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CONSELHO SUPERIOR DA JUSTICA DO TRABALHO COORDENADORIA PROCESSUAL RESOLUGAO CsJT N° 185, DE 24 DE MARGO DE 2017. Dispée sobre a padronizagiio do uso, governanga, infraestrututa € gestio do Sistema Processo Judicial Eletronico (PJe) instalado na Justiga do Trabalho € dd outras providéncias. O CONSELHO SUPERIOR DA JUSTICA DO TRABALHO, cm sessio ordinaria hoje realizada, sob a presidéncia do Exmo. Ministro Conselheiro Presidente Ives Gandra da Silva Martins Filho, presentes os Exmos. Ministros Conselheiros Renato de Lacerda Paiva, Guilherme Augusto Caputo Bastos, Marcio Eurico Vitral Amaro ¢ Walmir Oliveira da Costa; os Exmos, Desembargadores Conselheiros Francisco José Pinheiro Cruz, Maria das Gragas Cabral Viegas Paranhos, Gracio Ricardo Barboza Petrone ¢ Fabio Tilio Correia Ribeiro; a Exma, Vice-Procuradora-Geral do ‘Trabalho, Dra. Cristina Aparecida Ribeiro Brasiliano; ¢ o Exmo. Diretor Administrativo no exercicio da Vice-Presidéncia da Associacao Nacional dos Magistrados da Justica do ‘Trabalho — ANAMATRA, Juiz Paulo da Cunha Boal, Considerando as direttizes contidas na Lei n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006, que dispée sobre a informatizagao do proceso judicial; Considerando o cariter de generalidade da regulamentagio do Conselbo Nacional de Justica (CNJ) que institui o Sistema Proceso Judicial Eletrénico - PJe como sistema informatizado de proceso judicial no Ambito do Poder Judicifrio ¢ estabelece os parimetros para o seu funcionamento; Considerando a necessidade de regulamentar a pritica cletrOnica de atos processuais conforme as especificidades do Pje instalado na Justia do Trabalho © as disposigdes de direito processual do trabalho e da Lei n° 13.105/15 — Cédigo de Processo Civil (CPO); Considerando a importincia de se padronizar e aperfeigoar as estruturas de governanga, infraestrutura, gestio € uso do PJe A realidade dos Tribunais Regionais do ‘Trabalho (TRTs); Considerando as disposigdes aplicadas a0 direito processual do trabalho, que atribuem ao Conselho Nacional de Justin , supletivamente, aos tribunais, a competéneia para regulamentar a pritica e a comunicacio oficial de atos processuais por meio eletrénico, além de velar pela compatibilidade dos sistemas, disciplinando a Fonte leer jc Trabalho, Brasilia, DE, #, 2203, 5 abe. 2017, Cademno Administntiva [do] CGomselho Supesior da Justia do Trabalho, p. 415. incorporagio progressiva de novos avangos teenol6gicos, na forma dos arts. 193 a 199 do CPC; Considerando a decisio proferida no proceso CSJT-AN-7304- 40.2014.5.90.0000, RESOLVE: Ratificar a instituigo do Sistema Proceso Judicial Bletrénico (PJe) instalado na Justiga do Trabalho como sistema informatizado tinico pata a tramitagio de processos judiciais, estabelecendo os parimetros para sua governanca, infraestrutura, gestio ¢ pritica eletrénica de atos processuais, dando outras providéncias, na forma a seguir: CAPITULO I DO PROCESSO JUDICIAL ELETRONICO INSTALADO NA JUSTIGA DO TRABALHO Segao I Das Disposigées Gerais Art. 1° A tramitacio do processo judicial no ambito da Justiga do ‘Trabalho, 2 pritica eletrénica de atos processuais, nos termos da Lei n” 11.419/06 e arts. 193 a 199, do CPC, serio realizadas exclusivamente por intermédio do Sistema Processo Judicial Eletrénico (PJe) instalado na Justica do Trabalho, regulamentado por esta Resolucio. Art, 2° Para o disposto nesta Resolugio, considera-se que: I~ “Sistema satélite” € aquele periférico ao Pje, que com ele tenha relagio ¢/ou integracio negocial, funcional ou técnica ¢ que tenha sido homologado e distribuido pelo Conselho Superior da Justica do Trabalho (CSJ'T) para funcionamento conjunto; II — “Arquivo eletrénico que utilize linguagem padronizada de marcagio genética” é todo aquele que, independente do sufixo que designe seu formato ou funcio que desempenhe no computador, metadados; capaz de descrever diversos tipos de dados, gerando III — “Ususrios externos” do PJe so as partes, estagidtios e membros da Advocacia ¢ do Ministério Puiblico, defensores puiblicos, peritos, leilociros, as sociedades de advogados, os terceiros intervenientes e outros auxiliares da justica; € IV — “Usuarios internos” do PJe sio os magistrados ¢ servidores da Justica do Trabalho, bem como outros a que se reconhecer acesso As funcionalidades internas do Sistema, tais como estagiatios ¢ prestadores de servigo. Art. 3° Os atos processuais terlio sua produgio, registro, visualizagio, tramitacio, controle ¢ publicagio exclusivamente em meio eletrénico € serio assinados digitalmente, contendo elementos que pe am identificar 0 usuério responsivel pela sua pratica § 1° A c6pia de documento extraida dos autos eletrdnicos deverd conter elementos que permitam verificar a sua autenticidade no enderego re eA consulta piblica do PJe, cujo acesso também sera disponibilizado nos sitios do Conselho Superior da Justiga do Trabalho (CSJT) ¢ dos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) na rede mundial de computadores. § 2° Os usuitios sio responsiveis pela exatidio das informagdes prestadas, quando de seu credenciamento, assim como pela guarda, sigilo ¢ utilizagio da assinatura digital, nZo sendo oponivel, em qualquer hipétese, alegac2o de uso indevido, nos termos da Medida Proviséria n° 2.200-2, de 24 de agosto de 2001 Segio I Do Acesso Art. 4? As partes ou terceiros interessados desassistidos de advogado poderio apresentar pegas processuais ¢ documentos em papel, segundo as regras ordindrias, nos locais competentes para recebé-los, que serio inseridos nos autos clettdnicos pela unidade judiciéria, em arquivo eletrénico que utilize linguagem padronizada de marcagio genérica Art. 5° © credenciamento dos advogados no PJe dar-se-4 pelaidentificagio do usuario por meio de seu certificado digital e remessa do formulério eletrénico disponibilizado no portal de acesso ao PJe, devidamente preenchido assinado digitalmente. § 1° O eredenciamento da sociedade de advogados dar-sc-a pela remessa do formalirio eletrénico disponibilizado no portal de acesso a0 PJe, devidamente preenchido e assinado digitalmente, dispensando-se aidentificagio do usuétio por meio de seu certificado digital. § 2° As alteragdes de dados cadasteais poderio ser feitas pelos proprios usuitios, a qualquer momento, utilizando funcionalidade especifica do PJe para este fim salvo as informagées obtidas de bancos de dados credenciados, como Receita Federal, Justica Eleitoral e Ordem dos Advogados do Brasil - OAB -, que deverao ser atualizadas dliretamente nas respectivas fontes. § 3° O credenciamento implica a aceitacio: I de remessa 20 usuério, pelo CS} de pesquisas relacionadas a0 uso do Pies II — de remessa ao usuétio, pelo PJe de informagdes teferentes aos processos; III — das normas estabelecidas nesta Resolugio; IV ~ das demais normas que vierem a regulamentat 0 uso do PJe no Ambito da Justiga do Trabalho; € V ~ da responsabilidade do credenciado pelo uso indevido da assinatura eletrdnica, § 4° O credenciamento na forma prevista neste artigo nio dispensa: I - a habilitacgio de todo advogado e sociedade de advogados nos autos cletrénicos em que atuarem; TI —a juntada de procuragio para postular em Jufzo, na forma do art. 104 do CPC. § 5° A habilitacio nos autos eletrOnicos para representagio das partes, tanto no polo ativo como no polo passivo, efetivar-se-4 mediante requerimento especifico de habilitagio pelo advogado ¢ habilitando-se apenas aquele que peticionar, em qualquer grau de jurisdigto, § 6" Poderio ser habilitados os advogados ¢ sociedades de advogados que requeiram, desde que haja pedido ¢ constem da procuragio ou substabelecimento, na forma do art. 105 do CPC. § 7° B atribuicio do magistrado determinar, por despacho ou delegagio de ato ordinatério, a alteragio da autuagio para inativagio de advogado indevidamente habilitado, ou que deixou de representar quaisquer das partes. § 8° O peticionamento de habilitagio nos autos deve ser utilizado apenas para o cadastramento especifico do advogado ou da sociedade de advogados no processo, ficando disponivel para juntada, como anexos, somente os tipos de documentos de “representagio judicial” e de “identificacao das partes”. § 9°. O peticionamento avulso, procedimento exclusivo para habilitacio nos autos, deve ser utilizado somente por advogados que niio tenham representacio nos autos, na forma do art.107, I, do CPC, inabilitando-se, neste caso, a juntada de documentos. § 10. O advogado que fizer o requerimento para que as intimagdes sejam dirigidas a este ou a sociedade de advogados a que estiver vinculado, deveri requerer a habilitagio automatica nos autos, peticionando com o tespectivo certificado digital. Art. 6° O uso € a concessio de certificados digitais institucionais no ambito da Justica do Trabalho de primero ¢ segundo graus observario o disposto na Resolueio CSJT n° 164, de 18 de margo de 2016, Subsegio I Dos Perfis de Usuario Art. 7° Os usuarios terio acesso as funcionalidades do PJe de acordo com 0 perfil que Ihes for atribuido no Sistema, § 1° A uniformizagio dos perfis de usuatios seri definida em ato do presidente do CSJT, observada a natureza de sua atuacio na telagio jutidico-processual ¢ a padronizagio da estrutura organizacional e de pessoal dos érgaos da Justica do Trabalho de primeiro e segundo graus prevista na Resolucao CST 63/10. § 2° Faculta-se as Tribunais Regionais do Trabalho a atribuigio de perfil 208 usuarios de forma diversa da estabelecida pelo § 1° deste artigo, quando definida em ato do presidente do TRT respectivo, desde que ouvido o Comité Gestor Regional (CGRPJe) ¢ informada a Coordenagao Nacional Executiva do PJe (CNEPJe). Art. 8° Apenas por ato do presidente do CSJT, ouvide 0 Comité Gestor Nacional do PJc instalado na Justiga do ‘Trabalho (CGNPJe), serio: 1 — ctiadas, excluidas ou alteradas as permissdes dos perfis de usuarios do Ples Fonte leer jc trabalho, Brasilia, DE, 2. 2203, § abe. 2017. Cademo Administntivo [do] CGonselho Supesior da Justia do Trabalho, p. 415. II —excluidos os perfis de usuarios jé existentes no PJe; € IIL - criados novos perfis de usuarios do PJe. Art, 9 Caberi 20 magistrado gestor da unidade judicidtia, na forma do art. 7° desta Resolugao ¢ em estrita observincia 4 fungio desempenhada por cada servidor, definir os perfis dos usuarios nela lotados. § 1° Aos estagiétios apenas poderd ser atribuido 0 perfil “estagiério”, vedando-se qualquer outra definicio. § 2° E vedada a definigio de perfil de diretor, assessor ou chefe de gabinete 08 usuétios que no ocupam a refetida funcio, salvo quanto a seus substitutos imediatos, ressalvada a hipotese do art. 7.°, § 2° desta Resolugio ¢ observado o § 1° deste artigo. § 3° Nas localidades em que houver central de mandados ou contadoria centralizada, o perfil de oficial de justica ¢ de calculista devera ser definido para os usuarios que executam as atividades nas respectivas centrais, Da Disponibilidade Art. 10. A disponibilidade do PJe, garantida apenas aos acessos de internet protocol (IP) n frida na forma definida pelo Conselho Nacional de Justic CNJ -, havendo, quanto as interrupgées: I= registro em relatério de indisponibilidade do funcionamento; I1— divulgagio a0 puiblico, no sitio do Tribunal respectivo, na rede mundial de computadores; TIT —juntada automitica do relatério de indisponibilidade nos processos; € IV ~ registro automatico da prorrogacao dos prazos processuais no Pye. § 1° O relatério de que trata o caput deste artigo deveri conter, pelo menos, as seguintes informagics: I - data, hora e minuto de inicio da indisponibilidade; IL- data, hora e minuto de término da indisponibilidade; IIL - servigos que ficaram indisponiveis; ¢ IV - assinatura digital do responsivel pela unidade de tecnologia da informagio do TRT, ou a quem este delegar, com efeito de certido, devendo — enquanto nao implementada a juntada automitica nos processos — estar acessfvel, preferencialmente, em tempo real, ou, no maximo, até as 12h do dia seguinte ao da indisponibilidade. § 2° Os Tribunais Regionais do Trabalho manterio © controle dos registros no PJe acerca de feriados, da auséncia de expediente forense, da pritica de atos ¢ da suspensio de prazos prevista nos arts. 214 ¢ 220 do CPC. CAPITULO II DA PADRONIZACAO DO USO Art. 11, Os manuais do PJe para todos 0s usuarios, informagdes gerais das versGes € informagGes de sistemas satélites do PJe serio divulgadas ¢ atualizadas constantemente, inclusive para pessoas. com —deficiéncia, no sitio. https:/ /pje-csjt.jus.br/ manual. Art. 12. Ato do presidente do CSJT definiré 0 tamanho maximo dos arquivos ¢ extensGes suportadas pelo PJe. § 1° © Pye deve dispor de funcionalidade que permita o uso exclusive de documento digital que utilize linguagem padronizada de marcagio genérica, garantindo-se, de todo modo, a faculdade do peticionamento inicial ¢ incidental mediante juntada de arquivo cletrénico portable document format (pdf) padrio ISQ-19005 (PDF/A), sempre com a identificagio do tipo de peti¢io a que se refere, a indicagio do Juizo a que ¢ ditigida, nomes € prenomes das partes e mimero do processo. § 2° © peticionamento na forma do parigrafo anterior nao dispensa a peticio redigida no editor de texto do PJe, contendo a indicagio do Jutzo a que é dirigida, nomes € prenomes das partes, ntimero do proceso, a identificacao em Sistema do tipo de peticdo a que se refere ¢ a informacio de que o conteddo da petigao esta em arquivo cletrOnico portable document format (pdf) padrio ISO-19005 (PDF/A).. § 3° O Agrupamento de documentos em um mesmo arquivo eletrOnico portable document format (pdf) sempre devera corresponder a documentos de mesmo tipo, com classificagio dispontvel no PJe. § 4° Autoriza-se © uso do tipo “documento diverso” apenas para agrupamento de documentos que nao contenham tipo de documento especifico no PJe. § 5° Nas hipéteses dos parigrafos 3° e 4° deste artigo, sempre haveré o preenchimento do campo “descricio”, identificando-se resumidamente a informacio correspondente 20 conteddo dos documentos agrupados, além dos perfodos a que se referem, vedando-se a desctigio que nfo possibilite a correta identificagio do contetido do arquivo. Art. 13, Os usuarios externos poderio juntar quantos arquivos se fizcrem necessirios 4 ampla ¢ integral atividade probatéria, observado 0 art. 12 desta Resolucio € demais atos normativos referentes matéria, § 1° Os arquivos juntados aos autos devem utilizar descric3o que identifique, resumidamente, os documentos neles contidos e, se for 0 caso, os perfodos a que se referem, ¢, individualmente considerados, devem trazer os documentos da mesma espécie, ordenados cronologicamente § 2° O preenchimento dos campos “descri¢io” € “tipo de documento”, exigido pelo PJe para anexagio de arquivos 4 respectiva peti¢io, deve guardar correspondéncia com a descricao conferida aos arquivos, indicando, no campo de livre descricio, 0 nome da peti¢io ou incidente, o resumo do requerimento, se for 0 caso, € a identificacio da parte que esta peticionando. Art 14. As. petigdes, manifestagdes ¢ documentos serio juntados automaticamente, independentemente de ato de servidor da justia, na forma do art. 228, § 2°, do CPC, Fonte leer jc Trabalho, Brasilia, DE, #, 2203, 5 abe. 2017, Cademno Administntiva [do] CGomselho Supesior da Justia do Trabalho, p. 415. Parigrafo nico. Fica dispensada a certificagio da juntada, pelo usuario interno, nas hipéteses do caput deste artigo. Art. 15, As petigdies ¢ os documentos enviados sem observancia as normas desta Resolugio poderio ser indisponibilizados por expressa determinagio do magistrado, com o registro de movimento ¢ exclusio da peticio ¢ documentos, assinalando-se, se for 0 caso, novo prazo para a adequada apresentacao da p § 1° Na exclusio de peticao incidental dever-se-4 tornar indisponfvel todo 0 documento a cla anexado. § 2° Sendo a exclustio de que trata este artigo referente & peticio cujo tipo gere movimento estatistico, devera ser precedida de pronunciamento do magistrado, com 0 registro do movimento correspondente 4 solugao dada ao incidente ou recurso, Art. 16. A inobservincia das disposigées deste capitulo ensejard a retirada da visibilidade do documento, ¢ em se tratando de peticao inicial, seré observada a regra prevista no art. 321 e parigrafo ainico do CPC. SegioI Da Pratica Eletténica dos Atos Processuais Art. 17. No processo cletrdnico, as citacdes, intimacdes € notificagdes, inclusive as destinadas 4 Uniao, Estados, Distrito Federal, Municfpios ¢ suas respectivas autarquias e fundagdes de direito piblico serio feitas por meio cletrdnico, sem prejuizo da publicagio n0 Dittio Eletrénico da Justiga do Trabalho (DEJT) nas hipéteses previstas em lei. § 1° © cadastto das partes deverd ser efetivado pela insergio do CPE ou CNP] respectivo. § 2° As citagdes, intimagées ¢ notificagies destinadas 4 Unido, Estados, Distrito Federal, Municipios e suas respectivas autarquias e fundagéees de direito péblico serio realizadas perante os 6rgios responsiveis por sua representagio processual. § 3° B vedada as sociedades de advogados a pritica cletrénica de atos processuais, sendo considerada usufria externa apenas para recebimento de intimagdes, na forma dos arts. 106, I ¢ 272, § 2°, do CPC. Art. 18. No expediente de notificagio inicial ou de citagio constaré indicagio da forma de acesso ao inteiro teor da petigio inicial no enderego referente A consulta piblica do PJe, cujo acesso também seri disponibilizado nos sitios dos TRTs ¢ do CSJT na rede mundial de computadores. Art. 19. A peticéo inicial conteri, alm dos requisitos do art. 840, § 1°, da CLT, 2 indicagio do CPF ou CNP] das partes, na forma do art. 15, caput, da Lei n° 11.419/06, § 1° No langamento de dados do processo pelo usustio externo, além dos dados contidos no caput deste artigo, sempre que possivel serio fornecidos, na forma do art. 31, II, da Consolidacio dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiga do Trabalho (CPcayn 10 CRI (Cadasiro Fspecifico do INSS contendo niimero da matricula do empregador pessoa fisiea); IIo Niimero de Identificacio do Trabalhador (NTT) perante o INS; IIL -o PIS ou PASEP; TV 0 nimero da CTPS do empregado; ¢ V — 0 CNAE (Classificagio Nacional de Atividades Econdmicas — eédigo do ramo de atividade) do empregador. § 2° O Pe fornecer’, na distribuigio da agio, 0 mimero atribulde a0 proceso, o drgiio julgador para 0 qual foi distribuida ¢, se for o caso, olocal, a data € hordrio de realizagao da audiéncia, da qual estard a parte autora imediatamente intimada. § 3° Os dados da autuagio automética serio conferidos pela unidade judiciéria, que procederé, com determinacio do magistrado ¢ registro no PJe, 2 intimacko da parte para alteragio em caso de desconformidade com a petigao ¢ documentos. § 4° A auséncia de retificagiio dos dados da autuagio automética, referente a peticio inicial, no prazo de 15 (quinze) dias, ensejard a aplicacio do disposto no art. 321, parigrafo tinico, do CPC. § 5° A retificagio dos dados da autuagao seré acompanhada de juntada automitica de certidio contendo as alteragdes, inclusive quando houver inclusio ou exclusio de advogado ou parte. Art. 20. A funcionalidade do PJe que indica a ocorréncia de possivel prevencio somente deve distribuir o proceso ao Juizo presumidamente prevento, cabendo 20 magistrado a anilise do feito, com © pronunciamento em que teconheca a regularidade da distribuigao, ou recuse a prevencio. § 1° © Phe deve dispor de funcionalidade que indique a existéncia de possivel litispendéncia c coisa julgada, sem prejuizo de livre distribuigio ou distribuigao por prevencao, nos termos do caput deste artigo. § 2° Nas classes processuais que exigem a indicagio de processo de referéncia, em qualquer grau de jurisdigio, haverd distribuicio para o Juizo do processo de refeténcia, exceto no ajuizamento de acio resciséria, cabendo ao magistrado reconhecer a regulatidade da distribuigao ou recusé-la § 3° Nas classes recursais seri observada a distribuigo por prevengao a0 relator para eventual recurso subsequente, interposto no mesmo processo ou em processo conexo, na forma do art. 930, parigrafo tinico, do CPC, observada a compensacio. § 4° As funcionalidades do PJe que indicam a ocorréncia de possivel prevengio, litispendéncia ¢ coisa julgada deverio contemplar a juntada automitica de certidio contendo tais informacdes. Art. 21, AA distribuigo de ago, inclusive incidental, sera unicamente por meio eletrdnico, mesmo na hipstese de agdes cautelares, tutelas de urgéncia e embargos de terceiros, quando ajuizados em processos que tramitam em meio fisico. Art. 22. A contestagio, reconvengio, excecio € documentos deverio ser protocolados no PJe até a realizacao da proposta conciliatéria infrutifera, com a utilizagio de equipamento préprio, sendo automaticamente juntados, facultada a apresentacio de defesa oral, na forma do art. 847, da CLT. § 1° No expediente de notificagio inicial ou de citagZo constard orientagao para que a contestagio, reconvengio, excesio ¢ documentos que as acompanham scjam protocolados no PJe com pelo menos 48h de antecedéncia da audiéncia § 2° As partes poderio atribuir segredo de justia a peticio inicial ¢ sigilo a contestagio, reconvengio, excegio, peticdes incidentais e documentos, desde que, justificadamente, fandamentem uma das hipéteses do art. 770, caput, da CLT e dos atts. 189 ou 773, do CPC. § 3° O magistrado podera determinar a exclusto de petigdes € documentos indevidamente protocolados sob sigilo, observado o art. 15 desta Resolucio. § 4° O Pe deve dispor de funcionalidade que mantenha oculta a0 usuitio externo a contestagio, teconvencio, excecio € documentos que as acompanham, até a realizacio da proposta conciliatéria infrutifera, § 5° Na hipotese de celebragao de acordo, a contestagio, reconvencio, excegio e documentos que as acompanham serio excluidos do PJe, na forma do ast. 35 desta Resolucio. Art. 23. As audiéncias serio sempre reduzidas a termo, ainda que gravadas em Audio e video, € 0 arquivo eletrOnico que utilize linguagem padronizada de marcagio genérica dai decorrente seri, ao final da audiéneia: I —imediatamente assinado pelo magistrado, impossibilitando a alteracdo de sua forma e contetido; ou II — facultativamente enviado ao PJe, imediatamente aps o término da audiéncia, também impossibilitando a alteragio de sua forma e contetido ¢ deflagrando 0 procedimento dos parigeafos 1.° ¢ 2.° deste artigo. § 1° Apés 0 envio do arquivo eletrénico que utilize linguagem padronizada de marcacio genérica referido no caput para o PJe, a secretaria da sala de audiéncias, imediatamente apés 0 término da audiéncia, realizara o lancamento dos movimentos processuais, encaminhando-o para assinatura digital pelo magistrado. § 2° O magistrado assinard eletronicamente o arquivo cletrénico que utilize linguagem padronizada de marcagio genérica referido no caput até © primeiro dia stil subsequente a0 término da sessio. § 3° Na hipétese de celebragio de acordo ¢ auséncia de assinatura imediata do arquivo eletténico que utilize linguagem padronizada de marcacao genética referido no caput, havendo requerimento da parte, a ata deveri ser impressa, assinada manualmente pelas partes e magistrado , entio, digitalizada e inserida no PJe. Art. 24. Os tipos de classe, peticio, documentos, movimentos ¢ complementos de movimentos disponibilizados no PJe devem corresponder aos previstos nas tabelas processuais unificadas publicadas pelo CNJ, cujas alteracées serio realizadas apenas pela Coordenacio Técnica do Sistema PJe (CIPJe) no CSJT € disponibilizadas a cada nova versio do Sistema. Art. 25. O magistrado, antes de determinar o arquivo definitive do proceso, deverd intimar as partes para, querendo, atmazenarem os dados dos autos cletrnicos em assentamento préptio, Art. 26. Fica dispensada a formacio de autos suplementares em casos de excegio de impedimento ou suspeico, agravos de instrumento, agravos regimentais agravo previsto no art, 1,021 do CPC, exceto quanto: I —a0 agravo de instrumento em mandado de seguran 7°,§ 1°, da Lei n? 12.016/09; € TI —a0 pedido de revisio do valor da causa, na forma do art. 2°, § 2°, da Lei , na forma do art n® 5.584/70. Art, 27. As atas de sessGes, quando necessétias para tegistros passiveis de publicidade, deverao ser lavradas pela secretatia ¢ aprovadas pelo presidente do respectivo 6rgio colegiado, com envio para publicagio na forma do art. 3° desta Resolugio, Art, 28, Durante © recesso judici io, feriados € period de suspenso de prazo processual ptevista no art. 220, do CPC, serio mantidas as publicagdes no DEJT, observados os termos do art. 4°, § 4°, da Lei n” 11.419/06 e regulamentagao do CNJ sobre expediente forense no petiodo natalino e suspensio dos prazos processuais. CAPITULO II DO SUPORTE, DESEMPENHO E INFRAESTRUTURA Art. 29. Ato do presidente do CSJT definiri a politica de suporte, padronizagio e atualizagio da infraestrutura tecnolégica do PJe nos érpios da Justicn do Trabalho de primeiro e segundo graus. Art. 30, Os eventos que afetem a disponibilidade ¢ desempenho do PJe serio de responsabilidade exclusiva do Tribunal Regional do Trabalho, quando for constatado que a sua infraestrutura tecnolégica € dissonante da politica de padronizacio € atualizagio da infraestrutura tecnolégica que suporta o Sistema nos Grgios da Justia do ‘Trabalho de primeiro ¢ segundo graus. Parigtafo tinico, Em situacdes criticas, assim definidas em ato do presidente do CSJY, enquanto nfo houver a atualizagio da infraestrutura tecnolégica do PJe, 0 ‘Tribunal Regional do Trabalho também se responsabilizara pela eventual demora ou atraso na solugio de problemas que impactem a operacio do Sistema, Art. 31, Os 'TRTs constituirio equipe especifica de testes, composta pelo CGRPJe, além de servidores da area judiciéria ¢ magistrados de 1° ¢ 2° graus, inclusive pessoas com deficiéncia para, com apoio do setor de tecnologia da informacio, realizar todas as aferigdes ¢ experimentos necessirios & verificagio do pleno funcionamento das novas verses do Sistema disponibilizadas pelo CSJT. Parigrafo ‘nico. A migracio para novas versées do PJe somente ocorreri apés a realizacio € homologacio das aferigdes em ambiente idéntico a0 de producio, incluindo testes de acessibilidade, carga, rajada, desempenho ¢ infraestrutura nos respectivos TRTs, bem como o envio dos resultados 4 Coordenagio ‘Técnica do PJe no cst. Art. 32. Os ‘IRT's manterio equipe de tecnologia da informacio exclusivamente dedicada ao atendimento de demandas do Pe. Parigrafo nico. A equipe possuiré competéneia técnica ao menos em anilise de infraestrutura, desenvolvimento, suporte € dados, sendo composta de modo a se adequar ao porte do TRT, observadas a Resolucio CSJT a” 63/2010 c a Resolugio do CN que institui a Estratégia Nacional de Tecnologia da Informagio e Comunicagio do Poder Judicifrio (ENTIC JUD). Art. 33, Em casos excepcionais poderi a equipe de tecnologia da informacio do TRT, por meio de scripts de bancos de dados, adicionar, excluir e alterar movimentos € complemento de movimentos processuais registrados no PJe, desde que haja, cumulativamente: 1 —autorizagio do CGRPJe; 11 —autorizagio do Comité Gestor Nacional do Sistema de Gerenciamento de InformagGes Administrativas ¢ Judiciftrias da Justiga do Trabalho (¢-Gestio); III - aquiescéncia da Coordenagio Técnica do PJe no CSJT, por meio de abertura de chamado em sofiware proprio de gestio de demandas do CSJT; € IV — juntada, preferencialmente automitica, de certidio nos autos eletronicos afetados, contendo tais informacées. Art. 34 O PJe deve dispor de funcionalidade que permita identificar 0 usuario que promover exchisio, inclusio € alteragio de dados, arquivos baixados, bem como 6 momento de sua ocorréncia. Art. 35. Todos os documentos inseridos no PJe que nio forem assinados, classificados © organizados no prazo de 30 (trinta) dias a partir de sua ctiagio, serio excluidos do Sistema. Art. 36. Os processos arquivados definitivamente serio migrados das bases de dados do PJe e salvos em base desconectada do acesso imediato 4s informagées do Sistema, podendo retornar ao acervo original mediante requerimento ou determinacdo de magistrado. Art. 37. Quando tecnicamente viével,as funcionalidades do Sistema poderio ser offline. CAPITULO IV __ DA ADMINISTRAGAO Art. 38, A administragio do PJe instalado na Justiga do Trabalho eaber4 a0 Comité Gestor Nacional do PJe instalado na Justica do Trabalho € aos Comités Gestores Regionais do PJe, compostos por usuarios internos ¢ externos do Sistema. SegioI Do Comité Gestor Nacional do PJe (CGNPJe) Instalado na Justiga do Trabalho Art. 39. O CGNPJe definiré as esteatégias ¢ diretrizes de evolugio € integracio do PJe instalado na Justica do ‘Trabalho, desempenhando as. seguintes atribuigs I = garantir a adequagio do PJe aos requisitos legais c as necessidades da Justia do Trabalho, inclusive no que diz respeito 20 desempenho, escalabilidade ¢ fio da infraestrutura tecnolégica do Sistema; Il = definir as premissas ¢ as cstratégias utilizadas para a especificagio, desenvolvimento, testes, homologagio, implantagio e integridade de operagio do Ple; III — fomentar € promover a colaboracio entre drgios € entidades, com vistas a0 compartilhamento de esforcos € recursos voltados a0 desenvolvimento evolugio do Pfe, bem como A integragao de outzos Sistemas a0 PJe; IV - garantir a padronizacio do PJe nos érpos da Justica do Trabalho; € ‘V - propor normas regulamentadoras do PJe ao presidente do CSJT. Art. 40, © CGNPJe sera composto por: I~ dois magistradosdesignados pelo presidente do CSJT, que exercerio a icional Executiva do PJe (CNEPJe); II = um presidente ou corregedor de TRT, indicado pelo Colégio de Presidentes e Corregedores de Tribunais Regionais do Trabalho (COLEPRECOR); IIL — um secretério ou diretor de tecnologia da informacio de TRT, designado pelo presidente do CSJT; IV — um servidor da Coordenadoria de Gestio Documental do CSJT, designado pelo presidente do CSJT; V —secretario de tecnologia da informagio e comunicagio do CSJT; VI-—secretirio de tecnologia da informacao do TST; VII — um advogado, indicado pelo presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (AB); VIII- um advogado piblico, indicado pela Advocacia Geral da Unio Coordenagio D (AGU);e IX —um membro do Ministério Puiblico do Trabalho (MPT), indicado pelo procurador-geral do trabalho. Subsegao I ‘Da Coordenagao Nacional Executiva do PJe (CNEPJe) Art 41, A CNEPJe supervisionaté a capacitagio dos usuérios ¢ 0 gerenciamento, a especificagio, o desenvolvimento, a manutencio, a implantagio ¢ o suporte do Sistema, também desempenhando, com o auxitio da CTPJe, as seguintes atribuigdes: I —planejar ¢ coordenar ages decorrentes das deliberagées do CGNPJe; TI — sugerir a0 presidente do CSJT' a criagio de grupos de trabalho, comissdes € comités necessirios 4 evolucio e sustentagio do Pje; III — coordenat as atividades desenvolvidas por grupos afetos ao PJe, em especial a Comissio Permanente de Acessibilidade ¢ Inclusto, o Grupo de Parametrizagao, © Grupo de Requisitos do 1.” grau, o Grupo de Requisitos do 2.” grau ¢ 0 Grupo Nacional de Negécio; IV — receber, analisar ¢ deliberar sobre sugestées encaminhadas pelos CGRPJe; V — acompanhar 0 cumprimento das diretrizes utilizadas para a especificagio, desenvolvimento, testes, homologacio, implantagio e integridade de operagio do PJes VI —receber ¢ deliberar preliminarmente sobre propostas de projeto ¢ ages voltadas 4 evolugao e sustentagio do PJe; VII — gerenciar o portfélio de agdes ¢ projetos pertinentes ao PJe; VII = gerenciar © escopo funcional do Pje no que ‘conceme as atidades da Justia do Trabalho; IX ~analisar ¢ deliberar sobre propostas de melhoria ¢ correcio de defeitos, no PJe, observado 0 disposto no Acordo de Cooperagio Técnica (ACT) CNJ/CSJT n° 10, de 14 de junho de 2016, ¢ a Portaria de Governanga CNJ n° 26/2015; X — getenciar os requisitos do PJe, conciliando as necessidades dos usuarios internos ¢ externos, podendo ser auxiliado pelos grupos de requisitos ¢ grupo nacional de negocio; partic XI - deliberar sobre a necessidade de desenvolvimento, manuten¢ tratamento de incidentes do PJe, podendo a priorizagao de tais demandas ser delegada 4 Coordenagio Técnica do PJe no CS)T; XII — homologar funcionalidades versées do Pje, podendo delegar tal atribuigio ao grupo nacional de negécio; XIII — analisar, para fins de aprovacio prévia, os cronogramas dos TRTs para implantagio do Pje em unidades judiciérias; e XIV divulgar no sitio do CSJT, quando houver, o planejamento da disponibilizagio de novas versdes do Pe. Art. 42. A Secretaria-Geral ¢ a Secretaria de Tecnologia da Informacio ¢ Comunicagio do CSJT prestario apoio administrative e técnico as atividades desenvolvidas pela CNEPJe. Art. 43, A Comissio Permanente de Acessibilidade ¢ Inclusio, o Grupo de Parametrizacio, o Grupo de Requisitos do 1° grau, o Grupo de Requisitos do 2° grau € 0 Grupo Nacional de Negécio, todos vinculados 4 CNEPJe, tetfio as suas atribuigdes € composicao definidas por ato do presidente do CSJT. Secao II Dos Comités Gestores Regionais (CGRPJe) Art. 44, Compete aos Comités Gestores Regiomais -CGRPJe, que se reunitio ao menos uma vez por més, as seguintes atribuicdes: I — administrar a estrutura, implementacao acordo com as diretrizes fixadas pelo CGNPJe; II — avaliar a necessidade de manutengio cortetiva e evolutiva do Pe e Tes III = organizar a estrutura de atendimento as demandas de seus usuarios internos € externos, TV — determinar auditorias no PJe, especialmente no que diz respeito A integridade das informagées, scguranca ¢ adequagio da infraestrutura_ minima recomendada; V — garantir a integridade do PJe, no que diz respeito & taxonomia e classes fancionamento do PJe, de cncaminhé-las 4 Cl processuais; VI - propor & CNEPJe al preferencialmente predispondo-se a desenvol software, quando autorizado pela CNEPJe; VII — fazer cumprit as normas expedidas pelo CNJ, CSJT ¢ CGNPJes VIII — divulgar as ages para a implantagio do PJje no sitio do respective ‘TRY eno DEJT; IX - apresentar proposta de plano de acio regional para a implantagio do Sistema e migragio dos sistemas legados para o PJe; X — acompanhar a execucio do plano de ago regional, apés a aprovacio do presidente do TRT, verificando se as atividades desenvolvidas estio adequadas ¢ em consonancia com o planejamento tracado; XI — monitorar ¢ avaliat periodicamente os resultados do plano de agio regional, com vistas a melhorar a sua qualidade, eficiéncia ¢ eficécia, aprimorando a execugao ¢ corrigindo eventuais falhas; XII- zelar pela conformidade da infraestrutura que suporta o PJe no TRT com a politica de padronizacio ¢ atualizagio da infraestrutura tecnolégica instituida pelo CST; s visindo © aptimoramento do PJe, las, por time remoto ou fabrica ‘de XIII- garantir o alinhamento entre os roteiros de atendimento de 1° nivel dos usuarios no TRT aos definidos pela Coordenagio Nacional Executiva e Coordenagio ‘Técnica do Pe; XIV- encaminhar semestralmente i CNEPJe, no formato ¢ meio indicados pelo CSJT, relacao contendo o nome dos servidores de atendimento e suporte, bem como as estatisticas do trabalho executado no periodo; XV — avaliar 0 tisco da atribuicio de perfil aos usuarios do PJe de forma diversa A prevista no art. 7°, § 1°, desta Resolugio, alertando o presidente do TRT respectivo acerca do impacto potencial no desempenho do Sistema; ¢ XVI — coibir a implantagio de sistemas ou médulos que _mantenham integracio com o PJe, sem prévia anuéncia ¢ autorizacio do CSJT, na forma do Acordo de Cooperagio ‘Técnica ACT CNJ/CSJT n° 10/2016 ¢ da Portatia de Governanea CNJ n° 26/2015. Art. 45, Cada CGRP]e seri composto pelo menos, por: I—um desembargador, que presidiré; I — um magisteado titular de Vara do Trabalho; TIL — um magistrado auxiliar de Vara do Trabalho; IV —um servidor da Area judiciéria, lotado no 2° grau; V—um servidor diretor de sceretaria de Vara do Trabalho; Vi—um servidor oficial de justiea; VII — um setvidor calculista; VIII -0 sectetirio ou diretor de tecnologia da informacio do 'TRT; IX — um advogado indicado pela OAB, da seccio respectiva, ou pelo Consetho Federal em caso de jurisdi¢éo regional em mais de um Estado; X — um advogado ptiblico, indicado pelo Procurador-Geral do Estado em que sediado o TRT; ¢ XI — um membro do MPT, indicado pela Procuradoria Regional do Trabalho (PRT) 1° Os membros dos CGRPJe serio designados por ato do presidente do ig P P TR. § 2° © membro do CGRPJe elencado no inciso I presidira os trabalhos designaré, dentre os magistrados elencados nos incisos II ¢ III, aquele que exerceré a Coordenagao Executiva Regional (CERPJ¢) § 3° O CGRPJe poder delegar as atribuigdes dos incisos I, I, IV, X ¢ XI do art, 44 desta Resolugio 4 CERPJe, a qual agira sempre ad referendum do CGRPJe, este prestando contas de suas ages, mensalmente, nas reunides do CGRPJe. § 4° O presidente do CGRPJe encaminhari 4 CNEPJe 0 ealendario anual de reunides ordindrias ¢, ao final de cada més, a cépia da ata de reuniao. § 5° Os presidentes dos TRTs divulgario e manterio atualizadas no sitio do TRT as atas das reunides e a relagio dos integrantes do CGRPJe, da equipe de sustentagio € da equipe de desenvolvimento remoto, referenciando os atos que definiram ou alteraram as suas composigécs. Subsegao I Do Administrador do PJe Art. 46, Compete ao presidente do TRT designar servidores que exercerio a fangao de administrador do PJe, no 1° ¢ 2° graus, observado 0 minimo de: I — dois servidores da tecnologia da informagao para, com apoio da rea de infraesteutura, exercer as atividades relacionadas 4 configuragio de novas versoes disponibilizadas pelo CST, atua correcdes no Pe; II — dois servidores da 4rea judiciéria, para o médulo de 2.” grau, com expetiéncia de atuago em ateas como a presidéncia, vice-presidéncia, cottegedoria, vice- corregedoria, gabinete ¢ secretaria de Grgio colegiado; III - dois servidores da area judiciaria, para o médulo de 1.° grau, com experiéncia de atuagio em areas como secretaria de Vara e gabinete de magistrado. agio de fluxos, parametrizacio, testes preliminares € § 1° A caitério do presidente do TRT, observado o impacto no desempenho do Sistema, poderi ser ampliado 0 mimero de administradores do PJje, além dos quantitativos indicados nos incisos anteriores, dando-se ciéncia a CNEPJe. § 2° Além dos servidores indicados pelo presidente do TRY, também deverio exercer a fungao de administrador do PJe os magistrados integrantes do CGRPJe. § 3° © perfil de administrador do PJe poderi ter acesso a todas as fancionalidades destinadas aos diretores, assessores ¢ chefes de gabinete em todas as unidades e drgios de 1° ¢ 2° graus a que estiverem vinculados, Subsegio IT Da Capacitagio dos Usuarios Art. 47. Os TRTs promov aperfeicoamento dos usuarios, inclusive pessoas com deficiéncia, com o objetivo de prepari-los para 0 aproveitamento adequado do PJe. Jo investimentos para a § 1° Os servidores de tecnologia da informagio serio capacitados para a programagio, desenvolvimento, suporte € sustentagio da arquitetura ¢ infraestrutura do PJc, inclusive quanto aos aspectos de acessibilidade, bem como em metodologia de desenvolvimento de software ¢ sistema de gestio de chamados definidos pela Coordenacio Técnica do PJe no CSJT. § 2° Os magistrados de 1° ¢ 2° graus, bem como os servidores usuarios do PJe sero capacitados na usabilidade do PJe, tanto no que se refere & pratica cletrénica de atos processuais (regras de negécio), como no conhecimento das funcionalidades do Sistema, observando-se 0 contetido minimo estabelecido pelo Plano Nacional de Capacitacao do PJe. § 3° Sem prejuizo do disposto no § 2° deste artigo, bem como no desenvolvimento de outras expertises, os magistrados de 1° ¢ 2° graus, bem como os servidores usuarios do PJe serio capacitados em: I prinefpios da teoria geral do direito processual eletrénico; TI—uso do editor de textos do PJe; € III — liquidagao de sentencas no Sistema “PJe Cale Tribunais”, § 4° Os TRTs ficam autorizados a firmar parcerias com as Escolas Superiores de Advocacia (ESA) da seccio respectiva ¢ Procuradorias Regionais do ‘Trabalho (PRTS), para a capacitagio dos usudtios externos. § 5° Independente da pactuagio de parceria a que se tefere o § 4° deste artigo, os TR's promoverio a capacitagio dos advogados na usabilidade do Sistema “PJe Cale Cidadio”, fomentando a distribuicao de ages e apresentagio de defesa, independente do rito, sempre acompanhadas da respectiva planilha de céleulos. § 6 O diretor da Escola Judicial (EJUD) de cada TR encaminhs CNEPJe, em dezembro de cada ano: I — © resultado do plano anual de treinamentos executados para os magistrados ¢ servidores, incluindo as avaliagdes dos treinamentos ¢ instrutores; Ilo planejamento anual de treinamentos vindouros, contendo: a) a indicacao da quantidade de usuarios capacitados ¢ a capacitar; b) as atividades desenvolvidas e a desenvolver; € ©) as horas-aula cumpridas ¢ a cumprir. TIT — 0 nome ¢ curriculo dos instrutores que ministraram € ministrario os Art. 48, Sem prejutzo do disposto no art. 47 desta Resolugio, o CSJT promoverd, anualmente: I — dois encontros, um a cada semestre, de cariter téenico, voltados a0 debate do nivelamento, atualizagao e renovacio da infraestrutura tecnolégica que suporta © Phe; TT - dois encontros, um a cada semestre, de cariter técnico, voltados a0 fomento ¢ transferéncia de conhecimento da manutengio corretiva ¢ evolutiva do PJe, por meio de desenvolvimento do cédigo do Sistema, inclusive quanto aos aspectos de acessibilidade; ¢ TIT —duas reunides, uma a cada semestre, voltado 4 gestio ¢ governanca do PJe, com a participacio dos presidentes dos CGRPJe ¢ CERPJe dos TRTs, Parigtafo tinico. A convocagio para os eventos de que trata este artigo é atribuigdo da CNEPJe. Art. 49. Sem prejuizo do disposto no art. 47 desta Resolugio, © CST, as suas expensas promoveri, anualmente, a capacitagio de magistrados de 1° ¢ 2° graus, observando: I = dois encontros, um a cada semestre, voltado & disseminagio ¢ debate dos prinefpios da teoria geral do dircito processual cletrénico; II — dois encontros, um a cada semestre, voltado & pritica eletrOnica de atos processuais (regeas de negécio) e conhecimento das funcionalidades do PJe; ¢ III — dois encontros, um a cada semestre, voltados 8 liquidagao de sentengas no Sistema “PJe Cale Tribunais”. Parigrafo tinico. Os encontros referidos neste artigo serio transmitidos a0 vivo para as EJUDs dos TRTs, além de serem gravados ¢ disponibilizados para accesso seguro na intranet dos TRTs, podendo o CSJT, se for o caso, buscar 0 apoio administrativo, técnico € operacional da Escola Nacional de Formacao ¢ Aperfeicoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMA'). CAPITULO V_ DA IMPLANTAGAO “Att. 50. A implantagio do PJe poder ocomrer: I -a partir da fase de conhecimento, com a superacio dos atuais sistemas de gestio das informagées processuais mantidos pelo 'TRT; € Ta partir das fases de liquidagio ou execucio, apés 0 transito em julgado do titulo € para os processos de classes executivas. Art. 51. A partir da implantagio do PJe em unidade judiciéria, fica vedada a utilizagio de quaisquer outros sistemas de peticionamento eletrénico relativo aos processos que tramitam no PJe, inclusive o Sistema Integrado de Protocolizagio € Fluxo de Documentos Eletrénicos ~ «Doe. Parigrafo tinico. O descumprimento da determinagio constante do caput implicaré no desearte dos documentos recebidos, que no constario de registro algum e nio produzitio qualquer efcito legal. SegioI Da Migragao dos Sistemas Legados para o PJe Art. 52, No cadastramento do processo fisico ou eletténico, oriundo de sistema legado do TRT, no médulo “Cadastramento da Liquidagio, Execucio e Conhecimento (CLEC)” do PJe, poderio ser juntados ow transferidos arquivos de documentos existentes no banco de dados local § 1° No cadastramento de processo em fase de conhecimento serio juntadas todas as peticdes c documentos dos autos originarios. § 2” No cadastramento de processos em fase de liquidagio execucio serio juntados pelas partes, em prazo assinalado pelo magisteado: T — titulo executive judicial ou extrajudicial, ainda que contenham apenas obrigagdes de fazer ou nao fazer; TI - calculos homologados, se houver; € III — procuracées outorgadas aos mandatitios; IV ~ comprovagio de pagamentos ¢ recolhimentos havidos; V — decisées supervenientes 4 coisa julgada, se houver, que implicaram alteragio da divida. § 3° No cadastramento de processos em fase de liquidagio ¢ execugio, a critério do magistrado, sero juntados outros documentos que scjam necessirios a completa entrega da prestagio jurisdicional § 4° Apés © cadastramento do processo no CLEC, os autos legados receberio movimento processual de encerramento, prosseguindo-se com © proceso apenas no PJe. Art. 53, Nao deverio ser cadastrados no CL tramitando com a classe ExProv em execugio provisdria. 0 processos que estejam Art. 54. As. part s procuradores serio intimados, apés 0 cadastramento de processo fisico no CLEC, para que, no prazo preclusivo de 30 (trinta) dias, se manifestem sobre o interesse de manterem pessoalmente a guarda de algum dos documentos originais juntados aos autos legados, nos termos do art. 12, § 5°, da Lei n° 11.419/06. Art. 55. O magistrado deveré conceder prazo razodvel para que a parte adote as providéncias necessirias regular tramitagio do feito n0 PJe, inclusive credenciamento dos advogados no Sistema e habilitagio automatica nos autos, nos termos do art, 76 do CPC. Art. 56. A migracio dos sistemas legados para o PJe somente ocorreré apés a realizacio, pelo TRT, de testes de carga, rajada, desempenho ¢ infraestrutura em ambiente idéntico. 20 de produgio, acrescido dos processos migtados, assegurando-se a disponibilidade do Sistema e encaminhadas as aferigdes, para anuéncia, 4 CNEPJe. CAPITULO VI DAS DISPOSIGOES FINAIS E TRANSITORIAS Art. 57. O desenvolvimento de novas fancionalidades © a corregio de incidentes no PJe, além da capacitacio de usuftios ¢ também o uso, desenvolvimento, manutengio, implantacio e suporte dos sistemas satélites do PJe observario 0 Acordo de Cooperagio Técnica CNJ/CSJT n° 10/2016. § 1° As ages a que se refere o caput serio sempre informadas ao CSJT, para os fins da Portaria de Gavernanga CNJ 26/2015. § 2° B. vedado © desenvolvimento, manutengio, implantagao ¢ suporte de quaisquer fancionalidades dos sistemas satélites do PJe que exportem dados em arquivo eletrénico portable document format (pdt) Art. 58, AAs intervengées que impliquem alteragdes estruturais do PJe nio previstas nesta Resolucao somente poderao ser promovidas quando: 1— observe os aspectos de acessibilidade; € II —autorizadas pelo presidente do CST. Art. 59. Os Estados, Distrito Federal, Municfpios ¢ suas respectivas autarquias c fandagdes piblicas de dircito privado ¢ de dircito piiblico informarao aos presidentes dos TRTs © CNP] de cadastro dos érgios responsiveis por sua representacio processual. § 1° Os presidentes dos TRTs informario s unidades judiciérias o CNP] de que trata 0 caput deste artigo, para que se dé cumprimento ao att. 17 desta Resolugio. § 2° O cadastro da Unio deveré corresponder a: I- CNP} 26,994.558/0001-23 — UNIAO FEDERAL (AGU); IT- CNP] 05.489.410/0001-61 - UNIAO FEDERAL (PGF); III - CNPJ 00.394.460/0001-41 - UNIAO FEDERAL (PGEN). § 3° O cadastro do MPT sera nacionalmente unificado, conforme definido em ato do presidente do CST. Art. 60. © PJe deve dispor de comunicacio entre bases de dados dos TRTS, fazendo-se a expedigio das cartas precatdrias € de ordem também em meio eletronico e, quando da devolugo ao Juizo deprecante, seri encaminhada certidio constando 0 seu cumprimento, com a materializacio apenas de pecas essenciais a comprecnsio dos atos realizados. § 1° Havendo na localidade mais de uma Vara do Trabalho com a mesma competéncia tertitorial, as cartas precatérias ¢ de ordem recebidas serio cadastradas pelo setor de distribuigio respectivo. § 2° O acompanhamento da carta precatéria deveri ser realizado por meio da consulta pablica com login ¢ senha no PJe, registrando-se nos autos principais o procedimento € 0 andamento atualizado da carta precatéria, ficando vedada a emissio de comunicacio para este fim. Art. 61. B vedada a criagio de novas solugdes de informatica para o processo judicial e realizagio de investimentos nos sistemas eventualmente existentes nos ‘TRTs, bem como a respectiva implantacdo em unidades judicidtias de 1.° ¢ 2.° graus. § 1° A vedacio contida no caput deste artigo se aplica inclusive as -manutengGes necessérias ao funcionamento dos sistemas jf implantados. § 2 O CSJT manterd, no sistema de gestio de demandas do PJe no CSJT, portfolio dos sistemas satélites do PJe, possibilitando e fomentando o dislogo entre TRTs Art. 62. As Varas do Trabalho criadas por lei ¢ os postos avaneados deverio ser instalados com a concomitante implantacao do Ple. Art, 63. O magistrado resolverd as quest6es relativas a0 uso do PJe em cada caso concreto nao previsto nesta Resolucao ¢ demais atos normativos referentes 4 matéria, Fonte leer jc Trabalho, Brasilia, DE, #, 2203, 5 abe. 2017, Cademno Administntiva [do] CGomselho Supesior da Justia do Trabalho, p. 415. ouvido previamente o CGRPJe, ressalvados os casos de urgéncia. Art. 64. O CSJT promoverd as adequagées do PJe aos termos desta Resolugio, inclusive quanto aos aspectos de acessibilidade, em 24 (vinte e quatro) meses, contados da publicacio. Art. 63. Sem prejuizo das disposigdes desta Resolugao, bem como do prazo estabelecido no art. 64 desta Resolugao, o CSJT promoveri as adequacdes do PJe aos termos: I= da Resolugio do CNJ que institai o Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestio de Processos e Documentos do Poder Judiciario (Moreq-jus); € II — da Resolucio do CNJ que orienta a adequacio das atividades dos Srgiios do Poder Judiciério e de seus servicos auxiliares as determinagdes exaradas pela Convengio Internacional sobre os Dircitos das Pessoas com Deficiéncia ¢ sca Protocolo Facultativo e pela Lei Brasileira de Inclusio da Pessoa com Deficiéncia Art. 66. Fica vedada a identificagio do proceso judicial cletronico (PJe) como sistema de propriedade da Justica do Trabalho, bem como 0 uso da sigla “PJe-JT”. Art. 67. Nos casos omissos, aplicam-se as disposigdes da Resolugio CNJ que institui o PJe como sistema de processamento de informagies € pritica eletronica de atos processuais, estabelecendo os parimetros para sua implementagio e funcionamento, Art. 68. O CSJT fica autorizado a contratar fibrica de software, desde que haja disponibilidade orcamentiria, para: I—a manutengao corretiva e evolutiva do PJe; II ~a integragio de outros sistemas ao Pfe, incluindo-se: 2) a evolugio ¢ integracio do sistema de Restricdes Judiciais sobre Veiculos Automotores RENAJUD) a0 PJe; € b) 0 desenvolvimento ¢ integragao de webservice para acesso e restri¢ao dos dados do sistema de Gerenciamento de Embarcagées da Matinha do Brasil (SISGEMB), denominado NAVEJUD, a0 PJe. Parigrafo nico. Em todos os casos, observar-se-20 0 Acordo de Cooperagio Técnica CNJ/CSJT n° 10/2016 € a Pottatia de Governanga CNJ n° 26/2015. Art, 69, Fsta Resolugio entra em vigor na data de sua publicagio, revogando-se as disposigdes em contrario, em especial a Resolugio CSJT n° 136, de 25 de abril de 2014. Brasilia, 24 de marco de 2017, Ministro IVES GANDRA DA SILVA MARTINS FILHO. Presidente do Conselho Superior da Justiga do Trabalho Font Ek jc Trabalho, Brastia, D nd i tol

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