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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

BLOCOS DE CONCRETO

ANDREI NICOLA

GURUPI
NOVEMBRO - 2010

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ANDREI NICOLA

BLOCOS DE CONCRETO

Trabalho apresentado ao Professor Doutor


Paulo Henrique Tscoeke, da disciplina de
Desenho Técnico e Construções Rurais da
turma do 4º período, turno Integral do curso de
Engenharia Florestal.

Universidade Federal do Tocantins


Gurupi - 17/11/201
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SUMÁRIO

1 – HISTORIA DO CONCRETO 4
2 – MATERIAIS QUE COMPÕEM O CONCRETO 5
2.1- Aglomerantes 5
2.2- Agregado Moído 5
2.3- Agregado Graúdo 5
2.4- Aditivos 6
2.5- Adições 6
3 – TIPOS DE CONCRETO 6
3.1- Concreto Convencional 7
3.2- Concreto Dosado em Central 7
3.3- Concreto Pré-Moldado 7
3.4- Concreto Protendido 7
3.5- Concreto Armado 8
3.6- Concreto Projetado 8
3.7- Concreto Rolado 9
3.8- Concreto Resfriado 9
3.9- Concreto Colorido 9
3.10- Concreto Auto Adensável ou Fluído 10
3.11- Concreto Leve 10
3.12- Concreto Pesado 10
3.13- Concreto Submerso 10
3.14- Concreto Celular 11
3.15- Concreto Ciclópico 11
3.16- Concreto de Alta Resistência Inicial 11
3.17- Concreto Alto Desempenho 12
3.18- Concreto Pavimento Rígido 12
3.19- Concreto com Pega Programada 13
3.20- Concreto para Pisos Industriais 13
4 – APLICAÇÃO DO CONCRETO 13
5 – CURA DO CONCRETO 14
6 – PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO 14
6.1- Consistência e Trabalhabilidade 14
6.2- Exudação 15
7 – PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO 15
7.1- Peso Específico 15
7.2- Deformação 15
7.3- Módulo de Deformação Longitudinal 15
7.4- Resistência à Compressão 15
7.5- Resistência à Tração 16
8 – BIBLIOGRÁFIA 16

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1- HISTÓRIA DO CONCRETO

Os primeiros materiais a serem empregados nas construções antigas foram a


pedra natural e a madeira, por estarem disponíveis na natureza. O ferro, o aço e o
concreto só foram empregados nas construções séculos mais tarde. O material
considerado ideal para as construções é aquele que apresenta conjuntamente as
qualidades de resistência e durabilidade. A pedra, muito usada nas construções
antigas, tem resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem
baixa resistência à tração. A madeira tem razoável resistência, mas a durabilidade é
limitada. O ferro e o aço têm resistência elevada, mas a durabilidade também é
limitada em conseqüência da corrosão que podem sofrer.
O concreto surgiu da necessidade de aliar a durabilidade da pedra com a
resistência do aço, com as vantagens do material composto poder assumir qualquer
forma, com rapidez e facilidade, e com o aço envolvido e protegido pelo concreto
para evitar a sua corrosão. Os materiais de construção feitos à base de cimento,
chamados “materiais cimentícios”, podem ser considerados os materiais mais
importantes produzidos pelo homem, porque lhe possibilitou construir as edificações
e todas as principais obras de que necessitava para viver, como por exemplo as
habitações, fortificações, aquedutos, barragens, obras sanitárias, pontes, rodovias,
escolas, hospitais, teatros, igrejas, museus, palácios, entre tantos outros tipos de
construção. A abundância das matérias primas em quase todas as regiões, somada
à sua grande versatilidade para aplicação nas mais variadas formas, foram os
principais motivos para o seu desenvolvimento, desde os tempos primórdios até a
atualidade.
Na antigüidade foram os romanos os que mais se destacaram na aplicação
dos concretos e argamassas, que lhes possibilitou criar espaços amplos em forma
de arco, abóbadas e cúpulas, de grandes dimensões. Combinando o concreto da
época com tijolos de argila, pedra e outros materiais naturais, conseguiram produzir
obras magníficas, inéditas até aquele período, que trouxeram grande
desenvolvimento e revolucionaram a Arquitetura da época. Como exemplos mais
marcantes de construções romanas que aplicaram o concreto existente na época
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podem ser citados o Panteão e o Coliseu (Figuras 1 e 2). O Panteão foi construído
em 27 a.C com concretos de diferentes materiais, em forma de abóbada de concreto
com diâmetro de 43,3 m. O Coliseu foi construído entre 69 e 79 d.C., sendo a maior
obra construída pelos romanos, mesclando pedras e concreto.
O consumo mundial total de concreto, no ano de 1963, foi estimado em 3
bilhões de toneladas, ou seja, uma tonelada por ser humano vivo. O homem não
consome nenhum outro material em tal quantidade, a não ser a água. Dentre fatores
de seu alto consumo é a facilidade e disponibilidade de encontrar os materiais que o
compõem e a um custo relativamente baixo; facilidade de execução; adaptação a
praticamente todo tipo de forma e tamanho; excelente resistência à água e a
diversas ações; e ainda, o fato de se apresentar como um material “ecologicamente
correto”.

2-MATERIAIS QUE COMPÕEM O CONCRETO

O concreto é um material de construção resultante da mistura, em


quantidades racionais, de aglomerante (cimento), agregados (pedra e areia) e água.
Logo após a mistura o concreto deve possuir plasticidade suficiente para as
operações de manuseio, transporte e lançamento em formas, adquirindo coesão e
resistência com o passar do tempo, devido às reações que se processam entre
aglomerante e água. Em alguns casos são adicionados aditivos que modificam suas
características físicas e químicas.
2.1- Aglomerantes
O cimento é um material cerâmico que, em contato com a água, produz
reação exotérmica de cristalização de produtos hidratados, ganhando assim
resistência mecânica. É o principal material de construção usado na
construção como aglomerante.
2.2- Agregado Moído
A areia usada como agregado miúdo para emprego em argamassas e
concretos pode ser classificada como natural (rios, minas, várzeas) e artificial
(resíduo fino de pedreiras – pó de pedra).
A areia é extraída em unidades de mineração chamadas de areais ou portos
de areia, podendo ser extraída do leito de rios, depósitos lacustres, veios de areia
subterrâneos (minas) ou de dunas.
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2.3- Agregado Graúdo
A pedra para uso como agregado graúdo em construção civil pode ser
classificada como natural (pedregulho ou seixo rolado, cascalho) e artificial (pedra
britada, argila expandida, escória, etc.).
A pedra britada é obtida em uma unidade industrial / mineradora chamada
pedreira, onde ocorre a desintegração, por explosão controlada, da rocha que dá
origem à brita. Após a detonação da rocha matriz, grandes matacões são
transportados para serem triturados em equipamento chamado britador. Por fim, a
brita é passada em peneiras onde é classificada de acordo com sua granulométrica
(brita 1, 2, 3, etc.).

2.4- Aditivos
Os aditivos são produtos que, adicionados em pequena quantidade aos
concretos de cimento Portland, modificam algumas propriedades, no sentido de
melhorar esses concretos para determinadas condições. Os principais tipos de
aditivos são: plastificantes (P), retardadores de pega (R), aceleradores de pega (A),
plastificantes retardadores (PR), plastificantes aceleradores (PA), incorporadores de
ar (IAR), superplastificantes (SP), superplastificantes retardadores (SPR) e
superplastificantes aceleradores (SPA).
2.5- Adições
As adições constituem materiais que, em dosagens adequadas, podem ser
incorporados aos concretos ou inseridos nos cimentos ainda na fábrica, o que
resulta na diversidade de cimentos comerciais.
Com a alteração da composição dos cimentos pela incorporação de adições,
é comum eles passarem a ser denominados aglomerantes. Os exemplos mais
comuns de adições são: escória de alto forno, cinza volante, sílica ativa de ferro-
silício e metacaulinita.

3- TIPOS DE CONCRETO

Concreto é basicamente o resultado da mistura de cimento, água, pedra e


areia, sendo que o cimento ao ser hidratado pela água, forma uma pasta resistente e
aderente aos fragmentos de agregados (pedra e areia), formando um bloco
monolítico. Com isto sugem vários tipos de concreto como:

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3.1- Concreto Convencional
Podemos dizer que o Concreto Convencional é aquele sem qualquer
característica especial e que é utilizado no dia a dia da construção civil. Seu Slump
Test (valor numérico que caracteriza a consistência do concreto) varia em torno de
40 mm a 70 mm, podendo ser aplicado na execução de quase todos os tipos de
estruturas, com os devidos cuidados quanto ao seu adensamento. Na obra, o
caminhão pode descarregar diretamente nas formas, ou pode ser transportado por
meio de carrinhos de mão, gericas, gruas ou elevadores, não podendo ser
bombeado.
3.2- Concreto Dosado em Central
Seja pela necessidade crescente de se construir com qualidade, economia e
rapidez; pelo desafio de se obter grandes resistências ou para atender às
determinações das normas brasileiras, a tecnologia do concreto não para de evoluir.
As exigências do mercado fizeram da simples tarefa de se misturar cimento, água e
agregados, um trabalho para profissionais.
3.3- Concreto Pré-Moldado
Uma estrutura feita em concreto pré-moldado é aquela em que os elementos
estruturais, como pilares, vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau
de resistência, antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo,
este conjunto de peças é também conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada.
Estas estruturas podem ser adquiridas junto a empresas especializadas, ou
moldadas no próprio canteiro da obra, para serem montadas no momento oportuno.
A decisão de produzi-las na própria obra depende sempre de características
específicas de cada projeto. É de fundamental importância, portanto, um estudo
criterioso dos custos que envolvem transportes, dimensões das peças, aquisição de
formas, tempo de execução, espaço no canteiro, equipamentos disponíveis, controle
tecnológico, acabamento e qualidade.
3.4- Concreto Protendido
A resistência à tração do concreto está situada na ordem de 10% de sua
resistência à compressão, sendo geralmente desprezada nos cálculos estruturais.
Encontrar meios de fazer o concreto ganhar força neste quesito é uma das eternas
batalhas da engenharia, que tem como uma de suas grandes armas, a protensão do

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concreto. Ela pode ser definida como sendo o artifício de introduzir na estrutura, um
estado prévio de tensões, através de uma compressão prévia na peça concretada
(protensão).
A protensão do concreto é obtida com a utilização de cabos de aço de alta
resistência, que são tracionados e fixados no próprio concreto. Os cabos de
protensão têm resistência em média quatro vezes maior do que os aços utilizados no
concreto armado. Dentro das vantagens que esta técnica pode oferecer, temos a
redução na incidência de fissuras, diminuição na dimensão das peças devido à
maior resistência dos materiais empregados, possibilidade de vencer vãos maiores
do que o concreto armado convencional.
3.5- Concreto Armado
Chamamos de concreto armado à estrutura de concreto que possui em seu
interior, armações feitas com barras de aço. Estas armações são necessárias para
atender à deficiência do concreto em resistir a esforços de tração (seu forte é a
resistência à compressão) e são indispensáveis na execução de peças como vigas e
lajes, por exemplo.
Outra característica deste conjunto é o de apresentar grande durabilidade. A
pasta de cimento envolve as barras de aço de maneira semelhante aos agregados,
formando sobre elas uma camada de proteção que impede a oxidação. As
armaduras além de garantirem as resistências à tração e flexão, podem também
aumentar a capacidade de carga à compressão. Um bom projeto deve considerar
todas as variáveis possíveis e não só os preços unitários do aço e do concreto. Ao
se utilizar uma resistência maior no concreto, por exemplo, pode-se reduzir o
tamanho das peças, diminuindo o volume final de concreto, o tamanho das formas, o
tempo de desforma, a quantidade de mão de obra, a velocidade da obra, entre
outros.
3.6- Concreto Projetado
Concreto que é lançado por equipamentos especiais e em alta velocidade
sobre uma superfície, proporcionando a compactação e a aderência do mesmo a
esta superfície. São utilizados para revestimentos de túneis, paredes, pilares,
contenção de encostas, etc. Este Concreto pode ser projetado por via seca ou via
úmida, alterando desta forma à especificação do equipamento de aplicação e do
traço que será utilizado.

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3.7- Concreto Rolado
É utilizado em pavimentações urbanas, como sub-base de pavimentos e
barragens de grande porte. Seu acabamento não é tão bom quanto aos concretos
utilizados em pisos Industriais ou na Pavimentação de pistas de aeroportos e
rodovias, por isso ele é mais utilizado como sub-base. Seu baixo consumo de
cimento e sua baixa trabalhabilidade permitem a compactação através de rolos
compressores.
3.8- Concreto Resfriado
Concreto gelado, ou melhor, resfriado é aquele que tem a temperatura de
lançamento reduzida, através da adição de gelo à mistura, em substituição total ou
parcial da água da dosagem. Para se fazer este tipo de concreto, o gelo deve ser
moído e ficar à disposição da central dosadora em caminhões frigoríficos. Ele só
deve ser colocado no caminhão betoneira, momentos antes da carga. Em obras de
grande porte são necessárias logísticas especiais que podem incluir até a montagem
de uma estrutura para produzir seu próprio gelo.
Sua adição tem como objetivo principal, a redução das tensões térmicas,
através da diminuição do calor de hidratação nas primeiras horas. Este
procedimento, além de evitar fissuras, mantém por mais tempo a trabalhabilidade e
gera uma melhor evolução da resistência à compressão. O concreto resfriado é mais
utilizado em estruturas de grandes dimensões, ou seja, barragens, alguns tipos de
fundações, bases para máquinas e blocos com alto consumo de cimento.
3.9- Concreto Colorido
O concreto colorido é obtido através da adição de pigmentos à mistura, que é
feita diretamente no caminhão betoneira, logo após a dosagem dos outros materiais.
Além de ser aplicado para dar um melhor efeito arquitetônico, ele já foi utilizado em
grandes obras para associar uma cor a uma peça que está sendo concretada (Pilar
vermelho, bloco verde, etc.), eliminando o risco da aplicação do concreto fora do
local determinado. Suas cores são duráveis, mas para se ter um bom acabamento, é
preciso ter cuidados com a vibração do concreto, com a qualidade das formas e no
momento da retirada das mesmas. São aplicados também em pisos e podem ser
associados a texturas, dando um efeito muito bom.

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3.10- Concreto Auto Adensável ou Fluído
Indicados para concretagem de peças densamente armadas, estruturas pré-
moldadas, fôrmas em alto relevo, fachadas em concreto aparente, painéis
arquitetônicos, lajes, vigas, etc. Este concreto, com grande variedade de aplicações
é obtido pela ação de aditivos superplastificantes, que proporcionam maior facilidade
de bombeamento, excelente homogeneidade, resistência e durabilidade. Sua
característica é de fluir com facilidade dentro das formas, passando pelas armaduras
e preenchendo os espaços sob o efeito de seu próprio peso, sem o uso de
equipamento de vibração.
3.11- Concreto Leve
Os concretos leves são reconhecidos pelo seu reduzido peso específico e
elevada capacidade de isolamento térmico e acústico. Enquanto os concretos
normais têm sua densidade variando entre 2300 e 2500 kg/m³, os leves chegam a
atingir densidades próximas a 500 kg/m³. Cabe lembrar que a diminuição da
densidade afeta diretamente a resistência do concreto. Os concretos leves mais
utilizados são os celulares, os sem finos e os produzidos com agregados leves,
como isopor, vermiculita e argila expandida.
Sua aplicação está voltada para procurar atender exigências específicas de
algumas obras e também para enchimento de lajes, fabricação de blocos,
regularização de superfícies, envelopamento de tubulações, entre outras.
3.12- Concreto Pesado
O concreto pesado é obtido através da utilização de agregados com maior
massa específica aparente em sua composição, como por exemplo, a hematita, a
magnetita e a barita. Este concreto tem sua aplicação mais freqüente na construção
de câmaras de raios-X ou gama, paredes de reatores atômicos, contrapesos, bases
e lastros.
3.13- Concreto Submerso
Concreto submerso é a denominação dada ao concreto que é aplicado na
presença de água, como alguns tubulões, barragens, estruturas submersas no mar
ou em água doce, estruturas de contenção ou em meio à lama bentonítica, como é o
caso das paredes diafragma.

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Suas características principais são de dar uma maior coesão aos grãos, não
permitindo a dispersão do concreto ao entrar em contato com a água e oferecer uma
maior resistência química ao concreto. Sua dosagem é feita com aditivos especiais e
dependendo da agressividade do meio onde será inserido, pode necessitar de
cimentos especiais e outros tipos de adições em sua composição. Este concreto
propicia maior visibilidade e segurança aos mergulhadores, facilidade de execução e
uma diminuição na contaminação da água, reduzindo o impacto ambiental.
3.14- Concreto Celular
O concreto celular faz parte de um grupo denominado de concretos leves,
com a diferença de que ao invés de utilizar agregados de reduzida massa específica
em sua composição, ele é obtido através da adição de um tipo especial de espuma
ao concreto. Sua utilização é bastante difundida pelo mundo, sendo aplicado em
paredes, divisórias, nivelamento de pisos e até em peças estruturais e painéis pré-
fabricados. No Brasil existem interessantes projetos para sua utilização em casas
populares.
3.15- Concreto Ciclópico
O concreto ciclópico ou fundo de pedra argamassada, como é conhecido em
algumas aplicações, nada mais é do que a incorporação de pedras denominadas
“pedras de mão” ou “matacão” ao concreto pronto. Estas pedras não fazem parte da
dosagem do concreto e por diversos motivos, não devem ser colocadas dentro do
caminhão betoneira, mas diretamente no local onde o concreto foi aplicado. Elas
devem ser originárias de rochas que tenham o mesmo padrão de qualidade das
britas utilizadas na confecção do concreto, devem ser limpas e isentas de
incrustações nocivas à aplicação.
O controle tecnológico do concreto é o mesmo para os concretos
convencionais e as proporções entre concreto e pedras de mão, devem obedecer às
determinações do Engenheiro responsável pela obra ou do órgão contratante. Sua
aplicação é justificada em peças de grandes dimensões e com maquinário
específico, pois em pequenas obras pode gerar problemas de recebimento,
armazenamento, transporte interno, aplicação e controle das dosagens.
3.16- Concreto de Alta Resistência Inicial
O concreto de alta resistência inicial, como o nome já diz é aquele que tem a
característica de atingir grande resistência, com pouca idade, podendo dar mais

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velocidade à obra ou ser utilizado para atender situações emergenciais. Sua
aplicação pode ser necessária em indústrias de pré-moldados, em estruturas
convencionais ou protendidas, na fabricação de tubos e artefatos de concreto, entre
outras.
O aumento na velocidade das obras que este concreto pode gerar traz
consigo a redução dos custos com funcionários, com alugueis de formas,
equipamentos e diversos outros ganhos de produtividade. A alta resistência inicial é
fruto de uma dosagem racional do concreto, feita com base nas características
específicas de cada obra. Portanto, a obra deve fornecer o maior número de
informações possíveis para a elaboração do traço, que pode exigir aditivos
especiais, tipos específicos de cimento e adições.
3.17- Concreto de Alto Desempenho
O Concreto de Alto Desempenho (CAD) é calculado para se obter elevada
resistência e durabilidade. Com a utilização de adições e aditivos especiais, sua
porosidade e permeabilidade são reduzidas, tornando as estruturas elaboradas com
este tipo de concreto, mais resistentes ao ataque de agentes agressivos tais como
cloretos, sulfatos, dióxido de carbono e maresia.
O CAD tem suas resistências superiores a 40 MPa, o que é de extrema
importância para estruturas que necessitem ser compostas por peças com menores
dimensões. Além do aumento na vida útil das obras, este concreto pode
proporcionar: desfôrmas mais rápidas, diminuição na quantidade e metragem das
formas, maior rapidez na execução da obra.
3.18- Concreto para Pavimento Rígido
Em um país de dimensões continentais, onde o transporte rodoviário é a
principal via para a movimentação de todas as espécies de cargas, investir na malha
viária é fundamental para quem quer seguir no caminho do progresso, sem correr o
risco de acidentes. Os pavimentos rígidos de concreto há muito estudado e
utilizados em outros países, vêm ganhando força no Brasil, mesmo que de forma
discreta e concentrada em grandes centros.
Existem várias características que tem feito crescer a opção pelo pavimento
rígido, entre elas destacamos: Resistência, durabilidade, menor custo de
manutenção, economia em iluminação pública, menor risco de acidentes, menor
temperatura superficial, entre outras. Além da crescente aplicação nas estradas, sua

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utilização é fundamental na reforma ou construção de pistas de aeroportos, nos
corredores de ônibus e em grandes avenidas das cidades.
3.19- Concreto com Pega Programada
Na linguagem de obra, dizer que o "concreto está dando pega" significa dizer
que o concreto começou a perder a plasticidade, tornando mais difícil a sua
aplicação. Em outras palavras, o processo de pega é a mudança de estado das
misturas que contem cimento e água (pastas, argamassas e concretos), de uma
condição de maleabilidade, até deixarem de se deformar a ação de pequenos
esforços. O tempo deste processo (reação química) pode ser constatado através de
ensaios padronizados de cimento, com a utilização do aparelho de Vicat.
3.20- Concreto para Pisos Industriais
O piso de uma indústria é o local que merece uma atenção toda especial
dentro do seu projeto e execução. Por ser um local de transito intenso e sujeito a
ataques de agentes agressivos, solicita um trabalhado de qualidade em todas as
etapas da obra (dosagem, aplicação, cura, juntas de dilatação,etc.). O concreto deve
ter características de manter a consistência durante a aplicação, ter baixa
permeabilidade, elevada resistência à abrasão, baixos níveis de fissuração e um
tempo de pega conveniente.
Tais características proporcionam uma menor exsudação, melhor
acabamento e maior durabilidade para os pisos.

4 - APLICAÇÕES DO CONCRETO

É o material estrutural mais utilizado no mundo. Seu consumo anual é da


ordem de uma tonelada por habitante. Entre os materiais utilizados pelo homem, o
concreto perde apenas para a água. Outros materiais como madeira, alvenaria e aço
também são de uso comum e há situações em que são imbatíveis. Porém, suas
aplicações são bem mais restritas.
Algumas aplicações do concreto são relacionadas a seguir.
1. Edifícios: mesmo que a estrutura principal não seja de concreto, alguns
elementos, pelo menos, o serão;
2. Galpões e pisos industriais ou para fins diversos;
3. Obras hidráulicas e de saneamento: barragens, tubos, canais, reservatórios,
estações de tratamento etc.;

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4. Rodovias: pavimentação de concreto, pontes, viadutos, passarelas, túneis,
galerias, obras de contenção etc.;
5. Estruturas diversas: elementos de cobertura, chaminés, torres, postes,
mourões, dormentes, muros de arrimo, piscinas, silos, cais, fundações de
máquinas etc.

5 – CURA DO CONCRETO

Cura é a denominação dada aos procedimentos a que se recorre para


promover a eficiente hidratação do cimento e consiste em controlar a temperatura e
a saída e entrada de umidade para o concreto.
O objetivo da cura é manter o concreto saturado, ou o mais possível de
saturado até que os espaços da pasta de cimento fresca, inicialmente preenchida
com água, tenham sido preenchidos pelos produtos da hidratação do cimento até a
condição desejada. A cura feita de maneira displicente afeta o aumento gradual da
resistência do concreto enquanto os compostos C-S-H estão sendo formados e
possibilita a retração plástica do concreto.
O efeito de uma cura inadequada sobre a resistência é maior com relações
água/cimento elevadas, e também em concretos com menor velocidade de evolução
da resistência. Assim, a resistência de concretos com cinzas volantes ou escória de
alto-forno são mais prejudicados do que os concretos feitos com Cimento Portland
puro. O período de cura necessário na prática não pode ser prescrito de um modo
simples: os fatores relevantes compreendem a severidade das condições de
secagem e os requisitos esperados de durabilidade.
No caso de concretos com relação água/cimento baixa, é essencial a cura
contínua nas primeiras idades, pois a hidratação parcial pode tornar os capilares
descontínuos: na retomada da cura, a água não poderia conseguir penetrar no
interior do concreto e não haveria prosseguimento da hidratação. No entanto,
concretos com relação água/cimento alta mantém um volume grande de capilares de
modo que a cura pode ser retomada em qualquer tempo sem prejuízo da eficiência,
mas quanto mais cedo melhor.

6 – PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO

6.1- Consistência e Trabalhabilidade


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A consistência traduz as propriedades intrínsecas da mistura fresca
relacionada com a mobilidade da massa e a coesão entre os elementos
componentes, tendo em vista a uniformidade e a compacidade do concreto. A
trabalhabilidade não é apenas uma característica inerente ao próprio concreto, mas
envolve também as considerações relativas à natureza da obra e aos
métodos de execução adotados.
6.2 – Exudação
Exudação é a tendência da água de amassamento de vir à superfície do
concreto recém lançado. Em conseqüência, a parte superior do concreto torna-se
excessivamente unida, produzindo um concreto poroso e menos resistente.

7 – PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO

7.1- Peso Específico


O peso específico do concreto endurecido depende de muitos fatores,
principalmente da natureza dos agregados, da sua granulométrica e do método de
compactação empregado Será tanto maior quanto maior for o peso específico dos
agregados usados e tanto maior quanto mais quantidade de agregado graúdo
contiver.
7.2 – Deformação
As deformações do concreto podem ser de duas naturezas:
1 Deformações causadas por variação das condições ambientes:
retração e deformações provocadas por variações de umidade e temperatura
ambiente;
2 Deformações causadas pela ação de cargas externas: deformação
imediata, deformação lenta, deformação lenta recuperável e fluência.
7.3 – Módulo de Deformação Longitudinal
O módulo de deformação longitudinal é dado pela relação tensão-
deformação. Pelo foto dessa relação não ser linear, exceto no trecho inicial, o
módulo de deformação longitudinal do concreto não é constante, mas nem por isso
não é um número característico do concreto.
7.4 – Resistência à Compressão

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A resistência à compressão simples é a característica mais importante de um
concreto. É determinada em corpos de prova padronizados para possibilitar que
resultados de diferentes concretos possam ser comparados.

7.5 – Resistência à Tração


A resistência à tração depende de vários fatores, principalmente da aderência dos
grãos dos agregados com a argamassa. De acordo com o método de ensaio obtém-
s diferentes valores para a resistência à tração axial, resistência à tração na flexão e
resistência à tração por compressão diametral.

8 – BIBLIOGRAFIA

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118:2003 - Projeto de estruturas


de concreto. Rio de Janeiro.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7211:1982 - Agregados para
concreto. Rio de Janeiro
LAKATOS, Eva e Marconi, Marina. Metodologia do Trabalho Científico. SP : Atlas,
1992.
MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. (2008). Concreto: microestrutura,
propriedades e materiais. São Paulo: IBRACON, 3.ed., 674p.

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