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14 de julho de 2016
1. RESUMO
Neste experimento obteve-se a concentração molar do o ânion cloreto (Cl-) em água pelo
o método de Mohr, onde o haleto foi titulado contra uma solução padrão de nitrato de prata
(AgNO3) usando-se cromato de potássio (K2CrO4) como indicador. As reações envolvidas
levaram a formação de compostos de prata pouco solúveis, o precipitado branco de AgCl e
precipitado castanho de Ag2CrO4. Realizou-se também o ensaio em branco. Ao final, calculou-
se o teor de cloreto na água e obteve-se o valor correspondente a 14,18 ppm, que de acordo com
a Organização Mundial da Saúde (OMS), a água é potável, pois está abaixo de 250 ppm de
cloreto.
2. INTRODUÇÃO
O ânion cloreto (Cl-) pode ser determinado por métodos gravimétricos, volumétricos
potenciométricos e colorimétricos. Os métodos volumétricos, como os métodos de Mohr e de
Volhard, são extensivamente utilizados em análises de cloreto e foram desenvolvidos no século
XVII. O método de Mohr é a determinação direta do íon cloreto e o de Volhard é a determinação
indireta.
Segundo o método de Mohr, o haleto é titulado com uma solução padrão de nitrato de prata
(AgNO3) usando-se cromato de potássio (K2CrO4) como indicador. No ponto final, quando a
precipitação do cloreto for completa, o primeiro excesso de íons Ag+ reagirá com o indicador
ocasionando a precipitação do cromato de prata (Ag2CrO4).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a água deve conter até 250ppm de
cloreto. Onde,
3. OBJETIVO
O objetivo desse experimento é titular o ânion cloreto (Cl-) em água contra uma solução
padrão de nitrato de prata (AgNO3) usando o cromato de potássio (K2CrO4) como indicador; e
obter, ao final, a concentração molar do cloreto e o teor expresso em mg/L e ppm.
4. PARTE EXPERIMENTAL
4.1.MATERIAIS E REAGENTES
- Bureta 50 mL
- 2 Erlenmeyer de 250 mL
- Béquer
- Pipeta volumétrica
- Pera
- Balança analítica
- Espátula
- CaCO3 (s)
- K2CrO4(aq)
- Amostra de água
- AgNO3 0,1 mol/L
- Água destilada
4.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1. Método de Mohr
Pipetou-se 25 mL da amostra de água para um erlenmeyer. Adicionou-se à solução do
erlenmeyer 1 mL do indicador K2CrO4. Em seguida, lavou-se a bureta (previamente limpa) com
três porções da solução de AgNO3 0,1 mol/L. Verificou-se, a seguir, se não havia vazamentos
ou bolhas e se a ponteira estava totalmente preenchida. Após, aferiu-se a bureta no zero.
Titulou-se com solução de AgNO3 0,1 mol/L até a observação de uma leve coloração
castanho que não desaparecia mediante agitação. Ao final, anotou-se o volume de titulante gasto
(V1). Em seguida, fez-se o ensaio em branco conforme procedimento abaixo.
2. Ensaio em branco
Repetiu-se o mesmo procedimento anterior, substituindo a amostra de água por uma
alíquota de 25 mL de água destilada ou deionizada. Após, pesou-se 0,5 g de CaCO3 (s) (livre
de cloreto) na balança analítica e adicionou-se à solução do erlenmeyer contendo água destilada.
A seguir, adicionou-se à solução do erlenmeyer 1 mL do indicador K2CrO4. Ao final,
anotou-se o volume gasto do titulante (V2).
3. Calculo do teor de cloreto em água
Após as titulações, calculou-se o teor de cloreto na água e expressou-se o valor em ppm e
mg/L.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
1. Método de Mohr
No erlenmeyer contendo a amostra de água e o indicador K2CrO4, titulou-se com solução
AgNO3 0,1 mol/L até a observação de uma leve coloração castanho que não desaparecia
mediante agitação. Para a localização do ponto final, fez-se necessário a utilização do indicador
K2CrO4. O volume gasto de titulante foi 0,3 mL.
As reações envolvidas levaram a formação de compostos de prata pouco solúveis, o
precipitado branco de AgCl e precipitado castanho de Ag2CrO4.
2. Ensaio em branco
A adição de carbonato de cálcio (CaCO3) ao erlenmeyer contendo água destilada facilitou
a igualdade das cores, já que ambos os recipientes continham um precipitado branco. Titulou-
se com solução AgNO3 0,1 mol/L até a observação de uma leve coloração castanho que não
desaparecia mediante agitação. Fez-se necessário a utilização do indicador K2CrO4, não
somente para a localização do ponto final, mas por que este continha cloreto como uma
impureza que reagiu com o titulante AgNO3. O volume gasto de titulante foi de 0,2 mL, um
valor menor que daquele obtido na titulação anterior, devido à baixa quantidade de cloreto
presente no indicador K2CrO4.
Obtido a concentração molar de cloreto (Cl-), igual a 4,0x10-4 mol/L, expressou-se esse valor
em mg/L e ppm. Da seguinte forma:
Logo, o teor de cloreto foi igual a 14,18 mg/L, correspondente a 14,18 ppm, já que 1ppm =
1mg/L, e de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a água é potável, pois está
abaixo de 250 ppm de cloreto.
6. CONCLUSÕES
Diante do experimento realizado pode-se concluir que a concentração molar do íon cloreto
na água é igual a 4,0x10-4 mol/L (14,18 mg/L) correspondente a 14,18 ppm, e de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), a água é potável, pois está abaixo de 250 ppm de
cloreto.
7. REFERÊNCIAS
BACCAN, N.; ANDRADE, J.C.; GODINHO, O.E.S; BARONE, J.S. Química analítica
quantitativa elementar. 3 ed. São Paulo: Blucher – Instituto Mauá de tecnologia, 2001.