uma unidade impossivel
de fragmentar.
Pela relação ℎƒ=mc² temos que essa partícula, como já falamos anteriormente,
possui uma oscilação. Essa oscilação não ocorre apenas em um ponto desse elétron e
sim, na partícula inteira, sincronizadamente em todos os pontos. Algo parecido com as
oscilações das marés no mar.
Desse modo, a partícula e a onda não são objetos distintos. A onda é apenas
uma manisfestação relativistica da partícula sendo ambas uma coisa única. Com isso,
nota-se que não se trata de uma onda fíciticia como a apresentada no artigo “Ondas e
29
Quanta” pois não trata-se de algo a parte da partícula! Sendo assim, toda partícula irá se
comportar como onda em certo aspecto e, vice-versa.
ℎ
λ=
𝑚×𝑣
3.3-Comprovações experimentais
27
Clinton Joseph Davisson (1881-1958) foi um físico estadunidense. Recebeu em 1937 o Nobel de Física,
pela verificação experimental da difração do elétron por cristais.
28
Lester Halbert Germer (1896-1971) foi um físico estadunidense. Juntamente com seu colega Clinton
Davisson provou experimentalmente pela primeira vez, em 1927, as propriedades ondulatórias do elétron.
29
George Paget Thomson (1892-1975) foi um físico britânico. Recebeu em 1937 o Nobel de Física, pela
verificação experimental da difração do elétron por cristais. Nasceu em Cambridge, filho do físico
laureado com o Nobel Joseph John Thomson e Rose Elisabeth Paget.
30
(5) (6)
Figuras 5 e 6. Difração de elétrons por um filme cristalino (4) e difração de raios X por
cristais (5)
Paul Langevin, que poderíamos dizer que foi o supervisor da tese de De Broglie,
antes de sua defesa pediu que o mesmo enviasse uma cópia datilografada a Albert
Einstein, principalmente por não acreditar na sua veracidade e força como teoria. Após
a leitura, Einstein mandou uma carta comentando a tese e enaltecendo-a: “Ele ergueu
uma ponta do grande véu” (EINSTEIN,1925 apud Rosa, Pedro Sérgio, 2014). Após esse
reconhecimento por parte de um dos maiores físicos do século, já reconhecido na época,
Langevin teria aprovado a tese.
30
Élie Joseph Cartan (1869-1951) foi um matemático francês, que levou a cabo trabalhos fundamentais
na teoria de grupos de Lie e seus usos geométricos. Estudou na Escola Normal Superior de Paris em
1888.
31
Charles-Victor Mauguin (1878-1958) foi um mineralogista francês. Inventou, juntamente com Carl
Hermann, uma notação internacional padronizada para grupos cristalográficos conhecida como notação
31
Embora tenha sido muito elogiada pela banca, a tese de De Broglie parecia muito difícil
para alguns dela, um dos motivos apontados por Perrin foi que a tese não trazia
embasamentos experimentais diretos, dificultando sua compreensão. Em um comentário
sobre o trabalho Mauguin relatou que era certo considerar o trabalho muito interessante
e inteligente, porém, num primeiro momento ele não se convenceu da existência das
ondas associadas às partículas:
Num primeiro momento, Schrodingër teria dito que o trabalho de De Broglie era
um lixo, porém, influenciado por Langevin, o físico austríaco voltou atrás. De fato,
Schrodin
gër teria dito isso apenas num primeiro momento, pois, em 1925 começou
estudos sistemáticos sobre a teoria dualística da matéria e, em Novembro de 1925
apresentou um seminário sobre as ideias dualísticas do físico francês.
CONCLUSÃOCONCLUSÃO
A partir disso as questões sobre como este novo mundo de novas regras
funcionava se tornou um assunto muito pertinente na física do começo do século.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFIA
MAHAN, Bruce H.. Química: um curso universitário. 2 ed. São Paulo: Edgard
Blucher Ltda., 1972. 312-317 p.
ROVELLI, Carlo. Sete breves lições de física. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva,
2015.91 p.
SITES
E-AULAS USP. Ótica - tema 01: luz - parte 02: a natureza ondulatória.
Disponível em: <http://eaulas.usp.br/portal/video.action?iditem=6806>.
Acesso em: 15 ago. 2017.
E-AULAS USP. Ótica - tema 01: luz - parte 03: a natureza corpuscular.
Disponível em: <http://eaulas.usp.br/portal/video.action?iditem=6807>.
Acesso em: 15 ago. 2017.
E-AULAS USP. Ótica - tema 01: luz - parte 04: o efeito fotoelétrico.
Disponível em: <http://eaulas.usp.br/portal/video.action?iditem=6808>.
Acessoem: 15 ago. 2017.
35
ARTIGOS
Louis De Broglie. Recherches sur la théorie des quanta. Annales des
Physique, Paris, v. 10, n. 3, p. 22-128, mar. 1925. Disponível em:
<https://doi.org/10.1051/anphys/192510030022>. Acesso em: 06 out. 2017.