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TOMO 2 DO EIV - ESTUDOS BIOCLIMATICOS DA EDIFICAÇÃO - ECOPARQUE CARUARU/PE

SENTIDO DOS VENTOS

Ventos de 1ª direção
verão

Ventos de 2ª direção
verão
Ventos de 1ª direção
inverno
Ventos de 2ª direção
inverno
Memorial Descritivo Dados de projeto:
Vazão: Q
Ventilação ocorre no sentido
É um volume de ar que se deslocou num ambiente ou numa tubulação na nordeste –sudoeste no verão e
unidade de tempo, sendo v o volume medido em:
Q = V/ T
no inverno no sentido sudeste-
Sendo V o volume medido em m³ (metros cúbicos) e o T o tempo medido noroeste
em: h (hora) ou min. (minutos).
Dessa forma, a vazão de ar será medida nas unidades: m³/h (metros cúbicos
Comprimento (d)
por hora). Sala/Cozinha – 5 metros
Velocidade: V
É a distancia percorrida por um ponto material na unidade de tempo.
Quartos – 3,00 metros
V= d/t Altura ou pé direito (h)
Sendo d a distância medida em: m (metros), e t o tempo medido em: s
(segundos) ou min (minutos).
2,55 metros.
Dessa forma, as unidades de velocidade de ar será: n/s (metros por Velocidades do ar a nordeste
segundo).
Taxa de renovação de ar: T
3m/s e a sudeste 4 m/s
Entende-se por taxa de renovação ou numero de trocas de ar num ambiente
o numero de vezes que o volume de ar desse ambiente é trocado na unidade
de tempo.
T = Q/V
Sendo Q a vazão e V o volume.
A relação entre a vazão e o volume resulta em um numero que depende
somente do tempo.
Por exemplo, quando a vazão é expressa em m/h e o volume em m3/ h, e o
volume em m³, resulta um numero T expresso por hora.
Renovação do ar ambiente
Requisitos de ventilação: varias medidas podem ser tomadas para se evitar a
exposição de pessoas a condições de alta temperatura.
Por exemplo, enclausuramento e isolamento de fontes quentes, vestimentas,
barreiras protetoras, diminuição do tempo de exposição, etc.
PLANTA BAIXA DA UNIDADE HABITACIONAL

EA1 EA1

40,37m² EA4
Quadro de Esquadrias

EA2

EA3

Planta Baixa- Unidade Habitacional


Planta Baixa- Unidade Habitacional
Estudo de Ventilação / Iluminação – 1/8 do piso
CONDICIONANTES DO PROJETO
1. A cidade de Caruaru está localizada na zona bioclimática 8 e devemos levar em consideração o que está determinado através dos
meses mais quentes do ano novembro, dezembro, fevereiro e março, levando em consideração suas máximas e medias temperaturas;
2. A metodologia construtiva é de parede de concreto com 10 cm de espessura, pintura acrílica de tonalidade clara, reflexiva e de baixa
absorção, teto com acabamento em gesso e pintura acrílica;
3. Coberta em telha cerâmica comum não esmaltada com 2cm de espessura assentado sobre coberta em madeira com ripas, caibros e
terças, espaçamento entre os caibros de 0,50m e abertura ou vazios com altura de 5cm;
4. Distância entre os blocos 5,00 a 6,5 metros.
Ventos 1ª geração
verão

Ventos 2ª geração
verão

Ventos 1ª geração Ventos 2ª geração


inverno inverno
Caruaru
Caruaru
Caruaru
Caruaru
JANEIRO: SETEMBRO:
»Conforto: 69.67 »Conforto: 100.00
»Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 30.33 ________________________
________________________
OUTUBRO:
FEVEREIRO: »Conforto: 81.67
»Conforto: 41.68 »Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica : 0.37
»Ventilação: 26.46 »Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 17.97
»Ar Condicionado : 0.74
»Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 31.11
________________________ CONDIÇÕES BIOCLIMATICAS
________________________ NOVEMBRO: CARUARU - PE
»Conforto: 66.51
MARÇO: »Ventilação: 5.59
»Conforto: 33.82 »Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 27.89
»Ventilação: 53.18 ________________________
»Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 13.00
________________________ DEZEMBRO:
»Conforto: 66.21
ABRIL: »Ventilação: 9.48
»Conforto: 74.10 »Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 24.32
»Ventilação: 3.85
»Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 22.06
________________________

MAIO:
»Conforto: 79.22
»Ventilação/Alta Inércia/Resfriamento Evaporativo : 20.80
________________________

JUNHO:
»Conforto: 55.63
»Ventilação: 30.45
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica : 13.93
________________________

JULHO:
»Conforto: 51.06
»Ventilação: 28.17
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica : 20.78
________________________

AGOSTO:
»Conforto: 50.72
»Ventilação: 28.83
»Aquecimento Solar Passivo/Alta Inércia Térmica : 20.4
PLANTA BAIXA DA UNIDADE HABITACIONAL

Planta Baixa- Unidade Habitacional


Estudo de Ventilação / Iluminação
Planta Baixa- Unidade Habitacional

VENTILAÇÃO
Efeito chaminé/ Torres de vento:
permite que o ar quente saia pelas
janelas superiores

Ventilação cruzada: O ar fresco


percorre toda a casa e ao se
esquentar ele é extraído por
convecção natural.

SOMBREAMENTO
Proteção solar

Inércia Térmica: Devido as pinturas


serem a base de água , as paredes
transpiram de forma natural e
contínua. Área de ventilação
Natural – Torre de vento
Analise geral de ventilação na edificação

1 1 1

Torres de vento
1
N
SOMBREAMENTO VENTILAÇÃO
Inércia Térmica: Devido as pinturas Ventilação cruzada: O ar fresco Efeito chaminé/ Torres de
serem a base de água , as paredes percorre toda a casa e ao se vento: permite que o ar
transpiram de forma natural e esquentar ele é extraído por quente saia pelas janelas
contínua. Proteção solar superiores
convecção natural.
PROJETO – NBR 15.220

QUARTO 1 QUARTO 2 SALA/COZINHA


A=40% A=40% A=40%
ÁREA ÚTIL=8,52m2 ÁREA ÚTIL=7,26m2 ÁREA ÚTIL=20,76m2
Abertura min. p/ ventilação=1,44m2 Abertura p/ ventilação=1,44m2 Abertura p/ ventilação=1,92m2
A=100(1,44/8,52) A=100(1,44/7,26) A=100(1,92/20,76)
A=0,1690 OU 16,90% A=0,1983 OU 19,83% A= 0,0925 OU 9,25%

RENOVAÇÃO DE AR – TEMPO DE RENOVAÇÃO


QUARTO 1 QUARTO 2
Comprimento do ambiente em relação ao vão aberto – 3,00m Comprimento do ambiente em relação ao vão aberto – 3,00m
Volume = ÁREA ÚTIL x altura do pé direito (h=2,55m) Volume de ar = ÁREA ÚTIL x altura do pé direito (h=2,55m)
Volume = 8,52 x 2,55 = 21,73 m3 Volume = 7,26 x 2,55 = 18,51 m3
Velocidade V= d/t , velocidade predominante do ar 3,0 m/s Velocidade V= d/t , velocidade predominante do ar 3,0 m/s
Onde t = 3,0/3,0 logo t=1,0 segundo Onde t = 3,0/3,0 logo t=1,0 segundo
Q = V/ T Q = V/ T
Q=21,73/1 – Q=21,73m3/s Q=18,51/1 – Q=18,51m3/s
T = Q/V T = Q/V
T=21,73 x 3.600/21,73 = 1,0 HORA T=18,51 x 3.600/18,51 = 1,0 HORA

SALA/COZINHA RESUMO
Comprimento do ambiente em relação ao vão aberto – 5,00m sabendo que a área da abertura deverá ser de 1/8 da área útil e comparando
Volume de ar = ÁREA ÚTIL x altura do pé direito (h=2,55m) com as aberturas projetadas, verificamos que um aumento considerável no
Volume = 20,76 x 2,55 = 52,94 m3 conforto térmico e no período de renovação do ar de cada ambiente.
Velocidade V= d/t , velocidade predominante do ar 3,0 m/s A renovação do ar nos quartos a cada 1 hora e a da sala e cozinha a cada 36
Onde t = 5,0/3,0 logo t=1,67 segundos minutos levam a manutenção do equilíbrio térmico de cada ambiente, contudo
Q = V/ T devemos agregar a isto o revestimento externo de fachada e o tipo de coberta
Q=52,94/1,67 – Q=31,70m3/s a ser utilizado para garantir o ideal de Transmitância térmica, capacidade
T = Q/V térmica e atraso térmico, alcançando assim o equilíbrio do conforto térmico
T=31,70 x 3.600/52,94 = 36,00 minutos ou 0,60 HORA da habitação.
PROJETO – NBR 15.220
Dados:
comprimento do telhado = 37,50 m
abertura de ventilação entre ripas/caibros/terças de 5 cm por 37,50 m em cada beiral
Coberta em telha cerâmica sobre estrutura de madeira

Telhas de barro:
E = 1450 kg/m3
& = 0,90 W/(m.K) (ver tabela B.3)
c = 0,92 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
Madeira e derivados:
E = 550 kg/m3
& = 0,15 W/(m.K) (ver tabela B.3) 5,90
c = 1,34 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
Concreto:
E = 2200 kg/m3
& = 1,75 W/(m.K) (ver tabela B.3)
c = 1,00 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)

Ultimo pavimento
Verificação das condições de ventilação da câmara de ar:
S = 2 (3.750 x 5) = 37.500 cm2
A = 37,50 x 5,90 = 221,25 m2
S/A = 37.500/221,25 cm2/m2
S/Abl40 = 169,49 cm2/m2
S/Abl32 = 135,59 cm2/m2
S/Abl24 = 101,69 cm2/m2
S/A>30
CLASSIFICADA COMO MUITO VENTILADA
TABELAS – NBR 15.220
PROJETO – NBR 15.220
✓ no verão (ver 5.3.2): Para a câmara da ar, Rar = 0,25 (m2.K)/W Telhas de barro:
(tabela B.1, superfície de baixa emissividade, espessura da E = 1450 kg/m3
câmara de ar = 25,0cm > 5,0 cm, direção do fluxo descendente). & = 0,90 W/(m.K) (ver tabela B.3)
c = 0,92 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
RESISTÊNCIA TERMICA ✓ no inverno (ver 5.3.3): Madeira e derivados:
RT=(E1/&1)+Rar+(E2/&2) E = 550 kg/m3
E – espessura telha =2cm ou 0,02m RESISTÊNCIA TÉRMICA TOTAL: & = 0,15 W/(m.K) (ver tabela B.3)
E – espessura da laje de concreto – 0,12m RTI = 2 x RSI + Rimadeira c = 1,34 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
RT = (0,02/0,90)+0,25+(0,12/1,75) RTI=2 x 0,20 + (0,01/0,15) Concreto:
RT = 0,023+0,25+0,07 RTI=0,47 (m2.K)/W E = 2200 kg/m3
RT = 0,343 (m2.K)/W & = 1,75 W/(m.K) (ver tabela B.3)
TRANSMITÂNCIA TÉRMICA: c = 1,00 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
RESISTÊNCIA TÉRMICA TOTAL: U = 1/RT
RT = Rsi + Rt + Rse U = 1/0,47
RT = 0,17 + 0,343 + 0,04 = 0,553 (m2.K)/W U = 2,13 (m2.K)/W

TRANSMITÂNCIA TÉRMICA:
U = 1/RT
U = 1/0,553
U = 1,81 (m2.K)/W
PROJETO – NBR 15.220

✓ Capacidade Térmica da Cobertura


CT=Telha de Barro(E x & x c)+AR(AR=0)+Madeira(E x & x c)
CT= (0,02 x 0,90 x 1.450) + 0,00 + (0,01 x 1,34 x 550)
CT= 26,10 + 0,00 + 7,37 = 33,47 KJ/(m2 . K)

✓ Atraso térmico para o verão (@)


RT = 0,343 (m2.K)/W
Bo = CT – CTEXT
Bo = 33,47 – 26,10 = 7,37
B1 = 0,226(Bo/RT) = 0,226 x (7,37/0,343) = 4,86
B2 = 0,205 x (Telha de Barro(E x & x c)/RT) x (Rext – (RT-Rext/10)
B2 = 0,205 x (26,10/0,343) x ((0,02/0,90)-((0,343—(0,02/0,90))/10)
B2 = 0,205 x 76,09 x (-0,010) = -0,1575
B2 é valor negativo, logo considerar B2 = 0,00
@ = 1,382 x RT x RAIZQUADRADA(B1+B2)
@ = 1,382 x 0,343 x RAIZQUADRADA (4,89+0)
@ = 1,382 X 0,343 x 2,21 = 1,05 horas (telha cerâmica) Telhas de barro:
E = 1450 kg/m3
✓ Fator de Calor Solar para o Verão & = 0,90 W/(m.K) (ver tabela B.3)
Fso = 4 x U x P (fator cor vermelha =0,74) c = 0,92 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
Fso = 4 x 1,81 x 0,74 = 5,36% Madeira e derivados:
Fso = 4 x U x P (telha de barro =0,75) E = 550 kg/m3
Fso = 4 x 1,81 x 0,75 = 5,43% & = 0,15 W/(m.K) (ver tabela B.3)
Fso100 = 100 x U x P x Rse(tabela A1) c = 1,34 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
Fso100 = 100 x 1,81 x 0,74 x 0,04 = 5,36% Concreto:
E = 2200 kg/m3
& = 1,75 W/(m.K) (ver tabela B.3)
c = 1,00 kJ/(kg.K) (ver tabela B.3)
CONSIDERAÇÕES
1. Pela norma, no detalhamento das estratégias de condicionamento térmico, a sensação térmica dos ambientes pode ser melhorada
através da desumidificação dos ambientes, podendo ser obtida através da renovação do ar interno por ar externo pela ventilação
cruzada permanente dos ambientes, sendo assim peço que observem que o projeto em questão apresenta ventilação cruzada e efeito
de torre de vento com a saída do ar quente pela janela da cozinha/área de serviço para a torre de vento caracterizada em planta.
2. O condicionamento passivo será insuficiente durante as horas mais quentes, pois a renovação do ar dos ambientes ocorre em
períodos não superiores a 1 hora.
3. Outro ponto importante a ser levado em consideração são os ventos predominantes da região para o entorno, pois o entorno pode
alterar significativamente a direção dos ventos, a direção destes são nordeste-sudoeste e sudeste noroeste.
4. Para vedações externas, na Zona Bioclimática 8, as paredes e as coberturas devem ser leves refletoras. Embora alguns critérios não
sejam atendidos, poderão ser aceitas nesta zona, coberturas com telhas de barro sem forro, desde que as mesmas não sejam
pintadas ou esmaltadas.
5. Verificamos ainda que a ventilação nas câmaras de ar existentes entre coberta e a laje de concreto para os blocos de 40 unidades, 32
unidades e 24 unidades estão acima S/A>30 cm2/m2 como está visto nos cálculos realizados, estão acima do exigido.
6. A avaliação foi realizada para coberta com laje de concreto e câmara de ar ventilada com h=0,05m, podemos constatar que os valores
calculados para o projeto habitacional em questão demonstra está abaixo dos valores máximos permitidos pela NBR 15.220 e portanto
não se faz necessário a utilização de ATICOS nas cobertas (ver quadro comparativo abaixo).
NOTAS:
1 As transmitâncias térmicas e os atrasos térmicos das coberturas são calculados para condições de verão (fluxo térmico descendente).
2 Deve-se atentar que, apesar da semelhança entre a transmitância térmica da cobertura com telhas de barro e aquela com telhas de fibrocimento, o
desempenho térmico proporcionado por estas duas coberturas é significativamente diferente pois as telhas de barro são porosas e permitem a
absorção de água (de chuva ou de condensação). Este fenômeno contribui para a redução do fluxo de calor para o interior da edificação, pois parte
deste calor será dissipado no aquecimento e evaporação da água contida nos poros da telha. Desta forma, sugere-se a utilização de telhas de barro em
seu estado natural, ou seja, isentas de quaisquer tratamentos que impeçam a absorção de água.

Discriminação Tramitância Capacidade Térmica Atraso Térmico


Térmica (U) CT @
NORMA 15.220 U=1,92 CT = 113 @ = 3,60

RESULTADO DE U=1,81 CT = 33,47 @ = 1,05


PROJETO
Torres de vento 1
Efeito chaminé/ Torres de vento:
permite que o ar quente saia pelas
janelas superiores localizadas na
Cozinha/Serviço e sigam para a
torre de vento projetada
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projetos e estudos.
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