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Porto Alegre
janeiro 2016
PREFÁCIO
Nos últimos dez anos me dediquei ao trabalho de auxiliar alunos que estavam fazendo seu
TCC o curso de Engenharia Civil da UFRGS na sua formatação (ENG01039 - Trabalho de
Diplomação Engenharia Civil I e ENG01040 - Trabalho de Diplomação Engenharia Civil II).
Na verdade, a atividade iniciou um pouco antes quando trabalhava com alunos de pós-
graduação que estavam iniciando sua dissertação. Em qualquer uma dessas fases, o objetivo
era dar apoio ao aluno que chegava à porta de uma monografia e não tinha ideia de como
deveria fazer o seu trabalho.
Cada um dos cerca de 1000 alunos, com os quais trabalhei intensamente durante dois
semestres, me ensinaram muita coisa, pois cada um era diferente do outro. As angústias, as
dificuldades, os medos de desenvolver um TCC foram alvo da minha preocupação, mas
também, motivo para cobranças para incentivar que cada um desse o melhor de si para que,
no final, conhecesse o seu alto potencial de trabalho, sua capacidade de comunicação, escrita
e oral, que muitas vezes estava sufocada por alguma experiência negativa do passado. Uma
ex-aluna escreveu para mim: você ensina a trilhar os caminhos com nossas próprias pernas e
sem rodeios. Acho que isso traduz a minha intenção com os alunos. Mas não foram só
sucessos alcançados, alguns não viam no TCC uma possibilidade de crescimento e o
realizaram da forma mais pobre possível, mostrando que sem ter vontade de fazer alguma
coisa, ter potencialidade não resolve.
Assim conduzindo o TCC desses alunos, todos amparados nos dois semestres por seus
orientadores, se criou uma sistemática de trabalho que acredito deu certo. Os TCC, na sua
grande maioria, superavam a expectativa dos avaliadores e deixavam o aluno com o
sentimento de realização. Por isso, na medida que não mais se fará este trabalho com os
alunos que deverão fazer o TCC na Engenharia Civil da UFRGS, acredito que esses “manual”
poderá ajudar os alunos e, quem sabe, seus orientadores. Citando os orientadores, cabe a eles
uma mensagem: os alunos de graduação são bastante diferentes dos alunos de pós-graduação
e isso requer do professor orientador uma abordagem diferenciada. Poucos dominam o tema
do TCC e se a cobrança sobre aquisição de conhecimento para poder realizar o trabalho de
forma adequada não for cobrada insistentemente, eles farão um trabalho sem noções básicas
do assunto, dando a impressão que pularam etapas. O aluno nessa situação tende a copiar as
coisas e não fazer um trabalho com personalidade. E quanto a cópias, grande perigo dos
trabalhos acadêmicos atuais: sem um acompanhamento e cobranças sobre o desenvolvimento
do trabalho ao longo de todo o seu período de desenvolvimento, pode-se facilmente ter um
trabalho que não passa de cópia de um ou a simples compilação de alguns trabalhos. Deve-se
saber que um trabalho não surge do nada, o aluno não melhora sua habilidade de escrever em
algumas poucas semanas, por exemplo. Em resumo, não há mágica no desenvolvimento de
um TCC, o aluno não vai ter tomado por uma inspiração instantânea e, portanto, desenvolver
todo o TCC, por exemplo, numa semana.
Carin
janeiro 2016
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11
1.1 A ESCOLHADO TEMA ........................................................................................... 12
1.2 A ESCOLHADO ORIENTADOR ............................................................................. 13
1.3 ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO TCC ...................................................... 14
1.3.1 O Projeto de Pesquisa do TCC ............................................................................. 15
1.3.2 O Relatório Final do TCC .................................................................................... 16
1.4 INICIANDO O TCC .................................................................................................. 19
2 FORMATAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA E DO TCC: VERSÃO
ESCRITA ................................................................................................................... 21
2.1 ARQUIVOS WORD DE ESTILOS PARA O TCC .................................................. 21
2.2 FORMATAÇÃO E ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE 23
CURSO: NO PROJETO DE PESQUISA E NO RELATÓRIO FINAL .....................
2.2.1 Papel, impressão e margens .................................................................................. 23
2.2.2 Elementos Pré-Textuais dos Trabalhos de Conclusão e Curso ......................... 24
2.2.2.1 Capa (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ....................................................... 26
2.2.2.2 Folha de rosto (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ........................................ 26
2.2.2.3 Folha de aprovação (só no Relatório Final) ......................................................... 27
2.2.2.4 Dedicatória (só no Relatório Final) ...................................................................... 28
2.2.2.5 Agradecimentos (só no Relatório Final) .............................................................. 29
2.2.2.6 Epígrafe (só no Relatório Final) ........................................................................... 29
2.2.2.7 Resumo em português (só no Relatório Final) ..................................................... 29
2.2.2.8 Resumo em idioma estrangeiro (só no Relatório Final) ...................................... 30
2.2.2.9 Listas de Ilustrações e de Tabelas (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ......... 31
2.2.2.10 Listas de Siglas e Símbolos (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ................. 32
2.2.2.11 Sumário (Projeto de Pesquisa e Relatório Final) ............................................... 33
2.2.3 Elementos Textuais dos Trabalhos de Conclusão de Curso .............................. 33
2.2.3.1 Numeração das páginas ........................................................................................ 34
2.2.3.2 Identificação do trabalho no rodapé ..................................................................... 35
2.2.3.3 Divisão dos trabalhos em seções .......................................................................... 35
2.2.3.4 Formatação do texto do Projeto de Pesquisa ........................................................ 36
2.2.3.4.1 Texto: geral e citações diretas .......................................................................... 36
2.2.3.4.2 Alíneas e subalíneas .......................................................................................... 37
2.2.3.4.3 Notas de rodapé ................................................................................................ 39
2.2.3.4.4 Ilustrações e tabelas .......................................................................................... 39
2.2.3.4.5 Equações e fórmulas ......................................................................................... 40
2.2.3.5 Conteúdo dos componentes da parte textual do Projeto de Pesquisa ................... 41
2.2.3.5.1 Introdução do Projeto de Pesquisa ................................................................... 42
2.2.3.5.2 Diretrizes da pesquisa no Projeto de Pesquisa ................................................. 43
2.2.3.5.3 Procedimentos Metodológicos da pesquisa no Projeto de Pesquisa ................ 43
2.2.3.5.4 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no Projeto de Pesquisa .................... 45
2.2.3.5.5 Considerações Finais no Projeto de Pesquisa .................................................. 46
2.2.3.6 Conteúdo dos componentes da parte textual do Relatório Final do Trabalho de
Conclusão de Curso ..................................................................................................... 46
2.2.3.6.1 Introdução no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ............... 47
2.2.3.6.2 Diretrizes da pesquisa no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de 48
Curso ...........................................................................................................................
2.2.3.6.3 Capítulo/s fruto de revisão bibliográfica no Relatório Final do Trabalho de
Conclusão de Curso .................................................................................................... 49
2.2.3.6.4 Procedimentos Metodológicos e descrição do desenvolvimento da pesquisa
no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de Curso ............................................ 49
2.2.3.6.5 Apresentação dos resultados no Relatório Final do Trabalho de Conclusão
de Curso ...................................................................................................................... 50
2.2.3.6.6 Análise dos resultados no Relatório Final do Trabalho de Conclusão de
Curso ........................................................................................................................... 51
2.2.3.6.7 Considerações Finais ou Conclusões no Relatório Final do Trabalho de
Conclusão de Curso .................................................................................................... 51
2.2.4 Elementos Pós-Textuais no Trabalho de Conclusão de Curso ......................... 52
2.2.4.1 Referências .......................................................................................................... 52
2.2.4.2 Glossário .............................................................................................................. 52
2.2.4.3 Apêndices ............................................................................................................. 53
2.2.4.4 Anexos .................................................................................................................. 53
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 55
3.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 55
3.2 OBJETIVOS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA .................................................... 56
3.3 IDENTIFICAÇÃO DE FONTES ............................................................................... 58
3.4 SELEÇÃO DE MATERIAL ...................................................................................... 60
3.5 LEITURA E FICHAMENTO DA BIBLIOGRAFIA ............................................... 61
3.5.1 Leitura e seleção do material ............................................................................... 61
3.5.2 Fichas de leitura .................................................................................................... 63
3.5.2.1 Tipo de material consultado e identificação das obras consultadas .................... 64
3.5.2.1.1 Dados para composição de referências de livros ............................................. 65
3.5.2.1.2 Dados para composição de referências de trabalhos acadêmicos ................... 67
3.5.2.1.3 Dados para composição de referências de artigos em periódicos ................... 67
3.5.2.1.4 Dados para composição de referências de artigos publicados em eventos ...... 68
3.5.2.1.5 Dados para composição de referências de normas técnicas ............................ 68
3.5.2.1.6 Dados para composição de referências de boletins ou cadernos técnicos ....... 68
3.5.2.1.7 Dados para composição de referências de legislação ...................................... 69
3.5.2.1.8 Dados para composição de referências de mensagens pessoais ...................... 69
3.5.2.1.9 Dados para composição de referências de documentos disponíveis na
internet ........................................................................................................................ 69
3.5.2.2 Lista de palavras-chave ....................................................................................... 70
3.5.2.3 Registro do conteúdo da obra na ficha de leitura ................................................. 71
3.5.2.3.1 Citação direta na ficha de leitura .................................................................... 74
3.5.2.3.2 Citação indireta na ficha de leitura .................................................................. 84
3.5.2.3.3 Citação direta de citação na ficha de leitura .................................................... 84
3.5.2.3.4 Citação indireta de citação na ficha de leitura ................................................. 86
3.5.2.4 Registro de comentários sobre a obra na ficha de leitura ..................................... 87
3.5.2.5 Organização do material consultado .................................................................... 87
3.6 TIPOS DE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A SEREM EVITADOS ......................... 88
3.6.1 Summa ................................................................................................................... 88
3.6.2 Arqueológico .......................................................................................................... 88
3.6.3 Patchwork .............................................................................................................. 88
3.6.4 Suspense ................................................................................................................. 89
3.6.5 Rococó .................................................................................................................... 89
3.6.6 Caderno B .............................................................................................................. 89
3.6.7 Coquetel teórico ..................................................................................................... 89
3.6.8 Apêndice inútil ....................................................................................................... 89
3.6.9 Monástico ............................................................................................................... 90
3.6.10 Cronista social ..................................................................................................... 90
3.6.11Colonizado x Xenófobo ........................................................................................ 90
3.6.12 Off records ............................................................................................................ 90
3.6.13 Ventríloquo .......................................................................................................... 91
4 CITAÇÕES EM DOCUMENTOS NA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................. 93
4.1 ASPECTOS GERAIS DAS CITAÇÕES ................................................................... 94
4.1.1 Indicação da fonte quando informação oral ....................................................... 95
4.1.2 Indicação da fonte quando trabalho em fase de elaboração ............................. 95
4.2 REGRAS GERAIS PARA ELABORAÇÃO DAS CITAÇÕES ............................... 96
4.2.1 Sistema numérico .................................................................................................. 97
4.2.2 Sistema autor-data ................................................................................................ 98
4.3 TIPOS DE CITAÇÕES E SUAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO NOS
TEXTOS ...................................................................................................................... 100
4.3.1 Citação direta ......................................................................................................... 100
4.3.2 Citação indireta ..................................................................................................... 103
4.3.3 Citação de citação - direta ou indireta ................................................................ 103
4.4 REGRAS PARA INDICAÇÃO DOS AUTORES NAS CITAÇÕES ....................... 105
4.4.1 Autor é pessoa física .............................................................................................. 105
4.4.1.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor - pessoa física ............ 105
4.4.1.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores - pessoa física ................. 106
4.4.1.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores - pessoa física .... 107
4.4.2 Autor é empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental ........................................................................................................... 108
4.4.2.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor - empresa ou
instituição não vinculada a alguma instância governamental ..................................... 108
4.4.2.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores - empresa ou instituição
não vinculada a alguma instância governamental ....................................................... 109
4.4.2.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores - empresa ou
instituição não vinculada a alguma instância governamental ...................................... 110
4.4.3 Autor é entidade vinculada a alguma instância governamental ....................... 111
4.4.3.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor que é entidade
vinculada a alguma instância governamental e tem denominação genérica ............... 111
4.4.3.2 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a
alguma instância governamental e tem denominação genérica sendo mais de um
113
autor .............................................................................................................................
4.4.3.3 Formato das citações quando a obra tem um único autor que é entidade
vinculada a alguma instância governamental e tem denominação específica que o 113
identifica individualmente ...........................................................................................
4.4.3.4 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a
alguma instância governamental e tem denominação específica que o identifica 113
individualmente sendo mais de um autor ....................................................................
4.4.4 Casos especiais ....................................................................................................... 114
4.4.4.1 Obras com autores com mesmo sobrenome - iniciais diferentes dos pré-nomes . 114
4.4.4.2 Obras com autores com mesmo sobrenome - iniciais dos pré-nomes iguais ....... 114
4.4.4.3 Obras do mesmo autor publicadas numa mesma data .......................................... 115
4.4.4.4 Documentos de mesma autoria mencionados simultaneamente .......................... 115
4.4.4.5 Documentos de vários autores mencionados simultaneamente ........................... 115
4.4.5 Texto sem indicação de autoria ou responsabilidade ......................................... 116
5 REFERÊNCIAS DE DOCUMENTOS CITADOS .................................................. 117
5.1 ASPECTOS GERAIS ................................................................................................ 117
5.2 REGRAS GERAIS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS .................................... 119
5.3 TRANSCRIÇÃO DOS ELEMENTOS COMPONENTES DE UMA
REFERÊNCIA DE UM DOCUMENTO .................................................................... 120
5.3.1 Autoria .................................................................................................................... 120
5.3.1.1 Autor pessoa física ............................................................................................... 122
5.3.1.2 Autor entidade ...................................................................................................... 124
5.3.2 Título e subtítulo .................................................................................................... 126
5.3.3 Edição ..................................................................................................................... 127
5.3.4 Local ....................................................................................................................... 127
5.3.5 Editora .................................................................................................................... 128
5.3.6 Data ......................................................................................................................... 129
5.3.7 Descrição física ...................................................................................................... 131
5.3.7.1 Paginação ............................................................................................................. 131
5.3.7.2 Volume ................................................................................................................. 132
5.4 REGRAS PARA CRIAÇÃO DE REFERÊNCIAS EM FUNÇÃO DO TIPO DE
DOCUMENTO CONSULTADO ............................................................................... 133
5.4.1 Monografia como um todo ................................................................................... 133
5.4.1.1 Livro ..................................................................................................................... 134
5.4.1.2 Tese de doutorado ................................................................................................ 134
5.4.1.3 Dissertação de mestrado ....................................................................................... 135
5.4.1.4 Trabalho de diplomação ....................................................................................... 136
5.4.2 Parte de uma monografia ..................................................................................... 137
5.4.3 Monografia como um todo ou parte de uma monografia acessada em meio
eletrônico .................................................................................................................... 138
5.4.4 Publicação periódica ............................................................................................. 139
5.4.5 Boletim ou Caderno Técnico ................................................................................ 140
5.4.6 Trabalho apresentado em evento ......................................................................... 141
5.4.6.1 Resumo de trabalho em evento quando disponível em publicação impressa ....... 141
5.4.6.2 Trabalho em anais de evento quando disponível em publicação impressa .......... 141
5.4.6.3 Trabalho em anais de evento quando disponível em site eletrônico .................... 142
5.4.6.4 Trabalho em anais de evento quando disponível em CD ..................................... 142
5.4.7 Documento de acesso exclusivamente por meio eletrônico ............................... 143
5.4.8 Legislação ............................................................................................................... 144
5.4.8.1 Legislação publicada num site ............................................................................. 144
5.4.8.2 Legislação publicada num livro com pessoa física responsável pela obra ........... 145
5.4.9 Norma técnica ........................................................................................................ 145
5.4.10 Documento publicado por entidade vinculada a uma órgão superior ........... 146
5.4.10.1 Documento publicado por entidade com denominação genérica vinculada a 146
um órgão superior ........................................................................................................
5.4.10.2 Documento publicado por entidade com denominação específica vinculada a 146
um órgão superior ........................................................................................................
6 DIRETRIZES DE PESQUISA ................................................................................... 149
6.1 PESQUISA EXPLORATÓRIA ................................................................................. 150
6.2 QUESTÃO DE PESQUISA ....................................................................................... 151
6.3 OBJETIVOS DA PESQUISA .................................................................................... 153
6.4 HIPÓTESES ............................................................................................................... 154
6.5 PRESSUPOSTOS ...................................................................................................... 157
6.6 PREMISSAS .............................................................................................................. 157
6.7 DELIMITAÇÕES ...................................................................................................... 157
6.8 LIMITAÇÕES ........................................................................................................... 158
6.9 DELINEAMENTO .................................................................................................... 158
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 161
APÊNDICE A .................................................................................................................. 163
APÊNDICE B .................................................................................................................. 197
APÊNDICE C .................................................................................................................. 249
11
1 INTRODUÇÃO
A obrigatoriedade deste tipo de trabalho é ditada por Legislação Federal. No caso das
Engenharias, pela Resolução n. 11 da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação, de 11 de março de 2002, que institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de
Graduação em Engenharia. No seu art. 3. está indicado (BRASIL, 2002):
Como a maior parte dos trabalhos faz um vínculo entre a teoria e a prática, o TCC pode abrir
várias perspectivas para o aluno. O bom TCC nasce fruto de duas escolhas fundamentais: o
tema e o orientador. Assim, a adequada escolha do tema é fundamental, mas uma boa
orientação também é muito importante.
Boas escolhas são o primeiro passo para o sucesso do TCC. Muitas vezes, se isso não
acontece, o aluno se sente desmotivado em pouco tempo e desiste de dar continuidade ao
trabalho já iniciado. Isso não significa que o aluno não possa trocar de tema ou orientador, ou
ambos, frente a dificuldades que venham a surgir, mas, boas e conscientes escolhas iniciais,
12
são a receita para minimizar a ocorrência dessas trocas. Nos próximos itens, aprofunda-se essa
análise.
A escolha do tema é o princípio de tudo, pois a aluno passará um ano ou mais envolvido com
esse trabalho. Como cada curso de graduação tem inúmeras formas de aplicação dos
conhecimentos adquiridos no mercado de trabalho, é interessante que o aluno selecione quais
mais lhe interessam e, entre essas, aquela que poderá ser tema para seu TCC. Medeiros (1999,
p. 35) salienta que “Ao selecionar um assunto, o estudioso leva em consideração seu gosto
pessoal [...]” e complementa “O assunto deverá estar em acordo com a formação intelectual
do pesquisador, que deverá verificar a existência de material de pesquisa (bibliografia)
suficiente [...]”.
Selecionados os temas, comece a ler trabalhos que versam sobre eles. É importante saber o
status quo do conhecimento sobre esses assuntos para não propor para o TCC um
questionamento que está respondido. O aluno de graduação muitas vezes acha, por ter pouco
conhecimento, que sua proposta é inédita: ninguém foi capaz de pensar nisso antes! Mas, na
maior parte das vezes, sobre a primeira proposta muitas alterações serão necessárias para
particularizar o estudo, ainda que um TCC não precisa ter, e normalmente não é, um tema
inédito como numa tese de doutorado. Assim, é importante desde o início lembrar que se trata
de um TCC e este tem um âmbito restrito: não é uma dissertação de mestrado, nem tese de
doutorado.
As primeiras propostas dos alunos são, normalmente, muito abrangentes: a ideia é resolver os
problemas do mundo. Isso não vai ser assim, mas para iniciar não é ruim. Se for desde o
início muito focado, pouco se poderá fazer caso o tema já tenha sido muito pesquisado.
Assim, parte-se do tema amplo para o mais específico ao longo da trajetória.
Deve ficar o registro que, desde o início do processo, deve existir um tema, ainda que é
muito provável que esse seja alterado várias vezes até a definição final. O aluno que não sabe
o que quer não vai a lugar nenhum. Se não houver um tema predileto, busque ver qual seria o
que mais lhe agrada para o TCC e inicie por aí.
Com a escolha do tema realizada, inicia a busca pelo orientador. É fundamental que o aluno
tenha um bom orientador. Ao se afirmar isso, um bom orientador, não se quer dizer que
existem orientadores que não sejam bons, mas, muitas vezes, não são os melhores para
determinado aluno. Assim, além de se escolher o orientador entre aqueles que tem interesse e
conhecimento sobre o tema escolhido, este deve ter um perfil compatível com as necessidades
do aluno.
Acontece algumas vezes que o aluno, ao não ter um tema definido, escolhe primeiro o
orientador e busca ajustar o foco do trabalho aos assuntos que o professor possa orientar.
Normalmente não é a melhor prática, mas, se para o aluno, é importante a segurança de ter
esse orientador no qual ele confia como parceiro para essa jornada, não se deve descartar essa
possibilidade. O que é frequente é que o tema muitas vezes não é o melhor nem para o aluno,
pelos seus interesses, nem para o professor, que tenta sugerir algo que, ainda que esteja ao seu
alcance como orientador, considera ser o melhor para o aluno com suas particularidades.
Os alunos são muito diferentes entre si e, por isso, nem todo professor é o melhor orientador
para determinado trabalho. Há os alunos que têm grande autonomia e desenvolvem o TCC, ou
outra tarefa qualquer, sem grandes problemas, necessitando que o orientador realize a sua
tarefa especialmente nos pontos chave do trabalho: é o aluno que não precisa e nem sente a
necessidade de ter, passo a passo, a aceitação do orientador em relação ao que está sendo
desenvolvido. Esse aluno precisa de um orientador que tenha um bom conhecimento sobre o
tema abordado no TCC e, se sua disponibilidade para encontros não for muito grande, isso
não representa grande prejuízo para o trabalho.
14
Por outro lado, existem os alunos extremamente ansiosos e preocupados com a qualidade das
tarefas realizadas para o desenvolvimento do TCC. Esses precisam de um acompanhamento
mais próximo, o que significa uma maior disponibilidade do professor. Esse aluno quer, por
exemplo, semanalmente ter contato com o orientador para receber o aval sobre o
encaminhamento dado, pois, caso contrário, se sente inseguro. Esse orientador pode ser
aquele que, mesmo não sendo especialista no assunto, tem interesse no tema foco do TCC e,
principalmente, gosta de acompanhar passo a passo o aluno no desenvolvimento do mesmo.
Em relação ao orientador, o aluno que inicia o TCC deve buscar informações, com colegas
que estão ou foram orientados pelos professores candidatos a orientador, sobre como está
funcionando ou funcionou a orientação. Além disso, deve-se conhecer o perfil do colega e
compará-lo ao seu perfil, pois as necessidades, como dito anteriormente, são diferentes entre
os alunos. Assim, deve-se ter uma ideia inicial sobre:
O aluno deve saber, também, exatamente qual o papel do orientador: orientar e não fazer ou
se preocupar com o TCC no lugar do aluno. Quem busca contato é o aluno: o professor tem,
entre outras muitas tarefas, a de orientar esse aluno. Assim, não espere que o orientador seja
quem dá ritmo ao trabalho com suas cobranças. A iniciativa deve ser sempre do aluno.
O TCC tem uma característica muito importante: deve ser continuamente desenvolvido. A
tarefa não se assemelha aquelas disciplinas nas quais a cobrança de conteúdo é feita por
provas, ou mesmo trabalhos, isto é, cobranças pontuais. O TCC exige um cronograma de
trabalho para que a cada momento uma de suas partes esteja concluída. Cada etapa exige,
além de horas de leitura e de escrita, momentos de discussão com o orientador e reflexão
sobre tudo que foi escrito, lido e conversado. Além disso, é de grande ajuda para a elaboração
do trabalho que o processo seja bem organizado. Normalmente o aluno tem dois semestres
para desenvolver o trabalho. No primeiro dos semestres, o aluno se preocupa-se com o
15
Os alunos que, pela primeira vez, estejam se deparando com o desafio de descobrir coisas
pelo caminho da Ciência, não têm noções básicas, lhes falta clareza sobre a organização dos
tópicos de um PP. Não havendo familiaridade com a linguagem própria do campo da Ciência,
têm dificuldades com manuais sobre como o elaborar. Também os alunos de muitas áreas de
conhecimento, como a Engenharia, por exemplo, têm apresentado grande dificuldade de
expressar suas ideias de forma oral e escrita.
No PP, o aluno deve apresentar em que área o seu TCC será desenvolvido, indicando, após a
apresentação mais abrangente, qual o foco do seu trabalho. Além disso deve mostrar a sua
importância e a justificativa da escolha do tema. O aspecto mais importante do PP está na
apresentação, clara e precisa, do trabalho através das diretrizes deste. As diretrizes
apresentam, em capítulo separado ou incorporado à introdução, a questão e objetivos do TCC
e todos os demais itens que se fizerem necessários para bem caracterizar o trabalho (hipóteses,
pressupostos, premissas, delimitações, limitações). Também, de forma mais ou menos
aprofundada, descreve qual é o plano para o seu desenvolvimento, ou seja, qual o
delineamento do trabalho. Todos esses itens serão abordados neste manual.
O TCC será uma continuidade do PP se esse foi elaborado de forma criteriosa. Os itens
incluídos no PP serão mantidos, ajustando sempre a descrição feita inicialmente, o que foi
proposto, para aquilo que efetivamente foi possível fazer. O TCC será um relatório do que foi
realizado, descrevendo a forma como o trabalho foi desenvolvido e, no final, quais os achados
frente aos objetivos do trabalho.
Deve-se salientar que nem sempre o trabalho se classifica numa única dessas modalidades,
podendo ser uma combinação dessas. Frente a essa classificação, pode-se indicar como
composição para o TCC final os seguintes tópicos:
17
g) pesquisa bibliográfica,
- introdução;
- diretrizes da pesquisa;
- capítulo/s fruto de pesquisa bibliográfica: este tipo de trabalho tem como
resultado somente capítulos descritivos sobre o tema estudado que dão
continuidade aos capítulos resultantes da pesquisa bibliográfica que já foram
apresentados no Projeto de Pesquisa;
- considerações finais.
Muitos são os aspectos que o aluno deve tomar conhecimento para dar início ao seu TCC.
Desta maneira este manual traz, primeiramente, no seu capítulo 2, os aspectos referentes a
formatação por escrito do TCC, seja na fase inicial de Projeto de Pesquisa, seja, na fase
posterior, de Relatório Final. No final deste capítulo o aluno, lá chamado de autor, terá o
conhecimento não só do conteúdo e da forma de organização destes documentos, mas terá
acesso a templates que lhe apoiarão na tarefa de geração dos documentos.
Sabe-se da dependência do TCC à pesquisa bibliográfica, num primeiro momento com maior
intensidade e, posteriormente, apoiando seu desenvolvimento em determinados pontos
específicos. Assim, o capítulo 3, sugere uma forma de fichamento do material lido para que
esse já esteja, não só selecionado, mas também digitado para a posterior composição dos
capítulos fruto de revisão bibliográfica.
Para gerar os capítulos fruto de revisão bibliográfica, a partir das fichas de leitura ou
diretamente das obras selecionadas, deve-se ter conhecimento das regras apresentadas pela
NBR 10520 – Informação e Documentação – Citações em Documentos – Apresentação
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Desta forma, verificadas
as informações que deverão estar nos capítulos fruto de revisão bibliográfica, no capítulo 4
deste manual, estão disponíveis os cuidados que se deve ter para corretamente as citar.
Por sua vez, feitas as citações no TCC, as correspondentes referências deverão ser elaboradas.
A referência de uma obra é uma forma padronizada de apresentar seus dados para que
qualquer pessoa possa buscá-la, se for de seu interesse. As regras para confecção das
referências dos vários tipos de obras está na NBR 6.023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
20
NORMAS TÉCNICAS, 2002b). Por esse motivo, o capítulo 5 deste livro, apresenta a forma
normatizada de elaboração de referências.
O que deve ser apresentado para detalhar o que vai ser realizado no trabalho, e como, está
descrito no capítulo 6 – Diretrizes da Pesquisa –. Mas esses itens são melhor compreendidos
se você buscar um TCC da Engenharia Civil da UFRGS, desenvolvido até o semestre 2014/2,
e, pelo exemplo, verificar o significado de cada item.
21
As regras para formatação dos trabalhos acadêmicos são muitas e, apesar do aluno precisar
saber que elas existem em particular para cada item do TCC e como devem ser aplicadas, não
há grande mérito no desenvolvimento, por cada aluno, de uma maneira de otimizar a
aplicação delas, ou seja, gerar um arquivo próprio com função de template. Assim, para
facilitar a formatação do trabalho, para cada parte do texto, foi criado um estilo no
processador de texto Microsoft Word®, nos arquivos, em anexo, com função de template,
denominados, genericamente, Word®_ESTILOS_TCC. Um estilo no Microsoft Word®, é um
conjunto de formatações que recebe um nome. Criados os estilos, esses podem ser aplicados a
um bloco de texto com um único comando.
É necessário que haja o claro entendimento de como se trabalha com estilos do Microsoft
Word® para usar corretamente o arquivo padrão (template) Word®_ESTILOS_TCC
adequado para a situação, além de ter noção das várias regras ali incorporadas. Recomenda-
se trabalhar desde o início sobre o arquivo template e não ter o trabalho de formatar
posteriormente todo o texto elaborado. Desta forma, pode-se, digitar qualquer parte do
texto sem preocupação com sua formatação, e, verificado qual o estilo a ser aplicado, marcar
o bloco e acessar <página inicial> do Word®, selecionar <estilo> e, na lista que ficará visível,
o estilo adequado para o bloco selecionado. Pode-se verificar o estilo adequado nos apêndices
A e B, que apresentam, respectivamente, a forma impressa dos arquivos Word®_ESTILOS_
TCC_PP_1_LADO_FOLHA e Word®_ESTILOS_TCC_FINAL_1_LADO_FOLHA.
Seja qual for a versão do Trabalho de Conclusão de Curso, o papel deverá ser do tamanho A4
(210 x 297 mm), na cor branca ou ecograph (não tratado quimicamente, não clorado, isento de
dioxinas) e recomenda-se uma gramatura mínima de 75 g/m2.
Nos trabalhos acadêmicos, é tradicional o uso de impressão em um único lado da folha, mas a
NBR 14.724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a) recomenda
a impressão nos dois lados (anverso e verso), muito provavelmente como uma medida de
cunho ambiental, pois isso leva a uma grande economia de papel. Existe assim, a necessidade
de se fazer a escolha da forma como se pretende apresentar, não só o Projeto de Pesquisa, mas
o relatório final do trabalho, o Trabalho de Conclusão de Curso propriamente dito: impressão
num único lado da folha ou nos dois lados. Após a escolha ser feita, passe a usar o arquivo
Word®_ESTILOS_TCC adequado para essa decisão.
Quando se opta por imprimir nos dois lados, deve-se ter o cuidado de iniciar cada um dos
elementos pré-textuais e todos os capítulos (seções primárias) no anverso da folha. Para isso
ocorrer, nos arquivos de estilos Word®_ESTILOS_TCC_PP_2_LADOS_FOLHA e
Word®_ESTILOS_TCC_2_LADOS_FOLHA, após cada elemento pré-textual, foram
colocadas páginas em branco (isso possibilita a impressão frente e verso na opção de
impressão manual do Word). Essas páginas em branco devem ser excluídas quando, para um
determinado elemento pré-textual, além do anverso, o verso de uma ou mais folhas foram
utilizadas.
24
a) superior: 3 cm;
b) inferior: 2 cm;
c) interna: 3 cm – que corresponde a margem esquerda quando a impressão é de
um lado só da página;
d) externa: 2 cm – que corresponde a margem direita quando a impressão é de um
lado só da página.
A página da capa não é contada e as demais páginas pré-textuais são contadas, mas não
são numeradas. Quando a opção for por impressão dos dois lados da folha, na contagem das
páginas, cada folha tem duas páginas, desde a folha de rosto. A identificação do trabalho em
rodapé também não é usada nos elementos pré-textuais. Desta maneira, é preciso ter uma
quebra de seção entre os elementos pré-textuais e textuais para garantir a diferença entre
cabeçalhos e rodapés.
a) capa;
b) folha de rosto;
c) lista de ilustrações (figuras, quadros, gráficos, etc.);
d) lista de tabelas;
e) lista de siglas;
f) lista de símbolos;
g) sumário.
a) capa;
b) folha de rosto;
c) folha de aprovação;
d) dedicatória;
e) agradecimentos;
f) epígrafe;
g) resumo em português;
h) lista de ilustrações (figuras, quadros, gráficos, etc.);
i) lista de tabelas;
j) lista de siglas;
k) lista de símbolos;
l) sumário.
A seguir serão descritos os elementos pré-textuais, tendo-se o cuidado de detalhar,
novamente, se cada um está ou não presente no Projeto de Pesquisa, pois todos estão no
26
A capa é item obrigatório, sendo a parte externa do trabalho, usada para proteção física
(quando impresso em material resistente ou ao receber uma proteção tal que permite a
visualização do seu conteúdo). Tem mesma formatação no Projeto de Pesquisa e no relatório
final do Trabalho de Conclusão de Curso. Deve conter os elementos mais representativos para
tal identificação (ver detalhes gráficos apêndices A e B):
A folha de rosto é item obrigatório em todos os níveis e apresentação do TCC, embora tenha
diferenças entre o que é apresentado no Projeto de Pesquisa e no relatório final. Indica-se:
a) identificação do autor: o nome completo do autor deve ser digitado com todas
as letras maiúsculas;
b) título do trabalho: o título do trabalho e, se houver, o subtítulo, deve ser escrito
todo em letras maiúsculas e, entre título e subtítulo, usar dois-pontos;
27
Todo esse conjunto de informações aparece, para o Projeto de Pesquisa, no apêndice A e, para
o relatório final, está no apêndice B.
Como, raramente, alguém consegue fazer o seu trabalho sem contar com a ajuda de alguém,
não é polido excluir essa página que cita aqueles a quem se deve algum agradecimento.
Preferencialmente, ser bastante objetivo, pois, mesmo sendo muitos os agradecimentos, todos,
como destacado acima, devem ficar numa única página. Veja, no apêndice B, a frase padrão
que se sugere para fazer os agradecimentos.
Epígrafe é uma sentença, considerada significativa para o autor pessoalmente (sobre sua
trajetória, por exemplo) ou sobre o tema do trabalho, posta nesta página que resume seus
sentimentos ou destaca a importância do tema tratado. A página reservada para a epígrafe é
página opcional, existindo somente no relatório final do Trabalho de Conclusão de Curso, na
qual o autor apresenta a sentença escolhida, seguida da indicação de autoria. A inclusão da
epígrafe deve ser feita conforme se vê no exemplo no apêndice B, destacando-se que se digita
a frase com letra normal (não itálica) e o nome do autor em itálico numa linha em separado.
Hoje é bastante fácil obter uma frase interessante para o Trabalho visto que na internet
existem vários sites que disponibilizam frases com a indicação de sua autoria. Sugere-se
sempre confirmar, seja em material impresso ou em outros sites se a frase é realmente de
autoria da pessoa indicada.
resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de
enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de um único parágrafo.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003c, p. 2). No caso dos trabalhos acadêmicos,
deve ter no máximo 500 palavras (fazer contagem utilizando <revisão> e <contar palavras>) e
empregando voz ativa e a conjugação verbal na terceira pessoa do singular. É sucedido por
palavras-chave que bem representam o seu conteúdo.
a) figuras
b) quadros;
c) gráficos;
d) tabelas.
As listas são compostas pela identificação, por exemplo, de uma figura (Figura 1) e, após
travessão (com espaço antes e depois desse travessão), a indicação da legenda que a
identifica, iniciando com letra maiúscula. Isto é feito sem a indicação da fonte daquela
informação (isto é, sem a indicação da citação correspondente). Esta citação deve estar
indicada, obrigatoriamente, junto às ilustrações e tabelas no texto. Para configurar com
maior facilidade essas listas, faz-se a sugestão de utilizar uma tabela do Microsoft Word®,
com as linhas invisíveis, formada por duas colunas: uma coluna bastante larga (por exemplo,
15 cm), à esquerda, abriga a identificação da ilustração ou tabela e, numa coluna estreita (por
exemplo, 1,2 cm), à direita, indica-se a página do trabalho na qual a ilustração ou tabela se
encontra no texto. O Microsoft Word® disponibiliza a possibilidade de criação automática de
listas. Pelos resultados, nem sempre positivos com o uso deste tipo de automatização, não se
recomenda o seu uso. O que se observa é que, em arquivos muito grandes e que são
continuamente modificados ao longo do tempo, em determinado momento é perdida a
referência da página correspondente a cada item. A digitação na tabela do Microsoft Word®
sugerida descarta a possibilidade desta falha. Veja no apêndice A os exemplos de listas.
Cabe salientar qual a diferença entre as nomenclaturas tabela e quadro. Uma tabela é uma
“Forma não discursiva de apresentar informações, das quais o dado numérico se destaca como
informação central.” (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA,
1993, p. 9). Desta forma, se diferenciam dos quadros (que é um tipo de ilustração), pois,
nesses últimos, apesar de também não serem discursivos, não é a informação numérica, mas a
32
qualitativa que é a principal. Assim, deve-se analisar a relevância de cada tipo de informação,
numérica ou qualitativa, pois a tabela pode apresentar algum tipo de informação qualitativa,
assim como o quadro alguma informação numérica, para ponderar sobre a importância de
cada um delas e, então, classificar a matriz corretamente em tabela ou quadro e a representar
de forma adequada (como se dará destaque, posteriormente, as tabelas, na sua representação
gráfica, são abertas lateralmente, ao contrário dos quadros que tem todo o seu contorno
traçado).
São apresentadas listas de siglas quando esses não são de conhecimento geral e em número
significativo (>3). Os símbolos que devem constar da lista são aqueles que usados nas
equações e fórmulas e, símbolos correspondentes as unidades de medida, só devem aparecer
se não fizerem parte do Sistema Internacional de medidas, ainda que sejam indicados como a
unidade de medida de determinado símbolo de equação é fórmula incluídos no trabalho. Os
símbolos, segundo Ledur (2006), não abreviados sem ponto: g (grama), kg (quilograma), km
(quilômetro). A forma do plural é igual a do singular, sendo sempre errado acrescentar S.
Para composição das siglas, Ledur (2006) indica que há ampla liberdade na sua formação,
podendo ser usadas:
Quando usadas num meio em que são conhecidas, pode-se usar as siglas diretamente, sem
necessidade de identificar o nome da entidade por extenso. Caso contrário, deve-se identificá-
las, entre parentes ou travessões, na primeira vez em que aparecem.
Considera-se nessa obra a opção 1 como referência, sendo então a descrição aqui apresentada
baseada nessa estrutura. Caso o aluno e orientador optarem por outra estrutura, deverão fazer
os devidos ajustes nas recomendações.
Mas, antes de detalhar o conteúdo dos capítulos pré-textuais, deve-se conhecer as regras de
formatação desses elementos e de apresentação desses textos.
Nos elementos textuais, os números das páginas são grafados no canto superior das páginas.
São as primeiras folhas com numeração explícita apesar das páginas serem contadas desde a
folha de rosto (só não é contada a capa). Para numerar as páginas são utilizados números
arábicos no canto superior, a 2,0 cm da borda superior e, também, a 2 cm da borda direita da
folha (isto é, respeitando a margem direita), conforme configuração do cabeçalho, em TNR
12. Se for impressão de um único lado: numeração no canto superior direito; se nos dois lados
da folha: no anverso, no canto superior direito, no verso, no canto superior esquerdo conforme
NBR 15.287 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011b). A
numeração não é automática e exemplificando para o caso de impressão de um único lado da
folha, é necessário usar a seguinte sequência de comandos: inserir número da página
35
No tocante a inclusão dos dados do trabalho nos rodapés, não há recomendação em norma
técnica, mas na prática isso se mostra muito útil, pois, muitas vezes, se perde a identificação
do trabalho ao reproduzir, por exemplo, somente poucas folhas de um trabalho acadêmico.
Nesses casos, um leitor do seu trabalho ou estará impossibilitado de citar a informação
selecionada, pois não se sabe fazer sua citação e referência, ou, pior que isso, fará uso da
informação sem citar a fonte.
Na divisão do trabalho em seções, podem ser utilizados até cinco níveis, cada qual com um
estilo. Uma seção primária define um capítulo e, segundo a NBR 6.024, “O indicativo das
seções primárias deve ser grafado em números inteiros a partir de 1.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 2). Assim, os elementos textuais
iniciam no capítulo 1 reservado à Introdução. A Norma ainda indica que “O indicativo de uma
seção secundária é constituído pelo indicativo da seção primária a que pertence, seguido do
número que lhe for atribuído na sequência do assunto e separado por ponto.” (ASSOCIAÇÃO
36
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 2). O mesmo deve ser feito para as
outras seções.
A NBR 6.024, salienta que “Não se utilizam ponto, hífen, travessão ou qualquer sinal após os
números indicativos da seção e de seu título.” e que “O título das seções (primárias,
secundárias, etc.) deve ser colocado após sua numeração, separado por um espaço. O texto
deve iniciar em outra linha.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2003b, p. 2). Recomenda-se que não haja uma sucessão de seções sem que haja um texto entre
essas. É muito importante para o leitor que, a cada divisão do texto, ele seja informado sobre
o conteúdo das subdivisões seguintes. Logo, havendo essa explicação, não ocorre sucessão de
subdivisões sem ter, pelo menos, uma frase introdutória. Recomenda-se cuidado na criação de
subdivisões, pois ao se dividir algo, no mínimo, se deve ter duas partes. Isso faz com que se
tenha, por exemplo, ao se dividir o capítulo 1, no mínimo, seções 1.1 e 1.2; e a seção 1.1
seguida, no mínimo, por seções 1.1.1 e 1.1.2 e assim sucessivamente. Não é obrigatória a
divisão de uma seção, pois cada uma delas é “[...] parte em que se divide o texto de um
documento, que contém as matérias consideradas afins na exposição ordenada do assunto.”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 1). Nos apêndices A e
B as seções são exemplificadas.
Para a correta formatação do texto, uma série de regras deve ser observada. São detalhadas
aqui as recomendações das normas técnicas e, para os elementos que não foram normatizados,
sugestões de como se tem procedido.
Sobre a formatação do texto, seja texto em geral, citações diretas e uso de alíneas, as
recomendações são as descritas a seguir. Ao longo do texto, ao se sucederem parágrafos sem
destaques, a fonte a ser utilizada é TNR 12 e com espaçamento 1,5 entre linhas
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a). Recomenda-se o uso de
texto justificado e, não havendo referência específica a como são distinguidos entre si os
parágrafos, se faz a sugestão de duas maneiras que são, graficamente, adequadas para a boa
leitura, ou seja:
37
Nos capítulos fruto de revisão bibliográfica, grande parte do texto reproduz informações
colhidas pelo autor na bibliografia consultada. Assim, ao longo do texto, devem ser indicadas
as citações e respectivas fontes, isto é, a informação e a indicação da sua origem. No capítulo
referente às citações do presente trabalho, são detalhadas todas as regras, mas se deve saber
para a formatação do texto que as citações podem ser:
Toda citação direta exige que se sinalize no texto que esta tem esse caráter, mas há diferenças
entre citações diretas curtas (de até 3 linhas quando digitadas no estilo que está sendo
utilizado para o texto em geral) e longas (com mais de 3 linhas quando digitadas no estilo do
texto em geral). Quando a citação direta ou citação direta de citação for curta, a
sinalização se dá através do uso de aspas duplas no início e no final, mantendo-se as
características da formatação do texto em geral. Ao se fazer uso de citação direta ou citação
direta de citação longa, usa-se um destaque gráfico. Esse destaque gráfico se dá com o uso
de “[...] recuo de 4 cm da margem esquerda, com letra menor que a do texto utilizado [sugere-
se letra TNR 10] e sem aspas.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002a). Como já foi salientado antes, maiores detalhes sobre a apresentação de citações
diretas estão no capítulo reservado ao assunto citações.
Quando no texto uma série de itens deve ser listada, se usa subdivisões denominadas alíneas.
Para um número pequeno de itens (até 3), que não são seguidos de explicações, normalmente
38
não se usa esse recurso e se deixa que um seja digitado após o outro, separados por vírgula, na
sequência do texto. Quando o número de itens é maior ou há explicações a serem incluídas em
relação a cada um deles, o uso das alíneas é obrigatório. A NBR 6024 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b) indica que o conjunto de alíneas (e devem
ser no mínimo duas, pois se trata de uma divisão do texto) deve ser precedido por um texto,
no estilo geral de texto, que termina em dois pontos. Esse texto anterior anuncia os itens
incluídos na forma de alíneas. Para individualizar cada alínea, se usa como marcador, letras
minúsculas seguidas de um fecha parênteses, e ficam ordenadas alfabeticamente. A NBR
6.024 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p. 3) indica que
“[...] as letras indicativas das alíneas são reentradas em relação à margem esquerda [...]” E
“[...] a segunda e as seguintes linhas do texto da alínea começam sob a primeira letra do texto
da própria alínea.”. Como as alíneas iniciam após dois-pontos, essas tem seu texto iniciando
com letra minúscula (exceção para nomes próprios ou outros usos obrigatórios de letra
maiúscula). Quanto à pontuação, ainda se deve salientar que entre alíneas se usa ponto-e-
vírgula e após o texto da última alínea usar ponto final.
Quando for necessário subdividir as alíneas, usa-se subalíneas. Como no caso das alíneas, as
subalíneas são uma forma de divisão do texto e, portanto, só fazem sentido se forem no
mínimo duas para uma dada alínea. Ainda segundo a NBR 6024, “As subalíneas devem
começar por um hífen, colocado sob a primeira letra do texto da alínea correspondente, dele
separadas por um espaço. As linhas seguintes do texto da subalínea começam sob a primeira
letra do próprio texto.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003b, p.
3). Em relação à pontuação, entre a alínea e a primeira subalínea, usa-se vírgula e, entre
subalíneas consecutivas, ponto-e-vírgula. Deve-se destacar que entre as alíneas só podem
existir subalíneas, isto é, não devem ser feitas inclusões de elementos como parágrafos,
ilustrações, tabelas ou equações.
normatizado e, algumas vezes, o Word passa a identificar todas as alíneas numa sequência
única dentro do trabalho, da primeira à última do trabalho.
As notas de rodapé são utilizadas para incluir explicações que não ficariam adequadas na
sequência do texto. Por exemplo: uma explicação sobre um conceito que ainda não foi
apresentado no trabalho e indicação de dados disponíveis sobre a origem de informação (no
caso de informação verbal ou de trabalho não publicado) ou referência de uma obra que foi
consultada indiretamente, usando apud na configuração da citação no texto. Assim, nesses
casos, se usa obrigatoriamente a nota de rodapé.
As ilustrações e as tabelas devem complementar uma informação que está no texto ou ter
uma explicação sobre o que estão apresentando. A presença de um destes itens deve ser citada
no texto, pois nem sempre é possível, por falta de espaço na página, incluir a ilustração ou
tabela imediatamente após essa ser citada no texto. Isso tanto pode ser entre parênteses (figura
1 em letras minúsculas) ou no corpo das sentenças. Só assim o leitor consegue fazer a
ligação entre o que ele está lendo e a ilustração ou tabela. Sobre a numeração das ilustrações e
tabelas, a NBR 14724 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a)
não indica se deve ser contínua ao longo de todo o texto ou por capítulo. De maneira geral, a
numeração contínua ao longo de todo o documento é de mais simples aplicação e
entendimento pelo leitor.
Sempre que a ilustração ou tabela for trazida de outro arquivo deve-se utilizar não o simples
copiar-colar, mas o copiar, no arquivo de origem, e o colar especial, como imagem, no texto
que a recebe. Feito isso, usar botão direito do mouse, formatar figura e selecionar <layout> e
<alinhado>. Isto permite fixar a ilustração ou tabela num determinado local do texto e lhe
atribuir o estilo adequado no arquivo Word®_ESTILOS_TCC. Não é aconselhável a
utilização do recurso de inclusão de caixa de texto para elaborar uma ilustração: muito
facilmente o formato original se perde ao serem necessárias alterações no texto. Por exemplo,
a simples passagem de um parágrafo de uma página para a seguinte, pode fazer com que esse
tipo de ilustração desapareça entre essas páginas consecutivas. No caso dos quadros e tabelas,
esses podem ser digitados diretamente no texto, mas um único critério (digitar ou colar como
40
figura) deve ser usado para uniformizar a apresentação de tabelas e quadros em todo o
trabalho.
As ilustrações e tabelas recebem a sua identificação, em letra TNR 10, na sua parte superior
e centralizada: Figura ou Tabela n – Título por extenso, não sendo seguida de ponto. A fonte
(origem) da ilustração ou tabela, ou de seus dados, deve ser indicada entre parênteses, abaixo
da ilustração ou tabela, da seguinte forma: (fonte: AUTOR, data, p. n). Se a ilustração ou
tabela foi elaborada pelo próprio autor do trabalho, deverá constar: (fonte: elaborado pelo
autor). Se a ilustração ou tabela não é idêntica àquela que está no texto consultado, usar uma
das seguintes expressões: (fonte: baseada em AUTOR, data, p. n) ou (fonte: adaptada de
AUTOR, data, p. n). As tabelas são desenhadas com as laterais abertas, isto é, o contorno não
é uma moldura fechada, mas aberta lateralmente, ao contrário dos quadros (categoria de
ilustração) nos quais as laterais também são fechadas. Veja os exemplos de tabelas e quadros
nos apêndices A e B.
No caso de ilustrações e tabelas coladas no texto, que possam ser apresentadas em tamanho
compatível com metade da folha na posição retrato, pode-se incluir tabela do Word, dividindo
a largura da página em duas colunas e incluindo três linhas. Na primeira, coloca-se a
identificação da ilustração ou tabela, na segunda, são coladas as ilustrações ou tabelas e, na
linha seguinte, é feita a indicação da fonte da ilustração ou tabela. Veja exemplo nos
apêndices A e B.
a) equação,
- segundo Instituto Antônio Houaiss (c2009): “[...] igualdade entre duas
expressões matemáticas que se verifica para determinados valores das
variáveis.”;
- segundo Michaelis... (c2009): “Afirmação da igualdade de duas expressões
ligadas pelo sinal =, que só se verifica para determinados valores das
41
incógnitas nela contidas. As equações são chamadas do 1., 2., 3., 4. etc.
graus, de acordo com o expoente da maior potência da incógnita.”;
b) fórmula,
- segundo Instituto Antônio Houaiss (c2009): “[...] expressão que define com
rigor tanto as relações fundamentais entre os termos que entram na
composição de um todo, como as regras estabelecidas por tipo de operação.”;
- segundo Michaelis... (c2009): “Expressão que serve para resolver todos os
casos ou problemas semelhantes, diferindo apenas pelo valor dos dados.”.
Assim como as ilustrações e tabelas, devem estar indicadas em frase do texto para remeter o
leitor a sua observação. Para facilitar a sua indicação com respectiva identificação na mesma
linha, sugere-se a inserção de uma tabela Word® dividida em duas colunas: a primeira, mais
larga (com 13,25 cm), na qual será disponibilizada a equação ou fórmula, e a outra, com
largura de 3,00 cm, na qual se indica a respectiva identificação. Essa identificação pode ser
somente um número entre parênteses, por exemplo, (1), ou (equação 1) ou (fórmula 1). O
contorno dessa tabela, como já foi visto para as listas e sumário, não são traçados. Abaixo da
equação ou fórmula, os símbolos utilizados nas mesmas devem ser identificados
(acompanhados de suas unidades de medida) e, ainda assim, dispostos na lista de símbolos.
Veja exemplos nos apêndices A e B.
várias aquela que aluno ou orientador considera mais adequada para um ou outro trabalho.
Dentre as três opções aqui apresentadas, vai se detalhar a opção 1, ou seja aquela que
apresenta no seu corpo:
a) introdução;
b) diretrizes da pesquisa, sem detalhar os procedimentos metodológicos da
pesquisa;
c) procedimentos metodológicos da pesquisa;
d) capítulos fruto de revisão bibliográfica;
e) considerações finais.
Nos próximos itens é feita a descrição desses quatro elementos componentes do Projeto de
Pesquisa.
Normalmente é a primeira, mas também, a última parte a ser escrita do TCC, pois depende do
conteúdo como desenvolvido até cada momento de apresentação de versões parciais ou final.
Costuma-se fazer redações iniciais da introdução para apresentar o trabalho preliminarmente.
Apresenta, de forma resumida, os objetivos do trabalho e da forma de elaboração no texto,
não em itens destacados. Desta forma situa o leitor no contexto da pesquisa e deve
proporcionar a ele a noção do assunto principal e das implicações do estudo. Assim sendo,
devem constar da introdução:
Sugere-se que, sempre que deva ser apresentado por escrito do trabalho, em suas várias etapas
de desenvolvimento, haja sempre uma introdução. Isso quer dizer que, desde o início, se
escreve a introdução e vai se aperfeiçoando o seu conteúdo com o aumento da precisão das
informações disponíveis.
43
Considera-se aqui que, no capítulo das Diretrizes da Pesquisa, foi exposto de maneira clara o
que será o foco do trabalho e, como de forma geral será o encaminhamento do trabalho (item
– delineamento da pesquisa). Desta forma, no capítulo dos Procedimento Metodológicos,
serão descritos de forma detalhada como a pesquisa se classifica, quais os métodos, as
técnicas e os instrumentos utilizados e o seu planejamento.
Seguindo o que é explicado por Kerlinger (1980, p. 321, grifo do autor), é interessante
diferenciar a pesquisa básica da aplicada. Desta forma o autor salienta que “[...] a pesquisa
básica é pesquisa feita para testar teoria, estudar relação entre fenômenos com o fim de
entender os fenômenos, com pouca ou nenhuma preocupação quanto à aplicação dos
resultados da pesquisa a problemas práticos.”. Por sua vez, a “Pesquisa aplicada é pesquisa
44
Isso é aqui importante porque, muitas vezes, no Trabalho de Conclusão de Curso na área da
Engenharia, o que é contemplado é, somente, a solução de um problema prático. Nesse caso,
o autor descreve o referencial teórico para resolução deste tipo de problema e o aplica no caso
com as particularidades definidas. Além disso, para não confundir o leitor, as descrições que
se fazem a seguir sobre a classificação das pesquisas, muitas vezes, não são adequadas a esse
tipo de pesquisa. Assim, em primeiro lugar, deve-se verificar se a pesquisa é de cunho prático
ou não. Sendo, considera-se uma pesquisa aplicada. Não tendo a pesquisa esse cunho prático,
passa-se a examinar qual o tipo de estudo se pretende realizar. Quanto à forma de abordagem
do problema de pesquisa, essas podem ser classificadas em quantitativas e qualitativas. Por
outro lado, com base nos objetivos do trabalho, as pesquisas podem se classificar em
exploratórias, descritivas e explicativas.
a) pesquisa bibliográfica;
b) pesquisa documental;
c) pesquisa experimental;
d) levantamento (ou survey);
e) estudo de caso;
f) pesquisa ação;
g) pesquisa participante.
Para desenvolver o trabalho com esses métodos, algumas técnicas de pesquisa podem ser
empregadas:
a) formulário;
b) questionário;
c) roteiro de entrevistas;
d) equipamentos ou instrumentos de medidas físicas;
e) testes.
Escreva um texto que esteja pronto para ser publicado. Não coloque, nele, tudo que
seja excessivamente acadêmico: pilhas de cansativas citações em destaque, centenas
de notas de rodapés, que doem aos olhos e que ninguém ter obrigação de ler,
tediosas revisões bibliográficas que, se o leitor quiser, vai ao autor original, etc.
Deixe o texto fluido, articulado, legível, como um livro, que é o que ele deve ser.
Afinal das contas, escreve-se para os outros do mundo, não? Quanto mais “pronto”
estiver para voar, melhor. Mais chances você terá de publicá-lo, sem precisar ficar
meses faxinando, cortando, acrescentando, articulando tornando-o publicável.
Quanto ao formato, como as principais ideias, nestes capítulos, têm origem na bibliografia,
devem ser indicadas as citações pelas regras da NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
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DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Para cada citação deve corresponder uma referência, que
será elaborada pelas indicações da NBR 6.023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 202b). Esse texto, portanto, composto por várias citações de diversos autores,
deve ter um “fio condutor”, elaborado pelo autor desse novo texto, que deve, não só incluir as
informações, mas “costurar” as ideias para que o leitor as compreenda com facilidade. Essa
função de síntese do que foi lido deve fazer parte do texto e não ser encargo do leitor.
Nos capítulos referentes à elaboração de fichas de leitura e naqueles que tratam de citações e
referências em documentos, estão disponibilizadas informações valiosas sobre como compor
o texto desses capítulos fruto de revisão bibliográfica.
Uma vez que o Projeto de Pesquisa será desenvolvido num semestre e, após sua avaliação e
aprovação é que o Trabalho de Conclusão de Curso será desenvolvido, esse documento inicial
necessita de um fechamento. Essa é a função desta última parte do Projeto de Pesquisa: a
inclusão de algumas considerações sobre o planejamento apresentado e as perspectivas
visualizadas para o desenvolvimento do trabalho e sobre os resultados esperados.
Com justificativas mais fortes que aqueles que definem combinações diferentes de capítulos
para a definição dos projetos de pesquisa, as seções dos relatórios finais do trabalho de
Conclusão de Curso podem variar, principalmente, em função das especificidades do estudo
(método, tipo de resultado, análises pertinentes, etc.). Assim como foi feito para o Projeto de
Pesquisa, serão detalhados os capítulos considerando-se a opção 1, detalhada acima, acrescida
dos capítulos referentes ao desenvolvimento do trabalho. Além dos capítulos variarem em
função do tipo de estudo, a ordem na qual são apresentados também pode não ser uniforme
para a melhor compreensão do conteúdo. Assim, não considerando essa ordem rígida para a
47
a) introdução;
b) diretrizes da pesquisa, sem detalhar os procedimentos metodológicos da
pesquisa;
c) capítulos fruto de revisão bibliográfica;
d) procedimentos metodológicos e descrição do desenvolvimento da pesquisa;
e) apresentação dos resultados;
f) análise dos resultados;
g) considerações finais ou conclusões.
Nos próximos itens é feita a descrição desses capítulos componentes do relatório final do
Trabalho de Conclusão de Curso.
Vale destacar que, sendo este capítulo da introdução o primeiro contato do leitor com o
Trabalho de Conclusão de Curso, esse tem grande responsabilidade na transmissão do real
conteúdo do relatório e, também, como instrumento para cativar o leitor a sua leitura.
Considerando-se que, os primeiros leitores, após os orientadores do trabalho, são os
componentes da banca avaliadora, há mais um motivo para preocupação com esse conteúdo.
Seria muito desabonador para o trabalho o avaliador ter uma decepção com o texto ou
conteúdo já no capítulo inicial.
Considerando-se que a proposta inicial do trabalho não sofreu alterações, o capítulo das
diretrizes da pesquisa deverá ser muito pouco alterado no relatório final do Trabalho de
Conclusão de Curso em relação ao Projeto de Pesquisa. Deve-se ter cuidado que, enquanto o
Projeto de Pesquisa descrevia os planos para desenvolvimento do trabalho, no relatório final
está a descrição daquilo que foi realizado: os tempos verbais serão diferentes e itens muito
específicos de planejamento, como por exemplo, o cronograma da pesquisa, devem ser
retirados nesta versão final.
a) texto, ainda que tenha conteúdo adequado, ficou muito longo (normalmente,
um Trabalho de Conclusão de Curso tem número máximo limitado de páginas,
como, por exemplo, da folha de rosto às referências, entre 70 e 80 páginas);
b) conteúdo está inadequado, podendo ser em função da,
- presença de conteúdos muito básicos e que, ainda que fossem importantes
para a construção do conhecimento sobre o assunto pelo autor do Trabalho de
Conclusão de Curso no início do processo de sua elaboração, não devem
permanecer na revisão bibliográfica desta versão final;
- alteração de aspectos importantes do trabalho, de tal sorte que, o conteúdo
desses capítulos deve ser ajustado ao novo enfoque para que haja uma
coerência interna no trabalho;
- ausência de elementos teóricos sobre determinados tópicos que se revelaram
relevantes durante o desenvolvimento do trabalho e que não haviam sido
incluídos.
Uma outra forma muito comum é a de apresentar os resultados já associados à análise dos
mesmos. Assim, ao invés de se ter, posteriormente, um capítulo de apresentação de resultados
e outro que descreva a análise destes, isso fica num único capítulo, ainda que isso possa
ocorrer em subdivisões internas ao capítulo: por resultado ou, primeiramente, os resultados e,
posteriormente, todas as análises.
51
Ao se descreverem os métodos de pesquisa neste livro, também serão feitas observações sobre
como apresentar resultados de forma adequada.
Se foi feita a opção de fazer, em capítulo específico, a descrição da análise dos resultados,
este é o momento de fazê-lo. A análise de resultados deve não só apresentar os seus
resultados, mas também detalhar quais os princípios ou referências utilizadas para chegar a
este tipo de análise e às conclusões a partir dessas. Isso faz com que muitas vezes, como
sugerido antes, se faça a apresentação dos resultados e de sua análise em conjunto para
simplificar e evitar a apresentação repetida de alguns tópicos. Também, junto ao capítulo
deste livro sobre métodos de pesquisa, considerações sobre a análise de resultados serão
realizadas.
Este capítulo é o que encerra o relatório do Trabalho de Conclusão de Curso e não deve,
exclusivamente, conter as considerações finais ou conclusões sobre os resultados alcançados,
mas fazer uma retomada dos principais elementos do trabalho e fazer um balanço sobre o que
foi realizado. Apresentado, em linhas gerais o trabalho, deve-se recapitular quais os seus
objetivos (principal e secundários) e mostrar claramente que esses foram alcançados (caso não
tenham sido alcançados esses devem ser retirados da descrição feita no capítulo das diretrizes
da pesquisa).
Por fim, muitas vezes, ao se desenvolver um trabalho, surgem ideias de outros trabalhos que
poderiam ser realizados, por exemplo, em continuidade ao que no momento se descreve, e
isso pode (e deve) ser registrado para inspirar outros estudiosos a trabalhar nessa área e, se
possível, utilizar a experiência adquirida com esse trabalho.
52
2.2.4.1 Referências
2.2.4.2 Glossário
O glossário é um elemento pós-textual opcional, pode-se dizer o mais raro destes, que
consiste na “[...] relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido
obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2011a, p. 3). Usa-se fazer a lista das palavras ou
53
2.3.4.3 Apêndices
Quando necessário, são incluídos apêndices. O apêndice é elemento opcional, que consiste em
“[...] texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação,
sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2011a, p. 2). Isto significa que não pode ser obrigatória a leitura do material
disponibilizado em apêndice para entendimento do trabalho. Sua existência deve ser citada no
texto para remeter o leitor a sua leitura. Caso sejam incluídas ilustrações ou tabelas nos
apêndices, estas deverão ser identificadas de forma distinta a utilizada no texto e sem manter
relação de sequência com aquelas. Para cada apêndice deve ser criada uma capa na qual
aparece a sua identificação que deve ser feita por uma letra de A a Z, selecionada em função
da ordem de aparição no texto. Veja nos apêndices A e B o formato.
2.3.4.4 Anexos
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
A pesquisa bibliográfica está presente em todos os tipos de pesquisa. Fachin (2001, p.126)
reforça isso afirmando que “Todo o tipo de estudo deve ter o apoio e o respaldo da pesquisa
bibliográfica, mesmo que se baseie em pesquisa de campo ou de laboratório, ou ainda outra.”.
Assim, neste capítulo serão abordadas as várias etapas desta importante fase de qualquer
trabalho de pesquisa.
3.1 INTRODUÇÃO
Deve-se estar ciente desde já que “A pesquisa bibliográfica constitui o ato de ler, selecionar,
fichar, organizar e arquivar tópicos de interesse para a pesquisa em pauta.” (ARANTES1,
1971 apud FACHIN, 2001, p. 125). Desta forma, toda pesquisa inicia com a aquisição de
conhecimentos, pois para escrever, posteriormente, sobre determinado tema, é necessário o ter
estudado. Isso não significa que tudo que for foco de estudo do pesquisador deverá ser
transcrito para os capítulos fruto de revisão bibliográfica: deve ser feita, em determinado
momento uma pausa para avaliar o que era necessário somente para o embasamento teórico
do autor e o que é, realmente, importante para o registro no trabalho escrito. Mas se trat de
uma etapa fundamental para a boa qualidade do TCC.
Há quem afirme que o estudioso lê e só depois inicia sua redação e há quem diga
que um escritor de obras científicas, técnicas, didáticas lê e escreve
concomitantemente. Num caso ou noutro a decisão de escrever pressupõe reflexão
demorada sobre o assunto.
Para Camara2 Jr. (1978, p. 58), escrever não é uma prerrogativa dos literatos, mas
uma atividade social imprescindível. [...] só é capaz de escrever bem aquele que sabe
bem o que vai escrever. E isto implica em aprender a pensar. Sem ter antes refletido
sobe um assunto, o ato de escrever transforma-se num pesadelo. Por isso, o
pesquisador só iniciará a redação de seu texto depois que estiver de posse de todos
os fichamentos (de citações diretas, ou transcrições, de resumo, de comentários) e
resenhas que elaborou. Nesse momento, talvez disponha de alguma informação ou
conhecimento útil à comunidade e deseje transmiti-los.
Sabe-se que o menos experiente primeiro tem que ler muito para poder escrever, ou então, faz
o que muitas vezes se percebe nos trabalhos, trata cada tópico segundo a visão de um único
autor sem maior reflexão sobre o assunto. Isso é, encontrado o tópico na obra de um autor,
este é cortado da lista daqueles a serem pesquisados e a redação é desenvolvida
exclusivamente baseado em uma obra. Na verdade, o que se espera é que o pesquisador
busque todas as informações necessárias segundo a visão de vários autores e saiba apresentar
cada uma delas mesclando o que esses escreveram em suas obras.
Assim, o aluno que está iniciando seu TCC deve buscar a bibliografia sobre o assunto e, na
medida que o material é lido, para ser entendido, exige algum conhecimento que esse leitor
não tem, esse tem de buscar o embasamento teórico para ter a possibilidade de compreensão
total do que for lido. Nesse processo, não se pode pular etapas. Assim, muitas vezes a
amplitude dos assuntos lidos aumenta muito para que todo o embasamento teórico seja
compreendido.
Isso não significa que os capítulos fruto da revisão bibliográfica do TCC irão abranger todos
esses tópicos, mas para escrever sobre o conhecimento mais avançado, o básico também deve
ser compreendido. A não compreensão do básico gera textos (e autores) que não conseguem
transmitir ao outro a verdadeira essência do saber. Observa-se muito esse fato nos
pesquisadores que foram introduzidos aos temas em trabalhos de pesquisa de seus
orientadores, já em um alto nível de complexidade do assunto, como, por exemplo, com
bolsas de iniciação científica, que sabem reproduzir o que o os orientadores defendem, mas
não tem condições de tratar do embasamento teórico que justifica as conclusões, pois
simplesmente não conhecem o mais básico sobre o tema: isso é muito preocupante, pois esse
podem se tornar os “especialistas” do futuro ao se iludirem serem grandes conhecedores da
área.
Assim, algumas vezes na revisão bibliográfica apresentada no PP, muitos tópicos básicos são
incluídos, o que, muitas vezes, gera um volume de páginas muito grande. Se isso não for
problema maior naquela etapa, pode-se deixar assim. Posteriormente, na composição da
58
versão final do TCC, o aluno terá maior facilidade de descartar aquilo que, ele mesmo tendo
avançado no conhecimento sobre o assunto, reconhece como muito elementar. Mas o aluno
deve passar por esse processo de crescimento e não, de forma errônea, não incluir elementos
essenciais para que os outros entendam o que está sendo tratado.
Um cuidado deve ser tomado em todas essas fases desse processo: a pessoa sofre uma série de
interferências pessoais e culturais que podem comprometer a objetividade da comunicação.
Desta forma, são necessários certos cuidados para garantir um maior grau de objetividade
nessa comunicação. O autor do novo texto não deve ser conciso demais, pois seu leitor talvez
não entenda o tema de forma completa, mas também não pode se alongar demais em cada
tópico, repetindo, por exemplo, as mesmas ideias com outras palavras ao citar vários autores,
e nem incluir aquilo que não está diretamente relacionado com o tema central e não contribui
para o enriquecimento do conhecimento a ser transmitido.
3
Qualis é o conjunto de procedimentos utilizados pela Capes para estratificação da qualidade da produção
intelectual dos programas de pós-graduação. Tal processo foi concebido para atender as necessidades
específicas do sistema de avaliação e é baseado nas informações fornecidas por meio do aplicativo Coleta de
Dados. Como resultado, disponibiliza uma lista com a classificação dos veículos utilizados pelos programas de
pós-graduação para a divulgação da sua produção. Ver mais informações em:
<http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis>.
59
As publicações periódicas são as revistas (ou jornais) científicas e técnicas e que apresentam
os temas de forma mais atual (MEDEIROS, 1999, p. 49). Os anais são documentos nos quais
constam artigos, de forma integral ou resumos, de determinado evento científico (congressos,
jornadas, seminários, simpósios, etc.). É muito importante ter conhecimento dos principais
eventos científicos da área na qual o TCC é desenvolvido para localizar seus anais
(atualmente, normalmente, em CD) ou site (que, algumas vezes, possibilita o acesso aos
trabalhos lá publicados). Trabalhos acadêmicos são aqueles que são desenvolvidos numa
instituição de ensino com a finalidade de aquisição de um título acadêmico específico. Desta
forma, não se pode confundir esses trabalhos com os de disciplinas ao longo de um curso
acadêmico.
4
Curriculo Lattes: a Plataforma Lattes representa a experiência do CNPq na integração de bases de dados de
Currículos, de Grupos de pesquisa e de Instituições em um único Sistema de Informações. Sua dimensão atual
se estende não só às ações de planejamento, gestão e operacionalização do fomento do CNPq, mas também de
outras agências de fomento federais e estaduais, das fundações estaduais de apoio à ciência e tecnologia, das
instituições de ensino superior e dos institutos de pesquisa. Além disso, se tornou estratégica não só para as
atividades de planejamento e gestão, mas também para a formulação das políticas do Ministério de Ciência e
Tecnologia e de outros órgãos governamentais da área de ciência, tecnologia e inovação. Ver mais
informações em: <http://lattes.cnpq.br/>.
60
A vantagem da pesquisa bibliográfica em relação aos outros tipos de pesquisa é a sua ampla
cobertura. Mas este tipo de pesquisa tem suas limitações:
Medeiros (1999, p. 42-43) recomenda que, para se fazer a seleção do material a ser lido, se
deve analisar título, autor, resumo, sumário, edição. A análise, em conjunto dos elementos
citados, é que dará ao pesquisador ideia da qualidade e pertinência da obra para o trabalho
proposto. Assim, recomenda-se fazer as seguintes considerações:
Caso o material tenha se revelado inadequado para o estudo em questão, antes de descartá-lo,
visite a sua lista de referências. Em muitos casos, nessa lista se encontram títulos que, além de
serem de fácil acesso, tratam realmente dos tópicos de interesse.
Para se alcançar esses objetivos é aconselhável que se realize uma leitura proveitosa, sendo
aconselhável que não se leia o documento do início ao final, como se lê um romance.
Aconselha-se que seja feita por partes, até para que se verifique se o material contém
informações importantes para o TCC. Mas, antes de iniciar a leitura atenta, leia o resumo do
trabalho, quando existir, e analise o seu sumário, verificando quais os capítulos e itens
presentes. Muitas vezes, lendo o resumo e analisando o sumário já se descarta o material pois
não trata do assunto da maneira que interessa ou, mesmo, não trata do assunto imaginado. Se
o trabalho é um artigo, por exemplo, que não tem resumo e/ou sumário, leia alguns parágrafos
do início, meio e fim para, também, avaliar a importância deste para o tema a ser proposto. O
que se deseja é, portanto, examinar se o título muito sugestivo para corresponder ao conteúdo
do novo trabalho, não é uma propaganda enganosa para os objetivos propostos no novo
trabalho.
Severino (2002) indica que, se, frente a esse primeiro exame, o material parece interessante,
divida o texto em unidades de leitura. Uma unidade de leitura é uma parte do texto que forma
uma totalidade de sentido (capítulo de um livro, tese ou dissertação, item de um artigo). A
ideia não é iniciar no primeiro capítulo necessariamente. O melhor é selecionar no sumário as
partes que parecem mais relevantes, em relação ao foco do trabalho a ser realizado, e iniciar
ali a leitura. Na medida que o texto é importante para o novo trabalho, vá aumentando a
abrangência da leitura para os outros capítulos. Mas, algumas vezes nos capítulos
selecionados para começo da leitura do material também se percebe que o enfoque não é o
procurado: melhor deixar de lado e procurar aquilo que será de maior interesse.
63
Assim, entende-se aqui a ficha de leitura como sendo um arquivo de texto no qual cada obra
será registrada e cujas citações, que parecem importantes para o texto fruto de revisão
bibliográfica do trabalho, serão transcritas. Esse arquivo será formado pelo conjunto de fichas
de leitura e, para localizar cada uma das citações, será criada uma palavra-chave que deve
traduzir sobre o que trata cada citação. Uma mesma citação poderá ter várias palavras-chave
e, várias citações, a mesma palavra-chave. Através das palavras-chave, usando o recurso
<localizar> do editor de texto, essas serão localizadas e, obviamente, cada citação, fazendo
com que, facilmente, em todas as obras catalogadas, se identifiquem as citações sobre um
mesmo tópico.
Desta foram, para criar as fichas de leitura, a preocupação deve estar com:
Tudo isso é necessário para já, desde as fichas de leitura, se trabalhar de acordo com as
Normas Técnicas da ABNT referentes às referências. Exemplos de fichas de leitura estão no
apêndice D e estão acompanhadas de lista de palavras-chave empregadas nessas fichas.
A classificação do material consultado quanto ao seu tipo é importante, pois nem toda fonte
de informação pode ser registrada através das regras de citações e referências definidas nas
normas técnicas. Assim, pode-se classificar, segundo as NBR 6023 e NBR 10520
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÈCNICAS, 2002a, p. 2, 2002b, p. 2-3), as
fontes de informações em
Para os documentos, desde o primeiro momento, deve-se fazer o registro dos dados da obra
consultada segundo as indicações da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002a), pois verificada a falta de informações, existe possibilidade, e
tempo hábil, para procura-las até a finalização do trabalho. Toda informação colhida sobre um
documento que não está registrada diretamente neste, pode ser utilizada, mas sempre indicada
entre colchetes. Além disto, devem ser guardados os dados catalográficos (fazendo uma cópia
65
Os livros podem apresentar formas variadas de, por exemplo, autoria, número de volumes,
etc. Assim, são detalhados, a seguir, os dados necessários para que, para cada caso,
posteriormente se possa compor a referência. A formatação das referências e respectivos
exemplos estão no capítulo referente a esse assunto.
Se livro cuja autoria é única para todo a obra, mesmo que sejam várias pessoas as autoras:
a) autores;
b) título e subtítulo;
c) número da edição (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
d) local da editora;
e) editora;
66
f) ano da publicação (se houver dados complementares como, por exemplo, sobre
reimpressões, essas devem ser também anotadas);
g) volume (se houver).
Se o livro tem pessoas responsáveis pelo todo (denominados, por exemplo, coordenadores,
compiladores, editores, etc.) e sem autores em particular para cada capítulo:
Se o livro que tem pessoas responsáveis pelo todo (denominados, por exemplo,
coordenadores, compiladores, editores, etc.) e com autores em particular para cada
capítulo:
Se trabalho acadêmico, entendido como um trabalho realizado para aquisição de algum grau,
por exemplo, trabalho conclusão na graduação, dissertação no mestrado, tese no doutorado:
a) autor;
b) título e subtítulo;
c) ano da publicação (ano da defesa folha de rosto);
d) número de folhas (número registrado na última folha do trabalho, incluindo
elementos pós-textuais, mesmo que esses não estejam numerados);
e) tipo de trabalho: por exemplo, trabalho conclusão, dissertação, tese (como
indicado na folha de rosto);
f) área do conhecimento da titulação do autor: por exemplo, Graduação em
Engenharia Civil, Mestrado em Engenharia, Mestrado em Engenharia Civil,
Doutorado em Engenharia, Doutorado em Engenharia de Produção (a titulação
fica descrita na folha de rosto do trabalho e é função do regimento interno de
cada curso);
g) faculdade ou curso de pós-graduação (como indicado na folha de rosto) e a
universidade a qual pertence;
i) cidade onde a universidade está localizada (por vezes na folha de rosto ou na
folha de aprovação);
j) ano de publicação (ano da homologação folha de aprovação, caso não esteja
registrado usa-se a mesma data da folha de rosto).
a) autor;
b) título e subtítulo do artigo;
c) título e subtítulo do periódico;
d) local onde é editado;
e) volume (ou ano);
f) número;
g) página inicial e final;
h) data da publicação (mês e ano, ano ou outra indicação como empregada do
periódico como semestre, bimestre, estação do ano, etc.).
68
Se artigo publicado em evento (como, por exemplo, congresso, seminário, workshop, etc.):
a) autor;
b) título e subtítulo do artigo;
c) nome do evento
d) número da edição do evento;
e) ano do evento;
f) local onde evento ocorreu;
g) tipo de publicação: Anais, Resumos, Proceedings, etc.;
h) local da edição;
i) instituição responsável pela edição;
j) ano da publicação;
k) página inicial e final (se houver indicação, por exemplo, 445-465, ou, quando
não houver paginação grafada, registrar: Não paginado).
Se norma técnica:
a) autores;
b) título e subtítulo;
c) local de edição;
e) instituição responsável pela publicação;
f) ano da publicação;
g) denominação e número do item: por exemplo, Boletim Técnico n. 456.
69
Para legislação os dados necessários dependem de onde a mesma foi consultada. Se for num
livro, segue a instrução para livros, se for diretamente a legislação, na Internet, por exemplo,
deve-se anotar:
a) jurisprudência da legislação,
- federal: nome do país;
- estadual: nome do estado;
- municipal: nome do município;
b) órgãos responsáveis pela sua elaboração, citando todos, em ordem hierárquica
decrescente (normalmente indicados antes do caput da mesma, sendo o caput a
apresentação resumida, antes do texto da legislação propriamente dita, que
resumo a sua finalidade);
c) tipo de legislação e correspondente número, por exemplo: Lei n. 4.591;
d) data da publicação (dia, mês e ano);
e) caput da legislação: enunciado que está no início da legislação que resume o
seu objetivo;
f) local de publicação;
g) endereço completo do site no qual a legislação foi consultada;
h) data completa de acesso à internet.
Se mensagem pessoal (exceção: pois não é de livre acesso a todos, mas é considerado por
NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b) passível de se
criar citação e referência):
Como frisado anteriormente, para ser possível localizar as informações colhidas de uma obra,
que foram registradas nas fichas de leitura, devem ser usadas palavras-chave. Uma palavra-
chave é, nesse caso, uma palavra significativa para encontrar as citações transcritas de um
tema de interesse.
As palavras-chave de todas as fichas de leitura devem ser apresentadas numa lista única, em
ordem alfabética, por exemplo, pois se houver uma lista para cada ficha, um mesmo tema
pode ser identificado por várias palavras-chave equivalentes. Isto geraria uma grande
dificuldade de localizar as informações. Assim, antes de criar uma nova palavra-chave, deve-
se primeiro consultar a lista já criada para não registrar uma que seja equivalente a uma já
existente.
As palavras-chave das fichas de leitura devem ser bastante específicas, pois, caso contrário,
também dificultam o trabalho. Por exemplo, se um dos temas tratado é o material de
construção concreto, a palavra-chave não deve ser concreto, mas de forma mais específica,
como por exemplo, concreto – materiais constituintes, concreto – dosagem, concreto –
71
cura. As palavras-chave devem ser indicadas ao longo das citações incluídas nas fichas de
leitura para que se cumpra a função de localização do tema.
É necessário fazer o registro do conteúdo da obra para maior retenção do que foi lido, uma
vez que só pequena parte fica memorizada. Não fazer anotações na primeira leitura, mas
quando o material já está selecionado como relevante.
Deve-se resumir ou transcrever ideias sempre guardando referência da parte na qual a citação
estava no texto (página, em geral, ou página e/ou seção/item no caso de normas técnicas e
legislação) para poder retornar facilmente para uma releitura e citação. Mas cuidar para não se
afastar dos objetivos da pesquisa ao fazer apontamentos. Na medida que o pesquisador se
sente motivado para fazer comentários sobre o conteúdo da obra (ou comparações entre
obras), fazer aqui este registro para não perdê-los com o passar do tempo. Esses comentários,
quando existirem, devem estar bem sinalizados (por exemplo, dentro de uma moldura) para
que não sejam confundidos em citações da obra.
Nas fichas de leitura, é aconselhável registrar citações diretas para o texto não passar por
várias alterações antes de chegar a sua redação final no trabalho. As citações indiretas são
adequadas, nas fichas de leitura, para trechos que se deseja resumir, não trazendo do original
o conteúdo com todos os detalhes lá registrados.
o material estiver disponível em papel as ilustrações e tabelas devem ser scaneadas e, quando
em arquivos pdf, deve ser usado alguma ferramenta de captura. Sempre recortar a ilustração
ou tabela sem criar uma grande margem ao redor dos seus limites. No caso de quadros e
tabelas, incluir na ficha de leitura para manter o registro do original, mas, preferencialmente,
criar um padrão de quadros e tabelas no Microsoft Excel® e, posteriormente, as copiar e colar
no trabalho. Sempre que a ilustração ou tabela for trazida de outro arquivo deve-se utilizar
não o simples copiar-colar, mas o copiar, no arquivo de origem, e o colar especial, como
imagem, no texto que a recebe. Feito isso, usar botão direito do mouse, formatar figura e
selecionar <layout> e <alinhado>. Isto permite fixar a ilustração ou tabela num determinado
local do texto e lhe atribuir o estilo adequado (ilustração ou tabela colada).
Como já salientado, deve-se registrar junto a cada citação, sempre que possível, a página na
qual essa informação está no original. Indica-se a página (por exemplo, p. 2) ou o intervalo de
páginas (por exemplo, p. 2-5) conforme o texto (ou informação) transcrita esteja numa ou
mais páginas. Independente da citação ser direta ou indireta, deve-se proceder a indicação da
página conforme um dos casos abaixo, em função do texto original:
Quando nos documentos, dos quais se retiram as informações, existir indicação de itemização
para todos os tópicos que o compõem (como ocorre, por exemplo, nas normas técnicas),
mesmo havendo a indicação explícita de paginação é mais importante que conste da ficha de
leitura (e, posteriormente, do texto final do trabalho) a identificação numérica do item. O
mesmo ocorre com as citações de legislação, pois nesse caso, mais importante que a página na
qual cada trecho está no original, é a identificação dos artigos e parágrafos, por exemplo, em
que essas informações ali constam.
O texto reproduzido em citação direta deverá manter toda a formatação do texto relativa a, por
exemplo, parágrafos e alíneas. Isto quer dizer que na ficha não será permitido que parágrafos
que eram isolados sejam reproduzidos como um só parágrafo e nem que se quebre um
parágrafo em mais de um. O mesmo ocorre com as alíneas: se os itens estão em alíneas,
devem ser assim reproduzidos, com o cuidado de usar como marcador, independente do
marcador utilizado no original, as letras minúsculas seguidas de fecha parênteses − a), b), c).
Caso os itens não estejam em alíneas, mas sim descritos na sequência do texto, devem assim
permanecer.
Os textos lidos em outros idiomas devem ser traduzidos. As citações podem ser diretas ou
indiretas. Sempre deve ser indicado, entre parênteses, antes da palavra-chave, tradução nossa,
pois essa indicação é obrigatória se a citação traduzida for incluída como citação direta no
TCC. A citação será direta quando a estrutura do texto, além do conteúdo, é mantida fiel a do
autor, mas observando as diferenças entre os idiomas. Uma citação indireta de texto traduzido
é aquela que não mantém a estrutura do texto original e, apesar de incluir as informações
disponibilizadas pelo autor, são apresentadas com um novo formato de frases ou parágrafos,
às vezes, de forma resumida.
Ao final de cada citação, deve-se fazer a indicação de palavra-chave (podendo ser mais do
que uma) de tal forma que ao se fazer a busca por essa palavra-chave (que estará disposta na
lista de palavras-chave do conjunto de fichas de leitura desenvolvidas para o TCC, vai se
encontrar todos os trechos citados que tratam de tal tópico). Veja nos exemplos do apêndice D
(que registra exemplos de citações em fichas de leitura), que as palavras-chave são escritas em
letras maiúsculas e entre parênteses para serem facilmente identificadas.
74
Alguns aspectos da forma de registrar citações variam conforme essas sejam diretas ou
indiretas e, ainda, se citação de citação. Os exemplos estão no apêndice D e, a seguir, as
recomendações para cada tipo de citação na ficha de leitura.
As citações diretas tem a particularidade de serem sinalizadas com aspas. Assim, os trechos
de citações diretas, nas fichas de leitura, independente do seu tamanho (até 3 linhas ou mais
do que três linhas5), serão apresentadas entre aspas. As citações diretas podem ser transcritas
de forma completa ou feitas exclusões. Assim, as considerações sobre a presença de
exclusões são:
Nos exemplos, após a referência da obra utilizada para cada caso, apresenta-se o texto como
se apresenta no original e, posteriormente, como seria citado na ficha de leitura.
5
Faz-se essa observação sobre o tamanho da citação direta porque ao se transcrever uma citação direta para o
TCC propriamente dito, a citação direta é apresentada entre aspas quando tem menos de três linhas e, em
destaque gráfico, quando com mais de três linhas. Isso é detalhado no capítulo das citações.
75
EXEMPLO 3.5: citação direta com exclusão de frase no início do parágrafo original
p. 20 – “Concretos com a mesma idade real, mas que foram curados com temperaturas
diferentes, possuem maturidades diferentes e, portanto, resistências diferentes.”.
(ESTRUTURA DE CONCRETO – MATURIDADE DO CONCRETO)
EXEMPLO 3.6: citação direta com exclusão de frase no meio do parágrafo original
EXEMPLO 3.7: citação direta com exclusão de frase no final do parágrafo original
EXEMPLO 3.8: citação direta com exclusão de parágrafo entre parágrafos citados e
inclusão de significado de sigla utilizada no texto
[...]
Assim, o pesquisador pode desejar fazer exclusões, mas ele também pode fazer inclusões.
Inclusões são necessárias quando, no trecho citado, existe referência a algo que foi, por
exemplo, explicado anteriormente no original e essa explicação não está sendo transcrita.
Desta forma, para fazer uma inclusão, usa-se esse novo texto entre colchetes. Essa inclusão
pode ser em qualquer parte do trecho transcrito (ver exemplos 3.8, já apresentado, e 3.10, no
qual há a indicação de uma norma sem que sua respectiva citação seja indicada para que se
possa identificar a referência que lhe diz respeito.).
80
EXEMPLO 3.10: inclusão da indicação da citação da norma para que sua referência
seja indicada em nota de rodapé (se não foi consultada diretamente) ou
na lista de referências (se consultada diretamente)
p. 142 – “A absorção é a relação entre a massa de água absorvida pelo agregado graúdo após
24 horas de imersão (DNER-ME 081/98 [(DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS
DE RODAGEM, 19986)]) à temperatura ambiente e a massa inicial de material seco, sendo
determinada para permitir o cálculo das massas específicas, real e aparente, do agregado.”.
(AGREGADOS – ABSORÇÃO)
Outro fato ao qual se deve estar atento é relativo à ocorrência de destaques no texto, que,
quando em citação direta, devem ser reproduzidos. Esses são feitos de diversas maneiras pelos
autores, mas ao se fazer no TCC, deve-se uniformizar a forma de os apresentar. Quando o
grifo é para destacar algum trecho do texto, usar negrito, independente do tipo de grifo
usado no original (ver casos nos exemplos 3.3 e 3.9 anteriormente apresentados). Se o grifo
assinala palavras estrangeiras no texto, usar itálico e, caso as palavras estrangeiras não
estiverem grifadas, fazê-lo na ficha e no texto do TCC (exemplo 3.11).
81
p. 145 – “No estudo dos agregados, são definidas três designações de massa específica: real,
aparente e efetiva, respectivamente correspondentes aos termos em inglês apparent specific
gravity, bulk specific gravity e effective specific gravity.”. (AGREGADOS – MASSA
ESPECÍFICA)
Quando a citação direta se estende por vários parágrafos, deve-se sinalizar que existe essa
relação sequencial entre eles. Se a sequência de parágrafos for apresentada com uma única
indicação de páginas inicial e final (por exemplo, p. 158-159), ao se querer fazer uma citação
no texto final de somente parte desses parágrafos, não se saberá, exatamente, em que páginas
os parágrafos estavam no original. Assim, deve-se sinalizar, na ficha de leitura,
detalhadamente isso para não criar problemas posteriormente. Para explicar como fazer essa
indicação, veja o exemplo 3.12. Nessa citação direta composta por uma sequência de quatro
parágrafos, a citação inicia por dois parágrafos que estão somente na página 158 do texto
original, sendo seguidos por outro que está na transição da página 158 para a 159 e que o
quarto parágrafo está de forma completa na página 159. Assim, deve-se assinalar essas
diversas ocorrências na ficha de leitura.
6
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 081/98: agregados –
determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo. Rio de Janeiro, 1998.
82
continua
83
continuação
p. 158-159 – “ Um dos tipos mais empregados no Brasil é o concreto asfáltico (CA) também
denominado concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ). Trata-se do produto da mistura
convenientemente proporcionada de agregados de vários tamanhos e cimento asfáltico, ambos
aquecidos em temperaturas previamente escolhidas, em função da característica viscosidade-
temperatura do ligante. As misturas asfálticas a quente também se dividem em grupos
específicos em função da granolometria dos agregados [...]”.(REVESTIMENTOS
ASFÁLTICOS – MISTURAS USINADAS)
A indicação p. 1587-(159) na ficha de leitura indica que a citação está na página 158, mas
segue na página 159. Quando sinalizado p. 158-159, deve-se entender que o texto está na
transição da página 158 para a 159. A indicação p. (158)-159, indica que a citação está na
página 159, mas é continuação dos parágrafos anteriores da página 158. Isso só é válido para
parágrafos em continua sequência e que têm uma dependência entre si para o entendimento da
ideia como um todo. Isso é usado na ficha de leitura, pois se os parágrafos, das páginas 158 e
159, forem transcritos juntos para o texto do TCC, poderá ser indicado, simplesmente, p. 158-
159. Mas, se só for transcrito, por exemplo, só o parágrafo que está por completo na página
158, e não o que está na transição das páginas ou só na página 159, sabe-se qual informação
está em cada uma dessas páginas.
84
Para resumir informações ou para mudar o estilo do texto, ficando mais coerente com o
restante do trabalho, são feitas citações indiretas. Neste caso, indica-se a paginação e o texto é
redigido com uma nova redação. O texto não pode manter a estrutura do texto do autor,
representando a mera substituição ou exclusão de algumas palavras. Neste caso, para sinalizar
que é uma citação indireta, não são usadas aspas. Como se trata de um novo formato para a
informação, não faz sentido a sinalização de exclusões (com [...]) ou inclusões (com [texto da
inclusão]). Veja o exemplo 3.13.
Caso o autor que está sendo lido indica que a informação ali disponibilizada é proveniente de
outra obra, é necessário fazer a indicação disto, ou seja, citação de citação. Quando é
reproduzido o texto que indica o outro autor exatamente como está no texto que está sendo
consultado, faz-se citação direta de citação. Seguem-se os mesmos critérios da citação direta
anteriormente descritos, mas como há o nome do autor citado no trecho, deve-se criar uma
nota de rodapé na qual indica-se a referência desta obra citada pelo autor. Esse procedimento
de anotação da referência em nota de rodapé deve seguir o padrão indicado nos capítulos
referentes a citações e referências. Veja o exemplo 3.14.
85
p. 26 – “No que tange o novo modelo de produção, Koskela (1992, p. 15) define o processo
de produção como um fluxo de materiais ou informações desde a matéria-prima até o produto
final. O mesmo autor afirma que na nova filosofia de produção, a atenção é voltada não
somente para o resultado das atividades de conversão da matéria-prima em produto final, mas,
sobretudo, através da compreensão do tempo, custo e valor dos fluxos que ocorrem entre as
conversões, tais como inspeção, movimento e espera. A figura 2 representa este novo modelo
de produção.". (MODELOS DE PRODUÇÃO − NOVO MODELO)
continua
86
continuação
Da mesma maneira que no caso anterior, caso o autor da obra lida indica que a informação ali
disponibilizada é proveniente de outra obra, é necessário fazer citação de citação e essa pode
ser indireta. Assim, apesar da citação anotada na ficha de leitura não ser o texto original que
indica o outro autor, se apresenta a informação disponibilizada e a indicação do autor citado
pelo autor lido. Seguem-se os mesmos critérios da citação indireta anteriormente descritos,
mas como há o nome do autor citado no trecho, deve-se criar uma nota de rodapé na qual
indica-se a referência desta obra citada pelo autor. Esse procedimento de anotação da
referência em nota de rodapé deve seguir o padrão indicado nos capítulos referentes a citações
e referências. O exemplo 3.15 ilustra esse caso.
continua
87
continuação
p. 26 – Apesar de qualquer tipo de atividade consumir tempo e gerar custos, são as atividades
de conversão que agregam valor ao produto final. Agregar valor significa que a matéria-prima
está sendo transformada em produto que o cliente almeja (KOSKELA7, 1992).". (MODELOS
DE PRODUÇÃO – ATIVIDADE DE CONVERSÃO)
A inclusão de comentários é opcional. O leitor pode os fazer sobre o conteúdo da obra (ou
comparativamente entre obras): registrar junto às citações diretas ou indiretas (sinalizar muito
bem o que é comentário e o que é citação do texto original). É importante registrar para não os
perder com o passar do tempo. Serve, também, para fazer o registro de ideias que o leitor teve
durante a leitura do texto.
Para facilitar o trabalho ao longo da elaboração do TCC, é importante usar algum sistema de
busca para possibilitar que as obras consultadas sejam facilmente localizadas. Sempre que
possível, reter uma cópia em papel ou arquivo do material lido (no caso de arquivo, não
manter somente no disco rígido do computador, mas criar back-up continuamente atualizado,
como, por exemplo, numa “nuvem”).
É importante criar algum tipo de classificação para encontrar os documentos para releitura
caso não permaneça cópia com o pesquisador, fazer registro de onde material pode ser
encontrado para nova consulta (biblioteca, quem emprestou, etc.). Pelo menos a cópia das
partes do texto das quais se extraem os dados para composição das referências (dados
catalográficos) é obrigatória. Os arquivos devem ser nomeados pelo sobrenome dos autores e
data de publicação, pois a indicação do título do trabalho, além de dificultar que se encontre a
obra desejada, pode gerar problemas ao se copiar esses arquivos, pois, muitas vezes nomes
muito longos não são admitidos.
7
KOSKELA, L. Application of the New Production Philosophy to Construction. Espoo, Finland: CIFE,
1992. Technical Report n. 72.
88
Ao se desenvolver o texto, fruto da revisão bibliográfica, deve-se ter o cuidado de não gerar
texto com as características dos descritos a seguir e que foram assim classificados no artigo
de Alves-Mazzotti (2002).
3.6.1 Summa
3.6.2 Arqueológico
Este tipo de revisão bibliográfica tem a mesma preocupação que o tipo anterior, mas
distingue-se daquele pela ênfase na visão diacrônica, ou seja, descrição do histórico do
conhecimento sobre determinado assunto (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 34).
3.6.3 Patchwork
3.6.4 Suspense
No tipo suspense pode-se notar a existência de um roteiro, entretanto, como nos clássicos do
gênero, alguns pontos da trama permanecem obscuros até o final. A dificuldade é saber onde
o autor quer chegar, qual a ligação dos fatos expostos com o tema do estudo. Pode-se chamar
89
de cortina de fumaça, tudo leva a crer que o estudo se encaminha numa direção e, de repente,
descobre-se que o foco é outro (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 35).
3.6.5 Rococó
O Rococó designa o estilo ornamental caracterizado pelo excesso de curvas caprichosas e pela
profusão de elementos decorativos que buscavam uma elegância requintada. Isto pode ser
observado em certos trabalhos acadêmicos nos quais conceituações teóricas rebuscadas (ou
tratamentos metodológicos sofisticados) constituem os elementos decorativos que tentam
atribuir alguma elegância a dados irrelevantes (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 35-36).
3.6.6 Caderno B
Este tipo de revisão bibliográfica oferece ao leitor um texto leve que procura tratar, mesmo os
assuntos mais complexos, de modo rápido e superficial. A predileção do autor é por fontes
secundárias, de preferência handbooks, nos quais o material já se encontra mais digerido. Isso
se aplica, também a apostilas elaboradas por docentes para as disciplinas (ALVES-
MAZZOTTI, 2002, p. 36).
O coquetel teórico é aquele estudo que, para atender à indisciplina dos dados, apela a todos os
autores disponíveis para unir forças na tentativa de explicar pontos obscuros (ALVES-
MAZZOTTI, 2002, p. 36).
A revisão bibliográfica do tipo apêndice inútil é aquela na qual o pesquisador, após apresentar
sua revisão de literatura, em capítulos à parte, aparentemente exaurido pelo esforço, recusa-se
a voltar ao assunto. Nenhuma das pesquisas, conceituações ou relações teóricas analisadas é
utilizada na interpretação dos dados ou em qualquer outra parte do estudo (ALVES-
MAZZOTTI, 2002, p. 36).
90
3.6.9 Monástico
O autor parte do princípio de que o estilo dos trabalhos acadêmicos deve ser necessariamente
pobre, mortificante, conduzindo, assim, o leitor ao cultivo das virtudes da disciplina e da
tolerância. Nunca têm menos de centenas de páginas e, à semelhança de sua fonte de
inspiração, estão destinados ao silêncio e ao isolamento (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 37).
Neste tipo de revisão bibliográfica o autor dá sempre um jeitinho de citar quem está na moda,
no Brasil ou no exterior. Este tipo de revisão de literatura é o principal responsável pelo
surgimento dos autores curinga, que se tornam referência obrigatória, seja qual for o tema
estudado (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 37).
Podem ser identificados dois tipos de revisão bibliográfica, sendo um o reverso do outro, mas
ambos igualmente inadequados. O colonizado, baseia-se exclusivamente em autores
estrangeiros, ignorando a produção científica nacional sobre o tema. O xenófobo, ao
contrário, não admite citar literatura estrangeira, mesmo quando a produção nacional sobre o
tema é insuficiente. Para este último, quando é indispensável recorrer a alguma formulação de
autor estrangeiro, prefere o similar nacional, isto é, a fonte secundária, ou ainda, o que diz a
mesma coisa sem citar a fonte original (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 37).
3.6.13 Ventríloquo
O autor só fala pela boca dos outros, quer citando-os literalmente, quer parafraseando sua
ideias. Em ambos os casos, a revisão torna-se uma sucessão monótona de afirmações, sem
comparações entre elas, sem análises críticas, tomadas de posição ou resumos conclusivos. O
estilo é facilmente reconhecível, os parágrafos se sucedem alternando expressões como para
fulano, segundo beltrano, como fulano afirma, beltrano observa, sicrano pontua, até
esgotar o estoque de verbos (ALVES-MAZZOTTI, 2002, p. 38).
92
93
A pesquisa bibliográfica é o ponto de partida para a realização do TCC. Deve-se iniciar com
busca da bibliografia que trata do assunto de interesse para conhecer o que já foi estudado, o
chamado status quo do conhecimento na área, para definir com maior precisão o que será
estudado. Isso não significa que a pesquisa bibliográfica deve iniciar quando já se tem ideia
do foco do trabalho. Ao contrário, deve iniciar quando as primeiras ideias de trabalho sobre
áreas de interesse surgem para definir o tema do TCC.
Muitos alunos não estão habituados, durante a graduação, a consultar a bibliografia disponível
para estudar e se restringem aos apontamentos de aula e às apostilas dos professores. Esses
certamente terão maior resistência e dificuldade para iniciar essa etapa do trabalho, mas
devem enfrentar os obstáculos o quanto antes. Atualmente, muitas ferramentas estão
disponíveis para facilitar o acesso a obras técnicas relevantes. Assim, a internet, por exemplo,
é muito empregada na pesquisa bibliográfica, mas só deve ser usada para facilitar que se
localizem boas obras a serem lidas e não para que a leitura seja realizada em sites que, via de
regra, não declaram a origem das informações ou publicam textos sem a necessária avaliação
criteriosa por alguém credenciado para isso. Assim, pode-se (e deve-se) usar a internet, por
exemplo, para localizar arquivos pdf e para identificar a existência de obras nas bibliotecas
para que essas sejam buscadas para leitura na versão impressa.
Frente a baixa procura de material para leitura por parte dos alunos durante o
desenvolvimento do curso, pode-se aqui citar Mário Quintana, poeta gaúcho, que afirmou que
“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem.” se referindo a leitura
em geral, mas que também se aplica a leitura de trabalhos técnico-científicos, que tem
importante papel na formação dos profissionais. Pode-se, ainda, destacar que a importância
desta etapa, que será realizada de forma mais intensa no início do trabalho, mas acompanha o
TCC até o seu final, é muito bem traduzido pela professora Alda Judith Alves-Mazzotti
(2002, p. 26), quando declara que “A má qualidade da revisão da literatura compromete todo
o estudo, uma vez que esta não se constitui em uma seção isolada, mas, ao contrário, tem por
objetivo iluminar o caminho a ser trilhado pelo pesquisador, desde a definição do problema
até a interpretação dos resultados.”. Assim, iniciar, o quanto antes a leitura, é imprescindível.
94
Para realizar a pesquisa bibliográfica, muitos trabalhos serão lidos, tanto para aquisição de
conhecimento, quanto para selecionar os trechos que parecem importantes para compor
capítulos de revisão bibliográfica. As citações e referências de um trabalho acadêmico devem
ser elaboradas conforme as normas técnicas: citações, pela NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a), e, referências, pela NBR 6023
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b). Este capítulo se dedica
ao detalhamento da forma de elaboração das citações. Há o capítulo específico sobre as
referências.
Para que as regras das citações, apresentadas nas NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a), sejam empregadas a fonte não deve ser
informação verbal ou de trabalho em fase de elaboração. Assim, deve-se dar preferência a
trabalhos escritos e já publicados (não os em fase de elaboração). Assim, não deve ser a
primeira opção de fonte, mas a última, as informações verbais ou de trabalhos em fase de
elaboração. Recomenda-se o uso destas formas (informações verbais ou trabalhos em fase de
elaboração), caso a informação não esteja disponível de outra maneira. Como são simples as
recomendações para esses dois casos (informação verbal e trabalho em fase de elaboração),
inicia-se aqui a indicação pela descrição desses casos especiais.
95
No caso de informação verbal, obtida diretamente com uma pessoa em seminários, palestras,
debates, entrevistas, etc., indica-se após o texto, entre parênteses, a expressão informação
verbal, mencionando os dados disponíveis da sua origem em nota de rodapé. Este tipo de
informação, na nota de rodapé, não é considerado uma referência (e sua apresentação não
deve se assemelhar a esse formato), mas descrição da fonte. Veja o exemplo 4.1 com sua
respectiva nota de rodapé.
O setor da Construção Civil, no Rio Grande do Sul, cresceu nos anos entre 2009 e 2014, 5%
acima do PIB estadual, mas a partir de 2015 tem tido desempenho inferior, demonstrando
uma queda da atividade no setor (informação verbal) 8.
Numa mesma página, não é necessário repetir nota de rodapé com mesmo conteúdo se uma
estiver imediatamente abaixo da outra: cria-se nova nota de rodapé (com o próximo número
na sequência numérica, pois cada número de nota de rodapé aparece somente uma vez
no texto) e se indica a expressão latina idem, que significa o mesmo. Ao se passar para outra
página, é necessário indicar novamente todos os dados de forma completa em nota de rodapé
para não fazer o leitor buscar a identificação do material em outra página, não causando,
também, dificuldade de entendimento.
Nos casos de informação verbal, não deve ser incluído o nome do autor na frase e se deve
usar, preferencialmente, citação indireta. Desta forma, o que vai ser incluída é a
informação e a sua origem fica detalhada somente na nota de rodapé (sobre quem, quando e
onde estas informações foram colhidas).
Quando a fonte é trabalho em fase de elaboração: indicar após o texto, entre parênteses, a
expressão em fase de elaboração, mencionando os dados disponíveis em nota de rodapé.
8
Essa informação foi colhida no seminário “O Rio Grande do Sul e a Construção Civil”, ao se pronunciar o Eng.
José Roberto Campeiro, representante do CREA-RS, no dia 13 de julho de 2014, na sede desse Conselho
(dados fictícios para fins deste trabalho).
96
Neste caso, trabalho em fase de elaboração, assim como quando informação verbal, na nota de
rodapé devem constar dados referentes à origem das informações, ou seja, quem é o autor,
que tipo de trabalho está sendo desenvolvido e todas as demais informações que facilitam ao
leitor encontrar tal trabalho quando esse for publicado. Esses dados não devem ser
apresentados como se fosse uma referência, mas uma descrição das informações. Veja o
exemplo 4.2.
Nos experimentos realizados com o material típico do concreto na cidade de Porto Alegre,
quando empregados junto com o aditivo A do fabricante X, constatou-se um aumento da
resistência à compressão do concreto (em fase de elaboração)9.
Quanto a repetição de notas de rodapé numa mesma página e inclusão do nome do autor
na frase, usando, preferencialmente, citação indireta, as regras são as mesmas indicadas
para as informações verbais: não é necessário repetir nota de rodapé com mesmo conteúdo se
uma estiver imediatamente abaixo da outra, usando-se uma nova nota de rodapé (com o
próximo número na sequência numérica) e se indica a expressão latina idem (significa o
mesmo). Da mesma maneira, noutra página, é necessário indicar novamente todos os dados de
forma completa em nota de rodapé. Recomenda-se, também, para o caso de trabalho em fase
de elaboração, não incluir o nome do autor na frase e se deve usar, preferencialmente,
citação indireta.
Assim, as citações devem ser incluídas no texto segundo um sistema de chamada, isto é,
segundo uma forma padronizada de vincular cada fonte a sua respectiva referência. Pode-se
utilizar o sistema numérico ou o autor-data. Usa-se nos trabalhos acadêmicos, com maior
frequência, o sistema autor-data, pois favorece a identificação do autor citado. Nesse caso, é
obrigatório10 que o último sobrenome do autor e a data de publicação sejam explicitamente
indicados no texto. Serão detalhados os dois sistemas, pois, mesmo que não se empregue no
TCC o sistema numérico, é necessário saber como o interpretar ao se fazer a leitura de texto
que o utilize.
O sistema numérico, como o nome indica, utiliza números para vincular a citação à
referência. Esses números podem aparecer na forma de expoente (como uma nota de rodapé)
ou entre parênteses ou colchetes, citando-se ou não o nome do autor na frase. Verificado o
número indicado no texto, busca-se, na lista de referências, esse mesmo número e esta é a
referência consultada para a citação. Veja nos exemplos 4.3 a 4.5 versões usuais do sistema
numérico.
no texto:
Silva (16) indica que o cloro é importante nesse processo.
na lista de referências:
(16) SILVA, R.da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.
9
A informação está na versão atualmente desenvolvida pela mestranda Ana Maria Bragança, no Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFRGS, sob orientação do Prof. Jurandir Macedo, e que deverá ser
defendida no mês de outubro de 2015 (dados fictícios para fins deste trabalho).
10
Aqui se indica a obrigatoriedade de indicação do último sobrenome do autor, mas deve-se considerar o que é
explicado posteriormente no texto sobre os casos em que não é uma pessoa física autora do trabalho ou trata-se
de mais de uma pessoa física. Então, ao se indicar a necessidade de inclusão do último sobrenome do autor, se
está fazendo referência, de forma simplificada no texto, também a todos os outros casos.
98
no texto:
Silva16 indica que o cloro é importante nesse processo.
na lista de referências:
16
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.
no texto:
O cloro é importante nesse processo [16].
na lista de referências:
[16]
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.
No sistema autor-data, conforme revela sua denominação, o autor é citado (por seu último
sobrenome ou termo que o substitua caso não se trate de autor pessoa física) acompanhado da
data de publicação da obra. Ciente da denominação do autor e da data de publicação indicada
junto à citação no texto, faz-se a localização da obra na lista de referências que se apresenta
em ordem alfabética. Esse conjunto autor-data é indicado junto à inclusão da informação em
uma das maneiras indicadas nas frases dos exemplos 4.6 e 4.7.
no texto:
Silva (2008, p. 45) indica que o cloro é importante no processo.
na lista de referências:
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.
99
no texto:
O cloro é importante no processo (SILVA, 2008, p. 45).
na lista de referências:
SILVA, R. da. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008..
Deve-se ter atenção com a forma de apresentar as citações autor-data. Se o nome do autor
estiver incluído na frase, como sujeito, por exemplo, o nome é grafado em letras
minúsculas (a primeira maiúscula, pois é um nome próprio). Nesse caso, ficam entre
parênteses as demais informações: ano de publicação da obra e, quando necessário, se inclui a
indicação da página. A indicação da página vem após a data de publicação, separada desta
também por vírgula, e usando como abreviatura da palavra página a indicação “p.”. Após esse
ponto da abreviatura, deixando-se um espaço em branco, se faz a indicação do número da
página. Veja a frase do exemplo 4.6.
No caso do nome do autor não fazer parte da frase, ele aparece junto aos demais dados
entre parênteses. O nome neste caso é grafado em letras maiúsculas, seguido de vírgula e
dos mesmos dados (ano de publicação e página) indicados para o caso do autor estar citado na
frase e com o mesmo formato. Veja a frase do exemplo 4.7. Quando a obra lida utilizar o
sistema numérico e no TCC a opção foi pelo sistema autor-data, ou vice-versa, deve-se ter o
cuidado de substituir um sistema pelo outro. Veja um caso no exemplo 4.8.
No sistema numérico
no texto:
Silva16 indica que o cloro é importante nesse processo.
na lista de referências:
16
SILVA, R. Desinfecção da água. 2. ed. São Paulo: Brás, 2008.
Como já foi salientado, citações podem ser diretas, indiretas e citação de citação (direta ou
indireta). Isso significa que as:
Alguns detalhes dos formatos das citações no texto do TCC (que são diferentes das
recomendações para as fichas de leitura) estão nos próximos itens.
A citação direta é aquela que reproduz exatamente o texto original do autor. As citações
diretas, além de terem a indicação de autor e data, devem ter, obrigatoriamente a indicação da
página na qual essa está no original e, quando se tratar de uma tradução, também da indicação
“tradução nossa”. Deve-se ter o cuidado de não iniciar frase com citação direta, isto é, sempre
há uma pequena introdução na frase para só então incluir a citação direta. Veja o exemplo 4.9.
Quando se faz a transcrição textual do texto do autor e esta transcrição tem até três linhas,
utilizando-se o padrão de letra indicado para o texto (estilo texto do trabalho), o conteúdo
101
aparece no parágrafo do novo trabalho e deve estar entre aspas duplas. As aspas simples são
empregadas para a indicação de citação no interior de uma citação direta (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Veja exemplo 4.9.
EXEMPLO 4.9
Se a citação tem mais de três linhas, quando se utiliza o padrão de letra empregado no estilo
texto do trabalho, esta deve ser destacada graficamente. Usa-se recuo de 4 cm, em relação a
margem esquerda, em letra menor que a do texto (TNR 10) e sem aspas (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a). Veja os exemplos 4.10 (citação direta
com mais de três linhas com um parágrafo), 4.11 (citação direta com mais de três linhas com
mais de um parágrafo) e 4.12 (citação direta com mais de três linhas formada por alíneas).
EXEMPLO 4.10
EXEMPLO 4.11
A absorção é a relação entre a massa de água absorvida pelo agregado graúdo após
24 horas de imersão (DNER-ME 081/98 [(DEPARTAMENTO NACIONAL DE
ESTRADAS DE RODAGEM, 199811)] à temperatura ambiente e a massa inicial
de material seco, sendo determinada para permitir o cálculo das massas específicas,
real e aparente, do agregado.
EXEMPLO 4.12
Como indicado no capítulo anterior para as fichas de leitura, também nas citações no texto do
TCC, nas citações diretas, devem ser indicadas:
No caso das ênfases indicadas na alínea (c), se o destaque é do autor consultado, isto é, existe
no texto original: indicar grifo do autor no final da citação. Por exemplo: (BARBOSA, 1998,
p. 79, grifo do autor). Se o destaque foi incluído pelo autor do novo trabalho: indicar grifo
nosso. Por exemplo: (BARBOSA, 1998, p. 79, grifo nosso).
A citação indireta é aquela que reproduz a informação que está na obra consultada, mas sob
uma nova redação. A citação indireta é, portanto, um texto do novo autor reproduzindo a
informação do autor lido. Assim, não há nenhuma sinalização no texto além da indicação da
fonte, isto é a inclusão do autor e data. A indicação de paginação não é obrigatória nas
citações indiretas, ainda que seja interessante para que o leitor a localize no original. Da
mesma maneira, a indicação de tradução nossa também não é obrigatória. Veja o exemplo
4.13.
EXEMPLO 4.13
A citação de citação é a transcrição direta ou indireta de um texto ao qual não se teve acesso
direto ao original. Assim sendo, ao se ler a obra de determinado autor A, há interesse de
transcrever para o novo texto, trecho de autoria do autor B, citado pelo autor A. Para o autor
do novo texto demonstrar que o trecho transcrito tem autoria diferente (autor B) do autor da
obra lida (autor A), usa-se a expressão do latim apud, que significa “citado por, conforme,
segundo”. Assim, se o formato é: (RIBEIRO, 1998 apud SILVEIRA, 2000) sendo que
(RIBEIRO, 1998) é o autor do texto citado por Silveira e (SILVEIRA, 2000) é a obra
consultada diretamente e que deverá constar das referências do novo trabalho. A
104
referência da obra de (RIBEIRO, 1998) deverá aparecer em nota de rodapé. Para usar apud
incluindo o autor na frase, o formato é: Ribeiro (1998 apud SILVEIRA, 2000). Veja o
exemplo 4.14.
As citações de citações devem ser evitadas, buscando-se, sempre que possível, o autor que
escreveu diretamente o texto que interessa ao trabalho: muitas vezes as transcrições não
correspondem às ideias do autor original. Se for utilizado o apud, deve ser indicado, numa
nota de rodapé, a referência da obra não lida diretamente. A indicação em nota de rodapé
é feita das maneiras exemplificadas (ver exemplos 4.14).
EXEMPLO 4.14
Devem ser considerados no experimento a qualidade dos materiais empregados para que
possam ser feitas comparações de resultados (RIBEIRO 12, 1998, p. 100 apud SILVEIRA,
2000, p. 54).
ou
Ribeiro13 (1998, p. 100 apud SILVEIRA, 2000, p. 54) salienta que devem ser considerados no
experimento a qualidade dos materiais empregados para que possam ser feitas
comparações de resultados.
Na nota de rodapé se registra a referência completa da obra lida indiretamente, neste caso e
autoria de Ribeiro. Se numa mesma página deve-se indicar a mesma referência em nota de
rodapé, uma imediatamente abaixo da outra, cria-se nova nota de rodapé (com o próximo
número na sequência numérica, pois cada número para nota de rodapé aparece somente uma
vez no texto) e se indica a expressão latina opus citatua, ou na forma abreviada op. cit., que
significa na obra citada (ver exemplo 4.14). Ao se passar para outra página, é necessário
indicar novamente a referência completa em nota de rodapé para não fazer o leitor buscar a
identificação da obra a qual se referência, não causando, também, dificuldade de
entendimento.
12
RIBEIRO, G. Concreto Armado: conceitos gerais. Porto Alegre: PPP, 1998.
13
op. cit.
105
As regras para apresentação dos autores das citações nos documentos (fonte da informação)
são relativas ao número e tipos de autores (pessoa física ou entidade: empresas, órgão
vinculado a alguma instância governamental, associações, etc.) e, são examinados, também
alguns casos especiais. Deve-se destacar que ao se fazer citação direta, indireta ou citação de
citação (direta ou indireta), as regras são exatamente as mesmas, mas para citação de citação
deve-se acrescentar ter alguns cuidados. Os exemplos apresentados estão tratando em
separado os casos para pessoas físicas, empresas ou associações ou órgãos vinculados a
alguma instância governamental, mas nada impede que a autoria seja de uma combinação
desses. Todas as regras são ditadas pela NBR 10.520 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
NORMAS TÉCNICAS, 2002a).
Neste item, são detalhados os formatos adotados quando são citadas obras cujos autores são
pessoa física, caracterizados na NBR 10.520, como autor pessoal (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002a).
4.4.1.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor — pessoa física
Quando se tem obra com um autor pessoa física, o seu último sobrenome é utilizado para
identificar o autor. O autor pode constar como sujeito da frase (quando é grafado em letras
minúsculas) ou entre parênteses com as demais informações (grafado em maiúsculas). Veja os
casos para citações diretas, indiretas e citação de citação:
Barbosa (1998, p. 79) reforça esta conclusão, pois indica, “[...] é possível identificar quatro
elementos como os mais significativos, [...]”.
Desta forma, “[...] é possível identificar quatro elementos como os mais significativos, [...]”
(BARBOSA, 1998, p. 79).
Barbosa (1998, p. 79) define que somente quatro elementos têm maior significância.
Pode-se, portanto, concluir, que somente quatro elementos têm maior significância
(BARBOSA, 1998, p. 79).
EXEMPLO 4.17 — — um único autor pessoa física numa citação indireta de citação sendo o
autor da obra lida: Reinaldo Silveira e o autor citado pelo autor lido: Eduardo Silva
Devem ser considerados no experimento a qualidade dos materiais empregados para que
possam ser feitas comparações de resultados (SILVA14, 2010, p. 100 apud SILVEIRA, 2014,
p. 54).
Silva15 (1998, p. 2010 apud SILVEIRA, 2014, p. 54) salienta que devem ser considerados no
experimento a qualidade dos materiais empregados para que possam ser feitas
comparações de resultados.
4.4.1.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores — pessoa física
Tendo a obra dois autores, ambos pessoa física, deve constar o último sobrenome de cada um
deles. A ordem na qual os autores aparecem citados é aquela na qual aparecem na obra, pois,
normalmente, indica a importância de cada um em relação ao texto. Quando os autores forem
citados como sujeitos da frase, os dois sobrenomes são separados pelo conetivo "e" (não é
mais usado a forma comercial &) e, ao serem citados entre parênteses, os sobrenomes são
separados por ponto-e-vírgula. É necessário observar a conjugação do verbo, pois como se
14
SILVA, E. Experimentos em Engenharia Civil. Porto Alegre: PPP, 2010.
15
op. cit.
107
refere aos dois autores, o verbo deve estar na terceira pessoa do plural. Observe os exemplos
em 4.18.
Veloso e Silveira (2002, p. 65) afirmam que “[...] o concreto fresco deve apresentar
características adequadas à aplicação que será executada, pois, caso isto não ocorra, o
resultado pode ser problemático.”.
Deve-se ter muito cuidado com as características do concreto fresco frente ao tipo de
aplicação realizada, pois se pode estar evitando problemas (VELOSO; SILVEIRA, 2002, p.
65).
4.4.1.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores — pessoa física
Se a obra consultada tem mais de dois autores, aparece o último sobrenome do primeiro autor
(segundo a ordem de indicação dos autores na obra) seguido da expressão latina et alli (por
extenso — não usar em itálico na citação) ou et al. (abreviado). Observe que et al. se trata de
uma abreviatura, logo, o al é seguido de ponto. A expressão et alli ou et al. significa "e
outros". Como se trata de mais de um autor, o verbo deve ser conjugado no plural. Veja os
exemplos em 4.19, nos quais se usa somente a forma abreviada et al.
Silva et al. (1995, p. 109) indicam que para cumprir o cronograma de uma obra, é muito
importante que as equipes, para os vários serviços, sejam bem dimensionadas.
108
Quando o autor se trata de uma empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental, algumas particularidades devem ser consideradas. Essas são descritas nos
próximos itens.
4.4.2.1 Formato das citações quando a obra tem um único autor — empresa ou instituição não
vinculada a alguma instância governamental
Quando o autor da obra é uma empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental, o nome completo da organização deve ser citado, incluindo as indicações
referentes à característica jurídica da mesma (por exemplo, SA ou Ltda.) para identificar o
autor. O autor pode constar como sujeito da frase (quando é grafado em letras minúsculas) ou
entre parênteses com as demais informações (grafado em maiúsculas). Caso a organização
seja estrangeira, quando ela aparecer como autor fora dos parênteses, seu nome será grafado
em itálico. Veja os casos para citações diretas, indiretas e citação de citação:
EXEMPLO 4.20 — um único autor empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação direta
Na NBR 6118 está indicado que "As estruturas de concreto devem ser projetadas e
construídas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando
utilizadas conforme preconizado em projeto conservem suas segurança, estabilidade e aptidão
em serviço durante o período correspondente a sua vida útil (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2014, p. 15).".
109
EXEMPLO 4.21 — um único autor empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação indireta
EXEMPLO 4.22 — um único autor empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação de citação sendo o autor da obra lida: Marcelo Fabiano Costella
e autor citado pelo autor lido: Associação Brasileira de Normas Técnicas
4.4.2.2 Formato das citações quando a obra tem dois autores — empresa ou instituição não
vinculada a alguma instância governamental
Tendo a obra dois autores, ambos empresas ou instituições não vinculadas a alguma instância
governamental, deve constar o nome completo das duas organizações incluindo as indicações
referentes à característica jurídica das mesmas (por exemplo, SA ou Ltda.). Deve-se manter a
ordem na qual os autores aparecem citados na obra. Como no caso da pessoa física, quando os
autores forem citados como sujeitos da frase, os dois nomes são separados pelo conetivo "e"
(não é mais usado a forma comercial &) e, ao serem citados entre parênteses, os nomes são
separados por ponto-e-vírgula. É necessário observar a conjugação do verbo, pois como se
refere aos dois autores, o verbo deve estar na terceira pessoa do plural. Se as organizações
citadas forem estrangeiras, quando o nome aparecer como autor fora dos parênteses, seu nome
será grafado em itálico. Observe os exemplos em 4.23.
16
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 18: cadastro de acidentes — procedimento e
classificação. Rio de Janeiro, 1975. essa norma é, atualmente, a NBR 14280/2001
110
EXEMPLO 4.23 − dois autores empresa ou instituição não vinculada a alguma instância
governamental numa citação indireta
ou
Segundo Liver Engenharia e Construções SA e Concreto Porto Alegre Ltda (2013), o uso do
concreto de alta resistência em edifícios comerciais é aconselhável quando este apresenta
vinte ou mais pavimentos
4.4.2.3 Formato das citações quando a obra tem mais de dois autores — empresa ou instituição
não vinculada a alguma instância governamental
Se a obra consultada tem mais de dois autores empresa ou instituição não vinculada a alguma
instância governamental, aparece o nome do primeiro autor (segundo a ordem de indicação
dos autores na obra) seguido da expressão latina et alli (por extenso — não usar em itálico na
citação) ou et al. (abreviado). Observe que et al. se trata de uma abreviatura, logo, o al é
seguido de ponto. A expressão et alli ou et al. significa "e outros". Como se trata de autoria
composta por mais de um componente, o verbo deve ser conjugado no plural. Caso alguma
dessas organizações seja estrangeira, quando ela aparecer como autor fora dos parênteses, seu
nome será grafado em itálico. Veja os exemplos em 4.24, nos quais se usa somente a forma
abreviada et al.
111
EXEMPLO 4.24 − mais de dois autores empresa ou instituição não vinculada a alguma
instância governamental numa citação direta, sendo os autores: Associação Brasileira de
Cimento Portland, Associação Brasileira das Empresas Brasileiras de Serviços de
Concretagem, Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
Segundo a Associação Brasileira de Cimento Portland et al. (2007, p. [14], grifo do autor), “O
sistema Parede de Concreto, uma opção que vem conquistando o mercado brasileiro, oferece
todas as vantagens de uma metodologia construtiva voltada à produção de edificações em
larga escala.”. ou
O Manual Parede de Concreto indica que “O sistema Parede de Concreto, uma opção que
vem conquistando o mercado brasileiro, oferece todas as vantagens de uma metodologia
construtiva voltada à produção de edificações em larga escala.” (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND et al., 2007, p. [4]).
Quando o autor de obra citada é entidade vinculada ao governo municipal, estadual ou federal
deve-se verificar se a denominação é genérica (por exemplo, Ministério, Secretaria, etc.) ou
específica. Esses dois casos são tratados em separado nos itens a seguir.
4.4.3.1 Formato das citações quando é um único o autor que é entidade vinculada a uma
instância governamental e tem denominação genérica
EXEMPLO 4.25 — um único autor que é vinculado a uma instância governamental e tem
denominação genérica, por exemplo, Empresa Pública de Transporte e Circulação vinculada à
Secretaria Municipal de Transportes de Porto Alegre
Quanto ao metrô, o Plano Diretor de Mobilidade Urbana indica que “[...] a linha prevista
abrange um traçado de aproximadamente 22 km de extensão em nível subterrâneo, [...], ao
longo do eixo dos principais corredores de ônibus de Porto Alegre: Assis Brasil, Farrapos,
Borges de Medeiros e Bento Gonçalves.” (EMPRESA PÚBLICA DE TRANSPORTE E
CIRCULAÇÃO, 2014).
e na referência:
EXEMPLO 4.26 — um único autor que é vinculado a uma instância governamental e tem
denominação genérica, por exemplo, Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul
A Lei 9.921 (RIO GRANDE DO SUL, 1993), que dispõem sobre resíduos sólidos, salienta
que "Art. 4º − É proibida a diluição ou lançamento de resíduos sólidos e semilíquidos em
sistemas de esgoto sanitário ou tratamento de efluentes líquidos, salvo em casos especiais, a
critério do órgão ambiental do Estado.".
Art. 7º O condomínio por unidades autônomas instituir-se-á por ato entre vivos
ou por testamento, com inscrição obrigatória no Registro de Imóvel, dele
constando; a individualização de cada unidade, sua identificação e
discriminação, bem como a fração ideal sobre o terreno e partes comuns,
atribuída a cada unidade, dispensando-se a descrição interna da unidade.
113
4.4.3.2 Formato das citações quando a obra é de autoria de entidade vinculada a uma instância
governamental e tem denominação genérica sendo mais de um o autor
É bastante incomum que no caso do autor ser uma entidade vinculada a uma instância
governamental que tem denominação genérica ocorra, simultaneamente mais de um órgão.
Caso ocorra, deve-se seguir as regras indicadas para o caso de uma entidade com essas
características (item 4.3.3.1) e aquelas indicadas para empresa ou instituição não vinculada a
alguma instância governamental quando são dois autores (item 4.4.2.2) ou mais de dois
autores (item 4.4.2.3).
4.4.3.3 Formato das citações quando a obra tem um único o autor que é entidade vinculada a
uma instância governamental e tem denominação específica que o identifica
individualmente
EXEMPLO 4.28 — um único autor que é vinculado a uma instância governamental e tem
denominação específica, por exemplo, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Segundo o Censo Demográfico de 2010, Porto Alegre tem mai de 1 milhão 409 mil habitantes
distribuídos numa área de cerca de 497 km2 (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA
E ESTATÍSTICA, 2011).
4.4.3.4 Formato das citações quando a obra é de uma entidade vinculada a uma instância
governamental e tem denominação específica que o identifica individualmente sendo
mais de um o autor
Caso ocorra que a autoria seja de mais de uma entidade vinculada a uma instância
governamental que tem denominação genérica deve-se seguir as regras indicadas para o caso
de um órgão com essas características (item 4.4.3.3) e aquelas indicadas para pessoa jurídica
114
ou instituição não vinculada a alguma instância governamental quando são dois autores (item
4.4.2.2) ou mais de dois autores (item 4.4.2.3).
Algumas vezes ocorrem particularidades na citação de obras que, para não gerar confusão
para o leitor, merecem alguns cuidados especiais nas citações.
4.4.4.1 Obras de autores com mesmo sobrenome – iniciais diferentes dos pré-nomes
Quando, ao longo do trabalho, se observa que existem obras a serem citadas (e referenciadas)
de autores com mesmo sobrenome se deve incluir as iniciais dos pré-nomes destes autores na
indicação da fonte, desde que essas iniciais sejam diferentes entre si. Neste caso, deve-se
salientar que são dois autores diferentes com mesmo sobrenome. Veja o exemplo 4.29.
EXEMPLO 4.29 — num mesmo trabalho são citados autores com mesmo sobrenome,
mas com iniciais diferentes
Se autor incluído na sentença: Barbosa (C., 1998, p. 99) e Barbosa (D., 1995, p. 2010), se
autor citado entre parênteses (BARBOSA, C., 1998, p. 99) e (BARBOSA, D., 1995, p. 2010).
4.4.4.2 Obras de autores com mesmo sobrenome – iniciais dos pré-nomes iguais
EXEMPLO 4.30 — num mesmo trabalho são citados autores com mesmo sobrenome
que têm mesmas iniciais nos pré-nomes
Se autor incluído na sentença: Ferreira (Carlos, 1998, p. 99) e Ferreira (Cássio, 2000, p. 140),
se indicados entre parênteses: (FERREIRA, Carlos, 1998, p. 99) e (FERREIRA, Cássio, 2000,
p. 140).
115
Quando ocorrer a citação de várias obras de um mesmo autor e existirem obras publicadas
num mesmo ano, tanto nas citações quanto nas referências, se deve incluir, após o ano, as
letras do alfabeto em minúsculas para diferenciar as obras. Veja o exemplo 4.31.
EXEMPLO 4.31 — num mesmo trabalho são citadas várias obras de um mesmo autor,
publicadas em uma mesma data citado separadamente ao longo do texto
Se autor incluído na sentença: Alves (2010a, p. 5), Alves (2010b, p. 34) e Alves (2010c, p. 9),
se indicados entre parênteses: (ALVES, 2010a, p. 5), (ALVES, 2010b, p. 34) e (ALVES,
2010c, p. 9).
Se autor incluído na sentença: Nóbrega (1998, 2000, 2001a, 2001b) e Silveira e Barbosa
(1978, 1999), se citados entre parênteses: (NÓBREGA, 1998, 2000, 2001a, 2001b) e
(SILVEIRA; BARBOSA, 1978, 1999)
Quando ocorrer uma citação indireta fruto da pesquisa em vários documentos, de vários
autores, sendo todos eles citados simultaneamente, coloca-se os autores em ordem
alfabética e usa-se somente o formato sem incluir os autores na frase, isto é, entre parênteses.
Veja exemplo 4.33.
Sempre os autores são citados entre parênteses: (COSTA, 2000; MEDEIROS, 2002b;
TAVARES; GOMES, 2014)
116
Muitas vezes, por exemplo, no caso de jornais ou revistas técnicas, os artigos não apresentam
explicitamente o autor. Caso um jornalista seja responsável pela matéria, mesmo que seja uma
matéria técnica, este profissional é considerado autor. Mas, não havendo autoria explícita, a
citação (e a referência) é feita pela primeira palavra do título do trabalho seguida de
reticências. Caso o título inicie com um artigo (definido ou indefinido) ou palavra
monossilábica, incluí-se o artigo na citação. Veja os exemplos 4.34.
EXEMPLO 4.34 — citação pelo título por não haver autor indicado explicitamente
Nestes casos, ao invés de no texto, quando a citação faz parte da frase, serem utilizadas
introduções como: Segundo Impermeabilização... (2001), [...], pois não se trata de pessoa
física ou jurídica, é indicado utilizar: Em Impermeabilização... (2001, p. 4) ou no artigo
Impermeabilização (2001, p. 4). Preferencialmente se usa a indicação da fonte entre
parênteses: (IMPERMEABILIZAÇÃO..., 2001).
117
As referências nos documentos devem ser elaboradas segundo as regras da NBR 6023
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b). A Norma indica que a
referência é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento,
que permite sua identificação individual. É, portanto, o agrupamento de informações
necessárias para identificar, de forma adequada, a obra indicada no texto através de uma
citação (fonte) de tal maneira que o leitor possa efetuar a busca e localização da obra, se for
de seu interesse. Isto significa que, se o autor do novo texto pesquisou em determinada
obra, mas não fez nenhuma citação de informações desse material, a obra pesquisada não
fará parte das referências. Somente as obras citadas no texto constam da lista de referências.
17
resumos: apresentação concisa do conteúdo de um texto que visa a esclarecer o leitor sobre a conveniência de
consultar o texto integral.
118
No caso do TCC todas as referências dos trabalhos citados no texto, que foram consultados
diretamente, serão apresentadas numa lista única no final do trabalho. Em notas de rodapé,
serão indicadas as referências de trabalhos que foram citados por citação de citação,
utilizando apud, permanecendo na lista no final do trabalho as referências dos trabalhos lidos
diretamente. Um trabalho indicado por citação de citação não poderá, no mesmo TCC, estar
na lista de referências por ter sido, também, lido diretamente. Neste caso, ao encontrar a obra,
inicialmente indicada por citação de citação, a informação deve ser lida diretamente no
trabalho do respectivo autor e o apud deve ser retirando.
As referências indicadas nas notas de rodapé (citação de citação utilizando o termo latino
apud) serão aquelas que não foram consultadas diretamente porque não foi possível acessar
este documento. Independente da sua posição no texto, lista ou nota de rodapé, ou do tipo de
material, consultado diretamente ou não, as referências devem seguir rigorosamente as regras
para a sua composição.
Algumas vezes, ao buscar a referência indicada pelo autor consultado diretamente para a obra
por ele citada, esta referência não está completa ou está incorreta. Deve-se neste caso buscar
encontrar os dados que faltam e, caso essas sejam encontradas, pode-se completar a referência
(os dados encontrados da obra que não constam no trabalho consultado devem ser incluídas
entre colchetes), pois na apresentação do novo trabalho, as referências devem estar completas
e corretas. Caso não seja possível identificar todos os dados para compor a referência na nota
de rodapé, deve-se substituir a referência por uma explicação. Veja o exemplo 5.1.
EXEMPLO 5.1 − explicação em nota de rodapé de obra citada em citação de citação cuja
referência na obra consultada não está completa
O estado do Rio Grande do Sul, no mercado imobiliário brasileiro, encontra-se entre os cinco
mais ativos (SILVA; GOMES, 201320 apud RODRIGUES, 2015)
18
resenhas: descrição pormenorizada, relato detalhado sobre um trabalho.
19
recensões: apreciação breve de um texto.
20
O autor lido indica que essas informações foram colhidas na obra de Silva e Gomes, de 1997, com título O
Mercado Imobiliário Brasileiro, mas não apresenta as demais informações dessa obra.
119
São regras gerais para a criação de referências da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b) são:
Deve-se observar como cada um dos elementos componentes de uma referência deve ser
considerado, segundo as regras da NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002b), levando-se em conta as variações existentes em relação a eles nos tipos
de documentos pesquisados. Serão tratadas as particularidades referentes a:
a) autoria;
b) título e subtítulo;
c) edição;
d) local;
e) editora;
f) data;
g) descrição física.
5.3.1 Autoria
GERDAU SA. Vergalhão Gerdau GG 50. Porto Alegre, 2015. Disponível em:
<http://www.gerdau.com/br/pt/produtos/vergalhao-gerdau-gg-50#ad-image-0>. Acesso em:
21 ago. 2015.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.
8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da
prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras
providências. Brasília, DF, 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8987cons.htm>. Acesso em: 15 jan. 2011.
O autor, quanto se tratar de uma ou várias pessoas físicas, deve ser indicado, de modo geral,
pelo último sobrenome, em maiúsculas, seguido por vírgula e, então seguido do(s) pré-
nome(s) e outros sobrenomes, abreviado(s) ou não. Os nomes das várias pessoas devem ser
separados por ponto-e-vírgula, seguido de espaço Deve-se ter cuidado em relação a forma
como se deve abreviar os pré-nomes: se Alexandre de Oliveira da Silva, a forma abreviada
será: SILVA, A. de O. da. (exemplos 5.9 e 5.10).
123
a) organizador (Org.);
b) compilador (Comp.);
c) editor (Ed.);
d) coordenador (Coord.).
124
EXEMPLO 5.12 − autor pessoa física responsável pelo todo como editor
Quando a obra apresenta, por exemplo, tradutor, revisor, ilustrador, e deseja-se esta indicação
na referência (elemento complementar, logo não é obrigatório), esta é feita após o título
indicando.Veja exemplos 5.13.
STUART, R. Planejamento de obras. Tradução de Paulo José Andrade. São Paulo: ABC,
1999.
ou
Sempre que o autor de um trabalho citado não se tratar de uma pessoa física, mas de uma
entidade, como órgãos governamentais, empresas, associações, congressos, seminários, a
entrada da referência é feita pela denominação da entidade: por extenso (não podem ser
125
Se a entidade tem uma denominação genérica, esta é precedida pela denominação do órgão
superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence (exemplos 5.16)
EXEMPLO 5.16 − autor entidade vinculada a instância governamental com nome genérico
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.
8.987, de 13 de fevereiro de 1995. Dispõe sobre o regime de concessão e permissão da
prestação de serviços públicos previsto no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras
providências. Brasília, DF, 1995. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8987cons.htm>. Acesso em: 15 jan. 2011.
Nesse caso especificamente há o esclarecimento que se trata do estado de São Paulo, pois
poderia ser o município e não haveria maneira de fazer a distinção.
Se a entidade tem uma denominação específica que a identifica, mesmo sendo vinculada a
um órgão maior, a entrada é feita diretamente pela sua denominação (exemplo 5.17).
EXEMPLO 5.17 − autor entidade vinculada a instância governamental com nome específico
a) organizador (Org.);
b) compilador (Comp.);
c) editor (Ed.);
d) coordenador (Coord.).
Quando o título aparecer em mais de um idioma, se faz o registro do primeiro, mas, pode-se
registrar o segundo, usando o sinal de igualdade para os separar.
127
5.3.3 Edição
Somente alguns tipos de documentos tem a necessidade de indicar edição. A NBR 6023
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b) destaca que, quando há
indicação de edição, “[...] esta deve ser transcrita, utilizando-se abreviaturas dos numerais
ordinais e da abreviatura da palavra edição, ambas na forma adotada no idioma do
documento.” (quadro 1). De maneira geral, quando não há indicação de edição em obra para a
qual normalmente é indicada a edição, muitas vezes é porque se trata da primeira. Nesses
casos, isso não é destacado na referência, pois pode não ser só a primeira, como a única.
Sempre que for informado que a edição tem emendas e acréscimos, isto deve ser indicado de
forma abreviada. Por exemplo: 6. ed. rev. e aum.
5.3.4 Local
O nome do local, sendo sempre entendido como a identificação da cidade na qual ocorre a
publicação, deve ser indicado tal como está registrado no documento. Assim, o nome da
cidade não pode ser substituído pelo nome do país no qual a cidade se localiza, por
exemplo. Mas, quando a cidade não é muito conhecida, pode-se complementar com a
128
indicação do país, preferencialmente na sua forma abreviada (ver exemplo 5.21). No caso de
homônimos de cidades, acrescenta-se o nome do estado ou país para não gerar dúvidas
(exemplo 5.20).
EXEMPLO 5.20 – uso da abreviatura de estado ou país, por ser desconhecida a localidade
ou por existirem cidades com mesmo nome
A Norma ainda indica que “Quando houver mais de um local para uma só editora, indica-se o
primeiro ou o mais destacado.”. Além disso, indica que “Quando a cidade não aparece no
documento, mas pode ser identificada, indica-se entre colchetes.”. E, “Não sendo possível
determinar o local, utiliza-se a expressão Sine loco, abreviada, entre colchetes [S. l.]”
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b, p. 16, grifo nosso).
5.3.5 Editora
Segundo a NBR 6023, o nome da editora deve ser reproduzido como consta na obra, mas
deve-se suprimir “[...] palavras que designam a natureza jurídica ou comercial, desde que
sejam dispensáveis para identificação.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2002b, p. 16). No caso das editoras das universidades, como exceção, deve
aparecer a indicação de editora para não haver confusão com trabalhos publicados na
instituição. Veja exemplo 5.21.
A Norma ainda indica que, caso a edição seja responsabilidade de duas editoras, ambas
devem ser indicadas, com seus respectivos locais, mas sendo três ou mais, indicar a que
aparece em primeiro lugar ou maior destaque na folha de rosto. Se forem citadas outras
editoras, estas podem ser registradas com os respectivos lugares, separadas por ponto-e-
vírgula.
Quando a editora não é identificada, deve-se indicar a expressão sine nomine, abreviada,
entre colchetes [s. n.]. Quando o local e a editora não puderem ser identificados na
publicação, utilizam-se ambas as expressões, abreviadas e entre colchetes [S. l.: s. n.].
129
Quando a editora é a mesma instituição responsável pela autoria e já tiver sido mencionada,
não é indicada novamente. Um exemplo disto é a Associação Brasileira de Normas Técnicas
que tanto é autora como responsável pela edição das normas técnicas.
Nas editoras das universidades, verificar se fica clara a qual universidade diz respeito:
Editora da Universidade Editora da Universidade/UFRGS
5.3.6 Data
A data da publicação deve ser mencionada em números arábicos. A Norma salienta que “Por
se tratar de elemento essencial para a referência, sempre deve ser indicada uma data, seja da
publicação, distribuição, do copirraite, da impressão, da apresentação (depósito) de um
trabalho acadêmico, ou outra.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002b, p. 17). Se nenhuma destas datas puder ser identificada, ou deduzida, registra-se uma
data aproximada entre colchetes (ver exemplos 5.22). Casos, hoje em dia, muito comuns são
os dos materiais encontrados na internet, no quais raramente há indicação de data de
publicação, devendo ser utilizada como data, por exemplo, a data de acesso.
130
Se desejar usar intervalos de tempo, devem ser menores de 20 anos: [entre 1906 e 1912]
Caso existam duas datas, ambas devem ser indicadas, desde que seja mencionada a relação
entre elas. Se a data que é indicada é do copirraite, esta é indicada antecedida pela letra c.
Veja exemplo 5.23.
A Norma recomenda que, quando a publicação requer a indicação, além do ano, dos meses,
esses devem ser indicados de forma abreviada, no idioma original da publicação e não se
abreviam palavras de quatro ou menos letras (quadro 2). Se a publicação indicar, em lugar dos
meses, as estações do ano (indica-se, por exemplo, primavera 1999) ou as divisões do ano em
trimestres ou semestres (indica-se 2. sem. 1970, por exemplo), na referência é este tipo de
identificação da data deve ser registrada. Nesses últimos casos, estações do ano, semestres,
etc., também grafar no idioma da publicação.
131
abreviaturas
meses
Português Inglês Espanhol Francês Italiano Alemão
5.3.7.1 Paginação
Deve-se lembrar que nas citações diretas em um trabalho a indicação da página na qual
se encontra tal citação no original é obrigatória. Assim, caso o documento não seja
paginado, sempre que for possível, deduzir números para as páginas, se faz essa “numeração”.
Assim, no caso da página não estar grafada, na citação, indica-se entre colchetes o número
suposto para a página da qual a citação foi retirada. Neste caso, obrigatoriamente na
referência aparece a indicação de não paginado. Veja exemplo 5.24.
No caso de informações retiradas de sites da Internet, para os quais não existe versão para
impressão (que apresenta o conteúdo do site em páginas definidas), não é possível deduzir a
paginação para indicar na citação direta. Desta forma, na citação direta nenhuma
informação de paginação é indicada e a justificativa desta falta deve estar, na respectiva
referência, a que o documento é não é paginado.
5.3.7.2 Volume
Quando a obra, como por exemplo, um livro, é formado por uma única unidade física, isto é,
um único volume, pode-se, como elemento complementar, indicar o número total de páginas
ou folhas que este tem (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2002b).
Veja exemplo 5.25.
Para cada tipo de documento consultado os elementos essenciais que compõem as referências
são diferentes ou, algumas vezes, são os mesmos grafados de forma distinta. São citados aqui
somente os elementos essenciais para cada tipo de documento, pois somente esses serão
obrigatórios na lista de referências no TCC. Os tipos de documento incluídos também são
somente aqueles que são de uso mais frequente nos trabalhos da Engenharia Civil.
Uma monografia é um item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma só parte ou
que se pretende completar em um número preestabelecido de partes separadas. São exemplos
de monografias citadas no todo: livros, trabalhos acadêmicos (como por exemplo: trabalhos
de diplomação ou de especialização, dissertações de mestrado ou teses de doutorado),
manuais, guias, catálogos. A seguir são apresentados os formatos das referências de alguns
tipos de documentos referenciados desta maneira.
134
5.4.1.1 Livro
A referência de um livro, quando tem um autor responsável por todo o item, refere-se ao
livro como um todo, independente da parcela que foi efetivamente citada no texto. Deve-se
ressaltar que a edição do livro só é incluída se estiver explicitamente indicada no livro. No
exemplo 5.28, está de forma genérica esse tipo de referência e exemplos com e sem a
indicação de edição e com a indicação de volume.
SOBRENOME, I. N. I. Título destacado: subtítulo. n. ed. Local da edição: editora, data (ano)
da publicação.
NOCEDAL, J.; WRIGHT, S. J. Numerical Optimization. 2nd ed. New York: Springer Verlag,
2006.
Deve-se lembrar, como explicado anteriormente, que a edição deve ser apresentada em
números ordinais. Em português, usa-se somente a indicação de pontos após o número para o
indicar como ordinal. Nas obras estrangeiras, para indicar edição, usar a abreviatura dos
números ordinais no idioma da obra (no quadro 1 está o caso do idioma inglês). Já para livros
com vários volumes, indica-se, no final da referência, qual o volume, caso tenha sido utilizado
um dos volumes especificamente.
A referência de uma tese de doutorado sempre indica o trabalho como um todo. Os dados
catalográficos, em sua maioria, devem ser pesquisados na folha de rosto do trabalho. Usa-se n
f. para indicar o número de folhas total do trabalho (por exemplo: 85 f.), quando o trabalho
acadêmico é impresso de um só lado da folha (forma tradicional). Caso a impressão tenha
sido feita nos dois lados da folha, usa-se n p. (por exemplo: 99 p.), ou seja, número de
135
páginas. O número de folhas ou páginas deve ser o grafado na última página do trabalho ou o
último que foi grafado acrescentando-se o número de folhas ou páginas de apêndices e anexos
que por ventura não foram numeradas ou usaram outra forma de numeração. A data da defesa
é a que aparece na folha de rosto e, a da homologação, a que aparece na folha de aprovação.
Caso haja só uma data assume-se esta para as duas situações. Veja, no exemplo 5.29, a forma
genérica desse tipo de referência e um exemplo.
Quando o autor do novo texto restringe a sua pesquisa a uma parte específica de uma
monografia, ele tem a opção de fazer a referência somente da parte consultada. Quando a
monografia é de um único autor, ainda que o texto lido seja só o de um capítulo, por exemplo,
se faz a referência da obra como um todo. Por outro lado, é recomendado que sempre seja
elaborada pelas partes as referências de obras que tiverem autor e título próprios por capítulo.
No final da referência, deve-se informar a paginação ou outra forma de individualizar a parte
referenciada. Quando se trata de obra que tem um autor para cada parte, normalmente existem
pessoas responsáveis pelo todo que são denominadas editores, organizadores, coordenadores
ou copiladores, por exemplo, e este tipo de responsabilidade sobre a obra deve ser citada. O
caso mais comum é o de capítulo de um livro. Veja, no exemplo 5.32, a forma genérica
desse tipo de referência e um exemplo.
Deve-se salientar que se o autor da parte for o mesmo do item todo, a informação não é
repetida na referência. Usa-se 5 x underline substituindo o nome deste como responsável pelo
todo. Veja, no exemplo 5.33, a forma genérica desse tipo de referência e um exemplo.
SOBRENOME (autor da parte), I. N. I. Título da parte sem destaque : subtítulo. In: _____
(tipo de participação abreviada). Título destacado: subtítulo. n. ed. Local: editora, data da
publicação. p. página inicial-página final.
Quando o acesso é por meio eletrônico, os elementos essenciais são os mesmos citados nos
itens anteriores, mas se deve acrescentar a descrição física do meio ou suporte ou, se tratando
de obras consultadas online, são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico,
apresentado-as entre os sinais < >, precedido da expressão “Disponível em:” e a data
completa de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”. Não se recomenda
referenciar material eletrônico de curta duração na Internet.
SAUTCHUK, C.; FARINA, H.; HESPANHOL, I.; OLIVEIRA, L. H. de; COSTI, L. O.;
ILHA, M. S. de O.; GONÇALVES, O. M.; MAY, S.; SCHMIDT, W. Conservação e reuso da
água em edificações. São Paulo: Sinduscon-SP, 2005. 1 CD.
Uma publicação periódica é aquela publicada “[...] em qualquer tipo de suporte, editada em
unidades físicas sucessivas, com designações numéricas e/ou cronológicas e destinada a ser
continuada indefinidamente (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002b). São exemplos de publicações periódicas a serem referenciadas: fascículo ou número
de revista, número de jornal na íntegra ou matéria em um número, volume ou fascículo de
periódico (artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções,
reportagens). Quanto à data de publicação, se for necessário indicar mês, esse deve ser
indicado de forma abreviada segundo as regras do idioma de publicação do material (ver
quadro 2). O caso mais comum é o do artigo em revista. Veja o exemplo 5.37.
AUSTIN, S.; BALDWIN, A.; NEWTON, A. Manipulating the flow of design information to
improve the programming of building design. Construction Management and Economics,
Reading, v. 12, n. 5, p. 445-455, Sept. 1994.
Se o artigo estiver disponível em meio eletrônico, devem ser indicados todos os elementos
anteriormente indicados e acrescentar dados sobre a forma de acesso. Veja o exemplo 5.38.
21
estando no site <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/2234>, localize na parte final da página a indicação
<visualizar/abrir>: selecione para abrir o documento.
140
Existem nos artigos formas de apresentar os dados necessários para elaborar a sua referência
que podem não ser facilmente compreendidos. Por exemplo, ao se verificar no cabeçalho ou
no rodapé do artigo a indicação: Cerâmica Industrial, 6 (3) maio/junho, 2001, deve-se
considerar que:
Boletins ou Cadernos Técnicos não são tratados como periódicos. A referência é como a
de um livro e acrescenta-se após a data de publicação a denominação do boletim e seu
respectivo número. Veja o exemplo 5.39.
Quando o trabalho pesquisado foi apresentado em algum evento, faz parte, na maior parte dos
casos, dos Anais22 (sempre no plural!) deste evento (ou, em inglês, dos Proceedings). Existem
outras maneiras de denominar publicações de eventos em função do tipo de material
publicado. Nos exemplos a seguir isto é indicado. Em função de como o trabalho foi incluído
no documento final do evento existem pequenas particularidades nas referências e, portanto,
estas são apresentadas nos próximos itens.
22
Anais = publicação referente aos atos e estudos de congressos científicos, literários ou de arte.
142
A referência de trabalho publicado em anais de evento acessado em site eletrônico deve fazer
essa indicação. Veja exemplo 5.42.
ÂNGULO, S. C.; ULSEN, C.; JOHN, V. M.; KAHN, H. Characterisation and Reciclability of
Construction and Demolition Waste in Brazil. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON
THE ENVIRONMENTAL AND TECHNICAL IMPLICATIONS OF CONSTRUCTION
WITH ALTERNATIVE MATERIAL23 – PROGRESS ON THE ROAD TO
SUSTAINABILITY, 5th, 2003, San Sebastian. Proceedings... San Sebastian: INASMET,
2003. Não paginado. Disponível em: <http://www.reciclagem.pcc.usp.br/artigos1.htm>.
Acesso em: 2 out. 2004.
Quando o trabalho publicado em evento é disponibilizado em CD, isso deve ser informado.
Veja o exemplo 5.43.
23
Este congresso é conhecido internacionalmente por WASCON.
143
Quando o documento pesquisado tem acesso exclusivo por meio eletrônico, por exemplo,
base de dados, lista de discussão, site, arquivos em disco rígido, disquetes, programas ou
conjunto de programas, mensagens eletrônicas, para cada tipo de documento pesquisado
existem pequenas particularidades, portanto estas são apresentadas uma a uma nos exemplos
5.44 a 5.46 conforme NBR 6023 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2002b)
GALERIA virtual de arte do Vale do Paraíba. São José dos Campos, Fundação Cultural
Cassiano Ricardo, 1998. Apresenta reproduções virtuais de obras de artistas plásticos do Vale
do Paraíba. Disponível em: <http://www.virtualvale.com.br/galeria>. Acesso em: 25 nov.
1998.
MICROSOFT Project for Windows 95, version 4.1: project planning software. [S. l.]:
Microsoft Corporation, 1995. Conjunto de programas. 1 CD-ROM.
5.4.8 Legislação
Quando a legislação foi acessada num site, segue-se a forma genérica desse tipo de referência
indicada no exemplo 5.47, no qual também há exemplos.
continua
145
continuação
5.4.8.2 Legislação publicada num livro com pessoa física responsável pela obra
EXEMPLO 5.48 – Modelo de referência para legislação publicada com pessoa física
responsável pela mesma no formato de livro
OLIVEIRA, J. de (Org.). Código Civil: organização dos textos, notas remissivas e índices.
46. ed. São Paulo: Saraiva, 1995.
Para fazer a referência de uma norma técnica, devem ser indicados os dados respeitando a
ordem indicada. Se a instituição responsável pela autoria também for responsável pela edição,
não é indicada a editora. Veja o exemplo 5.49.
5.4.10.1 Documento publicado por entidade com denominação genérica vinculada a um órgão
superior
Se a entidade tem uma denominação genérica, esta é precedida pela denominação do órgão
superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertence. Veja exemplo 5.50.
Se a entidade tem uma denominação específica que a identifica, mesmo sendo vinculada a
um órgão superior, a entrada é feita diretamente pela sua denominação. Em caso de
duplicidade de nomes, deve-se acrescentar no final, entre parênteses, a unidade geográfica que
identifica a jurisdição. Veja o exemplo 5.51.
147
6 DIRETRIZES DE PESQUISA
É fundamental para o aluno que está iniciando a elaboração doo seu TCC, mas também para
seu leitor, que fique extremamente claro o que pretende desenvolver no trabalho. Isso deve
ficar registrado no seu Projeto de Pesquisa. Posteriormente, quando ele estiver concluindo o
trabalho, ou ao longo de sua jornada, ele deve atualizar o seu relatório, pois, muitas vezes, o
que foi possível fazer não é exatamente aquilo que se planejou fazer.
Assim, ainda que os itens sejam os mesmos no Projeto de Pesquisa e no Relatório Final,
algumas diferenças devem ser observadas e essas serão destacadas ao longo da descrição
deste capítulo. Além disso, deve-se ter atenção com a precisão com a qual se descrevem os
tópicos: é imprescindível clareza em cada item e coerência entre os itens.
Desta maneira, para desenvolver o TCC, ou qualquer outro trabalho acadêmico, é necessário
estejam claramente definidos:
a) questão de pesquisa;
b) objetivos da pesquisa;
c) hipóteses da pesquisa (se for o caso);
d) pressupostos da pesquisa (se houver necessidade);
e) premissas da pesquisa (se adequado para o caso);
f) delimitações;
g) limitações;
h) delineamento (definição, descrição e diagrama de relacionamento das etapas,
cronograma do TCC).
Com exceção do último desses tópicos, a função dos demais é de deixar clara qual a proposta
do trabalho em todos os seus detalhes. O último item, o delineamento, é aquele no qual se fará
a indicação de como se pretende desenvolver o trabalho. Esses tópicos são detalhados a
seguir, mas antes disso deve-se ter certeza que se conhece o tema e a forma de o abordar para
poder definir o que vai ser feito.
A descrição teórica destes itens não é de fácil compreensão para que não está habituado
propostas de pesquisa. Assim, é aconselhável fazer a leitura de trabalhos acadêmicos,
150
Algumas vezes há um entusiasmo tão grande com um tema que chamou atenção do aluno que
ele o idealiza e ao colocar o planejamento da pesquisa em prática (ou antes disso) nada do que
foi planejado pode ser realizado. Se houver alguma dúvida sobre a adequação e viabilidade do
estudo, seja nesse momento inicial ou quando já se evolui na definição do que será o trabalho,
se sugere a realização de uma pesquisa exploratória. Por esse motivo, antes dos itens que
compõem as diretrizes da pesquisa, esse tema será abordado.
Assim, algumas pesquisas, para definir sua questão e objetivos necessitam desta pesquisa
preliminar. Somente com os resultados deste estudo o pesquisador consegue chegar à
formulação do problema e objetivos da pesquisa propriamente dita. Desta forma, caso seja
necessário fazer algum tipo de averiguação sobre o status quo do conhecimento sobre o
assunto do trabalho para o definir, em primeiro lugar, se deve formular a questão e objetivos
para a pesquisa exploratória ou simplesmente fazer essa averiguação sobre as possíveis
condições para o estudo que se pretende realizar.. Com base nos resultados deste estudo, a
questão, os objetivos e demais tópicos da pesquisa do trabalho de diplomação poderão ser
elaborados. Isso deve ocorrer imediatamente para não retardar o início das definições das
diretrizes da pesquisa.
151
Uma vez escolhida área de conhecimento na qual a pesquisa será desenvolvida, deverá ser
possível definir a questão de pesquisa. Trata-se da questão que se deseja responder com a
realização do trabalho como um todo (figura 1).
P R OCESSO
D E P ESQU I SA
Comece escrevendo aquilo que lhe vem de imediato à mente como questão e passe a examinar
o alcance que ela tem. Se achar que é isso mesmo, passe para os próximos tópicos, mas talvez
tenha que voltar para fazer alguns ajustes. Se houver necessidade já nesse momento, reescreva
até lhe parecer clara e precisa.
O pesquisador quer encontrar uma resposta para essa questão, logo ela deve estar bem
estruturada e formulada de forma precisa. Isso significa, entre outras coisas, que os termos
utilizados devem ser os mais adequados possíveis para a área de conhecimento. Desta forma,
qualquer pessoa que tome contato com a questão a entenderá da mesma forma. Se algum
termo pode ser ambíguo, isso é pode ser compreendido de diversas maneiras em função do
embasamento teórico utilizado, este deverá ser definido, preferencialmente na introdução do
152
trabalho, mostrando que significado está sendo dado a ele e, para reforçar esse
posicionamento, indicando a fonte que o traz com esse entendimento.
Mas, de nada adianta uma questão bem elaborada se, para se chegar à resposta, forem
necessários recursos que não estão disponíveis. Portanto, se preocupe com a viabilidade do
trabalho dentro das condições nas quais ele será elaborado. Assim, verifique o mais cedo
possível, a disponibilidade de equipamentos, a qualidade de banco de dados que por ventura
será consultado, a real possibilidade de contar com a doação de materiais ou de implantar suas
ideias numa situação real. Esses são alguns exemplos de situações que foram vivenciadas por
alunos na elaboração dos seus TCC e que não puderam prosseguir com a ideia, pois, no
momento de buscar esses meios, esses não estavam disponíveis ou não se apresentaram como
foram idealizados.
As questões científicas não devem se referir a valores que envolvem considerações subjetivas
que invalidam os propósitos da investigação científica, mas a situações práticas. A
investigação científica deve ter a objetividade como uma das mais importantes características.
O pesquisador deve ter (ou obter) conhecimento mínimo sobre o tema para ter capacidade de
formular questões de pesquisa para as quais existem meios para solucioná-las. O processo de
formulação da questão de pesquisa deve ser refinado até que a pergunta colocada se apresente
como suscetível de solução.
Assim, deve-se reforçar que é importante que a questão de pesquisa seja delimitada e limitada
a uma dimensão viável. Isso significa que, desde o início do processo, deve-se saber que:
a) não pode ser muito ampla: é preciso delimitar – criar fronteiras dentro das quais
o trabalho será desenvolvido;
b) indicar todas as limitações que possam influenciar a interpretação dos
resultados encontrados.
Os objetivos da pesquisa são os produtos da pesquisa, o que se pretende alcançar. Não devem
ser confundidos com a resposta da questão. São características dos objetivos:
P R OD U TOS D A P ESQU I SA
OB JETI VOS
SECU N D Á R I OS OB JETI VO P R I N CI P A L
P R OCESSO
D E P ESQU I SA
O objetivo principal é:
6.4 HIPÓTESES
Hipótese é a possível resposta para a questão de pesquisa, que será, através do resultado do
trabalho, declarada verdadeira ou falsa. É, portanto, proposição testável que pode vir a ser a
solução do problema (figura 3).
H I P ÓTESE =
R ESP OSTA ?
P R OCESSO
D E P ESQU I SA
De qualquer maneira, quando a hipótese não é comprovada e não se sabe qual a resposta, para
área de estudo é importante o registro da pesquisa que provou que esta não é a solução do
problema. Isso é relevante, desde que a hipótese não comprovada seja plausível, pois assim
outra pessoa interessada no assunto pode, também, supor que essa é a resposta e pelo estudo
já é informada que não é a correta.
c) relações de associação;
d) relações de dependência.
Para exemplificar esses tipos de hipóteses, serão apresentados os exemplos. Nos exemplos 6.1
a 6.4, nos quais serão apresentadas questões propostas e respectivas hipóteses.
Questão – nas edificações em condomínios de interesse social com quatro pavimentos, qual o
sistema construtivo que resulta em menores custos: estrutura em concreto armado ou
alvenaria estrutural?
Hipótese – 30% dos profissionais de canteiro de obras (pedreiros, ferreiros, carpinteiros, etc.)
receberam, antes ou durante a sua vida profissional, treinamento formal.
Hipótese – sim, um número de acidentes acima da média acontece em obras de empresas que
não cumprem as determinações da NR-18.
156
Questão – qual teor de substituição de cimento Portland por cinza volante é eficaz na redução
da reação álcali-agregado em concretos usados na Região Metropolitana de Porto Alegre?
Hipótese – um teor de 30% de substituição de cimento Portland por cinza volante é eficaz na
mitigação da reação álcali-agregado em concretos de cimento Portland usados na Região
Metropolitana de Porto Alegre/RS.
As hipóteses que estabelecem relações entre duas ou mais variáveis, precisam ter
claramente definidas as variáveis do estudo. Quando estabelecem relação de associação entre
variáveis, com maior ênfase que nos outros, se deve identificar claramente quais são as
variáveis independentes (as manipuladas e controladas, cujos efeitos, sobre as variáveis
dependentes, se deseja medir) e dependentes (cujos efeitos, provocados pelas variáveis
independentes, interessam ao pesquisador medir). No exemplo 6.4:
Não existem regras para definir hipóteses. Sabe-se que se deve ter algum conhecimento sobre
o assunto para serem plausíveis. São consideradas fontes de hipóteses:
a) observação;
b) resultados de outras pesquisas;
c) teorias;
d) intuição.
Sendo uma teoria a fonte de definição de uma hipótese esta se refere ao teste da teoria
desenvolvida e são as mais interessantes, pois proporcionam ligação clara com um conjunto
157
Nem todas as pesquisas precisam da formulação de hipóteses, não sendo necessária quando o
objetivo é o de descrever determinado fenômeno ou as características de um grupo. Mas as
hipóteses são necessárias quando o objetivo é o de verificar relações de associação ou
dependência entre variáveis.
6.5 PRESSUPOSTOS
6.6 PREMISSAS
As premissas são fatos ou princípios que servem de base para um raciocínio. Assim, não é,
também, obrigatória a presença de uma premissa num trabalho. As premissas estão ligadas ao
problema de pesquisa.
6.7 DELIMITAÇÕES
6.8 LIMITAÇÕES
As limitações são as condições da pesquisa que definem a sua qualidade, pois dentro das
delimitações expressas, são os fatores que não foram considerados ou foram considerados de
forma deficiente na pesquisa. Por exemplo, num experimento, o não controle de uma variável
ou uso de equipamento com baixa precisão que pode limitar a interpretação dos resultados
alcançados. Não há posicionamento sobre a sua influência.
6.9 DELINEAMENTO
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
VALIDAÇÃO DO MODELO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA X X X X X X X X
VALIDAÇÃO DO MODELO X X
CONSIDERAÇÕES FINAIS X
REFERÊNCIAS
CORAZZA, S. M. Manual infame... mas útil, para escrever uma boa proposta de tese ou
dissertação. In: BIANCHETTI, L.; MACHADO, A. M. N. A bússola do escrever: desafios e
estratégias na orientação de teses e dissertações. São Paulo: Cortez, 2002. p. 355-370.
GIL, A. C. Como elaborara projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.
LEDUR, P. F. Português Prático. 7. ed. rev. e ampl. Porto Alegre: AGE, 2006.
162
Porto Alegre
mês ano local
data
168
título listas 169
ilustração/tabela na lista número página sumário/listas
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
p – pressão (Pa)
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ................ 13
2.1 ELEMENTOS ESTRUTURAIS E COMPONENTES .............................................. 14
2.2 PAPEL, MARGENS E IMPRESSÃO ....................................................................... 15
2.3 TAMANHO ............................................................................................................... 16
2.4 IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO EM RODAPÉ ............................................... 16
3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................................... 17
3.1 CAPA ......................................................................................................................... 17
3.2 FOLHA DE ROSTO .................................................................................................. 19
divisão n.n.n no sumário
3.3 FOLHA DE APROVAÇÃO ...................................................................................... 20
3.3.1 Dissertação de Mestrado ....................................................................................... 20
3.3.1.1 Dois orientadores e três avaliadores .....................................................................
divisão n.n.n.n no sumário 20
3.3.1.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 20
divisão n.n.n.n.n no sumário
3.3.1.1.2 Versão final ....................................................................................................... 21
3.3.1.2 1 orientador e com mais de 3 avaliadores ............................................................ 21
3.3.1.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 21
3.3.1.2.2 Versão final ....................................................................................................... 22
3.3.2 Tese de Doutorado ................................................................................................ 23
3.3.2.1 2 orientadores e 4 avaliadores ............................................................................. 23
3.3.2.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 24
3.3.2.1.2 Versão final ....................................................................................................... 24
3.3.2.2 1 orientador e com mais de 4 avaliadores ............................................................ 25
3.3.2.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 25
3.3.2.2.2 Versão final .......................................................................................................
elementos pós-textuais no sumário 26
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 27
APÊNDICE A ................................................................................................................. 30
ANEXO A ........................................................................................................................ 34
ANEXO B ........................................................................................................................ 36
180
linha em branco 181
capítulo
1 INTRODUÇÃO (capítulo n)
texto do trabalho
Preferencialmente, no início do capítulo, apresentar uma introdução e não passar diretamente
a subdivisão do trabalho. É conveniente dar uma ideia ao leitor das partes que constituem o
capítulo
divisão n.n
divisão n.n.n
divisão n.n.n.n
1.1.1.1 Divisão 3 (n.n.n.n)
texto do trabalho
Deve-se ter muito cuidado com a criação de subdivisões. É necessário ter certeza que o leitor
não vai se perder nestas divisões, não compreendendo mais a lógica do trabalho.
divisão n.n.n.n.n
1.1.1.1.1 Divisão 4 (n.n.n.n.n) texto do trabalho
Cada dia mais, o fácil acesso aos trabalhos e a sua reprodução, muitas vezes parcial, geram a
perda da identificação da sua origem, impossibilitando que as informações sejam utilizadas
em outros trabalhos ou, pior do que isto, utilizadas sem citar a fonte 1título
. Desta forma,
e autor rodapé
recomenda-se a inclusão de identificação do trabalho no rodapé em todas as páginas.
1
Citar a fonte: a não citação da fonte caracteriza crime.
182
alínea
a) linha contínua que separa texto do rodapé,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts; subalínea
- parágrafo: alinhamento – justificado; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: linha separa rodapé;
b) título do trabalho,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts em caracteres maiúsculos;
- parágrafo: alinhamento – esquerdo; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: título no rodapé.
linha em branco texto do trabalho
A indústria da construção civil é um setor extremamente importante para o desenvolvimento
sócio-econômico do País, o que pode ser demonstrado pela estrutura percentual do produto
interno bruto a custo de fatores, segundo classes e ramos de atividade econômica no Brasil
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996). A tabela 1
apresenta dados relativos aos anos de 1990 a 1995 para as três classes de atividade
econômica. Pode-se verificar que a representatividade da atividade industrial tem diminuído
nos últimos anos, passando de valores próximos de 42% para cerca de 33%.
identificação de ilustração/tabela
2
Tabela 1: utilizando o estilo conteúdo da tabela 12
identificação de ilustração/tabela conteúdo quadro/tabela TNR 10 183
Estes dados comparativos demonstram que as duas realidades não são muito diferentes, sendo
comuns as deficiências, tanto organizacionais como técnicas, nas empresas. Com relação ao
uso de recursos computacionais, cabe destacar que os baixos níveis de aplicação justificam
trabalhos que incentivem a sua maior utilização neste setor. Desta forma feita a investigação
sobre o uso de computadores alguns resultados podem ser destacados. texto do trabalho
ou
3
Tabela 1 utilizando o estilo conteúdo tabela 10 texto nota rodapé
184
identificação de ilustração/tabela
indicaram 31
COMPUTACIONAIS ESPECÍFICOS
programa
usado 35
USO DE PROGRAMAS
Programação
da Obra
Orçamento
Discriminado
não usam 43
ilustração / programa para
tabela esta finalidade 22
colada
0 10 20 30 40 50
% EMPRESAS
(entre as que possuem computador)
Na figura 1, percebe-se que, com pequena diferença percentual, cerca de um terço das
empresas não indicou, ainda que afirmaram que usavam um programa específico, qual o
programa empregado para programação de obra ou orçamento. Quanto às respostas relativas
ao não uso de programa específico, mais de 40% informou não utilizar programa
computacional específico para programação de obras e cerca de 20%, para orçamento
discriminado. texto do trabalho
185
Pode-se verificar o uso de duas ilustrações pequenas lado a lado, nas figuras 2 e 3. Criação,
primeiramente, uma tabela Word com duas colunas e três linhas (inserir tabela – com
identificação 2 ilustrações e 2 tabelas
contorno invisível). Os estilos utilizados são:
fonte de dados 2
ilustrações e 2 tabelas
Para cálculo do índice de efetividade do uso de recursos deve-se utilizar a fórmula 1. Para
cada tipo de recurso um valor percentual representa a sua aceitabilidade ou não.
equações e fórmulas
Sendo:
ER = índice de efetividade do uso de recursos;
N = necessidade do recurso; sendo – itens
da equação
D = disponibilidade do recurso. ou fórmula
Programação de Obras 50 45
Orçamento Discriminado 69 64
Contabilidade 70 70
Processamento de Textos 87 80
fonte de dados ilustração/tabela (fonte: elaborado pelo autor)
Os impactos ambientais sobre o meio físico esperados para a área do Projeto Pontal Norte
podem ser vistos no quadro 1.
identificação ilustração/tabela
Escala de Atributos
Reversibilidade
Probabilidade
Abrangência
Persistência
Magnitude
Natureza
Duração
Impactos
Forma
Agricultura muito
adversa direto imediato permanente irreversível regional
irrigada alta certa
Modificação
das formas de adversa direto curto permanente irreversível local alta
uso/ocupação certa
continua
ilustração/tabela continua
ilustração/tabela continuação 187
continuação
Impactos Escala de Atributos
Reversibilidade
Probabilidade
Abrangência
Persistência
Magnitude
Natureza
Duração
Alteração da Forma
cobertura adversa direto imediato permanente irreversível regional alta provável
vegetal
Efeitos da
adversa indireto longo cíclico irreversível local alta certa
pluviosidade
Obras de
adversa direto imediato permanente irreversível local alta certa
infraestrutura
muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
Solo exposto provável
Aumento da
muito
densidade adversa indireto curto permanente irreversível regional alta
provável
populacional
Instalação de
canteiro de adversa direto curto temporário reversível local moderada certa
obras
Qualidade da
adversa indireto curto permanente reversível local moderada provável
água
Poluição dos
adversa indireto longo permanente reversível regional moderada provável
mananciais
Alteração do muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
solo provável
Movimentação
adversa direto imediato temporário irreversível local moderada certa
de terra
Erosão pluvial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável
Escoamento
superficial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável
concentrado
Extração
adversa direto imediato cíclico reversível local moderada certa
mineral
CONSTRUÇÃO Virtual. Revista Téchne, São Paulo: PINI, ano 10, n. 51, p. 30-35, mar./abr.
2001.
189
título glossário
GLOSSÁRIO
glossário
linha em branco
título apêndice
-
192
193
linha em branco
título anexo
Porto Alegre
mês ano local
data
202
203
Este Trabalho de Diplomação foi julgado adequado como pré-requisito para a obtenção do
título de indicar o título obtido (por exemplo, Engenheiro Civil) e aprovado pela banca
examinadora e, em sua forma final, pelo/a Professor/a Orientador/a.
nome orient./coorden.
rtamento
Prof./a Fulano/a de Tal Prof./a Fulano/a de Tal
Título (abreviatura) pela Instituição onde o Título (abreviatura) pela Instituição onde o
título foi obtido título foi obtido
titulação do orien./coorden. condição orientador
Orientador/a Coorientador/a
Agradeço ao Prof. Fulano de Tal, orientador deste trabalho pela .... (terminar cada uma das
agradecimentos
frases com ponto).
texto da epígrafe Os que se encantam com a prática sem a ciência são como
os timoneiros que entram no navio sem timão nem
bússola, nunca tendo certeza do seu destino.
autor da epígrafe Leonardo da Vinci
.
212
213
palavras-chave
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE SÍMBOLOS
p – pressão (Pa)
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10
2 ASPECTOS GERAIS SOBRE A FORMATAÇÃO DE TRABALHOS ................ 13
2.1 ELEMENTOS ESTRUTURAIS E COMPONENTES .............................................. 14
2.2 PAPEL, MARGENS E IMPRESSÃO ....................................................................... 15
2.3 TAMANHO ............................................................................................................... 16
2.4 IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO EM RODAPÉ ............................................... 16
3 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS ............................................................................... 17
3.1 CAPA ......................................................................................................................... 17
3.2 FOLHA DE ROSTO .................................................................................................. 19
divisão n.n.n no sumário
3.3 FOLHA DE APROVAÇÃO ...................................................................................... 20
3.3.1 Dissertação de Mestrado ....................................................................................... 20
3.3.1.1 Dois orientadores e três avaliadores .....................................................................
divisão n.n.n.n no sumário 20
3.3.1.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 20
divisão n.n.n.n.n no sumário
3.3.1.1.2 Versão final ....................................................................................................... 21
3.3.1.2 1 orientador e com mais de 3 avaliadores ............................................................ 21
3.3.1.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 21
3.3.1.2.2 Versão final ....................................................................................................... 22
3.3.2 Tese de Doutorado ................................................................................................ 23
3.3.2.1 2 orientadores e 4 avaliadores ............................................................................. 23
3.3.2.1.1 Versão para defesa ............................................................................................ 24
3.3.2.1.2 Versão final ....................................................................................................... 24
3.3.2.2 1 orientador e com mais de 4 avaliadores ............................................................ 25
3.3.2.2.1 Versão para defesa ............................................................................................ 25
3.3.2.2.2 Versão final .......................................................................................................
elementos pós-textuais no sumário 26
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 27
APÊNDICE A ................................................................................................................. 30
ANEXO A ........................................................................................................................ 34
ANEXO B ........................................................................................................................ 36
228
linha em branco 229
capítulo
1 INTRODUÇÃO (capítulo n)
texto do trabalho
Preferencialmente, no início do capítulo, apresentar uma introdução e não passar diretamente
a subdivisão do trabalho. É conveniente dar uma ideia ao leitor das partes que constituem o
capítulo
divisão n.n
divisão n.n.n
divisão n.n.n.n
1.1.1.1 Divisão 3 (n.n.n.n)
texto do trabalho
Deve-se ter muito cuidado com a criação de subdivisões. É necessário ter certeza que o leitor
não vai se perder nestas divisões, não compreendendo mais a lógica do trabalho.
divisão n.n.n.n.n
1.1.1.1.1 Divisão 4 (n.n.n.n.n) texto do trabalho
Cada dia mais, o fácil acesso aos trabalhos e a sua reprodução, muitas vezes parcial, geram a
perda da identificação da sua origem, impossibilitando que as informações sejam utilizadas
em outros trabalhos ou, pior do que isto, utilizadas sem citar a fonte 1título
. Desta forma,
e autor rodapé
recomenda-se a inclusão de identificação do trabalho no rodapé em todas as páginas.
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
230
alínea
a) linha contínua que separa texto do rodapé,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts; subalínea
- parágrafo: alinhamento – justificado; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: linha separa rodapé;
b) título do trabalho,
- fonte: Times New Roman (TNR), 10 pts em caracteres maiúsculos;
- parágrafo: alinhamento – esquerdo; entre linhas – simples; espaçamento – 0
pts antes e depois do parágrafo;
- estilo: título no rodapé.
linha em branco texto do trabalho
A indústria da construção civil é um setor extremamente importante para o desenvolvimento
sócio-econômico do País, o que pode ser demonstrado pela estrutura percentual do produto
interno bruto a custo de fatores, segundo classes e ramos de atividade econômica no Brasil
(INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 1996). A tabela 1
apresenta dados relativos aos anos de 1990 a 1995 para as três classes de atividade
econômica. Pode-se verificar que a representatividade da atividade industrial tem diminuído
nos últimos anos, passando de valores próximos de 42% para cerca de 33%.
identificação de ilustração/tabela
1
Citar a fonte: a não citação da fonte caracteriza crime.
2
Tabela 1: utilizando o estilo conteúdo da tabela 12
__________________________________________________________________________________________
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identificação de ilustração/tabela conteúdo quadro/tabela TNR 10
231
Estes dados comparativos demonstram que as duas realidades não são muito diferentes, sendo
comuns as deficiências, tanto organizacionais como técnicas, nas empresas. Com relação ao
uso de recursos computacionais, cabe destacar que os baixos níveis de aplicação justificam
trabalhos que incentivem a sua maior utilização neste setor. Desta forma feita a investigação
sobre o uso de computadores alguns resultados podem ser destacados. texto do trabalho
ou
3
Tabela 1 utilizando o estilo conteúdo tabela 10 texto nota rodapé
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
232
identificação de ilustração/tabela
indicaram 31
COMPUTACIONAIS ESPECÍFICOS
programa
usado 35
USO DE PROGRAMAS
Programação
da Obra
Orçamento
Discriminado
não usam 43
ilustração / programa para
tabela esta finalidade 22
colada
0 10 20 30 40 50
% EMPRESAS
(entre as que possuem computador)
Na figura 1, percebe-se que, com pequena diferença percentual, cerca de um terço das
empresas não indicou, ainda que afirmaram que usavam um programa específico, qual o
programa empregado para programação de obra ou orçamento. Quanto às respostas relativas
ao não uso de programa específico, mais de 40% informou não utilizar programa
__________________________________________________________________________________________
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233
Pode-se verificar o uso de duas ilustrações pequenas lado a lado, nas figuras 2 e 3. Criação,
primeiramente, uma tabela Word com duas colunas e três linhas (inserir tabela – com
contorno invisível). Os estilos utilizados são:
Para cálculo do índice de efetividade do uso de recursos deve-se utilizar a fórmula 1. Para
cada tipo de recurso um valor percentual representa a sua aceitabilidade ou não.
equações e fórmulas
Sendo:
ER = índice de efetividade do uso de recursos;
N = necessidade do recurso; sendo – itens
da equação
D = disponibilidade do recurso. ou fórmula
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
234
ilustração /
Programação de Obras 50 45
tabela
colada
Orçamento Discriminado 69 64
Contabilidade 70 70
Processamento de Textos 87 80
fonte de dados ilustração/tabela (fonte: elaborado pelo autor)
Os impactos ambientais sobre o meio físico esperados para a área do Projeto Pontal Norte
podem ser vistos no quadro 1.
identificação ilustração/tabela
Escala de Atributos
Reversibilidade
Probabilidade
Abrangência
Persistência
Magnitude
Natureza
Duração
Impactos
Forma
Agricultura muito
adversa direto imediato permanente irreversível regional
irrigada alta certa
Modificação
das formas de adversa direto curto permanente irreversível local alta
uso/ocupação certa
continua
ilustração/tabela continua
continuação
__________________________________________________________________________________________
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ilustração/tabela continuação
235
Reversibilidade
Probabilidade
Abrangência
Persistência
Magnitude
Natureza
Duração
Forma
Alteração da
cobertura adversa direto imediato permanente irreversível regional alta provável
vegetal
Efeitos da
adversa indireto longo cíclico irreversível local alta certa
pluviosidade
Obras de
adversa direto imediato permanente irreversível local alta certa
infraestrutura
muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
Solo exposto provável
Aumento da
muito
densidade adversa indireto curto permanente irreversível regional alta
provável
populacional
Instalação de
canteiro de adversa direto curto temporário reversível local moderada certa
obras
Qualidade da
adversa indireto curto permanente reversível local moderada provável
água
Poluição dos
adversa indireto longo permanente reversível regional moderada provável
mananciais
Alteração do muito
adversa direto curto cíclico reversível local moderada
solo provável
Movimentação
adversa direto imediato temporário irreversível local moderada certa
de terra
Erosão pluvial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável
Escoamento
superficial adversa indireto curto cíclico reversível local moderada provável
concentrado
Extração
adversa direto imediato cíclico reversível local moderada certa
mineral
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
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título referências 237
referência
REFERÊNCIAS
CONSTRUÇÃO Virtual. Revista Téchne, São Paulo: PINI, ano 10, n. 51, p. 30-35, mar./abr.
2001.
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título glossário
GLOSSÁRIO
glossário
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linha em branco
título apêndice
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linha em branco
título anexo
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251
Os estilos para formação dos trabalhos de diplomação, e respectivos projetos de pesquisa, são
aqui caracterizados. A apresentação se dá pela ordem de aparição de cada estilo no trabalho.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
CAPA
Instituição na capa
Autor na capa
Título na capa
Local
Data
a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas (grafar nome do mês com todas as
letras minúsculas);
b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.
FOLHA DE ROSTO
O estilo autor na folha de rosto é utilizado na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes
características:
O estilo título na folha de rosto é utilizado na folha de rosto do trabalho e tem as seguintes
características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
254
Local
Data
a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas (grafar nome do mês com todas as
letras minúsculas);
b) alinhamento: centralizado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes e depois de 0 pt;
e) entre linhas simples.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Autor na folha de aprovação
__________________________________________________________________________________________
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255
Frase de aprovação
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
256
Nome orientador
Titulação do orientador
O estilo titulação do orientador é utilizado para indicar a titulação de mais alto grau do
orientador na folha de aprovação do trabalho, que é incluída somente na versão final do
trabalho, com o seguinte formato – Dr. pela UFRGS, por exemplo – e tem as seguintes
características:
Condição de orientador
__________________________________________________________________________________________
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257
O estilo nome avaliador trabalho diplomação é utilizado para indicação do nome de cada
avaliador do trabalho de diplomação na folha de aprovação do trabalho, que é incluída
somente na versão final do trabalho. É precedido por Prof. ou Profa. (se for o caso de
professor/a) ou pelo título acadêmico que possui (Eng., Arq., etc.). Após a indicação do nome,
entre parênteses, indica-se a empresa ou instituição com a qual mantêm vínculo empregatício
(no caso de alunos de Mestrado ou Doutorado que no momento são somente alunos de pós-
graduação, sem manter vículo empregatício com nenhuma empresa ou instituição, não fazer
nenhuma indicação). Tem as seguintes características:
Titulação do avaliador
O estilo titulação do avaliador é utilizado para indicar a titulação de mais alto grau do
avaliador na folha de aprovação do trabalho, que é incluída somente na versão final do
trabalho, com o seguinte formato – Dr. pela UFRGS, Eng. Civil pela UFSC, por exemplo – e
tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
258
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Título AGRADECIMENTOS
Agradecimentos
__________________________________________________________________________________________
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259
EPÍGRAFE
Texto da epígrafe
O estilo texto da epígrafe é utilizado na folha da epígrafe, que é incluída somente na versão
final do trabalho. Deve-se digitar de tal forma que a linha seguinte, correspondente ao autor
da epígrafe, seja a última linha da página. Tem as seguintes características:
Autor da epígrafe
O estilo autor da epígrafe é utilizado na folha da epígrafe, que é incluída somente na versão
final do trabalho. Deve-se digitar de tal forma que a linha correspondente ao autor da epígrafe,
seja a última linha da página. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
260
RESUMO
Título RESUMO
Referência no resumo
Texto do resumo
__________________________________________________________________________________________
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261
Palavras-chave
LISTAS
Título LISTAS
O estilo título listas é utilizado nas folhas das listas de ilustrações, tabelas, siglas e símbolos e
tem as seguintes características:
Figura/tabela na lista
Deve-se criar nas páginas das listas de ilustrações e tabelas uma tabela, que funcionará como
uma máscara, com duas colunas: a primeira coluna tem 15 cm e, a segunda, 1,2 cm de largura.
O estilo figura/tabela na lista é empregado na primeira coluna, na qual indica-se o tipo de
ilustração (ou se trata-se de tabela), acompanhada pelo seu número identificador, seguido de
dois pontos e pela identificação da ilustração ou tabela. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
262
Deve-se criar nas páginas do sumário e das listas de ilustrações e tabelas uma tabela, que
funcionará como uma máscara, com duas colunas: a primeira coluna tem 15 cm e, a segunda,
1,2 cm de largura. O estilo número página sumário/listas é utilizado na segunda coluna, na
qual indica-se a página onde o item identificado na primeira coluna se localiza no trabalho.
Tem as seguintes características:
Sigla na lista
O estilo sigla na lista é utilizado para a identificação de sigla e de seu significado na lista de
siglas. Tem as seguintes características:
Símbolo na lista
__________________________________________________________________________________________
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263
SUMÁRIO
Título SUMÁRIO
Capítulo no sumário
O estilo divisão n.n no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada divisão n.n
do trabalho e tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
264
O estilo divisão n.n.n no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada divisão
n.n.n do trabalho e tem as seguintes características:
O estilo divisão n.n.n.n no sumário é utilizado no sumário para apresentação de cada divisão
n.n.n.n do trabalho e tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
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265
Deve-se criar nas páginas do sumário e das listas de ilustrações e tabelas uma tabela, que
funcionará como uma máscara, com duas colunas: a primeira coluna tem 15 cm e, a segunda,
1,2 cm de largura. O estilo número página sumário/listas é utilizado na segunda coluna, na
qual indica-se a página onde o item identificado na primeira coluna se localiza no trabalho.
Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
266
ELEMENTOS TEXTUAIS
Capítulo n
O estilo capítulo n é utilizado no texto para apresentação de cada capítulo do trabalho e tem
as seguintes características:
Divisão n.n
O estilo divisão n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n do trabalho e
tem as seguintes características:
Divisão n.n.n
O estilo divisão n.n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n.n do trabalho
e tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
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267
Divisão n.n.n.n
O estilo divisão n.n.n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n.n.n do
trabalho e tem as seguintes características:
a) fonte: TNR 12, normal, letras minúsculas, sublinhado com linha contínua;
b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 1,4 cm;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.
Divisão n.n.n.n.n
O estilo divisão n.n.n.n.n é utilizado no texto para apresentação de cada divisão n.n.n.n.n do
trabalho e tem as seguintes características:
a) fonte: TNR 12, em itálico, letras minúsculas, sublinhado com linha contínua;
b) alinhamento: justificado;
c) sem recuo à esquerda e à direita, com deslocamento de 1,7 cm;
d) espaçamento antes de 36 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas de 1,5 linhas.
Texto do trabalho
O estilo texto do trabalho é utilizado em todo o texto que não exige nenhum estilo em
particular como alíneas, citação destacada, etc. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
268
Alínea
O estilo alínea é utilizado ao longo do texto quando é necessário citar uma série de itens. Só
poderá ser usado se existirem pelo menos duas alíneas e deverá existir um texto introdutório
que anuncia as alíneas (no final deste texto introdutório, usar dois-pontos). São identificadas
pelas letras do alfabeto, grafadas em letras minúsculas, e acompanhadas por um fecha
parênteses à sua direita. Ao terminar a seqüência de alíneas (ou subalíneas) deve ser incluída
uma linha no estilo linha em branco, se forem seguidas por texto e não por novo item, para
separá-las do texto imediatamente posterior. Tem as seguintes características:
Subalínea
O estilo subalínea é utilizado ao longo do texto quando é necessário subdividir uma alínea, e
só poderá ser usado se existirem pelo menos duas subalíneas para cada alínea. São
identificadas por um hífen. Ao terminar a seqüência de subalíneas (ou alíneas) deve ser
incluída uma linha no estilo linha em branco para separá-las do texto imediatamente posterior.
Tem as seguintes características:
Linha em branco
__________________________________________________________________________________________
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269
O estilo citação direta destacada é utilizado para apresentar as citações diretas que tem mais
de três linhas (considerando-se o estilo texto do trabalho). Tem as seguintes características:
O estilo citação direta destacada com mais de um parágrafo é utilizado para apresentar as
citações diretas que mais de um parágrafo que não se constituam de alíneas. Se forem usadas
alíneas deverá ser usado o estilo alínea em citação direta destacada. Ao terminar a citação
deve ser incluída uma linha no estilo linha em branco para separá-la do texto imediatamente
posterior. Tem as seguintes características:
O estilo alínea em citação direta destacada é utilizado para apresentar as alíneas que
compõem citações diretas. Ao terminar a citação deve ser incluída uma linha no estilo linha
em branco para separá-la do texto imediatamente posterior. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
270
Tabela colada
O estilo tabela colada é utilizado para posicionar a tabela no texto que foi criada em outro
arquivo. Recomenda-se trazer as tabelas para o texto de outros arquivos (Word ou Excel),
para não se ter problemas. Tem as seguintes características:
Identificação de tabela
O estilo conteúdo tabela TNR 12 é utilizado para formatar o conteúdo da tabela, quando este
tamanho de letra é adequado. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
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271
O estilo conteúdo tabela TNR 10 é utilizado para formatar o conteúdo da tabela, quando este
tamanho de letra é adequado. Tem as seguintes características:
O estilo fonte de dados na tabela é utilizado para indicar, abaixo da tabela, a origem dos
dados incluídos na tabela. Deve ser indicado da seguinte forma – (fonte: citação completa) – e
tem as seguintes características:
O estilo texto do trabalho é utilizado em todo o texto que não exige nenhum estilo em
particular como alíneas, citação destacada, etc. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
272
Identificação de ilustração
O estilo identificação de ilustração é utilizado abaixo das ilustrações. Deve-se indicar, por
exemplo, – Figura n: identificação da figura – e tem as seguintes características:
Ilustração colada
O estilo ilustração colada é utilizado para posicionar a ilustração no texto. Deve-se sempre
trazer figuras, quadros, gráficos como figuras fechadas para o texto, para não se ter
problemas. Tem as seguintes características:
Equações e fórmulas
O estilo equações e fórmulas é utilizado para formatar equações ou fórmulas na máscara que
deverá ser formada por tabela com duas colunas. A primeira coluna tem 13,25 cm e a segunda
3 cm. Na primeira coluna indica-se a equação ou fórmula propriamente dita e na segunda a
sua identificação. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
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273
O estilo onde e itens da equação ou fórmula é utilizado para formatar a identificação dos
itens que compõem as equações ou fórmulas. Numa primeira linha, indica-se – Onde: – e nas
linhas seguintes os termos da expressão matemática. Tem as seguintes características:
RODAPÉ
Título e autor no rodapé
É utilizado no rodapé de cada uma das páginas, constando numa o título do trabalho e na
seguinte – Nome do Autor. Porto Alegre: DECIV/UFRGS, ano. Antes de citar o título ou os
dados dos autores, cria-se uma linha cheia com underlines. Tem as seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio
274
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Título REFERÊNCIAS
O estilo título referências é utilizado na folha onde a lista das referências empregadas no
trabalho são apresentadas. Tem as seguintes características:
Referência
O estilo referência é utilizado para formatar cada uma das referências apresentada na lista.
Tem as seguintes características:
a) fonte: TNR 12, normal mas em negrito nas partes indicadas para o tipo de
referência, letras minúsculas;
b) alinhamento: à esquerda;
c) sem recuo à esquerda e à direita, sem deslocamento;
d) espaçamento antes de 0 pt e depois de 12 pt;
e) entre linhas simples.
Título APÊNDICE
O estilo título apêndice é utilizado na folha que define a capa de cada um dos apêndices. A
apresentação é feita da seguinte maneira: APÊNDICE A – Nome do apêndice. Tem as
seguintes características:
__________________________________________________________________________________________
Carin Maria Schmitt - cschmitt@ufrgs.br
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Título ANEXO
O estilo título anexo é utilizado na folha que define a capa de cada um dos anexos. A
apresentação é feita da seguinte maneira: ANEXO A – Nome do anexo. Tem as seguintes
características:
__________________________________________________________________________________________
TCC: dicas e regras e como enfrentar esse desafio