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CASO PRATICO 42 (participagées sociais) N°l — Estamos perants uma sociedade por quotas (art. 197 e ss) que tem que ter no minimo 2 sécios (art. 77) ¢ capital social de 5.000€ (art. 201° A enigncia das prestag¥es suplementares encontra-se no art, 210°/1 ~ estas tem que estar previstas no ‘contrato de sociedade e tem que ser submetidas a deliberacto dos s6cios. - De acordo com o n°2 do mesmo artigo as prestapbes suplementares 56 podem ter por objecte dinheiro. =O montante global das prestarbes tem que ser fixado no contraro de sociedade (n°3, al. a) assim como ‘9 socios que estio obrigados 4 prestapto (al. b). De acordo com o art. 211°71 a exigibilidade das prestagdes depande de deliberardo dos sécios que fixe 0 ‘montante axigivel o prazo da prestacao, - Pode exigi-se prestasdes suplementares das sociedades andnimas? —_O Prof. MC diz que no é admitida CASO PRATICO 43 (partcipagies soci) __N’ 1 ~ al. a) Estamos perante dois contratos de suprimento - art. 243" e ss - trats-se de um Financiamento do sécia & sociedade. Nio carece de forma eserita, de acordo com 0 art, 24376, Nao precisa também de astar prevista np contrato, nem de deliberagto dos sécio = al €) De scordo com o Prof. MC ¢ Coutinho de Abreu se nada se disser no contrato de sociedade & porque ndo se deve exigir 0s juros. Ainda que se admitajuros no contrato de suprimento estes fem que ser mas vantajosos que cs que se cobrariam ao caso de estarmos perants um financiamento a particular. O prazo para o rezmbolso dos suprimentos ¢ fixado de acordo com o art. 245°/1 CSC c art. TIT CC. _ N'E—De acordo com o art. 2447/1 & obtigagao de efectuarsuprimentos aplica-se 0 disposto no art. 209° relativament> as prestagdes acessOrias. A doutrina entende que o regime do contrato de suprimento se aplica as sociedades andnimas (visto que ‘esta parte do cedigo nao existe regulamentagao especial) Olkando ao art. 209° sera que 2 clausula @ ou nio vélida? — 0 n°L do artigo ver fixar uma série de equisitos: 1) Fixar elementos essenciais; 2) Prestagbes onerosas ou gratuitas; 3) Montante da prestagdo, Neste cato ato esto fixados os elementos essenciais da presagfo, logo @ mesma nao parece ser valida. (Orregime equivalente das prostares acersdrias para as sociedades ancnimas encontra-se no art. 287 CASO PRATICO 46 (rans: is) issio de participagies so - Estos perante um problema de cessfo de quae (ransmissto inter vivos das quotas) regulado nos arts. 228° 38 CSC. “De asordo comm 0 art. 229% pode haver uma elévasla que proita a ceisio de quot, send que 0 Sontato ce sociecade pose dispensar 0 consentimento da socsdade (n*2), cmbors rears geral see 8 {tistécia deste consoatimerto relativaments 3 [parte da cléuaula do conta + Quanto 2 2" parte da cldusula do contrato ~ a obrigado de preferéncia nio é limitativa da transmissio. Trata-se de uma amputaydo do cessiondrio, pois ele ¢ livre de transmitir, pode € ficar condicionado a uma pessou conereta a quem va ianamtirem vrs do dreto de preferénca). Esta 7 parte da cltusula € valida ~ 50 existe um limite ao nivel da pessoa a quem vai vender a quora ~ ois a obrgapto de preferénia nao se integra em nentlma 6a linens do” Sco art. 229° ‘esa hipsese este aind outa problema ~o facto cE nio tec communica 2 infengto de vender Podemos, assim estender 0 n°6 do art. 229 20 facto de haver um direto de pre‘erécis uma ve7 que 0 argo 36 Bla em ponalicades para o acto de nio hiverconsertmento, “parte dt clausuia » quaato 4 penalidade extipulaéa no contrato de Sociedade (invlidade) esta 6 Dossve, pois 0 propia a’? do art-228" js provin a inefiicia para com a socieeade dn cesso Gas quotas fnquanio esta ao for conseafda. Exe problema so se colnca uma ver ie ests perate un dito de preterécia, pois caso extivessemos perante um problems de consentmiento 4 penalize sera semoce & inefcies. © Prof. Estaca acha que devemos também aqui aplcar o regime do CCivil quanto obrignséo de prferéacia (art. 14109), norneadamence quanto 20 prazo de 6 meses para intntar 2 aco. "x pats do momento om que Foe apesonta na Avcermbleia Geral ha um sonkecimento eX pode inteatar ‘uma ado de mares E. ainda de referir que E 36 vondeu metade da sua quota, algo que 58 pode ser feta através de uma prévian divislo da quota (art. 221°). A cliusula estipulada no contrato de sociedade 56 podia ser aplicada no caso de transmisa¥o tral da quota. No caso de ser 36 transmitida metade da quota hé um problema de consentimento, CASO PRATICO 47 (transmissio das paticipasées sciais) 1) Portador: . Nio é possivel conhecer © dono do titulo ‘Téma ver com o conhecimento da sociedade emitente AyTitatadas (estdo aun | 2)Nominativas:. Indica o nome a quem pestencem documento « Existe um registo perante a sociedade fazendo empaped) creat de quem so as acydes seccom{ | | 1) Portador: . Exisie uma cons de registo num intermediario franceio, rao ra Sociedade emitene. (esto nur supo de comss de regio” 2) Nominativas: 0 regsioé feito na sociadace emitente ¢em st ae regisais) muitos easos pode estar n sociedad Finance + Art. 209°CSC; 52°, 6341, al. 8), 64° e 73° Todos do CVM. A transmissio das acgBes faz-se de forma diferente consoante o tipo de acco: 1) Valores mobilidies escriturais — a teansmisslo faz-se por registo na conta do ‘adguirente (art, SO" e 71°/1 CVM); 2) Valoces mobilidrios titulados: ') Ao portador: transmitem-se por entrega do titwle ao adquironte (art, 101° cM): i) Nominativas: transmitsim-se por declarasio de transmissto feita no titulo cv). Seguida de registo na sociedad emitente (art. 102 + Al. a) ~ Serd.que quanto és acgdes tiuladas ao portador a sua transmissio se di com a eatwega do titulo ou nto? A maiocia da doutrina acha que a tansmissio $6 se ca com a entrega, mas 0 Prof. MC aca que coma foi celebrado um contrato, de acordo com 0 art. 408" CC 0 contrato é vilido e a entrega é uma formalidade de effcaci = = 0 Prof. Coutinho de Abreu acha que s9 com a entrega da titulo € que se cransmite validament2 a acgio. AL b) Esti em causa um direito espevial (art. 24°/4 CSC), Os direitos especiais transmitem-se com as aopées. ~ Aceées ondindrins: tam a mesma medida de circitos e cbrizagbes tem em conta 0 valor nominal (Cat a) + Podem depois ser criadas diversas caegorias com drcitos especias (ex Cat. B) Al ©) ~ Esti em causa as limitaydes & transmissio de acg0es (art. 32872, al. a) ~ 0 contrato de soviedade pode subordinar a ransmissdo de acges 0 consentimento da sociedade. + Art.329°2, al ©) ~ratando-se de uma transmissdp a Uuslo gratuito a aquisigSo faz-se pelo valor real + AL. d) ~ De acordo com o art. 3257/2, al. b)- pretendia-se estabelecer um direto de preferéncia para as, acgdes nominativas. a = Ale) ~O art. 328772, al. a) subordina a transmissto das aces 20 consentimento da sociedade — esta trasmissto esd rsferda ram seitido ampio. Dr Feaca achn que cento das images legis ext inelndo a tansmissdo por morte AL.) De acordo com o art. 328°/3 existe a possibilidade de extinguir as limitagBes, mas 56 pode ser por deliberagdo dos sdcios (art. 85°71 €2). = De acordo com o art. 3832 tem que estar presente pelo menos accionistas que representem /3 o capital social, ea decisfo s6 pode ser aprovada com 2/3 des votos emitidos — art. 386°/3. CASO PRATICO 48 (deliberagdes sociais) + Al. a) ~ Estava preenchido o capital social ainimo (art, 27673) ¢ 0 numero de sécios (art. 2791), Quanto 20 primeico probiema (fits de convocardo de C) dispbe 0 art 37772 € 3 que a convocatéria tem que’ ser publicada, mas pode o contrato de Sociedade exigit outras formas de comunicagao 20s accionisias...podendo substitar as publicayoes por carta regisiada, No caso concreto a falta de comunicapao a € nao tina efeitos prétcos, pois de acordo com o art. 88° desde que estajam todos prasentes ¢ manifestem a sua vontade nao é necessério abserv2r-se as formalidades previa. Assim a falta de convccagio ja ado seria aula (art. $6°/, al. a) ut a spindles (ara na covao de aint) dpe o a 37872 ‘©3 conjuzado com o art. 376%/1, a. b) que a matéria & da competéncia da Assembleia Geral. E ainda aplicévalo art. 4067. + Al: b) —Os accionistas que detenham mais de 5% da capital social (art. 375°/2) podem requerer que na fordem do dia sejaincluida determinedes assuntos (act. 37891). + A assembleia geral deve ser convocada pelo conselio de administapio ou pelo conselho de administragdo exceutivo (art. 3762). = De acordo com o art. 377° a convocatéria deve ser publicada. Al c) ~ A assembleia geral pode ser convocada pelo presidente da mesa da assembieia geral (art. 375978), mas nunca por escrito AL. d) ~ De acordo com o art. 3807/1 0 contrato de sociedade no pode proibir os accionistas de se Gzerem representar na assemble‘a geral, sendo que basta como insrumento de regreseaiago um documento eserito com assinatura (02), No caso das sociedades por quotas a representario voluntiria encontra-se n0 art. 249°'S CSC, sendo ue a mesma so pode ser contra ao conuge, ascendent, descenderte ou ou séio Outras questies: Na falta de clausula contatial a cada acgdo corresponde um voto ~art. 384° Em principio os accionistas nio podem feaccionar os seus vatos (art. 3881), mas no caso de astarerm a ‘ego pene po ecu ones voor) No fim de cada assembleia geraleviste a elaboragio ce uma sea (art 38872), devendo ser assinado pelo presidente secrstcio da mesa. Quanto a0s accionstas eles sO assinam a lista ce preseagas (art. 382), ~ Existem assembleias espesiais de accionistas (art. 380), sendo que ndo exstem estas assembleias no aso de estarmos perantettulares de aog6es ordinérias CASO PRATICO 49 (deliberagbes sociais) a «I Pardgrato: «De acordo com o art. 248°/3 a convocacdo das assembleias gerais compete aos gerentes ¢ deve ser feita or meio de carta resistada, g +O art 248°/1 remete para o regime das sociedades anénimas quanto & assemblaias gerais, nomesdamente para o art. 377°. + Relativamente is deliberagdes dos sécios aplicamos 0 art. 54, no qual se diz que os sécios podem tomar deliberagies unérimes por escrito. Visto que s¢ deliberou acerca de assuntos que ndo constavem na convocatéria, faltando assim os clemenios minimos de informagio, em principio estaria perante uma situagdo de anulabilidade (art. 58°71, al. ©) conjugado com 0 n°4 do mesmo artige que remete para o art. 3777/8. Mas como exis siuagdo de unanimidade na delibera¢do dos sdcios a anulabitidade vai ficar sanada, 2 pardgrato: {De acordo com o art. S4*/L € art. 2477/1 e 3 pode deliberara-se através de volo escrito mediante carta registada enviada a todos os sécios indicanda o objecta da deliberac2o. Mas have tm sécio que azo foi convocaco 0 que levaria em grincipio & nulidade da deliberacao (art. 56011, al. b), mas esta nulidade no pode ser invocada quando os sSeios tivarem dado 0 seu assertiment posterior (n°3) deivando 0 victo de carseter formal deter celevéncia, 3° parigrafo: «De acordo com o art stranhos 4 sociedad leita uma pessoa cole = Assim, seguado a 0} sociedades andnimas. «= Pade existir a desig Singular para exercer exige 0 0°3) Ha quem considere g 36°, al d), por “viola 252° a sociedade ¢ administrada por umm ou mais gerentes escoltidos de entre ever ser gessoas colestives com capacidade juridica piena. Mas neste caso foi iva e no uma pessoa singular niko do Prof. MC vamos aplicar 0 art, 3907/4, que se encontra em sede de acto de uma pessoa colectiva que venha posteriormente a nomear uma pessoa cargo em nome proprio (tendo que ter na mesma capacidade juridics plena que o art. 390"/4 nko de de praceitos leis, aplica a este caso ¢ estariamos perante uma nulidade (art. ‘Abel depositou no HIPOTESE N° 36 anco Bimbo € 10.000. 0 depésite foi feto com o prazo de um ano e com uma taxa de juro de 3,5% a0 ano. Abel nna, algum tempo antes, contraido um empréstimno para squsigae do lee jncumprr. Face a no mesmo Banco que, dois meses depcis de ter fata 0 dapésite, vaio a | incurmprimerto, 0 Banco Bimbo compensou os crSeites. Abel afima que essa compensapo nao é valida. Quid juris? _HIPOTESE N° 37 Atel, Bento, Carlos, Dario e Estela consituiram em Janeiro de 2003 a XPTO, SA, tendo cada um dos sécios subscrito ¢ realizado 20% do capital social. Na data de constituigo da sociedade ccolebraram um a¢ rdo parassocial em que s2 obrigaram conjuntamente @ distribuir todos os ‘anos © maximo da dvidendos que fosse possivel. Por esquecimento, nunca procederam 3 inscrigao da secied: ade no ragisto comercial. Em Fevereiro de 2004 reuniram-se na Assembles geral anual da ape ®, apesar dos enomas lucros da sociedad, deliberaram por unanimidade ndo com 05 demais si sécios deliberaram Pessado algum te ribuir dividendos aos accionisias. Passados tis meses, Abel zangou-se os e pretendeu verider a sua partcioaydo a propria sociedad. Os outros 4 ‘em Assembleia-geral aprovar a compra das acrdes de A pela sociedade. mpo, 8 também se zsngou com os outros sécios; 86 que agcra nem a sociedade nem ninguém pretende adquitr as suas acgBes. Avangou para Tribunal, afirmando que: (i) a assem 288° do CSC e po aogies de A & nul nomeadamente, q 1. Armindo é ag seus produto produzides. Pe necessério a projects, fae prego do moti 2 Em 1999, ast contrato com a que dalterou a nao dstibuigdo do cividendos & nula por viclagao do ar. Incumprimanto do acorco parassocial @ (i) a deiberacao de aquisicao das por violagéo do art 317° do CSC. Os outros sécios dafendem-se alegando, «a sociedade no esta sequer registada. Quid juris? EXAME DE DIREITO COMERCIAL cultor@ é casaco com Berta. Em 1898, farto dos balxos pregos de vanda dos decidiu iniciar um pequeno comércio para venda dos legumes por si 2 0 efelto, tomou de arendamento uma pequena kia, edquiiu 0 mobilsio rio ¢ a Daria e celetrou um “leasing” sobre um computador. A meio do the 0 dinheiro - a bja nunca chegou @ abrit e Armindo ndo pegou nem o jério nem as rendas do leasing’. Berta é responsével por essas dividas? tagdo ia de mal a pior, Armindo decidiu entio, em 2 da Janairo, celabrar um CompraTudo, SA, uma mutinacional de dstibuigao de produtos agricoias, pera que esta, durante um ano, promovesse @ venda dos legumes oreduzidos por Armindo. Armindo estava descontente porque, aoesar de a CompraTudo estar a fazer um bom trabalho, os pregos eram baixcs. Em 5 de Fevereiro de 2000, Armindo procedeu & denincia o contrato, com 15 dias de pré-aviso. Qusis os direitos da CompraTudo?. Admita que, urante @ vigéacia do contrato, a CompraTudo havia recebido de um cliente a quantia de 200 contos pela venda de produtos de Armindo, no astando para isco autorizada 2 ndo tendo Armindo, na altura, conhecimanto desse facto. Tem Armindo o dato de exigir essa quanta, de novo, 20 cliente? Farta de tanto insucesso, Berta decidis assumir as rédeas do nagéelo, O seu primeira acto trespassar a bja que Armindo, sem sucesso, titha tentaco abrir. Fez um acordo com Dério e Darla, que também pretendiam vender produtos agricolas, - sles perdoavam a vida de i e ainda pagavam 500 contos. Dario e Daria nunca pagaram os 500c. 0 ‘espasse 6 vaiido? A responsabildade de Dario e Daria é soliria cu conjunta? (© segundo acto de Berta foi consituir uma sociedade para a produgdo @ comerciaizagéo de produtes agricolas. Em Margo de 2000 foi calebrada a escritura de constituigdo da ‘Sementes, SA, tendo per'sécios Armindo, Berta 2 mais 3 agricutores da zona — Elisa, Fernando ¢ Guilherme (cada sécio datinna 20% do capital). Logo na data de constituirao a sociedad, as partas acordaram que, durante um ano, votariam sempre saguindo as InstrugSes de Berta Na passagem para o novo miénio, Armindo apaixcnou-se por Elisa; Berta, furiosa inicio um projecto concorrente. Em Margo de 2001, aquardo da assembleia getal para distibuigdo de dividendos, Armindo, Elisa e Femando votaram @ nao stribuicdo de dividendos; Berta e Guilherme votaram contra, Em Maio de 2001, Berta tetra com uma aogdo em Tribunal alegando a iregularidade da celiberagdo da Assembleia Geral. Quid juris? 0 ssponda a dois dos sequintes quatro casos préticos Em SISIO1 a sociedade A, SA, ici declerada falda. Anbs essa declaracdo, os credoves apuraram que: em 1998, os sécics da falda tnham consiuido a B, Lda, que passou @ ptestar de serviges de agéncia @ A junto dos mercados externos, tendo com retibuigdo 3 milhées do contos/ano; que am 1999 a falda tinha vandido ao pai de um dos sdcios, por 50G0 contos, rés armazéns que haviam sido comprados por 50 COD contos; e que, com data da falSncla, fol fecnada, com saldo negativo para a alida, a conta corrante celebrada com um dos seus compradores. Quid juris? Em Setembro de 2000, a P, Lda, celebrou com a I, compenhia de seguros, SA., um contrato de seguro multiisca tendo por objecto toda a maquinara da fabrica de P.O conlvato tha a duragao de um ano, renovavel. Em Abri de 2001, P vendeu parte da maquinara segura & M, sua subsidiéria, Em 3 de Malo, ume das maguinas venddes @ M explodtu d combate destruindo recebida a prestagao 2001: b) era tom que a ind Quid Juris? Antonio & vido @ curto-ireuto, Por no terem sido accionados os mecanismes d2 Incéndio, 0 fogo provocado pela explosao estandeu-sa a toda a fabrica, © restante equipamento, também ela vendido pela P. A saguradora, tenda pattcipagdo, recusa-se a pagar a indamnizegio, aleyandlo 0 seguinte: a) a 3° fo prémio inicial no havia sido paga, conforme estipuiado, em Margo de seguradora apurou que a maquina que expiociu era considerada pelos ‘a ou segurada no contrato; d) a M nao evitou 0 aiastramento do foo pelo nizagdo nunca poderé abranger es maquinas destruidas apés a explosdo, técnicos crn ‘como pouco fiavel, facio n3o comunicado pela P; ) a M nao sécio da secledade TransporTir, Lda. Um d, deciciu dar em panhor parte da sua quota ¢ alsnar a rastante a Rita. Em face de implicagdes fscais, Antonio simuiou 0 Assemblei ivorciada tratasse de Antonio, concorrar cconstrugao candidat prego, que corresponde a metade do valor nominal dz quota. Reunida a Geral, foi recusada a alienag30 2 9 penhor alendendo a que Rita & de um dos outros sécios. Quid juris? Seria a respcsta diferente caso se ume SA? pretero, ¢ Berta, engenheira civil celebraram um contrato com o fim de a uma empretada langada pala Camara Municipal de Coimbra para a cde uma ponte sobre 0 Rie Mondego. O ctjectivo sera instruir 0 procasso de onde se exigla @ assinatura de um engenheiro civi, embora fosse clara a intengdo das partes em que apenas Aniénio assumisse a responsabilidace de construir a referida bra. A candidalura que se apresentou sob o nome de “A&B em consorcio” saiu vencedora. No entanto, Aniénio preiende que @ expresso ‘em consércio’ nao implica a lebragdo de um contrato de consérc’o, mas sim de colaboragéo pelo qual Antonio recorreria aos servos de Berta no ambito da instrupio do processo, 56 ele pratendent terezios Intangao 10 contratar com a Cémara Municipal de Coimbra e fcando livre de recorrer a ara 0 trabalho de engenharia civil Berta contrapoe que nao era essata que também ela deveria ser parte no contrato de construgdo e receber irectamente da Camara de Coimbra os moniantes indicados relativos a0 projecio de engenhal A event Quid juris? GRELHA DE CORRECGAO responsablidade de Berta resuitara da apicagao dos arts. 15° do CC 1691.1.d) do CSdigo Civil e 2 apicago destas ragras depender’ da quallicaggo de Armindo mo comerciante @ do regime de bens do casamento. A quaiiicagao do Contrato de leasing como acto de comércio por analogia, @ qualificacdo do arrendamento como acto Je cométcio @ a qualficagdo da compra @ venda do motirio como acto no comercial (para Armindo), ndo levam a nenhuma conclusdo itl, porque o art. 15° uma regra de astatutp, Na qualticagao de Armindo como comerciante ~ 0 ceme do problema fem andise - lavantam-se dois pos de problemas: ()) 0 primeira problema passa pelo facto de a loja nunca ter aberto; exista no entanto divarsa doutrina (entre n6s, por exemplo COUTINHO DE ABREU) que entende jé dervar a qualficagao de comerciante dda realizago dos actos preparatsrios da empresa, 0 que seria 0 caso, (i) 0 sagundo problema resulta da compati 464.2 com ago do paragrafo segundo do art 230 CC e do at. 1? 2.do art 230 e como art, 13°- se Armindo pretendia aoenas vender os legumes por si produzides, dai ndo resultaria, a partida, a sua qualficagéo como comerciante, uma vez que a empresa néo é comercial ¢ os actos projeciados néo sariam actos de comércio objectives (embora se possa discutir se a excepedo das referidas também a como, no: ‘nao vendidos por Armiido, sub-hipdtese que também pode ser cor contrato Pdo DL ti fas se refere @ vendas de produtos pelo produtor a comerciantes. ou venda por este dos produtos numa estrutura comerciaimente organizada 50, a loja). Apenas assim no saria, se a loa fosse vender também produtos placa. celebrado entre Armindo © @ CompraTudo & um contrato de ecéncia (vd, art 78196), Nada na hipStese leva a admit estermos perante uma conoessdo (e muito menos perante uma franquia); em tedo © caso, aqueles que erraram na qualfcagao vo também sar conduzidos para o regime da agéncia, palo que o resto da hipétese dentincia passa um contrato & sera avaliada normalmante, Suscitam-se dois problemas. (i) Prabiema da © contrato foi celebraco a termo certo em 2 de Janeiro de 1999; quando 19 e © contato continua a ser executado, apice-se o art. 27.2; cuando o denunciado jé 6 um contrato por tempo indeterminado; face ao art. 26.4, ‘entende-se que 0 contrato teve a duracéo de mais de um ano; por isso, 0 prazo de donincia at 2. quanto a 2000) respostas 2000, Ne pele que resclugéo, 1 pravisio no art. 28.1.) 0s direitos da CompraTudo serdo 0s provistos no Jma vez que se vetfca ter existido um mal entendido de diversos alunos Jata da celebragao do contrato (2 de Janeiro de 1999 e nao 2 de Janeiro“te que, efectvamenta, o enunciado no & claro, devem ser admtidas as que tomam o pressuposto de celebraydo do contralo em 2 de vansio de 3¢ caso, nao hé lugar a dendncia porque o contrato é por tempo determina, essa ‘denincia' ou no produz efeitos cu pode set interpretade como ‘ que revela incumprimento por parte de Armindo, gerano responsabiidade our nos termes gorais. Alim deste cireito, a CompraTudo tera ainda rei a inderni cao de clentala, s2 @ na medida em que astsjam reunides os pressupostes do art 33°, (i) Problema do recebimento do erédito - uma vez que Armindo desconnacia 0 facto, pa liberado s a sub hi do tercei ce que estamos no émbito do art. 33, pelo que o clante apenas fcara exist ratfcagdo nos termos do art. 770° do Cécigo Cini podaré ser aberta ese de aplcacao do art. 23.2, s2 Armindo ter contribuldo para a conflanga {nada no entanto leva a entender ser 0 caso, até porque Armindo asconhecia 0 facto @ apenas acontecau uma vez, pole que 2 apicagéo do art 23.2 apenas dave sar admit como sub hipotase). A apicagdo do art. 22° é um err, porque no se ast neste caso peranta a celabrag3o ce nagdcios pelo agente, sem poderes do representagao, porque, face & ragra do art. 3, inexste lacuna A validade do trespasse depende de tés problemas. () A loa nunca abriu e, por Isso, no tam clentaia, pelo que se poderd questionar 2 exisincia de um estabelecimento Comercial & no entanto entendido geraimenta entre nés que 0 elemento essencial do esizbelecimento 4 0 aviamento © que este podera existr se a [cja estiver pronia a peter, ainda que nunca tenha aberto ao pibico (podendo no entanto ser questonado 2 2 unidade funcional do negécio jd existia ou no, ponto em relazéo ao qual a hipdtese nao é clara). (i) Este trespasse opera por dagdo em pagamento ¢ néo por compra e venda; esto facto ndo obsta a qualficagSo do. acto coma iraspasse, uma vez que este representa um negécio ‘plastoo" cue pode produzir os seus efeitos em funcdo da uma mmutigicidade de contratos base ou titos (veje-se, por exemplo, 0 art. 116° RAU a confimar 2 ideia da icitude da realizarao do trespasse por dacao em pagamento). (i) Para aqueles que tentiam entendido, nomeadamente face ao art 230°, que a oja 80 revela uma empresa comercial, poderé ser ciscutida a validade do trespasse, muito embora sea por muitos entendido que a nocdo de estabelecimento para efsiics de traspasse asié para além da nogdo restita de estabelecimento comercial. O outro problema ~ a responsabldade solidaia ou conjunto de Dario e Déria - depende da aplcagao do art. 100° CC. Se Dario o Daria foram comerciantas, 0 arigo sara sampre aplcéval. Nao 0 sendo, 0 artgo 100 apicarsa-4 na mesma, na medida em que 0 traspasse ¢ um acto de comércio objectva (regras do RAU so regras comerciais, pelo que o art. 2° do Cédigo Comercial conduz & qualificago dos negécios ai previsios como actos de comércio cbjectivos). Por isso, a responsablidade seré sempre soldéria, independentemente da qualiicaco de Dario e Datia como comerciantes. acordo entre os § accionistas qualifca-se como um acordo parassocial ¢ & em principio valido face a0 art. 17 do CSC - apenas assim nao seria se, sando Betta administacora da sociedad, a obrigagdo de seguir insrugdes resultasse dessa sua qualdade (17.3). Quando o acordo & incuprido pelo sentido ca votacto de A, Ee Fé gerada responsabiidade obrigacional. Uma vez que 0 acordo nao & oponivel @ socledade (art 17.1) nunca a celivereco poderta ser impughada com base neste facto No enanto, a delberacéo viola 0 éisposto no art. 294.1 do CSC, uma vez que aprovada epenas por uma melora de apenas 60%, Deve questionar-se se esse facto conduz a uma nuldade cu anulabiidade da deliberacéo e a justficagdo deste ponto correspond 4 passagem mais importante da alinea. Tendo presente o circulo de interasses protegido pela norma, parace claro que se trata de uma anulabildade (art. 58.1.2) do CSC), uma vez que astdo em causa cs interasses dos accionistas , de antre estes, dos accionistas actuals. Nos terres do art. 69.1, Berta tem legtimidade para Interpor a acgao; no antanto, ja dacorreu o prazo de 30 dias previsio no art. $2.2, Peder’ 1 ainda sat dissutido 0 problema da obrigacéo de ndo concorncia de Berta, embora asta 56 sefa relovantes se Berta for administrador (art. 398 3 do CSC) 2 poderd também ser iscutida 2 obrigagto de nao concorréncia de Armindo @ Berta face an trespasse cefectuado (embora nao seja claro se a sociadade ‘az concorténcia directa ba) Nago de faléncia e aplicagio do CPEREF: artigo 128° @ ss. do CPEREF. Efetos da falBncia: arigos 147° e ss. do CPEREF. Contato de agéncia: distingdo entre resolugéo impugnacdo, ariges 156° © 157%; andlisa do artigo 158%; inaplicabifdade por utrapassagem do periodo de suspeiczo. CV: analse do arigo 158\a (aplicazao analégica; apiicagao do artigo 158d. Conta-correnta: nogao de cantrato de Conta Corrente: artgo 344° 2 ss. do CComercia; contraposicéo entre 153° do CPEREF © 344° © ss, CComercal: Possivel aplicagéo analigica do argo 162°/1 CPEREF. Efetos da resolugdo/impugnagao argo 159° CPEREF. ‘Qualficagéo do contrato de seguro como seguro contra riscos, inluindo fogo; aplcagio dos dois regimes artigo 432° e ss. @ 442° ss. do C. Com. Argumento a): apicago dos artigos 6° a 8° do Decroto-Lel 142.2000: até ao decurso dos 30 dias contados da recepeao do aviso de pagamento, a cobertura é aficaz. Argumento ): apicagao dos artigos 429° e 43712 do C. Com através da extansdo as situagdes am que o tomador devesse conhecer. Argumenta apicagao do arigo 431°; ponderagéo das liitagdes doutrnais a este artgo; eplicagao do atigo 446° Argumentod) contraposigao entre 437913 e 443° (1, aplicagao deste como norma especial; andlise de expresso «néo criminoso»; apicegdo do principio da Boa Fé artigo 782972 do Ci SQ: Nopdo de quota arigo 219* CSC/ unidado @ divsto 221° CSC; transmissdo da quota artigo 228° a 230* CSC - necessidads de consentimento; ponderacao da apicacao do 225 @ 85 & crlagéo ce énus ou encargos. Desnecassidade de fundamento na recusa artigo 231°. Simulagdo de prego: 231%72/d. SA: Regra da lvre transmissiblidade 328° - necessidade de previsdo expressa; necessidade de fundamentapéo da recusa 328°/1 Objacto do Contrato de Consércio. A hipstese refere que as partes oretendiam instruir uma progcsta com vista a um concurso piblco pare @ construgdo de uma ponte, Ora se entendermos que 0 objecto & apenas 0 concurso, néo poderd tratar-se de um consércio ou sard atipico, Davem rferise as questées da tinicidade dalimitatva 2 as suas implcacdes nna resclugéo do caso, Natureza do contrato. A hipdtese diz-nes que 2s pares 52 apresentam com ‘ALB em Consércic”. Tal paracs indicia qua se tata (i) de um consércio, @ ainda (i) que tal consorcio seria extermo, Aqui havera que dafinr com ciaraza se 0 consércio setia extemo ou interno, Atente-se a que a hipdtese refere que @ Bata apenas entra no dito consércio por sar engenheira cl, j4 que a ‘responsabilidade pela construgéo” seria do Anténio, Daqui resulta que as partes epenas pretendem que seja Anténio a contratar com CM de Coimbra. Justficagdo da solugdo. A coeréncia na anaiise 2 tomada de posigio nos portos (a) ¢ (b) resuta a solupéo. A mim parece-me que sendo um consérsio, a Barta tem razo em que o Anténio ndo podera subcontratar 0 projecto de engenhara a tatceiros, No ‘entanto, visando as partes apenas que Antcnio fosse o “responsavel pela construy ‘nao dard o direto a Berta a ser parte no contato com a CM de Coimbra. Esta €, contuco, 0 Ponto mais controverso uma vez que admite a resgosta contréra, ou Seja completaments favorével a Barta A posig2o de Anténio & de todo injusiticdve! alendendo @ que as partes se apresentam “em consércio’. | EXAME DE DIREITO COMERCIAL Mario Jardel, tendo decidido abandonar a carrera désportva, entendeu constitu uma sociedad de comercialzapo de caracbis com 4 outres jogadores de futebol. Cs 4 sicos contituiram para o capital da saciedade com terrenos localizados no centro da cidade avaliados em € 20.000 cada. Jardelcontrbuiu para o capital cam um crédito indermizatério sobre o seu emoreséri, por alegaxios maus-ratos psicoligivos, no montante de € 60.000. ‘Toes as contibuigées foram evaliadas por um Revisor Ofcial de Contas. Os sécios celetraram a escrtura piblica e promoveram o respectivo registo comercial, Pouco tempo depois vetifcou-se que: (© POM da zona em que se encontravam os temenos proibiu consirugdes, pelo que os terrenos nao valam mais que € 2.000 cada; (F) um Tribunal entendeu que 0 alegado crédkto de Jardal sobre 0 seu empreséro nao exist. A sociedade tem jA viros credores que pretendem responsablizar os sécios. Quid urs? Jardel saiu triste desta stuacdo, mas cedo se recompés © pouco depois comegou a trensaccionar accées na bolsa de valores. Com os lucros que teve edcui,juntemente com trés comersiantes de ert, 4 loos de Dalia um jogador inveterado, Sé que vida néo est4 facil 2 (i) 05 investimentos em bolsa comegaram a correr mal ¢ Jardel deve [2 € 50,000; (i) Jardel @ os comerciantes nunca se entenderam sobre a dviséo dos quacros, razto pela qual nunca pagaram o resnectve preco. Pretende-se saber se Karen, com quem Jardel é casado em comunho de adquirdos, lem algum tipo de responsabildade or e35as dividas @ se, no que 2os quadios respelta, a divida dos adquientes & soldéria (04 conjunta A vida vai corend cada vez pior a Jardal, Juntendo as poucas poupangas que ainda lhe restavam, toma-se agente de uma marca de artiges despartvos a ARDIDAS. O contrat foi celebredo orelmente, por cinco anos e com exclusivdade no taritirio de Portugal. Jardel inci a sua actilade, mas ninguém Ine compra nada. Trt, toma-se preguigoso; ddorme @ nada faz duranta um ano. A ARDIDAS ameaca resolver 0 contrato. As dvidas acumulamse, Jardel tespassa entdo 0 negécio 2 Barto. Cuendo toma conhecimento do facto, a ARDIDAS resolve o contrato, Jardel afrma que as dividas se transmitram. Keren, a mulher de Jardel, esté preacupada com a situagéo. Quid juris? Drama de vida, Tudo corre mal 20 pobre homer. Jardel, depois de sem sucesso ter pecido varias vezes emorego ao Sporting, j@ ndo trabalha e vive do que he é dado pelos amigos, Um amigo, generoso, deu-the € 1.000. Jardel, feliz, foi logo a0 Banco depositar o dinheiro Cuando © entragou 2o Caixa, um assaltante roubou tudo, apés 0 que roubou os cofes ajugatos do Banco, onde Jardel ainda tnha algumas jias. Quid js? Responda aduas das seguntes questoes A 3 Sécios de uma SA celebraram um ecarde parassocial em que se obrigeram a votar seguindo as intrugdes de Abel. Numa assembleia estave ser votada a destituigdo de Abal dos seus cargos de administragdo. Abel estava inibido de volar, mas instruiu 08 outros 3 séclos para se cporem a'destitugeo e, por isso, Abel ndo fol desttuigo, Um séclo afirma que ac 106 nula, Quid juris? Abel contratou Berto para transportar um quadro de Lisboa para o Porto. Berto sub contratou Carlos. O quadro nunca chegou ao destino. Barto afima que ici roubado @ que néo tem resoonsabilidade. Abel sabe que Carlos se embriagou no percurso @ vendeu ‘quadro, Abel pretende responsebilizar Caros pelo sucedido, Quid juris? ‘Abal encomendou um Ferrari a Berto. A pedido de Atel, 0 Banco Bola garantiu que pagaria (© prago logo que esse pagamento fossa solcitado por Berto. Esta, tenco recetido 2 gatantia, enviou @ Abel um Mini, Este dz que nao paga 0 prego enguants nao receber o Ferratl. Berto val ao Banco e exige © cumprimento da garantia. O Banco, tendo pago 2 Berto, exige a Abel o reembolso dos montantes desembo'sados, Quid juris? Em 58/02 a sociedade A, SA, foi declarada ‘aida. Apés essa declaragdo, os credores apurarer que: em 1959, os sécios da falda tram constuido a B, Lda, que passoil 2 prester de servigas de agéncia @ A, tendo come retbuigSo 3 mihSes de Eures/ano; que am 1999 a faida tina vendico ao pai de um dos sdcios, por € 5000, tes amazéns que tov seo compats pa #2000 uncon ec ac a em eh negatvo para @ falida, 2 conta correnta celebrada com um cos seus compradores. Quid aad EXAME DE DIREITO COMERCIAL Grelha de Comeccéo [As eniradas dos cinco sicios represaniam conirbuigées em espécie (mcluindo o crédito indemnizatiric). A cesposia aos problemas suscitados dependeré do tipo de sociedade que haja sido consituida, problema que a hipéiase deixe propositadamente em aberto. Caso se trate de uma sociedad em nome colectve (SNC}, os sécios poderiam optar por uma de duas solugdes — ou pela veriicagio das entradas por um ROC, nos termos do ar 28° CSC; ou pela esaungéo de responsabidade soldéria pelo valor atrbuido aos bers, nos termos do art. 179° CSC. Parece ter sido 2 primeira hipdtese a adoptada. Verificando- 59 um erro na avaliagdo das 5 onttadas pelo ROC, apica-so 0 at. 25.2 do CSC, do onde resulta a rasponsabilidade do socio até ao valor nominal da sua particpagdo. Caso ainda assim 0 patiménio socal seja Insuftctente para satsfazer as divas da sociedade, resuta do att. 175.1 do CSC que os sécios serao rasponséveis pelas mesmas (subsidiariamente ‘em relagdo a sociedade e solidarlamente entre si). Caso se trate de uma Sociedade por Quotas ou de uma Sociedade Andnima, apenas a via do art 26° esté disponivel, apiicando-se também o art 25.2, com id8nica resconsabiitade do sécio até 20 valor rominal da entrada. Caso 0 patrimério social, nda assim, sejainsuficiente, ndo exist responsablidade adicional dos sécios (para 2 SQ, por forea do ert. 197.3, salvo a excapedo do art. 198 ¢ para a SA via art. 271). Em qualquer dos cases, veriicada a nao realzagao das entradas, os credoras podariam recorrar, cectamente ou por analogia, 20 dlisposta no art. 30° Jatcel apenas poderia ser quaiticato como comerciante caso se entenda que a aquisigao de acgies se realza de ‘oma profssional (art 13 e at 469.5. ambos do Cédigo Comercial), no que a hipétese ndo clara, (') os investimentos em bolsa representam actos de comércio cbjectives por forga do art 463.5 do Cédioo Comercial; sero, ou no, actos do comércio subjactives dapendando da qualiicagéo da Jardal como comarciants (i) a compra dos quatros no parsce sar qualiicada como acto de comércio objectivo para Jardel (a nao ser que a compra fosse para revenda, 0 que nao parece ser o caso) @ etd ou nao acto de comércio subjectvo dependenda da qualiicacao de Jardel como comerciante (0 que nao parece ser o caso) e da possibilidade de do préprio acto resultar 0 contrario; pra cs comercantes, a comera seré, em principio, acto de comércio subject (comerciantes no exercico do seu comércio) e objective (compra para revenda). No que respeita a (i) 2 a (i) @ apicagio do art. 15¢ apenas serd possivel se Jardel for qualicado ‘como comerciants, uma vez que se trata de uma regra de estatuto, no sando relavanta 32 5@ trata ou ndo de acto de comércio abjectiva, No que respatta @ (i), caso se entenda {que Jardel ¢ comerciante ou que 0 acto @ objacvemente comercial (0 que nao sard da assumir em qualquer dos casos, sendo apenas relavanta em sede de sub-hipdtase), sera aplcavel o art. 100%; se se entender o contrtio, deve ser discutido se pode ex'stir uma ‘elacdo de solifaiedade impereita com o crador (aida soldéra parante 05 comerciantes mas conjunta perante Jardel). Nos termos do art. 4° do DL 178/86, a concesséo de eiclusividade a0 agente impica ‘edugdo a documento escrito. A falta da forme, gera nulidade e recugao do negocio, sendo © mesmo vélido em tudo 0 mais. A riterada ‘alta de actvidads de Jardol gera Incumprmento das suas obrigagses de meios, de onde resulta o cireto do princioal de resolver 0 contrato nos termos do art. 30.3) Em principio, o trespasse do negéco nao implica sem mais a tansmissdo da posi¢ao de agents, uma vez que esta depende do acordo do principal nos termos gerais (podendo, para justiicar solugo contréra, ser desenvolvida a ideia de anatogia entre os contatos de disiibuigao @ 0 arrendamento ou de insergo desta posicéo contratual nas stuagdes juridicas expioracionais). A ser assim, podera ser posta em causa a qualifcagao do negicio transmissive como tespasse, mas ddaqui apenas resulta: () 2 possibidade de requalficacao do negécio (transmisséo de um Conjunto de bens que néo consttuem uma unidede econmica) ¢ a anulagao do negécio, caso 89 aceite exstr um erro relavanto; (i) ou, a ser admitda a sub-hipétose da estar a ser transmitido um dirsto ao arrendamento, a possiblidade de resolugéo do contrato pelo senhoro, AS dividas nao se transmitem por mero efato do traspasse; caso de adapta 0 antendiment d2 OLIVEIRA ASCENSAO, apenas as dividas exploracionals se teram transmit, A preocupagao da mulher de Jardel convoca 0 problema da quaiicacao do agents como comerciants ~ pelas regres gerais, parece que a cualificagdo nao é possivel {porque os efeitos comerciais se repercutem no principal, numa situagdo anéloga & do mandatério comercial), mas o art. 230.3 do Cédigo Comercial parece levar a conclusdo distinta. Caso Jandel sej2 qualiicado como comerciante, apica-se o art 15° do CC + 1691/10) do Cocigo Civ O depésito de dinero reprasenta um depbsto de coisas fungivels (cepbsto lreguiar), a0 ual se aplicam, por forga do art. 1206 do Cédigo Civil, as ragras do mituo. Nos termos do art 1144, a prooriedade sobre o cinheio transmite-se para o Banco por eiito da sua entrega, sendo gerado um dirito de crédito do depositante. O dinheiro roubado no é assim de Jardel, mas do Banco depostirio que, evidentemente, fica devedor do dopositante. O depésito em coffe gera o problema da natureza do negocio (deposit, focagao ou contrato mistoy: em todo 0 caso, independentemente da rasposta, existem deveres de custédia do Banco que, a serem incumpridos geram responsablidate cbrigacioral, Por conseguinta, o Banco suportard rsco de perda do dlnhairo @ Jatde!e, estando reunidos os requisites da eventual esponsabiidade obrigacional do Banco (tendo presente, palo menos em sub-hipétese, a possibilidade de o Banco ildir a sua presungdo de culpa, suportaré orisco de perda das jias. Trata-se de acotdo parassocial que aparenta ser valido. Face 20 an. 17° do CSC os acondos sobre voto so inciscutivelmerte vaildos. O elemento suborcinants do acordo é um accorsta © ndo @ o facto de ser sirullaneamante adminisrador que gore a rulidade do acordo. Deve ser discutide se a inbiggo de voto de Abel se estende aos outros signativios do acordo, caso em que se gere uma invalidade de delberagéo (oto ebusivo) A resposta parece ser afimaiva, Mas a ser assim, teré que se acetar a efcécia do paressocial perante a propria sociedade [gcis a invalidade resuta do cumprimento do paressocia)), 0 que pd em causa cs préorios fundamentos de conceaeso da figura Trats-se de um contrato de transporte e so gerados dois problemas. O primaira 6 0 da responsabiidade do transportador em caso de futo, qua 8 resoWvido poos atts. 377 383°, ambos do Cécigo Comercial. O segundo é o problama da responcabilizagdo directa do sub traneportador que, em principio, no 8 admitida (a no sar que so para do pressuposto da eficdcia externa das obrigagdes geradas, numa andalise similar 2quela que, ‘a propésito da sub-emprsitada, ¢ seguida por ROMANO MARTINEZ). S6 que, como refere @ pouca jursprudénca Portuguesa sobre 0 assunio, a responsabildade do sub transportador seré sempre possivel quanto @ mputagdo seia extra obrigacional, pr va do ait. 483° do Cédigo Civil, 0 que parece ser o caso, Poderd discuti-se a natureza comercial do transporte: 0s dados da hiodtese néo permitem conclur que Berto sea titier de uma empresa uaiticagdo do compromisso essumido pelo Banco, Trate-s claramente de uma garantia bancaia. Fora isso, podsra discuti-se a qualiicagdo como () fanga banca; (i) garantia baneéra (auténoma) on first demand ou (ii) garantia bancéra (n80 auténoma) on fist dfemand, A hipdtase sugere que 0 Banco pagar ao primeira pedi, erbora nao afaste a possiblidade de invocagdo de excepgdes resultanies da relagdo garentida, apontando para a solugéo referda em (ij, Embora a jurisgucéncia rete a autonomia & aulometcdads (constitu, de facto, um fore indicio nesse sentido), a doutina aceita Garantias (no auténomes) ao primeiro pedido, solupdo que determina a legiiidade pasciva na acgdo do rograsso (Barto em vez de Abel) Nozéo de falincia e aplicagdo do CPEREF: algo 128° e ss. do CPEREF. Efatos da falénciat artigos 147° @ ss. do CPEREF. Contrato de agéncia: extinggo (at. 163°); disting2o entre resolugao e Impugnacto, argos 156° @ 157°; andiise do artigo 158%; inapiatildade por utrapassagem do periodo de suspeigao. CV: andise do arigo 158/ (erlcardo analégica: apicagdo do artigo 198/¢. Conte-corrente: nogéo de contrato“Ye Conta Corrente: artigo 244° e ss. do CComercial; contraposigéo entre 163° do CPEREF e 344° e 85. CComercial: Pessivel anicaco analégica do artigo 16291 CPEREF. Efstos da resolugdo\impugnagéo artigo 189° CPEREF. TESTE ESCRITO DE DIREITO COMERCIAL Cocrdensio Regine Profener Dr Asai Metees Codie 28 de Abril de 2006 Durazio: I hora e 1§ min, Em 15 de Julho de 2006, Artur, Bernardo, Carlos, Duarte e Elias (irmao mais novo de Duarte, de 15 ancs), ainda entusiasmados com o resultado do Mundial de Futebol, decidem constituir tuma sociedade por quotas cujo objecto social seria a “comercializagdo de artigos de desporto”. O capital social seria de €50,000, a repartirigualmente por todos os sécios, 1. Acordam, entio, que 0 contrato seria celebrado apés as férias, em Setembro, mas que Artur procuraria de imediato encontrar fornecedores para a nova soiedade. No final de Setembro, apés @ celebragdo do contrato de sociedade (nos termes acordados), Artur contratou com um fornecedor, Gustavo, cm nome da sociedade, mas Gustavo no recebeu a5 contrapartidas acordadas. Em Novembro, os sécios requereram 0 regisio do contra de sociedade, mas 0 conservador pondera recusar a inscripfo, por ter dividas quanto a validade do negécio devido & menoridade de Elias. © conservador acaba por restr 0 contrat de sociedade, mas, um més mis tarde, os pais de Elias descobrem que este & mais velo exerse sobre © mais novo, prtendem anulr o contato de sciedade. Slo funda es dlividas do conservador? E.quem responde pela divida coniralda perante Gustavo? Os pais de Elias podem Tequerer a anulagaio do contrato? 2. No mesmo dia em que celebram 0 coatrato de scciedade, os sécios acordam verbalmente cio da referida sociedade e, preocupados com ¢ mé influgncia que o irmio que Carlos — autor do projecto — teria direito a receber, sempre, 1/3 dos lucros de exercicio @ distribuir, Sucede que, da proposta de aplicago dos resultados do primeiro exercicio, constava a sua integral distribuisdo, de modo equitativo, aos sécios. A proposta veio a ser aprovada em Assembleia Geral, apenas com 0 voto contra de Carlos. Carlos pretende agora impugnar a deliberagio de distribuigao dos Iucros, invocando a violaco do acordo celebrado, e pede ainda uma indemnizagao pelos danos sofridos. £ valida a del da soviedade? As pretenses de Car ocedentes? 3. Devorrido jé um ano sobre o inicio de actividade da sociedade, e ultrapassado 0 entusiasmo inicial com o Mundial, Artur, gerente Gnico da soviedade, tem um novo projects para a mesma, Antevendo, porém, 2 pouca receptividade dos s6cios, Artur apenas partilha a sua ideia com Bernardo, 0 mais ambicioso de entre aqueles. Considerando as despesas que © projecto envolvia, Artur propSe-the, entio, na qualidade de gerente, o seguinte: Bernardo emprestava € 10.000 sociedade, que esta restituiria dali e 18 meses, e, em contrapartida, receberia um elevado juro. Convencido por tio favoriveis condigses, ¢ vendo ali uma excelente oportunidade de lucro, Bernardo fecha de imediato na Qualifique o contrato celebrado, 4. Garantido o empréstime, Artur celebra, na qualidade de gerente, um contrato de compra e vena de 10 piano Srmvay Sons com Baltor. Pasiadoposco mais eum ms en endo cio ainda 0 pagamento, Heitor demanda a sociedade. Os sécios, confrontados com a situaedo, entendem que a sociedade nada tem que pagar a Heitor porque o negécio celebrado & invilido. Quid juris? COTACOES: 1-6 vals 2-3 4. vali yas apeecias global 1 yal GRELHA DE CORRECCAO ‘TESTE DE DIREITO COMERCIAL 28 DE ABRIL DE 2006 Sociedade por quotas arts, 197.72 ss Capital social minimo— art 201." ‘Minimo de s6cios = art. 72.2. | Legislagao aplicavel - CSC alterado, por ultimo, pelo DL 76-A/2006 (art. 64°. entrada em vigor no dia 30 de Junho de 2006). 1. Validadle do contrato de sociedade. Responsabilidade pelas dividas. Svat Registo: obrigatoriedade ars. 166° CSC e 3./1/a CRC ‘Contrat de sociedade: Forma art. 7° = L I TEL, As duvidas do conservador sio fundadas: invalidade do contrato? ] ‘Quando a questi se coloca perants_o conservador, temes um problema de validade antes do resisto — art. 412 a! ‘Am 41°71 invalidade de uma das deslaracGes negoclis: remissio para as regras gerais [Tnaplicabilidade, neste momento, do art. 45.72 (¢ art. 47.) relativo a incapacidade apds 0 registo definitive do contrato de sociedad, (enor [222 CC) = incapacidade (art. 123.° CC); a sua declaracao negosial € anulivel, a requerimento das entidades ai referidas — art. 125. do Cédigo Civil Redugio do neaScio juridico — a invalidade da declaragio negocial de Ellas sO determina a invalidade total do contrato se se provar que o contrato no teria sido celebrado sem a parte viciada Gedugdo — art, 292° CC). Tudo indica que no se verifica esta iltima situasde, Apenas a ddeclaracao de Elias (e nao o contrato como um todo) € invalida ‘Consequente insuseeptibilidade de aplicagdo do art. 52.° ‘Assim, apesar de a declaragio negovial de Elias ser anulivel, o conirato em si ao sera nulo, nfiss hhavendo fundamento para uma eventual recusa do registo De resto, nao obstante 0 principio da legalidade consagrado no art. 47.° do CRC, fundamento die reewsa do registo é apenas a mulidade manifesta — art. 4871/4 (4B. No st. 475 mensions 0 “egitimidade dos interessades”. Tatas raxraimens de conesito diverso do de “tpacidede" — ve ar. at 26 CRC. Solugio diversa ~ que permitisse/impusesse ao conservador a recusa do registo ~ significaria catribulr ao mesmo um poder/dever de arguir a anulabitidade de uma declaracao negocial, para a ual carece, em absoluto, de legitimidade 1.2. Os pais de Flias podem requerer a anulaeio do contrato? ‘Ait. 45.70 — Incapacidade nas sociedades por quotas apos 0 rexisto do contrato de sociedade: o juridico ¢ anuldvel mas s6 relativamente ao ineapaz (Elias ne (Os pais pocem, entdo, requerer a anula¢do do contrato relativamente a Elias (arts. 45.72 CSC, 125° cc} Ait, 472 - efeitos da anulagdo do contrat. 1.3. Responsabilidade pela divida contraida por Artur perante Gustavo? Divida contraida em nome da socieds 1a celebrasiio do contrato de sociedade mas antes do registo (problema de relagdes com terzeiros) — art, 40 °/1: responsabilidade ilimitada ¢ solidaria de Artur, ue agit em representagdo da Sociedade, e dos demais sdcios, que autorizarim 0 negéeio (a hipétese parece apontar para a existéncia de autorizagdo, quando refere que es sécios “acordam | enido (...) que Arr procuraria de Imediato encontrar fornecedores para a nova sociedade"). ‘Nada indicia, na hipstese, uma situagto do art. 4092, Sociedade também cesponde: responsabilidade primiria da sociedade/beneticio da exeussio dos legal (confronto com art. 36.72), Defesa da responsabilidade da propria sociedade em termos primérios. ? vias alternativas: interpretacao enunciativa (argumento de maioria de razio com art. 36,°2 conjugado com o art. 997.° CC ~ fundamentaglo); defesa da cxisténcia de uma lacuna legal ¢ aplicacdo analSzica daqueles preceitos. ‘Conclusio: responsabilidade primiria da sociedade, responsabilidade subsidiiria, iimitada e solidaria dos sécias, Ressalva: se 0 contrato vier a ser anulado em relagdo a Elias (vd. eventual requerimento des pais, «p65 registo do conirato de sociedade ) com fundamento em incapacidade, este ndo é responsével perante Gustavo (art. 47°, 2° parte a contrario). A mesma soluedo resultaria de uma eventual anulagdo da declaragao negocial de Elias, antes do registo, ex vi do art. 45.42 (a invalidade é oponivel pelo contraente incapaz aos terceiros) Com o registo do conirato de soctedade, poderia dar-se a assunedo pela socledade das dividas conmraidas anteriormente ao registo (com cardcter retroactivo), nos termos do art. 19.” Conclut- 46, no entanto, pela nto verifcogto de qualquer ds stuapbes ai previsas, soja no n° on no re 2. solucdo anterior mantém-se, entio, néo obstante 0 posterior registo do contrat, 2. Acordo parassocial, direito especial, distribuicao de lucros Seal i 721. Acords cial entre todos og sdcios: arts. 405° CC e 17° CSC. Regra da liberdade de forma: art. 219.° CC ‘Mas. previsio de um direito especial: direito a um quiahiio mais favorivel nos lucros ‘Regra quanto a paricipayio nos lucros: ar. 22:71. Cada sSeio, se nada diferente for estipulado, tem dircito a reecber uma parte proporcional & sua participaglo social: no caso, 1/5. Séeios acordam que C receberd 1/3 "Art. 24. 66 por estipulaglo do contrato Ge tociedade podem ser criados divelios eapeciais de algum sécio (conceito de direitos especiais) Diseito especial previsto num acordo verbal ~ nulidade. Duas vias altemativas aceildveis: nulidade’ por falta de forma (art. 220.° do CC) ou nulidade por violagto de lei imperativa (art. 294° CC) — fr, wz. 0 c480 de um diceito especial previso fora co contrata ce saciedae mas em documento que preencha exigzacis formal equlvaleate a do ant. 7.° do CSC (documento escrito com reconhecimento resencial das assinaiuras).O dircto ‘special seia aul, ado por via do ar. 2202, as por violayto dx norma legal imperativa que impte a estipulapio no contrat de sociedade (art 294°). 72. Distribuipao dos lucros Necessidade de deliberacdo social —art. 31.71 ‘Nao era possivel a cistrbuisao integral dos lueros do exersicio: sujeipao aos limites previstos no at. 332 Art 33./1: apesar de inexistirem prejuizes transitades (tata-se do 1° exercicio), pelo menos a reserva legal tem que ser constituida (arts, 218.71 © 295.°, com a especificidade do art 218.772). Art. 33.°/2 (eventual necessidade de cobrir despesas de constituigao, etc.). Outros limites & disirtbuicao de bens aos sécies art. 32. fi Improcedéncia da argumentagao de Carles: © acordo parassocial que consagra 0 direito especial invalido: consequente inewistencia de responsabilidade obrizacional (art. 798.° CC) por violagao do acordo. Ainda que 0 acordo fosse valido, eficdcia meramente obrigacional, infer paries. sociedade no € afectada pelo acordo, marime no podem as deliberapSes socials ser impugnadas com base nos acordos parassociais: art. 17.9/1, in fine (3. Contrato de suprimento? Fral_| | | T, Contrato de mituo civil (art 1142.* CC); possibifidade de esipulagao de juros — art 1145.71 | (alids, presuncio legal de onerasidade), | ['2. Exclusio da qualificacdo como contrats de supriments (conirato tipico nominado; nogio): ar yr | | 2432. Em especial, exigénsia de permanéneia do réato (rao leg). Ar. 243°72 ~ faces do | caréeter de permanéncia: no caso, prazo de reembolso superior a uma ano (18 meses Tndice de permansncia = presuncdo legal ilidivel (fr. art. 243.74, 2 parte). No caso, a presuaplo ] poderia ser ilidida através da prova de que Bernardo emprestou dinkeiro a sociedade como qualquer terceico 0 teria feito, com 0 objectivo tinico de obtenga0 do juro (nada impede, todavia, que as partes num contrato de suprimento estipulers o pagamento de juos; simplesmente, in casu a interpretaio do contrato revela que foi apenas o elevado juro que determinou a celebrago do | contrato). Ou seja, a qualidade de sécio ¢ a intoncdo de suprir necessidades de capital da sociedade no sdo determinantes no negocio juridico celebrado. (“Convencido por to favordveis condicées, 2 vendo elt, uma excelente oportuntdade de Iucro...") Gonsequena inswacepiidads de apis do regina priprio dex conraios de sprinento— art 245.2 a A tratar-se de contrato de suprimento, nada obstaria a que ele fosse celebrado de modo auiSnomo, independentemente de qualquer previséo no contrato de sociadade ou de qualquer deliberagéo dos scias (salvo estipulacdo em conirério do contrato de sociedade): vd. art. 244.93 ‘4. Acto praticado fora do objecto tvat Capacidade da Sociedade: principio da especialidade (art. 6.71) — afere-se pelo fim da soviedade = luero. No caso, acto foi praticado dentro da capacidade porque visa 0 lucro (art. 6.9/1). Se nao: seria nulo (art. 294.* CC) ‘Objecto da sociedade: previsao no contrato — art 9-74, am. 11° - actividade que os sbcios propoem que a sociedade venha a exercer: “comercializagio de artigos de desporto”” ‘Acto praticado fora do objecto social, porque a compra de pianos ado esta sequer numa relagio de instrumentalidade com a “vomercializagao de artigos de desporto”, Consequéncias: | aI ‘O contrato nao é invalido; art. 6.74 —o objecto nao limita a capacidade ‘Os membros do Srgio de administrago (no caso, o gerente Gnico — vd art. 252°) ficam, no entanto, constituidos no dever de nfo 0s praticarem: consequente responsabilidade civil (aris. 72.°e 33.]+ possibilidade de destituiedo com justa causa (art, 257.3). ‘Quanto ao acto: este, para alem de valido, vincula a sociedade: art 260.71. Nada na hipatexe indicia o preenchimento do n.?2, Logo, a sociedade tem que pagar o preso a Heitor. Avaliagio Global Tval

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