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DRENAGEM

José Mauro Marquez, PhD


DRENAGEM
• Drenagem é o conjunto de dispositivos e
providências adotadas para o controle e
condução das águas, que possam interferir na
na estrada e na dirigibilidade dos veículos .
DRENAGEM
• Efeitos Nocivos da Água
– Alagamento (embebição do solo fino)
• Redução da resistência ao cisalhamento do solo, com conseqüente perda de
suporte, o que ocasiona depressões indesejáveis ou escorregamentos de
massas dos taludes;
• Variação de volume de alguns tipos de solos ditos expansivos;
• Aumento do peso do solo nos taludes, o que contribui para deslizamentos
inesperados;
• Produção de força ascencional devido a pressões hidrostáticas transmitidas
pela passagem dos veículos (formação de bolsões de lama no lastro de
ferrovias e ruptura do pavimento rígido de rodovias).

– Ação Dinâmica (erosão)


• Falta de apoio para a superestrutura de ferrovias, comprometendo a
estabilidade da linha;
• Destruição dos taludes de cortes e aterros.

– Diminuição da Velocidade do Fluxo de Água (assoreamento)


• Entupimento das obras de drenagem pelas partículas de solo carreadas pela
água;
• Soterramento da própria via, com sério perigo para o tráfego.
Drenagem
• Medidas Mitigatórias
1. Para evitar o alagamento
– Escolha da posição do traçado no terreno, de forma a
não se ficar com o greide abaixo das depressões
naturais.
– Dimensionamento criterioso das seções de vazão das
estruturas de drenagem superficial.
– Previsão de drenagem profunda ou subterrânea nos
cortes em que for constatada a presença de lençol
freático, a fim de diminuir o teor de umidade do solo.
– Execução de drenos cegos em aterros sobre nascentes
de água, para facilitar seu escoamento.
– Abaulamento da plataforma para propiciar o rápido
escoamento lateral das águas pluviais.
Drenagem
• Dreno Cego
Drenagem
2. Minimizar o Efeito da Erosão
– Escoamento das águas por canais e condutos com controle
de vazão, sendo adotadas declividades coerentes com a
resistência à velocidade de escoamento do material
constituinte dos canais.
– Revestimento dos taludes com gramíneas e/ou
leguminosas, pedra (enroncamento), material betuminoso,
concreto projetado e outros.
– A partir de determinada altura dos taludes,
compartimentação destes com banquetas.
– Não se deve devolver o fluxo d’água ao terreno natural
vizinho da estrada, sem amortecer sua velocidade.
3. Medidas contra assoreamento
– Ação meticulosa do serviço de conservação, com limpeza
constante das sarjetas, valetas, valas e bueiros.
Drenagem
• Drenagem Superficial
– É um conjunto de dispositivos e providências implantados
para captar e/ou facilitar o escoamento, para fora dos
limites da estrada, das águas que se encontram na
superfície do terreno.
Drenagem de Corte
Drenagem
• Tipos de drenagem superfical mais comuns
– Abaulamento da plataforma
– Inclinação dos acostamentos (5%) e das banquetas (3
a 4 %)
– Valetas de proteção das cristas dos cortes ou pés de
aterro
– Sarjetas
– Corta-rios
– Descidas d’água
– Bacias de dissipação
– Bacias de captação
– Sangradouros
– Bueiros, Pontilhões e Pontes.
• Drenagem de aterro
Drenagem
• Projetos de bueiros
• Drenagem Profunda
– É o conjunto de elementos instalados no interior
do subleito ou dos taludes dos cortes, destinado a
interceptar o escoamento da água subterrânea e
rebaixar o lençol freático existente, de forma a
evitar que a franja capilar atinja a plataforma ou
que prejudique a capacidade do subleito.
• Longitudinais - Valas de profundidade mínima de 1,50 e
0,50 m de largura
• Sub-horizontais – tubos perfurados de 50 mm, são
introduzidos em furos de 75mm abertos no maciço, e
envoltos em tela de nylon para não entupirem.
Drenagem profunda
Drenagem
• Dreno “Espinha de Peixe”
– São inclinados em ângulos de 450 a 600 em relação
ao eixo
– Profundidade de 0,40 a 0,60 m
– Declividade igual a da plataforma
– Espaçados de 10 a 20 m
– São ligados aos drenos profundos longitudinais e
preenchidos com o mesmo material filtrante,
sendo complementados com selo de argila.
Colchão Drenante consiste em uma
camada de material granular,
colocada para impedir que a água
ascenda por capilaridade.
Projeto de Drenagem
a) Bacia de contribuição – é a região do terreno
limitada pelos divisores de água.
 Bacias pequenas – até 1,0 km2
 Bacias médias – entre 1,0 e 10,0 km2
 Bacias grandes – acima de 10,0 km2
b) Intensidade de chuva – é a velocidade de
precipitação.
𝑃
i= Onde:
𝑡
i = intensidade de chuva [mm/h]
P = altura pluviométrica [mm]
t = duração da precipitação [h]
Projeto de Drenagem
• Desta fórmula geral, obtem-se a fórmula empírica para diferentes regiões.
𝑎 .𝑇𝑟 𝑛 Onde:
i= i = intensidade de chuva [mm/h]
(𝑡+𝑏)𝑚 Tr = tempo de recorrência (anos)
t = duração da precipitação (min)
a, b, m e n – parâmetros locais.

• A partir dessa expressão pode ser traçada uma curva de intensidade


versus tempo de duração resultando em tempo de recorrência , como
mostra o gráfico à seguir:
Projeto de Drenagem
c) Tempo de Recorrência – é a grandeza estatística que indica o
intervalo de tempo em que uma chuva de determinada
intensidade será igualada ou ultrapassada em anos.

– Sarjetas e valetas - 5 a 20 anos


– Bueiros – 20 a 50 anos
– Bueiros especiais, pontilhões e pontes – 30 a 100 anos.
Projeto de Drenagem
d) Tempo de Concentração – é o tempo decorrido entre o
início da precipitação e o instante em que toda a bcia estiver
contribuindo para a seção em estudo.

16 . 𝐿
tc =
1,05 −0,2𝑝 . (100 .𝐼)0,04

Onde:
tc – tempo de concentração (min)
L – extensão do talvegue (km)
p – procentagem da bacia coberta por vegetação (%)
I – declividade média do talvegue (m/m)
e) Coeficiente de escoamento ou de deflúvio (run off)

É a relação entre o volume de água escoado


superficialmente e o precipitado. Seu valor depende do
tipo de solo da cobertura vegetal e a da declividade
média da bacia.
Dimensionamento de Estruturas de Drenagem
1. Fase Hidrológica
– Nessa fase é determinada a vazão de contribuição para
dimensionar o dispositivo de drenagem.
• Pequenas Bacias (até 1,0 km2)
– Qproj = 0,278 C . i . A

• Bacias médias (de 1,0 a 10,0 km2)


– Qproj = 0,278 C . i . A0,9

Onde:
- Qproj – descarga de projeto [m3/s]
- 0,278 – fator de conversão de unidades
- C – coeficiente de escoamento [admensional]
- i – intensidade média da precipitação [mm/h]
- A – área da bacia de contribuição [km2]
2. Fase Hidráulica
– Nessa fase é feita a escolha da seção de vazão da estrutura de
drenagem. Para dispositivos de drenagem de forma de canal, a
velocidade do fluxo é dada pela Fórmula de Manning.
– F = Bordo Livre
• Para dispositivos em forma de canal, a vazão admissível será
dada pela fórmula de Manning associada à equação de
continuidade da hidráulica

Onde:
Q = V. S S – área da seção molhada do canal [m2]
V – velocidade do fluxo d’água
2/3 1/2 RH – Raio hidráulico [m]
𝑆 . 𝑅𝐻 .𝐼
I – declividade do canal [m/m]
Qadm = Qadm – vazão admissível do canal [m3/s]
𝑛

Roteiro para Dimensionamento de Canais (sarjetas, canaletas, valetas, etc.):


• Fixar o tipo de seção a ser adotada (projetos já existentes);
• Determinar a declividade média do canal;
• Fixar a velocidade máxima admissível, tendo em vista o revestimento escolhido
e, conseqüentemente, o coeficiente de rugosidade;
• Determinar o bordo livre (folga) do canal, que é a distância vertical do topo do
canal à superfície da água na condição de projeto, como segurança ao
transbordamento, de acordo com as seguintes indicações (canais revestidos):
BORDO LIVRE
Vazão (m3/s) f (cm)
Até 0,25 10
0,25 a 0,56 13
0,56 a 0,84 14
0,84 a 1,40 15
1,40 a 2,80 18
Acima de 2,80 20

Outro critério é o de se adotar 10% da altura do canal;


• Estabelecer as dimensões da seção de vazão e
calcular os respectivos elementos hidráulicos da
seção (perímetro molhado, área molhada e raio
hidráulico), determinando-se a velocidade e a vazão
admissível do canal;
• Comparar a vazão admissível com a de projeto. O canal
adequado deverá apresentar:
Qadm > Qproj

• Verificar se a velocidade de escoamento é compatível com a


resistência à erosão do material constituinte do canal. O
revestimento adequado deverá apresentar:
Vadm > V.

3. Fase Estrutural
• Nessa fase é feito o dimensionamento estrutural do dispositivo de
drenagem, principalmente daqueles sujeitos a esforços decorrentes
da passagem de veículos ou que vão suportar empuxos de terra ou
de água.
Bueiros
• Os bueiros de uma estrada são galerias
executadas cruzando o eixo da via, com o
objetivo de possibilitar o escoamento das
águas de montante para jusante da obra. São
compostos por bocas e corpo.
Projeto de Bueiro
Projeto de Bueiro
• No caso do nível de entrada d’água na boca de
montante estar situado abaixo da superfície
do terreno natural, a boca deverá ser
substituída por uma caixa coletora
Fundações
• Os estudos geotécnicos devem ser feitos através de sondagens, se
necessário, para avaliação da capacidade de suporte do terreno
natural, principalmente nos casos de aterros altos e nos locais de
presumível presença de solos compressíveis.

• Os bueiros tubulares de concreto podem, quanto às fundações, ter


soluções mais simples, com assentamento direto no terreno natural
(apenas com uma ligeira acomodação cilíndrica) ou em valas de
altura média igual ao seu diâmetro. Pode ser necessária uma base
de concreto magro, para uma melhor adaptação ao terreno natural.
Dimensionamento
• Em termos hidráulicos, os bueiros podem ser
dimensionados como canais, vertedouros ou orifícios,
sendo a escolha da forma de dimensionamento
dependente do bueiro poder ou não trabalhar com
carga hidráulica à montante (função do tempo de
recorrência, classe da rodovia e sua repercussão
econômica).

• Essa decisão é tomada pelo projetista, levando em


consideração a possibilidade dessa sobrecarga afetar a
segurança do corpo estradal devido à altura do greide,
ou de provocar inundações à montante. Nesse caso, o
bueiro deverá trabalhar como canal, sem carga
hidráulica.
Dimensionamento
• Circular n.º 5 do “Bureau of Public Roads – USA”
que, baseado em ensaios de laboratório e
observações de campo, desenvolveu uma nova
metodologia para o dimensionamento de
bueiros, com ou sem carga hidráulica, apoiado na
pesquisa da posição do nível d’água à montante e
à jusante da obra.

• Segundo essa Circular, os bueiros são divididos,


quanto ao fluxo, em dois tipos, abaixo
especificados.
Dimensionamento
• Com controle de entrada
– Controle de entrada significa que a capacidade de
descarga do bueiro é controlada em sua entrada, pela
profundidade da água represada à montante (Hw), pela
geometria da boca de entrada e pela seção transversal do
conduto.
– As relações represamento/altura ou diâmetro do bueiro
(Hw / D), para os bueiros com controle de entrada, foram
obtidas através de pesquisas em modelos nos laboratórios,
e verificadas, em alguns casos, com protótipos.
Dimensionamento
• Com Controle de Saída
– Se o escoamento à montante é influenciado pelas
condições de escoamento à jusante, diz-se que deve
ser realizado o dimensionamento com controle de
saída.
– Essa situação ocorre quando o nível d’água de jusante
tem pequena diferença para o nível d’água de
montante ou quando as perdas no interior do conduto
conduzem a um escoamento no regime lento, com
tirante superior ao tirante crítico.
– Esse tipo de dimensionamento não será abordado
aqui.
Roteiro para Dimensionamento
• Cálculo da Vazão de Projeto
• Para pequenas e médias bacias pode-se adotar o Método Racional:
– Pequenas Bacias (até 1,0 km2)
Qproj = 0,278 C . i . A
Onde:
– Qproj – descarga de projeto, em m3/s;
– 0,278 – fator de conversão de unidades;
– C – coeficiente de escoamento, adimensional;
– i – intensidade média da precipitação sobre toda a área drenada, em mm/h;
– A – área da bacia de contribuição, em km2

• Bacias Médias (de 1,0 a 10,0 km2)


Qproj = 0,278 C . i . A0,9
Escolha do Bueiro
• Tomam-se as Tabelas “Vazão, Velocidade e Declividade Crítica de
Bueiros Tubulares e Celulares de Concreto como Canal”.
VAZÃO, VELOCIDADE E DECLIVIDADE CRÍTICA DE BUEIROS
TUBULARES DE CONCRETO TRABALHANDO COMO CANAL
ÁREA
VAZÃO VELOCIDADE DECLIVIDADE
DIÂMETRO MOLHADA
TIPO CRÍTICA CRÍTICA CRÍTICA
(m) CRÍTICA 3
(m /s) (m/s) (%)
(m2)
BSTC 0,60 0,22 0,43 1,98 0,88
BSTC 0,80 0,39 0,88 2,29 0,80
BSTC 1,00 0,60 1,53 2,56 0,74
BSTC 1,20 0,87 2,42 2,80 0,70
BSTC 1,50 1,35 4,22 3,14 0,65
BDTC 1,00 1,20 3,07 2,56 0,74
BDTC 1,20 1,73 4,84 2,80 0,70
BDTC 1,50 2,71 8,45 3,14 0,65
BTTC 1,00 1,81 4,60 2,56 0,74
BTTC 1,20 2,60 7,26 2,80 0,70
BTTC 1,50 4,06 12,67 3,14 0,65
Segundo o DNIT:
BSTC – Bueiro simples tubular de concreto
BDTC – Bueiro duplo tubular de concreto
BTTC – Bueiro triplo tubular de concreto
Escolha do Bueiro
• Escolher o bueiro cuja vazão crítica seja imediatamente superior à
Vazão de Projeto (Qproj);
• Determinar a declividade crítica correspondente através da tabela
(Icrít);
• Comparar a declividade crítica com a declividade do bueiro:
cot M – cot J
I=
L
– Onde:
• I – declividade do bueiro (m/m);
• cot M – cota da soleira da boca de montante (m);
• cot J – cota da soleira da boca de jusante (m);
• L – comprimento do bueiro em planta (m).
• A declividade do bueiro deve ser maior ou igual à declividade
crítica para o escoamento se dar no regime rápido ou crítico, para o
bueiro funcionando como canal.
VAZÃO, VELOCIDADE E DECLIVIDADE CRÍTICA DE BUEIROS
CELULARES DE CONCRETO TRABALHANDO COMO CANAL
BASE ÁREA
VAZÃO VELOCIDADE DECLIVIDADE
x MOLHADA
TIPO CRÍTICA CRÍTICA CRÍTICA
ALTURA CRÍTICA 3
(m /s) (m/s) (%)
(m x m) (m2)
BSCC 1,0 x 1,0 0,67 1,71 2,56 0,78
BSCC 1,5 x 1,5 1,50 4,70 3,14 0,68
BSCC 2,0 x 1,5 2,00 6,26 3,14 0,56
BSCC 2,0 x 2,0 2,67 9,64 3,62 0,62
BSCC 2,0 x 2,5 3,33 13,48 4,05 0,69
BSCC 2,0 x 3,0 4,00 17,72 4,43 0,76
BSCC 2,5 x 2,5 4,17 16,85 4,05 0,58
BSCC 3,0 x 1,5 3,00 9,40 3,14 0,44
BSCC 3,0 x 2,0 4,00 14,47 3,62 0,47
BSCC 3,0 x 2,5 5,00 20,22 4,05 0,51
BSCC 3,0 x 3,0 6,00 26,58 4,43 0,54
BDCC 2,0 x 1,5 4,00 12,53 3,14 0,56
BDCC 2,0 x 2,0 5,33 19,29 3,62 0,62
BDCC 2,0 x 2,5 6,67 26,96 4,05 0,69
BDCC 2,0 x 3,0 8,00 35,44 4,43 0,76
BDCC 2,5 x 2,5 8,33 33,70 4,05 0,58
BDCC 3,0 x 1,5 6,00 17,79 3,14 0,44
BDCC 3,0 x 2,0 8,00 28,93 3,62 0,47
BDCC 3,0 x 2,5 10,00 40,44 4,05 0,51
BDCC 3,0 x 3,0 12,00 53,16 4,43 0,54
BTCC 2,0 x 2,0 8,00 28,93 3,62 0,62
BTCC 2,0 x 2,5 10,00 40,44 4,05 0,69
BTCC 2,5 x 2,5 12,50 50,55 4,05 0,58
BTCC 3,0 x 2,0 12,00 43,40 3,62 0,47
BTCC 3,0 x 2,5 15,00 60,66 4,05 0,51
BTCC 3,0 x 3,0 18,00 79,73 4,43 0,54
Verificação da Velocidade
• Dado que se conhece a declividade do bueiro (I) e sua
seção, deve-se verificar se aquela não provocará
erosão do material constituinte do bueiro, que no caso
do concreto é igual a 4,5 m/s.
• Caso a velocidade seja superior, deve-se reposicionar o
bueiro, diminuindo-se sua declividade, ou mudar o tipo
de material constituinte deste ou mesmo sua
geometria.
• Em alguns casos, pode-se especificar um aumento da
espessura da estrutura de concreto do bueiro para
compensar a erosão provocada pela água.

RH2/3. I1/2
V= < 4,5 m/s
n
Verificação do Controle de Entrada
• Tomam-se os Nomogramas “Profundidade da Carga Hidráulica à Montante
para Bueiros de Tubo de Concreto ou em Célula de Concreto com Controle
de Entrada”, utilizados como indicado abaixo.

Bueiros Tubulares Bueiros Celulares


(D – diâmetro do bueiro) (D e B – altura e largura do bueiro)
• Nomografia é um processo de cálculo pelo qual a relação
entre duas ou mais variáveis é representada por um
sistema de linhas e pontos, e resolvida através de uma
construção geométrica simples.

• Seja, por exemplo, a relação entre três variáveis x, y e z


dada por:
x+y+z=0

• Pela geometria analítica, esta equação representa um


plano que corta cada plano coordenado em sua uma de
suas bissetrizes.
• A solução, pela nomografia, consiste em desenhar duas
linhas retas e marcar, nelas, os valores respectivamente de
x e y, em seguida, em desenhar uma outra linha entre
estas, e marcar, nesta linha, os valores de z. Esta marcação
é feita ligando-se os valores de x e os de y através de uma
linha, e obtendo o ponto de interseção desta linha com a
linha dos z.
Verificação da Sobrecarga

• A sobrecarga na boca de montante não pode


ser superior a 1,0 metro.

Hw – D < 1,0 m
Pontilhões e Pontes
• Os pontilhões e as pontes são obras utilizadas para transposição de
talvegues nos casos em que, por imposição da descarga de projeto
ou do greide projetado, não possam ser construídos bueiros.

• Determinação do Comprimento .Mínimo do Pontilhão ou da Ponte

Onde:
• NMC – Nível Máximo de Cheia
• t – Tirante
• hmáx – Altura da lâmina d’água máxima para a chuva selecionada
• Lmín – Comprimento mínimo da ponte
Pontilhões e Pontes
a) Determinação da Descarga de Projeto
 É obtida pelos estudos hidrológicos, levando em conta o tempo de
recorrência adotado e os métodos de cálculo recomendados para o
caso, de preferência os estatísticos, sempre que possível.

b) Determinação da Declividade Média do Leito do Rio


 É obtida dividindo-se a diferença de cotas entre dois pontos e a
distância entre eles. Esses pontos devem estar distantes, no mínimo,
de 200 metros, sendo um à montante e outro à jusante do eixo da
rodovia, do qual devem distar 100 metros cada um.

a) Levantamento das Seções Normais ao Curso do Rio


 Deve ser feito no local da travessia pelo eixo da rodovia, à montante
e à jusante.

b) Fixação do Coeficiente de Manning


 Feita após inspeção local para observar o tipo de material
constituinte das margens do rio, examinando-se, em seguida, uma
tabela própria.
Valores adaptados do Coeficiente de Manning

Fonte: Tucci, 2001


Determinação da Cota Máxima de Cheia
• Para cada valor da altura da lâmina d’água “h”,
haverá uma Área Molhada (S), um Perímetro
Molhado (P) e, em conseqüência, um Raio Hidráulico
(RH) e uma Vazão (Q).

S . RH2/3. I1/2
Q=
n
• Para qualquer valor de “h”, portanto, ter-se-á:
2/3 Q.n
S . RH = 1/2
I
• Como a Área Molhada e o Perímetro Molhado
da seção são função de “h”, pode-se traçar um
gráfico h x S.RH2/3
ℎ ℎ
a +(tg+ a + )
tg
S= .h
2

S = a . h + h2/2 .(1/tg + 1/tg)


P = h / sen + a + h / sen

P = a + h.(1/sen + 1/sen)
Determinação do Comprimento Mínimo
• Admitindo-se que a seção do rio atravessado é
trapezoidal, tem-se que:

Lmín = a + (hmáx + t).(1/tg + 1/tg)

• O valor do tirante “t” é normalmente tomado igual a 2,0


metros.

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