Manual do Usuário
ESGOTO 1.1
Manual do Usuário
novembro de 1997
Índice
1. Introdução ................................................................................................... 4
5. Opções ...................................................................................................... 16
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ESGOTO 1.1
1. Introdução
entrada e alteração dos dados relativos a geometria (croquis do projeto) através de uma
interface gráfica;
Ao invés de entrar e analisar os dados e resultados sobre uma tabela, isso é feito diretamente
sobre o desenho da rede. A existência dessa interface gráfica entre o usuário e as rotinas de
cálculo torna muito mais fácil e agradável o trabalho do projetista. Como resultado, pode-se
rapidamente desenvolver e avaliar diversas alternativas de projeto em busca da que melhor
atenda as características de desempenho desejadas, obtendo-se, em menor tempo, um projeto
mais econômico e de melhor qualidade técnica.
Cada um dos itens desse manual mostra os diversos aspectos ligados ao sistema: a estrutura
de dados, a sua utilização de uma forma geral, cada uma das opções disponíveis, os métodos
de cálculo utilizados e considerações a respeito de sua utilização.
Deve ser visto também o arquivo LEIAME.TXT que acompanha o sistema. Esse arquivo
indica características particulares da versão instalada no seu computador e alterações ou
complementações em relação ao que está escrito nesse manual.
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ESGOTO 1.1
2. Dados de um Projeto
A leitura cuidadosa desse item ajudará o usuário a entender melhor como o ESGOTO 1.1
interpreta os dados relativos a cada projeto e o que significa exatamente cada item da
Geometria e do Cadastro.
O sistema entende a rede de tubulação como um conjunto de nós e trechos, formando uma
malha aberta com um dos nós como final da rede.
A cada projeto estão associados então três grupos principais de informações: cadastro, trechos
e nós, que são descritos a seguir:
nome do projeto: contém o nome do projeto por extenso, com até 40 caracteres (ex.:
"Jardim Paraíso", "Loteamento Estância dos Eucaliptos", etc);
material da tubulação: contém o nome do arquivo com os dados da tubulação, com até 8
caracteres (ex.: "ceramica", "pvc", etc), o qual deve estar no diretório de materiais
definido pelas opções de ambiente;
declividade mínima;
diâmetro mínimo a ser utilizado no dimensionamento.
Trechos: são permitidos até 360 trechos por projeto, sendo que cada trecho contém as
seguintes informações:
profundidade final (m): pode ser obtida através do dimensionamento ou definida pelo
usuário;
vazão distribuída inicial e final (l/s): corresponde a contribuição ao longo do trecho dada
pelo usuário;
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ESGOTO 1.1
Nós: são permitidos até 361 nós por projeto, sendo que cada nó contém as seguintes
informações:
Alguns dos parâmetros citados são opcionais, podendo deixar de ser considerados em função
da configuração das opções de cálculo. São eles: vazões distribuídas, altDN?, altPF? e vazões
concentradas.
Apesar dos valores serem guardados internamente sempre nas unidades do S.I., por uma
questão de padronização e facilidade de cálculo, a interface é feita através de unidades usuais
de projeto, conforme indicadas anteriormente.
De acordo com a experiência do autor, são comuns redes com cerca de uma centena de
trechos e dificilmente ocorrem valores significativamente maiores, entretanto, caso seja
necessário, entre em contato para que possa ser estudado um eventual aumento dos limites
definidos.
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ESGOTO 1.1
As dimensões dos tubos disponíveis para o ESGOTO 1.1 são definidas através de arquivos
texto *.TUB que devem estar no diretório de materiais definido nas opções do Cadastro,
onde * representa o material da tubulação, ex: CERAMICA, PVC, etc.
Esses arquivos contém na primeira linha o tipo de custo da tubulação (ex: Peso, Custo, Preço,
etc.), na segunda, a unidade de custo utilizada (ex: Kg, Cr$, US$, etc.) e, nas linhas seguintes,
os diâmetros nominais (mm) seguidos dos diâmetros internos (mm) e os custos unitários
(unidade de custo/m).
Os valores dos diâmetros nominais são utilizados na interface com o usuário, enquanto os
diâmetros internos são usados no cálculo. Os custos unitários na quantificação da tubulação.
Como exemplo da estrutura descrita pode-se observar a listagem do arquivo PVC.TUB
abaixo:
Peso
Kg
75 71.0 0.7
100 105.0 1.5
125 119.4 2.1
150 152.8 3.0
200 191.0 4.7
250 237.8 7.8
300 299.6 12.3
350 337.6 14.7
400 380.4 18.6
Algumas regras devem ser seguidas no caso de alteração desses arquivos ou na criação de
novos:
a primeira linha contém o tipo de custo da tubulação (ex: Peso, Custo, Preco, etc.);
a segunda linha contém a unidade de custo da tubulação (ex: Kg, Cr$, US$, etc.);
as demais contém um diâmetro nominal, diâmetro interno e o custo unitário;
os diâmetros nominais devem ser colocados em ordem crescente;
os números em cada linha são separados entre si por meio de um ou mais espaços em
branco;
não devem ser indicados valores negativos;
o fim do arquivo deve ser colocado na linha imediatamente seguinte a última linha escrita
(deve-se dar um <enter> após a última linha do arquivo);
não devem haver valores de diâmetros internos nulos.
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4. Utilização do Sistema
A leitura desse manual, apesar de desnecessária para utilizar corriqueiramente o sistema, traz
uma série de informações que ajudarão a utilizá-lo da melhor forma possível.
os relatórios e imagens podem ser enviados para uma impressora padrão Epson, LaserJet,
ou para arquivos podendo ser assim mais facilmente incluídos em outros documentos e
manipulados por processadores de textos.
A utilização do sistema é gerenciada por uma série de opções colocadas a escolha do usuário,
sendo que cada uma delas realiza uma tarefa específica ou chama uma nova série de opções.
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Forma-se então uma árvore de decisões com até três níveis, onde uma opção pode ser do
menu principal, de primeiro ou de segundo nível, como mostra o esquema abaixo
Janela Nova
Anterior
Global
Move
Simula Resumo
....
Gera dxf
visUaliza dxf
Relatorio
tela de operação e
tela ampliada.
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A tela de operação é apresentada na maior parte do tempo, sendo ela dividida em cinco áreas,
como mostra a figura 1.
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A ampliação é feita para que esses valores possam ser melhor lidos, entretanto ela pode ser
desativada através das opções do Cadastro, quando os valores passam a ser mostrados na área
gráfica normal.
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Para selecionar e executar qualquer uma das opções de um dos menus do sistema deve-se
posicionar a barra de menu na opção desejada e pressionar a tecla <enter>.
movimentando para cima ou para baixo o cursor do mouse, se este estiver instalado.
Notas:
a tecla <esc> atua como a opção fim em todos os menus exceto o principal;
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A Ajuda pode ser acessada a partir de qualquer menu do programa teclando F1. A figura 2
mostra uma das telas de Ajuda chamada a partir do menu principal.
figura 2 - Ajuda
parte inferior: mostra as teclas que podem ser usadas para andar pela Ajuda
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ESGOTO 1.1
Nas opções que exigem a entrada de um texto pelo usuário (Cadastro/Altera, Cadastro/Salva,
Cadastro/Novo, Valores/Altera, etc.) há o chamado modo de edição, que apresenta as
seguintes particularidades:
a área válida de edição aparece sublinhada e com um cursor (espaço em tela inversa) na
posição atual de edição (inicialmente o primeiro caractere);
Alt <n>: insere ou superpõe um caractere de ordem <n> da tabela ASCII (pressionando
Alt digita-se <n>, válido de 32 a 254).
Nota: quando houver caracteres gráficos ou acentuados o seu gerador deve estar residente na
RAM do micro (veja como carregá-lo no manual do sistema operacional).
A digitação de um caractere que não seja de controle inicialmente (ins, del, home, etc.), anula
o texto existente reinicializando-o. A forma de operar descrita é semelhante a maioria dos
programas comerciais, sendo bastante prática.
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O ESGOTO 1.1 aceita também a utilização de um mouse padrão Microsoft ou outro cujo
driver utilize a interrupção $33 da mesma forma, incluindo aí o uso de uma mesa
digitalizadora.
Quando configura-se o ESGOTO 1.1 para utilização do mouse deve-se, antes de carregá-lo na
memória, carregar o driver respectivo.
Estando instalado, o mouse é utilizado para movimentar o cursor gráfico, a barra dos menus,
a abertura de janelas e seus botões tem a seguinte correspondência com o teclado:
<1> - <enter>
<2> - <esc>
<3> - <'S'>
<4> - <'N'>
Nota: quando está instalado o mouse, a movimentação do cursor gráfico deve ser feita
exclusivamente através dele, sendo possível tanto o uso do teclado como dele nas outras
situações.
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5. Opções
Nesse item é feita uma descrição sobre o que realiza cada opção do sistema ESGOTO 1.1,
tendo-se a seguinte convenção: cada opção é localizada através da sua posição na árvore de
menus, indicando-se o caminho desde o menu principal até a opção de 2° nível, se for o caso,
por exemplo: Janela/Anterior indica a opção Anterior da opção Janela.
São indicados então a opção, sua localização entre parênteses e a descrição de seu
funcionamento.
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5.1. Cadastro (Cadastro): corresponde a um menu, como indicado na figura 4, que apresenta
na área gráfica os dados de cadastro do projeto, se houver um projeto em uso, e aguarda a
escolha de uma das opções: Chama, Altera, Salva, Novo ou Opcoes.
figura 4 - Cadastro
Nota: fora da opção Cadastro a área gráfica apresenta o desenho do croquis do projeto em
uso.
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Altera (Cadastro/Altera): permite alterar qualquer um dos itens do cadastro, como indicado
na figura 5. Com as setas para cima e para baixo posiciona-se no item desejado, que podem
ser editados pelo usuário (veja Modo de Edição). Nos critérios, a troca por outro é feita
pressionando-se a barra de espaço. Para sair basta teclar <esc>.
figura 5 - Cadastro/Altera
Salva (Cadastro/Salva): salva em disco os dados do projeto em uso, para isso pede o nome
do projeto a ser salvo (default = projeto em uso), se existir esse projeto pede confirmação se
apaga ou não, e, após isso, cria (ou reescreve) o arquivo relativo a esse projeto. Anula-se essa
opção teclando <esc> quando se pede o nome do arquivo. Essa forma de entrada permite
salvar diferentes alternativas de projeto bastando alterar o nome de cada versão obtida (ex:
ParaisoA, ParaisoB, ParaisoC, etc...).
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figura 6 - Cadastro/Opcoes
figura 7 - Cadastro/Opcoes/Ambiente
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diretório de projetos: indica o diretório onde serão gravados e de onde serão lidos os
arquivos de projeto *.ESG e os arquivos relatório *.DOC; por exemplo: C:\ESGO\PRO\ ;
diretório de materiais: indica o diretório de onde serão lidos os arquivos que definem as
tubulações *.TUB; exemplo: C:\ESGO\MAT\ ;
usa mouse: indica e será permitida a interface através de um mouse ou apenas pelo
teclado, só aceitando sim se o driver do mouse estiver devidamente instalado;
caracteres gráficos em tamanho reduzido ou normal: indica o tamanho dos caracteres para
a apresentação gráfica dos parâmetros de projeto. O tamanho normal torna mais fácil a
visualização, entretanto para redes mais complexas é conveniente utilizar o tamanho
reduzido para não atrapalhar muito o desenho e evitar a superposição de valores. Esses
inconvenientes também podem ser contornados através do uso de janelas;
caracteres gráficos com ou sem moldura: indica se será desenhado um retângulo em volta
dos parâmetros de projeto na apresentação gráfica destacando-os ou não;
envia relatório para arquivo (*.TXT) / Epson / DeskJet / LaserJet: indica se ao pedir um
relatório ele será enviado diretamente para a impressora ou para um arquivo *.TXT no
diretório de projetos (*.PCX no caso de imagens). O envio do relatório para um arquivo
permite que ele seja alterado através de um editor de textos qualquer, incluindo
observações ou comentários, ou que seja analisado sem a necessidade de enviá-lo para a
impressora, ou ainda que seja criado para impressão posterior.
impressão com letras comprimidas: indica se será usado o modo condensado ou não de
impressão;
se pula página após impressão gráfica (vale apenas para impressoras matriciais tipo Epson
que usam 7formulário contínuo);
se usa tela ampliada: indica se será usado o modo de tela ampliada, já discutido
anteriormente, ou apenas a área gráfica normal.
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figura 8 - Cadastro/Opcoes/Calculo
Esses valores, quando se escolhe não considerá-los, deixam de ser acessados pelo programa
que passa a funcionar como se eles não existissem: não permite a sua visualização ou edição,
não os considera no cálculo ou dimensionamento e nem os apresenta nos relatórios. Cada um
deles tem o seguinte significado:
vazões distribuídas: quando ocorrem apenas vazões concentradas no projeto, por exemplo
em interceptores, é conveniente indicar para não considerar as vazões distribuídas (pois
elas terão sempre o valor zero).
vazões concentradas: quando ocorrem apenas vazões distribuídas no projeto, por exemplo
em redes coletoras de áreas sem grandes consumidores, é conveniente indicar para não
considerar as vazões concentradas (pois elas terão sempre o valor zero).
Ao criar um novo projeto todas as opções de cálculo estarão ativadas, mas é conveniente
configurá-las desativando os parâmetros desnecessários a cada projeto. Dessa forma fica mais
fácil a entrada de dados e o relatório de análise mais simples.
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figura 10 - Cadastro/Opcoes/Dxf
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5.2. Janela (Janela): permite acessar opções para obter janelas no desenho, fazendo
ampliações e manipulando a sua escolha para poder visualizar melhor os detalhes de cada
projeto. Corresponde a um menu, que aguarda a escolha de uma das opções: Nova, Anterior,
Global ou Move, como mostra a figura 11:
figura 11 - Janela
Nova (Janela/Nova): permite ampliar o desenho da área gráfica através da escolha de dois
pontos formando um retângulo (que aparece ligado ao primeiro ponto e acompanhando a
colocação do segundo para melhor orientação do usuário), essa escolha é então colocada em
uma pilha que armazena os valores de até cinco ampliações. O uso dessa opção está ilustrado
na figura 12:
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figura 12 - Janela/Nova
Anterior (Janela/Anterior): redesenha a última janela definida pelo usuário reduzindo uma
posição na pilha de janelas.
Global (Janela/Global): redesenha a janela inicial dando uma visão completa do projeto.
figura 13 - Geometria
inclui Noo (Geometria/inclui Noo): permite incluir novos nós no projeto. Basta ir
posicionando o cursor gráfico nos pontos desejados, através do mouse ou das setas do teclado,
e pressionar <enter>. Não são aceitos pontos muito próximos dos já existentes e essa
operação é repetida até que se pressione <esc>.
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inclui Tre (Geometri/inclui Tre): permite incluir novos trechos no projeto ligando nós
existentes. Basta selecionar dois nós com o cursor gráfico que é criado um trecho ligando-os.
O nó inicial e final devem ser distintos e o trecho não deve cruzar com trechos pré-existentes.
Essa operação é repetida até que se pressione <esc>.
Inclui trn (Geometria/Inclui trn): permite incluir novos trechos e nós no projeto, ligando
um nó existente a um novo nó. Basta selecionar um nó existente e indicar a posição do novo
nó. Afastando o cursor do nó inicial aparece uma linha inversa ligando-os para uma melhor
orientação do novo trecho e, ao ser definida a posição do nó final, esse e o novo trecho são
armazenados na memória. Essa operação também é repetida até que se pressione <esc>. O
uso dessa opção está ilustrado na figura 14.
Nota: pressionando-se a tecla <esc> durante a espera de qualquer operação (ex: esperando o
nó final da inclusão, o nome de uma arquivo a ser salvo, etc.) a operação correspondente é
anulada sem alterar nada definido anteriormente no projeto.
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Nota: um nó é definido apenas por sua posição, enquanto os trechos são definidos pelo nó
inicial e final, por esse motivo é que são excluídos também os trechos ligados a um nó
quando da exclusão desse.
figura 15 - Geometria/Exclui
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Final (Geometria/Final): essa opção permite definir ou alterar a posição do final da rede,
que é admitido inicialmente com o primeiro nó inserido no projeto. Basta selecionar um nó
existente e o final passa a ser representada por ele. No desenho, a posição do final é destacada
com um quadrado do tamanho de um PV.
figura 16 - Valores
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figura 17 - Valores/Mostra
Após a escolha de um desses parâmetros é feita, caso assim tenha sido configurado no
Cadastro/Opcoes, uma ampliação da tela gráfica para toda a área do vídeo e sobre o desenho
da Geometria são apresentados os valores da característica escolhida para todos os trechos ou
nós, e aguarda-se que o usuário pressione uma tecla para redesenhar a rede e voltar a
operação do programa, ou tecle <P> para imprimir (teclando P, a impressão pode ser feita em
impressoras Epson, LaserJet, ou em arquivo PCX cujo nome é solicitado na hora, conforme a
opção escolhida na configuração de ambiente do programa já descrita anteriormente).
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figura 18 - Valores/Mostra/Diametro
figura 19 - Valores/Mostra/Nos
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A execução dessa opção pode ser visualizada na figura 20, quando se vê o menu com as
características citadas após a escolha do grupo de objetos a serem alterados.
figura 20 - Valores/Bloco
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Por exemplo:
100,150: troca todos os tubos de 100 mm por 150 mm
0,150: troca todos os tubos por 150 mm
100,0: não faz nada
0,0: não faz nada
Esse comando foi originariamente desenvolvido para o programa de rede de água, onde os
tubos são definidos pelo diâmetro e classe de pressão e esse comando aplica-se de forma mais
complexa no conjunto dos dois parâmetros.
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Pre dimensiona
Dimensiona.
Identif. pecas
O critério de escolha das pecas é o seguinte: TL para nós ligados apenas a um trecho, TIL
para nós ligados a dois ou três trechos e PV para os ligados a mais de três trechos. Para essa
comparação considera-se o número de trechos da rede e mais um no caso do nó final ou dos
nós com contribuições concentradas.
figura 23 - Dimensiona
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5.6. Simula (Simula): se não houver erros nos dados da Geometria e nos Valores (diâmetro
inválido, comprimento nulo, nós isolados na rede, etc.), é feita uma simulação da rede
segundo o método descrito no item Métodos de Cálculo. Após isso é apresentado um menu
para se verificar os resultados da análise com as opções indicadas na figura 24:
figura 24 - Simula
A primeira mostra um resumo dos resultados da simulação, como indicado na figura 25.
figura 25 - Simula/Resumo
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As duas últimas permitem gerar ou visualizar através de janelas um desenho no formato dxf
com a indicação do diâmetro, comprimento, declividade, profundidade inicial e final e a
numeração de cada trecho. A figura 26 mostra a visualização do dxf em uma janela do projeto
exemplo:
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6. Métodos de Cálculo
Essa parte do manual foi incluída para que o usuário possa entender o que ocorre
internamente ao programa, sem que fique apenas usando uma "caixa preta".
No equacionamento os dados são considerados geralmente nas unidades do S.I. (a menos que
sejam indicadas outras), e são assim utilizados internamente ao programa, apesar de sua
apresentação em tela e no relatório estar de acordo com as unidades usuais (vazão em l/s,
rugosidade em mm, etc.).
Nos itens seguintes são apresentados os algoritmos gerais para a análise e dimensionamento
da rede e para o cálculo de um trecho e da lâmina, raio hidráulico e velocidade.
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são calculados os dados do resumo: vazões totais inicial e final, profundidade máxima,
lâminas e velocidades máximas e mínimas e tensão trativa mínima na rede;
Alguns aspectos não devem ser esquecidos: o dimensionamento é feito procurando manter
sempre profundidades mínimas na rede, o que depende não só do cálculo da rede mas
principalmente do caminhamento escolhido pelo projetista.
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Procedimento:
cálculo da declividade (m/m):
(zi pi) (zf p min)
I max ; 0.0055 Qi 0.47
L
profundidade final (m):
pf zf zi pi I L
diâmetro (mm):
calculado para ydmax=0.75, Qf, I, n:
a:=2*acos(1-2*ydmax);
fa:=(a-sin(a))^5/3/a^(2/3);
D:=1000*(Qf/1000*n*2^(13/3)/sqrt(I)/fa)^(3/8)
e se utiliza o valor comercial imediatamente superior
raio hidráulico (m), velocidade (m/s) e lâmina:
Mani(Qi/1000, D/1000, I, n) Rhi, Vi, YDi
Mani(Qf/1000, D/1000, I, n) Rhf, Vf, YDf
tensão trativa (Pa):
i 104 Rhi I
velocidade crítica (m/s):
Vc 6 g Rhf
se Vc>Vf e ydf>0.5 recalcula o diâmetro e os demais parâmetros para ydmax=0.50
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Dados
Q, D, Io e n (entrar os valores no S.I.)
Procedimento:
calcula cte:=Q*n*2^(13/3)/D^(8/3)/sqrt(Io)
monta o intervalo inicial de busca da raiz para y/D entre 0 e 0.80:
yd1:=0.00, f1:=-cte
yd2:=0.80, f2:=f(yd2)
se a solução não estiver no intervalo:
se f2<0 faz y/D:=-1 e sai
processo da dicotomia com 10 iterações para dar uma precisão de 0.8/2^10=0.0008:
para i:=1..10
yd:=(yd1+yd2)/2;
f:=f(yd);
se f<0 faz yd1:=yd e f1:=f
senão yd2:=yd e f2:=f
interpola o último intervalo pela secante: (precisão = 0.0004)
yd:=yd2-(yd2-yd1)/(f2-f1)*f2
ângulo a: a:=2*acos(1-2*yd)
seção molhada: S:=(a-sen(a))*D^2/8
perím. molhado: P:=a*D/2
raio hidráulico: Rh:=S/P
velocidade: V:=Q/S
dá os resultados: Rh, V, yd (nota: yd=y/D)
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7. Considerações Finais
- esse sistema possui o mesmo tipo de interface que o REDE 3.0 para redes de abastecimento
de água, com muitas opções em comum. Com relação ao REDE chama-se a atenção que aqui
a tubulação é definida apenas pelo diâmetro, e não pelo par diâmetro/classe de pressão. Dessa
forma, embora os arquivos tenham a mesma extensão (.TUB), eles são diferentes;
- diversas das características atuais do sistema, tanto a nível de detalhes de interface como na
estrutura de dados e no funcionamento interno são resultado não apenas da experiência
própria, mas principalmente das necessidades e sugestões dos usuários de outros programas
desenvolvidos. Dessa forma, a sua opinião, críticas e sugestões são muito importantes para as
futuras melhorias nesse sistema e para o desenvolvimento de outros.
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8. Um exemplo completo
As listagens a seguir foram obtidas a partir do ESGOTO 1.1 para o arquivo de projeto
EXEMPLO1.ESG. Esse exemplo foi extraído da apostila do curso de Saneamento I do
Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Escola Politécnica da USP.
São apresentados o relatório de análise, o croquis com a indicação da numeração dos nós e o
desenho do arquivo DXF criado pelo programa com a indicação do diâmetro, comprimento,
declividade, profundidade inicial e final e a numeração de cada trecho.
Para a entrada de dados utilizou-se primeiro a opção Cadastro/Novo. Após isso, com a
Geometria foi feito o desenho da rede e com Valores foram fornecidos os diversos
parâmetros.
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ESGOTO 1.1
--------------------------------------------------------------------------------
(nome da empresa ou usuário autorizado)
Final da rede ( No 24 ) :
Resumo :
Trecho L(m) D(mm) I(%) Qdi(l/s) Qci(l/s) Qi(l/s) zi(m) pi(m) ydi vi(m/s) ps(m) Ti(Pa) Vc(m/s) Obs
tre noi nof Qdf(l/s) Qcf(l/s) Qf(l/s) zf(m) pf(m) ydf vf(m/s)
1: 1- 2 89 150 4.55 0.146 0.000 0.146 502.05 1.20 0.15 0.94 1.20 6.20 2.19
0.297 0.000 0.297 498.00 1.20 0.15 0.94
2: 2- 3 38 150 6.03 0.062 0.000 0.208 498.00 1.20 0.14 1.03 1.20 7.71 2.12
0.127 0.000 0.424 495.71 1.20 0.14 1.03
3: 3- 4 96 150 4.78 0.157 0.000 0.365 495.71 1.20 0.14 0.95 1.20 6.44 2.18
0.321 0.000 0.745 491.12 1.20 0.14 0.95
4: 4- 5 50 150 3.72 0.082 4.980 0.447 491.12 1.20 0.15 0.87 1.20 5.30 2.24
0.167 4.980 0.912 489.26 1.20 0.15 0.87
5: 5- 6 33 150 5.15 0.054 0.000 5.481 489.26 1.20 0.27 1.43 1.31 12.07 2.93 dg 0.11
0.110 0.000 6.002 487.56 1.20 0.28 1.47
6: 7- 6 90 150 0.45 0.148 0.000 0.148 487.86 1.20 0.26 0.41 1.31 1.03 2.83
0.301 0.000 0.301 487.56 1.31 0.26 0.41
7: 6- 8 96 150 2.66 0.157 0.000 5.786 487.56 1.31 0.33 1.15 1.20 7.33 3.21
0.321 0.000 6.624 484.90 1.20 0.35 1.19
8: 8- 9 100 150 0.30 0.164 0.000 5.950 484.90 1.20 0.62 0.51 2.10 1.27 3.96
0.334 0.000 6.958 485.50 2.10 0.70 0.53
9 : 10 - 11 62 150 2.08 0.102 0.000 0.102 495.47 1.20 0.18 0.71 1.20 3.37 2.39
0.207 0.000 0.207 494.18 1.20 0.18 0.71
10 : 11 - 12 62 150 0.95 0.102 0.000 0.204 494.18 1.20 0.21 0.54 1.20 1.83 2.61
0.207 0.000 0.414 493.59 1.20 0.21 0.54
11 : 13 - 12 50 150 5.02 0.082 0.000 0.082 496.10 1.20 0.14 0.97 1.20 6.69 2.17
0.167 0.000 0.167 493.59 1.20 0.14 0.97
12 : 12 - 14 42 150 1.10 0.069 0.000 0.355 493.59 1.20 0.21 0.57 1.20 2.04 2.57
0.140 0.000 0.721 493.13 1.20 0.21 0.57
13 : 15 - 14 41 150 4.56 0.067 0.000 0.067 495.00 1.20 0.15 0.94 1.20 6.21 2.19
41
ESGOTO 1.1
42
ESGOTO 1.1
--------------------------------------------------------------------------------
(nome da empresa ou usuário autorizado)
Peso da tubulacao : 0 Kg
43
ESGOTO 1.1
44