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Capítulo 31 – Modo subjuntivo

Percepção exegética

Quem escuta uma pessoa amada, presta atenção para captar mais do que o
significado superficial do que ela diz. O conteúdo importa, há desejo de captar a atitude
de quem fala, o que suas palavras deixam subentendido sobre o relacionamento pessoal
com ela, o que é relevante para ela, o que ela enfatiza e assim sucessivamente. Em relação
ao estudo do Novo Testamento, elementos de significado semelhantes podem ser
buscados. Tal capítulo fala de uma combinação fascinante usada pela língua grega para
mostrar ênfase, a saber, o uso dos dois negativos ouv mh, com um verbo no subjuntivo, para
indicar uma negação forte quanto ao futuro. Quem fala usa o verbo no subjuntivo para
sugerir uma possibilidade futura, mas, na mesma locução, nega enfaticamente, por meio
do duplo negativo, que algo semelhante pudesse chegar a acontecer. Tal combinação
ocorre oitenta e cinco vezes no Novo Testamento, frequentemente em promessas ou
reafirmações tranquilizadoras sobre o futuro.
Na descrição de Jesus sobre si como bom pastor (Jo 10), ele oferece uma das mais
valiosas destas promessas: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas
me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão [ouv mh. avpo,lwntai] [...]” (Jo
10.27-28). Seria suficiente colocar ouv com um verbo no futuro do indicativo, mas Jesus é
mais enfático. A combinação com o subjuntivo repudia enfaticamente a possibilidade de
alguma ovelha de jesus vir a perecer: certamente não perecerão, não perecerão de
maneira alguma, é o sentido da afirmação de Cristo. A promessa é reforçada pelo
acréscimo dos termos eivj to.n aivw/na, jamais (literalmente, para todo o sempre). A
promessa enfática de Jesus é o alicerce sólido da confiança certeira e da motivação para
cada uma das ovelhas dele, afirma Buist M. Fanning.

Visão geral

I) Aprender que o modo subjuntivo é usado quando o verbo expressa uma


possibilidade, probabilidade, exortação ou conceito axiomático;
II) Aprender que o verbo no subjuntivo não tem importância temporal, sua
significância é de aspecto;
III) Aprender que o subjuntivo presente é formado da raiz do tempo verbal
presente e indica uma ação contínua;
IV) Aprender que o subjuntivo aoristo é formado da raiz aoristo sem aumento e
indica uma ação indefinida;
V) Aprender que o sinal do subjuntivo é o alongamento da vogal conectiva (por
exemplo, lu,wmen). As terminações no aoristo são as mesmas que no presente.

Português

Se um verbo faz uma declaração ou postula uma pergunta sobre fatos, ele está no
indicativo, que, normalmente, é o modo da realidade, declara o que realmente é.

O livro é vermelho.
O grego é divertido.
O hebraico não é difícil demais.
Por que estou procrastinando?

O subjuntivo não descreve aquilo que realmente é, mas o que pode ou poderia ser.
O modo não é de realidade, mas de possibilidade ou probabilidade. Talvez haja uma
distinção sutil entre pode e poderia, mas para os propósitos de estudo atuais poderão ser
considerados idênticos1.

Eu poderia aprender o hebraico.


Se fôssemos ricos, compraríamos mais Bíblias gregas.

É comum em português o uso da locução se. Se eu fosse rico, contraria um tutor


de grego. Se a pessoa que disse isto fosse rica, não teria usado o subjuntivo fosse, mas a
forma indicativa: já que sou rico, vou contratar um tutor. Esta seria uma declaração de

1
A distinção técnica é que, se o verbo principal estiver no tempo presente ou futuro, usa-se pode; se o verbo
principal estiver em um tempo passado, usa-se poderia.
fato, e o modo seria da realidade. Não sendo rico, o falante usa a forma subjuntiva fosse:
se eu fosse rico.
Por a ação descrita por um verbo no subjuntivo não ser realizada, frequentemente
se refere a um evento futuro.

Grego

A definição básica dos modos subjuntivo e indicativo em grego é igual ao


português. Há, no entanto, diferenças significantes.
A única significância que o verbo no subjuntivo tem é de aspecto. O mesmo se
aplica ao particípio.
O verbo no presente do subjuntivo indica uma ação contínua; o verbo no
subjuntivo aoristo indica uma ação indefinida. Não há, no subjuntivo, algum conceito de
passado absoluto ou de tempo presente. A maioria das gramáticas chama o subjuntivo
formado do tempo presente de subjuntivo presente, e o subjuntivo formado do aoristo de
subjuntivo aoristo. Como feito com os particípios, Mounce encoraja o estudante a adotar
a terminologia de subjuntivo contínuo e de subjuntivo indefinido, porque sua significância
é aspecto, não tempo.
É difícil ressaltar na tradução o aspecto verbal. Um jeito seria usar a palavra-chave
continuar com o subjuntivo presente. Conseguindo traduzir desta maneira, o tradutor
deve ter cuidado de enfatizar o aspecto nos seus ensinos e pregações.
Há dois tempos que formam o subjuntivo: o presente e o aoristo2. Não há
subjuntivo futuro no grego. Devido o subjuntivo aoristo ser formado da raiz do aoristo, o
subjuntivo do primeiro aoristo talvez pareça um futuro (por exemplo, avgaph,sw). No
entanto, deve ser lembrado que não há subjuntivo futuro.
Forma. O subjuntivo usa as mesmas terminações do indicativo. Todas as formas
do subjuntivo usam terminações primárias. O subjuntivo alonga a vogal conectiva para
indicar que o verbo está no subjuntivo. O ómicron se alonga para ômega (por exemplo,
lu,wmen), e o épsilon se alonga para h (por exemplo, lu,hte)3.

2
Na verdade, há poucos exemplos de subjuntivo perfeito (cf. informações avançadas).
3
O termo ousi(n) passa a ser wsi(n), mas o h| permanece.
Presente (contínuo) subjuntivo. O presente subjuntivo usa a raiz do tempo verbal
presente, mas alonga a vogal conectiva. O termo lu,omen, no indicativo, vira lu,wmen, no
subjuntivo.

TABELA: Presente (contínuo) subjuntivo.


Raiz do tempo presente + vogal conectiva (w/h) + terminações pessoais primárias
lu + w + men  lu,wmen
Fonte: Adaptado de MOUNCE, William D. Fundamentos do grego bíblico: livro de gramática. São
Paulo Vida, 2009.

A seguir, há o subjuntivo ativo de eivmi,. Não possui passivo (cf. apêndice para
formas dos verbos contraídos no subjuntivo).

TABELA: Subjuntivo ativo de eivmi,.


SUBJUNTIVO ATIVO DE eivmi,
Subjuntivo (eivmi,) Indicativo
Ativo
1ª singular lu,w w= lu,w
2ª singular lu,h|j h|=j lu,eij
3ª singular lu,h| h|4= lu,ei

1ª plural lu,wmen w=men lu,omen


2ª plural lu,hte h=te lu,ete
3ª plural lu,wsi(n) w=si(n) lu,osi(n)

Médio/passivo
1ª singular lu,wmai lu,omai
2ª singular lu,h| lu,h|
3ª singular lu,htai lu,etai

1ª plural luw,meqa luo,meqa


2ª plural lu,hsqe lu,esqe
3ª plural lu,wntai lu,ontai
Fonte: Adaptado de MOUNCE, William D. Fundamentos do grego bíblico: livro de gramática. São
Paulo Vida, 2009.

As terminações são regulares. Não é necessário memorizar terminações novas, a


não ser uma regra. Além disto, a terminação h| ocorre no terceiro singular ativo e no
segundo singular médio/passivo.
Aoristo (indefinido) subjuntivo. O aoristo subjuntivo usa a raiz do tempo aoristo
do verbo. Devido o subjuntivo não indicar tempo passado absoluto, o aumento usa as
mesmas terminações pessoais que o subjuntivo presente. Como o aoristo passivo

4
Não confundir esta forma com termos semelhantes (cf. apêndice).
indicativo usa terminações ativas, o aoristo passivo subjuntivo também usa terminações
ativas. O indício principal que demonstra a diferença entre os tempos é que o aoristo do
subjuntivo é formado da raiz do aoristo (e do formativo do tempo, se houver) do verbo.

TABELA: Aoristo (indefinido) subjuntivo.


Raiz do aoristo, sem aumento + (formativo do tempo) + vogal conectiva alongada +
terminações pessoais primárias
lu + s + w + men  lu,swmen
Fonte: Adaptado de MOUNCE, William D. Fundamentos do grego bíblico: livro de gramática. São
Paulo Vida, 2009.

Se for um primeiro aoristo, o formativo do tempo verbal será visto. Se for um


segundo aoristo, terá a raiz alterada.

TABELA: Aoristo.
SUBJUNTIVO INDICATIVO
1º aoristo 2º aoristo 1º aoristo 2º aoristo
Ativo
1ª singular lu,sw la,bw e;lusa e;labon
2ª singular lu,sh|j la,bh|j e;lusaj e;labej
3ª singular lu,sh| la,bh| e;luse(n) e;labe(n)

1ª plural lu,swmen la,bwmen e;lu,samen e;la,bomen


2ª plural lu,shte la,bhte e;lu,sate e;la,bete
3ª plural lu,swsi(n) la,bwsi(n)  e;lusan e;labon

Médio
1ª singular lu,swmai ge,nwmai e;lusa,mhn evgeno,mhn
2ª singular lu,sh| ge,nh| e;lusw evge,nou
3ª singular lu,shtai ge,nhtai e;lu,sato evge,neto

1ª plural lusw,meqa genw,meqa e;lusa,meqa evgeno,meqa


2ª plural lu,shsqe ge,nhsqe e;lu,sasqe evge,nsqe
3ª plural lu,swntai ge,nwntai e;lu,santo evge,nonto

Passivo
1ª singular luqw/ grafw/ e;lu,qhn evgra,fhn
2ª singular luqh/|j grafh//|j e;lu,qhj evgra,fhj
3ª singular luqh/| grafh/| e;lu,qh evgra,fh

1ª plural luqw/men graw/men e;lu,qhmen evgra,fhmen


2ª plural luqh/te grafh/te e;lu,qhte evgra,fhte
3ª plural luqw/si(n) grafw/si(n)  e;lu,qhsan evgra,fhsan
Fonte: Adaptado de MOUNCE, William D. Fundamentos do grego bíblico: livro de gramática. São
Paulo Vida, 2009.
Não há subjuntivo futuro. É fácil ver um aoristo subjuntivo e achar que ele é um
futuro indicativo ou subjuntivo. Não confundir a vogal conectiva alongada do subjuntivo
com a vogal contraída alongada no indicativo.
Indícios. Há outros indícios de um verbo estar no subjuntivo, os quais devem ser
observados. Por exemplo, o verbo em uma locução com i[na fica quase sempre no
subjuntivo.

o` ku,rioj h=lqten i[na swqw/men


O senhor veio a fim de que fôssemos salvos.

Ao notar i[na, o leitor deve começar a procurar pelo subjuntivo. Eis alguns termos
que, geralmente, mas nem sempre, são seguidos pelo subjuntivo:

o[tan (o[te + a;n) – sempre quando


evan (eiv + a;n) – se
o[j a;n – todo aquele que
o[pou a;n – sempre onde
e[wj – até
e[wj a;n – até que

O termo a;n está envolvido muitas vezes ao aparecer o subjuntivo. Geralmente, o


subjuntivo é fácil de ser aprendido e reconhecido.

Empregos do subjuntivo

Empregos diferentes. O subjuntivo tem uma variedade maior de usos em grego


do que em português. A ideia de probabilidade é somente uma. As duas primeiras
ocorrem em locuções independentes. As duas seguintes ocorrem em locuções
dependentes.
I) Subjuntivo hortativo. A primeira pessoa do subjuntivo, no singular ou plural,
pode ser usada como exortação. Geralmente, estará no plural e ocorrerá no começo da
frase. O subjuntivo deve ser usado na tradução portuguesa.
Proseucw,meqa
Oremos.

Não é porque um verbo está na primeira pessoa do subjuntivo que é,


necessariamente, hortativo. O contexto resolverá5.
II) Subjuntivo deliberativo. Quando alguém pergunta e espera que o ouvinte
pense sobre a resposta, o verbo envolvido é colocado no subjuntivo.

Mh. ou=n merimnh,shte le,gontej\ ti, fa,gwmenÈ h;\ ti, pi,wmenÈ h;\ ti, peribalw,meqaÈ (Mt
6.31)6
Portanto, não se preocupem dizendo: que vamos comer? ou que vamos beber? ou que
vamos vestir?

III) i;na e o subjuntivo. Quase sempre, i;na é seguido pelo subjuntivo e pode
indicar propósito.
As locuções i;na mh. e o[pwj mh. Podem ser traduzidas por a fim de que não ou algum
equivalente. São locuções idiomáticas.

e;rcomai pro,j to.n oi=kon i[na proseu,comai


Estou indo para a casa a fim de orar (a fim de que possa orar)
e;rco,meqa pro,j to.n oi=kon i[na mh. a`marta,nwmen
Estamos indo para a casa a fim de que não pequemos

IV) Declaração condicional. Uma declaração condicional é uma frase do tipo: se


[...] então [...], se eu fosse inteligente, teria optado por um curso de hebraico. A locução
se é chamada de prótase, e a locução então é chamada de apódose.
A questão de como categorizar e traduzir frases condicionais é discutível. A esta
altura, não é possível haver aprofundamento detalhado no debate. Nos exercícios, há dois
tipos de frases condicionais, as quais serão consideradas. No apêndice, há um sumário de
frases condicionais (cf. Wallace).

5
O texto de Romanos 5.1 tem o texto alternativo de e;cwmen ou e;comen. Qual a diferença de significado,
especialmente na medida em que o leitor examina o argumento global de Romanos?
6
A expressão mh. merimnh,shte declara uma proibição. Há outro uso do subjuntivo (cf. capítulo 33).
As frases condicionais são classificadas segundo sua forma e recebem os títulos
primeira classe, segunda classe, terceira classe e quarta classe. As frases condicionais
de terceira classe sempre têm uma prótase introduzida por eva,n e um verbo no subjuntivo.
O verbo na apódose pode estar em qualquer tempo ou modo. Há duas subdivisões das
condições da terceira classe.
i) Futuro mais provável. Uma condição futura diz que, caso algo aconteça, outra
coisa certamente acontecerá.

eva.n a`marta,nw( e;ti qeo.j avgaph,sei me)


Se eu pecar, Deus ainda me amará.

A exegese levanta a questão de se é possível tomar como certo que a prótase é


correta ou não. A Bíblia tem exemplos de condições futuras mais prováveis nas quais a
prótase é hipotética. O contexto é a chave.
ii) Presente geral. Uma condição geral, quanto à forma, é idêntica à condição do
futuro mais provável, excetuando-se que o verbo na apódose deve estar no tempo
presente. Seu significado é um pouco diferente do futuro mais provável. Em vez de dizer
algo sobre um evento específico, sobre algo que pode ocorrer, está declarando uma
verdade geral, uma verdade axiomática. O subjuntivo é apropriado porque a verdade da
declaração é atemporal.

eva,n a`marta,nw( e;ti qeo.j avgapa/| me)


Se eu peco, Deus ainda me ama.

Este exemplo é igual ao anterior, só que não foi usado pecar na tradução da
prótase, e amar está no tempo presente. Tal fato ilustra um problema nas frases
condicionais. Quanto à parte do tempo do verbo na apódose, só o contexto dirá se quem
fala está fazendo uma declaração específica ou declarando uma verdade geral. Se a frase
estiver fazendo uma declaração geral, talvez seja apropriado usar estiver falando
(subjuntivo futuro imperfeito em português), porque a veracidade da locução com se não
está em questão.

Miscelânea
Negação. A regra básica é que ouv é usado para negar um verbo no indicativo,
enquanto mh, é usado para negar todas as demais coisas, até mesmo o subjuntivo.
Há uma construção específica que usa o subjuntivo e precisa ser ressaltada. A
construção ouv mh, seguida pelo aoristo subjuntivo que precisa ser ressaltada é uma negação
forte de uma situação futura, mais forte do que simplesmente dizer ouv7. Os dois negativos
não negam um ao outro, eles fortalecem a construção no sentido de dizer mais
enfaticamente não! (cf. exemplo em percepção exegética).
Perguntas. Há três maneiras de fazer uma pergunta:
I) Não é dada indicação quanto à resposta esperada por quem fala;
II) Se a pergunta começa com ouv, quem fala espera uma resposta afirmativa8:

dida,skale( ouv me,lei soi o[ti avpollu,meqa* (Mc 4.38)


Mestre, não te importa que morramos?

Os discípulos esperavam que Jesus respondesse: sim, me importa;


III) Se a pergunta começa com mh,, quem fala espera uma resposta negativa:

mh. pa,ntaj avpo,stoloi* (I Co 12.29)


Não são todos apóstolos, [são]?

De maneira contrária à prática de muitas traduções, se o grego indica a resposta,


ela deve ser indicada na tradução. A maioria das traduções traz a frase da seguinte
maneira: são todos apóstolos? Há a mesma linguagem idiomática em português de
maneira que a tradução deve indicar a resposta esperada.

Resumo

7
Para enfatizar aos discípulos a clareza com que eles enxergariam seu discipulado no reino de Deus, Jesus
lhes disse: [...] avmh.n le,gw u`mi/n o[ti eivsi,n tinej w-de tw/n e`sthko,twn oi[tinej ouv mh. geu,swntai qana,tou e[wj
a'n i;dwsin th.n basilei,an tou/ qeou/ evlhluqui/an evn duna,mei – [...] garanto-lhes que alguns dos que estão
aqui de modo algum experimentarão a morte (ouv mh. geu,swntai) antes de verem o reino de Deus vindo com
poder (Mc 9.1).
8
Não é só porque uma pergunta tem um ouv que significa que se espera uma resposta negativa: kai. e;rcontai
kai. le,gousin auvtw/|\ dia. ti, oi` maqhtai. VIwa,nnou kai. oi` maqhtai. tw/n Farisai,wn nhsteu,ousin( oi` de. soi.
maqhtai. ouv nhsteu,ousinÈ – vieram a Jesus e lhe perguntaram: por que os discípulos de João e os dos
fariseus jejuam, mas os teus não? (Mc 2.18). Aqui, o ouv antecede imediatamente o verbo e o nega, mas,
quando ouv indica a resposta esperada, tal resposta é sim.
I) O modo subjuntivo é usado quando um verbo expressa uma possibilidade,
probabilidade, exortação ou conceito axiomático;
II) O verbo no subjuntivo não tem relevância temporal. Sua única significância é
de aspecto. O presente subjuntivo é formado da raiz do tempo presente e indica uma ação
contínua. O aoristo subjuntivo é formado da raiz do aoristo, sem aumento, e indica uma
ação indefinida;
III) O sinal do subjuntivo é a vogal conectiva alongada. As terminações são
exatamente iguais no aoristo e no tempo presente;
IV) Entre seus vários usos, o subjuntivo é usado em um comentário hortativo (ao
qual pode ser acrescentada a locução auxiliar vamos), nas locuções que começam com
palavras específicas como i[na, que indicam, entre outras coisas, propósito, e em
declarações condicionais.

TABELA: Sinais do subjuntivo.


Sinais do subjuntivo

I) Vogal conectiva alongada (w/h);


II) Nenhum aumento no aoristo;
III) Locução com i[na ou a;n.
Fonte: Adaptado de MOUNCE, William D. Fundamentos do grego bíblico: livro de gramática. São
Paulo Vida, 2009.

Vocabulário

li,qoj, -ou, o` – pedra (*luqo)9


toiou/toj, -au,th, -ou/ton – tal, de semelhante tipo (*toiouto, *toiauth)

Informações avançadas

Perfeito subjuntivo. O perfeito subjuntivo ocorre apenas dez vezes no Novo


Testamento. Todas as dez formas são formas de oi=da. Há outros exemplos do perfeito

9
Litografia é um método de impressão que originalmente usava uma pedra plana, mas que agora usa placas
de metal. Litomancia é adivinhação que emprega pedra.
subjuntivo, mas são todas perifrásticas, denotam uma ação que foi completada, com
resultados permanentes.

TABELA: Perfeito do subjuntivo.


PERFEITO DO SUBJUNTIVO
1ª pessoa singular eivdw/ I Co 13.2; 14.11
2ª pessoa singular eivdh|j I Tm 3.15
3ª pessoa singular - -

1ª pessoa plural eivdw/men I Co 2.12


2ª pessoa plural eivdh/te Mt 9.6; Mc 2.10; Lc 5.24; Ef 6.21; I Jo 2.29;
5.13
3ª pessoa plural - -
Fonte: Adaptado de MOUNCE, William D. Fundamentos do grego bíblico: livro de gramática. São
Paulo Vida, 2009.

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